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Paulo Cezar Tórtora
Paulo Cezar Tórtora
Rio de Janeiro/RJ
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Companheira
Quando a desventura assaltar teu peito trazendo-te à alma a incerteza e o temor, busca um refúgio tranquilo e insuspeito, chora baixinho, sem pejo ou rancor.
Seja o sofrimento que te aniquila o passaporte para a redenção, moldando teu espírito na argila da coragem e da resignação.
Chora. Verte tuas lágrimas sinceras ansiando em silêncio por primaveras que renovem tua crença combalida.
E afeiçoa-te a esta nova companheira A dor... indesejável carcereira― ― que há de seguir-te por toda a vida.