MOSTRATEC 2014 A Mostra de CiĂŞncia e Tecnologia trouxe as experiĂŞncias e descobertas de estudantes de todo o planeta, que falaram o mesma lĂngua: o conhecimento
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mostratec
Em atividade desde 9 de julho de 2002 Um produto da Bark Comunicação barkcomunicacao@yahoo.com.br Contato Comercial: (51) 3066-5102 comercial@opolvo.com.br Jornalista ResponsĂĄvel: MaurĂcio Carvalho Reg. 9242 MTB/RS ImpressĂŁo: Pioneiro
Para cada problema, uma solução
Tiragem: 1.500 exemplares Redação: Av. Pedro Adams Filho, 4710, sala 202, Påtria Nova Novo Hamburgo /RS CEP 93320-006 Telefone: (51) 3066-5102 E-mail: opolvo@opolvo.com.br Site: www.opolvo.com.br /revistaOPolvo
O incentivo de um amigo, a divulgação de uma pesquisa, um problema caseiro ou atÊ uma simples dúvida. O motivo não importa, mas sim a maneira encontrada para resolver algo que incomoda ou que pode ser melhorado. O importante Ê manter a curiosidade e o estudo!
@revistaopolvo
É difĂcil aprender a escrita Braille?
revistaopolvo
VocĂŞ jĂĄ deve ter visto algum cardĂĄpio em Braille ou mesmo as teclas de um caixa eletrĂ´nico com os cĂłdigos deste tipo de escrita. TambĂŠm jĂĄ deve ter se perguntado como se aprende a ler e escrever usando aqueles pontinhos. Pois aprender Braille nĂŁo ĂŠ tarefa fĂĄcil para quem ĂŠ deficiente visual e nem para quem nĂŁo ĂŠ.
> quem faz o Polvo
RESOLVENDO O PROBLEMA! E se o teclado do computador fosse adaptado para o alfabeto Braille? Esta foi a ideia inicial de JosĂŠ, Lucas e Pietro. AlĂŠm disto, eles criaram um programa que ensina como fazer isto em casa e na escola, com alguns jogos que auxiliam na alfabetização: um game para identifica as letras, um game de cĂĄlculos e outro para soletrar. “Pensamos em ajudar no ensino da Braille, tornando mais lĂşdicoâ€?, explicam.
Edição e Comercial MaurĂcio Carvalho mauricio@opolvo.com.br comercial@opolvo.com.br
Edição e Diagramação Alexandra KorndÜrfer alexandra@opolvo.com.br redacao@opolvo.com.br
Redação Maria Carolina Bastos mariacarolina@opolvo.com.br
EstagiĂĄria em Jornalismo Rafaela Dilly Kich rafaela@opolvo.com.br
Arte Matheus ChistĂŠ matheus@opolvo.com.br
Fotos Homero Schuch
JosĂŠ Felipe Rodrigues Serpa, 18, Lucas Pedreira da Silveira, 19, Pietro de Almeida Lopes, 18 (TĂŠcnico em InformĂĄtica, IFSul – Charqueadas - RS) JĂĄ sĂŁo bem experientes em feiras e no ano passado ďŹ caram em 4Âş lugar por ĂĄrea com outro projeto sobre acessibilidade.
#APROVADO Para testar o Guia Braille, foram atĂŠ uma escola onde estudam alunos deficientes visuais. NĂŁo sĂł aprovaram a ideia, que queriam levar o computador para casa. “Agora queremos disponibilizar o programa para que ele possa ser conhecido e usado por outras pessoas.â€?
Gosta de camarĂŁo? E de casca de camarĂŁo? VocĂŞ sabia que o Brasil produz 240 mil toneladas de camarĂŁo por ano e que metade disto vai para o lixo? Sim, a casca e outras partes do camarĂŁo acabam sendo jogadas fora, gerando um grande desperdĂcio de alimento e tambĂŠm uma grande quantidade de lixo orgânico. RESOLVENDO O PROBLEMA! Eduarda, Lidia e Thais descobriram que todo este lixo pode virar suplemento alimentar rico em proteĂna (18%) e com pouca gordura (1%), bem mais saudĂĄvel se comparado Ă carne vermelha. As gurias tambĂŠm descobriram que a casca de camarĂŁo ĂŠ uma Ăłtima fonte de cĂĄlcio (1,2%), maior que o leite.
#APROVADO “Estamos beneficiando a indĂşstria, gerando um novo produto derivado do camarĂŁo, o meio ambiente, porque reduzimos o lixo orgânico, e as pessoas, criando um suplemento alimentar de baixo custo e rico em proteĂna e cĂĄlcio.â€?
Eduarda Wolf Hinkel, 17, Lidia Nicole Tem Cate, 16, Thais Roberta Huff, 16 (TĂŠcnico em QuĂmica, Fundação Liberato, Novo Hamburgo)
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ESPECIAL NA MOSTRATEC /outubro 2014 > opolvo.com.br
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Para ajudar os pequenos e mÊdios agricultores 70% de tudo o que você come Ê produzido pelos pequenos e mÊdios agricultores. Mas eles não possuem os mesmo recursos tecnológicos dos grandes agricultores na hora de produzir o seu alimento. Pedro, Lucas e Eduardo que vivem em Mato Grosso do Sul conhecem este problema e desenvolveram uma Miniplataforma Agrometeorológica. RESOLVENDO O PROBLEMA! Este protótipo Ê capaz de auxiliar o produtor, captando sete diferentes dados meteorológicos: temperatura, umidade do ar, pressão atmosfÊrica, altitude real, umidade do solo, detecção de chuva e luminosidade. É autosuficiente, funciona com luz solar, tem um baixo custo e os dados podem ser transmitidos atravÊs de um aplicativo, que gera relatórios a partir dos dados.
#Aprovado
Bruno de Goes Silva, 16, Francisco Henrique Correia de Oliveira, 15, (Escola Nossa Senhora da Conceição, Lagoa da Canoa, Alagoas)
Voltando à primeira informação, os produtores de 70% do que comemos podem se beneficiar, com um aumento da sua produção. Nós tambÊm, porque o custo dos alimentos serå reduzido, pois eles terão menos problemas causados pelo clima.
Mosca ĂŠ um bichinho que incomoda...
Amanda Dias de Lima Graciano, 16, Kethelen Mayara Bueno da Silva, 17, (TĂŠcnico em Meio Ambiente, Curitiba, ParanĂĄ)
Onde vocĂŞ deveria colocar os remĂŠdios vencidos?
É o que dizem Bruno e Francisco. “NĂłs moramos em Lagoa da Canoa (AL) e a nossa cidade ĂŠ conhecida como a Capital do Fumo. E, por causa disso, hĂĄ muita mosca. TambĂŠm ĂŠ hĂĄbito das pessoas por lĂĄ colocarem cravos espetados num limĂŁo, para espantar os bichinhos.â€? E daĂ surgiu a ideia da pesquisa.
Se respondeu que não sabe, não se preocupe. A maioria das pessoas não sabe e nem nunca viu uma caixa coletora de remÊdios. Mas existe uma legislação que define a forma correta de descartar os remÊdios e Paranå Ê o estado pioneiro nesta Lei.
RESOLVENDO O PROBLEMA! A elaboração de um inseticida natural foi o prĂłximo passo. E usaram o cravo e o limĂŁo, que jĂĄ eram da cultura popular. Mas agora com a devida testagem e anĂĄlise das informaçþes. “Os dois tĂŞm uma grande quantidade de acetato de eugenol, capaz de repelir as moscas e, em maior concentração, matĂĄ-las.â€? TrĂŞs diferentes inseticidas foram feitos e o terceiro foi capaz de eliminar as moscas em dois minutos, resultado bem prĂłximo dos inseticidas atualmente vendidos.
RESOLVENDO O PROBLEMA!
#APROVADO O produto elaborado ĂŠ 100% natural e ainda com um preço muito mais acessĂvel que os jĂĄ existentes. Pedro OtĂĄvio Liberato Rocha,16, Lucas Moraes, 16, Eduardo da Silva Campos, 18 (TĂŠcnico em InformĂĄtica, Campo Grande, Mato Grosso do Sul)
Amanda e Kethelen, que moram em Curitiba, pesquisaram esta legislação e criaram um questionårio, que foi aplicado a 102 pessoas. Os resultados mostraram que Ê necessårio investir em campanhas de informação e conscientização sobre a forma correta de descartar remÊdios.
#APROVADO O prĂłximo passo ĂŠ levar todos estes dados Ă Secretaria de SaĂşde de Curitiba, junto com uma Cartilha elaborada pela dupla e sugerir uma Campanha na cidade. Ideia que deve ser “copiadaâ€? rapidinho!
O projeto jĂĄ estĂĄ na sua segunda fase, mais elaborado e completo.
Natalia Alejandra Gonzalez,18, Walter Fernando Ortellado Gimenez,18, (TĂŠcnico em QuĂmica, Encarnação, Paraguai)
Queijo ou leite?
ram a uma conclusão: o queijo possui menos lactose, então pessoas com baixa intolerância à lactose poderiam consumir o queijo.
Os paraguaios Natalia e Walter tĂŞm amigos com intolerância Ă lactose e este problema acabou servindo de inspiração para a pesquisa dos dois. “Pensamos nos alimentos que eles poderiam comer para adquirir cĂĄlcio.â€?
#APROVADO
RESOLVENDO O PROBLEMA!
JĂĄ foram atĂŠ o MĂŠxico como pesquisadores e querem novamente uma credencial para um feira internacional.
Depois disto, começaram a comparar o leite o e queijo e logo chega-
Sim, seus amigos jå aprovaram a pesquisa. E quem não tem intolerância tambÊm pode se beneficiar deste conhecimento. Portanto a resposta Ê queijo!
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Os projetos de quem vĂŞm de fora VisĂľes sociais, mĂŠdicas, biolĂłgicas e de educação vieram de paĂses bem distantes e diferentes entre si
EslovĂŞnia Paraguai As amigas Andrea Barboza, Sofia Arias e Eugenia Delgado, todas de 16 anos, resolveram desenvolver um projeto para mostrar para as outras pessoas da sua idade quais sĂŁo os reais efeitos da tecnologia nas relaçþes humanas. “A ideia veio da observação do nosso colĂŠgio. OlhĂĄvamos pros lados durante o recreio, o almoço e estava todo mundo no celular ao invĂŠs de interagindo com os colegasâ€?, explicou Sofia. “Nos queremos que os jovens de nossa geração se deem conta do papel que as novas tecnologias estĂŁo tomando em nossa rotina e comecem a deixar os aparelhos de lado para viver a vida de verdadeâ€?, completa Andrea. E o resultado? O celular (ou smartphone, ou iPhone, ou tablet) traz mais desvantagens do que vantagens. “Observamos, tiramos fotos, montamos um questionĂĄrio com questĂľes quantitativas, onde as pessoas deveriam dar notas para as afirmaçþes. Depois da tabulação dos resultados, vimos que o uso dessas tecnologias sĂł nos afasta. Com ela nĂłs podemos nos comunicar com pessoas de outros paĂses, mas esquecemos de quem estĂĄ do nosso ladoâ€? finalizou Eugenia. PROJETO CELULARES:Âżnos unen o nos alejan?. Efectos en el uso de la tecnologĂa en el relacionamiento entre adolescentes (Celulares: nos unem ou nos afastam? Os efeitos do uso da tecnologia entre adolescentes).
A EslovĂŞnia ĂŠ um dos paĂses que estĂĄ participando pela primeira vez da Mostratec e os alunos Matija Tomic e Miha Papic, ambos de 18 anos, jĂĄ vĂŞm com um projeto que promete mudar a medicina! “Queremos mudar o jeito como as pessoas injetam remĂŠdios produzidos por cĂŠlulas mamĂferasâ€? afirmam os colegas. E para isso, eles estĂŁo desenvolvendo uma forma de liberar o remĂŠdio na corrente sanguĂnea com o uso da luz. “Por exemplo, para um paciente com diabetes, uma cĂĄpsula de insulina serĂĄ inserida embaixo da pele e quando ele precisar, ĂŠ sĂł iluminĂĄ-lo com a luz de seu tablet ou smartphone para liberar a doseâ€?, explicou Micha. Toda a pesquisa teve como inspiração o trabalho de Roman Jerala, bioquĂmico e biĂłlogo sinteticista esloveno, que trabalha com a sintetização de proteĂnas. “NĂłs tomamos o trabalho dele como inspiração e agora ele ĂŠ nosso supervisorâ€?. O prĂłximo objetivo da dupla ĂŠ desenvolver um material seguro para envolver a cĂĄpsula, “NĂłs temos apoio do Instituto Nacional de QuĂmica da EslĂ´venia e queremos continuar a desenvolver este projeto. Eu vou cursar Medicina e o Micha Biomedicina, entĂŁo poderemos seguir nesse rumo!â€?, diz Matija. *Eles criaram o app que emana a luz necessĂĄria para a liberação do remĂŠdio (legenda pra foto do app se tu usar) PROJETO Light Induced Gene Expression in Mammalian Cells (Manifestação de genes induzidos pela luz em celĂşlas mamĂferas)
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TurcomenistĂŁo O pessoal do TurcomenistĂŁo, que tambĂŠm estĂĄ aqui pela primeira vez, desenvolveu um projeto duplo, que promete acabar com um problema mundial e outro do seu paĂs. O primeiro ĂŠ para dar um fim Ă proliferação dos ĂĄcaros, utilizando um pesticida natural. “Os ĂĄcaros estĂŁo se multiplicando muito rĂĄpido e se tornando resistentes Ă pesticidas quĂmicos. Por isso, resolvemos utilizar uma planta chamada ArtemĂsia para criar um repelente naturalâ€?, explica Begench Saparmyradev, de 15 anos. O segundo ĂŠ a produção de um compensado feito a partir de partes de plantas de produção que seriam jogados fora. “O nosso paĂs nĂŁo produz compensados, importa todos. Em compensação, somos grandes produtores de algodĂŁo e todo o resto da planta vai fora!’ disse o professor e supervisor do projeto, Berdimyrat Yazahanov. Assim, eles montaram os prĂłprios equipamentos e desenvolveram um jeito de produzir os blocos de compensado, “NĂłs utilizamos junco para o centro, os talos do algodĂŁo viraram cola e ainda colocamos a ArtemĂsia dentro, para que ele impedisse a vinda de ĂĄcarosâ€?, disse Berdimyrat Mammydov, 16 anos. O projeto dos guris ganhou a medalha de prata na INESPO (OlimpĂada Internacional de Projetos sobre Meio Ambiente e Sustentabilidade) de 2014. Eles produziram e testaram seus prĂłprios blocos e nos disseram que atĂŠ jĂĄ estĂŁo sendo procurados por empresas do paĂs para a produção em massa do produto! PROJETO Making Bed Bug (Cimex lectularius) resistant the lightest and the most feasible particle (Produzindo um compensado mais leve, manejĂĄvel e resistente a ĂĄcaros)
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Indonésia
Luxemburgo Patrick Lux, 19 anos, e seus colegas (que infelizmente não estavam no estande na hora da entrevista), resolveram desenvolver uma mão robótica por um motivo simples: ajudar os outros. “Vimos um vídeo no YouTube de um inglês que nasceu sem as mãos e não tinha dinheiro para comprar as próteses que precisava. Isso nos fez querer criar uma mais barata e funcional, para que todos que precisem tenham condições de tê-la”, disse ele. De acordo com Patrick, uma mão robótica custa em torno de U$$ 19 mil, enquanto a deles, somente cerca de U$$ 1 mil. “Produzimos a nossa prótese baseada em mecânicas e eletrônicas simples. Ela constituída de plástico impresso em 3D e alumínio, o que faz com que seja barata e leve”. Mas o caminho ainda é longo para a mão robótica. O projeto já tem dois anos, mas ainda vai passar por muitos aperfeiçoamentos. “No começo a mão só tinha três dedos, o do meio, o indicador e o dedão. A partir de lá ela progrediu para o que está agora. O próximo passo é melhorar o mecanismo de controle e os sensores de feedback”. Espero que a gente ainda ouça muito a respeito desse projeto!
“Quero desenvolver um produto inovador e que melhore o nosso mundo”, esse é o motivo pelo qual Vatimatuz Zahra AS, 17 anos, da Indonésia, decidiu encontrar um substituto para o álcool como antisséptico para as mãos. “Nossa mão tem um número incrível de bactérias, muitas das quais podem nos passar doenças, como cólera e E.Coli, então é necessário encontrarmos um agente que consiga eliminar esses corpos perigosos. Como o álcool também não é tão bom assim para o nosso corpo, busquei uma forma de utilizar a diversidade da fauna e da flora do meu país para criar um antisséptico natural”, explica ela. Foram escolhidos um representante da flora, a raiz de mangue, e um da fauna, o coral, para o experimento. “Testamos com os alunos do nosso colégio e a maioria disse que não sentiu nenhuma diferença, mas os nossos testes mostraram que o antisséptico feito a partir dessas bactérias simbiontes é bem mais eficaz que a água e o sabão na eliminação de agentes nocivos para a saúde”. PROJETO Utilization of symbiont bacteria of mangrove roots (Rhizophora spp) and coral reefs (Acropora spp) as hand sanitizer (Utilização de bactérias simbióticas das raízes de mangue (Rhizophora spp) e coral (Acropora spp) como antissépctico para as mãos).
PROJETO Development of the Anthropomorphic Robot Hand II (Desenvolvimento da mão robótica antropomórfica II).
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Cazaquistão O trio Nurailyn Bakytova, 17 anos, Abilkalyrkhan Zhaksembay, 17, e Madina Bakhtygazinova, 15, do Casaquistão, querem instituir um novo teste de aprendizado de línguas no país. “O United Nation Test (Teste da Nação Unida), é o teste padrão para o qual nos preparamos no final do ano. Só a menção dele causa nervosismo e até pânico em alguns alunos, por isso, quisemos tentar criar algo novo”, disse Abilkalyrkhan. Então, eles desenvolveram um outro tipo de teste, baseado na memorização de palavras. “Demos 50 palavras para que os alunos memorizassem. No outro dia, passamos um teste com essas palavras. Na semana seguinte, o mesmo teste, renovado, com perguntas diferentes, mas mantendo o foco nas mesmas palavras”, explica Nurailyn. “No primeiro teste, 84% dos alunos acertaram todas as perguntas, a média de erro foi “3” e 37% não tiveram problemas. Já no segundo, 93% tiveram resultados altos, 90% disseram que o primeiro ajudou para o segundo, 80% disseram que serviu como motivador, 65% que memorizaram as palavras a partir da leitura e 80% que não faz sentido simplesmente aprender tudo à força para o teste”, finaliza Madina. Agora que eles já começaram a provar que o teste funciona, querem continuar por todas as escolas do país. PROJETO American sistem of tests in teaching foreign languages (Sistema americano de testes para o aprendizado de línguas estrangeiras).
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mostratec
A vida depois da
Mostratec
A Mostratec mudou a vida de muita gente. Ela inspira estudantes de todo o Brasil a apostar nas suas ideias e desenvolver projetos que podem mudar o mundo
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ma dessas pesquisadoras ĂŠ a RaĂssa MĂźller, de 19 anos, que faz o estĂĄgio no Curso TĂŠcnico de QuĂmica do Liberato. Ela participou de diversas outras feiras com o projeto que apresentou na Mostratec de 2013 e nos contou tudinho sobre como a experiĂŞncia mudou completamente a vida dela.
COMO FOI PARTICIPAR DA MOSTRATEC? Desde que entrei na Liberato sonhava em participar da Mostratec como expositora. Durante os dois primeiros anos fui tradutora, e no terceiro apresentei pela primeira vez. Ano passado eu jĂĄ estava mais experiente. Sabia como era a organização, avaliação e tudo mais. Mesmo assim, cada ano representou uma experiĂŞncia totalmente diferente. Em 2013 tive a oportunidade de participar com todos os meus amigos, apresentar um projeto que me dediquei 101% e aproveitar o que seria minha Ăşltima oportunidade como expositora lĂĄ. E DE QUAIS OUTRAS FEIRAS TU PARTICIPASTES DEPOIS DA MOSTRATEC? Participei da Febrace, em SĂŁo Paulo, da I-Sweeep, em Houston, no Texas, EUA, da Intel ISEF, em Los Angeles, California, tambĂŠm nos EUA, da Fenecit, em Recife, e de uma feira online da Google chamada Google Science Fair. E AGORA TU VAIS PRA HARVARD? Sim, lĂĄ vai funcionar de maneira diferente. É um congresso americano, entĂŁo vou palestrar lĂĄ e participar de workshops de empreendedorismo. E COMO A MOSTRATEC MUDOU A TUA VIDA? A Mostratec foi um dos principais motivos para eu entrar na Liberato. Ela tem uma atmosfera diferente, parece um lugar Ăşnico no mundo, atemporal. Foi por causa da Mostratec que conheci outros pesquisadores e sonhadores. Se eu nĂŁo conhecesse a feira, talvez nem tivesse começado a desenvolver meu projeto porque no Brasil ĂŠ muito difĂcil um estudante de Ensino MĂŠdio receber credibilidade e a Feira, todos os anos, possibilita que milhares de estudantes mostrem suas ideias, compartilhem experiĂŞncias e recebam reconhecimento e atĂŠ uma proposta de inserção no mercado.
O PROJETO
E O QUE A FEIRA TROUXE PRA TI? A Mostratec abriu todas as portas para outras possibilidades. NĂŁo sĂł participação de feiras, mas conheci pessoas influentes e com muito conhecimento, que me oferecem oportunidades valiosas. Ainda nĂŁo consegui fazer com que meu projeto seja aplicado na indĂşstria, essa ĂŠ uma questĂŁo muito difĂcil, mas consegui realizar o sonho da minha vida que era ir para a ISEF e agora estar indo pra Harvard ĂŠ muito maior do que eu poderia sonhar.
MASE – Membrana de Absorção Seletiva – de RaĂssa MĂźller e Gabriel Chiomento da Motta Os dois desenvolveram uma membrana capaz de retirar e reutilizar os Ăłleos de derramamentos em solos e ambientes aquĂĄticos. O mĂŠtodo, inovador e sustentĂĄvel, ĂŠ tambĂŠm uma resposta mais eficiente Ă proteção do bioma marinho e terrestre, sendo alternativa para substituição para os utilizados atualmente.
O QUE FALTA PRO TEU PROJETO SER APLICADO? Faltam os testes em grande escala, mas isso não depende de mim. Na escola não tenho estrutura para testar grandes blocos de filme, nem produção em grande escala. Acredito que o que mais falta Ê uma cultura consumista de ideias e não só de produtos no mercado. O maior problema tem a ver com a falta de conhecimento e investimento na ciência prÊ-universitåria.
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ESPECIAL NA MOSTRATEC /outubro 2014 > opolvo.com.br
Medalha na Holanda Para Marina Borsatto e Vanessa dos Reis, a experiĂŞncia da Mostratec tambĂŠm foi recompensadora “Expor na Mostratec foi uma experiĂŞncia gratificante (realização de uma conquista), porque a feira permitiu que melhorĂĄssemos o projeto atravĂŠs de crĂticas, sugestĂľes e elogios recebidos dos visitantesâ€? diz Marina. “O contato com outras culturas e outras ĂĄreas de pesquisa ampliaram nossa visĂŁo de mundo e tambĂŠm dos problemas que nele existem, a experiĂŞncia de ter seu projeto avaliado por uma banca nos treina para uma posterior vida acadĂŞmica e, alĂŠm disso, a feira proporciona novas amizades e novas oportunidadesâ€?, completa Vanessa. A Mostratec ainda levou as duas para a INESPO, as OlimpĂadas Internacionais de Projetos Sobre o Meio Ambiente e Sustentabilidade, onde elas levaram a medalha de prata. Agora as duas vĂŁo tocar o trabalho pra frente! “As prĂłximas etapas sĂŁo fazer o cĂĄlculo da viabilidade econĂ´mica do processo de obtenção do etanol e um estudo mais aprofundado sobre a incorporação dos resĂduos do processo no concretoâ€?.
Educação ambiental na Mostratec com o Projeto Viva a Natureza
O PROJETO: RRP II - Reaproveitamento dos ResĂduos da palmilha II A cada lote de palmilhas produzido, resĂduos sĂŁo gerados a partir das rebarbas do corte das placas. Eles nĂŁo podem ser reutilizados na indĂşstria, pois as sĂŁo constituĂdos por diversos materiais aderidos entre si (uma camada de adesivo, uma de material fibroso, ou polimĂŠrico, e outra de papelĂŁo) e de difĂcil segregação, entĂŁo sĂŁo descartados em aterros industriais. O trabalho tem como objetivo principal utilizar a glicose da celulose dos resĂduos para a produção de etanol e aplicar sustentavelmente a matĂŠria residual nesse processo, o que representa uma diminuição na quantidade de resĂduos dispostos em aterros industriais, contribuindo assim para a redução da poluição no ambiente.
A Comusa – Serviços de Ă gua e Esgoto de Novo Hamburgo e a Prefeitura Municipal convidam para o Projeto Viva a Natureza, um espaço de discussĂŁo e reflexĂŁo sobre a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentĂĄvel direcionado ao pĂşblico infantil de 4 a 12 anos, atravĂŠs de um circuito interativo, com jogos, oficinas, brincadeiras e o espetĂĄculo teatral “Filhos da Terra - O Encanto da Cascataâ€?. O evento ĂŠ realizado pela Companhia de Teatro Luz & Cena e a Fundação Proamb. A atividade serĂĄ promovida entre 27 de outubro e 1Âş de novembro, na Fenac, paralelamente Ă Mostra Internacional de CiĂŞncia e Tecnologia (Mostratec). Ela ĂŠ destinada aos estudantes de ensino fundamental inscritos pelas escolas, mas serĂĄ aberta ao pĂşblico em duas sessĂľes, no dia 29 de outubro, Ă s 20h, e no dia 1Âş de novembro, Ă s 18h. O ingresso ĂŠ um quilo de alimento nĂŁo perecĂvel.
AtĂŠ a China
No CaldeirĂŁo
Rumo Ă BĂŠlgica
Carolina Trento, estudante do Curso TĂŠcnico de QuĂmica da Fundação Liberato, foi a Ăşnica brasileira a participar do 29ÂŞ China Adolescents Science & Technology Innovation Contest (CASTIC 2014), em agosto, na cidade de Pequim. Ela levou o 3Âş lugar na categoria internacional com o projeto “Biorremediação de solos contaminados por Ăłleo lubrificante atravĂŠs de atenuação natural aceleradaâ€?, onde o objetivo ĂŠ aplicar a biorremediação (processo pelo qual organismos vivos, sĂŁo utilizados para reduzir ou remover contaminaçþes no ambiente) de solos contaminados por Ăłleo lubrificante utilizando um mĂŠtodo chamado de atenuação natural acelerada, em escala laboratorial.
O projeto “Poliway - Pavimentação alternativaâ€?, das alunas do Curso de Mecânica da Fundação Liberato, LetĂcia Camargo Padilha e Samantha Karpe, ganhou um prĂŞmio de R$ 30 mil no CaldeirĂŁo do Huck, em setembro. As meninas desenvolveram um asfalto produzido a partir de plĂĄstico reciclado mais resistente, mais barato e com menos deformação que o utilizado atualmente nas ruas.
Jordan Kopper e Gustavo Viegas da Rocha, alunos do Curso de EletrotĂŠcnica da Fundação Liberato, participaram do VIII Foro Internacional de Ciencia e IngenierĂa, categorĂa supranivel em Santiago e conseguiram, alĂŠm do TrofĂŠu Projeto Destaque, credenciamento para ESI 2015 (Expo-Sciencies International), em Bruxelas, na BĂŠlgica. O projeto ĂŠ o “SISH - Sistema Inteligente de Segurança Hospitalarâ€? e busca o desenvolvimento de um software que elimine a possibilidade de sequestros dentro das maternidades dos hospitais, sem influenciar na logĂstica do setor, na saĂşde dos envolvidos no sistema ou nos equipamentos do local. Os dois ainda apareceram em matĂŠrias do Jornal do Almoço e do Jornal da Record!
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ESPECIAL NA MOSTRATEC /outubro 2014 > opolvo.com.br
ROBÔS de
Centro Marista de Inclusão Digital
todos os tipos A robótica tem espaço garantido na Mostratec. E aqui, os alunos mostram desde projetos mais simples, até o uso da programação para comandar estas máquinas
Jabuti Edu O grupo Jabuti Edu, projeto que envolve estudantes de escolas em vários pontos do país, apresenta uma proposta de utilizar a robótica para fomentar o interesse dos alunos pela engenharia e programação - áreas que necessitam cada vez mais de profissionais qualificados para suprir a demanda de mercado. O jovem Pedro Henrique Kopper, 14 anos, trabalhou em um robô em forma de jabuti, que opera através de um sistema conhecido como “o menor computador do mundo”.
Colégio Marista PIO XII A equipe de Robótica do Colégio Marista PIO XII, “Under Control” é composta por 18 integrantes (entre alunos e ex-alunos), que neste ano adicionaram um novo membro ao time: o robô Goliath. Ele foi desenvolvido para um desafio da FIRST Robotics Competition, competição que acontece nos Estados Unidos envolvendo estudantes do mundo inteiro. “A principal proposta é a de incentivar o interesse pela Engenharia e promover o trabalho em grupo, pois tudo que fazemos é em equipe”, conta o estudante de 16 anos Johnny Hoffmann. Nas etapas regionais que ocorreram nos EUA, o Goliath conquistou o 1° lugar em Long Island e o 2° lugar em Nova York. “Foi uma grande experiência, principalmente por termos tido a oportunidade de conhecer outros robôs e de trabalhar em conjunto. Afinal, como dizia o lema da competição, o conhecimento só é valido se for passado adiante”, sintetiza.
Escola Municipal Albano Hansen
COMO FUNCIONA: O robô Goliath foi montado para cumprir o desafio de arremessar uma bola em um gol que está a 2,10m de altura. Para montar a estrutura, a equipe se dividiu entre quatro grupos: Eletrônica, Mecânica, Programação e Logística. Mas o grande trunfo não foi apenas a eficácia do robô: a criatividade e o impacto dele para a região também garantiram pontos positivos para a equipe.
Os estudantes do 6° e 7° ano do Ensino Fundamental Arthur Rafael Alles e Leandro Noronha da Silva desenvolveram através de peças de lego um sistema de irrigação de plantas. A proposta foi pensada para cultivar uma plantação de maneira mais eficaz. “Fizemos tudo a partir da proposta de economizar mais água, em favor do meio-ambiente”, explicam os jovens. COMO FUNCIONA: A estrutura, semelhante a uma estufa, foi montada com peças de lego e pode ser programada no computador através do sistema Arduino. Ali, os alunos controlam sistematicamente duas lonas que sobem ou descem - dependendo do clima, para garantir que as plantas recebam a quantidade adequada de água da chuva.
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Através do lixo eletrônico, estudantes da Rede Marista são capazes de criar protótipos de elevadores e até mesmo um computador personalizado em forma de caminhão. O estudante Diego Rodrigues dos Santos, 16 anos, apresentou nesta edição da Mostratec essas duas criações feitas através de peças de rolamento e impressoras, estabilizadores e materiais doados de caça-níqueis. “A ideia do projeto social de robótica é reaproveitar o lixo eletrônico, sempre pensando em não poluir o meioambiente. Muitas vezes, também envolvemos um trabalho artístico nesse processo”, explica. COMO FUNCIONA: Criado pelos estudantes, o “PC/caminhão” é composto por uma tela led, caixas de som e um teclado - funcionando como qualquer computador normal. O detalhe é que a tela fica acoplada em uma estrutura montada com sobras de peças restantes de caça-níqueis, em forma de caminhão.
COMO FUNCIONA: Conforme a descrição de Pedro, o pequeno jabuti é uma solução completa para um ambiente informatizado nas escolas. Isso porque ele realiza todas as funções de um computador, mas tem um formato compacto, podendo ser plugado em TVS para exibir slides, vídeos e sites para serem usados em aula, além de prover rede Wireless. O robô foi confeccionado para apresentar todas essas funcionalidades com baixo custo, ou seja, surge também como uma alternativa mais econômica.
6° Desafio de Robôs Nos dias 30 e 31 de outubro, o principal destaque na área da robótica será a 6ª edição do Desafio de Robôs, envolvendo Colégios e Unidades Sociais da Rede Marista. O tema do desafio será “Agricultura familiar – alimentar o mundo, respeitar o planeta”. A partir disso, a Comissão Organizadora escolheu os elementos que representarão a partida na arena: colheita, plantação, área de preservação, silos, fazenda, rio (água), fábrica e feira. O desafio consiste em programar robôs para realizar tarefas numa competição que envolve estratégia, criatividade e tecnologia. Cada arena representa um elemento que possibilita ao estudante encontrar soluções, conforme o tema do evento, e cada equipe deve escolher um dos desafios, conforme seu nível de ensino: Lego (estudantes do 4º ao 9º ano do Ensino Fundamental) ou Robótica Livre (estudantes do 4º ano EF ao Ensino Médio).
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