Revista Planeta Vida

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ÍDINCE

PÁGINA 4 PREVENÇÃO DE ACIDENTES INFANTIS

PÁGINA 7 PROTOCOLO MANCHESTER

PÁGINA 8 DIABETES

PÁGINA 10 CUIDANDO DO SEU CORAÇÃO


PÁGINA 12 A IMPORTÂNCIA DO PSICÓLOGO NO CONTEXTO HOSPITALAR

PÁGINA 15 PRIMEIROS SOCORROS

PÁGINA 18 BIOMEDICINA


MATÉRIA

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ACIDENTES MATAM 14 E HOSPITALIZAM 300 CRIANÇAS DIARIAMENTE NO BRASIL. Fonte: Criança Segura, 2011.

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MATÉRIA

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PREVENÇÃO DE ACIDENTES INFANTIS

Vamos mudar esta realidade!

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Organização Mundial de Saúde (OMS) define acidente como um acontecimento casual que independe da vontade humana, ocasionado por um fator externo originando dano corporal ou mental (SCHARTSMAN et al., 1984). ...alô, me ajudem, minha vizinha, tem uma filhinha recém-nascida de 1 mês e ela esta sem respirar, esta sufocada, acho que com o leite, o que devo fazer? Ela esta ficando roxa!!! Me ajuda!!! Não sei o endereço, nome nem nada, apenas me ajudem!!! Me digam o que fazer enquanto o socorro não chega!!!... Está é apenas a transcrição de uma das centenas de ligações diárias recebidas pelos serviços de Urgência e Emergência do SAMU e Corpo de Bombeiros, disponibilizados para o atendimento à população.

Estes acidentes são de crianças na faixa etária de 1 até 14 anos. Estes acidentes poderiam ser evitados se houvessem ações públicas para conscientização das pessoas sobre a prevenção de acidentes domésticos e até mesmo reduzir as sequelas causadas pelos acidentes se as pessoas soubessem o que fazer em caso de primeiros socorros, pois sabemos que os primeiros momentos após o acidente são fundamentais para a redução das sequelas e até mesmo para que não haja sequela alguma.

sabemos que para uma criança morrer afogada, basta apenas 2,5cm de água. •Os acidentes de trânsito, são responsáveis, por uma grande parte das mortes, mais a partir da lei da cadeirinha, caiu a quantidade de morte de crianças de até 7 anos, no 1º semestre de 2011 teve queda de 41% ante o mesmo período de 2010, mais temos outra estatística triste que os óbitos de crianças entre 8 e 12 anos, porém, aumentaram EM 10,6%; pois o uso da cadeirinha é opcional nessa faixa etária.

As ações de prevenção deveriam ser tomadas pelos órgãos públicos, pois 90% dos acidentes poderiam ser evitados com estas ações, mais a iniciativa privada pode ser fundamental para a realização destas campanhas. As ações preventivas custam menos do que as ações corretivas.

Em situações de urgência e emergência, liguem para 190 – Polícia, 192 SAMU e 193 – Bombeiros.

Primeiros Socorros é o tratamento imediato e provisório, ministrado a uma vítima de trauma ou doença, fora do ambiente hospitalar, com o objetivo de prioritariamente evitar o agravamento das lesões ou até mesmo a morte e estende-se até que a vítima esteja sob cuidados médicos. (Coletânea de Manuais Técnicos dos Bombeiros, 2006).

Os acidentes podem ser divididos de acordo com a fase de crescimento da criança, pois em cada faixa etária as crianças passam por situações diversas, que podem influenciar no tipo de acidente que poderá acontecer. Os acidentes também estão ligados a outros fatores, tais como: culturais, econômicos e sociais. Os acidentes mais comuns são: de trânsito, afogamentos, sufocações, queimaduras, quedas, intoxicações, acidentes com armas de fogo e outros configuram a principal causa de morte e a terceira de hospitalização.

“Criança morre atropelada depois de soltar a mão do pai”, “Criança de 4 anos é encontrada morta na piscina”, “Três crianças sofrem queimaduras graves”, “Bebe morre afogado na banheira”.... Infelizmente estas chamadas acima, são de matérias que retratam a realidade em que vivemos, não só em alguns estados brasileiros, mais em todo o pais, acontecem diariamente acidentes com crianças e em sua maioria quando estão com seus pais e/ou responsáveis.

•O Sufocamento, causado pela obstrução das vias aéreas, é a 1ª causa de morte, entre os acidentes, de bebês até 1 ano de idade. •O Afogamento representa a 2º maior causa de morte e a 8º em hospitalizações, temos quase 4 mortes por dia (Ministério da Saúde, 2007). Pois

Para finalizar devemos ressaltar o ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente, no artigo 4º: Art. 4º - “É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e a convivência familiar e comunitária ”. Vamos mudar esta realidade! ----

Referências Bibliográficas: 1. ONG Criança Segura, 2011. 2. Manual de Primeiros Socorros do Corpo de Bombeiros, 2006. 3. Notícias retiradas da internet, 2011 e 2012.

Dennis Eudo Administrador de empresas

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Telefones: (0xx81) 4101-5901 / 4141-4751


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Entenda como funciona a classificação de riscos em urgência e emergência. Protocolo de Manchester.

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avaliação inicial (Triagem) deverá ser feita por uma equipe de profissionais treinados para realizar a avaliação dos riscos, e a partir daí será realizada a classificação de risco. Os níveis de risco são representados por cores, da seguinte forma:

Vermelho - Emergência - Atendimento Imediato Laranja - Muito Urgente - 10 minutos Amarelo - Urgente - 60 minutos Verde - Pouco Urgente - 120 minutos Azul - Não Urgente - 240 minutos

Após a classificação do paciente, a equipe responsável pela triagem, deve ficar sempre observando o estado clínico do paciente, caso ele tenha sido classificado para atendimento com uma classificação de urgente ou pouco urgente e vier neste tempo de espera apresentar uma piora no seu quadro clínico, a classificação deverá ser refeita, mudando para a classificação necessária para o atendimento.

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DIABETES

No Brasil, estima-se que 40% das pessoas estão acima do peso, e 10 a 15% são consideradas obesas.

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ona Maria, professora aposentada, de 76 anos, procurou o médico do posto de saúde de seu bairro, queixando-se de cansaço, falta de apetite e visão embaçada. Carolina, faxineira, de 26 anos, oitavo mês de gestação sem pré-natal, apresentou um ganho de peso de mais de 20 kg, apesar de não cometer excessos alimentares. Felipe, de 8 anos, foi levado ao pediatra por seus pais, por ter muita fome, urinar muito e ser muito magro. O que Dona Maria, Carolina e Felipe não sabem é que os três possuem o mesmo problema, que atinge mais de 170 milhões de pessoas em todo mundo: Diabetes. Diabetes é uma doença que se caracteriza pelo aumento do açúcar (glicose) no sangue. A glicose é fonte importante de energia para o nosso organismo, mas o seu excesso pode provocar sérios danos à saúde. No Brasil, estima-se que 40% das pessoas estão acima do peso, e 10 a 15% são consideradas obesas. Este aumento da obesidade, aliado ao sedentarismo e ao envelhecimento da população faz com que se estime que em 2025, 400 milhões de pessoas serão portadoras de Diabetes. Ao contrário do que muitos pensam, a herança genética não é o único fator que pode levar um indivíduo a desenvolver diabetes. Outros fatores também têm sido atribuídos, tais como problemas no pâncreas, distúrbios hormonais (aumento da produção do hormônio da tireoide, por exemplo), defeitos genéticos nas células que produzem insulina, algumas infecções por vírus, assim como algumas medicações, como os corticóides, que quando usados em

altas doses, por muito tempo, de forma indiscriminada, também podem levar ao Diabetes. A doença não faz distinção de raça ou sexo, e pode acometer desde crianças a adultos. Existem 2 tipos básicos de Diabetes: o Diabetes Tipo 1 e o Diabetes tipo 2. O Diabetes tipo 1 é mais raro, geralmente se manifesta na infância, e se dá quando o pâncreas da pessoa não produz insulina. A insulina é um hormônio importante que permite que as nossas células usem a glicose como energia. Sem ela, a glicose se acumula no sangue, desencadeando o Diabetes. Como não produz insulina, no Diabetes tipo 1, o indivíduo se torna dependente de insulina, que deve ser administrada diariamente. O Diabetes tipo 2 surge na fase adulta, quando o pâncreas da pessoa ainda produz insulina, porém em quantidade insuficiente. Nesses casos, medicações orais são utilizadas no tratamento, e, só em alguns casos, a insulina é necessária. Existe uma relação entre o Diabetes tipo 2 e o sedentarismo e a obesidade que não deve ser menosprezada, mas algumas medicações também podem desencadear esse tipo de Diabetes, junto a outras doenças. Outras formas de Diabetes também existem, como o Diabetes Gestacional. Neste caso, a mulher não tem nenhum caso de Diabetes na família, mas mesmo assim, desenvolve Diabetes temporariamente na gravidez, quando há um grande aumento de peso. Se não tratada, o bebê pode nascer com um peso muito elevado, problemas de coração, malformações, ou até mesmo morrer. O tratamento é

indispensável durante a gestação, e ao contrário das outras duas formas de Diabetes, o Diabetes Gestacional tende a melhorar ou até mesmo desaparecer após o nascimento do bebê. Mas, como se manifesta o Diabetes? Os sintomas mais comuns são: aumento da sede, aumento do volume de urina (muitas vezes, levantando várias vezes durante a noite para urinar), aumento da fome, fadiga, fraqueza, tonturas, visão borrada, perda de peso. Quando não tratado, o Diabetes pode levar a perda de visão, tromboses, amputações, insuficiência renal, perda da sensibilidade nos membros, infecções respiratórias, Acidente Vascular Cerebral (AVC), Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), podendo até levar à morte. Diante tudo isso, o tratamento do Diabetes é fundamental e deve ser feito por médico endocrinologista, que avaliará qual a medicação mais apropriada para cada caso, bem como a necessidade ou não do uso da insulina, aliado a um controle nutricional, para que os níveis de glicose no sangue estejam sempre na normalidade, e a adoção de um estilo de vida saudável, que se afaste do sedentarismo e da obesidade. O paciente diabético pode ter uma vida normal se adequadamente tratado e consciente de que o Diabetes é uma doença que não tem cura, e que o tratamento é para toda a vida.

Dra. Kárita de Souza da Silva

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CUIDANDO DO BEM ESTAR DE SUA FAMÍLIA.


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CUIDANDO DO SEU CORAÇÃO Hipertensão e Obesidade: vilões que abalam o nosso coração.

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s doenças cardiovasculares são as que mais matam em todo o mundo. No Brasil, há 300 mil óbitos por ano por infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC), e a hipertensão arterial é um dos mais importantes fatores de risco para o desenvolvimento de doença cardiovascular, juntamente com o tabagismo, dislipidemia e diabetes. O estudo de Framingham foi o primeiro estudo epidemiológico que demonstrou a correlação direta entre pressão arterial (sistólica e diastólica) e doença arterial coronariana. Quanto maior a pressão, maior o risco de desenvolver infarto agudo do miocárdio, AVC, morte súbita, insuficiências cardíaca e renal. Os substratos fisiopatológicos mais importantes são o estresse oxidativo e a inflamação que caracterizam a disfunção endotelial, alteração responsável pela liberação de substâncias vasoconstrictoras, inflamatórias, trombogênicas e proliferativas pelas células endoteliais dos vasos. A partir daí, se inicia todo o processo de aterosclerose, com o desenvolvimento das placas de ateromas que terminam por sofrer lesões

(erosões ou ruturas), desencadeando a trombose vascular e as conseqüentes catástrofes tais como o AVC isquêmico ou infarto do miocárdio. A hipertensão tem correlação direta mais fortemente com o AVC do que com o infarto do miocárdio, uma vez que a “pressão alta” per se, repercute diretamente com a hemodinâmica da regulação do fluxo sanguíneo cerebral, enquanto que a trombose coronariana, é uma situação clínica mais complexa, onde outros importantes fatores de risco também participam ativamente de seu desenvolvimento. A dislipidemia, por exemplo, é um fator de risco coadjuvante do desenvolvimento da trombose coronariana e, por muito tempo, foi subestimada nos estudos clínicos randomizados de tratamento farmacológico antihipertensivo. Talvez, por tudo isso, a cota de causação da hipertensão para as doenças cardiovasculares (DCV), seja um pouco maior para o AVC do que para a doença arterial coronariana (DAC). Frequentemente, os fatores de risco se superpõem. É raro, encontrarmos um hipertenso sem outros fatores de risco associados. O mais comum é tratarmos do hipertenso que tam-

bém é portador de dislipidemia ou fuma, ou é obeso, ou é intolerante à glicose ou mesmo diabético tipo 2, enfim, os fatores de risco para DCV, se dão as mãos com muita freqüência e o risco CV se multiplica ao invés de se somar. Um fator de risco que tem assumido posição de grande destaque é a obesidade. Não é raro encontrarmos indivíduos obesos hipertensos, estando a obesidade como grande “gatilho” para o desencadeamento da hipertensão arterial. A obesidade tem se tornado epidêmica, principalmente, nos Estados Unidos da América do Norte. Entretanto, todos os países do mundo (exceção para algumas populações primitivas) apresentam tendência de aumento do índice de massa corporal (IMC) na população geral, incluindo crianças e adolescentes. Mulheres em faixas de IMC ditas “normais” (entre 21 e 25), já apresentam risco consideravelmente elevado para diabetes mellitus tipo 2, o que é muito preocupante. É

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CAPA -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

fenótipo de obesidade é uma realidade inconteste. Os estudos de gêmeos monozigóticos e dizigóticos são a prova disso. Por outro lado, indivíduos podem ser geneticamente resistentes ou geneticamente sensíveis para se tornarem obesos. Os que são geneticamente “suscetíveis”, ao mudarem de um ambiente saudável do ponto de vista alimentar para um ambiente tóxico, elevam de forma surpreendente o IMC, ou seja, engordam do forma considerável.

claro, que há um racional subjacente ambiental que explica em muito a epidemia da obesidade, principalmente, nos países industrializados ocidentais e a avalanche das lojas de fast-food é um dos péssimos hábitos alimentares da população adulta e, principalmente, infantil. De acordo com dados da American Heart Association, o crescimento de lojas de fast-food nos Estados Unidos entre os anos de 1970 e 1980, cresceram de 30 para 140 mil lojas e as vendas aumentaram cerca de 300 por cento naquele período. Em 2001, havia 222 mil pontos de vendas de fast-food naquele país e, certamente, isto vem crescendo ano a ano. Os lanches têm sido cada vez mais hipercalóricos e o padrão fenotípico da população assume aspecto de obesidade, uma vez que o desequilíbrio entre a ingestão de calorias e o gasto calórico, evita que o indivíduo perca peso corporal. Sabe-se, entretanto, que a predisposição genética para determinar o

Aqueles, geneticamente “resistentes”, mesmo que passem de um ambiente saudável para um ambiente “tóxico” (hábitos de fast-food, por exemplo), não apresentam elevações importantes do IMC. O fato é que, a presença de obesidade representa um sério risco para a saúde, pois o número de complicações advindas da obesidade é muito grande. Um dos maiores riscos para a saúde, dentre inúmeros outros, é desenvolver diabetes mellitus tipo 2, especialmente, nas mulheres. Importante lembrar o extraordinário custo total com diabetes mellitus tipo 2, pago pelo serviço de saúde americano no ano de 2007 ($174 bilhões). Outra situações clínica preocupante é a Síndrome Metabólica, com prevalência não desprezível no mundo moderno em que vivemos (24% entre homens e mulheres americanos, dados do NHANES III, indivíduos acima de 20 anos de idade). A presença de obesidade abdominal tem sido requisito básico para o seu diagnóstico, segundo a IDF (International Diabetes Federation). Indivíduos com obesidade na porção superior do tronco (obesidade truncal), têm mais chances de desenvolver diabetes, hipertensão e doença cardiovascular. Por outro lado, os que têm forma semelhante à fruta pêra (quadris largos e cintura fina), estes estão mais protegidos contra

as DCV, pois não são portadores de obesidade visceral, que contêm maior quantidade de ácidos graxos livres, que por sua vez, induzem a resistência à insulina no músculo esquelético, à vasoconstricção na vasculatura, à maior liberação de glicose hepática e maior liberação de insulina pelo pâncreas (hiperinsulinemia). Apnéia opbstrutiva do sono (AOS) é uma das complicações da obesidade, compartilhando com a hipertensão e a obesidade, várias facetas fisiopatológicas, dentre as quais, a intensa ativação do sistema renina-angiotensinaaldosterona. Além de hipertensão, o portador de AOS tem maior chance de morrer por morte súbita de causas cardíacas, entre meia-noite e 5 horas da manhã. Reduzindo-se o peso corporal, há grande benefício dessa condição. Os focos de ação em relação à obesidade e outras doenças crônicas (hipertensão, diabetes, etc), se resumem em: 1. Reduzir a ingestão de gorduras, acúcares e sal; 2. Aumentar a ingestão de frutas, legumes e vegetais; 3. Iniciar e/ou aumentar a atividade física. O tratamento de uma doença crônica é crônico. Hipertensão, diabetes e obesidade são doenças crônicas e como tal, deve ser continuado por toda a vida (farmacológico e modificações do estilo de vida). O conceito de tratar farmacologicamente o obeso a longo prazo, é um conceito novo que aos poucos precisa ser incorporado na prática clínica, tal como o cardiologista encara o tratamento da hipertensão e do diabetes.

Dr. Hilton Chaves é cardiologista e coordenador da UTI da Santa Casa de Misericórdia do Recife-PE

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A IMPORTÂNCIA DO PSICÓLOGO NO CONTEXTO HOSPITALAR

A

o contrário do que ocorre por volta do inicio do séc. XX quando as doenças infecciosas representavam a causa preponderante de mortalidade, os problemas de saúde mais sérios que a medicina enfrenta hoje são as doenças crônico-paliativas. Atualmente, que os índices de morbidade e de mortalidade estão cada vez mais presentes e relacionados aos comportamentos e hábitos de vida prejudiciais a saúde. A Psicologia é a ciência cujo objeto de estudo inclui a análise, predição e a modificação dos fatores que afetam o comportamento. Visando a promoção e a manutenção da saúde física e emocional, a prevenção e o tratamento das doenças e a identificação de correlatos etiológicos e diagnósticos de saúde. Em um sentido mais amplo podendo promover algumas análise, formação e melhoria do sistema de saúde. A própria inserção do psicólogo na unidade hospitalar é uma delas. Portanto, um dos objetivos do psicólogo que atua na área hospitalar é tentar minimizar o sofrimento do paciente e de sua família. O trabalho é focal, centrandose no sofrimento e nas repercussões que o paciente sofre com a doença e a hospitalização, associado a outros fatores como história de vida, a forma como ele assimila a doença e seu perfil de personalidade. Quando se fala de um paciente

hospitalizado, não se devem excluir os processos emocionais e sociais na tentativa de compreender e diagnosticar a doença, desde sua instalação até o seu desenvolvimento para a medicina que tinha uma visão dualista que o corpo e mente eram identidades separadas. Da mesma maneira, uma doença física esta freqüentemente associada a distúrbios emocionais e psicológicos que, se não tratados podem contribuir para o seu agravamento ou até sua cronificação. O que temos observado, ainda, é que algumas técnicas de diagnósticos fazem de alguns médicos grandes especialistas que não têm tempo mais de ESCUTAR seu paciente nas suas necessidades. Alguns profissionais devem manter a compreensão exata de algumas questões e avaliar dados subjetivos

do paciente, podendo assim contribuir para que haja flexibilidade ao tratamento médico e que ele possa participar ativamente do processo de hospitalização. No processo de reabilitação do paciente, é preciso incentivá-lo a investir na qualidade de vida, mesmo que para isto seu hábito de vida tenha que ser modificado. É necessário ajudar o paciente a recuperar as suas funções de acordo com o seu estilo de existir e ser. Não é possível atender a tudo mais devemos delimitar onde iremos atuar e com o tempo ampliar o campo de trabalho. Outra referencia sempre presente refere-se ao psicólogo cuidar da equipe multiprofissional. Isso é possível desde que ele não seja confundido com o psicólogo hospitalar. Nem sempre o corpo clínico e

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administrativo tem noção do que pedir; e o psicólogo pode e deve pontuar adequadamente o campo. O setting terapêutico na realidade hospitalar é peculiar. O psicólogo deve ampliar sua atuação visto que os espaços e demais condições hospitalares são muito diferentes do que é idealizado na atuação clínica, em consultório. O médico entra na enfermaria para avaliar o paciente, ao mesmo tempo, a enfermagem chama o paciente para um exame – ultrassonografia, a família não quer sair do lado e temos de atender o paciente no meio de outros oito em uma grande enfermaria, onde há a impossibilidade de se manter o sigilo. O importante é que para prestar assistência ao paciente, é preciso conhecer a doença, sua evolução e seu prognóstico, além da rotina pela qual ele vai ser submetido. As notícias do estado de saúde dos pacientes, até mesmo a notícia do óbito são de responsabilidade do médico. O psicólogo deve estar disponível para acompanhar as reações emocionais que ocorrem durante e depois da notícia.

ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO A idéia que ainda muitas pessoas têm é a de que o psicólogo tem um “bom papo”, ou que ele está ali para convencer o paciente a aceitar algum procedimento médico, ou para ajudar a família a convencê-lo do tratamento proposto. O paciente traz além da queixa da doença, problemas pessoais, familiares e profissionais. Neste trabalho, o psicólogo deve ser continente ás queixas do paciente, deve procurar

perceber se existem outros problemas além da doença que necessitem de cuidado e procurar fazer com que o paciente tenha condições de se readaptar chegando o mais próximo possível de condições normais de vida, com certa autonomia, tentarem fazê-lo aceitar a doença e não lutar contra ela e ajudá-lo a conviver com ela sem sofrimento adicional, além do necessário, é o desafio que temos todos os dias no acompanhamento do paciente. A doença pode ser utilizada ainda para se ter ganhos, que na maioria das vezes, traz problemas para aqueles que convivem com os pacientes. Deve-se também de acordo com a necessidade e possibilidade, exercer o acompanhamento da família do paciente, ajudando-o a lidar com o problema da doença. Em relação à família é importante perceber se a família se une ao paciente, se houve uma redistribuição de papéis no contexto familiar, se há uma superproteção do paciente, que ocorre muitas vezes por questões de culpa, não só no caso adulto, idoso e criança. O psicólogo irá fazer o acolhimento com o paciente sua hospitalização, o que ela significa para o doente e para a sua família, além de tentar conhecer um pouco de sua história de vida e de sua doença. É ele quem irá procurar o paciente, oferecer ajuda a ele e ficará disponível também para sua família. Na hospitalização, o paciente perde sua individualidade, sente uma brusca ruptura com o seu sofrimento, sente agredido pela rotina hospitalar e seu horário rígido, o que acaba por levá-lo ao conhecido processo de despersonalização. O medo da invalidez permanente, de depender do outro, traz importante alteração em relação à sua auto-imagem, além da percepção de ser vulnerável e finito. O medo da dor física,

da anestesia em casos de cirurgia e de retornar para casa após uma hospitalização trazem conseqüência para o seu estado emocional. O período de hospitalização incita o paciente a ficar mais introspectivo e passar para um processo de reavaliação de vida e valores. Se sua internação for eletiva, de emergência ou de repetição, tornará diferente a forma como ele vivencia a situação. Por isso também cabe ao psicólogo ser o elo entre paciente/equipe/ família. O trabalho do psicólogo na UTI é importante principalmente no pós-operatório, quando o vinculo formado entre eles é fundamental. A ajuda à família é tarefa do psicólogo nessa fase, inclusive determinando qual o membro da família tem condições emocionais de receber e transmitir informações aos demais. O psicólogo deve ter atitude de interesse aberto, ou seja, estar totalmente disponível e agir de forma que promova a expressão espontânea do outro, atitude não de julgamento, que tudo ouve sem críticas, procurar não ser diretivo, mostrar intenção de realmente compreender o outro, de descobrir o universo subjetivo e sempre ser objetivo. Nossa linguagem também precisa ser compreensível ao paciente e saber se aquilo que foi dito ao paciente foi entendido por ele da forma adequada. Nem sempre o que é dito ao paciente fica retido em seu consciente. O que se usa mais freqüentemente no hospital é a entrevista focal, quando tentamos compreender o nosso paciente levando em conta o momento pelo qual ele passa, ou seja, a sua doença e a sua hospitalização. Uma quantidade mínima de ansiedade é necessária para temos certeza de que o paciente está inserido na situação pelo qual ele passa e possa assim conseguir lidar com esse dado novo

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MATÉRIA ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------em sua realidade. Deve-se ser agente facilitador da angústia do paciente e dentro da possibilidade pontuar algumas situações para ajudá-lo. É importante lembrar que a família, durante a entrevista, de preferência não deve ficar na enfermaria. Mas no ambiente hospitalar fica difícil que ela aceite deixar o paciente sozinho, muitas vezes pelo medo que há do que o psicólogo irá falar para o paciente. A perda de controle sobre o paciente assusta alguns familiares, e na medida do possível sua vontade deve ser respeitada.

CONSIDERAÇÕES FINAIS O psicólogo foi o último profissional de saúde a entrar no ambiente hospitalar. Até hoje, sabe-se que é muito difícil se inserir na equipe de trabalho. Na realidade chega-se à conclusão de que cada profissional é dono de seu saber, mas isso não invalida o saber do outro. Sem sombra de dúvida, o trabalho em equipe visa tranqüilizar o paciente e família, além de avaliar e cuidar do paciente sob todos os aspectos: médico, enfermagem, nutricional, social, psicológico e fisioterápico, promovendo um atendimento que pretende cuidar do paciente como um ser total. O trabalho deve ser realizado de maneira que haja consonância no tratamento, troca de informações, mesma linguagem e informações passadas ao paciente, enfim a atitude da equipe deve ser colaborativa e complementar. Deve-se ter a capacidade de escutar o outro e poder então, por meio da contribuição deste outro, repensar a sua própria visão do paciente e sua conduta futura. Alguns casos específicos, como em

outros permiti uma abordagem mais ampla com o paciente e um cuidado melhor. Portanto, nessa troca de informações e ajuda mútua, pudemos ajudar e compreender melhor o processo emocional do paciente. Essas questões, se bem abordadas, melhoram a relação equipe/paciente/família, fazendo com que o tratamento tenha uma eficácia maior, geram segurança aos familiares e ao paciente e principalmente promovem uma melhor aderência ao tratamento proposto. Referências bibliográficas: BECK. A.T. e cols.Terapia cognitiva da depressão, Zahar, Rio Janeiro. 1982 PERISSÉ, P.M., DUARTE, A.M.M. Comportamento e saúde, estudos goianenses. Rev Univ. Católica de Goiás, 10: 15-31, 1982 ROMANO, B.W. O psicólogo clinico no hospital: contribuição para o desenvolvimento da profissão no Brasil. Tese de Doutorado, PUC, São Paulo, 1987 ROMANO, B.W.(org). A prática da psicologia nos hospitais. São Paulo: Pioneira, 1994. ROMANO, B.W. Princípios para a prática da psicologia clínica em hospitais. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1999.

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PRIMEIROS SOCORROS

E

sta seção foi criada com a intensão de informar a todos a importância dos primeiros socorros, pois sabemos que os primeiros momentos após um acidente são fundamentais para o atendimento da vítima, com os procedimentos sendo realizados e de forma correta, podemos evitar muitos óbitos e diminuir as possíveis sequelas. A cada edição iremos abordar algum procedimento de primeiros socorros.

As possibilidades de sobrevivência estão ligadas diretamente ao tempo do resgate da vítima, quanto mais rápido for o salvamento, mais aumentam as chances de sobrevivência e diminuem as sequelas causadas pela falta de oxigenação do cérebro.

Segundo David Szpilman, 1997, os afogamentos possuem uma classificação, de acordo com o grau.

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O afogamento é a morte por asfixia, que resulta de um acidente de submersão. Quando ocorre um afogamento a primeira reação do organismo é o fechamento da glote para não deixar a água entrar nos pulmões, mais se a vítima continuar submersa a glote se abre, deixando entrar a água enchendo os pulmões, impedindo assim, a oxigenação.

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AFOGAMENTO

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GRAU

SINAIS E SINTOMAS

PRIMEIROS PROCEDIMENTOS

CASOS

MORTALIDADE

Resgate Grau I

Sem qualquer sinal/sintoma. Com tosse e sem espuma na boca e nariz. Com pouca espuma na boca/ nariz O2 nasal (5L/min). Com muita espuma na boca / nariz e pulso radial presente. Com muita espuma na boca, nariz e pulso radial presente.

Avalie e libere a vítima do local do evento. Repouso, aquecimento e medidas que visem o conforto e tranquilidade da vítima. Aquecimento corporal, repouso, tranquilização e observação hospitalar por 6 à 24hs. O2 por máscara facial (15L/min) no local do evento / PLS-dir. / CTI. O2 por máscara facial (15L/min) no local do evento / observar observar respiração (pode haver PR) / PLS-dir. / RV / CTI. Boca-a-boca, se recuperar trate como Grau IV.

38.975 1.189

0,0% 0,0%

338

0,06%

58

5,2%

36

19,4%

25

44%

185

93%

Grau II Grau III Grau IV Grau V Grau VI

Parada respiratória carotídeo. PCR

com

pulso

RCP, se recuperar trate como Grau IV.

O QUE FAZER:

DICAS DE PREVENÇÃO:

• Chame o resgate imediatamente, se tiver outra pessoa com você, peça que solicite o serviço e proceda com a retirada da vítima da água, se possível, e inicie os procedimentos de primeiros socorros. Todo socorrista deve primeiramente se preocupar com a sua segurança, para não acabar se tornando mais uma vítima. • Ao retirar a vítima da água precisamos ter muito cuidado, pois quando a vítima esta se afogando, a primeira reação é de se agarrar ao que tiver mais perto, neste caso o socorrista. • Aquecer a vítima imediatamente para evitar a hipotermia. • Verificação das vias aéreas, se a vítima não estiver respirando, inicie a reanimação cardiorrespiratória. • Não remova a vítima para local nenhuma até a respiração ter sido regularizada. • Depois da recuperação a vítima deverá permanecer deitada até a chegada do serviço de resgate. • Nunca desista de uma vítima, até que tenha certeza de que não há mais nada o que fazer, pois uma vítima pode voltar a respirar depois de muito tempo.

Adulto: o afogamento é a quarta maior causa de morte acidental em adultos. Não nadar quando tiver consumido alguma bebida alcoólica, não nadar quando tiver fazendo uso de alguma medicação que cause sonolência, diminuição dos reflexos, respeitar as placas de sinalização de praias perigosas. Crianças: o afogamento é a segunda maior causa de óbitos em crianças e a oitava em hospitalizações, um fator que influencia a morte das crianças e adolescentes é que o afogamento acontece de forma rápida e silenciosa. Para uma criança se afogar, bastam apenas 2,5cm de água, 10 segundos é o tempo suficiente para uma criança se afogar. • Não deixar crianças sozinhas em locais de risco, como: banheiras, piscinas, tanques, cisternas, baldes de água cheios, banheiros etc. Devem constantemente estar na presença de adultos, mesmo sabendo que as crianças saibam nadar. • Devemos sempre ensinar as crianças a nunca nadarem sozinhas, respeitar as placas de sinalização de praias perigosas, não brincar na água, nunca fingir que esta se afogando, pois no momento que for

real podemos não acreditar e principalmente desde pequena saber os números de urgência e emergência. De acordo com o artigo 135 do Código Penal Brasileiro, Omissão de Socorro é o fato de deixar de prestar assistência, quando é possível ser feito sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, em desamparo ou em grave e iminente perigo, não pedir, nestes casos, o socorro da autoridade pública, tendo como pena de 1 à 6 meses de reclusão ou multa. § Único: aumenta a metade em casos de lesão corporal de natureza grave e triplicada, caso resulte em morte. Caso não saiba o que fazer, deverá chamar a equipe de resgate o mais rápido possível, descaracterizando assim a omissão de socorro. Referências Bibliográficas: • Acidentes com Crianças, ONG Criança Segura, 2011. • Guia de Primeiros Socorros, Albert Einstein, 2009. • Apostila de Suporte Básico no Atendimento Pré-Hospitalar, Oficina da Vida Brasil, 2011.

Dennis Eudo Socorrista

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PLANTÃO DE NOTÍCIAS

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HOSPITALAR - FEIRA E FÓRUM

maior evento de saúde das Américas A Hospitalar é uma Feira Internacional de Produtos, Equipamentos, Serviços e Tecnologia para Hospitais, Laboratórios, Farmácias, Clínicas e Consultórios, realizada em São Paulo de 22 a 25 de Maio/2012, é o maior evento especializado na área de saúde. Visitem o site da feira www.hospitalar.com.br.

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ABORTO DE ANENCÉFALOS

Supremo Tribunal Federal decidiu por 8 votos a 2, que não é crime a interrupção da gravidez quando o bebê tem algum tipo de má formação no cérebro, aprovando o aborto para fetos anencéfalos, esta interrupção é realizada com assistência médica. Atualmente, o diagnóstico de um feto anencéfalo é feito depois das 12 primeiras semanas de gestação. O exame de ultrassonografia é considerado 100% seguro pelos médicos para determinar a condição.

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BIOMEDICINA

Biomédico, um profissional a serviço da saúde e da ciência.

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ESPECIALIDADES riamos esta seção para podermos explicar um pouco sobre as diversas especialidades existentes no segmento de saúde, pois verificamos que muitas pessoas não sabem o que alguns tipos de especializações fazem, esperamos com isso, ajudar as pessoas a procurarem o médico especializado exatamente no que precisam.

BIOMEDICINA “Biomedicina é a parte da ciência que está voltada para o estudo das doenças humanas. Não só a doença em si, como também suas causas e epidemiologia. A grande maioria dos profissionais biomédicos atua na área de pesquisas acadêmicas (mestrado e doutorado) ou em análises clínicas. Surgiu em 1966, quando os primeiros cursos foram iniciados com um foco particular em áreas da clínica básica como analises clínicas, citologia e radiologia. Com o avanço tecnológico e a diversificação das linhas de pesquisa, é difícil definir as áreas especifica nas quais esses profissionais trabalham, mas podemos dizer que tudo que está relacionado com a vida microbiológica existe um biomédico por trás. A profissão de Biomédico esta regulamentada pela Lei Federal n° 6.684, de 3 de setembro de 1979 e Decreto Federal n.° 88.439, de 28 de junho de 1983. A mesma lei federal criou o Conselho Federal de Biomedicina

(CFBM) e os Conselhos Regionais de Biomedicina (CRBMs), com o objetivo de orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício da profissão de Biomédico. As habilitações dos Biomédicos são extensas, existem 33 áreas autorizadas pelo Conselho Federal de Biomedicina (CFBM), que são: análises clínicas, banco de sangue, análises ambientais, análises bromatológicas, biologia molecular, citologia, bioindústria e bioempresa e imagenologia. Das áreas mencionadas a docência/pesquisa e análises clínicas (laboratórios), é onde encontramos a maior parte dos profissionais formados, chegando a atingir 90%. Os profissionais Biomédicos atuam nas áreas científicas, públicas e privadas das universidades, faculdades, centros universitários, institutos de pesquisas, laboratórios clínicos, bancos de sangue, clínicas e hospitais, como também em indústrias de desenvolvimento tecnológico e comercialização de técnicas de diagnósticos laboratorial, assessorias de apoio a serviços de saúde, secretarias estaduais e municipais de saúde, instituições e organizações internacionais, sempre na condição de graduados, mestres, doutores ou livre docentes, no Brasil e no Exterior. Os profissionais que atuam em laboratório são especializados em analisar as condições fisiológicas em que estão os pacientes através de exames sanguíneos, já solicitados pelos médicos.

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Destacam-se entre eles hemograma, exames bioquímicos, urinálises. Para cada um desses tipos de exames existe uma busca específica, e que o médico normalmente escolhe uma delas para descobrir ou confirmar a suspeita da enfermidade do paciente. Toda história da analise clínica começou com o estudo minucioso do sangue, o hemograma. Nele estão contidas informações que mostram com o corpo está reagindo à interação com diversos microrganismos diferentes. A alteração em suas células, tanto na série vermelha quanto na branca indicam que o corpo está reagindo mal a esse contado, e está gerando algum tipo de infecção.

A análise clínica bioquímica é um setor muito vasto, com exames que indicam de níveis de lipídeos e proteínas, a enzimas cardíacas e enzimas que podem antecipar a informação de uma formação tumoral. Para isso, o médico tem de saber o que está procurando, para direcionar sua análise e solicitar os exames corretos. O setor mais “abandonado” da biomedicina é certamente o de urinálises e parasitologia. Esse carma é carregado, talvez, pela falta de interesse dos profissionais em se especializar nas respectivas áreas, porém, são de extrema importância, que também avaliam e relatam como está funcionado o aparelho urinário

e digestivo. E é nesses dois sistemas que ocorrem a maioria dos problemas causados por contado com bactérias e vírus, que no decorrer das décadas, mostraram a evolução desses e o seu poder de resistência diante drogas antimicrobianas. Resistência essa, que é o assunto mais discutido e preocupante nos hospitais, a infecção hospitalar.” Bruno da Silveira Pinto Biomédico da Empresa Lamoraes.

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