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inovação é trunfo da indústria de Máquinas de eMbalagens
Sustentabilidade, foco em novas tecnologias como fator competitivo e digitalização são temas prioritários para o setor atualmente, a Haver & Boecker Latinoamericana só tem opção da FFS para embalagens de PE (polietileno). “Estamos desenvolvendo com alguns parceiros para oferecer sacos em ráfia de PP e papel. o grande desafio é a solda do fundo e depois a solda superior de forma automática. o plástico tem essa facilidade para fazer a solda de uma maneira confiável para que não abra”. os testes estão sendo feitos na Europa e no Brasil, com parceiros de embalagem que produzem amostras para a empresa rodar em suas máquinas. “a expectativa é que até o final de 2023 a gente consiga oferecer esta opção de ráfia de PP ou papel para todos os tamanhos para produtos em pó ou granulado”.
As máquinas de embalagem desempenham um papel essencial em uma ampla variedade de indústrias, incluindo alimentos e bebidas, cuidados pessoais, produtos químicos, pet food, eletrônicos, farmacêuticos, entre outros. É um mercado dinâmico, cheio de mudanças e inovações, que observa importantes tendências, como o impacto ambiental dos equipamentos e dos materiais de embalagem, maior foco em inovação tecnológica como um fator de competitivo e investimentos em inteligência artificial e automação.
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No Brasil, os fabricantes de máquinas de embalagem estão de olho nessas tendências. Fabricante de máquinas de envase de líquidos e de ensacamento para produtos em pó e granulados, a Haver & Boecker Latinoamericana tem apostado na evolução dos equipamentos FFS (form, fill, seal) de sacos de plásticos. Segundo Edson Palorca, gerente comercial da empresa, a tecnologia oferece precisão de pesagem do produto, nem mais nem menos, garantindo praticamente desperdício zero. “ainda tem um viés mais forte na Europa para os segmentos de produtos químicos e de construção civil, mas está migrando para a américa Latina. No Brasil, temos cinco máquinas FFS comercializadas para os mercados de petroquímica, construção civil, alimentos, suplemento alimentar para gado e pet food”.
Para evitar as perdas de produtos nos processos de envase e durante a movimentação em função do tipo de embalagem, as indústrias de bens de consumo tem olhado para as vantagens da tecnologia FFS. “a gente sempre dá o exemplo do mercado de cimento. após o envase, o produto se perde, desde o armazém do cliente, durante o manuseio no caminhão, no centro de distribuição, até o ponto de venda. a tecnologia FFS trouxe excelentes ganhos para os nossos clientes, como redução de custos, melhor aparência para o consumidor que recebe o produto, na questão de limpeza, shelf-life e proteção contra intempéries”, destaca Palorca. “Comparando as duas tecnologias que nós comercializamos, dependendo do tipo de produto e da embalagem que o cliente está usando, se ele migra para a tecnologia FFS, ele pode ter até 25% de redução de perdas e, consequentemente, ampliar as margens”, acrescenta o gerente comercial. outra vantagem é o seu processo produtivo mais eficiente, além de menor intervenção humana, ou seja, maior automação. isso resulta em menor índice de parada e desempenho mais contínuo. “a capacidade de produção, depende do produto e da embalagem, mas gira em torno de 2.200 sacos de 25 quilos”. opera com embalagens a partir de 5 kg até 50 kg. “a embalagem de 50 quilos está em desuso, pois não é fácil de movimentar por questões de peso. Existe um acordo com o Ministério Público para que as cimenteiras do Brasil não produzam mais sacos de 50 quilos a partir de janeiro de 2029. Estão buscando outros caminhos de fornecimento a granel e tecnologias de logística. acredito que nos próximos 10 anos, como aconteceu na Europa, a gente não encontre mais sacos de 50 kg na américa do Sul e Latina”, revela Palorca.
Na produção da máquina, a sustentabilidade é prioridade. “Sempre buscamos o menor consumo energético com melhor eficiência e peças de reposição com maior tempo de vida útil porque sabemos que fabricar peças demanda outros insumos e matérias- primas”, explica Palorca. Ele continua: “Quanto
Foto: Divulgação o investimento no equipamento é 30% a 40% mais caro, porém o custo para fabricar bobina é bem menor, podendo chegar a 30%. Para o fabricante de embalagem é muito melhor por questões de qualidade, repetibilidade na produção, margem de contribuição porque você tem um produto de custo menor”, ressalta Palorca. maior o número de peças substituídas, maior o índice de descarte. o descarte também afeta diretamente na sustentabilidade. isso custa mais às vezes, olhando o valor final na compra do equipamento, mas quando olhamos para a questão da sustentabilidade, em longo prazo, custa menos. É um desafio implementar isso principalmente no nosso mercado”. a tecnologia FFS propicia uma redução de consumo de energia em 18%. o nde estão as oportunidades de crescimento para tecnologia FFS? Palorca aposta no segmento de pet food. Ele cita um case de sucesso recente voltado para este negócio que tem crescido exponencialmente. a Solito apostou na tecnologia FFS para entrar no mercado de pet food e inovar na categoria. Segundo o gerente comercial, a marca é a pioneira no uso da tecnologia FFS para pet food no mundo. “a maioria ainda usa tecnologia de sacos pré-formados de boca aberta que produzem no máximo 1200 unidades por hora e ocupam um espaço de layout bem maior, além de maior consumo energético”, compara. a tecnologia FFS também tem digitalização embarcada que permite acesso remoto para monitoramento e suporte técnico. a empresa também oferece pacotes de manutenção preditiva e preventiva nos quais o cliente recebe óculos com câmera que é conectado à máquina. “No caso de perda dos óculos, ele recebe um iP para que o suporte técnico acesse a máquina 24 horas da alemanha. além disso, o gerente da planta pode acessar os dados de produção diários, horas de parada, medida de pesagem do saco. E todos esses dados podem ser integrados com os sistemas ErPS como SaP”. a expectativa para 2023 é a retomada dos investimentos e aumentar a produção. “No ano passado, tivemos uma queda no segmento de alimentos, que é mais conservador, mas o setor de material de construção foi bem e deve manter este cenário”, conclui Palorca.
“Estamos apostando que o FFS vai emplacar no pet food principalmente no Brasil que será o ponta pé inicial para o resto do mundo.
Máquinas de corte e solda
a Polimáquinas é uma empresa que atua no setor de produção de máquinas para embalagens flexíveis, e tem investido constantemente em inovações tecnológicas em seus produtos. “a empresa tem se destacado na produção de máquinas com alto desempenho e produtividade, como a linha de máquinas de corte e solda de alta velocidade, que permite uma produção mais rápida e eficiente de embalagens flexíveis. além disso, investimos em tecnologias de automação e digitalização para otimizar processos produtivos e aumentar ainda mais a produtividade”, revela Marcos rodrigues de Melo, diretor industrial da Polimáquinas. as inovações tecnológicas implementadas pela Polimáquinas têm contribuído para a redução de custos de seus clientes. “as máquinas possuem tecnologia que permite a redução de tempo de setup , e seu design compacto e eficiente economiza espaço na fábrica. além disso, as máquinas são projetadas para terem baixa necessidade de manutenção, o que reduz os custos de operação e aumenta a disponibilidade”, enumera Melo.
Em outra frente, a empresa tem se esforçado para desenvolver máquinas mais flexíveis e versáteis, que possam produzir uma ampla variedade de embalagens flexíveis, como bolsas, embalagens para ração animal, embalagens stand-up, uma ampla variedade de embalagens em rolo (hortifruti, sacos de lixo, etc.), sacolas e também na fabricação de impressoras flexográficas que vão de 4 até 8 cores e Wickter com velocidade/produção aumentada.
“a postamos em tecnologias de ajuste rápido e fácil de formatos e tamanhos de embalagens, permitindo maior flexibilidade e personalização de produtos para atender às necessidades dos clientes”.
Nos últimos anos, a indústria de máquinas de corte e solda para embalagens flexíveis tem se esforçado para atender às demandas da agenda de sustentabilidade, com foco na eficiência energética e na redução do uso de materiais.
“a s empresas têm investido em tecnologias, como controle de temperatura mais preciso, que permite reduzir o consumo de energia”. Ele continua: “a demanda por embalagens sustentáveis tem crescido nos últimos anos e a Polimáquinas busca constantemente se adequar a essas novas necessidades do mercado, aprimorando seus equipamentos para atender aos diversos tipos de materiais que surgem para otimizar os processos de reciclagem”, conclui o diretor industrial.
Máquinas para eMBalar
a intertec e o setor de embalagens se modernizam rapidamente, com ênfase em meio ambiente, produtividade, qualidade, flexibilidade e rapidez, custos, digitalização e integração de soluções. Segundo angelika Koehnke, sócia-gerente da intertec, a empresa oferece máquinas robustas, com pouca manutenção, longa durabilidade, flexibilidade para embalar diferentes tipos de produtos, economia financeira, cuidado com o meio ambiente, alta produtividade e segurança para os setores de alimentos, aeroespacial, médico e hospitalar.
Ela destaca as máquinas high-tech HaWo para o setor de embalagens que utilizam uma fração da energia de dispositivos comparáveis. “São máquinas preparadas para U di (Unique d evice i dentification) que possuem design e engenharia de economia de recursos, além de programas de redução de emissão de Co2, com produção própria de energia elétrica para logística”.
os avanços tecnológicos das máquinas oferecidas pela intertec para o setor de embalagens incluem o uso de materiais ecológicos e recicláveis e que oferecem neutralidade de uso de materiais emissão de Co2. “ têm digitalização, telas sensíveis e processos Cad e 3d embarcados. além de integração com processos organizacionais”.
“a digitalização das máquinas se desenvolve em ritmo acelerado: Udi, 3d, telas Sensíveis ao toque, integração de sistemas, ganhos de eficiência, redução de custos de materiais e processos. as vantagens são modernização, melhores controles, maior rapidez, economia e flexibilidade”, ressalta a executiva.