LENÇÓIS PAULISTA Abril de 2018 Grátis Ano 8 Edição Nº 144 Gente de verdade que faz a história acontecer!
Lençóis Paulista
160 ANOS O papel do comércio
e da indústria em nosso progresso
Leia + A estreita Rua 15 de Novembro, o berço do comércio lençoense, em seu esplendor no ano de 1968 Foto: Acervo Espaço Cultural Cidade do Livro
Auto Mecânica Malagi...................09 DJ Eletromecânica .........................10 Jaú Serve.......................................11 LPNet ............................................12 Proeste Divelpa .............................13 Restaurante Bom Gosto.................14 Santa Clara Materiais Elétricos ......15 Acilpa ............................................16 Unimed .........................................17 Ascana ..........................................18 Grupo Lwart ................................. 19 Lutepel ......................................... 20 Safra Sul Alimentos ...................... 21 Zilor.............................................. 22
OPINIÃO E D I TO R I A L
ARTIGO
ANGELO FRANCHINI NETO Jornalista da Revista O Comércio
SAULO BUENO Graduado em Administração de Empresas, professor de espanhol e autor do blog Info Manager
LENÇÓIS PAULISTA DO COMÉRCIO E DA INDÚSTRIA
PRAZER, SOMOS LENÇÓIS PAULISTA!
Lençóis Paulista, cidade do comércio fervoroso e das indústrias pujantes; do consumidor pátrio, do empresário perspicaz; do lençoense, do paulista, do brasileiro. Falar sobre a nossa cidade como uma potência econômica parece “chover no molhado”, mas nunca é demais lembrar. Afinal, empresas geram emprego e renda, que por sua vez se revertem em impostos, saúde, educação, mais empresas, mais renda... E o ciclo está formado. É por isso, amigo leitor, estimada leitora, que decidimos trazer a história e a importância de algumas das empresas que mais colaboraram (e ainda colaboram) com o desenvolvimento de Lençóis Paulista nesses 160 anos. Uma revista que vem para complementar a edição de 2017, quando contamos a história, década à década, da nossa terra. Nesse contexto, podemos nos colocar como parte dessa linda trajetória. Há oito anos, a Re-
Para que novas etapas comecem é preciso que outras cheguem ao fim; isso é inerente à linha do tempo. As conquistas alcançadas darão lugar a emocionantes vitórias para se comemorar. Por isso, não há mesmice ou conformismo quando se busca pelo novo, desbravando incessantemente o desconhecido. Isso nos remonta aos nostálgicos e brilhantes anos onde estabeleceu-se nossa cidade, marcados pelo empenho de personalidades que fizeram nossa história se perpetuar. Fomos chegando, fazendo carreira. Esta terra hospitaleira abriu seus braços sem se incomodar. Do exaustivo trabalho na plantação canavieira colheram-se os frutos de um solo fértil e abençoado, da produção impecável de nossa aguardente deleitaram-se tantos paladares afora pelo estado. De páginas ricas e cheias de inspiração ganhamos o mundo – guiados por nosso ilustre escritor Orígenes Lessa. E não coubemos mais numa rua, não foi suficiente o tamanho de um bairro. Não nos limitamos ao trabalho do
vista O Comércio leva a vocês o melhor do jornalismo comunitário ligado ao bairrismo, através de matérias com quem fez e ainda faz a diferença. A imprensa tem o dever de informar, mas acima disso, tem o dever de gerar debates em torno de uma sociedade cada vez melhor. Esperamos cumprir esse papel por mais oito, 16, 32 anos... Sempre com o apoio de nossos amigos, colaboradores, parceiros, clientes e, claro, leitores. Sem vocês, nada disso seria possível. Para finalizar, gostaríamos de agradecer a cada empresário por nos receber de portas abertas. Muitos deles tiraram fotos e fatos do fundo do baú e projetaram o futuro de seus empreendimentos e também de nossa cidade. A palavra de ordem para o dia de amanhã é investimento, dando provas de que Lençóis Paulista ainda tem muito o que crescer. Uma boa leitura a todos e parabéns, Cidade do Livro, pelos seus 160 anos.
cultivo, tampouco nos fartamos com o passaporte de um só livro. Lutamos, perdemos, vencemos. Forjamos nosso lugar ao sol, o sonho de outrora materializado. Somos passado e presente caminhando lado a lado. Temos a alegria como marca registrada. Somos artes, leitura e convivência harmonizada. Em nossos parques, vida plena e hábitos saudáveis. Em nossas noites, gastronomia e bate-papos intermináveis. Em cada cidadão, uma história para ser contada. Perseverança, honestidade, empreendedorismo, reciprocidade. Quanta cidade cabe dentro da gente! Quantos significados leva o povo lençoense! Somos antiguidade, contemporaneidade. Sem esquecer nossas raízes, pautadas na igualdade. Somos o orgulho estampado, refletido em inúmeras gerações. O futuro que almejamos é repleto de realizações. Um brinde à cidade de tão belo anoitecer, onde se contempla suntuosa vista. Somos milhares de corações. Prazer, somos Lençóis Paulista.
EXPEDIENTE A REVISTA O COMÉRCIO é uma publicação de Ortega e Medola Publicidade LTDA ME. // CNPJ: 10.744.028/0001-97 DIRETORES Breno Corrêa Medola [breno@revistaocomercio.com.br] // Camilla Ortega Spíndola [camilla@revistaocomercio.com.br] DEPARTAMENTO COMERCIAL Patrícia Prado de Lima // Regina Mello // Taísa Mello JORNALISTA RESPONSÁVEL Angelo Franchini Neto [MTB 66.026/SP] REDAÇÃO Angelo Franchini Neto [MTB 66.026/SP] // Beatriz de Souza Vieira [MTB 81.167/SP] DIAGRAMAÇÃO E ARTE-FINAL Vinicius Humberto de Castro // Vitor Augusto Rodrigues FOTOGRAFIA Cíntia Fotografias FINANCEIRO E DISTRIBUIÇÃO Juraci Rodrigues TIRAGEM 5 mil unidades CIRCULAÇÃO Lençóis Paulista Rua Machado de Assis, nº 36 // Vila Antonieta I // Lençóis Paulista // CEP: 18.682-570 // (14) 3263-6886 // falecom@revistaocomercio.com.br // revistaocomercio.com.br. Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores, portanto, podem corresponder (ou não) à opinião desta revista. Data desta publicação: 27.ABR.18.
L E N ÇÓ I S PAU L I S TA 160 A N O S
05
CANA-DE-AÇÚCAR
C1 Divulgação
DO AÇÚCAR AO ÁLCOOL
06
A B R .18
CANA-DE-AÇÚCAR
Após perder espaço para o ouro e o café no século 18, cana-de-açúcar voltou a assumir o protagonismo na economia brasileira
C1
Da redação
O
Nesses locais, os engenhos se espalharam e obtiveram grande crescimento econômico. Além de contar com um ambiente propício, outros fatores também foram importantes para o sucesso da empreitada açucareira. Com a localização privilegiada dos engenhos, próximo à costa, havia uma óbvia vantagem logística, porque a produção, o escoamento e exportação do produto eram feitos de modo rápido e eficiente. Todas essas vantagens e o crescimento rápido desse ciclo econômico transformaram a cana-de-açúcar no alicerce econômico português nos séculos 16 e 17. Observando o sucesso dos esforços portugueses no comércio do açúcar, a Holanda iniciou uma campanha agressiva para se aproveitar desse comércio. Os holandeses, liderados por Maurício de Nassau, invadiram a colônia em 1630, ocupando a região de Pernambuco, grande produtor e ex-
portador de açúcar. Ali, os holandeses conseguiram permanecer por certo tempo e, enquanto isto, conseguiram acumular experiência no cultivo e na lida com a cana-de-açúcar, até serem expulsos da colônia. Após serem expulsos do Brasil por tropas portuguesas e por indígenas, os holandeses se dedicaram ao cultivo da cana-de-açúcar nas Antilhas, ali se utilizando das técnicas aprendidas, tornando-se um concorrente de peso no mercado do açúcar na Europa. A supremacia holandesa desmancha a economia açucareira brasileira no século 18, abrindo espaço para um novo ciclo econômico brasileiro, que se inicia com a descoberta de ouro na região das Minas Gerais. Mais tarde, o café assumiu o protagonismo, que durou cerca de 40 anos. Logo, a cana novamente tomou o seu lugar na economia local e se consolidou como principal cultura do país.
C1 Divulgação
ciclo da cana-de-açúcar representa para a história econômica brasileira o segundo ciclo econômico de grande importância, dirigindo os rumos da economia brasileira e portuguesa durante os séculos 16 a 18. Também quanto à colonização, esse cultivo foi extremamente importante, uma vez que estimulou o povoamento da colônia e a ocupação de seu vasto litoral. O cultivo da cana-de-açúcar se deu por várias razões favoráveis. O solo do litoral brasileiro é formado por uma composição denominada “massapê”. Esse tipo de solo é mais propício para o cultivo da cana-de-açúcar. O clima do Brasil também favorecia a planta, permitindo que se desenvolvesse o cultivo em larga escala. Outro motivo importante que levou os portugueses a adotarem a cana-de-açúcar como carro chefe da economia era o alto valor do produto final da cana, o açúcar, no mercado internacional. Privilégio das classes mais altas da Europa, o açúcar possibilitava à ainda iniciante economia brasileira uma grande margem de lucros na exportação para o mercado externo, principalmente europeu. Originário da Ilha da Madeira, território português, o cultivo da cana era praticado por Portugal já há tempos antes de ser trazido ao Brasil. Foi Martim Afonso de Souza que trouxe ao país as primeiras mudas de cana-de-açúcar para experimentar cultivá-la aqui, seguindo o preceito de Pero Vaz de Caminha, que dizia que “aqui se plantando, tudo dá”. O cultivo se iniciou em São Vicente, em 1533, quando o primeiro engenho foi montado. Logo se percebeu o sucesso do cultivo, a boa adaptação da planta ao ambiente brasileiro e o modelo de exploração da cana-de-açúcar se espalhou pelo litoral brasileiro. O pioneirismo coube ao Nordeste, principalmente às regiões de Pernambuco e Bahia.
L E N ÇÓ I S PAU L I S TA 160 A N O S
07
CAFÉ C1
Da Redação
A
O OURO BRASILEIRO
C1 Divulgação
Durante quase 40 anos, café foi considerado peça-chave para o estado de São Paulo rumo ao desenvolvimento
cultura do café constituiu, no período da República Velha, sobretudo na fase conhecida como “república dos oligarcas” (18941930), o principal motor da economia brasileira. Esse produto liderava a exportação na época, seguido da borracha, do açúcar e outros insumos. O estado de São Paulo, em especial o interior, capitaneava a produção de café neste período e também determinava as diretrizes do cenário político da época. Desde a segunda metade do século 19, ainda na época do Segundo Império, a imigração de estrangeiros, sobretudo europeus, foi fomentada pelo governo brasileiro. O motivo de tal fomento era a necessidade de mão de obra livre e qualificada para o trabalho nas lavouras de café. Haja vista que, gradualmente, a mão de obra escrava, que era utilizada até então, tornou-se objeto de densa crítica e pressão por parte de grupos políticos abolicionistas e republicanos. Em 1888, efetivou-se a abolição da escravidão e, no ano seguinte, realizou-se a Proclamação da República, fatos que intensificaram a imigração e também a permanência dos imigrantes nas terras trabalhadas, tornando-se colonos. Após o término da Primeira Guerra Mundial, em 1918, uma nova onda migratória se dirigiu ao Brasil. Nessa época, a economia cafeeira se transformou em um complexo econômico com várias extensões. Os imigrantes que vinham à procura de trabalho nas lavouras de café acabavam, muitas vezes, deslocando-se para os núcleos urbanos que começavam a despontar nessa época. O processo de urbanização de São Paulo se desenvolveu, em linhas gerais, para facilitar a distribuição e o escoamento do café, que era direcionado à exportação. A ampliação das linhas férreas que ocorreu neste período, por exemplo, foi planejada para tornar mais fluido esse processo. O ciclo cafeeiro foi vantajoso para o Brasil, já que o país tinha a maior disponibilidade em ofertar o grão e seus derivados para outras nações em todo o planeta, podendo assim ter autonomia no controle dos preços e no estilo de como se portar diante da economia global. No entanto, a comercialização do café brasileiro era essencialmente dependente do crescimento da população das nações que importavam o grão do Brasil, sobretudo os europeus. De tal modo que a demanda passou a figurar menor que a oferta do café, o que fez com que começasse a cair o preço do grão. Em 1929, a crise econômica americana, também conhecida como “Grande Depressão”, acabou ainda mais influenciando negativamente na economia do café brasileiro, causando queda nos preços e estoque abundante do produto, o que gerou um blecaute na economia cafeeira do período.
08
A B R .18
AUTO MECÂNICA MALAGI C1
Beatriz Vieira
S
37 ANOS PARTICIPANDO DA HISTÓRIA Com dedicação e qualidade nos serviços prestados, Auto Mecânica Malagi faz parte dos 160 anos da nossa cidade
C1 Revista O Comércio
ão 37 anos de portas abertas ao mercado, trabalhando com excelência, evolução e apoio ao desenvolvimento da cidade. É claro, não foi (e não é) uma tarefa fácil, principalmente devido à crescente concorrência. Mas a Auto Mecânica Malagi superou os obstáculos. José Antônio Malagi, proprietário da Auto Mecânica Malagi e empreendedor nato, sabe bem disso. Malagi, como é conhecido, conta que o início da oficina foi em um prédio bem simples e pequeno. “Fomos construindo nosso prédio devagar, sempre com os pés no chão. E tudo o que temos hoje é fruto de um trabalho sincero e honesto. É fazendo o que gostamos que conseguimos chegar onde buscamos. Só o trabalho possibilita conquistas, e é a dedicação que nos faz chegar onde queremos”. Foi com esse trabalho honesto que Ma-
lagi conquistou uma grande clientela. Prova disso é ver oficina sempre cheia de veículos, com alta demanda e prazo de entrega eficiente e ágil. A Auto Mecânica Malagi é um estabelecimento que faz parte da história de Lençóis Paulista e também do povo lençoense, pois gera empregos e renda às famílias e ao município. A valorização dos clientes é outra peça chave para esse sucesso, já que são eles os maiores capitais da empresa. É difícil, na cidade, algum lençoense não conhecer a empresa ou o proprietário da Auto Mecânica Malagi. Além da parte de mecânica, a empresa também faz serviços de autopeças e retífica de motores. Sem dúvida alguma, a Auto Mecânica Malagi é uma empresa importantíssima para Lençóis Paulista e que participa ativamente do desenvolvimento do comércio lençoense e também da vida de muitos cidadãos.
L E N ÇÓ I S PAU L I S TA 160 A N O S
09
DJ ELETROMECÂNICA C1
C2
UM NOVO CONCEITO EM ELETROMECÂNICA
DJ Eletromecânica influenciou o desenvolvimento de Lençóis Paulista através do desenvolvimento técnico e da geração de emprego e renda Beatriz Vieira
A
C1 Divulgação // C2 Cíntia Fotografias
DJ Eletromecânica surgiu em 2001, quando o pai de Alex Turco, que tinha mais de 30 anos de experiência no ramo de manutenção de motores elétricos industriais, decidiu ter o próprio negócio. “Escolhemos um ponto estratégico onde podemos atender grandes empresas em um raio de 150 quilômetros”. A partir da sua fundação, a DJ Eletromecânica não parou mais de crescer e se desenvolver. “Além da manutenção de motores elétricos, hoje temos elétrica industrial, montagens, projeto da CPFL, manutenção de drives (inversores de frequência
e soft-startes) no setor Eletrônica, Projetos e Execução de Eficiência Energética”. Em maio desse ano, será inaugurado um novo conceito em loja de materiais elétricos (principalmente produtos WEG). “Somos assistência técnica/revenda autorizada WEG e certificados NBR IEC 6007919, norma para manutenção em motores à prova de explosão”. A empresa também é certificada pela ISO 9001-2008”. A DJ Eletromecânica influenciou o desenvolvimento de Lençóis Paulista através do desenvolvimento técnico, geração de emprego e renda, criação de novo conceito de negócio e também na audácia pela construção de uma loja de primeiro mundo. “Temos atendimento de qualidade, respeito ao meio ambiente e responsabilidade social. Além de gerarmos renda e todos os outros pontos já citados, levamos aos nossos clientes externos a estrutura e a qualidade de vida que a cidade nos proporciona”. Ter um jovem na direção de uma empresa significa ter uma visão de futuro diferenciada, estar antenado nas novas tecnologias e oferecer muito mais do que é comumente visto. Para isso, a DJ Eletromecânica está sempre pensando em Lençóis Paulista, levando o nome da cidade para a região.
10
A B R .18
JAÚ SERVE
SERVINDO LENÇÓIS Jaú Serve conta com duas lojas na cidade e mais de 200 colaboradores, gerando emprego e renda para muitas famílias Beatriz Vieira
O
C1 fotos Divulgação
Supermercados Jaú Serve começou suas atividades em 10 de outubro de 1964, na cidade de Jaú, sendo a pioneira na região no ramo de supermercado. A primeira loja tinha 400 metros quadrados, três checkouts, três máquinas registradoras e 15 funcionários. Hoje, a rede possui mais de quatro mil colaboradores em suas mais de 30 lojas: Araras, Araraquara, Avaré, Barra Bonita, Botucatu, Descalvado, Ibitinga, Jaú, Leme, Lençóis Paulista, Pederneiras, Piracicaba, Pirassununga, São Carlos e São Manuel. O supermercado também negocia cerca de 13 mil itens dos mais diversos gêneros para atender as necessidades de seus clientes. E tudo começou com João Sanzovo, comerciante por profissão que decidiu montar o seu próprio armazém na década de 1950. A empreitada ganha o apoio dos filhos e genro do empresário, adquirindo experiência para montar o projeto da primeira loja do Supermercado Jaú Serve. Decorridos seis anos da inauguração de sua primeira loja na cidade de Jaú, a empresa já tinha três lojas abertas. E em 1º de agosto de 1970, ocorreu a inauguração da quarta loja da rede Jaú Serve, e primeira loja na cidade de Lençóis Paulista, com o nome fantasia de Lençóis Serve, inicialmente localizada na Avenida 25 de Janeiro, onde atualmente fica a revenda da Honda Motos. Nove anos depois, a empresa compra o prédio onde funcionava a antiga Cooperativa de Consumo de Lençóis Paulista, reforma e transfere
sua unidade para esse local, no fim do ano de 1979, com modernas instalações, onde atendeu até novembro de 1999. No dia 4 de novembro, o Jaú Serve se muda ao seu endereço atual, também na Avenida 25 de Janeiro, na região central de Lençóis Paulista. Em novembro de 2017, o Supermercados Jaú Serve inaugurou a sua segunda loja em Lençóis Paulista, a 33ª da rede. É um conceito de supermercado nunca visto na cidade em uma sede ampla, com muitos colaboradores, horário de atendimento diferenciado, galeria de lojas e prestadores de serviço. Tudo para facilitar a vida daquele cidadão que procura o mercado. A nova sede tem um estacionamento para mais de 200 carros e acomoda e conta com vários terminais de caixa e o caixa rápido, onde o próprio cliente passa a sua compra e facilita a sua vida, se libertando da fila. Para a empresa, é uma grande alegria e realização participar ativamente da economia de Lençóis Paulista, podendo atender milhares de clientes do município e da região. A missão da empresa é promover a melhor experiência de compra e no atendimento às necessidades dos consumidores, através da venda de produtos e prestação de serviços. Tem a visão de ser referências no varejo, gerando rentabilidade e soluções, para todos os públicos aos quais se relaciona. O Supermercados Jaú Serve tem como valores: ética, respeito, transparência, segurança alimentar, crescimento com inclusão social e sustentabilidade.
L E N ÇÓ I S PAU L I S TA 160 A N O S
11
LPNET C1
INOVAÇÃO EM TECNOLOGIA Beatriz Vieira
A
LPNet é um provedor de internet que abriu suas portas em 2000, e quase de imediato já oferecia acesso wireless em Lençóis Paulista. Sonhando em ter uma empresa no segmento tecnológico, Paulo de Tarso procurou os amigos Marco Aurélio e Rodrigo Silveira e propôs a sociedade. Após muitos estudos, os três perceberam uma carência na cidade quando o assunto era internet. Com uma tecnologia pioneira no interior do estado, a LPNet rapidamente expandiu sua rede de internet para várias cidades da região, como Macatuba, São Manuel, Botucatu, Bauru e Barra Bonita. Além dos mecanismos de ponta, é a primeira empresa do interior do Estado de São Paulo a firmar parceria com o Google, que hospeda seus servidores de conteúdo, conhecidos como Google Global Cache, tornando assim o acesso a todo o seu conteúdo muito mais rápido. Atualmente a LPNet Internet Banda Larga está pre-
C1
sente em cerca de 30 cidades e tem uma equipe com mais de 200 colaboradores, preparados para atender e solucionar todos os eventuais problemas com conexão de internet.
Internet Banda Larga - Fibra
C1
A LPNet Internet Banda Larga é uma empresa que constantemente busca aprimoramento de seus serviços e acompanha as tendências inovadoras de mercado. Optou pela fibra por ser uma tecnologia que oferece internet de alta qualidade e velocidade, possibilitando a equipe LPNet prestar clientes um serviço de excelente qualidade, seja no sinal de internet banda larga, telefone ou qualidade de imagem de TV.
Combo - TV - Internet - Telefone
A LPNet Internet Banda Larga viu a oportunidade de crescimento e maior abrangência no mercado, acrescentando ao serviço já prestado outros serviços e utilizando a mesma tecnologia de ponta que é a fibra óptica (internet de alta qualidade e velocidade). Dessa forma, leva ao seu público um excelente serviço de entretenimento aliado aos serviços de telefonia e internet banda larga, que são bens de consumo com a preços competitivos.
C1 Arquivo pessoal - Carlos Edo // C2 Arquivo pessoal - José Lenci
LPNet se tornou referência em provedor de internet; hoje, além da banda larga através de fibra ótica, também conta com telefone e TV por assinatura
C1
12
A B R .18
PROESTE DIVELPA C1
INVESTINDO NO MERCADO Angelo Franchini Neto
Q
uando as histórias pessoais e profissionais se confundem, o resultado não pode ser outro a não ser o sucesso. É o que aconteceu (e ainda acontece) com o empresário José Antonio Foganholi e a rede de concessionárias Proeste. E pensar que tudo começou com um carro Corcel laranja, ano 1971. “A minha família sempre foi muito humilde. Meu pai era trabalhador braçal e minha mãe estava doente na época, por isso eu precisava ajudar em casa. Vendia alface e almeirão que eu mesmo plantava no fundo de casa, pegava sucata na rua e revendia”. Ao se casar com 17 anos, as dificuldades continuaram. “Em certo momento, fiquei desempregado e praticamente não tínhamos o que comer dentro de casa. Então, decidi vender o Corcel laranja e, com o dinheiro, paguei minha conta no antigo Supermercado Ubirama e fiz uma bela compra”. Assim que saiu do supermercado, Pardal foi surpreendido por um rapaz, que ofereceu
a ele um Corcel, ano 1973. “Decidi fazer negócio, mesmo com certo receio”. O dinheiro utlizado foi o que sobrou da compra realizada no mercado. “A partir daí me veio uma luz de Deus que disse que meu negócio seria esse, vender e comprar carros”. Em 1978, Pardal abriu a primeira loja de automóveis de Lençóis Paulista. “O ponto era muito ruim, na terra mesmo, com uma cobertura de Brasilit e eucalipto”. Em 1989, nasceu a Credcar Multimarcas, conhecida como Estacionamento Pardal. Pouco depois, em 1993, o empresário daria um grande passo com a compra da concessionária Proeste de Piraju. Com trabalho e determinação, os negócios cresceram, e, em 1996, veio a compra da Credcar Multimarcas, em Ourinhos. No ano de
1997, foi a vez da Divelpa, de Lençóis Paulista, entrar para o grupo, seguida, em 1998, pelo Consórcio Nacional Proeste Divelpa. Hoje, a rede Proeste Chevrolet tem lojas em importantes cidades do interior paulista: além da loja em Lençóis Paulista, está situada em Adamantina, Avaré, Botucatu, Dracena, Piraju, São Manuel e Tupã. “Em 2016, fizemos a maior loucura do Grupo Proeste. Entramos na Nissan e na Renault em oito concessionárias de uma única vez. Um ato de muita coragem, pois não conhecíamos como funcionava essas montadoras”. Hoje, são 17 lojas que geram 650 empregos diretos. “Eu olho para tudo isso e me sinto tranquilo, em paz, pois nada me faz a cabeça. Trabalho 16 horas por dia e não me acomodo. Talvez esse seja o segredo para o sucesso”, finaliza.
C1 fotos Cíntia Fotografias
Capitaneado pelo empresário Pardal, Grupo Proeste desbravou fronteiras e se tornou referência na venda de carros
L E N ÇÓ I S PAU L I S TA 160 A N O S
13
RESTAURANTE BOM GOSTO
Comerciantes e comerciários de Lençóis Paulista e região se reúnem no Restaurante Bom Gosto, que fica no coração da cidade
Beatriz Vieira
O
ramo alimentício exige cuidados, dedicação e comprometimento. E são essas palavras que movem os trabalhos no Restaurante Bom Gosto, que conta com o comando do empresário André José Diegoli. Ele lembra que o estabelecimento surgiu com o seu pai, há mais de 23 anos. “Durante todo esse tempo, ele fez várias reformas e adequações para chegar ao restaurante de hoje”. Desde o início a proposta foi levar qualidade à mesa dos clientes, atendendo às necessidades de cada um no dia a dia. “Estamos no centro da cidade, atendendo comerciantes e comerciários que não têm tempo de ir para casa e preparar a própria comida”. Para isso, sempre disponibilizou marmitex e self service por quilo. “Assim que assumi o restaurante, implantamos os pratos feitos e as marmitex para a família. Somos o primeiro restaurante de Lençóis Paulista a oferecer todos os dias mais de 20 tipos de marmitex, com carne de panela até a picanha. Além do prato do dia, que conta com opções diferentes diariamente”. No self service, as opções vão desde o famoso grelhado de altíssima qualidade, passando pela completa mesa de frios e chegando a deliciosas massas. A proposta é tornar o restaurante um lugar para a família lençoense e, para isso, André estendeu o horário de funcionamento. “O restaurante sempre teve uma característica comercial e impessoal. Era algo natural, o pessoal vinha para cá devido ao ambiente, facilidade e rapidez. Agora, eu quero que o Bom Gosto tenha uma cara mais familiar, com clientes mais assíduos”. Novidades estão por vir, segundo o empresário. O Restaurante Bom Gosto é um restaurante muito conhecido na cidade, com garantia de qualidade nos alimentos. Um espaço importante para o desenvolvimento da cidade e que reúne comerciantes e comerciários de Lençóis Paulista. Está localizado na rua principal de comércio lençoense, o que facilita para a população e para todos aqueles que trabalham nas lojas do Centro.
C1 Revista O Comércio
UMA BOA ALIMENTAÇÃO
14
A B R .18
SANTA CLARA C1
TRABALHANDO PELA CIDADE Além de gerar emprego e renda, Santa Clara Materiais Elétricos se orgulha em ter participado ativamente da expansão de grandes empresas de Lençóis Paulista
C2
Angelo Franchini Neto
T
udo começou há 30 anos quando, na época, Claudio Carrilho Dutra era apenas um jovem sonhador. Ele pensou em cursar Medicina Veterinária, mas logo os planos mudaram. “Sempre trabalhei no sitio, criando galinha e porco, mas decidi mesmo cursar Engenharia Elétrica, no Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná, em Curitiba. Após se formar, cursou pós-graduação em Operação e Gerência Alcooleira pelo Proálcool, em Lorena. Trabalhou em um engenho durante seis meses e, logo em seguida, atuou em construções como servente de pedreiro. Foi nesse momento que Cláudio percebeu uma lacuna no comércio de materiais elétricos em Lençóis Paulista. Nascia a Santa Clara Materiais Elétricos. “A loja começou aqui mesmo (Avenida Brasil), em uma portinha pequena”. Não demorou muito para que o negócio prosperasse, principalmente diante dos produtos e serviços de qualidade oferecidos. “Tive a oportunidade de comprar, 15 anos mais tarde, um terreno no barranco ali beirando
L E N ÇÓ I S PAU L I S TA 160 A N O S
a rodovia Osni Mateus”. Era a segunda loja começando a tomar corpo. Cláudio continua participando ativamente do dia a dia da Santa Clara Materiais Elétricos, mas boa parte do trabalho se concentra nas mãos dos filhos Júlio, Tarsila e Marcus Vinícius. “Eles começaram a tomar conta da loja e, atualmente, sou responsável por coletas e entregas, pois prefiro viajar. Considero que somos uma espé-
cie de Pronto Socorro do pessoal que precisa de materiais elétricos com urgência”. Além de gerar empregos (22, para ser mais preciso, fora os serviços terceirizados) e renda, a Santa Clara Materiais Elétricos também participou e ainda participa ativamente da expansão de grandes empresas da cidade, através da manutenção preventiva e de serviços em geral. “Sempre com materiais de qualidade e atendimento campeão”.
15
ACILPA
O COMÉRCIO E A INDÚSTRIA EM BOAS MÃOS
Acilpa completa em 2018 45 anos de um trabalho pautado no apoio aos empresários de Lençóis Paulista C2
C1
C1
C2
Angelo Franchini Neto
L
a Acilpa passou a oferecer uma série de serviços. Inicialmente, o carro-chefe foram as consultas ao SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), que garantiram aos empresários confiança nas vendas em produtos e serviços. Atualmente, a Acilpa oferece uma série de produtos e serviços, atendimento personalizado, auditório para realização de cursos e eventos, que também é utilizado pelos associados, e consultoria para as novas empresas e também para quem já está estabelecido no mercado, sendo uma das entidades de classe mais atuantes na região Centro-Oeste. “A Acilpa, que em 2018 comemora 45 anos de sua fundação, é uma das institui-
ções que sempre apoiou e ajudou a garantir o desenvolvimento de Lençóis Paulista, atuando para melhorar o comércio, os serviços e a nossa indústria”, ressalta o presidente da Associação Comercial, José Antonio Silva, o Neno.
Uma vida pela associação
Há mais de duas décadas, Ana Lúcia Vieira aceitou o desafio de gerenciar a Acilpa. Ao longo de 23 anos, emprestou sua experiência e também aprendeu muito ao lado de presidentes e funcionários da Acilpa. Para ela, que conhece bem a associação, o grande desafio é fazer os empreendedores entenderem a força e a importância da união. “O nosso objetivo é mostrar para o empresário que somos uma entidade forte, que está aqui para representá-lo, seja em âmbito municipal, estadual ou federal”.
C1 fotos Revista O Comércio // C2 fotos Espaço Cultural Cidade do Livro
ençóis Paulista comemora 160 anos no próximo dia 28 de abril, sendo um município considerado agraciado por sua infraestrutura e condição econômica privilegiada. Apoiando o desenvolvimento, sempre estiveram associações de classe, lutando por direitos, garantindo a competitividade e preparando os empresários para novos desafios. Entre elas está a Acilpa (Associação Comercial e Industrial de Lençóis Paulista), que foi fundada em outubro de 1973, quando um grupo de empresários se uniu para fortalecer o comércio e diversificar a atividade econômica. Na década de 1980, surgiram as primeiras campanhas de fidelização do cliente e fomento das vendas, principalmente nas compras de Natal, para fortalecer a praça comercial frente à concorrência do polo regional, Bauru. Ao longo de mais de quatro décadas,
16
A B R .18
UNIMED
CUIDANDO DO LENÇOENSE
História da Unimed se confunde com o desenvolvimento da área da saúde em Lençóis Angelo Franchini Neto
N
C1 fotos Divulgação
o dia 13 de setembro de 1991, na Rua Piedade, reuniram-se 42 médicos que atuavam nas diversas especialidades. Desde então, o principal objetivo da Unimed é oferecer um atendimento de qualidade à população de Lençóis Paulista e municípios vizinhos. Em agosto de 1997, é inaugurada a sede própria da cooperativa na Rua Pedro Natálio Lorenzetti, com amplas e modernas instalações para melhor atender seus usuários. O atendimento era prestado por 12 funcionários. Demonstrando uma preocupação constante com seus beneficiários, a cooperativa inaugurou, no ano de 2000, a Farmácia Unimed, que já conta com duas unidades nas cidades de Lençóis Paulista e Macatuba, oferecendo me-
dicamentos de qualidade, preços mais acessíveis e boas condições de pagamento. Em 28 de abril de 2001, a Unimed Lençóis Paulista inaugurou o C.M.U. (Centro Médico Unimed), que conta com setor de raio x, amplo centro cirúrgico com aparelhagem médica adequada para realização de pequenas e médias cirurgias. Em janeiro de 2010, a sede administrativa da Unimed Lençóis Paulista mudou-se para a Rua Manoel Amâncio, com intuito de oferecer ao seu beneficiário uma maior comodidade e um melhor atendimento. Hoje, a Unimed Lençóis Paulista reúne cerca de 100 colaboradores. Atualmente, a Unimed conta com mais dois postos de atendimento nas cidades de Macatuba e Areiópolis, com a finalidade de facilitar o acesso de seus usuários, considerando o aumento expressivo de clientes nesses municípios. Além dos serviços médico/hospitalar e exames em geral, é oferecida a contratação opcional do serviço de remoção por ambulância ou UTI móvel. Preocupados com a questão social, a Unimed atua em 11 projetos sociais e de medicina preventiva. Decorridos 26 anos de muito trabalho e respeito aos usuários, a Unimed de Lençóis Paulista alcançou uma posição de destaque no seu ramo de atividade. São cerca de 30 mil beneficiários que acreditam na seriedade desta empresa.
L E N ÇÓ I S PAU L I S TA 160 A N O S
17
ASCANA
ASCANA: TECNOLOGIA DO PLANTIO À COLHEITA DE CANA
Ascana é fundamental para o desenvolvimento de Lençóis Paulista, já que representa plantadores de toda a região Da redação
Q
e instituições governamentais dos três poderes constituídos; manter e disponibilizar a estrutura e os recursos humanos para assistência técnica e social; garantir a fidelidade das informações gerenciais e seu acesso aos associados, usinas e, com prévia autorização, aos demais interessados que fazem parte da cadeia produtiva. Tem como princípios e valores a confiança e respeito mútuo, credibilidade e transparência, profissionalismo, segurança e ética, respeito ao ser humano e ao meio ambiente, respeito às legislações vigentes. Não é novidade que a Ascana é fundamental para o desenvolvimento da cidade. É a associação que possibilita muitos empregos e que trabalha com um dos produtos fundamentais para o evolução e desenvolvimento de Lençóis Paulista, a cana de açúcar. A Ascana sabe de sua importância e sabe que Lençóis Paulista precisa da associação para continuar se desenvolvendo, com as inovações manuais e tecnológicas que a empresa possibilita aos seus trabalhadores.
C1 Divulgação
uem não era nascido em 1959 ou ainda não trabalhava com cana-de-açúcar, dificilmente será capaz de imaginar o que deve ter sido produzir em tempos de extrema escassez tecnológica. Era um desafio de grandes proporções e somente os que lá estavam podem testemunhar o real significado de todas as tecnologias geradas pelas instituições de pesquisa e pela iniciativa privada. Mesmo na mais absoluta falta de tecnologia, o empreendedorismo, a organização e criatividade garantiram por décadas a solidez da agroindústria açucareira, que se mostrou capaz de resistir às mais profundas crises. Hoje, a colheita mecanizada trouxe um novo olhar para o canavial já que a tecnologia de ponta é parte integrante de todos os equipamentos, do plantio a colheita. Como em tantas outras atividades, organizar-se em associações era imprescindível para sobreviver. A Ascana foi constituída em julho de 1959, com o objetivo de representar
e defender os interesses de seus associados junto às usinas, empresas, entidades de classe e instituições governamentais. A associação veio com o propósito de intensificar o relacionamento com as empresas fornecedoras e instituições de pesquisa para proporcionar aos associados o acesso às mais modernas tecnologias. A Ascana é uma das associações que integra a Organização dos Plantadores de Cana, a Orplana, entidade que representa os produtores de cana-de-açúcar no plano nacional e internacional. A Ascana é responsável pelo mapeamento e cadastro de todas as áreas cultivadas com cana-de-açúcar dos seus associados. É hoje um referencial técnico para seus associados, buscando inovação e disseminando tecnologias fundamentadas na sustentabilidade do setor sucroenergético. A empresa tem como missão representar os associados e defender seus interesses junto às usinas e demais empresas, bem como entidades de classe, federações
18
A B R .18
GRUPO LWART C1
C1
DÉCADAS DE SUCESSO A
ntes de surgir o Grupo Lwart, a família Trecenti já mostrava o seu lado empreendedor. Em 1952, com recursos vindos do trabalho de um armazém da família e o apoio do pai, os irmãos fundaram a Trecenti Indústria e Comércio Ltda, onde fabricavam portas e janelas e forneciam mão de obra para a construção das destilarias de açúcar e álcool da região. Depois, os irmãos produziriam equipamentos agrícolas, carrocerias e carretas para transporte de cana. O irmão mais velho, Luiz, já tinha o sonho de criar uma marca com as iniciais dos nomes dos irmãos. E então surgiu a ideia da marca Lwart. Com a evolução dos trabalhos como empreendedores, os irmãos já atendiam clientes em outros estados do país e foi em uma viagem de negócios que conheceram a atividade que deu origem a Lwart Lubrificantes, primeira empresa do Grupo: a coleta
Construído por lençoenses, Grupo Lwart se tornou a maior empresa de rerrefino de óleo da América Latina
e o rerrefino de óleos lubrificantes usados. A própria oficina da família construiu os equipamentos da primeira fábrica, chamada hoje carinhosamente de “Lwartinha”. Com os anos, a empresa se desenvolveu e foi fundamental para o desenvolvimento da cidade. A Lwart emprega centenas de cidadãos lençoenses e de cidades vizinhas. Até 2014, o Grupo Lwart contava com a Lwart Química, que foi vendida para a empresa suíça Grupo Sika. Hoje, o grupo foca suas energias na Lwart Lubrificantes e Lwarcel Celulose.
Lwart Lubrificantes
Foi fundada em 1975 e tinha uma capacidade inicial para processar 80 mil litros por mês com apenas um coletor. Com o aumento da demanda, era preciso mais recursos para ampliação da capacidade de produção. Em 1976, aconteceu a construção do prédio em que a empresa está situada. A Lwart Lubrificantes conta com 15
centros de coleta, frota própria com mais de 320 veículos para atender a todo o país e duas unidades de rerrefino, com capacidade para processar 250 milhões de litros por ano de óleo usado. Isso leva a Lwart a ser a maior rerrefinadora da América Latina.
Lwarcel Celulose
Analisando o potencial do município, os irmãos do Grupo Lwart identificaram a disponibilidade de florestas plantadas como potencial para um novo empreendimento. As obras da Lwarcel começaram em 1984, e em 1986 a fábrica passou a funcionar produzindo celulose de pinus não-braqueada. A partir de 1989, iniciou a produção de celulose por meio do eucalipto. Os anos passaram e em 2006 e 2008, a Lwarcel obteve grandes conquistas que confirmaram sua atuação sustentável: a Certificação FSC para o manejo florestal e a cadeia de custódia e, em 2008, a certificação ISO 14001 e 9001 para o processo industrial.
C1 fotos Divulgação
Com perseverança e visão de mercado, Grupo Lwart provou que a joia mais rara de Lençóis Paulista é o seu povo
Beatriz Vieira
L E N ÇÓ I S PAU L I S TA 160 A N O S
19
LUTEPEL
DA PAPELARIA À FÁBRICA DE PAPEL
Conheça a história da Lutepel, uma das grandes empresas que fazem de Lençóis Paulista uma cidade pujante economicamente Angelo Franchini Neto
O
No começo da década de 1980, Martins Coube e Benedicto abriram a sociedade da Tibrapel para a entrada dos irmãos fundadores da petroquímica lençoense. Nesse período, os novos sócios estavam diversificando os interesses da recém fundada petroquímica do grupo e já demonstravam grande interesse em investir no ramo de celulose e papel. Benedicto foi um exímio conhecedor do setor papeleiro, tanto que um dos irmãos que fundaram
C1 fotos Acervo Histórico da Lutepel Indústria e Comércio de Papel
ciclo da indústria papeleira em Lençóis Paulista começa em 1958, com a pequena fábrica de papel Rosana, que recuperava papéis através do processo de reciclagem. Na década de 1960, Benedicto Barbosa se tornou gerente de aquisições do grupo Tilibra, que vinha em uma acentuada e vertiginosa expansão no ramo tipográfico no Brasil. Quando João Batista Martins Coube decidiu expandir seu ramo tipográfico e partir para a produção de papel, Benedicto foi destinado a Lençóis Paulista para adquirir e incorporar, ao grupo Tilibra, a pequena fábrica de papéis Rosana, que passou a ser denominada de Tibrapel – Tilibra Comércio e Indústria de Papel Ltda. Em 1966, Martins Coube e Benedicto mudam de endereço e constroem, para época, uma fábrica moderna de fabricação de embalagens de papel. A indústria erguida por Martins Coube em Lençóis Paulista, em sociedade com Benedicto, era o começo de uma indústria, que, anos depois, viria a ser uma das maiores do Brasil no ramo.
a petroquímica lençoense teria ventilado a ele a intensão de construir uma fábrica de celulose e papel em Lençóis Paulista, uma vez que a família já tinha negócios no setor florestal, incentivado por Francisco Bertolani (ex-diretor da CAFMA-Freudenberg). Entre 1985 e 1986, a Tibrapel foi vendida ao grupo Sengés Papel e Celulose. Na época, a empresa paranaense queria expandir e diversificar suas linhas de produção, principalmente no estado de São Paulo. Após a aquisição pela empresa do Paraná, o empreendimento passou a ter outra marca empresarial até os dias atuais. Em 1996, a indústria de papel foi adquirida pelas famílias Correia Lima, Pontes e Grecca. Na época com 55 funcionários, apenas uma máquina em funcionamento e produção 5 mil toneladas/ano, o papel fabricado era composto de matérias primas recicláveis. Atualmente, a Lutepel é composta por um quadro de 202 funcionários, com três máquinas de produção de papel e duas super calandras, além de uma linha de conversão com maquinários importados, atrelados à tecnologia de ponta. Capacidade atual de produção: 50 mil toneladas/ano.
20
A B R .18
SAFRA SUL ALIMENTOS C1
O SEGREDO DO SUCESSO
C1
Angelo Franchini Neto
A
história da Safra Sul Alimentos começa em 1979, com a família de Daniel Teodoro Ferreira, oriunda da região de Fartura. Teve suas atividades iniciadas após fixarem residência em Lençóis Paulista, onde começaram a exercer atividades no ramo do agronegócio, inicialmente com o nome de “Cerealista Ferreira Filho”. Na época, a empresa comprava e vendia batata, cebola, alho e feijão, sem o processo de beneficiamento, ou seja, os produtos eram comercializados da forma graneleira (ensacados). Com a evolução dos negócios na região de Lençóis Paulista, a cerealista viu a oportunidade de expansão e passou a beneficiar os produtos que já comercializava e
C1
então, cria dois novos produtos que mudariam a sua história: o Feijão Ubirama e o Arroz Safra Sul Premium. Os dois novos produtos são um sucesso e a empresa agrega mais tecnologia para adquirir cada vez mais qualidade no arroz com feijão que chega à mesa dos consumidores. Hoje, a Safra Sul tem 50 colaboradores e vende seus produtos em praticamente todo o interior do estado de São Paulo. São cerca de 12 milhões de quilos de arroz e 3,6 milhões de quilos de feijão por ano. A empresa está em franco crescimento. Prova disso é a aquisição de uma área de 4 mil metros quadrados para a construção da nova unidade de feijão, com máquinas ainda mais modernas. Lá será possível produzir 300% mais feijão do que nos dias atuais, gerando ainda mais emprego e renda para a cidade.
O segredo do arroz
também introduziu o arroz em seu mix. Em 1986, foi comprada uma das primeiras máquinas de industrializar arroz da região. O feijão levava a marca “Campeão”, e o arroz, “Campeão Sul”. Passados alguns anos com a empresa já bem estruturada, Daniel Ferreira, proprietário na época, teve a ideia que, futuramente, seria e foi sucesso até hoje: criar uma linha de arroz e feijão “Premium”, ou seja, produtos diferenciados. A empresa,
Existem quatro etapas a serem cumpridas para chegar à qualidade do Arroz Safra Sul. Primeiro é a escolha da semente certa. Existem várias sementes de arroz, mas a Safra Sul usa apenas uma, a melhor de rendimento de panela. A segunda fase é compra do arroz no estado do Rio Grande do Sul, onde se tem o melhor clima do mundo para o cultivo e boa qualidade. A terceira etapa é deixar o arroz que vai ser embalado no pacote Safra Sul descansar por um ano dentro dos silos, para que esse arroz possa render mais e ficar mais soltinho na panela (até o sabor melhora). O quarto e último processo é a separação somente dos grãos inteiros, graúdos, devido ao processo de beneficiamento totalmente automatizado, selecionando eletronicamente com o que há de melhor.
C1 fotos Divulgação
Investir no negócio pensando no futuro: é dessa forma que a Safra Sul Alimentos cresceu e se desenvolveu no mercado
C1
L E N ÇÓ I S PAU L I S TA 160 A N O S
21
ZILOR
POTÊNCIA SUCROENERGÉTICA Angelo Franchini Neto
T
ransformar a cana-de-açúcar em alimentos e energia limpa, com respeito ao meio ambiente e às comunidades onde atua. É assim que a Zilor Energia e Alimentos vem construindo sua história, produzindo e gerando empregos, conhecimento, oportunidades e bem-estar. A história de sucesso da Zilor começa a ser desenhada no final da década de 1930, quando as famílias italianas Zillo e Lorenzetti se unem para a criação da Zillo, Lorenzetti e Cia. Ltda, responsável pela aguardente produzida na Usina São José e comercializada para todo o interior paulista até o ano de 1945. Nos anos seguintes, contudo, com a industrialização de Lençóis Paulista e a expansão do setor sucroalcooleiro na região, a empresa direciona seus negócios para a produção de açúcar mascavo, com o processamento da 1ª safra de cana-de-açúcar nas unidades São José, em 1946, e Barra Grande, em 1947. Os anos passaram, e a Zilor só cresceu. Em 2003, surge a Biorigin, unidade de negócios especializada em biotecnologia. Por meio dela, a Zilor se projeta internacionalmente,
quando adquire em 2008 a PTX Food, nos Estados Unidos, e a Immunocorp Animal Health, na Noruega. Nesse mesmo ano, foi a 1ª empresa do setor a lançar o Relatório de Sustentabilidade, seguindo padrões adotados internacionalmente que comprovam as boas práticas ambientais. Nos dias de hoje, são mais de 10 milhões de toneladas processadas nas du-
as usinas e na unidade de Quatá, adquirida em 1981. Toda produção de açúcar e etanol é comercializada pela Copersucar, maior empresa brasileira do setor e uma das principais exportadoras do país, cuja Zilor é acionista; isso faz com que toda a cadeia produtiva seja acompanhada desde o início, incluindo etapas de armazenamento, transporte e comercialização, garantindo alimentos mais saudáveis e com base sustentável. Multinacional do ramo de energia e alimentos e referência no setor sucroenergético, a Zilor emprega hoje mais de 3 mil colaboradores, tendo se tornado uma das maiores produtoras do país de etanol, açúcar e energia limpa e renovável a partir da queima do bagaço da cana, sendo assim um processo limpo, autossustentável e com a utilização de 100% de uma matéria-prima orgânica.
C1 Divulgação
Zilor começou como uma pequena empresa de aguardente, mas aos poucos se tornou uma das maiores usinas de açúcar e álcool do Brasil
22
A B R .18