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Reciclagem, artesanato e livros: PROJETO INSTIGA A LEITURA E A ESCRITA POR MEIO DE ITENS DESCARTÁVEIS

Crianças estão aprendendo a dar um novo destino ao lixo, além de aproveitar o tempo na escola para despertar o interesse pela leitura

O que você vai encontrar por aqui: crianças aprendem sobre reciclagem, arte e leitura em projeto escolar.

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Tempo de leitura: 6 minutos

Seja no caminho até a escola, na volta para a casa ou durante a brincadeira com os amigos, é comum descartar alguns itens e objetos ao longo do dia, incluindo aquele papel de bala ou as embalagens após as refeições. Entretanto, a escolha do que deve ir para o lixo e a separação do que deve ser reciclado é uma decisão importante, capaz de impactar o meio ambiente. Mas e se a reciclagem e a leitura fossem parceiras em um mesmo projeto? Você já pensou como seria cuidar da natureza e ainda viajar pelas histórias e contos dos livros? Na Escola Municipal Professora Rosa Maria Xavier de Araújo, esse desejo já é uma realidade para as crianças. O projeto “Reciclagem e o artesanato como instrumento da educação ambiental no ambiente escolar” é realizado pela professora regente Samantha Gabriella Faria da Silva, junto com as agentes de educação Francelina Maria Pereira, Talia Soares da Conceição e Daniela Cristina Rodrigues, incluindo o instrutor de tecnologia Gerson Luis Carniel Filho. A ideia surgiu com o objetivo de dar um novo destino para os itens que são descartados, mostrando que é possível criar arte com o que, por muito tempo, foi visto como lixo.

A preocupação com o meio ambiente começou a ser dividida com os pequenos, que aprenderam a criar até mesmo puffs com caixas de leite — a embalagem serve como assento e o estofado é criado com panos. E, a partir desta criação, um espaço da sala passou a ser destinado à leitura, criando o cantinho dos livros. Com tapete, uma árvore de itens recicláveis e diversas histórias, é naquele ambiente que a turma quer estar, seja depois de concluir as atividades ou nas horas vagas. Além de conhecer personagens e trajetórias, a iniciativa também está colocando as crianças como autoras, escritoras do próprio enredo. “Eles estão escrevendo suas próprias histórias, estão colocando suas ideias, a imaginação durante o nosso trabalho em sala de aula”, comenta Samantha.

E esse desejo de dar vida ao que está na mente também tem aproximado os envolvidos da tecnologia, já que agora eles vão para a sala de informática para digitar os textos. “Incentiva a escrita e a leitura porque aqueles que ainda têm dificuldade, eles querem ir lá na informática, digitalizar, ter o livro, então eles vão se esforçar”, explica a professora. O livro será editado até o fim do ano, levando em consideração a percepção de cada um diante dos desafios que são propostos em sala de aula, seja após uma atividade de reciclagem ou até mesmo de artesanato. Agora, além do gosto pelos livros, compartilhados no novo espaço ou em casa, com a ficha da leitura — dia em que os pequenos vão embora com o livro e voltam com a perceção do que aprenderam —, eles também estão levando para as famílias a vontade de dar um novo destino para o que é produzido. “O mais importante de tudo não é fazer, é puxá-los para que eles façam”, finaliza a educadora.

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Por Reda O Its Teens

Tempo de leitura: 11 minutos professora cria atividades que aproximam crianças e pais da tecnologia.

O encantamento com os animais é algo que, na maioria das vezes, costuma fascinar crianças e adolescentes. Com diversas espécies, tamanhos e características, as cores e os sons podem causar estranheza ou espanto. No caso dos seres marinhos, a curiosidade é ainda maior, já que muitos deles só são vistos nos livros. Mas e se a tecnologia fosse capaz de transformar a percepção que temos dos bichos, dando vida para algo que antes não tinha movimento?

No Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Professora Nerozilda Pinheiro Ferreira, as crianças do maternal começaram a compreender a importância das novas ferramentas na rotina escolar. A ideia de aproximar a tecnologia dos pequenos partiu da professora Janaina Luzia Felicio, que criou um álbum de fotos para destacar as atividades realizadas em sala. Com um QR Code em um bilhete, os pais começaram a acompanhar aquilo que é feito. “Iniciou com a ideia de que eu queria aproximar mais os pais da realidade, das atividades que as crianças estavam vivenciando aqui na escola”, comenta a educadora.

O desafio seguinte foi uma experiência imersiva no fundo do mar. Com óculos de realidade virtual, os pequenos tiveram a oportunidade de ficar perto de baleias, tubarões e outros peixes.Com aquele frio na barriga e o desejo de tocar os animais, o momento foi de descobertas. Enquanto alguns optaram por participar da experiência em pé, outros ficaram sentados no chão, observando os bichos que passavam ao redor. Independentemente da escolha, dois sentimentos foram unânimes: a alegria e o entusiasmo. “Trouxe para aproximar eles (crianças) da tecnologia de uma forma muito positiva. Hoje em dia a gente, às vezes, vê só a criança no celular e meio disperso, sem saber aproveitar”, diz Janaina.

E na brincadeira de observar, assimilar as cores e os movimentos, cada um estava livre para criar o próprio cenário. “Ali no fundo do mar a imaginação deles foi longe, eles usam muita imaginação, eles se movimentam, coisas que, às vezes, sentado ali na cadeira, no papel, eles não conseguem aproveitar tanto”, explica a educadora. Para Manuella Ribeiro Nascimento, por exemplo, um bicho chamou a atenção: “Vi uma baleia, era gigante, eu achei legal”, fala a criança.

A diversão também foi garantida com a montanha russa e o videogame, outras práticas que despertaram a curiosidade. Trabalhando os movimentos e interações, uma outra experiência marcante foram os animais em 4D — com um aplicativo no celular, a professora escaneou os bichos que estavam na folha, incluindo coelho, girafa, elefante e até mesmo cobra, colocando diante deles a realidade aumentada. “Teve um que chegou comentando em casa que se sentiu no zoológico, porque conseguiu ver animais que, às vezes, não vê, mesmo no zoológico”, diz a educadora.

Mais do que a alegria em compartilhar as novidades e aquilo que vai ganhando movimento, as crianças aprendem como o celular e os itens tecnológicos podem aproximar aquilo que, por muitas vezes, está longe. “Eu sempre busco trazer coisas diferentes, não gosto de ficar na mesma, no papel, com eles ali sentado. Eu acho que tem milhares de recursos e estimulações ao nosso redor que a gente tem que saber aproveitar e fazer com que eles aprendam”, finaliza Janaina, recém-formada e que tem como caraterística colocar em prática ideias inovadoras.

A nova abordagem coloca em foco as intervenções com aparelhos e itens tecnológicos, mas também está sendo trabalhado o desejo de pertencimento.

“Quando você faz a criança se apaixonar por um ambiente escolar, pela novidade, pela descoberta, você instiga ela a ter essa curiosidade, você vai ter um aluno que vai querer sempre mais. Então ele vai atrás, ele vai estar envolvido no processo, ele vai se sentir parte, ele vai se sentir motivado e ver que é positivo”, relata a diretora Carolyne Nizer Cunha, que divide a direção da unidade com Débora Schneider.

Entre as atividades e as novidades, o entusiasmo é compartilhado entre a professora e a turma, e até quem observa de fora consegue perceber os diferenciais da relação. “Hoje ela traz encantamento e, com isso, ela encanta as crianças, e as crianças saem maravilhadas. Isso motiva e é muito bom porque a Educação Infantil é a base, o começo, o pilar da educação”, finaliza Carolyne.

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