9 771980 ISSN 1980-3206
320006 00154
J U L H O 2 0 1 9 N.154
VIDA SUPERLATIVA
LUÍSA SONZA
ENTRE O REAL E O VIRTUAL
LUZES DA RIBALTA A VIDA DISCRETA DA ATRIZ SUELY FRANCO, LONGE DO GLAMOUR DA TV SIGA A TRILHA DESTINOS, LIVROS, CURSOS: TUDO PARA TER NO RADAR NESTA TEMPORADA DE FÉRIAS
E MAIS: UM REFÚGIO PARA
CUIDAR DA MENTE E DO CORPO, DELÍRIOS DE ROMA, MANIA DE MEDITAÇÃO E MONJA COEN SENDO GENTE COMO A GENTE
A P R E S E N TA :
ESTAMOS CHEGANDO! NA PADOCA DO MANÍ VOCÊ VAI ENCONTRAR TUDO AQUILO QUE CONFORTA O PALADAR E O CORAÇÃO.
Piso Térreo
IGUATEMISP.COM.BR
28 14
40
10
NESTE NÚMERO 5 EDITORIAL 6 TRÊS PONTINHOS
Por Rodrigo Penna 8
#CONEXÃO
9 10 12 14 16
RADIOGRAFIA J.P ENTREGA MÊS BOM PARA J.P ADORA ALMANAQUE DE INVERNO
Por Dani Arrais
24
A DOIS PASSOS DO PARAÍSO
Um depoimento relax direto do Lapinha SPA 28
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NOVA YORK
46 48 50 51 56
BEM TEMPERADOS CORPO E ALMA FERNANDO TORQUATTO J.P FERVE DE CONVERSA EM CONVERSA
Por Kiki Garavaglia Por Joana Brito
Por Antonio Bivar 59 60
BERINJELA CABALA
PRAZER, LUÍSA SONZA
61 62
HORÓSCOPO ENTRE LENÇÓIS
A trajetória de sucesso da jovem que veio do sul
63
CORREIOS / AGRADECIMENTOS ÚLTIMA PÁGINA
NO CÉU DE SUELY
Bate-papo com a diva do teatro Suely Franco 32
POR AÍ
Por Shmuel Lemle
O conteúdo desta revista na versão digital está disponível no SITE +glamurama.uol.com.br/ revista-jp
NA REDE: facebook.com/revistajp
Por Roberta Sendacz
ROMA, SUA LINDA!
Uma viagem deliciosa pela capital italiana
LUÍSA SONZA Foto Pedro Dimitrow, styling Luna Nigro, beleza Jayme Vasconcellos (Capa MGT). Top e brinco D&G no Shopping Iguatemi SP
64
Monja Coen como ela é
@revistajp @revistajp
FOTOS ARQUIVO PESSOAL; JOYCE PASCOWITCH; DIVULGAÇÃO
Dicas do que fazer nesta temporada de frio
43
DIRETORA-GERAL JOYCE PASCOWITCH joyce@glamurama.com EDITORA Thayana Nunes thayana@glamurama.com EDITORES DE ARTE David Nefussi davidn@glamurama.com Jefferson Gonçalves Leal jeffersonleal@glamurama.com FOTOGRAFIA Carla Uchôa Bernal carlauchoa@glamurama.com Claudia Fidelis (tratamento de imagem) PRODUÇÃO Meire Marino (gestora) meiremarino@glamurama.com Ana Elisa Meyer (produtora-executiva) anaemeyer@glamurama.com Wildi Celia Melhem (produtora gráfica) celia@glamurama.com Inácio Silva (revisão) Luciana Maria Sanches (checagem) COLABORADORES Adriana Nazarian, Aline Vessoni, Antonio Bivar, Bruna Bertolacini, Ciça Bueno, Dani Arrais, Fábio Dutra, Fernanda Grilo, Fernando Torquatto, Frida Baranek, Jayme Vasconcellos, Joana Brito, Kiki Garavaglia, Luna Nigro, Morgana Bressiani, Paulo Freitas, Paulo von Poser, Pedro Dimitrow, Renato Fernandes, Roberta Sendacz, Rose Luna, Shmuel Lemle
PUBLICIDADE MULTIPLATAFORMA GERENTES MULTIPLATAFORMA Kelly Staszewski kelly@glamurama.com Laura Santoro laura.santoro@glamurama.com Maria Luisa Kanadani marialuisa@glamurama.com Roberta Bozian robertab@glamurama.com
publicidade@glamurama.com tel. (11) 3087-0200 MARKETING
Carol Corrêa (gestora) carolcorrea@glamurama.com Aline Belonha aline@glamurama.com Anabelly Almeida anabelly@glamurama.com Mayara Nogueira mayara@glamurama.com Tânia Belluci tania@glamurama.com
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J.P EDITORIAL
Q
uem olhar com atenção as fotos do nosso ensaio poderia até achar que ela é uma blogueirinha fashion, mas isso para Luísa Sonza seria pouco demais. Maior musa virtual dos últimos tempos, ela é casada com outro fenômeno, o comediante Whindersson Nunes (são 31 milhões de seguidores no Instagram!) e resolveu migrar para o off-line. Vem se transformando na cantora sensação do momento – sua audiência é principalmente de jovens e da turma LGBTQ+ –, lotando shows país afora. Não à toa, virou capa e recheio desta edição, em cliques de Pedro Dimitrow, styling de Luna Nigro e beleza de Jayme Vasconcellos. Fez bonito, como você poderá ver nas páginas mais adiante. Quem também sempre fez bonito, mas em outros tempos, quando a internet estava longe de ser inventada, foi Suely Franco, atriz que brilhava nos palcos mais importantes do país. Prestes a completar 80 anos e super na ativa – quem não ri com ela na novela A Dona do Pedaço, como a fogosa Marlene? –, Suely conta sua história de vida bem pé no chão para o repórter especial Renato Fernandes. Vida levada na real, sem aquele glamour que a profissão exige, mas com prêmios e reconhecimento – bom para fazer a gente pensar... E como julho também é mês de reflexão, fomos em busca de cursos, livros e até terapias para encarar o semestre com tudo: tem aulas de bordado, dicas de viagens, hotéis para relaxar, bares de vinhos eleitos por uma jovem sommelière e muito mais. Continuando no clima corpo, alma e espírito, escolhemos dois destinos únicos, diferentes entre si: direto do Paraná, o repórter Fábio Dutra relata o programa Estresse Controlado do Lapinha SPA, um bálsamo. Já euzinha, mergulhei com tudo nos prazeres e nas maravilhas de Roma – aliás, que cidade é essa? Enquanto isso, nossa viajante mais charmosa, Kiki Garavaglia, relembra a infância pertinho de Petrópolis, nosso colunista Fernando Torquatto clica Marina Moschen, atriz de 22 anos que promete na TV, e Antonio Bivar divaga sobre a política americana, explicando tudo nos mínimos detalhes. Por fim, uma pausa necessária para ler Monja Coen, uma mestre budista bem rock ‘n’ roll. Que a paz esteja convosco! E comigo também.
glamurama.com
TRÊS PONTINHOS POR RODRIGO PENNA
VIVA O TEATRO. VIVA A ARTE! Chegamos ao meio da temporada. Mãe Coragem, de Bertolt Brecht, direção de Daniela Thomas e a diva Bete Coelho no papel título. No Sesc Pompeia em São Paulo. Quatro meses longe de casa. Seis dias por semana em cena. Toco meu tambor três vezes e a peça começa. Toco meu tambor e viro o filho ingênuo e honesto, viro Brecht, viro um assassino. Toco meu tambor e puxo carroça, atravessamos então campos devastados pela guerra, fome e a morte. Toco meu tambor e viro sonho, luta, viro lama, trapo, eu morro e também mato, viro o mundo de cabeça pra baixo. Teatro é coletivo, plural, somos muitos tambores batendo no coração humano. Somos o teatro alemão e somos o Brasil. Como disse minha querida diretora: “Talvez, e por pouco tempo, essa seja uma das últimas atividades gregárias que nos restarão.” Viva o teatro!
RODRIGO PENNA É ATOR, DIRETOR, PRODUTOR, DJ, CRONISTA. O CARA VIVE DAS IDEIAS. A FESTA BAILINHO FOI SÓ UMA DELAS. DEVOTO DA POESIA, ELE ACREDITA NA ARTE, COMO OS ROMÂNTICOS, PORQUE SÓ A VIDA NÃO BASTA
6 J.P JULHO 2019
FOTO DIVULGAÇÃO
Eu tenho vivido de arte. Não sei muito de carros, nem moda, nem vinhos, mas arte é algo com que tenho realmente me ocupado. Não existe “arte conservadora”. Não sei dizer se existe carro conservador como existe carro esporte ou vinho conservador como existe vinho rosé, mas arte conservadora posso garantir, é caô. O que existe é homem humano, travessia. Ah, tem também uma gente desumana, vazia e aproveitadora. Mas arte conservadora, corra, Lola, corra!
J.P INDICA
FOTOS DIVULGAÇÃO
FIO DE OURO
Feitos com uma das lãs mais macias e preciosas, produzidas pelas cabras Hircus Laniger nas colinas e montanhas da Mongólia, o cashmere da ANSELMI é um achado perfeito para os dias mais frios. E a boa-nova é que a marca, uma das maiores malharias do sul do Brasil, acaba de chegar a São Paulo com uma charmosa loja no Shopping JK Iguatemi. Entre as peças, além do sofisticado cashmere, blusas, casacos, capas e calças, a maioria confeccionados em tricô de alta qualidade e o melhor: pensados para as mulheres de todos os estilos. Não à toa, a Anselmi convidou Juliana Paes e Camila Coelho para vestirem a marca em duas coleções exclusivas e pensadas para elas. J.P adora. +ANSELMI.COM.BR
#CONEXÃO POR DANIELA ARRAIS
Nesta concorrida era digital, conheça todos os passos de uma cantora que entendeu como o público consome música hoje Até os temas das canções passam pela relação com a internet. “O primeiro single fala sobre o fenômeno do narcisismo e a exposição constante das pessoas nas redes sociais em busca de atenção. O segundo fala sobre as redes gamers e suas realidades virtuais. O terceiro trata de como as redes nos condenam a um presente contínuo de perspectivas e decisões calcadas numa urgência cruel”, diz ela para a coluna. “Os temas refletem o momento de profunda transformação por causa das interações dos humanos com os equipamentos, aparelhagens e as mídias digitais. É como se fôssemos, definitivamente, metade gente, metade mídia”, continua. Na sonoridade, uma atmosfera dançante com batidas eletrônicas e sintetizadores aliados a uma levada rock-new wave, diz a cantora, que, ao chegar aos 40 anos, decidiu apreciar cada momento com mais atenção, com mais presença, seja on-line, seja offline. Para seguir e ouvir: @BIANCAJHORDAO e @LEELAOFICIAL .
Todo artista cria para ser lido, visto, ouvido, mas, no mar de estímulos da internet, como se sobressair? Bianca Jhordão, vocalista, instrumentista e compositora por trás da banda Leela, aprendeu a se valer desse frenesi internético para ficar perto de quem curte suas composições. Na ativa desde os anos 2000, hoje Bianca faz transmissões ao vivo pelo YouTube, os chamados #LeelaLive, em que a banda apresenta canções inéditas e antigas e ainda convida músicos para celebrar obras de outros artistas. Na pegada digital, ela entendeu como o público consome conteúdo em pílulas. “Decidimos que nossa estratégia seria lançar dez singles, em vez do álbum completo de uma só vez.” DANIELA ARRAIS é jornalista, autora do blog @donttouchmymoleskine e sócia da
@contente.vc, empresa que promove conexão entre pessoas e marcas
8 J.P JULHO 2019
FOTOS ARQUIVO PESSOAL; ELZA COHEN/DIVULGAÇÃO
@biancajhordao
RADIOGRAFIA
FOTO DIVULGAÇÃO
FRIDA BARANEK
Nesta série da artista plástica carioca Frida Baranek, Liminaridade (2019), ela transforma materiais industrializados como telas de aço galvanizado e tiras de madeira em obras delicadas e cheias de leveza. Desde os anos 1980, Frida mergulha na produção de esculturas, sempre empregando de pedras a peças de avião, tubos e fios. Seu trabalho está espalhado pelo mundo, da França à Coreia do Sul, e ela participou de eventos como a Bienal de Veneza e a Metropolis International Art Exhibition, em Berlim. Em 2013, ganhou uma grande mostra, Confrontos, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. É representada pela Galeria Raquel Arnaud desde 1990. JULHO 2019 J.P 9
J.P ENTR EG A JOYCE PASCOWITCH
O restaurante do Jacaré em Comporta, aulas de meditação por uma expert, um festão de aniversário e mais lei a m a is descoberta s em gl a mur a m a .com/nota s
car seus desenhos e diálogos cheios de personalidade – e muita sensibilidade – no Instagram. E foi daí que ESTELA MAY foi parar nos quadrinhos da Folha de S.Paulo, onde já virou leitura obrigatória. Estela, que ainda cursa faculdade de animação, é filha de Fernanda Young e Alexandre Machado, escritores e roteiristas. Aliás, ela mesma conta que boa parte de sua inspiração vem de casa: “Vivemos muitas situações loucas e meus pais sempre encaram tudo com bom humor”.
ACHADOS
O novo endereço secreto de quem é ligado em decoração e coisas de casa é o acervo da CRISTALERIA NACIONAL, uma antiga fábrica de peças de vidro. São copos, vasos, cinzeiros e pratos que foram produzidos até 1990, ano em que a fábrica, aberta por uma família espanhola havia seis décadas, fechou as portas. Há dois anos, duas bisnetas do fundador, Flávia e Luciana, decidiram dar um destino para o que não foi vendido. O acervo é tão grande que ainda tem estoque para mais dez anos.
INSPIRA E RESPIRA Como meditação é um assunto que realmente deve continuar em
voga por bastante tempo, cada vez que surge algo interessante nesse ramo ficamos de olho – como no caso de LUIZA HUMMEL, que tem apenas 34 anos, mas um longo caminho de aprendizado e dedicação. Hoje em dia, passa seus conhecimentos tanto em seu espaço nos Jardins quanto em domicílio. Em suas aulas, ela atende de CEOs de empresas e mães estressadas a pessoas que já sofrem algum transtorno, como ansiedade ou depressão, os males de nosso tempo. Seu estúdio tem três anos e a procura só aumenta: “É praticamente impossível sobreviver hoje em dia sem ferramentas desse tipo. Existe muita comparação, crise, autocobrança. Aliás, acaba de sair um estudo da Organização Mundial da Saúde mostrando que o Brasil é um dos países mais ansiosos do mundo”, disse à coluna. O segredo para meditar com sucesso, segundo ela, é estar atento ao momento presente. #ficaadica
10 J.P JULHO 2019
FOTOS REPRODUÇÃO INSTAGRAM; ANDRÉ LIGEIRO; DIVULGAÇÃO
MAIORIDADE Ela tem apenas 18 anos e foi descoberta depois de publi-
COMUM DE DOIS Como já é tradição, a dermatologista
ADRIANA VILARINHO vai fazer um festão
para comemorar seu aniversário e o do marido, o empresário Mateos Raduan Dias. Mas, desta vez, ela promete que o encontro será ainda maior: os dois estão completando 50 anos. A festa será no dia 17 de agosto no clube Helvetia, em Indaiatuba, com show de Zezé di Camargo e Luciano, flores de Vic Meirelles e organização de Bia Aydar.
PASSAPORTE I
Quem viajar para Comporta a partir deste mês já tem lugar certo para ir: o DA COMPORTA , restaurante do empresário brasileiro Fernando Droghetti, mais conhecido como Jacaré, mesmo nome de seu antigo restaurante em Trancoso e que fez história no sul da Bahia. Depois de abrir o Floresta em dezembro passado numa fazenda de 400 hectares próxima ao Rio da Barra, ele se mandou para Portugal para finalizar os últimos detalhes do novo projeto, que tem todo o clima praiano que ele cria tão bem, com direito a bar aberto até 2h da manhã, coisa rara por lá.
PALETA
Entre tantas ceramistas que surgem todos os anos, é difícil encontrar um trabalho tão autêntico e autoral como os objetos para casa de PAULA JUCHEM. A designer gaúcha que vive em São Paulo depois de morar 14 anos em Milão, junto do marido, o fotógrafo Ruy Teixeira, cria verdadeiras obras de arte e, não à toa, já ganhou dois prêmios na feira de design Made, além de ter sido destaque na SP–Arte deste ano. As peças são feitas à mão no novo ateliê dela e, depois da queima, ganham cores em lápis aquarela e nanquim. Entre fazer coleções exclusivas para a dpot e a Firma Casa, a novidade são seus cursos na Escola Britânica de Artes Criativas, no seu próprio ateliê e também no Superbacana+.
PASSAPORTE II
Falando em verão europeu, chama-se SYROS e fica, claro, na Grécia, o novo destino escolhido por alguns brasileiros descolados. Trata-se da menor entre as ilhas Cyclades, com o mesmo pôr de sol de Santorini e as belas praias de Mykonos, mas com algo raro hoje em dia por lá: sossego. Nada do agito das raves e o fervo local – apenas areias tranquilas, mar incrível, boa comida e bons hotéis. Quem vai nesta temporada? Charlô Whately e sua turma.
+eujoyce.com.br | +twitter.com/joycepascowitch | @joycepascowitch com thayana nunes JULHO 2019 J.P 11
JULHO
é mês bom para... Assistir – de novo – ao espetáculo A Alma Imoral, de Clarice Niskier, no Teatro Eva Herz. Cada vez é uma experiência nova
Circular pelo Ice Village, no Iguatemi SP: começa no dia 27 e vai ter pista de patinação, festival de vinhos, shows... Tudo!
Aproveitar um domingo de sol para um piquenique no Parque do Povo – com direito a passeio com as bicicletas do JK Bike, do JK Iguatemi, e sua cesta com guloseimas Incluir na playlist um dos sons preferidos da Madonna, Dino d’Santiago: ele é de Cabo Verde e foi uma espécie de guia musical da cantora quando ela morava em Lisboa Suar a camisa na Jab House, a nova microgym da Bio Ritmo: um mix de boxe com exercícios funcionais Namorar muito debaixo das cobertas Colorir a casa com as mantas e almofadas da designer Neza Cesar em parceria com a Decortrico
Garantir um chapéu da marca Lola Hats para as férias de verão na Europa. Chic!
Aguardar ansiosamente a estreia em agosto do musical Lazarus, de David Bowie e Enda Walsh, megaespetáculo dirigido por Felipe Hirsch, com Carla Salle e Jesuíta Barbosa no elenco Aproveitar os dias sem sol para um supertratamento de beleza, mandando ver no laser Esquecer os problemas do primeiro semestre Entrar em contato o mais rápido possível com Gabriela Shapazian e contribuir com o projeto Flores para os Refugiados
Mergulhar sem medo nos poemas da poeta mineira Ana Martins Marques – faz tempo que não aparece alguém tão bom… Passar uma tarde de sábado aproveitando moules – mexilhões frescos – , batatas fritas e vinho branco no novo Le Jazz, do Shopping Pátio Higienópolis
Correr para conseguir um Jeep Renegade WSL, uma edição limitada do carro e a cara de quem curte aventura Sonhar acordada com a gelatina de grappa com frutas do Piselli, nos Jardins
12 J.P JULHO 2019
Reunir os amigos em casa para uma competição de quem faz o melhor negroni
FOTOS REPRODUÇÃO FACEBOOK; DIVULGAÇÃO
Dar um up no look com uma bolsa Staud – marca preferida das garotas mais antenadas
J.P INDICA
FOTOS DIVULGAÇÃO
CONFORTO HI-TECH
Imagine aquele longo voo com destino às férias ou uma ponte aérea depois de encarar uma reunião de negócios. Imaginou? Tudo o que a gente quer em seguida é um merecido descanso, mas raramente é possível pular todo o processo de check-in nos hotéis. Foi pensando em conforto e comodidade aos seus hóspedes, e evitar situações como essa, que a GJP HOTELS & RESORTS, uma das redes de hotéis mais bacanas do Brasil, acaba de lançar os totens de autoatendimento capazes de realizar em poucos segundos o check-in e check-out com direito a tecnologia de reconhecimento facial. A novidade já está em funcionamento no Prodigy Santos Dumont, o maior da rede, com 300 apartamentos, que fica no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. Com alto fluxo de hóspedes ao longo da semana, o lançamento fez sucesso, especialmente por eliminar as filas na recepção nos horários de alta demanda. O processo é ágil e 100% digital: é só fazer o primeiro acesso ao sistema no totem que ele captura automaticamente a face do hóspede. A imagem é armazenada em um banco de dados para ser a chave de validação e identificação dos dados para a continuidade da reserva, tudo automático. Essa solução escolhe automaticamente o apartamento, sempre de acordo com a categoria reservada. O hóspede sai com a chave do apartamento em mãos sem precisar passar pela recepção física do hotel. Em breve, a novidade chegará aos outros hotéis do grupo, de norte a sul do país. +GJPHOTELS.COM
CONSUMO por ana elisa meyer BRINCO
Vivara do JK Iguatemi R$ 2.990
EM JULHO
J.P ADORA
JEAN SHRIMPTON
SAIA
Coven R$ 1.350
BLUSA
Haight R$ 878
Com silhueta esguia e um dos rostos mais bonitos do mundo, a britânica Jean Shrimpton foi um ícone do Swinging London, termo que significa a efervescência cultural e os costumes de Londres na década de 1960. Considerada a primeira supermodelo da moda, ela foi musa do fotógrafo David Bailey e capa de importantes publicações. Atualmente, aos 76 anos, leva uma vida simples e é proprietária de um hotel em Penzance, Cornualha, no sudoeste da Grã-Bretanha. LENÇO
Maria Filó no Pátio Higienópolis R$ 219
ÓCULOS
Prada na Óticas Carol R$ 1.060
SAPATO
Jimmy Choo no Iguatemi SP preço sob consulta
BOLSA
Salvatore Ferragamo no Iguatemi SP preço sob consulta
14 J.P JULHO 2019
TAPETE
Tapetah R$ 940 (m2)
POLTRONA
Mula Preta para Breton R$ 4.777
LUMINÁRIA
Bertolucci R$ 4.290
PINGENTES
MF8 Bijoux preço sob consulta
CHALEIRA
FOTOS REPRODUÇÃO; GETTY IMAGES; DIVULGAÇÃO
Le Creuset preço sob consulta
ANEL
H.Stern no Iguatemi SP R$ 2.740
CARRO
Fiat Argo Seleção preço sob consulta
JULHO 2019 J.P 15
ALMANAQUE
DE INVERNO Uma seleção de destinos, livros, cursos e terapias para aproveitar as férias de julho e a temporada de frio que acabou de começar p or a dr i a na na z a r i a n, a li n e v e s son i e t h aya na n u n e s
VAI PRA ONDE?
16 J.P JULHO 2019
NATURALMENTE Nada melhor do que encarar o inverno sob a luz e o céu azul anil do Atacama. Durante o dia, o sol é companhia constante nos passeios pelos cenários surreais da região e, à noite, aquele friozinho delícia sob um céu incrivelmente estrelado – com direito à manta, vinho chileno e fogueira. Então vale dizer que o TIERRA ATACAMA , hotel imperdível no destino, tem boas-novas. O foco do cardápio são os produtos regionais e os amenities da marca chilena Austral Organics, que usa ingredientes locais e orgânicos. No spa, produtos artesanais de origem mapuche prometem fazer sucesso entre os viajantes.
MERGULHO Depois de um dia entre trilhas e mergulhos em cachoeiras surreais, nada melhor do que ter um bom lugar para descansar na Chapada dos Veadeiros. A dica, portanto, é garantir um dos três quartos da CASA DA MANGUEIRA , em Alto Paraíso, que funciona no melhor esquema sossego total. Com entradas independentes, as suítes têm pátios privativos com rede. Detalhe: a casa fica numa rua tranquila, mas a poucos metros de restaurantes e lojinhas da cidade.
+TIERRAHOTELS.COM
+CASADAMANGUEIRA.COM.BR
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Com voos curtos, em pouco tempo é possível chegar ao lugar certo para quem curte o frio – mas tem até opção na mística Chapada dos Veadeiros
ESQUIMÓ Se a ideia é curtir o frio em cenários fora do lugar-comum, hora de embarcar para o Salar de Uyuni, na Bolívia, e seu charmoso KACHI LODGE. Pense em uma paisagem surreal aos pés do vulcão Tunupa – e a 3.600 metros de altitude – com domos que mais parecem uma estação espacial. Do lado de dentro, mimos como lanternas e janelões de vidro feitos para aproveitar o cenário. Com sofás e mesas comunitárias, um estiloso domo principal reúne os viajantes nas refeições sob comando do Gustu, escola de culinária e restaurante eleito como o melhor de La Paz em 2016. É, o Kachi Lodge é o lugar perfeito para descansar. +KACHILODGE.COM
PEQUENA NOTÁVEL Esqueça Garzón, a cidadezinha uruguaia que ganhou fama depois que Francis Mallmann abriu lá um restaurante e hotel. A dica para aproveitar o inverno uruguaio é seguir para Pueblo Edén, a cerca de 45 minutos de José Ignacio. Visite a Viña Éden, vinícola modernosa em plena serra que produz um tannat delicioso e aproveite para conhecer o hotel-butique SACROMONTE. No meio dos vinhedos, suas quatro casas são revestidas de vidro para aproveitar o visual bucólico. Os almoços, armados em mesas comunitárias no mesmo cenário, servem verduras da horta local e pratos típicos como o cordeiro assado. Outra dica para comer é o restaurante Mesa 41, que funciona dentro da casa do chef belga Fons de Muynck. +SACROMONTE.COM DIAMANTE DO ORIENTE Quer fugir para longe? A extravagante e futurista DUBAI é a dica. Desbrave o destino conhecido pela arquitetura ultramoderna e animada vida noturna, e aposte em passeios tão diferenciados quanto um cruzeiro de iate na costa do Golfo Pérsico, contemplar a vista incrível do At.Mosphere, assistir a uma corrida automobilística no Yas Marina Circuit, conhecer o Parque Temático Ferrari World, ou visitar o Louvre Abu Dhabie e a grande Mesquita de Abu Dhabi. Ah, e, claro, passear de helicóptero para ver a cidade das alturas. Quem fez e aprovou a viagem foi Siderley Santos, vice-presidente da Maringá Turismo. Mais informações no @CONCIERGEBYMARINGA.
JULHO 2019 J.P 17
SALA DE AULA
Não vai viajar? Aproveite o tempo livre com terapias para o corpo e a mente
LETRAS Em uma casa toda charmosa na Vila Beatriz, a ESCREVEDEIRA é um espaço de cursos livres de literatura e escrita. Prepare-se para dicas de como escrever roteiros de cinema ou de série, para discutir sobre poesia, literatura ou participar de palestras. “É uma grande comunidade das letras”, segundo Noemi Jaffe, uma das fundadoras. Em tempos tão virtuais, ela entrega que “as pessoas têm muito prazer de participar de um grupo, de conhecer gente com gostos parecidos com os seus”. +ESCREVEDEIRA.COM.BR
PLANTAS Com o clima esfriando, que tal passar um tempinho aprendendo sobre as mil possibilidades das plantas para a saúde? A ESCOLA DE BOTÂNICA , além de ensinar a fazer terrários, cultivar plantas em apartamentos ou todos os passos para o tingimento natural de tecidos, tem opções para aprender tudo sobre óleos essenciais ou plantas terapêuticas. À frente das aulas, professores especializados em massoterapia e aromaterapia, como naturólogo e bióloga. +ESCOLADEBOTANICA.COM.BR CERÂMICA Vai para o litoral de São Paulo? Em Camburi, o ATELIÊ LUFA CERÂMICAS, de Luciana Faria, dá aulas de peças decorativas e utilitárias, incluindo a partir de folhagens encontradas no entorno do ateliê. Ela oferece um intensivão de uma semana, desde modelar a argila até esmaltação e queima.
COMIDA Aberta há um ano, a filial da LE CORDON BLEU em São Paulo, tradicional escola de culinária francesa, oferece aulas para quem curte colocar a mão na massa. Neste mês, dá para sair de lá sabendo fazer as famosas éclairs, massas folhadas ou croissants, em cursos de algumas horas. Já em agosto, tem a estreia do curso de boulangerie e viennoiserie, intensivão de dois meses que ensina técnicas de pães salgados e doces. Já imaginou ter um diploma da Le Cordon Bleu na parede da cozinha?
BORDADO Um curso democrático, para quem tem muita ou pouca habilidade com as agulhas. No CLUBE DO BORDADO, tem curso intensivo para aprender as diferenças e semelhanças do ponto matiz longo e curto e pintura de agulha, com exercícios para fazer degradês, dar volume e efeito de pelos de animais.
@LECORDONBLEUBRASILOFICIAL
+OCLUBEDOBORDADO.COM.BR
18 J.P JULHO 2019
FOTOS GETTY IMAGES; REPRODUÇÃO INSTAGRAM; DIVULGAÇÃO
@LUFACERAMICAS
TÁ PERDIDO?
Pode demorar para uns e chegar mais rápido para outros, mas a crise existencial sempre acaba aparecendo em alguma época da vida. É completamente normal se sentir um peixe fora d’água, sem foco ou desconectado de um propósito que justifique o despertar de cada manhã. Às vezes, sentar-se no divã dá conta do recado, outras vezes não. Está procurando paz? Selecionamos algumas terapias alternativas para abrir os caminhos e deixar a energia fluir.
ELCA A ancestralidade pode se expressar nas células corporais em fluxos limitantes e desarmônicos, desdobrando-se em bloqueios nos corpos físico, mental, emocional e espiritual. Por meio de toques e símbolos, a ELCA – abreviação de Espiral de Luz, Cura e Amor – busca abrir canais de energia que se fecharam. Mais informações no site +ELCATERAPIA.COM .
SIGA JÁ
Não precisa ir para a Índia para encontrar seu guru. Essa turma está no Instagram e transmite boas vibrações
DEEKSHA
@GUTANAKA
doador devidamente capacitado, podendo ser gerada pelo olhar, imposição das mãos, visualização da esfera dourada a distância. É capaz de provocar um grande movimento interno e tirar o indivíduo de uma situação de sofrimento e desconexão. É para quem busca aquietar a mente, iniciar processos de cura ou remover bloqueios inconscientes. Em São Paulo há dezenas de locais para receber a deeksha, listados aqui: +OOACADEMYBRAZIL.COM .
@LUANAFERREIRA
DEEKSHA é a transmissão de energia divina feita por um
@JADEGOUVEA
THETA HEALING Inúmeras pesquisas científicas comprovam a relação entre pensamentos e emoções negativas no desencadeamento de doenças físicas e mentais. O THETA HEALING , que significa a cura por meio do acesso à frequência de onda cerebral Theta, aparece como uma alternativa para o desbloqueio dos nossos canais de energia, a fim de liberar nosso corpo físico de ressentimentos, raivas, culpas e medos que se instalam de maneira consciente e inconsciente. BARRA DE ACCESS Ao longo da vida, acumulamos em nosso corpo registros de pensamentos e experiências negativas, traumas, medos, e esses registros se transformam em bloqueios. A BARRA DE ACCESS é uma terapia com toques sutis em 32 pontos na região da cabeça para liberação dessas crenças limitantes. Dessa forma, a energia vital passa a ter fluxo livre a uma vida plena e abundante.
JULHO 2019 J.P 19
TAÇA NA MÃO
Estamos na melhor época para uma boa taça e quem entrega os melhores destinos é Juliana Carani, jovem sommelière que entende tudo de vinho SEDE 261 Um espaço onde o importante é ser feliz. Aqui, uma seleção diversificada de vinhos peculiares das sommelières Daniela Bravin e Cássia Campos. Os vinhos variam a cada dia, e as taças saem a partir de R$ 20 e a garrafa a partir de R$ 145. Aos sábados, tábua de queijos para acompanhar ou bar de ostras fresquinhas. Se estiver a fim, dá para pedir um delivery. @SEDE261 DIONYSOS BOTECO & VINHOS Sofisticação com simplicidade é algo que atualmente se busca muito. E é nesse contexto que Tafael Marcon e Marcos Carrasco brindam, de terça a sábado à noite, com vinhos garimpados por eles e voltados para pequenos produtores, orgânicos, biodinâmicos, brasileiros e estrangeiros, com valores que agradam os bolsos. Quando a fome bater, há bons petiscos para compartilhar. @DIONYSOS207 CANAILLE BAR Na correria de São Paulo, às vezes um refúgio urbano cai como uma luva – melhor ainda, com uma boa taça de vinho. Com um jardim acolhedor nos fundos, o Canaille serve comidinhas contemporâneas que podem combinar com cerca de 20 rótulos servidos em taças, fora as opções em garrafa. Boa música para acompanhar o almoço, jantar ou happy hour. @CANAILLEBAR A VIDA SECRETA DOS ANIMAIS,
Deixe o celular de lado, pegue sua manta, se aconchegue e reserve umas horinhas para colocar a leitura em dia 20 J.P JULHO 2019
Com histórias incríveis de porcos leais, galos conspiradores misturados com descobertas científicas, o autor escreve sobre sentimentos e inteligência dos animais. AS MAIS BELAS COISAS DO MUNDO, VALTER HUGO MÃE (BIBLIOTECA AZUL)
Com ilustrações de Nino Cais, o autor português reflete sobre a vida a partir da ternura que sente pelo avô. BRANCO LETAL, ROBERT GALBRAITH (ROCCO)
Quarto livro da série de thriller de Galbraith, pseudônimo de J. K. Rowling, em que o perturbado detetive Cormoran Strike passeia pelo submundo londrino.
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LIVROS
PETER WOHLLEBEN (SEXTANTE)
J.P INDICA
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LUXO FEITO À MÃO
Há 19 anos, quando o Quadrado, em Trancoso, na Bahia, ainda não era esse hotspot praiano que a gente conhece agora, GIOVANA DIAS já aterrissava por lá com biquínis feitos de crochê. Fez tanto sucesso naquela temporada que em pouco tempo essa designer mineira, apaixonada pelo trabalho artesanal das crocheteiras, desembarcava em São Paulo para vender em lojas como NK Store e Daslu – até ganhar um endereço próprio no bairro dos Jardins. As paulistanas ficaram encantadas com suas criações sofisticadas e atemporais, além de únicas e superoriginais: Giovana conseguiu transformar a tradicional técnica em lindos vestidos de festa e de casamento, em casacos e acessórios, como sandálias e botas. Neste ano, a comemoração é pela abertura de seu novo ateliê, um charmoso espaço na Vila Nova Conceição, maior e com mais conforto para receber suas clientes, assim como apresentar as novidades: peças atemporais que mesclam crochê com outros materiais e tecidos, como couro e seda. Um luxo. +GIOVANADIAS.COM.BR | @GIOVANA.DIAS
TENDÊNCIA SUSTENTÁVEL
HUGO SCHWARTZ E ALEXANDRE GEDEON
A mobilidade como sistema construtivo foi o principal ponto de partida do Loft Mobili, espaço criado pelos arquitetos HUGO SCHWARTZ e ALEXANDRE GEDEON, do escritório InTown Arquitetura. Projetado para um jovem casal, sua distribuição foi pensada de forma afetiva, com espaços fluidos e abertos, que estimulam o convívio em ambientes integrados e funcionais. Na cozinha, destaque para a linha Wave Ornare, com linhas modernas e limpas é revestida com lâmina de pedra black line e perfil de acabamento dark grey. Já o dormitório, com armário Australe Ornare, em pintura fosca black e perfil também de acabamento dark grey, traz gavetas com pintura fosca dove e tapete interno de couro cinza.
TANIA HAYASAKI E FABIANO HAYASAKI
A Arena CASACOR, assinada pelo escritório Hayasaki Arquitetura, foi pensada para receber eventos. Com o olhar do arquiteto FABIANO HAYASAKI e da designer de interiores TANIA HAYASAKI, o resultado foi um ambiente prático e acolhedor. No hall e living, por exemplo, as paredes ganharam continuidade estética e funcional com os painéis Wall System Ornare, em pintura metalizada selenium. A integração com as portas garante maior sutileza na divisão de ambientes com o uso do mesmo material.
FOTOS ANDRÉ MORTATTI/DIVULGAÇÃO
Todo ano, a CASACOR, a maior e mais completa mostra de arquitetura, design e paisagismo das Américas, apresenta as novas tendências para a área. Em 2019, o tema foi Planeta Casa e guiou os profissionais que participaram do evento. E, mais uma vez, a ORNARE, referência internacional em móveis sob medida de alto padrão, embarcou nessa história em projetos que destacaram estética e versatilidade. Nos ambientes assinados por Hayasaki Arquitetura, InTown Arquitetura, Gustavo Paschoalim, Bruno Carvalho e Duda Porto, as cozinhas, armários, closets, painéis e prateleiras ganharam diferentes cores e texturas com a ajuda da Ornare, assim como os acabamentos metalizados, em composição com madeira, vidro e couro – os highlights desta edição.
J.P INDICA
GUSTAVO PASCHOALIM
Já GUSTAVO PASCHOALIM assina o elegante Living do restaurante, ponto de encontro dos frequentadores do restaurante paulistano Badebec. Como destaque para o lounge, a cozinha metalizada gold, com armários e ilha da linha Wave Ornare ganha destaque na decoração como expressão de estilo.
FOTOS ANDRÉ MORTATTI/DIVULGAÇÃO
BRUNO CARVALHO
Na Suíte Blush, BRUNO CARVALHO criou uma atmosfera arquitetônica atemporal. Ali se destacam as prateleiras Ornare no pórtico, em pintura metalizada gold, que dão o tom cosmopolita ao hall. Já no closet, o armário Crystal Case Ornare, em estrutura metalizada gold e vidro transparente lapidado bronze, mistura luxo e suavidade com elementos como ouro escovado e couro ecológico dove no puxador.
DUDA PORTO
A Casa Lite, de DUDA PORTO, traz o conceito de casa modular atualizado com o novo jeito de morar. Desmontável, a casa pode ser facilmente transportada para outros lugares. No projeto, o closet Stilo Ornare traz pintura fosca rosa quartz e metalizada dark grey. Na cabeceira do dormitório, o painel Wall System ganha uma sensação maior de conforto com o revestimento de couro camurça cinza. Na cozinha, a linha Stripe Ornare tem acabamento noce iseo cross e perfil metalizado dark grey. +ORNARE.COM | @ORNARE_OFFICIAL
A DOIS PASSOS
DO PARAÍSO
Em tempos em que matar um leão por dia é pouco, um repórter estressado decidiu testar por uma semana o programa Estresse Controlado do Lapinha SPA – e não é que funcionou mesmo?
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esde que os psiquiatras passaram a falar inglês que as coisas andam meio difíceis para os urbanoides ultraconectados de plantão. Millennials (geração que nasceu na virada do século 20 para o 21) sofrendo de burnout (estafa cerebral severa) e fear of missing out (FOMO, na sigla em inglês, ou medo de estar perdendo algo) virou uma sentença comum de se ler no noticiário outrora escrito na língua de Camões. É tanta informação na tal da internet e tamanha é a aceleração da rotina mobile em que é possível realizar uma série de tarefas ao mesmo tempo – a geração na casa dos 20 anos atualmente é “multitask”, ou seja, faz várias coisas ao mesmo tempo – que a má-
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quina está esquentando e chegando ao limite do processamento. O cérebro simplesmente não tem capacidade para digerir tanta coisa ao mesmo tempo. Resultado: a máquina pifa e há sofrimento psíquico decorrente. Sou uma das vítimas: eu precisava “resetar” a máquina. Ato contínuo – eureca! – lembrei do melhor lugar do mundo pra cuidar do corpo, da mente e do espírito. E me mandei pra Lapinha, claro. Se empatia é a palavra da vez na publicidade, na vida real é a apatia que está tentando nos dominar. No Lapinha SPA (no feminino a Lapinha para os íntimos) não tem disso não: já na chegada o hóspede se sente abraçado pela equipe extremamente agradável, simpática e dedicada a cuidar de quem tá precisando mes-
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por fábio dutra
Em sentido horário, um bangalô para massagens, a vista da piscina no fim do dia, o caldarium, que são bancos aquecidos para relaxar a musculatura, e as cores do céu no Paraná
mo se cuidar. Deixar-se ser cuidado está até nas instruções da chegada, para que ninguém fique sem jeito com os mimos e sorrisos com os quais será tratado pelas pessoas dali – a maioria natural da própria Lapa, cidade paranaense histórica onde fica a fazenda, com vários anos de casa e bastante satisfeitas de
trabalharem por lá. De fato, a empresa de Margareth e Dieter Brepohl, fundada pela avó dele nos anos 1970, vive sua filosofia na prática: tudo é transparente, os funcionários sabem os resultados da empresa, participam da distribuição disso, são bem pagos e satisfeitos no emprego. Essa combinação de admissão das pessoas de lá com respeito com os trabalhadores gera uma excelência de serviços digna das maiores bandeiras de luxo internacionais – e sem os sorrisos protocolares e calculados dos grandes hotéis americanos, por exemplo. O ser humano como um todo, tal qual os antigos concebiam, é a linha da Lapinha. As comidas são deliciosas: é tudo ovo-lacto-vegetariano
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À esq., o bufê de saladas, quando é liberada, e detalhe para o nhoque de batata-doce; à dir., aulas à beira da piscina externa e a sauna seca com direito a vista
Ah, sim!, a turma da Lapinha. Por lá, fazemos as refeições todos no mesmo horário e é inevitável ficar amigo das pessoas ao redor. Nesta temporada, entre outras pessoas, conheci uma brasileira que já teve uma indústria de pães de queijo na... Califórnia, um empresário da indústria farmacêutica para... cachorros e um representante comercial de... moinhos de vento, para ficar apenas em alguns que têm profissões com as quais eu ainda não havia me deparado. Diversidade
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para favorecer a desintoxicação, o que já faz com que a gente perca peso. Mesmo se buscarmos uma dieta sem grandes restrições calóricas para aproveitar melhor as maravilhas que a chef Arlete Zbonik cria com os produtos frescos e orgânicos produzidos ali mesmo. O famigerado farm-to-table (da horta para a mesa sem intermediários, em tradução livre), tão em voga atualmente, é praticado por lá com maestria já há muitos anos. Algumas massagens e hidroterapias, das mais variadas técnicas (sugiro que tente a de pedras quentes, com a competente e atenciosa Mariane), estão incluídas para quem escolhe o programa Estresse Controlado desenhado para nós, os acelerados modernos. E são mesmo milagrosas. A acupuntura, com a médica argentina Gabriela Guibaudo, é outra mágica à parte: parece que saímos reprogramados da sessão. E ser gentilmente contorcido com a thai terapêutica do Vilmar (quase 30 anos de casa e certificado lá na Tailândia, onde estudou) é um dever-ser de quem é da turma da Lapinha.
À esq., o pôr do sol. Abaixo, à dir., a piscina externa com raias de natação, hidromassagem e caminho contra correnteza, e a ducha Vichy, que promove a hidroterapia no corpo todo
a gente vê por aqui. Desde sempre. E quem está por lá está porque quer aproveitar o belo bosque de araucárias, curtir o pôr do sol maravilhoso à beira da piscina com vista, caminhar todas as manhãs pela região, uma das mais bonitas do país, se consultar com os melhores médicos naturalistas do Brasil, fazer tratamentos com as incríveis massoterapeutas e esteticistas, comer bem e saudável, reconectar consigo e com a natureza. E tomar chá. Muito chá. Dos mais variados ti-
pos cultivados na fazenda da Lapinha. E uma pessoa assim não quer briga com ninguém: é dos melhores lugares pra fazer amigos. Posso dizer que voltei com tudo, renovado. E pronto pra outra – mas dessa vez dormindo, comendo e me exercitando entre um flash e outro de tantos mergulhos. A Lapinha ensina que é necessário alimentar a alma do que importa: os afetos do presente. Obrigado. n *O jornalista viajou a convite do Lapinha SPA
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MEMÓRIA
NO CÉU DE SUELY Diva sagrada do teatro brasileiro, Suely Franco transborda talento e modéstia – às vezes até demais. Na vida não se faz de estrela, coleciona piadas e não gosta de falar de amores do passado por renato fernandes
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m 1974, uma atriz explode na novela O Espigão, de Dias Gomes. Era Suely Franco, que, ao contracenar com Milton Moraes, desbancou as protagonistas da trama. “Ela engoliu todas as atrizes interpretando Cordélia. Foi a estrela absoluta, apagou todas”, relembra o fotógrafo da cena teatral carioca Sílvio Pozzato. O motivo era claro: nos anos anteriores, Suely havia se consagrado na cena teatral e migrou para a TV como uma das melhores atrizes do país. Em 1972, por exemplo, ao estrelar a comédia musical A Capital Federal, encantou os críticos e o público. O papel de Lola, uma coquete, do texto de Artur Azevedo, não era para ser dela, mas com ele teve sua grande chance. “O espetáculo não seria o que é sem a presença de Suely Franco, uma Lola admirável que seduz a plateia pela comunicabilidade, pela bonita voz de soprano, pela malícia carioca e por seu domínio cênico”, escreveu naquele ano o papa dos críticos Sábato Magaldi. Não à toa, levou o prêmio Molière para casa, desbancando nomes como Beatriz Segall. Em 1974, outra oportunidade: substituiu, pouco antes da estreia, Marília Pêra no musical Pippin. Marília teve de deixar o elenco por causa da gravidez e mais uma vez Suely arrasou ao lado de um jovem Marco Nanini. Logo, ela já apareceria em capas de revistas e viraria nome conhecido em todo o Brasil. SEM ESTRELISMO “Suely é a antiestrela. É dona de um talento absoluto e isso, é claro, causa inveja de algumas colegas”, descreveu o autor Simon Khoury na série Bastidores, que lançou 38 livros sobre os grandes nomes do teatro
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brasileiro. A afirmação faz sentido. No dia a dia, Suely prefere levar a vida com humor e foi assim que recebeu J.P em seu apartamento com vista para o jardim do Palácio do Catete, no Rio de Janeiro. “Não, não me acho um monstro sagrado do teatro, existem tantas outras mulheres, como Dulcina e Fernanda Montenegro”, diz ela, com extrema modéstia entre uma fatia e outra de bolo e café. Suely ama doces, ama. E fazer piada é com ela mesma: até as coleciona, recorta dos jornais e as guarda num envelope vermelho. Lê cinco jornais por dia e sabe de tudo – não faz a linha de atrizes que passam a tarde vendo programas de fofocas da televisão, ilhadas e solitárias. Sua casa lembra um grande camarim, com fotos de seus trabalhos penduradas por todos os cantos da sala, sem ordem certa. Uma grande estante suporta todos os troféus. No centro, uma poltrona clara chama a atenção: nela está acoplada uma espécie de carteira, onde Suely decora seus textos. “Só memorizo escrevendo e aqui é meu gabinete”, diz, sorrindo. Seus cuidados com a memória são cativantes e faz palavras cruzadas até mesmo na fila do banco. É que ela depende da memória para atuar e... pagar as contas. Há três anos, mora nesse imóvel depois de viver na Urca por décadas. “Gostava de morar naquele apartamento, mas era no terceiro andar, sem elevador. Papai morreu lá, imagina para descer?” Prática e – arrimo da família – mudou para essa nova casa, com o filho e a empregada, braço direito de duas décadas. DONA DE CASA, EU? Suely não faz o estilo dona de casa e papo de cozinha não é com ela. “Sei esquentar uma água quente como ninguém para um chá”, fala, acrescentando que também não é chegada à decoração. “Meu maior sonho é morar num flat, tipo hotel. Adoro quando vou atuar em São Paulo, não tenho de pensar em nada.” Inclusive é na capital paulista que se sente mais prestigiada. No Rio, dizem, o carioca não tem o hábito de saudar o artista. Suely, no entanto, gosta de ser reconhecida, se alimenta dos aplausos, mas não faz a linha glamour – não usa salto alto e se amarra em um conforto, colecionando alpargatas. Não faz exigências para a entrevista e não exige ser capa, levando a vida na real. “Suely é uma estrela moderna, ano 2019, sem nenhum tipo de frescura. Moderna como as mulheres normais”, descreve o amigo Ney Latorraca para J.P. Eles trabalharam juntos algumas vezes, como na novela Estúpido Cupido, de 1976, e brilharam no especial Saudade Não Tem Idade, de 1978.
Na pág. ao lado, Suely em dois momentos de 1974, após o sucesso da novela O Espigão; aqui, na peça A Capital Federal, com o ator Fernando Reski, e na capa do Amigão, suplemento da revista Amiga
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MEMÓRIA
MOMENTO GOSTOSA Foi em 1966 que Suely viveu seus dias de gostosa. E muitos. Pernocas de fora, cinturinha fina, foi estrela de Carlos Machado na elegante boate Fred’s. “Nunca fiz teatro de revista, mas show fazia sim, dirigida por Machado e vestida por Gisela, mulher dele.” A boate lotava para vê-la. Logo foi convidada para ser uma Certinha do Lalau, na coluna do jornalista Stanislaw Ponte Preta, pseudônimo do jornalista Sérgio Porto, que durante uma semana a trazia em poses sensuais – uma delas, de peruca loira. A foto faz parte de sua coleção e está pendurada na sala. “Tá vendo? Sou eu de Certinha”, diz, toda prosa, sem ligar para os quilos a mais. “Minha família é toda de gente parruda”, fala, e aponta com orgulho os antepassados italianos num porta- retrato.
FOTOS ARQUIVO PESSOAL; ACERVO LUCIANO SCHWAB
KOPPA, O MACHÃO Suely teve dois maridos, um deles o produtor de TV Eduardo Sidney. A relação durou pouco e logo em seguida, em meados dos anos 1960, atuando em São Paulo, ela conhece o pai de seu filho Carlinhos, o ator paraibano Carlos Koppa, conhecido na década de 1970 por interpretar machões e cafajestes. Grandão e gostosão, Koppa tinha um corpo musculoso, pele bronzeada e transbordava testosterona, além de um sorriso safado. Além de ator, consta que ele também tinha outra atividade: detetive. Juntos, moraram no bairro do Itaim e em uma chácara na região de Santo Amaro, e lá recebiam grandes nomes para almoços, como o casal Nicette Bruno e Paulo Goulart, Irene Ravache, Juca de Oliveira e tantos outros. Nessa época, Suely estava no auge da sua beleza, com cabelos compridos e pernas comparadas com as da estrela americana Cyd Charisse, e começou a deixar o marido enciumado. Sem razão, porque sempre foi fiel. Depois de seis anos veio a separação e muita confusão – Koppa era chegado num escândalo. “Detesto bate-boca, discutir, falar alto e brigar. Se tenho certeza que é pau e o outro diz que é pedra, deixo pra lá e concordo que ele tem razão. Aí fica tudo nos eixos. Chamam isso de falta de personalidade, eu já acho que é sabedoria”, confidenciava ela a Simon Khoury na série Bastidores. Porém, como de burra não tem nada, ao atuar na peça Amanhã, Amélia, de Manhã, de Leilah Assumpção, ela sentiu que estava engolindo muito sapo no casaAcima, Suely com as atrizes do mento e deu um basta. “Não quero falar disso”, musical Pippin, quando substituiu diz para a revista, deixando claro que o assunto Marília Pêra, e, abaixo, de maiô terminou e que de Koppa nem sabe o paradeiro. como a Certinha do Lalau As últimas aparições dele na televisão foi no humorístico A Praça É Nossa, do SBT, já idoso, com os músculos de fora e uma peruca barata. Parece que foi morar no interior de São Paulo, sumiu e levou junto seu forte temperamento.
PRESENTE Em 1998, Suely provoca mais um furacão na cena teatral vivendo a cantora Linda Batista no musical Somos Irmãs, sob a direção de Ney Matogrosso e Cininha de Paula. Nicette Bruno vivia Dircinha e só deu elas. Muitos iam assistir e chorar com Suely, vivendo toda a decadência de Linda. Resultado? Os prêmios Sharp e Shell, que ela exibe hoje com orgulho no alto da estante. A partir de então, emenda teatro com cinema e novelas. “O espetáculo Somos Irmãs trabalha com temas que mexem muito com a gente. A pobreza, o declínio das irmãs Batista. Todos os que vivem o mundo das artes ou autônomos têm medo da velhice. Ainda mais na nossa profissão. São raros os que conseguem ter grandes salários. Podemos ser muito conhecidos, mas isso não quer dizer que estamos bem de dinheiro, que estamos confortáveis”, revelou em sua biografia A Alegria de Representar, escrita por Alfredo Sternheim. Um talento desse tamanho e com essa idade – Suely faz 80 anos neste ano – só teve o privilégio de ter contrato por apenas três anos na Rede Globo, e uma vez na vida. Em 2011, ao lado de Tuca Andrada, fica três anos em cartaz com o espetáculo Seis Aulas de Dança em Seis Semanas, dirigido por Ernesto Piccolo. Tuca faz um professor de dança e ela uma senhora com câncer terminal. Mais aplausos, mais lágrimas: “Suely é uma lição de vida, tem um enorme prazer de viver, um sorriso largo, que quebra até mesmo meus momentos de mau humor”, diz Tuca. “Ela não está nem aí para essa coisa de glamour, que o nosso meio muitas vezes exige para ser mais valorizado, inclusive financeiramente”, continua. Em 2014, outro sucesso nos palcos, Elza & Fred, um texto portenho que faz ao lado de Umberto Magnini e é dirigida por Elias Andreato. “Ela No alto, à esq., como a tem uma energia arrebatadora, sem dúvida a mais animada do elenco. cantora de rádio Linda Batista, e abaixo, da esq. Sempre chega com bom humor ou contando piada”, conta o ator Lucia- para dir., Suely hoje, e no Schwab, que interepretava seu filho. Na coxia, ele gostava de ficar com os atores Luciano vendo os veteranos atuarem, enquanto tinha gente que preferia ficar no Schwab e Tuca Andrada celular. Hoje, interpreta Marlene, a senhora voluptuosa de A Dona do Pedaço, que tenta por todos os meios seduzir Ary Fontoura. O nosso encontro termina com Suely levando o repórter até o portão, tipo aquela tia, avó, mãe, vizinha e todos os seus personagens que fazem parte da dramaturgia brasileira. Suely é da família. n
“Suely é uma estrela moderna, ano 2019, sem nenhum tipo de frescura”
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C A PA
PRAZER, LUÍSA SONZA Conheça a cantora dos números estratosféricos, que foge de qualquer rótulo e é exemplo dos jovens de sua geração
por th aya na n unes fotos pedro dimitrow st y ling luna nigro belez a jay me va sconcellos (ca pa mgt)
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ifícil imaginar que menos de cinco anos atrás Luísa Sonza ia para o colégio. Ela bem que tentava ser uma adolescente normal na pequena Tuparendi (RS), mas, das aulas, pegava a estrada para mais um show – fazia 21 por mês. Luísa começou a cantar com 7 anos e, durante dez, subiu em milhares de palcos com sua banda – daquelas que tocam músicas do ABBA a funk e forró. Descobriu a internet, claro, como qualquer menina da sua idade, e fez tanto, mas tanto sucesso com covers de cantores famosos, que acabou ganhando um prêmio do canal Multishow. Num piscar de olhos já fazia as próprias músicas, tinha contrato com a Universal Music e começava a namorar Whindersson Nunes, um youtuber fenômeno, do tipo que tem 31 milhões de seguidores. O resto já é história. Tudo aconteceu tão rápido... “Que nada! Com a minha idade, cinco anos é muito tempo!”, diz ela, me trazendo para a realidade. É verdade, os tempos são outros. E se hoje tudo são números virtuais, pode-se dizer que Luísa é rainha. No Instagram, YouTube, Spotify... Ela é também a atual rainha dos jovens e entrega que grande parte de seu público é LGBTQ+. As fotos do nosso ensaio, aliás, aconteceram dias depois de sua primeira participação na Parada do Orgulho LGBT de São Paulo e Luísa estava muito feliz. “Eu nasci pra isso!”, responde, quando pergunto sobre esse sucesso todo. Gosta tanto do showbiz que não liga nada de “acordar virada depois de fazer três shows seguidos”. Sobre a fama, diz se sentir “em um zoológico” de vez em quando, com todo mundo a olhando na rua, e ama o orgulho que dá para sua família, formada por muitas mulheres: Luísa usa sua visibilidade para falar sobre empoderamento feminino. “Precisamos ter consciência feminina. Quero mostrar que nós podemos tudo.” Desde quebrar tabus sobre casamento a fazer o que quiser com o próprio corpo. Luísa casou aos 19 com Whindersson e quer ser um exemplo mostrando que a mulher pode se casar sem perder sua independência. “O maior erro da sociedade machista em que vivemos é não ensinar as mulheres a serem
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“Descobri que minha identidade é ser tudo o que quiser ser, cantar ou tocar. É mudar o tempo todo”
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independentes. Homens aprendem a trabalhar, estudar e ganhar dinheiro e serem bem-sucedidos. E a mulher é ensinada a casar com um homem assim. Quantas você conhece aos 40 anos que são livres?” Ela é tão centrada nisso que gerencia a própria carreira e inclusive sua marca de biquíni, para a qual desenha e, claro, é a maior garota-propaganda. “Se tem uma coisa que gaúcho sabe fazer é trabalhar e ganhar dinheiro. Você vê gaúcho exportado para todo lugar do mundo!” Verdade, Gisele está aí para provar, né? “Isso! Tinha o maior orgulho de falar: ‘Sou de uma cidade do lado da de Gisele e da Xuxa’. E hoje eu conheço a Xuxa, fui ao programa dela, e a Gisele me mandou o seu livro autografado”, fala e exibe, pela primeira vez no nosso papo, um jeito doce de menina. A verdade é que Luísa, apesar de seus 21 anos, sabe muito bem o que quer: quis casar aos 19? Casou. Quer cantar de música pop a gospel? Ela canta. Quer colocar preenchimento na boca? Ela coloca, o quanto quiser. Quer tirar um dia inteiro só para ficar de biquíni? Ela faz isso. Luísa é livre. Como muitos jovens de sua geração, não vê limites para alcançar seus sonhos e não está nem aí para o que vão pensar dela. Acabou de lançar seu primeiro álbum Pandora e deseja ajudar todo mundo a “sair da caixa”. “Sempre cantei vários estilos e me martirizava por não ter um só. Mas descobri que minha identidade é ser tudo o que quiser ser, cantar ou tocar. É mudar o tempo todo. É nunca ninguém entender o que estou fazendo: uma hora voz e violão e, na outra, dançar com a bunda na frente da câmera. Eu sou isso! Sou tudo! Fora da caixa, fora dos rótulos.” n
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Arte: Jeff Leal Produção executiva: Ana Elisa Meyer Produção de moda: Andrea Levy Assistente de styling: Lara Thuler Assistentes de fotografia: Adrian Ikematsu e Ana Carolina Joaquim Manicure: Rose Luna Tratamento: Helena Lopes (@hellyeah)
J.P VIA JA
ROMA, SUA LINDA! texto e fotos joyce pascowitch
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Na pág. ao lado, a Fontana di Trevi. Aqui, em sentido horário, o Coliseu, o charme das construções em um passeio pelas ruas, pizza do Forno no Campo de’ Fiori, um minissorvete do Ciampini e o Campari do Antico Caffè Greco
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ão existe lugar melhor no mundo para ser envolvida, arrebatada, transformada: oh, Roma, como você é linda, gostosa, saborosa e sedutora... Como você consegue ser ensolarada, inebriante, comovente, encantadora? Bem, agora que eu já falei tudo o que queria, vamos ao que interessa: aonde ir, o que fazer, como circular por essa cidade que conseguiu ser traduzida por Federico Fellini e Woody Allen com a mesma intensidade, apesar do olhar totalmente diferente. Se a ideia é ser apenas turista, a cidade é perfeita: seus monu-
mentos, e principalmente as fontes, são prato cheio para qualquer paladar. Se a ideia é não ser turista, basta andar a pé entre estátuas e jardins, portas e portões. Basta se jogar em qualquer restaurante, caro ou barato, famoso ou desconhecido. Basta comprar algumas fatias de presunto, salame e mortadela e mais uma taça de vinho tinto. Em Roma, tudo basta – e esse tudo pode ser bem pouco. Por exemplo, um drinque ao fim da tarde, em qualquer bar lotado. Um pôr do sol que deixa a Piazza di Spagna avermelhada. Aquelas palmeiras altíssimas. Ah, e os romanos...
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Nesta página, detalhes do hotel Eden, na via Ludovisi: a entrada grandiosa e o conforto para uma taça de vinho com direito a biblioteca, e, abaixo, o banheiro da suíte e os mimos para os hóspedes na chegada
Motivos que me fazem querer sempre voltar a essa cidade que considero a mais encantada do mundo A luz A Fontana delle Tartarughe O bairro de Giudecca A Piazza di Spagna vazia A Piazza Navona de qualquer jeito A Fontana di Trevi tarde da noite A livraria Feltrinelli O restaurante Nino A via Margutta Os sorvetinhos do Ciampini O bairro de Campo de’ Fiori As portas de madeira Os pátios Os romanos O Campari e negroni ao fim da tarde As lojas da via del Babuino O restaurante Piperno As alcachofras A casa de chá Babingtons
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ONDE FICAR De todos os hotéis que já fiquei em Roma desde que fui pela primeira vez, há bastante tempo, o Eden foi o que mais me acolheu. É o mais sofisticado, porém sem ostentação: apenas chic, muito chic. Nada de grandioso e extremamente bem localizado, na via Ludovisi, ao lado da Villa Borghese. A vista do café da manhã já diz tudo. Os quartos, banheiros, o serviço, o concierge, os porteiros e até o Rolls-Royce do hotel... Ah, tudo lá é tudo. Superlativo dentro da medida. O drinque ao fim da tarde no roof é um capítulo à parte: o sol se pondo sobre os jardins da Villa Borghese... Quem vai querer ir embora de Roma? Eu, com certeza, não.
POR AÍ POR KIKI GARAVAGLIA
MINHA INFÂNCIA NO INTERIOR
FOTO ARQUIVO PESSOAL
O destino de férias de nossa colunista e sua família era o mesmo dos imperadores brasileiros: a pequena Corrêas, em Petrópolis Quando eu era pequena, passávamos as férias sempre com muitos primos na casa de meu avô Francisco em Corrêas, distrito de Petrópolis. Eram dois meses praticamente sem sair do sítio, nos esbaldando numa típica infância saudável, com piqueniques nos morros e brincadeiras nas cabanas feitas de barro – quando chovia, as cabanas se desmanchavam –, ou rolando dentro de um barril nas ladeiras da casa, cuidando de pintinhos e patinhos, e vendo a boiada passar na maior alegria – com muitas brigas também, claro. Os anos se passaram, os primos casaram, a casa do vovô ficou lotada e compramos outro imóvel em Corrêas. Amávamos aquele lugar. Nós e os imperadores brasileiros: aquele lindo recanto era o destino deles na serra do Rio de Janeiro. No século 18, muitos viajantes iam e vinham de Minas Gerais, pernoitando no vale do Piabanha, rio que margeava o caminho novo da rota, mais especificamente na casa de Antônio Tomás de Aquino Correia, conhecido como Padre Correia e
herdeiro daquelas terras, dadas ao pai dele pelo rei de Portugal. Ele foi construindo uma linda sede em sua fazenda e acabou dando o nome à região, Corrêas. Depois de sua morte, um desses viajantes foi dom Pedro 1º. Ele se hospedou, se encantou e passou a frequentar a casa, muitas vezes junto com a família. Dom Pedro amava a sede, um majestoso casarão. Na parte de trás da fazenda, ele construiu uma igrejinha, a única na serra de prática religiosa, para Nossa Senhora do Amor Divino, que continua lá com o altar e paredes de madeiras nobres, porém, agora cercada de comércio, ruas e casas. Com as visitas frequentes, a irmã de Padre Correia, dona Arcângela, continuou recebendo o imperador, a imperatriz e suas filhas para passarem os verões na fazenda dela. Adoravam a região de temperatura amena e dom Pedro gostava de se banhar no rio que atravessa aquelas terras, com pequenas cachoeiras e poços. Inclusive, o preferido dele ganhou o nome de Poço do Imperador.
Foi então que ele resolveu comprar a fazenda de dona Arcângela, mas ela não quis vender e o apresentou ao seu vizinho, o dono da fazenda Córrego Seco. Dom Pedro 1º conseguiu comprar uma propriedade naquele lugar e anos depois essa região tornou-se a grande cidade chamada Petrópolis. Aliás, Cidade Imperial de Petrópolis. Dom Pedro 1º começou a construir seu palácio, mas foi seu filho, que também amava ali, que a terminou em 1862. Era enorme e o destino preferido da família para passar os verões e fugir do calor do Rio de Janeiro. Continuou assim até 1889, quando foram banidos do Brasil. Em 1943, Getúlio Vargas transformou o palácio no Museu Imperial, local onde está toda a memorabilia da nossa monarquia, de ambos os imperadores, incluindo a pena com que a princesa Isabel assinou a Lei Áurea para libertar todos os escravos em 13 de maio de 1888. Corrêas é pura história. n
viajante insaciável, KIKI GARAVAGLIA já correu o mundo e, no momento, pode estar em londres ou marrakesh. só tem medo de morrer sem antes conhecer dubai
JULHO 2019 J.P 43
NOVA YOR K
Um museu fora da rota turística, a marca toda básica que é mania entre as nova-iorquinas e um restaurante tipo tudo em Downtown P O R J OA N A B R I TO
CADEIRA MARCADA
Das marcas que está todo mundo usando em NY: a LA LIGNE acaba de abrir a primeira loja física – depois de fazer sucesso vendendo on-line desde 2016. No comando estão as três sócias, Molly Howard, Meredith Melling e Valerie Macaulay, que criam peças básicas e chics – o carro-chefe é o suéter listrado. O local escolhido? O coração do Upper East Side, em plena Madison Avenue. A loja chama atenção pela decoração superaconchegante, no maior clima de apartamento. +LALIGNENYC.COM
44 J.P JULHO 2019
DELIVERY
Só se fala sobre isso entre as fashionistas: o novo serviço de personal stylist do STITCH FIX , e-commerce de moda. Fundado em São Francisco, Califórnia, o site sugere mensalmente ideias de looks para os clientes. Basta se cadastrar, responder um questionário sobre estilo e personalidade e pronto: todos os meses chegam em casa caixas com sugestões de looks. O serviço já está disponível para mulheres, homens e crianças, com uma grande variedade de marcas. +STITCHFIX.COM
SANGUE LATINO
Para variar a rota de museus pela cidade, passe pelo EL MUSEO DEL BARRIO. Localizado na 5ª Avenida, um pouco mais ao norte do MET e do Guggenheim Museum, é a principal instituição da cultura latina em Nova York. São obras, filmes, performances e programas educativos dedicados à cultura latino-americana e neste ano, para celebrar o aniversário de 50 anos, o local organizou uma supermostra, a CULTURE AND THE PEOPLE, com trabalhos de importantes artistas como Carmen Herrera e Félix GonzálezTorres. Até 29/9. +ELMUSEO.ORG
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À RISCA
Mais um endereço do chef Jean-Georges Vongerichten – o mesmo dos clássicos ABC Kitchen e o ABCV – para reservar uma mesa: THE FULTON . A casa é especializada em frutos do mar e abre as portas na região de Downtown no Seaport District, bairro que foi recentemente revitalizado e está cheio de novidades. The Fulton tem uma cozinha grande e aberta, um espaço ao ar livre para o verão e uma vista perfeita para a Brooklyn Bridge. Jean-Georges é o primeiro dos grandes chefs a chegar por ali: em breve, David Chang do Momofuku e Helene Henderson, do Malibu Farm de Los Angeles, abrem restaurantes por lá. +PIER17NY.COM
J.P INDICA O QUE FAZER
PÉROLA DO ÍNDICO
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Os fãs de belas paisagens no feed do Instagram provavelmente já se encantaram com fotos das Ilhas Maurício. Isolado a cerca de 2 mil quilômetros da costa africana, o destino é paradisíaco. De origem vulcânica, une a beleza das montanhas às praias de areias branquinhas com mar azul-turquesa. Por essas e outras está no topo da lista de férias de celebridades e influenciadores. GABRIELA PUGLIESI está entre os que se apaixonaram pelo destino e a editora do blog You Must Go!, RENATA ARAÚJO, também foi desbravar o lugar: “Não é à toa que é chamada de Pérola do Índico: é o lugar ideal para quem quer relaxar e desfrutar de cenários belíssimos, privilegiados pela natureza, com corais, recifes e piscinas naturais”, conta. Quer saber dicas quentinhas de lá?
Para desbravar as ilhas, o resort organiza experiências memoráveis para os hóspedes, como caminhadas pelos parques da região, tours gastronômicos e culturais, e ainda passeios de barco e de helicóptero para admirar as cachoeiras submarinas. Para Gabriela, que viajou com o marido, Erasmo Viana, a dica é o passeio de barco durante o pôr do sol: “Fizemos o melhor passeio de snorkel da nossa vida. Foi incrível porque vimos muita vida marinha”.
ONDE FICAR
O ONE&ONLY LE SAINT GÉRAN é a escolha unânime dessa turma. “A propriedade passa aquela sensação exata que se espera quando vamos para um resort de praia: nenhuma vontade de sair dele”, conta Renata. O resort fica em uma península particular, rodeado por uma praia paradisíaca, com quartos espaçosos e suítes, decoração praiana elegante, spa rejuvenescedor e três piscinas. “É a definição máxima de luxo”, completa Gabriela.
ONDE COMER
Dentro do One&Only Le Saint Géran há seis restaurantes. Renata fez o tour e revela seus favoritos: “O restaurante panasiático Tapasake é incrível e tem um cenário espetacular sobre o oceano. Para os que não dispensam carne, a elegante steakhouse Prime é a pedida, e para pratos mais leves, vá ao L’Artisan. E, entre a praia e a piscina está o La Terrasse. À noite, é o lugar certo para tomar drinques refrescantes e curtir música ao vivo”. PARA MAIS INFORMAÇÕES, SIGA @OOLESAINTGERAN
AV E N TA L
Bem Temperados
Delícias brasileiras no Baixo Pinheiros, um roteiro da milanesa e um kaiseki – alta gastronomia japonesa – em casa POR THAYANA NUNES
DELIVERY
Mal abriu as portas e já é preciso esperar um pouquinho para conseguir uma mesa no SATÚ. O novo endereço dos sócios do NOU, Paulo Souza e Amilcar Azevedo, junto com o chef Flávio Miyamura, está fazendo barulho. Todo mundo atrás das receitas criativas e saborosas de Miyamura, que depois de se dedicar a uma culinária asiática e ganhar uma estrela Michelin, agora investe em pratos brasileiros. O resultado? Receitas deliciosas, como os camarões com creme de milho e tucupi ou o leitãozinho crocante com purê de castanha-de-caju. Vale a pena pegar uma das mesinhas perto da cozinha: a luz natural e o jardim interno prometem virar aqueles cantinhos cativos. @SATURESTAURANTE
@BS.KOSHOJI.
PEQUENO ROTEIRO DA MILANESA
Não faltam boas opções de um belo bife à milanesa em São Paulo. O segredo? Carne macia e crosta sequinha e crocante JAGUAR BAR
No novo bar do centro, milanesa é carro-chefe e o acompanhamento é ao gosto do freguês – pode ser legumes, saladinha...
46 J.P JULHO 2019
BAR DO GIBA
A casa onde serve uma das melhores feijoadas de São Paulo também tem no cardápio bife à milanesa aperitivo.
RITZ
Servido com creme de espinafre e fritas ou salada de batata, o filé à milanesa do Ritz é campeão em crocância.
MARTÍN FIERRO
Neste argentino, empanadas e chorizos dividem o cardápio com o filé à milanesa, servido com purê de batata ou salada.
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PAPO RETO
Chamar um chef de cozinha para preparar um jantar especial em casa não é novidade, mas um sushiman que prepara um kaiseki, termo para alta gastronomia em janonês, é novidade. Esse é o projeto de BRUNO KOSHOJI, filho de George Koshoji, do restaurante Kosushi, um dos restaurantes mais badalados de São Paulo. Ele vai até sua casa e faz um jantar em oito tempos – detalhe: até as cerâmicas em que são servidas as iguarias são feitas por ele. Bruno tem só 26 anos e morou cinco no Japão antes de criar seu menu-degustação. Segue lá no Instagram:
J.P INDICA
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MAGNA GRÉCIA, O VERDADEIRO SUL DA ITÁLIA
Todas as noites, a chef MARIANA FONSECA faz uma ronda nos seus restaurantes por São Paulo. Essa dedicação, claro, tem bons resultados: em menos de um ano, Mariana, que comandava três casas, duplicou o número e hoje já são seis restaurantes e um bar. Ela está à frente dos gregos Myk, inaugurado há sete anos, o Kouzina, que conta com três unidades – Jardins, Pinheiros e Shopping Cidade Jardim – e o Fotia, endereço com uma grelha de 4 metros na qual todas as receitas são preparadas, além do bar G&T que foi reaberto na Oscar Freire repaginado. Agora a chef mergulha em suas raízes italianas e nasce o VULCANO, fruto de um estudo sobre a culinária mediterrânea, em que traz receitas do sul da Itália inspiradas na Magna Grécia. “Sou neta de italiano e essa cultura sempre foi muito presente em minha casa. Na Antiguidade, o sul da Itália foi colônia grega, chamada de Magna Grécia. O Vulcano nasce das minhas raízes italianas e da minha paixão pela Grécia. Estou feliz e realizada por ter a chance de reviver receitas de família e criar novas experiências com a culinária mediterrânea.” @MARIANACAMARGOFONSECA | @VULCANOMYK
COR PO E A LM A Novidades verdes para o dia a dia, um gadget incrível para a região dos olhos e mais lançamentos P O R T H AYA N A N U N E S
OLHA O FOCO A região dos olhos é a primeira a exibir os A Avon acaba de lançar a linha PRO COLOR ESMALTE, que promete agilizar todo o processo de esmaltação. Seca em apenas um minuto e ainda tem dupla função: é esmalte e top coat, que proporciona cor com mais duração. Outro destaque é o pincel com mais de 700 cerdas, o que deixa a aplicação uniforme e bem mais rápida. São 16 cores – neste mês, aposte na Coral Fashion, bem moderninha. +AVON.COM.BR
GERAÇÃO FUTURA Comprar produtos de beleza ganhou novos significados nos últimos anos. Levanta a mão quem não procura se o creme é cruelty free ou se não checa o selinho verde no rótulo? BAIMS
Linha de make orgânica e vegana, nos produtinhos da Baims há o princípio ativo *BBA™ (Bio Behenic Active), que trata da pele e tem ação antiidade. Podem vir em refil, para serem acoplados às embalagens de bambu. ILUMINADOR WARM & GLOW é para toda hora e ainda serve como sombra. LIMELIFE BY ALCONE
Recém-chegada ao Brasil, a Limelife by Alcone faz parte do grupo L’Occitane e oferece produtos 100% naturais. Além das maquiagens, as opções de skincare têm óleos essenciais extraídos da natureza. SÉRUM SOTOKS é à base de cogumelos songyi e ajuda nas linhas de expressão e rugas, além de combater as manchas na pele.
48 J.P JULHO 2019
BARREIRA
Vai fugir do inverno e viajar para o verão lá fora? Produtos mega-hidratantes são bemvindos e protegem nos dias mais quentes A linha Cuide-se Bem Pele Sensível de O BOTICÁRIO protege as peles secas e sensíveis, e no verão é boa pedida porque leva o aloe vera, que acalma qualquer irritação e vermelhidão. O bom é que a textura é mais fina e absorve mais rápido. +BOTICARIO.COM.BR
Abuse do xampu e condicionador da AMEND Millenar Óleos Marroquinos: com óleos de argan e amêndoas e ativos extraídos da tâmara, reparam qualquer ressecamento. Para o frizz, use a manteiga de karité da linha. +AMEND.COM.BR
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TUDO JUNTO
sinais do estresse e da idade. É por ali que surgem as linhas de expressão e as rugas que chamamos de pés de galinha – além, é claro, de mostrar o quanto estamos cansados: quem não faz de tudo para disfarçar bolsas e olheiras? Para ajudar a amenizar os sinais, aplique o creme específico para a área com a ajuda do MASSAGEADOR PARA OS OLHOS IRIS, aparelho da FOREO que emite pequenas pulsações que diminuem as rugas e potencializam os ativos do produto. São apenas 30 segundos em cada olho e voilà, o olhar é outro. À venda na Sephora do JK Iguatemi. +SEPHORA.COM.BR
UM NOVO TOQUE POR RENATA FRANÇA
Todos os meses, Renata França recebe dúvidas de mulheres sobre drenagem na gestação. Mas, afinal, pode ou não pode?
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A resposta é: Sim! Costumo dizer sempre que a drenagem linfática é a massagem da grávida. Não tem nada melhor na vida! Já tive dois filhos e recomendo de olhos fechados. Alguns médicos liberam a drenagem só a partir do terceiro mês de gestação. Outros, desde o princípio dela, o que é superbacana, porque a mulher fica com o dobro de líquido, de hormônio, de tudo. A sensação que dá é de estar mais pesada. A grávida sente esse peso nas pernas, nas costas, nos seios e também nos pés, então, a drenagem é fundamental. Por isso, a frequência na mulher grávida tende a aumentar: se você fazia uma vez por semana, o ideal é que passe a fazer duas, e assim sucessivamente. Mesmo se não conseguir aumentar essa frequência, não deixe de fazer ao menos uma vez por semana. A sensação de bem-estar é imediata e a mulher já sente uma leveza no corpo inteiro. Outra dúvida comum é sobre o método usado durante a gestação. Na barriga, nós do Método Renata França apenas passamos um creminho e fazemos um carinho, o que, aliás, os bebês adoram! É impressionante como eles interagem com a gente. Um detalhe importante é passar o creme ou o óleo indicado pela médica ou médico que está acompanhando a gestação. Existem produtos excelentes para grávidas, para que as estrias não se rompam e não se tornem aparentes, por exemplo. Esses produtos são de fácil acesso e podem ser usados na drenagem para as gravidinhas. É o máximo, não é? Quando a barriga começa a ficar saliente, nós
não aconselhamos a mulher a virar de bruços durante a sessão de drenagem, mas, sim, a ficar de ladinho, com a perna de baixo esticada e a de cima apoiada em algum travesseiro. Isso faz com que a coluna fique alinhada e possibilita a drenagem nas costas, sem causar nenhum desconforto. E, apesar de muita gente não saber, é possível receber a drenagem linfática mesmo depois do parto. Aliás, é essencial, sabiam? Hoje, muitos médicos já liberam profissionais para realizar a massagem na mamãe que ainda está no hospital. É bacana porque quem teve bebê sabe que a gente fica muito inchada nessas primeiras horas. Após o nascimento, em menos de 24 horas, a mamãe já pode receber drenagem. Depois é só seguir com a frequência normal. Nesse período, obviamente, não fazemos a massagem diretamente na barriga, mas nas pernas, costas e até mesmo no rosto, com a Miracle Face. Lembrando que sempre, sempre devemos contar com a liberação médica. Então, saiba que podemos cuidar das mulheres antes, durante e depois da gestação. E não se esqueçam de tomar bastante água, o que ajuda bastante na drenagem natural. Para finalizar, a dica de autocuidado deste mês é para as futuras mamães: se não tiver ninguém para fazer a massagem em você, deite-se no fim do dia e coloque as pernas elevadas para acima da altura do coração. Isso ajuda muito no retorno venoso, desincha e alivia bastante a sensação de peso. Espero que tenham gostado. E me contem sobre os benefícios da drenagem após essas dicas. Tenho certeza de que a sua gestação será ainda mais linda e leve depois delas. Até a próxima!
RENATA FRANÇA É CRIADORA DA MASSAGEM MAIS DESEJADA PELOS FAMOSOS, A MIRACLE TOUCH. ALÉM DE SPA HOMÔNIMO, EM SÃO PAULO, A BAIANA VIAJA O PAÍS LEVANDO O MÉTODO QUE DESENVOLVEU E REVOLUCIONOU O MERCADO DA ESTÉTICA – JÁ SÃO MAIS DE 5 MIL PROFISSIONAIS ESPALHADOS PELO BRASIL E PRESENTES EM MAIS DE 20 PAÍSES
fernando torquatto BEAUTY ARTIST
Marina Moschen
Marque este rosto: ela tem 22 anos e é uma starlet em ascensão. Já está na sua quarta novela da Globo e a cada dia mostra todo o seu talento e beleza na TV. Aqui, nosso colunista teve faro fino e clicou Marina com a make do momento, marsala. Para copiar já!
FERNANDO TORQUATTO já transformou todo mundo que importa – aqui e lá fora. só vai sossegar depois de clicar madonna
NO ESCURINHO Sophia de Lucca e Antônio Benício
Jessica Sayeg e Felipe Samaia
Glamurama levou casais apaixonados para uma sessão do filme Rocketman no Cinépolis do JK Iguatemi. Além de um dos filmes mais badalados da temporada, o encontro teve direito a mimos mil para os convidados. JK IGUATEMI, SP
Giovana Puoli eo Marcel Sobrad
Fotos Paulo Freitas; Nicolas Calligaro/Divulgação
Cau Saad e Roque Savioli
Rodrigo Pimenta e Tuca Franchini
Tathiana Ventre Felipe Barahonae Letícia e André Alencar
Carolina Raucci e Fábio Tutundjian
TIM-TIM O champanhe Taittinger armou encontro no Brasil com a presença de Clovis Taittinger, herdeiro da marca. Ele contou um pouco mais sobre a nova campanha e as novidades do mundo da bebida mais famosa da França.
Isabella Kulikovski
PALÁCIO TANGARÁ, SP
João Cury e Clovis Taittinger
Ale Cozzi
Fernanda Barbosa
DJ Marina Diniz
Raissa Moselli e Alexandre Cerqueira
Fotos Paulo Freitas; Charles Naseh/Divulgação
Marina e Sofia Derani
Cris Proença, Giovana Dias e Lu Schwengber
PASSARELA
Sandrine Nass
A estilista Giovana Dias reuniu uma turma das boas na Vila Nova Conceição para comemorar o primeiro ano de seu ateliê e, é claro, apresentar seus novos vestidos de crochê feitos à mão com estilo único.
Iamonique Helena
SÃO PAULO, SP
Lilian Baptistell
a
Luciane Scattone
Luciana Sampaio
Alexandra Fructuoso
Fotos Paulo Freitas
Yascara Santos
Mariana Berenguer
PETIT COMITÉ
José Olympio Pereira e Alfredo Setubal
Presidente do Museu de Arte Moderna de São Paulo, o MAM, Mariana Berenguer recebeu convidados poderosos em um jantar, que aconteceu em sua casa, em prol da arte. SÃO PAULO, SP
Ana Eliza e Paulo Setubal
Rosana e Ricardo Saad
Helio e Salo Seibel
Regina Pinho de Almeida e Thyrso Camargo
Nádia e Olavo Setubal Jr.
Fotos Paulo Freitas
Beatriz Yunes Guarita
Gustavo Paschoalim
MEZANINO O arquiteto Gustavo Paschoalim armou um cocktail dos bons na CASACOR 2019. O motivo? Comemorar o sucesso do seu ambiente exposto no evento.
Katia Gonzalez
JOCKEY CLUB DE SÃO PAULO, SP
Lourdes Bottura, Cris Ferraz, Elaine Kalil e Cris Bava
Alice Amorim
Fotos Henrique Padilha/Divulgação
, Fernanda Gisely Oliveira Silvestre e ea dr An lli, Dune ti Francesca Alza
Simone e Amaury Gonçalves
Renato Mendonça
Tatiane Oliveira e Omar Pandolfi
Fernanda Dunelli e Patrícia Hagobian
DE CONVERSA EM CONVERSA POR ANTONIO BIVAR
MAIS NOVIDADE NO ANO QUE VEM O papo neste mês é sobre o presidenciável Beto O’Rourke, político que quer transformar os EUA
A
qui no Brasil as novidades não param de acontecer, mas a grande expectativa para o ano que vem são as eleições presidenciais lá nos Estados Unidos. Quem, eventualmente, poderá vir a ser o sucessor de Trump? Os pré-candidatos democratas de esquerda e centro-esquerda são muitos e vêm de descendências várias. Do sangue latino ao caribenho, do hindu ao all american. Suas agendas estão carregadas de temas ambientais, preocupação com a assustadora desigualdade social etc. Lá não se pode fugir ao capitalismo, mas clamam por um capitalismo mais justo, mais humano, um capitalismo, digamos, socialista. Dos democratas em disputa à escolha do partido, o que tem mais pinta de vencedor é Beto O’Rourke. Texano de El Paso, ex-deputado, ano passado perdeu, por pouco é verdade, para o republicano Ted Cruz, a vaga para o Senado. Em abril, fotografado por Annie Leibovitz, Beto O’Rourke ganhou a capa e muitas páginas, na revista Vanity Fair. No perfil, escrito por Joe Hagen, a gente fica sabendo quase tudo dele. Aos 46 anos, vem da Geração X, cresceu frente à MTV, foi punk radical, teve treta com o pai e fala palavrão tipo “motherfucker”. A mãe tentou aliviar
56 J.P JULHO 2019
Beto O’Rourke, 46 anos, é democrata, tem três filhos, tinha banda de punk rock e conta com todo o apoio de Barack Obama
a tensão. Beto frequentou shows punk e ficou amigo do fundador da gravadora Dischord, especializada no gênero. Dele aprendeu que “o ethos punk é para os que não se ajustam à sociedade”. Sentiu que os punks estavam certos. Tinha de escapar da sombra do pai. “Sou um filho raivoso”, disse na época. O pai, político de direita, andou envolvido num imbróglio quando, em 1983, no seu Toyota Land Cruiser foi encontrado um preservativo cheio de cocaína. O escândalo ganhou primeiras páginas e ficou conhecido como Rubbergate (rubber, pela borracha da camisinha). E ainda veio com lição de moral pra cima do filho. Reprovado em matemática, o pai se recusou a falar com ele. E queria que o filho estudasse para ser astrofísico, contador ou médico. Nem pensar. Beto ouviu a voz interior aconselhar “saia de casa, vá para a universidade de Columbia”. E foi pra Nova York. Provou cerveja pela primeira vez aos 19 anos no
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apartamento de um colega no Brooklyn, ao mesmo tempo em que formou sua banda punk, a Foss, (cachoeira, em islandês) e com a grana da mesada gravou um disco independente, The El Paso Pussycats. Num show em São Francisco a banda abriu para uma famosa, mas, de tão ruim, foi expulsa do palco na segunda música. Mas continuou fiel ao ethos punk. Aos 25 ano, passou a gostar de Bob Dylan e Nina Simone. E casou. A mulher, Amy, filha de um magnata do ramo imobiliário, é professora e nove anos mais moça que ele. Conheceram-se assim que ele entrou na política. Beto e Amy se casaram em 2005, no rancho do sogro, em Santa Fé. O casal tem três filhos, de 12, 10 e 8 anos. Com o tempo, mesmo nas divergências, Beto passou a se entender com o pai. Aquela coisa americana de vencer mais e mais na vida, fazer dinheiro e ter poder. Inclusive poder político. Boas conversas, na revista on-line do filho o pai escrevia um diário sobre sua viagem de bicicleta pelo país quando foi atropelado por um caminhão e morreu. Aos poucos Beto O’Rourke foi se tornando uma cara nova inspiradora. Otimista, confiante, complacente com o povo downtown, atraindo mais pessoas para o seu eleitorado. Considera os mexicanos amigos. Chegou a atravessar a fronteira para ir assistir um filme que estava passando
num cinema em Juárez. Fluente em espanhol, foi de porta em porta convencer os possíveis eleitores que ele, sim, melhoraria a vida do povo. Mas David Romo, historiador ativista, acusou Beto e aliados de destruidores de prédios de significado histórico para mexicanos pobres da zona central de El Paso para construir um Walmart, e que o sogro é que lucraria com a coisa. Assim que Trump lançou a ideia do muro, Beto foi radicalmente contra. Mas a oposição logo disse que seu sogro iria lucrar com o muro. Susie Byrd, conselheira do grupo de Beto, publicou um tratado político, Dealing Drugs and Death, argumentando que a legalização das drogas acabaria com a guerra dos cartéis que desestabilizara a fronteira. E por aí as coisas seguiram, uns a favor, outros contra. E Beto O’Rourke não era de todo invulnerável. Por sua ligação com o sogro foi atacado por democratas apoiadores de Obama e Hillary Clinton, que lançaram um vídeo provocativo, Billionaires for Beto. Houve contra-ataque e Beto venceu a convenção para o Senado, contando mesmo com larga adesão de republicanos, o que aprofundou a desconfiança da esquerda ativista chicana, cismada da ligação de Beto O’Rourke com os republicanos. Mas ele fez questão de se mostrar independente, mesmo nem sempre em união com os democratas. E continuou na defesa da legalização da maconha, ao menos para os flagrados em posse da erva. As coisas melhoraram quando, em 2015, viajou com Obama para a Ásia, para a transa Trans-Pacific Partnership. Beto testemunhou centena de milhares de pessoas no ato favorável ao, então, presidente ame-
JULHO 2019 J.P 57
o desejo de se candidatar a presidente. Ao voltar de Washington para El Paso, Amy ao abraçar o marido, excitada, falou “you fucker!”. Bem assim, bem punk. Com o apoio da Oprah, no começo de março já estava decidido: ele saía como pré-candidato democrata e em abril ganhou a capa da Vanity Fair. Vivemos, e não é de hoje, tempos de culto à personalidade. Beto não foge à regra. E se põe como o herói Davi contra o gigante Golias (Trump). Seu charme está de acordo com o charme da época. Se parece ingênuo para político, não teme a crucificação. E se perder na competição para a escolha de candidato do partido, pra ele também tudo bem. “Mas quero.” Dizem que quanto ele mais fala, mais gosta do som da própria voz. “Cara, nasci para estar nessa, nasci pra isso. Nasci e quero fazer tudo que posso, para este país, neste momento. O que me estimula é que os Estados Unidos lidere o mundo. Que as próximas gerações possam viver bem, aqui.” A preocupação com as mudanças climáticas; saúde para todos, que qualquer cidadão possa consultar um médico. Se o acusam de socialista, ele retruca ser um capitalista consciente. Quanto à imigração, cuidar de vistos para trabalho, cidadania para imigrantes ilegais, todos pagando as taxas, tudo na lei, atenção ao trabalho escravo, coisa que afeta milhões nos Estados Unidos. Questionado se é progressista, Beto diz que deixa os outros decidirem por ele. “Não estou interessado em rótulos.” E dizem que Amy, sua mulher, já tem como livro de cabeceira o Becoming, de Michelle Obama. n
ANTONIO BIVAR, escritor e dramaturgo, acredita que
devagar e sempre, nesse passo, vai até honolulu
58 J.P JULHO 2019
FOTO DIVULGAÇÃO
ricano, na Ho Chi Minh City, a maior manifestação na história do país. Barack Obama declarou que nessa viagem a integridade de Beto O’Rourke o fez ver, nele, a possibilidade de se tornar presidente. Depois disso, a lição da derrota de Hillary Clinton para Donald Trump, em 2016. Beto O’Rourke acredita que sua posição política não é apenas ser contra Trump, mas dar ao povo aquilo que o povo precisa. Já ao tentar o Senado contra Ted Cruz, sua munição foi: nada de dinheiro de corporações, nada de publicidade negativa, só coisa positiva focada na mensagem esquerdista, como que de volta à atitude punk eliminando artifícios. Postura franca, honesta e direta, sem interferência marqueteira, só ele e o celular. E partiu para a maratona confiante no carisma, Beto sendo simplesmente Beto. Mas rolou entrave: a mãe transferira para o nome do filho metade de sua parcela no shopping center de El Paso, antes de fechar a loja de móveis e decoração. Vazou que a parte que coube a ele somava cerca de US$ 9 milhões, e outros rolos que Beto botou a culpa no contador, já que a mãe não admitiu culpa. E Ted Cruz, não se sabe se fake ou fato, o acusou de estar envolvido num imbróglio de US$ 640 mil em cartéis de droga. No dia da eleição para decidir a vaga para o Senado, no estádio de El Paso lotado, perdeu para Ted Cruz. Só teve 25% dos votos. Amy, sua mulher, arrasada, chorou. Depois, em casa com a família, em vez de punk, era Stan Getz e todo aquele jazz na vitrola. Beto, em depressão, perdeu peso, as juntas doíam, o estresse. Mas Obama o chamou em seu escritório em Washington para uma conversa. Mesmo com a perda, Obama o parabenizou e Beto manifestou
BERINJELA.COM E-COMMERCE COM CHARME E PROPÓSITO
ENTRE LAÇOS
As irmãs Mara Montenegro e Mônica Schmid construíram a Bélier.Bélier com uma pegada sustentável: desde o reúso de material até a justa remuneração das artesãs
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por aline vessoni Mudar de ares. Encontrar um propósito. Fazer a vida valer a pena. Foram vários os motivos que fizeram Mara Montenegro e Mônica Schmid largarem suas carreiras, mas um deles mexeu demais com essas irmãs gêmeas, que antes exerciam as profissões de dentista e de advogada: a paixão pelo trabalho artesanal das crocheteiras. A dupla por trás da BÉLIER.BÉLIER, marca de bolsas artesanais, conheceu o trabalho minucioso dessas mulheres depois de ganharem uma clutch de fio de malha. “Fui pesquisar e descobri que se tratava de resíduos da indústria têxtil. Era algo único, porque nunca os fios seriam iguais”, conta Mara, que com Mônica quis entender o processo. “Foi inspirador: são peças feitas de crochê e técnicas de tear, que as artesãs aprendem com suas mães e avós, como uma herança familiar. É um motivo de orgulho, já que a atividade de tecer acaba se tornando o sustento da família toda”, continua. E foi assim que Bélier.Bélier surgiu: como um negócio sustentável, que busca valorizar o trabalho feito à mão e todas as pessoas que participam dessa cadeia. “É um ofício que para as crocheteiras é prazeroso e funciona como uma terapia. Agora, elas passaram a ser remuneradas por isso, e bem remuneradas. No fim, trabalham com mais amor e ainda ganham reconhecimento.” Nascidas sob a égide do signo de áries (bélier, em francês), as irmãs são verdadeiras representantes da impetuosidade ariana e impulsionaram um novo negócio, literalmente do zero, simplesmente porque acreditaram que valia a pena fazer bolsas exclusivas com toda uma cadeia sustentável por trás. E é por isso que está à venda no +BERINJELA.COM .
JULHO 2019 J.P 59
CABALA POR SHMUEL LEMLE shmuel@casadakabbalah.com.br
PANCADAS DA VIDA Queremos evitar a dor e ter uma vida com satisfação e plenitude. Mas se algo negativo já aconteceu, o que podemos fazer é aceitar e compreender que isso também é belo. A história a seguir, que escutei da boca do meu mestre, ilustra bem a lição. “Moshe era o funcionário preferido de um grande proprietário de terras. Quando o fazendeiro viajou, deixou Moshe encarregado de cuidar da propriedade. Isso despertou a inveja dos outros empregados. Todos os dias eles o agrediam e ele chegava em casa chorando, com marcas no corpo pelas pancadas que havia levado. Finalmente, depois de três semanas, o proprietário retornou e encontrou Moshe todo machucado. – O que aconteceu com você? – perguntou aflito. – Os outros empregados ficaram com raiva por eu ter sido escolhido em vez deles e me agrediram todos esses dias – respondeu o capataz. – Que horror! – exclamou o chefe – E que irresponsabilidade minha, que coloquei você nessa situação. Preciso fazer alguma coisa para reparar o dano. Quantas pancadas você levou, Moshe? – Levei 80 golpes. – Então darei a você 80 moedas de ouro, uma
por cada golpe que você levou por minha culpa. Moshe ficou rico! Foi para casa, e mais uma vez chegou lá chorando. A esposa dele perguntou o que tinha acontecido: – Você está chorando! Levou outra surra? – Não, pelo contrário. O chefe voltou e me deu 80 moedas de ouro, uma para cada golpe que levei durante o tempo que ele estava fora. – Estamos ricos! – comemorou a mulher – Você deveria estar feliz! Por que está chorando? Moshe respondeu: – Se soubesse antes que ele me daria uma moeda de ouro por cada pancada, eu teria apanhado mais!” A lição dessa história é saber que na vida passamos por processos difíceis que envolvem dor e sofrimento. Em vez de focar nas pancadas que levamos ao longo do processo, devemos focar nossa consciência no fim, na conexão com a Luz do Criador que vem em decorrência do processo, e na plenitude e satisfação que obteremos no fim. As pancadas da vida não são em vão. Elas nos levam em direção à Luz. Focando nisso, o processo fica bem mais fácil.
REESTRUTURAÇÃO
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60 J.P JULHO 2019
HORÓSCOPO POR CIÇA BUENO ILUSTRAÇÕES PAULO VON POSER
CÂNCER
São dois eclipses no período: um solar total por ocasião da Lua Nova de 2/7, às 16h24, em Câncer, e outro na Cheia, no dia 16, às 18h32, em Capricórnio. Um eclipse provoca confrontos entre passado e futuro, acentuando crises, trazendo inversão de tendências. O primeiro ocultará o Sol, o presente, a consciência e evidenciará o passado: relacionamentos, sentimentos e hábitos ressurgem mais atraentes do que nunca. Hora de fazer escolhas. O outro será um lunar penumbral, quando o futuro tende a vencer, acelerando as tendências que virão, revelando fatos, alterando relacionamentos, propondo sentimentos inéditos. Velhos hábitos e pessoas são abandonados em favor de novos, que surgem com força total. Ambos devem afetar os nativos de Câncer, Capricórnio, Áries e Libra. Que venham as transformações porque ninguém mais aguenta a mesmice! (Veja abaixo as tendências para o seu signo. E, se você conhece o seu signo ascendente, leia o texto relativo ao mesmo também.)
ÁRIES (21/3 a 20/4)
LEÃO (23/7 a 22/8)
Quiron, o curador, está em seu signo e se une ao seu regente Marte, ao lado de Mercúrio: você vai desempenhar papel importante de articulador não só de sua vida e da dos familiares ao seu redor, como de seu profissional. Grandes transformações.
Os eclipses não tendem a atingí-lo pessoalmente, salvo que atrairão muita agitação e intensidade no trabalho cotidiano. Olho vivo na saúde para não ter estresse: coluna e dentes frágeis. Marte/Mercúrio em seu signo vão deixá-lo bocudo: maneire.
TOURO (21/4 a 20/5) Será um período de intensa atividade intelectual, de negócios, que exigirão de você inúmeros deslocamentos, viagens, agilidade e jogo de cintura. Não fique perdido, organize-se para render melhor. Mudanças/desafios familiares à frente. GÊMEOS (21/5 a 20/6) Lunação ativa os aspectos financeiros e econômicos com direito a desafios e transformações de grande envergadura. Seu regente promete liderar negociações, vendas e criatividade intelectual. Aguarde ritmo intenso e imprevistos. CÂNCER (21/6 a 22/7) Lua Nova/eclipse os nativos do primeiro decanato anunciando mudanças radicais em suas parcerias: tenha tato e paciência por todo o período. Na Cheia, serão os do terceiro decanato os mais atingidos, mas com condições mais suaves. Olho vivo nas finanças.
VIRGEM (23/8 a 22/9) Eclipses atingem o eixo do amor, da criatividade, amizades e projetos futuros: tudo isso deve sofrer alterações drásticas e profundas. O primeiro tende a ser mais transformador; o outro mais suave e com reconciliações. Imprevistos à frente.
LIBRA (23/9 a 21/10) É na casa e nos temas domésticos versus profissionais/imagem social que os eclipses vão ocorrer: aguarde mudanças radicais no lar e na família. Temas futuros podem acelerar negociações, com desafios. Organize-se e foque no que quer para render mais.
ESCORPIÃO (22/10 a 21/11) Eclipses atingem áreas intelectuais, negócios, viagens e exterior: mudanças à frente. No primeiro, desafios; no outro, a criatividade e os amores se restauram. O profissional estará em foco. Modere a agressividade.
SAGITÁRIO (22/11 a 21/12) Será um ciclo de crises financeiras ou afetivas de vulto, com direito a grandes alterações no panorama. Na Nova será pressionado a mudar; na Cheia já terá mudado, mas sobretudo a partir do controle de gastos, excessos e impulsividade. CAPRICÓRNIO (22/12 a 20/1) Eclipses vão chamar a atenção para os relacionamentos de todo tipo: deverá fazer mudanças na sua postura, rigidez e intolerância, se quiser manter as parcerias de modo saudável. Crises à vista! A Cheia trará melhorias e reconquistas.
AQUÁRIO (21/1 a 19/2) Fique atento ao cotidiano e à saúde: grandes mudanças por ali serão necessárias. Nos temas domésticos, na casa, família e relações conjugais, além das parcerias, terá os maiores desafios, com imprevistos: treine o jogo de cintura.
PEIXES (20/2 a 20/3) Apesar de fortes, os eclipses devem trazer-lhe mudanças com incremento da criatividade e intensificação de afetos, lazer e prazeres. O futuro se acelera na cheia: mexa-se para não perder o bonde! Dia a dia intenso. Modere as paixões e os excessos.
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ENTRE LENÇÓIS POR ROBERTA SENDACZ
A bondage, uma técnica ligada ao tradicional sadomasoquismo, possui tarefa inexata nas artes e, naquela que escolhemos como exemplo deste texto, o cinema da francesa Catherine Breillat. Batizada de “suspensão”, serve para erguer os sentidos. Levá-los para cima e, numa radicalidade, derrubá-los para se aproximar de uma ligação de si consigo. Isso nos remete ao século 18. É a amarração da personagem com ela mesma, colocando-a assim em questão. As ataduras da bondage são feitas como instrumental para então atar a pessoa a si mesma. De forma a brotar esquisitices. Como protagonista da técnica bondage temos a personagem Marie, de Romance (1999), filme de Breillat, em que o sexo aparece como destruidor e transformador. “Marie está participando de uma jornada que a permite ser construída aos poucos”, analisa Robert Sklar, historiador americano especializado em história do cinema. O erotismo foi escalado para tal: ligar uma coisa na outra, com dor dentro e fora de si. A amarração externa ativa o atarse a si provocando como um sistema da física. Na história, uma professora disléxica é convidada a ir à casa do diretor de sua escola, que lhe propõe um tratamento meio esquisito. Uma espécie de galã do charme, ela começa a se derreter e entregar-se a ele. Não fazem sexo, o diretor não quer isso dela, porém pede para amarrá-la na forma da bondage. Aí faz brotar uma porção de sentimentos íntimos e fortes. A personagem dá uma choradinha, desnecessária para caracterizá-la, e depois passa. O desnudarse desse si consigo está relacionado com o fim da consciência racional. E assim, no desfalecer, pode haver um parentesco com o surrealismo e os sentimentos acontecendo lá na hora da novidade, no exemplo claro do filme. Ela passa por todos os sentimentos e os deixa aparecer. É possível olhar para a cena como sendo o retorno à animalidade. ROBERTA SENDACZ
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Ligar-se a si no terreno das ataduras. Um encontro com a beleza e a sujeira dentro do homem. Nossa personagem Marie retorna algumas vezes à casa do diretor. Numa das noites, aparece de vestido de festa e pede para atar-lhe com mais força que na sessão anterior. Ela se mostra total entregue às ataduras e até passa a dar menos importância para o seu namoradinho que não a quer como “mulher”. Não precisamos ir longe no si consigo. Não precisa ser apenas com sessões de bondage. Às vezes nos chegam informações curiosas que cintilam em nossa cabeça e pensamos: “Nossa, pensei nisso ontem”. “Nossa, essa música me faz pensar naquilo.” São encontros pulverizados de uma coisa com outra. Certa magia que tem a ver com esse si consigo, como confronto ou apaziguamento. Breillat sabe utilizar como ninguém o recurso do “voice-over”, que é dar voz ao pensamento não materializado pela fala. Nesses, estão as farpas do si consigo, o grande encontro ao qual temos de ouvir. De forma geral, a cineasta gosta muito do colocar para fora. E isso pode ser de forma a expandir a violência do personagem, da paixão não correspondida, do mal-entendido e do sexo devastador. Tudo aparece: estamos na pornografia.
é jornalista, mas se encontrou na filosofia. gosta de experimentar tudo com o que fica velado
FOTOS FERNANDO TORRES; GETTY IMAGES
Como a técnica da bondage pode revelar um erótico que vai muito além do sexo em si
AGRADECIMENTOS
PEDRO DIMITROW reservou um dia inteiro para fotografar Luísa Sonza
JAYME VASCONCELLOS aceitou a missão de deixar nossa estrela ainda mais gata
LUNA NIGRO fez todo o styling do ensaio de capa com um mood bem chic
J.P NAS REDES
JOANA BRITO entregou as melhores novidades do verão nova-iorquino
RENATO FERNANDES conversou com a diva do teatro brasileiro Suely Franco
P
MARCAS DO MÊS CARTAS@GLAMURAMA.COM
BELÍSSIMA (J.P 153) @manecosm Adoro a revista e Paolla Oliveira está divina. Parabéns! @guimaraes_lucilene O making of com @paollaoliveirareal está lindo!
FOTOS REPRODUÇÃO; ARQUIVO PESSOAL; MAURÍCIO NAHAS
@soycholoangiolino A capa está demais!
Bertolucci + BERTOLUCCI.COM.BR Breton + BRETON.COM.BR Bulgari + BULGARI.COM Coven + COVEN.COM.BR Dolce & Gabbana + DOLCEGABBANA.COM Fiat + FIAT.COM.BR H.Stern + HSTERN.COM BR Haight + HAIGHT.COM.BR Jimmy Choo + JIMMYCHOO.COM Joo + JOO.MODA Le Creuset + LECREUSET.COM.BR Maria Filó + MARIAFILO.COM.BR Marita de Dirceu + (11) 3088-1046 MF8Bijoux + @MF8BIJOUX Óticas Carol + OTICASCAROL.COM.BR Salvatore Ferragamo + FERRAGAMO.COM Tapetah + TAPETAH.COM.BR Trash Chic + TRASHCHIC.COM.BR Vivara + VIVARA.COM.BR
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Ú LT I M A PÁ G I N A
MONJA COEN
Cheia de bom humor e com reflexões que nos ajudam a encarar a realidade, Monja Coen é uma das maiores líderes espirituais do Brasil e faz sucesso com seus livros e vídeos na internet que ensinam os caminhos para a paz interior. Para a J.P, confessa que também tem seus vícios, que perde a paciência de vez em quando e revela que sua maior extravagância foi se casar aos 14 anos.
J.P: Meditar é para os fortes? MONJA COEN: É para todos,
nervosos, pacientes e distraídos... J.P: Qual o grande combustível da vida? MC: Oxigênio puro e respiração
consciente. J.P: E como alcançar a melhor vida que podemos ter? MC: Buscar viver com plenitude a cada instante, lembrar que é rápido e não ficar imaginando uma vida fora dessa. O melhor é onde você está. J.P: Qual a sua maior virtude? MC: Posso falar mais dos meus vícios... (risos). No budismo não falamos muito das virtudes. J.P: Um vício, então? MC: Cachorrinhos, adoro eles. J.P: O que foi mais difícil de desapegar quando virou monja? MC: Natação, eu gostava muito. J.P: Seu maior questionamento é? MC: A cura da Terra. Como fazer com que o maior número de seres acorde e aprecie a vida, tenha sabedoria e viva em uma cultura de paz e justiça. J.P: Como unir um mundo tão dividido? MC: Com respeito, ternura, compreensão. O que nos divide é a falta de olhar em profundidade. Pensar diferente é compreender que existe o diferente e isso não é mal. J.P: Quais são os atuais tabus do mundo? MC: É assustadora a falta de respeito e a discriminação. J.P: O que acha da atual situação do Brasil? MC: Uma situação e tanto. Estou observando e existem questões
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que discordo completamente, mas não tenho todas as informações do poder para julgar. Espero que tudo seja para o bem de todos e não de apenas um grupo. J.P: Os governantes te surpreendem? MC: Me surpreendo com falas do presidente e de ministros que estão foram do meu universo de inclusão como não usar armas, agrotóxicos, a questão dos índios. Não pode ser só a busca pelo lucro imediato. J.P: Em momentos tão difíceis, como encontrar a paz? MC: Na respiração consciente. A chave de ouro é endireitar a coluna, manter a cabeça erguida e respirar que muda quase que tudo. Oxigena o cérebro e o contato com você mesmo. J.P: Quem gostaria de ser? MC: Nunca pensei nisso, quando a gente pode procurar ser a gente mesmo é melhor. Ser o outro não dá certo, nossas experiências são únicas. J.P: Melhor conselho que já ouviu? MC: Eu tinha 35 anos e o meu vizinho de 89 falou: “Sabe qual o maior sentido da vida? Viver”. J.P: E o melhor conselho que deu? MC: Que não há nada por matar ou morrer. Não matem a si mesmos e nem queiram matar ninguém. J.P: Qual foi a grande extravagância que já fez? MC: Muitas, sabe? Casar com 14 anos foi bem extravagante e por vontade própria. J.P: Se pudesse viver à base de um alimento, qual seria?
MC: Ovo, que é o mais completo alimento. J.P: E se pudesse mudar alguma coisa em você? MC: Paciência... Preciso de um pouco mais. J.P: Uma mania? MC: Ficar brava de repente, daí eu tenho que pensar: “Não, monja, não, monja.” J.P: Uma frase? MC: Somos a vida da Terra, estamos interconectados a tudo e a todos, por isso cuidamos com respeito e dignidade. J.P: Um lugar no mundo? MC: Monte Fuji, no Japão. J.P: Como gostaria de morrer? MC: Tanto faz, devagar ou rápido. J.P: A eternidade existe? MC: Sim, tudo é eterno, embora passageiro. J.P: O mundo está chato? MC: Não, está divertidíssimo. Chato é o resfriado que peguei hoje.
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por fernanda grilo
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