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COMO FUNCIONA O CENSO DO IBGE?

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é a instituição responsável pela produção e análise de informações estatísticas, geográficas, demográficas, socioeconômicas e ambientais do país. Dentre suas responsabilidades está a de desenvolver o Censo Demográfico brasileiro.

Os últimos censos brasileiros foram realizados em 2000, 2010 e 2022, por conta de um atraso devido à pandemia de Covid-19. Em vez de ser feito em 2020, o último Censo do IBGE foi realizado no segundo semestre de 2022 e seus dados estão sendo divulgados agora.

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O intervalo de dez anos entre as pesquisas é uma recomendação da Organização das Nações Unidas (ONU) e é adotado internacionalmente por alguns motivos, saiba quais são eles.

Abrangência temporal

O tempo de dez anos é um período que permite capturar mudanças significativas na população e na sociedade. Nem longo, nem curto demais, o Censo Demográfico brasileiro destaca as mudanças mais significativas do país.

Planejamento de políticas de longo prazo

O intervalo de dez anos oferece boa base para o planejamento de políticas públicas de longo prazo. Os dados coletados permitem uma visão abrangente das necessidades da população, possibilitando o desenvolvimento de estratégias sustentáveis.

Logística e custos

O Censo Demográfico é uma operação complexa e onerosa, especialmente porque requer uma mobilização de recursos humanos e financeiros significativos em todo o país. Para garantir o pleno funcionamento do processo, é preciso ter uma grande operação logística.

Vale lembrar que o IBGE continua fazendo pesquisas pontuais durante o intervalo entre as realizações do Censo, fornecendo outros estudos e indicadores.

Comparabilidade internacional

Como diversos países realizam o Censo a cada dez anos, isso facilita a comparação de dados entre diferentes nações. Além disso, esses dados permitem a identificação de padrões globais e a colaboração internacional em estudos e pesquisas.

Como funciona o Censo do IBGE

O Censo do IBGE está dividido em pelo menos quatro etapas: planejamento, coleta de dados, processamento e análise dos dados e divulgação dos resultados.

Planejamento: antes da realização do Censo, o IBGE faz um extenso trabalho de planejamento. Isso envolve definição da metodologia de coleta de dados, seleção e treinamento de pessoal, organização logística, estruturação das perguntas e elaboração dos questionários. O planejamento também inclui a definição das áreas a serem cobertas pelo Censo e a divisão do território em setores censitários.

Coleta de dados: a coleta de dados é uma etapa crucial do Censo. Os recenseadores, treinados pelo IBGE, visitam os domicílios e aplicam questionários aos moradores. As perguntas abrangem uma ampla gama de temas, como informações demográficas, educação, trabalho, renda, habitação e condições de vida. Os recenseadores também podem utilizar dispositivos eletrônicos para registrar as respostas dos entrevistados.

Processamento e análise: após coletar os dados, o IBGE processa e analisa as informações. Isso envolve a verificação e a validação dos dados, a codificação das respostas, a tabulação e a criação de indicadores estatísticos. Nessa etapa, os dados são agregados e organizados de forma a gerar informações úteis à compreensão da realidade socioeconômica do país.

Divulgação de resultados: uma vez processados e analisados, os resultados do Censo são divulgados pelo IBGE. Isso ocorre por meio de publicações, relatórios, bancos de dados online e ferramentas interativas. Os dados são disponibilizados para o público em geral, pesquisadores, instituições governamentais, empresas e outros interessados. A divulgação dos resultados permite o acesso às informações coletadas e sua utilização na tomada de decisões e no planejamento de políticas públicas.

Navegantes tem 26 mil habitantes a mais que em 2010

De 2010 até 2022, Navegantes passou de 60 mil para 86 mil habitantes, o que traz diversas mudanças à cidade, em especial para a política e a economia.

Infraestrutura urbana: com o aumento da população, é possível que a demanda por infraestrutura aumente. A necessidade de expandir e melhorar a oferta de serviços básicos, como transporte público, abastecimento de água, saneamento básico, energia elétrica e telecomunicações são outros fatores levados em conta. Também pode ser necessário investir na construção ou ampliação de vias, escolas, hospitais, postos de saúde e outros equipamentos públicos.

Desenvolvimento econômico: o crescimento da população tem potencial de impulsionar o desenvolvimento econômico da cidade. O aumento da demanda por bens e serviços pode incentivar a criação de novos negócios, comércios e indústrias locais. Com isso, mais empregos e oportunidades econômicas para os moradores são geradas, além de impulsionar a arrecadação de impostos municipais.

Setor imobiliário: com um aumento significativo da população, há a possibilidade da demanda por moradias crescer, impulsionando um aumento no setor imobiliário, com a construção de novos empreendimentos residenciais e a valorização dos imóveis existentes. Os preços dos aluguéis e dos imóveis podem sofrer variações em resposta à maior demanda habitacional.

Serviços e comércio: o aumento da população, é provável que aconteça impulsão da oferta de serviços e comércio na cidade. Novas empresas surgem para atender às necessidades da população crescente, como restaurantes, lojas, supermercados, academias e salões de beleza, entre outros. A diversificação e a oferta de serviços podem aumentar, proporcionando mais opções para os moradores.

Mudanças sociais e culturais: com o aumento da população, é possível que ocorram mudanças sociais e culturais na cidade. Assim, a diversidade étnica, cultural e social aumentam e influenciam a dinâmica local. Novas comunidades e grupos podem se formar, trazendo consigo suas tradições, costumes e contribuições para a vida na cidade.

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