Revista Placenta - 10ª ed.

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10 ed.


Editorial


Oi. Você está convidado para prestigiar a décima edição da Revista Placenta. Nesta edição mais que especial, a revista está de carinha nova. Nossa equipe de chefs colocou a mão na massa e acrescentou temperos secretos para trazer pra você uma revista coberta de publicidade e com recheio de mat matérias incríveis. Vamos fazer uma viagem no tempo para contar tintim por tintim desses 13 anos de Matriz; vamos falar sobre uma empresa júnior que, assim como a nossa, está brilhando no mercado. Além disso, vamos dizer o que a Amy Winehouse e um bigode têm em comum; o que esperar do mercado publicitário em 2012 e muito mais. Por enquanto é só. Se você ficou com gostinho de quero mais, não pode deixar de se deliciar com nossas outras matérias. Bom apetite!




Indice



um jeito

bem divertido

de fazer design. Por Tavany Vieira

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O Fundesign é uma tendência onde a ideia de decoração é mais ousada e personalizada. Cada vez mais, as pessoas estão em busca de produtos que fujam da “normalidade”, sejam inovadores, criativos e com um design diferenciado. Um exemplo claro da ascensão do Fundesign no mercado é a rede de lojas Imaginarium. A loja chama a atenção pelo design moderno, formatos diferenciados, e as ideias pra lá de criativas por trás de cada produto. Com essa nova tendência, os produtos ganham um toque especial, ficam com um ar mais divertido e deixam o ambiente mais descontraído. A cada dia o Fundesign cresce mais, os produtos estão sendo reinventados e o leque para quem procura produtos criativos e diferenciados aumenta cada vez mais. Hoje em dia, as lojas que investem nessa tendência chamam a atenção dos consumidores e conseguem obter um retorno financeiro bem interessante. A Imaginarium, por exemplo, em apenas quatro anos abriu 15 franquias pelo Brasil no seu início, atualmente são 75 lojas espalhadas pelo Brasil. Isso mostra a grande força e a importância que o Fundesign vem conquistando no mercado. Se você está buscando algo diferente e divertido seja para presentear ou simplesmente deixar qualquer ambiente mais descontraído, optar por um produto com a pegada do Fundesign é sem dúvidas uma ótima opção.

Quer saber mais sobre games?

facebook.com/movegames movegames.com.br

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Por SuĂŠlen Emerick 09


Boas ideias estão valendo ouro como nunca, fique atento as dicas de quem usa a criatividade como instrumento de trabalho. A resposta é comum quando se indaga estudantes de Publicidade e Propaganda sobre a escolha do curso: “Me considero uma pessoa criativa, comunicativa e etc”. Mas em um mercado de trabalho em que quase tudo parece já ter sido pensado, manter-se criativo é um desafio. A velocidade da disseminação que as redes facilitaram, supervaloriza a qualidade e a necessidade de inovação. A criatividade está diretamente relacionada à busca de soluções diferentes para resolver uma mesma situação. Henrique Teles, da agência Inkmustache, acredita que um bom exercício para estimular o pensamento criativo, é tentar criar novas associações entre pontos aparentemente incomuns: “Quando percebemos essas associações, percebemos também as situações de uma

forma diferente e conseguimos encontrar soluções alternativas para resolvê-las” explica. Para Jeferson Freiry, editor chefe do site publicifique.com, a inspiração tem de ser despertada e essa é uma busca cotidiana: “Devemos buscar sempre situações que nos estimulem, seja em uma conversa com profissionais desta área, a participação em workshops, seminários e festivais e principalmente, convivendo em ambientes que despertem nossa criatividade, tanto em caráter intrapessoal até interpessoal” opina. Fábio Amado do projeto Live Work e professor de Design Thinking na Escola São Paulo, defende que um insight é diferente de uma ideia. Um publicitário não p ode contar sempre com o momento de inspiração, inovar é um exercício: “Ideias se transformam em soluções” ressalta.

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Nós viemos da menor província da Argentina: Tucumán. São cerca de um milhão e meio de pessoas vivendo no “Jardim da República.” Dizemos isso porque Tucumán é conhecida por sua vegetação e pela beleza de suas paisagens. Uma mistura de planícies e colinas faz parte do lugar onde vivemos. Aos fãs de futebol, os principais times são: Atlético Tucumán e San Martin de Tucumán. Os tucumanos são caras simpáticos e prestativos. É a terra da famosa Mercedes Sosa, uma cantora que espalha nossas raízes pelos cantos do mundo. Não existem estradas, nem engarrafamentos. O coração da cidade é a Praça Independência. Ao seu redor está o Palácio do Governo, a Catedral e outros edifícios que têm um valor imensurável para a nossa história. A arquitetura reflete um estilo barroco. Temos uma área comercial que está crescendo rapidamente e sem muito planejamento. Durante os eventos es-

peciais, os pedestres, algo que não encontramos aqui, são confundidos com um formigueiro, cheio de pessoas. A tecnologia de hoje permite-nos conhecer rapidamente locais diferentes. Você pode pesquisar na Internet e, certamente, vai ver muito mais do que estas palavras podem descrever. “As meninas argentinas” Chegamos a Brasília no dia 4 de fevereiro, graças a uma bolsa de estudos do Banco Santander. Somos estudantes da Universidade do Norte Santo Tomás de Aquino (Unsta), onde cursamos a licenciatura em Comunicação Social. É uma instituição privada e tem em torno de três mil alunos. Nossos objetivos foram e são muitos. Pouco a pouco estão sendo realizados. Nós duas conhecíamos o Brasil pelas fotos, e provavelmente, como a maioria das pessoas, a ideia que tínhamos era “É Carnaval o ano todo.” Mas, rapi-

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damente, começamos a perceber que isso não é verdade. Brasil e Argentina são culturas diferentes, mas com muitas coisas parecidas. Felizmente, estamos tendo a possibilidade de conhecer as duas. Então, o que é diferente e o que é semelhante? As diferenças são mínimas, mas conseguimos perceber quando moramos em um lugar diferente. A comida é um ponto bem diferente, na Argentina a gente costuma comer mais carne do que frango ou peixe. A vestimenta é outro ponto, nós vimos que no Brasil as roupas têm mais cores e são mais chamativas. Argentina e Brasil nas comunicações: A área da comunicação na Argentina é especial. É menor do que aqui, mas não é porque temos uma população menor ou porque não somos tão desenvolvidos como no Brasil. Ter um bom trabalho na Argentina é mais difícil. Não é necessária apenas a profissão,

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mas também, ter contatos e ser muito bom. Temos menos possibilidades, por isso, achávamos importante a bolsa de estudos, porque na Argentina ter muito estudo, vale mais do que ter experiência. Essa é a principal diferença com o Brasil, vemos que aqui há mais oportunidades na nossa profissão. Até agora não conhecemos muitas coisas, mas estamos cientes que ainda há muito que explorar pelo Brasil.


BRASILIA CYPHER

Por Igor Carneiro e Vicente Ramos

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A equipe da Revista Placenta cobriu um dos mais importantes eventos de break do mundo, o Red Bull BC One, que pela segunda vez vem ao Brasil. A primeira passagem do evento foi em 2006, na cidade de São Paulo e nesse ano o Rio de Janeiro será o palco da grande final mundial que acontecerá em dezembro. Brasília foi uma das cidades brasileiras escolhidas para receber uma das muitas Cyphers, que funcionam como uma seletiva para as eliminatórias continentais. O vencedor da Cypher Brasília viajará para a cidade de Monterey, no México, para representar o Brasil e lutar por uma vaga na grande final mundial.

Público lotou o Teatro Sesc Garagem.

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O local escolhido para sediar a Cypher Brasília foi o Sesc Garagem, na 713/913. Ao chegarmos no local, a batida inconfundível do hip-hop já se fazia presente antes mesmo do início do evento principal. Marcado para às 20 horas, o evento teve início bem mais cedo, por volta das 16 horas, com as classificatórias para dar vaga a mais 4 competidores no time de 16 b-boys que competiriam. Várias rodas de break se formavam e os participantes do evento dançavam ao comando de um DJ. Na pista principal antes do início oficial da competição, os b-boys já se preparavam. Às 20 horas a pista principal foi aberta. Algo marcante no evento é a proximidade com que o público fica dos competidores. As batalhas foram definidas por sorteio e o esquema era o seguinte: dois b-boys se enfrentavam de cada vez e cada um tinha direito a duas entradas. A entrada é o momento em que o b-boy toma a frente e mostra suas técnicas e movimentos. Ao final das entradas de cada atleta, a decisão de quem passava para a próxima fase ficava por conta dos três jurados: B-Boy Ronnie (Red Bull BC One All Star - EUA), B-Boy Tito (Aliados Force Crew – SP) e o


B-boy Ronnie um dos jurados da disputa.

Spin Crew – SP). Durante a competição, a pick-up ficou por conta do DJ Niko. Uma surpresa foi a participação de uma b-girl entre todos os participantes. Entre as oitavas e as quartas de final houve um intervalo de 10 minutos com a pista liberada para o público mostrar que também manda bem no break. Ao fim das semifinais, os b-boys Klesio e Xandin disputariam a grande final. Enquanto os finalistas descansavam para a grande final, o grupo de basquete D Ruas, da Cufa (Central Única das Favelas) se apresentou misturando o basquete com a dança de rua. Após a apresentação a final se iniciou. A disputa foi acirrada e

dessa vez os competidores tiveram três entradas para mostrar o seu melhor. Apesar da disputa equilibrada, só um podia sair vitorioso. E o vencedor acabou sendo o b-boy Xandin do grupo de dança Over Kingz. Com apenas 21 anos o b-boy terá a responsabilidade de representar o Brasil no México. Foi sem dúvidas um excelente evento, bem organizado, pontual com o início da competição, e claro, muito animado. Se você um dia tiver a oportunidade de ir ao Red Bull BC One, vá, pois, com certeza você não vai se arrepender. É uma experiência única no universo do break dance.

Xandin com seu passaporte para a eliminatória latino americana no México. Fotos (crédito): Theo Ribeiro/Red Bull Content Pool

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u e i s r u e o p d e i s l s o e s n o o d c o e t e u i t d n n a a Dur ^ cia exp . o n d e a g c r aa e m o n e nom

Uma agência júnior é um lugar de aprendizado. Uma oportunidade para aprender, na prática, os conceitos apresentados pela academia. Na Matriz, essa prática é constantemente exercitada desde 1999, quando foi fundada. Durante a faculdade, os alunos Alex Coelho e Romualdo Lopes idealizaram uma agência como projeto final de uma das disciplinas do curso. A ideia de concretizar o projeto já era um desejo dos garotos e recebeu ajuda do professor Ronaldo

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Carvalho, que chegou à Universidade Católica de Brasília em 1999 e, logo de cara, topou apoiar a criação da agência. Ainda em 1999, alguns alunos do curso de Comunicação conseguiram uma sala para ser usada como laboratório de produção gráfica (a K - 117). Era um espaço usado tanto pelos estudantes de jornalismo quanto de publicidade. Surgiu, então, a ideia de usar esse espaço para abrigar a futura agência. Depois de eleita a primeira diretoria, ela começou a funcionar


ali mesmo, na K – 117. No entanto, faltava um nome. Decidiu-se que o nome seria escolhido com base em um concurso em que todos os alunos do curso poderiam participar. Um grande papel foi colado na parede do corredor. Qualquer estudante poderia ir lá e escrever um nome como sugestão. Depois de sugestões e votações, a agência júnior ganhou um nome: Matriz. Uma curiosidade é a disparidade do nome escolhido para outros nomes que quase foram escolhidos: “Fazenda de ideias” e “Agência de ideias”, por exemplo. Para oficializar toda situação, foi preparada uma confraternização numa pista de boliche. Um coquetel, na verdade, para comemorar a escolha do nome. Como a comemoração aconteceu no dia 14 de junho, a data acabou sendo oficializada como o aniversário da Matriz. Com um espaço para trabalhar e um nome definido, a empresa precisava de gente. Pessoas dispostas a trabalhar em uma agência que ainda era apenas um embrião. Os integrantes da Matriz convidaram os alunos a estagiarem na agência. E ela foi crescendo cada vez mais. Ganhou um espaço novo, a sala k-135. E não demorou muito

para que a sala fosse reformada. Primeiro, porque o espaço precisava ser melhor aproveitado; segundo, a reforma ajudaria a consolidar a identidade da Matriz. Kássio Borba, diretor de arte durante o período da reforma, ajudou durante a realização das mudanças na sala. “A Matriz, na K135, era composta por mesas em “L” grandes, que ocupavam muito espaço, comportavam poucas pessoas, e não favorecia uma divisão de áreas adequada”, explica. A ideia do projeto da reforma era aproveitar o espaço da sala. E o desafio foi lidar com o pouco orçamento. A Universidade Católica de Brasília colaborou providenciando a instalação de redes, que ficou mais organizada do que a de antes. Algum tempo depois, a Matriz cresceu mais. A equipe e a demanda aumentaram e a necessidade de um espaço maior do que a sala K-135 tornava-se cada vez mais evidente. No segundo semestre de 2010, outra mudança teve início. Dessa vez, a agência migraria da já apertada k-135 para a k-262.

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A nova sala era maior e conseguia acolher a equipe que aumentava.

A porta

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A porta da sala onde funciona a Matriz chama atenção de quem passa. Várias imagens, fotos, ilustrações e palavras circundam um grande “M”, feito também de colagens diversas. O projeto da porta foi um dos primeiros JOB’s do ex-Matriz Pedro Ximenes. No início, ele

começou criando vários adesivos inspirados em grandes artistas e coisas que achava bonitas. Durante o process o d e cr ia çã o, Pe dro p erceb eu que na da da quilo s er vir ia para repres entar a Ma tr iz. “A Ma tr iz, na minha opiniã o, é muito mais que um lugar b onito. Aquilo pra mim é uma ca sa for ma da p or p ess oa s. Quando pensei nisso, entendi que o projeto da porta não poderia ser algo limitado ao que eu gosto e acho bonito ou a inspiração em grandes artistas. Ela deveria ser formada por aquilo que contava a história de cada uma das pessoas que estavam ali. Deveria ter o dedo de todas elas”, explica. Foi neste mo-


mento que Pedro teve a ideia de fazer a colagem. Segundo ele, esta foi a maneira que encontrou para que todos pudessem participar do processo.

As festas. Ah, as festas! As festas marcam quem passa pela Matriz. Até mesmo os mais acanhados, que não são muito festeiros têm história pra contar. É o caso de Edgar Luís. Em março de 2006, ele entrou na Matriz para atendimento; pouco tempo depois, já tinha convite para festa. “Na minha primeira semana, eu tinha aca-

bado de entrar, teve uma festa à fantasia”, conta. Mesmo não conhecendo muita gente ainda e não sendo fã de baladas, resolveu sair um pouco. O anfitrião dessas comemorações é, muitas vezes, o próprio Ronaldo, coordenador da Matriz. “A casa do Ronaldo é por excelência a casa dos Matrizes e sede oficial dos eventos da agência. Sejam festas comemorativas, sejam festas simplesmente para integrar a galera. Sempre fomos muito unidos, isso foi uma característica de todas as gerações”, conta Kássio.

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o a ˜ t s a i Ide u o c n˜ao a c na 23


e u q s a o b m a r ube , a aix l a c r a M a l r a Por M

A Abertura do Semestre feita pela Matriz foi um verdadeiro sucesso. Bastante elogiada por alunos de comunicação, professores, palestrantes, profissionais da área e por todos os outros que puderam prestigiar. O evento ocorreu do dia 05 ao dia 09 de março, com palestras nos períodos noturno e matutino e com oficinas durante as tardes da semana. Mas, como todo comunicador sabe, há muita ralação por trás de cada conquista e dessa vez não foi diferente. Foi em agosto que tudo começou. Reuniões, conversas, pesquisas. Direção de arte, redação, produção, mídia, planejamento e atendimento se juntavam para iniciarem ali a criação de mais uma Abertura, que já ocorre há 10 anos, ou seja, não dá pra fazer feio. Cada geração de estudantes que compõem a Matriz carrega a grande responsabilidade de representar a geração que antecedeu da melhor maneira, evoluir a forma de se fazer esse job e dar continuidade ao trabalho com excelência. Out of Box foi o tema desse ano, possuidor de uma própria identidade e representante do legado

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deixado em outros anos. As semanas de Abertura são uma forma de introduzir calouros ao curso, mostrar quem faz na prática aquilo que se aprende em sala e, claro, dar um enorme olá em nome da agência e dizer, de um jeito diferente, que aquela porta cheia de recortes de jornais e revistas com um enorme M sempre estará aberta a todos. E justamente para demonstrar isso que, dessa vez, houve uma maior preocupação com o público alvo, uma geração agindo por meio da empatia para chegar ao tema. Assim surgiu o tema Fora da Caixa, só que em inglês. Fugir do convencional, ir além das teorias em classe, expor novos temas e mostrar a realidade da publicidade se tornou o objetivo, além de trazer a integração entre a área de trabalho da agência e outra área, o jornalismo, visando à destruição da barreira entre comunicadores de diferentes habilitações. A partir daí surgiram os temas dentro da ideia central, fruto de muitos debates e pesquisas. Não devia ser só um tema legal e interessante, devia ser atual e novo, capaz de mudar

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pensamentos, destruir paradigmas e fazer germinar novas possibilidades em jovens mentes. Para as oficinas e palestras a preocupação não foi diferente. Profissionais de destaque foram contatados para que a mensagem fosse passada seguramente, certamente e responsavelmente. Mas não foi fácil assim. Antes de chegar ao resultado, os matrizes tiveram de bater a cabeça por várias vezes. Temas foram rejeitados, palestrantes estiveram indisponíveis, imprevistos ocorriam nas mais diversas fases. Os desafios pediam soluções melhores elaboradas que, por sua vez, levavam


ao aprendizado e ao produto positivo. Em março todos viraram produtores, todos fizeram de tudo. Dormiram em casa de amigos, descansaram 03 horas por dia, viraram noites, não viam a família. Foi muita correria e o estresse virou o maior dos inimigos. Tinha planejador que cuidava da iluminação, diretor de arte que mexia com power points e até redator que editava vídeos. E como não ocorrer os contratempos: choque de horários e temas, perda de voo de palestrante e até profissional que adoeceu, ficando impedido de dar uma oficina do Colméia, resultando em mais uma solução eficaz: produtores da Matriz tomando a frente de tamanha responsabilidade e cumprindo-a admiravelmente. A sexta-feira 09 chega e encerra a semana. Mas e aí? O que resultou de tudo isso? Dizer que a satisfação domina o grupo de aproximadamente 27 alunos que compunham a agência seria uma grande mentira. O sorriso, a paixão e a disposição em contar tudo o que passaram com muita dedicação, provam que vai muito além da sensação de dever cumprido. Os si-

gilosos números para o Caça-Talentos também não me deixam mentir quando afirmo o sucesso da Out of Box, já que nunca houve tantas inscrições na história da Matriz. Os elogios que jorraram durante e após o evento me serviram também como fonte e provam o cumprimento de mais uma meta, a que visa a excelência. Depoimentos e comentários realizados pelos professores, palestrantes, profissionais, estudantes e ex-matrizes, alguns podendo ser encontrados na fan page da agência no Facebook, ilustram e descrevem a identificação com temas, o sentimento de acolhimento, o interesse partindo de futuros jornalistas e publicitários e todos os outros frutos que alimentam quem estava na frente e quem estava por trás “das câmeras”.

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Perguntas feitas por Igor Carneiro, Vicente Ramos e VinĂ­cius Lima.

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O que você faz quando fica sem ideias?

Se pudesse dar um conselho, um só, qual seria?

“Tá bem então, digamos que travei e não vem nenhuma ideia interessante, tudo que penso ainda está raso. O que eu faço? Saio correndo. Isso mesmo, me desligo deste job, vou ao cinema, saio com meus amigos, nessas horas até uma cervejinha é bem-vinda. Às vezes, quando sua cabeça deu uma esfriada, chega um caminho bom, um insight que te leva a um conceito. Se o prazo tá curto e tenho que entregar hoje, faço a mesma coisa: corro do job, vou tomar um cafezinho, conversar com um amigo, me desligo por um tempinho. Porque quando você voltar ao job, vai ver com outros olhos suas anotações, sua cabeça fresca começará um novo e diferente processo, sempre buscando um ponto de vista que ainda não percorreu, aí, booommm! A ideia chegou, anotou. Agora esqueça, e vamos para outra melhor que esta.”

“Se pudesse dar um conselho, um só, eu diria: acredite. Acredite em você, acredite no seu trabalho, acredite no seu sonho, acredite mais ainda se falarem que você não vai conseguir, acredite que você pode subir sendo uma pessoa boa, acredite que acontece. Só não acredite em milagres. Porque nada disso vai acontecer se você não focar no seu objetivo e ralar. Acredite.” Erick Stossel – Redator na NBS/São Paulo.

Paulo Ribas – Diretor de Arte na Monumenta Comunicação.

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Oi, prazer. Meu nome é Publicitário. Por Amanda Abreu 29


Primeiramente queria dar b oas vindas aos calouros e dizer que o curso foi muito b em escolhido, ap esar das mil dú vidas que exis tem no começo. Para quem tem amor e paixão p ela fu tura profissão, tenho certeza que não vai se arrep ender da escolha. Bom, para começo de conversa acho que publicidade, para mim, nesse p ouco temp o de exp eriência, vai de um senhor vendendo balinhas no ônibus de for ma carismática e se des tacando dos ou tros, a té uma mega ação de flash mob que acontece em uma es tação de metrô em Londres. To da e qualquer for ma de publicidade tem sua origem dentro da agência. Ou, p elo menos, deveria ser assim. Mas, vamos falar da parte mais interessante: quem são as p essoas que trabalham na agência? Temos: os famosos “cria tivos”; aqueles carinhas que es tão sempre na correria; a moça que cobra os deadlines; o indivíduo que sempre ganha brindes dos veículos e, aquela p essoa imp ortantíssima, que a tra-

vés de muitas p esquisas, p ensa no caminho a ser seguido para a realização da campanha. Se você es tá confuso, não tem problema, vamos dar nomes aos b ois. Em uma agência tra dicional existem vár ia s área s, a s mais comuns sã o: Atendimento, Mídia, Cr ia çã o (Direçã o d e A rte e Reda çã o) Pro duçã o e Planejamento. O Atendimento é a quela p ess oa que tem conta to direto com o cliente e p ega a s infor ma ções necessár ia s para fa zer um d ocumento chama d o br iefing. O br iefing contém a s infor ma ções d o cliente que s erã o pa ssa da s para os ou tros d epartamentos da agência. Nã o exis te um mo d elo esp ecífico d e br iefing, ca da Atendimento tem sua p er s onalida d e e, p or iss o, ca da br iefing é d e um jeito. Ao longo da cr ia çã o e elab ora çã o da campanha, feitos p ela s ou tra s área s da agência, o Atendimento a companha o process o e co bra os pra zos para que a apres enta çã o da campanha para o cliente nã o a tra s e. A Mídia é um caso interessan-

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te. Eles es tudam o público alvo e os meios de comunicação onde o cliente vai aparecer. Para ser um b om profissional de Mídia é preciso ser cria tivo para p ensar em for mas de div ulgação, sab er usar a ver ba do cliente e ter bas tante jogo de cintura. A Criação se divide em: Direção de Arte e Redação. Os cria tivos, como o próprio nome diz, trabalham com a parte cria tiva da campanha. Mexem com a identidade visual de uma marca, os textos e as imagens que farão parte da campanha etc. Para se dar b em nessa área, deve-se levar a vida de um jeito b em descontraído e buscar muitas referências sempre. Além disso, deve es tar preparado para virar noites na agência e ralar muito. O Planejamento é uma ou tra área da agência, um tanto quanto recente no merca d o. Os profissionais d ess e d epartamento sã o resp onsáv eis p ela s es tratégia s d e comunica çã o a s erem execu ta da s, p or conhecer o pú-

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blico e s eus hábitos. Nor malmente, o planner – ter mo usa d o para d escrev er ess e profissional - trabalha com a Cr ia çã o para d es env olv er id eia s e concretizá-la s. Por úl timo, e nã o menos imp ortante, v em a Pro duçã o – uma área que entend e p er feitamente o que é cor rer ia. Para s er pro du tor, é precis o ter sangue no olho, a final, é ele quem vai a trás d e ma ter iais e mov e mund os para montar o cenár io p er feito para a gra va çã o d o V T, para encontrar a mo d elo id eal para a quela foto que s erá v eicula da na revis ta, ou mesmo, para s elecionar o melhor tip o d e pap el para o cartã o d e visita s d o cliente. Resumind o, é o cara que fa z o s onho virar realida d e! Em Bra sília, o m er ca d o é ba stan te co ns olida d o e há v ár ia s b oa s a gên cia s. In clusiv e, uma qu e a té já ganh o u Leã o em Cann es. Minha di ca p ara qu em es tá co m eçand o é: co m o um b o m publi citár io, s aiba d e t ud o o qu e a co n tece n o mund o, s eja cur io s o, l eia j o r nais,


v á a mus eus, v eja film es, co r ra a t rás d e t ud o qu e fo r in teress an te e qu e v alha a p ena a crescen tar na sua b aga gem d e co nh ecim en to. O s publi citár io s qu e es tã o n o m er ca d o es tã o à p rocura d e um p ro fissio nal co m a tit ud e e v o n ta d e d e fa zer a co ntecer. Além diss o, nã o tenha v er gonha d e co r rer a t rás d e a gên cia s, d e exp er iên cia s, d e p ro fissio nais da área. Afinal, v ocê nã o v ai p a ss ar o s 0 4 an o s da sua gra dua çã o esp erand o um emp rego ba cana cair d o céu, o u v ai? Mo v e o n!

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Era muito comum encontrar em casas ou estabelecimentos do passado um recipiente de vidro, que continha no seu interior um líquido luminoso junto a um pavio, que quando acesso, produzia luz. O objeto descrito é uma lamparina, que iluminava os lugares das épocas remotas que não havia energia elétrica. Lamparina, derivado da palavra lâmpada, não nos reporta apenas a iluminação, mas também à ideia. Foram estes os conceitos adotados por três estudantes da Universidade de Brasília (UnB), Dimitri Lociks, Jorge Sasaki e Marcos Buson para, em 2004, criar a empresa júnior do curso de Desenho Industrial, Lamparina Design. Desenho Industrial vem do inglês design, que significa desenho, projeto, invenção artística. São estes os trabalhos desenvolvidos pelos designers, profissionais do Desenho Industrial. O Design é amplo e possui duas vertentes, Programação Visual e Projeto de Produtos. O primeiro nos remete mais ao que a maioria das pessoas entende por design gráfico, que é a comunicação visual, produção de marcas, layouts, design editorial, criação de sites, sistema operacional e sinalização. Já o Projeto de Produtos é responsável pelo design de móveis, veículos, roupas, joias, isto

é, lida com o objeto em si. A Lamparina Design trabalha com as duas habilitações do Desenho Industrial. “Uma completa a outra”, explica o presidente institucional da empresa júnior, Lucas de Oliveira, 6º semestre, que recebeu a PLACENTA na sede da Lamparina, em uma pequena sala do prédio Multiuso 1 da UnB. “Há uma tendência a dupla habilitação, antes, tudo era mais separado”, completa Lucas. Atualmente, a Lamparina possui 26 membros, divididos em duas áreas distintas, de projetos, que lida com clientes externos, encabeçado pelo presidente institucional Lucas de Oliveira, e de gestão de empresas, que cuida da administração em finanças, comunicação social e gestão de pessoas, liderada pela presidente organizacional Nanci Hokino. Entre os trabalhos desenvolvidos pela Lamparina Design, está a saboneteira para idosos Passage, elaborada para o Global Age-Friendly Design Awards (GADA), de 2010. GADA é um concurso internacional da Tailândia que designers, profissionais ou universitários, desenvolvem produtos que podem melhorar o estilo de vida dos idosos. Tomar banho não é uma atividade tão

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simples para os idosos. É frequente ocorrer acidentes envolvendo sabonetes em barras, porque, quando eventualmente este objeto cai, é comum os idosos escorregarem ao tentar alcançá-lo, ocasionando uma lesão grave. Com base nestes acontecimentos que a Passage foi criada. A saboneteira possui mesmo formato de um sabonete em barra, pois é fácil de manusear, porém é usado sabonete líquido em roll-on, mais suave para a pele, além de permitir recarga. A saboneteira possui ainda, bolas no seu exterior que massageiam suavemente a pele, e uma alça que pode ser colocada no pulso do idoso para evitar que caia no chão. Não foi só a saboneteira que ficou conhecida internacionalmente. A empresa júnior também fez a embalagem do café Alexandrion Group, da Romênia, que exporta café brasileiro. Outro trabalho de destaque da Lamparina Design é a Agenda Legislativa de 2011 da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF), que “tem o objetivo de mostrar o que ela [Confederação] acha sobre os projetos de leis”, explica Lucas. Além destes, a Lamparina também faz trabalhos para a própria UnB, como o projeto dos novos móveis do estúdio de rádio e marcas

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para eventos da própria universidade. Apesar de criarem designs de marcas, assim como muitas agências publicitárias, não há uma concorrência com a empresa júnior de Publicidade e Propaganda da UnB, a Dois Nove Meia. “Eles [Dois Nove Meia] preferem trabalhar com a campanha desde o começo, nós [Lamparina] só trabalhamos com a criação de marcas”, conta Lucas. Assim como a Matriz, agência júnior de Publicidade e Propaganda da Universidade Católica de Brasília, a Lamparina tem como objetivo capacitar seus membros para o mercado de trabalho. Para entrar na Lamparina Design os candidatos devem passar por uma seleção. Após a inscrição, passam por entrevistas e ao serem selecionados, entram na empresa como trainees, ainda em um período de avaliação, sem vínculo com a empresa. Após essa fase, os estudantes passam por um teste final, chamado de Projeto Piloto, o qual, os candidatos devem produzir uma marca para uma determinada instituição sem fins lucrativos, como ONGs. Há ainda a oportunidade de o universitário entrar na Lamparina Design como estagiário, onde ficará por uma semana em cada área, para conhecê-la melhor, programa semelhante à Casa de Parente, da Matriz.



Uma tonelada de

Choco La Design para você.

Um delicioso infográfico para engordar o seu conhecimento sobre o blog Choco La Design. 170.587 visitantes em março de 2012.

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48,13% de novas visitas de fevereiro a março.

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CROWD

SOUR

CING O PODER NAS MテグS DA MULTIDテグ.

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Crowdsourcing, outsourcing, crowdfounding, gamification, open in novation, design thinking,

transmedia, storytelling. Temos que aceitar uma coisa: vivemos na era dos nomes complicados. Esses ter mos caíram no gos to dos profissionais e acabam aparecendo para complicar as conversas, entrevis tas, p os ts em blogs e etc. Mas, ap esar da aparente complicação que o nome gera, muitos deles são conhecidos e não são bichos de sete cab eças como aparentam. É o caso do outsourcing e do crowdsourcing. O primeiro ter mo é um processo conhecido e simples que muitos de nós conhecemos como terceirização. Ela acontece quando uma empresa contra ta ou tra empresa para fa zer deter minado serviço, p oupando assim, temp o e dinheiro. Exemplo: uma agência de propaganda contra ta uma empresa esp ecializada para criar um aplica tivo de celular para um deter minado cliente. Pronto, o processo do ou tsourcing é simples assim. Era a grande mo da

a té meados dessa década, quando o crowdsourcing começou a aparecer e ganhar espaço. Crowdsourcing é um processo parecido, mas com elementos diferentes. É um mo delo de criação coletiva. Crowd, do inglês, significa multidão, p ovo ou grande grup o de p essoas. Source significa fonte, origem. Ao p é da letra, temos “origem do p ovo”. Sendo assim, crowdsourcing é uma cons trução ou criação coletiva de conteúdo, ideias, insights (olha aí, ou tro nome difícil), etc. Para exemplificar, temos alguns cases famosos como do Fiat Mio. Em agos to de 20 09 a Fia t prop ôs um novo projeto, no qual as p essoas iriam dar ideias para elab orar um novo mo delo de carro, que p os terior mente seria ma terializado p ela montadora. O retor no foi incrível, foram mais de 11 mil ideias de mais de 17 mil p essoas espalhadas p elo mundo. O Fia t Mio foi o primeiro carro colab ora tivo do mundo e o seu lançamento foi durante o Salão do Au tomóvel de São Paulo, em 2010. Mas qual é a vantagem disso? O que esse carro teria de esp ecial?

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Bem, imagine algo que você não gos te no seu ou em qualquer ou tro carro e que você tem a op ortunidade de sugerir uma mudança ou melhora. Agora imagine isso em grande escala. Assim você tem um carro que, de fa to, é aprovado p elo consumidor, a final, foi ele mesmo quem p ensou e projetou o carro. Isso não é incrível? A montadora acaba tendo um cus to menor na hora de elab orar o carro e a chance de aceitação do mo delo no mercado, p or parte do consumidor, é muito maior. Já o consumidor, tem o pra zer de andar em um carro que ele mesmo ajudou a projetar. Assim, as chances de ter algo que o desagrade no carro são b em menores, fora o laço afetivo que esse envolvimento p o de gerar. Com tudo isso, você me diz: “Ah, mas eu não sou obrigado a gos tar do que 17 mil p essoas gos tam e assim

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esse crowdsourcing p o de não ser tão útil para mim.” É verdade, mas essa não é a única for ma de se trabalhar com essa ferramenta, a Net flix (locadora de filmes p ela inter net) fa z uso do crowdsourcing de uma for ma diferente. Ela anunciou um prêmio de 1 milhão de dólares para quem elab orar um algoritmo de recomendação de filmes, p elo menos 10% melhor do que é u tilizado hoje. Isso gera um b enefício para a empresa, que acaba melhorando seu serviço e, logicamente, para quem ganhar o prêmio. Ou tro exemplo é o da agência Victor & Sp oils e da marca Har ley Da vids on. A Har ley es ta va lançand o um nov o pro du to, motocicleta s customiza da s p elo própr io consumid or. A agência, entã o, lib erou o br iefing para que a s p ess oa s p ensa ss em como s er ia ess e lançamento. O resul ta d o foi a pro duçã o d e um comer-


cial p ensa d o p or um fã da marca d e motos. Ess e comercial foi p ensa d o p or uma p ess oa apaixona da p ela marca, que lo gicamente, tem uma ótima rela çã o com ela. Será que a equip e da V&S, que p o d e inclusiv e nem andar ou gos tar d e motos, cons eguir ia p ensar em um comercial da mesma for ma, com o mesmo car inho, paixã o e env olvimento? Nós sab emos que duas cab eças p ensam melhor que uma, p or isso, vários trabalhos são realizados em equip es. Com a ajuda do crowdsourcing, essa equip e ganha muitas ou tras cab eças p ensantes, novos olhares, p ercepções, ideias, exp eriências, etc. Em um mundo como o de hoje, em que a infor mação se espalha com tanta velocidade, as p essoas es tão conectadas e principalmente, em que elas deixaram de ap enas receb er conteúdo e passam a pro duzí-lo, p ensar em um mo delo de trabalho mais colab ora tivo é uma ótima for ma de se manter cria tivo, de envolver mais p essoas e de pro duzir um resultado relevante.

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Por Vicente Ramos

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Acordo com o meu desp ertador tocando. Com meus olhos quase abertos, vejo que já são 7:00h da manhã. Não quero levantar da cama, nessas horas o meu colchão Ortobom me parece muito bom. Mas preciso, p ois ainda tenho um longo dia p ela frente. São contas a pagar, jobs a fazer e p essoas a conhecer. Me levanto e toco o chão com o p é direito, caminho em direção ao banheiro para escovar meus dentes e manter o sorriso Colgate, até que, sem p erceber, bato o p é na cama. Falo um palavrão baixo, e me recomp onho. De rep ente, vejo que meu p é está roxo, marcado. Mas tudo bem, meu relógio Champion já mostra que são 7:30 e não p osso me atrasar. Tomo o meu café do Sítio, tão quente quanto o calor que faz lá fora. Não que eu realmente goste da marca, aliás, nunca liguei muito para isso. Mas aquele café lembra o que minha avó fazia, e foi isso que me marcou. Enquanto p enso no p orque gosto do café, o temp o não para, como dizia Cazuza. Então, visto minhas roupas, cada uma de uma marca diferente. Tênis da Adidas, para dar um ar mais descolado, calça da Levi’s, só para ser um p ouco estúpi-

do, camiseta da Po ol, comprada na Riachuelo mesmo. Quando me dou conta, já estou no trânsito. No Fox preto,emprestado p elo meu pai, vejo p essoas, vejo marcas, vejo p essoas marcadas. Ligo o rádio, e ouço alguns sp ots legais, que prendem minha atenção p or alguns segundos. Mas quando toca “More than a feeling” do Boston, me emociono. Não tinha como a música do primeiro beijo não marcar. Enfim, chego ao meu destino, na hora marcada. Na agência, vejo as mais diversas marcas: o engravatado do atendimento, a grossinha da mídia, a convencida do planejamento, os hip erativos da produção e até mesmo o engraçadinho da criação. Várias p essoas e suas marcas, p essoas que usam e são marcas. Enquanto trabalho, p ercebo como as coisas mais simples marcam a nossa vida. Seja um sorriso, um abraço ou até mesmo uma marca. Aqueles comerciais marcantes como da Folha de SP falando sobre Hitler, ou os malditos p ôneis que se espalharam p elos meios de comunicação. Ideias geniais, ideias óbvias conta-

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das de maneiras geniais. A publicidade realmente é mágica. Falando em mágica, preciso de uma para resolver o job de hoje, parece que não sai nada! Ok, sem desesp ero... Sobre o que eu falava mesmo? Ah sim, marcas. Tudo se resume, ou se expande às marcas. Meus amigos e suas atitudes marcantes, como lembrarem do meu aniversário quando até eu havia esquecido. Um professor e suas lições, dizendo como a vida não é fácil, mas também não é tão difícil, enquanto eu só esp erava o resultado da última prova de matemática. Conversas que mudaram minha opinião, p essoas que deixaram marcas no meu coração. Em meio a jobs e conversas, o dia foi passando. Arrumo as coisas para voltar para casa, cansado, mas ainda p ensando. Penso em como me relaciono com as marcas que estão presentes em cada momento de minha vida. Sejam elas grandes ou p equenas. Seja um roxo no dedão do p é direito ou um outdo or gigante na frente da minha lanchonete favorita. E muitas vezes não imp orta o tamanho da marca, mas o modo como ela age

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em nossas vidas. Existem marcas que simplesmente aparecem e nós nem p ercebemos. Marcas que insistem em ficar, mas não deixamos. Marcas que falam diretamente com você, marcas que falam para todos. E assim a vida segue, as marcas seguem, e eu sigo. Acho que hoje eu entendo melhor minha relação com as marcas. Sei que marcas e p essoas são parecidas em alguns asp ectos. Ambas querem passar uma imagem, uma mensagem e até mesmo um sentimento. Ambas utilizam dos melhores recursos que p ossuem (mas nem sempre fazem isso). E tudo faz parte de um processo em que na maioria das vezes dep ende de nós mesmos. Marcas e p essoas aparecem aos montes em nossas vidas, mas p oucas realmente marcam. Talvez um dia eu encontre a p essoa tão sonhada, aquela que p oderei chamar todos os dias de amada. Talvez exista uma marca que me conquiste asssim, e faça com que eu p ense tanto nela quanto p enso em mim. Somos marcantes, de uma maneira ou de outra. E com essas palavras deixo a minha marca do dia.


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A indústria dos games se tornou o maior mercado de entretenimento eletrônico no mundo, tendo em 2011 um lucro duas vezes maior do que o cinema. O Brasil atualmente é o 4º maior mercado de games, com um crescimento nacional de 7,2% ao ano, tendo assim um significativo aumento dos investimentos de grandes empresas do setor. Neste contexto, o mercado publicitário vem investindo cada vez mais nessa promissora mídia com os advergames. Advergames (advertise = propaganda e game = jogo) é a pratica de utilizar vídeo games para promover um produto em particular ou uma organização. Os advergames podem ser divididos em duas classes. Na primeira, o jogo é todo feito com a proposta de divulgar uma marca, ou seja, todo o enredo do game gira em torno do anunciante. Na segunda, conhecido também como in-game advertising, é possível observar o personagem interagindo com a própria marca ou uma marca sendo exposta no cenário (muito semelhante aos merchandisings que os consumidores estão acostumados a ver na TV e no cinema). “Space Invaders” foi um jogo lan-

çado em 1978, em que o objetivo é destruir naves com um canhão para ganhar o maior número de p ontos p ossível. Em 1983, a Atari desenvolveu, encomendada p ela Coca-Cola, um cartucho intitulado “Pepsi Invaders” que nada mais é do que o clone de “Space Invaders”, só que em vez de naves alienígenas, os jogadores tinham de destruir a logo da Pepsi. Esse jogo é considerado um dos primeiros advergames da história. Vinicius Rossignoli, dono da empresa especializada no assunto, Move Games, afirma que os advergames trazem grandes resultados para os anunciantes. “Esses games vêm sendo o diferencial para as empresas, pois, além de ter um tempo maior de exposição (média 30 min), ao contrario de um comercial na TV ou um outdoor, aqui o consumidor tem a possibilidade de interagir com a marca, e possibilita, em alguns casos de jogos online, fazer um mapeamento ou perfil do cliente, permitindo assim um maior fluxo de informação”.

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quem n達o

arrisca, n達o petisca. e n達o vai para

s達o paulo. por patrick s. martin 50


leem a frase rapidamente, parece que Dannyllo é do tip o baladeiro e descompromissado. Lendo com mais calma, p ode-se p erceber a genialidade de um publicitário. O jovem de 24 anos, que saiu de Brasília e hoje mora em São Paulo, mostra maturidade de um profissional exp eriente.

“Se nada der certo na sua vida, crie um Whisky com seu nome. E se der certo, crie mesmo assim”. Foi com esta frase que começamos nossa conversa com Dannyllo Silveira, ex-aluno de Publicidade e Propaganda da UCB e ex-planner da Matriz Comunicação. Para os que

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Dannyllo tem como dilema “coragem, humildade e ambição”. E faz jus ao que diz. Sua vida profissional começou quando p ercebeu o quanto precisava mudar para crescer. “A primeira metade do meu curso não fiz na UCB e foi justamente a necessidade de produzir, de ir à busca de mais op ortunidades de aprendizado que me levou até lá”, diz. Ele precisava de mais que meras aulas. “Foi nos projetos complementares do curso, principalmente na Matriz Comunicação que me realizei. E na Universidade, tinha na cabeça de que o professor que todo mundo fugia era justamente aquele que queria ter aulas”. Na Matriz, aprendeu. E foi p or meio dela que entrou no mundo da


Publicidade. Embarcou para São Paulo. “Já tinha percebido que nada do que eu encontrava sobre planejamento era de Brasília, feito na cidade. Existia um movimento no Sul crescendo e esboçando muita qualidade, mas planejamento na essência mesmo só existia em São Paulo. É lá que as grandes empresas estão”, afirma. Mudou de vida completamente. Hoje, mora sozinho e paga suas próprias contas. “Levantei contatos com pessoas conhecidas, juntei as moedas e enquanto muitos iam descansar na praia, fui para capital paulista visitar as grandes agências e conversar olho no olho com quem eu só conhecia pela internet. Isso foi um divisor de águas, voltei com uma maturidade profissional muito grande e comecei a disputar algumas vagas por aqui”, declara. Hoje, Dannyllo trabalha na Limo Inc. Agência de Insights e Conteúdo de Marca. O que era correr p ela felicidade se tornou planejamento. “Aqui eu trabalho em uma agência que o core é planejamento. Significa

que tenho uma intimidade muito maior com projetos bem mais estruturados, bem mais profundos que uma campanha de propaganda, e onde comunicação não é a lata que eu coloco meu produto final, mas p ode ser uma das p ernas da cadeira”, assume. Agora que trabalha em uma área diferente, em um estado diferente e mais amadurecido, ele compara os dois lugares onde esteve. “A grande diferença está na maturidade de mercado. Não é culpa de nenhuma outra cidade não ter a estrutura de São Paulo, mas o que nunca me agradou em Brasília foi como pequenas agências acham que precisam primeiro se tornar grandes para realmente investir em uma área de planejamento. Isso freia bastante o desenvolvimento do mercado”, desabafa. Mas para quem acha que Dannyllo já realizou tudo o que desejava, engana-se. Ele não sabe o que vai acontecer em seu futuro, mas sabe o que quer para

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ele. “Vou trabalhando e sonhando, com humildade e ambição juntas, mas onde isso vai dar eu só vou descobrir do meio para o final. Quero desenvolver trabalhos legais aqui, amadurecer bastante e me preparar para sair do país daqui alguns anos para estudar em algumas instituições que admiro, além de enfrentar o desafio de trabalhar com uma cultura diferente, uma sociedade com outros costumes, explorar o desconhecido. Isso é bem excitante”. O jovem publicitário p oderia se esp elhar em Augusto Branco, p o eta brasileiro, que já dizia: "Bom mesmo é ir à luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é muito para ser insignificante."

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Três fra s es fo ram mar can tes n es ta en t revis ta e evid en ciam a v o n ta d e p res en te n o en t revista d o. Dannyll o l ev a t ud o à s ér io. “Nun ca fiz na da p o r br in ca d eira, s emp re quis s er o m elh o r em t ud o qu e eu fa z ia e p ens ar d o m esm o j eito quand o eu fo ss e esco lh er minha p ro fiss ã o era in evitáv el”. Dannyll o nã o s e ar rep end e da mudan ça. “Eu es to u co ns t ruind o minha vida, viv end o d o m eu t rab alh o, ind o a t rás d o qu e eu a credito. Nã o tem co m o minha vida ter muda d o p ara p io r. O s a cr ifício é grand e, ma s a co nquis ta é maio r”. Dannyll o Silv eira, 24 an o s. Um j o v em qu e s e to r n o u publi citár io. “O qu e era exp ecta tiv a h o j e é m eu dia a dia”.


Sua agenda nunca foi tão frequentada por tanto nome da publicidade.

É sempre bom manter contato com profissionais do mercado publicitário. O maior problema é ser apresentado a eles. Pensando nisso, a Matriz Comunicação criou o Colmeia, um projeto em que grandes nomes do mercado publicitário de Brasília passam um pouco de suas experiências para você, através de oficinas e workshops. Uma ótima oportunidade para pegar algumas dicas e trocar ideias. Venha conhecer o Colmeia e prepare-se para ter sua agenda lotada de contatos profissionais.


Tutano, criatividade e uma Amy Winehouse de bigodes. Por Anna Cristin a AraĂşjo

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Redator sênior da Agência Click Isobar, em Brasília, Thum Thompson, bacharel em Publicidade pela Faculdade Estácio de Sá de Juiz de Fora, se desdobra nas 24 horas do dia para atender, na agência, as áreas de elaboração e gestão de conteúdo e relacionamento em social media, planejamento de marketing e criação. Fora da agência, integra o grupo responsável pelo Ossobuco, evento mensal feito por e para a comunidade candanga e distribuído em rede (confira: http://www.ossobu.co). Ainda na universidade, Thum trabalhou no atendimento de uma agência, sabendo que seu maior talento era a área de redação. Mesmo assim, ficou no atendimento, o que o levou a se mudar para Belo Horizonte para atender a uma necessidade da empresa. Não durou muito. Logo foi convidado para outra empresa, que o levou de volta a Juiz de Fora, onde também acabou ficando por p ouco temp o. A capital da República era seu destino. Há um ano, o publicitário alto, magro e portador de um estiloso bigode vive e trabalha em Brasília como redator e administrador das redes sociais da Embratur.

Placenta – Thum, por que a publicidade? Thum – Ah, não tem um porquê. Essas coisas nunca têm um porquê. Placenta – Mas você sabia o que seria o seu trabalho como publicitário? Você acha que algum estudante de publicidade entra para a universidade sabendo, por exemplo, o que faz um gerente de trade marketing, um consultor de relacionamento, um analista de marketing, um consultor de marketing ou um diretor de criação? Thum – Não, eu não sabia e não creio que hoje um estudante saiba. E nem é por falta de informação, mas pela agilidade com que as coisas acontecem no meio. Hoje muitas coisas que o publicitário faz são novidades que não existiam há alguns anos, assim como muitas atividades ainda estão por surgir. Acostumados a um mundo mais criativo e dinâmico, um dia, Thum e seus amigos se incomodaram com o fato de Brasília não ter eventos bacanas sobre temas como arte, cultura, viagem, co-

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municação, tecnologia, etc. Aí criaram o Ossobuco – mais tutano para sua vida. O evento tem feito sucesso desde sua criação, há quase um ano, e, desde janeiro de 2012, ocupa um espaço nobre: o auditório da Livraria Cultura do Iguatemi Shopping. Antes, porém, teve espaço mais modesto: a varanda da casa de um dos integrantes do grupo. Sem divulgação sistemática e contando apenas com a divulgação boca a boca, o grupo, composto por Thum, Marcos Felipe, Aline Valek, Vinícius Santos, Leandro Ferreira e Mahrcinha, tem levado cerca de 80 pessoas ao auditório da Cultura todos os meses para ouvir ideias excêntricas, apresentadas de forma rápida e objetiva. A cada encontro, quatro pessoas se apresentam para tratar de um tema livremente escolhido por cada uma e submetido à equipe do Ossobuco. Em geral, são temas que alcançam um universo amplo de interesse. Depois das apresentações, rola um coquetel, mais uma cortesia do grupo organizador.

Thum – O Ossobuco serve de espaço para as pessoas apresentarem algo que elas considerem interessante e nasceu meio parecido com as conferências TED, se bem que a gente se inspirou mais no Pecha Kucha para montar o Ossobuco. Com muitas pretensões e sem nenhum dinheiro, nosso objetivo é compartilhar inspiração. Participa quem quer, quer dizer, se a pessoa que nos procura tem uma ideia legal, a gente inclui na agenda. Na verdade, as pessoas nos procuram ou são indicadas por alguém que costuma ir ouvir as apresentações. É assim.

Placenta – E então, Thum, como nasceu o Ossobuco? Que objetivos norteiam o projeto? Quem participa?

Placenta – Eu estive olhando o site do Ossobuco (http://www.ossobu.co) e vi que os temas são variadíssimos. Já teve


gente falando de “Freud, Bacon e mulheres que fumam”, “Safári, savana, Mandela e Madonna”, “Interface cérebro máquina”, “Instagram”, “Geração Z e sua interação com a tecnologia” e mais outras tantas coisas. Você, por exemplo, falou sobre “Os bastidores da corrida maluca da Red Bull”. Mas por que o visual da Amy Winehouse?

sobre “A força que move a sociedade”, que é o medo. E você, tem medo de quê?

Thum – Por quê? Não ficou legal?

Thum – Mas já acabou? Eu achei que fosse responder a outras perguntas.

Placenta – Ficou, ficou, sim. Ficou engraçado. Imagine: um homem de quase 2 m, de bigo de e ves tido como a A my Winehouse! Thum – Então, na verdade, era para o outro cara se vestir, mas ele é tímido. Aí eu me vesti. A história é a seguinte: a gente participou da corrida como equipe Back to Black Amy Zumbi. E foi um sucesso. Não ganhamos, o que foi uma surpresa, porque todo mundo tinha certeza da nossa vitória. Mas valeu do mesmo jeito. Placenta – E não foi essa sua única participação como apresentador de uma ideia no Ossobuco. Você também falou

Thum – Eu tenho medo de não ter sonhos. De não ter projetos. Placenta – Thum, muito obrigada pela entrevista e parabéns pelo sucesso no trabalho e no Ossobuco.

Placenta – A h, é? E que p er gunta s mais eu d ev er ia ter feito? O que s erá que es queci? Thum – O bigode, por exemplo. Achei que você ia falar dele. Bom, galera, sobre o bigode, vamos falar em outro momento. Até porque, durante a 10ª Abertura do Semestre da Matriz, que aconteceu de 5 a 9 de março de 2012, no auditório do Bloco K da Católica, esse foi tema que surgiu: a moda agora é bigode. Precisaremos de um tempo para conferir se a moda pega ou não.

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Conquiste o cliente desejado, sem bĂşzios e tarot. Por SuĂŠlen Emerick

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2012 promete? Profissionais do mercado publicitário especulam o que vem por aí no ano que começou. É notável o crescente interesse do consumidor em buscar informações sobre a origem do que estão consumindo e qual a solução que a empresa oferece para amenizar o impacto ambiental. Considerando então que a boa publicidade deve se preocupar com as indagações do público alvo, a primeira tendência para 2012 são os anúncios com consciência ambiental. É o que confirma o publicitário Wagner Siqueira de Nova Friburgo-RJ: “Algumas empresas já incorporaram essa ideia em 2011 e com certeza ficará ainda mais em evidência agora” diz.

Além disso, a revolução na publicidade digital proporcionada pelo uso do Ipad, aposta em propagandas exclusivas para cada usuário com ofertas que correspondam ao seu perfil de consumo. A equipe da agência Ink Mustache acredita nos aplicativos em dispositivos móveis: ”Talvez seja um palpite atrasado, visto que é algo que está em alta há algum tempo, mas acreditamos que, cada vez mais, as empresas vão focar nesse tipo de investimento” explica Henrique Teles, integrante da equipe. Para ilustrar, o publicitário cita exemplos de marcas conhecidas como a Nestlé e a Nike e acredita que é uma forma de ainda mais aproximação na relação Marca-cliente.

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Professor na empresa PUC Minas

Estudou na instituição de ensino PUC Minas

Brasília

Caio Cesar é professor na PUC Minas e a tua nas áreas de Design Centrado no Usuário, Marketing, Comércio Eletrônico e Pro dução de Mídias Digitais. Atualmente é dou torando em Adminis tração, também na PUC Minas /FDC, e co ordena os cursos de graduação em Pro dução Multimídia e p ós-graduação em Design de Interação. Além de muitas exp eriências, já passou p or assessorias de imprensa, departamentos de marketing em empresas varejis tas; fez a tendimento e pro dução em vídeos comerciais, e trabalhou com pro dução web em p ortais e pro du toras. Nas horas vagas, Caio mantém um blog um ar: As elucubrações do Caio Cesar. Nesse espaço, ele discu te ques tões relacionadas à tecnologia e Design de Interação.

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Entrar no Facebook para olhar as atualizações diárias ou checar o e-mail, uma ou duas vezes ao dia, já virou parte da rotina de muitas pessoas. Além de consumirem informação, elas podem produzir conteúdo e ainda usufruir das facilidades que essas plataformas digitais oferecem. Mas, esperem um pouco. Por que conseguimos nos adaptar tão facilmente a esses meios? É aí que entra uma questão pouco discutida e ainda desconhecida para muitos: o Design de Interação. Pensando nisso, nossa equip e conversou com o professor Caio Cesar, que além de ministrar aulas na PUC Minas, atua principalmente na área de Design de Interação. Ele afirma que os próprios usuários participam desse processo e ainda contribuem para o desenvolvimento de produtos interativos. Mas com uma ressalva: muitos ainda não sabem disso. O DxI (sigla do p ortuguês, Design de Interação) é um conjunto de procedimentos que ajudam na construção de um sistema ou de um produto. Ao

observar os usuários de uma rede social, p or exemplo, é p ossível avaliar o p erfil dessas p essoas e a partir disso criar uma plataforma útil e eficiente. O Design de Interação cria os seus próprios métodos baseados nas exp eriências e necessidades dos indivíduos. Mas e o Design na Publicidade, e na Comunicação? “Não dá para conceb er pro du tos comunicacionais hoje sem considerar qualquer tip o de relação com a intera tividade”, a fir ma Caio. Nosso entrevis tado explica a necessidade em entender ambas as áreas e a for ma como es tão vinculadas. Para pro duzir uma campanha publicitária, p or exemplo, é indisp ensável conhecer o p erfil do público alvo. “A nalisar, p ortanto, e aplicar práticas de Design de Interação é imprescindível para que nossos projetos comunicacionais tenham sucesso”, assegura o professor.

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Projeto inter.ativida.de Na segunda semana de Março, Caio Cesar colocou um novo projeto para funcionar. Com o objetivo de discutir o Design de Interação, o professor criou uma plataforma virtual onde serão realizadas discussões e algumas webconferências. A ideia é prop orcionar momentos de interação entre p essoas e disp onibilizar conteúdos pautados p elos interesses e necessidades dos participantes. Caio afirma que o modelo atual de educação formal, muitas vezes, torna-se eficiente e, p or esse motivo, a escolha em criar esse grup o de estudos virtual. “Quero exp erimentar esse formato de grup os de estudo ao invés de cursos pré-formatados. Por isso criei o espaço”, diz. Maiores informações: Projeto inter. ativida.de - Grup o de estudos sobre Design de Interação. http://inter.ativida.de/

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Caio curtiu Revista Placenta

Caio curtiu Matriz Comunicação

Caio começou o projeto inter.ativida.de

Caio está cursando Administração

na instituição de ensino PUC Minas Caio graduou-se na instituição de ensino PUC Minas



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Apaixonado p or arte, mais esp ecificamente p elo dadaísmo, Fernando Ribeiro tem formação em Publicidade e Artes Visuais, é esp ecialista em branding, story telling e atualmente é gerente de planejamento da W/McCann. Num pap o sup er bacana, esse gaúcho fala pra gente sobre um conceito que tem mudado a vida de muitas p essoas e marcas: o story telling. A arte de contar histórias existe desde os nossos antepassados, antes da mídia social. A partir de qual necessidade esse conceito veio para a atualidade e como ele pode aproximar as pessoas das marcas? Storytelling surgiu no nosso dia-a-dia de publicitário com a necessidade de explicar por que algumas marcas vieram ao mundo. Com a escassez de diferenciais concretos entre competidores, outros aspectos – intangíveis – passaram a ser abordados para posicionar marcas. Acredito que o storytelling aproxima as pessoas das marcas porque as pessoas querem conhecer e viver histórias legais, e nisso valorizam os protagonistas e entendem o contexto no qual aquela marca está inserida. Quando participam dessas histórias, se sentem mais vivas e saciam

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sua inquietude por experimentar novas sensações. A co-criação pode ser considerada um dos pilares do storytelling? Storytelling pressupõe cocriação. Assim, se há storytelling, há co-criação. O que quero dizer: quando você lê um livro, você cocria a história. As imagens não estão ali, mas você precisa imaginálas. Isso já é co-criar. Você poderia falar de um elemento de cultura geral que utiliza ou utilizou o storytelling transmedia? Puxa vida... Tanta coisa! Poderia falar da novela das 20h, à medida que um personagem tinha blog de verdade, e não apenas na ficção. Se eu tivesse que falar de uma cultura popular mais nichada, eu abordaria a linda iniciativa do Chico em Chico: Bastidores, que lançou seu último álbum na Internet. No âmbito geral, os projetos do artista Aaron Koblin são sempre muito inspiradores, especialmente o que o fez conhecido, o The Sheep Market, em que usuários desenhavam cada um uma ovelha para o inventário colaborativo de


ovelhas que o artista desenvolveu. De que forma a cultura pop, dentro das narrativas, pode se relacionar com as marcas? “Cultura pop” é um conceito relativo. Se você entende que “Pode to be”, citação do Joel Santana no filme da Pepsi tornou-se cultura pop (as pessoas estão nas ruas repetindo a frase), a cultura pop é profunda na narrativa de uma marca. Marcas produzem cultura pop, que é produto do story telling, muitas vezes. Por exemplo, quando uma marca como a Claro cria um programa de bancada com o Marco Luque enquanto um dos apresentadores, você associa diretamente ao CQC. Ela se apropriou de um ícone pop, o Luque, e um formato pop, a bancada. A história que a Claro começou a contar recentemente (sintetizada pelo slogan “Compartilhe cada momento”) se aproveita da cultura pop atual para se inserir mais naturalmente no cotidiano do consumidor. Além de planner, você tem especialização em artes visuais. Como esse estudo estético auxilia na sua visão de planejamento?

Não é um estudo meramente estético. Quando afirmo ser apaixonado pelo Dadaísmo, por exemplo, não me refiro à estética dadaísta, mas sim aos preceitos dessa filosofia. Entender como os movimentos artísticos iniciaram e iniciam, os valores, as causas, os artistas e, por último, a linguagem que disso tudo decorre, me ajuda a absorver melhor o que o contexto social e cultural atual me apresenta. Eu entenderia muito menos de construção de cultura popular – um dos nossos papéis como planners – se nunca tivesse me interessado por Arte. A união das artes visuais ao planejamento seria uma vertente do design thinking? O design thinking, mais do que o resultado de um processo de pensamento (ou uma forma gráfica de apresentar um raciocínio), é o próprio processo em si. Portanto, sim – a união das artes visuais ao planejamento talvez seja uma vertente do design thinking. Eu particularmente procuro unir esses meus alicerces – a Arte e o Planejamento – em uma busca por novos processos de produção de conhecimento.

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