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REPORTAGEM

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ENTREVISTA

ENTREVISTA

PAPEL FUNDAMENTAL NA GARANTIA DE SEGURANÇA

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A embalagem escolhida de maneira adequada promove a segurança dos alimentos e medicamentos. O detector de metais é indispensável no processo de empacotamento de alimentos, rejeitando contaminantes. As soluções de fechamento de caixas e unitização de cargas contribuem para a integridade do produto

Aembalagem é fundamental na preservação dos alimentos durante toda sua vida útil. Especificada corretamente para cada tipo de alimento processado, a embalagem garante ao consumidor que o produto está livre de contaminações que possam causar algum dano à sua saúde. os principais atributos dos filmes de BoPP estão alinhados ao conceito de segurança dos alimentos. “a resistência mecânica garante a integridade das embalagens primárias quando submetidas a esforços durante o manuseio e estocagem até chegar ao momento de consumo”, explica Wanderley altomani, gerente de qualidade da Vitopel. Segundo ele, outra característica importante do BoPP é a hermeticidade conferida aos pacotes pela propriedade de selagem a quente, que evita aberturas indesejáveis que podem contaminar o alimento e a facilidade de identificar a abertura da embalagem, garantindo a percepção de adulterações. diferentes produtos alimentícios pedem diferentes atributos para preservar os alimentos. a Vitopel possui uma ampla linha de produtos dividida em famílias conforme aplicação para atender as diferentes necessidades e requisitos demandados pelo setor. São filmes transparentes (brilhantes ou com acabamento fosco), opacos e metalizados, que além da versão standard, que por suas propriedades mecânicas, de selagem a quente, barreira à umidade e ótimo apelo visual proporcionam garantia à segurança de alimentos. também estão disponíveis versões especiais e exclusivas desenvolvidas para atender a evolução percebida no setor. “São filmes metalizados com alta barreira a vapor de água, filmes transparentes, metalizados ou opacos, com baixíssima temperatura de início de selagem a quente (a partir de 80o), que assegura que a embalagem não vai ter nenhum contato com o meio externo”, explica aldo Mortara, diretor comercial da Vitopel. “além de filmes transparentes com efeito antifog para alimentos mantidos sob refrigeração e para alimentos quentes, filmes com maquinabilidade ajustada a equipamentos de alta velocidade de empacotamento, filmes que facilitam a composição monomaterial da estrutura final, entre outras opções, sempre a favor da segurança dos alimentos e sustentabilidade”. os avanços tecnológicos têm permitido ver nas gôndolas embalagens flexíveis com estruturas mais simples e que proporcionam maior shelf-life aos produtos embalados. os sachês antigos da Mucilon® eram multimateriais e o seu processo de reciclagem era complexo, o que dificultava a o interesse de cooperativas e cadeias especializadas no Brasil para esse tipo de coleta e aproveitamento em larga escala. “diante desse cenário, desenvolvemos uma solução adequada que contempla requisitos de sustentabilidade, manutenção da segurança alimentar e da usabilidade do produto”, revela Mortara. o V.360° BoPP da Vitopel para embalagem sachê do cereal infantil Mucilon® da Nestlé contribuiu para a diminuição de 300 toneladas de material de embalagem sem perder o compromisso principal da empresa em colocar no mercado embalagens seguras, que mantêm a integridade do produto até o consumo e que reduzam o impacto ambiental.

Foto: Divulgação

Aldo Mortara, diretor comercial da Vitopel

Foto: Divulgação

Wanderley Altomani, gerente de qualidade da Vitopel

Novos produtos e novas matérias-primas devem ser avaliadas e qualifi cadas quanto aos requisitos necessários para contato com alimentos

Realizamos uma avaliação de perigos de contaminação e pontuação de riscos para cada etapa do processo

BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO E CERTIFICAÇÕES

a indústria de embalagem como fornecedora da indústria de alimentos faz parte da cadeia alimentar e deve implantar um sistema de boas práticas de fabricação e de controle de pontos críticos para garantir a segurança de sua aplicação e não oferecer nenhum risco de contaminação ao produto embalado. a Vitopel desenvolveu um Manual de Boas Práticas de Fabricação em conformidade com as normas e sistemas de certificação, treinando todos os funcionários nesse quesito. “também realizamos uma avaliação de perigos de contaminação e pontuação de riscos para cada etapa do processo. Com isso, definimos as medidas de controle necessárias para que o processo se mantenha sob controle”, revela o gerente de qualidade da Vitopel. Segundo ele, monitoramentos ambientais são realizados para medir a eficácia das ações desenvolvidas. “Há dois anos, as plantas da Vitopel são certificadas pela norma FSSC 22000, garantindo atendimento às normas internacionais de segurança de alimentos. a renovação da certificação é feita anualmente”. Um dos pontos críticos são as substâncias que podem ser transferidas do plástico para o alimento, que podem ter várias origens, sendo as principais: monômeros do processo de polimerização ou polímeros de baixo peso molecular presentes no produto acabado, aditivos adicionados à resina para garantir estabilidade e processabilidade a quente nos vários processos que a resina é submetida até se transformar em embalagem e aditivos funcionais adicionados à embalagem para garantir processabilidade nas máquinas de empacotamento. o polipropileno (homo ou copolímero) é um material que não tem restrições ou limitações específicas para contato com alimentos e consta nas listas positivas para materiais plásticos da anvisa. “Grades específicos são utilizados para aplicações para contato com alimentos, que garantem que qualquer aditivo adicionado pelo produtor da resina atenda às listas positivas”, explica altomani. “todos os aditivos adicionados ao filme de BoPP para facilitar o seu deslizamento na máquina de embalagem são avaliados conforme a legislação e quanto aos limites específicos de dosagem para garantir o atendimento para contato com alimentos. São realizados ensaios de migração específica nas embalagens para confirmar atendimento à legislação e aptidão para contato com alimentos”, acrescenta. o principal desafio no desenvolvimento de filmes de BoPP quanto à segurança de alimentos é garantir atendimento à legislação. “Novos produtos e novas matérias-primas devem ser avaliadas e qualificadas quanto aos requisitos necessários para contato com alimentos. Esse atendimento pode exigir a criação de novos procedimentos de trabalho, criação de novas rotas de produção, exigir verificações adicionais ou até a criação de novos testes e controles. todas as adaptações necessárias devem ser incluídas nas rotinas operacionais dos vários processos envolvidos no sistema de gestão de segurança de alimentos”, avalia Mortara.

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Albano Schmidt, presidente da Termotécnica

EMBALAGEM DE EPS: ALTA PROTEÇÃO

a demanda por embalagens de alta proteção, principalmente para produtos de maior valor agregado, como eletrodomésticos, eletroeletrônicos, louças, bebidas, entre outros, vem crescendo a partir da pandemia, que exigiu novas soluções de distribuição e logística. Líder em embalagens EPS no país, a termotécnica tem se consolidado no fornecimento para grandes players do mercado de eletrodomésticos e eletroeletrônicos e atua fortemente na cadeia térmica, oferecendo soluções para o transporte seguro de medicamentos e vacinas. a companhia tem trabalhado junto aos clientes das linhas Branca, Marrom e dos segmentos automotivo e de fármaco, para ajudar a ampliar seus canais de vendas e distribuição, garantindo maior segurança dos produtos durante toda a logística de embalamento, armazenagem, transporte e entrega no cliente final. “o propósito da termotécnica é oferecer a melhor e mais eficiente solução para acondicionamento e proteção para os produtos de nossos clientes”, afirma o presidente da companhia, albano Schmidt. Uma das vantagens das embalagens EPS é o acondicionamento com alta proteção. a grande quantidade de ar em sua estrutura torna o EPS uma ótima proteção, capaz de resistir a quedas, vibrações e choques, e o transforma na opção ideal de embalagem quando a intenção é proteger mercadorias de danos e avarias. É a garantia de que o produto vai chegar intacto ao seu destino. Para atender o segmento farmacêutico, a embalagem EPS assegura a manutenção de temperaturas nas condições ideais por longos períodos. “Especificamente para o mercado de fármaco e da cadeia fria do Ministério da Saúde para as campanhas de vacinação, esse é um benefício extremamente relevante”, destaca Schmidt. “além disso, a nanotecnologia Safe Pack - EPS antiviral desenvolvida e patenteada pela termotécnica cria uma barreira protetora na embalagem, o que reduz o risco e a velocidade da contaminação por vírus e bactérias”. atendendo às mudanças no comportamento do consumidor que elevou a participação do e-commerce como opção de compra, o conceito iPack (intelligent packaging) desenvolvido pela termotécnica tem todos os atributos de preservação e proteção requeridos por este novo canal de venda e escoamento de produtos. Pensado de forma a unificar plataformas de produtos e simplificar processos de embalamento, o iPack permite a distribuição de produtos pelos mais diversos modais de transporte, sendo em cargas fechadas ou fracionadas. os ganhos da embalagem em EPS já iniciam na linha de montagem do cliente. Com uma estrutura leve e segura, contribui para a ergonomia do processo. o design possibilitou simplificar o número de operações, além de otimizar insumos, aumento da capacidade de armazenamento e transporte. a solução foi projetada com preocupação funcional e estética. o EPS é resistente à compressão, possui alta capacidade na absorção de impactos, e também é não higroscópico (não acumula umidade), contribuindo para garantir a entrega dos produtos íntegros e com todas as funcionalidades até o consumidor final. “Em resumo, nossas embalagens em EPS proporcionam ao cliente ganhos de processos consideráveis, possibilidades de comercialização pelo varejo digital, além de garantir total integridade e funcionalidade do produto para o consumidor”, afirma o diretor superintendente da termotécnica, Nivaldo Fernandes de oliveira.

A nanotecnologia Safe Pack - EPS antiviral desenvolvida e patenteada pela Termotécnica cria uma barreira protetora na embalagem,o que reduz o risco e a velocidade da contaminação por vírus e bactérias

FECHAMENTO DE EMBALAGENS: ANTIVIOLAÇÃO

o transporte de cargas é uma das etapas mais importantes da operação logística. Para otimizar esse processo e aumentar a segurança e integridade do produto, existem

diversas opções. a Sicad produz fitas adesivas de BoPP para fechamento de caixas de papelão ondulado que atendem diversos segmentos, como linha branca, eletroeletrônico, alimentício, fármaco, entre outros. Para cada segmento, a empresa disponibiliza uma fita adequada para assegurar o fechamento das embalagens. No caso da linha branca, explica Wagner Castro, gerente comercial da Sicad, “as fitas adesivas ideais têm bastante tecnologia, com um filme de 40 micra e 23 gramas de adesivo hot-melt por m2, com alto poder de cola, para garantir o fechamento da embalagem e a integridade de equipamentos pesados durante o transporte”. além disso, as fitas adesivas possuem certificação roHS para mercado de exportação de produtos de linha branca. o caminho para a solução ideal passa pelo processo de desenvolvimento da fita adesiva que tem diversos estágios, desde a realização de amostras para homologação do cliente, com testes manuais e automáticos, e experiência no caminhão de transporte para entender como a carga chega ao cliente e volta para a empresa. “Um lote de caixas fechadas é submetido a testes de movimentação interna para que a fita não se solte e a embalagem não se degrade. Não adianta ter uma fita com supertecnologia se você não tem uma boa embalagem. É um trabalho em conjunto”, destaca Castro. atualmente, as caixas de papelão ondulado são produzidas com fibra reciclada, que é muito porosa. “Há alguns tipos de fitas adesivas, ou com menor quantidade de cola, que podem não assegurar o fechamento da embalagem até o cliente final. o nosso cliente faz todo processo de homologação para in-

Hoje, algumas empresas, como a Grendene, a Arezzo e a EMS exigem fi tas adesivas personalizadas. O valor agregado é maior e a segurança do produto transportado também

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Wagner Castro, gerente comercial da Sicad

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Erivelto Gadioli Júnior, diretorpresidente da Cyklop Brasil

dicar o produto mais adequado para aquele tipo de embalagem”, explica. Para um empacotamento seguro, sem violações, a Sicad fornece fitas adesivas personalizadas com a logomarca do cliente e mensagem de segurança. “além de divulgar a marca, a fita mostra os sinais de violação. Quando a caixa é aberta, o papel é transferido para o dorso da fita adesiva, que não pode mais ser selada”, destaca Castro. Segundo ele, a fita personalizada tem sua participação, mas não é significativa. “Hoje, algumas empresas, como a Grendene, a arezzo e a EMS exigem fitas adesivas personalizadas. o valor agregado é maior e a segurança do produto transportado também”. Com capacidade de produção de 24 milhões de m2 por mês de fitas adesivas para fechamento de caixas, a expectativa da Sicad é crescer 14% em volume este ano. “Hoje, 70% da máquina está tomada”, revela o gerente comercial. Com a disparada do e-commerce e do delivery na pandemia, o negócio de fitas gomadas para fechamento de embalagens da Cyklop cresceu 40% e o segmento de equipamentos para aplicação saltou 20%. “Fomos impactados positivamente e negativamente pela escassez de matéria-prima. o papel desapareceu do mercado e foi complicado. agora, está um pouco mais estável”, revela Erivelto Gadioli Júnior, diretor-presidente da Cyklop do Brasil. “a gente costuma dizer internamente se você quer fechar uma caixa use fita adesiva, mas se você quer lacrar a embalagem opte pela fita de papel gomado. o papel gomado se funde com o papelão, garantindo a integridade do produto até o seu destino final e evitando violações”. Segundo o executivo, o amplo uso da fita adesiva tem a ver com a facilidade de aplicação em diferentes tipos de embalagens, como caixa de papelão ondulado, embalagens plásticas e de EPS. “a fita gomada possui uma cola que precisa ser ativada com água, além de exigir um dispenser para a sua aplicação e é restrita para uso em caixas de papelão ondulado”, explica. Ele continua: “o papel gomado tem outra vantagem que é ser um item 100% reciclável, pois não tem nenhum contaminante no processo”. Entre 2017 e 2020, o negócio de fitas gomadas para fechamento de caixas de papelão cresceu entre 5% e 8% por ano. Em 2021’, a expectativa da Cyklop é ter um crescimento adicional de 15% e a empresa vislumbra um horizonte promissor para o futuro. “Estamos nos preparando para isso, com investimentos da ordem de r$ 1 milhão em equipamentos produtivos (fabricação da cola e impressão). Grande parte das fitas gomadas é personalizada com a logomarca do cliente e com a impressão de mensagens contra violações e orientações para o cliente que está recebendo o produto”, revela Gadioli Júnior. No total, a empresa está adquirindo quatro equipamentos que irão complementar a linha já existente, aumentando a capacidade produtiva em mais de 60%.

Uma fi ta PET pode variar de 9 mm a 32 mm de largura e nós especifi camos a solução mais adequada de confi guração de arqueação, considerando o custo benefício ou o custo total da operação dependendo da região e situação de aplicação

FITAS DE ARQUEAR PARA UNITIZAÇÃO DE CARGAS

a arqueação é essencial para o transporte mais seguro, otimizado e eficaz. as fitas de arquear de PP e PEt para unitização de caixas são o carro-chefe da Cyklop no segmento de fechamento de embalagens, respondendo por 50% a 60% das vendas, dependendo da época do ano. a outra metade é dividida entre fitas adesivas, papel gomado e equipamentos para linhas de fechamento. Mais resistente, a fita PEt é indicada especificamente para arqueação de paletes, evitando qualquer tipo de risco durante o transporte e movimentações logísticas e a fita de PP para manter a segurança e a integridade da embalagem secundária.

“temos soluções de fitas plásticas para qualquer tipo de carga, pois são dimensionadas pelo peso e formato da carga. Muitas vezes, você tem uma carga de três toneladas, mas utiliza várias fitas com resistência de 500 kg para a estabilização da carga no palete”, explica o diretor-presidente da Cyklop do Brasil. “as nossas fitas PEt de arquear têm certificação aar que é exigida pelos Estados Unidos para o transporte ferroviário de produtos no país. as fitas recebem o número impresso aar 59 que permite identificar visualmente que são normatizadas. a cada dois anos, somos auditados e temos que enviar amostras dos nossos materiais para homologação e recertificação pela associação americana de Ferrovias”, destaca o executivo. Ele continua: “as fitas são fornecidas para os clientes que exportam para os Estados Unidos e não fazemos venda direta. isso é feito por nossas unidades na Europa”. No Brasil, segundo ele, as empresas já entenderam o benefício dessa certificação e exigem o uso de fitas aar para operações internas porque desta forma garantem o padrão de qualidade e segurança. “os nossos produtos também têm certificação iSo 9000 que garante o padrão de qualidade para todas as fitas fornecidas”. transportar produtos com segurança e sem risco de prejuízos é um desafio ainda maior no Brasil, que é um país continental, e tem uma malha rodoviária em péssimo estado de conservação. Segundo Gadioli Júnior, existem dois perfis de clientes, o usuário maduro que tem um departamento dedicado ao design de embalagens e itens de segurança bem definidos, e o cliente que está em desenvolvimento dessa solução. “temos um cliente que tem plantas no Sul, Sudeste e Nordeste. o mesmo produto é transportado com diferente configuração de arqueação na região Sul, Sudeste e Nordeste por conta da malha rodoviária ruim e o número de vezes que a carga é manuseada”, explica. “Na região Nordeste, por exemplo, este cliente manuseia a carga pelo menos três vezes. Já na região Sudeste, a carga é transportada pelo serviço door to door, que sai da empresa direto para o cliente final. desta forma, ele pode otimizar a sua embalagem. Mais importante que a qualidade das rodovias é a quantidade de manuseio sofrida pela carga. infelizmente, a maioria das empresas utiliza uma embalagem única para maior parte dos produtos e, com isso, abrem espaço para desperdícios e perdas”, lamenta o diretor-presidente. Ele continua: “Uma fita PEt pode variar de 9 mm a 32 mm de largura e nós especificamos a solução mais adequada de configuração de arqueação, considerando o custo benefício ou o custo total da operação dependendo da região e situação de aplicação. isso vale para fita de PP, filme stretch, fita adesiva e fita gomada. Cada um com suas características específicas, mas o princípio é o mesmo: otimizar em função do uso justamente para reduzir os custos de embalagem”. DETECÇÃO DE METAIS: SEM CONTAMINANTES NAS EMBALAGENS DE ALIMENTOS

Quando falamos de empacotamento automático de alimentos, alguns cuidados são essenciais

Foto: Divulgação

Edson Lima, diretor da Perfor

Há seis anos, o detector de metais com uma abertura de passagem de 700 mm x 300 mm conseguia identifi car um contaminante de 3 mm, 5 mm e 4 mm. Atualmente, é possível detectar contaminantes de 2 mm

para que o produto chegue ao consumidor final sem contaminantes e a empresa cumpra as regras da rdC 14 estabelecidas pela anvisa para embalagem de alimentos. o detector de metais desempenha papel fundamental para detecção de partículas metálicas ferrosas e não ferrosas dentro dos pacotes. após a identificação do contaminante, o detector horizontal rejeita a embalagem do produto embalado. No caso do produto a granel, a solução indicada é o detector vertical que efetua o desvio do contaminante através de um rejeitador pneumático.

o tamanho mínimo do contaminante identificado pelos detectores é de 2 mm. a abertura do tubo de passagem do detector de metal vertical pode ser dimensionada de acordo com o produto. “temos detector de metal que tem uma abertura de 700 m largura x 300 altura para passar uma saca de açúcar de 50 kg e consegue detectar contaminantes de 2 mm. Mas, para isso é preciso de um bom campo magnético”, afirma Edson Lima, diretor da Perfor. Como garantir que o detector de metais seja configurado corretamente para evitar rejeições falsas e desperdício desnecessário de produtos? os corpos de prova são fundamentais para a calibração e realização de testes de desempenho dos detectores de metais. “os nossos equipamentos podem ser programados algumas vezes por dia para a realização dos testes de corpo de prova de contaminantes ferrosos, não ferrosos e aço inoxidável. isso é feito com a produção em andamento”, informa. Ele continua: “Cada empresa adota uma metodologia. as medições são feitas usando esferas metálicas de 1,5 mm de ferroso”. os equipamentos possuem o software Perfor Control que supervisiona todo o processo produtivo, armazenando todas as detecções, data, hora e intensidade do sinal no momento da detecção do metal. o range de saturação do campo magnético varia entre 100 e 32 mil. “a produção ou a gerência consegue fazer consultas, gerar relatórios e análise gráfica de todos os dados”, destaca o diretor da Perfor. a tecnologia de detecção de metais evoluiu. “Há seis anos, o detector de metais com uma abertura de 700 mm x 300 mm conseguia identificar um contaminante de 3 mm, 5 mm e 4 mm. atualmente, é possível detectar contaminantes de 2 mm. Esse avanço é resultado de melhorias no processamento, qualidade do material para detectar partículas menores”, revela Lima. Ele continua: “a Perfor está trabalhando no desenvolvimento de uma nova tecnologia, há dois anos e meio, que vai detectar partículas entre 30% e 40% menores, em torno de 1,4 mm a 1,5 mm. a expectativa é lançar no primeiro trimestre de 2022”. outra vantagem é que opera em quatro frequências, o que permite um range melhor de ajuste no campo magnético para detectar contaminantes metálicos em alimentos úmidos e secos.

HORA DE BRINCAR

Nova embalagem do picolé BUBEN promete encantar as crianças. Agora com QR Code que conta história em quadrinhos e dá acesso a minijogos

Embalagem que encanta é aquela que enche os nossos olhos no ponto de venda. Ainda mais quando o público-alvo são os exigentes consumidores infantis. A embalagem do picolé BUBEN, da Perfetto Sorvetes, ganhou uma nova identidade visual assinada pela Red Oxy Creative que começou a ser desenhada no primeiro semestre de 2021. O personagem do cãozinho super-herói Buben, continua sendo um dos atrativos da embalagem. Diversão foi base a para o planejamento das imagens coloridas e lúdicas, gerando assim o encantamento ao públicoalvo. “O cão transmite um olhar amigo, carismático e companheiro, convidando o consumidor infantil ao mundo da imaginação. A imagem do herói faz uma referência ao sorvete vitaminado e que impulsiona o consumo de uma forma positiva”, explica Eduardo Dalcin, diretor de supply chain da Perfetto Sorvetes. Com a reformulação da embalagem, agora a marca traz um QR Code que conta uma historinha em quadrinhos, incentivando a imaginação dos pequenos. “As crianças já possuem um vínculo afetivo com o produto por conta do cãozinho Buben. Quisemos reforçar isso criando uma história em quadrinhos virtual para esse personagem”, explica Telma Dalcin, diretora da Perfetto Sorvetes. Basta a criança acessar o QR Code da embalagem para ver e ouvir a historinha, que está dublada, deixando a experiência ainda mais divertida. O QR Code também leva o consumidor infantil para alguns minijogos para proporcionar uma experiência interativa. “Também é um momento de interação com os pais na leitura da história e ajuda com os jogos”, afirma Eduardo Dalcin. Para aumentar a conexão emocional com os pequenos consumidores, o cãozinho Buben ganhou vida com um visual em 3D. “Além disso, a proposta é criar histórias que deem mais profundidade ao personagem ao longo do tempo”, explica o diretor de supply chain da Perfetto Sorvetes. Segundo o executivo, a nova identidade visual da embalagem tem um apelo lúdico, que chama a atenção no PDV, com destaque para todos os atributos positivos do produto: QR Code para acessar a página da historinha, corantes e aromas naturais e as vitaminas e minerais que o produto contém. Além da nova roupagem, a embalagem chega ao mercado em formato multipack que permite a entrada do produto na categoria “Leve para Casa” junto com os tradicionais potes de sorvete de massa. “A Perfetto é pioneira nessa categoria no Brasil, e agora entramos com um produto específico para a linha infantil”, destaca o diretor de supply chain.

emBalagens de vidro eterniZam marcas

assunta napolitano caMilo*

Foto: FuturePack

Em visita recente ao supermercado St. Marche encontrei algumas embalagens que chamam atenção pela beleza e elegância ímpar. a cachaça mineira Maria Guarda da destom se destaca pela simplicidade da proposta: pura e clean. a decoração feita em serigrafia emoldura o casarão ilha da

Bahia que leva o mesmo nome. a garrafa recebeu um tratamento de foscação e uma tampa de alumínio preta, além de lacre. o fato de a garrafa ser menor (275 ml) agrada quem quer conhecer o produto sem ter que desembolsar muito. outra mineira, a Gouveia Brasil, investiu numa embalagem importada para apresentar seu drink: cachaça com jabuticaba: o MEi. a garrafa bastante alongada com fundo grosso é decorada com serigrafia apenas numa só cor, o branco, e com tipografia moderna e tampa especial, ainda emoldurada por um “tag” extra que destaca o sabor jabuticaba. a transparência do vidro é um chamariz para a cor do produto: fica impossível passar despercebida. a Casa Perini utilizou uma garrafa standard para seu espumante rose aquarela, porém investiu muito na decoração, tornando o único e causou uma ruptura na categoria pela inovação. a garrafa recebeu um rótulo termoencolhível com excelente cobertura que reproduz uma aquarela em tons rose. Sobre ele aplicou um rótulo autoadesivo com hot-stamping que destaca os selos de vários prêmios. Para completar a obra de arte, a garrafa ganhou uma gargantilha prata com dourado e a cápsula texturizada de alumínio em rosa com a marca em relevo. Um show de elegância! Por falar em elegância, o GEM da região vinícola de Languedoc-roussillon no sudoeste da França, recebeu a Indication Géographique Protégée (certificação que o produto foi produzido neste local), como PaYS d’oC, uma categoria projetada como parte de uma convenção de rotulagem de vinho padronizada na União Europeia. o nome GEM (gema/pedra preciosa) do vinho rose fica explicitado pelo diamante aplicado através de hot-stamping holográfico e pelo molde especial da garrafa que tem facetas de um diamante no corpo da embalagem e até mesmo no fundo, o que transparece em vários ângulos e cria um efeito especial. Uma tampa totalmente transparente completa a linda obra. realmente preciosa esta embalagem! Embalagens elegantes de vidro reforçam a autenticidade das marcas e fazem um mundo mais gostoso e belo. Embalagem melhor. Mundo melhor!

Se quiser mais informações e fotos dos produtos, é possível obtê-las no site: www.clubedaembalagem.com.br

*Assunta Napolitano Camilo: Diretora da FuturePack – Consultoria de Embalagens e do Instituto de Embalagens – Ensino & Pesquisa. Articulista, professora e palestrante internacional de embalagens. Recebeu diversos prêmios, entre eles o de Profissional do Ano e o de Melhor Embalagem do Ano. Coordenadora dos livros: Embalagens Flexíveis; Embalagens de Papelcartão; Guia de embalagens para produtos orgânicos; Embalagens: Design, Materiais, Processos, Máquinas & Sustentabilidade, entre outros. Diretora do Kit de Referências de Embalagens e da coleção Better Packaging. Better World.

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