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breves
departamentos em revista… línguas e culturas
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candeeiros inteligentes em desenvolvimento na ua
universidade cria novos cursos
cooperação parque de ciência e inovação será realidade em 2013
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variações hormonais da gravidez influenciam qualidade da voz
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geólogos da ua desenvolvem dermocosméticos terapêuticos e medicinais com areia e argila
universidade vai leccionar medicina
cultural colecção francisco madeira luís
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investigação distinções recebidas pela comunidade académica da ua
entrevista com… manuel antónio assunção
escaparate publicações da comunidade académica
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02 06
percursos antigos alunos antigos alunos da ua falam das suas carreiras
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eficiência energética na ua fernando cozinheiro
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serviço nacional de saúde um balanço jorge simões
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os cidadãos e a política em portugal carlos jalali
aconteceu na ua… alguns momentos que marcaram a vida académica da ua
opinião
um divórcio por mútuo consentimento?
os cidadãos e a política em Portugal A noção de uma crise da democracia não é necessariamente recente. Em meados da década de setenta, o futuro da democracia era encarado com pessimismo e Willy Brandt – na altura chanceler da República Federal da Alemanha – chegaria mesmo a prever que:
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Carlos Jalali Docente da Secção Autónoma de Ciências Sociais, Jurídicas e Políticas
À Europa Ocidental restam apenas mais 20 ou 30 anos de democracia; depois disso irá afundar, impotente e sem rumo, no mar de ditadura que a rodeia, e se essa ditadura vier de um politburo ou de uma junta não fará muita diferença. Willy Brandt (The Economist, 23 de Março 1974) Os mais de 35 anos que nos separam desta afirmação têm refutado a previsão de Brandt. O caso português é, neste contexto, emblemático. Um mês e dois dias depois da publicação desta citação – mais precisamente, no dia 25 de Abril de 1974 – Portugal daria início ao seu processo de transição democrática, pondo fim ao mais longo regime autoritário da Europa Ocidental do século XX. E as implicações dessa momentosa madrugada de Abril transcenderiam o nosso país. Como Samuel Huntington salientaria, a revolução portuguesa assinalou também o início da chamada ‘terceira vaga de democratização’ – um período da história do planeta em que a democracia tem progredido significativamente. Com efeito, mais de trinta anos depois, o cenário é radicalmente distinto daquele que o chefe do executivo alemão previra: o número absoluto de democracias no mundo mais que triplicou desde 1974; a proporção de regimes que são democráticos mais que duplicou; e a democracia prevalece em mais de 60 por cento dos regimes do mundo, abrangendo mais de metade da população mundial. Para parafrasear Brandt, foram as ditaduras que, impotentes e sem rumo, deram lugar a regimes democráticos – com Portugal a liderar este processo de mudança. Se podemos identificar na terceira vaga um aumento considerável no número de democracias, vale a pena salientar uma outra transformação igualmente relevante, que teve lugar no debate democrático. Assim, com a terceira vaga, o debate deixa de ser sobre os méritos da democracia liberal (em oposição a outros regimes) para se centrar na qualidade da democracia. A definição deste conceito está longe de ser fácil. Contudo, podemos apontar o modelo de Diamond e Morlino (2004) como uma síntese eficaz de um conceito necessariamente complexo. Neste, a avaliação da qualidade da democracia ocorre em três níveis distintos: os procedimentos democráticos (que reflectem inter alia a competição eleitoral, o enquadramento legal e o accountability vertical e horizontal dentro do sistema político); o conteúdo da democracia (i.e., se garante efectivamente a liberdade e igualdade – política, social e civil – dos seus cidadãos); e os seus resultados – a avaliação que os cidadãos fazem do seu funcionamento, e se esta se mostra capaz de formular e executar políticas públicas que reconheçam e satisfaçam as exigências dos cidadãos e do interesse público.
os cidadãos e a política em portugal
Esta mutação no debate espelha também a mudança na relação entre os cidadãos e a política que ocorreu nos últimos trinta anos. Aliás, um dos traços comuns nos diferentes modelos de qualidade da democracia prende-se precisamente com a importância da relação entre cidadãos e política – um elemento central da democracia. Como Putnam et al. referem no seu estudo das atitudes e opiniões dos cidadãos em democracias consolidadas, se sempre houve cinismo e censura pública em relação à política, estes atingem agora níveis sem precedentes. Os dados dos Eurobarómetros – inquéritos semestrais da opinião pública europeia nos domínios económico, social e político – confirmam o distanciamento dos cidadãos em relação às instituições políticas. Os dados de 2009 indicam que 76 por cento dos cidadãos da União Europeia declaram não confiar nos partidos políticos; 63 por cento afirmam não confiar nos seus governos nacionais; e 61 por cento expressam desconfiança em relação aos parlamentos dos seus países. Entre os portugueses, estes valores são de respectivamente 77; 65; e 56 por cento. Como salienta Pedro Magalhães (2004), as atitudes dos portugueses em relação ao sistema político podem ser caracterizadas por 3 D’s, num irónico paralelo aos compromissos do 25 de Abril de 1974. Assim, se por um lado os portugueses surgem como democratas, na medida em que existe um apoio generalizado à democracia enquanto regime, eles mostram também descontentamento com o desempenho das instituições políticas e outputs, e mesmo desafeição – uma desafeição marcada por sentimentos de desinteresse e distanciamento em relação a estas instituições. Ao mesmo tempo, este distanciamento entre cidadãos e a política não é necessariamente negativo para governantes – pelo menos a curto prazo. Como refere Martin Wattenberg (2000), obter mandatos com menos votos “é o equivalente da General Motors obter os mesmos lucros com menos carros vendidos”. O afastamento entre cidadãos e política leva a menor
accountability (ou, pelo menos, accountability perante menos cidadãos) e, consequentemente, maior autonomia e liberdade de acção para os agentes políticos. O argumento de Wattenberg sugere assim um ‘mútuo consentimento’ neste aparente divórcio entre cidadãos e política. Inevitavelmente a história do nosso país ajuda a explicar este distanciamento. Portugal viveu durante muito tempo sob um regime não-democrático, e mesmo as experiências democráticas anteriores ao Estado Novo estavam longe de envolverem plenamente os cidadãos. Como tal, os sentimentos de distância do poder e de afastamento da política não são recentes. Ao mesmo tempo, a história relembra-nos também que estes fenómenos não são inelutáveis. A própria democratização portuguesa constitui um bom exemplo de como padrões aparentemente imutáveis podem ser rapidamente alterados. O seu sucesso foi, como salienta Huntington, inesperado – e contudo marcaria o início de um amplo processo de democratização a nível global. Como então ultrapassar os desafios contemporâneos da democracia? Tal como em 1974, a resposta talvez resida numa revolução – embora desta feita uma ‘revolução’ sem armas, que se baseie antes na participação política dos cidadãos, na transparência de governantes e na dimensão ética de uns e de outros. Afinal, como Thomas Jefferson afirmou um dia, “Cada geração precisa de uma nova revolução”.
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opinião
O Serviço Nacional de Saúde (SNS) existe há 31 anos, com um percurso que motiva um largo consenso na sociedade portuguesa.
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Jorge Simões Docente da Secção Autónoma de Ciências da Saúde da Universidade de Aveiro
O consenso existe porque o serviço público de saúde foi capaz de dar resposta satisfatória às necessidades dos Portugueses e soube ultrapassar as dificuldades com que foi confrontado, desde logo, ainda nos anos setenta do século passado, o desafio da universalidade, ou seja chegar a todos os cidadãos. E contribuiu, de forma decisiva, para os enormes ganhos, em particular na saúde da mãe e da criança. O SNS confronta-se hoje com outras dificuldades. A necessidade de progressivamente se adaptar a novos padrões de doença, consequência, em parte, do envelhecimento da população. A necessidade de alargar o leque de respostas do SNS, ou seja de tornar efectiva a generalidade.
serviço nacional de saúde um balanço
A necessidade de dar especial atenção a populações mais fragilizadas, em especial os mais pobres e os mais velhos. A necessidade de combater as iniquidades, que se traduzem, em especial, em listas de espera para cirurgias e para consultas, que penalizam os mais pobres e os menos instruídos. A necessidade de conter o crescimento dos gastos com a saúde, que exige um permanente acompanhamento e responsabilização dos dirigentes e dos profissionais de saúde para manter a despesa com a saúde em valores comportáveis com a economia e as finanças nacionais. A necessidade de uma redobrada atenção por parte do Estado, num contexto de recurso ao sector privado, em especial no domínio das parcerias
serviço nacional de saúde: um balanço
público-privadas, para que o serviço público não se submeta a uma lógica de pura rentabilidade económica, que secundarize a qualidade e incentive ou permita a selecção de patologias. A necessidade de o SNS conferir prioridade às questões da qualidade, em especial a qualidade entendida como a melhor resposta técnica dos profissionais, o desempenho das organizações e as amenidades oferecidas aos doentes. E agora? Agora, o SNS tem que ser mais exigente para garantir a manutenção do modelo constitucional, num cenário de débil crescimento da economia e de não crescimento da despesa pública, o que coloca a necessidade de rever as prioridades. E quais devem ser as novas prioridades? Em primeiro lugar, o combate às desigualdades, com enfoque no controlo das listas de espera e na contenção do peso das despesas com medicamentos nos orçamentos familiares. Faz sentido, na actual situação económica e financeira, descriminar positivamente grupos mais vulneráveis, quando se trata de alargar o leque de prestações (a exemplo do Programa de Saúde Oral). Em segundo lugar, o entendimento de que a saúde deve estar presente em todas as políticas públicas, traduzindo-se no desenvolvimento de uma política de saúde horizontal focada na identificação dos factores que influenciam a saúde das populações, maioritariamente condicionados por políticas sectoriais. Devem ser dados sinais que permitam passar da retórica às intervenções concretas, que ponham de acordo, por exemplo, ordenamento do território, economia, ambiente e saúde. Em terceiro lugar, a integração dos cuidados deve ser entendida como
um meio para melhorar o acesso aos serviços de saúde, elevar os padrões de qualidade na prestação de cuidados, utilizar melhor a capacidade instalada, aumentar a satisfação dos utentes e obter ganhos de eficiência. Em quarto lugar, é necessário melhorar a governação na saúde. As lideranças, perante um quadro de mudanças rápidas, nomeadamente na tipologia das doenças, nas expectativas dos utentes, nos padrões de procura, na diversidade das profissões, com a pressão para o crescimento dos gastos, têm que responder com inteligência a novas formas de redesenho do sistema. Por outro lado, a transparência e a prestação de contas devem constituir rotinas da governação. Em quinto lugar, investir na gestão da qualidade e definir incentivos com vista à melhoria do desempenho dos prestadores de cuidados de saúde deve constituir uma prioridade no discurso e na intervenção política e técnica da saúde. Em sexto lugar, a formação de recursos humanos para a saúde deve permitir o reforço da qualidade que se espera do prestador de cuidados, mas também a melhoria do desempenho do sistema através da optimização do skill-mix. As opções estratégicas devem recair sobre a possibilidade de substituição, delegação e transferência de tarefas. Num cenário de escassez de médicos e de oferta suficiente de enfermeiros e técnicos devem ser estudadas estas possibilidades, sempre com respeito pela qualidade dos cuidados a prestar e pelas competências de cada grupo profissional. Em sétimo lugar, importa apoiar, de forma consistente, a disseminação das tecnologias de informação e comunicação na saúde, com particular destaque para a integração da informação dos utentes. A intensificação da utilização de sistemas de informação na saúde pode fazer aumentar a transparência no sistema, tanto para
prestadores de cuidados de saúde como para utilizadores, e oferecer importantes contributos para a coordenação e integração nos vários níveis de cuidados. Em oitavo lugar, Portugal apostou forte em mecanismos de privatização mas fê-lo com base em informação e conhecimento insuficiente e não preparou nem instituiu resposta apropriada na fiscalização e controlo da aquisição a privados de bens e serviços e nas parcerias público privadas para construção e exploração de hospitais. Por outro lado, no sistema de saúde português verifica-se uma lacuna na regulação da qualidade dos prestadores. A intervenção do regulador no acompanhamento do processo de privatização e na qualidade justifica-se pela importância do sector privado de saúde, pela coexistência e importância dos subsistemas e pela menor relevância atribuída à qualidade no SNS, em especial nos hospitais públicos. Nota final: num momento em que a sustentabilidade política e financeira do SNS é questionada e as iniquidades do sistema são apontadas como estruturais e inerentes ao modelo do SNS, há que redobrar esforços e exigências para com o desempenho do SNS. E a resposta política e técnica deve ser clara e determinada, porque num contexto recessivo é ainda maior a necessidade de que o SNS funcione como instrumento de coesão social, ao fornecer uma resposta efectiva a todos os Portugueses necessitados de cuidados de saúde.
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opinião
eficiência energética na ua um momento de viragem… LINHAS
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Fernando Cozinheiro Assessoria da Reitoria
À semelhança do que acontece com a generalidade das instituições, os consumos energéticos, no seu cômputo global, representam para a Universidade de Aveiro (UA) uma despesa anual significativa, sendo inquestionável o forte impacto que essa representa na gestão das dotações orçamentais. Um exercício sistematizado possibilitou a consciencialização de que, com a adopção de algumas medidas bem simples, é possível reduzir significativamente esse custo. Se bem que algumas dependam da adequação tecnológica em equipamentos de uso geral e/ou da instalação de novos equipamentos, outras dependem exclusivamente da adopção de novas atitudes por parte da população universitária. De entre as duas, a vertente comportamental é claramente a que proporciona reduções mais substanciais na facturação respeitante a consumos energéticos. Durante o ano 2008, foram identificadas algumas acções concretas nesse sentido, tendo-se efectuado alguns trabalhos preparatórios de levantamento sumário da situação existente e de identificação de possíveis soluções. A concretização das medidas, no entanto, ficou adiada por requerer investimentos financeiros significativos na fase de alavancamento. O Conselho de Ministros Extraordinário aprovou, em 13 de Dezembro de 2008, a “Iniciativa para o Investimento e o Emprego”, buscando minimizar os efeitos da crise financeira e económica. Assim, em 18/02/2009, junto das instituições de Ensino Superior, o Ministério da Ciência, Tecnologia
e Ensino Superior (MCTES) apelou à apresentação de “manifestações de interesse”, no contexto da disponibilização de apoios financeiros extraordinários visando a melhoria do desempenho energético dos edifícios públicos. Do “concurso de ideias”, a que foram remetidas propostas pela generalidade das instituições de ensino superior público, resultou a selecção da candidatura da UA, tendo sido formalizada a assinatura de um contrato com o Estado português em 01/06/2009. O montante global do investimento ascendeu a 9 milhões de euros, sendo que 6.5 milhões são comparticipação governamental, devendo o valor restante ser suportado por “receitas próprias” da própria UA. Apesar do prazo concedido para a realização das intervenções ser consideravelmente reduzido – 7 meses para as acções financiadas – e da notória complexidade das intervenções em causa – devido ao número e diversidade das intervenções, bem como pela necessidade de integração com os sistemas de informação existentes e/ou a desenvolver -, a UA assumiu frontalmente o desafio, tendo iniciado de imediato um conjunto de trabalhos por cada uma das acções, que abrangeu a contratação de equipas de assessoria técnica especializada (projectistas, fiscalizações e coordenação de segurança em obra), a elaboração de “projectos de execução”, a organização e realização dos necessários procedimentos concursais, e, finalmente, a concretização das empreitadas (efectivação das intervenções técnicas). O desenvolvimento das iniciativas identificadas pela UA teve em consideração algumas infra-estruturas existentes (coberturas dos edifícios total ou completamente desimpedidas, lagoa natural, depósito de água elevado e sistemas de informação baseados em tecnologias SIG, entre outras), tirando partido de todo o seu potencial.
eficiência energética na ua
o plano de acção em pormenor Na tabela seguinte são enumeradas as acções desenvolvidas pela UA.
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score Para assegurar o desenvolvimento célere das diversas acções constantes do plano de intervenção, numa fase inicial, foi estabelecido que cada uma delas deveria desenvolver-se de forma tão autónoma quanto possível, relativamente às restantes intervenções, com a ressalva da obrigatoriedade de assegurar-se a plena integração parcelar com o sistema de informação, a constituir. O Sistema de Controlo Orientado para a Racionalização Energética (SCORE) é pois o elemento agregador de todas as informações recolhidas, disponibilizadas por um conjunto alargado de sistemas (autómatos, contadores, sondas, leitores, etc.), processando-as de forma inteligente. Como ganhos principais da intervenção, destacam-se os seguintes: (i) monitorização dos múltiplos equipamentos instalados e/ou intervencionados no âmbito do Programa, permitindo uma resposta mais rápida nas situações que careçam de intervenção técnica (em muitos casos, antes que os utentes se apercebam da existência de anomalias); (ii) disponibilização de um painel de indicadores que permitirá sensibilizar a Comunidade Universitária para a necessidade de corrigir algumas práticas (leia-se “comportamentos”) que resultam em consumos energéticos desnecessários; (iii) detecção de fugas e/ou perdas nas redes de distribuição energética, reduzindo assim os custos de facturação nos fornecimentos ou os desperdícios no processo de produção; (iv) posse de informações vitais para a
salvaguarda da segurança de pessoas, nomeadamente em situações de emergência; (v) acréscimo dos níveis de segurança dos imóveis e respectivos recheios; (vi) possibilidade de realização de operações de accionamento e/ou reprogramação de equipamentos à distância (telegestão).
balanço Se bem que a finalização de algumas das acções - financiadas pelos orçamentos da UA –, essencialmente nas áreas da automação, desenvolvimento e integração com sistemas de informação, se tenha efectivado no decurso do ano 2010, a UA honrou, tal como tem feito em outras ocasiões, os compromissos assumidos com o Governo português, concluindo os trabalhos das iniciativas financiadas no prazo estabelecido. A iniciativa, em termos gerais, abrangeu a totalidade dos edifícios da UA, se bem que a distribuição das acções por cada um deles foi função das condições existentes e dos financiamentos disponibilizados. As acções tiraram partido das tecnologias mais avançadas, nomeadamente na área da automação, da integração de sistemas, da produção energética e da melhoria da qualidade energética. Neste último aspecto, a abordagem seguida é inovadora, tendo sido desenvolvidos sistemas especificamente para a UA, que, em breve, serão comercializados a nível nacional / internacional. Naturalmente, foram respeitadas as normas existentes, legislação vigente
eficiência energética na ua
e demais recomendações técnicas, mormente no que diz respeito às soluções técnicas adoptadas, procedimentos de segurança, limites legais e licenciamentos. A iniciativa, no seu todo, proporcionou a demonstração da preocupação efectiva da UA, enquanto instituição de ensino, mas também como agente social, com um conjunto de grandes objectivos, destacando-se os seguintes: (i) protecção ambiental; (ii) redução dos consumos energéticos (e consequente redução dos encargos financeiros); (iii) aumento dos níveis de qualidade de serviço proporcionado à Comunidade; (iv) preservação da saúde pública; (v) apuramento dos consumos e produções energéticos, global e sectorialmente; (vi) acréscimo nos níveis de segurança de pessoas e bens. No diagrama da página 10, são enumerados os ganhos mais substanciais de cada uma das acções. Apesar da abrangência e número das acções realizadas pela UA em 2009, no mesmo contexto, há outras – tão ou mais importantes – que importa levar por diante com a brevidade possível. Apesar de, mais uma vez, haver a preocupação da racionalização energética (com proveitos também em termos financeiros), essas acções proporcionarão melhores condições de conforto aos utentes dos edifícios intervencionados. Assim, dependendo da disponibilidade financeira, entre outras, a UA tenciona realizar as seguintes acções: (i) reformulação da iluminação interior (à semelhança do que aconteceu em 2009 com a iluminação exterior); (ii) desactivação automática de equipamentos em períodos mortos - fase 2 (em 2009, apenas foram contemplados os edifícios do Complexo Pedagógico, Científico e Tecnológico, Dep. Matemática e Dep. Cerâmica e Vidro); (iii) auditoria e certificação energética dos edifícios da UA, incluindo a detecção das principais patologias, identificação de soluções e determinação (orçamentação) de custos; (iv) isolamento térmico de edifícios, substituindo as caixilharias existentes por soluções mais eficientes e baseadas em vidro duplo,
proporcionando assim cumulativamente um melhor isolamento acústico.
nota final Claramente, as acções desenvolvidas sobre os equipamentos e infraestruturas existentes, no seu todo, foram bem simples e de carácter eminentemente prático, consistindo na reabilitação, modernização de mecanismos e alteração das políticas de exploração. Se bem que algumas das acções tenham implicado investimento a médio prazo, depreender-se-á do exposto que a redução de custos mais significativa – por via da alteração de comportamentos - não implica forçosamente a realização de investimentos substanciais. Para mais informações, consultar http://ee.web.ua.pt.
o programa em números
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percursos antigos alunos
entrar no mercado de trabalho pode ser fácil
estágios Leonardo da Vinci uma saída internacional Aplicar os conhecimentos teóricos adquiridos ao longo da formação, aprender línguas estrangeiras, descobrir novas técnicas e métodos de trabalho, desenvolver novas competências pessoais; conhecer uma cultura diferente e estabelecer contactos úteis para o futuro profissional são algumas das vantagens que o Programa Europeu de Estágios Leonardo da Vinci oferece aos diplomados pelo ensino superior. Desde o arranque deste Programa que 196 diplomados pela Universidade de Aveiro usufruíram de bolsa Leonardo da Vinci para estagiar no estrangeiro e tomar contacto com o mercado de trabalho. Os licenciados em Engenharia do Ambiente, Design e Novas Tecnologia da Comunicação são aqueles que mais recorrem a estes estágios, estando Espanha, Itália e França entre os destinos preferidos pelos diplomados da UA. Os estágios Leonardo da Vinci têm a duração mínima de três meses (13 semanas) e máxima de seis (26 semanas), podendo a eles candidatar-se licenciados, mestres e doutores de um dos países participantes (Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Dinamarca, Espanha, Eslovénia, Estónia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Islândia, Itália, Letónia, Liechtenstein, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Noruega, Países Baixos, Polónia, Portugal, Reino Unido, República Checa, República Eslovaca, Roménia, Suécia, Turquia).
Ana Catarina Maia e Manuel Dionísio Rolo têm ambos 27 anos, são licenciados pela Universidade de Aveiro e são dois exemplos dos 196 diplomados desta Universidade que, ao abrigo do programa Leonardo da Vinci, já usufruíram de um estágio no estrangeiro. Uma opção de primeiro contacto com o mercado de trabalho encarada como propiciadora de um enriquecimento pessoal e profissional sem igual.
As manifestações de interesse por parte dos diplomados da UA podem ser enviadas ao Gabinete de Estágios e Saídas Profissionais da UA (GESP). Em 2009, a Universidade de Aveiro conseguiu aprovar 48 bolsas e sempre que existem ofertas com bolsa associada são divulgadas em http://www.ua.pt/GESP/ e em http://www.uaonline.ua.pt Para além do site www.ua.pt/leonardo, o GESP está aberto a atendimento presencial, de segunda a quinta-feira, entre as 14h00 e as 16h00 (senha H). É, ainda, possível obter esclarecimentos adicionais através do e-mail estagios@adm.ua.pt O programa Leonardo da Vinci (2007-2013) foi criado pela Decisão 2006/1720/CE. A sua implementação a nível nacional é da responsabilidade da Agência Nacional para a Gestão do Programa Aprendizagem ao Longo da Vida (PROALV).
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percursos antigos alunos
catarina maia LINHAS
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os primeiros dias em Itália foram uma verdadeira aventura
Foi ao abrigo do Programa Leonardo da Vinci que Catarina Maia, 27 anos, licenciada em Engenharia do Ambiente pela Universidade de Aveiro, partiu para Itália para realizar um estágio de seis meses na Studio Rinnovabili. Hoje, ao fim de um ano e meio, continua a viver em Roma e mantém-se a trabalhar nesta empresa especializada em consultoria e desenvolvimento de projectos em energias renováveis, onde desempenha funções de engenheira projectista em eólico e solar fotovoltaico.
catarina maia
Engenharia do Ambiente não foi a sua primeira opção mas o que considera ter sido “um feliz acaso”. Para além das amizades construídas e da vivência académica, Catarina Maia diz que tudo quanto aprendeu no curso e na Universidade de Aveiro excedeu as suas melhores expectativas. “O campus é fantástico e a maioria dos professores incansável. Aprendi todos os conceitos base imprescindíveis para uma carreira como engenheira e os dois últimos anos da licenciatura deram-me noções precisas para melhor desempenhar as minhas actuais funções” admite, considerando, contudo, que competências em AutoCAD e em sistemas de informação geográfica enriqueceriam o plano curricular de qualquer curso de engenharia.
Em todo o caso, Catarina Maia garante que gostava de regressar a Portugal, e de preferência num futuro próximo. “Não pretendo prolongar a minha estadia em Roma para além dos dois anos. Foi esta a meta que estabeleci e que gostaria de cumprir mas é evidente que depende um pouco das oportunidades de emprego que encontrar em Portugal”.
A ideia de ingressar no mercado de trabalho através do Programa de Estágios Leonardo da Vinci deve-a a colegas que já tinham passado pelo mesmo, mas o passo em frente, ao facto de acreditar que um estágio no estrangeiro seria uma forma de crescimento pessoal e profissional sem igual.
Já a nível laboral, Catarina Maia não encontra grandes diferenças entre os dois países e diz ser-lhe difícil avaliar a maior ou menor competência dos graduados italianos, até porque trabalha com colegas habilitados com mestrado e/ou doutoramento e a licenciatura em Engenharia do Ambiente em Itália inclui uma componente da formação em ordenamento de território, designando-se Engenharia do Ambiente e do Território.
Catarina Maia descreve os primeiros dias em Itália, como uma verdadeira aventura! “A procura infindável de uma casa, o caos dos transportes públicos, o facto de ainda não falar italiano… Acho que me corria adrenalina nas veias, em vez de sangue, o que acabou por impedir que me sentisse perdida. A verdade é que a cidade é fantástica e fez-me sentir muito bem-vinda… Foi determinante para um começo feliz. Ao fim e ao cabo, foi bastante fácil arranjar uma vida. Fui muito bem recebida no meu local de trabalho e na cidade”, recorda. Talvez o bom acolhimento e o gozo pelo trabalho em que estava envolvida tenham sido factores determinantes para prolongar a sua estada em Roma para além do tempo inicialmente previsto. “Senti que os seis meses de estágio não foram suficientes para aprender tudo aquilo que poderia e ainda posso aprender. Adoro a cidade e gosto mesmo muito do que faço e onde o faço. Então pensei: porque não? A única contrapartida são mesmo as saudades… Mas acho que vale a pena… espero!”
De resto, Catarina Maia reconhece: “Adoro Roma, mas viver em Itália não é tão fácil assim, ou não fosse um país extremamente burocrático e Roma uma cidade tão caótica. Apesar do povo português e italiano serem bastante parecidos, o facto de Roma ser uma cidade tão grande e multicultural acaba por mudar a nossa forma de estar e viver”.
Curioso é também a idade média com que os italianos terminam as suas licenciaturas. Conta esta antiga aluna da UA que o ensino superior italiano funciona de maneira um pouco diferente do nosso. “É muito desorganizado, muito burocrático, e uma licenciatura acaba por se arrastar mais no tempo. Por exemplo, a idade média de conclusão de uma licenciatura de cinco anos ronda os 26/28 anos. É rara a conclusão no tempo de certo. Mas não creio que isso se reflicta ao nível das competências. Reflecte-se, sim, ao nível da maturidade com que se entra no mercado de trabalho.” É certamente esta maturidade que contribui, também, para o salutar ambiente que Catarina Maia reconhece existir na Studio Rinnovabili. “A empresa é pequena e tem um óptimo ambiente. O espírito de equipa e entreajuda são muito fortes.”
Na empresa especializada em consultoria e desenvolvimento de projectos em energias renováveis (eólica, solar fotovoltaica e hídrica), Catarina Maia desempenha funções de engenheira projectista em eólico e solar fotovoltaico. “Faço o desenho de projecto e os estudos a ele inerentes, por exemplo: o enquadramento legal do projecto, os estudos de viabilidade/produção energética, o impacte ambiental, o impacte paisagístico, e o impacte electromagnético”, explica, adiantando que todos os projectos em que já esteve envolvida são diferentes, apresentando igualmente desafios distintos. Até a língua foi um desafio facilmente ultrapassado. “Como não tive tempo de realizar um curso de italiano antes de iniciar o estágio e poucos são os italianos que falam inglês, comecei por me expressar num misto de espanhol, português e italiano. Comecei também por trabalhar em inglês, e ao fim de dois meses passei a fazê-lo em italiano”, lembra. Defendendo que a especialização pode fazer a diferença quando se fala em integração no mercado de trabalho, Catarina Maia acredita que é sempre bom apostar-se na formação contínua e, por isso, não tem dúvidas: “os licenciados em Engenharia do Ambiente adquirem uma formação bastante abrangente. Estão aptos a fazer tudo aquilo a que se predispõem, desde o acompanhamento de obra, à gestão de resíduos, realização de um projecto de um parque eólico ou de uma ETAR, mas acima de tudo, devem continuar a estudar, seja na área de ar, água, gestão ou energia.” Esta antiga aluna da UA conclui: “Empresas de construção ou empresas que operem em qualquer uma das áreas ligadas ao ambiente: ar, água, energia, resíduos, gestão ou consultoria podem integrar engenheiros do ambiente. É uma verdade que hoje a inserção no mercado de trabalho não é fácil, mas também é verdade que actualmente temos mais ferramentas para nos formarmos e podermos evoluir, logo acabamos por ter mais possibilidades.”
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programas de estágio no estrangeiro são um trunfo na aproximação a empresas fora de portas Tem apenas 27 anos mas uma experiência de trabalho que pode já considerar-se absolutamente fascinante. Manuel Dionísio Rolo é, desde 2007, licenciado em Engenharia Electrónica e Telecomunicações pela Universidade de Aveiro. A Feira de Emprego, promovida pela UA, valeu-lhe, seis meses antes de acabar o curso, um convite para colaborar na Qimonda Portugal, e, ao abrigo do Programa Leonardo da Vinci, esteve em Grenoble (França), na Circuits Multi-Projets. Um pré-contrato em Portugal fê-lo, contudo, regressar ao país para integrar um consórcio português de desenvolvimento de tecnologias para detecção do cancro da mama.
manuel dionísio
A popularização da electrónica de consumo e das novas formas de comunicação, a par da rápida expansão da internet que, na transição para o novo milénio, integrava o quotidiano dos jovens, conduziram o então estudante de Viana de Castelo a Aveiro. Manuel Dionísio Rolo cedo orientou os estudos secundários com vista a ingressar no curso de Engenharia Electrónica e Telecomunicações da Universidade de Aveiro. “Encantava-me a possibilidade de poder conhecer a mágica de uma televisão, de um computador ou de um rádio. Creio que a boa imagem projectada pela Universidade e o consensual reconhecimento da excelência do curso de Engenharia Electrónica e Telecomunicações, fizeram o resto”, diz. Já no último ano do curso, especializou-se na área de microelectrónica – uma área com investimento limitado em Portugal – pelo que rapidamente considerou a hipótese de iniciar carreira no estrangeiro. Depois de ter estagiado na Qimonda decidiu investir numa carreira na indústria dos semicondutores e estabelecer contacto com a empresa francesa Circuits Multi-Projets. “Os programas de estágio no estrangeiro, como o Leonardo da Vinci, são um trunfo na aproximação a uma empresa fora de portas. Por isso, eu mesmo contactei a empresa e propus uma contratação parcialmente suportada pelo Leonardo da Vinci”, conta, lembrando que todo o processo foi “transparente, simples e rápido”. Dos nove meses que trabalhou em Grenoble, seis foram parcialmente suportados por uma bolsa Leonardo da Vinci. Em França, Manuel Dionísio Rolo foi responsável pela interface com laboratórios externos, participou no desenho de chips para teste de novas tecnologias de silício e no teste laboratorial de protótipos. Este antigo aluno da Universidade de Aveiro descreve Grenoble como uma cidade “vibrante, aglomerando muitas das empresas líderes mundiais na área dos semiconductores, num meio rico de universidades e institutos de investigação de ponta no domínio das micro e nano tecnologias. “É, com certeza, um dos pólos tecnológicos mais competitivos a nível mundial, e
as oportunidades de crescimento são extraordinárias”, assegura. Durante a sua estada num dos meios industriais e académicos mais ricos da Europa, Manuel Dionísio Rolo garante nunca se ter sentido mal preparado para as discussões técnicas que manteve e lembra a mais-valia do “rigor no ensino de engenharia que caracteriza a Universidade de Aveiro, a competitividade do currículo de Engenharia Electrónica e Telecomunicações e o forte espírito crítico incutido nos futuros engenheiros formados pela UA”. Apesar de ter ficado em Grenoble mais três meses do que os seis que compreendiam o período máximo de estágio realizado no âmbito do Programa Leonardo da Vinci, o regresso a Portugal estava perfeitamente assumido. “Tinha já um pré-contrato em Portugal e a proposta de Lisboa era mais aliciante do ponto de vista de evolução da carreira”. Manuel Dionísio Rolo regressou para integrar um consórcio português, formado em 2002, para o desenvolvimento de tecnologias PET (tomografia por emissão de positrões) para detecção do cancro de mama. “O consórcio, criado no âmbito da Crystal Clear Collaboration, conta com a participação do CERN e de várias instituições portuguesas. Trabalho em conjunto com o Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas e o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores Investigação e Desenvolvimento em Lisboa (INESC-ID), no desenvolvimento da electrónica integrada para os detectores de radiação”, esclarece. Realizado pelo gratificante contributo diário que dá em prol da aplicação da investigação fundamental à saúde, Manuel Dionísio Rolo refere que o consórcio ClearPEM tem já um protótipo em fase de testes clínicos e que os resultados são mais do que animadores. “Para dar uma ideia, trata-se de uma resolução espacial dez vezes superior ao que pode ser encontrado num exame clínico PET de corpo inteiro, o que permitirá detectar nódulos e lesões numa fase muito precoce. Maior sensibilidade,
menor custo, menor tempo de exame, menores doses de radioisótopo injectado, são apenas algumas melhorias que provam tratar-se de uma tecnologia inovadora e capaz de competir a nível mundial”, avança. Entusiasmado com o trabalho que tem em mãos, projectos não lhe faltam e nenhum passa por se conformar com eventuais dificuldades decorrentes de um mercado à partida mais frágil como o português. “Como graduados, não nos cabe outra tarefa senão empenharmo-nos e contribuirmos para que se possa ultrapassar esta letargia. Serei o primeiro a encorajar os recém-licenciados a sair do país para trabalhar, mas entendo que as pessoas devem usar essa experiência de forma a promover o empreendedorismo e a enriquecer o tecido empresarial português”. Mais. Manuel Dionísio Rolo defende que a pluridisciplinaridade do curso de Engenharia Electrónica e Telecomunicações da Universidade de Aveiro é uma qualidade essencial para formar bons engenheiros, aqueles que são capazes de aparecer com soluções inovadoras muito aliciantes nos mercados nacional e europeu. “Todo o espectro de empresas de desenvolvimento ou consultoria na área dos sistemas de informação ou telecomunicações podem beneficiar das competências de um engenheiro de electrónica e telecomunicações. A indústria ou os institutos de investigação, a desenvolver ou a gerir projectos na área de electrónica, têm todo o interesse em recrutar na nossa Universidade”, garante, adiantando ainda: “o mercado nacional está sedento de inovação, mas é preciso capital humano que suporte este crescimento. A criatividade e competências dos recém-licenciados da UA funcionam como alicerce fundamental para o sustentar”. Neste sentido, conclui, convicto: “estes engenheiros vão sempre poder encontrar quem esteja disposto a apostar em soluções inovadoras e originais. Se não encontrarem este suporte em Portugal, encontrá-lo-ão na Europa, ou mais além. Depois, se for de interesse, tragam essa mais valia para cá!”
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Mérito científico do Prof. Cavaleiro reconhecido dentro e fora de portas
Docente da UA é “Investigadora de Mérito”
O Professor Catedrático do Departamento de Química da Universidade de Aveiro, José A. Silva Cavaleiro, foi eleito “Académico correspondente da 3ª secção – Química”, no final de 2009, pela Academia de Ciências de Lisboa, graças à obra científica de reconhecido mérito produzida.
Anabela Sousa Pereira, Professora do Departamento de Educação da Universidade de Aveiro, foi galardoada com o título de “Investigadora de Mérito” da Sociedade Portuguesa de Psicologia da Saúde (SPPS), no passado mês de Fevereiro. Esta distinção traduz o reconhecimento público, por parte da Sociedade Portuguesa de Psicologia da Saúde, a investigadores com trabalhos relevantes na afirmação desta área científica em Portugal.
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O professor foi, também, eleito para a Academia Brasileira de Ciências, associando-se, assim, aos mais eminentes cientistas das várias áreas do saber que integram esta Academia. A cerimónia de investidura como novo membro desta academia brasileira realizou-se em Maio, no Rio de Janeiro. O Prof. José Cavaleiro viu ainda a sua biografia publicada no “Livro do Ano da Academia Brasileira de Ciências”, distribuído durante a sessão. Em Maio, a brilhante carreira científica do Prof. Cavaleiro foi também distinguida pela Real Sociedad Española de Química.
Iniciativa da HP atribui prémio “Melhor Projecto” a dois projectos da UA
Projectos da UA vencem Concurso de Ideias da UATEC – Empreende+
Os dois projectos do Departamento de Electrónica, Telecomunicações e Informática da Universidade de Aveiro que, em Junho de 2009, a HP premiou pela utilização de tecnologias e metodologias inovadoras de ensino e aprendizagem, foram distinguidos em Fevereiro passado, na Califórnia com os prémios de Melhor Projecto no “2010 HP Innovations in Education Conference”. Trata-se do projecto “StimuLearning: Stimulating Learning in Engineering Students by Collaborative Entrepreneurship Training”, liderado pelo Prof. Manuel Oliveira Duarte, e do “Use of HP Mobile Technology to Enhance Teaching Reconfigurable Systems for Electrical and Computer Engineering Curricula”, liderado pelo Prof. Valeri Skliarov.
No passado mês de Fevereiro, realizou-se a Sessão Final do Concurso de Ideias da UATEC – Empreende +. O prémio “Empreendedorismo de Base Tecnológica” foi atribuído ao Projecto TELAVE, liderado pelo Prof. João Nuno Matos, do Departamento de Electrónica, Telecomunicações e Informática. Esta empresa irá dedicar-se ao desenvolvimento de soluções DSRC – Dedicated Short Range Communications. O prémio “Empreendedorismo Inovador Jovem” foi atribuído ao Projecto NanoSmarTek, liderado pelo Doutor João Tedim, do Departamento de Engenharia Cerâmica e do Vidro, uma empresa que se dedicará ao desenvolvimento de soluções nanotecnológicas aplicadas à protecção contra a corrosão.
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Premiados foram igualmente os materiais foto e vídeo preparados pela UA, no âmbito do projecto “Use of HP Mobile Technology to Enhance Teaching Reconfigurable Systems for Electrical and Computer Engineering Curricula”.
Poster de aluna da UA premiado em França
Documentário produzido com o apoio da UA premiado
O trabalho apresentado pela aluna de doutoramento da UA, Adília Pires, foi considerado o melhor de um conjunto de 170, apresentados na IV Conferência Europeia de Investigação em Lagoas Costeiras, realizada em Montpellier, França, em Dezembro último. O poster “Diopatra micrura a new Onuphidae (Annelida) species from Portugal” tem como co-autores os Professores Ana Maria Rodrigues e Victor Quintino do Departamento de Biologia e do laboratório associado CESAM e a Doutora Hannelore Paxton, da Universidade de Macquarie, Sidney, (Austrália), e descreve e compara, morfológica e geneticamente, uma espécie de “Diopatra, D. micrura” (verme marinho), encontrada na Ria de Aveiro, com outras, do mesmo género, descritas para a costa portuguesa e Sul de França.
O documentário “Construir o Paraíso Aqui” ganhou o prémio Prize of Mayor, na edição de 2009 do Festival AgroFilme, realizada no passado mês de Outubro, na Eslováquia. O trabalho é uma produção da Associação para a Cooperação entre os Povos (ACEP) com os apoios do Instituto Português de Desenvolvimento (IPAD), Antena 1 e Universidade de Aveiro. “Construir o paraíso aqui” é uma criação jornalística de Paulo Nuno Vicente, da Antena 1, que contou com Luís Melo, do CEMED, como responsável pela imagem e montagem. A concepção gráfica esteve a cargo de Ana Grave e a música foi da responsabilidade de Eneida Marta e Juca Delgado.
prémios
Nuno Figueiredo distinguido Trabalho de investigador da em dois concursos de UA galardoado em Itália composição
João Pedro Oliveira conquista mais um prémio além-fronteiras
O finalista da Licenciatura em Música, área de Composição, Nuno Figueiredo foi recentemente distinguido no 10º Concurso de Música Electroacústica, sendo da sua autoria uma das duas obras escolhidas pelo júri, de entre as melhores de compositores portugueses. Também da autoria deste aluno da UA é a peça “Klanken Uit”, uma das três obras seleccionadas em Setembro pelo júri no 2º Concurso de Composição, organizado conjuntamente pela Casa da Música e Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo (ESMAE).
O compositor e docente da UA João Pedro Oliveira somou mais uma distinção internacional, em Novembro passado. A Civitella Ranieri Fellowship é um prémio instituído pela Fundação Civitella Ranieri (EUA/Itália) que premeia artistas plásticos, escritores e músicos de todo o mundo com um talento excepcional nas suas áreas. Os potenciais candidatos ao prémio são nomeados, após uma selecção rigorosa, por um painel de peritos. Depois de apresentar o seu trabalho, os artistas pré-seleccionados são avaliados por um júri internacional. O prémio inclui uma residência num castelo medieval em Umbria (Itália), permitindo aos artistas trabalhar nos seus projectos ininterruptamente durante um extenso período de tempo.
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Pedro Miguel Cruz, investigador do Instituto de Telecomunicações – pólo de Aveiro e estudante do Programa Doutoral em Engenharia Electrotécnica na Universidade de Aveiro, foi galardoado com o 3º lugar no Gallium Arsenide Application Symposium (GAAS) Association PhD Student Fellowship 2009, promovido em Novembro passado, com o trabalho “PWM Bandwidth and Wireless System Peak-to-Minimum Power Ratio”. Da co-autoria do Prof. Nuno Borges Carvalho, Professor do Departamento de Electrónica Telecomunicações e Informática da UA, este trabalho apresenta uma relação entre a figura de mérito Peak-to-Minimum Power Ratio, PMPR, e a frequência de amostragem do Pulse-Width-Modulation, PWM, tendo os autores demonstrado e validado o conceito através de variadíssimas simulações.
Poster de investigadora da UA galardoado no Uruguai Paula Marinho, investigadora da unidade de I&D GeoBioSciences GeoTechnologies and GeoEngineering (GEOBIOTEC-CES) do Departamento de Geociências da UA foi galardoada com o prémio de melhor trabalho apresentado em formato poster na “3rd Hemispheric Conference on Medical Geology. O estudo “Metal fractionation in topsoils from the Marrancos gold mineralisation, northern Portugal”, apresentado no Uruguai,utiliza uma técnica analítica, designada Extracção Química Sequencial Selectiva, que permite descrever o fraccionamento de metais tóxicos na fase sólida, neste caso nos solos de uma área com uma mineralização de ouro e sulfuretos. O trabalho está a ser desenvolvido em co-autoria com Carla Patinha, Eduardo Ferreira da Silva e Estela Martins, da UA, António Jorge de Sousa e Carlos Guimarães, do Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa, e Pedro Nogueira, da Universidade de Évora.
Jovem percussionista do DeCA conquista prémio em Itália
Robôs da UA comprovam excelência com novos títulos no ROBOTICA2010 e no RoboCup German Open 2010
É do Departamento de Comunicação e Arte o terceiro premiado do Festival Internacional de Percussão, recentemente decorrido em Fermo, Itália. Ricardo Monteiro, aluno de Música na classe de percussão orientada pelo Prof. Mário Teixeira, trouxe para Portugal o terceiro prémio em vibrafone, escalão C (até 30 anos). Além de Ricardo Monteiro, a 7ª edição do Festival Internacional de Percussão contou com a participação de outro aluno da licenciatura em Música da UA, Marcelo Pinho, que conseguiu chegar às meias-finais da competição.
Primeiro lugar, pelo quarto consecutivo, na liga de futebol robótico dos robôs médios, para a equipa de futebol robótico CAMBADA. Primeiro lugar, pelo quinto ano consecutivo, na prova de condução autónoma, para a equipa do Projecto ATLAS. Segundo lugar para o robô ATLAS-2010. Foram estes os excelentes resultados mais uma vez alcançados pela Universidade de Aveiro no Festival Nacional de Robótica – ROBOTICA2010 – que decorreu, em Março, em Leiria/Batalha.
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A equipa de futebol robótico CAMBADA arrecadou, ainda, o 2º lugar na sua estreia na liga de futebol robótico dos robôs médios no RoboCup German Open 2010 que se realizou na Alemanha, em Abril. Nas ligas de simulação 2D e 3D, as equipas FCPortugal da Universidade de Aveiro, em colaboração com a Universidade do Porto, conseguiram o terceiro lugar em ambas as ligas.
Docente do DEGEI é distinguida com o “Best Paper Award” Leonor Teixeira, docente do Departamento de Economia, Gestão e Engenharia Industrial e investigadora da unidade “Governança, Competitividade e Políticas Públicas” (GOVCOPP), foi galardoada com o prémio “Best Paper Award” na 9ª Conferência da Associação Portuguesa de Sistemas de Informação (CAPSI´2009), realizada em Novembro passado. Com o título “Hemo@care – um Sistema Integrado de Gestão de Informação Clínica na área da Hemofilia”, o trabalho, desenvolvido em co-autoria com Vasco Saavedra (DEGEI), Carlos Ferreira (DEGEI-CIO) e Beatriz Sousa Santos (DETI-IEETA), descreve uma aplicação Web, utilizando tecnologias Open Source, que Leonor Teixeira desenvolveu na sua tese de doutoramento, realizada na UA.
investigação
areias e argilas especiais LINHAS
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recursos naturais do Porto Santo aplicados em dermocosméticos terapêuticos Um grupo de investigadores da UA deu a conhecer, recentemente, os primeiros produtos dermocosméticos com fins terapêuticos e medicinais que desenvolveu a partir de areia carbonatada biogénica e de argila esmectítica, recursos geológicos singulares da ilha do Porto Santo. As formulações desenvolvidas, em colaboração com a Faculdade de Farmácia do Porto e a Universidade Fernando Pessoa, ultrapassaram as expectativas criadas e suscitaram muito interesse na comunidade do Turismo de Saúde e Bem-Estar.
areias e argilas especiais
A ilha do Porto Santo possui um conjunto de recursos naturais diferenciadores, tais como clima, água do mar, água de nascente, areia carbonatada biogénica, argila esmectítica (bentonite) e, ainda, vegetais e frutos comestíveis, produzidos por agricultura biológica em solos desenvolvidos no tipo de areia especial referido, que permitem atribuir-lhe a designação de Estância Singular de Saúde Natural. Tradicionalmente, e de modo empírico, a areia carbonatada biogénica é utilizada, sob a forma de banhos de areia, em tratamentos de doenças de foro reumático, ortopédico e fisiátrico e a argila esmectítica aplicada em máscaras faciais. Estes recursos têm vindo a ser estudados dos pontos de vista técnico, científico e clínico nos últimos 12 anos por uma equipa multidisciplinar para o seu aproveitamento e aplicação local em Clínicas de Geomedicina, em Centros de Talassoterapia e em SPAs. Investigar e aproveitar com bases científicas alguns dos recursos referidos foi o ponto de partida de um estudo, coordenado pelos investigadores Celso de Sousa Figueiredo Gomes e João Baptista Pereira Silva, da Unidade de Investigação, sediada na UA, Geobiociências, Geotecnologias e Geoengenharias (GEOBIOTEC). “Em 1995, iniciaram-se estudos para identificar e caracterizar as propriedades relevantes da areia que pudessem ser justificativas dos benefícios terapêuticos, reconhecidos empiricamente por médicos e pacientes, dos banhos tradicionais na areia carbonatada biogénica. A informação recolhida a partir dessa investigação em torno desta areia e da argila esmectítica (bentonite) proporcionou, através de um projecto iniciado em 2006, inovar e desenvolver produtos genuínos e diferenciadores com
fins terapêuticos e medicinais”, explicam Celso Gomes e João Baptista. Os cremes hidratantes e os sabonetes e géis esfoliantes concebidos apresentam propriedades específicas relevantes ao nível mineralógico, térmico, químico, bioquímico e hidroquímico, tanto no estado natural como depois de desenhados e reformulados, conforme explicam os investigadores. “As areias carbonatadas biogénicas da Ilha do Porto Santo possuem baixa dureza, todavia bastante para poderem actuar como agente esfoliante. Estas areias apresentam, ainda, singulares propriedades térmicas (retentoras de calor) e químicas (ricas em elementos químicos bioessenciais, tais como cálcio, magnésio, estrôncio, fósforo e enxofre e iodo). No caso dos sais minerais e elementos traço referidos, eles são facilmente libertados, durante o banho de areia, por dissolução química, quando a areia entra em contacto com o suor humano de carácter ácido que é desenvolvido pelo facto da temperatura da areia ser um pouco superior à temperatura do corpo humano, podendo ser incorporados por efeito osmótico”. Para além da esfoliação, é conveniente a utilização de produtos cosméticos e de higiene corporal com propriedades hidratantes e emolientes que contribuam para a manutenção das propriedades mecânicas da pele, nomeadamente a flexibilidade, a plasticidade e a elasticidade. Com este fim, os investigadores desenvolveram, também, produtos complementares de limpeza e hidratação, nomeadamente um gel de banho e uma loção contendo Aloé Vera. A primeira demonstração pública das virtudes dos novos produtos constituiu um sucesso. As formulações entretanto
desenvolvidas, em colaboração com o Centro de Tecnologia Farmacêutica da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto e da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Fernando Pessoa, Porto, foram aplicadas em visitantes/voluntários da Bolsa de Turismo de Lisboa, no stand da Madeira, em Janeiro deste ano. “A psamoterapia ou arenoterapia se associada a outras naturoterapias, tais como, climaterapia, helioterapia, hidroterapia e peloideterapia ou peloterapia pode promover e potenciar o Porto Santo como Estância Singular de Saúde Natural. Uma das nossas preocupações é introduzir nos produtos desenvolvidos o conceito de denominação de origem. Por isso, neste momento estamos a fazer a caracterização detalhada do produto e a procurar parceiros para o seu desenvolvimento e comercialização”, salientam os investigadores.
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investigação
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estudo pioneiro na área conclui variações hormonais da gravidez influenciam qualidade da voz
gravidez influencia qualidade da voz
Se uma cantora lírica grávida sentir dificuldades na voz, saiba que essa alteração poderá estar relacionada com o facto de estar grávida. De acordo com um estudo de caso realizado por Filipa Lã, investigadora na UA, o aumento dos níveis de estrogénio e de progesterona durante a gravidez poderá alterar a vibração das pregas vocais e, em consequência, a qualidade da voz. Filipa Lã, responsável pelo projecto, e uma equipa de investigadores das universidades do Porto e de Uppsalla (Estocolmo) acompanharam uma cantora lírica profissional durante o último trimestre de gestação até 12 semanas após o parto, com o objectivo de realizar o primeiro estudo descritivo do comportamento vocal de uma cantora lírica durante a gravidez, em termos fisiológicos e acústicos e em contextos performativos. Como introduz Filipa Lã, “de todos os sistemas orgânicos que potencialmente poderão interferir com o desempenho
vocal optimizado, o sistema endócrino tem sido identificado como um dos mais influentes. Ao longo da história da música, vários são os exemplos de cantores que demonstram que a voz é um “alvo hormonal”. Os castrati, por exemplo, possuíam características vocais únicas relacionadas com a ausência de produção de testosterona (hormonal sexual masculina). As mulheres, devido à sua complexidade endócrina reprodutiva, estão mais propensas a alterações vocais associadas a variações hormonais”. Os resultados de gravações vocais semanais e testes hormonais efectuados revelaram que a mobilidade das pregas vocais tende a diminuir enquanto que a força de adução das pregas vocais tende a ser maior ao longo deste último trimestre de gravidez, quando as concentrações de esteróides sexuais femininos atingem valores mais elevados, conforme explica Filipa Lã. “Acreditamos que esta redução da mobilidade das pregas vocais se deve ao facto de que durante a gravidez e principalmente durante o terceiro trimestre, devido a elevadas concentrações de esteróides sexuais, poderá verificar-se uma retenção de fluidos na mucosa das pregas vocais, causando um edema vocal, fenómeno que também foi comprovado por outros estudos durante a fase luteínica do ciclo menstrual (quando concentrações destas hormonas se apresentam mais elevadas)”. Estas alterações fisiológicas têm um impacto na qualidade acústica da voz cantada, nomeadamente maior instabilidade tímbrica, um parâmetro vocal extremamente importante para um desempenho vocal artístico eficiente e fisiologicamente optimizado. “Verificou-se uma redução da mobilidade das pregas vocais, uma tendência para a hiperfonação, uma instabilidade do timbre vocal e uma maior pressão subglótica para iniciar a vibração, fenómenos que só vieram a ser ultrapassados nas últimas semanas do estudo, muito depois do parto”, salienta a investigadora.
Deste modo, e seguindo as recomendações deste estudo de caso, os profissionais vocacionados para a educação vocal e para a prevenção e tratamento de distúrbios da voz devem ter em conta estes resultados e monitorizar de perto as profissionais da voz grávidas. “Para as cantoras grávidas que sentem alterações vocais neste período, esforços vocais devem ser evitados a partir do sétimo mês de gravidez, uma vez que as pregas vocais poderão apresentar-se menos aptas a vibrar, potenciando o aparecimento de patologias, e devem ser realizados exames vocais frequentes. Deve ter-se em conta, ainda, que estas cantoras necessitam sempre de um período de recuperação”, alertou Filipa Lã. No entanto, de acordo com a investigadora, será necessário continuar a desenvolver estudos sistemáticos neste domínio para compreender melhor os mecanismos pelos quais variações hormonais sexuais se manifestam na voz, e se poder proporcionar um melhor acompanhamento a estas profissionais. “Durante a gravidez verificam-se alterações significativas nas concentrações de esteróides sexuais femininos (estrogénios e progesterona), mas até agora não tinham sido realizados estudos científicos que permitissem compreender o impacto destas alterações no desempenho vocal lírico. Embora estes sejam os resultados de um estudo de caso, e como tal não possam ser extrapolados a toda a população de profissionais da voz grávidas, torna-se agora evidente que algumas cantoras líricas podem apresentar uma sintomatologia vocal específica associada à gravidez e impeditiva de um desempenho vocal optimizado”.
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poupam até 70% de energia
candeeiros inteligentes em desenvolvimento na ua
Os candeeiros do futuro estão a chegar. Inteligentes, sensíveis ao movimento e com capacidade para determinar automaticamente a intensidade luminosa mais adequada para cada momento. A nova era da tecnologia de iluminação pública fornecerá um serviço de iluminação mais eficiente e permitirá reduzir em 70% o consumo de energia. A inovadora solução de eficiência energética está a ser testada em quatro países, entre os quais Portugal, e é da responsabilidade de um consórcio que envolve oito parceiros europeus, entre os quais a UA.
candeeiros inteligentes em desenvolvimento na ua
Anacrónimo de “Led-based intelligent street lighting for energy saving”, LITES é uma solução que pretende fornecer um serviço inteligente de iluminação pública, utilizando lâmpadas construídas com tecnologia LED (díodo emissor de luz), compatíveis com as normas da União Europeia, para reduzir o consumo de energia em toda a Europa. Equipados com um conjunto de sensores de luminosidade, de temperatura, de corrente eléctrica e de movimento, os inovadores candeeiros asseguram uma diminuição significativa do consumo de energia ao mesmo tempo que fornecem uma experiência de iluminação agradável aos utilizadores, como explicam os investigadores da UA Rui Aguiar, Luís Alves e Nuno Lourenço. “Os sensores inteligentes permitem uma regulação óptima dos níveis de iluminação em função da intensidade luminosa ambiente. Porque respeitam as normas europeias, os dispositivos em teste podem ser instalados em estradas secundárias, vias de acesso, acessos comerciais, loteamentos, vias pedestres, caminhos para ciclistas e áreas residenciais”. Para além da componente inteligente do sistema assegurada pelo conjunto dos sensores e da unidade de processamento, a utilização da tecnologia LED permite uma eficiente e significativa poupança energética, atestam os investigadores. “A tecnologia Solid State Lighting (SSL) torna-se agora competitiva quando comparada com as outras fontes. Apesar de nem sempre atingir os níveis de potência luminosa apresentados por outras fontes, a qualidade de iluminação é superior, sendo mais durável e robusta. A iluminação baseada em LEDs encontra-se principalmente restringida a zonas residenciais onde os níveis de potência luminosa exigidos são inferiores. No entanto, esta tecnologia irá assegurar uma rápida e significativa poupança energética, quando se sabe que a iluminação pública residencial representa 40% do total da iluminação pública, o que não é negligenciável”.
Desta forma, no futuro, o gasto da energia será variável e optimizado, dependendo da luminosidade dos dias e das noites. O benefício será notado, ainda, ao nível da manutenção do equipamento, uma vez que este é resistente a temperaturas extremas, compatível com diferentes tensões de alimentação e adaptável em altura. O sistema permite, ainda, comunicação em rede com todos os elementos da área a iluminar e uma gestão remota dos mesmos. A luminária é composta por uma matriz de LEDs, um módulo de alimentação, sensores, um interface de Power Line Communication (PLC) e um dispositivo de controlo de fornecimento energético. Os dados relativos à intensidade luminosa, detecção de movimento, temperatura e corrente eléctrica são enviados pelos sensores para o dispositivo de controlo inteligente, sendo depois processados pelo software de controlo incorporado. Um sinal de controlo é enviado à fonte de alimentação de forma a regular o fornecimento de potência, gerando assim a gradação da luz emitida pelos LEDs. Um sistema de Power Line Communication fornece a conexão da luminária ao quadro eléctrico e depois à rede Internet permitindo a gestão remota do piloto. “O nosso objectivo passa por fornecer uma tecnologia sofisticada, incluindo a detecção de presença e a modificação da intensidade luminosa. Assim, o gestor do local pode modificar as regras de intensidade luminosa emitida para optimizar os custos, dependendo da detecção de movimento ou de outras políticas de iluminação pública. Esta inovação permite ganhos na ordem dos 70%”, acrescentam. Para testar estas potencialidades, foram seleccionados quatro locais para receber 50 pontos de iluminação cada um, durante um ano. Para além dos municípios de Bordeaux (França) e Piaseczno (Polónia) e da Riga Technical University (Letónia), a Universidade de Aveiro recebe, até ao início deste Inverno, 50 protótipos para instalar na Ponte Pedonal do Esteiro de S. Pedro. “Daqui a um ano, será possível passar na ponte e ser iluminado à medida
que se vai passando, de acordo com o seu movimento”. A tecnologia está a ser concebida através de um consórcio que envolve a UA, a SARL VEADES (França), a Metercom (França), os municípios de Bordeaux (França) e Piaseczno (Polónia), a Riga Technical University (Letónia), a Université Paul Sabatier (França) e o Politécnico di Torino (Itália). O projecto teve início em Janeiro deste ano e terminará em Junho de 2012. Envolve um investimento de 2,6 milhões de euros, comparticipado em 50 por cento pela Comissão Europeia, contando a UA com cerca de 300 mil euros.
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Universidade de Aveiro entre TEMA/UA e Centre de as melhores do Mundo Recherche Public Henri Tudor criam Plataforma de Bio-Nanotecnologia
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É a 37ª melhor universidade europeia e a 137ª melhor do mundo no que diz respeito a produção científica. Esta é a excelente classificação atribuída à Universidade de Aveiro pelo “Higher Education Evaluation and Accreditation Council of Taiwan” relativamente ao ano de 2009 e na área de Engenharia e Tecnologia (Engineering, Computer Science, Materials). O estudo que ditou a excelente classificação da Universidade de Aveiro envolveu as 725 universidades do mundo mais activas em termos de produção científica e baseou-se em oito indicadores que, no seu conjunto, abrangeram critérios como a produção de artigos científicos, o impacto da investigação realizada e a excelência da própria investigação. Nesta mesma área, duas outras universidades portuguesas conseguiram igualmente bons resultados: a Universidade Técnica de Lisboa ficou em 189º lugar e a Universidade do Porto em 257º. Os resultados completos e a metodologia utilizada neste ranking está disponível em http: //ranking.heeact.edu.tw/en-us/2009/ Page/Methodology
A Universidade de Aveiro, através do Centro de Tecnologia Mecânica e Automação (TEMA), e o Centre de Recherche Public Henri Tudor, através da Divisão Advanced Materials & Structures, deram, em Março passado, novo impulso ao acordo científico assinado em 2007, através da criação de uma Plataforma de BioNanotecnologia. O acordo definiu as áreas estratégicas de investigação bi-lateral e as acções conjuntas a levar a cabo no âmbito dos programas europeus. De acordo com o coordenador do TEMA, Prof. José Grácio, “a construção de um biosensor para detecção de proteínas relacionadas com algumas doenças do foro neurológico, que possa ser integrado nos sistemas actuais de espectroscopia de massa, será apenas um dos primeiros resultados práticos desta parceria”. O também docente do Departamento de Engenharia Mecânica da UA avançou, ainda, que a realização conjunta de programas doutorais e a participação conjunta nos programas FP7 (sétimo programa-quadro da Comunidade Europeia, até 2013, para actividades em matéria de investigação, desenvolvimento tecnológico e demonstração) são outras áreas em que o TEMA e o Centre de Recherche Public Henri Tudor se vão envolver.
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Investigadores da UA descobrem piezoelectricidade em nanotubos biocompatíveis
Investigadores da Universidade de Aveiro descobrem uma espécie nova para a ciência
ATLASCAR – um sistema para segurança e assistência na condução faz sucesso no ROBOTICA 2010
Dois investigadores da Universidade de Aveiro, Andrei Kholkine (DECV & CICECO) e Igor Bdikin (DEM & TEMA), com a colaboração da Universidade de Tel-Aviv (Israel), descobriram uma nova propriedade funcional em um dos objectos intrigantes de investigação em todo o mundo: piezoelectricidade em nanotubos de peptídeo auto-organizados. Estes pequenos tubos, com um tamanho entre 50 e 500 nm, foram descobertos pela primeira vez a partir de um reconhecimento da proteína amilóide beta, a proteína da doença de Alzheimer. Os investigadores da UA examinaram a actividade piezoeléctrica dos nanotubos a partir de um novo método desenvolvido no laboratório de microscopia da sonda de varrimento no Laboratório Associado CICECO. Inesperadamente foram encontradas altas propriedades piezoeléctricas – a capacidade que alguns materiais apresentam de gerar corrente eléctrica a partir de uma pressão mecânica – nestes nanotubos que são comparáveis com os melhores actuadores piezoeléctricos, no entanto, sem conter qualquer metal pesado e, mais importante, plenamente compatível com o corpo humano. O seu excelente actuador e as habilidades do sensor descoberto permitem significativos avanços em transdutores de nanoescala para imagens acústicas, nanomedicina (por exemplo, em terapias de foro ósseo), biosensores, libertação de fármacos no corpo humano, entre muitas outras aplicações. Conheça os resultados desta descoberta num artigo publicado na revista de nanotecnologia ACS Nano em http:// pubs.acs.org/doi/abs/10.1021/nn901327v.
Os investigadores da Universidade de Aveiro Ana Rodrigues, Vítor Quintino e Adília Pires descobriram uma nova espécie animal no Canal de Mira da Ria de Aveiro. “Diopatra micrura”, como se chama, é um verme marinho semelhante ao “casulo Diopatra neapolitana”, bem conhecido na Ria e noutros estuários e lagoas, pela sua qualidade como isco para a pesca. Através da análise do material biológico dos vários projectos em que estes investigadores estão envolvidos, foi possível referenciar Diopatra micrura também na região costeira ao largo de Aveiro, da Nazaré e da Baía de Cascais, na costa Oeste e ao largo de Vila Real de Santo António, na costa Sul. A nova espécie foi descoberta na zona entre marés, junto à Barra, no Canal de Mira da Ria de Aveiro, onde já anteriormente os mesmos investigadores tinham encontrado uma outra espécie, Diopatra marocensis, até então apenas conhecida para a costa de Marrocos. Com este contributo, os investigadores do Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro e do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) – laboratório associado – Ana Maria Rodrigues, Victor Quintino e Adília Pires (aluna de doutoramento), elevam de uma para três as espécies de Diopatra conhecidas para Portugal e para a Europa. Até à data, apenas o casulo Diopatra neapolitana estava referenciado.
Durante o Robótica 2010, que se realizou em Abril deste ano, a equipa do projecto ATLAS do Departamento de Engenharia Mecânica da UA apresentou, em regime de demonstração, um veículo real apetrechado com múltiplos sensores e sistemas de percepção avançada para permitir a segurança e assistência à condução, o ATLASCAR-1. O sistema, único no nosso país pela sua versatilidade e diversidade de sensores e arquitectura interna de interligação de equipamentos, chamou a atenção de centenas de visitantes que interagiram com os sistemas deste veículo. Membros da equipa ATLAS estiveram sempre presentes para explicar ao público o funcionamento e utilidade do projecto, assim como demonstrar os diversos tipos de percepção possíveis de levar a cabo pelos sensores instalados. Este sistema agora desenvolvido servirá de suporte a uma linha de investigação na área de Automação e Robótica do Centro de Tecnologia Mecânica e Automação (TEMA) sedeada no Departamento de Engenharia Mecânica da UA, mas será transversal a diversas áreas de engenharia e mais em geral aos sistemas inteligentes de transporte.
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manuel antónio assunção reitor da universidade de aveiro
manuel antónio assunção
“gostaria que a ua continuasse entre as melhores universidades” Aposta na internacionalização, cooperação com a região e mais captação de financiamento e de receitas próprias são os desígnios da nova equipa reitoral, liderada pelo Prof. Manuel António Assunção. O sucessor de Maria Helena Nazaré quer fazer da Universidade de Aveiro uma referência europeia em, pelo menos, duas áreas do conhecimento e do novo mestrado em medicina, um curso de sucesso. Revista Linhas – Descreve o seu plano de acção para os próximos quatro anos, como assentando “numa lógica incremental”, visando “a melhoria contínua de dinâmicas já instaladas”. Em que linhas se processará esta continuidade e quais serão as novas apostas? Reitor – A Universidade de Aveiro há muito tempo que assume como sua missão, o ensino, a investigação e a cooperação com a sociedade. Tem desenvolvido a sua acção com crescente integração destes três aspectos e com assinalável êxito. Portanto, a continuidade significa, em primeiro lugar, a manutenção das apostas que têm vindo a ser feitas. Tudo isto deve assentar sempre na melhoria da qualidade da investigação
que fazemos, que é já muito boa como comprovado pela elevada percentagem de unidades de investigação avaliadas com Muito Bom e Excelente, ou pela classificação obtida no ranking de Taiwan, que coloca a UA como a 37ª melhor universidade europeia em Engenharias, Computação e Ciência dos Materiais. Melhorar esta dinâmica significa aumentar ainda mais os índices de publicação, os índices de citação – conseguindo publicar cada vez mais em revistas de elevado impacto – e valorizar economicamente o conhecimento que produzimos. Em síntese, trata-se de continuar a afirmar a UA como uma instituição que contribui, de modo significativo, para o alargamento das fronteiras do conhecimento e para a utilização deste em benefício de todos.
A melhoria contínua das dinâmicas já instaladas significa também tirar o máximo partido do novo modelo de governo e gestão da Universidade, e é nesse esforço que me tenho vindo a concentrar. Nesta fase inicial saliento, em particular, o esforço de adaptar os órgãos, os procedimentos e outros instrumentos de gestão da Universidade de Aveiro à nova realidade do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES). Isto significa dotar os Departamentos e Escolas de regulamento próprio, de designar os seus directores, de acordo com as novas regras e, posteriormente, contratualizar com cada unidade qual o seu contributo específico para as metas a que a Universidade se propôs. Melhorar as dinâmicas já instaladas é, ainda, sinónimo de dotar a UA de
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sistemas de monitorização da qualidade que nos permitam corrigir situações menos correctas e identificar boas práticas que nos levem a qualificar melhor a nossa acção em todos os domínios.
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RL – Como espera consolidar os três grandes eixos de acção da UA? R – No ensino, e embora a aposta de primeiro ciclo esteja essencialmente consolidada, com uma taxa de ocupação de vagas próxima dos cem por cento, melhorar significa conseguir atrair estudantes melhores, ou seja, conseguir ter mais alunos que escolham a UA como primeira opção. Interessa, também, aumentar o número de pós-graduações oferecidas em colaboração com outras instituições de ensino superior de reconhecida qualidade, nacionais e estrangeiras, preferencialmente inseridas em programas internacionais como o Erasmus Mundus. Numa vertente em que investigação e ensino se interligam de uma maneira mais profunda, iremos proceder à criação de Escola Doutoral, o que não deixará de aumentar a atractividade, designadamente de estrangeiros, de captar melhores estudantes e de fomentar uma maior cooperação com empresas, em particular através do desenvolvimento de Doutoramentos Universidade-Empresa e de, ao mesmo tempo, qualificar de modo superior a própria investigação. Um aspecto especialmente relevante é o aumento do número de diplomados que o Contrato de Confiança, estabelecido em Janeiro entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) e as Universidades, certamente determinará. Estamos a falar de mais diplomados e também de diferentes diplomados, em termos da sua origem e do seu perfil. Pessoas que apresentam diferentes trajectos de vida e de formação, e cujo aumento do nível de competências é imprescindível para uma maior competitividade da nossa economia. São pessoas que acedem ou retornam ao Ensino Superior numa perspectiva de aprendizagem ao longo da vida ou de requalificação, através de um leque alargado de cursos, de tipologia variada, tirando partido da
rede de ensino e investigação que a UA desenvolveu com a região. Este aumento da qualificação será conseguido, essencialmente, através de formatos dirigidos a novos públicos, nomeadamente: maiores de 23 anos, detentores de diplomas de CET, licenciados e mestres pré-bolonha, activos procurando requalificação, ou pessoas que pretendam oferta póslaboral (nomeadamente em regime nocturno) ou em regime de tempo parcial. A cooperação com a sociedade é uma vertente onde a universidade é reconhecida como sendo muito proeminente e muito activa, mas pretendemos colaborar mais com a região, com as empresas e com outros parceiros, ter mais e melhores actividades culturais e de divulgação da ciência.
“Aumentar receitas próprias significa aumentar a interacção com a sociedade em geral” RL – O presidente do Conselho Geral da UA, Alexandre Soares dos Santos recomendou, na cerimónia de tomada de posse desta equipa reitoral, um reforço na obtenção de mais receitas próprias, de forma a estar menos dependente das verbas do Estado. Como espera dar resposta a este desafio? R – A obtenção de mais receitas próprias é uma necessidade da Universidade, no sentido de aumentar a sua autonomia financeira, e é também uma consequência da sua transformação em fundação pública com regime de direito privado. Esta passagem implica estarmos fora da periferia do Estado, ou seja, arrecadarmos mais de 50 por cento de receitas próprias. Aumentar receitas próprias significa, desde logo, aumentar a interacção com a sociedade em geral, efectuar mais prestação de serviços, desenvolver mais iniciativas com as autarquias e com a região, ter mais projectos de investigação, em particular de dimensão internacional, que simultaneamente contribuam para tornar melhor, de forma significativa, a nossa actividade. Para conseguirmos ter uma taxa
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superior de sucesso nas candidaturas aos projectos, quer nacionais, quer europeus, estamos a dotar os serviços de apoio de capacidades que nos tornem mais profissionais e, portanto, mais competitivos neste campo específico. RL – As contrapartidas exigidas à UA, no âmbito do Contrato-programa assinado com o Governo, aquando da passagem ao regime fundacional, são ambiciosas. Como é que a UA se prepara para lhes dar resposta? R – A resposta às contrapartidas que a UA e o MCTES estabeleceram em conjunto e na sequência de um plano de desenvolvimento são, de facto, ambiciosas e alcançá-las significará conseguirmos um significativo aumento no número de publicações, de citações, de estudantes estrangeiros, de alunos de pós-graduação e de receitas próprias. O próprio Contrato-programa estabelece dotações que permitem reforçar a UA em termos de recursos humanos dedicados à investigação. Para além disso, a UA candidatou-se a financiamento para novas infraestruturas científicas e tecnológicas, tacitamente já aprovado, e que dotarão a UA com mais espaços e principalmente equipamentos de investigação que façam a diferença e, assim, possibilitar um salto qualitativo e quantitativo neste domínio. A relação com a região e as empresas contribuirá, certamente, para a obtenção de maior volume de receitas próprias. Mas é claro que dispormos de mais investigadores, e melhor qualificados e com atitude e preocupação por transferirem para a sociedade lógicas inovadoras, também é muito relevante para este trabalho de parcerias com a sociedade. O aumento dos estudantes de pósgraduação deve decorrer, em particular, de uma oferta mais consolidada de 2º e 3º ciclos e terá muito a ganhar com a Escola Doutoral, estatutariamente prevista. A questão do maior número de estrangeiros prende-se muito com a nossa entrada em mais redes e programas internacionais mas é sistémica e depende do aumento geral da nossa atractividade enquanto instituição. É forçoso, no entanto,
ter presente o momento que o País atravessa, o que determina alguma preocupação relativa no plano de desenvolvimento e no assumir de compromissos que ela implica. Não se trata de ter mais cautelas que as devidas, o que poderia pôr em causa vantagens estratégicas que importa assegurar, mas temos que ser capazes de estabelecer cenários alternativos que, não perdendo de vista as metas traçadas, nos permitam ir adaptando aos constrangimentos determinados pela envolvente externa. RL – A UA tem aumentado o seu leque de opções formativas destinadas aos novos públicos, nomeadamente no que respeita aos Cursos de Especialização Tecnológica e às oportunidades para Maiores de 23. Que desafios trazem estes novos públicos? R – Estes novos públicos têm especificidades próprias no modo como nos relacionamos com eles, o que quer dizer que precisamos de estar especialmente atentos aos mecanismos de acolhimento e acompanhamento. Nesse sentido, a partir de competências que tínhamos instaladas no antigo CIFOP, estamos a criar uma unidade de projecto, designada por Unidade Integrada de Formação Continuada (UINFOC), com a finalidade de promover a formação contínua, permanente e ao longo da vida, e que deve fomentar, nesse âmbito, a interligação e cooperação entre as unidades orgânicas da Universidade, e destas com as autarquias, empresas e sociedade em geral. RL – A UA tem um papel fundamental na cooperação internacional para o desenvolvimento, em particular com os países da CPLP. Está inclusivamente a desenvolver os programas curriculares do Ensino Secundário Geral de Timor-Leste e os recursos didácticos essenciais à reestruturação do ensino naquele país, e tem intervenção em Moçambique e Cabo-Verde. A acção de UA vai estender-se a outros países? Em que âmbitos? R – A nossa principal preocupação é consolidar o trabalho que temos vindo a desenvolver com os países citados.
Estamos a desenvolver os programas do ensino secundário em Timor-leste mas houve outros desafios lançados por aquele país, nomeadamente, em matéria de Cursos de Especialização Tecnológica (CET), que estamos a ponderar. A intervenção da UA em Moçambique e Cabo-Verde é a mais extensa e consolidada, e abrange várias valências, que vão desde o ensino à distância, à simulação empresarial e ao apoio à instalação de novas Universidades. Em Cabo-Verde, para além do apoio que vimos dando ao desenvolvimento de plataformas de suporte à área jurídica, devemos salientar a leccionação de Mestrados a mobilidade docente e a formação de quadros e, mais recentemente, o desafio para cooperar na criação de CET e na divulgação da ciência. Mais do que alargarmos a nossa intervenção a outros países – possibilidade que está a ser trabalhada, nomeadamente em relação a Angola, país com enormes potencialidades de cooperação – queremos ser capazes de desenhar programas que sejam ganhadores junto de instâncias de financiamento para a cooperação para o desenvolvimento. Para dar cumprimento a este objectivo, também reforçámos internamente a capacidade de suporte a essa área.
“As melhores universidades são aquelas onde a presença estrangeira é muito notória” RL – A Universidade de Aveiro é já uma instituição com amplo reconhecimento internacional. Que medidas preconiza para tornar a UA uma instituição apetecível pelos talentos internacionais? R – A internacionalização é uma grande aposta. As melhores universidades são aquelas onde a presença estrangeira é muito notória e a UA precisa de reforçar essa área. O reconhecimento internacional tem que ser sucessivamente crescente. O reforço da presença internacional e a atractividade são duas faces da mesma moeda: quanto mais reconhecimento internacional tivermos, mais atractivos somos e quanto mais atractivos formos, mais reconhecimento internacional vamos conseguir ter.
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“É fundamental criar nos estudantes e nos docentes uma responsabilização crescente”
“O curso de Medicina terá sucesso e será da maior qualidade. A UA compromete-se a isso”
RL – A UA foi pioneira na implementação de Bolonha. No seu plano de acção refere--se à necessidade de, no prazo de dois anos, auditar a implementação do processo de Bolonha. Será esta uma medida crucial para melhorar a oferta educativa da UA? R – A UA foi a primeira universidade a completar a nova arquitectura de graus (1º, 2º e 3º ciclos). Mas Bolonha é muito mas do que isso. É centrar o processo de ensino-aprendizagem no estudante, é organizar os curricula de acordo com uma lógica de competências a serem apropriadas pelo diplomado, é aumentar a mobilidade, é melhorar a empregabilidade num mercado mais alargado e, portanto, temos ainda um grande caminho pela frente até tudo isto se concretizar plenamente. É fundamental criar nos alunos uma responsabilização crescente em relação ao seu próprio percurso, uma autonomia maior na sua capacidade de estudar e aprender. Para isso temos também que os ajudar em termos de competências de auto-estudo, de trabalho em grupo de gestão e planeamento do tempo e outras que lhes permitam assumir essa maior responsabilidade. Claro que isso tem de ser acompanhado ao nível dos professores, por igual mudança comportamental, questionando-se sobre o modo como se relacionam com os estudantes – na sala de aula e fora dela – no sentido de fazerem acontecer esta nova realidade. Só assim conseguiremos fazer de Bolonha o que Bolonha deve ser!
RL – Medicina começa a ser leccionada em 2011. Defendeu recentemente, em entrevista, que a construção do novo hospital de Aveiro (hipótese actualmente em avaliação pelo Governo) deveria ser junto ao Campus Universitário. Em que medida esta infra-estrutura é determinante para o sucesso do curso de medicina? R – O novo curso de medicina é um curso que se alicerça em parcerias de vária índole, e, desde logo, um consórcio com a Universidade do Porto, através do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), mas também através das parcerias que estão pressupostas com hospitais e outras entidades do sistema de saúde da região. O curso de medicina terá, certamente, sucesso e será da maior qualidade, a Universidade compromete-se a isso, contando com o apoio dessas parcerias e das valências próprias que já detemos. É obvio que, a médio prazo, ter um hospital universitário na contiguidade do Campus, contribuiria para um reforço da densidade tecnológica e da densidade de conhecimentos na área da saúde, o que ajudaria a qualificar mutuamente as duas partes. Ou seja, a presença próxima da UA – com a sua Escola de Saúde, a sua Secção Autónoma de Ciências da Saúde, o seu curso de Medicina, as suas unidades de investigação que intervêm na área da saúde, e que são muitas – seria um beneficio para o hospital e viceversa. Um hospital universitário mais qualificado na vizinhança do Campus não deixaria também de propiciar condições de aprendizagem, treino, formação, mas também condições de investigação-acção que ajudariam a melhorar o curso de medicina. Um exemplo concreto de algo que vai acontecer na vizinhança do Campus, onde a UA está envolvida, é a Unidade de Imagiologia, que também ajudará a qualificar a acção da Universidade e a acção do próprio hospital.
“Campus exemplar de todos os pontos de vista” RL – A UA é uma instituição reconhecida pela I&D na área do ambiente. Recentemente foi também pioneira na implementação de um plano de eficiência energética no Campus Universitário que vai permitir reduzir, em 300 mil euros/ano, as despesas energéticas. Que outras medidas estão previstas para tornar a UA ainda mais “amiga do ambiente”? R – A participação neste programa foi o aproveitamento de uma oportunidade que nos surgiu, um financiamento específico muito bem assumido pela anterior Reitora, Prof. Maria Helena Nazaré, mas não constitui nem um princípio das nossas preocupações, em matéria de eficiência energética e ambiental, nem o fim. Seguir-se-ão outras acções. Estamos a organizar uma equipa de missão que possa definir claramente quais são as áreas que necessitam de maior intervenção, quais são as metas a que nos devemos propor e, mais importante que tudo, traçar uma estratégia coerente para a área da eficiência energética. Estas iniciativas prendem-se com a questão do Campus Exemplar, que tenho vindo a defender. Temos um Campus muito interessante do ponto de vista arquitectónico, já todos o sabemos. Mas temos também um grande potencial de “biodiversidade observável” de que devemos saber tirar partido. Temos que melhorar na questão da recolha e tratamento de resíduos, no que respeita ao estacionamento e à circulação no Campus e na sua vizinhança. Temos que cuidar de outros aspectos do apoio da inserção, da oferta à nossa comunidade e a quem nos visita. São as condições de fruição do Campus que devem induzir comportamentos melhores em todos, no sentido de tornar a UA “mais amiga do ambiente” e de fazer de Santiago um Campus Exemplar.
manuel antónio assunção
perfil Manuel António de Assunção nasceu em Sousel, em 1952. Licenciado em Física pela Universidade de Lisboa é docente, na qualidade de Professor Catedrático, do Departamento de Física da Universidade de Aveiro e integra, enquanto investigador, o Laboratório Associado I3N – Instituto de Nanoestruturas, Nanomodelação e Nanofabricação. O seu percurso profissional inclui uma presença de vários anos no Laboratório de Glass Ceramics da Universidade de Warwick onde obteve o seu doutoramento. Foi Presidente eleito do Conselho Pedagógico da UA (dois mandatos) e fez parte das equipas dos Reitores Júlio Pedrosa (dois mandatos), Isabel Alarcão e Helena Nazaré
“A UA deve potenciar a sua oferta cultural à cidade” RL – É conhecido o interesse do senhor Reitor pelas questões culturais. Que eixos de acção pretende encetar para reforçar as dinâmicas culturais nos campi da UA a intervenção cultural da UA na sociedade? R – A Universidade está envolvida em várias intervenções de natureza cultural, directamente ou através da Fundação João Jacinto de Magalhães, e que são conhecidas de todos. Refiro-me, por exemplo, à Orquestra Filarmonia das Beiras e à dinamização dos documentos de jazz, doados por José Duarte e por outros coleccionadores, e dos acervos Francisco Madeira Luís. Vamos receber, em breve, o espólio do Maestro Frederico de Freitas, cuja assinatura do protocolo de cedência já está agendada, e temos também um significativo número de projectos em parcerias com a região. A riqueza da nossa oferta é muito grande, principalmente através dos Departamentos naturalmente mais vocacionados, como os Departamentos de Línguas e Culturas e de Comunicação e Arte. A UA deve ser, por isso, capaz de potenciar a sua oferta cultural à cidade, através de um programa mais sustentado e mais divulgado de iniciativas culturais abertas à comunidade, e que esteja em rede e em articulação com a programação disponibilizada pelos agentes culturais da região.
RL – Qual é a imagem que tem da UA? E qual a imagem que gostaria que a UA tivesse/venha a ter? R – A imagem de uma Universidade pioneira em muitas áreas, empreendedora, jovem, dinâmica, e que está entre as melhores universidades portuguesas. É uma universidade que apostou em ser diferente das restantes com uma proposta formativa própria, com uma organização distinta, com uma vontade de assumir uma relação intensa com a sociedade; o que faz dela, de facto, a universidade, reconhecida em Portugal, como líder na capacidade de cooperação com o exterior.
(também dois mandatos), sua antecessora. A este capital de experiência de gestão universitária e conhecimento da UA juntou uma vasta experiência internacional. Foi presidente eleito da EUCEN – European University Continuing Education Network, uma organização com cerca de 200 instituições do ensino superior registada na Bélgica, durante seis anos. Coordenou e participou em inúmeros projectos e acções internacionais, designadamente, nas áreas do desenvolvimento institucional e da gestão estratégica das universidades, da avaliação e garantia da qualidade e da aprendizagem ao longo da vida. É o sétimo Reitor da Universidade que o acolheu,
Gostaria que a UA, para além de continuar entre as melhores universidades portuguesas, se mantivesse na liderança da investigação, na interacção com a sociedade e, cada vez mais, na valorização social e económica do conhecimento. Gostaria que se afirmasse como referência europeia em, pelo menos, duas áreas e se tornasse uma instituição e onde a componente internacional fosse cada vez mais um elemento natural em todas as actividades centrais da universidade, ou seja, onde a componente internacional se transformasse também numa matriz cultural da própria universidade.
em 1976, e o primeiro eleito pelo Conselho Geral. A tomada de posse decorreu a 22 de Fevereiro de 2010. Manuel António Assunção manteve, desde sempre, um estreito envolvimento com a área cultural. Promoveu o estabelecimento da Fábrica – Centro Ciência Viva de Aveiro e preside, pelo segundo mandato consecutivo, à Orquestra Filarmonia das Beiras. O gosto pelo desporto e pelo ciclismo, em particular, vem desde cedo. Recebe, este ano, a águia de prata (25 anos de sócio) do Sport Lisboa e Benfica. Natural do Alentejo, Manuel António Assunção é um confesso admirador de petiscos e plantas. Dispensa grande parte do seu tempo livre ao jardim da sua casa, no campo, e possui uma substancial colecção de cactos eufórbias e outras suculentas, composta por cerca de mil espécies.
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No dia em que a Universidade comemorou o seu 36º aniversário, o Primeiro-Ministro José Sócrates esteve na Universidade de Aveiro e confirmou que o novo curso de medicina da UA, servirá os interesses do país e responderá com qualidade e inovação ao problema da falta de médicos em Portugal. A cerimónia de lançamento do programa de formação em medicina contou também com a presença dos Ministros Mariano Gago e Ana Jorge. A funcionar na UA, a partir do ano lectivo 2011-2012, no âmbito de um consórcio para o ensino e investigação em Ciências da Saúde, celebrado entre esta Universidade e a Universidade do Porto, através do Instituto de Ciências Biomédicas de Abel Salazar, o curso de medicina admitirá inicialmente 40 alunos, aumentado gradualmente o número de vagas até atingir as 120/ano. Com a duração de quatro anos, este curso destina-se a candidatos que já tenham uma licenciatura em áreas adequadas e que demonstrem um elevado nível de aptidões científicas (competências em biomedicina, nomeadamente, bioquímica, anatomia, fisiologia, patologia e farmacologia são requisitos essenciais). Os candidatos serão sujeitos a uma prova de conhecimentos e a um teste de aptidões clínicas para verificar se, independentemente do seu percurso académico, possuem as competências e os conhecimentos necessários em Biomedicina para frequentarem com sucesso este curso.
medicina Para além das diversas intervenções habitualmente contempladas em Medicina (prevenção, rastreio, diagnóstico precoce, diagnóstico, terapêutica e acompanhamento), o programa de formação em medicina da Universidade de Aveiro visa formar médicos com um nível de formação abrangente que lhes permita não só evoluir para uma das várias vertentes profissionais da área clínica (comunitária ou hospitalar), mas também enveredar por uma carreira de investigação, garantindo-se assim uma capacidade de reconhecer, avaliar e resolver novos problemas em saúde.
Este programa de formação de quatro anos será desenvolvido em duas fases. No primeiro ano, o estudante será orientado no sentido de consolidar as competências que já adquiriu e de as complementar com um conjunto de desempenhos, atributos e tarefas que lhe permitam atingir competências em Ciências de Saúde idênticas a um aluno que termine o terceiro ano de um programa de seis anos de formação em Medicina. A aprendizagem será orientada para as ciências celulares e moleculares (semelhante a um mestrado integrado em Medicina) e para o reforço dos conhecimentos dos estudantes relativos à anatomia, fisiologia, patologia e farmacologia. Durante esta fase, o estudante terá, adicionalmente, um conjunto de actividades dirigidas à aquisição de competências que lhe permitam iniciar o contacto com
utentes e profissionais de saúde e desenvolverá as suas capacidades de comunicação em contexto profissional.
A segunda fase da formação consiste na formação clínica em ambiente de Hospital e de Centro de Saúde. Nesta fase, o aluno deve aprender a fazer, fazendo, ou seja, deve aprender Medicina estando tempo suficiente a trabalhar sob tutela. O quarto ano corresponde à integração profissional e é semelhante à formação do sexto ano de um ciclo de estudos integrado de mestrado em Medicina. Este novo programa de formação pretende assim: i) promover o ensino da Medicina em estreita articulação com a realidade demográfica e socio-económica do país, o que se traduz em enfatizar as competências para lidar com as populações idosas, as patologias associadas ao envelhecimento e as pluripatologias; ii) valorizar os cuidados de saúde comunitários, enfatizar a prevenção da doença e a promoção da saúde e desenvolver competências especialmente relevantes para os cuidados continuados; iii) promover a efectividade clínica; iv) desenvolver as competências para lidar com as patologias relevantes resultantes da transição epidemiológica do final do século XX, bem como as resultantes dos novos paradigmas associados à globalização, com especial incidência na saúde ambiental e internacional; v) fomentar a investigação clínica e o aproveitamento do desenvolvimento
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tecnológico, providenciando uma formação técnica e humana que habilite ao exercício de cuidados de saúde numa época em que o conhecimento é criado a uma velocidade vertiginosa; vi) tirar partido das características específicas dos seus destinatários, ou seja, estudantes que já obtiveram uma licenciatura e que tenham demonstrado um elevado nível de aptidões científicas, pelo que se espera que estes estudantes, com uma maior maturidade e passados académicos mais diversificados, desenvolvam um interesse pela investigação e potenciem a criação de núcleos próprios de investigação clínica.
Resposta às novas preocupações da saúde “A qualidade deste curso está certificada por uma Comissão Científica internacional que dá parecer sobre todas as propostas de cursos de medicina. Trata-se, por isso, de uma decisão política, sustentada no melhor parecer técnico e científico” e baseada na vontade de formar mais médicos sem esquecer a obediência ao “princípio de qualidade e de exigência no nosso ensino de medicina”. Foi desta forma que o Primeiro-Ministro justificou a criação do curso de medicina na Universidade de Aveiro, salientando ainda o seu carácter inovador, pelo facto de resultar de um consórcio entre a Universidade de Aveiro e a Universidade do Porto, “possível com o novo Regime Jurídico das Instituições do Ensino Superior”. “Estamos a colmatar um erro de mais uma década de políticas públicas”, salientou José Sócrates lembrando que “se o país não formar mais médicos criará um problema para os portugueses. Estamos a importar médicos e isso significa um país que não sabe cuidar de si próprio. É por isso que precisamos de criar estas novas oportunidades para jovens já licenciados que agora podem ter acesso à medicina para que o país disponha mais rapidamente de mais médicos, tão necessários ao serviço nacional de saúde”.
Na sua intervenção, a então Reitora da UA lembrou que este programa de formação será apoiado essencialmente na rede assistencial da região, hospitais, centros de saúde e unidades de saúde familiar. “Pela sua localização geográfica, a Universidade de Aveiro privilegia alguns interlocutores tendo estabelecido parcerias com o Hospital Infante D. Pedro de Aveiro, o Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga e o Hospital São Teotónio de Viseu”, justificou, acrescentando que para além destes hospitais “existem outras unidades assistenciais que participarão na formação, nomeadamente, o Hospital Distrital de Águeda, Hospital José Luciano de Castro (em Anadia), Hospital Visconde de Salreu (em Estarreja), Hospital Dr. Francisco Zagalo (em Ovar), Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro, Rovisco Pais (na Tocha), Hospital Cândido de Figueiredo (em Tondela) e Agrupamentos de Centros de Saúde e Unidades de Saúde Familiar da Região de Entre Douro e Vouga”. Salientando a grande satisfação e muita motivação com que a Universidade do Porto está envolvida na concretização deste curso de Medicina, o Reitor da UP, Prof. Marques dos Santos, também usou da palavra e lembrou que o Litoral Norte tem condições para “reforçar a sua intervenção académica, produtividade científica e competitividade económica no campo das Ciências da Vida e da Saúde, agregando as competências de ensino, investigação, tecnologia e empreendedorismo aqui existentes”. Em representação da Comissão Científica Internacional de avaliação das propostas para novos cursos de medicina, o Prof. Lopes Silva salientou dois aspectos especiais: o facto deste curso resultar de uma colaboração estreita entre duas universidades que “assumiram o compromisso de realizar um consórcio para estabelecer programas de ensino e de investigação em medicina em conjunto com Unidades Assistenciais de Aveiro, Porto, Feira e Viseu, entre outras” e o facto de esta iniciativa vir criar em
Portugal “pela 1ª vez dentro do mesmo Consórcio, cursos de medicina com duas alternativas: uma clássica de seis anos para estudantes saídos do secundário, ao lado de uma outra de quatro anos, para estudantes graduados portadores de um primeiro ciclo.” Também a Ministra da Saúde, Ana Jorge discursou para enfatizar o envolvimento dos Agrupamentos dos Centros de Saúde na estrutura de apoio à formação neste novo curso, adiantando que “certamente muito irá contribuir para concretizar o objectivo de termos todos os portugueses com médico de família”. Ana Jorge referiu ainda que o curso de medicina da UA tem uma outra vertente da maior relevância: “procura dar resposta à realidade demográfica do País e às novas preocupações da Saúde. De facto, no programa de formação deste novo curso são enfatizadas as competências para lidar com o envelhecimento e as patologias associadas que, como sabemos, é crescente. Estas competências são especialmente relevantes para os cuidados continuados”, esclareceu.
ESSUA com nova casa A Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro vai ocupar dois lotes do campus do Crasto e ficar instalada junto à Casa do Estudante e nova cantina do Crasto. Um dos blocos da Escola será constituído por um átrio de recepção, áreas de administração e serviços, auditórios, biblioteca, gabinetes de docentes e armazéns. O outro bloco, ligado ao primeiro por passadiços exteriores cobertos, albergará uma clínica, salas de aula teóricas e laboratórios/aulas práticas, zonas de preparação, etc. Os alunos de Enfermagem, Fisioterapia, Terapia da Fala, Gerontologia, Radiologia, Ciências Biomédicas e Medicina da UA vão ter casa nova já em 2012.
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novos cursos
e alarga a sua tipologia de oferta Há várias estreias na oferta formativa da Universidade de Aveiro para o ano lectivo 2010/2011. Uma nova licenciatura vai funcionar na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda e é criado o Mestrado Integrado em Engenharia Civil. Ao nível do 2º ciclo de estudos arrancam os mestrados em Língua Portuguesa e Literaturas de Expressão Portuguesa, em Estudos Chineses, em Demografia e em Marketing. Em parceria com a Universidade Católica Portuguesa, vai funcionar no Porto, um inovador Master in Public Administration (MPA). No que ao 3º ciclo diz respeito, abrem os programas doutorais em Engenharia e Gestão Industrial, em Design e em Ciências e Tecnologias da Saúde. Todos estes cursos se encontram actualmente a aguardar a conclusão do processo de acreditação, tendo, contudo, já obtido parecer favorável da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES).
Licenciatura em Gestão da Qualidade Esta licenciatura, leccionada pela Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda (ESTGA), torna-se uma oferta singular no país, formando profissionais qualificados aptos a planear, implementar e gerir os Sistemas de Qualidade de uma organização. O Licenciado em Gestão da Qualidade estará habilitado com as competências científicas e técnicas que lhe permitirão responder, nas suas áreas de actuação, às especificidades de organizações, não apenas do sector industrial, mas também do sector dos serviços. Pretende-se, assim, dar resposta a uma das principais dificuldades com que as organizações e os profissionais que actuam na área da Qualidade se têm deparado nos últimos anos: a aplicação das normas da Qualidade aos serviços. O desenho curricular da Licenciatura em Gestão da Qualidade contempla, no sexto semestre, um estágio curricular, que ocorre necessariamente em ambiente de trabalho dentro de uma empresa/organização. Mestrado Integrado em Engenharia Civil No final dos cinco anos deste curso, os Mestres em Engenharia Civil estarão habilitados a planear, conceber, projectar, construir, fiscalizar, gerir, manter e reabilitar obras de engenharia civil. Poderão desempenhar funções em gabinetes de projecto, em empresas de construção e de obras públicas, em serviços de administração central e local, nas áreas de vias de comunicação, de geotecnia, de estruturas, de obras hidráulicas, de obras de recuperação e reabilitação do património edificado, da reciclagem de materiais de construção e de gestão de empreendimentos. 2º Ciclo de estudos Com a duração de 2 anos (em regime de blended-learning* nos PALOP), a UA lança o Mestrado em Língua Portuguesa e Literaturas de Expressão Portuguesa com os ramos: Língua Portuguesa e Literaturas de Expressão Portuguesa. Este ciclo de estudos constitui-se como um instrumento de valorização profissional e de actualização de conhecimentos e competências, bem como um meio privilegiado de formação científica
universidade de aveiro cria novos cursos
necessária ao exercício de docência e a uma investigação autónoma.
Formação; Planeamento Territorial; e Envelhecimento e Saúde.
Em regime pós-laboral funcionará no Instituto Superior de Contabilidade e Administração da Universidade de Aveiro (ISCA-UA) o Mestrado em Marketing. O objectivo é formar e actualizar profissionais cuja actividade se desenvolve no campo desta função empresarial, e de forma consonante e coerente com as necessidades e exigências do ambiente organizacional/ empresarial envolvente mais próximo.
Resultado de uma parceria UA/UCP, o Master in Public Administration (MPA) arrancará no Centro Regional do Porto da Universidade Católica, em Outubro de 2010. Trata-se de um programa de formação avançada com duas especializações: uma em Governação, Inovação e Políticas Públicas e outra em Governação Autárquica e Liderança. O programa contém três componentes: um corpo de unidades curriculares obrigatórias, um conjunto de unidades opcionais e um amplo e diversificado leque de seminários intensivos que conta com a colaboração de eminentes convidados nacionais e estrangeiros. Este novo programa dirige-se a todos quantos se ocupam actualmente da gestão da res publica, seja no quadro da administração central e desconcentrada, seja no quadro da administração autárquica, assim como àqueles que esperam desempenhar actividade profissional neste campo.
Com o grau a ser concedido em conjunto pela Universidade de Aveiro e pelo ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, o Mestrado em Estudos Chineses deverá decorrer alternadamente em Aveiro e no ISCTE – IUL. Formar mestres qualificados em Estudos Chineses, nos ramos de Língua e Cultura Chinesas, de Política e Relações Internacionais da China e de Economia e Negócios deste país; e contribuir, nomeadamente através dos trabalhos da parte final do ciclo, para um melhor conhecimento da China, à escala nacional, regional ou local, e do seu relacionamento internacional, em especial com os Países de Língua Portuguesa e com Portugal são os principais objectivos de ciclo de estudos. No ano lectivo 2010/2011 abre ainda o Mestrado em Demografia, que funcionará em regime pós-laboral, no Instituto Superior de Economia e Gestão, em Lisboa. Destinado a alunos detentores de uma formação de 1º ciclo em qualquer domínio científico, interessados no estudo aprofundado dos fenómenos demográficos, o curso envolve a UTL, IUL, UA, UE, UL, UAC e UNL e tem como objectivo a formação de investigadores e profissionais altamente qualificados que possam contribuir para a análise das dinâmicas populacionais, com base num conhecimento teórico e empírico cientificamente fundamentado das sociedades contemporâneas, em particular da sociedade portuguesa. Em 2010/2011 funcionarão as áreas de especialização seguintes: Dinâmica Populacional; População, Emprego e
3º Ciclo de estudos Ao nível do 3º Ciclo, a UA vai ministrar três novos programas doutorais. O Programa Doutoral em Engenharia e Gestão Industrial visa proporcionar os conhecimentos, as abordagens e a maturidade necessários à produção de contributos cientificamente relevantes para a área da EGI, envolvendo a análise, o projecto e o controlo de sistemas integrados que suportam pessoas, fluxos de materiais e de dados/informação, em processos de negócio de natureza ‘intra’ e ‘inter’ organizacionais. O Programa Doutoral em Design será ministrado em regime de blended-learning* e contará com a colaboração dos docentes da área de Design do Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro e da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, assim como dos investigadores do ID+ Instituto de Investigação em Design, Media e Cultura: http://idmais.org/ O Programa Doutoral em Ciências e Tecnologias da Saúde visa desenvolver
competências científicas na área da decisão em saúde, que preparem investigadores e profissionais nas linhas de especialização da decisão clínica, decisão tecnológica e decisão política, para o desenvolvimento, aplicação, avaliação e divulgação do conhecimento científico em saúde. O objectivo final passa pela melhoria contínua dos cuidados de saúde e da qualidade de vida da população, e do desempenho do sistema de saúde, de modo a adaptá-lo a uma realidade em profunda mutação. Importa salientar que, no sentido de assegurar a concretização das metas estabelecidas no Contrato de Confiança, assinado entre o MCTES e as instituições do ensino superior, designadamente ao nível da garantia da diversidade da oferta formativa, equidade no acesso e aumento do número de estudantes em ensino a distância, a Universidade de Aveiro aposta numa arquitectura de oferta que incorpora uma estrutura modular de programas e graus, vias flexíveis de passagem entre programas, oferta de cursos em regime pós-laboral, possibilidade da sua frequência em regime parcial, melhor aproveitamento das potencialidades do ensino a distância e uma aposta significativa nos públicos adultos. * sistema de formação que conjuga a transmissão de conteúdos a distância com sessões presenciais
Consulte todos os pormenores sobre a oferta formativa pós-graduada da UA em http://www.ua.pt/pagetext.aspx?id=11435
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departamentos em revista…
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línguas: do ensino à resposta exigida pelo mercado actual Com 35 anos de história, o Departamento de Línguas e Culturas (DLC) da Universidade de Aveiro foi durante longos anos responsável pela formação de gerações de professores de português e de várias línguas estrangeiras. Hoje, a leccionação das licenciaturas em ensino está suspensa e o Departamento ministra os cursos de Línguas e Relações Empresariais; Línguas e Estudos Editoriais; Línguas, Literaturas e Culturas; e Tradução. Para além de também oferecer formação pós-graduada, o DLC é ainda responsável por uma série de cursos livres de línguas estrangeiras e por um curso de Português para estrangeiros.
línguas e culturas
Uma nova perspectiva do papel das línguas no mundo actual e um acentuado decréscimo na procura dos cursos de formação de professores ditaram uma viragem na rota seguida durante décadas pelo DLC: a formação de professores nas línguas Portuguesa, Francesa e Inglesa, com posterior alargamento às línguas Alemã e ao Latim e Grego. De facto, quando começou a funcionar em 1975, no CETA, com o nome de Línguas e Literaturas Modernas, os alunos deste Departamento podiam frequentar bacharelatos e, pouco tempo mais tarde, licenciaturas em ensino de Português/Francês, Francês/ Português, Português/Inglês e Inglês/ Português. Como um dos mais antigos departamentos da UA, o DLC cedo passou a funcionar no edifício I, mas acompanhando a abertura de novos cursos, passou ainda pelo edifício III (actual Escola Superior de Saúde), até se instalar no edifício II, espaço que hoje ocupa no campus. Já em meados da década de 80 começaram a ser leccionadas as licenciaturas em ensino de Inglês/Alemão e de Português, Latim e Grego. As licenciaturas em ensino de Português/ Francês e Português/Inglês ficaram definitivamente consolidadas e, ao longo dos anos 90 foram sendo criados os primeiros cursos de mestrado: primeiro, Estudos Portugueses e Estudos Ingleses; depois, Estudos Franceses, Estudos Clássicos e Estudos Alemães.
“O Departamento começou a diversificar a sua oferta em 2001, com a criação da licenciatura em Línguas e Relações Empresariais, e, em 2004, houve uma remodelação total, com a suspensão das licenciaturas em ensino e a criação de mais três licenciaturas: Administração Editorial, Tradução Especializada e Línguas, Literaturas e Culturas”, explica o Presidente do Conselho Directivo do Departamento, Prof. João Manuel Torrão. Com a adaptação a Bolonha, prossegue o Prof. Torrão, “o DLC passou a ministrar as licenciaturas em Línguas e Estudos Editoriais; Línguas, Literaturas e Culturas; Línguas e Relações Empresariais; e Tradução, bem como os Mestrados em Estudos Editoriais; Línguas, Literaturas e Culturas; Línguas e Relações Empresariais; e Tradução Especializada e, a partir do próximo ano, o Mestrado em Língua Portuguesa e Literaturas de Expressão Portuguesa, já acreditado para funcionamento em Moçambique.
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Licenciados bem preparados A avaliar pelo número de alunos que anualmente se candidata aos vários cursos do Departamento e pela reacção dos empregadores a estes novos licenciados, a mudança de direcção na imagem de marca do DLC parece ter sido uma aposta ganha. “Os dados que nos vão chegando apontam para um acolhimento muito bom dos nossos licenciados no mercado de trabalho. Este aspecto é muito evidente na formação em Línguas e Relações Empresariais que, por estar em funcionamento há mais tempo, nos permite ter elementos mais seguros. De qualquer modo, também já nos vão chegando bons ecos das formações em Estudos Editoriais e em Tradução”, revela o Prof. João Manuel Torrão, adiantando que “no que diz respeito às Línguas, Literaturas e Culturas, como o curso, neste formato, está em funcionamento há pouco tempo, e uma das saídas óbvias passa pelos cursos de mestrado em formação de professores, ainda não temos elementos suficientes para fazer afirmações taxativas”. Na verdade, afirma o Presidente do Conselho Directivo do DLC, “sem prejuízo de uma melhoria constante, parece que podemos dizer que os nossos licenciados estão preparados, tanto quanto é possível nesta fase, para uma boa integração no mercado de trabalho. De facto, não falando agora na formação em Línguas, Literaturas e Culturas que tem, claramente, um outro enquadramento, as outras três formações (Línguas e Relações Empresariais, Línguas e Estudos
Editoriais e Tradução) apresentam uma formação variada que passa por disciplinas de línguas e culturas, mas também por disciplinas de gestão e por disciplinas ligadas às novas tecnologias da comunicação. Para este docente responsável pelo DLC, a transdisciplinaridade é claramente uma mais valia que os cursos de línguas da Universidade de Aveiro apresentam em relação aos de outras universidades. “De facto, começámos com esta política em 2001 e alargámo-la de forma consolidada em 2004 e, só agora, e de forma tímida, é que outras universidades começam também a ir por esse caminho”. Talvez por isso, os estudantes que procuram a formação do DLC não sejam apenas aqueles que terminam o ensino secundário. “O grupo maior é constituído por estudantes que terminam o secundário e pretendem ingressar no ensino superior através do contingente geral; há depois um grupo bastante significativo (e só não assume maior relevância porque as vagas existentes não o permitem) constituído por pessoas já licenciadas em línguas que querem alterar a sua formação, com particular incidência para o percurso de Português/Espanhol que só existe em Aveiro há pouco tempo. Só para ficarmos com uma ideia, há dois anos, neste grupo específico, houve 84 candidaturas, mas só puderam entrar 12 pessoas”, lembra o Professor Torrão.
No final, e para além das excelentes condições oferecidas pela UA a todos os seus estudantes, os alunos formados pelos cursos leccionados pelo DLC podem contar com “cursos actualizados quer ao nível dos conteúdos, quer ao nível da leccionação, quer ao nível dos materiais disponíveis; assim como com um grupo de docentes empenhado e globalmente atento ao aluno (quer na sua situação de discente quer como pessoa) e que já é reconhecido pelo óptimo clima de aprendizagem que consegue criar; mas também ainda com planos curriculares muito interessantes que misturam línguas, literaturas e culturas (desde a Antiguidade Clássica até aos nossos dias), com as novas tecnologias da comunicação, com a gestão e com a simbiose com outras ciências (por exemplo, ciências da vida, no caso de Tradução).
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saiba que: O DLC é responsável pela seguinte formação: licenciaturas - Línguas e Relações Empresariais - Línguas e Estudos Editoriais - Línguas, Literaturas e Culturas - Tradução mestrados - Estudos Editorais - Línguas, Literaturas e Culturas - Língua Portuguesa e Literaturas de Expressão Portuguesa (ministrado em Moçambique em regime de b-learning) - Tradução Especializada - Línguas e Relações Empresariais cursos de especialização - Estudos Editoriais - Língua, Literatura e Cultura Inglesas - Língua Portuguesa - Língua Portuguesa e Literaturas de Expressão Portuguesa - Literaturas de Expressão Portuguesa - Literaturas Lusófonas - Tradução Especializada - Tradução Especializada Alemão - Tradução Especializada Espanhol - Tradução Especializada Ferramentas de Tradução - Tradução Especializada Francês - Tradução Especializada Francês e Alemão - Tradução Especializada Francês e Espanhol - Tradução Especializada Inglês - Tradução Especializada Inglês e Alemão - Tradução Especializada Inglês e Espanhol - Tradução Especializada Inglês e Francês - Línguas e Relações Empresariais cursos livres - Alemão - Árabe - Chinês - Escrita Criativa para Romance - Espanhol - Francês - Italiano - Japonês - Língua Gestual - Russo Curso de Português, Língua Estrangeira IELTS International English Language Testing System O DLC tem este ano lectivo 765 alunos 49 docentes 4 funcionários
Cursos livres são sucesso Mas nem só de formação conducente a graus académicos vive o Departamento de Línguas e Culturas da Universidade de Aveiro. O curso de Português, Língua Estrangeira é para muitos dos estudantes que chegam à UA dos mais diversos cantos do mundo, ou até de cidadãos estrangeiros que vêm residir em Portugal, o primeiro passo para aprenderem a falar a língua. Em média, por semestre, este curso é frequentado por perto de 200 alunos e já há uma oferta a este nível através do ensino a distância. Por outro lado, todos os falantes de português podem também socorrer-se dos cursos livres de línguas para aprender os mais variados idiomas ou de outros cursos livres. “No semestre actual estão a funcionar os cursos de Alemão, Árabe, Chinês, Escrita Criativa para Romance, Espanhol, Francês, Italiano, Japonês, Língua Gestual e Russo”, refere o Prof. João Manuel Torrão. No que à investigação diz respeito, há vários projectos em curso no Departamento de Línguas e Culturas, podendo a título de exemplo destacar-se os seguintes: “Teografias. Literatura e Religião” que pretende fazer um estudo comparado das ciências da religião e da literatura e averiguar as intersecções entre teoria e prática religiosas e criação literária em autores portugueses dos séculos XIX e XX; e um outro que tem por título “Dioscórides e o Humanismo Português: os comentários de Amato Lusitano”, cujo objectivo é apresentar a edição e tradução, devidamente acompanhadas de elementos
explicativos, nomeadamente ao nível das ciências abordadas, de dois livros de Amato Lusitano. Paralelamente está ainda a decorrer um projecto mais antigo – “Corpo Lexicográfico Português” – que prevê a disponibilização online de dicionários antigos que sejam importantes para a formação e consolidação da língua portuguesa, pretendendo disponibilizar informação filológica e lexical para os estudos portugueses e dar um contributo para a elaboração de um Tesouro da Língua. (cf. http://clp.dlc.ua.pt/inicio.aspx) Importa ainda referir a existência de duas revistas com arbitragem científica internacional – forma breve e Ágora. Estudos Clássicos em Debate – estando esta última indexada no Arts and Humanities Citation Index do ISI WEB of Knowledge.
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Um dos momentos que marcou a cerimónia comemorativa do 36º aniversário da Universidade de Aveiro, em Dezembro, foi a assinatura do protocolo de financiamento do Parque Ciência e Inovação (PCI) entre a Universidade de Aveiro e a Comissão Directiva do Programa Operacional Regional do Centro – “Mais Centro”. Espaço de convivência e de interacção entre entidades produtoras e difusoras de conhecimento e empresas utilizadoras desse conhecimento, o PCI beneficiará de uma localização ímpar no país, pela contiguidade e integração das valências da Universidade de Aveiro num campus único, e ocupará uma nova área de 35 ha, dos quais 5 ficarão localizados no concelho de Aveiro e 30 no concelho de Ílhavo.
parque ciência e inovação
parque ciência e inovação será realidade em 2013 43
O protocolo de financiamento do Parque Ciência e Inovação (PCI) contempla a afectação pela Comissão Directiva do Programa Operacional Regional do Centro - “Mais Centro” de um volume de verbas na ordem dos quinze milhões e meio de euros, comprometendo-se a Universidade de Aveiro a desenvolver os esforços necessários para constituir a Sociedade Anónima que será responsável por apresentar anualmente, até 2013, os projectos das diversas iniciativas que merecerão este apoio financeiro. Depois de assinar o protocolo de financiamento do PCI, o Presidente da Comissão Directiva do Programa Operacional Regional do Centro – “Mais Centro”, Prof. Alfredo Rodrigues Marques, usou da palavra para explicar que estes Parques são espaços onde coabitam e interagem entidades produtoras e difusoras de conhecimento e empresas utilizadoras desse conhecimento. “Não se confundem, assim, com simples áreas industriais ou meros espaços para instalação de centros de I&DT”, afirmou, destacando ainda o facto de a virtude destes espaços assentar na proximidade física entre os diferentes tipos de agentes envolvidos. Esta proximidade física “oferece aos centros de I&DT um mercado para a valorização económica e social do conhecimento que produzem, e proporciona às empresas, cuja actividade requer uma forte componente tecnológica, uma oferta rápida deste factor de produção e a adaptação da tecnologia às suas necessidades concretas (muitas vezes específicas)”.
Por seu lado, a então Reitora, Prof. Maria Helena Nazaré, salientou a importância do PCI, considerando-o “uma inegável mais-valia para a Região, ao constituir-se como uma plataforma privilegiada de interacção entre investigadores, empresas e alunos, e, através de um conceito de parque aberto, para a população em geral.” E concluiu: “É esta uma das iniciativas com que a UA se vê a participar directamente na criação de riqueza através da valorização económica do conhecimento que produz, e a ser parceiro activo na cadeia de inovação.”. O PCI, espaço de convivência e de interacção entre entidades produtoras e difusoras de conhecimento e empresas utilizadoras desse conhecimento, beneficiará de uma localização ímpar no país, pela contiguidade e integração das valências da Universidade de Aveiro num campus único, e ocupará uma nova área de 35 ha, dos quais 5 se irão localizar no concelho de Aveiro e 30 no concelho de Ílhavo. Este Parque compreenderá três pólos fundamentais: o da ciência, o da experimentação e o empresarial, permitindo a instalação de empresas de intensidade tecnológica e o desenvolvimento de projectos de investigação, com o apoio de um conjunto de serviços, assegurados por uma equipa de elevado profissionalismo. Está prevista a existência de um edifício central, que acolherá um espaço denominado design factory vocacionado para o desenvolvimento de iniciativas e projectos inovadores,
sustentados na integração de diferentes saberes e diferentes actores. O PCI acolherá também um espaço de incubação, beneficiando das dinâmicas existentes da incubadora em rede da Universidade de Aveiro. Contemplará, ainda, um conjunto de edifícios, com cerca de 10.000 m², para laboratórios e equipamentos de uso comum, direccionados para acolher actividades de relacionamento entre investigadores e comunidade empresarial, servindo para o desenvolvimento de projectos de investigação aplicada, no pressuposto de uma ocupação temporária contratualizada em função da duração dos projectos. Pretendendo beneficiar das dinâmicas e sinergias da Universidade de Aveiro decorrentes das competências existentes, nomeadamente em formação e I&DI, e de acordo com as políticas públicas regionais e nacionais prioritárias, designadamente dos Pólos de Competitividade e Clusters criados ou em desenvolvimento, o PCI apostará inicialmente em cinco áreas temáticas - Tecnologias da Informação, Comunicação e Electrónica (TICE); Materiais; Agro-industrial; Energia e Mar. O PCI não se esgotará nele próprio, pretendendo ser uma plataforma de acesso à Região e às redes internacionais que tanto a Universidade de Aveiro, como as empresas da Região, já possuem. A gestão do PCI ficará assegurada por uma Sociedade Anónima a constituir, cuja maioria do capital será detida por entidades sem fins lucrativos. A estrutura accionista integrará: i)
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entidades do sistema científico e tecnológico – Universidade de Aveiro; ii) autarquias – Câmaras Municipais de Aveiro e Ílhavo e Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro; iii) entidades institucionais – Portus Park, Inovaria, AIDA, ANJE e APA; iv) entidades empresariais – Martifer SGPS, Visabeira SGPS, PT Inovação SA, Civilria SA, Durit SA, Rosas Construtores SGPS, Ramalhos SA, Exporlux SA; e v) entidades empresariais do sector financeiro – CGD SGPS, BES SGPS. No passado dia 31 de Março, sob proposta do actual Reitor Prof. Manuel António Assunção, o Conselho Geral da Universidade de Aveiro aprovou a participação da Universidade de Aveiro na Sociedade Anónima do Parque Ciência e Inovação. Actualmente, e para além de todos os actos e procedimentos necessários à indispensável constituição da Sociedade Anónima, o Reitor Prof. Manuel António Assunção acompanha directamente o processo e dinamiza a sua prossecução, encontrando-se em desenvolvimento, no imediato e em reforço da gestão futura do PCI, os seguintes domínios: garantir as condições prévias à edificabilidade; projectos do parque e dos edifícios; articulação, em termos de investigação científica da UA, com as candidaturas ao Sistema de Apoio às Infra-estruturas Científicas e Tecnológicas; e o envolvimento da comunidade académica no apoio à promoção do Parque. Paralelamente, encontra-se em desenvolvimento a organização das
competências internas da Universidade de Aveiro para corresponder ao desafio e exigências da implementação do PCI. O Parque Ciência e Inovação, ao promover uma forte inserção em redes e projectos internacionais de inovação, bem como a integração nas dinâmicas internacionais, será uma oportunidade única para a comunidade empresarial pela simbiose Ensino–Investigação-Empresas, com potencial para sustentar o desenvolvimento sócio-económico da Região, contribuindo fortemente para a concretização das prioridades de política pública nacionais.
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Universidade coordena equipa responsável pela reestruturação do Ensino Secundário Geral de Timor-Leste A proposta de reestruturação do Ensino Secundário Geral de Timor-Leste que a Universidade de Aveiro está a conduzir, sob a coordenação da docente e antiga Vice-Reitora, Prof. Isabel Martins, trouxe em Abril, à Universidade de Aveiro, o Ministro da Educação de Timor-Leste, Doutor João Câncio Freitas. O novo currículo do 10º ano deverá entrar em vigor nas Escolas Secundárias de Timor-Leste em 2012, prevendo-se que em 2014, todo o ensino secundário (10, 11º e 12º anos) esteja já a adoptar os novos programas curriculares. À equipa, coordenada pela Prof. Isabel Martins, cabe não só a elaboração do plano curricular como também a construção dos programas das diversas disciplinas e, ainda, os recursos didácticos (manuais escolares para os alunos e guias didácticos para o professor). O Ministro da Educação, João Câncio Freitas, salientou a importância para Timor-Leste deste projecto da Universidade de Aveiro, e avançou: “Dentro de um ano, ano e meio, o currículo do 10º ano e os respectivos materiais escolares e guiões de professores estarão prontos, permitindo que o novo currículo seja implementado em 2012. Subsequentemente, até 2014, serão implementados os currículos do 11º e do 12º anos.”
No âmbito desta visita, tanto o Ministro da Educação Timorense como o Reitor salientaram também o já longo e frutuoso relacionamento existente entre a Universidade de Aveiro, o Ministério da Educação e a Universidade Nacional de Timor-Leste (UNTL). O Doutor João Câncio Freitas deu como exemplo o sucesso dos graduados timorenses formados por esta instituição e o Prof. Manuel António Assunção apontou a investigação que tem vindo a ser realizada em Timor por professores e investigadores da Universidade de Aveiro, referindo-se concretamente ao “estudo da genética com implicações do foro médico e forense” e, em particular, ao estudo da flora de Timor Leste, com “a descoberta de novas espécies, nomeadamente orquídeas, a elaboração de livros sobre as árvores de Díli, com a identificação de eventuais aplicações médicas e, principalmente, com a elaboração, agora em curso, de um herbário digital da flora timorense”. A cooperação com Timor-Leste não vai ficar por aqui, já que João Câncio Freitas desafiou a Universidade a ajudar na leccionação de Cursos de Especialização Tecnológica em Timor-Leste e a UA vai tentar fazê-lo, “numa modalidade eventualmente mista de ensino a distância e presencial”, adiantou o Reitor.
cultural
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núcleo museológico mostra raridades do vidro
colecção francisco madeira luís
Quem entra na sala da reserva museológica da UA depara-se com uma colecção pouco convencional. Garrafas, boiões e frasquinhos de todas as cores e feitios, num total de 900 peças, ornamentam uma parte considerável do Núcleo Museológico da UA e integram o acervo vidreiro Francisco Madeira Luís / UA. Doada à Universidade de Aveiro em 2001, a “colecção de vidros Madeira Luís” é constituída por mais de 3 mil peças de vidro vulgar, de fabrico português e de natureza utilitária, na sua maior parte. A colecção contém ainda algumas peças de luxo. O âmbito temporal abrange a segunda metade do séc. XIX e a primeira metade do séc. XX havendo, no entanto, alguns objectos dos finais do séc. XVIII e princípios do séc. XIX, assim como outros posteriores a 1950. Tratam-se, na sua maior parte, de vidros portugueses ou de uso corrente em Portugal, embora existam espécies reconhecidamente estrangeiras. Entre estas peças estão objectos tão variados como garrafas de bebidas, garrafas e frascos de comércio farmacêutico, perfumes e cosméticos, frascos e boiões de alimentos conservados e temperos, salvas de pé, galheteiros ou até bebedouros para pássaros que, já no séc. XVIII, saíram da Real Fábrica de Vidros da Marinha Grande. Existem também objectos que estão associados a hábitos sociais relativamente recentes, como é o caso do consumo de ginjinha, popularizada desde meados do séc. XIX, ou a ingestão de porções calculadas, mediante o uso de copos graduados, em estâncias termais. Esta colecção é formada por peças obtidas pelo método de sopragem livre, sopragem em moldes e peças prensadas. As técnicas decorativas encontram-se ligadas, nos dois últimos casos, ao processo de fabrico embora, por vezes, se tenha adicionado decoração aos vidros soprados em moldes e vidros prensados pelos mesmos processos pelos quais é habitual ornamentar a produção soprada livremente.
A mostra vidreira que agora é dada a conhecer foi projectada no âmbito do ICOM Glass Lisboa 2009, encontro que reuniu os especialistas mais importantes do mundo, na área do vidro, na Reserva Museológica da UA, em Novembro do ano passado. A Reserva Museológica, situada no piso -1 do edifício da Escola Superior de Saúde, está disponível para visitas guiadas e gratuitas à exposição, todas as quartas-feiras, das 15h00 às 17h00, através de marcação prévia para val.hervalejo@ua.pt. 47
A singularidade e a diversidade fornecidas por esta colecção de vidro podem apresentar uma multiplicidade de abordagens e interesses de investigação, nomeadamente no que respeita às abordagens histórica e antropológica, ao estudo das matérias-primas ou ao design e aspectos de estética. Neste contexto, a Universidade pretende não só promover as condições para a preservação e gestão da colecção, mas também para proporcionar novas formas de acesso universal e dinâmico ao seu património. Um desses exemplos é o Museu Virtual, actualmente em construção, que vai permitir a promoção das colecções museológicas da UA, ao mesmo tempo que servirá para apoiar a participação do público, as potencialidades de investigação e o alargamento do seu repositório. Outras colecções doadas à UA podem ser consultadas no SINBAD – sistema integrado de bibliotecas e arquivos, acessível no endereço: http://sinbad.ua.pt
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30 Anos do Serviço Nacional de Saúde – Um Percurso Comentado
Indícios de Oiro
O Livro “30 Anos do Serviço Nacional de Saúde – Um Percurso Comentado”, coordenado pelo professor da UA, Jorge Simões, percorre a história de 30 anos do Serviço Nacional de Saúde, em Portugal, através de 19 temas, considerados como mais relevantes no âmbito da economia e da política da saúde. É um contributo da Associação Portuguesa de Economia da Saúde para que um melhor conhecimento do passado recente contribua para a construção mais sólida do futuro. Esta obra foi pensada para um público vasto, envolvido directamente nas questões da saúde – profissionais, professores e estudantes – mas também formado por investigadores de outros saberes que progressivamente estudam ou, tão só se interessam pelas questões da saúde, como a economia, o direito, a gestão, a sociologia, a geografia. É, também, um livro plural, no sentido em que os temas são tratados por peritos de proveniência e de formação diversa, escolhidos pelo seu valor como investigadores das áreas respectivas.
Eugénio Lisboa, Doutor Honoris Causa pela UA, apresentou no passado mês de Novembro, o seu mais recente livro “Indícios de Oiro”. Colige-se, neste livro de dois volumes, um vasto acervo de textos ou já publicados em revistas ou jornais ou apenas dados a conhecer em colóquios ou apresentações públicas de livros, cobrindo um período de cerca de dez anos de actividade do autor e abrangendo áreas diversas: autores portugueses, de Camões, passando por Camilo, Eça, Júlio Dinis, até nomes mais recentes, tanto no campo da ficção, como no da poesia ou do teatro; autores brasileiros (Machado de Assis); autores africanos de língua portuguesa; outros autores estrangeiros e, por fim, um grupo de textos sobre os tópicos mais diversos (censura, plágios, embustes, património, etc.). Tudo reflecte o gosto por uma leitura e releitura empenhadas e minuciosas não só dos textos já clássicos do nosso património cultural mas também o desejo de colocar a seu lado os que, ainda recentes, aspiram, de algum modo, a não desmerecer de a eles se verem associados.
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Edição Almedina Coordenação Jorge Simões, docente na Secção Autónoma de Ciências da Saúde da UA ISBN 9789724041100 Ano 2010
Edição Imprensa Nacional-Casa da Moeda Coordenação Eugénio Lisboa, Doutor Honoris Causa e membro do Conselho Geral da UA ISBN 9789722718158 Ano 2009
Sem ti, Inês
Penacova, o Mondego e a Lampreia
The Salamanca School (Major Conservative and Libertarian Thinkers)
Ana Granja, doutoranda do 2º ano do Programa Doutoral em Didáctica e Formação da Universidade de Aveiro, é a autora do livro “Sem ti, Inês”; uma obra que aborda a problemática do luto, a partir da própria experiência da autora. O que fica após a morte de um filho? O que resta a cada novo dia, perante o vazio e a ausência? “Sem ti, Inês” é o diário de Ana Granja, mãe de Inês, uma mãe em luto que, de forma corajosa e construtiva, decidiu, a partir da sua própria experiência (a filha Inês viveu apenas seis meses desde que lhe diagnosticaram anorexia), proceder a uma abordagem da problemática do luto, de uma perspectiva científica, no âmbito de um estudo conducente à obtenção do grau de doutor. À venda desde 25 de Fevereiro, “Sem ti, Inês” é um título que, por si só, revela uma situação de ausência. Contudo, quando se lê, imediatamente se constata uma ausência que toca os limites da condição humana. A decisão da autora, em se expor, partilhando com o leitor a sua experiência única, não pode deixar de merecer a mais cuidada atenção e o maior respeito. A obra propõe um espaço de partilha e reflexão sobre uma temática sempre incompletamente conhecida, que perpassa pelas grandes questões inerentes à existência humana e que, naturalmente, a ninguém pode deixar indiferente.
“Penacova, o Mondego e a Lampreia” é uma obra da autoria de Carlos Fonseca, docente no Departamento de Biologia da UA, e de Fernando Correia, doutorando na UA, que espelha as muitas realidades que o nosso, ainda rico, património natural encerra em si – autêntico e insuspeito tesouro que, cada vez mais, urge estimar, acalentar, defender e conservar. De acordo com os seus autores, “esta é uma obra que se quer concelhia, mas almejando ser nacional. Constituindo um magnífico cartão de visita, há muito aguardado, esta obra torna-se ainda mais pertinente e simbólica, quando em todo o planeta se celebra o Ano Mundial da Biodiversidade. Produzida por biólogos, nela transparece o amor incondicional pelas múltiplas facetas que a Natureza assume – sejam aquelas feitas de matéria orgânica viva, seja ainda aquela outra que se mostra por entre pungentes afloramentos rochosos, onde a história da Vida e da Terra se vem escrevendo. Explora-se assim o exuberante património biológico e os valores naturais de Penacova – aqueles já extintos, na forma dos fósseis, e também aqueles que todos dias labutam e sobrevivem: os peixes, os anfíbios e os répteis, as aves, os mamíferos e várias outras formas de vida animal que pululam e desabrocham, um pouco por todo lado e por entre as ramagens folhadas a verde, ou as agulhas dos pinheiro nas penedias.”
José Manuel Moreira, docente da Secção Autónoma de Ciências Sociais, Jurídicas e Políticas da Universidade de Aveiro, André Azevedo Alves, da London School of Economics, e John Meadowcroft, do King’s College London, são os autores da obra “The Salamanca School (Major Conservative and Libertarian Thinkers)”. O livro, publicado no início do ano, tem a chancela da Continuum International Publishing Group. No texto de apresentação do livro, assinado pelo professor Leonard P. Liggio, do Institute for Humane Studies, George Mason University and Atlas Economic Research Foundation, pode ler-se “Este trabalho é uma contribuição importante para a história do pensamento legal e económico. O reconhecimento na ONU de Francisco de Vitoria OP como o fundador do direito internacional levou a Escola de Salamanca ao seu devido lugar na história intelectual. Com base no pensamento dos últimos Conciliaristas Medievais, como o Cardeal Cajetan, os primeiros pensadores modernos Ibéricos expandiram a teoria dos direitos individuais e limitação do governo. Baseando-se no revivalismo do trabalho de Tomás de Aquino, de Vitoria trouxe da Universidade de Paris uma nova vitalidade à Universidade Castelhana de Salamanca”.
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Edição Caderno Autoria Ana Granja, doutoranda do Programa Doutoral em Didáctica e Formação da UA ISBN 9789892306759 Ano 2009
Edição Câmara Municipal de Penacova Autoria Carlos Fonseca, docente no Departamento de Biologia da UA, e de Fernando Correia, doutorando na UA ISBN 9789729962813 Ano 2010
Edição Continuum International Publishing Group LTD Autoria José Manuel Moreira, docente da Secção Autónoma de Ciências Sociais, Jurídicas e Políticas da UA, André Azevedo Alves, da London School of Economics e John Meadowcroft, do King´s College London ISBN 9780826429827 Ano 2010
Revisão da Literatura e Metal Oxide Nanoparticles in Sistematização do Conhecimento Organic Solvents
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Foi publicado recentemente o livro “Revisão da Literatura e Sistematização do Conhecimento” (Colecção NovaCIDInE, Porto Editora), da autoria de Teresa Cardoso, Isabel Alarcão e Jacinto Antunes Celorico, investigadores no Departamento de Didáctica e Tecnologia Educativa da UA. Este livro visa ajudar a compreender e a realizar o processo normalmente designado por “revisão da literatura” e destina-se, sobretudo, aos jovens investigadores de qualquer área científica. A ideia é proporcionar aos investigadores um guião estruturante do processo de gerir a informação e sistematizar o conhecimento, elemento indispensável e crucial num trabalho de investigação. Nas palavras de Dias de Figueiredo, que aceitou prefaciá-lo, este livro “vem preencher um notório vazio no mercado livreiro português” e “aborda este importante capítulo da arte de fazer Ciência de uma forma viva, com orientação prática, sugerindo actividades, incluindo ilustrações, dando voz a outros autores, orientando incursões na Internet…”. Esta obra é um subproduto do doutoramento em Didáctica, na UA, apresentado por Teresa Cardoso e no âmbito do qual foi desenvolvido um Meta-modelo de Análise e Exploração do Conhecimento Científico (MAECC ®), registado na Inspecção-Geral das Actividades Culturais e no Instituto Nacional da Propriedade Industrial. Edição Porto Editora Autoria Teresa Cardoso, Isabel Alarcão e Jacinto Antunes Celorico, investigadores no Departamento de Didáctica e Tecnologia Educativa da UA ISBN 9789720345738 Ano 2010
Nicola Pinna, investigador do CICECO, e Markus Niederberger, do Swiss Federal Institute of Technology, são os autores do livro “Metal Oxide Nanoparticles in Organic Solvents”. A obra tem a chancela da Springer London e pode ser consultada online no sítio da editora. Na síntese que apresenta o livro pode ler-se “este livro discute os mais recentes avanços na química envolvida na síntese controlada e assemblagem de nanopartículas de óxido de metal, as caracterizações necessárias a tais nano-objectos e as suas propriedades, dependentes do seu tamanho e forma. Nos últimos anos, uma alternativa valiosa para os conhecidos processos aquosos sol-gel foi desenvolvida sob a forma de soluções ligadas a processos não-aquosos. “Nanopartículas de Óxido de Metal em Solventes Orgânicos” avalia e compara processos controlados utilizando material tensoactivo e solvente, concedendo ainda uma visão geral das técnicas de caracterização de nanopartículas de óxido de metal, vias de cristalização, as propriedades físicas de nanopartículas de óxido de metal, as suas aplicações em diversos campos da tecnologia e a sua montagem em nano e mesoestruturas de grandes dimensões”. A obra está disponível no endereço: http: //springer.com/978-1-84882-670-0 Edição Springer London Autoria Nicola Pinna, Investigador do Laboratório Associado CICECO, e Markus Niederberger, Swiss Federal Institute of Technology ISBN 9781848826700 Ano 2009
Alterações Climáticas e Desenvolvimento Limpo
Emoções interactivas. Do cinema aos videojogos
Carla Gomes, mestre em Gestão e Políticas Ambientais pela Universidade de Aveiro, foi uma das três premiadas no concurso “Comunicar Ambiente” da Fundação Calouste Gulbenkian, que tem por objectivo apoiar a publicação de obras inéditas que transmitam informação científica no domínio ambiental, de forma clara, rigorosa e acessível ao grande público. “Alterações Climáticas e Desenvolvimento Limpo: Cooperação entre Portugal e os PALOP” foi publicada em Janeiro, pela editora Esfera do Caos, integrando a colecção “Gulbenkian Ambiente”. O trabalho baseia-se na dissertação de mestrado de Carla Gomes – orientada pelo Prof. Carlos Sangreman Proença, da UA, e co-orientada pelo Professor Manuel Collares Pereira, do Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa, que analisa o potencial dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) para projectos de Desenvolvimento Limpo, no âmbito do Protocolo de Quioto. O documento procura igualmente avaliar o impacto que Quioto tem tido na cooperação externa portuguesa, nomeadamente até onde podem ir essas políticas enquanto concretização dos mecanismos de Quioto, e até onde terão de ir esses mecanismos para integrar o continente africano numa perspectiva mais global de desenvolvimento, que inclua de uma forma efectiva a redução da pobreza e o que implica exactamente uma Cooperação para o Desenvolvimento Sustentável.
O antigo docente do Departamento de Comunicação e Arte da UA (DeCA) e Presidente da Sociedade Portuguesa de Ciências dos Videojogos, Prof. Nélson Zagalo, publicou recentemente “Emoções interactivas. Do cinema aos videojogos”. O livro foi apresentado na UA, no âmbito das actividades do encontro “Videojogos2009 – Conferência de Ciências e Artes dos Videojogos”, que o DeCA acolheu, em Novembro passado. Neste livro, Nelson Zagalo compara a estimulação da diversidade emocional que cinema e videojogos induzem, ensaiando uma justificação para o paradoxal défice dos últimos e abrindo portas ao tratamento retórico das narrativas interactivas. Em acordo com os dados fornecidos por Damásio, resultantes de experiências científicas no âmbito da neurociência, Nelson Zagalo sustenta argumentos orientadores que valorizem o pathos, mas não esquece que “o poeta começa onde o homem acaba” e sem poética as narrativas interactivas jamais poderão aspirar à oitava arte.
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Edição Esfera do Caos Autoria Carla Gomes, mestre em Gestão e Políticas Ambientais pela UA ISBN 9789898025999 Ano 2010
Edição Grácio Editor Autoria Nelson Zagalo, antigo docente da UA ISBN 9789899637511 Ano 2009
L’oeuvre de Julien Green. Une Poétique du Mal – Dualité et déchirure dans l’univers greenien
Introdução à Escrita Criativa
Otília Pires Martins, docente no Departamento de Línguas e Culturas da UA, acaba de publicar, nas Edições Colibri (Lisboa), “L’oeuvre de Julien Green. Une Poétique du Mal – Dualité et déchirure dans l’univers greenien”, um ensaio sobre a obra de um escritor de expressão francesa, de origem americana (Paris, 1900-1998). Julien Green construiu, ao longo de quase um século (séc. XX), uma obra proteiforme (romances, teatro, diário, autobiografia, contos, ensaios, traduções), pintura magistral dos vícios e paixões que dominam o ser humano dividido entre o visível e o invisível e na qual as personagens surgem aprisionadas num universo trágico e sombrio, lutando em vão contra uma existência nua, sem lugar nem tempo. Marcada por temas recorrentes - a violência, a angústia, o fatum, o absurdo da condição humana, a loucura, a busca da identidade, a obsessão da morte, a obsessão do impuro, o pecado, a sexualidade -, a poética greeniana desenvolve-se em torno de um eixo central que assenta na oposição do Bem e do Mal e no sofrimento decorrente da luta cruel entre o espírito e a matéria.
As Edições Colibri acabam de publicar a obra “Introdução à Escrita Criativa”, da autoria de João de Mancelos, pós-doutorando e docente de cursos livres de Escrita Criativa no Departamento de Línguas e Culturas da UA. Dirigido a jovens e a adultos, este manual transmite algumas estratégias para uma escrita criativa, com recurso a exemplos da literatura portuguesa e estrangeira. O talento e o esforço são qualidades essenciais a qualquer aspirante a escritor. No entanto, é preciso também conhecer técnicas para criar personagens, gerar suspense, inventar espaços, retratar épocas, construir diálogos naturais… Este manual aborda algumas dessas estratégias, com recurso a exemplos da literatura portuguesa e estrangeira. Constitui, portanto, um instrumento de trabalho tanto para alunos como para orientadores de oficinas de Escrita Criativa. “Neste livro, o meu principal objectivo foi registar técnicas e exercícios básicos para que um aprendiz de escritor, talentoso e com força de vontade, os possa experimentar, sozinho ou no contexto de uma oficina de Escrita Criativa”.
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Edição Edições Colibri Autoria Otília Pires Martins, docente no Departamento de Línguas e Culturas da UA ISBN 9789727728411 Ano 2009
Edição Edições Colibri Autoria João de Mancelos, pós-doutorando e docente de cursos livres de Escrita Criativa no Departamento de Línguas e Culturas da UA ISBN 9789727729449 Ano 2009
A Cooperação Descentralizada e as dinâmicas de mudança em países africanos – os casos de Cabo Verde e da Guiné-Bissau
Fernando Oliveira: um Humanista Genial
Com a coordenação e co-autoria do Professor Carlos Sangreman, da Secção Autónoma das Ciências Sociais, Jurídicas e Políticas, foi lançado o livro “A Cooperação Descentralizada e as dinâmicas de mudança em países africanos - os casos de Cabo Verde e da Guiné-Bissau”. A obra apresenta uma análise dos contributos dos novos actores não estatais da cooperação internacional de Cabo Verde e Guiné-Bissau, no período de 2000 a 2004, que têm vindo a assumir relevância nas últimas décadas de cooperação internacional para o desenvolvimento. O livro progride na teoria da Cooperação, nas metodologias de avaliação de projectos, no apoio a teses de mestrado, na pesquisa sobre observatórios de cooperação, apresentando-se como um instrumento importante na abordagem à epistemologia da Cooperação e na execução do primeiro inquérito a ONG portuguesas, guineenses e cabo-verdianas sobre a sua cultura organizacional de acordo com a metodologia de Hofstede e adaptada aos actores implicados.
A convite do Departamento de Línguas e Culturas da UA e com o apoio da Câmara Municipal de Aveiro e da Academia de Marinha, cerca de 30 especialistas de várias áreas do conhecimento produziram um conjunto de ensaios que foram reunidos no livro “Fernando Oliveira: um Humanista genial”, coordenado por Carlos Morais, docente do Departamento de Línguas e Culturas da UA. Os autores deste livro de homenagem, que assinala 500 anos do nascimento de Fernando Oliveira, também conhecido por Fernão de Oliveira (c.1507-c.1582, elaboraram um conjunto de ensaios com o intuito de proporcionar uma visão actualizada e global da vida e obra deste genial Humanista, polígrafo notável (filólogo, nautógrafo, historiador), cujo nome está intimamente associado a Aveiro. Ao longo de mais de 600 páginas e em quatro partes – o Homem, o filólogo, o marinheiro, o historiador -, são analisados, não só a obra que o tornou mais conhecido entre nós (a primeira Gramática da Linguagem Portuguesa, de 1536), mas também outros escritos pioneiros que, em diferentes domínios do saber (estratégia militar, náutica, cartografia, construção naval, relato de viagens marítimas, agricultura e história), atestam a sua genialidade: a Arte da Guerra do Mar (1555), a Ars Nautica (c. 1570), o Livro da Fábrica das Naus (c. 1580), o relato da Viagem de Fernão de Magalhães, a tradução parcial do De re rustica de Columela, uma cópia incompleta da Arte de Grammatica da Lengua Castellana de António de Nebrija (c. 1579-1580) e o Livro da Antiguidade, Nobreza, Liberdade
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Edição CESA - Centro de Estudos sobre África e do Desenvolvimento e ACEP – Associação para a Cooperação Entre os Povos Autoria Carlos Sangreman, Professor na Secção Autónoma das Ciências Sociais, Jurídicas e Políticas da UA, Raquel Faria, licenciada em Administração Pública pela UA, Eduardo Sarmento, Fátima Proença, Antónia Barreto, Tânia Santos e Hermínia Ribeiro ISBN 9789899647305 Ano 2009
e Imunidade do Reino de Portugal – um esboço historiográfico que interrompeu para escrever a primeira História de Portugal, já perto da sua morte (c. 1581-1582). Edição Universidade de Aveiro Coordenação Carlos Morais, docente do Departamento de Línguas e Culturas da UA ISBN 9789727893003 Ano 2009
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Prof. Manuel António Assunção tomou posse como Reitor Um auditório repleto de académicos e individualidades externas assistiu, dia 22 de Fevereiro, à tomada de posse do Prof. Manuel António Assunção, como Reitor da Universidade de Aveiro, para o ciclo 2010-2014, e da sua equipa reitoral. O primeiro Reitor eleito por um Conselho Geral garantiu que esta será uma Reitoria muito empenhada em ouvir a comunidade para que todos possam contribuir mais e melhor para o projecto UA. Trata-se de uma equipa “renovada e mais jovem, diversa na sua composição quanto à proveniência disciplinar e ao percurso académico” declarou o novo Reitor, no seu discurso de tomada de posse, enfatizando este facto como sinal de atenção às várias valências e sensibilidades da UA. Na sua intervenção, o Reitor referiu-se ainda aos seus antecessores almejando ser digno do trabalho desenvolvido por cada um deles e concluiu: “Serei Reitor de todos. E conto com todos, como conto com os nossos parceiros: Região, empresas, instituições congéneres e outras, nacionais ou de países terceiros. Como conto com o Conselho Geral e o Conselho de Curadores para continuar a fazer da UA uma instituição única, diferente, imprescindível, numa perspectiva humanista, de coesão institucional, criativa e inovadora”.
A cerimónia de tomada de posse contou ainda com as intervenções do Presidente do Conselho Geral, Alexandre Soares dos Santos, e do Presidente do Conselho de Curadores, Dr. Francisco Murteira Nabo. equipa reitoral Vice-reitor Prof. Doutor Joaquim da Costa Leite Coadjuvação directa do Reitor nas matérias não delegadas nos restantes membros da equipa reitoral. Vice-reitor Prof. Doutor José Alberto dos Santos Rafael Tem a seu cargo as matérias relacionadas com as actividades de observatório, prospectiva e planeamento estratégico, bem como da gestão da informação e da promoção da qualidade, eficiência e informatização dos serviços. Vice-reitor Prof. Doutor Eduardo Anselmo Ferreira da Silva Sob a sua alçada estão os assuntos no âmbito da formação de primeiro e segundo ciclos e da aprendizagem ao longo da vida. Vice-reitor Prof. Doutor Carlos de Pascoal Neto Lidera os temas relacionados com a cooperação Universidade – Sociedade, inovação, transferência de tecnologia e formação pós-secundária (Conselho para a Cooperação, antigos alunos da Universidade de Aveiro e suas estruturas representativas, entre outros).
Vice-reitor Prof. Doutor José Fernando Ferreira Mendes Responsável pelas matérias no âmbito da investigação e formação de terceiro ciclo (Conselho Científico, Escola Doutoral e promoção da internacionalização em matéria de investigação). Pró-reitor Prof. Doutor Artur da Rosa Pires Está incumbido de coordenar todas as acções em matéria de cooperação para o desenvolvimento regional, designadamente, as resultantes de acordos estabelecidos com actores regionais de índole autárquica ou empresarial. Pró-reitor Prof. Doutor José Claudino de Pinho Cardoso Coordenação da equipa de projecto para o desenvolvimento físico da UA. Pró-reitora Prof. Doutora Liliana Xavier Marques de Sousa Comanda as acções de intervenção da UA no desenvolvimento social, nas áreas da saúde, educação e bem-estar social de indivíduos, famílias e comunidades, em particular no âmbito do envelhecimento activo. Pró-reitor Prof. Doutor Osvaldo Manuel da Rocha Pacheco Preside à coordenação do desenvolvimento e acompanhamento do sistema de informação único. Pró-reitora Prof. Doutora Gillian Grace Owen Moreira Entre as suas responsabilidades está a coordenação de todas as acções relativas à acreditação dos ciclos de estudos.
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ESTGA abriu portas à comunidade e distinguiu melhores alunos
Ministro da Administração Interna apresentou Simplex para estudantes estrangeiros
UA acolheu o maior congresso sobre Turismo realizado em Portugal
A Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda (ESTGA) promoveu o seu “Dia Aberto” a 3 de Março. O Reitor presidiu à sessão solene de encerramento da iniciativa anual da ESTGA, que serviu para dar a conhecer a oferta formativa e a investigação produzida nesta Escola da UA, proceder à entrega dos diplomas aos finalistas dos Cursos de Especialização Tecnológica e premiar o mérito escolar dos melhores alunos. Na cerimónia foram também distribuídos os prémios relativos ao Torneio Estudantil de Computação MultiLinguagem de Aveiro – TECLA.
O ministro da Administração Interna, Dr. Rui Pereira, esteve na Universidade de Aveiro, a 8 de Março, para apresentar uma nova medida “Simplex 063 – Certificação Simplificada de Cidadãos Estrangeiros no Acesso ao Ensino Superior”. Esta medida, proposta pela UA, traduz-se no acesso das instituições de Ensino Superior à base de dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), evitando que os cidadãos estrangeiros – que não pertençam ao espaço Schengen – tenham que se deslocar a este serviço para obter os documentos que certifiquem a regularidade da sua estadia em território nacional.
A conferência INVTUR 2010 “Investigação em Turismo: O Estado da Arte e Perspectivas de Futuro” decorreu na UA, entre 10 e 13 de Março, resultante de uma parceria entre a UA e o Turismo Centro de Portugal. O evento reuniu em Aveiro mais de 700 participantes e as intervenções de oradores com reconhecimento de âmbito mundial, para discutir o futuro do sector, mas também a investigação e a produção científica realizada em Portugal, integrada em programas de mestrado e doutoramento. Paralelamente ao programa científico decorreu a BiT – Bolsa de Inovação em Turismo.
A UA é a primeira instituição do Ensino Superior do país a adoptar o Simplex para estudantes estrangeiros, depois de desenvolver, em parceira com o SEF, a solução tecnológica necessária.
A INVTUR 2010, considerada a maior conferência científica alguma vez organizada no país, teve coordenação científica do Prof. Carlos Costa, docente no Departamento de Economia, Gestão e Engenharia Industrial e como linhas mestras “aumentar o interface de comunicação entre os académicos e as empresas do turismo”.
Ministro da Economia e Inovação apresentou na UA os resultados do Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética A Universidade de Aveiro acolheu, a 24 de Maio, a sessão de apresentação dos resultados do Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética (PNAEE) e dos projectos realizados neste âmbito, pela própria Universidade. Promovida conjuntamente pela UA e pela Agência para a Energia – ADENE, a sessão contou com as presenças do Ministro da Economia e Inovação, Vieira da Silva, do Secretário de Estado da Energia e Inovação, Carlos Zorrinho, do Director-Geral da Agência para a Energia, Alexandre Fernandes e do Reitor da UA, Manuel António Assunção. A ocasião serviu também para dar a conhecer os resultados dos projectos desencadeados, a nível nacional, pelo PNAEE, e todas as acções realizadas na UA, em prol da eficiência energética, que totalizam um investimento de 9 milhões de euros.
Ciclo de conferências “Biologia na Noite” dedicado à biodiversidade A 9ª edição do ciclo “Biologia na Noite”, organizado pelo Departamento de Biologia da UA (DeBIO), teve como tema de fundo a biodiversidade, em função do Ano Internacional da Biodiversidade, que decorre em 2010. Todas as terças-feiras, entre 20 de Abril e 18 de Maio, o Auditório do Centro Cultural e de Congressos de Aveiro, acolheu “uma pequena amostragem, não exaustiva, do grau de internacionalização e da diversidade científica do DeBIO” explicou o Prof. Amadeu Soares, membro da organização. Nesta edição do ciclo “Biologia na Noite” quatro das cinco conferências deram a conhecer o trabalho e a experiência de vários investigadores do DeBIO e do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar da Universidade de Aveiro, em Portugal e noutras regiões do planeta.
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FITUA: 20 anos a dar musica à cidade
40 mil celebraram o Enterro do Ano
Competições nacionais do PmatE juntaram 18 mil na UA
O Teatro Aveirense voltou a acolher o espectáculo que aproxima a cidade da academia. Dias 23 e 24 de Abril, a mítica sala de espectáculos de Aveiro encheu-se de público para receber oito tunas académicas. anTUNiA – Tuna da Faculdade de Ciências da Universidade Nova, TUIST – Tuna Universitária do Instituto Superior Técnico, TAL – Tuna Académica de Lisboa, Tuna Universitária do Porto (TUP), Tuna Universitária do Minho (TUM), Tuna Académica da Guarda (TAG) e Tuna Derecho de Santiago de Compostela festejaram, com música e muita animação, a sua passagem pela cidade da Ria, no âmbito do 20º Festival Internacional de Tunas da Universidade de Aveiro – FITUA. Este ano, o grande prémio do FITUA foi entregue à TUP.
A Semana do Enterro, a maior festa anual organizada pela Associação Académica da Universidade de Aveiro, abriu a 24 de Abril, ao som de reggae, com a actuação de Patrice. Além do cantor alemão, o cartaz contou com outros grandes nomes da música nacional, Linda Martini, Blasted Mechanism, Quim Barreiros, David Fonseca, Meidin, entre outras bandas, tunas e DJ’s.
Cerca de 18 mil alunos, provenientes de 1200 escolas de todo o país, participaram nas Competições Nacionais de Ciência, promovidas pelo Projecto Matemática Ensino (PmatE). Com o mote “Operação Pega-Monstro”, as provas decorreram nos dias 27, 28 e 29 de Abril e abrangeram os vários graus de ensino, desde o primeiro ciclo ao ensino secundário. O projecto surgiu em 1990, com a EQUAmat, uma competição para combater a tradicional visão negativa associada à disciplina da Matemática, dirigida aos alunos do 7° ano, com um impacto apenas local.
O espectáculo contou ainda com as actuações da Tuna Feminina da Associação Académica da Universidade de Aveiro e do Grupo de Fados da Tuna Universitária de Aveiro. A apresentação do espectáculo coube, uma vez mais, ao Grupo de Jograis Universitários do Minho. A abertura e o encerramento do FITUA foram protagonizados pela tuna anfitriã, a Tuna Universitária de Aveiro (TUA). Depois das actuações musicais, o convívio prosseguiu na Praça do Peixe.
O transporte entre o centro da cidade e as imediações do Estádio Municipal foi, uma vez mais, assegurado pela AAUAv. Pela primeira vez, os estudantes de Águeda tiveram também transporte gratuito. Para além dos concertos, o cartaz contou com um programa paralelo composto por actividades culturais e desportivas, como as corridas de bateiras e do enterro, o rally tascas, o dia náutico, torneio de paintball ou o tradicional desfile pelas ruas da cidade. Este ano passaram pelo recinto das festividades cerca de 40 mil pessoas.
O crescimento do projecto foi tal que hoje é considerado um dos melhores do género, a nível nacional, com a mais-valia de, entretanto, se ter estendido a outras áreas do conhecimento científico – Português, Física, Biologia e Geologia – bem como a todos os ciclos de escolaridade.
Fórum 3E aproximou finalistas do mercado de trabalho
Executive Board do ECIU reunido na UA
Mais de mil visitantes e 2500 currículos deram entrada na 10ª edição do Fórum 3E – Emprego | Empresas | Empreendedorismo, que decorreu a 4 e 5 de Maio, na UA. Durante dois dias, finalistas e recém-diplomados tiveram a oportunidade de contactar, de uma forma privilegiada, com algumas das melhores empresas e instituições e de trocarem os seus currículos por oportunidades de emprego e estágios. Para o Prof. Carlos Pascoal Neto, Vice-reitor da Universidade de Aveiro, esta instituição “através da sua forte ligação ao mundo empresarial, promove, activamente, nos seus alunos o espírito empreendedor, bem como a inserção dos seus diplomados no mercado de trabalho”.
A “Executive Board Meeting” do European Consortium of Innovative Universities (ECIU) reuniu na UA, nos dias 6 e 7 de Maio, representantes de quase todas as instituições desta rede de universidades inovadoras a que a UA, a única em Portugal, pertence. Depois da abertura dos trabalhos, pelo Reitor, Prof. Manuel António Assunção, a agenda deste encontro regular do Executive Board incluiu, entre outros, a discussão de temas como a “Student Mobility and ECIU Graduate School”, “Human Resource Development”, “EU Policy” e ainda a visita a alguns dos laboratórios e unidades de investigação da UA.
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