Renováveis ENERGIAS COMPLEMENTARES
Ano 2 - Edição 20 / Fevereiro de 2018
Fascículo colecionável
Primeiro capítulo traz artigo do INPE sobre o potencial solar brasileiro Elbia Gannoum: as novidades de fevereiro para o setor eólico Ronaldo Koloszuk: a evolução da energia solar fotovoltaica no mundo *Notícias selecionadas sobre as fontes renováveis que mais crescem no país* APOIO
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Renováveis
Por Enio Bueno Pereira e Fernando Ramos Martins*
Capítulo I Energia solar – o potencial brasileiro
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O Plano Decenal de Energia (PDE) antecipa uma demanda de energia crescente no país, a
qual deverá ser suprida por quaisquer que sejam as fontes de energia - nuclear, termoelétrica, hidrelétrica ou outras renováveis. Embora a maior parte da energia elétrica gerada no Brasil venha da hidroeletricidade, a matriz de geração relativamente limpa vem se transformando com a entrada de centrais termoelétricas em resposta ao crescimento da demanda e às crises hídricas que ameaçam a segurança energética do país. O PDE 2026 prevê a participação de fontes renováveis com 48% da oferta interna de energia consoante com as metas da contribuição brasileira às Nações Unidas para o acordo de Paris sobre mudanças climáticas (NDC). Entre as várias alternativas de fontes renováveis destaca-se a energia solar, cujo enorme potencial teórico nacional é ainda pouco explorado. No entanto, o aproveitamento desta fonte de energia, assim como da energia eólica, está sujeito à influência das condições meteorológicas que podem apresentar grande variabilidade ao longo de curtos intervalos de tempo. Apesar disso, as barreiras relacionadas à intermitência da geração solar estão sendo superadas através da combinação de pesquisa de inovação, da escala de mercado e da disseminação de informação.
Introdução
A crescente demanda de energia e de alimentos vem acarretando profundas mudanças no
meio ambiente e na qualidade de vida, colocando as sociedades diante de novos desafios em um planeta com recursos naturais finitos. O crescimento da demanda energética, somado à perspectiva de redução dos suprimentos de fontes de energias convencionais, tem sido motivo de preocupação com implicações na economia global.
O Quinto Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas
(IPCC AR5, 2014) adverte que as mudanças climáticas globais são uma realidade e decorrem, sobretudo, do aumento das emissões de gases de efeito estufa (GEE) pelo consumo de combustíveis fósseis. Sem dúvida, um esforço mundial já vem sendo desenvolvido para o uso cada vez mais intenso das energias de fontes renováveis que causem menor impacto socioambiental nos próximos anos, como uma das formas de mitigar os efeitos do aquecimento global. Além da redução de emissões dos gases de efeito estufa, esses esforços promovem o desenvolvimento sustentável e em equilíbrio com o meio ambiente. É também sabido que a segurança energética de uma nação depende da pluralidade de suas fontes de energia que compõe sua matriz energética.
A grande maioria das fontes de energia alternativa e renovável apresenta um potencial teórico
que supera a demanda mundial conforme apresentado na Tabela 1. Entre essas fontes, a energia solar é a que mais se destaca. Embora todas elas se mostrem capazes de suprir as necessidades energéticas da humanidade sem comprometer o conceito de sustentabilidade. O grande desafio é o de aproveitar tais capacidades de uma maneira economicamente competitiva.
A matriz brasileira de energia elétrica apresenta-se relativamente limpa quando comparada
aos países com alto nível de desenvolvimento econômico e social. Nossa geração de eletricidade está baseada principalmente no aproveitamento dos recursos hídricos. Contudo, esse cenário está sendo alterado, não somente em razão da crescente demanda de energia, mas também em resposta às crises hídricas mais frequentes nas últimas décadas. O PDE 2026 antecipa um consumo de energia elétrica crescente a uma taxa média de 3,7% a.a., acrescentando uma demanda adicional de cerca de 225 TWh até 2026. A vulnerabilidade das hidrelétricas frente às condições climáticas leva a situações de racionamento e conflitos relacionados ao uso do recurso hídrico e constitui hoje uma constante preocupação. O uso de recursos hídricos destinados à geração de eletricidade concorre com usos destinados à agricultura, ao abastecimento urbano, à manutenção da biocapacidade e outros fins.
Aliada à necessidade de diversificar as fontes de energia e de reduzir a dependência do recurso
hídrico, existem ainda os compromissos da implementação do Acordo de Paris sobre Mudança
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do Clima e da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, com
base nas chamadas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC,
tecnologia de geração solar a ser implementada. Como exemplo, a
na sigla em inglês), correspondentes à diminuição de emissão de gases
tecnologia de geração heliotérmica é fortemente dependente de altos
de efeito estufa. Desde o início deste século, o Brasil tem utilizado de
níveis de radiação direta normal incidente (DNI) que, por sua vez, sofre
operação de centrais termoelétricas alimentadas com combustíveis
impacto de elevadas cargas de aerossóis, além da nebulosidade. Por
fósseis para garantir a segurança energética requerida para a
isso, o desenvolvimento de metodologias destinadas ao mapeamento
manutenção do desenvolvimento socioeconômico do país.
preciso das diversas componentes da irradiação solar incidente tem
merecido especial destaque na atualidade em todos os países onde o
O país incluiu em sua NDC a meta de reduzir em 37% as emissões
As características climáticas locais ou regionais definem a melhor
de gases de efeito estufa em 2025 e de 43% em 2030, ambas com
aproveitamento da energia solar é realidade.
relação a 2005, e alcançar 45% de participação de fontes renováveis
de energia (incluindo hidrelétrica) em sua matriz primária de energia.
lançou em agosto do ano passado a segunda edição do Atlas Brasileiro
Alguns objetivos da Agenda 2030 têm um claro componente ambiental
de Energia Solar (Pereira et al. 2017). A nova edição do Atlas traz vários
de garantir acesso a energia limpa, promover consumo e produção
avanços nas parametrizações do modelo de transferência radiativa
responsáveis e de tornar as cidades inclusivas, seguras, resilientes e
Brasil-SR e, também, análises sobre a variabilidade espacial e temporal
sustentáveis. Nesse sentido, a partir de dezembro de 2015, o Programa
do recurso solar. Para isso, foram utilizados dados de satélites obtidos
de Desenvolvimento da Geração Distribuída de Energia Elétrica (ProGD,
durante 17 anos, e os resultados foram validados com base em mais de
2015) busca dar impulso a esse esforço, porém, ainda existem barreiras
400 estações de superfície espalhadas pelo território brasileiro.
Nesse contexto, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
tecnológicas e de informação que devem ser rompidas com maior esforço em pesquisas e na formação de recursos humanos.
Energia solar no território brasileiro
O Brasil possui elevados índices de incidência de radiação solar.
Apesar de ser um país com dimensões continentais e apresentar diferentes características climáticas em seu território, o país apresenta condições ideais para o aproveitamento da geração de eletricidade empregando a tecnologia solar em todo seu território.
A média anual de irradiação solar global no Brasil oferece uma boa
uniformidade, com níveis nacionais de irradiação solar global incidente entre 1300 kWh/m2 e 2200 kWh/m2. Esses valores são superiores ao de países europeus que, de longa data, fazem uso da tecnologia solar fotovoltaica para geração de energia elétrica em grande escala, como a Alemanha. A região com menor média anual de irradiação solar no Brasil apresenta valor equivalente ao nível máximo no território alemão. (Pereira, et al., 2017). Ademais, como se pode observar na Figura 1, a variabilidade da irradiação solar na maioria das regiões brasileiras é muito inferior à dos demais países, o que representa um garantia para participação da geração solar ao longo de todo o ano.
Figura 2 – Potencial solar das regiões brasileiras.
A Figura 2 apresenta o valor médio anual do total diário de irradiação
solar apontado no Atlas para as cinco regiões brasileiras. A região Nordeste apresenta o maior potencial solar, com valor médio do total diário da irradiação global horizontal de 5,49 kWh/m² e da componente direta normal de 5,05 kWh/m². As regiões Sudeste e Centro-oeste apresentam totais diários para a irradiação global horizontal em torno de 5,07 kWh/m2. A irradiação global média no plano inclinado na região Figura 1 – Comparativo dos níveis anuais de irradiação média anual.
Sudeste apresentou total diário de 5,26 kWh/m², enquanto na região
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Figura 3 – Potencial de geração fotovoltaica no território brasileiro estimado com o uso do modelo de transferência radiativa BRASIL-SR alimentado com 17 anos de dados de satélite.
Centro-Oeste apresentou 5,20 kWh/m². Os valores relativamente mais
planas com configuração típica (coletor de placa plana com cobertura
baixos da irradiação solar na região Norte se devem às características
de vidro com consumo de água diário de 300 litros a 40 oC e relação
climáticas desta região, onde a nebulosidade frequente reduz a
reservatório/coletor de 75 litros.m2) para o Brasil pode ser visto na
irradiância solar que incide na superfície. Com isso, a irradiação global
Figura 4. As regiões de maior aproveitamento térmico estão localizadas
média nos planos horizontal e inclinado apresenta valores próximos aos
principalmente no sudeste e sul do país. A viabilidade do aquecimento
obtidos para a região Sul e a irradiação direta normal inferior à de todas
solar no Brasil está fortemente associada ao custo da energia
as outras regiões do país.
normalmente usada para o aquecimento de água. Considerando apenas
A Figura 3 ilustra o rendimento energético fotovoltaico anual
o setor residencial, os gastos com aquecimento de água chegam a 24%
máximo (medido em kWh de energia elétrica gerada por ano para cada
do total de energia elétrica consumida, já que a potência dos chuveiros
kWp de potência fotovoltaica instalada) em todo o território nacional,
elétricos típicos pode exceder os 6000 W.
tanto para usinas de grande porte centralizadas e instaladas em solo, como para a geração fotovoltaica distribuída integrada em telhados
Levantamento dos recursos solares
e coberturas de edificações. A concentração populacional é também mostrada através dos círculos azuis espalhados pelo território brasileiro.
que a quantidade disponível de energia solar apresenta variações
Nos meses de verão, principalmente de dezembro a março, o
A partir da nossa rotina diária, é bastante intuitivo compreender
potencial de geração é máximo nos estados do Sul e Sudeste do Brasil
não só ao longo do tempo como também do espaço. Para que o
e coincide com os máximos de demanda registrados pelo Operador
aproveitamento dessa fonte de energia limpa seja viável técnica
Nacional do Sistema (ONS) para essas regiões. Neste contexto e por
e economicamente, é necessário compreender os aspectos que
sua natureza espacialmente distribuída, a geração solar fotovoltaica
influenciam sua disponibilidade e variabilidade tanto sob o ponto de
pode contribuir para a redução dos picos de demanda dos sistemas de
vista temporal (ao longo do dia, e dos meses) quanto do ponto de vista
transmissão do Sistema Interligado Nacional (SIN).
geométrico-espacial (em relação à posição geográfica). Dessa forma, o
levantamento do potencial de recursos de energia solar em uma região
Já o potencial de produção de energia térmica (kWht/m2) para
aquecimento solar empregando um coletor de referência de placas
envolve basicamente três componentes: a distribuição espacial do
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Figura 4 – Potencial de produção de energia térmica para aquecimento d’água a partir da incidência de energia solar considerando uma configuração típica de um sistema térmico residencial.
recurso solar, sua variabilidade temporal e as incertezas associadas às
superfície, apesar de bastante elevada, está sujeita a diversos
duas primeiras componentes. Informações sobre as três componentes
fatores que provocam uma variabilidade muito grande na
são essenciais para elaboração de cenários de aproveitamento
disponibilidade desse recurso. Surge então a pergunta “Como
do recurso solar e para estudos preliminares de viabilidade de
podemos ter certeza de que o aproveitamento do recurso solar pode
aproveitamento do recurso solar.
contribuir para atender à demanda de energia de forma segura?”.
Para avaliar a viabilidade técnica do aproveitamento da energia solar
Conhecer a geometria de insolação e o sombreamento por
obstáculos e relevo a que as tecnologias de conversão da energia solar
é primordial caracterizar a energia solar (quantidade e variabilidade)
estarão sujeitas em um dado local é importante, mas não suficiente
que incide no local de interesse.
para explicar a variabilidade da energia solar que incide na superfície.
Há mais um fator que é bastante relevante na disponibilidade do
adequada e observando os cuidados devidos de operação e manutenção,
recurso energético solar: a atenuação da radiação solar causada
sejam a fonte mais segura para conhecimento do recurso solar de um
pela atmosfera. A atmosfera funciona como um “cobertor” protetor
local específico, o custo de instalação e operação e manutenção de
que evita a incidência de radiações prejudiciais à vida na superfície
estações de coleta de dados com a precisão requerida para o setor
terrestre e garante a manutenção de temperaturas confortáveis
energético pode ser um fator limitante, principalmente quando se trata
para a existência de vida no planeta. O principal fator atmosférico
de grandes extensões territoriais.
de atenuação da radiação solar é a nebulosidade que pode atenuar
totalmente a irradiação solar direta (DNI) que chega à superfície
A primeira (A) apresentando a configuração típica exigida pela RE
restando apenas a irradiação difusa (aquela fração da energia solar
065/2013 (2017) da EPE para certificação de dados solarimétricos e
que é espalhada em todas as direções pela atmosfera). A composição
de produção anual de energia. A segunda (B), empregada para estudos
dos gases atmosféricos e presença de poluentes lançados para a
e desenvolvimento de modelos e métodos numéricos de levantamento
atmosfera também reduz a intensidade da energia que atinge a
solarimétricos como o empregado na elaboração do Atlas Brasileiro de
superfície.
Energia Solar. O uso de métodos numéricos torna-se uma alternativa
para o levantamento de grandes áreas.
Fica evidente, desta forma, que a energia solar incidente na
Embora dados coletados em superfície, com instrumentação
A Figura 5 ilustra dois exemplos de estações solarimétricas.
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Figura 5 – Estações de coleta de dados radiométricos para avaliação do potencial solar em local específico. É importante ter em mente que a qualidade dos dados adquiridos depende não apenas da qualidade dos equipamentos utilizados, mas, também da correta instalação dos sensores e de sua operação e manutenção.
Barreiras à penetração das energias não despacháveis
conhecimento sobre a complementaridade desta com outras
Apesar do enorme potencial, o crescimento da participação
fontes de energia, inclusive aquelas consideradas despacháveis, como a hidráulica e a geração em termoelétricas. Outro aspecto relevante a ser considerado reside no fato
de fontes intermitentes de energia, como a solar, esbarra em
de que as fontes renováveis de energia, como a solar e a eólica,
barreiras de custo e de conhecimento que estão sendo superadas
sofrem impacto direto de alterações do clima e, considerando que
através da combinação do avanço tecnológico, da escala de
projetos de geração que envolvem tais tecnologias têm vida útil
mercado e da disseminação da informação.
típica de 20 anos, a viabilidade de um projeto deve levar em conta
informações sobre os cenários de variabilidade climática de longo
A redução do custo de um sistema de geração fotovoltaica
está sendo alcançada com a evolução tecnológica e a economia
prazo a fim de assegurar o retorno financeiro esperado para o
de escala, que reduz o custo dos painéis fotovoltaicos e aumenta
investimento.
a competitividade. A consequência principal é equiparação de tarifas (paridade) com a geração a partir dos combustíveis fósseis
Agradecimentos
utilizados em plantas térmicas.
A barreira do conhecimento inibe a penetração de tecnologias
Este trabalho é uma contribuição do Instituto Nacional de Ciência
de geração não despachável de energia elétrica. Energias do tipo
e Tecnologia para Mudanças Climáticas (INCT-MC) financiado pela
não despachável têm impacto nas decisões tomadas em todas as
FAPESP 2014/50848-9, CNPq 465501/2014-1, e CAPES/FAPS
escalas de tempo e em todas as regiões geográficas, uma vez que
Nº 16/2014. Os autores também agradecem o CNPQ pelo suporte
uma fonte energia variável e apenas parcialmente previsível irá
financeiro por meio dos auxílios de Produtividade em Pesquisa.
implicar no balanço entre a oferta e a consumo de outras fontes de energia despacháveis (hidroelétricas com reservatórios de
Referências
acumulação e termoelétricas). Essa barreira pode ser vencida com pesquisa científica não só sobre o potencial disponível de
EPE-BEN. (2017). Balanço Energético Nacional Ano Base 2014.
energia, mas também da variabilidade espacial e temporal da
Rio de Janeiro: Empresa de Pesquisa Energética. Disponível em:
fonte. O desenvolvimento de metodologias e tecnologias para
https://ben.epe.gov.br/downloads/S%c3%adntese%20do%20
ampliar e aprimorar a capacidade de previsão de geração por essas
Relat%c3%b3rio%20Final_2017_Web.pdf
fontes em diferentes horizontes de tempo está recebendo atenção
Fouquet, R. (2011). Energy Transitions: History, Requirements,
e esforço de diversos grupos de pesquisa ao redor do mundo
Prospects, Vaclav Smil. Praeger, Santa Barbara, CA (2010),
(Lima et al. 2015). Além disso, o impacto da intermitência da
Hardcover: ISBN 978-0-313-38177-5. 178 pages.
energia solar no sistema elétrico pode ser minimizado com amplo
Environmental Innovation and Societal Transitions. 1. 198–199.
Apoio
49 10.1016/j.eist.2011.10.007.
PDE2026 - Plano Decenal de Energia 2026. Empresa de
GT-GDSF. (2008). Relatório do Grupo de Trabalho em Sistemas
Pesquisa Energética, EPE/MME. Fonte: http://www.mme.gov.br/
Fotovoltaicos. Brasília: Ministério de Minas e Energia.
documents/10584/0/PDE2026.pdf/474c63d5-a6ae-451c-
IPCC. (2014). Climate Change 2014: Synthesis Report.
8155-ce2938fbf896
Contribution of Working Group I, II and III to the Fifth Assessment
Pereira, E. B.; Martins, F. R.; Gonçalves, A. R.; Costa, R. S.; Lima, F.
Report of the Intergovernmental Panel on Climate Change. Core
J. L.; Rüther, R.; Abreu, S. L.; Tiêpolo, G. M.; Souza, J. G.; Pereira, S.
Writing Team, R. K. Pachauri and L. A. Meyer (eds.). Geneva,
V. (2017) - Atlas Brasileiro de Energia Solar. São José dos Campos:
Switzerland: IPCC.
INPE, v.1. segunda edição, p.84.
Lima, F. J., Martins, F. R., Pereira, E. B., Lorenz, E., & Heinemann,
ProGD (2015), Programa de Desenvolvimento da Geração
D. (2016). Forecast for surface solar irradiance at the Brazilian
Distribuída de Energia Elétrica, MME, acessado em: http://www2.
Northeastern region using NWP model and artificial neural
aneel.gov.br/cedoc/prt2015538mme.pdf
networks. Renewable Energy, 87(807), pp. 807-818. Martins, F. R., Rüther, R., Pereira, E. B., & Abreu, S. L. (2008). Solar energy scenarios in Brazil. Part two: Photovoltaics applications. Energy Policy, 36, pp. 2865-2877. Moriarty, P. e D. Honnery (2012). What is the global potential for renewable energy?, Renewable and Sustainable Energy Reviews, 16, 244-252, doi:10.1016/j.rser.2011.07.151 NDC - Contribuição Nacionalmente Determinada para Consecução do Objetivo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima [arquivo em PDF] disponível em: http://www. itamaraty.gov.br/images/ed_desenvsust/BRASIL-iNDC-portugues. pdf
*Enio Bueno Pereira é graduado em Física pela Universidade de São Paulo e doutor em Geociências pela W.M.Rice University, nos Estados Unidos. É pesquisador titular sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – Laboratório de Modelagem e Estudos de Recursos Renováveis de Energia. Fernando Ramos Martins é bacharel em Física pela Universidade de São Paulo, mestre em Tecnologia Nuclear pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares e doutor em Geofísica Espacial pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Atualmente, é docente adjunto da Universidade Federal de São Paulo campus Baixada Santista.
Energia Eólica
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Elbia Gannoum é presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica).
As boas novas da eólica
Fevereiro foi um mês de
O GWEC também apresenta
somaram 4.619 MW médios
24 milhões de residências por
boas notícias para o setor
outro ranking, o de nova
entregues ao longo do ano
mês. Os 13 GWs de capacidade
de energia eólica: o Brasil
capacidade instalada no
passado frente aos 3.651
instalada de energia eólica
subiu uma posição no ranking
ano e, em 2017, o Brasil
MW médios gerados no
ainda significam que o setor já
mundial do GWEC (Global Wind
ficou em sexto lugar, tendo
mesmo período de 2016. A
gerou mais de 195 mil postos
Energy Council); completamos
instalado 2,02 GW de nova
representatividade da fonte
de trabalho desde seu início,
13 GWs de capacidade
capacidade em 2016. Nesta
eólica em relação a toda
com grande concentração nos
instalada e a CCEE anunciou
categorização, o Brasil caiu
energia gerada no período pelas
últimos oito anos.
um crescimento de 26,5% da
uma posição, já que o Reino
usinas do Sistema alcançou
geração de energia eólica em
Unido subiu do nono para
7,4% em 2017”. Este é um
são muito importantes e
operação comercial no Sistema
o quarto lugar, instalando
dado muito relevante porque
merecemos comemorar, mas
Interligado Nacional (SIN), em
4,27 GW de capacidade de
reflete e quantifica o que
sem jamais perder nossa visão
2017, na comparação com
energia eólica em 2017.
vimos ao longo de 2017, já
de futuro. Em construção ou já
2016.
Neste ranking, o que conta é
que chegamos a abastecer
contratados há mais 4,8 GWs,
Todas estas notícias
o resultado específico do ano,
10% do país em agosto e 11%
divididos em 213 parques
dos dez países com mais
então há bastante variação.
em setembro, passando pela
eólicos que serão entregues
capacidade instalada total
Em 2012, por exemplo,
primeira vez aos dois dígitos
ao longo dos próximos anos,
de energia eólica, o Brasil
estivemos em oitavo lugar e,
na matriz nacional em um
até 2023, levando o setor
subiu uma posição e aparece
em 2015, ano de instalação
mês. Além disso, chegamos
para próximo da marca de
agora em oitavo na lista dos
recorde até agora para nós,
a abastecer mais de 60% do
19 GW. Isso significa que,
maiores países, com 12,76
estivemos em quarto lugar.
Nordeste em vários momentos,
em breve, toda a capacidade
GW, ultrapassando o Canadá,
A tendência é que a gente
na época que chamamos de
eólica instalada será maior
que está com 12,39 GW. O
ainda oscile mais, visto que
“safra dos ventos”, que vai
que Itaipu, nossa maior
Brasil vem galgando posições
em 2019 e 2020 nossas
mais ou menos de junho a
hidrelétrica, que tem 14 GWs
no Ranking Mundial de
instalações previstas são
novembro.
de capacidade instalada. Vale
Capacidade Instalada Total
menores porque ficamos sem
lembrar também que esses 4,8
de Energia Eólica de forma
leilão por quase dois anos no
fevereiro, não podemos deixar
GWs que ainda vamos instalar
consistente. Em 2012, nós
período 2016/2017, o que
de detalhar o que significa ter
já foram contratados em leilões
estávamos em 15º lugar
vai se refletir no resultado de
chegado à marca de 13 GWs.
realizados. Com novos leilões,
e, desde então, estamos
2019 e 2020.
Já são 518 parques eólicos e
esse valor ainda vai crescer
apresentando resultados
mais de 6.600 aerogeradores
e passaremos dos 20 GWs
muito bons ano a ano. Ainda
de geraçao, a CCEE informou
operando. O montante gerado
já nos próximos anos. É para
há espaço para subir mais
em fevereiro que “as usinas
pelas eólicas já é equivalente
este futuro que os bons ventos
algumas posições.
movidas pela força do vento
ao consumo médio de cerca de
estão nos levando.
No caso do ranking
Em relação ao crescimento
Das boas notícias de
Energia solar fotovoltaica
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Ronaldo Koloszuk é diretor da Divisão de Energia do Departamento de Infraestrutura da Fiesp, conselheiro da Absolar e diretor comercial da Solar Group.
A aceleração da energia solar fotovoltaica no mundo da capacidade instalada desta
Neste mercado, o
sobretudo, pelo desenvolvimento
início de 2018, a marca de 1
fonte. Em apenas oito anos, de
custo do módulo é medido
do mercado global, que permitiu
GW de projetos de energia solar
1999 a 2007, ela cresceu dez
internacionalmente em wp (watt
um escalonamento da produção.
fotovoltaica conectados na matriz
vezes, passando de 1 GW para
pico). Para referência, um painel
Costumo dizer, em minhas
elétrica, o que colocou o país entre
10 GW. Esse feito se repetiu de
fotovoltaico padrão tem cerca 260
palestras, que este mercado
os 30 maiores produtores desta
forma mais célere ainda nos anos
wp de potência.
evoluiu rapidamente porque
fonte no mundo.
seguintes, crescendo dez vezes em
a China resolveu produzir e a
O Brasil ultrapassou, no
O gráfico a seguir mostra bem
apenas cinco anos, entre 2008 e
esta queda de preço. Em 1980,
Alemanha, por sua vez, resolveu
promissor, tendo em vista a
2012, ao passar de 10 GW para
o wp custava cerca de 22 euros.
comprar. Hoje, além da China
necessidade de geração de energia
100 GW. Desde, então ela continua
Em 2014, ele tinha despencado
também ser uma grande
que o país terá nos próximos anos,
crescendo de forma acelerada.
para 0,65 euro. Uma queda
compradora, outros países já se
mas muito aquém da posição que
impressionante de 97,05%. Hoje,
destacam, como Estados Unidos,
deveríamos estar neste ranking.
ajudaram a expandir o mercado
este mesmo wp custa cerca de
Japão e Índia.
Para se ter uma ideia, o Brasil
global, tais como: mudanças
0,27 euro. Uma queda acentuada
hoje já está entre os dez primeiros
climáticas, independência energética,
de 58,46% em três anos.
comprando em peso fez com
países do mundo em geração de
políticas públicas, queda no preço dos
que o preço do wp aumentasse
energia eólica e biomassa.
módulos fotovoltaicos etc.
à evolução da tecnologia e,
Trata-se de um começo
Foram muitos os fatores que
Os custos caíram devido
O surgimento de novos players
ligeiramente no segundo semestre
Enquanto comemoramos
o marco do primeiro gigawatt, a China já acumula 130 GW instalados.
O segmento de energia que
mais cresce no mundo é o do solar fotovoltaico. A fonte se expandiu mais rapidamente do que qualquer outra fonte de combustível pela primeira vez, em 2016, segundo a Agência Internacional de Energia. Foram instalados 165 GW de energias renováveis naquele ano, o que representou dois terços da expansão líquida da oferta de eletricidade mundial. A energia solar cresceu 50% no período.
É admirável a evolução global
Figura 1 – Evolução da capacidade acumulada global de energia solar fotovoltaica desde 1992.
Energia solar fotovoltaica
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de 2017, pois a oferta não acompanhou a velocidade da demanda.
Embora esta movimentação
possa ter assustado empreendedores acostumados a ver os preços dos painéis fotovoltaicos apenas na descendente, ela traz bons auspícios. Revela a robustez deste mercado em nível mundial.
De olho nisso, o Brasil
solicitou a adesão à Agencia Internacional de Energia Renovável (IRENA), mais respeitado Figura 2 – Curva dos preços dos módulos fotovoltaicos.
fórum internacional do setor. Atualmente, a agencia possui 152 países membros e 30 países em processo de adesão.
Esta ação foi comemorada pela
Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), que recomendava esta adesão deste 2015, quando começou a participar das delegações brasileiras na COP. Segundo a associação, com esta adesão, o intercâmbio internacional será mais intenso, permitindo ao país incorporar melhores práticas internacionais e acelerar o Figura 3 – Os dez maiores países em capacidade instalada - em 2016 e total acumulada.
desenvolvimento da fonte.
54
Notícias
renováveis
Avanço da fonte eólica gera oportunidades de trabalho Profissionais com conhecimentos técnicos específicos sobre a fonte têm mais chances de atuar na área
Já são mais de 500 parques
Brasil, tanto que o país subiu mais
eólicos instalados no Brasil e,
uma posição no ranking dos países
em fevereiro, a fonte alcançou a
com maior geração de energia
marca de 13 GW de capacidade
eólica no mundo, ultrapassando
instalada. A previsão é de que,
o Canadá e chegando à oitava
até 2020, essa capacidade
posição em 2017.
salte para 17 GW, considerando
apenas os contratos para
essa expansão, além de energia
instalação de novos parques que
limpa, gera também empregos
já foram firmados em leilões já
que vão desde a produção de
realizados e também no mercado
equipamentos e acessórios no
livre.
setor industrial até empregos
locais nas áreas de operação
Esta é, na opinião do
Para o coordenador do curso,
coordenador do curso Energias
e manutenção e isso ocorre
tomada de decisão a respeito
- Abundante e renovável;
Renováveis, Geração Distribuída
justamente nas regiões mais
desse assunto das áreas
- Sua operação é limpa e não
e Eficiência Energética,
carentes onde estão localizados
de engenharia, tecnologia e
polui;
do Programa de Educação
os parques eólicos, que são
arquitetura, entre outras”, aponta
- Possui baixíssimo impacto
Continuada (PECE) da Escola
regiões em que os empregos
o prof. Simões.
ambiental;
Politécnica da USP, J. R. Simões
são muito escassos. “É uma
- Não emite CO2 em sua
Moreira, uma prova de que o setor
oportunidade que se abre para os
de 180 mil postos de trabalho
operação, pois seu "combustível"
de energia eólica vem crescendo
profissionais com especialização
e, para cada MW instalado, são
é o próprio vento;
e, principalmente, mostrando sua
em energias renováveis, que
geradas 15 novas oportunidades.
- Tem um dos melhores custos
maturidade ao explorar uma das
realmente detêm conhecimentos
benefícios na tarifa de energia
fontes renováveis disponível no
técnicos, operacionais e de
eólica, estão:
O setor já conta com mais
Entre as vantagens da fonte
elétrica.
Número de cooperativas com geração distribuída deve crescer mais de 80% em 2018 Até 2016, apenas 25 cooperativas contavam com o sistema. Número mais que dobrou no ano seguinte, totalizando 56 unidades como uma opção para o negócio,
cooperativas que possuem
utilizam geração distribuída
expectativa da Organização
que traz benefícios para os
termelétricas a biogás - que
somam 5,5 MWp de geração,
das Cooperativas Brasileiras
cooperados”, conta o analista
aproveitam o dejeto animal e
abastecendo mais de 150
(OCB) é de chegar ao fim deste
técnico e financeiro do Sistema
mitigam o passivo ambiental,
unidades consumidoras
ano com o registro de mais de
OCB, Marco Olívio Morato de
transformando-o em ativo
e proporcionando uma
120 cooperativas com geração
Oliveira.
econômico -, e três centrais
economia de R$ 7 milhões
distribuída, esperando em torno
hidrelétricas (CGHs).
para os cooperados. Em 2017,
de 60 a 70 novas instalações.
adotaram a geração distribuída,
foram implantadas 31 novas
mais de 90% utilizam sistemas
número de cooperativas com
conexões, mais do que o dobro
cooperativas compõem o sistema
fotovoltaicos. Mas também há
geração distribuída é o de Santa
registrado nos cinco anos
OCB, e é com esse universo que
uma tendência por novas fontes
Catarina, com 14 usinas, seguido
anteriores (2012-2016),
trabalhamos para a disseminação
de geração, considerando
pelo Rio Grande do Sul, com oito,
período em que 25 cooperativas
da geração distribuída. Queremos
o melhor aproveitamento
e empatados com seis, Minas
instalaram os sistemas.
que as cooperativas vejam isso
regional. Assim, há duas
Gerais, Paraná e São Paulo.
As cooperativas que
Com esse resultado, a
“Hoje mais de 6,5 mil
Das 56 cooperativas que
O Estado com o maior
Notícias
renováveis
Brasil aumenta produção e passa para a oitava posição no ranking da energia eólica Com mais de 500 parques eólicos e 13 GW de capacidade instalada, país ultrapassa o Canadá no levantamento da Global Wind Energy Council
Levantamento da Global Wind Energy Council (GWEC) coloca o Brasil
entre os destaques na produção de energia eólica no mundo. Com a ampliação do parque, foi possível passar o Canadá e ocupar o oitavo lugar no ranking mundial de energia proveniente dos ventos.
De acordo com a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica),
hoje o Brasil possui mais de 500 usinas eólicas que geram 13 gigawatts de energia elétrica. Conhecidamente uma região de ventos vigorosos, o Com 13 GW de potência instalada, Brasil é o oitavo país do mundo em produção de energia eólica.
Nordeste é responsável por 60% da produção.
“O Brasil tem um dos melhores ventos do mundo do mundo para
produção de energia eólica e nosso fator de capacidade, que é a medida de produtividade do setor, passa do dobro da média mundial. Além disso, temos uma cadeia produtiva 80% nacionalizada, que investe e gera empregos aqui”, afirma a presidente da entidade, Élbia Gannoum.
AES Tietê desenvolve película fotovoltaica para estacionamentos Investimento no desenvolvimento da tecnologia é de R$ 2,4 milhões cobertos, que são capazes de
do projeto piloto. O início da
ser comparado com tecnologias
Brasil, a área de pesquisa e
transformar a energia solar em
construção da planta de geração
tradicionais, o OPV (Organic
desenvolvimento (P&D) da
energia elétrica e possibilitar a
distribuída está programado para
Photovoltaics) é leve e flexível
AES Tietê está trabalhando na
geração distribuída.
o segundo semestre de 2018.
o que permite a sua aplicação
viabilização da solução OPV
em situações diversas. Também
(Organic Photovoltaics) aplicada
aproximadamente R$ 2,4
destacar a geração de energia
é considerado a alternativa
a um carport. Trata-se da
milhões, o estudo foi iniciado em
limpa, a otimização de superfícies
de energia mais sustentável,
instalação de filmes fotovoltaicos
dezembro de 2017 e está agora
sem utilidade e a maximização da
disruptiva e com menor pegada de
orgânicos em estacionamentos
na fase de desenvolvimento
eficiência energética do local. Ao
carbono.
Em parceria com CSEM
Com investimento de
Entre os benefícios, é possível
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Notícias
renováveis
Energia solar fotovoltaica alcança 200 MW em micro e minigeração distribuída País possui atualmente 23.175 sistemas solares conectados à rede, correspondendo a investimentos da ordem de R$ 1,6 bilhão
consumidores residenciais
públicos (0,03%).
protagonismo, na consciência
atingir a marca de 200 MW
(39,0%), que passaram
e na responsabilidade
de capacidade instalada
da primeira para a segunda
o Brasil possui hoje 23.175
socioambiental dos
em sistemas de micro e
posição. Na sequência,
sistemas solares fotovoltaicos
consumidores, cada vez
minigeração distribuída de
estão as indústrias (7,8%),
conectados à rede, trazendo
mais dispostos a economizar
energia soar fotovoltaica.
consumidores rurais (5,4%),
economia e engajamento
dinheiro contribuindo,
poder público (4,2%) e outros
ambiental a27.610 unidades
simultaneamente, para
da Associação Brasileira de
tipos, como serviços públicos
consumidoras, somando
a preservação do meio
Energia Solar Fotovoltaica
(0,6%) e iluminação pública
mais de R$ 1,6 bilhão em
ambiente.
(Asolar), a fonte solar
(0,04%).
investimentos acumulados
fotovoltaica lidera com folga o
Em números de sistemas
desde 2012, distribuídos ao
perto a evolução da micro e
segmento de microgeração e
instalados, os consumidores
redor de todas as regiões do
da minigeração distribuída
minigeração distribuída, com
residenciais estão no topo da
país.
de energia solar fotovoltaica,
mais de 99% das instalações
lista, representando 78% do
a Absolar desenvolveu um
do país.
total. O alto valor é explicado
da Absolar, Rodrigo Sauaia,
ranking, que compara as
Pela primeira vez desde
pela potência reduzida
ressalta que o crescimento
potências instaladas em cada
2012, quando foi estabelecida
dos sistemas, já que as
da micro e minigeração
estado do país.
pela Agência Nacional de
residências consomem menos
distribuída solar fotovoltaica é
Energia Elétrica (Aneel) a
energia elétrica ao longo de
impulsionado por três fatores
Minas Gerais lidera o ranking
regulamentação que fornece
um ano do que comércios,
principais: (i) a forte redução
nacional, com 50,7 MW,
as diretrizes para geração
indústrias ou edifícios
de mais de 75% no preço da
representando 24,3% da
distribuída, os consumidores
públicos. Em seguida,
energia solar fotovoltaica ao
potência instalada no país,
dos setores de comércio e
aparecem as empresas dos
longo da última década; (ii)
seguido pelo Rio Grande do Sul
serviços passaram a liderar
setores de comércio e serviços
o forte aumento de mais de
com 30,2 MW (14,5%), São
o uso da energia solar
(15,6%), consumidores rurais
50% nas tarifas de energia
Paulo com 26,8 MW (12,8%),
fotovoltaica, com 43,1%
(2,9%), indústrias (2,3%), e
elétrica dos consumidores
Ceará com 12,8 MW (6,2%) e
da potência instalada no
outros tipos, como iluminação
brasileiros nos últimos
Santa Catarina com 12,0 MW
país, seguidos de perto por
pública (0,2%) e serviços
anos; e (iii) o aumento no
(5,8%).
O Brasil acaba de
Segundo mapeamento
De acordo com a entidade,
O presidente executivo
Para acompanhar de
Atualmente, o Estado de