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.net Natal - RN | Ano VII | Edição 40 | Maio / Jun. de 2013 | R$ 6,00

Shoppings Natal vive boom, ganha novo shopping e antigos são ampliados 100 maiores Maiores construtoras do Brasil segundo recente pesquisa Franquias Mercado em expansão é oportunidade para as empresas potiguares

ouro negro atrai

midas para o rn

/ junho de 2013 < entrevista: itamar rocha alerta para risco demaio importar camarão 7

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Índice 10 Camarão

Abertura para importação de camarão pode quebrar a carcinicultura. Alerta é do presidente da ABCC, Itamar Rocha, na entrevista à Revista Negócios

14 Petróleo

Em meio a crise do petróleo e a perda de 2 mil empregos, surgem esperanças: Retorno de investimento da Petrobras e chegada de Eike Batista. O que isso representa?

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shopping Natal ganhará mais um grande shopping: o Praça das Dunas Shopping Center, com obra de R$ 300 milhões. Midway e Natal Shopping também investem

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franquias Estima-se que, até o final de 2013, este mercado movimente mais de R$ 120 bilhões. E as empresas do RN estão aproveitando o bom momento

32 Construção

A nona edição do mais importante prêmio da Construção Civil no Brasil, o Ranking ITC, selecionou as 100 construtoras do país. RN está na lista

12 Negócios

Surpreendeu a aparição na foto posada de Capa da Forbes Brasil do empresário Nevaldo Rocha (Riachuelo e Midway)

34 imóveis

A construtora Ecocil realizou um leilão beneficente em prol do Hospital Infantil Varela Santiago

38 Marketing

Fusão das agências Bora Comunicação e Comitê Criativo é a principal novidade do mercado publicitário da terrinha

Editorial

Uma nova revista Apresentamos, com muita satisfação, a edição de junho da nova Revista Negócios. Feita com a experiência de quem está há 7 anos no mercado. Temos orgulho de ter se firmado como a única publicação especializada em economia no Rio Grande do Norte. Isso amplia a responsabilidade. Lançaremos o portal revistaegocios.net.br com muitas outras novidades. Nesta edição, trazemos elaborada reportagem da jornalista Lissa Solano sobre o mercado aquecido de shoppings centers em Natal, com a chegada de novo investimento (o Praça das Dunas Shopping Center) da ordem de R$ 300 milhões, reformas e ampliações realizadas pelo Natal Shopping e Midway Mall, que reagiram para não ficar pra traz. A nona edição do mais importante prêmio da Construção Civil no Brasil, o Ranking ITC, selecionou as 100 construtoras do país que tiveram melhor desempenho durante o ano de 2012. Algumas do Rio Grande do Norte. É o que revela outra reportagem. A Revista traz ainda entrevista com o empresário presidente da ABCC Itamar Rocha alertando sobre riscos da autorização para importação de camarão. Outra grande reportagem mostra que a presidente da Petrobras, Graça Foster, assegurou que o RN está inserido no plano de investimentos da Companhia. Nos últimos seis meses, mais de 2 mil empregos diretos foram extintos em Mossoró. A região, que já produziu mais de cem mil barris de petróleo por dia, está com produção diária de 70 mil barris. As demissões, segundo a Petrobras, teriam sido causadas pela quebra de contratos nas áreas de manutenção e montagem. Além da esperança de que a Petrobras em retome os investimentos, outra notícia empolga as empresas satélites que vivem em torno da indústria do petróleo. Foi a realização de um leilão e a aquisição de blocos exploratórios por parte de Eike Batista. Especialistas avaliam que efeitos do leilão na geração de emprego, na aquisição de bens e serviços, não serão imediatos. A fase de produção é mais promissora. Mas depende da descoberta de novas jazidas. E a chegada do Eike, o Midas do petrõleo, pode não ser tão promissora assim. Boa leitura! Jean Valério Editor executivo

expediente Fotografia

demis roussos | moraes neto

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Direção Executiva Jean Valério

Diagramação - Terceirize www.terceirize.com

Reportagens Lissa Solano Jean Valério

jeanny damas

E-mail jeanvalerio@gmail.com jeanny.damasceno@gmail.com

Comercial (84) 8856-1662

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As matérias assinadas não expressam necessariamente a opinião da Revista RN Negócios

Endereço Av. Romualdo Galvão, 773, Sala 806 8º andar Edifício Sfax - Tirol - Natal-RN Fone: 84-3222-9409 - Site: www.rnnegocios.net



Itamar Rocha – Presidente da ABCC

Chapéu

“Importar camarão é um risco” Presidente da Associação Brasileira de Criadores de Camarão – ABCC, o engenheiro de pesca Itamar Rocha não mede esforços quando o objetivo é a defesa do setor que representa. Nos últimos meses, ele tem sido incansável ao denunciar a autorização que classifica de “irresponsável”, por parte do Governo Federal, para a importação de camarão argentino. Segundo ele, além de graves doenças, a entrada do produto argentino no Brasil representará entrave para os já combalidos produtores de camarão, que recentemente passaram por processo de readaptação voltando-se ao mercado interno. “Pescadores, trabalhadores rurais, aquicultores e a população merecem melhor tratamento, com vistas à produção de um alimento nobre, com oferta de empregos decentes, oportunidades de negócios e geração de renda, com condições de vida digna na zona rural do litoral e do interior do país”, cobra Itamar Rocha.

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Entrevista Chapéu Negócios - Qual a importância do camarão para a balança comercial brasileira e sua participação nas exportações? O camarão cultivado do Brasil, em 2003, ocupou o 2º lugar na pauta das exportações do setor primário da Região Nordeste, com 58.450 toneladas métricas, contribuindo com US$ 226 milhões (55%) dos US$ 427,92 milhões gerados pelas exportações do setor pesqueiro brasileiro. Esse produto participou com 25% das importações de camarão pequeno e médio dos Estados Unidos, seguido pela China 20%, Tailândia 12% e Equador 9%. Em 2004, com a priorização das exportações para a Europa, o camarão cultivado do Brasil ocupou o primeiro lugar das importações de camarão tropical da União Européia, com destaque para a França e a Espanha, primeiro e segundo lugar, respectivamente. Com os efeitos adversos da ação antidumping (USA) sequenciada pela valorização da moeda brasileira em relação ao dólar sem qualquer compensação, o camarão brasileiro perdeu competitividade nas exportações. A partir de 2004-2006, completamente do mercado norte americano e parcialmente do mercado europeu, obrigando produtores brasileiros a reduzirem produção e reorientarem vendas para o mercado doméstico. Negócios - A redução das exportações de camarão representou uma grande crise para o setor, que estava acostumado a faturar bem, vendendo a bons preços. Qual a saída encontrada para a sobrevivência? Como resultado do grande esforço de promoção e adequação à essa nova realidade mercadológica, a participação do camarão cultivado do Brasil no mercado local foi elevada de 22,0% em 2003, para 100% em 2012. O favorável desempenho do mercado interno brasileiro contribui para a recuperação econômica da carcinicultura nacional, notadamente pelos efeitos positivos da acertada decisão do Ministério da Agricultura que, desde 1999, publicou a Instrução Normativa Nº 39/1999, proibindo a importação de crustáceos para proteger a carcinicultura nacional e os estoques naturais de camarões, lagostas e caranguejos, contra as doenças de origens virais que afetam os crustáceos marinhos em todo o mundo. Negócios – Então a barreira à importação do camarão internacional é um dos fatores que vinham segurando o mercado nacional em alta? Em realidade, devido à sensatez do MAPA, o Brasil vinha impedindo a introdução das principais enfermidades que tem causado incalculáveis perdas econômicas à carcinicultura mundial. Inclusive, nunca houve nenhuma contestação junto à OMC ou ao MERCOSUL, uma vez que as restrições impostas às importações sempre se fundamentaram na defesa e preservação da sanidade dos estoques naturais de crustáceos e camarão cultivado no Brasil.

Negócios – E qual a maior preocupação atual do setor carcinícola? Mais recentemente, os produtores de camarão passaram a sentirse inseguros e permanentemente ameaçados pelas reiteradas tentativas do Ministério da Pesca e Aquicultura de abrir as importações de camarão, atendendo reivindicações de importadores que não demonstram preocupação com riscos sanitários que essas operações trazem para o Brasil, tanto para a indústria de carcinicultura, como para a pesca extrativa dos crustáceos. Negócios – Os criadores de camarão foram importantes quando da criação do Ministério da Pesca, em 2009. Como se sentem agora sem apoio do órgão? A grave ameaça à carcinicultura brasileira só começou a preocupar quando o controle das autorizações para importação de pescado passou a ser de responsabilidade do MPA, uma vez que durante toda a vigência da referida Instrução Normativa, nunca ocorreu nenhuma autorização para importação de camarões pelo Brasil. Realmente deixa perplexo os atores da carcinicultura e pesca brasileira em relação à atuação deste Ministério o fato de que a ABCC e o CONEPE tiveram forte e destacada atuação para sua criação em 2009, e que hoje caminha na contramão dos interesses do setor da economia pesqueira mundial. Negócios – Mas o Ministério da Pesca sustenta essa tese baseado num parecer técnico... Não entendemos e jamais poderemos concordar com mais uma precipitada e sorrateira decisão que tomou como base uma equivocada ARI, realizada pelo seu setor competente que, mesmo tendo sido alertado por correspondências e farto material bibliográficos, da comprovação científica da ocorrência do vírus da mancha branca (WSSV) nas populações de camarões selvagens da Argentina e seus riscos associados, inclusive para as populações naturais de camarões, lagostas e caranguejos, desconsiderou alertas e evidências e, mais uma vez, emitiu parecer favorável à importação. Negócios – A que fator os senhores associam a decisão do Governo Federal? Isso é uma real ameaça que contraria legítimos interesses do setor pesqueiro e carcinicultor brasileiro e favorece propósitos de um importador brasileiro e do Governo da Argentina, uma vez que é sabido por todos que o Brasil nunca importou esse tipo de camarão, cujo destino sempre foi a Espanha que, em retaliação a Expropriação da Petrolífera Espanhola (PDVISA), teve sua importação suspensa, exatamente por tratar-se de um produto oriundo da Patagônia, Província natal da Presidenta Cristina Kirchner. abr/ maio /jun de 2012 <

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Itamar Rocha – Presidente da ABCC

Chapéu Negócios – Qual a justifica-

tiva técnica apresentada pela ABCC para sustentar o bloqueio à importação de camarão? A discordância do setor no tocante a essa equivocada decisão tem como base, além dos reais riscos sanitários, o fato de que o referido país produz sazonalmente apenas camarão extrativo, o que certamente irá abrir uma verdadeira cancela para a triangulação do camarão equatoriano, panamenho, colombiano e asiático, sob as benesses da bandeira do MERCOSUL, todos com registro de doenças notificáveis pela Organização Internacional de Epizootias - OIE, como já vem ocorrendo com diversos outros produtos exportados pela Argentina para o Brasil. Negócios – Então há um erro de avaliação estratégica do Governo? Não resta a menor dúvida de que o Governo Brasileiro está cometendo grave equívoco, que atende a interesses alhures, ao desconsiderar uma realidade amplamente conhecida, de que a introdução dos vírus que afetam os crustáceos de vários países teve origem nas importações de camarão de países afetados. Os aspectos econômicos e sociais que adicionalmente embasam a preocupação setorial e, certamente, não deixam margens para dúvidas sobre o equívoco e o despropósito da ARI do Camarão P. muelleri da Argentina, que equivocadamente concluiu pela liberação da sua importação, podem ser mais bem avaliadas quando se leva em consideração que a OIE lista 35 doenças e cepas virais, de notificação obrigatória, que afetam a carcinicultura mundial. Negócios – Como está o nível do Brasil nas questões relativas à criação de camarão, pesca e aqüicultura? Ainda temos muito a evoluir? O Brasil, com uma área potencial estimada em 1.000.000 de hectares, altamente apropriados para a exploração da carcinicultura, utilizou apenas 2% em 2011 (20.000 Ha), cuja produção de 70.000 t contribuiu para a geração de R$ 1,0 bilhão de reais e 70.000 empregos, dos quais, 88% foram ocupados

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cultivado, cuja produção de 478.700 t, colocou o país no terceiro lugar em termos mundiais na produção e segundo nas exportações de camarão cultivado.

Produtores de camarão estão sentindo-se ameaçados com abertura para importação

por mão-de-obra com pouca ou nenhuma qualificação profissional. Além disso, o setor extrativo de camarão, responsável pela captura de 30.000 t/ano, gera cerca de 30.000 empregos e representa uma importante contribuição para o setor pesqueiro brasileiro. Negócios – O senhor conhece países produtores que caminham no sentido inverso ao Brasil. Ou seja, que enxergam num curto ou médio prazo resultados satisfatórios e produção mais desenvolvida do que a brasileira? O Equador, com pouco mais de 600 km de costa e uma deficiente malha rodoviária e energética, explorou 180.000 ha com camarão cultivado em 2010, produzindo 230.000 t, cuja exportação de 142.000 t, captou US$ 805 milhões. A Tailândia, com uma linha de costa igual à da Região Nordeste, explorou 60.000 ha, produzindo 600.000 t, das quais 250.000 t, correspondente a US$ 2,4 bilhões, foram exportadas em 2011. O Vietnã, com área territorial de apenas 320.000 km², explorou 850.000 ha com camarão

Negócios - A falta de apoio governamental então seria o grande gargalo do setor? Sim. O Brasil, cujo potencial de exploração da aqüicultura é infinitamente superior a qualquer outro país, inclusive da China, vem amargando, pela crônica falta de políticas públicas e prioridades para o incentivo e desenvolvimento da aquicultura, uma participação medíocre, correspondente a apenas 0,6% (480.129 t) da produção mundial desse setor em 2010 (78.945.001 t). Além disso, quando se analisa a participação do Brasil (0.09%), na produção mundial da maricultura (17.648.793 t), esse desempenho é ainda mais sofrível, conforme reportou a FAO, 2011. Negócios - Como explorar melhor as nossas vantagens naturais, ambientais e de infraestrutura na produção pesqueira e aquícola no Brasil? O generalizado amadorismo e a destacada incompetência no planejamento e na administração da política pesqueira brasileira contribui para que as excepcionais condições naturais, ambientais e infraestruturais que o Brasil apresenta em suas macrorregiões não sejam exploradas nem no mínimo das suas possibilidades. Um total desrespeito ao fato de que a piscicultura marinha no Nordeste remonta da ocupação holandesa (Século XVII). A tecnologia que revolucionou a aquicultura mundial, a hipofização, foi descoberta por pesquisadores brasileiros, sob a luz de lamparinas, no açude Bodocongó, em Campina Grande/PB, em meados da década de 20 do século passado. Pescadores, trabalhadores rurais, aquicultores e a população brasileira merecem melhor tratamento, com vistas à produção e disponibilização de um alimento nobre, com oferta de empregos decentes, oportunidades de negócios e geração de renda, com condições de vida digna na zona rural do litoral e do interior do país.



Negócios em Pauta< jeanvalerio@gmail.com

Agenda midiática Conhecidos na terrinha pela discrição e reserva, surpreendeu a muitos a aparição na foto posada de Capa da Forbes Brasil do empresário Nevaldo Rocha, fundador do Grupo Guararapes (Riachuelo e Midway). Nem tanto pelo filho Flávio Rocha, um veterano no aspecto midiático. Mas a notícia é estratégica economicamente. Pela importância da revista em questão. E necessidade de mostrar força nos negócios para os investidores após período de turbulências financeiras com redução das projeções de lucro. O lucro da Guararapes, por exemplo, levou tombo de 40,5% no primeiro trimestre, ficando no patamar de R$ 30,1 milhões. O grupo controla a rede de lojas Riachuelo, o shopping Midway Mall, a Midway Financeira e fábricas de confecção.

300 mil cabeças

Aeroporto do RN O nosso cambaleante Aeroporto Augusto Severo, em Parnamirim, foi apontado num estudo como o quarto melhor do Brasil, quando levada em consideração a menor quantidade de problemas apresentados. É. Pode até ser. Diante da falta de relevância e da redução constantes de vôos. Quanto menos vôos, menos entraves. E o desenvolvimento do destino sempre em último plano.

empresário forte

No meio empresarial, chama atenção a figura do empreendedor e empresário Edvaldo Fagundes, de Mossoró. Nas rodas de conversa, muitas histórias. Algumas lendárias. Edvaldo tem sido visto em eventos associados com políticos de elevado escalão: Leia-se Rosalba Ciarlini e Henrique Eduardo Alves. Dono de empresas em segmentos de combustível, sal, pecuária e indústria de plásticos, Edvaldo foi generoso nas últimas campanhas eleitorais emprestando caminhonetas e doando cifras que, dizem, ultrapassariam a soma do milhão. Conheci Edvaldo Fagundes, em Mossoró, na ocasião em que ele recebeu o deputado presidente da Câmara Federal, Henrique Alves, num jantar em sua residência. Saí com a melhor impressão possível. Principalmente por duas características marcantes que captei dele: humildade e carisma. Com tudo isso, fica difícil não acreditar num vôo maior em 2014. Para quem caiu na graça dos políticos e é dono de 5 aviões e 1 helicópetro (e não é lenda), seria apenas mais um vôo. 12 >

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Pecuaristas do Rio Grande do Norte estimam que mais de 300 mil cabeças de gado do Estado tenham sido perdidas com a recente perversa seca. Nem as últimas chuvas alentadoras que caíram no nosso sertão foram suficientes para acender a esperança dos criadores locais, que clamam ajuda emergencial dos Governos. E ameaçam jogar carcaças de animais mortos no Centro Administrativo de Natal. As perdas vão desde mortes até mesmo a transferência forçada para outras bacias.

Terra do camarão

O professor jornalista Cassiano Arruda cunhou a expressão piotário, unindo a condição de pioneiro com otário para classificar o Rio Grande do Norte e suas “façanhas” econômicas. É assim que os carcinicultores avaliam a condição atual da produção potiguar. De líder do segmento, o RN passou a ser o terceiro maior produtor e exportador. Sem incentivo algum dos Governos Federal e Estadual, agora os carcinicultores foram surpreendidos com a liberação, por parte do Ministério da Pesca, da importação do camarão argentino. Pode ser a gota d`água para a falência do setor. Sem falar nos riscos de contaminação do camarão brasileiro com entrada do estrangeiro.


Pesca Industrial do RN

A produção industrial de atuns e afins no Rio Grande do Norte sempre foi vanguarda no Brasil. Mas nunca deslanchou. Falta visão governamental. E empresarial. A capacidade de mobilização dos empresários da Ribeira natalense é mínima. Mas eles têm tentado. Em Brasília, os empresários norte-rio-grandenses Arimar França, Gabriel Calzavara, Jorge Bastos e Rodrigo Hazin encontraram no presidente da Confederação Nacional de Pescadores e Aquicultores (CNPA), Abraão Lincoln, um defensor. Lincoln articulou, junto ao presidente da Comissão de Agricultura do Senado, senador Benedito de Lira (PP-AL), a realização de audiência pública no Senado Federal para debater a necessidade urgente de desenvolver a pesca industrial brasileira e potiguar, que já produz mais de 80% da pesca nacional. Abraão entende que o Brasil deve ampliar exploração oceânica de áreas estratégicas do Atlântico. "Assim como o pré-sal, a pesca é uma das riquezas a serem exploradas no Oceano Atlântico que banha o país. Precisamos de apoio do governo. A audiência será fundamental para debater gargalos e soluções para entraves do crescimento do setor", afirma Abraão Lincoln.

RN Sustentável

Acordo de Empréstimo a ser assinado entre Banco Mundial e Governo do Rio Grande do Norte, no valor de US$ 540 milhões, é visto como tábua de salvação do atual Governo, que patina nos índices de investimento. Para entender, não podemos deixar de olhar no retrovisor e reconhecer a “herança” maldita dos antecessores da governadora Rosalba Ciarlini. O financiamento deve render ações de impacto e provocar a reação que todos esperam por parte do Governo do Estado.

Pra quê emprego?

Vi desespero e angústia com o “fim do Bolsa Família”. Calma! Boatos maldosos. A mamata não vai acabar. Não precisam arranjar emprego. Muito menos se qualificar. As tetas da viúva ainda sustentam muitos anos de produção.

Aquisição

O empresário Joham Xavier assumiu a diretoria executiva da CDL Natal. O novo executivo é velho conhecido da Câmara de Dirigentes lojistas de Natal e da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do RN (FCDL). Ele já presidiu as duas.

Up Grade

A Associação Comercial de Natal e a Federação das Associações Comerciais do RN fizeram contratação de peso: o executivo Adelmo Freire topou o desafio de reestruturar a gestão das entidades que possuem uma larga e importante história na economia local. Adelmo é o novo superintendente que chega com metas de ampliar o quadro de associados, implantar novos sistemas de gestão, envolver os sócios e executar projetos.

Turismo regional

Grande iniciativa o Salão de Turismo Rota 101 Nordeste, que se realizará em Natal de 4 a 6 de julho, beneficiando quatro Estados inseridos na duplicação da BR-101 (Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba e Alagoas). O evento é realização de duas profissionais empresas de eventos sediadas em Natal: Espacial e Argus. O Salão terá 128 estandes comerciais, quatro grandes áreas destinadas aos quatro estados.

Ranking trabalho

Ranking da revista Você S/A inclui a Ale Combustíveis, do Rio Grande do Norte, entre as 35 melhores empresas para o jovem iniciar a carreira. A pesquisa é feita em parceria com a Fundação Instituto de Administração (FIA) e a Cia de Talentos e avalia, na ótica de jovens de 18 a 26 anos, o ambiente de trabalho quanto às práticas e políticas de gestão de pessoas das empresas para estes profissionais. Juntas, as 35 empresas que entraram no Guia este ano somam 405 mil empregados — dos quais, 96,8 mil têm entre 18 e 26 anos. Quase 10 mil deles responderam aos questionários da Você S/A.

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Chapéude produção Queda

PETRÓLEO É NOSSO?

Petrobras patina na produção e reduz índices de investimentos no RN. Mossoró perde mais de 2 mil vagas de emprego. Políticos reagem juntos e cobram providências por jean valério

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Pressão na Petrobras

Governadora, prefeita de Mossoró e bancada federal unidos em prol do RN

União para manter viva a produção A presidente da Petrobras, Graça Foster, assegurou que o Rio Grande do Norte está inserido no plano de investimentos da Companhia. A garantia foi manifestada em reunião no Rio de Janeiro, na sede da Petrobras, a uma comitiva formada pelo presidente da Câmara dos Deputados, deputado federal Henrique Alves, governadora Rosalba Ciarlini, a bancada federal, a prefeita de Mossoró Cláudia Regina, presidente da Câmara Municipal de Mossoró, Francisco José Júnior, e representantes do segmento pretrolífero e comercial de Mossoró. O encontro sucedeu uma série de eventos, audiências públicas, manifestações e críticas dirigidas à Petrobras do Brasil. Nos ataques à estatal petrolífera, a principal tônica era a drástica redução de investimentos da Petrobras no Rio Grande do Norte, no-

tadamente em Mossoró, que concentra o maior volume de produção em terra de petróleo. Além da brutal redução de investimentos, a diminuição da produção de óleo reflete-se diretamente numa menor participação em royalties para o Estado e na extinção de postos de trabalho. Estima-se que, nos últimos seis meses, mais de 2 mil empregos diretos tenham sido extintos em Mossoró. A região, que já produziu mais de cem mil barris de petróleo por dia, está com produção diária de 70 mil barris. A reduzida produção e as demissões resultaram numa crise econômica nos segmentos ligados diretamente ao petróleo como hotelaria, transporte e metalurgia, entre outros. As demissões, segundo a Petrobras, teriam sido causadas pela quebra de contatos nas áreas de manutenção e montagem. maio / junho de 2013 <

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Promessa é dívida

ESPERANÇA DO PETRÓLEO ressurge Graça Foster, presidente da Petrobras, recebe lideranças políticas de Mossoró

Investimentos e empregos voltarão No encontro com a presidente da Petrobras, a prefeita Cláudia Regina entregou um documento, chamado “Carta de Mossoró”, onde constam as reivindicações da cidade por mais investimentos e geração de empregos, capitaneados pela Petrobras, na cadeia produtiva do petróleo e gás. Graça Foster assumiu o compromisso de atender, em curto prazo, dois pontos: O primeiro é a retomada dos investimentos da Petrobras em Mossoró e região. O segundo é a geração de empregos. Ela disse que os trabalhadores de empresas prestadoras de serviço que foram demitidos nos últimos meses deverão ser recontratados a partir de maio. E anunciou a chegada a Mossoró da empresa GDK, que presta serviços para a Petrobras, e que deve contratar 600 trabalhadores. "Conseguimos a garantia de mais investimentos da Petrobras em nossa região e a preservação dos empregos", comemorou a prefeita Cláudia Regina. A presidente da Petrobras prometeu ainda que a empresa vai construir um novo oleoduto, com vida útil estimada para 20 anos, entre Mossoró e Guamaré, onde está instalada a refinaria de petróleo Clara Camarão. Graça Foster comprometeu-se em vir ao Rio Grande do Norte, até o final de junho, 16 >

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para inaugurar o sistema de injeção de vapor da Termoaçu nos campos de Estreito e Alto do Rodrigues, onde a extração de óleo deve aumentar com o novo sistema. No encontro com os políticos e empresários do RN Graça Foster também apresentou números dos investimentos, arrecadação, impostos, royalties, custeio e até de licenças ambientais. O presidente da Câmara Federal, Henrique Alves, também ficou satisfeito com a reunião e disse acreditar que o Estado ainda contará com a presença da Petrobras por muitos anos, diante das informações de que a empresa dispõe de reservas estimadas em 250 milhões de barris em terra, e 150 milhões no mar da bacia potiguar. Outra boa notícia para o Rio Grande do Norte foi que a estatal vai liberar os poços que não tem petróleo para o abastecimento de água. Essa reivindicação foi feita pela governadora Rosalba Ciarlini e acatada pela empresa. Atualmente os poços perfurados pela Petrobras e que no lugar de petróleo é encontrada água são fechados pela empresa e ficam desativados. A proposta foi para que esses poços fossem doados ao Governo do Estado, que poderia utilizá-los no abastecimento das famílias da zona rural.

Em meio à queda na produção e nas reservas da Bacia Potiguar, no momento em que investidores se retiram do mercado local, ao menos um alento animador é o recente resultado do leilão da Agência Nacional do Petróleo (ANP) para exploração de áreas no Rio Grande do Norte. Há uma previsão de R$ 250 milhões em investimentos. Este é o montante mínimo assegurado pelas empresas vencedoras. O valor pode aumentar e pode até ser duplicado. Há cinco anos que as áreas do RN não eram ofertadas em leilão. Neste, 18 dos 30 blocos exploratórios ofertados foram arrematados e renderam mais de R$ 226 milhões de bônus de assinatura (valor pago pelas empresas quando arrematam os lotes de exploração). Duas empresas apostaram no futuro da bacia potiguar: a portuguesa Petrogal e a nacional OGX, do empresário Eike Batista. Analistas avaliam que a economia local só deve começar a sentir os efeitos daqui a dois anos. Até lá, muita coisa pode acontecer. Inclusive a desistência ou repasse dos blocos exploratórios. Pelos arrematados na bacia, as operadoras pagaram 1.000% a mais que o mínimo estabelecido pela ANP. E arremataram 18 dos 30 blocos ofertados. Agora elas têm até sete anos para procurar petróleo em campos terrestres e offshore (no mar) das bacias potiguares e 27 anos para produzir. Os contratos devem ser assinados em agosto, quando começará a contar os prazos.


Nossa Opinião

Novos investimentos do empresário Eike Batista são recebidos com desconfiança por grande parte dos investidores

Eike Batista: produção em terra ou castelo de areia? Especialistas da área avaliam que os efeitos do leilão na geração de emprego, na aquisição de bens e serviços, não serão imediatos. Durante as atividades exploratórias, a captação de mão de obra se dá em baixa escala. A fase de produção é que é mais promissora. Mas ela depende da descoberta de novas jazidas. Esta nova conjuntura, se não movimentar de imediato o mercado, que desacelerou nos últimos anos, ao menos deve encorajar o retorno de investidores periféricos. A desaceleração da atividade petrolífera no Estado provocou a demissão de trabalhadores. O retorno de uma atividade intensa, portanto, será gradual e lenta. A possível descoberta de novas jazidas, a partir da operação das áreas leiloadas, pode ajudar a reverter números negativos e impulsionar produção. Mas o leilão não pode ser visto como a salvação da pátria. Empresas vencedoras precisam ser cobradas. O consórcio Exxon Mobil / OGX pagou R$ 81,76 milhões pelo bloco cujo valor mínimo estabelecido era de R$ 4,5 milhões - ágio de 1.708,8%. A OGX e a ExxonMobil informaram que os dados sobre potencial de área e investimentos a serem feitos na Bacia Potiguar só serão conhecidos a partir da etapa de exploração. A estratégia de cautela adotada pela OGX é acertada. Principalmente depois do recente tombo que quase levou a quebradeira total de todo o império Eike Batista. E uma das principais causas foi a comunicação mal feita,

expectativa criada equivocadamente junto aos investidores, que se frustraram. O mercado tratou de punir essa postura. A OGX de Eike Batista chegou a ser rebaixada pela agência de risco Standard & Poors para o nível B-, com perspectiva negativa, equivalente ao de um pré-calote. O rebaixamento também é conseqüência das especulações criadas por Eike, que prometiam petróleo mas só conseguiram entregar poços secos aos investidores. Estima-se que Eike hoje deva mais de R$ 10 bilhões ao BNDES e outros bilhões a bancos como Itaú, BTG Pactual e Bradesco, segundo informações do Jornal Brasil 247. A quebra poderia desencadear um risco de natureza sistêmica. Relatório da Standard & Poors avalia que, se nada for feito, a OGX queimará todo o seu caixa em 2013. Não bastasse o rebaixamento, a Standard & Poor’s vê perspectiva negativa pro futuro e novos rebaixamentos no médio prazo da OGX. Recentemente, Eike chegou a ser recebido pela presidenta Dilma Roussef. Esta negou o pedido de socorro financeiro apresentado pela OGX. Uma de decisão correta da presidenta da República. Há quem defenda intransigentemente, e não estão pregando no deserto, que não existe base sólida nos investimentos do Grupo X. Alegam que os negócios do Eike “se desmancham no ar” e o acusam de não saber operar com seriedade recursos levantados no mercado ou tomados de fundos de pensão, agências e bancos oficiais. maio / junho de 2013 <

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Premiação

EXPANSÃO A Medeiros & Simas está diversificando seu mix de serviços e clientes e já atua forte em Natal onde administra carteiras de recebíveis e utiliza seu modelo inovador de cobrança reconhecido no MPE Brasil. “Hoje percebemos que os nossos clientes já não oferecem resistência para entregar sua carteira de recebíveis. É muito vantajoso para eles. A atuação na região do Seridó por muitos anos permitiu aperfeiçoar nosso sistema de trabalho. Agora estamos expandindo e atendemos de pequenas a grandes companhias”, afirma Ayanne Andreza Medeiros de Araújo Dantas, diretora.

Ayanne Andreza Medeiros e Maurício Medeiros recebem premio em Brasilia

Consultoria, cobrança, gestão e resultado

Empresa de gestão

vence MPE Brasil Concorrendo com milhares de empresas, a Medeiros & Simas - Assessoria e Consultoria em Cobrança sagrou-se vencedora do MPE Brasil - Prêmio de Competitividade para Micro e Pequenas Empresas, categoria estadual, no segmento de serviços. A premiação aconteceu em Brasília, no 10º Reconhecimento e Premiação às MPEs. Com a vitória, a Medeiros & Simas, junto com as vencedoras de outras categorias, tornam-se referência para promover avanços em direção à excelência das micro e pequenas empresas brasileiras. A edição 2012 do MPE Brasil alcançou mais de 83 mil inscritos no país. Especializada na prestação de serviços de recuperação de créditos, cobrança administrativa e judicial, a Medeiros & Simas se destacou nas avaliações pelos métodos inovadores que utiliza. Além de sanear finanças, a consultoria da empresa trabalha ainda o aperfeiçoamento de aspectos administrativos, sociais e ambientais, atendendo companhias de pequeno, médio e grande porte. A gestão e o acompanhamento de recebíveis também é um diferencial apresentado pela empresa que cresceu muito em 2012. A Medeiros & Simas iniciou suas atividades na cidade de Currais Novos, em 2005. Com sete anos de experiência no mercado, adota como principais práticas institucionais: honestidade, competência, ética, respeito aos indivíduos, legalidade, sigilo, respeito ao meio ambiente e responsabilidade social, cultivando ainda a constante motivação de seus colaboradores e parceiros locais. O reconhecimento nacional se deu principalmente pela avaliação dos “Princípios sólidos no atendimento às empresas”. 18 >

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O PRÊMIO Criado com a expectativa de ser um incentivo no segmento, o MPE Brasil reconhece o empenho de micro e pequenas empresas na gestão de qualidade, com resultados consistentes, como o aumento da produtividade e competitividade. A iniciativa, realizada pelo Sebrae, Movimento Brasil Competitivo (MBC), Gerdau e Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), contempla áreas de indústria, comércio, serviços, turismo, Tecnologia da Informação (TI), saúde, educação, agronegócio, destaque de boas práticas de responsabilidade social e inovação. Avaliadas pela qualidade da gestão e capacidade empreendedora do gestor, baseado no Modelo de Excelência da Gestão (MEG), o MPE Brasil usa referências padronizadas, com critérios internacionalmente reconhecidos. A avaliação conta com trabalho voluntário de especialistas.


Capacitação Defasagem salarial pode chegar a 64% para quem não fala o idioma

Inglês é fundamental A diferença salarial de um profissional fluente na língua inglesa para um colega de mesma função que não fala inglês pode chegar a 64%. Um gerente que não fala a língua da terra do Tio Sam, por exemplo, pode ganhar em média até R$ 7,7 mil, enquanto um profissional do mesmo cargo fluente na língua oficial do mundo pode receber até R$ 11,1 mil. De acordo com o Catho, maior site de currículos e emprego da América Latina, no Brasil, cerca de 80% das entrevistas de empregos já são realizadas em língua inglesa. Deste total, o estudo revelou que apenas 11% dos concorrentes a uma vaga de emprego que exige a fluência do inglês conseguem se comunicar sem dificuldade; e destes, somente 3% falam o idioma. Luciana Cavalcante, diretora das duas unidades potiguares da Wise Up, disse que falar inglês já não é mais diferencial e sim uma exigência do mercado. Ela garante que em 18 meses, com duas aulas por semana, é possível ter fluência na língua inglesa. “Com dedicação e assistindo duas aulas por semana na metodologia Wise Up não tem erro. O aluno consegue uma boa fluência no inglês e não fica de fora do jogo”, disse Luciana, fazendo alusão a um dos slogans da escola oficial da FIFA na Copa do Mundo de 2014. A gama de negócios que está sendo atraída para o Brasil, principalmente, para as cidades-sedes do Mundial pode mudar a vida de muita gente. E quem conseguir se comunicar em inglês, língua oficial não só do futebol, mas do mundo dos negócios, sai na frente. “Quem mora e trabalha no Rio Grande do Norte não pode deixar essa oportunidade passar. Tem muitas empresas estrangeiras vindo para Natal e Região metropolitana. E quem quiser crescer profissionalmente precisa falar inglês”, enfatizou Luciana.

Luciana: Quem quiser crescer precisa falar bem inglês

MAIS SOBRE O WISE UP Escola líder na América Latina no ensino de inglês para jovens (turmas teens, um investimento recente) e adultos. Com uma metodologia inovadora e o melhor e mais moderno material didático do mercado, a Wise Up oferece aos seus alunos a possibilidade de falar inglês em 18 meses. Desde 2003 em Natal, a Wise Up é uma empresa do Ometz Group/Grupo Abril Educação e está presente no Brasil e no Exterior. E é a escola de inglês oficial da FIFA.

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Mercado aberto

Novo shopping de R$ 300 milhões e expansão dos dois mais antigos impulsionam setor por Lissa Solano

Novos Shoppings para Natal De acordo com dados da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), o mercado de Shopping Centers é responsável por 19% do varejo nacional e por 2,7% do PIB. Esses números comprovam a importância do setor, que entre 2006 e 2008 cresceu 28%. Esses resultados continuam crescendo e o reflexo é o investimento de grupos internacionais no mercado nacional para construção de novos empreendimentos. Em Natal, o 5R Shopping Centers – companhia especializada na prospecção, desenvolvimento, comercialização e administração – apresentou o seu mais novo investimento, o Praça das Dunas Shopping Center, em Parnamirim, região metropolitana da capital potiguar. O mall será construído em parceria com o Grupo Capuche, incorporadora e construtora do Rio Grande do Norte e prevê

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Praia Shopping

Há 15 anos, nascia o Praia Shopping, projeto inovador que conquistou e manteve público cativo da Zona Sul de Natal

investimento de R$ 300 milhões, com expectativa de inauguração em 2016. O shopping será desenvolvido em um terreno de 68.250 m² e vai contar com uma área bruta locável (ABL) de 42.345 m². O conceito de design e arquitetura do empreendimento foi encomendado pela companhia à empresa portuguesa Conceito Arquitetos, que se inspirou em elementos como sol e areia, características da bela paisagem da região. O Praça das Dunas terá 208 lojas (10 âncoras, 6 semiâncoras e 146 satélites), praça de alimentação com dois restaurantes e 34 operações fastfood, além de complexo de cinema com oito salas totalmente digitais. Contribuindo para a movimentação da economia local, a 5R Shopping Centers prevê gerar 2,5 mil vagas durante a construção do projeto e quatro mil após a abertura do empreendimento, entre empregos diretos e indiretos. “Além de uma opção para consumo e lazer, vamos gerar renda na região, o que vai colaborar ainda mais com o desenvolvimento da cidade”, aponta o diretor de Operações da 5R, Cesar Garbin. A empresa já anunciou nove empreendimentos pelo Brasil, que totalizam R$ 1,8 bilhão em investimentos. De acordo com o presidente do Grupo Capuche, Edson Matias, o segmento de shoppings centers no Brasil é o que mais cresce hoje, e por isso existe uma corrida por áreas que necessitem dessa demanda. “Realizamos pesquisas de mercado que mostraram que há um espaço vazio no mercado que esperamos agora completar”. O empresário, Edson Matias, também detém há 15 anos o controle acionário do Praia Shopping, um importante equipamento comercial da zona sul de Natal e que já passou por três expansões, a mais recente foi em 2010 quando o grupo empreendedor do shopping investiu a soma de R$ 3,5 milhões nas obras de ampliação e adequação do empreendimento para receber seis novas lojas, entre elas a Lojas Americanas, hoje uma das âncoras. Como resultado, o mall registrou em abril deste ano um incremento de 37,8% no total de vendas em relação ao mesmo período do ano passado. maio / junho de 2013 <

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Natal Shopping

Natal Shopping nao quer ficar para traz e investe na expansão Outros dois grandes polos comerciais de Natal estão em expansão. Com crescimento de vendas nos últimos cinco anos, e o interesse de novos investidores, o Natal Shopping, primeiro mall da capital, iníciou as obras de expansão em março de 2012. Na época, ele contava com 17.000m2 de ABL (área bruta locável), aonde estavam 115 lojas, 3 lojas âncoras, uma mega store e 850 vagas de estacionamento. Com as obras, ele passará a ter 26.000m2 de ABL, além de incorporar novas marcas, ampliar oportunidades para lojistas, gerar mais empregos para população e conveniência para clientes. O novo número de lojas passará para 181 lojas satélites, 4 lojas âncoras e 4 mega store. Outra novidade é a construção de um edifício garagem, automatizado com vagas cobertas para 1.400 automóveis. Em termos de entretenimento, o Natal Shopping passará a oferecer mais lazer com o lançamento do moderno complexo de cinemas, o Cinépolis, quarta maior rede de cinema do mundo e a maior da América Latina, pertencente a um grupo mexicano. O mix de lojas contará com as marcas Gato e Sapato, Graciosa Solaris, Havaianas, Ibyte, World Tennis, Chlorophylla, Sonhos dos Pés, Fish, Stroke, Rommanel, Adorno, Cacau Show, Claro, Le Lis Blanc/Noir, Vivara, Diniz Prime, Gelateria Parmalat, Ecológica, Forum, Malwee, Jorge Bischoff, Viggo, Mahogany, WM Collection, Tip Top, Ortobom, Drusa, Lilica e Tigor, 22 >

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Shopping mais tradicional quer resgatar seu público

Mob, Track & Field, Bob Store, e Adcos. As obras da primeira fase da expansão do Natal Shopping já foram concluídas, proporcionando ao cliente maior conforto e comodidade com a entrega de quatro dos sete pisos do Deck Parking. A segunda etapa que contempla lojas, cinemas, restaurante e a finalização do Deck estão a todo vapor, e com previsão de conclusão para Outubro deste ano, gerando mais de dois mil empregos diretos e indiretos.


Midway Mall

Midway estaria captando lojas âncoras que iriam para o Natal Shopping. Zara é exemplo

Midway reage, planeja nova ampliação e abertura de duas âncoras Com um fluxo mensal de mais de dois milhões de clientes o Midway Mall abriga em seus três pisos 280 lojas dos mais diversos segmentos. “Trouxemos grandes franquias nacionais, várias grifes e as mais importantes lojas de departamento do mercado para um só lugar, com conforto, praticidade e segurança. Aqui o cliente encontra de tudo. É um Shopping feito para atender todos os segmentos e camadas sociais”, afirma o superintendente do Midway Mall, Afrânio Marinelli. O Shopping está completando oito anos com números que o mantém como líder do mercado do varejo de shopping centers em Natal e um dos principais centros de lazer do Nordeste. Ao longo desses oito anos o Grupo Guararapes já fez com que o Shopping passasse por três grandes expansões que representaram mais de R$ 170 milhões em investimentos. Em dezembro de 2010 a inauguração do Teatro Riachuelo no 3º piso do Shopping, mudou o cenário cultural da cidade. Um dos maiores espaços multi-uso do Nordeste e um dos melhores teatros da América Latina, com mecanismos cênicos de última geração, o espaço cultural recebeu investimentos na ordem dos R$ 50 milhões. Com capacidade para 1.500 espectadores sentados e até 2.500 pessoas em outras formatações, o Teatro desde a sua inauguração, já recebeu um público total de 300 mil pessoas em mais de 200 eventos culturais e corporativos. A expansão do Shopping em 2010, que representou um acrés-

cimo de 21 mil m2 na área bruta locável (ABL), trouxe lojas importantes para o mix como Renner, Lelis Blanc, Etna, Polishop e também o Espaço Gourmet, com os quatro maiores restaurantes da região: o Camarões com frutos do mar, Guinza, com cardápio oriental e internacional, o Abade com carnes e bacalhau e o Piazzale com cardáio italiano. O Espaço tem capacidade para receber simultaneamente 700 pessoas e funciona em horário estendido até as duas da manhã. Em setembro de 2012, mais uma vez a administração do Midway Mall fez mudanças na sua área bruta locável (ABL), complementando o mix do empreendimento, com a abertura de 2.500 m2 no 1º Piso, trazendo lojas que já eram pedidas em pesquisas com o público frequentador do Shopping: as Casas Bahia, maior rede de varejo nacional no setor de móveis e eletrodomésticos; a Le Biscuit com utilidades domésticas, decoração e informática, o McDonalds, maior rede mundial de fast-food, e uma ampla e moderna central de serviços da Oi, ampliando as opções de telefonia do Midway. Especulações afirmam que o Mall receberá mais duas grandes lojas para setembro deste ano: A Zara, rede de lojas espanhola de roupas e acessórios para o público feminino, masculino e infantil, e o Outback Steakhouse. Mas, a gerente de Marketing do Midway Mall, Suely Campelo, nega qualquer informação sobre a adesão das marcas. maio / junho de 2013 <

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Praça das Dunas

Edson (Capuche) e Felipe (5R): Investimento de R$ 300 milhões

COPA DO MUNDO ATRAI INVESTIDORES O maior evento esportivo do mundo, a Copa do Mundo, atrai muitos grupos investidores. Além de enxergar as oportunidades nas cidades sedes do Mundial, os experts em economia ampliam a sua visão de mercado para toda a região afetada pelo evento. Como é o caso da cidade de São Gonçalo do Amarante, onde está sendo erguido o aeroporto internacional, com expectativa para ser o principal portão de entrada dos turistas que chegarão ao Estado para os jogos da Fifa em 2014. O Grupo Coteminas anunciou o grande investimento, orçado em R$ 1 bilhão para construção do Complexo Imobiliário Sustentável Horizontes do Potengi, com conjuntos comerciais e residências para mais de 12 mil pessoas. Dentro do projeto está incluso a construção de um shopping center com cerca de 40 mil metros quadrados de área locável; hotel com 270 leitos, centro empresarial e centro de convenções, teatro, escola de ensino médio e fundamental. O complexo terá um total de 885 mil metros quadrados, com área construída de 522 mil metros quadrados. O Grupo Conteminas espera inaugurar a primeira parte do empreendimento antes da Copa de 2014 e transformar a Zona Norte no novo eixo do desenvolvimento. 24 >

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Arena das Dunas deverá ficar pronta em dezembro

Grupo Coteminas também investe em seu shopping


Um ano de sucesso do projeto é festejado em evento por 101 parceiros

Rede de Vendas Natalcard O NatalCard celebrou, no auditório da CDL Natal, um ano de atuação de um dos seus projetos mais inovadores – a Rede de Vendas. A data foi marcada por um encontro voltado para a prática do empreendedorismo que reuniu os 101 proprietários e representantes de empresas que comercializam a recarga dos cartões NatalCard Estudante e Passe Fácil, em seus estabelecimentos. “Nós acreditamos que o sucesso da Rede de Vendas só é possível graças a esses 101 parceiros, que decidiram se unir a nós oferecendo o seu espaço ao cliente NatalCard”, justificou Élika Lima – Gerente Comercial do NatalCard. Para Amanda Moura, funcionária da Didática Livraria e Papelaria – empresa credenciada na Rede de Vendas há 11 meses – o sistema de recarga de cartões na loja só traz benefícios. “Depois que começamos a participar da Rede de Vendas o fluxo de clientes no nosso espaço é bem maior, o que nos deixa muito satisfeitos”, elogiou. De acordo com Élika, o principal objetivo deste encontro com os lojistas foi agradecer pessoalmente pela parceria no projeto, que tem como principal meta descentralizar o sistema de recargas dos postos NatalCard, além de disponibilizar

A Rede de Vendas é um projeto vencedor que agrega benefícios à população

locais que ofereçam o serviço em finais de semana e feriados e em horários mais flexíveis, aos usuários de transporte coletivo, em todas as regiões da cidade. Para Rosângela da Silva, uma das proprietárias do Pastel Mix – presente na Rede de Vendas desde dezembro de 2012 - ao compartilhar o serviço com o NatalCard ela atraiu benefícios para inúmeras pessoas. “Nós fizemos a parceria porque notamos que o bairro onde funciona nosso estabelecimento era muito carente desse serviço. As pessoas tinham que se deslocar até um dos postos em outros bairros, apenas para fazer a recarga do cartão. Além de pensar no nosso ne-

gócio, pensamos também nos usuários do sistema de transporte que moram no bairro”, destacou Rosângela. O evento contou ainda com uma palestra de João Vianey, especialista na área de gestão e empreendedorismo que trabalha com o tema há cerca de 14 anos. João finalizou o momento parabenizando os lojistas por se mostrarem visionários em “comprar a ideia” da Rede de Vendas e oferecê-la em seu estabelecimento, mesmo que ele não tenha nenhuma relação com a área de transportes. “O empreendedor enxerga um bom produto ou serviço logo de cara, e vocês demonstraram isso”, afirmou o palestrante. maio / junho de 2013 <

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Prefeito de Natal, Carlos Eduardo, e presidente da Câmara, Albert Dickson, entregam placa a Amaro Sales, da Fiern

Câmara Municipal de Natal prestou homenagem aos 60 anos da Federação das Indústrias do Estado do RN - Fiern

Fiern é homenageada A iniciativa proposta pelo presidente da Câmara Municipal de Natal, vereador Albert Dickson (PP), contou com a presença do prefeito da cidade de Natal, Carlos Eduardo Alves e do presidente do Sistema Fiern, Amaro Sales, além de representantes do Serviço Social da Indústria (Sesi), do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e do governo do Estado do RN. Na ocasião, o presidente da CMN Albert Dickson e o prefeito Carlos Eduardo entregaram ao presidente da Fiern, Amaro Sales, o diploma comemorativo em homenagem aos 60 anos da Instituição. “A Fiern é o DNA da Indústria do Rio Grande do Norte”, definiu o presidente da CMN Albert Dickson. “Temos uma atividade industrial diversificada, empresários empreendedores e inovadores e nossos produtos são competitivos”, destacou, ressaltando que a Câmara Municipal pretende contribuir com a aprovação de leis que incentivem o crescimento e fortalecimento da Indústria norte-rio-grandense. O prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves parabenizou a Fiern pelos 60 anos de história e a Câmara Municipal por homenagear uma instituição que tantos benefícios traz para o RN. “A Fiern desenvolve um 26 >

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relevante trabalho social na área da cultura, educação, saúde e qualidade de vida”, avaliou o prefeito, lembrando que o Poder Público precisa ser um parceiro da Indústria na busca pelo desenvolvimento. Amaro Sales, presidente do Sistema Fiern, disse que a classe industrial do Rio Grande do Norte sente-se honrada por receber o reconhecimento do Parlamento da cidade de Natal. “Ao longo desses 60 anos de existência nos tornamos referência na qualidade dos nossos produtos e serviços, e as ações da Federação das Indústrias alcançam hoje todas as regiões do nosso Estado”, afirmou, concluindo que a Fiern tem se esforçado para que o ambiente de negócios no RN seja seguro e próspero. Fundada em 27 de fevereiro de 1953 e reconhecida por carta sindical em 14 de dezembro de 1953, a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte é uma entidade sindical de grau superior com base territorial em todo o Estado. Também prestigiaram a solenidade os vereadores Adão Eridan (PR), Aquino Neto (PV), Ary Gomes (PP), Bispo Francisco (PSB), Dickson Nasser Júnior (PSDB), Felipe Alves (PMDB), George Câmara (PC do B), Júlio Protásio (PSB) e Ubaldo Fernandes (PMDB).



Chapéu

A descentralização da recarga de passagens dos cartões eletrônicos NatalCard é um avanço no ramo da bilhetagem eletrônica, que pode se tornar referência para outras capitais Criar soluções que facilitam a vida do usuário do sistema de ônibus urbanos da capital potiguar, tem sido prerrogativa de ordem para o NatalCard - sistema de bilhetagem eletrônica gerido pelo Seturn. Aliando tecnologia à funcionalidade, o projeto da Rede de Vendas NatalCard é a prova deste pioneirismo, ao atender de forma diferenciada os clientes/usuários dos cartões de passagens nas modalidades Estudante (destinado aos alunos de escolas públicas e privadas) e Passe Fácil, cartão pessoa física. Completando o segundo ano de funcionamento, o sistema que é uma parceria entre a empresa de bilhetagem NatalCard e os vários estabelecimentos comerciais (bancas, drogarias, lan houses, livrarias, mercados entre outros), possui hoje, 100 lojistas cadastrados nas quatro regiões da cidade, realizando cerca de 200 mil atendimentos por mês. Além do número expressivo, outro grande atrativo da Rede de Vendas é oferecer recarga de créditos eletrônicos (passagens) em

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dias e horários diferenciados (inclusive nos finais de semana), aos dos postos fixos de vendas do NatalCard. A líder da equipe Comercial do NatalCard, a gerente Élika Lima, analisa positivamente estes dois anos da Rede de Vendas e revela que os resultados foram bem além dos esperados, tanto para a empresa, quanto para os usuários e os comerciantes que integram a Rede. “A parceria tem dado muito certo, pois não reduzimos o atendimento nos nossos quatro postos de vendas e ao mesmo tempo, os lojistas têm disponibilizado as recargas em lugares que antes eram desassistidos, aumentando assim a captação”, afirma satisfeita a gerente comercial. Élika conta ainda que o feedback dos usuários também é bastante positivo. “Nosso Call Center recebe diariamente muitas ligações de passageiros, perguntando sobre a Rede de Vendas, elogiando e agradecendo por estarmos presentes em sua comunidade ou perto da sua casa”, conclui.


natalcard Oportunidade para os comerciantes

“Nosso Call Center recebe diariamente muitas ligações de passageiros, perguntando sobre a Rede de Vendas, elogiando e agradecendo por estarmos presentes em sua comunidade ou perto da sua casa”

Para os comerciantes que já aderiram ao sistema e tornaram-se lojistas credenciados à rede, não foi necessário ter um aparato tecnológico sofisticado em seu estabelecimento para isso. De acordo com informações de Nicholas Paiva, Gerente de Tecnologia da Informação do NatalCard, possuindo um computador Desktop com pelo menos 01 Gigabyte de memória (características de máquinas simples), conexão à internet de no mínimo 300 kbps (a conexão padrão geralmente é de 1.000 kbps) e a leitora de créditos fornecida pelo NatalCard, o sistema online de recarga pode ser facilmente operado por qualquer funcionário ou até mesmo pelo proprietário do local. ‘‘O software foi desenvolvido dentro da empresa pelo Setor de TI, com isso o NatalCard pode disponibilizar treinamento no sistema e suporte especializado para os conveniados’’, declarou Nicholas. ‘‘O sistema de recarga é muito fácil de ser operado, nenhum funcionário teve dificuldade com nada’’, contou Bruno Monteiro, proprietário das Drogarias Chegança. O empresário possui três filiais da farmácia cadastradas à Rede de Vendas desde outubro de 2011, e já percebeu o aumento da lucratividade. ‘‘Estou muito satisfeito, tanto com o movimento nas três lojas, quanto por poder agregar um serviço útil à minha comunidade’’, destacou Bruno. A listagem completa dos locais que oferecem a recarga dos cartões de transporte pode ser encontrada no site www.natalcard.com.br

O Revistão, Banca Mãe e Filho e Drogarias Chegança: lojistas da Rede de Vendas NatalCard que tiveram um grande aumento do fluxo de clientes em seus estabelecimentos maio / junho de 2013 <

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RN em Foco

Empresários debatem obras de mobilidade urbana sob coordenação da Fecomercio-RN

Tráfego lento “As obras de mobilidade urbana, de que tanto necessitamos na Região Metropolitana de Natal, devem ser um dos maiores legados que a realização da Copa do Mundo de Futebol 2014 nos deixará. É necessária uma intervenção urgente no trânsito de nossa cidade, que está a beira de um colapso. E entre as muitas medidas necessárias para evitar isto, sem dúvidas estão essas obras”. Com estas palavras, o presidente do Sistema Fecomércio RN, Marcelo Fernandes de Queiroz deu início a última edição do RN em Foco, projeto da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do RN, que aconteceu no fim do mês de maio, no Versailles Tirol, e que discutiu as obras de mobilidade urbana da Região Metropolitana. O evento teve como convidada a secretária de Estado de Infraestrutura, Katia 30 >

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Pinto, que fez uma explanação detalhada sobre as intervenções que devem ser iniciadas em breve. “Este foi um momento ímpar, onde foi apresentado o que o Governo do Estado está pensando, está planejando, na questão da mobilidade urbana para Natal. Mas principalmente, um momento para interagir melhor com todos os empresários que tem comércio nestas vias” avaliou a secretária. Durante a explanação, a secretária Kátia Pinto detalhou as obras contempladas pelo projeto de mobilidade urbana e de responsabilidade da Secretaria Estadual de Infraestrutura, que são o Pró-transporte, a reestruturação da Avenida Engenheiro Roberto Freire, além da Via Norte Sul, que se inicia no entroncamento da BR-226 com a avenida Cap. Mor Gouveia, e vai até a Rota do Sol. A obra do Pró-transporte Zona Norte está

orçada em mais de R$ 89 milhões, o edital de licitação já foi publicado, a previsão de início das obras é agosto, e o prazo de conclusão é de 24 meses. Depois de concluída, em seus 14 km de extensão, terá calçadas acessíveis, terminais de passageiros, semáforos, ciclovias e corredor exclusivo para ônibus. O projeto valorizará o Turismo, com novas pistas de acesso à ponte Newton Navarro; acesso ao aeroporto de São Gonçalo do Amarante; reformulação do Gancho de Igapó; complementação do Viaduto das Fronteiras; e pontilhão sobre o Rio Doce, em Genipabu. De acordo com a secretária, “a intenção é que no veraneio de 2014 algumas destas vias já estejam em uso, beneficiando toda a população da região, e também quem tem casa de praia no litoral norte”. A reestruturação da Avenida Engenheiro Roberto Freire será feita em um trecho de quatro quilômetros, que compreende o Viaduto de Ponta Negra até a Avenida Praia de Tibau, na altura da Feira de Artesanato. No total, a avenida ficará com 12 faixas (seis em cada sentido), terá via exclusiva para ônibus, ciclovia, cinco passarelas, projeto de acessibilidade, túneis e “além disso será a primeira via expressa do estado, e sem deixar de lado o projeto urbanístico e paisagístico”, afirmou Kátia Pinto. A obra está orçada em mais de R$ 200 milhões, com previsão de início em setembro deste ano e conclusão em 24 meses. Já a Via Norte Sul, que abrange os bairros de Bom Pastor, Felipe Camarão, Cidade da Esperança, Planalto, Pitimbu, Neópolis, Capim Macio e Ponta Negra, tem uma extensão de mais de 12 quilômetros, e também está orçada em mais de R$ 200 milhões. A previsão de início das obras é em dezembro deste ano, com conclusão em 24 meses. Terá vias duplicadas, faixas exclusivas de ônibus, ciclovia, abrigos para passageiros, semáforos, e calçadas acessíveis. Além de atender à demanda da cidade como sede da Copa de 2014, as obras vão proporcionar o aumento de capacidade das vias, a melhoria na distribuição do transporte coletivo, e também maior segurança para o cidadão.



MRV, Gafisa e Brookfield são eleitas as líderes

100 maiores empresas da Construção 32 >

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A nona edição do mais importante prêmio da Construção Civil no Brasil, o Ranking ITC, selecionou as 100 construtoras do país que tiveram melhor desempenho durante o ano de 2012. O mercado que permanece em expansão no país, teve como grande vencedora este ano a empresa mineira MRV. O segundo lugar ficou com a Gafisa e a Brookfield levou a terceira colocação. Foram homenageadas todas as empresas citadas. Mais uma vez, uma empresa genuinamente potiguar figura no ranking. O prêmio que engloba as construtoras que atuam nos segmentos comercial, residencial e indústria, modificou neste ano suas categorias com o objetivo de avaliar com maior abrangência as diferentes regiões do país, proporcionando assim mais visibilidade às empresas que, pelos critérios anteriores, não entrariam na disputa. “Nosso objetivo foi realizar mudanças nas categorias premiadas, valorizando construtoras presentes em mais regiões do país”, diz Guillermo Guirao Vidal, presidente da ITC – Inteligência Empresarial da Construção, idealizadora da premiação e uma das consultorias mais tradicionais em fornecimento de dados para o setor de construção. [essa declaração eu peguei do release que Luciana Matias me enviou] Dentre as mudanças, a categoria “Residencial Regional”, por exemplo, concentra agora sua avaliação em regiões mais amplas: Sudeste, CentroOeste, Sul e Norte/Nordeste. As categorias “Industrial Brasil” e “Comercial Brasil” passam a subdividir a premiação entre as regiões Sudeste, Centro-Oeste, Sul e Norte/Nordeste. A sustentabilidade foi outro quesito muito importante e valorizado na premiação. A ITC e a empresa SustentaX, especializada em avaliar aspectos de Gestão Sustentável, Responsabilidade Ambiental em Obra e Respeito à Cidadania nos Canteiros, premiou as construtoras Ladeira Miranda e Rio Verde, que se mostraram altamente capazes de construir sem agredir o meio ambiente. Na classificação geral, a construtora MRV Engenharia voltou ao topo entre as construtoras que mais construíram no Brasil por metro quadrado. Ela conquistou, pela segunda vez, a 1ª colocação no 9º Ranking ITC 2012, na categoria Recordista e também na categoria Residencial Baixa Renda.Desde 1979 no mercado imobiliário, a MRV é a única que oferece casas e apar-


As 100 maiores construtoras Classificação Construtora Área Total Construída (m²) Total de obras

tamentos em 120 cidades do Brasil. Focada na redução de custos, que auxiliam nas facilidades de compra, linhas diferenciadas de produtos e pagamentos flexíveis de seus empreendimentos, segundo dados da empresa, diariamente, mais de 135 imóveis são vendidos. Líder da pesquisa em 2011, a Gafisa ficou em segundo lugar no ranking de 2012 do ITC, mas fechou o ano com resultados acima dos esperados por analistas. Os lançamentos da construtora atingiram R$ 2,95 bilhões, valor bem próximo do máximo projetado pela empresa. Já as vendas no ano caíram 21% para 2,63 bilhões de reais. No ano passado, a empresa totalizou 4,886 milhões de metros quadrados em 177 obras. Já a construtora Brookfield, repetiu a colocação do prêmio anterior, marcando o terceiro lugar este ano. A empresa reduziu seu número de lançamentos em 2012, mas terminou o ano com 4,429 milhões de metros quadrados construídos e um total de 111 obras.

POTIGUARes NO RANKING NACIONAL

Empresa genuinamente potiguar, a Capuche marcou a 31° colocação neste ano. A construtora encerrou o ano de 2012 com 743.200,66 metros quadrados de área construída e comemorou a importante marca de 1.262 unidades dos seus empreendimentos entregues em 24 meses, apontando uma média, neste período, de 52 unidades entregues por mês aos seus clientes.O presidente da Capuche, Edson Matias, relembra que a empresa recebeu o primeiro lugar na categoria regional residencial Norte-Nordeste no ano de 2009. “Na época, operávamos como grupo empresarial Capuche, que foi dissolvido em três construtoras distintas, nos da Capuche, a Viverde e a Ecomax. É um orgulho ter a nossa marca entre as 100 maiores do país, em um mercado que a cada dia se torna mais competitivo. Este é o reconhecimento pelo trabalho executado com planejamento e focado em satisfazer nossos clientes”, justificou o empresário. A Viverde também aparece no ranking deste ano em 64ª lugar, como Cidade Verde.

1ª MRV 2ª GAFISA 3ª BROOKFIELD 4ª DIRECIONAL 5ª EVEN 6ª CYRELA 7ª WTORRE 8ª ROSSI 9ª PLAENGE 10ª SCHAHIN 11ª TOLEDO FERRARI 12ª HOCHTIEF 13ª BUENO NETTO 14ª MOURA DUBEUX 15ª THÁ 16ª HF ENGENHARIA 17ª GRUPO VIA 18ª CASA ALTA 19ª RACIONAL 20ª EMCCAMP 21ª RODOBENS 22ª DAN-HEBERT 23ª SGO 24ª PERNAMBUCO 25ª MÉTODO 26ª BORGES LANDEIRO 27ª CURY 28ª MPD 29ª SINCO 30ª MASA 31ª CAPUCHE 32ª PLANO E PLANO 33ª RIO VERDE 34ª CONSTRUTORA CAPITAL 35ª MKF 36ª BKO 37ª CRICIUMA 38ª DOMINUS 39ª LORENGE 40ª A. YOSHII 41ª LIBERCON 42ª ADOLFO LINDENBERG 43ª MATEC 44ª SÁ CAVALCANTE 45ª GALWAN 46ª EBM 47ª COLMÉIA* 48ª LÚCIO ENGENHARIA 49ª METRON 50ª CONSTRUTORA JL 51ª COSTA HIROTA 52ª VIVER* 53ª CONE 54ª CONX* 55ª R.YAZBEK 56ª MAC 57ª VIEZZER 58ª LAMB 59ª EXTO* 60ª CFL 61ª ASSUÃ 62ª MOTA MACHADO* 63ª M.BIGUCCI 64ª CIDADE VERDE 65ª TARJAB 66ª CONSCIENTE 67ª CV LOPES 68ª FONTANA 69ª STUHLBERGER 70ª GRUPO LIDER/LIDERANÇA* 71ª PORTE ENGENHARIA 72ª COSIL* 73ª MARROQUIM 74ª DIÁLOGO 75ª MORAR 76ª ÁRBORE 77ª GMR 78ª LADEIRA MIRANDA 79ª GABRIEL BACELAR 80ª CHEMIN CORP 81ª CORBETTA 82ª TERRA SIMÃO 83ª SPERANZINI 84ª FISA 85ª TEIXEIRA PINTO 86ª METACON 87ª FORTENGE 88ª BARBOSA BARROS 89ª PRAZZO ENGENHARIA 90ª PAULO MAURO 91ª CGS 92ª MANARA 93ª DELMAN 94ª ZAFIR 95ª COTA 96ª ÁLAMO 97ª ATENA 98ª SENSO ENGENHARIA 99ª ZAYD 100ª MSB

6.810.555,10................................................................ 407 4.886.796,01................................................................ 177 4.429.936,36................................................................ 111 3.123.758,38................................................................ 60 3.117.265,38................................................................ 104 2.974.267,89................................................................ 66 1.887.205,30................................................................ 24 1.777.686,32................................................................ 108 1.770.604,65................................................................ 171 1.650.398,78................................................................ 37 1.586.520,58................................................................ 25 1.488.170,00................................................................ 27 1.476.064,97................................................................ 40 1.426.516,00................................................................ 46 1.352.130,13................................................................ 53 1.325.192,72................................................................ 19 1.270.646,00................................................................ 29 1.251.214,70................................................................ 65 1.234.841,65................................................................ 15 1.159.223,71................................................................ 40 1.028.934,43................................................................ 199 1.021.438,93................................................................ 16 1.017.145,67................................................................ 26 956.205,10................................................................ 30 927.414,93................................................................ 12 926.119,01................................................................ 10 860.130,89................................................................ 37 837.371,00................................................................ 34 818.439,81................................................................ 22 783.921,33................................................................ 10 743.200,66................................................... 11 702.324,90................................................................ 24 660.710,00................................................................ 29 622.083,57................................................................ 22 591.600,00................................................................ 20 583.114,00................................................................ 23 581.598,60................................................................ 55 579.069,77................................................................ 17 567.058,93................................................................ 16 558.075,95................................................................ 29 549.306,50................................................................ 9 542.241,06................................................................ 18 541.100,00................................................................ 18 521.677,04................................................................ 16 515.779,69................................................................ 21 495.003,88................................................................ 14 472.532,00................................................................ 15 465.441,56................................................................ 10 374.571,83................................................................ 12 372.617,63................................................................ 14 368.806,45................................................................ 12 340.603,00................................................................ 8 337.317,05................................................................ 14 317.588,00................................................................ 19 291.549,00................................................................ 14 288.630,00................................................................ 13 272.364,07................................................................ 21 267.878,23................................................................ 10 263.960,00................................................................ 14 255.945,70................................................................ 10 247.916,66................................................................ 10 232.306,00................................................................ 18 224.655,11................................................................ 20 224.314,97................................................................ 21 223.111,16................................................................ 15 220.085,75................................................................ 6 215.980,00................................................................ 19 209.366,55................................................................ 27 208.415,51................................................................ 7 206.026,00................................................................ 10 205.948,39................................................................ 10 205.122,00................................................................ 7 204.883,86................................................................ 15 202.626,45................................................................ 13 196.622,24................................................................ 8 192.727,93................................................................ 17 185.319,36................................................................ 7 184.657,59................................................................ 10 184.473,34................................................................ 18 182.900,96................................................................ 6 166.675,31................................................................ 18 151.568,94................................................................ 1 140.279,73................................................................ 21 137.245,45................................................................ 12 133.306,31................................................................ 7 133.266,41................................................................ 6 119.206,66................................................................ 4 109.700,30................................................................ 16 108.164,33................................................................ 8 106.856,33................................................................ 8 100.369,06................................................................ 6 100.024,00................................................................ 11 94.512,15................................................................ 12 89.295,25................................................................ 4 82.310,91................................................................ 7 79.951,68................................................................ 6 77.510,98................................................................ 8 72.536,11................................................................ 3 62.463,21................................................................ 8 52.800,00................................................................... 3

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> Mercado & Imóveis

CHIARA TEIXEIRA (mercadoimoveisrn@gmail.com)

CONVENÇÃO

De 23 a 25 de Maio aconteceu na Praia do Forte na Bahia a 2ª Convenção Nacional Remax Brasil . O evento reuniu franqueados de todo o país e teve grande participação das unidades do RN que já somam 25 em operação e 7 em implantação.

PROMOÇÃO

A realização de feirões com ofertas tentadoras de descontos e vantagens têm movimentando o mercado e algumas incorporadoras comemoram números. Mas que números são esses? É válido lembrar que não há mágica. Ofertar unidades com quase cem mil reais de descontos é assumir que o preço inicial sempre esteve fora do mercado. E quem comprou para investir e adquiriu ainda na planta, como fica??? Alguém, lá no início, pagou esse ágio.

RESPONSABILIDADE SOCIAL

A Ecocil realizou leilão beneficente em prol do Hospital Infantil Varela Santiago. O evento contou com a participação dos funcionários da empresa que ao adquirir uma caneca participaram de um leilão de mais de 200 peças, organizadas em 26 lotes. Faziam parte dos lotes objetos e imóveis de decorados montados pela incorporadora.

OASIS

A Ecohouse assumiu o Oásis Parnamirim; empreendimento do Grupo EBI . Após algumas mudanças no projeto o residencial será novamente lançado no segundo semestre. A empresa, comandada por Anthony Armstrong, segue apostando nas classes C e D em diferentes regiões da grande Natal. Em Ceará-Mirim a primeira etapa do Bosque Residencial está em fase final.

OFERTA

E o mercado de Parnamirim continua com lançamentos. Tal situação fez algumas construtoras adiarem projetos para a região, que só esse ano deverá ter à disposição do consumidor mais de 12 mil unidades habitacionais. Na maioria, casas. Quem apostou em apartamento encontra dificuldades, à exceção é quando o projeto apresenta diferenciais significativos como área das unidades, por exemplo.

CONTRAMÃO

PLANO B

Enquanto muitas empresas investem na classe C, a Conisa em parceria com a Ecohouse, aguardam documentação para lançar o Selva e Aguimar; empreendimento de alto padrão a ser construído em Petrópolis.

Na contramão dessa prática a Constel apresentou ao mercado o Green Life Mor Gouveia como o imóvel com preço honesto. O empreendimento é um dos maiores já lançados na cidade com 780 unidades residenciais e VGV de R$ 170.000.000,00 . As obras já começaram e as vendas estão sob a coordenação da imobiliária Caio Fernandes.

MINHA CASA, MINHA VIDA

Sem muito alarde Tecnofab vem conquistando o seu espaço. Desde 2008 a empresa, que tem sede em Macaíba, constrói empreendimentos populares na região metropolitana de Natal, já são mais de 230 unidades entregues. Além de construir a Tecnofab possui uma unidade industrial para fabricação de componentes de concreto utilizados em suas obras. Para o segundo semestre a expectativa é lançar um condomínio fechado em São Gonçalo com mais de 150 casas. 34 >

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> maio / junho de 2013



FRANQUIAS

Franquias conquistam novos espaços

A previsão da Associação Brasileira de Franchising (ABF) é de que os negócios de franquia movimentem algo próximo a R$ 120 bilhões neste ano no País. Para apresentar as novidades e orientações sobre este mercado em franca expansão, o Sebrae no Rio Grande do Norte com patrocínio do Banco do Nordeste do Brasil, realizou o Encontro de Negócios de Franquias. O evento foi promovido nos dias 15 e 16 de maio, com palestras e Rodadas de Negócios para um público de 200 participantes no Teatro Riachuelo, no shopping Midway Mall. Durante os dois dias, 20 empresas apresentaram seus produtos, uma oportunidade também para conhecer futuros parceiros. Segundo dados apresentados da ABF, o Rio Grande do Norte saiu da 18° colocação para o 11° lugar em franqueadores brasileiros. A expectativa é que o Estado ocupe o 7° lugar até dezembro de 2013. Contudo, de acordo com a Gerente de Acesso a Mercados do Sebrae, Maiza Pinheiro, hoje o estado conta com número substancial de franqueadores que não agregam a esta contagem por não serem associados ao , mas despontam como modelos de negócios para cidades de todo o país. “Nós orientamos as empresas que iniciam no mercado de franchising a se associarem a ABF, pois franquias são modelos de negócios de suces36 >

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> maio / junho de 2013

so, e o fato de ser aceito em uma representação deste porte é mais uma garantia para o franqueador na hora de negociar com um investidor”, ressalta Maiza Pinheiro. O Sebrae também disponibiliza uma assessoria para os novos franqueadores, orientando na execução da documentação do modelo de negócio e no plano de expansão. “Para se tornar um franqueador a empresa precisa ser consciente que não basta ser uma boa ideia, mas que é um negócio de sucesso confirmado. Para isso, o empreendimento deve ter no mínimo dois anos de teste”, explica. A Gerente de Acesso a Mercados do Sebrae afirma que adquirir uma franquia é uma excelente oportunidade de negócio para quem está pensando em investir. “Percebemos a grande expansão de shoppings no estado, o que beneficia o setor de franchising. Isso porque cerca de 50% das lojas de shoppings são franquias. Eles preferem esse tipo de loja, pois agregam força a imagem do empreendimento devido o público ter conhecimento da marca”, justifica Maiza Pinheiro. Contudo, a coordenadora jurídica da ABF, Edna dos Anjos, uma das palestrantes do evento com o tema “Conhecendo Franchising”, explica que um modelo de sucesso não é garantia de rentabilidade. Apesar do investidor começar um negócio que já tem uma imagem


Chapéu

e aceitação do público, é imprescindível adequar a identidade do negócio com o perfil do empresário ou do espaço que ela deve ocupar. Outro alerta que ela faz aos futuros empresários é confirmar a veridicidade da franqueadora. O consultor de empresas e palestrante do evento, Fred Alecrim, concorda e acrescenta que os interessados em montar um negócio devem olhar para as necessidades atuais da população. Mudanças econômicas, novas Leis, evolução urbana, entre outras transformações podem gerar carências que indiquem essas novas oportunidades de negócio. Ele exemplifica o trânsito e a segurança como setores que interferem constantemente na vida das pessoas. Para ele, as empresas que estão investindo em delivery ou serviço em casa estão tendo sucesso.“As pessoas preferem investir no serviço que desobrigue ela de sair de casa ou do trabalho, pois assim ela não precisa perder seu tempo, nem correr algum risco”, explica. Mas, o consultor ressalta que é importante estimular as pessoas a se tornarem mais empreendedoras. “As pessoas precisam sair do ‘comparável’ e criar algo diferente, um serviço que seja o melhor. O Estado tem um vasto mercado e muitas oportunidades, as pessoas só precisam sair do ‘mesmo’”, diz Fred Alecrim.

Avohai aderiu ao modelo franquia. E expande rede de lojas no Nordeste

FRANQUIA POTIGUAR DE SUCESSO A Avohai é um exemplo de empresa potiguar que tem a marca do empreendedorismo. A empresa potiguar de 15 anos entrou no mercado de franquias em agosto de 2012 e está em plena fase de expansão no mercado da moda. Hoje, são três lojas em Natal/RN e a quarta franquia na cidade será aberta em junho, no Norte Shopping. Em maio, foi inaugurada também a loja em João Pessoa-PB, na Avenida Edson Ramalho, no Manaíra. “Decidimos franquear a marca para expandir mais facilmente além de melhorar a gestão e a visibilidade das lojas da rede, proporcionando também a oportunidade do investidor participar de um sonho e história de sucesso”, justifica o diretor da Avohai, Matheus Mascena. Para ele, são muitos os pontos positivos de investir em uma franquia hoje. Além de o investidor já começar com um negócio de sucesso, ele também terá acesso a um

Know-how de gestão do negócio e de pessoas, assessoria na escolha do ponto comercial, Projeto arquitetônico pronto com acompanhamento da obra, ajuda na negociação do ponto, produtos de qualidade com garantia de entrega, Recrutamento e Treinamento da equipe de vendas, visual merchandising pré-definido e todo um planejamento e campanha de marketing e retorno pronta para ser utilizada. “Investir no mundo do franchising hoje é garantia de sucesso e facilidade de gestão”, ressalta Matheus Mascena. A expectativa da Avohai para o ano de 2013 é terminar o ano com um total de 15 franquias. “A procura pela franquia tem aumentado bastante devido a exposição das roupas nas novelas globais. Este ano a intenção da franqueadora é abrir mais lojas espalhadas inicialmente pelo Nordeste, que tem o perfil da marca”, explica. maio / junho de 2013 <

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>JEANNY Destaque Publicitário DAMAS (jeanny.damasceno@gmail.com) Bora agrega agência e cresce

Notícia que deixou o mercado publicitário local em ebulição: Fusão entre agências de publicidade Bora Comunicação, dos publicitários João Daniel e Arturo Arruda, e o Comitê Criativo, de Carlos Fialho e Arnaldo. A unificação do negócio foi estratégica. Juntas, as empresas devem alcançar faturamento anual superior a R$ 8 milhões. A nova agência já nasce entre as cinco maiores da terra. Os clientes da Bora devem corresponder a 80% do volume do negócio. Os criativos do Comitê devem tocar o dia a dia da agência. E João Daniel assessorar Arturo Arruda na Art&C, hoje líder de mercado que começa a expandir planos para fora do RN.

Contas públicas

Muitas agências estão se preparando, outras se articulando, para enfrentar as próximas concorrências públicas de agência de publicidade que vêm por aí, entre elas atendimentos das contas da Assembléia Legislativa do RN, Governo do RN, Prefeitura de Natal, Câmara Municipal de Mossoró, Prefeitura de Mossoró.

Mossoró Cidade Junina

Traduzir a pluralidade da festa foi um dos principais objetivos da nova identidade visual do Mossoró Cidade Junina. E a concepção da marca materializou bem essa nova proposta. Uma peça impactante, alegre e que traz, nas suas várias camadas, tudo que envolve o evento: desde as comidas típicas até prédios históricos da Capital do Oeste. Uma marca com personalidade, nova em todos os sentidos e que todos já podem ver pelas ruas. Agora, é aguardar a campanha produzida pela Art&C.

Nova campanha Praia Shopping

Com o slogan "Perto de você com a felicidade que te faz bem". A campanha criada pela Ratts/Ratis traz sinalização interna, lona para a fachada, peças para site, redes sociais e um VT durante todo o ano de 2013. Além disso, traços de ilustração estarão presentes e marcarão todas as ações de relacionamento e de comunicação este ano. 38 >

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Abril lança Revista da Copa

A Editora Abril deu início à distribuição da Abril na Copa, revista de 60 páginas com material exclusivo que traz artistas e outras personalidades falando sobre futebol e sobre a Copa do Mundo. A edição especial será enviada gratuitamente a todos os assinantes de títulos Abril, além de ser encartada nos exemplares vendidos em bancas de Placar, Playboy, Superinteressante, VIP, Quatro Rodas, Info, Men's Health, Exame e Veja. Ao todo, quatro milhões de exemplares serão distribuídos. A revista, que contará com mais duas edições (uma em dezembro de 2013 e outra junho de 2014) também está disponível para download gratuito no tablet, através do site iba.com.br, e traz conteúdo extra de áudio e vídeo.

As 20 marcas mais valiosas do mundo em 2013

Assim como aconteceu em 2011 e em 2012, a Apple conquistou a primeira posição no Brandz 2013, ranking que traz as 100 marcas mais valiosas do mundo de acordo com a Mlliward Brown. Entre as dez primeiras temos quatro gigantes do setor de tecnoclogias: Apple, Google, IBM e Microsoft. Enquanto isso, a Samsung ficou entre as dez que mais subiram e o Yahoo! Foi uma das que voltaram ao ranking.



Comércio seguro CDL Natal e Polícia Militar debatem a insegurança no comércio potiguar

Empresários natalenses cobram mais segurança Empresários potiguares se reuniram, na sede da Câmara de Dirigentes Lojistas de Natal, com o comandante da Polícia Militar do Estado, coronel Francisco Araújo, para debater sobre a insegurança no comércio. Em pouco mais de duas horas de bate papo, muitos relatos por parte dos empresários, vítimas da violência dos assaltantes. Assustados e inconformados com a violência, eles pediram ajuda do comandante para que possam voltar a trabalhar com segurança. O empresário Ricardo Borges chegou a afirmar que a reunião de hoje era um pedido de socorro. “Precisamos que a segurança volte a existir em nossa cidade. Hoje em dia não se tem paz para ir ao supermercado, farmácia, casa loteria, e qualquer outro lugar. No nosso entender a polícia precisa se planejar para dar a segurança adequada aos cidadãos, e exatamente esse planejamento que buscamos hoje aqui”, afirmou. Depois de muito ouvir, coronel Araújo anunciou o reforço no policiamento em Cidade Alta e Alecrim, bairros comerciais da zona Leste de Natal, que tem sido alvo constante da ação dos infratores. Ele destacou que haverá incremento no número de viaturas, moto40 >

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> maio / junho de 2013

cicletas e serão colocadas duplas de policiais em patrulhamento a pé. O coronel informou também que vai modificar o horário de troca de serviço dos policiais. “Temos recebido reclamações de que o horário da troca de turno dos policiais, que era às 7h e 19h, fazia com que houvesse menos viaturas circulando no momento em que os alunos saíam das escolas e os profissionais deixavam seus locais de trabalho, por isso, vamos deixar para trocar o turno de serviço,que é de 12 horas para os policias nas viaturas, para um horário mais tarde,evitando esse problema”, finalizou. O presidente da CDL Natal, Amauri da Fonseca Filho enfatizou que o encontro de hoje foi importante para sociedade potiguar como um todo. “Esperamos com essa reunião ter mais policiamento nas ruas, o que trará mais segurança para nós, nosso colaboradores e clientes. A insegurança prejudica todo mundo. Afugentam consumidor, as vendas caem, diminui arrecadação, é uma bola de neve. A criminalidade vem aumentando, os bandidos mostram-se cada vez mais ousados e providências precisam ser tomadas para evitar novos assaltos”, concluiu o presidente da CDL.


Chapéu

Grife aposta no bom gosto do consumidor local e reabre no Shopping

Stalker investe forte na nova loja em Mossoró Grife das mais cobiçadas entre o público masculino infantojuvenil e adulto, a Stalker continua investindo forte para modernizar suas lojas e aperfeiçoar o atendimento ao público do Rio Grande do Norte. Após expansão e reforma das principais lojas em Natal, os investidores da Stalker apostam no mercado consumidor na região Oeste. Com este objetivo, foi reinaugurada, no início deste mês, após uma completa repaginada, a nova Loja Stalker de Mossoró, no Mossoró West Shopping. A nova Stalker Mossoró é mais uma ação importante no plano de metas e expansão da empresa no Rio Grande do Norte, onde já conta com seis lojas, sendo 5 delas em Natal. O mercado mossoroense é um dos mais promissores de todas as cidades onde a rede de

franquias possui lojas no país. Daí a atenção especial por esta praça. A loja do Mossoró West Shopping passou por uma ampla reforma, adequação de ambientes, instalação de novas estantes, móveis, vitrines decorativas e iluminação adequada. A intenção da Stalker é de tornar a loja de Mossoró referência não apenas para o mercado potiguar e sim para toda a rede nacional. “Sabemos do bom gosto e da exigência do público. Além disso, acreditamos que a economia mossoroense sempre estará aquecida, aberta para novos negócios. Investimos para oferecer o melhor serviço, para construir loja moderna e assegurar melhores mercadorias em estoque”, destaca Genilson Sá, empresário franqueado das lojas do Rio Grande do Norte. maio / junho de 2013 <

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Artigo

Kelps Lima| advogado, deputado estadual, com especialização em Gestão Pública pela UFRN

O modo de gerir o RN está falido Tenho a visão clara de que o modo de gerir o Rio Grande do Norte está falido. Os pilares da administração do Estado já não mais resolvem as demandas da população. E isso independe de situação ou oposição. Qualquer um que sentar hoje na cadeira de governador corre o risco de macular sua reputação política porque simplesmente não terá as condições necessárias para fazer uma administração minimamente capaz de solucionar os problemas básicos da população. Neste início de mandato na Assembleia Legislativa, pretendo repetir sempre, no plenário, que, em 2013, deixemos de lado as discussões político-partidárias e adotemos um discurso propositivo sobre projetos, emendas e programas que melhorem a gestão pública do nosso governo. E, quando falo em governo, não falo especificamente na atual governadora Rosalba Ciarlini. Refiro-me a todos os governos. Atual, anteriores e os que virão. Não adianta culpar este governo, ou os governos anteriores, por mazelas que estão na base dos princípios administrativos da atividade gerencial do Estado. Essa é a parte fácil. Construir culpas e escolher culpados. Nossa proposta é que façamos a parte mais difícil. Levantemos o debate sobre os reais problemas, criemos soluções e consigamos a aprovação dessas soluções no ambiente mais adequado para que elas ganhem corpo: a Assembleia Legislativa. De forma prática, é preciso mudar alguns alicerces administrativos do Estado. No modelo que a gestão funciona hoje, ninguém vai conseguir fazer o milagre de colocar o Rio Grande do Norte nos trilhos do desenvolvimento. As necessidades da administração pública são muito mais de gestão, de serviço, do que de obras e investimentos. Não

que obras e investimentos não sejam importantes. São. Mas uma gestão de qualidade, que proporcione bons serviços e, por consequência, boas obras, é muito mais premente. Por isso propomos na Assembléia a criação do Programa pela Eficiência da Gestão Pública, incluindo comissão formada por deputados e sociedade organizada com intuito de sugerir ações e nova legislação para modernizar a gestão do Estado. Há 30 dias, apresentamos pacote inicial de projetos de lei e de emendas à Constituição do Programa, que representam o início de um amplo movimento na direção de dotar o Estado de uma base mais eficiente em sua gestão. Quais sejam: 1. O fim do uso da verba pública para autopromoção de governos através de campanhas publicitárias de ações governamentais. A verba pública publicitária deverá ser utilizada em campanhas de propaganda educativa e informativa, que tenham a finalidade de divulgar conceitos ou orientações que conduzam a população aos serviços prestados pelo Estado ou a comportamentos coletivos que beneficiem o bem comum; 2. O fim da prática de afixação de fotografias dos governadores nas repartições do Estado, fortalecendo princípio da impessoalidade no trato da coisa pública e quebrando uma repetição de privilegio de visibilidade que remonta à época da monarquia; 3. O fim do uso de marcas de governo que acarretam gastos sempre da ascensão de um novo grupo político ao comando das diretrizes orçamentárias do Estado; 4. Extinção da casa oficial do Governador do Estado. Importante frisar: Todos esses projetos, e os próximos que apresentaremos, terão como prazo para entrar em vigor o dia 1 de janeiro de 2015, contemplando seus efeitos para o futuro governante, seja ele de oposição ou de afinidade com o atual governo.

No modelo que

a gestão funciona

hoje, ninguém vai conseguir fazer o

milagre de colocar colocar o Estado nos trilhos do

desenvolvimento.

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