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Nilde Serejo

Nilde Serejo São Luís/MA

Dias Amargos

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Quando as lágrimas secarem por dentro E meu corpo parar de se baquear ao vento Eu sei que vou ficar bem. Quando a tempestade passar lá fora O sangue cessar e a ferida fechar Eu sei que vou ficar bem. Quando as páginas se auto arrancarem E as cortinas novamente dançarem ao vento Eu sei que vou ficar bem. Quando o sabor dos meus lábios voltar a ser sentido Sem o gosto amargo de um destino interrompido Eu sei que vou ficar bem. Por ora, me deixe Me deixe neste chão frio Assim despida Procurando a quentura dos teus abraços Na frieza do teu olhar em mim. Já não há mais sentido A dor me envolve feito agasalho Aperta meus ossos me deixando em pedaços E cadê você? Não sei se você foi Ou eu que te deixei ir Não lembro quando me perdi de mim Quem sou eu e o que faço aqui. Será delírio Ou realidade cruel Não sei se você existiu na minha vida Se inventei a despedida. Só sei que estou sozinha Neste espaço escuro Ouço vozes lá fora E aqui dentro, Silêncio.

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