EDIÇÃO
PREMIUM
2021
Nº 18 DIGITAL
Lisboa Conheça os melhores bairros para se hospedar 1
w w w. b o n d i n h o . c o m . b r 2
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maravilhosa
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Nesta edição Rio de Janeiro
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Lisboa
Canal de Suez
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DIRETOR GERAL Sérgio Liberado DIRETOR DE REDAÇÃO Liberado Junior EDITOR-CHEFE Bayard Do Coutto Boiteux PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO Kelvin Souza CONSELHO EDITORIAL Ana Cristina Rosado / Andrea Nakane /Arnaldo Bichucher / Rawlson de Thuin/ Thiago Alves de Oliveira e Viviane Fernandes ASSESSORIA DE IMPRENSA Line Skin DEPARTAMENTO JURÍDICO Dr. João Freitas OAB 107.753/SP CENTRAL DE ATENDIMENTO Segunda a sexta, das 9 às 17h (13) 3237-6550 / ramal 16 E-MAIL jornalismo@enjoytrip.com.br CORRESPONDÊNCIA Matriz: Santos Av. Bernardino de Campos, 64 Vila Belmiro CEP 11075-000 Whatsapp: (13) 99700-8661 Filial: Av Aberlardo Bueno 600 Barra da Tijuca/ Rio de Janeiro
A revista ENJOY TRIP é uma publicação bimestral da LINE SKIN ASSESSORIA & CONSULTORIA LTDA.
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2021 © TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. PROIBIDA A REPRODUÇÃO SEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA E ESCRITA. TODAS AS INFORMAÇÕES SÃO DE RESPONSABILIDADE DOS RESPECTIVOS AUTORES.
Editorial
É
com muita satisfação, que faço parte agora da “Enjoy trip”. Venho dar prosseguimento ao trabalho de meus antecessores ,junto com uma nova equipe e de alguma forma trazer para você ,leitora ,leitor amigo,dicas,informações e formas de ver e entender o Brasil e o mundo ,na sua diversidade e pluralidade. Na nossa viagem da atual edição, vamos conhecer um pouco melhor Portugal que aos poucos vai se flexibilizando para o Turismo, mas que impõe medidas restritivas quando necessário e apregoa a necessidade de protocolos de segurança. Foi em Portugal, que passei parte da minha adolescência e que me ajudou na caminhada de me constituir num cidadão no mundo. Tenho certeza que Lisboa e Braga vão despertar sua curiosidade e que tais destinos poderão fazer parte de sua próxima viagem, quando a vacinação o permitir. Trazemos também novidades sobre cruzeiros e como eles vão enfrentar e participar do “Novo Normal”, termo que não gosto muito, mas que enseja esperança em momentos tão difíceis para a humanidade. Não se esqueça que o seguro viagem é um item vital na sua experiência, em tempos de Covid assim como a obrigatoriedade da vacina, para ingressar na maior parte dos países. Vivemos a era do coletivo, do nós, do juntos somos mais fortes e fazemos da união, uma forma de reconhecimento de cada integrante da cadeia produtiva mundial. Uma entrevista com a diretora comercial do Rio Convention & Visitors Bureau, Roberta Werner nos mostra caminhos para a retomada de um Rio turístico. Turismologa, com passagens de sucesso na hotelaria carioca e no ensino, ela traz a certeza de dias melhores para nossa atividade. Agradeço a sua companhia, em meu nome e do meu time e lhe desejo uma leitura repleta de solidariedade pelo mundo do viajar!
Bayard Do Coutto Boiteux
Editor-chefe
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Lisboa - 18
SU MÁ RIO
ALFAMA O bairro mais tradicional de Lisboa é uma graça. Ruelas estreitas, becos sinuosos, roupas secando nas janelas, mercadinhos antigos
Cruzeiro - 32
O navio Evergreen, operado pela companhia taiwanesa Evergreen Marine, desencalhou depois de ter obstruído por seis dias a passagem do Canal de Suez, no Egito
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Disney - 38
Uma viagem de emoção e excelência através dos seus maravilhosos navios
Passaporte - 50 Seguros - 43
Um cancelamento de voo, um extravio de bagagem e, nos piores casos, uma internação em um hospital: ele garante!
Estilo de vida - 46
A pandemia está fazendo aniversário e, a essas alturas, seus efeitos de longo prazo em nossas vidas já são extremamente claros.
Não bastasse amargar prejuízos estimados em US$3 trilhões, o setor de viagens de lazer vem tendo que lidar com um arsenal de protocolos sanitários inéditos
Entrevista - 53
Entrevista com Roberta Werner, diretora comercial, do Rio Convention e Visitors Bureau
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CAPA
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Terras portuguesas Lisboa: os melhores bairros para se hospedar
S
empre que alguém me relata que vai visitar Lisboa, pela primeira vez, foi aconselhado a se hospedar na Praça de Espanha ou Avenida Roma, menciono que não é uma verdadeira experiência portuguesa com certeza. Além de ficar longe dos principais atrativos turísticos
centrais, como o Castelo, as ruelas, os prédios de fachadas coloridas, a diversidade gastronômica e as lindas vistas do Tejo. Aproveitando o calorzinho que, pelo visto, chegou para ficar, aqui vai a lista dos melhores bairros para se hospedar e curtir a cidade a pé, com o melhor que ela tem a oferecer:
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PRÍNCIPE REAL A combinação é irresistível: ruelas cheias de charme, pracinhas bucólicas, ao lado do Bairro Alto. Recentemente o bairro deixou de ser estritamente residencial, como era naquela época, e, da noite para o dia, virou a bola da vez. Há bares animados, restaurantes bacanas, lojinhas de design… e as mesmas ruas e pracinhas de tempos atrás. Desvantagem: as ladeiras. Tudo converge para o Jardim do Príncipe Real, que fica no topo. E todas as ruas descem a partir dele.
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BAIRRO ALTO É o bairro boêmio por excelência. Uma mistura de bares, restaurantes, quitandas com cara de antigamente e lojinhas. Muitas ruas são fechadas ao trânsito de carros, o que faz dele um gostoso lugar para passear. Desvantagem: o barulho. Aqui todo dia é dia de festa.
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CHIADO Elegante, colado ao Bairro Alto e ao Príncipe Real. Por aqui passam os famosos eléctricos. E aqui estão alguns ícones da cidade, caso do café A Brasileira, onde fica a estátua de Fernando Pessoa. Bom destino para compras, tem de H&M e Zara a lojas descoladas, caso da imperdível Vida Portuguesa, que vende artigos típicos do país que são verdadeiros achados para levar de lembrança. Desvantagem: a muvuca. Desde que Lisboa virou a queridinha do turismo internacional as ruas do Chiado vivem simplesmente lotadas. E o preço de tudo foi nas alturas.
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BAIXA É o centro do centro, onde fica uma sucessão de praças: Restauradores, Rossio, Terreiro do Paço (a Praça do Comércio)… Reúne aquele bulício típico de centro de cidade, com penas de lojas de suvenires, restaurantes que disputam os turistas nas calçadas e vendedores ambulantes. Desvantagem: é uma região barulhenta e confusa, onde o trânsito está quase sempre congestionado.
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AVENIDA DA LIBERDADE A principal artéria do centro lisboeta é também a sua avenida mais elegante. Ela liga a Praça Marquês de Pombal à Baixa e está recheada de restaurantes, hotéis e lojas de grife – estão lá de Prada a Gucci, de Burberry a Louis Vuitton. Fica lá também uma das melhores novidades do ano: o salão de chá da pâtisserie francesa Ladurée, com seus macarons maravilhosos. Desvantagem: aqui os hotéis costumam ser hotelões de rede. Quem prefere hospedagens boutique não tem muitas opções.
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ALFAMA O bairro mais tradicional de Lisboa é uma graça. Ruelas estreitas, becos sinuosos, roupas secando nas janelas, mercadinhos antigos… E ainda alguns dos principais cartões-postais portugueses: o Castelo de São Jorge, a Sé, a igrejinha de Santo António, o eléctrico 28, alguns dos mais famosos miradouros… É a chance de mergulhar de cabeça no lado mais tradicional da cidade. Desvantagem: a maioria das ruas é fechada para o trânsito não só de carros particulares, mas também de táxis (que precisam parar e pedir autorização a cada “pino” no meio da rua). Está com muita bagagem? Tenha em mente que você pode não conseguir chegar até a porta…
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Foto: Ana Teixeira/Reprodução
EUROPA
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O melhor destino europeu de 2021 é português!
oncursos, concursos, concursos. O começo de cada ano é marcado por rankings e mais rankings no mundo das viagens, mas, num cenário como o que estamos vivendo, verdade seja dita: cada um deles tem até um gostinho mais especial, tamanha a ansiedade pelo momento em que possamos, finalmente, sair livres, leves e soltos por aí. Pois vamos a mais um deles: o Best
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European Destination. A premiação elege anualmente os melhores destinos do continente para o turismo, com votações dos quatro cantos do mundo. A edição de 2021 foi anunciada este mês e no topo do ranking, acima de destinos como Paris, Roma, Florença ou Ghent (Bélgica), está a capital do Minho e uma das cidades mais antigas de Portugal: Braga. O concurso com 20 finalistas
Foto: Rui Sousa/Reprodução Foto: Rafael Molica/Reprodução Foto: Angela Compagnone/Reprodução de peso contou com mais de 600 mil votos de exatos 192 países, dos quais Braga respondeu com quase 110 mil votos. E o que a terceira maior cidade de Portugal, onde vivem pouco mais de 135 mil pessoas, tem de especial? Para começar, um centro histórico lindo e bem preservado. Bons restaurantes e simpáticos cafés. Uma universidade que reúne jovens de toda a Europa e contribui para um clima sempre animado. E uma coleção de grandes monumentos religiosos que inclui um Patrimônio da Humanidade, declarado pela UNESCO em 2019: o Santuário de Bom Jesus do Monte com a sua bela escadaria formada por 580 degraus. Fundada pelos romanos no século 1 a.C., a antiga Bracara Augusta é parte de todo roteiro que se preze pelo norte de
Portugal. Localizada 55 quilômetros ao norte do Porto (e a 365 quilômetros de Lisboa), ela é interligada às duas pelo Alfa Pendular, a linha de trens rápidos, e está a apenas 25 quilômetros de Guimarães, o berço do país onde fica um lindo castelo. Também chamada de Roma Portuguesa, tem uma coleção de imponentes igrejas – sendo a Sé a principal de todas elas, com o título de catedral mais antiga do país (sua construção começou no ano de 1.070). “Incrivelmente romântica (…), Braga é uma das cidades mais felizes da Europa e uma das com melhor qualidade de vida do mundo”, diz a organização do prêmio. Mais uma razão para incluí-la no roteiro: ela fica a poucos quilômetros do Parque Nacional da Peneda Gerês e suas incríveis paisagens.
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RIO DE JANEIRO
O refúgio de uma pandemia do passado que dá alento na atual Hotel Vila Santa Teresa surpreende com vista irretocável na paz do pós-luxo
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ão imaginava que existia isso aqui em cima! Que coisa linda! Obrigado por me trazer aqui! Pode parecer estranho, mas foi assim que o motorista do aplicativo se despediu ao me deixar à porta do hotel Vila Santa Teresa. Isso mesmo depois de passar um bom tempo perdido para achar a entrada e subir uma inesperada ladeira. De fato, não é tão simples chegar lá pela primeira vez. Não há placa com o nome do lugar. É preciso saber para onde se está indo e observar a discreta sinalização de que o número 2305 fica depois de um pesado portão, no alto da pequena rampa que brota abruptamente da Avenida Almirante Alexandrino, a principal do bairro. Do lado de dentro, a pista tortuosa vai subindo por gramados, uma mansão, uma horta. Uma paisagem campestre que sempre surpreende num dos principais bairros de uma metrópole. E prenuncia uma visão arrebatadora.
Pão de Açúcar é um cartão-postal à beira da piscina no Vila Santa Teresa (Vila Santa Teresa/Divulgação)
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Da pandemia de então para a de agora Com seus 80 mil metros quadrados, a propriedade não chega a ser um segredo. Mas não deixa de ser uma surpresa num bairro tão conhecido por suas histórias e belezas. Casarões, ateliês, vistas deslumbrantes. São muitos os predicados dessa vizinhança cuja ocupação se consolidou num período de epidemia. Foi em 1850, quando a cidade foi devastada pela febre amarela. Acossados pelos mosquitos que levavam a doença para a região central, os habitantes mais abastados de São Sebastião do Rio de Janeiro decidiram subir o morro. O regime de ventos e a temperatura mais amena repeliam os mosquitos e atraíam fa-
O nascer do sol no Vila Santa Teresa (Divulgação/Reprodução)
mílias em busca de um refúgio, inicialmente, sanitário. Foi assim que uma família austríaca se estabeleceu num dos pontos altos de Santa Teresa, em uma mansão em estilo clássico. A mesma que, em 1936, foi reformada e ampliada pelo novo dono da propriedade, Joaquim Monteiro de Carvalho. Ali, passou a viver com sua família. Pelo menos na metade do ano. Na outra, era provável estarem em Paris. De lá, aliás, foi trazida grande parte dos itens de acabamento e decoração da residência, como mostra um
livro exposto na segunda das quatro casas da propriedade, a que abriga o hotel-boutique. É ali que hóspedes e visitantes podem conhecer um pouco o modo de viver e receber dessa tradicional família carioca.
Luxo que acolhe Construída na década de 1970 por Sérgio Alberto Monteiro de Carvalho, filho de Joaquim, a residência ocupa um ponto privilegiado do terreno. As janelas frontais e o terraço com piscina têm uma das vistas mais espetaculares do Rio: toda a baía de Guanabara. Com direito ao Pão de Açúcar, claro. É mesmo de tirar o fôlego – mesmo para uma cidade como o Rio, pródiga em mirantes e paisagens deslumbrantes. E só ter a experiência de estar numa casa de onde se tem essa vista todo santo dia já valeria a visita. Mas ir ao Vila Santa Teresa é mergulhar num Rio silencioso e exclusivo, com experiências cuidadosamente preparadas por Eva Monteiro de Carvalho, que administra o hotel. Foi ela que, em 2010, conversando com um hoteleiro francês, teve a ideia de receber hóspedes na casa onde cresceu com os irmãos Astrid, Letícia e Joaquim. Embora o local estivesse vazio há algum tempo e tenha A piscina é atração para hóspedes e visitantes em day use (Divulgação/Reprodução) passado por várias reformas, a sensação é
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de que nunca deixou de ser um lar. A biblioteca repleta de livros, muitos raros, e aconchegantes móveis em couro. A sala com poltronas confortáveis e uma bandeja estratégica com bebidas. A sala de jantar, hoje restaurante, com talheres e louças da família. Os itens são cuidadosamente escolhidos, mas não gritam grifes. E esse é o tom do lugar. “É o conceito do pós-luxo. A sensação importa mais do que a grife”, explica Eva. “É aproveitar o prazer do momento, da descoberta, da autenticidade para criar memórias marcantes”. A proposta é que os hóspedes de cada uma das sete suítes, cada uma com decoração própria, sejam tratados pelo nome e sintam-se à vontade para circular descalços pela casa e pelo extenso gramado do entorno. Banheira vinda de Paris é destaque na suíte principal do Vila Santa Teresa (Divulgação/Reprodução) Que aproveitem a experiência de tomar um café na horta, com itens cultivados ali mesmo, ou então um piquenique de fim epicentro de casos de coronavírus. Seja porque, presos de tarde preparado com os itens de sua preferência. em apartamentos por meses, os brasileiros começaram Chama a atenção um detalhe no tratamento dos hós- a redescobrir as próprias cidades. pedes. Ao chegar, eles recebem um token, espécie de Além das diárias – que custam R$ 2 mil –, há outras chaveiro onde podem acionar o atendimento do hotel. maneiras de experienciar o lugar. O day use custa R$ 850 Foi a maneira encontrada por Eva para garantir atenção para duas pessoas (mais 10% de serviço e 5% de ISS) e e, ao mesmo tempo, manter a privacidade das pessoas. inclui recepção com uma taça de espumante e almoço. Os visitantes têm acesso à piscina e ao jardim. Descoberta carioca Outra opção (que não permite aproveitar a pisciDe 2017, quando começou a funcionar, até agora, na, porém) é a reserva para almoço ou jantar (este a maior parte dos hóspedes do Vila Santa Teresa era apenas quando o decreto municipal de combate à estrangeira. Mas o cenário mudou com o início da pan- pandemia permitir). O menu, com entrada, prato prindemia. Seja porque ficou complicado vir ao país, novo cipal e sobremesa, sai por R$ 180 por pessoa – um preço honesto para a qualidade do que é servido. São poucas e boas sugestões para cada curso. A comida, embora saborosa, é coadjuvante. Ir ao Vila Santa Teresa não é ir a um restaurante. É todo um programa. O brunch aos domingos já é tradicional e pode ser degustado numa mesa do terraço. Para não perder a vista de tirar o fôlego. Mas não vejo a hora de poderem ser retomados os jantares da Lua cheia. As imagens dão uma ideia de quão especial é o lugar para apreciar esse fenômeno natural. A Lua, de cera forma, é como o Vila Santa Teresa. Convida a viver o momento, que é mais bonito que todas as fotos que possamos tirar Sala de estar do Vila Santa Teresa- um luxo familiar que acolhe os hóspedes (Divulgação/Reprodução) até com o melhor celular.
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CRUZEIRO
Navios de cruzeiro: canal de Suez é parte da rota de muitos deles
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navio Evergreen, operado pela companhia taiwanesa Evergreen Marine, desencalhou depois de ter obstruído por seis dias a passagem do Canal de Suez, no Egito. Na manhã desta segunda-feira (29), a embarcação de 400 metros de comprimento e 220 mil toneladas foi rebocada até uma área de espera onde passará por inspeção técnica. Com isso, o canal voltou a ficar navegável. O Evergreen encalhou no Canal de Suez na terça-feira (23) em razão de uma falha técnica. O bloqueio formou uma fila de mais de 300 navios atrás dele que não puderam seguir viagem. Estima-se que o prejuízo econômico tenha sido da ordem dos R$300 bilhões. A rota marítima criada pelo Canal de Suez é uma das mais importantes do mundo e por onde trafega 12% do comércio mundial. Turismo no Canal de Suez Além da importância econômica, canais como o de Suez também são atrações turísticas pela imponência de sua engenharia que eleva e rebaixa navios gigantes com facilidade. Tudo funciona como um elevador de rios e mares, que através de eclusas que funcionam como comportas nivelam a água para cima ou para baixo, oferecendo um caminho para as embarcações seguirem adiante. A história do Canal de Suez começa ainda no tempo
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dos faraós que ordenavam escavações no deserto para a criação de vias marítimas que facilitassem as viagens entre o Mar Mediterrâneo e o Mar Vermelho. Foi somente em 1869 que os egípcios, com a ajuda tecnológica dos franceses, rasgaram o deserto em uma obra faraônica e abriram uma ligação direta entre os dois mares, criando assim a conexão mais rápida entre Oriente e Ocidente. O atalho reduziu a viagem entre os continentes em mais de 7 mil quilômetros. O nome é uma homenagem à Companhia Suez de Ferdinand de Lesseps, diplomata e empresário francês responsável pela construção. O canal possui 193 quilômetros de comprimento, 24 metros de profundidade e 205 metros de largura. Um navio leva de 12 a 15 horas, sem interrupções, para cruzar toda a sua extensão. A navegação só é permitida em comboios de no máximo 15 embarcações. O Canal de Suez está na rota de vários navios de cruzeiro. É uma navegação direta e reta, sem paradas, que agrada principalmente os entusiastas de grandes obras da engenharia. Há quem diga que os navios vistos à distância causam a ilusão ótica de estarem flutuando sobre a areia. Outro ponto de destaque da travessia é a passagem por debaixo da Ponte da Amizade Egípcio-Japonesa, via rodoviária que cruza o canal e interliga África e Oriente Médio.
Foto: Reprodução
Uma das principais rotas marítimas do comércio mundial é também uma maravilha turística; saiba mais da sua história e roteiros
Os cruzeiros que passam pelo Suez podem partir de locais como Barcelona e Lisboa e ter como destino Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. No Egito, a porta de entrada ou saída é a cidade de Porto Saíde, a 200 quilômetros ao norte do Cairo, mas turistas podem zarpar em embarcações que saem do porto da capital. Existem outras opções para encontrar as águas do canal, uma delas é a cidade de Ismaília, que fica a uma hora de carro do Cairo. Conhecida como jardim do Egito, a cidade fica às margens do canal e foi onde Ferdinand de Lesseps residiu até a conclusão da obra. Um turista português fez um relato no site TripAdvisor de uma viagem a bordo do navio MSC Fantasia. “A travessia demora cerca de 12 horas a uma velocidade muito baixa. É interessante a sistematização em como é feita a passagem com comboios de cerca de 15 navios (enormes cargueiros e petroleiros) nos dois sentidos, com rebocadores por perto que só se cruzam na zona dos chamados grandes lagos. A distância entre cada barco é de cerca de 1,5 milha náutica. Não passam barcos isolados. Com cerca de 200 metros de largura, a paisagem é inóspita e quase sempre desértica. Há partes arborizadas e aqui e ali, alguns aglomerados populacionais e pequenos barquinhos artesanais de pesca. Experiência única.” Outros canais marítimos Canal do Panamá: aberto em 1914, o canal permite que navios de vários tipos e tamanhos se movam entre os oceanos Atlântico e Pacífico. Possui 82 quilômetros de comprimento, 152 metros de largura e 26 metros de profundidade, sendo necessárias de 6 a 8 horas para uma embarcação cruzar toda a sua extensão. Estima-se
que por ano em torno de 15 mil navios cruzem o canal do Panamá, que interliga cerca de 80 países e ajuda a movimentar, aproximadamente, US$270 bilhões em cargas por ano, o que corresponde a cerca de 4% do comércio mundial. Além de toda a sua importância comercial, o Canal do Panamá se tornou um ponto turístico, não por ser um local de beleza natural, mas sim pela engenharia moderna das suas três eclusas que são abertas ao público. A mais conhecida é a de Miraflores, sendo que um tour completo pela eclusa (que compreende a visita ao deck de observação do canal + filme explicando a história do local + visita do museu da eclusa) custa US$20 para adultos e US$12 para crianças. Canal da Mancha: localizado entre a França e a Grã-Bretanha, o Canal da Mancha não é uma obra do homem, mas tem uma grande importância para o turismo na Europa. A passagem já foi alvo de invasores ao longo dos anos em virtude de sua posição privilegiada. Hoje é um dos locais de maior circulação de embarcações do mundo, conectando o Mar do Norte com o Oceano Atlântico. São 560 quilômetros de extensão e largura que varia de 180 quilômetros na parte oeste e 34 quilômetros na parte leste. A travessia a nado do Canal da Mancha se tornou uma aventura esportiva, sendo feita no trecho em que a Grã Bretanha se encontra mais perto do continente europeu, o estreito de Dover. A maioria, no entanto, prefere o jeito mais cômodo que é pelo Eurotunel, túnel ferroviário com 50 quilômetros de extensão construído sob o estreito de Dover, ligando a Inglaterra a Calais, no norte da França. Uma passagem no trem Eurostar custa de € 80 a € 150.
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CRUZEIRO
Bellissima, o mais novo navio da MSC Com novidades tecnológicas e áreas já consagrados em outros navios da armadora, o Bellissima vem ainda com espetáculos do Cirque du Soleil e chef estrelado
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de 200 diferentes atividades para o hóspede preencher os seus dias de férias. Ainda no quesito lazer, são quatro as piscinas disponíveis (incluindo uma aquecida e com teto retrátil), além do Arizona Aquapark, um parque aquático cheio de tobogãs que deverão ser sensação entre as crianças. Gentileza a todo momento Outra característica de uma viagem em alto-mar, e que pude experimentar muito antes do navio partir, é a simpatia e presteza dos 1564 membros da tripulação. Boa parte deles fala português ou pelo menos tenta com diferentes níveis de sucesso. Assim que cheguei no meu quarto – uma espaçosa cabine externa com varanda, banheiro mezzo espaçoso e um sempre convidativo frigobar –, fui recebido pelo largo sorriso do Joseph, o ca-
Foto: MSC/Divulgação
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udo brilha dentro do Bellissima, o novo navio da empresa italiana MSC, lançado oficialmente no início de março em Southampton, na Inglaterra. E quando digo que tudo brilha, não se trata de força de expressão. Ao entrar no navio, após passar pelo terceiro raio-X, você é recebido no átrio central por seis amplas escadas em formato semi-caracol com degraus transparentes e recheados de cristais Swarovski. Outra novidade que o Bellissima traz é uma espécie de calçadão de 96 metros de extensão que atravessa a embarcação, chamado Galleria Bellissima, que é adornado com um teto de LED que exibe as mais diversas projeções: da Capela Sistina à simulação de fogos de artifício. No Bellissima tudo é superlativo. O navio tem 65 metros de altura, 315 metros de comprimento e oferece mais
Fotos: MSC/Divulgação
mareiro do meu andar. Ele mandou um texto ensaiado, porém fofo, do quanto estava feliz com minha presença e como faria o possível para atender minhas necessidades. Ao me instalar em uma das 2.274 cabines, fiz o que qualquer pessoa faria ao entrar em um quarto novo: testei a cama. Spoiler: é maravilhosa e, como absolutamente tudo dentro desse navio – e eu ia descobrir isso depois – adornada com um gigantesco logotipo da MSC. O que não é tão maravilhoso? O armário. Deveras pequeno e com um cofre menor ainda (só cabe o passaporte e a carteira). A sacada é ampla, mas oferece pouca privacidade, o que é bem comum também em navios de outras armadoras. Em uma das noites, até travei um longo papo com o ocupante da cabine ao lado, por sorte um espirituoso e simpático inglês. Caso você esteja em busca de uma experiência mais exclusiva, a sugestão é escolher a categoria Yatch Club, que já virou uma marca da MSC. A ala, com acesso exclusivo, tem custo 80% mais alto, em média, do que a cabine com varanda (no caso a minha) e quem paga pelo upgrade tem mordomo 24 horas, sistema de bebidas all-inclusive, restaurante, bar e piscina exclusivos. Os hóspedes também têm acesso irrestrito à área termal do Aurea Spa, um imenso e aconchegante spa que possui um extenso cardápio com os mais variados tratamentos estéticos e relaxantes.
Zoe, a grande aposta O Bellissima tem como um dos grandes diferenciais, de acordo com os idealizadores, uma assistente pessoal chamada Zoe. É o primeiro cruzeiro do mundo a contar com esse tipo de inteligência artificial. Desenvolvido em parceria com a Harman e a Samsung, o equipamento entende sete idiomas, incluindo o português e já possui 800 questões programadas para serem respondidas. A ideia é substituir as idas dos hóspedes à recepção ou pelo menos diminuir as ligações telefônicas para saber coisinhas simples, como as melhores atividades do dia ou fazer uma reserva para um show. Minha tentativa de usar Zoe não foi das mais felizes. No dia do embarque, por exemplo, eu quis saber qual era o melhor lugar para almoçar e, mesmo fazendo a pergunta em inglês e em português, ela pediu que ligasse na recepção. Por sorte, Zoe não me deixou na mão quando emparelhei o meu celular com ela, por meio do Bluetooth, e usei-a como caixinha de som. Claro que é preciso dar um desconto porque, como fomos avisados, Zoe ainda está em fase de testes – e aquela era uma viagem inaugural. A MSC, por meio de sua assessoria de comunicação, disse que o sistema ainda precisa de alguns ajustes. E por ser uma inteligência artificial, “foi projetada para continuar aprendendo e desenvolvendo suas respostas com base nas interações reais com os hóspedes”.
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De qualquer forma, o aplicativo para celular MSC for Me, disponível na Apple Store e no Google Play, se mostrou bem útil: por ele, você consegue fazer o check-in (e pode optar por pegar o cartão magnético na recepção ou recebê-lo no quarto, evitando filas), conferir todos os eventos do dia, saber qual a mesa reservada para você no restaurante e receber notificações com ofertas e promoções.
Muitos brindes a bordo Com os 20 bares espalhados pelo cruzeiro, monotonia passa longe. A MSC oferece cinco opções de pacotes de bebidas para compra antecipada nos roteiros do Bellissima pelo Mediterrâneo, sendo quatro para adultos e um pacote para crianças. O mais barato, chamado “Easy”, custa 110 reais por pessoa e por dia e possibilita consumo ilimitado de todas as bebidas com preços até 5 dólares em todos os bares, buffets e restaurantes, exceto
nos restaurantes de especialidades. Já o “Premium Plus”, o mais caro, sai por 209 reais por pessoa por dia e inclui consumo ilimitado de todas as bebidas em taça, sem limite de preço. Os itens dentro do frigobar, cardápio do serviço de quarto e nos restaurantes de especialidades também estão inclusos. O pacote também dá direito a um desconto de 30% em garrafas de champanhe e nas cartas de vinhos da MSC. Na compra antecipada também é possível parcelar junto com o valor do cruzeiro. A criançada pira O navio oferece 700m² de área com vários tipos de atividades para os pequenos. Se nas outras áreas do navio os tripulantes já são efusivos, aqui, o nível de empolgação deles atinge índices astronômicos – e as crianças amam! De todo esse espaço, vale destacar uma sala com uma extensa coleção de blocos Lego (o Lucas do passado ficaria enlouquecido!). Seus filhos não são desse tipo? Certamente outras atividades, como jogos, brincadeiras e filminhos farão a cabeça deles. Para os pré-adolescentes, também rolam várias opções: pista de boliche em tamanho real, pebolim, fliperama, um simulador com dois carros de corrida Fórmula 1 e, o meu favorito, um híbrido de cinema 3D e vídeo game, no qual, a depender do filme escolhido, você precisa exterminar algumas criaturas. Fui duas vezes seguidas e, no último dia da viagem, de acordo com um dos funcionários, ninguém tinha conseguido bater o meu recorde (os maiores pontuadores aparecem em um telão na frente do cineminha). Cirque du Solei e mais A Zoe não é o único diferencial do Bellissima. Para se destacar em um mercado cada vez mais competitivo, a MSC conseguiu com exclusividade dois shows do Cirque du Soleil (Varélia e Syma) e até montou um teatro para abrigar as performances, que custam 15 euros cada por hóspede. O que é possível ver de graça? Seis musicais inéditos com figurinos reluzentes e passos de dança que fazem
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Fotos: MSC/Divulgação
Refeições: dos bufês ao estrelados As opções gastronômicas estão distribuídas em 12 diferentes restaurantes, entre eles o HOLA! Tapas Bar, assinado pelo divertido chef espanhol Ramón Freixa, que possui duas estrelas Michelin. Há também uma chocolateria capitaneada pelo francês Jean-Philippe Maury (os macarons são realmente de outro mundo!) e uma legítima “casa de carnes” norte-americana. Todos os restaurantes de especialidades são pagos à parte (custam entre € 23 e €39). A reserva para o jantar nesses estabelecimentos pode ser feita a bordo (diretamente nos restaurantes, por meio do aplicativo MSC for Me ou pelas telas interativas do navio) ou antes de sair de casa. Se o cliente optar pela aquisição antecipada, é possível pagar em reais e já parcelar junto com a compra do cruzeiro. Se você não quiser gastar nada além do que já pagou pelo pacote, as opções são o Posidonia Restaurant, que atende mediante reservas, e o MarketPlace Buffet. Esse último, como o nome sugere, é o velho e conhecido self service. As opções são incrivelmente variadas, da comida indiana caprichada no curry ao hambúrguer.
Fotos: MSC/Divulgação
meu ciático doer só de lembrar. Dessas apresentações, tive a oportunidade de assistir a um tributo ao melhor do rock de arena. Em mais ou menos 15 minutos fomos de Sweet Child O’ Mine, em uma versão que mesclava Guns N’ Roses e Sheryl Crow, a Radio Gaga, sucesso do Queen. E o que mais? Todas as noites a quadra de esportes, que durante o dia era chamada de “Sportplex”, se transformava em uma boate temática. Embora nunca ninguém seguisse o
dress code sugerido (a maioria dos homens, por exemplo, aparecia por lá de terno), estavam lá os tripulantes vestidos à caráter. Na “festa do branco”, eles estavam de… branco e assim por diante, extremamente simpáticos, como sempre, e prontos para dar alguma vida ao lugar. Para ser sincero, com a balada vivi uma relação na qual eu sabia estar fadada ao fracasso, mas não conseguia me desvencilhar dela e apareci por lá todas as noites. O motivo do meu desagrado era o mais prosaico de todos. Ela não oferecia o básico: boa música. Parecia que o DJ apostava sempre em uma playlist de 2010 e deixou seguir o baile. Eu entrei em um trenzinho de conga aleatório? Sim. Rasguei a minha calça ao participar de uma batalha de dança com um italiano que claramente era um dançarino profissional? Não nego e nem confirmo. Mundo flutuante Existe algo estranhamente libertador em não se preocupar com nada em uma viagem e um navio é a tradução perfeita desse sentimento. Você tem todo o tipo de entretenimento em um lugar só. Por alguns euros a mais é possível se submeter aos mais diversos tipos de tratamentos estéticos (o spa é gigantesco e oferece de salão de beleza a uma massagem tailandesa fantástica), conhece outros países de forma incrivelmente econômica porque não precisa gastar a mais com passagens e hospedagens, tem a idílica visão do mar à disposição, além de conhecer pessoas das mais diversas nacionalidades.
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CRUZEIRO
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e tem uma coisa que um cruzeiro da Disney gosta de lembrar a seus passageiros quase o tempo todo é que, tcharam, você está na Disney. A inconfundível luvinha branca do Mickey é o ponteiro dos elevadores e uma estátua do capitão Donald dá as boas-vindas no hall principal, ao lado do piano de cauda. De manhã, você pode topar com um sonâmbulo Pateta de pijama andando pelos corredores dos quartos ou cruzar com um encontro de princesas, de Cinderela a Elsa, cercadas por miniaturas humanas com o mesmo traje. É inevitável, crianças e adultos se encantam nesse tipo de evento — praticamente uma convenção das Nações Unidas, só que as nações são todas monarquias e fictícias. Vá para o quarto, tome um belo banho e se embrulhe no felpudo roupão. Olhe atentamente a toalha. O edredom, as luminárias, os tapetes. Oh, não, Mickeys escondidos por todo lugar! Dos waffles no café da manhã ao formato de piscinas, a Disney Cruise Line, companhia de cruzeiros da casa do Mickey, repete nos navios uma tradição dos parques: camuflar os contornos do camundongo nos lugares mais improváveis. Não custa reforçar. Caso você seja dessas pessoas
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que não gosta de mundos de bichos falantes, princesas e contos para a família, jamais embarque em um cruzeiro desses. Mas, se um personagem da Disney (ou da Pixar, da Marvel, de Star Wars…) aquece seu coração de alguma forma, essa é uma viagem que te marcará. Fiquei três dias a bordo do Disney Dream, junto com minha namorada. Não imaginei que uma viagem do tipo combinaria com um casal sem filhos. Mas dá, sim, para se divertir um bocado, porque é um cruzeiro que tem muito mais do que apenas encontros com personagens. Quase tive uma overdose de entretenimento. Atrações por faixa etária Como uma típica viagem à Disney, essa é uma viagem família. Há atividades para todas as idades e áreas exclusivas para cada faixa etária. Crianças de 3 a 12 anos têm no Oceaneer Club uma bela oferta de diversão, com um espaço subdividido em zonas temáticas. No bosque da Sininho, a meninada vê filmes, usa fantasias, desenha e ouve histórias. No quarto do Andy, brinca como se tivesse o mesmo tamanho dos brinquedos de Toy Story. Na Millenium Falcon, finge pilotar a nave mais célebre
Foto: Disney Cruise Line/Divulgação
Cruzeiro da Disney, viagem familiar com atividades para todas as idades
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de Star Wars (o que pode ser usado para causar inveja em alguns pais). O Oceaneer ainda tem um berçário para bebês a partir de seis meses, um refeitório e uma área lúdica, Oceaneer Lab, para atividades mais educativas. O Dream tem funcionários de mais de 60 nacionalidades. Então, mesmo crianças que não dominam o inglês conseguirão se comunicar com os recreadores do Oceaneer. Sim, o português está incluso nos idiomas do clube infantil, podem ficar tranquilos. Os adolescentes também têm uma área só para eles, na proa do navio. O Vibe tem estações de videogame, mesas de jogos, karaokê e um telão de 103 polegadas em um ambiente meio noventista. O mais legal é a parte externa, com piscina e deck próprios. À noite, rolam festinhas (sem álcool) e quem quiser pode atacar de DJ. Tudo em um ambiente liberado apenas para quem tem de 14 a 17 anos. E eles ainda têm um spa próprio, o Chill. Aí você escolhe se deixa os seus filhos nessa mordomia toda porque eles merecem ou porque você precisa, já que as áreas exclusivamente adultas são muitas — e boas. Senses Spa: simplesmente imperdível Na falta de cassino, tipo de negócio que não combina com a filosofia Disney, o bingo vive cheio. Mas deixe para depois e comece visitando o Rainforest já no primeiro dia, antes que todos a bordo descubram essa joia escondida dentro do Senses Spa. O recinto tem espreguiçadeiras aquecidas e chuveiros com jatos d’água de diferentes
temperaturas e intensidade, formando sessões de aromaterapia que simulam desde as intensas tempestades tropicais até as gélidas chuvas siberianas. O spa tem também banheiras de hidromassagem, com vista para o mar, e sauna, também com vista. Dentro dela, a música zen dá a sensação de que você está a centenas de milhas náuticas da rave infantil de crianças saltitantes turbinadas de açúcar que se deliciam, gritam, pulam e dançam por quase todo o navio. É o tipo de lugar no qual a gente pensará no futuro, quando estiver em algum momento estressante, de volta à vida normal. Ah, dica preciosa: como o Rainforest tem lotação limitada, é melhor reservar com antecedência (US$ 16 o passe de um dia). Brincando de detetive A molecada seguirá plenamente atarefada, seja na noite de piratas, na sempre lotada piscina do Donald ou correndo para cima e para baixo nos 14 decks (andares). Muitas estarão em missão: investigar pistas deixadas nas obras de arte do navio. Isso para desvendar o mistério de um jogo de detetive da turma do Mickey que mistura telas interativas e cartões com códigos QR. Você pode acompanhá-los e de quebra admirar as ilustrações, esboços e estudos para vários clássicos dos estúdios Disney, como Bambi, Pinóquio, Alice no País das Maravilhas e Peter Pan. As obras enfeitam um bocado as escadarias, o que me levou a querer usar mais os degraus do que os
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Playground dos adultos Aproveite para deixar as crianças soltas e volte para as zonas 18+. O Currents, no deck 13, é um bar ao ar livre que lembra as fachadas art déco de Miami. Bom para fumar charutos e ver o pôr do sol. Quando a noite cair, vá para o District, o playground adulto, que tem uma entrada sem graça, discreta e sóbria, ideal para manter os interesses infantis bem distantes. Lá dentro, é só alegria engarrafada. O Pub 687, um bar de esportes chique demais para ser um bar de esportes, tem 16 torneiras de chope, incluindo uma red lager exclusiva, a 687, feita especialmente para o Dream. O charmoso Pink é especializado em vinhos e espumantes e faz você se sentir dentro de uma garrafa de champanhe. O Skyline é um sofisticado bar de coquetéis com iluminação baixa que compensa a falta de janelas de maneira criativa: as paredes são cobertas por painéis digitais em HD que exibem vistas panorâmicas de diversas metrópoles, como Londres, Barcelona, Chicago e Rio de Janeiro. A
Foto: Felipe van Deursen/Viagem e Turismo
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elevadores (e não a necessidade de queimar as calorias de pizzas e sorvetes).
carta homenageia as mesmas cidades e, no caso do Brasil, a caipirinha não faz feio: além do limão, do açúcar e da cachaça (Leblon, e não uma das grandes marcas industrializadas que costumamos ver no exterior), ela leva também o vinho do Porto Quinta do Noval. O lado oposto ao balcão de granito negro e madeiras nobres exibe cartazes que também são digitais, algo que você não descobre de cara. Precisa sentar, pedir um trago e admirar a “paisagem”. Já o Meridian, no alto da popa do navio, oferece uma vista de verdade, em 180º, para o rastro das turbinas rasgando o mar enquanto você beberica um coquetel clássico, totalmente entregue às poltronas de couro. Trinta e três garrafas de destilados me fizeram pensar em duas brevidades: a da vida e a da minha carteira. Uísques escoceses (Oban Little Bay, Macallan, a US$ 60 a dose…), americanos (Templeton Rye, Yellowstone…) e tequilas (Código 1530, Gran Patrón…) são o convite para antes ou depois do jantar nos dois restaurantes ladeados pelo Meridian. Um deles é o francês Remy, cujo chef executivo, Patrick Albert, “é a cara do Gusteau”, brinca o indiano Lloyd Machado, diretor de hotel do Dream, citando o mestre-cuca de Ratatouille. Não é uma comparação gratuita, já que Remy, o protagonista do filme gourmet da Pixar, é a inspiração do nome — uma raríssima oportunidade para um rato batizar um restaurante fino e a gente achar de bom tom. O outro vizinho chique do Meridian é o Palo, que homenageia Veneza e a cozinha do Vêneto. As vieiras
Foto: Disney Cruise Line/Divulgação grelhadas com purê de raiz de aipo são o destaque da casa. Em tempo, “palo” é “poste” em italiano. Como os postes coloridos nos canais de Veneza são uma bela marca local, temos aqui outra rara possibilidade onomástica: um poste batizar um restaurante fino e a gente achar bacana. Tanto o Remy quanto o Palo funcionam mediante reserva e não estão inclusos no pacote do cruzeiro. O jantar no Remy sai por US$ 125 por pessoa. No Palo, US$ 40 a boca. Mas tudo bem se você pular os dois e ficar apenas nos restaurantes “populares”. Dá para comer feliz sem gastar uma pataca a mais. O Royal Palace, inspirado na Cinderela e outras princesas, tem cardápio e decoração afrancesados e açucarados. Já o Animator’s Palate homenageia os profissionais da animação, com pincéis, rolos de filmes e objetos de pesquisa e modelagem espalhados nesse grande “estúdio”. Sentadas em cadeiras do Mickey, as famílias se surpreendem quando as janelas para um fundo do mar decorativo ganham vida: nessas telas digitais, a turma de Nemo e Dory surge para interagir com as crianças. Destaque para a tartaruga Crush e seus olhos de quem terá fome em breve. É um momento legal, porque não é um vídeo programado, Crush realmente conversa com as pessoas. É a mesma tecnologia do Turtle Talk, atração do Epcot Center em que Crush faz um “talk show” com a molecadinha. O menu do Animator’s Palate é praticamente o itinerário que Marlin faz para encontrar seu pequeno pei-
xe-palhaço em Procurando Nemo, com pratos dos dois lados do Pacífico. Outro detalhe bacana dos restaurantes do cruzeiro é que eles funcionam em rotação. A cada dia você come em um diferente, mas os garçons te acompanham, assim dá para desenvolver a intimidade e melhorar ainda mais o serviço. Entre as opções de café da manhã e lanches ao longo do dia, o Cabanas é um bufê praiano que também conta com o charme, dessa vez mais discreto, dos bichos de Nemo. Quando sentei debaixo das gaivotas de olhos apertados, tranquilo por minha comida não correr risco de ser roubada pelas aves, pois elas felizmente são de plástico, dei de cara com a vista lá do alto, no deck 11. Era Castaway Cay, a ilha privativa da Disney nas Bahamas. Castaway Cay, a ilha privativa da Disney A empresa arrendou do governo das Bahamas uma ilhota de 4 km2, mais ou menos a área de Copacabana, e a transformou em uma espécie de parque aquático na natureza. Então lá está você na Disney, só que no meio do Caribe. A areia e os coqueiros são de verdade, as arraias que nadam ao seu lado são de verdade, assim como a água quentinha do mar. Mas os bares e restaurantes locais são o mais puro creme de arquitetura fictícia Disney. Cabanas e estruturas que remetem a arquipélagos caribenhos e polinésios, só que de mentirinha. Os “habitantes” da ilha são funcionários da companhia. E você não pode, em
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Teatro Walt Disney À noite, prepare-se para mais diversão. O Teatro Walt Disney é imperdível por si só, com sua decoração cheia de elementos art déco e nouveau. Entre os espetáculos, todas as noites, Golden Mickeys e Believe são duas espirituosas saladas de personagens de eras diferentes interagindo entre si — dos clássicos dos anos 30 aos astros da Pixar. Então tome Branca de Neve, Pateta, Woody, Gênio, Rafiki e grande elenco nesses musicais cheios de luz e efeitos visuais. Mas sem dúvida o carro-chefe é A Bela e a Fera, baseada na recente adaptação para o cinema. Um showzaço no meio do mar.
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Serviço O Disney Dream faz o trajeto Flórida-Bahamas, parando na capital, Nassau e/ou em Castaway Cay. Há roteiros de três, quatro e cinco noites. Se puder, faça pelo menos quatro. São tantas atividades a bordo que você vai querer tempo para curtir tudo o que quiser e ainda pegar umas praias. Eles saem o ano todo, mas é bom se organizar com antecedência, pois lotam. Porto Canaveral, o ponto de partida, fica a cerca de 80 km de Orlando. Chegue na véspera e, se ficar no Walt Disney World Resort, você tem direito ao transporte nos ônibus temáticos circulares entre o complexo e o terminal da Disney. Um cruzeiro custa a partir de US$ 1500, o que dá direito a quase tudo, exceção feita a bebidas alcoólicas, restaurantes mais chiques e mimos como o spa. Atualmente, a Disney tem quatro navios (mais a caminho, eles garantem). O Disney Magic sai de Miami e Nova York e tem diversos roteiros pelo Caribe e Canadá. Ele também tem rotas no Canal da Mancha e nos mares do Norte, Tirreno e Mediterrâneo, passando por quase todos os países litorâneos da Europa Ocidental. O Disney Wonder explora a costa oeste da América do Norte, do Alasca até a Baja California, e o Caribe, partindo do Golfo do México. Por fim, o Disney Fantasy tem roteiros semelhantes ao Dream, mas também vai ao Caribe central, com paradas na Jamaica e nas Ilhas Virgens, entre outros. Mais informações no site da Disney Cruise
Foto: Disney Cruise Line/Divulgação
hipótese alguma, ultrapassar os limites marcados por cordas e boias na praia e no mar. Sabe aquela caminhadinha até a ponta da praia? Não rola. O que pode te fazer pensar se está no Show de Truman. É um lugar onde o real e o imaginário se misturam de um jeito que não se vê nos parques. Lindo, divertido e um tanto inquietante. Você pode seguir filosofando. Ou então pensar menos e relaxar mais. Tem a praia família, com toboágua e uma divertida caça ao tesouro submarina, e tem a praia dos adultos, silêncio total, delícia necessária. Alugue uma bicicleta e explore as trilhas tranquilas ou fique boiando no mar, que o que tem de transparente tem de tranquilo. Além da Castaway, o Dream para também em Nassau, capital das Bahamas. A maioria das boas praias fica a poucos minutos de táxi do centro, então você pode conhecer, por exemplo, a ilha Paradise e seus resorts, como o famoso Atlantis, ou visitar o simpático centro histórico a pé, subir a escadaria da rainha Vitória e admirar a vista do forte Fincastle, com a onipresença dos transatlânticos ao fundo, desproporcionalmente grandes quando ancorados em cidades coloniais.
Quando sobrar um tempo, durma. São 16 tipos de cabines, das mais simples, sem vista para o mar, até a suíte Concierge Royal, que bem que poderia se chamar suíte Patinhas. Localizada no deck 12, sobre a proa, tem banheira de hidromassagem na varanda e vários outros luxos, como sala e dois banheiros, distribuídos em 165 m2. Mas ainda assim você não vai dormir horrores. Um cruzeiro da Disney é, como esperamos, uma viagem em família. Mas ele pode ser também, cá entre nós, ótimas férias da família. Porque, no Dream, esse colosso com 5,5 mil pessoas, entre passageiros e tripulação, 340 m de comprimento e 66 m de altura, tem diversão e atividades para todo mundo até cansar. Mesmo nas áreas mais improváveis, boêmias, longe da criançada em polvorosa e dos personagens sempre alegres, lá está a Disney mostrando que mora nos detalhes. Quando voltei ao bar Pink, sorri ao avistar, escondido entre as borbulhas iluminadas na parede, o elefante rosa de Dumbo.
SEGUROS
Como o seguro-viagem se tornou algo indispensável
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A pandemia aumentou a procura por apólices para viagens nacionais. Eventos relacionados à Covid-19 devem constar no item ‘Cancelamento por Diversas Causas’
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lgumas coisas não entram na lista de preparativos de uma viagem: um cancelamento de voo, um extravio de bagagem e, nos piores casos, uma internação em um hospital. Por isso a importância de se ter um seguro-viagem. Fala-se que seguro bom é seguro que não precisa ser acionado, mas é somente quando acontece uma emergência e precisamos dele é que vamos saber se o investimento valeu.
Mesmo sabendo que nem tudo sai como planejado, o brasileiro não era adepto à contratação do serviço. Na maioria dos casos por achar desnecessário ou, no caso de viagens no Brasil, por achar que o plano de saúde que ele leva na carteira tem cobertura nacional – e muitas vezes não tem (aliás, que tal conferir a cobertura do seu plano?). “Somos um povo otimista que pensa que nada vai acontecer e por isso acha não há necessidade de pagar por uma
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coisa que não vai ser usada. Mas no seguro-viagem o bom para covid e se o produto possui a cobertura adicional chaé exatamente quando pagamos e não usamos”, diz Taís mada ‘Cancelamento por Diversas Causas’, cláusula que Mahalem, head de marketing da seguradora Coris. determina as situações em que o segurado pode solicitar o Com a deflagração da pandemia, o otimismo inabalá- cancelamento da viagem e pedir o reembolso de despesas vel do brasileiro não é mais aquele e as questões de saúde específicas. Exemplo: se a pessoa foi diagnosticada com a ganharam novas proporções. “A consciência do brasileiro Covid-19 dias antes da viagem, poderá cancelar e pedir o aumentou muito com relação ao seguro-viagem, para onde reembolso? Vai depender do que foi contratado. O fato de quer que ele esteja indo. Não só em relação a preço, mas com estar com o Covid-19 em casa não é um evento coberto pelo a cobertura. O entendimento do produto passou a ser mais seguro-viagem, exceto se a pessoa contratou a cobertura relevante”, diz Taís. adicional de Cancelamento por Diversas Causas em que O brasileiro agora tem uma preocupação extra com relação conste essa situação. à saúde e isso vem se refletindo nas viagens realizadas desde O segundo passo é ver se o valor da cobertura para Coo ano passado. “A venda de seguros para viagens domésticas vid-19 está dentro dos valores exigidos pelo país de destino. explodiu durante a pandemia. No final de 2020, mais de 70% O Chile, por exemplo, exige um seguro de, no mínimo, US$ das apólices vendidas foram para viagens dentro do Brasil. 30 mil para Covid-19 e, portanto, não adianta contratar um Em dezembro de 2019 este número não chegava a 40%. Em plano com cobertura inferior. fevereiro de 2021, o número de coberturas para viagens doOs 26 países europeus que compõem o Espaço Schengen mésticas foi de 60%, contra 40% de apólices internacionais”, exigem que o turista contrate um seguro-viagem com cobertudiz Alexandre Camargo, coura mínima de 30 mil euros para ntry manager da Assist Card. cada viajante. Vale aqui uma rápida diPaíses que exigem o seguro viagem Os Estados Unidos são um ferenciação. Estamos falando Alemanha, Angola, Argélia, Argentina, Arucapítulo à parte. Desde o dia 26 de seguro-viagem, o qual dá o ba, Áustria, Bélgica, Bielorrússia, Brasil, de janeiro, o governo Biden amparo a uma série de impreCatar, Costa Rica, Chile, Cuba, Dinamarca, passou a exigir exame PCR anvistos como emergência médiEmirados Árabes, Equador, Eslováquia, Eslotes do embarque ao país, mas ca, extravio de bagagem, atraso vênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, não existe exigência de seguro. ou cancelamento de voo. Não Grécia, Holanda, Hungria, Islândia, Itália, LeMesmo assim, ninguém em sã confundir com seguro-saúde, tônia, Liechtenstein, Lituânia, Luxemburgo, consciência deveria deixar de que cobre, como diz o nome, Malta, Noruega, Polônia, Portugal, República contratar uma apólice por conta apenas questões que envolvam Tcheca, Suécia, Suíça, Tailândia, Turquia, dos altos custos das despesas a saúde do viajante. Ucrânia, Uruguai e Venezuela. A Austrália médicas e hospitalares no país, Mais do que nunca é nee a Nova Zelândia exigem o seguro-viagem que não tem um sistema público cessário prestar atenção para para estudantes. universal como SUS. Uma cono que está sendo contratado, sulta com um clínico nos Estatendo em vista que os valores dos Unidos pode custar US$500 e a cobertura variam de acordo com o destino, o tempo de e o preço médio de uma diária hospitalar pode variar de viagem e o tipo de seguro. US$800 a US$25 mil, dependendo da enfermidade. Recentemente, um paciente que foi internado por covid recebeu Cobertura para Covid-19 uma conta astronômica de mais de US$ 1 milhão no dia em e o futuro do mercado de seguros que teve alta do hospital. A cobertura de gastos médicos por conta de epidemias e Por isso, é indicado em alguns casos contratar coberturas pandemias costumava ser excluída das apólices de seguro por mais robustas. “Para os Estados Unidos temos planos com coser um evento imprevisível e de alto risco. Isso significa que bertura de US$ 250 mil até US$ 1 milhão”, diz Taís, da Coris. A as empresas estariam aptas a prestar auxílio ao segurados empresa vende apólices que cobrem a Covid-19 apenas em apenas até o diagnóstico. Uma vez confirmada a Covid-19, viagens internacionais. Mas isto é apenas até a OMS deixar o viajante deixaria de receber o atendimento do seguro e de classificar o coronavírus como epidemia. “Não é que o passaria, na melhor das hipóteses, aos cuidados do sistema seguro não cubra a covid, o seguro não cobre pandemias. Se de saúde local. a OMS falar amanhã que a covid não é mais uma pandemia O cenário agora mudou. Mesmo sem previsão de quando os seguros voltam a cobrir, da mesma forma que a H1N1 já a Organização Mundial da Saúde (OMS) deixará de classi- foi uma pandemia”, completa a gerente de marketing. ficar o Covid-19 como epidemia, as seguradoras passaram Também é importante destacar que, no caso de coberturas a flexibilizar os contratos e incluir a cobertura para o novo para viagens dentro do Brasil, o seguro só tem validade se coronavírus. o cliente estiver fora da sua cidade. A Assist Card estipula Na hora de contratar um produto, é importante ficar que a pessoa esteja a, no mínimo, 100 quilômetros da sua atento para algumas questões. A primeira e mais importante residência. é certificar-se de que o plano contratado oferece cobertura Para o futuro, empresas do setor de seguro-viagem dizem
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(isso deverá sair do bolso do viajante) Affinity Os planos que cobrem Covid-19 são ofertados como upgrades em que o cliente escolhe o valor da cobertura para viagens nacionais e internacionais e os limites de Despesas Médicas e Hospitalares (DMH), que podem variar entre US$ 5 mil a US$ 30 mil no caso de viagem ao exterior e até R$ 28 mil em viagens no Brasil. São três categorias para viagens internacionais, com valores entre US$ 1,63 e US$ 8,38 por dia.
que deverá haver duas grandes mudanças no comportamento do viajante: a preocupação de saber se o destino estipula o seguro como um requisito de entrada e quais são as coberturas exigidas. “Cada país conhece os seus gastos internos, seus custos com saúde. Isso não deixa de ser um problema econômico e social. E acho que a vacina vai se tornar um requisito para a entrada em muitos países”, diz Taís, da Coris.
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O que diz a Susep, o órgão regulador A Superintendência de Seguros Privados (Susep) é o órgão que controla e fiscaliza o mercado de seguros e recebe reclamações de consumidores. A assessoria de comunicação da entidade informou que as coberturas de despesas médicas, hospitalares e/ou odontológicas, traslado de corpo e traslado médico em viagens ao exterior são requisitos mínimos obrigatórios em toda apólice de seguro de uma viagem internacional. Já no caso de viagens nacionais não há coberturas de contratação obrigatórias e cada consumidor deve buscar aquelas que se adequem mais às suas necessidades. Não há qualquer exigência regulatória por parte da Susep que proíba ou obrigue as seguradoras de cobrir eventos decorrentes de surtos, epidemias ou pandemias. As seguradoras têm a liberdade de determinar se estes ou outros riscos estão ou não cobertos, o que tem impacto direto no preço do produto. Dessa forma, a Susep reitera que o consumidor deve verificar atentamente a abrangência da cobertura que pretende contratar e analisar se os riscos dos quais pretende se precaver estão abrangidos pelo produto. Além disso, deve-se observar os riscos excluídos do contrato. Empresas que oferecem cobertura de Covid-19 O seguro-viagem é sempre emitido individualmente e seus valores dependem do destino, do total de dias da viagem e da cobertura escolhida. Abaixo relacionamos algumas empresas que oferecem cobertura de covid em viagens nacionais e/ ou internacionais. Nenhuma das empresas citadas cobre gastos com hospedagem em hotel em caso de quarentena
Allianz A seguradora tem planos com cobertura de R$15 mil para despesas médicas em viagens nacionais e até R$500 mil em caso de viagem internacional. Em uma viagem dentro do Brasil por um período de 17 dias, o plano top especial custa R$91 e abrange em suas coberturas casos de Covid-19. Assist A empresa oferece planos com coberturas para despesas médicas e/ou hospitalares no valor de R$50 mil para viagens nacionais e até US$1 milhão para viagens internacionais – com limite de US$30 mil para a Covid. Em uma viagem dentro do Brasil, por exemplo, o valor do seguro-viagem com cobertura contra Covid é de R$94 para um período de 17 dias. Coris Os planos que cobrem a Covid-19 são apenas para viagens internacionais. O Basic 30 mil, para a Europa ou América Latina, sai por US$ 5,50 por dia e cobre até US$ 30 mil em despesas médicas, hospitalares e odontológicas. GTA A empresa tem planos específicos para a cobertura de gastos médicos e hospitalização por covid para viagens nacionais e internacionais, a partir de R$6,29 por dia de acordo com a categoria escolhida. Universal A empresa tem opções de seguro com cobertura para Covid-19 para viagens nacionais e internacionais. Nas nacionais, o valor do seguro é de R$ 15 ao dia e conta com cobertura para despesas médicas de R$ 100 mil, sendo R$ 50 mil para despesas médicas e hospitalares decorrentes da Covid-19; R$1,5 mil para despesas farmacêuticas; R$ 2 mil para perda de bagagem entre outras coberturas.
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ESTILO DE VIDA
Viajar leve vira um estilo de vida
Menos coisas, mais experiências. Consumir menos, viajar mais. Menos gastos, mais liberdade. Ter menos, ser mais.
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pandemia está fazendo aniversário e, a essas alturas, seus efeitos de longo prazo em nossas vidas já são extremamente claros. Se um ano atrás o papo de que “repensaríamos nosso lifestyle” parecia exagero de futurólogo, hoje é a realidade. Quantas
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pessoas que você conhece resolveram aproveitar as novas possibilidades de trabalho remoto pra fugir da cidade? Eu sou uma delas. Depois do confinamento total que tivemos aqui na Espanha, de março a junho, resolvi passar o resto de
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2020 em uma ilha. E o que era um plano para daqui a uns 10 anos acabou sendo antecipado. Neste momento, estou desmontando a minha casa em Barcelona. A partir de maio, Menorca será minha base. E, nesse processo, pretendo me desfazer da metade de tudo o que tenho, ou mais, pra viver mais leve e ficar ainda mais “portátil”. Tento ser mais minimalista há vários anos pelo simples fato de facilitar a minha vida seminômade. Alugar o apê onde moro quando viajo, por exemplo, só é possível porque consigo colocar todas as minhas roupas em duas ou três malas. Ao mesmo tempo, con-
sumindo menos consigo juntar dinheiro para passar boa parte do tempo viajando. Agora, estou pronta pra passar de fase e radicalizar no desapego, transformando o maravilhoso hábito de viajar leve, só com mala de mão, em um estilo de vida. É uma questão matemática. Menos bagagem, menos perrengue. Menos coisas, mais experiências. Consumir menos, viajar mais. Menos gastos, mais liberdade. Ter menos, ser mais. Daqui a dois meses, quando o caminhão de mudança entrar no ferry boat, conto pra vocês como foi esse processo.
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AEREO
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essas alturas, estamos todos porrraaaqui de divagar sobre o poder transformador que toda essa tragédia sanitária deve exercer sobre nós, não é mesmo? Mas, em meu terceiro voo desde que tudo começou, me dei conta de que viajar de avião na era pós-covid pode ficar um tiquinho melhor, caso regras do “novo normal” sejam eternizadas. Por mais incrível e triste que pareça, tivemos que passar por uma pandemia para que certas coisas fossem como sempre deveriam ter sido. Veja só: 1. Só entra quem viaja Em vários países da Ásia já era assim. Por questões de segurança pós 11 de setembro, só entrava no aeroporto
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quem ia viajar. No novo normal aqui na Espanha, e em vários outros países, a medida também foi adotada, para evitar aglomerações (e é preciso mostrar o cartão de embarque na porta). Sinto muito por aquelas famílias de 28 pessoas que recebem/despedem seus seres queridos com balões e mensagens fofas, mas nada como um terminal mais vazio, com mais espaço para sentar, menos fila no banheiro, no café… 2. Um metro e meio de separação em todas as filas Não sei onde vivem, do que se alimentam e como se reproduzem, mas algumas pessoas fazem questão de baforar na nuca alheia quando se forma uma fila, como se aqueles centímetros avançados sobre o espaço vital
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Depois da pandemia: como viajar de avião pode ficar melhor
alheio fosse encurtar a espera. Pois agora há marcas no chão que obrigam cada um a ficar no seu quadrado, com 1,5m de separação nos controles de segurança! E, caso alguém insista em pisar no seu calcanhar (e arrebentar a sua Havaiana), você tem o aval da OMS para reclamar sem parecer uma pessoa neurótica. Na Austrália, e em outros países extremamente civilizados, a distância padrão sempre foi daí para mais. Com o “novo normal”, agora existe uma boa chance de que as filas nos aeroportos do resto do mundo também deixem de parecer com trenzinhos de conga.
4. Desembarque civilizado Se essas boas práticas pandêmicas forem eternizadas, a humanidade ficará livre do mais irritante dos hábitos em voos: levantar logo que o avião aterrissa (às vezes, com ele ainda taxiando) para fazer um trenzinho de conga no corredor, baforando a nuca da pessoa da frente e esfregando a mochila no nariz do desafortunado que vem logo atrás. Agora, para sair do avião, é preciso respeitar a ordem natural da coisa: esperar que os que estão sentados na fila da frente se levantem e comecem a andar para, só então, levantar o rabo da poltrona e fazer o mesmo. Olha que maravilha: como sempre deveria ter sido. 5. Máscara no avião Ninguém gosta de respirar dentro de uma coisa que parece um filtro de café e nos deixa com orelha de abano. Mas o fato é que usar máscaras de proteção dentro do avião torna o ambiente bem menos insalubre, o que é um alívio para nossos sistemas imunológicos. Gostoso não é. Mas, se somos capazes de sobreviver a voos intercontinentais na classe econômica, somos capazes de tudo.
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3. Embarque civilizado Não sei onde vivem, do que se alimentam e como se reproduzem, mas algumas pessoas fazem questão de ficar na fila do embarque horas antes, mesmo com lugar marcado no avião. Muitas vezes, esse comportamento provoca uma fila gigantesca e estática em frente ao portão, que atravanca o movimento no terminal e geral as temidas aglomerações. Agora, os funcionários das companhias aéreas fazem de tudo para colocar ordem no pedaço, garantindo que o acesso ao avião por turnos (que já existia, mas não funcionava direito) seja realmente respeitado e que os passageiros esperem a vez
sentados ou, pelo menos, não embolados na frente do portão. Enfim, como sempre deveria ter sido.
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PASSAPORTE
Passaporte de vacinação e o futuro das viagens internacionais
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ão bastasse amargar prejuízos estimados em US$3 trilhões, o setor de viagens de lazer vem tendo que lidar com um arsenal de protocolos sanitários inéditos. Na esteira, empresas já trabalham no desenvolvimento do que vem sendo chamado informalmente de “passaporte de vacinação”, um
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documento, aplicativo, caderneta – não se sabe o formato ainda –, que armazena dados do viajante como imunização e testes contra a Covid-19. Especialistas afirmam que este é um passo fundamental para voltarmos a viajar com segurança. Estar imunizado significa estar menos propenso a
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A ampla reabertura do turismo passa pela criação de um documento que associe vacina e teste de covid ao passaporte do viajante
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sofrer complicações da doença em caso de contágio e, a principal delas, é não precisar de hospitalização. “Se a pessoa for vacinada é improvável que desenvolva um quadro grave, tenha ela trazido o vírus do país de origem ou sido contaminada na primeira semana de férias”, disse ao The Guardian o médico Paul Hunter, professor na University of East Anglia, na Inglaterra. Um documento que comprove a vacinação pode eliminar a necessidade de quarentena na chegada, que hoje é o maior entrave para a retomada do turismo internacional, disse ao The New York Times, Zurab Pololikashvili, secretário-geral da Organização Mundial de Turismo das Nações Unidas. Quando o assunto é imunização pode haver posições ainda mais radicais: a aérea Qantas anunciou que não admitirá em seus voos rumo à Austrália passageiros que não tenham sido vacinados – simples assim.
Aplicativos que estão em fase avançada de testes IATA Travel Pass A IATA representa cerca de 290 empresas aéreas que abrangem 82% do tráfego global, o que significa que a entidade tem grande influência na criação de novos protocolos. O IATA Travel Pass é um aplicativo de celular que armazena dados de imunização do viajante. Um teste piloto foi realizado pela Singapore Airlines em dezembro de 2020 em voos entre Singapura, Malásia e Indonésia. Passageiros que fizeram testes de covid em clínicas selecionadas receberam certificados digitais ou em papel que puderam ser lidos por QR-code na hora do check-in. Um número cada vez maior de aéreas vem de-
O passaporte de vacinação Imagine que um avião lotado aterrissou em um país que exija uma documentação específica referente à Covid-19. Cada passageiro carrega consigo um tipo de comprovante diferente. Um grupo possui uma carteira de vacinação, um outro tem em mãos um aplicativo e um terceiro traz apenas um certificado em papel emitido pelo órgão de saúde do país de origem. Como seguir um padrão de admissão sem grandes demoras? O vice-presidente da Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA), Nick Careen, disse ao NYT que a ideia da criação de um passe eletrônico é uma “tentativa de digitalizar o que já acontece”. A maioria dos países já requer que o viajante apresente teste negativo de Covid-19, inclusive o Brasil. E brasileiros que visitam o Peru, a Colômbia, a África do Sul e a Tailândia já viajam com um Certificado Internacional da Vacina contra a Febre Amarela. Um documento unificado inibiria fraudes e fecharia o cerco às empresas que vêm lucrando com a venda de exames de Covid-19 falsos. Países como Dinamarca e Suécia começaram a desenvolver certificados digitais em que constam dados de imunização do cidadão e que servirão tanto para viagens quanto para admissão em eventos esportivos. Isso significa que daqui para frente estar vacinado também poderá ser um requisito para frequentar espaços públicos, como shows, festivais, feiras e campeonatos.
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Health Protect Desenvolvido por uma multinacional de tecnologia especializada em serviços para a indústria da aviação, o Health Protect é um aplicativo que também permite que companhias aéreas e passageiros compartilhem informações sobre exames de saúde ou vacinas. A ferramenta emite alertas ao passageiro sobre os requisitos que devem ser cumpridos no aeroporto para o qual o viajante se destina. Digital Health Pass Desenvolvido pela IBM, o aplicativo funciona como uma carteira digital. Com ela, o viajante pode guardar informações pessoais de saúde e compartilhá-las, segundo a empresa, de forma segura e verificável. Deve servir tanto para viagens internacionais quanto para eventos de entretenimento. Entraves para a criação de um passaporte de vacinação O desafio agora é criar um documento ou aplicativo que seja aceito no mundo inteiro, ao mesmo tempo que proteja a privacidade do viajante e seja acessível a todos. Mas, em um mundo onde pessoas não conseguem provar que existem porque não pos-
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suem documentos, o surgimento de mais burocracia pode deixar um rastro de desigualdade ainda maior. Para quem não tem smartphone, há a preocupação em padronizar os comprovantes em papel. “Há como fazer isso de um jeito correto ou terrivelmente errado e as maneiras erradas podem nos levar a uma distopia tecnológica”, disse Jenny Wanger, diretora da Linux Foundation Public Health, uma fundação com foco em tecnologia que desenvolve aplicativos de credenciamento de vacinação que sejam acessíveis e equitativos. Para a pesquisadora, é importante que o aspecto de desenvolvimento de uma tecnologia sobre esta documentação seja feito de forma transparente e não fique no controle de qualquer governo ou empresa. “A tecnologia deve ser de código aberto e acessível aos tecnólogos, não importa quem ou onde estejam estas pessoas”, afirmou. O que pode ser prematuro para se estabelecer um passaporte de vacinação no curto prazo é o desconhecimento da ciência se os imunizantes atuais oferecem proteção adequada para as novas variantes descobertas recentemente no Reino Unido, na África do Sul e na Amazônia. O Brasil, aliás, não deverá protagonizar nenhuma das ações que estão em curso no momento para a criação de um documento global e tudo indica que apenas reproduzirá o que for decidido fora daqui. E, caso o país não acate decisões internacionais, tudo indica que seguiremos impedidos de viajar.
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monstrando intenção de usar o aplicativo, como a Emirates, a Etihad e a Qatar.
Fotos: Acervo pessoal
ENTREVISTA
Roberta Werner Diretora-executiva do Rio CVB
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Por Liberado Junior
Como começou a sua carreira profissional e porque o turismo foi o seu foco? Iniciei a minha carreira em 1995. Eu fui a primeira estagiária do Hotel Copacabana Palace. Naquela época, o hotel ainda era do Grupo Orient Express. Decidi fazer turismo e hotelaria, depois que estudei fora e me identifiquei com a carreira. Quais motivos te fizeram querer trabalhar na área comercial? Eu iniciei a minha carreira na hotelaria na área operacional. Fui crescendo, aproveitando outras oportunidades e desenvolvendo habilidades diferentes. Me apaixonei pela área comercial. Aprendi a gostar de vender, atender e encantar o cliente. De que maneira você se mantém atualizada sobre o mercado de turismo? Muita pesquisa, leitura, relacionamento e networking. Que aspectos motivacionais você considera mais importantes? A motivação é algo que vem de dentro pra fora, mas o reconhecimento do meu trabalho é algo que me motiva bastante e me traz ainda mais oxigênio para seguir em frente. O que você considera ser um ambiente de trabalho ruim?
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Um ambiente sem respeito, sem consideração e sem reconhecimento. Uma empresa sem proposito e sem valorizar o que tem de mais importante que são os profissionais que movimentam e fazem o negócio acontecer. Qual a sua maior aspiração para a carreira que exerce no turismo? O meu maior desejo hoje é fazer com que o Rio CVB se transforme na maior referência de Bureaus do Brasil. Trazer muita visibilidade para o Rio de Janeiro e fomentar o turismo para a cidade. Você considera importante o uso de mídias sociais no turismo? Sem dúvida, hoje a tecnologia e as mídias sociais fazem parte do DNA de uma empresa. Você costuma dedicar mais tempo à prospecção ou à construção de relacionamento com os clientes do Bureau? Na verdade, trabalho na estratégia comercial da Entidade como um todo. Trazer novos negócios para a empresa é muito importante, mas a manutenção dos associados pra mim é sempre uma prioridade, pois existe uma relação de confiança muito forte. A entrega é determinante para os resultados os associados do Rio CVB e, portanto, zelo muito por este compromisso. Qual foi a última oportunidade de negócio que você deixou escapar? Posso afirmar que mesmo na crise estamos conseguindo desenvolver um trabalho importante de conversão para a Entidade. No entanto, é fato que mesmo flexibilizando algumas negociações, existem parceiros com muitas dificuldades financeiras em seus negócios e precisam se desligar na associação, ainda que por um tempo. Qual estratégia você considera a melhor para estabelecer um relacionamento com os seus clientes? Transparência, entusiasmo e entrega. Uma boa equação é o valor percebido. A prestação de contas é fundamental para a garantia e sobrevivência do nosso negócio. Quais são os desafios frente a pandemia em 2021? São muitos desafios, mas o maior deles sem dúvida é recuperar a imagem do Brasil, em especial, o Rio de Janeiro lá fora. Essa questão será determinante para a retomada do turismo na cidade maravilhosa.
Qual rede social você não vive sem? Linkedin/ Instagram Você tem tatuagens? Sim, 2 O que te faz sentir frio na barriga? Novos desafios profissionais Qual o pôr do sol mais lindo que você já viu? O da praia de Ipanema Qual filme marcou a sua vida? Recentemente asssiti “O Menino que descobriu o Vento” Uma história linda! O que te inspira? Alguns seres humanos ainda me inspiram...e me fazem acreditar que podemos nos transformar em pessoas melhores todos os dias. Qual a sua comida preferida? Gosto de comer bem! Eu amo todos os tipos de comida e como toda e “boa carioca”, mas não da gema, sou fã do churrasco e da Feijoada. Qual a sua verdura preferida? Rúcula
Diretora-executiva do Rio Convention e Visitors Bureau
Ping Pong Onde você nasceu? Cachoeiro de Itapemirim- ES, a cidade do Rei Roberto Carlos. Qual o seu signo e ascendente? Leão/ Virgem Tem irmãos? Sim, 4 irmãs Qual o seu apelido? Beta Você tem animais de estimação?
Não. Já tenho 4 filhos rsrsrs Você sabe cozinhar? Sabia o básico, mas aprendi muita coisa durante a pandemia. Gosto de cozinhar eventualmente, sem compromisso, ouvindo música e apreciando uma taça de vinho.
Você prefere Carnaval agitado ou tranquilo? O da Marques de Sapucaí, sem dúvida! Com qual personagem de ficção você se identifica? Eu sou realidade pura.
Qual a sua cor preferida? Azul marinho
Onde você se vê daqui a 10 anos? Comemorando os 100 anos do Cristo Redentor na Cidade maravilhosa com o dobro de turistas que recebemos anualmente.
Você prefere frio ou calor? Depende do lugar, mas nada de extremos.
Qual é um grande sonho que você já realizou? Ser Mãe, o maior e melhor encontro com Deus!
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