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Francisco Cleiton Limeira de Sousa
Francisco Cleiton Limeira de Sousa Poço Dantas/PB
Descartes
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Se desfez das minhas roupas Canções, fotos. Ignorou meus medos e sonhos Rejeitou meus abraços e gemidos Opiniões nunca aceitas Comidas não provadas Convites recusados Ligações desatendidas Viagens descumpridas E promessas irreais Não se adapte ao mínimo Sinto que hoje minhas asas crescem Por antes estarem acorrentadas Minha boca fala Meus pés andam para a luz Meus ouvidos escutam minha intuição Meu corpo é morada dos meus desejos É livre, mono ou poli Se abre, se fecha, se flexiona, Exceto, se regozija pelo barato Já fui armário - frágil. Me fez gaveta quebrada. Hoje, nenhum deles. Conversão em mármore, lustre. E, em ilustre momento, Estarei puxando-lhe o melhor assento Para assistir minhas glórias.
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