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Cizina Célia Fernandes Pereira Resstel
Cizina Célia Fernandes Pereira Resstel Marília/SP
A Mentira
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A mentira é a ação da mente mentirosa, Falsificação da ideia, Longe da realidade, Permanece distante da verdade. A mentira é aliada da onipotência e da arrogância, Mas jogada aos ventos, Torna-se um veneno, Vira-se perigosa, Porque mata a confiança e empobrece a racionalidade. A mentira se veste de deslealdade, Se nutre da enganação, Pois quem mente, sabe e conhece a verdade, Acredita ainda ter razão, Sua intenção revela a sua conscientização, Por isso, não é negação, O mentiroso sabe qual é a sua motivação. Da má intenção, nasce a mentira, Uma violência contra a realidade, Destrói a autenticidade, Pois é parceira da falsidade. A casa da mentira, Lar da impossibilidade de inspiração, Onde nada se cria, A não ser, a morte das poesias, Das considerações,
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E a morte das relações. Viver na mentira, Mata qualquer possibilidade de desvendar a realidade, Evita-se o encontro com a essência da verdade. No íntimo, todo mentiroso tem um boneco de Pinóquio1 interno, Se origina das próprias dificuldades, Em usar as pessoas, para justificar a cisão da sua mentalidade. Não se mede a mentira pelo tamanho do nariz, Mas pelos rastros de indignação do outro, Pois, na história, a verdade nua e crua sempre aparece, Não escapa da percepção do ingênuo e nem do astuto que se denota mais acuidade, No relógio da vida, a descoberta é relativa ao tempo, Desmascara o mentiroso, Põe fim, a uma de suas infinitas mentiras, Porém, não morre o mentiroso, Mas sua atrocidade. Os sinais da mentira são desastrosos, O mentiroso, se afasta de si próprio, Pois se limita a pensar e de qualquer possibilidade de se reinventar, Viver na mentira é viver na ausência da verdade, A realidade é real e atemporal, Dado que, a única forma que se apresenta a verdade é através da realidade, E assim, a realidade entra em cena e revela clareando em suas ressonâncias a mentira e em sua voz, a verdade.
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1Escrito em 1881 por Carlo Collodi, um italiano de Florença. Pinóquio é um boneco de madeira e de linguagem. O personagem vovô Gepeto dá formas humanas ao boneco. Quando Pinóquio mentia, o seu nariz crescia. O nariz grande de Pinóquio tornou-se o símbolo da mentira. (INFOPÉDIA. Disponível em: https://www.infopedia.pt/$carlo-collodi. Acesso em: 30 nov. 2021).