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Edgar Borges

Edgar Borges Boa Vista/RR

Um tanto de perguntas e algo de dúvidas

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O que vai acontecer? Quem sabe? 10h32. Quarta. Comecei a fazer o que estava com medo de nunca começar. Na verdade, o que nunca pensei em começar. Etapas, sabe? Um degrau de cada vez. Comecei ontem. Hoje terminei a parte um, o esboço, o rascunho, a textualização de anseios. Já mandei para que analisem e encaminhem. Um destino há de ter. Há de ter sim. A meta é clara, os passos também, a execução é que são elas. São viagens e viagens só começam quando saio de minha casa. Planejar nunca foi o meu forte. Procrastinação, não à procrastinação. O que se quer deve ser buscado. Todo não é garantido e todo sim é lucro. Todo sim é lucro. Todo não é garantido. 50/50, às vezes mais para um lado. 50/50. 50/50. A quantas bate o coração? O teu coração bate quando? Quem vê? Para quem bate? Bate quando ama? Quando amou? As manhãs são boas para amar? Já amanhã amou? 10h39 e já amou? Já taquicardiou o coração de um jeito que foi visto saindo pela boca entre um amar e outro? Já bateu tão forte que balançou a cama como se terremoto fosse o coração? Em quem bate o teu coração? Coração. Coração. O que faz bater o coração? O tum tum tum explodir na sala? O que te faz explodir? Kamikaze, pessoa-bomba, dinamite humana. Tum bum tum bum. Explosão atração gosto. O que faz teu olhar explodir? Bum tum bum tum. Não quem, atente, mas o que. Estilhaços de desprezo em relação ao restante do mundo quando aquele “o que” aparece. Tum tum tum tum. Ecos de um atabaque numa caverna chamada nós/tu/em/eles. Explode o gosto em sorrisos e vontades de mais e mais e choro e melancolia se não se não se não. Bum, tum tum bum. Coração, por quem bates, quando bates, por que bates, bates tum tum tum?

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