Revista O Comércio - Outubro de 2010

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REVISTA Lençóis Paulista

A serviço da comunidade.

Outubro de 2010

Lençóis Paulista uma economia sustentável

Ações para a geração de emprego e renda surtem efeito e comércio cresce como termômetro da saúde financeira da cidade; Acilpa e Diretoria de Desenvolvimento, Geração de Emprego e Renda comemoram bons resultados. Páginas 3, 4 e 5 Automercado

Siena: um dos populares mais cobiçados da Fiat Páginas 12 e 13

Empresários do Mês

Bugio e Gisele Toledo são os destaques de Outubro Páginas 8 e 9

Índice Opinião ..............................2 Emprego ............................7 Informática ......................11 Moda & Estilo ...................18 Beleza & Estética ..............21 Planeta Sustentável .........24 Voluntariado ....................25 Expovelha ........................31 Edição com 32 páginas Tiragem: 8 mil exemplares Agudos, Lençóis Paulista e Macatuba

Turismo & Lazer

Conheça os Caminhos do Centro-Oeste Paulista Páginas 16 e 17

Ano 1 Edição Nº 1

Moda & Estilo Mariana Campanholi é

A Garota da Capa Páginas 18 e 19


2 Opinião

Lençóis Paulista Outubro de 2010

Artigo

Editorial

Sonhar junto é realizar Demos o primeiro passo. Estamos nas ruas. Queremos passar pela sua porta. Falar com você. Ser de casa. Tornar-nos úteis para sua família. Dividir alguns momentos da sua vida. Com muito respeito, com sua permissão. Circulamos hoje pela primeira vez. Primeira de muitas. E o leitor pode esperar desta equipe, um esforço incansável para ter, sempre, um produto melhor. Nascemos, e como tudo o que nasce requer aprendizagem, vamos aprender com a comunidade. Mas também, vamos usar todas as ferramentas que guardamos na bagagem para fazer direto, para fazer bem feito.

Fizemos, até agora, pelas nossas mãos, porém com o apoio de centenas de pessoas e corações que acreditaram, que sonharam junto, que possibilitaram realizar. Existe uma força que nos move, que nos empurra, que nos obriga a fazer do jeito bom e justo. Vamos, com paciência e seriedade, estreitar relações. Apresentar para a cidade os personagens que dão empregos, que geram renda, que trabalham com afinco pelas suas empresas, principalmente, as micros, pequenas e médias. Você vai conhecer a histórias das pessoas atrás das lojas, dos estabelecimentos. Vamos falar de gente que

teve um sonho, que correu atrás e chegou lá. São tantos exemplos que estão aí, escondidos, desconhecidos, esquecidos. Essa é a proposta da Revista O Comércio, simples e clara: apresentar à comunidade as estrelas que brilham no comércio e serviço, que são exemplos genuínos do que o trabalho sério pode oferecer, mais que isso, conquistar. A Deus pela força de vontade, aos amigos pelo incentivo, aos parceiros pela confiança. Obrigado. Aqui, vamos todos trabalhar com o intuito de não decepcionar. De poder ser, assim como tantos, um exemplo a ser seguido no futuro.

Telefones: (14) 3264-8187 e 3263-6886 - email: ocomercio@revistaocomercio.com.br Editora responsável: Editora Centro Oeste Cristiano Guirado Comunicação - ME. Rua Libero Badaró, nº 546 - Centro - Lençóis Pta. CNPJ: 12.374.239/0001-00 Comercialização e Produção: Bistrô Serviços de Publicidade Ltda. - ME Rua 15 de Novembro, nº 426, sala 1 - Centro - Lençóis Pta. CNPJ: 10.744.028/0001-97 Impressão: Jornal da Cidade de Bauru Editor Chefe e Jornalista responsável: Cristiano Guirado (MTB 44.324) Fotografia: Fernanada Benedetti (MTB 55.117) Direção Geral: Anderson Prado de Lima

Juros, o inimigo oculto Silvio Medeiros é Contabilista e Educador Financeiro

I

númeras vezes nos vemos caindo na mesma cilada do crédito fácil: “Compre agora e pague somente com seu 13º”; “Compre com taxa de juros zero”; “Compre, compre, compre”. E saímos por aí comprando sem qualquer planejamento. Como consumidores que somos, não pensamos em mais nada. Sequer paramos para calcular o quanto o que estamos adquirindo custará de fato no término do pagamento. Levando em conta o fator de comprar um produto a prazo e achar que estamos tendo lucro com isso, esquecemos ainda de que essa parcela comporá nossa despesa mensal. E onde entram os juros nesta história? Ele está ali, oculto, embutido nas parcelas do bem ora adquirido, muitas vezes consumindo grande parte do nosso tão suado dinheiro. O problema é que sabemos disso e mesmo assim não evitamos. Mas porque isso acontece com a maioria dos

brasileiros? Acontece porque somos consumidores imediatistas, queremos tudo na hora, não sabemos esperar. Claro, é muito gostoso sentir o cheiro de carro novo na garagem, com tudo impecável, confortável e brilhante. Contudo, é muito mais prazeroso entrar neste mesmo carro sem a presença indesejada de um carnê robusto no portaluvas, com parcelas ainda mais indesejadas levando nosso dinheiro embora. Mas como evitar isso, em um país onde comprar faz parte da “felicidade” da maioria das pessoas? A resposta para o sonho não virar pesadelo é simples: mudança de comportamento. Quando queremos alguma coisa, lutamos incessantemente por ela, seja o que for, casa, terreno, carro,

viagem etc, não é mesmo? Mas não damos conta do quanto somos apressados e ansiosos em relação a isso. É nessa hora que devemos nos acalmar e partir para quatro perguntas básicas e infalíveis: Eu preciso disso? Se responder sim, vá para a próxima pergunta: Eu tenho dinheiro para comprar? Se sim, vá para a terceira: tem que ser agora? E a última: Esse é o melhor preço que consigo? Se não passou da primeira pergunta, esqueça. Não compre. Essa fórmula evitará fazê-lo pagar juros e o ajudará a fazer uma boa compra, pode ter certeza. Haverá um momento melhor para tal e então compreenderá que se esperar um pouco, dá para conseguir muito mais do que está desejando naquele momento, e melhor ainda, sem pagar juros.


Acontece no Comércio

Lençóis Paulista Outubro de 2010

Foto: divulgação

Acilpa

União que faz

a força Com cerca de 450 associados, Acilpa se fortalece em prol do interesse coletivo; campanha “Trevo da Sorte” agita comércio para as vendas de fim de ano Cristiano Guirado

J

untar forças em torno de um interesse coletivo. Essa é a essência da palavra “associação”. E essa é a missão da Acilpa (Associação Comercial e Industrial de Lençóis Paulista). Em entrevista à Revista O Comércio, o presidente da entidade, José

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Antonio da Silva, o Neno, comemora o crescimento conquistado nos últimos anos, mas garante: ainda não é o suficiente. Segundo ele, a cidade tem cerca de 4,5 mil estabelecimentos, entre comércio, indústria e prestadores de serviço. Desse total, aproximadamente 450 são filiadas à Acilpa. “Ainda

temos muito potencial de crescimento e precisamos conscientizar o empresário sobre a importância de se associar”, afirmou. Neno explica que o associado à Acilpa tem uma série de vantagens. “Temos uma sede própria e uma central de consultas que ajuda o comerciante a fazer vendas mais seguras. O associado pode se utilizar de nosso auditório para algum evento ou treinamento de funcionários, fazer parte da cooperativa de crédito dos empresários, com taxas diferenciadas, e ainda conseguimos treinamentos, cursos e palestras junto ao Sebrae, grátis ou por valores bastante interessantes”, conta. Ainda segundo o presidente da Acilpa, ao associado é possível participar de campanhas conjuntas do comércio em datas festivas. “Às vezes, para o lojista fazer uma

campanha sozinho vai ter um custo muito alto, mas é mais fácil participar de uma campanha em conjunto”, diz. Neno lembra que, na maioria das datas festivas (Natal, Dia das Mães, Dia dos Pais), o comércio de Lençóis Paulista promove ações visando o aumento nas vendas. Ainda durante entrevista à Revista O Comércio, Neno aproveitou para dar os primeiros detalhes da campanha Trevo da Sorte. A campanha ainda não foi anunciada oficialmente, mas o presidente da Acilpa divulga, com exclusividade, as primeiras informações da ação. “Vamos dar quatro caminhões de prêmios, e quem comprar no comércio local vai concorrer a esses prêmios. Não vamos fazer uma ação específica para o Dia das Crianças, mas quem comprar na primeira quinzena de outubro já vai concorrer aos prêmios no Natal”, explica.

Acilpa aposta na união para o fortalecimento da economia local

A Acilpa e o Centro Paula Souza Segundo Neno, outra boa chance que o associado tem é a de interferir nos destinos da cidade. Ele cita a participação da entidade na vinda do Instituto Paula Souza ao município. “Foi uma das nossas grandes conquistas. Sempre que o Paula Souza abre uma nova

unidade, ele busca saber de qual tipo de mão de obra aquela determinada região carece. Participamos da reunião para a implantação dos cursos”, diz. Neno também cita a questão do monitoramento por câmeras de segurança como outra grande conquista da Acilpa.


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Acontece no Comércio

Lençóis Paulista Outubro de 2010

Investindo para gerar emprego e renda Com quase 10 anos de funcionamento, Diretoria de Desenvolvimento, Geração de Emprego e Renda tem portfólio de ações voltadas ao desenvolvimento econômico de Lençóis Paulista Cristiano Guirado

N

a ativa desde 2001, a Diretoria de D e s e nvolv i m e nto, Geração de Emprego e Renda é um dos setores que mais cresce dentro do serviço público municipal. De uma pequena sala no Paço Municipal ao prédio na avenida 25 de Janeiro, uma série de ações e projetos rechearam de resultados o visível crescimento estrutural. Com a missão de promover programas e projetos que estimulem o empreendedorismo, o trabalho da pasta interfere diretamente no aumento do nível de emprego no município. Dois dos projetos mais visíveis são a incubadora de empresas e o distrito empresarial. A incubadora é um ambiente especialmente planejado que apoia projetos através de consultorias que

Qualificando

pessoas

O diretor de Desenvolvimento, Geração de Emprego e Renda, Altair Toniolo, o Rocinha, ressalta que a economia lençoense sempre foi muito boa em qualificação de mão de obra e a formação profissional é uma tradição na cidade. Em entrevista à Revista O Comércio, ele destaca que, nos últimos

facilitem seu desenvolvimento. Sua criação veio com o objetivo de apoiar novos empreendimentos e disponibiliza às micros e pequenas empresas serviços especializados, orientação e infraestrutura técnica, administr ativa e operacional. O distrito empresarial é um dos mecanismos econômicos que mais cresceu em Lençóis Paulista. Nos último nove anos, o local recebeu investimentos pesados para a implantação de infraestrutura, água e esgotos, energia elétrica, telefonia e um acesso facilitado às rodovias. Ainda na linha de incrementar as opções do empreendedor lençoense, a Diretoria de Desenvolvimento, Geração de Emprego e Renda também conseguiu consolidar outros projetos como o PAE (Posto Sebrae de Atendimento ao Empreendedor), em atividade desde outubro de

2006. O PAE é uma parceria entre a prefeitura, o Sebrae, a Acilpa (Associação Comercial e Industrial de Lençóis Paulista), Senai, Ascana (Associação dos Plantadores de Cana do Médio Tietê) e Grupo Lwart. Outro projeto é o Banco do Povo Paulista, programa da Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho do Estado de São Paulo em parceria com os municípios. A unidade em Lençóis Paulista funciona desde junho de 2001. E, por fim, uma célula do PAT (Posto de Atendimento ao Trabalhador), rede de atendimento coordenada pela Secretaria Estadual do Emprego e Relações do Trabalho. Desde 2008, o PAT utiliza o Emprega São Paulo, sistema online de intermediação de mão de obra, encurtando o caminho entre o empregador e as pessoas que buscam vagas no mercado de trabalho.

anos, o Senai e o Centro Municipal de Formação Profissional, ganharam reforços: a construção de uma unidade do Centro Paula Souza e a vinda de uma escola do Sesi. “O poder público não mede esforços para garantir oportunidades”, diz Rocinha. “Temos uma economia diversificada, sustentável e em pleno desenvolvimento. E temos uma preocupação muito grande com os jovens e a busca pelo primeiro emprego. Isso

nos leva a investir sempre em formação profissional”, finaliza. Aliás, as inscrições para o processo seletivo da escola técnica já começaram. Vagas abertas para os cursos Técnico em Comércio e Técnico em Edificações. O exame acontece no dia 21 de novembro. As inscrições vão até o dia 22 de Outubro. Inscrições pelo site www. vestibulinhoetec.com.br. Informações pelo fone (14) 3641 1310 ou 3641 5600.


Acontece no Comércio

Lençóis Paulista Outubro de 2010

NA PLANTA - Maquete da escola Paula Souza, em construção em Lençóis Paulista; investimento em formação profissional

No caminho certo Diretor de Emprego e Renda, Altair Toniolo, o Rocinha, destaca o crescimento econômico do município e aponta o comércio como termômetro dessa evolução Cristiano Guirado

E

m entrevista à Revista O Comércio, o diretor de Desenvolvimento, Geração de Emprego e Renda, Altair Toniolo, o Rocinha, ressaltou o crescimento econômico apresentado por Lençóis Paulista nas últimas décadas, paralelo aos investimentos feitos pelo poder público para promover ações que facilitem o empreendedorismo. Segundo Rocinha, além de acompanhar a demanda cada vez maior por terrenos no Distrito Empresarial e o grande fluxo de projetos que chega à Incubadora de Empresas, o lençoense pode comprovar esse crescimento econômico pelo simples exercício de observação. “Nós desenvolvemos ações que favorecem muitos segmentos e frentes profissionais diferentes, seja com o apoio à indústria e aos prestadores de serviço, seja com programas de formação de mão de obra.

E acredito que o retorno de tudo isso se reflete no comércio”, afirmou. Rocinha explica que o comércio é uma certidão da movimentação da economia em qualquer cidade. “Incentivamos as empresas, que vão produzir mais e vão contratar mais funcionários, mas também, vão precisar de mais prestadores de serviços. Atendendo mais, esses prestadores de serviço também vão crescer e vão contratar mais pessoas para trabalhar”, afirmou. “E tudo isso significa mais gente com a situação financeira estável e em condições de consumir no comércio local. Portanto, se a economia em uma cidade vai bem, o comércio vai bem”, completa. Para ele, o desenvolvimento do comércio de Lençóis Paulista nos últimos anos é a prova física de que as ações para a melhoria dos níveis de emprego e renda estão surtindo efeito. “A gente

vê nosso comércio se modernizar e se diversificar dia após dia. As lojas se reformam, aumentam a capacidade de atendimento, contratam mais pessoas e fazem tudo isso porque existe uma demanda por esse trabalho”, diz Rocinha. “Hoje, Lençóis tem um comércio preparado para atender o consumidor, seja em quantidade, seja em qualidade de produtos”, completa. O diretor também considera que essa evolução do comércio local contribui para diminuir de vez o costume do consumidor lençoense de procurar produtos em outras praças comerciais. “Hoje, o lençoense não precisa mais sair da cidade para comprar qualquer coisa. A cidade deixou de ser emissora de consumidores para outras praças. Pelo contrário, passamos a receber pessoas de outra cidade que procuram a nossa praça comercial para consumir”, finaliza.

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Acontece no Comércio

Lençóis Paulista Outubro de 2010

Criança Feliz foto: divulgação

Com atividades lúdicas, brinquedos educativos e espaço para estudos, Projeto Criança Feliz no Paulista Shopping é uma boa pedida para pais que precisam ir ao centro e não tem onde deixar os filhos

Cristiano Guirado

O

circo itinerante do Projeto Criança Feliz agora tem um ponto fixo. De segunda a sábado, entre 10h e 17h, o educador Cláudio Santos e sua trupe aportam no Paulista Shopping. O objetivo é entreter as crianças em horário comercial, dando uma ajudinha fundamental aos pais que precisam

Diversão e Arte

Projeto Criança Feliz aporta no Paulista Shopping de segunda a sábado das 10h às 17h e oferece jogos e brinquedos educativos para crianças com idade entre três e doze anos realizar alguma atividade no centro da cidade. Assim, é possível cumprir seus compromissos, pagar contas ou fazer compras,

enquanto os filhos estão entretidos em meio a jogos, brinquedos educativos e oficinas lúdicas. O grupo tem um

arsenal de atividades para manter seu filho muito bem ocupado no tempo em que você precisar ficar fora. E as crianças podem

escolher entre os jogos e brinquedos, oficinas de arte ou maquiagem artística. E, se seu filho não estiver em dia com os deveres, o

projeto tem até um espaço destinado para a resolução de tarefas escolares. Tudo isso acompanhado por monitores e orientadores qualificados e experientes no trato com as crianças. O custo para ter essa tranquilidade é baixo: R$ 2 a hora. Mais informações pelos telefones 3263-0469 ou 8122-6268. Contatos pelo e-mail: proj.crianca.feliz@ itelefonica.com.br.


Emprego & Carreira

Lençóis Paulista Outubro de 2010

Emprego

Foto: Fernanda Benedetti

A gangorra do

trabalho

Novas tecnologias puxam demanda por profissionais da internet e da comunicação em geral; profissões antes cobiçadas agora estão em baixa no mercado Cristiano Guirado

C

omo escolher a melhor profissão? Quem ainda não ingressou no mercado de trabalho ou pensa em mudar de carreira, tem que ficar atento às demandas da vida moderna. É claro, sempre existe a opção de tentar a sorte com a profissão que é o sonho da infância, mesmo que seja um mercado saturado ou

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decadente. Para quem prefere não arriscar, o melhor instrumento é a pesquisa. Existe uma infinidade de pesquisas de mercado que indicam quais profissões serão mais solicitadas nos próximos anos e, por outro lado, quais frentes de atuação estarão com o mercado saturado. Segundo o jornal Carreira & Sucesso, basicamente, duas áreas

de atuação são bastante promissoras: tecnologia e meio ambiente. Entre os que trabalham com o verde, a valorização se dá por conta das necessidades cada vez mais claras de se prover um bom tratamento para os resíduos e preservar o ecossistema. Com o aquecimento global e a situação pouco animadora, o mundo tende a precisar, cada vez mais,

de gente trabalhando com o meio ambiente. Os mais solicitados nessa área são o engenheiros agrônomo, florestal e ambiental, biólogo, biotecnólogo e guias de turismo. A crescente demanda por profissionais de tecnologia é um tanto quanto óbvia. A cada dia mais, o mundo respira computadores. Isso puxa para cima a demanda por programadores, bacharéis em informática e em análise de sistemas. A evolução tecnológica faz com que a internet incorpore outras frentes de trabalho, como web design e profissionais das telecomunicações em geral. Na lista de profissões em baixa estão (quem diria) ramos de atuação tradicionalmente cobiçados, como os engenheiros (de qualquer área não relacionada ao meio ambiente), fabricação ou processamento automatizado, medicina e advocacia. Também existe uma relação de profissões estáveis, como os administradores financeiros e de logística, além de comércio exterior.

Meu primeiro emprego “Meu primeiro emprego foi aos 14 anos, como Office Boy do Moretto Materiais para Construção. Eu fazia serviço bancário e tinha bastante serviço. Naquela época não tinha tanta coisa digital e eu vivia pelas ruas de bicicleta, com uma Barra Forte. Fiquei um ano e meio nesse cargo, depois passei a ser vendedor e trabalhei quatro anos como vendedor. Vendia de tudo, do básico ao acabamento, cuidava do atendimento ao cliente e vendia desde o alicerce. Até hoje, é uma área que eu gosto bastante, também sou desenhista e gosto de desenhar fachadas de casa e fazer projetos. Se não estivesse na área de informática, certamente, estaria na arquitetura, ou algo do tipo”. Roberto Maximino é empresário, proprietário da Bit Company e da Mezzanino Informática.


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Empresário do Mês

Lençóis Paulista

Na nova fase, o sonho de infância

João Luiz Boarato

Sonho realizado Empresário do mês de outubro, João Luiz Boarato, o Bugio, conta sua trajetória desde os tempos de entregador de leite, passando pela descoberta profissional da borracharia e a realização do sonho de criança de trabalhar com caminhões Cristiano Guirado

Q

uando era criança, João Luiz Boarato, o Bugio, vibrava quando o pai, caminhoneiro, o levava para alguma viagem. Talvez, desta fase, tenham vindo seus primeiros sonhos profissionais. Algo que a realidade como entregador de leite o fazia esquecer. “Meu primeiro emprego foi aos 10 anos, em 1969, na Leiteria Paulista, que ficava na avenida 25 de Janeiro, perto da Rodoviária”, lembra. “Acordava às 4h30 da manhã, descarregava o caminhão e fazia a entrega a pé. Naquele tempo o leite

vinha em garrafas e eu fazia a entrega em toda a Vila Capoani e no Centro”, completa. Até se encontrar profissionalmente, foram vários empregos, de servente de pedreiro, passando por soldador e até de impressor em uma gráfica da cidade “onde eu ganhei o apelido de Bugio. Todo mundo lá tinha apelido”, relembra. A oportunidade de entrar para o ramo de pneus surgiu quase ao acaso. “Eu estava pintando a Casa Paccola e quase em frente tinha uma revenda da Firestone, a Repebau, de Bauru. E eu vi que tinha uma vaga para trabalhar como

borracheiro. E eu fui. Não sabia nada do trabalho. Só fui aprender lá”, conta. E foi na Repebau que começou a perceber o mercado dos pneus. De borracheiro passou a vendedor, e de vendedor, a gerente local. “A empresa era de Bauru e praticamente todos os funcionários eram de Bauru. Quando eu virei gerente, o movimento aumentou bastante, graças às amizades que eu tinha”, revela. Nessa época resolveu abrir seu próprio negócio. “Eu tinha uma moto e alguns pneus carecas. Vendi a moto, comprei um compressor, mandei

Outubro de 2010

João Luiz Boarato, o Bugio, proprietário da Center Pneus e da Truck Center 295

os pneus para São Paulo e abri uma portinha na rua Ignácio Anselmo. Eu já tinha algumas peças e não pensava em montar mais uma borracharia, eu já queria montar um centro automotivo”, diz. Nascia, em 1987, a Center Pneus. A evolução evidente do negócio o levou da

segunda sede, na Avenida Brasil, até a atual loja na rua Rio Grande do Sul, construída em prédio próprio. “Pulei bastante para chegar até aqui e foram vários barrancos. Mas hoje posso dizer que somos referência na cidade em centro automotivo”, concluiu.

“Sempre tive vontade de trabalhar com caminhões. Meu pai era caminhoneiro e eu cresci entre caminhões. E eu vibrava quando ele me levava em algum serviço. Eu me lembro que, quando tinha 11 anos, fomos buscar os tijolos que seriam usados na construção da rodoviária”, conta João Luiz Boarato, o Bugio. Recentemente, ele pôde, finalmente, dizer que realizou o sonho de trabalhar com caminhões, com a inauguração da Truck Center 295, em parceria com o empresário José Antonio da Silva, o Neno. “Existe uma demanda grande por mais caminhões. Pesquisas indicam que, até 2014, o Brasil vai precisar aumentar sua frota em 260 mil caminhões por mês. Se a frota aumentar 5% em relação aos números de hoje, já não vai ter como atender a todo mundo. É um mercado em expansão”, finaliza.


Empresária do Mês

Lençóis Paulista Outubro de 2010

Gisele Toledo Cristiano Guirado

A

Empresária do Mês da edição de Outubro é Gisele Toledo. Aos 44 anos, mãe e realizada profissionalmente, ela é exemplo para muitas mulheres mais jovens e conta que, desde cedo, nunca se cansou de trabalhar para conquistar as coisas. Os primeiros trabalhos foram na cidade natal de sua família, Piratininga. “Venho de uma família humilde, sempre trabalhei bastante. Eu me lembro de que quando eu tinha uns 10 anos, tinha uma senhora vizinha de casa que fazia roscas e pão para vender. E eu ia ajudá-la a lavar a louça e arrumar a cozinha, para ganhar uma rosca para o café da tarde”, lembra. O primeiro emprego foi aos 13 anos, como secretária de um escritório de advocacia. “Entrei no lugar da minha irmã mais velha, que trabalhava lá e precisou sair. Fiquei só até ele arrumar outra secretária. Ficava só atendendo ao

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Foto: Fernanda Benedetti

Do balé à corretagem Empresária do Mês de Outubro, a corretora de imóveis, Gisele Toledo, conta como trocou o sonho de ser bailarina pelo sucesso no mercado imobiliário; ‘sempre fui uma pessoa batalhadora e com interesse em crescer’, conta telefone”, lembra. Aos 16 anos, veio o trabalho na Portal, uma fábrica de aguardente grande, na época. “A fábrica era em uma fazenda, afastada da cidade. E eu acordava às 5h e andava seis quilômetros todo dia para trabalhar”, conta. Ainda no final da adolescência foi trabalhar em Bauru, onde fez o primeiro curso de formação profissional. “Eu era escriturária no Escritório Contábil Confiança, em Bauru, e a noite, eu fazia o curso técnico de Contabilidade, no Liceu Noroeste. Passava o dia todo fora. Saia de casa logo cedo e só chegava depois da meia noite”, diz. Aos 20

anos, conheceu o marido, o advogado Marcos Toledo e se mudou para Lençóis Paulista. Pouco tempo depois, começou a construir a Toledo Imóveis, o empreendimento que lhe daria a realização profissional. “A cidade só tinha duas imobiliárias na época. Compramos a carteira do Arlindo Torres com 15 imóveis e começamos a trabalhar. Eram imóveis de baixo padrão e valores baixos de aluguel, com os quais as concorrentes não se interessavam em trabalhar porque davam dor de cabeça e pouco lucro”, lembra. “Mas os proprietários foram nossos principais propagandistas. Dava dor de cabeça, mas fizemos nossos nomes. Foi

quando eu resolvi assumir como profissão. Percebi que eu gostava e que era isso que queria para a minha vida”, completa. Hoje, ela se considera realizada profissionalmente. Já são quase oito anos – quatro mandatos consecutivos – como delegada regional do Creci (Conselho Regional dos Corretores de Imóveis). “Mas, ainda, com desafios a cumprir”, acrescenta. “Eu lembro que, no começo, ficávamos fazendo conta de como estaria nosso rendimento quando tivéssemos 50 ou 100 imóveis. Hoje temos mais de 500 e ainda não atingimos nossa meta.”, finaliza.

A delegada regional do Creci, Gisele Toledo

O sonho de bailarina

“Antes de ser corretora de imóveis, o que você queria ser?”, foi a pergunta feita – de forma até despretensiosa – pela equipe de reportagem da Revista O Comércio à corretora imobiliária Gisele Toledo. “Eu queria ser bailarina”, disparou. Explicando a surpreendente resposta, ela conta que, já em Bauru, fez balé por algum tempo e gostou da prática. “Queria ser bailarina ou a dona da academia”, acrescenta. Um sonho que não durou muito tempo, já que a vida profissional começou rápido. “Desisti. Hoje, eu tenho preguiça de pensar em balé. Gosto de usar a cabeça, de trabalhar com a cabeça”, finaliza.


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De Olho no Leão

Lençóis Paulista Outubro de 2010 foto: Fernanda Benedetti

Tributação

Os benefícios do MEI Amarildo Ventura fala sobre os benefícios do programa Micro Empreendedor Individual, mas faz um alerta: ‘muita gente abre a empresa por conta própria e depois não sabe o que fazer, que tem obrigações fiscais e contábeis a cumprir’ Cristiano Guirado

Q

ue o programa MEI (Micro Empreendedor Individual) é útil, não se discute. Lançado em julho de 2009, ele tira da informalidade aquela pessoa que trabalha por conta própria e que tem renda de até R$ 36 mil ao ano e apenas um funcionário. Com alguns documentos e poucos minutos na internet, o profissional pode abrir a sua empresa, obtendo na hora o CNPJ e Certificado de Microempreendedor. O MEI é bom para os dois lados. Para o empreendedor, abre uma série de portas que

nunca vão estar ao alcance do trabalhador autônomo. Tudo isso pelo custo mensal com taxas de R$ 1 para comerciantes e R$ 5 para prestadores de serviços, mais a contribuição equivalente a 11% de um salário mínimo, que dá pouco mais de R$ 50. Para o Governo Federal, o aumento de fontes de contribuições à Previdência Social são sempre uma esperança de diminuir o rombo. Porém, o sonho de desburocratização fácil e desmedida para o próprio negócio pode dar bastante dor de cabeça. É o que alerta Amarildo Ventura, do Escritório Contábil

Ventura, em entrevista à Revista O Comércio. “O pessoal acha que o escritório contábil vai trabalhar de graça”, afirmou. “Na verdade, tivemos uma redução de carga tributária para podermos legalizar gratuitamente e fazer a declaração do Imposto de Renda do primeiro ano”, continua. Ele explica que o Portal do Empreendedor - www. portaldoempreededor. com.br - divulga quais escritórios aderiram ao programa. “Muitas vezes, a pessoa abre a empresa e não sabe o que fazer com ela. Precisa obter autorização para

Amarildo Ventura alerta para as vantagens e riscos do programa Micro-Empreendedor Individual

impressão talão de notas, emitir a nota fiscal e não sabe como agir. É esse um dos trabalhos técnicos do contador. E, mesmo com o MEI, o empresário tem suas obrigações fiscais a cumprir”, explica Amarildo Ventura. Ele orienta o empreendedor para que, antes de decidir por sair da informalidade, que procure a orientação de um profissional. “Uma empresa tem muitas vantagens que

um trabalhador autônomo não teria. Falta informação para que as pessoas conheçam o programa de forma mais abrangente para decidir se legaliza ou não o seu empreendimento”, avalia. Segundo Ventura, a adesão do empreendedor lençoense foi bastante baixa. Ele lembra que, havia uma expectativa apontando para 3 mil pessoas trabalhando informalmente em Lençóis

Paulista. A expectativa era trazer cerce de 30% desse contingente (cerca de mil pessoas) para a formalidade, pouco mais de 100 empreendedores se interessaram até o momento. “Não sei se faltou divulgação ou se faltou atitude. Eu mesmo fiz divulgação em massa incentivando o empreendedor a procurar um escritório contábil para receber orientações”, finaliza.


Informática & Tecnologia 11

Lençóis Paulista Outubro de 2010

Evento

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os dias 9, 10 e 11 de setembro deste ano, a Support Informática enviou uma equipe à Expo Fenabrave, no Transamérica Expo Center, em São Paulo. A exposição é voltada a produtos e serviços para o setor automotivo. O evento anualmente é organizado pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, entidade que representa em nível nacional as mais de seis mil concessionárias de veículos de todos os segmentos automóveis nacionais e importados, caminhões, ônibus, tratores e máquinas agrícolas, motocicletas e implementos rodoviários. Segundo os organizadores, essa edição teve um número recorde tanto de expositores quanto de público. Entre os principais expositores estavam empresas de renome internacional, como a Google e Assurant. “Foi uma boa opor-

Presença Nacional Support Informática participa da Expo Fenabrave foto: divulgação

Cristiano Guirado

Equipe da Support Informática na Expo Fenabrave: a estratégia de atender diversos segmentos de trabalho

tunidade para estreitar relacionamentos. Montamos um estande no maior evento do segmento”, diz João

Henrique Foganholi, diretor executivo da Support. “E também uma chance de rever amigos e clientes”,

continua. “Foi a primeira vez que participamos de um evento desse tipo”, ressalta o gerente

comercial da empresa, César Augusto Cândido. “E queremos participar de mais exposições, não

só do setor automotivo, mas de segmentos como o de indústria, distribuição atacadista e outros onde a Support atua”, completa. Na Expo Fenabrave, um dos destaques do estande da Support foi a série de novos módulos de Agendamento, Fases e Business Intelligence. A empresa também levou ao congresso as funcionalidades capazes de garantir plena gestão da oficina, agregando valor aos serviços através do completo gerenciamento do fluxo de atendimento da assistência técnica, desde o agendamento até a entrega do veículo, passando pela recepção, diagnóstico e outras etapas do atendimento. Por ser uma empresa que tem presença nacional, ao participar de eventos como a Fenabrave, a Support leva adiante sua estratégia de atender clientes em variados segmentos de atividade nos mais distantes rincões deste nosso Brasil.


12 Automercado

Lençóis Paulista Outubro de 2010

Fiat

Linha 2011 do Siena vem com novidades foto: Fernanda Benedetti

Um dos veículos mais vendidos da Fiat, versão 2011 tem como atrativo o maior porta-malas da categoria Cristiano Guirado

U

m dos carros que mais agrada aos clientes da Fiat, o Siena, vem com novidades em sua versão 2011. Apresentado mundialmente pela montadora italiana em Julho deste ano, o carro passa a contar com suas novas versões, a Attractive 1.0 e a Attractive 1.4. O interior vem com acabamento redesenhado e o console central ganhou uma nova tonalidade de cinza. No visual externo, chamam à atenção, as novas calotas e rodas de liga leve com tratamento diamantado de 14 polegadas – vendidas

como opcionais – para as duas versões. Tudo isso com direção hidráulica de série, em um carro econômico e com preço relativamente baixo. “É um dos nossos carros mais vendidos. A procura pelo Siena é grande. O design chama bastante atenção e ajuda com que o carro seja um líder de vendas no mercado”, diz Márcio Luís Soares, gerente da Via Marconi, revendedora Fiat de Lençóis Paulista. No entanto, apesar da beleza, o comprador se interessa por outras características do carro. “É um carro econômico e popular. E,

foto: Fernanda Benedetti

Diversificado

O gerente da Via Marconi, Márcio e os consultores de venda Taísa e Eduardo, exibem o Siena 2011

na hora de comprar, muita gente acaba levando em consideração o tamanho do

porta-malas e o Siena tem o maior porta-malas da categoria. Isso faz com que

ele seja o carro preferido pelas pessoas que tem família”, completa.

Outro líder de vendas, o Novo Uno, aposta na diversificação para a sua versão 2011. Ele vem com quatro versões: a Vivace, Attractive e a off road Way, o último está disponível com motores 1.0 e 1.4. Além disso, ainda apresentam os seguintes itens de série: alerta de manutenção programada, apoios de cabeças traseiros com regulagem de altura, assoalho em carpete, controle eletrônico de aceleração e indicadores digitais de temperatura e nível do combustível.


Automercado 13

Lençóis Paulista Outubro de 2010

Fique ligado!

10 dicas para se saber na compra do carro usado foto: ilustração

Comprar um carro usado pode ser bastante vantajoso, financeiramente falando. Mesmo com um ou dois anos de uso, os modelos costumam ter preço bem abaixo do novo. A seguir, dez coisas que você precisa saber para decidir entre comprar ou não um carro usado.

Peça a documentação e veja se está correta. Verifique os últimos comprovantes de IPVA (imposto sobre propriedade de veículo automotor), seguro obrigatório DPVAT, certificado de registro e licenciamento do veículo.

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Pondere os prós e contras entre um carro novo e um usado mais barato ou na mesma faixa de preço, só que mais equipado. Fique atento para os custos de manutenção e seguro do veículo seminovo. Por outro lado, o modelo já teve a desvalorização inicial, que costuma ser a mais alta.

Estude as categorias e quais são seus competidores. Dessa forma é possível escolher o carro de maior fluidez no mercado, qual tem o melhor preço e, claro, qual atende mais suas necessidades e gostos.

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Veja qual é o carro adequado para suas necessidades. No mercado de usados, é possível encontrar veículos grandes a preço de compactos, mas o custo para manter acaba sendo sempre muito alto. Manutenção, peças e consumo sempre pesam nos modelos mais potentes.

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Fique atento ao mercado do modelo pretendido. Uma regra é: carro que vende bem quando zero tende a manter o resultado no mercado de usados. Automóveis que ficam no pé do ranking de vendas tendem a “micar”, mas também são os que têm os melhores preços.

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Teste o carro pretendido. Ande com o som desligado e fique atento a todos os barulhos que possam surgir. Se puder, leve um mecânico junto para ajudar a avaliar o modelo. Se for detectado algum defeito simples, desconte o valor do conserto. Caso haja alguma falha mais grave, descarte a compra.

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Se possível, leve o carro também para um funileiro ver se o modelo já foi batido e se o conserto foi bem feito. É bom também olhar por debaixo dos carpetes à procura de marcas deixadas por uma possível enchente.

Procure informações sobre revisões no manual do proprietário e se as marcas do tempo são condizentes com a quilometragem mostrada no hodômetro. Desgastes acentuados de volante, pedais e manopla do câmbio são indicadores de que o modelo já é bem rodado.

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Escolha a forma de pagamento adequada. Cerca de 70% dos consumidores acabam optando por uma forma de financiamento, leasing ou consórcio.

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Ao receber o carro, saiba detalhes de garantia, nota fiscal e se todos os itens estão do mesmo jeito de quando você o viu pela primeira vez. Se estiver tudo ok, boa sorte e parabéns pela compra.


14 Ambiente & Decoração

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Móveis

Restaurar é viver Recuperação de móveis é alternativa para manter dentro de casa a história da família; segundo Adriano Santos, antigamente se restaurava muito mais Cristiano Guirado

E

m um mundo de constante renovação, cada vez mais o consumidor prefere se desfazer de uma coisa antiga e trocar por alguma nova. Desde que esse objeto não tenha valor histórico ou familiar. E é nessa hora que entra o restaurador de móveis Adriano Santos. “Geralmente, as pessoas querem restaurar algum móvel ou alguma peça que já vem na família há bastante tempo, que tem valor histórico”, conta. “Muita gente me procura porque quer dar uma cara nova em alguma coisa, para ela possa

passar para as próximas gerações”, continua. A maior demanda é por restauração de móveis e outros objetos de madeira, mas as peças de ferro e metal também não ficam muito atrás. Adriano confirma, o mundo já foi muito mais assíduo no costume de restaurar objetos. Natural de Recife, Pernambuco, ele mora em Lençóis Paulista há 16 anos e diz que a procura pelo trabalho de restauração já foi bem maior. “Hoje o pessoal tem restaurado menos e prefere comprar móveis novos. Quando eu cheguei aqui se restaurava muito mais”, diz. Ele também lembra

que mais importante que a restauração em si é a herança de cada objeto, a importância que ele teve em determinada época para a família. “Já tive clientes que quando viram o móvel restaurado ficaram emocionadas, por lembrarem da infância ou da vovó. Esse tipo de sentimento não tem preço, por isso, amo tanto o que faço”, revela o restaurador. O artesão destaca que, por mais que possa doer no coração, nem sempre compensa restaurar um móvel. “Quando eu vejo que não compensa mandar restaurar, eu sou sincero. Não gosto de enganar o cliente”, diz Adriano.

O restaurador Adriano Santos: “Já tive clientes que, quando viram o móvel restaurado, ficaram emocionadas”

A arte como profissão

Em entrevista à Revista O Comércio, o restaurador Adriano Santos conta que, desde criança, foi de mexer em madeira e móveis. “Sempre gostei de alterar as coisas, até que chegou o dia em que eu dediquei a vida a isso”, conta. Durante uma fase da vida profissional, chegou a trabalhar em uma agência de turismo, ainda em Recife. “Comecei a pintar, a lixar, a reformar e vi que poderia investir em restauração de objetos. Fiz um curso em São Paulo e logo já entrei em sociedade com outro restaurador, antes de montar meu próprio ateliê”, finaliza.


Casa & Construção 15

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Imóveis

Mercado

Foto: ilustração

em variação Imóveis residenciais com valores entre R$ 50 mil e R$ 90 mil são as mais procuradas do mercado; entrega de casas em médio prazo deve baixar o valor do aluguel Cristiano Guirado

É

difícil encontrar uma casa à venda em Lençóis Paulista com valores entre R$ 50 mil e R$ 90. Segundo o corretor de imóveis, José Cláudio Laurindo, o Abobrinha, esse é o perfil do imóvel mais procurado para a compra na cidade. “Nessa faixa de preço temos imóveis em falta. Temos muita gente com

capacidade de compra, mas a venda é difícil”, explica. Ele considera que a demanda maior de imóveis está entre os que custam entre R$ 100 e R$ 120 mil. “Esses imóveis, há 18 meses, custavam em média R$ 60 mil e acabaram se valorizando com o aumento na procura. Um bom exemplo são apartamentos de dois dormitórios em edifícios da cidade que, no começo de

2009, custavam R$ 45 mil e hoje custam R$ 90 mil”, acrescenta. Ele explica que a “culpa” pela alta nos preços é do Governo Federal. “O Governo Federal liberou a linha de crédito e a Caixa Econômica Federal é a grande líder no serviço de financiamentos. Os outros bancos, para não ficar para trás, também começaram a oferecer os seus planos”, diz. Ainda segundo Abo-

brinha, o mercado de imóveis em Lençóis Paulista está prestes a sofrer outra modificação. Pelo menos 800 casas populares devem ser entregues em curto e médio prazo. “Essas são casas próprias, que já saem com dono. Eu penso que isso possa interferir nos valores de aluguel. É muita gente que morava em casas alugadas e agora vão para casas próprias”, finaliza.


16 Turismo & Lazer Cristiano Guirado

P

ara quem s empre morou no interior, a beleza de cidades como Arealva, Iacanga, Agudos , Mac atub a e Lençóis Paulista é algo cotidiano. Entre aqueles que não tem essa sorte, o roteiro do Circuito Turístico “Caminhos do Centro-Oeste Paulista” vem fazendo sucesso. São 12 dias programados com atrações nas 10 cidades que compõe o projeto organizado pela parceria Sebrae e Instituto Soma. O roteiro começa por Lençóis Paulista. No primeiro dia de viagem, o turista é convidado a ficar, por oito horas, envolto pelo patrimônio cultural da cidade, começando pelas obras e pelo acervo do escritor Orígenes Lessa. Os pontos marcados para visita são a Biblioteca Municipal “Or ígenes Lessa”, Espaço Cultural “Cidade do Livro”, Casa da Cultura “Professora Maria Bove Coneglian” e Museu “Alexandre Chitto”. No segundo dia, a

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Caminhos do Centro-Oeste

O caminho das pedras Circuito Turístico ‘Caminhos do Centro-Oeste’ prepara 12 dias de atrações por 10 municípios do coração do Estado de São Paulo programação é mista e o visitante é convidado a conhecer as instalações d o G r up o Lw a r t e os laboratórios da CETMA, um dos poucos laboratórios do in terior a produzir agentes para o controle biológico. Completando o dia, um mergulho na tradição dos italianos de produção de uvas e vinhos artesanais na Rocinha. No terceiro dia, passagens por Macatuba e Pederneiras. A próxima parada é a Nova Jeans, fábrica que fornece material para as marcas mais famosas do país. Ainda em Macatuba, na vicinal Lauro Perazzoli, a Usina Hidrelétrica Rio Lençóis, pequena usina hidroelétrica construída em 1917 e até hoje abastece a

região. Já em Pederneiras, o c omprom i s s o é n o Centro Cultural, no prédio restaurado da antiga Estação Ferroviária, em um ambiente que retrata os tempos áureos da rodovia no interior do Estado de São Paulo. As visitas na cidade terminam com uma ida ao Engenho Bassi, uma pequena propriedade rural onde o turista pode conhecer o processo artesanal de produção de cachaça. No quarto dia, a agenda é em Bauru. O visitante começa conhecendo as belezas naturais da cidade, como o Jardim Botânico e o Zoológico. Depois é hora de conhecer as maravilhas da moderna estrutura do Alameda Quality Center

e se divertir com muita adrenalina no Kartódromo Internacional Toca da Coruja. Em mais um dia de Bauru, o turista embarca em uma viagem no tempo. Primeiro vai conhecer o rico acervo d o Mu s e u Hi stór i c o Municipal, depois o Museu Ferroviário Regional. Bauru termina com opções de lazer. O primeiro é o Acampamento Tibiriçá, com um ambiente natural típico de fazenda. E, por fim, uma passagem ao Pesca & Lazer Pé No Chão. Os próximos dois d i a s d e c i rc u ito s ã o em Arealva. As belezas naturais da cidade são vasta matéria prima para o turismo. A visita começa com o Sítio Baixada,

propriedade onde o turista pode vivenciar a vida no campo e ajudar a tirar água do Rio Tietê para irrigar a plantação de milho verde ou participar da colheita ou embalagem do produto. Por fim, não poderia faltar uma passagem pela cozinha do sítio, conhecer as delícias culinárias vindas do milho. O p r ó x i m o compromisso no Centro de Treinamento São Judas, onde é possível conhecer o dia a dia de treinamentos de cavalos e cavaleiros para provas de laço e atividades equestres. Na sequência, uma passagem pela Praia Municipal de Arealva, onde o Rio Tietê passa pelo centro da cidade e, por fim, conhecer o

artesanato culinário baseado em grãos. Um dos pontos altos do passeio é o turismo rural do segundo dia em Arealva. Começa pela Santa Isabel Ruralttur, com ambientes de detalhes arquitetônicos diferenciados, com lagos para pesca e restaurante com culinária típica a base de peixes. O próximo compromisso é na Babalim, propriedade com belezas naturais que proporcionam ao visitante momentos de contato com a natureza. A passagem por Arealva termina com o Orquidário Bom Senhor, onde o turista aprende um pouco sobre essas belas e misteriosas plantas. No o i t a v o d i a , a parada é em Iacanga, onde o visitante começa pela Estância Balneário Quilombo, um espaço rural com toques orientais nos ambientes, onde o turista pode conhecer o processo de extração da água mineral e comprar direto da fonte. Fecha a agenda na cidade uma passagem pela Cryative Enxovais, empresa de bordados e produção de enxovais de cama.


Lençóis Paulista Outubro de 2010 O nono dia é destinado a passagens por Avaí e Duartina, respectivamente. O passeio começa com u m a v i s i t a à Mat r i z de São Sebastião e pelo Museu Histórico de Avaí. Esse museu ressalta a importância histórica da ferrovia Noroeste do Brasil. Depois é hora de conhecer os costumes indígenas na Aldeia Ekeruá, da tribo Terena da Reserva Indígena de Aribá. Já em Duar tina, a passagem começa com um bom almoço no Pesqueiro Santa Luzia, restaurante com bela vista para os lagos de pesca e especializado em pratos à base de peixe. A agenda na cidade termina com uma visita ao Museu Histórico Municipal. Piratininga é o pouso do décimo dia de passeios e a natureza é o tema. A visita começa com uma passagem pelo Recanto Sabiá e pelo Angatu Ecoturismo. O turista pode parar para a prática de esportes radicais, conhecer a beleza de áreas preservadas, complexo aquático com águas termas e artesanatos exclusivos. Os últimos dois dias são dedicados a Agudos.

Destaque para o Seminário Santo Antonio e sua majestosa construção, rica em detalhes arquitetônicos. No seminário, o turista conhece o Museu da Teoria da Evolução, com acervo de mais de 3,5 mil peças. Depois a parada é na fazenda São Benedito, preservada dos áureos tempos do café. O espaço interior é decorado com objetos e imagens da época e tem programação pedagógica especial para estudantes. Na antiga tulha do café, funciona um restaurante que serve comida caipira feita no fogão à lenha. O último dia do Circuito Turístico “Caminhos do Centro -Oeste Paulista” termina com uma vista ao Espaço Histórico Plínio Cardia. Na sequência, é hora de visitar a Nayá, fábrica de doces caseiros e conhecer seu processo produtivo, depois a Vila de São Francisco, Restaurante Rural, uma chácara com recreação infantil e construções integradas à natureza. O último compromisso é o pesqueiro Pexe Loko, com pesca esportiva em diversos tanques e culinária típica.

Turismo & Lazer 17

Sobre o projeto O Circuito Turístico “Caminhos do CentroOeste Paulista” é uma iniciativa apontada pelo Coder (Conselho de Desenvolvimento Regional) da Ciesp como alternativa de geração de renda e desenvolvimento sustentável. Em junho de 2006, o conselho firmou parceria com o Sebrae e adesão dos 10 municípios que participam do circuito. O dimensionamento técnico do SEBRAE-SP identificou potencialidade turística em 10 dos 22 municípios que integram o CODER. São eles: Agudos, Arealva, Avaí, Bauru, Duartina, Iacanga, Lençóis Paulista, Macatuba, Pederneiras e Piratininga. No final de 2007 o projeto ganhou o reforço do Instituto Soma, que veio para coordenar e gerenciar ações integradas, representar as prefeituras e articular parcerias.


18 Moda & Estilo

Lençóis Paulista Outubro de 2010

Garota da Capa

A Nova Alice Menos apegadas a contos de fada, mas sem deixar de lado o romantismo, as “Alices” do século 21 tem o look certo para todas as ocasiões Fabiano Grama

H

istórias infantis, lendas e fantasias. Isso tudo parece não mais fazer parte das meninas de hoje. Tão independentes e com poder de iniciativa que deixam os mais machistas de cabelos em pé. A “Nova Alice”, guarda após algumas gerações, o romantismo, mas deixou de lado aquela ilusão de que tudo pode e deve ser fantástico. A “Garota da Capa” escolhida para representar essa personagem tão doce e, ao mesmo tempo, corajosa, é Mariana Campanholi. Com 19 anos e segundo grau completo, ela enfrenta o mercado de trabalho. Dona de olhos cor azul profundo, a jovem que namora há três anos também é uma defensora dos animais.

Ligada à moda, mas sem dela ser uma vítima, sabe o que lhe cai bem e aceita viver em um ensaio fotográfico as novas facetas da menina que virou mulher, a Nova Alice. E essa proposta contemporânea será visualizada através de grifes conceituais como Calvin Klein e Iódice, cedidas pela Just. No salão de beleza escolhido para caracterizar tal personagem, a Garota da Capa rende-se à proposta de se tornar, mesmo que por algumas horas, uma mulher mais ousada. Com o apoio profissional da especialista em mega hair, Geise Justo, do salão Studio G, foi adotado o tão famoso e discutido make nude (maquiagem sem cor que realça os olhos), além de um gigantesco aplique de cabelos cor louro polar.

Fabiano Grama

A Revista O Comércio tem como consultor de moda Fabiano Grama. Profissional desse mercado há mais de dez anos, trabalha com produção e visual merchandising na área. Em sua temporada pela capital paulista, prestou consultoria a famosos como Paula Lima, Adriane Galisteu, Léo Maia, Marília Pêra, Fernado Scherer e Adriana Esteves pelas grifes norte americanas Armani Exchange e Ed Hardy, além marca paulistana Cavalera.O jovem também faz questão de ressaltar a importância do francês Allan Kardec e de suas obras para sua vida, pois foi com tais ensinamentos que encontrou seu equilíbrio espiritual. Fabiano gosta de mostrar e realçar o que é bom em alguém e diz que o que não agrada deve ficar por debaixo dos panos. Esse é o papel da moda para ele.


Moda & Estilo

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O look completo Calvin Klein traduz uma proposta casual para vestir-se. Saia, blazer de algodão e t-shir juntam-se ao tênis e à bolsa da Cantão, mostrando que mesmo em uma reunião um pouco mais formal, a mulher pode e deve estar com os pés no chão sem perder a elegância e a feminilidade. Nos grandes centros urbanos com a correria do dia a dia, as mulheres levam um sapato de salto na bolsa e trocam pelo tênis, prontas para o happy hour.

Com vestido Hit em tom off white (aquela variação com cara de branco velho), com pulseiras coloridas, colar dourado envelhecido e sandálias abotinadas conhecidas como unkle boots, a Garota da Capa está produzida para uma festinha prive ou até mesmo um casamento. A combinação é perfeita e a cor do vestido expõe a mulher que existe dentro de cada Alice.

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Na foto acima, para não fugir da regra quase que imposta pelo mundo fashion, trouxemos a sensualidade ao extremo. Neste ensaio, a modelo veste um minivestido adesivo Iódice, com estampa quase abstrata de orquídeas, com cores de vão do quente ao frio. De todas as tendências, essa seja talvez a mais forte do momento. Para tanto, ousadia e atitude são indispensáveis para você que pode, quer e vai parar o trânsito. Ao lado, já de jeans Calvin Klein e blusa de renda da Iódice, a garota ganha ares mais urbanos. Esse look é perfeito para uma baladinha mais forte, principalmente, se acompanhado de bolsinha de mão estilo minicapanga, na cor laranja neon. Algumas mulheres adotam esse visual para os dias normais de trabalho, realçando uma forte personalidade feminina de quem sabe aonde quer chegar.


20 Noivas & Cia

Lençóis Paulista Outubro de 2010

O dia do casamento

Sonho de noiva Depois de uma vida dedicada ao casamento, empresária inaugura novo espaço Fernanda Benedetti

S

ão apenas de três meses de funcionamento. Suficiente para Maria Benedita Lopes Naressi, a Benê, estar realizada com seu novo empreendimento: o Espaço Noivas. Um lugar aconchegante para noiva relaxar antes da hora tão esperada. Elas chegam por volta das 11h e vão dalí, direto para o altar. Prontas, depois de uma longa espera para o dia mais feliz de suas vidas. O primeiro cuidado

é com o corpo. A noiva recebe uma massagem cromoterápica e, em seguida, vai para banheira de hidromassagem. Ao seu redor, muita fruta e sucos, tudo ao seu alcance, um som ambiente agradável, minuciosamente preparado para deixar tudo calmo. “Foram três anos de planejamento, pensando e sonhando cada detalhe desse lugar. Queria que fosse um lugar bem aconchegante onde as noivas pudessem se sentir bem e seguras”,

Espaço promete dar um tratamento de princesa à noiva no dia do seu casamento; no detalhe, a empresária Benê, da Mimolé

comenta Benê. Segundo ela, ao longo dos anos trabalhando com vestidos de noiva, alguma cliente já comentavam que em Lençóis faltava um espaço para entreter as

noivas no dia do casamento, não só para vesti-las. Um lugar para acalmar os ânimos, como acontece nas novelas. Daí a idéia e o desejo do espaço foi crescendo e tomando forma.

Durante a semana do casamento, são marcadas sessões de depilação e limpeza de pele. Durante a estadia, a noiva recebe almoço, duas massagens cromoterápicas, hidromassagem e a preparação

da maquiagem e cabelo para o casamento. “A noiva chega aqui e sai pronta para o altar, nós cuidamos dela o dia inteiro e, graças a Deus, o Espaço Noivas está sendo bem aceito na cidade”, finaliza Benê.


Beleza & Estética 21

Lençóis Paulista Outubro de 2010

OLHO VIVO

Cores e misturas são as tendências para o Verão 2011 Fabiano Grama

O

verão se aproxima e promete um festival de cores e misturas. E a indústria da cosmética segue mais uma vez à risca algumas das tendências apresentadas pelo mundo fashion. A bola da vez? Os delineadores coloridos! “Os olhos ganham acima dos cílios, um traço largo

e extenso de cor forte. Seja em tons de neon ou mesmo em tons pastel, só que bem nítidos”, explica a profissional de beleza, Paulinha Maciel.

Segundo ela, para se fazer essa maquiagem, a garota deve seguir todos os passos da maquiagem habitual e deve usar uma sombra de cor neutra

nas pálpebras antes da aplicação do delineador colorido. Sempre rente aos cílios superiores, para não carregar o visual. “A escolha do batom fica a critério de

cada pessoa, desde que deixe toda a atenção voltada somente para os olhos, usando uma cor próxima do natural e com muito pouco blush nas maçãs”,

ressalta a maquiadora. Essa foi sem dúvida uma das maquiagens que mais chamou a atenção na São Paulo Fashion Week. Adotado por alguns estilistas para representar a mulher que se veste e se produz pra si mesma, esse ‘make’ promete ousadia e diversão. Ele é preparado para aquela garota que encara o novo de frente, de cara limpa e olhos, agora, mega coloridos. ‘A la’ Miami Beach, ou com ares futuristas, essa brincadeira de colorir tem tudo para arrastar as moderninhas de plantão. Arrisquem-se!


22 Saúde & Comportamento

Lençóis Paulista Outubro de 2010

Tabu

Sexo na

adolescência

Jovens de hoje em dia são mais interados sobre o assunto Cristiano Guirado

N

inguém ousa contar ao adolescente do século 21 a velha lorota da cegonha. Falar em metáfora – como a famosa “abelhinha na florzinha” – também não resolve mais. O jovem é mais interado sobre sexo nos dias de hoje do que jamais foi na história da humanidade. E o que pode parecer bom, na verdade também pode ser – e é – bastante perigoso. Muitas das ideias que chegam até a cabeça juvenil são as veiculadas pela TV, revistas especializadas em jovens e na própria imaginação. A participação da família em uma conversa franca vai ser

bastante proveitosa, falando sobre gravidez e doenças sexualmente transmissíveis. Muitas vezes é o receito dos pais em abordar o assunto que leva o jovem a se sentir intimidado em discutir essas questões. E em tempos de tanto conhecimento, a hora certa para a primeira relação ainda é o principal tema, principalmente para as meninas. É comum que o adolescente se questione sobre fazer sexo ou não, mas sempre entra em questão o que os amigos pensam e o que o namorado quer. A perda da virgindade ainda é um marco importante para os jovens, um rito que pode ser vivenciado com orgulho ou com culpa.

Drops de Anis Tanta informação no ar... será que dá para aprender todo o manual logo de saída? Como fazer sexo? Como fazer sexo seguro? Fantasias do encontro ideal, rituais da sedução, dor da paixão, como evitar rejeição, sexualidade e religião.... O interessante seria uma educação sexual iniciada em casa e complementada na escola. Na prática, a maioria das famílias dos adolescentes não cuidam da questão por não saber como lidar, o que dizer e quando. Ora, fazer não é saber. Como transmitir informações de qualidade se, muitas vezes, nem os adultos as tem? A indústria do sexo divulga pareceres “médico-científicos” sem nenhum fundamento, banaliza o

encontro sexual e provoca sofrimentos, porque dá falsos parâmetros para a população. Rapidamente, podemos nos lembrar de fotos ou imagens de pessoas com órgãos sexuais de tamanho desproporcional ao natural. A venda de silicone aumentou, falsas técnicas para aumentar o tamanho do pênis são muito divulgadas e procuradas. E o que isto quer dizer? Como fazer sexo sendo um cara normal? É um tiro na autoconfiança. No caso do adolescente, tudo em formação. Para se ter ideia, uma das perguntas mais frequentes dos adolescentes no 0800 do serviço de saúde sexual do PROSEX da USP é sobre masturbação, se é doença e se cresce pelos na mão. Você já sabe, dúvidas de outros tempos. O que estas estatísticas sinalizam? Tanta (des) informação, e a hora H o desempenho sexual das pessoas de todas as idades ainda acontece

aos tropeções. Promover uma revisão dos pais sobre estas questões poderia ser uma iniciativa mais efetiva da direção de escolas, de faculdades e até mesmo de empresas. Tenho uma experiência muito rica com grupos de adultos visando a aquisição de conhecimento e a reflexão de questões que envolvem a sexualidade humana. Salete Cortez é Este projeto, que Psicóloga Clínica desenvolvi para a FMUSP, oportuniza modificar não só a qualidade de vida do adulto, mas também desenvolvimento de favorecer a transmissão de consciência crítica, que informações corretas para o faça optar por atitudes a geração seguinte. Fica a responsáveis a respeito sugestão. de sua sexualidade Educação sexual deve na hora da tomada de ser uma proposta que decisões. É estar pronto promova no jovem a para aplicar o que sensibilização para um aprendeu...


Viagem & Aventura

Lençóis Paulista Outubro de 2010

Meu nome é

Bike

Estrada

Dono da Padaria Pão & Opção, Cristiano Estrada revela a paixão pela bicicleta e pelo off road Cristiano Guirado

C

ristiano Estrada, 37 anos, dono da Padaria Pão&Opção, sempre gostou de esportes. Há três ele descobriu que dá para juntar esporte, paixão e diversão. E descobriu por acidente, quando teve uma contusão jogando futebol. “Andava de bicicleta só esporadicamente. Eu jogava futebol, e machuquei o joelho.

E como parte da recuperação, eu precisava pedalar para fortalecer a região. E não parei mais”, conta. Hoje, a agenda reserva um tempo sistemático para as bicicletas. Cristiano anda, pelo menos, três vezes por semana. A cada saída para a pedalada, faz um percurso entre 30 e 35 quilômetros. Às terças e quintas, o trajeto é só no perímetro urbano e lugares no entorno da

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cidade. Sábado é dia de pegar trilha pelas estradas de terra da região. E o trajeto é longo. “Chegamos a ir até o Rodoserv e voltar três vezes”, diz. De todas as aventuras que a bicicleta proporciona, a que Cristiano Mais gosta, sem dúvida, é o Caminho da Fé (leia mais sobre em www.caminhodafe.combr). Tanto é que, na segunda vez que fez o percurso,

Cristiano Estrada é apaixonado pela aventura em duas rodas

dispensou o carro de apoio. “São mais ou menos 430 quilômetros, em um percurso que passa por

30 cidades, do interior de São Paulo ao sul de minas”, explica. “Na primeira vez em que eu fui, estávamos

em cinco ciclistas, com carro de apoio. Na segunda vez já fomos em três bicicletas, e sem carro de apoio”, completa. Ele destaca o lado aventureiro do esporte. “Com o carro de apoio sempre temos aquela tranquilidade de saber que ele está lá. Mas acho que peregrinação tem que ser feita assim, e o mais interessante disso é essa necessidade por ser auto suficiente. É só o ciclista e a bicicleta, e independente do que acontecer, tem que se virar. E sem apoio, muita gente não encara o Caminho da Fé”, conta. Cristiano ressalta outras vantagens do esporte. “Conheci muito mais cidades de bicicleta do que de carro. Sempre que chegamos a uma cidade, passamos por ela, paramos para tomar uma água ou um refrigerante, conversamos com as pessoas. De bicicleta a gente tem uma visão diferente do mundo”, completa.


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Planeta Sustentável

Lençóis Paulista

outubro de 2010

Estação de Tratamento de Esgoto

Um sonho de sustentabilidade O diretor do SAAE, José Antonio Marise, fala sobre os oito anos de construção da Estação de Tratamento de Esgotos e comenta os retoques finais dessa que é a maior obra ambiental de Lençóis Paulista nos últimos 60 anos Cristiano Guirado

D

epois de oito anos de construção, está por detalhes para entrar em operação a obra ambiental mais importante de Lençóis Paulista desde a implantação do sistema de distribuição de água e coleta de esgoto, há cerca de 60 anos. Em fase final de testes, a ETE (Estação de Tratamento de Esgotos), inaugurada no dia 21 de Maio deste ano, tem previsão para

começar a tratar os dejetos do rio Lençóis ainda no mês de Outubro. O complexo sistema precisa bombear em um desnível de 95 metros por uma distância de 1,4 quilômetro, para só então a água começar a ser tratada em um processo biológico por ação de bactérias, em duas lagoas. Material que chega até as lagoas por dezenas de quilômetros de emissários

que coletam o esgoto urbano nas margens do Rio Lençóis, Rio da Prata, Córrego Corvo Branco e outros afluentes. Tudo isso depende de alguns ajustes para funcionar. O SAAE ainda investe na construção de mais 3,7 quilômetros de emissários nas margens do Ribeirão Cachoeirinha”. Segundo Marise, o crescimento daquela região vai demandar, em breve, pelo

MOMENTO HISTÓRICO - Da esquerda para a direita, o diretor do SAAE, José Antonio Marise, a prefeita Izabel Cristina Campanari Lorenzetti, a secretária estadual de Saneamento e Energia, Dilma Seli Pena, o vice prefeito Luiz Carlos Trecenti e o deputado estadual Pedro Tobias, na inauguração da Estação de Tratamento de Esgoto

sistema de coleta. “Temos uma série de novos loteamentos que estão crescendo às margens do Ribeirão Cachoeirinha e, em curto prazo, cerca de 800 casas serão entregues”, diz. “Vamos implantar os emissários antes do esgoto, para que o Ribeirão Cachoeirinha não seja atingido”, acrescenta. Mesmo antes de entrar

em operação, a ETE já interfere na qualidade de vida do lençoense. “Hoje, já não temos esgoto in natura sendo despejado no perímetro urbano do Rio Lençóis e do Rio da Prata. Com o funcionamento da estação, o rio será totalmente despoluído”, explica o diretor do SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgotos), José

Antonio Marise. “Temos uma rede de emissários implantada para coletar o esgoto e levá-lo até a estação. A água acima do ponto de descarga não recebe mais o esgoto sanitário. E já dá para perceber a melhoria da qualidade de vida ao ver que as pessoas hoje pescam no rio em vários pontos e dentro da cidade”, completa.


Voluntários do Bem 25

Lençóis Paulista Outubro de 2010

Dia a Dia

foto: Fernanda Benedetti

Vida de voluntário Zé da Silva, há quinze anos, ‘voluntário de todo dia’ do Lar Nossa Senhora dos Desamparados: “com esse trabalho eu consigo sentir a presença do Divino Espírito Santo Cristiano Guirado

J

osé da Silva Pereira, mais conhecido como Zé da Silva, natural de Cuiabá, Mato Grosso, mora em Lençóis Paulista desde os 13 anos de idade. Entre os mais de 50 voluntários que ajudam o Lar Nossa Senhora dos Desamparados, ele é um dos poucos que são conhecidos como voluntário de todos os dias. “Como a madre diz, sem horário e sem salário”, afirmou, em entrevista à Revista O Comércio. Ele, que se aposentou há 21 anos, depois de 35 anos de trabalho para o setor sucroalcooleiro,

comenta: “tenho um único registro em minha carteira de trabalho. Comecei como lubrificador e saí como supervisor”, completa. Zé da Silva frequenta o “Lar dos Velhinhos” desde 1977, por se amigo do falecido padre Corsini, de Macatuba. “Nas primeiras vezes eu sempre fui com ele”, lembrou. Depois da aposentadoria, ainda trabalhou por mais sete anos. Até ter condições de se apresentar como voluntário à entidade. “Eu sempre trabalhei com horários fixos e tinha o sonho de ser livre. Quando pude, fui falar com madre Bernarda e contei que

eu queria ser voluntário. E entrei como motorista. Ninguém lá dirigia”, conta. Hoje, talvez, ele trabalhe até mais do que trabalhava quando tinha a carteira assinada e sonhava em ser livre. Mas, de certa forma, garante que conquistou seu sonho de liberdade. Seu dia começa perto das sete da manhã, com missa no lar às 7h30. Às 8h30 começa o expediente, que só larga depois de dez horas. Zé da Silva garante que cada segundo trabalhado compensa. “Ser voluntário é algo gratificante, que a gente só tem conhecimento do valor depois que começamos

Neste mês de Outubro, Zé da Silva comemora 15 anos de voluntáriado

a praticar. Sendo voluntário eu consigo fazer coisas realmente difíceis. A gente percebe a ação do Divino Espírito Santo”, completa. O reconhecimento ao trabalho sempre vem. “Tudo isso que eu faço tem um

grande reconhecimento de todas as irmãzinhas, não só daqui, mas do exterior também. Sempre ganho presentes”, revela. E Zé da Silva dá um conselho a quem tem vontade de se dedicar ao voluntariado. “A cobrança

existe também. Mas o trabalho é muito gratificante e eu sinto a presença do Divino Espírito Santo. Por causa disso, hoje me dou ao luxo de dizer que posso fazer qualquer coisa”, finaliza.


26 Entretenimento

Lençóis Paulista Outubro de 2010

Aniversário da TV Cristiano Guirado

“E

stá no ar a televisão no Brasil”. E essa foi a primeira frase dita na história da TV brasileira, no dia 18 de setembro de 1950. Eram os primeiros passos da TV Tupi, fundada por Assis Chateaubriand. Ela viria para tirar do rádio o trono de veículo de comunicação mais importante no Brasil e, em dados do IBGE (colhidos em 2008), o meio que melhor leva as mensagens até o público: mais de 95% dos lares brasileiros tem uma televisão. O programa TV na Taba foi o primeiro a ser transmitido. Sem o recurso do videotape, toda a programação era feita ao vivo e, muita coisa, na base do improviso. O primeiro telejornal foi o Imagens do Dia, com uma filmagem crua de 30 minutos do cotidiano de São Paulo e do Rio de Janeiro. Mais tarde foi televisionado o primeiro tele-teatro, A Vida por um Fio, que dava início à tradição da teledramaturgia brasileira e, de quebra, ainda

Nossa amiga sessentona Dos tempos românticos, passando pelos avanços técnicos e tecnológicos, até ser transformada pela internet, TV brasileira completa 60 anos

Paulo Gracindo em “O Bem Amado”, novela que fez história na TV brasileira

apresentou ao público, Lima Duarte. Ainda nos primeiros anos, uma atração de sucesso foi importada do rádio: o famoso Repórter Esso.

Episódios importantes da humanidade também ficaram marcados por imagens da TV. Nos anos 1960, um dos períodos mais agitados da história recente

do homem, a Guerra do Vietnã e a chegada à Lua ganharam destaque também nos lares brasileiros. Fora isso, a televisão ainda entretinha a sociedade e

criava moda. O entretenimento, sem dúvida, foi uma das frentes mais importantes. O espetáculo aparecia de várias formas, desde

novelas de sucesso antológico, como Beto Rockfeller e Roque Santeiro, ao destaque dado à Jovem Guarda a aos festivais de música. O humor sempre teve espaço privilegiado e consagrou nomes como Chico Anysio, Didi, Dedé, Mussum e Zacarias (Os Trapalhões) e Jô Soares. No começo, era um artigo de luxo. Era caro ter um aparelho e trabalhoso receber o sinal. A popularização criou tantos adeptos apaixonados que hoje há segmentação. Um pacote light de TV a cabo pode custar menos de R$ 80 ao mês. E, é claro, há quem prefira assinar todos os pacotes de filmes e de futebol e pagar quase R$ 500. Com o desenvolvimento da internet, já se discute as possibilidades de uma TV interativa. A missão é inverter os rituais e deixar de prender as pessoas em determinado horário, passando a oferecer programação variada para ser vista de qualquer lugar, a qualquer hora.


Entretenimento

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Bares

Um lugar com diversão pela

Noite adentro Com ares da capital paulista, Boteko vem conquistando a região com a receita básica que alia boa música, cozinha diversifica e chope de qualidade

Boa comida e boa música em um ambiente aconchegante fazem do Boteko uma atração na noite lençoense

Anderson Prado

I

naugurado em Lençóis Paulista há quase um ano, o Boteko tem conquistado cada vez mais o gosto das pessoas. Não é para menos, com uma proposta que faz lembrar os barzinhos da capital paulista, boa música é o que não falta no estabelecimento que tem dado a oportunidade a músicos da cidade e região mostrarem seu trabalho. O bar possui um público diversificado. Você pode encontrar por lá desde jovens

antenados até casais mais maduros que apreciam, por exemplo, MPB que também é um estilo musical apresentado com regularidade na casa. Com um ambiente seguro que propicia encontro entre diferentes idades, o Boteko tem atraído a família para passar momentos de descontração. Além disso, o bar também apresenta uma infraestrutura preparada para receber pessoas com necessidades especiais; estacionamento, rampa de acesso e banheiro adaptado para que todos possam

apreciar as peculiaridades do lugar. A cozinha também é um dos pontos fortes. Desde porções e saladas, até pratos mais elaborados como picanha na telha, a casa fornece um cardápio diversificado sem deixar a rapidez de lado. O estabelecimento também serve aos clientes o já consagrado Chope Itaipava, presente nos melhores bares das capitais brasileiras, além é claro, de um bar completo com uísques, vinhos e cervejas especiais.

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28 Culinária e Gastronomia

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Molhos e Massas

O Chef Ensina

Vero italiano IvanoTognato quer deixar a manutenção de maquinário da indústria alimentícia para ter sua própria cantina Cristiano Guirado

E

m uma cidade onde prevalece a cultura advinda da colônia italiana, o italiano “da gema” Ivano Tognato encontrou seu refúgio, ainda nos anos 1980. Sua profissão é montar e dar manutenção a equipamentos que servem à indústria alimentícia. E, em entrevista à revista O Comércio, ele revela sonhar com o dia em que vai deixar o maquinário para trás. “Viajo muito, e estou cansado disso. Minha vida inteira foi só viajar. Quero parar de trabalhar e montar minha própria

cantina, fazer macarrão e outras massas”, afirmou. Enquanto esse dia não chega, ele e a mulher Andrea Silva, que estuda nutrição, já arriscam os primeiros pratos para comercialização. Obviamente que uma boa massa com molho não vai poder faltar. “Sempre gostei muito de cozinhar”, revela. Ivano faz a massa e o molho, direto da polpa do tomate, com uma máquina que trouxe da Itália no primeiro semestre deste ano. “Fui para a Itália resolver alguns problemas e acabei comprando a máquina de fazer molho. Sempre tive vontade de ter uma dessas,

Filé de Peixe com Camarão Rendimento: 4 porções

Ingredientes

- 500g de filé de pescado; - 200g de camarão pequeno limpo; - 02 colheres de chá de azeite; - ½ colher de chá de sal; - 03 colheres de sopa de queijo gorgonzola picado; - ½ xícara de chá de maionese.

Modo de Preparo Ivano Tognato na preparação do molho caseiro

e aqui no Brasil, não se encontra. Não é tradição no país as famílias fazerem o molho em casa”, explica. Com a venda da massa e do molho (juntos ou separados), a fama de bom cozinheiro se espalhou. Coisa que ele despista com uma boa modéstia. “Ainda estou começando

a vender”, disparou. O molho, caseiro, fresquinho e bem temperado, já é uma sensação. “Vendemos o molho no varejão todo domingo de manhã”, conta. Também é possível comprar por telefone: 3264 3991. Aproveite. Para quem gosta de uma boa comida italiana, vale a pena.

- Tempere os filezinhos com sal e limão; - Em uma frigideira, aqueça uma colher de sopa de azeite e grelhe os filés; - Coloque em uma travessa e reserve; - Em uma panela, aqueça o restante do azeite e refogue os camarões até ficarem avermelhados; - Junte o queijo e a maionese ao camarão e cozinhe em fogo médio, sempre mexendo, até levantar fervura; - Despeje sobre o filé e sirva. Consuma quente. Bom apetite! Ademir Elizeu Sebrian, o famoso Bichano, tem quase 35 anos de experiência no preparo de peixes e é ele quem assina a coluna O Chef Ensina, de Outubro.


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Destaques do Comércio

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Campeã de vendas

Dica de Vendedor

vocação

Uma vendedora por

Daniela Almeida fala sobre a ascensão até a gerência comercial da Hot 107 Cristiano Guirado

“T

udo o que eu tenho na minha vida, eu tenho graças à minha profissão”, revela a gerente comercial da rádio Hot 107, Daniela de Andrade Almeida. Aos 30 anos, 16 deles dedicados ao comércio, ela estreia a coluna “Campeão de Vendas” da Revista O Comércio, já avisando aos que planejam entrar na vida de vendedor, que vocação é importante, mas dedicação e versatilidade são fundamentais. “É bem trabalhoso, não temos horários para nada e temos que ter dedicação total, entender um pouco de cada ramo”, diz.

Daniela é formada em Relações Públicas. Trocou o balcão pelo departamento comercial do jornal Tribuna aos 19 anos. Depois de uma breve passagem pela Divelpa, voltou para

a Tribuna, e depois foi para o jornal O ECO. Nas horas vagas é professora de dança do ventre, na Sprint Academia. A evolução profissional a levou até a Hot 107, onde hoje é gerente comercial. Acabou se especializando no marketing dos meios de comunicação e ressalta a dificuldade do ramo. “Sempre fui muito comunicativa, e desde então, me dediquei bastante. No começo nada é fácil, é preciso buscar de grão em grão. E eu acreditei e corri atrás, não fiquei esperando nada cair do céu”, explica. “A comunicação, jornal, rádio, TV, outdoor, é um

meio bastante concorrido. Vender outras coisas acaba sendo mais fácil porque o consumidor vai à loja já sabendo o que quer comprar”, completa. Outra dica que ela dá aos iniciantes é sobre a relação com o produto e a força de vontade. “Nunca se deve desistir. Se não acreditarmos em nós mesmos, fica difícil”, afirmou. “Para conseguir uma venda é preciso muita confiança e motivação. É preciso primeiro comprar a ideia, vestir a camisa do produto e só depois sair vendendo. E também deixar todos os problemas de lado e estar sempre sorrindo”, finaliza.

“Conhecer o produto que você está vendendo é fundamental. É preciso ter variedades e mostrar todas as opções para que o cliente saia da loja satisfeito e volte sempre.” Marcia Cristina de Andrade, vendedora da Baiúca Papelaria

“Para uma boa venda é preciso ter conhecimento do produto que você está vendendo, gostar do que faz e atender o cliente com satisfação. Esses são itens fundamentais para uma boa venda.” Lierson Rocha, gerente da TIM

“Carisma, motivação e bons produtos contribuem para uma boa venda. Não ter peças repetitivas e ter produtos de qualidade para que o cliente saia satisfeito e feliz da loja.”

“Para uma boa venda você tem que ter credibilidade e oferecer o melhor para o cliente. E também ter um bom treinamento para conhecer bem o produto”.

Adriana Malavasi, proprietária da Sedução Modas

Rogério Blanco, vendedor da Via Marconi


Evento 31

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Expovelha foto: divulgação

Considerada uma das principais exposições técnicas brasileiras, Expovelha é destaque na ovinocultura nacional

O templo da ovinocultura Reconhecida por sua importância técnica, Expovelha 2010 inova com atrações ao grande público Cristiano Guirado

P

ara os criadores de ovinos de todo o país, a Expovelha está classificada entre os eventos mais tradicionais e importantes para a ovinocultura brasileira, por promover atrações para um setor comercial que cresce em ritmo acelerado no Brasil. Em 2010, ela está marcada para acontecer entre os dias 18 e 24 de outubro. Com 23 anos de estrada, a feira é reconhecida nacionalmente. “É essa a nossa proposta, a de reunir o que há de melhor em cada raça, comparar os animais entre si e classificar os expoentes para que possam ser utilizados como

reprodutores e matrizes de elite”, explica José Oliveira Prado, criador de ovinos e coordenador do evento. Prado explica que feiras técnicas são importantes porque possibilitam aos especialistas, criadores e interessados, se atualizar com as técnicas de produção e manejo dos animais. A cada ano, os criadores de ovinos avançam nas técnicas de produção dos animais devido às pesquisas na área e a eventos como a exposição de Lençóis Paulista. “Os animais estão indo para a indústria do abate com mais precocidade, com melhor peso e qualidade de carcaça, com melhor qualidade da carne. Hoje em dia, já é comum encontrar

reprodutores com mais de 150 quilos e fêmeas com mais de cem. Isso é resultado das ações práticas da ovinocultura para melhorar o rebanho nacional”, diz. Para a edição 2010, algumas novidades ao grande público, mais em busca de atrações do que nos aspectos técnicos da ovinocultura. Acontece durante o evento, a 8ª Exposição Nacional de Orquídeas, realizada pelo CAOLP (Clube de Amigos Orquidófilos) de Lençóis Paulista. Para quem gosta de adrenalina, a melhor pedida acontece nos dias 23 e 24 de outubro, com a 4ª Etapa do Circuito Interior Paulista de Motocross, na arena de montarias.


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