Revista do ONS

Recife

Do projeto ao concreto Florian贸polis

Rio de Janeiro

EDITORIAL

Hermes Chipp Diretor Geral do ONS

É com grande satisfação que registramos nesta edição da nossa Revista o início do processo de mudança para as nossas novas instalações. No começo de junho, as equipes de Florianópolis já estavam atendendo no novo endereço. Centro e Núcleo totalmente instalados e operantes. O mesmo sentimento de superação se repetiu em julho, com a mudança das equipes do Nordeste.

A entrevista com o nosso Conselheiro, Wilson Ferreira Jr., mostra todo o cuidado dedicado a este projeto, com o envolvimento direto do Conselho de Administração.

A matéria de capa traz os detalhes da estratégia adotada para que o ONS mudasse sem descontinuidade dos processos de operação. Um exemplo de planejamento e execução bemsucedida.

Agora, falta apenas a equipe do Rio de Janeiro completar o cronograma da mudança. Sua transferência para as novas instalações deverá ocorrer a partir de setembro.

Este é o momento de celebrar os 15 anos do ONS, agradecendo a hospitalidade da Eletrosul, Chesf e Furnas, que desde a nossa criação, nos deram todo o suporte de infraestrutura o que muito contribuiu para o cumprimento de nossa missão institucional.

As demais matérias desta edição apresentam outras realizações do Operador, igualmente possíveis graças à parceria com os Agentes e com o apoio do MME e da Aneel, como: a publicação voltada aos projetos básicos dos empreendimentos de transmissão, o trabalho realizado para a Olimpíada de 2016 e o primeiro curso sobre gás natural realizado no ONS. Boa leitura!

Uma publicação do:

Diretoria do ONS Diretor Geral: Hermes Chipp Diretor de Administração dos Serviços de Transmissão: Álvaro Fleury Diretor de Planejamento e Programação da Operação: Francisco Arteiro Diretor de Operação: Ronaldo Schuck Diretor de Assuntos Corporativos: István Gárdos Comissão editorial: Gerente Executivo da Assessoria de Planejamento e Comunicação: Geraldo Pimentel Secretário Geral: Humberto Valle do Prado Júnior Gerente de Comunicação: Lúcia Helena Carvalho Jornalistas responsáveis: Adriana Goes (MTB 30884/RJ) Eneida Leão (MTB 31710/RJ) Edição e projeto editorial: Assessoria de Planejamento e Comunicação Projeto gráfico e diagramação: Jaqueline Marques Fotografia: Arquivo ONS, CPFL, CPTEC/Inpe e André Telles.

Tiragem: 1.000 exemplares Endereço: Rua da Quitanda, 196 | Centro Rio de Janeiro | RJ | 20091-005 Tel.: (21) 2203 9580 www.ons.org.br Fale conosco: revistaons@ons.org.br

ENTREVISTA

Essas instalações contribuem para o fortalecimento da identidade do ONS

Arquivo: CPFL

A mudança do ONS para suas novas instalações já começou. Em junho, os colaboradores de Florianópolis mudaram de endereço e, em julho, foi a vez do Recife.

A equipe do Rio de Janeiro é a próxima. Wilson Ferreira Jr., que coordenou a Comissão de Conselheiros responsável por acompanhar o projeto das novas instalações do Operador, conta como foi o processo e o que ele representa para o setor.

Revista do Operador Nacional do Sistema Elétrico | #05 | Ano 3 | Abr-Jun | 2013

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ONS: O que as novas instalações representam para o ONS e para o setor elétrico? Que benefícios trarão?

Wilson Ferreira Jr.: As novas instalações representam a concretização de um sonho acalentado pela Direção do ONS, por seus profissionais e por todos os Agentes do setor elétrico brasileiro. É um fator importante para a consolidação institucional do ONS, que foi criado em 1998, mas ainda ocupava instalações de Agentes do setor. Nessa direção, as novas instalações e o conjunto de soluções que nelas foram aportadas contribuirão de forma decisiva para a consecução de sua missão de operar, de forma integrada e com transparência e equidade, o Sistema Interligado Nacional.

Além disso, estas instalações contribuem para a consolidação da cultura organizacional, para o fortalecimento da identidade e da imagem do ONS, no setor elétrico e na sociedade brasileira.

ONS: Qual foi o papel da Comissão de Conselheiros e, em especial, o seu como presidente da Comissão?

WFJ: A atuação da Comissão de Conselheiros teve o objetivo de contribuir para que as soluções encontradas pelo ONS fossem alinhadas com o modelo institucional e o contexto vivido pelo setor elétrico, assegurando a eficiência operacional, a racionalidade de custos e a criação de um ambiente confortável e acolhedor para os profissionais. Além disso, todo o processo de transição para as novas instalações requeria cuidados especiais, para garantir a segurança e a continuidade das operações sob a responsabilidade do ONS. Em

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outra frente, também atuamos institucionalmente visando apoiar a aprovação do projeto junto à Agência Nacional de Energia Elétrica, mostrando sua importância para a realização dos objetivos estratégicos do Operador.

ONS: Quais foram os critérios adotados para escolha das áreas onde os edifícios foram construídos, no Rio de Janeiro, Recife e Florianópolis?

WFJ: O Operador possui apenas quatro instalações no Brasil, localizadas no Rio de Janeiro, Brasília, Recife e Florianópolis. São quatro capitais, que abrangem regiões metropolitanas importantes do país e que possuem, assim como todos os grandes conglomerados urbanos brasileiros, questões relacionadas a transporte e mobilidade, saneamento e habitação, por exemplo. Então, creio que conseguimos alcançar soluções que atendessem os requisitos técnicos do Operador, compreendendo questões tecnológicas, como visibilidade do sistema, automação e comunicação, para atender requisitos de agilidade, confiabilidade, flexibilidade e segurança operacional, e que, ao mesmo tempo, se integrassem ao contexto de cada uma das cidades, respeitando suas características culturais e urbanísticas e assegurando a viabilidade econômica, ambiental e social das instalações.

ONS: Quais premissas balizaram a opção pelo perfil de construção adotado?

WFJ: O desenvolvimento sustentado, compreendendo a

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utilização de recursos naturais e, principalmente, a energia, está no centro das atenções e certamente faz parte da agenda estratégica de governos, empresas e organizações da sociedade civil. Nesse cenário, água, energia são fundamentais para o futuro de qualquer empresa ou organização, assim como para toda a população.

Creio que todas as novas construções devam incorporar essa preocupação e as soluções economicamente viáveis que já estão disponibilizadas. E foi isso que buscamos fazer nas novas instalações do ONS, inclusive incorporando experiências e conhecimentos que surgiram de projetos de pesquisa e desenvolvimento realizados pelos próprios Agentes do setor.

As soluções encontradas pelo ONS estão alinhadas com o modelo institucional e o contexto vivido pelo setor elétrico, assegurando a eficiência operacional, a racionalidade de custos e a criação de um ambiente confortável e acolhedor para os profissionais.

ONS: A definição do modelo para a contratação dos empreendimentos foi fruto de um rigoroso trabalho desenvolvido pelo ONS, que contou com o apoio da equipe da CPFL. Por que foi escolhida esta forma de contratação?

WFJ: Considero o projeto das novas instalações do ONS uma experiência importante, construída por meio da união de conhecimentos e expertise de profissionais e especialistas das mais diversas áreas. Nós transmitimos para a Comissão experiências adquiridas nas distribuidoras da CPFL Energia que, em linhas gerais, possuem desafios muito semelhantes aos do Operador, à medida que precisamos assegurar a qualidade e a eficiência de nossas operações, com foco na eficiência de custos e modicidade tarifária. Nessa direção, a opção pelo modelo built to suit, antes de refletir uma tendência de mercado, foi o resultado de análises profundas e detalhadas, que contaram com a participação da equipe de direção e profissionais do ONS, dos Conselheiros e da Fundação Getúlio Vargas, que nos apoiou na análise de viabilidade dos projetos referentes a cada instalação. Essa opção foi a que demonstrou a melhor viabilidade econômica, com foco na racionalidade de custos e sustentabilidade técnicooperacional.

assegurando que a sua atuação esteja baseada no rigor técnico de suas ações, na equidistância em relação aos interesses de todos os Agentes e na transparência de suas decisões.

Nessa direção, os resultados, a confiança e a credibilidade alcançados pelo Operador, em pouco mais de uma década de atuação, evidenciam a qualidade do trabalho de fortalecimento das diretrizes de governança e do modelo de gestão, baseado nos critérios da excelência, realizados pelo Conselho, pela Direção e pela equipe de profissionais do ONS. Destaco, ainda, o grande esforço de modernização de sistemas e, principalmente, o trabalho fundamental de desenvolvimento e qualificação do quadro de profissionais do Operador. Esse esforço tem sido fundamental para que, mesmo em momentos críticos, o ONS ofereça respostas qualificadas, em linha com o desafio representado pela complexidade e pela dimensão do Sistema Interligado Nacional, que é considerado um dos mais robustos e seguros do mundo, com indicadores de desempenho reconhecidos internacionalmente.

Considero o projeto das novas instalações do ONS uma experiência importante, construída por meio da união de conhecimentos e expertise de profissionais e especialistas das mais diversas áreas.

Estou certo de que seremos capazes de continuar avançando e evoluindo, para ampliar a credibilidade e a confiança que o país deposita em nosso trabalho.

ONS: Que mensagem o senhor daria para a equipe do ONS?

Arquivo: CPFL

WFJ: O ONS é um dos pilares mais importantes do modelo institucional do setor elétrico brasileiro. E, à luz de sua missão, precisa garantir que suas atribuições sejam exercidas em linha com os interesses do país,

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GRANDES EVENTOS

Após o bem-sucedido trabalho das equipes do ONS e dos Agentes na Copa das Confederações, as atenções se voltam agora para a Olimpíada de 2016 e para a Copa do Mundo de 2014.

ENERGIA EM ALTA Com o objetivo de garantir total segurança ao abastecimento elétrico durante a Olimpíada Rio 2016 e a Copa do Mundo de 2014, o ONS vem desenvolvendo estudos com Agentes e outros órgãos ligados à realização das competições.

Um deles é a Autoridade Pública Olímpica (APO), que promoveu o Workshop Preparatórias do Setor Elétrico para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016, sediado pelo ONS, no mês de maio, em seu Escritório Central (RJ). O objetivo foi nivelar os participantes sobre as medidas que estão sendo tomadas para a realização do evento.

A APO é um consórcio responsável por coordenar a participação da União, do Estado e do Município do Rio de Janeiro na preparação e realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016.

O workshop contou com o comitê organizador da Rio 2016, secretarias estaduais e municipais, empresas Light e Furnas, Ministério de Minas e Energia (MME), Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Agência Nacional de Energia Elétrica

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(Aneel), além de companhias de transmissão e distribuição das quatro capitais onde haverá jogos de futebol na Olimpíada: São Paulo, Belo Horizonte, Salvador e Distrito Federal.

Do ONS, participaram as equipes da Gerência de Ampliações e Reforços na Rede Básica (GAT2), da Gerência de Relacionamento Estratégico com os Agentes (REG1) e das Gerências Executivas de Planejamento da Operação (GPO), de Estudos Especiais, Proteção e Controle (GPE), de Programação da Operação (GPD) e de Metodologias, Modelos e Carga (GMC).

O Diretor Geral do ONS, Hermes Chipp, destacou a importância do workshop. “Nos próximos anos, haverá acontecimentos de grande porte em nosso país e com repercussão internacional. Por isso, é essencial termos este momento para nivelar as ações de cada órgão responsável pelo suprimento de energia durante os eventos.”

Márcio Fortes, presidente da APO, agradeceu ao Operador pela hospitalidade e explicou a

Cada “cluster” olímpico é alimentado por duas subestações da Rede Básica independentes, um requisito do COI. A única exceção é Copacabana, que tem apenas o atendimento por Grajaú.

natureza do órgão. “O papel da APO é ser um catalisador.

Levantar as questões, colocálas em discussão e promover o encaminhamento das soluções, este é o âmbito deste seminário”.

Lillian Monteath, Gerente de Ampliações e Reforços na Rede Básica do ONS, explica que, no início, os trabalhos da força-tarefa eram voltados para o Rio de Janeiro. A partir de março deste ano, foram envolvidas as demais capitais com ênfase no atendimento aos estádios e aos aeroportos. “A grande vantagem é que essas cidades que vão realizar os jogos de futebol já foram foco de nossa atenção por conta da Copa do Mundo de 2014. O que fizemos foi rever nossas análises para o horizonte 2016 conferindo o atendimento aos novos critérios, uma vez que o Comitê Olímpico Internacional (COI) tem um conjunto de requisitos mais rigorosos do que o da Fifa, já que a competição acontece em diversos pontos simultaneamente na cidadesede.”

Uma das principais exigências é que o atendimento aos “clusters” olímpicos seja feito a partir de duas subestações de alta tensão, tanto na rede de distribuição, quanto na Rede Básica. “Adicionalmente para o Rio, estamos analisando a viabilidade de prover segurança diferenciada para o atendimento à capital por meio do reforço da rede de distribuição da Light. Isso possibilitaria a operação de sua rede de 138 kV em anel, melhorando de forma significativa o desempenho do sistema no caso de contingências duplas na rede de 500 kV que atende à região metropolitana do Rio de Janeiro. Com esse reforço, estamos indo além do critério exigido pelo COI”, completa Lillian.

Todas as recomendações estão sendo consolidadas em um Plano de Ação elaborado pelo ONS e pelos Agentes. O Plano – que será aprovado pelo MME – traz as ampliações e reforços necessários na Rede Básica e na distribuição e também as

medidas para que as obras sejam concluídas para os eventos-teste, em junho de 2015.

Treinando para a Copa do Mundo Além da força-tarefa da Rio 2016, o ONS faz parte do grupo de trabalho responsável por assegurar o suprimento adequado de energia elétrica às 12 capitais-sede da Copa do Mundo.

O primeiro teste foi a Copa das Confederações, realizada de 15 a 30 de junho. No dia 3 de julho, em Brasília, o Diretor Geral do Operador, Hermes Chipp, relatou as principais providências tomadas e destacou que tudo aconteceu dentro do previsto.

Os resultados verificados serão considerados como histórico a ser utilizado nos estudos do grupo de trabalho para o Mundial de 2014.

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CONHECIMENTO

Com a publicação lançada no primeiro leilão de transmissão do ano, realizado em maio, o ONS pretende melhorar a qualidade dos projetos básicos e, consequentemente, reduzir os prazos para aprovação.

PROJETOS BÁSICOS DA TRANSMISSÃO

MAIS AGILIDADE NA APROVAÇÃO Desde o ano 2000, o ONS já aprovou 116 projetos básicos de empreendimentos de transmissão, representando 36 mil km de linhas, aproximadamente 36% da Rede Básica atual. No momento, contabiliza 52 projetos em análise, o que consiste em mais 11.683 km de linhas de transmissão. Somado a isso, há uma expectativa de crescimento de mais de 8.500 km até 2015.

Ou seja, uma crescente demanda de trabalho para os vencedores dos leilões e para o ONS. Diante desta perspectiva e visando ao aperfeiçoamento do processo de elaboração e aprovação dos projetos básicos de empreendimentos de transmissão, o Operador Nacional editou uma publicação

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que apresenta de forma didática orientações para a realização de estudos elétricos, especificações das instalações, de equipamentos e de linhas de transmissão.

Trata-se das “Diretrizes para a Elaboração de Projetos Básicos para Empreendimentos de Transmissão”.

Ao longo de sua atuação no setor, o Operador Nacional identificou pontos críticos nos projetos, que se repetiam de forma sistemática. Esses pontos levavam a dois aspectos bastante indesejáveis no processo de análise de conformidade dos projetos básicos: o não atendimento aos requisitos dos Procedimentos de Rede e dos editais da transmissão, além do tempo excessivo para aprovação final, após diversas revisões,

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Álvaro Fleury Veloso da Silveira, Diretor de Administração dos Serviços de Transmissão

acarretando retrabalho para os profissionais do ONS e dos Agentes.

“Nosso objetivo foi registrar os principais aspectos aos quais as empresas, por meio de seus técnicos e consultores especializados, devem estar atentas no processo de elaboração de um projeto básico. Essa publicação apresenta o detalhamento, em um nível técnico mais aprofundado, das regras básicas que estão nos Procedimentos de Rede. Quem consultar os Procedimentos de Rede e essas diretrizes terá a regra e o documento de referência desta regra.

Ou seja, o conjunto dos pontos de atenção a ser considerado para elaboração dos projetos básicos.

Com isso, o ONS pretende contribuir para o aprimoramento da qualidade dos projetos e para a redução dos prazos de aprovação dos documentos, que vem exigindo uma média de quatro revisões.

Obteremos também uma consequente melhoria na prestação do serviço referente aos aspectos de segurança e qualidade no fornecimento de energia aos consumidores. Por outro lado, otimizaremos a utilização da nossa equipe, pois, ao evitarmos o retrabalho, nos capacitamos a atuar de uma forma mais produtiva. Para os Agentes ainda haverá uma redução de custo, uma vez que a circulação de tantos documentos é algo oneroso”, explica o Diretor de Administração dos Serviços de Transmissão do ONS, Álvaro Fleury Veloso da Silveira.

Processo participativo Após um ano de trabalho envolvendo os profissionais da Gerência Executiva de Administração da Transmissão (GAT), o ONS editou a publicação, que teve participação direta dos Agentes. Ao longo da elaboração do documento, o Operador Nacional promoveu dois workshops, um em abril e outro em setembro de 2012, para discutir a publicação com as empresas do setor, centros de pesquisa, universidades e fabricantes de equipamentos, e colher sugestões e comentários. Todos os envolvidos no processo tiveram acesso prévio ao texto e puderam manifestar suas opiniões nos encontros.

“Foi um trabalho a muitas mãos. A compilação, consistência e coerência entre as diversas partes do documento foram realizadas pela nossa equipe, mas com significativa participação e colaboração dos Agentes, que são coautores e principais usuários das diretrizes”, comenta Antonio Carlos Cavalcanti de Carvalho, Gerente de Padrões de Desempenho e Requisitos Mínimos para as Instalações da Rede Básica (GAT 3).

Capa da publicação

Dois profissionais da GAT 3 ficaram à frente do processo, responsáveis por elaborar a minuta final do documento. Segundo Helio Pessoa, “procuramos simplificar as orientações, mas não é uma receita de bolo. O papel dos engenheiros responsáveis pela elaboração dos projetos básicos é muito importante para a qualidade do trabalho”.

Já para Carlos Campinho, “foi um desafio muito grande, porque não tínhamos nada escrito no gênero. Não foi uma tarefa simples, mas obtivemos um bom resultado”.

Acesse a publicação A partir do uso pelos Agentes, o Operador espera receber sugestões de melhoria. As equipes estão também produzindo uma versão reduzida, com um pequeno resumo de cada assunto tratado.

A intenção é disponibilizar essa nova versão em outubro.

Acesse a publicação e envie suas sugestões. O livro “Diretrizes para a Elaboração de Projetos Básicos para Empreendimentos de Transmissão” está disponível no site do ONS, no link Biblioteca Virtual > Publicações.

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ALTA TENSÃO

Melhor previsão, mais segurança em tempo real Hoje, todos os países do mundo se beneficiam dos significativos e rápidos avanços científicos e tecnológicos da meteorologia em escala global. Esses avanços são baseados em três pilares: conhecimento científico, sistemas observacionais e modelos computacionais de previsão meteorológica.

O conhecimento científico ocorre em todos os continentes, ainda que a maior produção de novos conhecimentos aconteça nos países desenvolvidos.

Por outro lado, somente poucos países mantêm sistemas de satélites de observação meteorológica.

No que diz respeito a modelos computacionais de previsão de tempo, um grande número de países detém conhecimento sobre modelos computacionais de escala regional e os aplica em domínios geográficos compreendendo seus territórios. Porém, poucos desenvolvem e operam sistemas globais de modelagem de tempo e clima. O Brasil é um deles e, junto com China, destaca-se por dispor de modelos globais para a previsão de tempo e de clima.

Uma vez que a maioria das observações meteorológicas globais é compartilhada, assim como os resultados das previsões numéricas dos modelos computacionais, por que o Brasil decidiu 20 anos atrás desenvolver e operar sistemas de assimilação de dados e modelos de previsão globais? Por que não fazer como a grande maioria dos países do mundo que não operam modelos globais, isto é, simplesmente usar resultados de modelos dos países centrais?

A resposta é simples: autonomia. As dimensões do país o tornam sujeito a variados sistemas meteorológicos e climáticos de diferentes origens e ciclos de vida, todos ligados a fenômenos de escala global. Isso demanda uma experiente comunidade

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científica com conhecimento fenomenológico e quantitativo sobre as flutuações do tempo e do clima, com a ajuda de modelos computacionais.

Há, ainda, uma importante dimensão econômica na autonomia. Uma grande proporção do PIB brasileiro vem de recursos naturais renováveis, como agricultura e energia hidrelétrica. Seria temerário, no mínimo, o país não ter domínio completo do ciclo de conhecimento meteorológico para autonomamente fazer todas as previsões necessárias.

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação vem investindo continuamente no avanço da ciência meteorológica nacional, seja no fomento à pesquisa científica, ou no fornecimento de infraestrutura de supercomputação para o país desenvolver e operar modelos globais. Finalizo, destacando que, nos próximos anos, daremos um passo na busca de ainda mais autonomia no campo da meteorologia.

Planeja-se, nos próximos cinco anos, desenvolver e lançar um satélite meteorológico geoestacionário nacional avançado, trazendo importante autonomia na capacidade de monitoramento ambiental.

Carlos A. Nobre Secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação

Arquivo pessoal

Carlos A. Nobre

Buscando aprimorar tecnologia de previsão meteorológica e climática na operação do SIN, ONS se conveniou ao Centro de Previsão de Estudos Climáticos e ao Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais. Trabalho é coordenado por Hermes Chipp, Diretor Geral do ONS, Francisco Arteiro, Diretor de Planejamento e Programação da Operação e Vinicius Forain, Gerente de Recursos Hídricos e Meteorologia.

Especialistas analisam perspectivas de evolução da previsão no Brasil.

Um processo de previsão, seja do tempo ou do clima, começa com observação e medição das condições ambientais mais recentes. Para previsões climáticas sazonais, é importante conhecer as condições de contorno de superfície da Terra, como umidade do solo e cobertura de neve e gelo. São fatores importantes, pois influenciam a atmosfera por períodos relativamente longos.

Os meteorologistas usam ferramentas estatísticas e dinâmicas para suas previsões. A estatística inclui dados climáticos históricos para mostrar as relações entre as condições da superfície da Terra e do clima. Outra ferramenta são modelos numéricos que representam a relação física entre as variações atmosféricas e nas condições de contorno da superfície.

O Brasil avançou nos últimos anos na previsão climática sazonal, destacando-se a designação do CPTEC/Inpe em 2010 como um dos 12 centros globais de previsão climática da Organização Meteorológica Mundial (OMM), e a recente implantação de um procedimento de previsão climática sazonal para o Brasil agregando informações dos modelos de previsão climática rodados no CPTEC/Inpe, Inmet e Funceme.

No entanto, ainda temos muitos desafios para melhorar a qualidade dessas previsões, atualmente fortemente condicionada a determinados fenômenos climáticos. O desenvolvimento e uso de novos modelos capazes de representar a complexidade do sistema climático global, incluindo a representação de fenômenos não totalmente contemplados nos modelos, é uma tarefa desafiadora, porém importante, para aprimorar as previsões em curto prazo.

A capacidade de nos mantermos no mesmo patamar dos países do primeiro mundo está ligada a decisões da instituição e de outras que requerem apoio governamental. O MCTI investe continuamente na renovação do parque de supercomputação do CPTEC. Um exemplo é o Tupã, que em 2010 era o 29º na lista dos computadores do mundo e em 2014 já deverá estar fora dos top 500. Não conseguiremos manter a competitividade sem máquinas que nos permitam rodar modelos com grande resolução.

Finalmente, mas não menos importante, é a necessidade de recursos humanos qualificados.

O CPTEC possui o maior contingente de RH do Brasil e da América do Sul em Meteorologia, número ainda pequeno frente às tarefas exigidas ou ao tamanho do quadro de outras instituições da Europa e EUA. Uma boa previsão de tempo e de clima requer computadores potentes, ampla rede de observação, modelos no estado da arte e pessoal qualificado. Ainda que tenhamos a infraestrutura, não faremos boas previsões sem pessoal qualificado. Formar e qualificar pessoal é o nosso maior desafio.

Osvaldo Moraes Coordenador Geral do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC)

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Arquivo: CPTEC/Inpe

Osvaldo Moraes

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CAPA

Todo o trabalho de planejamento e de preparação de infraestrutura desenvolvido pelo ONS para que a sua mudança para as novas instalações ocorresse com a máxima segurança ao SIN já apresenta resultados muito positivos.

Rio de Janeiro

Recife

Florianópolis

Mudança muito bem planejada Junho e julho de 2013 entraram para a história do Operador Nacional. Nesses meses, as equipes dos Centros e Núcleos em Florianópolis e Recife mudaram para as novas instalações, planejadas exclusivamente para o ONS. Esse processo foi fruto de um criterioso trabalho, que envolveu diversas áreas da organização.

(DGL). Os três cuidaram desde a supervisão dos contratos e da compatibilização orçamentária até o gerenciamento das obras. Angela Bessa também supervisionou os grupos de trabalho multidisciplinares criados para as diversas ações desenvolvidas, que envolveram várias áreas e profissionais do Operador Nacional.

A Diretoria de Assuntos Corporativos (DAC) assumiu a coordenação geral dos projetos referentes às novas instalações, com a atuação direta da Diretoria de Operação (DOP) e da Diretoria Geral (DGL).

Tendo em vista as peculiaridades, bem como a complexidade inerente a todo o ambiente das Salas de Controle dos Centros, os projetos referentes à área operativa foram desenvolvidos de acordo com os requisitos técnicos exigidos, conduzidos com o apoio do Diretor de Operação, Ronaldo Schuck, e executados por uma equipe multidisciplinar da DOP, sob coordenação do Assistente da Diretoria, Angelo Luiz De Franceschi. Essa equipe se envolveu diretamente,

Os projetos tiveram o acompanhamento do Diretor da DAC, István Gárdos, da Assistente de Diretoria, Angela Bessa, e do Secretário Geral do ONS, Humberto Valle do Prado Junior

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desde a elaboração do projeto arquitetônico das Salas de Controle, incluindo o layout dos postos de trabalho, mobiliário, novas funcionalidades e recursos operativos com nova tecnologia, bem como na definição do projeto do Data Center Operativo (veja detalhes ao lado).

A Gerência Jurídica foi responsável por um importante trabalho. “As contratações dos empreendimentos foram na modalidade built to suit (contratos de locação de longo prazo no qual o imóvel é construído para atender os interesses do locatário), ainda pouco comum no Brasil, com peculiaridades técnicas e jurídicas”, explica a Gerente Elusa Moreira Barroso. Além disso, a Gerência também cuidou dos complexos contratos com os diversos fornecedores para prestação de serviços e aquisição de produtos, bem como de todo o processo de legalização das três novas instalações (Rio de Janeiro, Florianópolis e Recife).

Toda parte referente aos serviços, equipamentos de infraestrutura, segurança e automação prediais, e à própria logística da mudança, entre outras questões, ficaram por conta da Assessoria de Administração Geral (ADG), com acompanhamento direto da Gerente Áurea Gonçalves.

Já a Assessoria de Infraestrutura Predial (AIP) coordenou e fiscalizou o desenvolvimento das obras e cuidou de toda a negociação com fornecedores e empreendedores, monitorando os índices de desempenho do projeto, sob a coordenação do Gerente João Batista dos Santos.

A Gerência Executiva de Informática e Telecomunicações (GIT), a cargo de Alexandre dos Santos Silva, esteve à frente de todo o processo de viabilização da infraestrutura de TI necessária para o desenvolvimento das atividades do Operador. E a Gerência Executiva de Riscos (GER), sob responsabilidade de Carlos Alexandre da Silva Prado, está cuidando da elaboração e atualização das normas corporativas do Operador.

Para completar, coube à Assessoria de Planejamento e Comunicação (APC) desenvolver a identidade visual e a sinalização dos novos prédios, planejar e executar uma estratégia para comunicação das mudanças, tanto interna como externamente, desenvolver um programa de orientação aos colaboradores, etc. Tudo isso, com o acompanhamento da Gerente de Comunicação, Lúcia Helena Carvalho.

Centros de Operação: desafio superado O êxito obtido nos Centros Regionais de Operação Sul (COSR-S) e Nordeste (COSR-NE), com as mudanças de endereço nos dias 2 de junho e 16 de julho, respectivamente, demonstra que o esforço e a dedicação da equipe do ONS valeram a pena. “Os Centros de Operação são áreas muito sensíveis em vários aspectos, principalmente com relação aos sistemas de comunicação de voz e dados e aos aplicativos que compõem o Sistema de Supervisão e Controle.

Fazer uma mudança física de um Centro de Operação requer um cuidado especial, visando evitar a descontinuidade desses recursos e consequentemente do Controle da Operação do SIN”, comenta Angelo Luiz De Franceschi, Assistente da Diretoria de Operação do ONS. Os preparativos para a mudança começaram em 2011, com a elaboração do Plano de Transferência dos Centros Sul, Sudeste e Nordeste para suas novas instalações. Esse plano continha uma série de cenários e soluções alternativas para que tudo ocorresse sem interrupção das atividades da operação em tempo real. As opções estavam condicionadas às datas de conclusão dos prédios e ao desenvolvimento da Rede de Gerenciamento de Energia (Reger — conheça o projeto no box da página 12), o que exigia uma permanente avaliação e atualização dos cenários que compunham o plano em função da evolução dos cronogramas desses dois fatores.

Esse planejamento geral foi adaptado para cada um dos três Centros, considerando suas peculiaridades. O plano de cada Centro foi acompanhado pela Diretoria de Operação e revisto periodicamente. Para uma maior segurança no processo, cada item referente à mudança da área operativa teve um tratamento específico (Sala de Controle; logística para disponibilizar sistema dual dos recursos de operação em dois locais, simultaneamente; mobiliário; comunicação; instalação do videowall; etc.) e contou com um coordenador, sob orientação geral da DOP. As peculiaridades e dificuldades existentes em cada localidade eram identificadas e discutidas pelo grupo e, posteriormente, as equipes formadas pelos especialistas dos Centros testavam as possibilidades e definiam o projeto para atendimento das alternativas.

As equipes dos três Centros Regionais, com o apoio dos profissionais de Supervisão e Controle

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do Centro Nacional de Operação do Sistema (CNOS), tiveram significativa participação e foram responsáveis pela implementação da alternativa definida. “As áreas de Supervisão e Controle dos Centros, com o suporte da equipe da Assessoria de Supervisão e Controle, tiveram um papel fundamental no planejamento da mudança. Contamos, também, com a experiência dos operadores na elaboração do plano de mudança. Isso sem falar das demais áreas do ONS envolvidas nas questões logísticas e de infraestrutura, como a GIT, a AIP e a ADG”, ressalta Angelo Luiz De Franceschi. “Procuramos identificar a melhor solução técnica para não inviabilizar a operação”, comenta.

Saiba mais sobre o Reger A Rede de Gerenciamento de Energia (Reger) consiste em um novo sistema de supervisão e controle em uma plataforma unificada, em substituição aos atuais recursos operacionais que são providos por diferentes fornecedores.

O Reger propicia, além da unicidade da informação e do aumento da segurança informacional, melhores condições para a garantia da continuidade dos processos de supervisão e controle, uma vez que cada Centro do ONS pode ser substituído por outro, sem prejuízo ao sistema.

Embora essa Rede ainda não tenha sido instalada nos Centros Sul e Nordeste, as funcionalidades de comunicação do Reger foram fundamentais para o êxito da operação remota utilizada na transferência dos Centros.

Centro Regional de Operação Sul: um caso de sucesso A transferência do Centro do ONS em Florianópolis para suas novas instalações demonstrou a qualidade do planejamento. O dia 2 de junho de 2013 é um marco na história do Operador. Foi vencido o primeiro desafio.

“O que cabe de destaque para a questão da mudança do Centro Sul (COSR-S) foi todo o trabalho de preparação, usando a infraestrutura de comunicação do Reger, que foi muito providencial, sem gerar nenhum tipo de descontinuidade na operação. A implementação dessa solução e todo o trabalho de testes, principalmente no que se refere aos sistemas operativos de supervisão e controle e de comunicação, já estavam prontos quinze dias antes da mudança”, relata o Assistente da DOP. Usando a infraestrutura de comunicação do Reger entre o Centro localizado no antigo endereço e o novo, foi possível estabelecer uma operação paralela. “No domingo, dia definido para a realização da mudança, tínhamos um Centro operando nas instalações do ONS na Eletrosul, e o novo Centro em plenas condições de assumir suas atribuições. Então, a estratégia foi operarmos os dois Centros por algumas horas em paralelo. Depois, por volta das 16h, quando tivemos total garantia de que estava tudo dentro das conformidades, o Centro antigo passou a ser o backup do novo Centro, condição esta que permanecerá temporariamente até a implantação definitiva do sistema Reger. Essa funcionalidade oferecida pelo novo Sistema de Comunicação do Reger permitiu que operássemos do prédio novo remotamente, com os servidores ainda nas antigas instalações”, explica.

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O primeiro Centro do ONS a utilizar o Reger foi o Sudeste, em janeiro deste ano.

Em julho, foi a vez do CNOS e do Centro Regional de Operação Norte/Centro-Oeste (COSR-NCO) adotarem o novo sistema. A previsão para o Nordeste contar com esta nova tecnologia é ainda em julho, e para o Sul, antes do final do ano.

“Adotamos um plano de operação remota utilizando o SSC Areva e a rede de comunicação ROP-Reger. Com isto, foi possível garantir a continuidade da operação do Sistema Sul e manter disponível o Centro antigo, funcionando em perfeitas condições para atendimento da operação em casos de necessidade”, ratifica o Gerente Executivo do COSR-S, Assis Brasil Ramos de Macedo Jr. A mudança do Centro Nordeste seguiu a mesma trajetória de sucesso do Sul. “O COSR-NE está de cara nova. Podemos observar a satisfação de cada colaborador. A Sala de Controle está mais funcional, além de moderna e bonita”, comemora a Gerente Executiva, Sandra Maria Maciel Pontes.

Já para o Centro Regional de Operação Sudeste (COSR-SE), deverá ser adotada outra estratégia.

“Também serão usados os recursos do Reger, só que de maneira diferente. Como esse sistema já está operando, precisaremos fazer a mudança

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física dos equipamentos dessa Rede. Em função disso, teremos que inibir a sua operação. A operação remota será entre o novo Centro do Rio de Janeiro e o CNOS, em Brasília”, explica Angelo De Franceschi.

Para o Gerente Executivo do COSR-SE, Jayme Darriba Macêdo, com a mudança, o Centro Sudeste, além da modernização e das funcionalidades do projeto, passará a contar com um grande benefício: “a proximidade física com o Escritório Central e a Diretoria de Operação proporcionará mais integração entre as equipes e, consequentemente, melhoria nos resultados dos trabalhos”.

Os novos Centros do ONS contam com um projeto desenhado especificamente para a Sala de Controle, priorizando a funcionalidade e o conforto do operador. Entre todos os benefícios, destacam-se: novo layout dos postos de trabalho; iluminação específica para o ambiente, considerando questões relativas ao conforto visual; tratamento acústico na Sala de Controle; incremento de tecnologias novas (videowall, mesa interativa, etc.); Sala de Simulação com layout e tecnologias adequados, o que traz melhores condições de treinamento; melhoria nas áreas periféricas à Sala de Controle, como sala de descompressão; e Sala de Decisão anexa à Sala de Controle, possibilitando melhores condições para que equipes externas de apoio, ou mesmo a alta direção, possam tomar decisões em ambiente adequado.

Centro de Operação de Florianópolis

Centro de Operação do Recife

Maquete 3D do Centro de Operação do Rio de Janeiro

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GESTÃO

DO MODELO À PRÁTICA ONS dá mais um passo rumo ao aperfeiçoamento de sua gestão corporativa. O Modelo de Gestor da organização foi revisado e busca orientar as condutas da equipe gerencial, incentivando a prática dos Valores.

Como deve ser o comportamento dos gestores do ONS? Foi com essa pergunta em mente que o Operador desenvolveu seu novo Modelo de Gestor, documento que contém o conjunto de condutas esperadas de um gerente.

O primeiro Modelo de Gestor do ONS foi formulado em 2005 e lançado em 2006. Naquele momento, era preciso definir e distinguir as atribuições dos gestores de acordo com cada nível hierárquico e dar mais clareza ao papel de cada um.

importante é que as condutas e os valores

Sete anos depois, as atribuições desse profissional já são mais conhecidas. Percebeu-se que chegou a hora de focar então na qualidade da gestão. O novo modelo tem outro caráter, voltado para as condutas gerenciais e para a prática dos Valores Organizacionais.

enunciados sejam

Todo o trabalho foi desenvolvido de acordo com algumas referências institucionais balizadoras das práticas de gestão, como as Competências Gerenciais (do Programa Trajetórias de Carreira) e os Valores Organizacionais, implantados no final de 2012.

objeto de sistemático

Para Marco Antonio Carvalho, Gerente Executivo da Assessoria de Desenvolvimento de Recursos Humanos (ARH) do ONS, o motivador da revisão do Modelo de Gestor foi exatamente a realização dessas duas ações: a criação e a aplicação das novas competências gerenciais e a revisão dos Valores. “Nessa atualização, buscamos clarificar quais são as condutas gerenciais que traduzem a prática dos valores e seus princípios. Nós tentamos fazer essa tradução sempre aderente às ‘competências’ requeridas das posições gerenciais”.

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O mais

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retratados na prática organizacional e sejam acompanhamento e avaliação, identificandose eventuais necessidades de se promover ajustes.

Acompanhamento sistemático

Guardião dos Valores Organizacionais

A revisão do Modelo é um desdobramento do trabalho com os Valores Organizacionais, e o ONS passa justamente por um momento em que eles precisam ser desenvolvidos, praticados e acompanhados pela área de Recursos Humanos.

“Não queremos que seja mais um documento e, sim, que essas condutas sejam realmente levadas para a prática”, afirma Marco Antonio Carvalho.

O Modelo de Gestor foi elaborado com o apoio de um grupo de gestores de todas as Diretorias e considerou também as expectativas levantadas junto a um grupo de empregados sobre quais são as condutas de um bom gestor no ONS.

Assim, o monitoramento do programa é um fator relevante para o seu sucesso. A adoção das condutas podem ser avaliadas por instrumentos formais da organização (como feedbacks da equipe e pares) e até mesmo quando há uma alteração desfavorável no clima organizacional.

“O mais importante é que as condutas e os valores enunciados sejam retratados na prática organizacional e sejam objeto de sistemático acompanhamento e avaliação, identificando-se eventuais necessidades de se promover ajustes.”

De acordo com a ARH, os gestores, com o apoio da Diretoria, devem ser os guardiões dos Valores e as primeiras pessoas a zelar por eles. Eles têm de dar o exemplo e inspirar suas equipes a praticá-los.

Por exemplo, se o gerente perceber que há um determinado Valor sendo desconsiderado em uma discussão, por que não explicitar isso?

A ideia é mostrar à equipe e aos colegas que os Valores podem e devem ser aplicados nas pequenas decisões do dia a dia. Esse deve ser o espírito do gestor do Operador Nacional do Sistema Elétrico.

Condutas esperadas do Gestor ONS No total, o Modelo de Gestor contém 28 pontos que contemplam as condutas esperadas do corpo gerencial.

Entre eles, pode-se citar a imagem da organização. O gestor deve representar os interesses e posições da empresa, cuidando sempre da imagem corporativa. Deve também ter prontidão para responder a demandas.

Outra capacidade importante é saber delegar, dando autonomia e responsabilidade. É importante ainda que ele trate todos de forma equânime e dê crédito de autoria às iniciativas e novas ideias implementadas.

Valorizar e celebrar as boas realizações e resultados também deve ser uma conduta do gestor. É importante também que ele seja um exemplo quanto a compromissos, prazos e horários estabelecidos. Estar aberto ao diálogo, respeitando as diversas opiniões é outra característica fundamental.

O gestor precisa estar sempre atento para identificar e implantar oportunidades de melhorias nos processos, além de criar um ambiente favorável à inovação, promovendo a troca de experiências e estimulando a criatividade.

Estabelecer e acompanhar indicadores e metas é mais uma conduta esperada de um gestor do ONS, assim como saber identificar e tratar conflitos. Tomar decisões envolvendo a equipe e promover o desenvolvimento pessoal de seus integrantes, estimulando o autodesenvolvimento, também são fundamentais.

Além disso, promover a integração entre a equipe e desta com as demais áreas é uma das 28 condutas esperadas do Gestor ONS.

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NA REDE

Matriz e Segurança Energética em foco Nos dias 4 e 5 de julho, o Diretor Geral do ONS, Hermes Chipp, esteve no III Seminário sobre Matriz e Segurança Energética no Brasil. O evento foi promovido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), por meio do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Revista Conjuntura Econômica e do Centro de Estudos em Regulação e Infraestrutura (Ceri).

Dividido em sete painéis, o evento contou com a presença do ONS no primeiro bloco, que teve como tema “O cenário político: posição do governo e planejamento energético”.

Participaram também especialistas da FGV, da Universidade de Brasília (UNB), da Northwestern University, e representantes do Ministério de Minas e Energia (MME), da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), da Agência Brasileira da Inovação (Finep) e da empresa Itaipu Binacional, entre outros.

Em sua palestra, no dia 4, Chipp mostrou as condições de atendimento em 2012, com Energias Naturais Afluentes (ENAs) bastante desfavoráveis, inferiores a 75% da MLT (média de longo termo), em meses seguidos nas regiões Sul, Nordeste e Norte. Com isso, foram necessárias importantes

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Foto: André Telles

Este é um dos principais fóruns atuais para o debate e ampla divulgação sobre a questão energética no país.

Neste ano, foram aprofundadas as discussões sobre oferta e perspectivas futuras para o setor.

Hermes Chipp na palestra "Os desafios e cenários da operação do SIN"

transferências do sistema SE/CO para essas áreas, o que representou um “desestoque” de cerca de 18% da EAR (energia armazenada) máxima no ano. Dessa forma, mesmo com todas as térmicas despachadas na base desde outubro, o nível de armazenamento nessa região no final do período seco (30 de novembro) ficou abaixo do nível-meta de segurança (31,9% contra 41%).

O Diretor também destacou o Programa Mensal da Operação (PMO) de 9 de julho (previsões climáticas, condições meteorológicas e hidroenergéticas), apresentou a avaliação energética para 2013, levando em consideração o período de julho a novembro, e mostrou a perspectiva energética em médio prazo (2014/2017).

As expectativas do mercado de energia elétrica voltam-se para as consequências da alteração no perfil da matriz. “Teremos um sistema mais complexo para a operação, com menor capacidade de regularização e com participação crescente de energias renováveis não convencionais”, afirmou Chipp.

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ONS participa do Enase 2013

O Diretor Geral do Operador, Hermes Chipp, proferiu palestra para uma plateia de cerca de 600 pessoas, na abertura do 10º Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico, no dia 21 de maio, no Rio de Janeiro.

A mesa de abertura contou, também, com a participação do Diretor do Grupo CanalEnergia, Rodrigo Ferreira, responsável pelo evento; do Secretário Executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann; do presidente da EPE, Maurício Tolmasquim; do Superintendente de Regulação dos Serviços da Geração da Aneel, Rui Guilherme Altieri; e do Presidente do Conselho de Administração da CCEE, Luiz Eduardo Barata Ferreira.

No segundo dia do Encontro, o Diretor de Planejamento e Programação da Operação do ONS, Francisco Arteiro, moderou o debate entre palestrantes e comentaristas do painel “Matriz Elétrica - Geração Térmica”. As palestras foram proferidas pelo Consultor da Abraget, Edmundo Silva; pelo Presidente da ABCM, Fernando Luiz Zancan; e pelo Presidente Executivo da Abragef, Marco Antonio Veloso. Os comentaristas foram: o Presidente do Conselho de Administração da Endesa, Mario Santos, e o consultor Guilherme Velho.

Abradee premia distribuidoras No dia 16 de julho, na Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília, a Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) premiou as distribuidoras de energia que se destacaram no cenário nacional.

O Diretor Geral do ONS, Hermes Chipp, integrou a mesa da cerimônia de entrega do Prêmio Abradee, que comemora sua 15ª edição. Além do Presidente da Associação, Nelson Fonseca Leite, vale destacar as demais autoridades presentes: o Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão; o Secretário de Comércio e Serviço do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Humberto Ribeiro; o Secretário-Executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann; o Superintendente de Regulação dos Serviços Comerciais da Aneel, Marcos Bragatto; o Presidente da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, Luiz Eduardo Barata; o Presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Maurício Tolmasquim; o Presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho; e a Diretora de Relações Institucionais da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Mônica Guimarães.

O prêmio nacional, acima de 500 mil consumidores, foi conquistado pela RGE, que também venceu nas categorias de Avaliação pelo Cliente e Gestão Operacional. Na categoria Responsabilidade Social, a AES Sul foi a premiada e, em Qualidade da Gestão, o prêmio ficou com a AES Eletropaulo e a Energisa PB, que levou ainda os troféus de Gestão Econômico-Financeira e Evolução do Desempenho. Na categoria regional, os prêmios foram para Coelce, Enersul e CPFL Paulista.

A CPFL Leste conquistou o prêmio de melhor distribuidora e levou também os troféus de Responsabilidade Social e Avaliação pelo Cliente, no critério de até 500 mil consumidores. Já a CFLO venceu na categoria Gestão Operacional.

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MERCADO

GÁS NATURAL:

por dentro do mercado O mercado de gás natural no Brasil está ainda em maturação.

Trata-se de um setor em franco crescimento, que vive uma fase de grandes desafios. O maior deles é acomodar as variações de demanda a que está sujeito em função do papel que as termelétricas a gás possuem dentro do setor elétrico. Diante da evolução esperada da expansão da oferta de geração de energia e da dinâmica de operação do Sistema Interligado Nacional, é possível crer que haverá uma participação crescente da geração a gás na matriz eletroenergética brasileira, o que aumenta a importância para o Brasil da integração entre os dois setores e da ampliação dos conhecimentos e capacitação dos profissionais que atuam nessas áreas.

Ronaldo Batista Assunção, então Gerente Executivo de Operações e Participações em Energia, representou a Petrobras na coordenação do Curso sobre Gás Natural promovido em parceria com o ONS. Atualmente, é o CEO da Petrobras Energia na Argentina.

O ONS, diante deste cenário e da necessidade de ampliar o conhecimento de seus profissionais sobre o tema, promoveu, em parceria com a Petrobras, o primeiro curso sobre os aspectos técnicos relacionados ao gás natural em suas etapas de exploração, produção, comercialização e geração de energia elétrica.

Durante os dias 9, 10, 16 e 17 de abril, no Escritório Central do ONS (RJ), profissionais do Operador Nacional, Aneel, EPE e da própria Petrobras puderam tirar dúvidas e se aprofundar no assunto. Na abertura do curso, o Diretor Geral do ONS, Hermes Chipp, já deu início ao debate: “A integração do setor elétrico com o de gás é fundamental. Como conciliar as necessidades

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técnicas do SIN com os interesses comerciais das termelétricas? Como regular esta relação?”

A programação, com 42 horas, reuniu temas como: comercialização, mercado, precificação, regulação, contratação de termelétricas a gás natural, entre outros. Todo esse conteúdo foi apresentado por onze palestrantes da Petrobras. O Gerente de Metodologias e Modelos Energéticos do ONS, Alberto Sergio Kligerman, ministrou a palestra "Modelagem de usinas a GNL (Gás Natural Liquefeito) nos modelos de Planejamento Energético".

De forma a enriquecer os conhecimentos adquiridos, os participantes, organizados em duas

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Da esquerda para a direita: Francisco José Arteiro de Oliveira, Diretor de Planejamento e Programação da Operação do ONS; Hermes Chipp, Diretor Geral do ONS, e Carlos Augusto Arentz, Gerente Geral de Marketing da Área de Gás e Energia da Petrobras.

turmas, realizaram visitas técnicas ao Terminal GNL na Baía de Guanabara e à UTE Governador Leonel Brizola, nos dias 15 e 25 de abril.

A visão dos coordenadores “A parceria com a Petrobras surgiu a partir de uma solicitação do Diretor de Planejamento e Programação da Operação do ONS (DPP), Francisco Arteiro, feita ao Diretor de Gás e Energia da Petrobras, José Alcides Santoro, que foi prontamente atendida. O objetivo do curso foi capacitar os nossos profissionais no conhecimento relativo ao gás natural, face à crescente inserção desse tipo de fonte de geração na matriz energética brasileira. Além disso, visou intensificar a integração e parceria entre as áreas de GN da Petrobras com áreas afins do ONS, que devem cada vez mais entender as características e peculiaridades do setor de gás natural, dado o seu rebatimento no planejamento e operação do SIN, que por sua vez deve ser compreendido pela área de gás natural da Petrobras”, comenta a Engenheira de Sistema de Potência, da Gerência de Metodologias e Modelos Energéticos do ONS, Maria Helena Teles de Azevedo, que representou o ONS na estruturação da capacitação.

Para Ronaldo Batista Assunção, da Petrobras, esta foi uma experiência muito positiva e uma

excelente oportunidade de aproximar as empresas participantes. “Esta iniciativa, que partiu do ONS em busca de conhecimento sobre o setor de gás natural, faz com que se amplie o grau de integração e coordenação dos profissionais e Agentes envolvidos com o consequente aumento de confiabilidade na operação do setor elétrico do país, que já é alta”, comenta.

Segundo ele, a percepção dos instrutores também foi muito positiva. “As dúvidas e perguntas feitas pelos alunos evidenciaram o alto nível dos profissionais envolvidos, e contribuirão para que os instrutores possam direcionar melhor a forma de apresentar o conteúdo e planejar os próximos cursos. A oportunidade de compartilhar e de trocar informações e conhecimentos só traz ganhos”, avalia.

A participação dos profissionais da Aneel, EPE e da própria Petrobras, que integraram esta primeira turma, também foi intensa. “Como sempre, a participação de vários Agentes contribui para aumentar ainda mais a integração e a compreensão do setor, produzindo melhores soluções para todos e para o país. Para as próximas edições do curso, esperamos uma participação ainda maior de outros Agentes”, conclui Ronaldo Batista Assunção.

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ARTIGO

A academia e o novo setor elétrico Os sistemas de energia elétrica, no seu mais de um século de existência, sofreram poucas mudanças significativas na sua forma de funcionamento. Uma grande alteração no paradigma organizacional vem ocorrendo desde a década de 1980 através da reestruturação do setor elétrico em segmentos competitivos de geração e comercialização, com livre acesso aos sistemas de transmissão e distribuição. Mais recentemente, vem se observando um conjunto de modificações de caráter tecnológico, tais como a proliferação de fontes alternativas intermitentes de energia, a introdução de dispositivos de controle rápidos baseados na eletrônica de potência, a digitalização de sistemas de controle e proteção, a introdução de novas tecnologias de medição e sensoriamento e, finalmente, as tecnologias de redes elétricas inteligentes (Smart Grid).

As alterações organizacionais e técnicas introduzidas nos sistemas de energia elétrica exigem uma correspondente alteração nos currículos acadêmicos. A envelhecida divisão eletrotécnica x eletrônica, ainda vigente em muitas universidades, não se sustenta diante do novo sistema de energia elétrica, o qual cada vez mais se utiliza das tecnologias da eletrônica de potência e de sistemas digitais. Ainda mais, o conceito de Smart Grid pressupõe uma integração profunda das tecnologias de informação e comunicação com a rede elétrica. Por outro lado, o processo competitivo trazido pela reestruturação do setor colocou a economia como disciplina importante para que o engenheiro seja capaz de harmonizar suas decisões técnicas com o negócio da energia elétrica.

As universidades brasileiras têm respondido aos desafios do novo setor elétrico de forma lenta com relação à atualização da estrutura curricular dos cursos de graduação, o que é natural para evitar modificações que não se sustentem no futuro.

No que diz respeito à pós-graduação e pesquisa, observa-se uma movimentação maior no sentido

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Arquivo pessoal

Por Djalma Falcão*

de incluir os temas mais recentes nos trabalhos de dissertações e teses. Por outro lado, ainda é pequena a oferta de cursos de pós-graduação lato sensu voltados para as novas tecnologias e formatados adequadamente para o ambiente empresarial.

Um aspecto altamente relevante na interação universidade-empresa tem sido o programa de P&D supervisionado pela Aneel, o qual promove uma grande aproximação da academia com os problemas reais do setor. Esta aproximação tem se dado principalmente no segmento de distribuição, sendo muito menos intensa nas atividades de planejamento e operação do Sistema Interligado Nacional. * Djalma M. Falcão recebeu os títulos de Engenheiro Eletricista pela UFPR (1971), M.Sc. pela COPPE/UFRJ (1973), e Ph.D. pela Universidade de Manchester, Reino Unido (1981). Desde 1974, é professor do Programa de Engenharia Elétrica da COPPE/UFRJ, onde atualmente é Professor Titular.

De 1991 a 1993, esteve em licença sabática do Departamento de Engenharia Elétrica e Ciências da Computação da Universidade da Califórnia em Berkeley, EUA. De 2003 a 2004, foi Assistente da Presidência da Eletrobras. Em 2004, foi elevado à categoria de Fellow do IEEE.

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