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MAPEANDO OS PONTOS: ONDE DEVO JOGAR O LIXO?

A regra é clara: lixo é no lixo! É algo que todos sabem, mas nem todos cumprem, infelizmente, porque é uma atitude que faz toda diferença no futuro da vida na Terra. Um estudo da ONG International Solid Waste Association - Associação Internacional de Resíduos Sólidos, em português - (ISWA) mostra que o Brasil produz 40% do lixo na América Latina. Além disso, cada brasileiro produz, em média, um quilo de lixo por dia.

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É um problema sério e que fica ainda pior quando pensamos na forma deste descarte. Apenas 10% do lixo que se produz no país é descartado de forma correta, o que nos leva à questão: o que estamos fazendo de errado?

Vale começar pelo início: o problema é mundial. Logo, o sistema de produção e consumo é a principal causa disso. As grandes empresas e governos ao redor do mundo devem se comprometer de verdade com o cumprimento das políticas pensadas. Porém, isso não nos exime da responsabilidade de mudar as coisas e requer conhecimento e atitude.

Como reciclar?

Saber quais materiais podemos descartar e como fazer isso é um importante passo para ajudarmos o planeta e todos os seres que vivem nele. As embalagens, geralmente, têm a indicação sobre a reciclagem (ou não) daquele produto, com o famoso símbolo de setas formando um triângulo. Priorizar produtos sem embalagem ou com embalagens recicláveis é o primeiro passo, mas tem mais.

Os lixos da sua escola e de espaços públicos não são coloridos por estética, mas porque cada cor tem uma função. Podemos pensar nos cinco grupos básicos de descarte por materiais e suas cores: orgânico (marrom), papel (azul), metal (amarelo), plástico (vermelho) e vidro (verde). É importante deixar a preguiça de lado e colocar o material na lixeira correta. Se tiver dúvida, só dar um Google que você encontra diversas fontes.

Porém, sempre tem aquele material que não sabemos o que fazer com ele. Os eletrônicos, por exemplo, juntam componentes de todos os materiais citados acima em um só. Ou as pilhas e baterias que, por terem fluidos tóxicos em seu interior, não podem ser jogados fora de qualquer jeito. Nesses casos, há algumas lixeiras especiais, geralmente em locais de grande circulação, como terminais de ônibus e outros locais públicos. Há também os pontos de coleta, que vamos apresentar em seguida.

Onde reciclar?

Em Florianópolis, a Companhia Melhoramentos da Capital (Comcap) é a grande responsável pela coleta de resíduos sólidos, dentre várias outras funções sociais e importantes que cumpre na limpeza e melhoria dos espaços públicos da cidade.

São mais de 50 anos de serviços prestados e é a grande referência quando se trata de descarte e em todas as regiões do município. Inclusive, o site e as redes sociais da Comcap são ótimas fontes de informação.

Vale a pena acessar o site e conferir as dicas e orientações que tem por lá. Para informar como é realizada a coleta seletiva nos bairros, por exemplo, existe uma tabela com dias, horários e locais por onde a Comcap passa, de forma simples e objetiva.

A tecnologia sempre ajuda

Um grupo bastante importante também é o dos trabalhadores independentes, como catadores e suas associações. São pessoas que trabalham com reciclagem e reaproveitamento, auxiliando os demais órgãos públicos nesse quesito, formando uma grande rede. Vale a pena se ligar nas pessoas que trabalham na sua região e até pegar contatos de quem trabalha com reciclagem e descarte para quando necessário. Existem também diversos aplicativos que já fazem o meio-campo para unir as duas pontas desse processo. Aplicativos como Cataki, Descarte Rápido, Rota da Reciclagem e Recicle.me auxiliam nesse contato. Alguns dos serviços são cobrados, afinal, trata-se de um trabalho por parte dos catadores. Mas todos nós sabemos que, para mudar a atual situação, temos que levantar as mangas e trabalhar em prol do planeta e influenciar as pessoas à nossa volta. Não é fácil, mas é necessário.

Os 5 Rs

Além disso, existem os pontos de coleta, chamados de Ecoponto, onde você pode levar aquele lixo mais difícil de descartar, como eletroeletrônicos, entulhos, pilhas e baterias, óleos de cozinha, entre outros. Hoje, Florianópolis tem Ecopontos em cinco regiões da cidade: Itacorubi (Centro), Canasvieiras (Norte), Morro das Pedras (Sul), Rio Vermelho (Leste) e Capoeiras (Continente). Tudo também detalhado no site.

É importante também falar dos quatro Rs que, nesse processo, vêm antes de chegarmos na reciclagem: Repensar, Recusar, Reduzir, Reutilizar para, aí sim, Reciclar.

Repensar é refletir sobre nossos hábitos (individuais e coletivos) que nos levam a consumir as coisas do jeito que fazemos atualmente, assim como buscar alternativas. Consumir com consciência.

Recusar é saber dizer não àquilo que impacta negativamente nosso planeta, tipo produtos que não fazem bem a nós ou empresas que não têm responsabilidade social nem com a natureza. Pesquise por rankings como Break Free From Plastic e saiba quais empresas são ou não poluidoras.

Reduzir é consumir menos, afinal, marcas tentam nos vender coisas o tempo todo e nem sempre a gente precisa de algo só porque as propagandas dizem. Logo, devemos priorizar o necessário e pensar em alternativas que produzem menos lixo.

Reutilizar é saber aproveitar algo de novo ou de outras formas. Por exemplo, não compre uma garrafa de água toda vez que tiver sede: guarde a garrafinha para encher no bebedouro. Os brechós ficaram muito famosos de uns tempos para cá justamente por isso: se você não usa mais, doe ou venda para alguém que vá usar.

Por fim, recicle. Hoje em dia existe tecnologia para reciclar a maioria das coisas. Mas, para isso, precisamos fazer que chegue em quem sabe como cuidar desses materiais.

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