Revista Linhas 07

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responsabilidade social das empresas Prof. José Moreira

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stresse na vida académica Prof.ª Anabela Sousa Pereira

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crise, matemática e professores de matemática Prof. J. David Vieira

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accção social no ensino superior: um novo compromisso Mestre Hélder Castanheira

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carreiras bem sucedidas antigos alunos da ua com carreiras bem sucedidas

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estudo pioneiro na área da music medicine investigadora da ua estuda efeitos da menopausa e da terapêutica hormonal de substituição na qualidade vocal feminina

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infertilidade masculina ua na procura de soluções para a concretização do sonho de ser pai

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projecto second.ua ua é a primeira instituição de ensino superior portuguesa a marcar presença no Second Life

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revestimentos anticorrosivos “inteligentes” em desenvolvimento na ua ambientalmente menos ofensivos do que os actuais

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universidade soma distinções na investigação, corpo docente e qualidade de ensino

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incubadora de empresas lança empreendedores de sucesso

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presidente da república elogia áreas fortes da universidade aposta em áreas-chave e cooperação com as empresas colocam universidade de aveiro no bom caminho

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no âmbito da parceria com carnegie mellon universidade avança com professional master


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pós-graduação oferta adaptada a bolonha alargada em 2007 / 2008

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dois novos mestrados erasmus mundus jemes e fame a partir de 2007

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colaboração inter-universitária entre a ua e galegas programa internacional de pós-graduações em biologia marinha e nanociências

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tecnologias da informação e tecnologias e sistemas de informação ua arranca com dois novos cursos em 2007

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mais oito licenciaturas adequadas a bolonha em funcionamento a partir de setembro 2007

escola superior aveiro-norte oferece cet inovador criado em parceria com a Microsoft Corporation, escola tecnológica FORINO, universidade do minho e universidade da beira interior

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publicações da comunidade académica

33º aniversário da universidade doutoramentos honoris causa marcaram dia de aniversário

ministra da educação plantou um “jardim da ciência” na ua

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ua arrecada vários prémios nas áreas de música, design, química e matemática

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a universidade de aveiro em notícias 3810-UA, Viva a Ciência!, Eureka, Sofá de Ciência, Frequência Universitária, UniverCidade, @ua-online


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maio ‘07

responsabilidade José Manuel Moreira Docente na Secção Autónoma de Ciências Sociais, Jurídicas e Políticas UA

A temática da Responsabilidade Social das Empresas (RSE) está na moda mas é quase tão velha como o próprio capitalismo. Trata das normas de conduta específicas das empresas. E pode dividir-se em três grandes áreas: ética nos negócios, governo da empresa e leis enquadradoras da actividade empresarial. No contexto da economia das políticas públicas relacionadas com esta temática, há duas questões centrais e interligadas. A primeira refere-se às obrigações a que as empresas numa economia de mercado devem estar sujeitas. A segunda diz respeito às responsabilidades que as empresas devem reconhecer e viver para além das que lhe são impostas por lei. É esta última questão – com uma longa história – que tem vindo a ser discutida em termos de definição e interpretação da RSE. O conceito conheceu, nos últimos anos, uma nova vida, a ponto de uma nova concepção de RSE ter vindo a ganhar crescente aceitação entre grandes empresas, com apoio e mesmo promoção por parte de um número, cada vez mais alargado, de sectores exteriores ao mundo dos negócios.

Estranhamente, contudo, no próprio meio empresarial (e mesmo académico) começa a questionar-se a palavra “social” e a defender-se a substituição da expressão “responsabilidade social da empresa” por “responsabilidade empresarial”. Há dois tipos de argumentos possíveis. Uns consideram “social” um conceito limitado, dado que as responsabilidades da empresa incluem outros conteúdos, como os ambientais. Outros acham que a ideia de “valores sociais” deve ser entendida no sentido amplo, incluindo, por isso, os do meio ambiente. Mas esta ambiguidade que acompanha a palavra “social” estende-se à própria expressão “responsabilidade social das empresas”. Basta olhar mais de perto os seus objectivos. Podemos ser levados a pensar que a crescente aceitação desta temática significa amplo acordo quanto à sua definição. Mas não é verdade. Vamos aceitar como boa a definição que consta do livro verde publicado pela Comissão das Comunidades Europeias em Julho de 2001. Nele considera-se a RSE como expressão da capacidade das empresas para integrarem preocupações sociais


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responsabilidade social das empresas

social das empresas e ambientais nas suas actividades empresariais e nas suas interacções com os seus ‘stakeholders’ de uma forma voluntária. Por outras palavras, considera-se que uma empresa actua de uma maneira socialmente responsável se as suas iniciativas têm em conta três critérios: desenvolvem-se numa base voluntária, indo mais além dos requisitos legais; há uma interacção entre os ‘stakeholders’; as preocupações sociais e ambientais estão integradas nas actividades empresariais. Tais critérios parecem, à primeira vista, fáceis de cumprir, mas não é bem assim. Senão vejamos… O que significa ir, de forma voluntária, além das exigências legais? Como se pode avaliar e comparar tal cumprimento num mundo cada vez mais aberto e onde tais exigências variam de país para país? O segundo critério pode cobrir uma ampla diversidade de situações, desde escutar passivamente até um diálogo activo. A terceira condição faz referência à necessidade de integrar a RSE na actividade empresarial e não como mais uma responsabilidade. Daí que muitos considerem que dar dinheiro como caridade não tenha nada a ver com a actividade empresarial. Mesmo assim há quem

entenda a filantropia como fazendo parte da RSE, ainda que as suas implicações para a empresa sejam indirectas ou difíceis de identificar. Há também quem argumente que é um primeiro passo e, por isso, a filantropia deve ser apoiada, não repudiada. Mas voltemos à primeira condição… O que é ir além do mero cumprimento da lei? Como conciliar a crescente tendência para tudo regular com a preservação da RSE no terreno da liberdade, da capacidade de iniciativa da empresa, de maneira que a RSE possa ser entendida como acto livre e voluntário? Como entender este sentido de serviço aos outros, de obrigação de servir o bem comum sem cuidar de preservar a capacidade de iniciativa e de inovação das pessoas e das organizações? A tendência – que existe e é forte – para regular por completo o conteúdo da responsabilidade social não se traduzirá num empobrecimento da liberdade?


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maio‘07 maio ‘07

stresse Anabela Pereira Docente no Departamento de Ciências da Educação UA

O stresse foi apropriado pelo senso comum e usado como justificação nas mais variadas situações e contextos, tornando-se sinónimo de vida moderna. Na verdade, o stresse tem vindo a afectar cada vez mais gente e afigura-se, actualmente, como uma das principais causas de doença física e mental. Selye (1980) foi o primeiro estudioso deste termo, mas foi o modelo explicativo de Lazarus e Folkman e Greer (2000), que trouxe um maior desenvolvimento a esta área, considerando o stresse psicológico como “uma relação particular entre a pessoa e o ambiente que é avaliada pela pessoa como excedendo os seus recursos e ameaçando o seu bem-estar”. Os estudos realizados acerca do stresse obedecem a três tipos de orientação: as situações que o determinam, as respostas que induz no organismo e a forma pela qual o indivíduo se relaciona e estabelece transacções com o meio ambiente. As situações indutoras de stresse são avaliadas previamente por um processo cognitivo que evidencia o seu significado de forma a concluir se são favoráveis ao bem-estar do indivíduo, ou se, ao invés, constituem perigo e ameaça

(avaliação primária). Ao mesmo tempo, o sujeito avalia a situação atendendo aos seus recursos pessoais (avaliação secundária), através de um “filtro cognitivo” que lhe dá a percepção de ter ou não controlo sobre o acontecimento. Quando o indivíduo considera que a situação é importante, mas sente que não tem controlo sobre ela nem recursos para ultrapassar as exigências por ela criadas, “entra em stresse”, desencadeando-se um processo de activação que envolve todo o organismo. Entre as respostas ao stresse, salientam-se os sintomas fisiológicos, cognitivos, emocionais e comportamentais. Tal sintomatologia poderá ter consequências psicológicas e fisiológicas, podendo levar mesmo à doença, sendo disso evidência os estudos recentes da psiconeuroimunologia. As estratégias para lidar com o stresse são habitualmente designadas por coping e podem ser orientadas para o problema, para a emoção ou para aspectos do relacionamento com pessoas da rede social a que o indivíduo pertence.


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O contexto académico, pelos desafios que coloca, principalmente em épocas de testes e exames, constitui, por vezes, uma experiência desagradável e ansiógena, revelando-se como um campo particularmente rico e interessante para estudar este fenómeno, onde a necessidade de intervenção preventiva surge como uma realidade premente.

Investigações recentes sobre o stresse na vida académica Dada a complexidade do fenómeno stresse em contexto académico são aqui referidas algumas investigações sobre a relação entre o stresse e a vida académica, conduzidas na Universidade de Aveiro, sendo algumas em colaboração com a Universidade de Coimbra.

Ansiedade aos exames Alguns alunos percepcionam as situações de avaliação como potencialmente ameaçadoras, quer por duvidarem das suas competências

Merece referência o projecto Promoção da Saúde e Bem-Estar no Ensino Superior e o SPASHE/EPSAES – Estratégias de Promoção do Sucesso Académico no Ensino Superior,

e capacidades intelectuais, quer por terem uma baixa auto-estima. Deste modo, a antecipação do fracasso ou a perda pessoal levam a uma postura tensa, apreensiva e fisiologicamente activada e à consequente redução na qualidade do desempenho, criando um quadro designado por ansiedade aos exames.

realizados no Laboratório de Estudo e Intervenção no Ensino Superior (LEIES) do Departamento de Ciências da Educação da Universidade de Aveiro, com o objectivo de criar um espaço de reflexão, intervenção e investigação, com destaque para os módulos de gestão e controlo do stresse e estratégias para lidar com as distorções cognitivas, bem como desenvolvimento de competências pessoais e sociais.

stresse na vida académica

saudades de casa, “homesickness”, comportamentos e atitudes de risco, depressão e saúde mental. Salientamos as investigações realizadas em colaboração com a Universidade de Coimbra e a Delegação Centro da Fundação Portuguesa de Cardiologia, com o objectivo de identificar factores de risco das doenças cardiovasculares, tendo sido identificados alguns factores de risco: altos níveis de stresse, abuso de álcool e hábitos exagerados de consumo de cafeína, com as mulheres a apresentarem valores mais elevados no stresse e os homens no álcool e cafeína.

na vida académica Dada a grande similaridade entre as respostas dos ansiosos aos exames e dos ansiosos sociais, podemos encarar a ansiedade aos exames como uma forma específica de Fobia Social, pelo que os modelos cognitivo-comportamentais da ansiedade social, nomeadamente o de Clark e Wells se têm revelado úteis na compreensão da ansiedade aos exames. O stresse em contexto académico não afecta só os alunos. Os professores do ensino superior são, também, um grupo profissional com valores elevados de stresse (Pereira, 2006), sendo-lhes exigido o cumprimento de funções de docência, atendimento aos alunos, participação na gestão das instituições, trabalhos de natureza administrativa e uma grande produtividade científica.

A disciplina de opção livre, “Estratégias Promotoras de Sucesso e Aprendizagem no Ensino Superior”, aberta a todas as licenciaturas da Universidade, englobando, nos seus conteúdos, unidades relacionadas com a gestão e controlo do stresse e ansiedade, constitui outra intervenção digna de nota. Registe-se, igualmente, o elevado número de teses de Mestrado e Doutoramento, realizadas no DCE/ UA, direccionadas para o estudo dos factores de stresse nos alunos, nos estagiários, nos docentes e outros problemas ao nível dos comportamentos de risco para a saúde dos estudantes, tais como

Realizaram-se, ainda, investigações com estudantes universitários centradas na identificação dos factores de stresse do aluno, com destaque para quatro factores: a ansiedade das avaliações/exames, uma baixa autoestima, ansiedade social e problemas sócio-económicos. A Universidade de Aveiro foi pioneira, em Portugal, na implementação das estratégias de intervenção que envolvem os próprios alunos nos programas de “peer couselling” (suporte sócio-afectivo dos pares). A LUA (Linha da Universidade de Aveiro), apoio telefónico nocturno de alunos por alunos, foi iniciada em 1993. O seu exemplo foi seguido por outras Universidades tais como Coimbra (“SOS Estudante”; “Educação para a Saúde pelos Pares”) e Évora (“Elos de Apoio”). O processo de Bolonha torna estas intervenções ainda mais necessárias, pelo que devemos intensificar os processos de ajuda dos pares com alunos e professores no combate ao stresse na vida académica.


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maio‘07 maio ‘07

crise, matemática e

professores de

matemática

J. David Vieira Docente aposentado do Departamento de Matemática

A palavra crise é talvez das mais repetidas nos últimos anos. O país está em crise. O país já não está em crise. Quem não sai da crise é a educação: o maior abandono escolar da União Europeia. E com a educação lá está a matemática, último lugar entre os países da UE em avaliações internacionais. Não há choque tecnológico que possa vingar enquanto paralelamente não se desencadear um choque educativo, com metas de curto prazo, que permita diminuir drasticamente o número dos que estão à porta da Sociedade do Conhecimento e da Informação e não conseguem entrar - mais de 60% da população portuguesa. Uma verdadeira chaga social de excluídos (para uma melhor ideia da gravidade da situação, leia-se o estudo coordenado por Ana Benavente sobre a literacia em Portugal, 1996). Como factor de exclusão alguns apontam a matemática: elitista, difícil, fria, abstracta, longe dos problemas da vida real, rotineira e exigindo muita memorização. A este quadro negro, contrapôs-se uma matemática atraente, lúdica, utilitária, que dispensava (proibia, seria mais adequado), a memória a favor do desenvolvimento do raciocínio matemático. Algoritmos, cálculo à mão,

para quê quando as calculadoras podem fazer esse trabalho maçador e rotineiro? Abaixo os conteúdos, vivam as competências, sobretudo as competências pedagógicas. Sob a bandeira da modernização do ensino e da luta por uma maior igualdade de oportunidades, foram vinte anos de quase permanente degradação do ensino, nomeadamente do ensino da matemática e em especial nos primeiros anos do ensino básico. A competência pedagógica é muito importante, sim, mas assente num sólido conhecimento das matérias a leccionar e afins, sem o qual não se podem desenvolver as indispensáveis competências específicas: numéricas, algébricas, geométricas, de resolução de problemas, de criação de situações didácticas adequadas, comunicacionais, de utilização crítica de materiais auxiliares em qualquer suporte. Só uma sólida formação inicial dos professores permite uma actualização permanente (via formação contínua ou auto-formação ) e uma intervenção activa e inovadora. A diminuição do esforço na formação inicial de professores, justificada com a formação contínua, é grave e compromete gerações de jovens. Já em 1963, A. Revuz, relator dos


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Encontros de Dusseldorf e de Dubrovnik, alertava os governos para não se deixarem arrastar por essa tentação de base economicista. O professor competente, na perspectiva de D. Schön, não se deixa reduzir a um facilitador de aprendizagens. Cria situações desafiantes, envolve os alunos, desperta-lhes a imaginação e a intuição, promove a criação de hábitos de trabalho individual e em grupo, desenvolve o sentido crítico e de autonomia a par do sentido de responsabilidade. Transmite, institucionaliza e integra conhecimentos, avalia e aproveita o erro para construir e não para humilhar. Apaga-se ou ocupa o centro do espaço de ensino- aprendizagem consoante a sua avaliação da situação. Um professor competente define estratégias para a classe e para cada aluno, se tal for necessário. Não combate o insucesso pela via da cedência, do facilitismo, do laxismo, que a prazo é uma via de exclusão. Combate-o, tentando que todos atinjam os conhecimentos mínimos (conteúdos e competências). Só por esta via de exigência se pode criar inclusão e ajudar a superar desigualdades de base e a criar condições para uma maior igualdade de oportunidades. Isto faz-se fortalecendo a parte mais frágil e não nivelando por baixo o conjunto. Esta filosofia de formação de professores animou quase sempre o Departamento de Matemática da UA. Durante vários anos o seminário científico funcionou em coordenação com os estágios pedagógicos, integrados nas licenciaturas. Foram variadíssimas as experiências de inovação pedagógica propostas e postas no terreno para combater o insucesso sem baixar o nível de exigência. Seria interessante fazer-se um dia o levantamento dessas experiências. Mas não ficou por aqui o investimento do Departamento na formação dos professores. Assim, em 1978 iniciou-se um ciclo de cursos semestrais para professores do ensino secundário onze semestres.

Ainda em 1978 foi criado um grupo (que envolvia professores de estabelecimentos de ensino médio e secundário) para actualização e formação de professores do ensino primário (actual 1º CEB) apoiado pelo Departamento de Matemática e pela Sociedade Portuguesa de Matemática. Este trabalho pioneiro estendeu-se até 1988. Em 1989-90 foi criado o Projecto Matemática Ensino (PmatE). Utilizando o computador pretendia, entre muitas outras coisas, atingir e despertar o interesse pela matemática de grandes massas de alunos de todos os níveis. Tornou-se num projecto de sucesso e ultrapassou, há alguns anos, a fronteira do Departamento de Matemática. Geometrix, outro projecto de sucesso desenvolvido no departamento para apoio a outros graus de ensino. O mais recente é o Círculo Experimental de Matemática para despertar nos mais pequeninos o gosto pelo pensamento lógico, pelo desafio e envolvendo os pais. O Departamento de Matemática da UA, que teve uma gestação longa e difícil, e que é hoje um departamento onde se faz investigação de grande qualidade, em nenhum momento deixou de se preocupar com a qualidade da formação inicial dos seus alunos dos cursos de ensino. Estou certo que na área da formação continuada e aprofundada de professores novos projectos surgirão que mobilizarão novos públicos. O ataque à chaga social da iliteracia que referi no início é também uma obrigação da Universidade e o seu Departamento de Matemática não deixará de se envolver nesse combate – combate vital em prol de mais cidadania.

crise, matemática e professores de matemática


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acção social no ensino superior: um novo compromisso Hélder Castanheira Administrador para os Serviços de Acção Social UA

A Acção Social é entendida como “Estado em Acção” e as políticas públicas compreendidas como de responsabilidade do Estado. É o Estado a promover um projecto político, através de programas e de acções dirigidas a sectores específicos da sociedade. São as políticas sociais a configurar o padrão de protecção social desenvolvido pelo Estado, com vista à redistribuição do rendimento.

por se apresentar desarticulada de outras práticas sociais.

Em Portugal, a Acção Social aparece revestida de um cunho vincadamente reabilitador e requalificante das condições de acesso e frequência bem sucedida do ensino superior, orientada para a reparação das desigualdades e injustiças desencadeadas pelo disfuncionamento do modelo económico.

O que hoje se preconiza é um novo posicionamento da Acção Social, em particular no Ensino Superior, encarando eticamente os direitos sociais e a cidadania que envolve a organização do Estado e as medidas administrativas, isto é, de cunho educativo e comunitário, tendo as suas actuações simultaneamente um carácter compensatório e promocional, numa lógica de descentralização, possuindo dotações orçamentais e estruturas próprias, recuperando, assim, “historicamente” o seu papel de reconhecimento dos direitos de execução sucessiva, matriciando o conteúdo intrínseco da ideia de avanço democrático.

Tem sido entendida como um amortecedor dos problemas sociais, reproduzida nas políticas de cariz social, não raras vezes interpretada apenas na sua função residual, que responde precariamente aos problemas individuais, comunitários ou de grupo, sendo até vista como necessária, mas vazia de consequências transformadoras,

A política educativa será sempre um resultado provisório de um processo de negociação assimétrica entre grupos sociais e forças económicas e políticas potencialmente conflituais. O novo desafio da política de Acção Social no ensino superior exige que se repensem os direitos sociais, as modalidades de apoio, o equilíbrio entre rendimentos e serviços públicos,


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afinal, os princípios fundamentais de reordenamento do bem-estar-social, de forma a que o Estado, as famílias e o mercado se revejam num sistema mais equitativo e mais eficiente. Do que se trata é de identificar e mobilizar actores relevantes e de organizar plataformas de negociação dos instrumentos de política mais adequados e bem assim das prioridades de intervenção pública em ordem a uma mudança com dimensão estratégica, isto é, para enfrentar os desafios do nosso desenvolvimento precisamos de um Estado criador de laços de confiança com os sectores mais dinâmicos da sociedade e promotor de confiança e cooperação entre esses mesmos actores sociais. Ou seja, estará em causa, porventura, uma nova racionalidade política que interage com outras lógicas e racionalidades – nomeadamente de ordem social. Parece assim que o cerne da questão será mais de natureza político-cultural do Estado do que de índole financeira. Isto é, a Acção Social no ensino superior deve assentar numa prática em que os estudantes a assumam como parte integrante e não como assunto do Estado, consolidada em direitos e responsabilidades, patrocinada por instituições identificadas com essa oportunidade estratégica, fundada numa nova relação entre o Estado e o estudante, o Estado e as instituições, as instituições e o estudante. Trata-se, afinal, de um novo paradigma de Estado e de reconstrução da provisão social, na busca de novas formas de equilíbrio que originem modelos inovadores de regulação, imprescindíveis à resolução de novos problemas sociais, em contexto de frequência bem sucedida do ensino superior. É, pois, de uma nova regulação social que se fala, demarcada da dicotomia entre lógicas de manutenção /

ampliação / restrição do Estado. Providência face aos seus elevados custos sociais e à crise de sustentação financeira do sistema, pelo que inverter esta tendência exige que a Acção Social se estruture em torno das necessidades humanas (e não dos recursos), num projecto articulado com as demais políticas sociais, projecto este que promova a equidade social, a universalização do acesso e a publicitação e democratização das suas iniciativas. Ao Estado, como entidade financiadora, compete respeitar a autonomia das instituições de ensino superior e o direito de exigir delas resultados da aplicação dos fundos que lhes consigna, conformes com as orientações de política de ensino definidas pelos órgãos democráticos, a quem compete tal responsabilidade. Pressupõe-se, portanto, que os estabelecimentos de ensino superior que aceitem financiamentos do Estado devem organizar-se de forma a prestar informações públicas sobre os objectivos que se propõem atingir, bem como dar conhecimento da forma como alcançaram, ou não, essas metas e prestar contas da sua execução financeira. Por outro lado, considera-se indispensável que o Estado assegure a sua missão primária de garante do acesso democrático ao ensino, estabelecendo patamares de responsabilidade financeira em função da real situação económica e social das famílias, das opções de política educativa e bem assim das implicações individuais e públicas de ambos. A Acção Social constitui-se, deste modo, num instrumento estratégico do Estado face à questão social e à universalização dos direitos sociais, não podendo, assim, abster-se das consequências transformadoras que origina, no âmbito do seu cunho educativo macro-ético de carácter compensatório e promocional, inerente

acção social no ensino superior: um novo compromisso

a uma adequada política social, no sentido de uma nova cidadania, multivivencial, polifacetada e exigente. Uma cidadania democrática, assente no compromisso, na presença e na participação; uma cidadania social, que fomente a solidariedade, a cognitivização e a construção de capital social; uma cidadania intercultural que promova a aprendizagem cooperativa, a construção identitária na diversidade e que exalte uma nova relação contratual entre indivíduos e instituições. Hoje, esta é também uma questão central nas sociedades democráticas da Europa, onde o modelo social europeu que as caracteriza só se anunciará sustentável caso as três dimensões da cidadania (política, civil e social) caminhem em parceria.


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AdĂŠrito Cartaxo

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Manuel Oliveira

carreiras bem sucedidas


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João Albernaz

Diogo Guedes

carreiras bem sucedidas

José Saraiva

Cinco antigos alunos da Universidade de Aveiro estão a dar cartas no mercado de trabalho. Adérito Cartaxo, um dos primeiros licenciados em Engenharia Electrónica e Telecomunicações, lançou a Rederia, uma empresa que há já 12 anos projecta e constrói redes. Com a mesma formação, Manuel Oliveira dirige o Departamento de Operações e Manutenção do Norte da TMN. Na chefia do Departamento de Desenvolvimento e Serviços da Somincor, SA – Sociedade Mineira de Neves Corvo – está o Engenheiro Geológico João Albernaz. Licenciado em Economia há apenas cinco anos, Diogo Guedes é um dos responsáveis pela gestão do portfólio de obrigações do BPN. Por último, o recém-formado em Engenharia Electrotécnica, José Saraiva, desempenha funções de gestor de operação e manutenção na REpower.


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Adérito Cartaxo

competência de ET comprova fama no sector das telecomunicações Adérito Cartaxo, 55 anos, é um dos primeiros licenciados em Engenharia Electrónica e Telecomunicações da Universidade de Aveiro. Concluiu o curso em 1983 e iniciou a sua actividade profissional na multinacional ITT-Standar Eléctrica, onde contribuiu para a instalação dos primeiros grandes sistemas de Videotex, precursores da Internet. No início da década de 90, o aparecimento das redes LAN e WAN entusiasmaram-no a tal ponto que abandonou a ITT para fazer consultadoria na área das redes. Na Universidade de Madrid especializou-se em Gestão de Projectos Tecnológicos e Redes de Comunicação Empresariais e em 1995 criou a Rederia, uma das empresas que, em Outubro passado, assinou protocolo com uma das mais prestigiadas universidades do mundo: a Carnegie Mellon University.


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O que por paixão – a electrónica – não passava de um hobby, depressa se transformou numa actividade séria que viria a fazer de Adérito Cartaxo um verdadeiro profissional de sucesso. Ainda a frequentar o 5º ano do curso, foi convidado pela multinacional ITT a prestar serviços na área das telecomunicações. De freelancer, na zona Centro do país, rapidamente passou a trabalhar na delegação Norte da empresa. A partir do Porto, Adérito Cartaxo continuava a prestar o mesmo serviço: instalações e assistência técnica a bancos, serviços públicos, seguradoras e grandes empresas. Em 1987 integrou os quadros da empresa, assumindo a chefia da região Centro do país. No ano seguinte, foi nomeado responsável por toda a zona acima do Rio Tejo, acumulando com a delegação Norte. “Foi uma altura de muito trabalho”, recorda Adérito Cartaxo. “Estávamos a fazer a digitalização das telecomunicações de todo o país. Foi também nesta altura que se instalaram, em Portugal, os primeiros grandes sistemas de Videotex, que podemos chamar de introdução da Internet. A empresa onde trabalhava foi pioneira nesta área, tendo o meu grupo de trabalho instalado vários projectos a nível nacional, como, por exemplo, o projecto “mordomo” ligado à distribuição da Sonae e o projecto de ligação de todas as autarquias por uma rede videotex.”. No início dos anos 90, a chegada de novas tecnologias (cablagens estruturadas, fibras ópticas, Internet, redes de dados) deixavam adivinhar uma enorme mudança na área das telecomunicações. O interesse que o aparecimento das redes LAN e WAN despertaram a Adérito Cartaxo foi tal, que não pensou duas vezes: abdicou do lugar na ITT e dedicou-se a prestar consultoria na área. Paralelamente, aproveitou as frequentes deslocações a

Madrid para tirar duas pós-graduações, especializando-se em Gestão de Projectos Tecnológicos e Redes de Comunicação Empresariais. Foi o salto necessário para lançar um projecto nesta área. Em 1995 criava a sua própria empresa – a Rederia – com um enfoque inicial na área das redes de cobre, fibra óptica e Wireless, embora rapidamente tenha avançado, dentro da mesma tecnologia, noutras áreas de actividade. “Num mercado extremamente volátil, a Rederia procurou, desde sempre, assegurar vantagens competitivas que assegurassem a estabilidade e a sustentabilidade da empresa, no longo prazo. Estamos no mercado há 12 anos a projectar e a construir redes”, afirma Adérito Cartaxo, salientando a “aposta contínua na inovação”, de que é exemplo a participação em Associações, como a Inovaria – uma rede regional de Inovação, em Aveiro, e a AveiroDomus-Projecto Inovadomus, Casa do Futuro. “Com um núcleo de investigação e desenvolvimento interno, temos alcançado patamares importantíssimos para a nossa organização”, explica. “No Projecto Casa do Futuro, estamos em consórcio com a UA, no desenvolvimento das comunicações da segurança, e com a Domótica. Esta cultura de empresa obriga-nos a estar em permanente busca de novas matérias, de novos equipamentos e de novas tecnologias, o que nos coloca numa posição algo privilegiada no mercado”. Este projecto inclui dois alunos de Electrónica e Telecomunicações da Universidade de Aveiro. No entanto, noutras áreas, participam mais dois ex-alunos desta Universidade. A recente assinatura do protocolo com a Carnegie Mellon University foi também, para a Rederia, um passo muito importante. “Abre-nos a porta a intercâmbios, na área do

carreiras bem sucedidas

conhecimento, com uma das mais prestigiadas universidades do mundo. Com estas opções, esperamos cumprir os objectivos da empresa. Assumindo como missão a qualidade e o compromisso social, a Rederia privilegia a formação e a inovação, de forma a exceder a expectativa dos seus clientes. Nesta lógica empresarial, admitimos, recentemente, um doutorando como parte desta aposta no futuro”, adianta. Entre os novos desafios a alcançar a curto prazo, conta-se a conclusão da internacionalização em curso da Rederia, a maior dedicação ao lançamento de novos produtos próprios e o acompanhamento mais próximo do projecto para a construção da casa do futuro em Aveiro. Adérito Cartaxo classifica a Universidade de Aveiro como uma “escola de excelência” e fala mesmo do orgulho que sentia quando, em reuniões internacionais, ao serviço da ITT, os seus conhecimentos não ficavam aquém de outros colegas formados por universidades da Europa ou dos EUA. “Foi, sem dúvida, a Universidade de Aveiro que me preparou para o êxito alcançado ao serviço desta Multinacional de Telecomunicações”.


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Manuel Oliveira

um engenheiro que trabalha com rede Licenciado em Engenharia Electrónica e Telecomunicações pela Universidade de Aveiro desde 1993, Manuel António de Oliveira, 37 anos, dirige o Departamento de Operação e Manutenção do Norte da TMN. Sob a sua orientação trabalham três dezenas de técnicos e engenheiros altamente especializados em comunicações móveis (UMTS e GSM) que efectuam a operação e manutenção da rede da TMN na zona Norte do país.


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Na infância chegou a querer ser professor primário, depois advogado. Já no 9º ano descobriu algum jeito para a gestão e para as ciências tecnológicas, área que prosseguiu no secundário, no ramo de electrotecnia, por ser o único que existia na Escola que frequentava em Penafiel. Foi nesta altura que Manuel de Oliveira tomou a decisão de se formar em Engenharia Electrónica e Telecomunicações, numa Universidade e cidade com “cheiro a mar” e pela qual rapidamente se apaixonou. Sem saber muito bem o que seria realmente aprender Electrónica e Telecomunicações, superou os dois primeiros anos do curso de intensa Matemática e Física e aproveitou ao máximo as disciplinas de electrónica básica e programação. Nos anos seguintes, as expectativas começaram a ser inteiramente correspondidas e, apesar de hoje reconhecer que o plano curricular do curso deveria integrar disciplinas na área de gestão e recursos humanos, não tem dúvidas em afirmar que o curso é bom e que a UA o ensinou a trabalhar em equipa, lhe incutiu uma enorme vontade de estar em contacto permanente com as novas tecnologias e lhe forneceu capacidades de pesquisa e trabalho. “Para além dos conhecimentos técnicos, muito aprendi e muita coisa me marcou na UA. Contudo, não posso deixar de mencionar o Prof. Oliveira Duarte pela capacidade de motivar os alunos, de encarar uma dúvida de frente, de dizer que não sabia mas que ia estudar, incentivando-nos a fazer o mesmo. Tinha uma capacidade de trabalho, de diálogo e de gestão de recursos muito grande”, lembra Manuel de Oliveira. Poucos dias depois de ter concluído o curso, em Outubro de 1993, começou a trabalhar na TMN, em Lisboa. Nos dois primeiros anos, Manuel de Oliveira desempenhou funções de Gestor de Produto, tendo sido responsável pelo projecto e implementação dos serviços de

dados e de fax da empresa, na altura designado por DATAMÓVEL e FAXMÓVEL. Natural de Penafiel, Manuel de Oliveira solicitou, em 1995, transferência para a delegação Norte da TMN. Exerceu funções de Engenheiro Comercial, deu suporte à divulgação dos serviços de fax e dados sobre a rede GSM, bem como apoio informático na delegação. Desempenhou funções de Gestor de Agentes na Direcção de Venda Indirecta na zona do Grande Porto, continuando envolvido na divulgação dos Novos Serviços GSM na delegação Norte, dos quais se destacam os serviços de fax e dados. Em 1997 saiu da TMN para integrar os quadros de uma PME, na área das comunicações fixas e móveis. “Ingressei nos quadros da ACITEL – Sociedade de Telecomunicações, Lda., onde desempenhei funções de chefe do departamento técnico da delegação Norte, acumulando com as de responsável de logística da delegação. Nesta altura tinha ainda a meu cargo, a responsabilidade da gestão de produtos a nível nacional. Em termos orgânicos, reportava directamente à administração da empresa”. Foi em 2000, que Manuel de Oliveira decidiu voltar à TMN e logo em 2001 assumiu a chefia do Departamento de Operação e Manutenção do Norte, coordenando uma equipa que garantia o bom funcionamento da rede GSM a Norte do eixo Aveiro/Viseu/ Guarda. É, desde Outubro de 2003, responsável de operações no Norte (acima de Santarém), tendo sob sua alçada uma equipa constituída por cerca de três dezenas de técnicos e engenheiros altamente especializados em comunicações móveis (UMTS e GSM), que efectuam a operação e manutenção da rede da TMN na área geográfica referida e actuam também ao nível da resolução de reclamações de clientes.

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“As minhas funções são fundamentalmente de gestão, embora tenha que ter um conhecimento macro de todos os processos técnicos e conhecimento detalhado da rede e da sua estrutura”, explica. Paralelamente a todas estas actividades, Manuel de Oliveira ainda se aventurou a criar uma empresa de prestação de serviços e consultoria na área de Tecnologias de Informação mas vendeu-a em 2004 para se dedicar integralmente à TMN. Nesse mesmo ano inscreveu-se num MBA em gestão de empresas no IESF, que terminou em 2005. Sem deixar de fazer uso dos seus conhecimentos técnicos, o seu dia-a-dia é em tudo semelhante ao de um gestor. Faz o que gosta, sente-se compensado por isso e defende que determinação, trabalho, dedicação e uma boa pitada de sorte são ingredientes determinantes para o sucesso. “Sempre tive um grande incentivo dos meus pais para estudar e lutar pelo que gostava. Este apoio familiar foi fundamental para o meu sucesso”. Aos recém-licenciados, Manuel de Oliveira aconselha humildade na entrada no mercado de trabalho, pragmatismo na escolha dos projectos de forma a enquadrá-los nas necessidades do mercado, exploração máxima das componentes práticas do curso e uso constante da capacidade de aprender e pesquisar.


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maio ‘07

João Albernaz

quinze anos de carreira explosiva com os pés assentes bem no fundo da terra João Albernaz, 41 anos, é responsável pelo Departamento de Desenvolvimento e Serviços da Somincor, SA – Sociedade Mineira de Neves Corvo. A proprietária da maior mina de cobre da União Europeia e uma das mais ricas do mundo admitiu-o, ainda recém-formado, para realizar um estágio profissional. Quinze anos depois, este licenciado em Engenharia Geológica pela Universidade de Aveiro, assume, também, a direcção técnica da exploração de areia no concelho de Alcácer do Sal, e a responsabilidade, perante as autoridades, do paiol de explosivos e fábrica de anfo da empresa.


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O grande interesse que as ciências da terra sempre lhe despertaram e a novidade de um curso superior em Engenharia Geológica fizeram João Albernaz sair de Vila Real para estudar na Universidade de Aveiro. Terminada a licenciatura, em 1992, rumou ao Baixo Alentejo para realizar um estágio profissional de três meses na Somicor, SA; uma empresa com uma previsão para 2007 de cerca de 350 mil toneladas de concentrado de cobre e 50 mil toneladas de concentrado de Zinco, empregando mais de 800 pessoas. Esta primeira experiência laboral nos departamentos de Prospecção e de Geologia Mineira da Somincor conduziu-o ao Departamento de Geologia Mineira onde, até 2000, desempenhou funções de técnico superior. Nos seis anos seguintes, João Albernaz desempenhou funções como engenheiro de fundo, responsável pelo enchimento, desenvolvimento e construção civil das operações no fundo da mina, no Departamento de Desenvolvimento e Serviços. A chefia deste Departamento da empresa foi-lhe entregue em Setembro de 2006, funções que acumula não só com as de Director Técnico de uma exploração de areia (Areeiro Agua Formosinho com uma produção de cerca de 600 000 ton/ano), no concelho de Alcácer do Sal, utilizada no enchimento dos desmontes, mas também com as de responsável técnico do paiol de explosivos e fabrica de anfo (um explosivo produzido pela mistura de hidrocarbonetos líquidos com nitrato de amónia). Como chefe de Departamento, João Albernaz lidera uma equipa de 130 pessoas e é responsável pelos trabalhos de criação de infraestruturas mineiras e acessos à mineralização, enchimento dos desmontes já explorados e construção civil no fundo da mina. O dia começa bem cedo, com chegada à mina por volta das 06h30. Conta João Albernaz

que logo às 07h00 reúne com os elementos da supervisão para fazer o ponto da situação de todos trabalhos e uma hora mais tarde volta a reunir, desta vez com todos os outros chefes de departamento (Produção, Mecânica de Rochas, Manutenção, Planeamento Mineiro, Geologia, Segurança) e com o Director de Trabalhos Subterrâneos. “É o momento em que fazemos o ponto da situação dos trabalhos em toda a mina”. O resto da manhã é passada dentro da mina para acompanhar de perto o decorrer dos trabalhos por que é responsável. Às 13h30 são estabelecidas as prioridades para o resto do dia e transmitidas as informações para a restante supervisão, que encaminha os trabalhos na passagem de turno das 14h00. “A parte da tarde é reservada para tarefas administrativas e algumas reuniões. Já a hora de saída é sempre uma incógnita, pois uma actividade que se desenvolve 24 horas por dia 360 dias por ano, obriga a uma disponibilidade muito grande”, lembra. Apesar do muito que tem sempre para fazer, João Albernaz admite entusiasmar-se diariamente com o volume e diversidade dos trabalhos em que está permanentemente envolvido. Projectos a longo prazo? Prefere não fazer. “Vivo o dia-a-dia, mas gostaria de poder vir a transmitir a minha experiência a estudantes, numa mina como a de Neves Corvo – uma das maiores e mais ricas minas subterrâneas da Europa e do Mundo”. Dos seus tempos de estudante, João Albernaz recorda o papel fundamental que a Universidade de Aveiro representou na sua formação. “O curso de Engenharia Geológica tinha uma componente prática muito forte, proporcionando-nos um contacto bastante apelativo com actividades no terreno. Logo no dia em que visitei uma mina descobri o que queria fazer!”

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Considerando a Universidade de Aveiro uma instituição detentora de uma visão moderna, que valoriza o contacto com a indústria, João Albernaz diz que o curso de Engenharia Geológica, creditado pela Ordem dos Engenheiros e pelo Colégio de Engenharia Geológica e Minas, permite um desempenho eficaz em praticamente todas as áreas das ciências da terra. “Tem boas saídas profissionais mas ainda muito tem que ser feito a nível administrativo e político”, afirma, exemplificando: “as autarquias deverão ser obrigadas a possuir técnicos para as ciências da terra, qualquer actividade extractiva deverá ser supervisionada por um técnico habilitado e esse técnico não deverá ter mais explorações do que aquelas que consegue acompanhar”. Lembra, ainda, João Albernaz que hoje vivemos num mundo global, pelo que defende, “a reactivação dos laços com as ex-colónias pode ser fundamental para o desenvolvimento da actividade e para a conquista de um grande mercado. Já fomos tão longe no passado, podemos ir ainda mais longe no futuro. Mas para isso é necessário um grande esforço para melhorar a actividade extractiva junto da opinião pública que, nos últimos anos tem sido bombardeada por um fundamentalismo ambiental que muito tem contribuído para as dificuldades do desempenho da actividade. Os recursos minerais são escassos, não renováveis e uma gestão dos mesmos requer técnicos habilitados, de forma a que seja possível um desenvolvimento sustentável”.


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maio ‘07

Diogo Guedes

da sala de aula à sala de mercados Em 2002, Diogo Pinho e Melo Pêgo Guedes licenciou-se em Economia na Universidade de Aveiro. Recentemente concluiu uma pós-graduação em Finanças, na Universidade Católica e já pondera a hipótese de vir a tirar um MBA numa reconhecida escola internacional. Aos 27 anos, é um dos responsáveis pela gestão do portfólio de obrigações do Banco Português de Negócios, no qual se incluem os fundos de investimento mobiliário e as carteiras de gestão discricionária.


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De Aveiro e com uma atracção natural por assuntos económicos, a opção por se formar em Economia na Universidade de Aveiro foi quase óbvia. “Foi a minha primeira escolha, também assente na estrutura curricular do curso”, recorda Diogo Guedes, salientando a “forte componente prática do curso e a elevada qualidade do corpo docente”. Diogo Guedes não tem dúvidas de que os alunos da Universidade de Aveiro estão devidamente preparados para enfrentar o mercado de trabalho e defende que passa por todos os seus licenciados trabalhar em prol da conquista do bem merecido reconhecimento do curso. “O vasto leque de áreas de conhecimento que um licenciado em economia aborda ao longo da sua formação permite-lhe uma flexibilidade profissional muito grande, mas a área dos serviços financeiros e o ramo industrial são dois sectores onde um economista está plenamente habilitado a exercer funções”. Como na maioria dos casos, a carreira de Diogo Guedes começou logo após ter concluído o curso, com a realização de um estágio na Caixa Geral de Depósitos, primeiro nas áreas de atendimento geral e crédito a particulares, depois, já na Direcção Regional de Aveiro da CGD, na área de análise de risco empresarial. A entrada para o Banco Português de Negócios deu-se em 2003, na agência de Águeda, onde temporariamente foi responsável administrativo. Um recrutamento interno fê-lo mudar-se para o Porto e entrar na área de gestão de activos, onde se manteve durante dois anos. É há pouco mais de um ano que Diogo Guedes, agora em Lisboa, é um dos responsáveis pela gestão do portfólio de obrigações (fundos de investimento mobiliário e carteiras de gestão discricionária) do Banco Português de Negócios.

O seu dia-a-dia começa com a leitura atenta de todas as notícias relacionadas com o mercado financeiro, pois estar constantemente actualizado sobre tudo o que se está a passar no mercado de capitais é fundamental. “Todos os dias têm que ser tomadas decisões de gestão de acordo com o mercado e a estratégia seguida. A análise do mercado primário é outra actividade que implica o estudo de novas empresas que se financiam junto dos mercados financeiros. Uma parte do dia é dedicada à leitura de research e a actividades operacionais”. Considerando-se realizado por desempenhar uma actividade profissional do seu agrado, Diogo Guedes admite ser cedo para pôr de lado o que entende ser extremamente importante: “nunca abandonar a luta pelos objectivos a que me proponho”. E aos colegas que agora terminam o curso, deixa algumas dicas: “O curso tem boas saídas profissionais face às características do nosso tecido empresarial, maioritariamente PME, e à globalização do mercado. Contudo, é importante estabelecer objectivos concretos e procurar constantemente alcançá-los. Ninguém se deve acomodar!”.

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maio ‘07

José Saraiva

estga sopra bons ventos electrónicos Em 2005, José Saraiva formou-se em Engenharia Electrotécnica na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda (ESTGA-UA). Logo depois candidatou-se à Martifer, realizou um estágio de seis meses na Alemanha e, de regresso a Oliveira de Frades, começou a trabalhar na manutenção de aerogeradores da marca REpower. Com apenas 25 anos é, desde Agosto de 2006, Gestor de Operação e Manutenção da REpower, uma das empresas na área da energia eólica do grupo Martifer.


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O dia-a-dia de José Saraiva é preenchido entre os contactos que estabelece com a REpower Systems, a gestão de contratos com clientes, o apoio a novos projectos, ou o suporte técnico, monitorização e acompanhamento das equipas no terreno, gestão de subcontratos e formação aos clientes e colegas. A tudo isto somam-se reuniões mensais com o Conselho de Administração da Martifer Energy Systems e encontros de Balanced Scorecard (uma ferramenta de gestão). “São dias bastantes atarefados que frequentemente ultrapassam as oito horas de trabalho, mas outra coisa não seria de esperar, já que o grupo Martifer está com uma taxa de crescimento anual que ronda os 40% e a REpower com taxas de crescimento próximas dos 200%”, assegura. É, de resto, este elevado crescimento da empresa que conduziu José Saraiva ao desempenho de um cargo de gestão. “A equipa está a ser reformulada. Se neste momento a REpower conta com cerca de 40 colaboradores, cinco dos quais formados pela ESTGA, o futuro aponta para a contratação de mais colaboradores”. Foi uma candidatura espontânea que levou José Saraiva a integrar os quadros da Martifer. “Ainda antes de ter terminado o curso, comecei a trabalhar numa empresa de ar comprimido e ferramentas pneumáticas. Efectuava reparações em ferramentas de ar comprimido e compressores, trabalho que, diziam, não ser adequado a um engenheiro electrotécnico mas que me deu muita experiência e me ensinou muito do que sei sobre mecânica”, afirma, adiantando que após esta curta experiência resolveu apresentar a sua candidatura às empresas de energia eólica que operavam no mercado. Na verdade, o entusiasmo pela energia eólica surgiu na sequência de uma visita de estudo realizada pela ESTGA ao parque eólico de Cadafaz (Góis).

Daí ao envio de currículos às mais conhecidas empresas da área foram dois passos. A Martifer estava a admitir técnicos e a entrevista correu bem. “Desde pequeno que senti que a minha vocação estaria ligada à área da energia. A partir dos oito, nove anos, e sempre que podia, acompanhava o meu pai nos serviços de electricidade e pichelaria. No ensino preparatório era o responsável pela montagem dos equipamentos de áudio e vídeo nas salas de aula. No 9º ano, o resultado do meu teste vocacional não espantou ninguém. No Secundário, as notas nunca foram a minha preocupação, mas sim as reparações electrónicas e os trabalhos de electricidade. A viver em Mourisca do Vouga e a estudar em Águeda não hesitei em candidatar-me a Engenharia Electrotécnica na ESTGA” Desta Escola da UA, onde também entre 2005 e 2006, frequentou um Curso de Formação Especializada em Projecto e Instalação de Redes de Comunicação, José Saraiva guarda as melhores recordações. “Para além dos conhecimentos técnicos que me forneceu, a ESTGA ensinou-me a gerir o tempo e as situações difíceis de uma maneira eficaz. A estrutura do curso, a exigência pedida aos projectos realizados em grupo, a atenção que os professores dispensavam a cada um dos alunos, até em actividades extra-curriculares, e o espírito familiar que ali se vive, leva-me a aconselhá-la a todos quantos me pedem opinião”. Diz José Saraiva que um Engenheiro Electrotécnico formado pela ESTGA está habilitado a “projectar e construir instalações eléctricas no sector terciário e industrial, estará preparado para desempenhar excelentes trabalhos de programação e desenvolvimento de software para máquinas industriais e equipamentos computorizados, estará preparado para entrar para o sector da energia, etc. É um curso com óptimas

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saídas num país em desenvolvimento como Portugal” mas, alerta, “as oportunidades procuram-se, temos de correr atrás dos nossos sonhos e ambições”. Com a sensação diária de dever cumprido, José Saraiva admite sentir-se totalmente realizado com a actividade profissional que desenvolve. Detentor de um curso de formação de formadores e com um Curso de Formação Especializada em Energias Renováveis e Eficiência Energética terminado há meses, pretende vir a ministrar formações na área das energias renováveis e electrotecnia, e não põe de parte a hipótese de vir a criar um projecto seu nesta área.


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maio ‘07

estudo pioneiro na área da music medicine investigadora da ua estuda efeitos da menopausa e da A investigação está no início, mas já antevê resultados promissores numa área ainda pouco explorada. Depois de ter levado a cabo um estudo sobre os efeitos do uso de uma pílula contraceptiva na qualidade vocal de cantoras líricas, Filipa Lã, investigadora no Departamento de Comunicação e Arte da UA (DeCA), prepara-se agora para analisar os efeitos da menopausa e do uso de uma terapêutica hormonal de substituição, na qualidade vocal de profissionais da voz. Dois estudos pioneiros na área de Music Medicine, um dos mais recentes ramos de investigação interdisciplinar na área da performance musical e artística.


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Os afrontamentos, as perturbações sexuais, genito-urinárias e as alterações de humor são as consequências mais visíveis da Menopausa. No entanto, existem outras que, apesar de não tão referenciadas, podem afectar a vida profissional de muitas mulheres, principalmente das que utilizam a voz como seu instrumento de trabalho, como é o caso das cantoras, actrizes, locutoras e professoras. Estudar os efeitos que essa fase da vida tem sobre a qualidade vocal das profissionais da voz é o objectivo principal de um estudo que Filipa Lã, investigadora da Fundação para a Ciência e a Tecnologia no DeCA, em colaboração com a Universidade do Porto, está a levar a cabo. “Neste momento, estamos a explorar como a mulher se sente, profissionalmente,

pregas vocais é semelhante à mucosa que reveste o cólo do útero, o que leva a investigadora a acreditar que as pregas vocais também sofrem alterações relacionadas com as alterações hormonais decorridas ao longo das várias fases de maturidade sexual da mulher. Rouquidão, diminuição do registo, da flexibilidade e da estabilidade vocais e problemas com a emissão vocal, controlo da voz e manutenção do registo agudo são alguns dos sintomas observados. “Não se sabe até que ponto é que o uso da terapêutica hormonal de substituição pode ser benéfico para mulheres que utilizam a sua voz profissionalmente. O nosso estudo pretende investigar os efeitos deste tipo de terapêutica para que, no futuro, quando se verificarem casos

estudo pioneiro na área da music medicine

pretendem assegurar a qualidade do seu desempenho profissional até aos últimos dias da sua carreira”. Ciclo menstrual e pílula contraceptiva também podem alterar qualidade vocal De realçar que este projecto surge no seguimento de um primeiro, também da responsabilidade de Filipa Lã, que teve como objecto de estudo os efeitos do ciclo menstrual e do uso de uma pílula contraceptiva na performance de cantoras líricas. Realizado no âmbito do seu Doutoramento, a investigação analisou os efeitos das variações hormonais decorridas durante o ciclo menstrual, no padrão de vibração das pregas vocais durante a performance de cantoras líricas, usando para isso métodos não invasivos de análise vocal. Desta forma, a investigadora pôde

terapêutica hormonal de substituição na qualidade vocal feminina durante este momento de mudança, nomeadamente quais os sintomas vocais e psicológicos e a possível expressão social que estes possam vir a ter. A voz é uma impressão digital da personalidade, da emotividade e da sexualidade de uma pessoa e, de acordo com a percepção das mulheres e, em geral, do ponto de vista do ouvinte, nesta fase, a voz torna-se mais grave, há maior fadiga vocal, e surge um conjunto de sintomas que, de facto, pensamos estar directamente relacionado com a drástica mudança que ocorre no seu background hormonal feminino”. As queixas entre as mulheres, particularmente entre as cantoras, de alterações na voz após a menopausa são frequentes. A redução rápida e significativa de estrogéneos origina alterações físicas que, para além de provocar um aumento de peso, distúrbios do sono e osteoporose, podem fomentar, ao mesmo tempo, alterações fisiológicas nas pregas vocais. Investigações recentes têm demonstrado que a mucosa das

de mulheres com problemas vocais, os profissionais responsáveis pela manutenção da saúde vocal possam auxiliar na decisão de prescrever ou não essa terapêutica. Existem poucos fármacos no mercado que façam referência a quaisquer contra-indicações relativamente à voz”, acrescenta ainda a responsável pelo projecto. Recorrendo à conceituada metodologia clínica do método duplamente cego, a investigadora vai seguir a evolução de um grupo de mulheres que utilizam a voz profissionalmente, quando estas estiverem a usar uma terapêutica hormonal combinada de substituição, com propriedades anti-androgénicas e anti-minerolocorticóides, e a usar um placebo para verificar os efeitos vocais deste medicamento. Embora ainda se encontre numa fase incipiente, a investigadora acredita que “o estudo que agora está a começar poderá constituir um passo fundamental para aquelas profissionais cuja profissão dependa em grande parte da sua voz e que

concluir que as mudanças cíclicas das concentrações de hormonas sexuais durante o ciclo menstrual originam uma retenção de fluido nas pregas vocais, e logo um edema vocal, que tende a alterar o seu padrão de vibração, principalmente na fase menstrual do ciclo. O estudo demonstrou que o uso de uma pílula contraceptiva com propriedades anti-minerolocorticóides e anti-androgénicas pode evitar essa retenção de fluidos e tornar os ciclos vibratórios das pregas vocais menos erráticos e mais homogéneos ao longo de todo o ciclo menstrual. Desta forma, é permitido às cantoras explorar ao máximo outras componentes da sua performance, como a sua musicalidade e expressividade, sem estarem preocupadas com as mudanças na qualidade vocal que eventualmente poderiam apresentar, de acordo com a fase do ciclo menstrual em que estariam.


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maio‘07 maio ‘07

infertilidade masculina

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Ser Pai. Uma experiência única para uns, um sonho difícil de concretizar para cerca de 25% dos Homens. A infertilidade masculina é, cada vez mais, uma realidade presente na vida de alguns casais. As causas são múltiplas, sendo uma delas a falta de mobilidade do espermatozóide. Para os Homens que sofrem desta patologia, o Departamento de Biologia da UA traz agora algumas esperanças com os resultados optimistas já obtidos numa investigação que vem aprofundando o conhecimento sobre as proteínas envolvidas nessa função. O projecto tem ainda por objectivo a concepção de um contraceptivo oral para Homens.


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Muitos factores influenciam a fertilidade de um casal: idade do homem e da mulher, frequência e técnica do coito, uso de lubrificantes vaginais, poluição, coexistência de algumas doenças, várias causas específicas de infertilidade e outras tantas desconhecidas. O Laboratório de Transfusão de Sinais do Departamento de Biologia da UA, pioneiro na investigação em torno da estrutura molecular dos mecanismos de transducção de sinais no espermatozóide, pretende dar o seu contributo, especificamente, na

Concretamente, é seu objectivo identificar e caracterizar as moléculas que estão envolvidas no controlo da cauda do espermatozóide, como funcionam e quais são os sinais celulares que controlam o desenvolvimento deste movimento, como refere o investigador. “Em experiências que já realizámos, isolámos uma amostra de espermatozóides na bancada no laboratório e verificámos que, com o tempo, eles vão perdendo mobilidade. Experimentámos adicionar substâncias inibidoras de PP1, quando eles estavam

infertilidade masculina

racional, desenvolver estratégicas terapêuticas para a infertilidade ou para o desenvolvimento de métodos anticonceptivos não hormonais. Seria óptimo se no futuro pudéssemos ter alguma colaboração com a indústria farmacêutica. A infertilidade está a aumentar e as causas continuam um pouco obscuras. Há um decréscimo da qualidade do sémen e o aumento brutal da infertilidade faz com que estas questões relacionadas com actividades de controlo da mobilidade dos espermatozóides sejam importantes nas duas perspectivas”.

ua na procura de soluções para a concretização do

sonho de ser pai resolução de problemas relacionados com a sua mobilidade, como explica o Professor Edgar Cruz e Silva, responsável pelo projecto. “A infertilidade afecta um número crescente de indivíduos, pensando-se que defeitos na mobilidade do esperma sejam um factor importante em muitos casos. Novas abordagens bioquímicas e moleculares têm revelado importantes detalhes do controlo da mobilidade do esperma e da (in)fertilidade, tanto em invertebrados como em várias espécies de mamíferos. Assim, o foco principal da nossa investigação tem incidido sobre as implicações que a proteína PP1 tem na integração das acções desses mediadores no esperma. Temos vindo a desenvolver um trabalho de caracterização da regulação bioquímica das suas funções, nomeadamente ao nível das bases moleculares da mobilidade do esperma em relação a complexos de sinalização de PP1 e ao seu papel na (in)fertilidade. Entretanto, descobrimos que existem outras proteínas que, provavelmente, serão o alvo terapêutico mais adequado para solucionar esse problema”.

com 10 a 20% de mobilidade, e observámos que a amostra aumentou a sua mobilidade abruptamente. Por isso, acreditamos que o que acontece ao longo do seu trajecto, desde o canal reprodutor masculino para o feminino, está relacionado com a actividade da PP1. Existe um sinal que produz esse efeito bioquímico dentro do espermatozóide. Pensamos que ao compreender como é que a PP1 afecta a mobilidade, onde e sobre que proteínas é que actua na cauda do espermatozóide, isso pode ser útil do ponto de vista clínico e terapêutico para a resolução do problema. Para além de importantes alternativas para o desenvolvimento de novas terapias da infertilidade humana, os resultados obtidos deverão contribuir para a concepção de um método contraceptivo oral para Homens. Uma tarefa que não dispensará uma estreita colaboração com a indústria farmacêutica, na opinião do responsável. “Existe um grande interesse, tanto do ponto de vista científico como do ponto de vista da indústria farmacêutica, na compreensão destes mecanismos básicos moleculares para que se possam, de uma maneira

De salientar que a infertilidade masculina é um problema que, hoje, ao contrário do que parece, afecta inúmeros casais. Historicamente, o mau funcionamento do órgão reprodutivo masculino tem-se caracterizado pelo secretismo, uma vez que, nas sociedades predominantemente dirigidas pelo homem, esta disfuncionalidade poderia ser a causa de um certo repúdio aos olhos desta mesma sociedade, uma vez que é usualmente esperado que o casal, em idade adulta, tenha capacidade para procriar. A maioria dos casais inférteis só se apercebe deste facto quando confrontado com a situação. Cerca de 25% dos casais têm problemas de fertilidade com tendência para aumentar. Em muitos destes casos o problema não reside na mulher mas sim no homem: produzem pouco ou nenhum sémen ou produzem sémen com características morfológicas deficientes. Destes existe ainda uma pequena percentagem que produzem sémen numa quantidade mais ou menos normal, com características morfológicas dos espermatozóides mais ou menos normais mas não se movem.


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ua virtual em construção projecto pioneiro coloca ua no

second life Com uma ilha no Second Life (SL) – o ambiente virtual 3D que mais atenções atrai na actualidade – a Universidade de Aveiro torna-se a primeira instituição de ensino superior portuguesa a marcar presença oficial neste universo paralelo. A iniciativa desenvolvida no âmbito do Projecto second.ua, que envolve cinco alunos da Licenciatura em Novas Tecnologias da Comunicação.

Explorar as potencialidades educativas e institucionais deste mundo virtual, promover a participação de um público mais alargado em eventos e iniciativas da UA, privilegiando o contacto social com os habitantes do SL, e disponibilizar informação sobre os serviços e os produtos por ela oferecidos são os objectivos que a equipa de alunos e docentes envolvida neste projecto pioneiro pretende atingir. Privilegia-se o contacto social entre a Universidade e os mais de 5 milhões de utilizadores registados em todo o mundo, dos quais, 40 mil são de Portugal, como referem os docentes responsáveis pelo projecto, Carlos Santos, Pedro Almeida e Luís Pedro. “Pretendemos que a criação desta nova extensão da UA permita a promoção de discussões iniciadas nas aulas, como um meio mais informal, que possibilite o contacto entre pessoas em espaços diferentes, e a realização de acções de e-learning em disciplinas específicas. O espaço disponibilizará, ainda, um balcão de atendimento virtual. Muito mais do que vender produtos ou serviços, a UA pretende explorar uma abordagem mais sofisticada, a área da educação. Esta abordagem envolverá vários aspectos relacionados com a criação de zonas de aprendizagem formais e informais”.


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Para tal, e tendo em consideração as diferentes finalidades desta presença, está a ser concebido um complexo de edifícios, que será implantado na ilha e integrará diversos espaços com características individuais e objectivos específicos. Serão seis os espaços disponibilizados aos utilizadores ou avatares, como são denominados os utilizadores dentro do Second Life: a InfoZone, o Second Caffé, o Aularium, o Auditorium, o Showroom e o Scriptorium. A InfoZone é a porta de entrada para o espaço da UA, funcionando como um balcão de atendimento virtual através do qual o avatar terá acesso a um conjunto de informações sobre o Projecto second.ua, a ilha, a actividade da UA, e a própria vida universitária. O Second Caffé é a zona mais lúdica do espaço. Conversar num ambiente informal, ouvir música ambiente e, em algumas ocasiões especiais, assistir a pequenos concertos são as opções sugeridas aos que o visitam. Este espaço, com árvores e relva, disponibiliza também uma área para dançar. No Aularium, uma das mais importantes estruturas do projecto, a UA coloca à disposição dos frequentadores do SL um conjunto de três salas de 50 lugares cada uma, que podem ser utilizadas para aulas. As salas estão equipadas com tecnologias de áudio, vídeo e slideshow, que poderão ser integradas nas actividades desenvolvidas. Para além destas três zonas, a estrutura integra ainda um Auditorium, reservado a aulas mais concorridas ou palestras, reuniões ou conferências com uma capacidade até 150 espectadores; um Showroom, o local onde estarão expostas as investigações, os artigos, os relatórios,

os projectos e os trabalhos mais notáveis, realizados pela comunidade da UA; e um Scriptorium, um pequeno auditório para realizar pequenas reuniões. Um espaço virtual para ser utilizado por um público mais restrito em conversas perfeitamente informais. Este inovador instrumento pedagógico, que mais do que um jogo, apresenta características e funcionalidades únicas, permite ao utilizador ter controlo sobre um ser virtual e comunicar com qualquer outro do género, independentemente da hora, espaço ou zona geográfica. A emergência de vários projectos neste espaço, especialmente dos EUA, é uma forte evidência das vantagens e potencialidades que o SL proporciona a iniciativas educacionais. Facto que é reforçado pelos inúmeros fenómenos educativos que ocorrem todos os dias, usando as ferramentas da Web 2.0, com resultados bastante positivos. Actualmente, marcam presença no SL cerca de 70 universidades e organizações educativas estrangeiras, entre as quais a Harvard Law School, Colorado Tech, Princeton e a Ohio University. Proprietária de uma ilha, a Universidade de Aveiro está agora a preparar a implementação dos edifícios neste espaço virtual. Enquanto não se instala fisicamente, alguns encontros promovidos pela equipa de docentes envolvidos, acontecem noutros espaços públicos do SL, sendo previamente anunciados, divulgados e discutidos nos blogs http://napraia.blogs.ca.ua.pt e http://nadavinculativo.blogs.ca.ua.pt. De referir que o Second Life é um mundo virtual totalmente em 3D, onde os limites de interacção podem ir até onde nos levar a nossa criatividade. Para além dessa estreita interacção com habitantes de todo o mundo,

second life

representados por imagens em 3D chamadas de avatares, é possível criar os nossos próprios objectos, personalizando completamente o nosso avatar, e implementar os nossos próprios negócios. Viver neste metaverso é como viver em outra vida, porém virtualmente. Voar ou teletransportar-se são os meios de transporte que nos permitem viajar de ilha em ilha. Com uma moeda própria, o Linden dollar (L$), que pode ser convertida em dólares verdadeiros, o Second Life permite explorar um conjunto de possibilidades de fazer negócio, através da criação de objectos, construção de imóveis, desenvolvimento de acessórios para os avatares, trabalhar para outros avatares e muito mais. Empresas como IBM, Toyota, Warner Bros., Nokia, Nike e Reuters, por exemplo, já aí abriram escritórios para treinar funcionários, realizar reuniões e vender os seus produtos e serviços, e a própria Suécia mantém uma embaixada para esclarecer dúvidas sobre o país. O equivalente a mais de meio milhão de dólares é movimentado todos os dias dentro deste mundo virtual, segundo dados de Novembro.


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Uma nova tecnologia de

Aveiro, em colaboração

revestimentos auto-reparadores

com o Instituto Max Planck

de corrosão ambientalmente

para Colóides e Interfaces,

mais amigável é o resultado de

na Alemanha. Os cientistas

uma investigação desenvolvida

acreditam que a tecnologia

pelo Departamento de

pode vir a substituir, num

Engenharia Cerâmica e do

futuro próximo, tecnologias de

Vidro da Universidade de

passivação tradicionais.

revestimentos anticorrosivos “inteligentes” em desenvolvimento na ua A fórmula para o sucesso alcançado prevê a adição de inibidores orgânicos ao revestimento de uma maneira indirecta, numa forma encapsulada. Os filmes de sol-gel convencionais, contendo silício e zircónio, são dopados com “nanoreservatórios” que libertam inibidores de corrosão, quando o revestimento é localmente danificado. O novo método evita efeitos negativos na estabilidade dos filmes e combina um efeito barreira dos revestimentos com mecanismos de protecção activa num único sistema. Os filmes dopados podem ser aplicados na superfície dos metais por spray, imersão ou outras técnicas convencionais e limitam a corrosão através de um efeito “inteligente” de auto-reparação da superfície. O filme liberta um inibidor como resposta a variações do pH causadas por iniciação da corrosão. Logo que a área afectada esteja protegida o “nanoreservatório” fecha-se, evitando mais libertação desse inibidor. Deste modo, existe um feedback activo entre o revestimento e o processo de corrosão localizada, como referido pelo Doutor Dmitry Schukin, do Instituto Max Planck, co-autor do trabalho.

Resultados muito promissores, segundo os Investigadores responsáveis, Doutor Mikhail Zheludkevich e Prof. Mário Ferreira, do Departamento de Engenharia Cerâmica e do Vidro da Universidade de Aveiro. “Embora mais investigação seja necessária de modo a obter “nanoreservatórios” com maior capacidade de armazenamento de inibidores, os resultados são muito promissores”.


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32 breves Recentemente, a Universidade de Aveiro voltou a ser distinguida pela investigação que desenvolve e pelo corpo docente que integra. O seu pioneirismo nas áreas da Engenharia Mecânica, Engenharia Electrotécnica, Engenharia Civil, Ciências Jurídico-Civilísticas, Matemática, Química e Física não passou despercebido, tendo merecido a atribuição de sete novas distinções.


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na investigação, corpo docente e qualidade de ensino ua soma distinções Investigação na área da Engenharia Mecânica distinguida por reputada companhia americana A investigação realizada pelos Professores da UA José Grácio e Rui Cardoso, do Departamento de Engenharia Mecânica e Centro de Tecnologia Mecânica e Automação, foi distinguida, em Fevereiro deste ano, pela Aluminum Company of America (ALCOA), com o título de “Elevado Mérito Técnico e Científico em Investigação nas áreas de Deformação Plástica de Metais e Mecânica da Fractura”. Um prémio que assume importância primordial para a Universidade de Aveiro, uma vez que muito raramente é atribuído a investigadores que trabalham fora do espaço Americano. Este reconhecimento espelha o excelente trabalho que estes dois investigadores têm vindo a desenvolver nas referidas áreas, sobretudo em ligas de alumínio, e que se traduziram na obtenção de outros prémios de relevo como por exemplo o Prémio Sigma Xi pelo melhor artigo científico publicado no International Journal of Plasticity em 2006. Por outro lado, o modelo computacional desenvolvido pelo Doutor Rui Cardoso, designado por CYSE constitui parte integrante dos códigos MARK sendo, por isso, referido com frequência pelos investigadores da área de mecânica computacional. Recorde-se que o Prof. José Grácio tem a coordenação, na Europa, do projecto de desenvolvimento e caracterização de ligas de alumínio para a indústria automóvel em parceria com Instituições de I&D na China e Japão. Este projecto tem sido coroado de êxito permitindo a obtenção de ligas de alumínio com elevada resistência e formabilidade.

Investigador distinguido pela mais reputada instituição internacional de Engenharia Electrotécnica O Professor José Carlos Pedro, docente e investigador do Departamento de Electrónica, Telecomunicações e Informática da UA e do Instituto de Telecomunicações – Pólo de Aveiro, foi distinguido em Janeiro deste ano, com o título de Fellow Member pela mais reputada organização internacional na área de engenharia electrotécnica, o Institute of Electrical and Electronics Engineers, Inc. (IEEE). Uma das mais prestigiantes atribuições desta organização, para a qual foram decisivos os seus contributos na área da análise da distorção não linear dos dispositivos e circuitos de radio-frequência, RF, e microondas. Ser Fellow member do IEEE é uma das mais prestigiadas honras desta instituição, sendo atribuída por convite do Conselho de Directores, a um número restrito de Membros Seniores que tenham contribuído com grande relevo para as tecnologias e ciências eléctricas e de informação em benefício da humanidade e da profissão. Respondendo a critérios de grande exigência, o número de membros do IEEE que ascendem a Fellow por ano é, no máximo, de 1 em cada 1000 do número total de membros votantes e, em Portugal, apenas três investigadores portugueses têm o privilégio de ostentar o título. Este ano, entre os 268 novos Fellows, de todo o mundo, que foram designados encontra-se o nome do Prof. José Carlos Pedro. Conhecido a nível internacional, este investigador e docente da UA é já uma individualidade de topo no campo da análise e projecto de circuitos de RF e microondas não lineares. Esta é uma área de investigação científica que tem vindo a ganhar importância na concepção dos modernos sistemas de comunicações sem fios.

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De entre estes, podem referir-se, por exemplo, as redes de comunicações móveis de voz e dados, as redes de computadores sem fios ou os sistemas de comunicações por satélite. Com efeito, os resultados obtidos da compreensão e minimização da distorção não-linear, têm vindo a mostrar-se determinantes na melhoria do compromisso entre o uso do espectro de rádio e das fontes de energia disponíveis. Ora, se isto por um lado proporciona economia na ocupação espectral, permite ainda um menor consumo da bateria de um telemóvel, por exemplo. Docente vê a sua dissertação de mestrado distinguida Paula Távora Vítor, docente da Secção Autónoma de Ciências Sociais, Jurídicas e Políticas da Universidade de Aveiro, foi galardoada, em Janeiro deste ano, com o Prémio Escolar Doutor Manuel de Andrade, relativo ao ano 2005, pelo trabalho desenvolvido na dissertação de mestrado intitulada “A administração do património das pessoas com capacidade diminuída em razão de anomalia psíquica – uma aproximação civilística às soluções à margem da tutela e da curatela” “Receber este prémio constitui uma valorização em termos de currículo e este tipo de distinção é sempre um factor de motivação no trabalho de investigação”, afirma Paula Távora Vítor, lembrando que, no estudo, analisou as soluções que, colocando-se à margem dos esquemas tradicionais de suprimento das incapacidades dos adultos (a tutela e a curatela), se ocupam de administração do património de pessoas com capacidade diminuída com fundamento em anomalia psíquica. Docente na Universidade de Aveiro desde o ano lectivo de 2005/2006, Paula Távora Vítor, está, no presente ano lectivo, a ministrar as disciplinas de Introdução ao Direito, Direito Administrativo, Direito das Empresas I, Organização Judiciária, Direito Público e Direito Económico.


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Projecto de investigação entre os três finalistas do Prémio Inovação APDC/Siemens O Projecto “Optimização da Diversidade e Distribuição de Configurações de Cablagens para a Indústria Automóvel”, desenvolvido em 2005 pelo Centro de Estudos em Optimização e Controlo (CEOC) da Universidade de Aveiro, foi um dos três finalistas do Prémio Inovação APDC/Siemens, atribuído, em finais de Dezembro, à COLLAB, responsável pelo projecto “One Contact”.

pela UA) e Miguel Miranda (estudante da licenciatura em Matemática Aplicada e Computação da UA).

da Universidade de Aveiro, e Christian Fernandez, da Universidade de Caen (França).

Docentes do Departamento de Engenharia Civil distinguidos com Prémio Ferry Borges O Mestre Nuno Lopes, Assistente do Departamento de Engenharia Civil da Universidade de Aveiro e o Prof. Paulo Vila Real, Prof. Catedrático do mesmo Departamento, foram distinguidos com o Prémio Ferry Borges 2006 para o Melhor Artigo Publicado na Revista Portuguesa de Engenharia de Estruturas.

Na primeira das três partes em que esta tese está organizada apresentam-se algumas ideias e conceitos fundamentais em Ressonância Magnética Nuclear (RMN). Em particular, dá-se uma panorâmica dos métodos disponíveis para realizar o desacoplamento homonuclear 1H-1H por impulsos, baseados no desacoplamento dito Frequency-Switched Lee-Goldburg (FS-LG). Discute-se, também, como optimizar as condições experimentais que permitem registar espectros de alta resolução de RMN bidimensional (2D). A segunda parte desta tese apresenta casos de estudo de RMN dos seguintes materiais híbridos inorgânicos-orgânicos: complexos (i) binuclear e (ii) hexanuclear de germânio, ambos contendo ácidos fosfónicos como ligandos (respectivamente, pmida4- e hedp4-); (iii) um aluminofosfato microporoso, e (iv) um _-titanofosfato lamelar tendo como hóspedes, respectivamente, metilamina e hexilamina.

Resultado de um acordo contratual entre o Porto Technical Centre da Yazaki Saltano de Portugal CEA Lda. e a Universidade de Aveiro, o projecto consistiu na implementação de uma aplicação informática com a sigla DONE (iniciais de Diversity Optimization on a Network Environment) que determina uma diversidade minimal de configurações num universo definido pelos dados estatísticos disponíveis sobre preferências de clientes e expectativas de vendas, respeitando limites de custo (associados ao fornecimento de cablagens com mais ligações do que as necessárias) e outras exigências, como por exemplo, o número máximo admissível de configurações distintas. O {\it DONE} permite à Yazaki Saltano fazer várias simulações num dia, contrariamente aos cerca de dois dias exigidos pelo sistema anterior, e resolve casos práticos de maiores dimensões, relativos a universos da ordem das 500.000 configurações, em apenas algumas horas, contra os sete ou oito dias necessários com a utilização de métodos tradicionais. Este projecto (ver http://ceoc.mat.ua.pt/ ~yazaki/) envolveu três investigadores doutorados em matemática: Domingos Moreira Cardoso (Professor Catedrático da UA), e Agostinho Agra e Eugénio Rocha (Professores Auxiliares da UA), assim como três bolseiros: Andreia Melo (na altura estudante de doutoramento da UA), Pedro Pinto (licenciado em Matemática Aplicada e Computação

Publicado no nº 54 daquela revista, em 2005, o artigo intitulado “Vigas e Vigas-coluna em Situação de Incêndio segundo o EC3: Novas Propostas de Cálculo” é da autoria de Nuno Lopes, Paulo Vila Real e L. Simões da Silva, da Universidade de Coimbra. O Prémio Ferry Borges, organizado bienalmente desde 1998, pela Associação Portuguesa de Engenharia de Estruturas (APEE) em colaboração com o Laboratório Nacional de Engenharia Civil e a Ordem dos Engenheiros, tem em vista, por um lado, perpetuar a memória da acção do engenheiro investigador Júlio Ferry Borges – um dos maiores vultos de sempre da Engenharia Civil Portuguesa – em prol da engenharia de estruturaras e, por outro, promover o reconhecimento público da engenharia de estruturas portuguesa. Investigador recebe prémio Celestino da Costa/Jean Perrin O Doutor Luís Mafra, investigador do Laboratório Associado CICECO e do Departamento de Química da Universidade de Aveiro, recebeu em Dezembro passado, o Prémio Celestino da Costa/Jean Perrin, atribuído pela Associação Portuguesa de Doutorados em França. Esta distinção premiou a sua tese de doutoramento “Ressonância Magnética Nuclear de Materiais Híbridos Inorgânicos-Orgânicos Cristalinos: Métodos e Aplicações”, co-orientada pelos Profs. João Rocha,

Estes sólidos são ricos em núcleos 1H e, por esta razão, as linhas espectrais de RMN de 1H sofrem alargamento homogéneo devido ao forte acoplamento dipolar homonuclear. Assim, não é de estranhar que os materiais híbridos tenham, até a data, sido objecto de poucos estudos de RMN de 1H. Nesta tese mostra-se que o desacoplamento FS-LG é uma técnica muito poderosa e robusta para estudar estes materiais, permitindo a aquisição, sob condições de alta resolução de 1H, de espectros 2D com correlação homo e heteronuclear 1H-X (X = 1H, 13C, 31P, 27Al). Ilustra-se, também, o uso de técnicas de reacoplamento dipolar, nomeadamente BABA, POSTC7 e RFDR. Usada em combinação com dados de difracção de raios-X, a informação RMN permite construir um modelo claro da estrutura dos materiais híbridos.


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Na terceira parte desta tese propõe-se uma nova técnica de RMN para estudo de núcleos quadrupolares, de spin 3/2 e 5/2, em sólidos. Concretamente, relata-se um método para a obtenção de espectros de núcleos quadrupolares de spin semi-inteiro, que permite o registo simultâneo dos chamados “multiple coherence transfer pathways (CTP)”, reduzindo consideravelmente o tempo de experiência. Usa-se uma ciclagem de fases do tipo “multiplex”, com registo separado de cada CTP na memória do computador, tendo em vista a selecção e o processamento de sinal após a aquisição. A aplicação, a estes conjuntos de dados, de uma mudança discreta da fase numérica permite gerar os CTPs alvo e combiná-los de forma a obter espectros 2D sem componentes dispersivas. Mostra-se, ainda, que é possível realizar experiências múltiplas com diferentes CTPs, durante o tempo de uma única experiência, por exemplo a aquisição de espectros 3QMAS/ 5QMAS, MQMAS/STMAS e MQMAS/DQFSTMAS. Finalmente, demonstra-se que acoplando o chamado soft-pulse added mixing (SPAM) e uma ciclagem de fases do tipo “multiplex duplo” permite adicionar construtivamente os CTPs, mesmo se estes tiverem sinal oposto. Encurta-se, desta forma, consideravelmente o tempo experimental, relativamente ao método multiplex simples. Jovem cientista da Academia recebe Estímulo à Investigação na área das nanotecnologias Sérgio Manuel de Sousa Pereira, investigador no Laboratório Associado da UA CICECO, foi distinguido pela Fundação Calouste Gulbenkian com o “Estímulo à Investigação 2006”. Um incentivo financeiro de 12.500 euros para desenvolver a sua investigação em torno da “Integração e manipulação à nanoescala de nanocristais coloidais em heteroestruturas epitaxiais de baixa dimensionalidade opticamente activas”.

Criar e investigar novas nanoestruturas multifuncionais que abrirão uma porta para uma melhor compreensão das unidades basilares de construção nano-tecnológica é o intuito da investigação do Doutor Sérgio Pereira. Juntamente com a equipa do CICECO/ UA, e com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, o investigador espera dar um contributo para a área da Física da Matéria Condensada com implicações directas nas nanociências e nanotecnologias. Um dos principais objectivos do projecto premiado é a manipulação à escala nanométrica (1 nm= 0,000000001 m) de nanocristais coloidais que podem ser óptica, magnética ou biologicamente activos, na superfície de filmes ultrafinos epitaxiais. Um dos desafios que se coloca nesta área, e que se propõe ultrapassar com este trabalho, é a possibilidade de manipular e isolar nanopartículas de forma a poder estudá-las individualmente, ou em grupos pequenos. O conceito inovador proposto para confinar espacialmente e isolar as nanoparticulas é relativamente simples: pretende-se tirar partido das características morfológicas peculiares de filmes epitaxiais ultrafinas, que em determinadas condições de crescimento desenvolvem espontaneamente um defeito em forma de prisma hexagonal invertido (Nano-Pit) na sua superfície, com dimensões na ordem de 10-50 nm. Ou seja, obtém-se numa superfície muito lisa uma determinada densidade de nano-pits dispersos cujo tamanho, profundidade e densidade conseguimos controlar. Estes nano-pits vão funcionar como uma espécie de “armadilha” para capturar os nanocristais que entram em contacto com a superfície através duma suspensão coloidal. Sérgio Pereira, 30 anos, é Investigador Auxiliar no CICECO (Centro de Investigação em Materiais Cerâmicos e Compósitos) laboratório associado da Universidade de Aveiro. Com um Pós-Doutoramento na área da Física

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da Matéria Condensada obtido como bolseiro da FCT, a desenvolver trabalho no Instituto Tecnológico Nuclear em Sacavém e no departamento de Física da UA, o investigador fez o seu doutoramento em parceria com a Universidade de Strathclyde em Glasgow no R.U., e licenciou-se em Engenharia Física na UA. As suas actividades de investigação têm estado essencialmente centradas na área da Física do Estado Sólido aplicada, nomeadamente no desenvolvimento de materiais semicondutores nanoestruturados com aplicações na optoelectrónica. Grande parte das suas publicações está relacionada com propriedades nanoestruturais e ópticas de filmes ultra-finos e heteroestruturas quânticas. Actualmente, encontra-se a desenvolver investigação em parceria com alguns dos melhores grupos a nível mundial nas áreas da nanociência e nanotecnologia. A dedicação e empenho que coloca no seu trabalho foram já reconhecidos com vários prémios e nível nacional e internacional e duas bolsas de mérito.


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incubadora de empresas da universidade de aveiro lança

empreendedores de sucesso Criada em 1996 e gerida, desde 1999, pela grupUNAVE,

“Pertencemos a um ninho de

a Incubadora de Empresas da Universidade de Aveiro (IEUA)

empresas que nos permitiu

é uma Unidade Funcional que dá apoio a novas empresas de

cimentar o projecto e ganhar

base tecnológica, de forma a fomentar o empreendedorismo na

alguma projecção no mercado.

Universidade de Aveiro. A IEUA abre as portas aos alunos, antigos

Foi uma fase de maturação

alunos, docentes e investigadores desta academia, oferecendo-

fundamental para a Active

lhes um conjunto de meios facilitadores de um primeiro contacto

Space Technologies”

com o mercado de trabalho. A Active Space Technologies e a

Ricardo Patrício, Active Space

Dreamlab são apenas dois exemplos de empresas que passaram

Technologies

recentemente pela Incubadora de Empresas da Universidade de

“A Incubadora é um incentivo

Aveiro e que já conquistaram o seu espaço próprio no mercado.

para quem, como nós,

Na próxima edição, a Linhas apresenta-lhe as 10 empresas que

arrisca na criação de uma

estão presentemente instaladas no Campus.

empresa. O apoio logístico, a disponibilização de um espaço mobilado a preços económicos, foram factores importantes” Clara Moreira, Dreamlab


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active space technologies inovação nas áreas aeroespacial, energia e automóvel

Ana Rodrigues (Gestora da Qualidade e Marketing) e os sócios Bruno Carvalho e Ricardo Patrício

em “projectos de desenvolvimento do sector aeronáutico, usufruindo do sistema de contrapartidas da Comissão de Contrapartidas do Ministério da Economia e Inovação”. O acesso privilegiado às áreas de investigação e inovação da UA, o apoio técnico e o suporte administrativo facultado pela Incubadora de Empresas da Universidade de Aveiro, entre Maio de 2005 e Maio de 2006, impulsionou a cimentação da Active Space Technologies e contribuiu para o aumento da projecção da empresa no mercado. “Foi uma fase de maturação fundamental no projecto” conta Ricardo Patrício, referindo as dificuldades iniciais na obtenção de financiamento e a falta de portfólio para apresentação a potenciais clientes como a Agência Espacial Europeia, contornada através da realização de projectos nacionais mais pequenos.

asseguram o bom funcionamento da AST

À constatação da quase nula existência, em Portugal, de empresas de prestação de serviços avançados e de investigação e desenvolvimento em produtos e soluções inovadoras na área espacial, Ricardo Patrício e Bruno Carvalho juntaram um forte espírito empreendedor, acrescentaram uma boa dose de vontade de impulsionar a investigação aeroespacial e automóvel nacional e fizeram uso do know-how adquirido ao longo da formação académica e anteriores experiências profissionais. Em Março de 2004, estes dois jovens, hoje com 30 anos, detentores de uma pós graduação internacional em Estudos Espaciais, optaram por abraçar uma carreira de elevado potencial, através de uma iniciativa empresarial. Estava lançada a Active Space Technologies, Actividades Aeroespaciais Lda. “Desejávamos contribuir para o desenvolvimento do sector espacial português, beneficiando das políticas de retorno geográfico da Agência Espacial Europeia (ESA)”, recorda Ricardo Patrício, lembrando também o interesse em participar

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envolvida on-site no JET, o percursor do ITER (reactor de fusão nuclear desenvolvido por um super-consórcio mundial), pretende agora envolver-se no projecto MIT-Portugal, no âmbito do desenvolvimento de produtos avançados, bem como em diversos outros projectos científicos da ESA e do CERN e ainda expandir a rede de outsourcing de engenharia no cliente. Ficha técnica Active Space Technologies, Actividades Aeroespaciais Lda. Rua Pedro Nunes, 3030-199 Coimbra www.activespacetech.com/ Sócios Ricardo Patrício 30 anos Lic. Eng. Mecânica na Universidade de Coimbra, Pós-graduação em Estudos Espaciais na University of South Austrália Bruno Carvalho 30 anos Lic. Eng. Informática na Universidade Nova de Lisboa, MSc, Eng. Informática, Pós-graduação em

Com competências nas áreas aeroespacial, energia e automóvel, a empresa está instalada em Coimbra e actua tanto a nível regional, como nacional e internacional, tendo em 2006 conseguido atingir 76% de exportações. Com sete colaboradores, engenheiros e cientistas especializados, a empresa providencia serviços de valor acrescentado em análises térmicas, estruturais e desenho CAD às indústrias espacial, aeronáutica, automóvel, de moldes e energética. A Active Space Technologies actua, ainda, como uma entidade de I&D para missões espaciais, sistemas opto-electrónicos, sensores e instrumentação, focandose em sistemas de controlo digital e sistemas embebidos”, acrescenta Ricardo Patrício. A Agência Espacial Europeia, o Centro de Fusão Nuclear do IST, a italiana Galileo Avionica, as portuguesas EFACEC, Critical Software e LusoSpace, ou as intrenacionais Hovemere (UK), MEISEI (JP) e Callisto (FR) fazem parte da carteira de clientes da Active Space Technologies que, já

Estudos Espaciais na International Space University Capital social inicial 5 000  Capital social actual 5 000  Apoios/financiamento NITEC, Sime Internacional, Inov Jovem, Inserção de Mestres e Doutores Facturação 2006 112 000  Conselhos-chave a novos empreendedores · Ser persistente, tenaz, dinâmico; · Ter um plano de negócios bem estruturado com linhas de negócio claras e definidas; · Não desviar do objecto da empresa (no entanto avaliar bem novas oportunidades de negócio).


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dreamlab uma referência nacional na área das Tecnologias da Comunicação

Multimédia Online (websites, animação) e Multimédia Offline (Cd-rom, Cd-Card, DVD). Em 2001, Clara, Diogo e João acreditaram que reuniam condições para fazer mais e melhor na área da comunicação. Ao entusiasmo próprio de jovens com menos de 25 anos, aliaram alguma experiência de trabalho adquirida por conta de outrem e decidiram reunir competências para criar, no mercado nacional, um projecto de referência na área das Tecnologias da Comunicação.

João Miguel Lopes, Diogo Valente e Clara Moreira criam produtos multimédia de excelência na Dreamlab

Foi o “desejo de fazer a diferença” que levou os licenciados em Novas Tecnologias da Comunicação pela Universidade de Aveiro, Clara Moreira, 31, Diogo Valente, 29, e João Miguel Lopes, 31, licenciado em Gestão de Marketing pelo IPAM, a constituir a Dreamlab Desenvolvimento e Consultadoria em Multimédia, Lda., usufruindo, no início, do apoio logístico e da sensação de confiança que a instalação na Incubadora de Empresas da UA lhes incutia. A empresa – uma agência de comunicação determinada a criar produtos de excelência – instalada agora no Edifício Cruzeiro, em Esgueira (Aveiro), nasceu a 14 de Março de 2001. Desde então concebe e implementa soluções de comunicação. “O nosso trabalho ajuda a vender, formar, informar, promover e entreter. A comunicar de forma efectiva”, salienta Clara Moreira, explicando que actuam em cinco áreas: Design de Comunicação (editorial, corporativo, webdesign, produto), Vídeo (institucional, publicitário), 3D (modelação, visualização e animação),

A realização de um conjunto de trabalhos, nem sempre rentáveis, funcionou como alavanca para a constituição de um portfólio capaz de credibilizar o projecto. Clara Moreira recorda os principais obstáculos enfrentados na fase de arranque da empresa: falta de recursos humanos especializados na área de gestão, necessidade do recurso a contactos pessoais para a angariação de clientes e dificuldade em obter apoios financeiros numa área em que a matéria-prima é a criatividade e o saber das pessoas.

e personalizadas. Obrigou a custos acrescidos na preparação do espaço e um aumento significativo nos custos fixos. Mas este é um investimento que reflecte as necessidades, o desempenho, e os objectivos que queremos atingir: a melhoria contínua na procura das melhores práticas, para melhor servir os nossos colaboradores, fornecedores e clientes”, afirma Clara Moreira. Abraçar novos projectos e áreas, fazendo melhor tanto em termos técnicos como do ponto de vista criativo, recorrendo a metodologias de qualidade, continua a ser a aposta da Dreamlab que resume a sua ainda curta história de vida a “muito trabalho, determinação e um forte empenho em criar produtos de excelência”. Ficha técnica Dreamlab Desenvolvimento e Consultadoria em Multimédia, Lda. Rua Bento Moura 1 – Edifício Cruzeiro Escritórios C e D, 3800-114 Aveiro Sócios

Hoje, a Dreamlab actua fundamentalmente nas zonas Centro e Norte do país, cobrindo 70% do território nacional, emprega 15 pessoas, na sua maioria licenciadas em NTC e Design pela UA, e conta, na sua carteira de clientes, com empresas como a Portugal Telecom Inovação, a Weber Cimenfix, a Pecol, o Grupo Catarino, a Varela Construções, a Inova-Ria, o TEMA, a BMAIS e o Lisboa Wellness Center.

Diogo Alexandre C. L. Valente 29 anos Lic. Novas Tecnologias da Comunicação, Universidade de Aveiro Clara Susana de Almeida Moreira 31 anos Lic. Novas Tecnologias da Comunicação, Universidade de Aveiro João Miguel Lopes Ferreira 31 anos Lic. em Gestão de Marketing — IPAM Capital social inicial 7 500  Capital social actual 45 000  Apoios/financiamento

A passagem pela Incubadora de Empresas da Universidade de Aveiro (IEUA) entre Julho de 2001 e Janeiro de 2007 representou, sobretudo, “o incentivo necessário a quem arrisca criar uma empresa”. As dificuldades decorrentes da saída deste espaço da UA para a instalação em espaço próprio são agora encaradas como verdadeiros desafios. “A mudança das instalações da IEUA resulta da evolução natural, do desejo de expansão, um passo em frente com instalações dimensionadas

SIPIE – programa que decorreu entre 2001 e 2003 Facturação 2006 Aproximadamente 304 000  Conselhos-chave a novos empreendedores · Pensar bem o negócio antes de tomar a decisão de avançar; · Ter consciência de que os projectos nem sempre correm como esperamos; · Dedicação de corpo e alma; · Acreditar e lutar contra os escolhos que, inevitavelmente, vão aparecer no caminho.


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presidente da república elogia áreas fortes da ua Nas duas visitas que em menos de dois meses realizou à Universidade de Aveiro, o Presidente da República não poupou os elogios. Em Março salientou a tradição da Universidade no domínio da energia, do desenvolvimento sustentável, de tecnologia avançada e do ambiente. Em Maio, Cavaco Silva aplaudiu o pioneirismo da UA no domínio das telecomunicações, no momento em que a Nokia Siemens Networks inaugurava, na Universidade de Aveiro, mais um centro de investigação e desenvolvimento de excelência, localizado em Portugal.


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aposta em áreas-chave e cooperação com as empresas colocam universidade de aveiro no bom caminho A Universidade de Aveiro recebeu, na tarde de 12 de Março, a visita do Presidente da República. A inclusão da UA no roteiro de visita às instituições que trabalham em prol das tecnologias limpas foi justificada pelo próprio Prof. Cavaco Silva pela “tradição que esta Universidade tem no domínio da energia, do desenvolvimento sustentável, de tecnologia avançada e do ambiente”, assim como pela “ligação da Universidade de Aveiro a algumas empresas de tecnologias avançadas”. Depois de assistir à assinatura de um protocolo entre a Universidade de Aveiro e a Galp Energia e de conhecer os projectos na área da protecção do Ambiente e da Saúde

(SaudAr; Biomassa; GEMAC – Previsão Meteorológica; CESAM), desenvolvidos pelo Departamento de Ambiente e Ordenamento e pelo Instituto de Telecomunicações (TELESAL; DVR e SUIT), bem como os projectos de I&D na área da energia, desenvolvidos pelo Departamento de Engenharia Mecânica, em parceria com a Martifer e outras empresas da região, o Presidente da República disse aos jornalistas que “A Universidade de Aveiro está no bom caminho”. Para além da tradição em áreas que permitem hoje à Universidade de Aveiro participar na procura de soluções multidisciplinares para problemas de dimensão internacional, como é o caso do aquecimento global, das mudanças climáticas e da concepção de modelos de desenvolvimento sustentável, o Presidente da República afirmou conhecer já há algum tempo a ligação desta universidade a algumas empresas de tecnologias avançadas, como a PT e a Siemens. “Hoje foi assinado um protocolo com a Galp, portanto penso que nesta matéria de parcerias entre universidades e empresas, a UA está no bom caminho”. De facto, o protocolo assinado pela Reitora da Universidade de Aveiro,

visita do presidente da república à ua

Prof. Helena Nazaré, e pelo Presidente da Comissão Executiva da Galp, Eng. Manuel Ferreira de Oliveira, visa aproximar o mundo académico do mundo empresarial, através do desenvolvimento de trabalhos de investigação e de propostas adaptadas às necessidades reais do mercado, no âmbito das energias sustentáveis e maior eficiência energética. A Galp Energia vai atribuir bolsas anuais aos dez melhores alunos que se distingam na apresentação de estudos e trabalhos relacionados com a procura de sistemas energéticos sustentáveis, nomeadamente, nos sectores dos edifícios, indústria e cerâmica, cortiça, indústria alimentar e produção de bens de equipamento energéticos. Seleccionados pela Universidade de Aveiro, estes alunos serão colocados em dez empresas distintas, nomeadas pela Galp Energia. Baseando-se, essencialmente, em auditorias energéticas, os trabalhos a desenvolver irão representar um valioso contributo para a optimização do modo de funcionamento energético de diversos sistemas, bem como racionalizar, identificar e recomendar oportunidades de


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melhoria nas áreas da promoção e eficiência energética, sistemas de gestão de energia, poligeração descentralizada e integração de energias renováveis, optimização do mix energético, rentabilização energética de subprodutos florestais, produção de frio com base em calor e armazenamento de energia. Os três melhores trabalhos serão galardoados com um prémio no valor total anual de 10 mil euros. A celebração deste protocolo permite dar prosseguimento à estratégia que a Universidade de Aveiro tem vindo a desenvolver de formação em contexto de investigação e em meio empresarial, dando resposta às necessidades do mercado e da sociedade e insere-se, também, na política de Responsabilidade Social na vertente da protecção ambiental promovida pela Galp Energia, tendo como contrapartida, a promoção de novas ideias nas áreas abrangidas.

trecho, a instalação da unidade de I&D da Martifer”. No final, o Presidente da República fez ainda o balanço do primeiro dia das “2ªas Jornadas Roteiro Ciência”, dedicadas ao tema Tecnologias Limpas. “Está a nascer no país um sector industrial ligado à energia eólica que pode ter uma grande importância. Penso que este dia foi extremamente positivo. Recolhi informação muito importante que procuro sublinhar para que os portugueses tenham bem a percepção que têm que melhorar a eficiência energética. (…) vamos começar a produzir de forma diferente e energia diferente para preservar o ambiente em Portugal e dar a nossa contribuição para que o efeito de estufa não se agrave.”. Veja também Projectos na área da protecção do Ambiente e da Saúde desenvolvidos pelo Departamento de Ambiente e Ordenamento:

Momentos antes da assinatura do protocolo com a Galp, a Reitora, Prof. Maria Helena Nazaré, lembrou a todas as personalidades presentes que os projectos de investigação e desenvolvimento em curso na Universidade de Aveiro, na área da energia, “reflectem a real capacidade de intervenção numa multiplicidade de domínios: da produção de energia (em que se inclui a diversificação das fontes energéticas através do aproveitamento do potencial eólico, da energia solar, da energia das marés, ou da biomassa), à racionalização da sua utilização (designadamente no que se refere à concepção e construção de edifícios envolvendo novas práticas, novos materiais e sistemas de controlo avançados)”.

SaudAr (http://uaonline.ua.pt/uplimages/med_472.pdf)

Inaugurado a 7 de Maio, em cerimónia presidida pelo Presidente da República, o Pólo de Inovação da Nokia Siemens Networks Portugal está instalado numa ala da antiga Companhia Aveirense de Moagens cedida pela Universidade de Aveiro. Este novo centro de investigação mundial emprega já 100 engenheiros portugueses, aos quais se deverão juntar em breve mais 50, está vocacionado para a implementação de projectos das áreas de Network Management e Comunicação Técnica e dedicar-se-á na totalidade à exportação.

Biomassa (http://uaonline.ua.pt/uplimages/med_467.pdf) GEMAC – Previsão Meteorológica (http://uaonline.ua.pt/uplimages/med_471.pdf) CESAM (http://uaonline.ua.pt/uplimages/med_470.pdf) pelo Instituto de Telecomunicações: TELESAL (http://uaonline.ua.pt/uplimages/med_474.pdf) DVR (http://uaonline.ua.pt/uplimages/med_468.pdf) SUIT (http://uaonline.ua.pt/uplimages/med_473.pdf) pelo Departamento de Engenharia Mecânica: projectos de I&D na área da energia (http://uaonline.ua.pt/uplimages/med_469.pdf) Intervenção da Reitora (http://uaonline.ua.pt/upload/med/med_475.pdf)

Na sua intervenção, a Reitora destacou ainda o acolhimento, no Campus, de “unidades de I&D de parceiros empresariais, como a PT Inovação, através da participação no Instituto de Telecomunicações, a Siemens, S.A., através da instalação do laboratório de I&D, a que se seguirá, a breve

pólo de inovação da nokia siemens networks portugal “aveiro está mais próximo dos pólos tecnologicamente mais avançados da europa”

Na sua segunda deslocação à Universidade de Aveiro em menos de dois meses, o Presidente da República, Prof. Cavaco Silva aplaudiu o facto da Nokia Siemens Networks ter decido localizar em Portugal mais um centro de Investigação e Desenvolvimento e desta instalação traduzir uma parceria com a Universidade de Aveiro. «É a prova de que em Portugal é possível mobilizar recursos humanos de alta qualidade no domínio das telecomunicações e é também a prova de que é um país competitivo em actividades tecnologicamente avançadas» afirmou, acrescentando: «congratulo-me com o facto deste pólo traduzir uma parceria entre a Universidade de Aveiro e a Nokia Siemens Networks. A UA tem uma longa tradição no domínio das telecomunicações, mas também é uma universidade que está consciente de que o futuro das escolas superiores passa por estabelecer parcerias entre as universidades, os politécnicos e as empresas».


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Salientando que Aveiro passa a dispor de um centro de excelência que fica mais próximo dos pólos tecnologicamente mais avançados da Europa, o Presidente da República lembrou que o investimento em I&D é decisivo para a competitividade da economia Portuguesa. «É preciso que cada vez mais as nossas empresas aproveitem o conhecimento que é gerado nas universidades e que as universidades produzam o conhecimento na óptica das empresas». Para o Prof. Cavaco Silva, este pólo de inovação é a prova que Portugal tem capacidade de enfrentar os grandes desafios de um mundo cada vez mais globalizado. Na sua intervenção, e lembrando a oportunidade do momento – a Comissão Europeia lança para discussão pública o Green Paper sobre o desenvolvimento da área europeia da investigação -, a Reitora salientou que este pólo de inovação, pela qualidade dos recursos envolvidos e pela visão estratégica da sua liderança, terá oportunidade de projecção a nível mundial. «Terá também o dever de se constituir como exemplo de boas práticas na cooperação empresa-universidade e

universidade-empresa, tão necessárias ao país», acrescentou. A Prof. Maria Helena Nazaré recordou a tradição da presença das telecomunicações em Aveiro e sua ligação à UA e adiantou que o aprofundamento da ligação com a Siemens, já anterior a 2002, foi proposto pela própria empresa. «Através do empenhamento conjugado de muitas pessoas e de uma parceria responsável foi possível concretizar o primeiro passo do aprofundamento referido. Acolher na UA o pólo de inovação da Nokia Siemens Networks», numas instalações que vivem lado a lado com a Fábrica – Centro de Ciência Viva. Por seu turno, o Eng. João Picoito, South West Europe Head da Nokia Siemens Networks, disse que a criação deste novo pólo é o «resultado natural da colaboração com a Universidade de Aveiro nos últimos anos». E acrescentou que a UA, com o seu «espírito empreendedor», tornou-se um «centro de excelência a nível mundial» na área das telecomunicações.

O pólo de inovação de Aveiro da Nokia Siemens Networks emprega já uma centena de engenheiros, formados pela UA e por outras universidades da zona norte do país, e irá recrutar 50 novos engenheiros até final do ano. O investimento neste novo pólo, que nos próximos três anos ascenderá a 45 milhões de euros, vem reforçar a aposta da Nokia Siemens Networks Portugal em I&D, nos engenheiros portugueses, e na ligação da empresa à Universidade de Aveiro. As suas actividades passam pelo desenvolvimento de trabalhos de investigação avançada na área de telecomunicações em fibra óptica e de plataformas de gestão, em consórcio com a Universidade, ou através do intercâmbio de investigadores das duas instituições, nomeadamente através de bolsas de investigação da Nokia Siemens Networks. Veja também Intervenção da Reitora, Prof. Helena Nazaré (http://uaonline.ua.pt/upload/med/med_606.pdf)


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maio ‘07

parceria internacional com a

carnegie mellon university universidade de aveiro avança com professional master O arranque, já em Setembro, de um curso internacional que conferirá um Diploma de Estudos Avançados em Redes de Informação é o primeiro resultado prático dos acordos de cooperação que a Universidade de Aveiro assinou, no âmbito do programa de colaboração firmado, em Outubro último, entre

A Universidade de Aveiro e a Carnegie Mellon University juntaram as suas competências para oferecer um Curso de Formação Avançada reconhecido pelas duas instituições. O Master of Science in Information Networking é uma alternativa aos convencionais cursos de ciências de computação ou engenharias e baseia-se na formação já oferecida pela CMU, nas suas instalações, em Pittsburgh. Com a duração de 16 meses e início em Setembro de 2007, este Professional Master conferirá dois títulos: um Master of Science in Information Networking, atribuído pela CMU, e um Diploma de Estudos Avançados em Redes de Informação, atribuído pela UA.

o Estado Português e a Carnegie Mellon University (CMU) para o desenvolvimento das Tecnologias de Informação e Comunicação.

Formar profissionais nas áreas das redes de informação, capazes de aliar um conjunto de competências técnicas avançadas a competências multidisciplinares, principalmente nas áreas de gestão e de negócio, é o objectivo deste curso que visa, assim, lançar para o mercado de trabalho profissionais aptos a assumir cargos de responsabilidade tecnológica, simultaneamente competentes para coordenar equipas


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e descobrir oportunidades de negócio estratégicas para o futuro. O programa será ministrado em língua inglesa, funcionará na Universidade de Aveiro com aulas presenciais e à distância, leccionadas por especialistas nacionais de renome, mas também em regime de “anfiteatro virtual” em tempo real, por docentes da CMU, de forma a possibilitar a interacção dos alunos com os professores daquela universidade norte-americana. As disciplinas chave do curso estabelecem a base necessária a um nível comum de competências, preparando os alunos para as disciplinas de opção, técnicas e de gestão tecnológica, de acordo com seus interesses e necessidades profissionais. Dirigido a profissionais com formação superior de quatro ou cinco anos em Engenharia Electrónica, Electrotécnica, Informática, Redes de Comunicação e áreas afins, este Master encerra o seu período de candidaturas a 1 de Julho. O seu alto nível de qualidade obriga à satisfação de requisitos específicos exigentes que poderão ser consultados em www.ua.pt/msin. Momento ímpar na história da Universidade Este Professional Master é resultado de um modelo de cooperação formalizado durante uma cerimónia que decorreu em Outubro, em Aveiro, sob a presidência do Primeiro-Ministro, José Sócrates. A Universidade de Aveiro foi uma das instituições de ensino superior nacionais a assinar os acordos que integraram o programa de colaboração entre o Estado Português e a Carnegie Mellon University (CMU) para o desenvolvimento das Tecnologias de Informação e Comunicação, que incluiu também a assinatura de vários

contratos e acordos com empresas, muitas delas com forte ligação à UA. Na abertura da cerimónia, o também presente Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, José Mariano Gago, frisava que a parceria com a CMU marcava “um momento ímpar na história da investigação e da universidade e, muito especialmente, no desenvolvimento das Tecnologias de Informação e Comunicação no nosso país”, adiantando que desta parceria resultaria a criação de um novo Instituto Internacional Conjunto (o modelo adoptado para a atribuição de graus académicos – mestrados e doutoramentos – também conjuntos), que Mariano Gago classificou como “um dos mais inovadores institutos avançados internacionais de Ensino e Investigação à escala global”. O modelo de cooperação, formalizado nesta cerimónia assenta em programas de mestrado e doutorais suportados por programas de investigação, o que permitirá às instituições portuguesas, durante um período inicial de cinco anos, desenvolver cerca de 180 diplomas de especialização (Professional Masters) e 80 novos doutoramentos em colaboração com a CMU. A Universidade de Aveiro, em particular, vai então ministrar, em parceria, um Master em Science in Information Networking – uma área forte da instituição – e um programa doutoral nesta temática, suportado num programa de investigação. Além disso, a UA vai também colaborar em todas as outras áreas deste programa de cooperação. Para a Reitora da UA, Prof. Maria Helena Nazaré, a participação da Universidade de Aveiro nesta parceria

parceria internacional com a carnegie mellon university

internacional vem dar continuidade aos ideais de internacionalização que a UA prossegue há já três décadas. “A ciência não se faz isoladamente. Esta parceria é simplesmente uma institucionalização da atitude de internacionalização que tem sido política da Universidade de Aveiro de há 30 anos a esta parte. Com esta nova parceria passamos a colaborar formalmente com uma universidade que é, reconhecidamente, a universidade de topo a nível mundial nas áreas das tecnologias de informação e comunicação, estreitando assim contactos já existentes”, afirmou. No encerramento da cerimónia, o Primeiro-Ministro, começou por classificar o momento como decisivo. “Com os acordos (MIT e CMU) nada será como dantes. Estamos no mercado global do conhecimento e vamos assumir uma nova cultura e atitude da Universidade e da Ciência em Portugal. Fizemos um esforço de internacionalização da academia e do sistema científico, aliando-nos aos melhores do mundo.” José Sócrates referiu ainda que estes acordos significam também uma aliança entre conhecimento e negócios, universidade e empresas. “Vamos criar recursos humanos nos quais as empresas estão interessadas” disse, lembrando que as empresas assumiram o compromisso de afectar uma parte dos seus investimentos à investigação e ao desenvolvimento. Importa ainda salientar que empresas com forte ligação à UA, como o Grupo PT e a Siemens, assim como sete empresas associadas da Inova-Ria (Maisis, Micro/Io, Ponto C, Present Technologies, Rederia, Shortcut e Telbit) integraram o grupo que assumiu o compromisso de aumentar o investimento em I&D e emprego científico.


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maio ‘07

2007 › 2008

ua alarga oferta de pós-graduação adaptada a Bolonha Depois de ter arrancado, em

quais ministrados em parceria

2006, com os primeiros 15

com outras universidades

cursos de Mestrado (2º Ciclo)

portuguesas ou estrangeiras.

e quatro Mestrados Integrados

A oferta de pós-graduação é

adaptados a Bolonha, a UA

diversificada em várias áreas

alarga agora a sua oferta,

do conhecimento e apresenta-

apresentando no próximo ano

-se como um instrumento

lectivo, um total de 63 cursos

capaz de dar resposta a

de formação pós-graduada,

exigências profissionais do mais

três dos quais pré-Bolonha.

alto nível. Informações mais

A partir de Junho, todos os

pormenorizadas podem ser

interessados em prosseguir os

obtidas no site da UA em

seus estudos de pós-graduação

http://www.ua.pt.

nesta universidade podem apresentar a sua candidatura a um destes cursos, alguns dos

Muito mais do que a duração dos cursos, Bolonha vem transformar por completo o modelo de ensino que tem vindo a ser praticado nas universidades. As metodologias de ensino/aprendizagem serão reformuladas, com vista à promoção do trabalho do aluno e da aprendizagem activa, onde a resolução de problemas e orientada para a realização de projectos assumem particular destaque. Valoriza-se, sobretudo, a aquisição de competências para uma aprendizagem continuada ao longo da vida e para o exercício, no futuro, de profissões muitas delas ainda, hoje, desconhecidas. Ao nível da pós-graduação, esse objectivo reflecte-se, também, numa maior versatilidade no percurso formativo do aluno, uma vez que poderão ingressar num dado Mestrado, licenciados em áreas distintas. Na UA, os mestrados têm a duração de dois anos, correspondendo a 120 créditos. O plano de estudos compreende unidades curriculares até 65% dos créditos totais, e um


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trabalho individual supervisionado por um docente, na forma de um projecto, estágio profissional ou dissertação, ao qual se atribui, no mínimo, 35% dos créditos necessários para concluir este grau de ensino. Este ano, a UA apresenta uma novidade: um sistema de pré-candidaturas que possibilita aos licenciados a apreciação prévia, pela UA, do conjunto de créditos já adquiridos na Licenciatura (pré-Bolonha) que detém. Assente numa lógica de creditação e não de equivalências, define-se o número de créditos ECTS necessários à conclusão do 2º ciclo (Mestrado) e procede-se à respectiva reformulação do Plano de estudos, apresentando um novo face ao número de créditos já atribuídos. Os procedimentos para a formalização das candidaturas estão definidos nos Editais de Abertura dos respectivos cursos, os quais podem ser consultados em http://www.ua.pt. As candidaturas aos Mestrados deverão ser efectuadas via Internet, através do endereço https://paco.ua.pt, seguindo as instruções aí referidas. Mestrados 2007/08 Área de Artes e Humanidades Criação Artística Contemporânea Design Estudos Editoriais Línguas, Literaturas e Culturas Música Tradução Especializada Área de Ciências Económicas e Sociais Administração e Gestão Pública Ciência Política Contabilidade Contabilidade e Administração Pública Economia Gestão Gestão e Planeamento em Turismo Línguas e Relações Empresariais

Planeamento Regional e Urbano Políticas e Gestão do Ensino Superior (HEEM)* Área de Ciências da Engenharia e Tecnologias Ciência e Engenharia de Materiais (EMMS)* Comunicação Multimédia Engenharia Cerâmica e do Vidro Engenharia Civil Engenharia de Materiais Engenharia de Materiais Biomédicos Engenharia do Ambiente Engenharia Física Engenharia Geológica Engenharia de Automação Industrial Engenharia e Gestão Industrial Estudos Ambientais (JEMES)* Functionalized Advanced Materials and Engineering (FAME)* Genómica e Bioinformática Geomateriais e Recursos Geológicos* Materiais Derivados de Recursos Renováveis Science in Information Networking (MSIN)* Sistemas Energéticos Sustentáveis Área de Ciências Exactas e Naturais Biologia Marinha Biologia Molecular e Celular Bioquímica e Química dos Alimentos Ciências do Mar e das Zonas Costeiras Ecologia, Biodiversidade e Gestão de Ecossistemas Física Matemática e Aplicações Meteorologia e Oceanografia Física Métodos Biomoleculares Microbiologia Química Analítica e Controlo de Qualidade Química Orgânica e Produtos Naturais Toxicologia e Ecotoxicologia Área de Ciências e Tecnologias da Saúde Biomedicina Farmacêutica Biomedicina Molecular Ciências da Fala e da Audição Gerontologia

ua alarga oferta de pós-graduação adaptada a bolonha

Área de Educação Ciências da Educação Ensino de Biologia e de Geologia no 3º Ciclo do Ensino Básico e no Ensino Secundário Ensino de Física e de Química no 3º Ciclo do Ensino Básico e no Ensino Secundário Ensino de Inglês e de língua estrangeira no 3º Ciclo do Ensino Básico e no Ensino Secundário Ensino de Inglês e de língua estrangeira no Ensino Básico Ensino de Matemática no 3º Ciclo do Ensino Básico e no Ensino Secundário Ensino de Português e de Línguas Clássicas no 3º Ciclo do Ensino Básico e no Ensino Secundário Ensino de Português no 3º Ciclo do Ensino Básico e no Ensino Secundário e de Língua Estrangeira nos Ensinos Básico e Secundário Gestão Curricular Multimédia em Educação Supervisão Mestrados Integrados Engenharia Computadores e Telemática Engenharia Electrónica e Telecomunicações Engenharia Mecânica Engenharia Química Nota: Alguns dos cursos aguardam registo na DGES * Ministrados em parceria com outras universidades portuguesas ou estrangeiras


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a partir de 2007 ua ministra dois novos

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mestrados No âmbito do programa de mobilidade estudantil Erasmus Mundus, a Universidade de Aveiro vai ministrar dois novos mestrados: o Joint Erasmus Mundus Master of Environmental Studies (JEMES) e o Functionalized Advanced Materials and Engineering of Hybrids and Ceramics (FAME). Em parceria com outras universidades europeias, estes mestrados iniciarão as suas actividades curriculares já a partir do próximo ano lectivo, na sequência do financiamento da União Europeia, obtido em Outubro de 2006.

Erasmus Mundus é o programa de cooperação e mobilidade da União Europeia, no domínio do ensino superior. Apoia cursos de mestrado europeus e concede bolsas de estudo, financiadas pela UE, a cidadãos de países terceiros que participam nesses cursos de mestrado, assim como bolsas de estudo para cidadãos da UE que estudam em países fora da União. A UA acolhe o programa Erasmus Mundus desde 2004, ano em que arrancou com o Mestrado Europeu Conjunto em Ciências dos Materiais, EMMS, em parceria com a Technische Universität Hamburg-Harburg e a DK – Aalborg Universitet. Já na terceira edição, a UA continua a coordenar este mestrado desde o seu início. A Universidade de Aveiro participa também, como parceira, no Mestrado Europeu em Ensino Superior, HEEM, dirigido pela Universidade de Oslo, e integrará, já a partir do próximo ano lectivo, o JEMES e o FAME. Os Mestrados EMMS, HEEM e JEMES integram o Consórcio Europeu de Universidades Inovadoras – European Consortium of Innovate Universities (ECIU) que agrega um conjunto de 14 universidades, a nível mundial.


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mestrados erasmus mundus

erasmus mundus A UA é a única instituição universitária portuguesa a colaborar com o consórcio. Este ano, são 34 os alunos estrangeiros que frequentam, na UA, os Masters em Materials Science, EMMS, e em Higher Education (HEEM). Por sua vez, o Mestrado Functionalized Advanced Materials and Engineering of Hybrids and Ceramics está inserido na rede europeia de excelência FAME e é financiado pelo programa Erasmus Mundus. Neste mestrado, os dois primeiros semestres têm lugar ou no Institut National Polytechnique de Grenoble (França) ou na Universität Augsburg (Dinamarca). No 2º ano, o estudante poderá frequentar o 3º e /ou o 4º semestres em qualquer das instituições do consórcio, obtendo, no final do programa, um duplo diploma, dependendo do destino escolhido. Na Universidade de Aveiro, este Mestrado tem a designação de Ciência e Engenharia de Materiais e é oferecido em parceria com as seguintes instituições europeias: Institut National Polytechnique de Grenoble (França), a Université de Bordeaux (França), Université Catholique de Louvain (Bélgica), a Université de

Liège (Bélgica), a Universität Augsburg (Dinamarca) e a Technische Universität Darmstadt (Alemanha). O Mestrado JEMES tem um carácter particularmente interdisciplinar, que agrega as componentes teórica e prática. A formação é composta por duas vertentes de ensino – Environmental Technology Engineering e Environmental Management Engineering – que aliam a tecnologia e a gestão educativa, a pesquisa, a prática de exercícios e as aulas laboratoriais. Os estudantes optam por uma destas vertentes, no primeiro semestre, completando a outra no segundo, tendo a possibilidade de escolher, no final, por uma delas, para completar a especialização. O último semestre da formação será inteiramente dedicado ao trabalho de investigação, conducente à dissertação. A UA associa-se, assim, às três parceiras europeias Technische Universität Hamburg-Harburg (Alemanha), coordenadora do Mestrado, à Universitat Autónoma de Barcelona (Espanha) e à Aalborg Universitet (Dinamarca) no arranque deste novo Mestrado.

Tendo como destinatários principais os estudantes titulares de um diploma de ensino superior ou académicos de excelência, naturais ou residentes num país não pertencente à União Europeia, os Masters Erasmus Mundus possibilitarão a realização de parte da sua componente académica no país ou países parceiros, conferindo um diploma conjunto, por parte das universidades envolvidas. Ambos os mestrados são ministrados em língua inglesa e a duração é de dois anos, correspondendo a 120 ECTS.


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maio‘07 maio ‘07

colaboração inter-universitária

luso › galega


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A Universidade de Aveiro é uma das seis universidades portuguesas e espanholas a integrar o Programa Internacional de Pós-Graduações em Biologia Marinha e Nanociências. Promovido no âmbito da colaboração entre Portugal e Espanha na área do desenvolvimento tecnológico, este programa tem como parceiros, para além da UA, as universidades do Porto, Algarve, Vigo, Coruña e Santiago de Compostela, os Laboratórios Associados CESAM e CIMAR e o Instituto de Investigacións Mariñas (CSIC) de Vigo.

O grau de Mestre é concedido após o cumprimento de 120 ECTS, num período de dois anos. A meta é iniciar o novo ciclo de estudos no ano lectivo de 2007/08. O ciclo de estudos tem como objectivo uma formação voltada para a abordagem científica da sustentabilidade dos Recursos Marinhos e da resolução dos problemas das economias ligadas ao Mar, das regiões onde se inserem as Universidades participantes. De Portugal, estarão envolvidas as Universidades do Porto, de Aveiro e do Algarve, havendo a participação

colaboração inter-universitária

já a partir do ano lectivo de 2007/08, na possibilidade de intercâmbio de alunos e de docentes / investigadores, durante o 1º ano do ciclo de estudos. Este deverá integrar um ano curricular (60 ETCS), acrescido de três anos de trabalhos conducentes à elaboração da tese de dissertação. Os programas podem decorrer em qualquer dos parceiros institucionais. A articulação programática será baseada num curriculum modular, flexível e altamente personalizado, que permitirá ao formando elevada

ua integra programa internacional de pós-graduações em

biologia marinha e nanociências Pretende-se com este programa estabelecer formações conjuntas de elevado nível internacional que concedam os graus de Mestre e de Doutor, num regime de titulação conjunta e de reconhecimento automático do grau obtido por parte de todas as Universidades intervenientes. Numa primeira fase, o programa pretende avançar com um Mestrado na área das Novas Tecnologias em Ciências Marinhas que contemple especializações em “Conservação e Gestão” (Ambiente Marinho e seus Recursos) e “Produção” (Biotecnologia e Aquacultura) e um Doutoramento que foque a área dos Recursos/Biologia Marinha e Aquacultura. Este último irá suportar o Programa Doutoral português em Ciências do Mar e do Ambiente, em particular as suas especializações em Recursos Marinhos e Aquacultura, em Oceanografia e Ecossistemas Marinhos e em Qualidade Ambiental, e o Programa Doutoral galego em Biologia Marinha e Aquacultura, actualmente em fase de preparação.

de dois Laboratórios Associados, o CIMAR e o CESAM. Da Galiza, associam-se as Universidades de Vigo, da Coruña e de Santiago de Compostela, havendo a participação do Consejo Superior de Investigaciones Científicas (CSIC). Serão convidadas, ainda, empresas para participar na gestão estratégica e acompanhamento do programa, e ainda no acolhimento de alunos e apoio ao desenvolvimento de projectos. Para almejar uma muito elevada qualidade científica e prestígio internacional, o programa integrará as melhores ofertas possíveis no âmbito do know-how que os vários participantes encerram, directamente e através de suas redes. O curso de Mestrado é de âmbito internacional, constituindo uma natural plataforma para o reforço de cooperação científica e tecnológica com a América do Sul e com os PALOP e Timor. O Programa Doutoral implica o estabelecimento de novos acordos de reconhecimento mútuo de graus que resultará, numa primeira fase, e

mobilidade e recolha de créditos a partir dos dois programas doutorais acima citados, e de outras ofertas de formação pós-graduada oferecidas através das Instituições participantes, na procura de garantir uma excepcional oferta aos formandos, conforme as sinergias e complementaridade do know-how cientifico e tecnológico das instituições envolvidas. Tal como no Mestrado, serão convidadas empresas para participar na gestão estratégica e acompanhamento do programa, e ainda no acolhimento de alunos e apoio a o desenvolvimento de projectos.


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maio‘07 maio ‘07

ua arranca com Tecnologias da Informação

contribuir através de uma

e Tecnologias e Sistemas de

melhor compreensão entre

Informação são as duas novas

os dois mundos, para uma

licenciaturas que têm início já

melhoria dos processos

em Setembro deste ano.

organizativos e de negócio

Desenvolver competências

são os objectivos destas duas

para intervir nas organizações

novas vertentes formativas.

ao nível da instalação e administração de redes e sistemas operativos, da estruturação de dados e do desenvolvimento de aplicações, e capacitar os licenciados para compreender e aplicar as TI ao contexto das organizações, podendo


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Licenciatura em Tecnologias da Informação A organização proposta para a Licenciatura em Tecnologias da Informação resulta da constatação da crescente integração, ao nível do exercício profissional, dos domínios da Engenharia Geográfica, da Informática e das Tecnologias e Sistemas de Informação. Ela organiza-se segundo um tronco comum de quatro semestres, que visa desenvolver competências de base na área da Informática, e ramos de dois semestres em Sistemas de Informação Empresariais, Tecnologias

sistemas (nas suas componentes de hardware e software), operando sobre redes locais ou Internet, sendo capazes de integrar soluções informáticas e de bases de dados diversas, em empresas privadas ou organismos públicos produtores de informação geográfica; gabinetes de consultoria, topografia e projecto; empresas utilizadoras de sistemas de informação geográfica; empresas de construção e obras públicas; departamentos de informática de empresas privadas ou de organismos públicos; empresas de desenvolvimento de soluções

ua arranca com dois novos cursos em 2007

sistemas de informação de empresas privadas ou de organismos públicos; empresas de desenvolvimento de soluções informáticas de suporte à actividade das organizações, empresarial ou de organismos públicos; empresas de consultoria com actividade nas áreas da Informática e dos Sistemas de Informação; empresas prestadoras de serviços na área das redes de acesso e empresariais; e empresas privadas ou organismos públicos utilizadores de informação geográfica.

dois novos cursos em 2007 da Informação e da Comunicação e Tecnologias da Informação Geográfica. Assim, a Licenciatura em Tecnologias de Informação está concebida para, ao longo do tronco comum, desenvolver as competências que permitem aos alunos intervir nas organizações ao nível da instalação e administração de redes e sistemas operativos, da estruturação de dados e do desenvolvimento de aplicações, competências essas que são relevantes para os perfis profissionais que se procuram desenvolver em cada um dos três ramos do curso. O ramo de Tecnologias da Informação Geográfica visa a formação de profissionais habilitados não apenas a operar a informação geográfica desde a fase de recolha, elaboração de bases de dados espaciais e apresentação de diversos produtos de visualização cartográfica, como também a enquadrar adequadamente este tipo particular de dados com a informação global de uma determinada instituição. Neste caso particular, as competências adquiridas nos dois primeiros anos possibilitarão aos alunos desenhar e implementar

informáticas; e empresas prestadoras de serviços na área das redes de acesso e empresariais. No que diz respeito ao ramo em Sistemas de Informação Empresariais, este visa, aproveitando as competências desenvolvidas ao longo dos quatro primeiros semestres, formar profissionais que intervenham nas organizações ao nível do desenvolvimento de sistemas de informação modernos, incluindo, entre outros, sistemas de gestão documental, de workflow, de apoio à gestão, ERP (Enterprise Resource Planning), CRM (Customer Relationship Management), SCM (Supply Chain Management) e de comércio electrónico. Possuem, ainda, as competências que lhes permitem integrar, na organização, estes diferentes tipos de sistemas. O modelo de ensino/aprendizagem utilizado, nomeadamente através do recurso a Módulos Temáticos, permite que essas competências, tipicamente de interface entre as áreas da Gestão e da Informática, sejam desenvolvidas de forma integrada. Estas competências visam o exercício de actividades profissionais em departamentos de informática e de

O ramo de Tecnologias da Informação e Comunicação visa, ainda, aproveitando as competências desenvolvidas ao longo dos quatro primeiros semestres, formar profissionais capacitados para o desenvolvimento de soluções telemáticas, web e multimédia; para integração e webização de sistemas; e para a instalação e gestão de serviços telemáticos. Assim, os dois semestres deste ramo incluem unidades curriculares nas áreas da Telemática, do Multimédia, do Desenvolvimento Web, da segurança e da interoperabilidade e integração de sistemas. Empresas de desenvolvimento nas áreas do Multimédia e do Web Design; empresas ou departamentos de desenvolvimento de sistemas informáticos e de soluções telemáticas; empresas de consultoria e prestadoras de serviço, privadas ou organismo públicos, com actividade nas áreas da Informática, Telemática, Sistemas de Informação e redes de acesso são as possíveis saídas profissionais para os licenciados nesta área.


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Licenciatura em Tecnologias e Sistemas de Informação É indiscutível, hoje, que a independência e o desenvolvimento de um país passam grandemente pela capacidade de se autonomizar do ponto de vista tecnológico, como é reconhecido a nível governamental, através da ênfase que tem dado ao Plano Tecnológico e à área das Tecnologias da Informação (TI). As TI têm uma importância primordial, quer pela sua relevância como elementos coadjuvantes de outras técnicas, quer pela sua intervenção directa em sistemas que condicionam cada vez mais a vida das pessoas e das organizações.

(Apoio à Decisão); no último semestre os diversos conhecimentos são congregados num projecto final (cuja preparação se inicia logo no semestre anterior), e complementados por duas disciplinas de opção que permitirão uma formação mais específica quer na área de Gestão das Organizações quer nas áreas de Tecnologias e Sistemas de Informação.

A Licenciatura em Tecnologias e Sistemas de Informação tem como objectivo formar licenciados que sejam capazes de compreender e aplicar as TI, não de uma forma isolada, mas no contexto das organizações, podendo contribuir através de uma melhor compreensão entre os dois mundos, para uma melhoria dos processos organizativos e de negócio. Neste sentido, oferece uma formação sólida em ciências de base e de espectro largo nas áreas das Tecnologias da Informação, Sistemas de Informação e Gestão, as quais têm vindo a assumir um papel dominante em diversos sectores de actividade, tais como indústria, serviços, administração pública, constituindo o principal motor de desenvolvimento nas economias avançadas. O plano de estudo assenta em três semestres iniciais de formação geral em Informática, nas sub-áreas de Ciências e Tecnologia da Programação, Sistemas de Informação e Arquitecturas de Sistemas Computacionais, e de formação geral em Matemática e Gestão das Organizações; a partir do quarto semestre (2º ano, 2º semestre) é progressivamente ministrada formação avançada nas áreas de Tecnologias de Informação e de Sistemas de Informação, bem como alguma formação na área de Gestão

das tecnologias nos indivíduos, organizações e na sociedade e de apoio ao desenvolvimento e a gestão de pequenos e médios projectos. Informações mais detalhadas sobre estes e outros cursos, nomeadamente saídas profissionais, vagas disponíveis, provas de ingresso e plano curricular podem ser consultadas em http://www.ua.pt/ guiaonline, não dispensando, no entanto, a consulta dos documentos oficiais publicados pelo

De uma forma geral, os Licenciados em Tecnologias e Sistemas de Informação poderão desempenhar funções profissionais em qualquer área onde as competências genéricas adquiridas no contexto da formação em Informática sejam relevantes, nomeadamente na utilização e aplicação dos conceitos e das práticas das Tecnologias e Sistemas de Informação, tendo em conta as necessidades das pessoas e das organizações, e do funcionamento e gestão das organizações de modo a aplicar as TI na melhoria dos processos da organização e de negócio. Analisar, identificar e definir os requisitos que devem ser satisfeitos para resolver problemas ou aproveitar oportunidades nas organizações, analisar, planificar e gerir sistemas de informação de pequena a média dimensão e compreender e utilizar as diversas tecnologias de suporte ao desenvolvimento de sistemas de informação (arquitecturas, sistemas operativos, redes e segurança) são, também, outras funções para as quais estará apto. Os diplomados em Tecnologias e Sistemas de Informação estarão habilitados, ainda, a desempenhar funções relacionadas com a concepção de modelos lógicos e físicos de bases de dados relacionais, de sistemas de informação multimédia e aplicações Web, bem como ser capaz de realizar operações de acesso à informação; o desenvolvimento de capacidades críticas ao nível das interfaces de utilizador, de análise do impacto

Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.


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em funcionamento a partir de setembro 2007

ua adequa mais oito licenciaturas a bolonha Um ano depois da sua entrada na era de Bolonha e de a maior parte dos cursos do 1º ciclo ter sido adequada ao novo modelo de ensino, a Universidade de Aveiro prossegue com a adequação dos seus cursos. Ciências de Engenharia Civil, Comércio, Documentação e Arquivística, Educação Básica, Engenharia Electrotécnica, Gestão Pública e Autárquica, Técnico Superior de Justiça e Técnico Superior de Secretariado são os oito cursos que se estreiam já a partir de Setembro, no formato Bolonha.

Licenciatura em Ciências de Engenharia Civil Com a duração de três anos lectivos (seis semestres), a Licenciatura em Ciências de Engenharia Civil está dividida em dois ciclos de estudo. Um primeiro, com a duração de seis semestres, onde a formação é avançada nas áreas de especialização da Engenharia Civil, conferindo o grau de Licenciado em Ciências de Engenharia Civil, e um segundo, com a duração de quatro semestres correspondentes a dois anos lectivos, conferindo o grau de Mestre em Engenharia Civil, e com o qual a actividade profissional de engenheiro civil pode ser exercida, conforme exigido pela Ordem dos Engenheiros. O objectivo deste curso é dotar os alunos de uma sólida formação em matemática, física, informática, geologia e em ciências de engenharia nos domínios da resistência dos materiais, da mecânica dos solos, dos materiais de construção, da hidráulica, das estruturas, contemplando também formação básica em gestão e planeamento, que lhes permita prosseguir os estudos avançados de segundo ciclo. Este nível de formação tem também como objectivo conferir aos licenciados em Ciências de Engenharia Civil um elevado grau de mobilidade para cursos de segundo ciclo em todo o espaço europeu, no domínio de engenharia civil ou para outros domínios, onde aquelas ciências de base são requeridas. Licenciatura em Comércio A Licenciatura em Comércio, resultado da adequação do Bacharelato em Estudos Superiores de Comércio aos princípios do Processo de Bolonha, tem como objectivo principal formar profissionais habilitados para o desempenho de diversas funções nas áreas comercial e de marketing, permitindo, assim, responder às necessidades do mercado de


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trabalho actual de profissionais com competências específicas nestes domínios. Neste sentido, e com o intuito de conferir ao aluno uma formação superior multidisciplinar, que lhe permita adquirir conhecimentos, capacidades de compreensão, de intervenção e de desenvolvimento nestas áreas, a Licenciatura em análise compreende, ao longo dos seus seis semestres, não só uma formação de base em Gestão, como uma formação específica em domínios particularmente relevantes para o exercício das suas funções, como o Marketing, a Logística, o Comércio Electrónico, o Direito Comercial ou a Gestão de Força de Vendas. Deste modo, o diplomado em Comércio ficará apto a angariar e gerir clientes; analisar a envolvente da empresa e realizar estudos de prospecção; gerir produtos, equipas e pontos de venda; utilizar as técnicas de gestão de aprovisionamento, gestão física de armazéns e de distribuição; participar na concepção, desenvolvimento, implementação e controlo de planos e acções comerciais e de marketing; e aplicar os métodos e técnicas da actividade comercial adequados à especificidade do comércio internacional. Licenciatura em Documentação e Arquivística A introdução das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC) — e a sua consequente massificação nas organizações — deve ser entendida como mais do que uma simples ferramenta de trabalho, pois significou a alteração do perfil técnico dos profissionais de informação e documentação, confrontados com múltiplas responsabilidades de processamento da informação. A maior importância do recurso à informação para cidadãos e organizações significa maior responsabilidade social na resposta adequada às solicitações dos mesmos.

Tendo por base esta realidade, a Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda criou, no ano lectivo de 2002/03, o Curso de Bacharelato em Documentação e Arquivística, com o objectivo de formar técnicos com competências na área dos sistemas de informação. Assim, considerando as linhas orientadoras e os objectivos inerentes ao Processo de Bolonha, procedeu-se a alterações na estrutura curricular do curso, de modo a adequar as competências adquiridas pelos alunos às exigências actuais, continuando a formar profissionais capacitados para responder positiva e activamente às constantes solicitações que a sociedade actual coloca no que concerne à gestão e organização da informação. De modo mais específico, pretende-se que o licenciado em Documentação e Arquivística esteja habilitado a participar activamente na análise dos diferentes processos organizacionais, actuando, concretamente, no que respeita à uniformização dos documentos e procedimentos da organização, de forma a promover a adequação da produção documental. O exercício das funções do licenciado em Documentação e Arquivística pressupõe, também, uma interacção constante com a restante estrutura organizacional e com a comunidade em que esta se insere. Assim, dele se espera que conceba e planeie serviços e sistemas de informação, de modo a diagnosticar e a responder às necessidades específicas dos utilizadores. São ainda competências do licenciado em Documentação e Arquivística a avaliação, selecção, aquisição e tratamento dos diversos suportes documentais, tarefas fulcrais para qualquer organização, pois, facilitando o acesso à informação, concorrem para o seu bom funcionamento.

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Licenciatura em Educação Básica A Licenciatura em Educação Básica, a abrir no ano lectivo 2007/2008, resulta da adequação da Licenciatura em Educação de Infância e da Licenciatura em Ensino Básico – 1º Ciclo, destinando-se a todos aqueles que desejam prosseguir estudos no sentido de poderem vir a ser Educadores de Infância, Professores do 1º e/ou do 2º Ciclos do Ensino Básico (Português, História, Matemática e Ciências da Natureza), isto é, trabalharem com crianças dos 0 aos 12 anos de idade. Trata-se de uma Licenciatura que aponta para um perfil de formação abrangente, correspondente a um 1º Ciclo de Bolonha (180 ECTS – 3 anos lectivos), que tem em vista, por um lado, a empregabilidade, e, por outro lado, o acesso a diferentes especializações de 2º Ciclo (Educação Pré-escolar, 1º e 2º Ciclos do Ensino Básico), formações que variam entre 90 e 120 ECTS (Mestrado). Apesar deste curso ser fundamentalmente vocacionado para a formação de educadores e professores (dependente da obtenção de Grau de Mestre), pretende-se possibilitar o desenvolvimento de um perfil de formação com empregabilidade em contextos educativos formais e não-formais, orientado para o desenvolvimento de projectos e recursos educativos. É, ainda, seu objectivo assegurar uma formação que permita, no 2º Ciclo (grau de Mestre), aprofundar conhecimentos compatíveis com o exercício da actividade docente. Licenciatura em Engenharia Electrotécnica, Ramo Instalações Eléctricas e Ramo Mecatrónica A Licenciatura em Engenharia Electrotécnica resulta da fusão dos cursos de Bacharelato em Engenharia Electromecânica e Bacharelato em Engenharia Electrotécnica, actualmente ministrados na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda (ESTGA).


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Este curso tem a duração de seis semestres: os primeiros quatro semestres constituem um tronco comum aos dois ramos da licenciatura e os últimos dois dividem-se em dois ramos — Instalações Eléctricas e Mecatrónica — nos quais os alunos desenvolvem as competências específicas adequadas aos perfis profissionais pretendidos.

em empresas industriais, na concepção e desenvolvimento de produtos e equipamentos; em empresas de comércio de equipamentos industriais ou de prestação de serviços e de projecto de instalações mecânicas e na indústria em geral.

No final do curso de Licenciatura em Engenharia Electrotécnica, no ramo de Instalações Eléctricas, o diplomado estará apto a conceber, projectar, inspeccionar e explorar instalações eléctricas convencionais de baixa e média tensão; inspeccionar e explorar instalações eléctricas de produção de energia e conceber, projectar e manter quadros de comando e unidades de controlo usadas em automação industrial, com base em automatismos programáveis. Estas competências visam o exercício de actividades profissionais em empresas e organizações cujas actividades sejam a execução de projecto, instalação, manutenção e consultoria em electrotecnia, electrónica e automação industrial; a produção, transporte e distribuição de energia eléctrica; o fabrico, distribuição e comércio de equipamento eléctrico e electrónico; ou na indústria em geral. Já o licenciado em Engenharia Electrotécnica, no ramo de Mecatrónica, adquirirá aptidões para conceber, desenvolver, reconverter e implementar sistemas e equipamentos mecatrónicos com aplicação na automatização de processos industriais; seleccionar os materiais e desenvolver processos de fabrico de peças e componentes; projectar e conceber a construção de componentes e peças com o auxílio de sistemas CAD/CAM; e projectar, dimensionar e seleccionar sistemas de frio e AVAC (Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado). Estas habilitações permitirão o exercício de actividades profissionais

Licenciatura em Gestão Pública e Autárquica A licenciatura em Gestão Pública e Autárquica resultou de uma reestruturação do Bacharelato com o mesmo nome, no âmbito do Processo de Bolonha. Esta licenciatura pretende formar profissionais para a Administração Pública em geral, e para as autarquias, em particular, através do desenvolvimento das competências necessárias ao exercício das suas funções. Para além de uma forte formação nas áreas de Gestão, Ciências da Administração, Economia, Contabilidade e Ciências Jurídicas, o formando desenvolve, ainda, capacidades de comunicação e de liderança, de acordo com o método de ensino adoptado na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda. A formação responde, assim, às exigências correntes e futuras do mercado de trabalho, fornecendo as técnicas e os conhecimentos mais relevantes a um profícuo desempenho profissional. Neste sentido, o licenciado em Gestão Pública e Autárquica poderá participa na gestão, organização e avaliação dos serviços públicos, numa óptica de articulação entre público e privado, optimizando os recursos humanos, materiais e financeiros, com vista à melhoria da eficiência e eficácia das instituições em que opera. As suas competências possibilitar-lhe-ão ainda utilizar estrategicamente as novas Tecnologias da Informação e Comunicação, os princípios do Governo Electrónico e as técnicas de avaliação de desempenho, tendo

em vista a eficiência e a qualidade dos Serviços, bem como aplicar os principais instrumentos do controlo de gestão e da gestão de projectos para planear e controlar custos (numa óptica de partilha de serviços e de responsabilidades) e para avaliar o desempenho económico e financeiro das organizações. O Licenciado em Gestão Pública e Autárquica aplicará, ainda, as ferramentas da administração financeira do Estado, com particular incidência no Plano Oficial de Contabilidade Pública (POCP) e no Plano Oficial de Contabilidade para as Autarquias Locais (POCAL). Ao adquirirem estas competências, os licenciados em Gestão Pública e Autárquica encontram-se capacitados para desenvolver a sua actividade como técnicos superiores nas autarquias e organismos da Administração Central e Regional, podendo ainda desempenhar cargos em empresas públicas e em empresas privadas, especialmente naquelas que interajam com órgãos da Administração Pública. Licenciatura em Técnico Superior de Justiça Tendo em conta estes parâmetros e os objectivos propostos, no âmbito do Processo de Bolonha, reestruturou-se o bacharelato em Técnico Superior de Justiça da Universidade de Aveiro, fazendo convergir de modo mais evidente as áreas científicas e de formação consideradas essenciais para o desempenho das funções de operador qualificado do sistema jurídico, dentro do nosso estado de direito, nomeadamente complementando a formação nuclear na área de direito, com formação em áreas igualmente estruturantes como: gestão (administração, comportamento organizacional, e comunicação interpessoal, etc.), contabilidade; informática, numa perspectiva que mais uma vez abrange os conceitos essenciais mas também as técnicas e


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práticas, necessárias ao desempenho das suas funções. Nas disciplinas jurídicas reafirma-se a opção por uma formação básica de nível teórico das principais áreas do direito, complementada por uma forte perspectiva prático-processual como marca distintiva deste curso que pretende formar técnicos superiores habilitados, numa perspectiva de um operador do sistema jurídico, a levar a cabo a tramitação procedimental/ processual, essencial ao bom funcionamento do Estado de Direito. A Licenciatura agora proposta tem, ainda, por objectivo a formação de profissionais capazes de responder às necessidades e desafios que se colocam actualmente à Administração Pública, nas sociedades modernas. Nesse sentido, igualmente estruturante no curso, é a formação ministrada nas áreas de: gestão (administração das organizações), contabilidade (introdução à contabilidade e contabilidade de gestão); e informática, numa perspectiva que mais uma vez abrange os conceitos essenciais, mas também as técnicas e práticas, necessárias ao desempenho das suas funções. Foi ainda assumida uma forte aposta numa formação específica em Língua Portuguesa, como ferramenta essencial para quem está permanentemente a utilizar esta ferramenta no desempenho das suas funções em actos e procedimentos (actas, ofícios, etc.), com interlocutores directos ou indirectos com grande responsabilidade e exposição. Outra componente importante nesta formação consiste nas competências e aptidões necessárias para que o licenciado consiga relacionar-se, de forma adequada com os vários tipos de “públicos” e intervenientes no sistema (juízes, advogados, notários, conservadores, utentes, presos, guardas, etc.) para tal, o plano de estudos inclui uma disciplina de comportamento organizacional e de comunicação interpessoal, uma

disciplina de língua inglesa como ferramenta essencial à comunicação global nos dias de hoje e seminários sobre ética profissional inseridos no estágio profissional, como áreas essenciais para o desempenho de qualquer função no sector público ou privado nos dias de hoje. Como curso eminentemente técnico foi, naturalmente, dado um especial relevo ao saber fazer, tendo, por isso, o plano curricular uma componente muito significativa de prática ao nível de todas as disciplinas, reforçada ainda, pela existência de uma disciplina de projecto profissional, em que essa componente é o aspecto essencial e pela realização de um estágio final numa secretaria judicial ou noutro contexto de desempenho de funções. Licenciatura em Técnico Superior de Secretariado, Ramos Assessoria de Direcção, Ramo Secretariado Clínico e Ramo Secretariado Jurídico A Licenciatura em Técnico Superior de Secretariado é o resultado da adequação, segundo os pressupostos do Processo de Bolonha, do Bacharelato em Secretariado de Direcção ministrado na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda da Universidade de Aveiro, desde Outubro de 2000. A alteração da denominação do curso deve-se ao facto de terem sido identificadas, por parte de potenciais entidades empregadoras, necessidades de profissionais altamente qualificados em diferentes áreas específicas. Constatou-se, por isso, que haveria vantagem em oferecer formação técnica especializada em três ramos específicos — Assessoria de Direcção, Secretariado Clínico e Secretariado Jurídico. Desta forma, a ESTGA conseguirá proporcionar uma oferta formativa capaz de colmatar as necessidades do mercado de trabalho. A Licenciatura em Técnico Superior

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de Secretariado tem como objectivo principal a formação de profissionais qualificados, aptos a prestar assessoria à direcção ou administração de empresas ou instituições de vários sectores de actividade do país (serviços administrativos, empresas privadas ou instituições públicas). Tem ainda como objectivo preparar licenciados com um conhecimento multi e transdisciplinar da realidade portuguesa, bem como dos contextos internacionais com ela relacionados. O Técnico Superior de Secretariado estará apto a actuar no actual cenário organizacional de forma competente, tendo em conta o novo paradigma da internacionalização dos mercados. A formação específica em Assessoria de Direcção visa a preparação de profissionais com competências para prestar assessoria à administração ou direcção de uma empresa privada ou instituição pública. A formação em Secretariado Clínico visa a preparação de profissionais com competências para prestar assessoria à administração ou direcção de hospitais, centros de saúde, casas de saúde, clínicas, empresas ou instituições de cariz médico e a formação em Secretariado Jurídico visa a preparação de profissionais com competências para prestar assessoria administrativa a empresas de advogados ou instituições de serviços jurídicos. Informações mais detalhadas sobre estes e outros cursos, nomeadamente saídas profissionais, vagas disponíveis, provas de ingresso e plano curricular podem ser consultadas em http://www.ua.pt/guiaonline, não dispensando, no entanto, a consulta dos documentos oficiais publicados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.


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escola superior aveiro-norte oferece cet inovador criado em parceria com a microsoft corporation, escola tecnolĂłgica forino, universidade do minho e universidade da beira interior


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No passado mês de Outubro, o Ministro da Economia e Inovação, Prof. Manuel Pinho, esteve na Escola Superior Aveiro-Norte da Universidade de Aveiro, em Oliveira de Azeméis, para presidir ao lançamento nacional do Curso de Especialização Tecnológica (CET) em “Desenvolvimento de Software e Administração de Sistemas”. Criado pela Universidade de Aveiro em parceria com a Microsoft Corporation, Escola Tecnológica FORINO, Universidade do Minho e Universidade da Beira Interior, o novo curso insere-se no âmbito do Plano Tecnológico lançado pelo Governo. Este CET visa preparar especialistas em programação e administração de sistemas, proporcionando competências em análise de problemas e de implementação de soluções com base na programação; na concepção e construção sistemas de informação em ambiente Web, bem como proceder à sua exploração; na interpretação do comportamento das redes e identificação de anomalias decorrentes de ataques ou tentativas de ataques; e na organização, sistematização e manutenção actualizada de documentação sobre o desenvolvimento, implementação, gestão, manutenção e utilização dos sistemas de informação. O curso de formação pós-secundária em “Desenvolvimento de Software e Administração de Sistemas” é ministrado pelas três Universidades e pela Escola Tecnológica envolvidas no protocolo e decorre em quatro locais: Oliveira de Azeméis, Guimarães, Covilhã e Lisboa. Em cada um destes locais, a formação iniciou com duas turmas de vinte alunos, nos regimes diurno e nocturno, num total de 160. Os cursos têm a duração 1560 horas, cerca de três semestres, das quais 960 são relativas a formação em sala e 600 horas contemplam um período de estágio em empresa. Após este primeiro ano de funcionamento, os resultados serão avaliados para

posteriormente serem replicados por outras universidades e escolas tecnológicas. No final do curso, os formandos estarão aptos para actividades de desenvolvimento de software em empresas do ramo e em empresas utilizadoras de TIC, ao nível da administração de sistemas, prevendo-se ainda a sua integração em Centros de Desenvolvimento de Software, que estão em fase de constituição, ao abrigo do Protocolo de Colaboração assinado. Adicionalmente, os formandos terão acesso aos conteúdos da Microsoft, de acordo com as condições vigentes no programa “IT Academy”, o que lhes permitirá obter as certificações oficiais da Microsoft. São também parceiras, no lançamento desta formação a Microsoft Portugal, os Centros Tecnológicos associados da RECET (Associação de Centros Tecnológicos de Portugal), enquanto entidades que apoiam um conjunto alargado de fileiras industriais, e finalmente o IAPMEI que terá a missão de potenciar a introdução de inovação nas pequenas e médias empresas. Esta iniciativa vem dar seguimento a uma estratégia da Universidade de Aveiro de oferta formativa pós-secundária na área das tecnologias da informação e da comunicação, acompanhando, com sucesso, a crescente apetência do mercado empregador por recursos humanos com este perfil de competências. Cerca de 20 outros Cursos de Especialização Tecnológica são oferecidos através de três Escolas Superiores Politécnicas da UA (Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda, Instituto de Contabilidade e Administração e Escola Superior Aveiro Norte).

escola superior aveiro-norte oferece novo cet


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A dimensão pedagógica do gesto. Contributo para a formação de professores de português

Para obter sucesso na vida académica. Apoio dos estudantes pares

Publicada no âmbito da colecção Cadernos Didácticos do Centro de Investigação Didáctica e Tecnologia na Formação de Formadores da UA, esta monografia, da autoria de Catarina Loio e Maria Helena Ançã, docente no Departamento de Didáctica e Tecnologia Educativa da UA, demonstra que o processo intercomunicativo na sala de aula inclui a mestria do docente no uso da palavra e a sua perícia em integrar outros produtores de sentido, como os gestos das mãos, os movimentos do corpo, a expressão facial e o uso do espaço. São, precisamente, os elementos linguísticos, cinésicos e proxémicos que manejam, adequam e imprimem um ritmo adequado à comunicação de cada interveniente em contexto pedagógico. É ao nível desse vaivém de informação e de construção de saberes que se procura salientar o papel do gesto mais ou menos deliberado ou (in)consciente no espaço da sala de aula, porque também ele veicula informação e é produtor de sentidos. Nesta investigação, foi colocado o enfoque no professor de Português, visto que sendo, por excelência, um docente da comunicação, esperase que, em contexto de sala de aula, consiga aceder, facilmente, à recriação verbal e não verbal de situações de interacção de conteúdos na sua dupla vertente transmissora e expressiva.

Esta obra, da autoria de Anabela M. Sousa Pereira, docente no Departamento de Ciências da Educação da UA, procura compilar um conjunto de informações resultantes da investigação e intervenção que tem vindo a ser realizada ao longo dos últimos anos sobre a temática do apoio entre pares. Se os principais desenvolvimentos do apoio entre pares se têm verificado em contexto do Ensino Superior, de onde se destacam programas de aconselhamento psicológico, mentorado, tutorado e envolvimento dos pares nos processos de ensino e aprendizagem – realidade bastante documentada na primeira parte desta obra –, são ainda feitas referências a novas estratégias envolvendo os pares, a nível intercultural, no âmbito da aprendizagem online e referentes ao apoio entre professores. Na última parte desta obra, faz-se ainda referência ao papel desta estratégia nos contextos de avaliação das universidades e de promoção e educação para a saúde. O envolvimento de pares no apoio aos colegas constitui uma estratégia de grande alcance no processo de ajuda a alunos com problemas, com efeitos positivos na motivação dos estudantes, na detecção precoce de problemas de aprendizagem, no esbatimento do isolamento, na aquisição de aptidões sociais e nos processos de adaptação a novos contextos e ambientes.

Edição Universidade de Aveiro Autoria Maria Helena Ançã, docente no Departamento de Didáctica e Tecnologia Educativa da UA, e Catarina Loio ISBN 9727891627

Edição Universidade de Aveiro Autoria Anabela Maria de Sousa Pereira, docente no Departamento de Ciências da Educação da UA ISBN 972-789-166-7


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O ensino da geologia. Materiais didácticos e inovação das práticas

Identidade-ficções

Infinito singular

Esta publicação, da autoria de Eva Maria Nunes Marques e Dorinda Henriques Valente Rebelo, investigadoras na área da Didáctica das Ciências na UA, e com coordenação das docentes Teresa Soares e Nilza Costa, divulga alguns dos aspectos relativos a um projecto desenvolvido no âmbito da Investigação em Didáctica das Ciências, nomeadamente, a pertinência e objectivos do estudo, o processo de concepção e construção dos materiais didácticos e as indicações derivadas da implementação dos referidos materiais, na sala de aula, fornecidas por professores e alunos que os experienciaram. Os currículos de Ciências devem fomentar a exploração de temáticas e metodologias de trabalho susceptíveis de desenvolverem, nos alunos, as competências, as atitudes e o conhecimento necessários para compreenderem o mundo e os seus problemas reais, capacitando-os, desta forma, para uma cidadania mais interveniente e sustentada. Em coerência com o exposto, foram construídos materiais didácticos que integram indicadores emergentes da Investigação em Didáctica das Ciências e contemplam as aprendizagens preconizadas no actual currículo de Geologia, do programa de Biologia e Geologia (Ensino Secundário), no sentido de ajudar os professores a sustentarem as suas práticas pedagógicas.

Produto da reflexão e do trabalho de que parte a linha de investigação recém-criada no Centro de Línguas e Culturas da UA (CLC), “Cultura Portuguesa: declinações ibero-americanas”, Maria Manuel Baptista e Dália Dias, investigadoras no CLC, reuniram em “Identidade-Ficções” as reflexões e investigações que têm vindo a realizar sobre esta questão seminal, da identidade na cultura portuguesa, integrando-a sempre nos contextos mais latos de que também faz parte e com as quais comunica: cultura ibérica, europeia, lusófona e mundializada. Identidade-Ficções é o título unificador para um conjunto de estudos que abordam a questão identitária a partir de uma dupla entrada, a cultura e a literatura, tendo, porém, como elemento comum que a todos trabalha de fundo, a característica ficcional e até ilusória (no sentido nietzscheano) de um tal conceito. E se a cultura portuguesa existe na sua especificidade mergulhada numa dinâmica de “vasos comunicantes” com outras culturas, também é seu objectivo abordá-la nas suas conexões internas. Compreende-se assim, neste contexto, que a questão da identidade seja a que primeiramente se coloca, quer abordada numa perspectiva filosófica actual quer surpreendida na concreção dos textos literários e ensaísticos de reputados autores portugueses contemporâneos.

“Infinito Singular” é um livro da autoria de Rui Filipe Magalhães, docente do Departamento de Línguas e Culturas da UA, que se centra no não literário ou, em outros termos, na matéria do literário. Não lhe interessa, de todo, a questão literária. Mas, simultaneamente, não lhe interessa, também, um certo tipo de reflexão filosófica sobre o literário, aquele processo que visa extrair ou constituir ou reconhecer filosofemas no texto literário. Este livro pretende ir mais além do literário, ao ponto exactamente anterior à constituição do literário, àquele momento em que o problemático não foi ainda submetido à retórica literária, em que o texto nascente não é ainda texto literário porque não responde a questões colocadas pelo literário, não está ainda na corrida pelo seu direito a ser literário. Ao arrancar o acontecimento à mera representação, o não literário aproxima-nos da sua profundidade possibilitando-nos a entrada no seu interior, isto é, permite entrar nessa espécie de vórtice que é o interior do acontecimento e experimentar o júbilo da singularidade. É essa experiência da não repetição, do carácter absolutamente único de cada coisa que ocorre do outro lado, mesmo que existam milhões de outras semelhantes, que a poesia proporciona. A esta experiência o autor chama de infinito singular.

Edição Universidade de Aveiro Autoria Eva Maria Nunes Marques e Dorinda Henriques Valente Rebelo, investigadoras na área da Didáctica das Ciências, no Departamento de Didáctica e Tecnologia Educativa ISBN 9727891853

Edição Universidade de Aveiro Autoria Maria Manuel Baptista, docente no Departamento de Línguas e Culturas da UA, e Dália Dias, investigadora do Centro de Línguas e Culturas da UA ISBN 9727892175

Edição Textiverso Autoria Rui Filipe Magalhães, docente do Departamento de Línguas e Culturas da UA ISBN 9898044004


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Os recursos minerais. Uma visão geo-histórica

Gestão ética e socialmente responsável

“Os Recursos Minerais. Uma Visão Geohistórica” é o título do novo livro de José Lopes Velho, docente no Departamento de Geociências da UA, cujo objectivo é analisar o modo como o Homem recorreu aos minerais ao longo dos tempos, como os usou e como os minerais ajudaram o Homem a resolver problemas, alguns deles de sobrevivência em termos de qualidade de vida. A obra apresenta ainda uma visão de como os minerais foram usados em conflitos. Na Paz como na Guerra, a história dos minerais segue uma evolução coincidente com a história do Homem. No passado sempre foi assim e certamente que perdurará este destino para sempre. Este livro aborda também o desenvolvimento das civilizações, uma vez que todas elas se basearam de uma forma mais ou menos complexa na utilização dos minerais. Desde o surgimento dos primeiros hominídeos até à actualidade, o tempo é demasiado longo para se poder fazer uma análise exaustiva da importância dos minerais. No entanto, sabe-se que os minerais foram sempre objecto de atenção por parte do Homem. Se os recursos agrícolas são importantes para a sua sobrevivência, os recursos minerais são essenciais para a melhoria da qualidade de vida. Aos minerais estão associados os materiais, os quais nos permitem saber como o Homem guardou os alimentos, como transmitiu conhecimento, como se deslocou de um modo mais rápido ou como conseguiu energia em abundância.

Combinando teoria com centenas de ilustrações práticas, esta obra, útil para empresários, gestores, professores e estudantes de Mestrado e de Licenciatura nas áreas da gestão e das organizações e para qualquer leitor interessado na ética e na responsabilidade social das empresas, mostra como as considerações teóricas não são meras conjecturas eruditas, mas linhas fundamentais para a compreensão das organizações e a tomada de decisões responsáveis. “Gestão Ética e Socialmente Responsável” responde a questões como: Haverá uma ética para os negócios e outra para a vida privada e social? Está a ética dos negócios mais próxima do póquer do que da ética da vida privada e social? Basta cumprir a lei para ser ético? Qual o principal dever dos gestores: velar pelos lucros dos accionistas ou atender também aos interesses de outros stakeholders? Terão as empresas o dever moral de “melhorar o mundo”? Qual o panorama da RSE em Portugal? Ao longo das suas 547 páginas, são focados ainda diversos temas relacionados com o papel e as limitações dos códigos de ética, as normas de certificação da responsabilidade social, o investimento socialmente responsável e relatórios de sustentabilidade.

Edição Palimage Editores Autoria José Lopes Velho, docente do Departamento de Geociências da UA ISBN 972899916X

Edição Editora RH Autoria Arménio Rego, docente no Departamento de Economia, Gestão e Engenharia Industrial da UA, Miguel Pina e Cunha, Nuno Guimarães da Costa, Helena Gonçalves, e Carlos Cabral-Cardoso ISBN 9728871090


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Programação avançada usando c

Livros de palmo e meio. Reflexões sobre literatura para a infância

Dirigido a Estudantes de disciplinas avançadas de programação, que frequentam licenciaturas que exijam conceitos sólidos de programação, de um conhecimento profundo de algoritmos e de estruturas de dados complexas e da implementação de tipos abstractos de dados na linguagem C, esta obra tem como principal objectivo fornecer competências sólidas no desenvolvimento de programas de média e elevada complexidade. Assim, “Programação Usando C” introduz uma metodologia que dá particular ênfase à decomposição funcional das soluções, através da implementação de tipos abstractos de dados. Outro objectivo principal consiste na aprendizagem de técnicas mais avançadas de análise da solução de problemas, como sejam as soluções recursivas. Nesse sentido, são estudados aspectos relacionados com a eficiência das soluções. Os programas apresentados na obra estão disponíveis através da página Web da FCA, em http://www.fca.pt, ou na página pessoal do autor em http://sweet.ua.pt/~f706/ensino/livro2.html.

Este livro, da autoria de Ana Margarida Ramos, docente no Departamento de Línguas e Culturas da UA, reúne um conjunto de reflexões diversas realizadas em torno da Literatura para a Infância, a pretextos vários, dando conta das suas tendências contemporâneas. Precede-as um texto de cariz mais abrangente e enquadrador, sobre o actual panorama literário português para a infância, sobretudo na sua vertente ilustrativa, na tentativa de apontar algumas linhas de leitura de publicações recentes. Os textos aqui compilados debruçam-se sobre obras e/ou autores específicos, sobre temáticas mais ou menos particulares e sobre organizações textuais recorrentes neste campo (fábula, texto poético, conto…). Alguns incidem, com mais pormenor, sobre a interacção entre as componentes verbal e icónica integrantes dos livros publicados para o público infantil, nomeadamente o álbum narrativo. Segundo a autora, trata-se de um instrumento para ser manuseado por estudantes, educadores, professores, pais, animadores e por todos quantos reconhecem o valor da leitura e do livro na formação das crianças.

Edição FCA Autoria António Manuel Adrego da Rocha, docente no Departamento de Electrónica e Telecomunicações da UA ISBN 9727225462

Edição Caminho Autoria Ana Margarida Ramos, Docente no Departamento de Línguas e Culturas ISBN 9789722118521

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maio ‘07

O tao da eficácia organizacional

Labirinto de luana

A população portuguesa: memória e contexto para a acção educativa

O sucesso pode ser inimigo do sucesso e o insucesso pode ser amigo do sucesso. Confuso?! Não – é antes uma perspectiva taoista acerca da eficácia organizacional. Fique a conhecer o conceito de eficácia organizacional, sobre o que se julga que é, mas pode não ser, na mais recente obra da co-autoria do Professor Arménio Rêgo, docente no Departamento de Economia, Gestão e Engenharia Industrial da UA. “O Tao da Eficácia Organizacional” desafia a ideia comum de que a eficácia é um conceito de compreensão óbvia, que não suscita dúvidas e que só não é alcançada pelas organizações e pelos gestores ineficazes. Argumenta que a eficácia pode ser uma característica de quem observa, mais do que o estado da organização observada. Esta publicação sugere que ninguém se entende sobre a matéria e que a perspectiva mais apropriada é, mesmo, a de considerar que todos têm razão à sua maneira e de acordo com os seus interesses, para além de argumentar que a eficácia e a ineficácia não são necessariamente incompatíveis, mas faces que podem coabitar e, porventura, alimentar-se mutuamente. Numa lógica taoista, esta obra, da autoria dos Professores Arménio Rêgo e Miguel Pina e Cunha, sugere que a eficácia pode conduzir à ineficácia e esta pode constituir um potencial caminho para mais eficácia.

“Labirinto de Luana” é um dos mais recentes livros da autoria de Eugénia Soares Lopes Correia, docente no Departamento de Didáctica e Tecnologia Educativa da UA. Escrita para crianças e jovens, dos sete aos doze anos este primeiro livro da Colecção “Caixinha de Matemática”, permite aos seus leitores realizar experiências matemáticas, explorar significados e encontrar sentidos para a narrativa. Conduzidos por Luana – uma feiticeira muito bela que vivia numa casa pequenina resguardada por um labirinto cavado em turfa castanha – e por Raul – o mágico que guarda no seu nome todo o brilho de um luar… –, os pequenos leitores entram no mundo da magia, vindo a encontrar-se com uma “caixinha de matemática”. Chegados aí, os pequenos leitores poderão, realizando experiências matemáticas, explorar significados e encontrar sentidos para a narrativa. “Acredito que todas as crianças gostam de surpresas e que é possível oferecer-lhes momentos de grande surpresa e desafio: unir o sentir e o pensar através da leitura de uma estória ou de ouvir contar um conto, colocando ao alcance das crianças modos de compreensão da beleza, da utilidade e do uso do pensamento matemático fortemente ligados ao imaginário – a contextos fantasistas – ou à narrativa de factos verdadeiros”.

“A população portuguesa: memória e contexto para a acção educativa”, da autoria de Jorge Carvalho Arroteia, docente no Departamento de Ciências de Educação da UA, é um estudo sobre a evolução da população portuguesa e das suas consequências sobre a sociedade em geral e dos aspectos históricos e geográficos da emigração portuguesa. Uma publicação que permite conhecer o estado e a dinâmica da população em Portugal, bem como algumas das questões que, hoje, se colocam ao devir da demografia portuguesa, isoladamente e no seu contexto europeu. Decorridas duas décadas após a publicação de um trabalho consagrado à evolução demográfica portuguesa, o tema é agora retomado com este estudo mais recente, incidindo não só sobre os aspectos relacionados com o crescimento da população, mas também sobre outros assuntos, que se prendem com a sua distribuição no espaço e o estado actual. Este trabalho, embora aproveitando alguns excertos do texto anterior, foi reformulado, com a introdução de novos elementos estatísticos e bibliográficos, provenientes do aprofundamento da pesquisa realizada. Constituindo-se como um ensaio sobre a demografia portuguesa, este trabalho pretende servir, também, como documento de apoio à acção educativa.

Edição Edições Sílabo Autoria Arménio Rêgo, docente no Departamento de Economia, Gestão e Engenharia Industrial da UA, e Miguel Pina e Cunha ISBN 9789726184386

Edição Campo das Letras Autoria Eugénia Soares Lopes Correia, docente no Departamento de Didáctica e Tecnologia Educativa da UA ISBN 9896250294

Edição Universidade de Aveiro Autoria Jorge Carvalho Arroteia, docente no Departamento de Ciências de Educação da UA ISBN 9789727892235


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33º aniversário da ua celebrou-se a 15 de dezembro de 2006

discursos, honoris causa, bolsas de estudo e apresentação da nova imagem web da ua marcaram o dia No dia em que celebrou 33 anos de existência, a UA assinalou a data com a imposição de dois títulos Doutor Honoris Causa, a entrega de 19 bolsas de estudo aos melhores caloiros 2006/ 2007, a apresentação do novo portal da Universidade e um concerto com Gilberto Gil. O concerto comemorativo do Aniversário realizou-se na Segunda-feira seguinte, pelo Coro, Orquestra de Sopros e Orquestra de Cordas do Departamento de Comunicação e Arte. Foi ao Músico e Ministro da Cultura do Brasil, Gilberto dos Passos Gil Moreira, e ao Administrador Delegado da Siemens Networks, S.A., Eng. João Manuel Rezende Picoito, personalidades de relevo na cultura e na investigação, que a UA, pela mão dos respectivos padrinhos, Prof. Manuel Assunção e Prof. Borges Gouveia, concedeu, este ano, os graus de Doutor Honoris Causa, num acto de público reconhecimento e mérito. Dois momentos musicais acompanharam a cerimónia de Doutoramento.

O primeiro esteve a cargo do Quarteto de Clarinetes «Garbo», com Suite Pout-pour Gil, executada pelos alunos do curso de Música do Departamento de Comunicação e Arte e composta especialmente para a cerimónia por Alfredo Moura, aluno deste curso. O segundo foi abrilhantado pela soprano Isabel Alcobia e pela pianista Shao Ling, com a obra «Lundu da Marquesa de Santos», da autoria do brasileiro, Heitor Villa-Lobos. Seguiu-se a Sessão Comemorativa do 33º Aniversário da Universidade com as intervenções da Reitora da Universidade de Aveiro, Prof. Maria Helena Nazaré, e do Presidente da Associação Académica da Universidade de Aveiro, Luis Ricardo Ferreira. Também marcou presença na cerimónia, o Secretário de Estado da Cultura, Prof. Mário Vieira de Carvalho, que veio representar a Ministra da Cultura. Na sua intervenção e, em jeito de balanço de mais de três décadas de história, a Reitora, Prof. Maria Helena Nazaré, salientou a necessidade de

«reinventar a Universidade», através da «mudança cultural e tecnológica tão ou mais profunda quanto a ocorrida há um século, aquando da evolução da sociedade agrária para a industrialização das nações». Numa altura em que se vive a sociedade global, constituída por redes de informação e comunicação, são imperativas as alterações no sistema de ensino que implicam transformações «ao nível do perfil dos docentes, investigadores e inovadores bem como no desempenho dos aprendentes (…) tudo mediado pela novas tecnologias». A «literacia digital» tem, segundo a Prof. Maria Helena Nazaré, um papel de destaque na produção de conhecimento sustentado, essencial à aceleração da economia. Em dia de aniversário, a responsável máxima da UA felicitou, também, os 19 alunos contemplados com as bolsas de estudo. «Apraz-me registar que a quantidade de bolsas ascende este ano a um número nunca antes atingido e que revela bem a qualidade dos alunos que nos escolhem».


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No encerramento da cerimónia, a Reitora convidou os presentes a conhecerem a nova imagem online da UA, sinónimo de uma maior «consistência de informação, permitindo uma maior facilidade de acesso e leitura por parte dos vários públicos. Trata-se (…) de um sistema de informação único que engloba infra-estrutura, serviços e comunicação de e para o exterior (…). Este projecto institucional agrega cerca de 4500 páginas de conteúdos». O Presidente da Associação Académica, Luis Ricardo Ferreira, reiterou a necessária cultura de cooperação entre alunos e Universidade, para a implementação do Modelo de Bolonha, e consequente reestruturação do modelo de gestão do ensino superior. Na intervenção, o representante dos estudantes aproveitou ainda para questionar a tutela sobre a inexistência de legislação para a Acção Social Escolar «embora os Cursos de Especialização Tecnológica estejam integrados no ensino superior não há regulamentação que os insira na Acção Social Escolar».

Margarida Gil de Figueiredo Carmona e Lima (190.0) – Licenciatura em Psicologia; Matilde Matos Martins (179.8) – 1º Ciclo da Licenciatura Bi-etápica em Fisioterapia; Maura Mafalda Ribeiro Pinto Bouça (180.0) – Licenciatura em Novas Tecnologias da Comunicação; Nadia Cristiana Pires Afonso (186.0) – 1º Ciclo da Licenciatura Bi-etápica em Terapia da Fala; Regina Sousa Monteiro Abreu (185.0) – Licenciatura em Línguas e Relações Empresariais; Ricardo Daniel Fonseca Mota (186.5) – Licenciatura em Design; Romeu Rabaça Monteiro (195.5) – Mestrado Integrado em Engenharia Electrónica e Telecomunicações; Sara São Pedro Riobom dos Santos (175.3)–

A cerimónia terminou com a entrega de Bolsas de

Licenciatura em Engenharia do Ambiente;

Estudo dos Melhores Caloiros da Universidade de

Tiago Jordão Grilo (183.5) – Mestrado Integrado em

Aveiro 2006/2007. Estas bolsas, atribuídas aos 19

Engenharia Mecânica;

melhores alunos que se inscreveram no 1º ano, no

Tânia de Oliveira Silva (143.0) recebeu o Prémio

ano lectivo 2006/2007, de cada um dos cursos da

de Melhor Caloiro da Licenciatura de Engenharia

universidade e escolas politécnicas, foram este ano

Geológica, patrocinado pelas empresas Madeira

atribuídas aos seguintes alunos:

Rochas – Divulgações Científicas e Culturais – e

Ana Catarina Fernandes Araújo (181.0) –

EnGeoMad – Planeamento e Gestão de Recursos

Licenciatura em Química;

Geológicos.

Ana Zita Pinto de Sousa (175.5) – Licenciatura em

Vânia Reis de Castro (160.5), da Licenciatura em

Tecnologias de Informação e Comunicação;

Línguas e Relações Empresariais, arrecadou a Bolsa

André Nunes de Carvalho Albuquerque (185.5)–

de Estudo Fundação Engenheiro António Pascoal

Licenciatura em Engenharia Física;

(destinado ao melhor aluno oriundo da Escola

Cátia Sofia de Oliveira Pereira (188.0) – Licenciatura

Secundária nº 1 de Aveiro que tenha ingressado na

em Ciências Biomédicas;

UA no 1º ano).

Fábio André Gaspar dos Santos (177.0) – Licenciatura em Contabilidade; Fábio Cristino de Oliveira Maricato (187.0) – Mestrado Integrado em Engenharia de Computadores e Telemática; Joana Pinto Fernandes (182.0) – Licenciatura em Biotecnologia; Luís Miguel Pais Pinto Martins (179.5) – Licenciatura em Física;

gilberto gil apresentou-se «luminoso» na ua Gilberto Gil agradeceu, na noite do dia 15 de Dezembro, com um concerto intimista, a atribuição do título de

33º aniversário da ua

Doutor Honoris Causa da UA e o convite da Associação Académica para participar nas festividades da Lusofonia, no âmbito da «Semana da CPLP». Foi perante o repleto Auditório da Reitoria que o brasileiro Gilberto Gil envolveu a plateia com um conjunto de velhas melodias e deu a conhecer alguns temas do seu mais recente trabalho «Gil Luminoso». Durante cerca de hora e meia, Gilberto Gil acompanhado em palco do seu violão, iluminou a plateia com a alegria e o calor da sua voz. Momentos antes deste concerto de apresentação de «um dos melhores CD’s de Gilberto Gil», segundo Caetano Veloso, o músico recebeu outra homenagem, desta vez, da Associação Académica da UA que o agraciou com título de Sócio Honorário daquela Associação. As comemorações do 33º aniversário da UA prosseguiram no dia 18 de Dezembro de 2006 com o Concerto de Aniversário, na Sé Catedral de Aveiro. A dirigi-lo esteve Luís Carvalho. O Coro, Orquestra de Sopros e Orquestra de Cordas do Departamento de Comunicação e Arte da UA apresentaram um programa com duas missas escritas em épocas e estilos extremamente contrastantes: a Missa para Coro e Orquestra de Sopros de Stravinsky e a Missa em Dó Maior «Coroação», Kv. 317 de W. A. Mozart.


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ministra da educação plantou um

jardim da ciência na ua

O «Jardim da Ciência», inaugurado a 5 de Dezembro de 2006, pela Ministra da Educação, e instalado no Departamento de Didáctica e Tecnologia Educativa da UA, no edifício do Centro Integrado de Formação de Professores (CIFOP), não tem flores, mas objectos que promovem a interacção entre as ciências e os alunos do Ensino Básico. O espaço é exemplo do ensino experimental das ciências, estando a coordenação a cargo da Vice-Reitora, Prof. Isabel Martins. Durante a inauguração, a Vice-reitora salientou a necessidade de incluir o ensino experimental das ciências no ensino básico e apelou à formação continua dos professores, tomando como exemplo a Universidade de Aveiro: «há dez anos que a UA aposta neste tipo de abordagem e tem vindo a desenvolver diversas estratégias de formação de professores que os preparam para o ensino experimental». Depois de apreciar este Jardim, a Ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, defendeu a melhoria e o estabelecimento de parcerias entre diferentes níveis de ensino (ligação das universidades ao ensino básico) com vista ao acompanhamento de professores. «Temos de inscrever o ensino experimental como actividade

obrigatória no ensino básico e o caminho, para além de alguns projectos e iniciativas, passa pelo programa de formação continua, dando continuidade à formação inicial do professor, permitindo valorizar as suas competências». O «Jardim da Ciência» estende-se por 600 metros quadrados, composto por equipamento diverso destinado a crianças entre os quatro e os 12 anos, utilizado em actividades de lazer e que, em simultâneo, suscita questões cientificas que serão posteriormente exploradas através do ensino formal das ciências. A coordenação deste espaço lúdico e educativo é da responsabilidade do Departamento de Didáctica e Tecnologia Educativa. Para o visitar basta preencher a ficha de inscrição disponível no site http://www2.dte.ua.pt/leduc/ jardimdaciencia.php. O «Jardim da Ciência» contou, só no último mês, com mais de uma centena de visitantes e vai ser palco de algumas actividades preparadas para a «Academia de Verão Júnior» (10 a 12 anos) a decorrer entre os dias 23 e 27 de Julho de 2007.


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O reconhecimento dos alunos e docentes da UA vem de vários locais e de várias áreas. Da Música ao Design, passando pelas disciplinas

ua arrecada vários prémios

música, design, química e matemática

ua arrecada vários prémios

científicas como a Química ou a Matemática, a actividade da academia aveirense tem prestígio e reconhecimento em Portugal e no estrangeiro. O trabalho do percussionista Fernando Chaib foi distinguido nos EUA, os estudantes de música Samuel Couto e de Eva Morais conquistaram o pódio com o «Prémio Jovens Músicos» e o Prof. João Pedro Oliveira viu, mais uma vez, o seu trabalho reconhecido internacionalmente. Em Aveiro, o Prémio Ciência da «Aveiro FM» foi atribuído ao impulsionador do PmatE, Prof. António Batel Anjo e, pela mão do Dr. Carlos Aguiar, o design português vinga no Japão e na Alemanha.

Aluno vence concurso internacional O percussionista Fernando Chaib, aluno do mestrado em Percussão, ministrado pelo Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro, venceu o «IV International Percussion Competition», da Percussive Arts Society (PAS), na categoria de Vibrafone. A competição, promovida pela mais respeitada entidade internacional de percussionistas, decorreu recentemente em Itália e contou com a participação de 45 músicos dos mais variados pontos do mundo, distribuídos pelas categorias a concurso: marimba, tímpanos, percussão múltipla e acessórios orquestrais. Fernando Chaib, 25 anos, natural de Florianópolis, no Estado de Santa Catarina, concluiu a sua formação inicial na Universidade Estadual Paulista Júlio Mesquita Filho (UNESP), em São Paulo, Brasil, começou a tocar bateria em 1995, percussão em 1999, e dedicou-se ao vibrafone a partir do momento em que começou a frequentar o mestrado na UA, em Outubro de 2005.

A importância de conviver e ouvir outros músicos da mesma área, originários dos vários pontos do globo, foram os principais factores que motivaram Fernando Chaib a participar neste concurso. O resultado foi uma excelente surpresa. O primeiro lugar na categoria de vibrafone vai agora, certamente, abrir-lhe novas portas e valorizar-lhe a carreira de músico e instrumentista. «Para além de uma placa da cidade italiana que me foi entregue em mãos pelo presidente da câmara de Fermo, o prémio incluiu uma mala repleta de baquetas, avaliada em, pelo menos, 300 euros, e o mais importante: o Diploma que me concede este título internacional». Ao primeiro lugar neste Festival, Fernando Chaib soma dois outros prémios: o arrecadado em São Paulo, no «Primeiro Festival Jovens Intérpretes» e o atribuído pela Associação Paulista de Críticos em Arte, pelo «Melhor Conjunto de Música de Câmara» como membro do Grupo de Percussão da Universidade Estadual Paulista.


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Alunos nos primeiros lugares do concurso jovens músicos 2006 A UA foi a grande vencedora da 20ª edição do Prémio Jovens Músicos 2006, conquistando os lugares cimeiros do prestigiado concurso. A representação esteve a cargo de Samuel Couto e de Eva Morais, alunos dos 2º e 4º anos da licenciatura em Música, do Departamento de Comunicação e Arte (DeCA) que arrecadaram, respectivamente, o 1º e 2º lugares na categoria A: solistas de flauta. Samuel Couto dedica-se à flauta transversal há cerca de oito anos e é já um repetente no Prémio Jovens Músicos (PMJ). «Há dois anos participei neste concurso mas nessa altura não consegui chegar à fase final». Satisfeito com a vitória agora conquistada, Samuel Couto classifica esta experiência como o culminar de todo um trabalho que tem vindo a desenvolver. «Tudo o resto são bónus, a bolsa atribuída servirá para a minha formação complementar». A atribuição de uma bolsa de estudo pela Fundação Calouste Gulbenkian foi apenas um dos prémios que a organização reservou para o vencedor. A este, juntaram-se um instrumento da respectiva modalidade, duas gravações para a emissora Antena 2, um recital no Festival Internacional da Póvoa de Varzim, um concerto com a Orquestra do Algarve na temporada 2006-2007, um Diploma do PJM e a participação no Concerto dos Laureados com a Orquestra Gulbenkian, através da execução de um andamento da obra apresentada na Final. No concurso que reuniu os melhores alunos de todas

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as Escolas de Música Superiores e profissionais do País, a UA participou com quatro alunos de flauta e um de clarinete. O Prof. Jorge Correia, docente do DeCA, faz um balanço muito positivo da participação dos estudantes da UA no PMJ «conquistamos dois prémios o que significa que é mais do que uma vitória individual, isto é, construímos e continuamos a construir uma escola sólida nesta área instrumental». Para Samuel Couto «o prémio tem por objectivo premiar jovens solistas, mas também promover um intercâmbio de ideias e experiências entre solistas. É uma auto-avaliação e prova às nossas capacidades e à nossa formação futura». Eva Morais, afirma que o segundo lugar simboliza «O reconhecimento por parte do meio musical e o sentimento de um objectivo cumprido». A cerimónia de entrega de prémios do PJM e o Concerto dos Laureados, tiveram lugar no Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian no Dia Mundial da Música (1 de Outubro). A acompanhar os solistas vencedores do PJM esteve a Orquestra Gulbenkian. O Prémio Jovens Músicos é um concurso anual da RDP. Foi criado em 1987, com o objectivo de distinguir e promover os melhores estudantes de música e é destinado a músicos portugueses e estrangeiros residentes em Portugal.

Compositor e docente volta a ser galardoado internacionalmente As obras do compositor e docente da UA, João Pedro Oliveira, voltam a dar que falar. Desta vez, no concurso internacional de composição

Metamorphoses, em Bruxelas, onde venceu (no dia 19 de Outubro) com a obra «Et Ignis Involvens» e, em Itália, onde foi finalista do concurso internacional de composição das edições musicais, com a obra «Espiral de Luz», para quarteto de cordas. O concurso internacional Metamorphoses, realizado de dois em dois anos, é um dos mais prestigiados a nível internacional, no âmbito das obras electroacústicas. À eliminatória final, chegaram seis obras. A peça premiada «Et Ignis Involvens» será editada em CD pela fundação Musiques-Recherches, que organiza bienalmente o concurso. O trabalho do compositor e docente do Departamento de Comunicação e Arte da UA foi também reconhecido, recentemente, em Itália. A obra «Espiral de Luz», para quarteto de cordas, chegou à final do concurso internacional de composição, promovido pelas edições musicais Taukay que irão editar a obra em cd.

Aveiro Fm premeia Prof. António Batel com Troféu Ciência O Prof. António Batel Anjo foi a personalidade distinguida pela Rádio Aveiro FM, no ano de 2006, com o Prémio Ciência. Um reconhecimento devido «ao seu envolvimento no projecto Matemática Ensino (PmatE) da Universidade de Aveiro, o programa que tem permitido demonstrar aos jovens que a Matemática não é um bicho-papão». O prémio foi atribuído durante a 4ª Gala Anual de Solidariedade da Aveiro FM.


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Depois de no ano passado ter galardoado a Fábrica-Centro de Ciência Viva de Aveiro, a Aveiro FM entregou, este ano, o Troféu Ciência ao Prof. António Batel, docente no Departamento de Matemática da UA e Coordenador do PmatE. Um reconhecimento do trabalho realizado por toda a sua equipa, mais do que um prémio pessoal, nas palavras do Premiado. «Este é um prémio que pertence a toda a equipa do PmatE, à Universidade de Aveiro e a todas as instituições públicas e privadas que nos apoiam. O PmatE é exemplo de um trabalho colectivo de muitas pessoas, na sua grande maioria recém-licenciado da Universidade de Aveiro, que todos os dias se dedicam de corpo e alma no combate do insucesso em várias disciplinas, como a Matemática, Biologia, Física e Electrónica, e na divulgação desta universidade. O PmatE, como estrutura da Universidade de Aveiro, trabalha no sentido de a projectar e de a levar mais longe. Sentimos a responsabilidade de pertencer à Universidade de Aveiro em que tudo o que fazemos, seja na divulgação de ciência, nos projectos de intervenção nas escolas ou na cooperação com outros países, tem que ter qualidade nacional e internacional. São esses os nossos padrões. Este é um prémio merecido para toda a equipa do PmatE.» A Gala Anual de Solidariedade da Aveiro FM constitui um evento único que pretende homenagear as personalidades da região que mais se destacaram, ao longo do ano, em diversas áreas. O Teatro Aveirense foi o palco escolhido para uma noite de festa, em que as receitas reverteram a favor da instituição de solidariedade social «Obra da Criança», de Ílhavo.

e Good Design (Chicago) nos EUA. Foi ainda nomeado finalista do IF (Hannover) e do Prémio de Design da República Federal Alemã.

Design premiado na Alemanha e no Japão Depois da versão 12,5 litros da garrafa portátil de gás propano «CoMet» ter sido galardoada, no Japão, com o «Good design – G-Mark», prémio atribuído pela primeira vez a um projecto de design português, foi agora a vez da irmã de 24 litros obter, na Alemanha, três importantes distinções em Design Industrial: o Globe Packaging Award, do Deutsches Verpackungs Museum de Heidelberg; o Red Dot 2007, do Design Zentrum Nordrhein Westfalen em Essen; e o IF GOLD 2007, do iF International Forum Design de Hannover. A CoMet 24 litros é um projecto do designer Carlos Aguiar, docente do Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro. Trata-se de uma garrafa destinada à exportação, produzida pela Amtrol-Alfa SA, de Guimarães, através de um processo de fabricação composita aço/enrolamento de fibras, segundo a mesma tecnologia patenteada já anteriormente e utilizada para a garrafa Pluma, comercializada pela Galp e bem conhecida no mercado nacional. Em breve esta nova CoMet começará a ser entregue a diversos clientes na Europa, contribuindo para a melhoria dos resultados das exportações nacionais sustentadas por produtos de valor acrescentado decorrente de inovação e design feitos em Portugal. Importa lembrar que, para além destas últimas distinções, Carlos Aguiar, designer e docente da UA, tinha já obtido, também pela primeira vez para Portugal, os prémios Design Plus (Frankfurt), Red Dot (Essen) na Alemanha

Portugal arrecadou duas medalhas de bronze em Química A 11ª edição das Olimpíadas Ibero-Americanas de Química reuniu, este ano, 14 países a concurso. A organização esteve a cargo do Departamento de Química da UA e contou com a colaboração da Sociedade Portuguesa de Química. No concurso, que decorreu entre 7 e 15 de Setembro, a equipa portuguesa, constituída por Li Paula Balkesåhl e Sofia Helena Ferreira, obteve duas medalhas de Bronze, repetindo a classificação conseguida há três anos, na Argentina. A grande vencedora foi a equipa brasileira, que arrecadou três medalhas de ouro. Será justamente o Brasil, o próximo anfitrião da competição, a realizar em Outubro de 2007. A representação portuguesa será seleccionada em Abril do próximo ano, depois do habitual período de preparação no Departamento de Química desta academia. Recorde-se que a Olimpíada Ibero-Americana de Química é um concurso anual entre jovens estudantes iberoamericanos que tem como objectivo primordial promover o estudo da química, estimular o desenvolvimento de jovens talentos para esta ciência, contribuir para estreitar os laços de amizade entre os países participantes, e fomentar a cooperação, o entendimento e o intercâmbio de experiências.


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3810-UA, Viva a Ciência!, Eureka, Sofá da Ciência, Frequência Universitária, UniverCidade, @ua_online a universidade de aveiro em notícias Na televisão, na rádio, no computador e no papel. A UA está cada vez mais comunicativa e próxima dos cidadãos, tendo vindo a alargar o espectro de suportes de divulgação e informação institucional, enveredando numa missão de verdadeiro serviço público.


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O desafio começou em 2004 com a transmissão do programa 3810-UA, na então designada 2: Nesse ano, a UA foi a única universidade portuguesa a possuir um programa no meio televisivo. A partir da uma da manhã, uma equipa de profissionais do Centro de Multimédia e Ensino à Distância (CEMED), a unidade funcional da Universidade responsável pela produção multimédia e audiovisual da UA, realizava, durante cerca de uma hora, um programa inteiramente dedicado à ciência e tecnologia produzida no campus universitário. O sucesso foi tal, que o programa ainda hoje integra a grelha de programação da RTP. As histórias da investigação científica e tecnológica, as actividades culturais, os prémios de investigação, o pioneirismo e a excelência da ciência desenvolvida em meio académico chegam, actualmente, mais longe e a um maior e diversificado número de públicos. Através da RTP África e RTP Internacional, o 3810-UA é visto um pouco por todo o mundo. Dos laboratórios para os ecrãs de televisão. Viva a Ciência! é a mais recente aposta da equipa do CEMED, para dar a conhecer a investigação científica, o desenvolvimento tecnológico e a inovação em geral. O projecto, lançado em Fevereiro deste ano, conta com o apoio da agência Ciência Viva e da RTP que assegura a emissão através das antenas internacionais. Durante cerca de trinta minutos, estão na mira os projectos que visam a divulgação da cultura científica. Com transmissão agendada para as 11h00 de Sábado na RTP Internacional e na RTP África, o Viva a Ciência! vai percorrer Portugal, de lês a lês, para levar a rota da ciência até ao espectador. As novas da ciência e da tecnologia «made in UA» sintonizam-se também na rádio. Na TSF, ao Sábado, às 13h30, escuta-se Eureka, um programa composto por três segmentos

científicos que integram ainda a grelha informativa daquela rádio nacional, à semana, durante a manhã. Nas antenas regionais das rádios Terra Nova e Voz do Caima, os cientistas e investigadores da Academia são convidados a sentar-se no «Sofá da Ciência» e a abrir o livro das suas vidas. Os hobbies, a daily routine, as viagens e curiosidades são, durante quinze minutos, partilhadas com o ouvinte numa agradável «conversa de sofá». Alem da entrevista, integram o programa uma curiosidade científica e tecnológica e uma agenda dos principais eventos na Universidade. Os momentos mais marcantes da UA são revistos e avaliados semanalmente na «Frequência Universitária». Neste exame, efectuado à quarta-feira pelo Núcleo de Rádio da Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv), são postas à prova do ouvinte as bandas da região aveirense e os temas quentes da Academia. Na rádio Rádio Aveiro FM ou na Internet (http://frequenciauniversitar ia.blogspot.com), a esta frequência passa-se com distinção. Os distintos dez anos do «UniverCidade», o jornal da AAUAv, estiveram expostos, em Março, no Complexo de Refeitórios do Crasto e mereceram uma edição especial da publicação. Com imagem renovada e design moderno, o novo jornal universitário, com carácter mensal, pode ser encontrado nas bancas espalhadas pelo campus e no @ua_online, na rubrica Publicações. Da responsabilidade dos Serviços de Relações Externas, e publicado desde Setembro de 2004, o jornal online da UA conta com cerca de 120 mil visitas mensais e é o órgão de comunicação institucional da UA por excelência. No «@ua_online» os internautas encontram um espaço de opinião, um conjunto de entrevistas e uma série de rubricas que conduzem o leitor às

a universidade de aveiro em notícias

últimas novidades da investigação produzida na Universidade, a ofertas de emprego, informações sobre bolsas, concursos, cursos, prémios, publicações, conferências, provas académicas, exposições, música, teatro, cinema, desporto e, entre outras notícias, às principais actividades com interesse para o meio académico que se realizam fora da UA. Para a constante actualização do @ua_online colaboram cerca de 40 pivots de informação. Nomeados pelos Departamentos, Serviços e Unidades da Universidade, estes pivots enviam regularmente para o jornal informações sobre as actividades que vão sendo organizadas pelas suas unidades. A par da publicação online, os Serviços de Relações Externas são ainda responsáveis pela difusão de uma newsletter a toda a comunidade académica, duas vezes por semana. A newsletter apresenta, resumidamente, seis temas que remetem para a consulta aprofundada no jornal online. O @ua_online inaugurou, no dia 19 de Março, uma nova fase que se traduz numa nova imagem e em novas funcionalidades. Possibilidade de edição de notícias especificas por cada unidade funcional da universidade, uma newsletter personalizada, difundida em função do perfil definido por cada utilizador e a criação de uma versão do jornal, em língua inglesa, são as principais novidades da publicação que abrange e fideliza cada vez mais leitores. E por que nunca é demais relembrar «a UA em notícias» está aqui: http://uaonline.ua.pt.


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