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Tecnologia
Cidades inteligentes e digitais
Por Alberto Claro (*)
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Já falei muito por aqui sobre alguns a casa do futuro. A coisa é bem mais ampla. temas ligados a uma ordem digiPretendo me dedicar a falar aqui sobre as tal, seja ela relacionada à carreira Cidades Inteligentes e Digitais. Sim, se preprofissional ou aos negócios (empare para elas. Mas, que coisa é essa? É um presas e marcas). Mas ainda não termo que está na moda já há algum tempo. falamos do local no qual vivemos (em nossa Mas temos que ter cuidado pois, aos ouvidos maioria): as cidades, principalmente das cidade um leigo, pode significar que as outras cides inteligentes. Que tal conversarmos sobre dades que não são inteligentes são “cidades isso um pouquinho? Não me refiro só a falar de burras” e isso não é o correto a se dizer nesse carro elétrico, de transporte público ou sobre caso. Vou tentar esclarecer isso.
O que é uma cidade inteligente?
Quando se trata de tecnologia as pessoas só a percebem quando há um problema. Elas não se preocupam quando tudo funciona, os sistemas estão bem integrados e atuando para que o fluxo seja garantido, e para que a cidade siga sua normalidade.
Os teóricos nos dizem que a Cidade Inteligente é aquele espaço urbano e inovador que utiliza as tecnologias de informação e comunicação e outros meios para melhorar a qualidade de vida, a eficiência das operações e serviços urbanos e a competitividade, atendendo às necessidades das gerações atuais e futuras, nos aspectos econômicos e socioambientais. Além disso, deve ser atrativa para cidadãos empreendedores e trabalhadores gerando empregos e reduzindo as desigualdades. E também para seus visitantes!
Uauuuu né!? Linda definição! Mas sabemos que uma cidade não é um lugar tão perfeito assim. As cidades são, em sua grande parte, lugares caóticos, confusos, violentos etc. Mas há organizações e pessoas lutando para desenvolver, a partir da tecnologia, projetos de cidades inteligentes. Uma espécie de Inteligência Artificial Urbana, envolvendo robótica, internet das coisas (IoT), big data, energia, saneamento, transportes, mobilidade, design, construção, sustentabilidade etc.
Uma verdadeira transformação digital está ocorrendo em nossas ruas e praças. Prestem atenção cada vez mais a esse processo. Nossas vidas serão impactadas por isso para sempre.
‘Smart City’ e a tecnologia
Pensar em uma Smart City requer muita interdisciplinaridade, uma vez que as soluções para ela ainda não estão totalmente desenhadas. Além disso, cada cidade é única e apresenta uma nova complexidade a ser resolvida. Solucionar um problema de Santos pode não resolver um problema de Campinas, ou qualquer outra localidade.
Não podemos confundir o fato de se ter algumas tecnologias no espaço urbano com uma cidade inteligente. É mais do que isso. Uma cidade inteligente e digital é aquela que se utiliza de tecnologia avançada para atender às necessidades específicas de cada munícipe, daquela população, por meio de dados e aplicativos.
Para que isso ocorra, deve-se utilizar do melhor que temos hoje em tecnologia para fazer um excelente planejamento urbano e planejamento de mobilidade e assim se pensar as ações prioritárias, para que tipo de público elas se destinam, em que momento e como isso deve ser oferecido. Tudo isso com o único objetivo que é melhorar a qualidade de vida dos cidadãos e melhorar os indicadores naquela cidade específica.
O que poderia tornar uma cidade de fato uma cidade inteligente?
Existem no mundo - e também no Brasil - possibilidades que estão proporcionando uma nova experiência de ser cidadão, com mais facilidades, tecnologia, digitalização, informação e serviços interativos e, principalmente, mais transparência. Já deve ter lido ou percebido vários exemplos interessantes, não é mesmo? Mas ainda temos muito que avançar nessa questão, em especial nas regiões menos favorecidas do contexto urbano.
Mas o que sabemos é que cada vez mais surgem tecnologias que de fato estão transformando as cidades em inteligentes. Por exemplo: 5G, carros autônomos, formas de comércio e serviços digitais, facilidades de pagamentos eletrônicos e legislação mais forte para a proteção da privacidade e dos dados do cidadão, como a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados).
Dados serão fundamentais e já são gerados o tempo todo. Com isso precisamos ter cuidado de como eles são usados. Obviamente, é interessante se usar parte dos dados gerados de forma anônima para melhorar a cidade, melhorar os serviços, ver qual é o fluxo de pessoas, dos ônibus, metrôs e outros sistemas de transporte público existentes, também do sistema de transporte individual privado (carros, motos, bikes, patinetes etc).
Enfim, existe uma infinidade de coisas para serem amarradas e com isso se melhorar a cidade. Devemos, portanto, gerar inteligência a partir dos dados anônimos que as pessoas produzem para trabalhar ações de melhoria ou de gestão da cidade. E transformá-la em um local muito melhor para todos nós vivermos.
(*) Doutor em Comunicação Social; professor de Administração da Universidade Federal de São Paulo; diretor voluntário de Comunicação da Casa da Esperança; palestrante nacional e internacional na área de Administração, Comunicação e Marketing