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VAiVém do mErcAdo
de açúcar ou conservantes, com blends especiais e exclusivos que preservam o sabor natural das frutas, mantendo sua saudabilidade e garantindo um shelf-life de oito meses, o que permite o deslocamento a diferentes continentes. “Outro parceiro importante nesta jornada sustentável é a Avient do Brasil que foi responsável por realizar os estudos de permeabilidade de oxigênio na garrafa com PET virgem versus PET PCR no laboratório deles nos EUA, que demonstrou o comportamento teórico da resina comparada com a resina virgem”, salienta o CEO da Natural One. Desafios para utilizar pet pCr Os maiores desafios para o desenvolvimento da embalagem PET PCR para sucos naturais podem ser classificados em duas fases. A primeira foi a viabilização industrial do material. “Por mais que a resina PCR apresente propriedades mecânicas similares ao PET virgem, o desempenho no sopro é diferente e, portanto, foi necessário passar por um processo longo de testes até a validação dos parâmetros finais de sopro e processamento”, revela Ivanisk. A segunda fase do projeto foi o estudo de estabilidade do suco na resina PET virgem. O maior desafio da categoria de produtos da Natural One é o não uso de aditivos, corantes ou quaisquer outros conservantes que possam modificar as características originais das frutas. “Desta forma, quando trabalhamos com a resina PET PCR, foi necessário garantir que a migração de oxigênio e luz (visível e não visível) pelas paredes do PET não fosse suficiente para acelerar o processo de oxidação de vitaminas, nutrientes e cor do produto. Por isso, somos a primeira empresa no Brasil a usar a resina PET PCR em um produto 100% natural e transparente, mantendo o mesmo shelf-life e propriedades nutricionais do produto envasado em PET virgem. Um projeto que desde a concepção, estudos, escala industrial e licenciamento da Anvisa durou 2 anos”, completa o executivo. CresCimento Constante A Natural One aposta em atingir novos mercados ainda em 2022, levando uma marca 100% brasileira para fora do país. “Investimos forte em tecnologia de ponta e em profissionais altamente capacitados para oferecer um produto diferente de tudo aquilo que as pessoas conheciam e, em pouco tempo, temos tido excelentes resultados. Agora estamos expandindo a nossa presença internacional para novos países, dos 17 que já comercializam nossos produtos”, revela Ivanisk. Atualmente, a empresa já oferece seus produtos em países da América Latina, Europa e Ásia além do recém alcançado mercado canadense. Em 2021, a marca atingiu crescimento de 68% na receita operacional líquida em relação ao período anterior. Os números também se destacam na produção: a companhia bateu recorde, alcançando o marco de 10 milhões de litros de suco produzidos em um mês. Em 2022, a empresa está investindo R$ 15 milhões para aumentar, ainda mais, a capacidade de produção e de extração da laranja, fruta que é o carro-chefe do segmento.
Ball nomeia Fauze Villatoro como noVo presidente da diVisão de latas para BeBidas na américa do sul
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Foto: Divulgação
a Ball corporation anunciou Fauze Villatoro, atual vice-presidente comercial da divisão de latas para bebidas na américa do sul, para a função de presidente na região, que será efetivada em setembro, conforme plano de sucessão previsto pela companhia. carlos pires, que atua na Ball desde 2001 e ocupa o cargo atualmente, encerra seu ciclo na empresa, sendo os últimos cinco anos na função. “a Ball vem crescendo e se expandindo nos últimos anos a partir do aumento da demanda por latas de alumínio, com cada vez mais pessoas percebendo que a lata é a solução mais sustentável para a cadeia de bebidas. estou muito grato pela oportunidade de contribuir ainda mais para agregarmos valor ao mercado e garantir que estamos avançando e inovando, enquanto fazemos a coisa certa para o nosso negócio, as nossas pessoas, nossos clientes, nossa comunidade e o planeta”, comenta Villatoro.
PrOlata recicla 16 mil tONeladas de latas de açO NO PrimeirO trimestre dO aNO
Pernambuco, Bahia e Paraná foram os três estados que mais reciclaram entre janeiro e março deste ano
Foto: Divulgação Prolata
Fabio Humberg, coordenador da AbrAFAti, e thais Fagury, diretora-executiva da Prolata
AProlata anuncia os resultados do primeiro trimestre de 2022 em evento comemorativo aos seus 10 anos de história com números positivos. Entre janeiro e março, foram recicladas 16.013,38 toneladas latas de aço, registrando aumento de 79% em comparação ao trimestre anterior. Entre os estados que mais reciclaram, Pernambuco, Bahia e Paraná foram os três protagonistas, sendo os dois primeiros estreantes no ranking. O número de cooperativas parceiras também aumentou. Atualmente, a Prolata conta com 65 cooperativas, em 15 estados, totalizando 1.657 cooperados, volume que representa crescimento de 3% em relação ao ano anterior. Além disso, há 36 entrepostos parceiros e o apoio de 14 fabricantes de latas de aço, 29 fabricantes de tintas, 10 fabricantes de alimentos, 30 redes de varejo e três grupos siderúrgicos, responsáveis pela revalorização e reciclagem do material. A Associação tem trabalhado também para estimular os consumidores a fazer o correto descarte das latas utilizadas, com campanhas de comunicação e auxílio na implantação de pontos de recebimento em parceria com as redes varejistas. Hoje, existem 215 pontos distribuídos por todo o país, garantindo presença municipal 27% superior ao ano anterior. Em comemoração aos 10 anos de história da Prolata, foi realizado evento no dia 10 de maio, para apresentação dos resultados e a valorização de todos que fazem a diferença no projeto, como os fabricantes de latas, tintas e alimentos, representantes do varejo, siderúrgicas, cooperativas, parceiros e entidades gestoras. A presidente executiva da Associação Brasileira de Embalagem de Aço e Diretora executiva da Prolata, Thais Fagury, ressalta a evolução da Associação em uma década de história. “Foram os associados que acreditaram em todo o processo. Inicialmente, tínhamos 15 parceiros. Hoje, além dos fabricantes de latas, também temos 29 fabricantes de tintas, 30 redes de varejo e 10 fabricantes de alimentos”, ressaltou. A executiva ainda fez um agradecimento especial à Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (ABRAFATI), primeira cadeia de envasadoras que acreditou no projeto. Fabio Humberg, diretor de Comunicação e Relações Institucionais da ABRAFATI, homenageou a Associação com uma placa e destacou a importância do projeto. “Reconhecemos a qualidade no atendimento à Política Nacional dos Resíduos Sólidos e empenho em prol à sustentabilidade, garantindo as melhores soluções para os resíduos sólidos”, salientou Humberg no evento. Outro destaque durante a comemoração foi a participação da Boomera, empresa brasileira de Economia Circular e parceira da Prolata desde o início de sua história. “Sempre foi uma alegria participar da Prolata. A Boomera nasceu praticamente junto com a Associação. Hoje, somos uma das maiores empresas que recicla plásticos na América Latina. Isso só foi possível acreditando nas cooperativas e com o apoio da Prolata”, afirma Gui Brammer, fundador da Boomera. Representando as cooperativas, o Cleusimar Alves de Andrade, presidente da Cooperativa Recicle a Vida, trouxe um pouco da experiência como catador e falou sobre a importância do investimento ao trabalho dos catadores. “O apoio no investimento para melhorar os nossos meios de transporte é fundamental para os resultados”, comentou. Dois associados-fundadores, a Brasilata, empresa brasileira fabricante de embalagens de aço, e a CMP - Companhia Metalgraphica Paulista, celebraram a história e a relevância da Prolata para o funcionamento da logística reversa e economia circular.
Inovação é o dIferencIal competItIvo da mazurky
A empresa quer expandir sua atuação no mercado de embalagens de papelão ondulado, com produtos diferenciados e de maior valor agregado
Ahistória de sucesso da Mazurky, empresa especializada no desenvolvimento e fabricação de caixas de papelão e acessórios de papelão ondulado, começou num pequeno espaço improvisado, em São Bernardo do Campo (SP). Com a ajuda de um amigo que subsidiou a locação de metade do imóvel, os jovens empreendedores Eduardo Mazurkyewistz e seu irmão Marcel, iniciaram o seu negócio do zero, em 2004, quase sem recursos financeiros para crescer. O início não foi fácil, com diversos percalços pelo caminho desconhecido. Mas, com um modelo de gestão ousado, a prosperidade só aumenta. Hoje a Mazurky se caracteriza como uma indústria inovadora que investe em equipamentos de última geração e opera com capacidade instalada mensal de 600 toneladas de embalagens em todos os tamanhos e formatos, desde o kraft ao papelão reciclado. A antiga planta fabril ficou pequena para a atual fase de crescimento da Mazurky. A nova fábrica, localizada na cidade de Mauá, ao lado do Rodoanel, é duas vezes maior do que o local onde estava instalada. Possui 12.500 m² de terreno, 8.500 m² de área construída e área fabril de 6.800 m². Essa mudança vem atender a expansão do espaço de produção para acomodar a nova máquina de impressão digital e os periféricos, como máquinas de corte e vinco e coladeira de seis pontos. Em entrevista à revista Pack, Eduardo Mazurkyewistz conta como o empreendedorismo vale a pena e os novos planos de crescimento da Mazurky no negócio de embalagens de papelão ondulado.
Pack: Por que a Mazurky decidiu investir em impressão digital?
Mazurkyewistz: Em 2017, o meu irmão começou a estudar a tecnologia de impressão digital. Enxergamos uma oportunidade de negócio porque existia muita demanda de pequenas tiragens. No final de 2018, adquirimos a primeira máquina de impressão digital que não deu certo porque não atendia as nossas necessidades. Tivemos que devolver. Em 2019, viajamos para Xangai, na China. Entendemos um pouco melhor a tecnologia e voltamos cheios de ideias. Em parceria com o SENAI desenvolvemos um projeto bem estruturado de Indústria 4.0 e aí adquirimos a máquina de impressão digital Handway, em 2020, que deu certo. A tecnologia proporcionou uma flexibilidade muito grande para atender pequenas tiragens, desde um pedido de 10 caixas até 100 mil embalagens. Hoje o cliente não sai daqui sem ser atendido. Conseguimos oferecer soluções personalizadas para novos nichos de mercado. Essa foi a primeira etapa do projeto de digitalização e a segunda foi a aquisição, no final de 2021, da impressora digital Nozomi Single Pass C18000, da EFI, importada da Espanha, para atender uma tiragem maior, mais personalizada, sem limitação de cores. Essa máquina atinge 97% de toda escala Pantone num único substrato, tanto no branco como no kraft.
Pack: A nova máquina de impressão digital já está em operação?
Mazurkyewistz: A máquina ainda está em fase de instalação. A previsão é que entre em operação na segunda quinzena de julho deste ano. A expectativa
Foto: Marcelo Scandaroli
Máquina de impressão digital Nozomi Single Pass C 18000: solução inovadora para agregar valor ao papelão ondulado
Foto: Marcelo Scandaroli
Foto: Marcelo Scandaroli
é muito alta, pois o investimento foi grande (ele não revela números). Acreditamos que vai ser um importante diferencial para atuar no setor de embalagens, que atualmente, briga por centavos e o cliente troca o fornecedor por menos de dois dígitos de casas decimais. O objetivo é atender novos segmentos como comunicação visual, embalagens promocionais, embalagens display, embalagens de flores e frutas. Vamos nos manter no papelão ondulado, agregando valor. Hoje o nosso mercado é de caixa de embarque e exportação (embalagens secundárias e terciárias).
Pack: Já tem clientes interessados em embalagens produzidas na nova máquina de impressão digital?
Mazurkyewistz: Sim. São clientes que já temos e novos clientes. A grande vantagem dessa máquina são os grandes formatos, pois no setor gráfico há uma limitação de meia folha ou folha inteira. O formato de 1800 de largura por 3 metros de comprimento permite imprimir totens, pórticos e embalagens. Opera em alta velocidade, imprimindo oito mil m2 por hora, dependendo do tamanho da embalagem. É possível imprimir uma caixa de TV LEd 65 polegadas com definição de fotografia, refletindo o posicionamento da marca, que traz realismo ao conteúdo assistido.
Pack: Como enxerga o potencial do mercado brasileiro de caixa display pronta para exposição no ponto de venda?
Mazurkyewistz: O mercado de caixa display no Brasil não decolou ainda porque as impressoras existentes não conseguem trazer a fidelidade da marca para a embalagem. Acredito que a hora que conseguir imprimir com resolução de fotografia a demanda de caixas display vai acontecer. É uma mudança de cultura que deve vir em médio e longo prazo. diferente do que a gente vê na Europa, Estados Unidos e Ásia, onde modelo de caixa display já é amplamente utilizado no varejo.
Pack: A tecnologia de impressão digital é mais amiga do meio ambiente?
Mazurkyewistz: A nova máquina de impressão digital consome quatro vezes menos energia do que uma impressora flexográfica convencional de seis cores. Não tem desperdício de tinta porque ela dispara os jatos de tinta somente nos pontos definidos pelo arquivo do cliente e na quantidade correta. Não precisa ser lavada. Não utiliza água no processo que demanda filtragem e tratamento. Além disso, a impressão UV facilita a reciclagem da embalagem pelo fato de não precisar aplicar o filme plástico e, ainda assim, obtém-se um brilho intenso. É uma grande vantagem para o cliente vender uma embalagem sustentável no ponto de venda, com excelente apelo visual e exposição da marca com fidelidade à sua imagem.
Pack: A Mazurky utiliza papelão reciclado na produção das embalagens?
Mazurkyewistz: 60% das nossas embalagens provêm do papelão reciclado
Foto: Marcelo Scandaroli
marcel mazurkyewistz e Eduardo mazurkyewistz
e 40% papelão virgem. Aumentar o índice de reciclado na produção das caixas depende da demanda do cliente, pois é ele quem define a especificação. Além disso, a característica do produto que vai ser embalado também tem influência na especificação da embalagem. Por exemplo, o segmento alimentício, tem a questão da segurança do produto e o setor farmacêutico só usa embalagem kraft pelo receio de contaminação de resíduos do papelão reciclado.
Pack: Como é o processo de gestão de resíduos na empresa?
Mazurkyewistz: Trabalhamos com um processo produtivo de circuito fechado, no qual a água é reutilizada na lavagem da impressão flexográfica depois de ser tratada e a borra separada. Pelo fato de sermos certificados ISO 14001, todos os resíduos gerados pela empresa é segregado, pesado e coletado por empresas especializadas. As aparas, que representam 10% de todo o processo, são encaminhadas para fabricantes de papel. Temos metas estabelecidas para redução de consumo de energia, água e geração de resíduos de escritório e do processo. Além disso, a Mazurky é uma empresa certificada FSC (Forest Stewardship Council) que utiliza papelão ondulado proveniente de florestas plantadas com manejo sustentável.
Pack: Há novos investimentos previstos?
Mazurkyewistz: A máquina digital foi o ponto de partida para os investimentos que estamos fazendo agora. devemos ampliar o quadro de funcionários para atender à produção que não para de crescer. Estamos nos preparando também na área comercial, de criação e operações, inclusive com reforço de profissionais especializados, para aproveitar as novas oportunidades de negócio que serão geradas. Atualmente, contamos com 80 funcionários. Em 2021, tivemos, aproximadamente, um acréscimo de 10% no quadro de funcionários e, este ano, acredito que vai ficar em torno de 20%.
Pack: Quais são as perspectivas de crescimento para 2022?
Mazurkyewistz: Em 2022, a nossa expectativa é modesta, com crescimento de 15% no primeiro ano de operação da nova máquina de impressão digital. No segundo ano, 20% e, no terceiro ano, que a gente entende que a tecnologia já estará difundida e madura, esperamos alavancar o crescimento do negócio para acima dos 30% com esse segmento de embalagens primárias de papelão ondulado personalizadas. Entendemos que o nosso raio de atendimento vai ser ampliado no mercado interno, que hoje se restringe à região Sudeste, e também no mercado de exportação para América do Sul e África.