Revista Negócios 59

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ENTREVISTA

RN UNIDO PELO HUB A união pelo hub da LATAM tem pautado desde as rodas de conversa entre amigos até as principais notícias dos maiores jornais do Rio Grande do Norte. O Governo do Estado se uniu a deputados federais e estaduais, senadores, empresários, entidades representativas e sociedade e convocou todos para uma luta suprapartidária para trazer ao estado o centro de conexões de voos nacionais e internacionais. O hub promete fazer uma verdadeira revolução econômica na Grande Natal, com investimentos de US$ 6 bilhões e uma geração de empregos estimada em 12 mil postos. Fortaleza (CE) e Recife (PE) concorrem com Natal, mas segundo especialistas, o terminal instalado em São Gonçalo do Amarante sai na frente na disputa por ser um dos únicos do país pertencentes à iniciativa privada. Nesta edição da Revista Negócios.net, você confere uma reportagem completa enumerando as vantagens potiguares e detalhes da campanha que o Governo do Estado lançou para envolver toda a sociedade, inclusive nas mídias sociais, com o #RNPreparadoProHub. Abordamos também os investimentos em energia eólica no Estado, em uma entrevista inédita com o vice-presidente da Federação das Indústrias do RN (Fiern) e conselheiro da Abeeólica, Sérgio Azevedo, que prevê uma aplicação de R$ 15 bilhões nos próximos quatro anos com a construção de novos parques. Em reportagem especial com o diretor presidente do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (Cerne), Jean Paul Prates, o especialista diz que RN deve voltar aos leilões neste mês de julho liderando o interesse dos investidores em construir. Até agora o estado já recebeu R$ 10 bilhões em investimentos e atingiu a capacidade instalada de dois gigawatts de energia. Na mesma reportagem, destacamos os investimentos realizados no interior do estado, notadamente na cidade de João Câmara, onde a arrecadação de impostos aumentou com a chegada dos parques. Nesta edição, você confere ainda os desdobramentos da saída da empresa Engevix, envolvida no escândalo denunciado pela Operação Lava Jato, do corpo societário do Consórcio Inframérica, administrador do aeroporto de São Gonçalo do Amarante. Segundo o especialista ouvido pela Revista Negócios.net, economista Janduir Nóbrega, a saída da empresa não impacta de maneira negativa a gestão do aeroporto, que passará a ser somente da argentina Corporación América. Falando em números, o aeroporto fechou o primeiro ano de operação com a circulação de 2,6 milhões de passageiros em 2014, um número 9% maior se comparado com o antigo terminal, o Augusto Severo. Para o mês de julho, a expectativa é um acréscimo de 8% no fluxo de pessoas ante o mesmo período do ano passado, durante a Copa do Mundo. Trazemos também a situação das micro e pequenas empresas do Rio Grande do Norte, que estão passando longe da crise. Os negócios compõem 93% do total de empresas no estado e segundo o Portal Empresômetro, os pequenos potiguares já faturaram R$ 10 bilhões em 2015, superando com sobra o ano anterior, quando a soma dos ganhos obtidos ficou em quase R$ 6 bilhões. Tudo isso e muito mais você confere nas páginas seguintes. Boa leitura!

EXPEDIENTE DIREÇÃO EXECUTIVA: Jean Valério, Jeanny Damas

DIAGRAMAÇÃO: Jorge Andrade, Acarta Comunicação

TIRAGEM: 6 mil exemplares

FOTOGRAFIA: Demis Roussos, Canindé Soares Alberto Leandro

E-MAIL: jeanvalerio@gmail.com jeanny.damasceno@gmail.com

REPORTAGENS: Louise Aguiar, Lissa Solano Eryka Maryllia, Jean Valério

COMERCIAL: 84 8856.1662 - 84 94514577 jeanvalerio@gmail.com

ENDEREÇO: Av. Romualdo Galvão, 293, Sala 806 8ª andar. Edifício Sfax, Tirol Natal-RN - Fone: 84 3201.6613 www.revistanegocios.net.br

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As matérias assinadas não expressam necessariamente a opinião da Revista Negócios.Net.


ÍNDICE

13 EÓLICA

RN continua liderando ranking brasileiro de produção de energia eólica com mais de 2 gigawatts de potência instalada

10 NEGÓCIOS EM PAUTA A rede de postos ALE, 4ª maior do setor de combustíveis do país, vai investir R$ 133,8 milhões até o fim do ano

34 EMPRESAS

Micro e pequenas empresas do RN já faturaram R$ 10 bilhões em 2015 e crise passa longe do setor

18 HUB

Governo do RN se une às bancadas federal e estadual e empresários de diversos setores para lutar pela vinda do centro de conexões para o estado

6 ENTREVISTA 30 AEROPORTO

Sérgio Azevedo, vice-presidente da Fiern, prevê investimentos de R$ 15 bilhões no RN em eólica nos próximos quatro anos

Aeroporto Internacional Aluízio Alves registra movimento de 2,6 milhões de passageiros em 2014 MAIO - JUNHO 2015 |

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SÉRGIO AZEVEDO Vice-presidente da Fiern e conselheiro nacional da Abeeólica

“RN VAI RECEBER R$ 15 BILHÕES EM INVESTIMENTOS EM ÉOLICA NOS PRÓXIMOS QUATRO ANOS” POR: LOUISE AGUIAR

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ENTREVISTA

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m se tratando de energia eólica, o Rio Grande do Norte é quase um eldorado. É o que diz o vice-presidente da Federação das Indústrias do RN (Fiern) e conselheiro nacional da Abeeólica, Sérgio Azevedo, que estima investimentos de R$ 15 bilhões no estado nos próximos quatro anos com a implantação de 98 parques eólicos que hoje estão em fase de construção. Os gargalos ao desenvolvimento, porém, ainda existem. “Precisamos de mais pontos de conexão, linhas de transmissão estruturantes e acesso ao crédito ao investidor”, enumera. Com a crise que o país vive atualmente, até conseguir financiamento junto ao BNDES se tornou mais difícil. Nessa entrevista exclusiva à

Revista Negócios.net, o empresário fala sobre mercado, investimentos e perspectivas da atividade no Rio Grande do Norte e no Brasil. NEGÓCIOS.NET - NEGÓCIOS.NET COMO SE ENCONTRA O SETOR DE EÓLICA HOJE NO RIO GRANDE DO NORTE? Hoje só temos um parque de 150 megawatts de potência que não entrou ainda no sistema de linhas de transmissão. Já rompemos a barreira dos dois gigawatts de capacidade energética e mais outros 150mw desse parque eólico pronto, mas que ainda não está sendo jogado na rede. Se fizéssemos a conMAIO - JUNHO 2015 |

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ta com ele, o RN teria hoje algo em torno de 2,2 gigawatts de capacidade instalada de energia eólica. TEMOS NOVOS INVESTIMENTOS PREVISTOS? Temos outros três gigawatts em projetos em fase de construção que foram vencedores de leilões passados, com energia que deverá ser entregue até 2019. O RN CONTINUA LÍDER NO RANKING DE ENERGIA EÓLICA NO PAÍS? O RN saiu na frente de todos os demais estados do Brasil. Começou sendo primeiro lugar no ranking e hoje segue em primeiro em produção de energia. Somando a capacidade que ainda vai ser construída, o RN ainda assim será primeiro lugar com 5 gigawatts de energia, seguido de perto pela Bahia, com mais de 4 gw. TODA ESSA ENERGIA QUE TEMOS HOJE ESTÁ SENDO ESCOADA?

“ESSE MERCADO VAI SEGUIR À MARGEM DA CRISE QUE O MERCADO VIVE HOJE.”

Essa demanda foi muito forte e a infraestrutura de transmissão da rede nacional não estava preparada para uma capacidade de geração dos estados do Nordeste de uma maneira geral, entre eles o RN. Essa falta de planejamento fez com que a nossa capacidade de escoamento de energia ficasse extremamente limitada e hoje ainda estamos assim. Existe um planejamento estratégico da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), ligada ao Ministério das Minas e Energia, para construir novas linhas de transmissão estruturantes para melhorar o escoamento dessa energia nos parques do Nordeste. Mas precisa melhorar também os pontos de conexão. Em João Câmara, por exemplo, vemos um emaranhado de conexões porque todos os parques chegam lá para conectar. Precisamos não só de linha de transmissão, mas também de subestações de conexão. EM QUE PÉ ESTÁ ESSE PROJETO DA EPE?

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Em dezembro de 2014 a EPE lançou o planejamento estratégico para implantação de novas linhas de transmissão até 2019 ou 2020. Se a EPE fizer o que está dizendo que vai fazer, promover os leilões de linhas, e as empresas ganharem e executarem os projetos nos prazos estabelecidos, o RN volta a poder participar de leilão A-3 já agora no segundo semestre e é um fortíssimo candidato nos leilões A-5. A expectativa é que até 2019 a EPE vai dotar o RN e o Ceará de nova capacidade para escoar a energia produzida. Se ela fizer a parte dela nesse cinturão do Nordeste, vamos voltar a despertar o interesse dos investidores em construir parques aqui. O RN ESTÁ SEM PODER PARTICIPAR DOS LEILÕES?

Não é que estejamos sem poder participar. Os projetos que estão habilitados e com condição técnica para participar do leilão são poucos. A qualidade de vento deles não é a melhor. Então quando o cálculo recurso eólico versus investimento versus a tarifa que o governo quer pagar é feito, não remunera o investidor. Isso acaba gerando cautela neles antes de entrar aqui no estado. Se essa conexão de transmissão melhorar, o RN tem condições de disputar os próximos leilões, voltaremos a ser ponta nos leilões de energia. Enquanto essa questão não ficar extremamente bem resolvida, e obviamente aliada agora à questão de credito, que é outro problema muito grande. O QUE ESTÁ HAVENDO COM O ACESSO AO CRÉDITO? Se o BNDES não continuar financiando projetos eólicos isso também vai se refletir na tarifa e com certeza afetará os projetos candidatos aos leilões. Não tenho dúvida que isso tem a ver com a crise. O BNDES não cortou as linhas de crédito, mas o dinheiro ficou mais caro, o acesso ao crédito está cada vez mais difícil, conseguir obter financiamento está mais difícil agora do que no ano passado. Hoje eu acho que esses são os dois grandes gargalos da energia eólica de uma forma geral: a questão das linhas de transmissão e conecti-


vidade nos locais onde os recursos são mais abundantes e de melhor qualidade e linha de crédito para investidores. VOCÊ TAMBÉM FAZ PARTE DO MERCADO... Temos a construtora que fazemos executamos os caminhos de acesso, estradas, drenagem, terraplenagem e executamos todas as fundações dos aerogeradores, a parte de concreto das torres. COMO AVALIA ESSE MERCADO DE EÓLICA HOJE? O mercado existe. O Brasil vai ter obrigatoriamente que seguir criando novas usinas de geração de energia porque o país está carente de energia. A matriz energética brasileira é predominantemente hidráulica, mas para licenciar novas hidrelétricas hoje, o dano ambiental é gigante. É uma energia renovável, mas o dano ambiental dessas grandes hidrelétricas é praticamente irreparável. Paralelo a isso, podemos enxergar a energia eólica e solar como duas fontes de geração de energia que você pode colocar para operar num curto espaço de tempo, com dano ambiental tendendo à zero. O setor vai seguir aquecido porque o Brasil segue precisando de energia e as fontes mais baratas e rápidas de gerar são eólica e solar. O RN por ser um estado extremamente valorizado pela qualidade do vento, temos

as melhores jazidas do Brasil, tendo resolvido os problemas das linhas de transmissão, não tenho dúvida que o RN segue na ponta. O grande gargalo na linha de transmissão tem que ser superado e só depende do governo federal. QUAIS AS PERSPECTIVAS DA ATIVIDADE NO RN? Aqui no RN o nosso horizonte está limitado à 2019. Não se teve notícia de novos parques vencedores dos últimos leilões. Os que estão hoje em construção e implantação têm que ser entregues até 2019. Mas acredito que a partir do segundo semestre essa realidade é outra. Meu sentimento é de que o RN vai voltar

investimento na geração de energia porque senão o Brasil para. O RN RECEBEU MAIS DE R$ 10 BILHÕES EM INVESTIMENTOS EM EÓLICA NOS ÚLTIMOS ANOS. QUAL A EXPECTATIVA PARA OS PRÓXIMOS ANOS? Hoje o custo de implantação de um parque é em média de R$ 5 milhões por megawatt eólico. Se temos dois gigawatts instalado, estamos falando de R$ 10 bilhões de investimento. Desse montante, 30% é obra civil, eletromecânica e serviços acessórios do parque. Foram R$ 600 milhões de investimentos só em obra civil e eletromecânica. Ainda faltam três gigawatts para ser implantados, então serão investidos de R$ 15 bilhões nos próximos quatro anos aqui no RN. Isso é quase um eldorado. Temos que lutar muito para que a EPE faça seu planejamento, para que consiga que os empreendedores acreditem que vai ser construída a linha de transmissão e voltem a acreditar no RN como um estado capaz de receber investimentos. Numa perspectiva de longo prazo, seria possível conseguir fazer uma política para atrair fabricantes de máquinas e equipamentos para atender o setor. Ai a gente conseguiria transformar o estado não só num polo exportador de energia, mas também de máquinas, equipamentos e serviços para atender a cadeia, o que traria muito mais geração de emprego e renda.

“NÃO PODE FALTAR INVESTIMENTO NA GERAÇÃO DE ENERGIA PORQUE SENÃO O BRASIL PARA” a receber projetos a partir desse segundo semestre. Temos capacidade técnica de participar desse mercado, é um mercado bastante promissor, não só no RN como no Nordeste e Sul do país. Essa atividade vai seguir à margem da crise que o mercado vive hoje. Não pode faltar

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NEGÓCIOS EM PAUTA jeanvalerio@gmail.com

AQUI NÃO TEM CRISE

TAXA DE INVESTIMENTOS MAIOR NO RN O Governo do Estado apresenta números que indicam um aumento do saldo de investimentos no Rio Grande do Norte em 11,34%, durante o primeiro quadrimestre deste ano. De acordo com a Secretaria Estadual de Planejamento e Finanças (Seplan), o governo empenhou R$ 244 milhões em investimentos durante os primeiros quatro meses do ano, dos quais R$ 37,9 milhões foram pagos. O valor efetivamente liquidado no mesmo período do ano passado era de R$ 33 milhões.

A rede de postos ALE, quarta maior do setor de combustíveis do país, vai investir R$ 133,8 milhões até o fim do ano. É um volume 16% inferior ao de 2014. Ainda assim, a empresa espera crescer em faturamento e ultrapassar a faixa dos R$ 12 bilhões em 2015. No ano passado, a ALE faturou R$ 11,7 bilhões. Estas e outras informações foram divulgadas pelo jornal O Valor, baseadas numa entrevista com o potiguar Marcelo Alecrim, presidente e acionista da companhia. Desde de que ensaiaram pela primeira vez a venda da empresa, Alecrim sempre surge na mídia com entrevistas falando sobre desempenho. Hoje ele descarta a venda, mas avisa que estudam a abertura de capital. A empresa tem 2.044 postos em 22 Estados e 4,7% de market share. A liderança é da BR (46,7%), seguida da Ipiranga (24,2%) e Shell / Raízen (23,7%). Entre janeiro e abril, as vendas de combustível subiram 1,1% em relação ao mesmo período de 2014. A AleSat foi criada em 2006 e tem Alecrim e o grupo Asamar, de Belo Horizonte, como sócios. O fundo americano Darby também tem uma fatia do negócio. 10

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ARENA NO LUCRO Apenas quatro dos oito estádios utilizados no Mundial da Fifa tiveram lucro. Entre eles, a Arena das Dunas é a que aparece em destaque como a praça esportiva mais lucrativa de todas, com resultado positivo de R$ 20 milhões. A pesquisa foi divulgada pelo jornal Folha de São Paulo. Antes do mundial, a Arena das Dunas foi bastante questionada pela imprensa nacional. Alguns idiotas travestidos de jornalistas insistiam em previsões pessimistas. A dúvida era se uma obra desse porte teria condições de se viabilizar economicamente em Natal.


MIDWAY MALL

O empresário Nevaldo Rocha foi vencido e o seu shopping, o Midway, abriu a porteira para a instalação de quiosques. Muitos já estão instalados nos três amplos corredores do empreendimento. O fundador do Midway sempre foi contra quiosques e defendia corredores livres para circulação. A necessidade de ampliar faturamento e produtos falou mais alto. O Midway Mall, o maior shopping de Natal, gera 5.832 empregos em aproximadamente 300 lojas e com faturamento anual de R$ 1,1 bilhão.

NOVO PORTO TERÁ RESISTÊNCIA

A construção do Terminal Portuário do Potengi, apresentada ao governo do RN, pode triplicar o PIB industrial do Rio Grande do Norte nos primeiros dez anos após a instalação. O projeto do novo porto é do Centro de Estratégia em Recursos Naturais e Energia (Cerne) e inclui ainda a construção de um parque ecológico e da terceira ponte ligando o centro de Natal à Zona Norte da cidade, além de um corredor logístico de integração com os outros modais e centros de distribuição do RN. O projeto total é orçado em R$ 6,98 bilhões. O novo terminal portuário seria construído à margem esquerda do Potengi e seria destinado ao escoamento de granéis sólidos e líquidos, além de carga conteinerizada. Dificilmente órgãos ambientais, a Prefeitura e Ministério Público Estadual e Federal concordarão com a proposta.

GÁS NATURAL Economia, segurança e respeito ao meio ambiente. As vantagens da utilização do gás natural no segmento residencial foram apresentadas pelo diretor presidente da Companhia Potiguar de Gás, Carlos Alberto Santos, em reunião na sede do Sindicato da Construção Civil. O segmento residencial é uma das apostas da companhia para ampliar as atividades no ano de 2015. Atualmente, a Potigás oferece gás canalizado a 13 mil 554 unidades residenciais, nos municípios de Natal, Parnamirim e Mossoró.

Beto Santos, Presidente da Potigás MAIO - JUNHO 2015 |

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W W W. R N . S E B R A E . C O M . B R / L I G A D O N A E C O N O M I A

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INVESTIMENTOS

A MINA DE VENTOS RN já recebeu R$ 10 bilhões em investimentos em eólica e já acumula mais de 2 gigawatts de potência instalada. Outros R$ 15 bilhões serão investidos nos próximos quatro anos POR LOUISE AGUIAR

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Rio Grande do Norte já recebeu em torno de R$ 10 bilhões em investimentos em energia eólica e se prepara para receber outros R$ 15 bilhões nos próximos quatro anos. São mais de 2 gigawatts de potência instalada, considerada a maior capacidade de produção do Brasil. Atualmente são 78 parques de aerogeradores em operação e outros 98 em fase de implantação. Mesmo com tanta pujança na atividade, o RN precisa enfrentar alguns desafios para continuar no topo.

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O próximo leilão acontece em estão basicamente equacionadas. julho em Brasília e o estado tem Aquela linha atrasada foi liberada alguns desafios a superar para em- em novembro do ano passado e os placar novos projetos no pregão. novos parques já estão consideSegundo o diretor do Centro de rando os novos aprimoramentos Estratégias em Recursos Naturais de linhas e expansões que o goe Energia (Cerne) e presidente do verno já licitou e concedeu. Elas Sindicato das Empresas do Setor estão em construção”, acrescenta. Energético do RN (Seern), Jean Ao contrário do vice-presidenPaul Prates, o estado precisa agi- te da Fiern, Sérgio Azevedo, que lizar a concessão das licenças de disse em entrevista à esta Negóoperação para os parques que já estão implantados e também para aqueles que vão concorrer no próximo leilão. “O Idema tem focado, e com certa razão, em liberar as licenças para os parques que estão concorrendo aos leilões, até porque existe um prazo legal para isso. Mas precisamos dar atenção aos parques que ficaram prontos e precisam das licenças de operações, que são tão ou mais importantes do que esses parques novos que ainda irão concorrer”, frisa Prates. O Corpo de Bombeiros é uma das preocupações, porque segundo Jean Paul, a demora em conceder a Jean Paul Prates, diretor do CERNE documentação necessária é considerada ainda maior. O principal, emenda o espe- cios.net que o estado poderia não cialista, é não perder o ritmo, e se participar dos próximos leilões manter acompanhando os proje- devido à problemas com linhas tos, tanto os novos quanto os já de transmissão, rentabilidade dos construídos. Outro gargalo que o parques e acesso ao crédito, Jean Rio Grande do Norte enfrentou Paul Prates considera como certa durante muito tempo foi a ques- a participação do RN no pregão tão das linhas de transmissão, mas de julho, com boas condições de segundo Prates, o problema já foi competir com a Bahia e uma nova solucionado. “Essas questões já região que acaba de surgir no 14

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mapa eólico, o Piauí. “O Ceará está se reorganizando em relação à energia eólica e solar, porque se deu conta de que é preciso fazer uma severa reformulação nas políticas de atratividade de investimentos deles. A recuperação do lugar deles nos leilões é bom para o RN, porque nossa visão é de que o Ceará não é um competidor contrário. So-

mos da mesma bacia de ventos e juntos temos muito mais força de lutar do que separados”, comenta. Atualmente os dois gigawatts de energia produzida estão sendo enviadas para o sistema nacional. A estimativa é que, volumetricamente, esse potencial energético esteja atendendo estados vizinhos e o próprio Rio Grande do Norte.


INVESTIMENTOS LEVAM DESENVOLVIMENTO AO INTERIOR Os R$ 10 bilhões que as empresas de energia eólica já investiram no Rio Grande do Norte levaram desenvolvimento significativo ao interior do estado. João Câmara, uma das cidades que mais concentra parques em todo o RN, se transformou com a construção de pousadas, restaurantes, hotéis e outros equipamentos. Tudo para atender a demanda gerada pelos parques,

que chegam a empregar até 300 pessoas em sua fase de construção. Muitas cidades, entretanto, já passaram da fase de euforia, já que os parques hoje estão prontos e operando, gerando menos empregos. O alerta que se faz, emenda Jean Paul Prates, é que as prefeituras e o próprio governo do estado criem mecanismos para manter os investimentos e

aquilo que foi conquistado pelas economias desses municípios, principalmente na região do Mato Grande e em Serra de Santana. “A tendência é que a atividade econômica decaia um pouco depois que a construção do parque é finalizada, então nossa sugestão é emendar com novos investimentos, incentivos a outras atividades econômicas, treiMAIO - JUNHO 2015 |

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namento de pessoas, para aproveitar o patrimônio e aquilo que foi construído e montado com dinheiro da época dos parques, como pousadas, postos de gasolina, restaurantes, para que continuem prosperando”, finaliza. Um terço dos R$ 10 bilhões em investimentos gerados desde 2009 no estado é de compra direta para as cidades que sediam os parques. Uma delas é João Câmara, que entre 2008 e 2014 teve

seu PIB incrementado em 90%, devido ao aquecimento gerado na economia local. “Isso acontece principalmente no período de construção, que há geração de emprego, investimento e reforma em pousadas, restaurantes e comércio em geral”, destaca o engenheiro e especialista técnico do Seern, João Agra. Os investimentos também promoveram uma especulação imobiliária na região e maior

arrecadação de impostos como o ISS. As perspectivas de agora em diante são as melhores possíveis. “Temos hoje um mercado em amplo desenvolvimento porque existe a determinação do governo federal em diversificar a matriz energética brasileira, se investir em outras fontes de energias renováveis. Não podemos mais depender somente da matriz hídrica”, acrescenta o engenheiro.

em operação. Em fevereiro de 2014 o RN atingiu a marca de um gigawatt de potência instalada e agora em maio de 2015 alcançou a marca de ser o primeiro estado brasileiro com dois gigawatts de potência instalada e operando. Segundo o engenheiro João Agra, o estado tem hoje capacidade superior a países como Grécia, Bélgica, Noruega e Argentina.

“Se isolarmos o Brasil de todo o resto da América do Sul, o Rio Grande do Norte tem maior capacidade eólica instalada do que toda a América do Sul com exceção do Brasil. Esse sucesso todo permitiu que pela primeira vez o país entrasse no top 10 mundial de produção de eólica, sendo o 10º país do mundo em capacidade instalada acumulada, com 5,9 gigawatts”, finaliza.

João Agra, Engenheiro do CERNE, diz que geração de emprego atinge o pico na construção dos parques.

HISTÓRICO O Rio Grande do Norte é hoje o principal estado no que diz respeito à capacidade instalada de produção de energia eólica, com mais de dois gigawatts instalados e em produção. O estado foi campeão do primeiro leilão realizado em 2009, quando quase todos os projetos aprovados vieram para cá. O sucesso se repetiu em 2010, 2011 e 2012 e, no início de 2014, a maioria desses parques entrou 16

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ECONOMIA

UNIÃO PELO HUB DA TAM POR JEAN VALÉRIO

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m meio a uma das maiores crises econômicas vividas pelo Brasil, com cortes de gastos governamentais, ajustes fiscais e financeiros implementados pelo Governo Federal, a possibilidade do Rio Grande do Norte receber um investimento privado que pode chegar ao montante de R$ 9 bilhões surge como um oásis em meio ao deserto de desesperanças. O HUB da LATAM (centro de conexões de vôos e distribuição de cargas) que a companhia anunciou a pretensão de instalar na região Nordeste a partir de 2016, originou a largada de uma grande disputa envolvendo o Rio Grande do Norte, Ceará e Pernambuco. Cada Estado se mobiliza como pode, reune suas armas políticas e argumentos de trabalho para tentar prevalecer-se no processo. O envolvimento dos representações políticas pode até influenciar, mas a decisão da LATAM será estritamente técnica e levará em consideração aspectos logísticos, naturais e de infra-estrutura que possam interferer diretamente nos resultados da operação.

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A Revista Negócios.Net fez um levantamento das vantagens que comprovam porque o Rio Grande do Norte é favorito e tecnicamente mais preparado para sediar o empreendimento. Elementos positivos não faltam ao Estado potiguar, a começar pela localização geográfica privilegiada e estratégica (já constatado desde a segunda Guerra Mundial quando serviu de base militar para os Aliados e os Estados Unidos). Outro ponto favorável é que o Aeroporto Internacional Aluizio Alves, em São Gonçalo do Amarante, é 100% privado e flexível às negociações com a TAM. Some-se à isso o fato do Grupo Inframérica, proprietário da operação aeroportuária, ser o mesmo que administra o Aeroporto de Brasília, onde já há operação semelhante da própria LATAM em funcionamento num

equipamento apontado como referência internacional. O aeroporto potiguar, que agrega 50 mil metros de área para armazenamento de carga e ainda tem espaço disponível para ampliações, também é o único no Brasil com pista de porte para receber o Airbus A380, que tem capacidade para transportar mais de 800 passageiros por voo. Ao redor do empreendimento, também é possível construir indústrias e galpões. Até a conquista do objetivo final, o caminho é longo e trabalhoso. É preciso enfrentar uma série de desafios e eliminar gargalos que se posicionam como obstáculos. A conclusão dos processos de desapropriações das áreas do entorno do aeroporto é um deles. A finalização das obras dos acessos norte e sul para o aeroporto também. Outra meta a

ser perseguida é a finalização e entrega das obras do Pro Transporte, que permite, além da ligação mais rápida do centro da cidade e zona norte com o aeroporto, uma integração litorânea. A sinalização do trecho que liga a cidade de Macaíca ao Aeroporto também precisa ser concluída. Outro projeto apontado como fundamental é a implantação de um ramal VLT ligando Natal ao equipamento. Os municípios de Natal e São Gonçalo, bem como o Governo do RN, também precisam alinhar uma estratégia de incentivos tributários para ganhar competitividade. Todas estas tarefas fazem parte de um plano de trabalho que vem sendo executado na luta pela conquista do HUB. Aguarda-se com expectativa, para o início de julho, uma nova reunião entre representantes da empresa aérea MAIO - JUNHO 2015 |

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Ruy Gaspar, secretário de Turismo RN

TAM e gestores públicos integrantes do comitê pró-HUB potiguar para tratar sobre a potencial instalação do equipamento em São Gonçalo do Amarante. O secretário estadual de Turismo, Ruy Gaspar, coordenador dos trabalhos no Estado, não revela detalhes da reunião mas antecipa que a classe política e econômica do Rio Grande do Norte está trabalhando em diversas frentes para sanar eventuais entraves que dificultam a atração do centro de conexões de voos para o Aeroporto Aluizio Alves. “Estamos nos reunindo, cada um correndo atrás do que lhe compete, permanentemen20

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“ESTAMOS CORRENDO ATRÁS, TRABALHANDO PARA RESOLVER OS ACESSOS, INCENTIVOS FISCAIS, FORTALECENDO ESSA ATRAÇÃO PARA O RN”

te trabalhando para resolver os acessos, incentivos fiscais, fortalecendo essa atração para o Rio Grande do Norte”, assegurou Ruy Gaspar. Na reunião, serão apresentados argumentos que reforcem o atendimento aos critérios de decisão propostos pela TAM e quais as ações que devem ser feitas e apontando os órgãos responsáveis por cada uma delas, além do andamento. Dentre os vários itens a serem apresentados no cronograma de ações, aparecem questões como conclusão de processos de desapropriações, conclusão dos acessos norte e sul, obras do Pró-Transporte,

implantação da sinalização no trecho Macaíba-Aeroporto, bem como, do viaduto do entroncamento da Ponte Newton Navarro e João Medeiros Filho, dentre outros. Os compromissos foram elencados e assumidos, além de Ruy Gaspar, pelo secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo de São Gonçalo do Amarante, Leonardo de Paula; o secretário municipal de Turismo e Desenvolvimento Econômico de Natal, Fred Queiroz; e o coordenador da Câmara Empresarial do Turismo da Fecomércio RN, George Gosson.


#RNPREPARADOPROHUB GANHA AS REDES SOCIAIS

Vale tudo na briga pela conquista do Hub. Apesar dos critérios de decisão serem estritamente técnicos, a batalha midiática e de marketing também está sendo travada nos bastidores pelos três Estados proponentes. Pernambuco e Ceará chegaram a plantar, em jornais de circulação nacional, notícias negativas sobre uma suposta eliminação do Rio Grande do Norte. Os potiguares, des sociais, sob título #RNPREpor sua vez, optaram por enfati- PARADOPARAOHUB. Coordenada pelo Governo zar suas qualidades e vantagens e mobilizaram campanha nas re- do RN, a campanha que insti-

DESAFIOS DO RN

ga o uso das Hashtags #RNpreparadoparaoHUB, #Vamostrabalharunidos, #oHubédetodos, #oRNmerece #MelhorEscolhaTécnica, ganhou as redes sociais. Autoridades governamentais, políticos, empresários, jornalistas e formadores de opinião aderiram ao movimento. Em uma semana, centenas de voluntários já haviam postado a imagem com a hashtag proposta pela coordenação da campanha espontânea, que foi criada pela agência Ilimitada, especializada em marketing digital.

VANTAGENS DO RN

Desapropriações de áreas no entorno do aeroporto;

Localização geográfica privilegiada e estratégica;

Conclusão dos acessos norte e sul para o aeroporto;

Aeroporto novo e com capacidade de ampliação;

Aeroporto 100% privado e flexível a negociações;

Conclusão das obras do Pró-Transporte ampliando o acesso;

Grupo que administra aeroporto já tem negócios com a LATAM;

Sinalização no trecho MacaíbaAeroporto;

Áreas amplas para de expansão de pistas em caso de necessidade;

Pista com maior capacidade de receber grandes aeronaves cargueiras;

Implantação de ramal VLT ligando Natal ao aeroporto;

Áreas vastas no entorno para instalação de indústrias e galpões;

Competitividade nos incentivos tribuários.

Antigo Aeroporto de Parnamirim pronto para emergências.

Estado e município dispostos a negociar incentivos;

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Reunião com bancada federal e estadual e empresários pelo HUB da TAM.

RN QUER PACOTE DE CONCESSÕES O governador Robinson Faria vai a Brasília, junto com as classes política e empresarial do estado, entregar em audiência com os ministros do Planejamento e dos Portos os projetos para o Rio Grande do Norte e incluí-los no Plano de Concessões e no PAC 3. Este é um dos desdobramentos do encontro supra partidário realizado pelo governador Robinson com representantes políticos do Estado e empresários de vários segmentos, que foram convocados para apoiar a luta pela instalação do HUB da TAM no aeroporto de São Gonçalo do Amarante. Com exceção do ex-deputado federal e ministro do Turismo, Henrique Alves, que já tinha um compromisso mi22

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nisterial agendado e justificou a ausência, toda a classe política participou do momento em que foi pregada a união em torno da causa. “Estes projetos vão melhorar nossa infraestrutura e aumentar as chances do nosso Estado para sediar o HUB que inicialmente irá gerar mais de 10 mil empregos diretos e criar 13 voos diários da Europa para Natal”, declarou o governador. Durante o encontro com os politicos de diversas cores, partidos e interesses, Robinson Faria enfatizou que a reunião acontecia para se discutir políticas de Estado, não apenas de um governo. “Este momento poderá ser decisivo para o HUB da TAM

no Rio Grande do Norte. O governo tem uma equipe técnica e o turismo é tratado como prioridade”, afirmou, citando as medidas já tomadas pela administração como o reinício das obras do acesso norte ao aeroporto, a inclusão no planejamento da CBTU de um ramal do VLT, estudos para um novo pacote de incentivos fiscais para o querosene de aviação, aquisição de peças e aeronaves e para o setor de alimentação. O governador lembrou que a redução inicial do ICMS do querosene de aviação já permitiu a instalação de quatro voos para Natal partindo de São Paulo, Campinas, Belo Horizonte e Buenos Aires e um novo voo


começará a ser operado em julho partindo de Milão, na Itália. “Esta é uma reunião histórica, convoco todos a somar esforços para a Petrobras reduzir o custo para o RN do querosene de aviação que é produzido aqui, em Guamaré, com matéria prima nossa”, afirmou Robinson Faria, citando que é preciso do esforço de todos também para enfrentar a força política dos Estados de Pernambuco e Ceará que tam-

bém pretendem sediar o HUB da TAM. A reunião contou com a presença dos três senadores, Fátima Bezerra, José Agripino e Garibaldi Filho, dos deputados federais Fábio Faria, Beto Rosado, Felipe Maia, Walter Alves, Antonio Jácome, Rafael Motta e Zenaide Maia, do presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira, deputados Galeno Torquato, Fernando Mineiro, Carlos

Augusto, Márcia Maia, Hermano Morais, Dison Lisboa, Tomba Farias. Os prefeitos de Parnamirim, Maurício Marques, São Gonçalo do Amarante, Jaime Calado, e Macaíba, Fernando Cunha. Representantes de várias entidades empresariais como a Fiern, Fecomércio, Fetronor, FAERN, a reitora da UFRN e o diretor comercial da Inframerica, empresa que administra o aeroporto de São Gonçalo.

FECOMÉRCIO E UFRN NA LUTA DO HUB O Sistema Fecomércio RN também entrou na luta pelo HUB da TAM. O presidente, Marcelo Queiroz se reuniu com a reitora da UFRN, Ângela Paiva, e alguns dos diretores e pró-reitores de áreas acadêmicas da instituição. O objetivo é somar forçcas ao Estado na captação desse investimento. Na reunião foi sugerido que o Sistema Fecomércio e a UFRN trabalhem unidos para montar um documento no qual sejam apresentados todos os detalhes do potencial de formação de mão de obra que os dois têm. A ideia é transformar este leque em mais um diferencial competitivo do estado na disputa para sediar o Hub. “Nossa ideia é montarmos uma espécie de dossiê no qual possamos apresentar, em detalhes, tudo o que já fazemos e o que temos potencial para fazer neste campo da formação, qualificação e capacitação de mão de

obra específica para as necessidades do Hub. Tenho certeza de que, com as expertises da UFRN e do Sistema Fecomércio unidas, iremos apresentar um componente decisivo ao grupo LaTam”, pontuou Marcelo Queiroz. A reitora Ângela Paiva se disponibilizou a ajudar nas demandas que forem necessárias. “Iremos dar uma contribuição fundamental nesta luta que o estado trava e que, caso seja vitoriosa, irá ter impactos positivos em todo o Rio Grande do Norte”, colocou. O presidente do Sistema Fecomércio também cogitou envolver, na elaboração deste trabalho, o restante do “Sistema S” potiguar, incluindo as federações

Marcelo Queiroz, Presidente da Fecomércio

das Indústrias, dos Transportes, da Agricultura e o Sebrae. “A hora é de nos unirmos e, sobretudo, de agirmos. Precisamos ser proativos. Vamos levantar esta nossa capacidade e nossos potenciais e levá-los ao Governo do Estado, como uma de nossas contribuições na busca por este importante projeto para o Rio Grande do Norte”, disse ele. MAIO - JUNHO 2015 |

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ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DEFENDE UNIÃO DE ESFORÇOS O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ezequiel Ferreira de Souza, defendeu o esforço dos poderes da classe política e empresarial para a instalação do hub da TAM no Rio Grande do Norte. As declarações foram dadas durante o lançamento do comitê de acompanhamento das ações para a instala-

Presidente Ezequiel Ferreira.

ção do centro de conexões áreas no Rio Grande do Norte. “A conquista é do Rio Grande do Norte e o esforço precisa ser de todos”, destacou o presidente da Assembleia. Ezequiel mencionou as ações do Poder Legislativo em projetos como a conclusão dos dois acessos ao aeroporto de

São Gonçalo do Amarante. “O Estado tem que acelerar e concluir as obras de infraestrutura, para que o HUB se torne uma realidade. Para isto, o comitê deve cronometrar todos os seus passos e torná-los públicos, alocando o mais rapidamente recursos para a conclusão de suas obras de infraestrutura”, disse.

FIERN QUER PACTO EM TORNO DO MAIS RN

Amaro Sales, Presidente da FIERN

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O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte, Amaro Sales, disse que a iniciativa do Governador Robinson Faria de reunir a classe política e entidades da indústria e comércio e da sociedade civil visando instalar um comitê pró HUB é importante e converge para o pacto defendido pela FIERN em torno do MAIS RN. “Sob a liderança do Governo do Estado podemos construir uma agenda de propostas


de projetos para o desenvolvimento do Rio Grande do Norte, da qual constem iniciativas em infraestrutura de transportes”, disse Amaro Sales, lembrando que neste momento, o MAIS RN estuda a viabilidade de propostas que poderão receber aportes tanto de recursos públicos quanto privados. Em relação ao Programa de Investimentos em Logística, lançado pelo Governo Federal, o presidente da FIERN disse que

algumas delas podem ser aproveitadas de imediato, dentre as quais: as vias expressas rodoviárias e ferroviárias de acesso ao Aeroporto Aluízio Alves, que fortalecerão o hub; a duplicação da BR-304 até a divisa com o Ceará; e a integração ferroviária entre Natal e Mossoró. Segundo Amaro Sales, a médio e longo prazos, outras propostas estão sendo consideradas no MAIS RN, como por exemplo: construção de um novo por-

to em Porto do Mangue; construção de ramal ferroviário entre Cruzeta, Jucurutu e Porto do Mangue; construção de ferrovia de Macau a Mossoró, passando por Porto do Mangue e Areia Branca; ampliação e diversificação do Porto de Areia Branca para o escoamento multicarga; e sistema de transportes de média e alta capacidade (trens e ônibus rápidos), com integração modal da Região Metropolitana de Natal.

MINISTRO HENRIQUE: VITÓRIA DO RN É QUESTÃO DE JUSTIÇA O ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, em discurso durante a realização da 23ª edição do seminário Motores do Desenvolvimento do Rio Grande do Norte, em Natal, ressaltou que o turismo é uma atividade econômica capaz de alavancar o desenvolvimento regional e enfrentar a crise econômica nacional como alternativa rápida de geração de emprego e renda. Apesar da posição que ocupa e da obrigação de ser imparcial numa possível influência sobre o destino do HUB da TAM, Henrique não escondeu seu desejo aos potiguares: “A vitória do Rio

Grande do Norte é uma questão de justiça com o aeroporto Aluízio Alves que foi pensado e construído para cumprir com essa finalidade de ser um centro de conexões domésticas e internacionais”, afirmou. Henrique Alves disse que, na condição de ministro do Turismo, esteve com a presidente Dilma e falou para ela sobre a importância desse hub para o Nordeste. “Levei Cláudia Sender, presidente da TAM, e Marco Antônio Bologna, presidente do Conselho da TAM, para a audiência para reforçar esse pleito”, concluiu.

O ministro definiu o turismo como um setor extremamente complexo e competitivo, que envolve 52 atividades. Lembrou que o setor contribui com 9,6% do produto interno bruto, gera mais de 3 milhões de empregos e representa o 5º principal item da balança de exportações brasileira, atrás apenas de minério de ferro, soja, petróleo e açúcar. No Rio Grande do Norte os dados são ainda mais impactantes: o turismo é o principal empregador e a segunda maior fonte de receita do estado. MAIO - JUNHO 2015 |

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O QUE É HUB

COMPANHIA AÉREA LATAM EVITA MANIFESTAR OPINIÕES “A companhia segue com o estudo de viabilidade do novo hub no Nordeste, considerando três cidades: Fortaleza, Natal e Recife. A previsão é que a escolha seja definida após o estudo ser concluído, o que deverá ocorrer até o fim de 2015”. Este é o resumo da nota emitida pela assessorial de imprensa da LATAM, quando questionada sobre como está o processo de escolha da sede do empreendimento. A Gerência de Relações Institucionais e Governamentais da TAM também informou ao Governo do RN que a empresa está na fase das reuniões técnicas e a previsão é que a definição só seja informada no fim deste ano. O objetivo da TAM é que o hub opere destinos na Europa

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e também voos internacionais na América do Sul, além das operações dentro do Brasil. O investimento disputados pelas três capitais nordestinas alcança o valor inicial de US$ 1,5 bilhão – cerca de 3,9 bilhões, podendo chegar a R$ 9 bilhões, segundo especialistas. O novo hub traz oportunidades de novos voos, destinos, rotas e conexões para o Norte e Nordeste. O início dos estudos para escolher o alvo do investimento foi anunciado em abril. Os critérios para a definição das cidades são: localização geográfica, infraestrutura aeroportuária e seu potencial de desenvolvimento, e ainda, que ofereça uma melhor experiência ao cliente.

Hub é um aeroporto que se destaca no contexto de um país ou região pela sua dimensão e pela sua atração de um grande número de voos, abrindo maiores possibilidades de receber visitantes. Também se pode denominar hub ao aeroporto onde uma determinada companhia aérea possui a sua sede, hangares ou terminais dedicados.

VANTAGENS Se escolhido pela Latam Linhas Aéreas como o próximo centro de conexões aéreas (hub) brasileiro, o aeroporto internacional de São Gonçalo do Amarante ganhará três novos voos internacionais ainda em 2016, e outros dez até 2019. Os primeiros contornos da proposta foram apresentadas na semana passada pela companhia, em reunião com as prefeituras de Natal e São Gonçalo do Amarante. Além dos destinos internacionais – a empresa estuda conexões com os Estados Unidos, Europa e África –, o aeroporto potiguar também ampliaria a malha aérea em 18 voos domésticos, além dos que já existem. A projeção da empresa é que, com a consolidação do hub, 8 mil a 12 mil empregos sejam gerados direta e indiretamente.


AEROPORTO ESTÁ PRONTO PARA O HUB, ASSEGURA SUPERINTENDÊNCIA O superintendente do aeroporto Governador Aluízio Alves, Ibernon Gomes, garantiu que equipamento aeroportuário de São Gonçalo do Amarante está quase pronto no que se refere às exigências da Tam para escolha do estado que sediará o centro de conexões de voos, ou Hub da Tam. Em entrevista à rádio Cidade, em Natal, ele afirmou que faltam apenas alguns detalhes para que o aeroporto fique de acordo com o modelo que deseja a Tam para instalação do investimento. Uma das exigências é o aumento do estacionamento de

veículos, o que já está em andamento, segundo Ibernon. Ainda de acordo com ele, o terminal tem capacidade para trabalhar com um número de aeronaves muito além do que trabalha atualmente. A capacidade da pista, que comporta até 30 aeronaves por hora, hoje opera apenas 6. “Dentro da nossa área, das nossas quatro linhas, nós estamos com 90% já preparados para alcançar o que a TAM necessita. O aumento que eles estão propondo são 30 voos diários, isso nós já suportamos, não teríamos dificuldades em absorver essa

demanda, porque nós temos 2,6 milhões de passageiros por ano e o terminal está preparado para 6 milhões”, assegurou. “Do nosso lado, do lado operacional praticamente estamos com tudo que a TAM precisa. Eu tenho toda a confiança e toda a certeza de que esse Hub é nosso, porque ao olhar os outros concorrentes eu vejo que eles não têm a característica e as possibilidades que nós temos a oferecer para a TAM, tanto por parte do governo, por parte do município e por parte da nossa companhia”, conclui na entrevista.

“SOMOS HUB DESDE O INÍCIO DA AVIAÇÃO” AFIRMA SUPERINTENDENTE DO SEBRAE O diretor superintendente do Sebrae-RN, José Ferreira de Melo Neto, disse que o Estado vive um bom momento de união e reune fatores técnicos necessários para sediar o empreendimento da TAM. “Sou o mais otimista possível. Elogiável a atuação do governador Robinson em reunir todos em torno da aliança. Vejo a classe política e empresarial unida. O Hub é emblematico. Reunimos todas as condições, por isso o novo aeroporto foi construído. Somos hub há muitos anos, desde que aviação instalou-se no mundo somos hub da

Air France”, destacou o líder empresarial. Zeca Melo, Zeca Melo disse superintendente acreditar na conquisdo Sebrae-RN ta, mas ressalta que há um caminho de trabalho a ser percorrido. “Nao adianta ter ideias e peso politico sem projeto consistente. O governo está disposto a cumprir o prometido, entregar as obras de acesperdas da ferrovia Norte/Sul e so, estudar outras. Vamos agir”, das refinarias. “Vamos apresenpontuou. Sobre as concessões do tar alguma proposta em relação governo federal, ele destacou as aos portos, aos dois portos”. MAIO - JUNHO 2015 |

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ABAV ENTRA NA LUTA PELO HUB E PELA VALORIZAÇÃO DOS AGENTES DE VIAGEM A Associação Brasileira das Agências de Viagens no Rio Grande do Norte (ABAV-RN) também entrou na luta em defesa do empreendimento aeroportuário anunciado pela TAM. A presidente da entidade, Diassis Rosado, vai além dos argumentos técnicos favoráveis ao Estado, como localização e aeroporto, e já dimensiona o impacto positivo que o Hub da TAM terá na economia potiguar, principalmente no segmento que lidera, o de agentes e agências de viagem. Pensando já à frente, Diassis informa que a ABAV no RN está promovendo mais uma etapa da Campanha de Valorização do Agente de Viagem, lançada nacionalmente e replicada nos Estados. Além de fortalecer o segmento e a importância dos agentes de viagem, a ação deve atrair ainda mais associados para a entidade. “Estamos trabalhando para mostrar aos consumidores como vale a pena de ter um agente de viagem auxiliando em todo o processo. O cliente que compra ao agente de viagem também adquire tranquidade e segurança”, destacou Diassis, lembrando que o objetivo da campanha é estimular a percepção dos consumidores para o fundamental envolvimento de um agente de viagens 28

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associado à ABAV no processo de compra. A iniciativa vem ao encontro aos anseios da classe e da missão da entidade, que inclui ações em prol das associadas em todo o país. “Somente o agente pode orientar, oferecer seguro adequado, compartilhar a experiência de viagem, atendimento personalisado”, destaca. A concepção da campanha, difundida nos 27 estados, Diassis Rosado, Presidente da ABAC passou por um estudo acurado do turisconsumidor as vantagens de conmo brasileiro, dados estatísticos evolutivos, contextualização ma- tar com um consultor de viagens croeconômica, identificação de – entre elas a redução de riscos, tendências e percepção das mu- sobressaltos e aborrecimentos. danças no perfil dos viajantes. Só um agente de viagem capa“Vamos aproximar o agente de citado e qualificado pode proviagem do seu cliente. Mostrar porcionar isso e queremos que a importância deste agente de nossos associados sejam idenviagem em tempos de internet”, tificados por esse diferencial” acrescenta a presidente da ABA- sustenta o presidente da ABAV V-RN. “Queremos despertar no Nacional, Antonio Azevedo.

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José Odécio Júnior, Presidente da ABIH/RN

ABIH/RN ADERE À CAMPANHA DO HUB A luta pelo hub da Tam ganhou mais um adepto no Rio Grande do Norte. A Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do RN (ABIH/RN) declarou apoio à campanha iniciada pelo Governo do Estado. Segundo o presidente da entidade, José Odécio Júnior, caso o estado vença a disputa com Ceará e Pernambuco, o RN terá um importante projeto de impacto econômico para toda a cadeia do turismo, e não só para a indústria de hotéis. “O hub vai abrir portas e novas perspectivas de negócios para o Rio Grande do Norte. O setor hoteleiro vai ser muito beneficiado porque com a possibilidade de ter várias conexões de voos em Natal, uma ocupação de hotéis advém disso”, projeta o empresário. Na opinião do presidente da ABIH/RN, Natal passa a figurar na rota internacional de voos da aviação civil. Engajada na campanha #RNPreparadoProHub lançada pelo Governo do Estado, a ABIH/ RN está mobilizando todos os seus associados para apoiar qualquer iniciativa que envolva a hotelaria potiguar. “Estamos dando apoio irrestrito ao Governo do Estado nessa campanha e, mais do que isso, estamos muito otimistas. Há muito tempo que o RN não tem a perspectiva de 30

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algo concreto na área econômica que possa trazer expressivo desenvolvimento”, acrescenta. O grupo Latam já deixou claro que a decisão sobre quem sediará o hub da companhia será técnica. Critérios como infraestrutura aeroportuária, localização geográfica e Produto Interno Bruto (PIB) serão levados em consideração pela empresa. Na visão do presidente da ABIH/ RN, tecnicamente o aeroporto de Natal é bem mais qualificado que o de Fortaleza e Recife. “Temos uma área de 1,5 mil hectares, ou seja, espaço suficiente para uma expansão. O único problema que existe hoje são os acessos, mas o Governo do Estado já se comprometeu a concluir”, frisa Odécio. A pista de pouso também é a maior do país, única com capacidade para receber o Airbus A380, e há possibilidade de se construir uma segunda pista, dado o fluxo que se instalaria com a chegada do hub. Outro ponto a favor destacado por José Odécio é o fato de sermos, junto com Brasília – que já possui um hub da Tam – os

únicos aeroportos privatizados do país, o que facilita muito as decisões empresariais. “Embora tenha sido anunciada a privatização do terminal de Fortaleza, nós sabemos que é um processo muito lento. Se a decisão da Tam for eminentemente técnica, Natal irá receber esse hub”, acredita. As conexões de voo que o hub da Tam poderá trazer para Natal animam os hoteleiros, porque eles acreditam que a cidade passará a ter uma atividade parecida com a Cidade do Panamá, que recebe voos do mundo inteiro. “Lá acontece muitas vezes de os turistas que estão em conexão ficarem um ou dois dias na cidade, e depois voltarem para conhecer melhor. Vamos tirar proveito disso, no sentido de atrair esses visitantes para uma permanência maior em Natal”, anuncia.


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MERCADO

NOVA ROTA DE VOO POR LISSA SOLANO

Saída da Engevix da administração do aeroporto não deve prejudicar crescimento do terminal, que fechou seu primeiro ano de operação com 2,6 milhões de passageiros e 9% de incremento

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aeroporto internacional Aluízio Alves fechou seu primeiro ano de operação com a marca de 2,6 milhões de passageiros, um crescimento de 9% quando comparado com o antigo terminal, o Augusto Severo. Foram mais de 24 mil movimentações aéreas, entre pousos e decolagens, nacionais e internacionais. Nem mesmo a venda das ações do grupo Engevix para a argentina Corporación América, que passa a controlar sozinha o aeroporto, deve abalar as perspectivas para os próximos anos. Para o economista, ex-presidente do Conselho Regional 32

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de Economia do RN e professor Janduir Nóbrega, algumas mudanças administrativas devem ocorrer em 2016, mas são avaliadas como positivas, inclusive para os passageiros. “Quando uma empresa é operada por um único dono, a tomada de decisão se torna mais ágil e segura. Por isso, acredito que a administração do Aeroporto de São Gonçalo tende a melhorar”, avalia. No que toca à administração pela holding argentina, o especialista ressalta também a sua experiência na gestão de 53 aeroportos na América Latina e Europa como um ponto positivo. O terminal de São Gonça-

lo do Amarante se soma à rede de aeroportos administrada por Corporación América no mundo inteiro: Trapani (Itália), Galápagos e Guayaquil (Equador), Montevidéu e Punta del Este (Uruguai), Zvartnots (Armênia), seis aeroportos no Peru, e 35 aeroportos na Argentina, o que torna a Corporación América o maior gerenciador aeroportuário privado do mundo. A operação de venda das ações da Engevix à empresa argentina foi calculada em R$ 400 bilhões e se deu após os problemas financeiros enfrentados pela empresa depois de deflagradas as investigações da operação Lava


Jato pela Polícia Federal. O contrato envolve ainda a venda no aeroporto de Brasília, no qual o Consórcio Inframérica tem 51% e os restantes 49% são da Infraero. Ambos movimentam 21 milhões de passageiros anualmente. “Esta é uma operação natural no mercado. Quando uma empresa tem um patrimônio alto, mas sem liquidez imediata, como é o caso da Engevix, ela tenta fazer caixa vendendo bens. A sua parceira no negócio aceitou comprar de imediato a sua parte o que pode ser considerado um bom negócio para os dois lados”, justifica Janduir Nóbrega.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou o processo de venda e confirmou que a operação não representa uma ameaça à concorrência no país. Segundo explica Janduir Nógrega, apesar da Corporación América deter 100% das ações do aeroporto potiguar, a concorrência existe entre os demais aeroportos brasileiros operados por outras empresas. Segundo a Engevix, como o contrato de venda ainda deve passar pela revisão e aprovação de órgãos reguladores e governamentais, as divulgações dos detalhes da transação estão sujeitas

à cláusula de confidencialidade. A Inframérica comunicará o fechamento da transação, uma vez que seja aprovada pelos órgãos de controle estatais. O Aeroporto de Natal é o primeiro terminal aéreo brasileiro que se adjudica ao setor privado, razão pela qual suscitou um interesse extraordinário por parte de consórcios administradores estrangeiros. Isso se enquadra dentro do plano do governo para ampliar os investimentos no setor aeroportuário devido à famigerada Copa do Mundo FIFA 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016. MAIO - JUNHO 2015 |

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VOOS ALTOS Desde que o consórcio Inframérica assumiu a administração do aeroporto, novas rotas e frequências entraram para o portfolio de voos do terminal. A companhia aérea Gol adicionou cinco novos voos nacionais que estão em operação desde o dia 1º de novembro de 2014. A Azul e a TAM também estão com novos voos partindo da capital potiguar. A área internacional também está crescendo. O Aeroporto começará a operar no início do segundo semestre voo direto para Buenos Aires, na Argentina, e para Milão, na Itália. Outra razão para a melhora efetiva do número de voos foi o anúncio do Governo do Estado de reduzir a alíquota do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o combustível para abastecer aviões. O prazo da concessão do Aeroporto de São Gonçalo é de 28 anos. Até agora a Inframerica já investiu mais de R$ 500 milhões no aeroporto. A expectativa para 2016 é de crescimento, tanto com voos regulares, quanto para voos extras. Para o presidente do consórcio, o engenheiro José Luis Menghini, esta é uma das iniciativas que reforça o propósito da empresa em não medir esforços para transformar Natal no melhor hub para voos domésticos e internacionais do país. “No primeiro ano, tivemos uma boa movimentação, con34

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José Luis Menghini, Presidente do consórcio Inframérica

quistamos uma nova rota internacional e estamos trabalhando por novos voos. Vale lembrar que este aeroporto foi entregue com sete meses de antecedência. A transferência da operação entre os aeroportos foi feita sem interromper a rotina operacional.

Estamos firmes em nossa meta de transformar Natal em um dos principais aeroportos Sul-Americanos e o hub do nordeste brasileiro”, destaca. Mesmo antes de completar um ano o Aeroporto registrou recorde histórico de passageiros.


NÚMEROS A Inframerica informou em comunicado enviado à imprensa que recebeu mais de 2,6 milhões de passageiros no seu primeiro ano de operação. O crescimento nesse período foi de 9%, quando comparado com o antigo terminal. Foram mais de 24 mil movimentações aéreas, entre pousos e decolagens (domésticos e internacionais). O Terminal de Cargas processou nesse período aproximadamente 10 mil toneladas entre importações e exportações. Em janeiro deste ano, 306.898 pessoas utilizaram o terminal. O volume registrado supera os dois anos anteriores: 2013, com 270.654 pessoas, e 2014, com 254.278 passageiros. Em relação ao número de voos, a Inframerica registrou 44,8% de aumento no primeiro mês de 2015, com 2.823 pousos e decolagens, na comparação com 2014. Já o terminal de cargas do novo aeroporto movimentou aproximadamente dez mil toneladas entre exportação e remessas nacionais, média de 600 toneladas por mês. “Estamos numa curva crescente de crescimento de exportações em Natal e o terminal está se adaptando constantemente, para não só absorver o crescimento, como também fomentar novos negócios”, explica Menghini. Neste primeiro ano, o terminal de cargas recebeu a primeira remessa da maior exportação de gado já realizada pelo Rio Grande do Norte. Foram enviados para a cidade de Dakar, no Senegal, 140 animais (machos reprodutores e fêmeas da raça Guzerá). No total, 500 cabeças de gado serão embarcadas para a África pelo terminal de cargas da Inframerica ao longo do ano. Entre as cargas exportadas para Europa, 60% são frutas frescas in natura (mamão, manga, abacaxi). Já para os Estados Unidos, 35% são peixes frescos (Atum e Meca) e os outros 5% são diversos, como tecidos e carga geral. Já as importações, em sua maioria são peças e máquinas para os parques eólicos, equipamentos para estudo (universidades), peças e máquinas para o polo industrial em Goiana/PE. MAIO - JUNHO 2015 |

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NEGÓCIOS

A HORA E A VEZ DAS MPES Micro e pequenos empreendedores somam 166.221 negócios no Rio Grande do Norte e, ante a crise, dão aula de otimismo e inovação POR ERYKA M.

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á oito anos surgia a Feira Agroecológica de Mossoró vendendo frutas, hortaliças e legumes orgânicos produzidos por agricultores familiares. Reconhecida como Organização de Controle Social pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a Feira foi a primeira do Rio Grande do Norte a ser certificada para comercializar orgânicos direto ao consumidor. A iniciativa, que começou com quinze agricultores formando a Associação dos Produtores da Feira Agroecológica de Mossoró (Aprofam), conta, hoje, com 69 associados e uma média de 100 clientes. O presidente da Aprofam, Iranilson Morais, explica que a principal preocupação é driblar a crise hídrica: “A seca tem limitado a produção, mas estamos buscando parceiros para efetivar projetos nesse sentido”. A Feira Agroecológica de Mossoró é um exemplo de inovação no empreendedorismo do estado. Em 2008, a associação enxergou uma

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oportunidade onde não havia nada. De uma só vez, conseguiu dominar o mercado de hortaliças da região e melhorar a renda de agricultores familiares. Para superar o terrorismo que tem dominado a economia brasileira e potiguar nos últimos meses, é exatamente a busca pela inovação o que sugere a Gerente de Unidade Empresarial do Sebrae/RN, Gilvanise Borba Maia. “O seguimento

do pequeno e microempreendedorismo (MPE) é o que tem mais probabilidade de sobrevivência, porque se ajusta muito rápido ao humor do mercado”, revela. Os pequenos são mais flexíveis quando precisam ajustar seus negócios do que as empresas de maior porte. Além disso, eles têm melhor time para alterar os custos da produção quando necessário, já que estão mais próximos dos clientes.

“É preciso inovar. Fazer como a gente sempre fez, não garante o sucesso daqui pra frente”, Gilvanise Borba, Gerente de Unidade Empresarial do Sebrae/RN.


A LIÇÃO DOS MICROEMPREENDEDORES Com a orientação do Sebrae e de pesquisas de mercado, o mossoroense de 36 anos, Eduardo Rodrigues, proprietário do Açaida do Dia identificou um público consumidor de açaí em Mossoró e investiu no ramo. No início, comercializava o produto na porta de academias, mas a simples calçada de uma faculdade, favoreceu o negócio. “Com o ponto fixo na frente da universidade as vendas cresceram em 200%”, destaca o micro.

As inovações do Açaída do Dia não pararam por aí. Há dois anos, Eduardo realiza o serviço de entrega em horário comercial o que incrementou 150% no faturamento do negócio. “Os empresários precisam aprender a ouvir o cliente. Isso é crucial. Mas também identificar quais são as vantagens que sua empresa tem no mercado”, ensina Gilvanise Borba.

Feira Agroecológica de Mossoró tem com 69 associados

MPE’S FATURARAM R$ 10 BI NO RN Segundo o Portal Empresômetro, os pequenos potiguares já faturaram mais de R$ 10 bilhões de reais em 2015, superando com sobra o ano anterior, quando a o soma dos ganhos obtidos ficou em quase R$ 6 bilhões. De acordo com Gilvanise Borba, em 2015 tivemos mais micro e pequenas empresas fechadas do

que abertas no estado, um total de 4.251. Apesar disso, ainda temos mais MPE’s do que no ano passado, quando o número era de 157.933. Até junho desse ano, a quantidade subiu para 166.221. Mais de 93% das empresas ativas no Rio Grande do Norte são MPE’s, o que demonstra a força do segmento por aqui. “O que mais

abre hoje é comercio varejista de confecções e acessórios; em segundo lugar estão os salões de beleza; mercadinho, mercado e mercearia ocupam o terceiro lugar”, enumera Gilvanise. Segundo ela, esses setores se destacam porque necessitam de menor investimento, além de comercializarem produtos e serviços de consumo rápido.

DESAFIO DOS MEI’S É MELHORAR A GESTÃO Em que investir, como investir e onde procurar crédito? Ter respostas acertadas para essas questões fazem diferença na gestão de qualquer empresa, inclusive nas micro e pequenas, segundo conta Gilvanise Borba. “O nosso empreendedor é

muito carente de informações sobre a gestão do negócio. E nesse momento de crise a gestão, principalmente financeira, vai fazer toda diferença”, declara a Gerente do Sebrae/RN. “Muitas pessoas pensam em

restringir o quadro funcional, em cortar custos, por exemplo, mas elas não sabem que essa normalmente não é essa a melhor saída. Cortar custos demitindo pessoas vai diminuir nossa produção e a nossa capacidade de competir nesse mercado”,

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UMA EM CADA TRÊS PESSOAS

JAMAIS ADOTARIA

PEDRINHO. MA S VOCÊ PODE FAZER DIFERENTE. ADOTE COM AMOR. NÃO ESCOLHA. É fato: um em cada três brasileiros que desejam adotar exige que a criança seja branca. O preconceito de cor, de gênero e de idade acaba por gerar uma situação inusitada: a fila da adoção continua, mesmo existindo, em todo o Brasil, um número 5 vezes maior de pessoas querendo adotar do que de crianças esperando pela adoção. O processo só demora porque as pessoas fazem muitas exigências, quando deveriam encarar a adoção como um simples gesto de amor. Ajude a quebrar esse preconceito e a dar uma família e um lar a crianças como Pedrinho. AD QUEM ADOTA NÃO ESCOLHE: É ESCOLHIDO.

w w w. a m o r n a o s e e s c o l h e . c o m . b r Fonte: Conselho Nacional de Justiça, portal G1.

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“HUB DA TAM: O RIO GRANDE DO NORTE PREPARADO!” O que até bem pouco tempo era um termo distante para o Rio Grande do Norte virou sinônimo de esperança, empregos e geração de renda. A primeira vez que tratei sobre a instalação de um centro de conexões da TAM no Nordeste foi, ainda, no mês de fevereiro. Eu estava na sede da companhia em São Paulo para anunciar a redução do ICMS sobre o querosene de aviação e viabilizar as contrapartidas para o Estado. A redução do imposto era, há muito tempo, esperada pela cadeia produtiva do turismo. Foi assim que credenciamos o Rio Grande do Norte para a disputa do Hub. Na última segunda-feira, não é exagero dizer que vivemos um momento histórico, de união de esforços políticos e empresariais, para atração dos investimentos na ordem dos R$ 3,9 bilhões de reais. A tradução mais rápida do que isso representa é a geração de até 12 mil empregos para o povo potiguar. Um governo com o sólido propósito desenvolvimentista tem a marca do diálogo e da ação! O Governo do Estado já retomou a construção dos acessos ao aeroporto. O primeiro ficará pronto ainda no mês de dezembro de 2015.

Vamos garantir novas isenções fiscais para os setores de alimentação e compra de aeronaves. Recentemente, estive com o presidente da Petrobras e cobrei a redução do QAV para as operações no RN. Somos produtores do combustível e não faz sentido repassar pelo mesmo valor dos estados que necessitam da contratação do frete. Oferecemos as melhores condições para a conquista do Hub: posição geográfica estratégica, único aeroporto privado em operação, capacidade de construção de uma nova pista nas mesmas dimensões da atual, área disponível no entorno do aeroporto, capacidade de atração de empresas e indústrias relacionadas à atividade, com o Proadi e Progás, rede hoteleira com mais de 40 mil leitos, uma linha do VLT, o Veículo Leve sobre Trilhos, para o aeroporto, entre tantos outros diferenciais. Só teremos a resposta oficial da companhia no final de 2015. Mas a disputa já produziu uma conquista a ser comemorada: a retomada da confiança no Governo do Estado, como o agente indutor do desenvolvimento do Rio Grande do Norte!”

Robinson Faria Governador do RN 42

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Realização:

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: PHD. JONATO PRESTES: Estruturação e Montagem de Programas de Musculação Organização das Variáveis Agudas do Treinamento Emagrecimento

MS. RAMIRES TIBANA: Treinamento Cardiorrespiratório para Emagrecimento Síndrome Metabólica

HORÁCIO OLIVEIRA E LO-AMY FONSÊCA: “Empreendendo com Conhecimento, Habilidade e Atitude: Projeto Pulse Health & Fitness

LOMÁRIO FONSÊCA: Alimentação Saudável para toda vida! INVESTIMENTO: 10 LOTE

20/05 À 30/06

R$ 140,00

20 LOTE

01/07 À 13/08

R$ 160,00

DIA DO EVENTO

DIA DO EVENTO

R$ 180,00

EM ATÉ 3X

EM ATÉ 3X

EM ATÉ 3X

Maria Clara Siqueira - (84) 9662-4558 | Anderson Fontenele - (84) 9644-5383 Anderson Jackie - 9116-0262 | Luanderson Lima - (84)43 9403-1978 MAIO - JUNHO 2015 | Álvaro Moreira - (84) 9428-5468 | Wellington Campos - (84) 8842-7436


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