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Daniel Cardoso Alves
Daniel Cardoso Alves Belo Horizonte/MG
(Re)nascer
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A vida é assim, de uma hora para outra, tudo muda A dor chegou inesperada, sorrateira e se revelou em crueldade desnuda Veio sob o pseudônimo de sepse, vulgo infecção generalizada aguda
Infecciosos foram os áridos dias que se seguiram Assombrados pelo medo da partida Inflamados pelo sofrimento dos meus
Em claudicante clausura, supliquei: socorre-me, Deus! Ele me ouviu. Não desampara os seus
À desesperadora súplica, lá fora, mas em livre prisão, minha mãe ora, chora e implora: Salvai meu filho, Nossa Senhora! Divina mãe, que por mim, não titubeou, intercedeu na hora
E vivo estou! Por milagre? A ciência disse que foi sorte Mas pode, por acaso do destino, no dia do seu nascimento contrariar o diagnóstico da morte?
Não há coincidência (re)nascer no dia do seu nascer Pelo simples fato de que viver é antítese de morrer
Por isso, firmo: a bem-aveturança chegara naquele leito de morte no dia e na certa hora E me dara a dádiva da vida como presente daquele agora Portanto, refirmo: foi Deus! Senhor da minha sorte! Pai que me torna forte!