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MATEUS BONILHA MENDES - Andradas, MG

MATEUS BONILHA MENDES - Andradas, MG Estudante, poeta e escritor

A POESIA NAS PEQUENAS COISAS

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Acordei e sentei-me em minha cama, como todos os dias; porém, hoje, senti algo diferente, como se fosse preciso mudar a minha rotina para algo melhor. Os últimos dias estavam cada vez mais estressantes, meu corpo clamava por descanso, então fiquei ali, estático, refletindo um pouco.

Fiz uma pequena prece nesse meio tempo - não acredito em Deus como todos acreditam, mas senti que precisava, ao menos, agradecer... Agradecer pelo o quê, pensei; nunca agradeci a deus por nada, então apenas agradeci por tudo que tinha, e me levantei.

Abri a janela do meu quarto, e os raios de sol invadiram este; poderia ficar bem irritado com o sol me cegando, mas decidi mudar – agradeci pelo dia maravilhoso, e por esse belo sol que iluminava as manhãs.

Quando estava saindo do quarto, pude ouvir alguns passarinhos cantando. Coloquei a mão na maçaneta, e quando realmente prestei atenção ao canto dos pássaros, comecei a cantar junto também; foi realmente divertido, um bom começo de dia.

Tomei uma xícara de café, comi uma torrada, e saí pela porta da frente após trocar minha roupa. Hoje seria um dia árduo de trabalho, mas não pus meu foco nisso: decidi focar em coisas que nunca vi antes pelo caminho até meu trabalho.

Andando pela calçada, vi algumas flores pequenas crescendo pelo meio das pedras; colhi uma flor, bem pequena, mas era linda – uma flor vermelha com uma “coroa” dourada no centro. Vi uma garotinha na casa ao lado, e a chamei.

Demorou um pouco até ela se aproximar, e entreguei a flor para ela; ah, o sorriso dela foi maravilhoso, acho que nunca ganhara uma flor de um desconhecido antes. A avó da menina, regando o jardim, agradeceu minha atitude.

Continuei andando até o trabalho, dizendo bom dia para todos que cruzavam meu caminho e brincando um pouco com as crianças que encontrava. Mudar um pouco a rotina para ter um dia melhor renovara minhas energias.

Meu chefe se estressou um pouco pelo atraso, mas expliquei minha mudança. Bem, ele demorou um pouco a entender, mas considerou o atraso de 5 minutos.

O dia estava lindo.

O trabalho foi ótimo. Alguns clientes não estavam contentes com algum atendimento prévio, ou algum produto danificado, mas fora isso o dia de trabalho fora calmo. Almocei com pessoas novas, um grupo de homens que sempre almoçava isolado de todos; acho que animei o dia deles.

Esperei todos irem embora, e me despedi de cada um – o último a sair foi meu chefe,

e conversei um pouco com ele para animá-lo, seu dia fora um pouco estressante.

Voltei para casa eram em torno de 7 horas da noite, e tudo estava normal pelas ruas; quando cheguei em casa, tirei minha roupa, troquei meu pijama, fui jantar.

Alguma coisa ainda estava faltando.... Já sei!

Liguei para uma amiga que não via a tempos, combinei para que ela viesse em casa vestindo seu pijama; quando chegou, não abri a porta para ela – fiquei fora de casa, na varanda, contando estrelas e conversando.

Convidei-a para dormir em minha casa, pensando muito no dia que tive – as melhores coisas da vida são as pequenas, coisas que todos esquecem no correr do dia a dia.... Hoje, minha vida fora mais poética.

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