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PERISCÓPIO

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GASTRONOMIA

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Noivos: Blenda Maraisa & Mário Henrique Pais da Noiva: Francisco Santos e Neusa Maria Irmã do Noivo: Maristela Rodrigues

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Blenda & Mário

Foi realizado no dia 18 de setembro de 2021, o casamento da jornalista Blenda Maraisa com o administrador de empresas, Mário Henrique, na Igreja São Francisco de Assis, celebrado pelo pároco, Frei Janilson. Foi uma cerimônia intimista, com a presença de familiares e amigos próximos ao casal. MUITAS E MUITAS FELICIDADES!

Jornalista Odilon Rosa comemorando com profunda alegria e agradecimento a Deus o aniversário do filho, Aurélio Rosa. Parabéns, saúde, felicidade e obrigado por tudo! Empresário Pedro Alves Pereira recebe o abraço de sua querida Arlinda em comemoração a mais um aniversário desse querido, dinâmico e exemplar pai, esposo, amigo e companheiro. Parabéns e obrigado por tudo!

Sandra Silveira (Geolab), Marlon Caiado (Daia), Elpídio Gomide Neto (Geolab) e Rebeca Romero (Codego), durante visita a uma das mais prósperas farmacêuticas de Anápolis. Carlos Limongi Sterse e Mayra Sterse, ele completando 20 anos de serviços à frente do Juizado da Infância e Juventude da Comarca de Anápolis. Parabéns, Dr. Carlos.

Ana de Morais Periscópio

Em cerimônia realizada no Secovi Goiânia, no dia 05/10, o prefeito de Pirenópolis, Nivaldo Melo, foi premiado como um dos prefeitos mais influentes do estado de Goiás. Parabéns!

Tony Carlo Bezerra Coelho, (Secom-Goiás), realiza excelente trabalho. Sucesso sempre!

Dr. Eduardo Sardinha; vice-prefeito de Anápolis, Márcio Cândido; Dr. Aladim Nepomuceno e Drª. Emília Tavares Assunção comemoraram o Dia da Enfermagem no Centro de Internação Norma Pizzari com profissionais da saúde. Parabéns e obrigado! Karla Valente exibe, com orgulho, a carteira da OAB conquistada pelo filho, Dr. Bruno Valente. Sucesso!

Poliana Gebrim e Rodrigo Oliveira (Ludis). Excelentes parceiros!

Clivia Anarelly Farias e Elizabeth Cristina Ribeiro. Apostas certas na Elizabeth!

Lucas Crescente Alves Maciel, advogado e assessor jurídico da prefeitura de Pirenópolis, prova porquê o prefeito Nivaldo Melo acertou ao nomeá-lo. Sucesso.

Karla Castanheiro, titular da Secom da prefeitura de Pirenópolis e presidente da Associação Goiana das Agências de Comunicação. Parabéns pelo profissionalismo.

Cerimônia de casamento de Bruna Souza de Almeida e Gustavo Gomes Moraes, unidos pelo amor e pelas bênçãos de Deus, no dia 09/10. Parabéns e muitas felicidades!

Vera Maria Araújo com o filho querido, Márcio Amorim Araújo, no dia do aniversário dela (13/10). Parabéns!

Maria, Nega, José Maria e Nininha formam a família Morais de Santo André num tour por Goiás. Sejam sempre bem-vindos!

Shirley Guimarães, fez aniversário no dia 08/10. Parabéns!

Coletor de Resíduos, sim senhor!

* Márcio Cândido

De acordo com alguns sites o dia 21 de outubro é o Dia dos Coletores de Lixo, infelizmente com pouco reconhecimento a um profissional cujo trabalho é árduo e difícil, mas digno e essencial. Durante muito tempo se usou o termo “lixeiro” que, particularmente, considero pejorativo e que fica melhor representado para quem produz o lixo e não para quem presta um serviço essencial à sociedade e ao meio ambiente. O termo correto é Coletor de Resíduos, que na verdade integra a categoria dos garis e também inclui os varredores e os limpadores de bueiros. A designação de gari surgiu durante os tempos do Império, no Rio de Janeiro, quando Pedro Aleixo Gary assinou o primeiro contrato de limpeza urbana no Brasil. Ele costumava reunir funcionários para limpar as ruas após a passagem dos cavalos. Era a “turma do gari”. E foi assim que o nome se popularizou e o termo começou a ser usado para denominar os funcionários que cuidam da limpeza nas ruas. É importante que todos nós possamos tomar alguns cuidados simples para não ocorrer acidentes com nossos coletores de resíduos, por exemplo: Antes de colocar os resíduos (lixo) na calçada, armazenar corretamente os objetos cortantes e pontiagudos, como vidros quebrados. Embale estes materiais em jornais ou papelão e, se possível, escreva “atenção vidro, ou objeto cortante”. Outro risco diário para os coletores são os animais soltos nas ruas. É frequente o registro de ataques de cachorros aos colaboradores. Mantenha seu cão preso ou em local seguro durante os dias da coleta. Uma outra atitude muito importante é ter consciência na hora de separar o seu lixo. Não misture os materiais recicláveis com o lixo comum pois líquidos, produtos tóxicos e remédios podem contaminar os profissionais. Esses materiais devem ser descartados de forma segura seguindo procedimento especial de destinação. Com esses cuidados, o coletor poderá realizar seu trabalho de forma segura, com maior eficiência e seriedade, mantendo a nossa cidade limpa e organizada. Parabéns a todos os “COLETORES DE RESÍDUOS”, vocês merecem a nossa homenagem e respeito.

* Márcio Cândido - Vice-prefeito de Anápolis. Graduado em Gestão Empresarial e Gestão Pública pela UEG - Universidade Estadual de Goiás

ALA 2 e ACIA

reafirmam parceria histórica

Com um voo no KC-390 o cooperativismo entre a ACIA e a Base Aérea de Anápolis se fortalece ainda mais

AACIA, sob a liderança do presidente Álvaro Maia, foi convidada para uma visita à Base Aérea de Anápolis (ALA 2). Recebidos pelo comandante e sua equipe, os diretores participaram de um almoço e, pouco depois, embarcaram no KC-390 para um voo de treinamento com pilotos portugueses. A Força Aérea Brasileira e a Portuguesa firmaram parceria para compras de novas aeronaves e treinamento. “Homenageamos o Coronel Aviador Gustavo Pestana com o título de Honra ao Mérito Comercial e Industrial pelos serviços prestados à nossa instituição e à cidade de Anápolis e logo depois fomos agraciados com uma miniatura do KC-390 que representa a mais recente tecnologia em aviação. A ACIA participa efetivamente das atividades da Base Aérea desde a sua criação e nesta ocasião consolidou ainda mais essa produtiva parceria”, revelou Álvaro Maia.

Diretores se revezaram na cabine de comando do moderno KC-390 Gustavo Pestana entrega lembrança ao presidente Álvaro Maia

Mais Crédito, Mais Empregos

No dia 19/10, os diretores Anastacios Apostolos Dagios e Baltazar José dos Santos, representaram a ACIA e o COMDEFESA nos eventos de inauguração dos postos do Mais Crédito e Mais Empregos em Anápolis, com a presença do governador Ronaldo Caiado e outras autoridades.

Homenagem póstuma

AACIA promoveu uma reunião ordinária diferente no dia 27/10 para homenagear postumamente aos empresários, líderes classistas e ex-diretores da entidade, Washington Constante, falecido em 18/06 e Luiz Ledra, falecido no fim do mês de maio. Familiares e amigos participaram da merecida homenagem no auditório da Associação.

Dia da Secretária

AACIA realizou, em 02/10, o evento “Dia da Secretária”, no Parque Onofre Quinan, coordenado pela Diretora Social da entidade, Juracy Ribeiro com total apoio do presidente Álvaro Maia e de toda sua diretoria. “A secretária ocupa um cargo de extrema importância para o funcionamento de qualquer empresa e merece uma homenagem à altura. No evento, realizamos vários sorteios, oferecemos coffebreak e atividades em grupo - respeitando as normas de distanciamento - além de oficinas de bem-estar e saúde, com massagens, aferimento de pressão e glicose e ginástica laboral. O evento foi um sucesso e somos gratos a todos os parceiros envolvidos”, disse a diretora Juracy Ribeiro.

Empreendedor, Especialista em Marketing, Negociação & Vendas, Personal Professional Coaching

Criptomoedas ou tokens: Qual é o futuro das finanças?

Em 2021, a Declaração do Imposto de Renda no Brasil trouxe uma novidade importante: códigos próprios para a descrição de moedas digitais. O fato exemplifica a importância atual desses ativos para investidores, empresas e consumidores, seja para potencializar a carteira de investimento, seja para negociações do dia a dia. Entretanto, ainda se trata de um tema novo e recente na vida das pessoas – o que leva ao desconhecimento de algumas nuances importantes. A grande maioria, por exemplo, costuma se referir a todos os ativos do tipo como moedas digitais. Elas até podem compartilhar semelhanças importantes, mas há diversas categorias, como as criptomoedas e os tokens. Ambas dividem as atenções dos usuários e estão na vanguarda da transformação digital que ocorre com os pagamentos. Mas qual é melhor? Confira:

Universo cripto

Se hoje as moedas digitais são consideradas investimento seguro em todo o mundo, atraindo a atenção de empresas e consumidores, é graças à consolidação das criptomoedas na última década. Elas são tão famosas que se tornaram (erroneamente) sinônimos para moedas digitais. A principal delas, evidentemente, é o bitcoin, a primeira do tipo que surgiu em 2008. Mas hoje existem outras opções tão valorizadas quanto, como ethereum e litecoin, que atraem grandes volumes financeiros. A principal característica delas é a descentralização, Isto é, não estão vinculadas a nenhum órgão regulador, governo ou banco central – bem diferente das moedas tradicionais, como o real e o dólar. Por muito tempo, esse tópico era visto como um problema por investidores mais conservadores, mas hoje a situação se inverteu. Elas podem ser utilizadas tanto como ativo de investimento quanto em relações de compra e venda de produtos e serviços.

Tokens

Tokens são ativos digitais e estimulam relações de troca e, apesar de serem moedas digitais, não são criptomoedas. Parece confuso (e muitos acreditam que são iguais), mas há uma lógica que diferencia um conceito do outro. Os tokens são ativos digitais, no sentido de que carregam informações, transacionais ou não, pela web de uma ponta a outra. Normalmente são vinculados a empresas, que os utilizam em diferentes situações, como campanhas de marketing, autenticação de usuários, etc. Há duas categorias principais para os tokens. Os de segurança (security) são aqueles que visam proteger informações meio de criptografia e a tecnologia blockchain. Já os de utilidade (utility tokens) são desenvolvidos para atender a uma função específica, como servir de moeda para campanhas de engajamento entre marca e consumidores – possibilitando a troca por produtos ou serviços.

Futuro das finanças

Apesar de suas diferenças, criptomoedas e tokens não estão em direções opostas. Na verdade, para aproveitar a metáfora, são dois lados da mesma moeda. Ou seja, se complementam e podem andar juntos na estratégia financeira das pessoas. As primeiras, mais tradicionais, tendem a ficar como reserva de valor na carteira de investidores – semelhante ao que é o ouro hoje. Já os tokens atendem muito bem ao dia a dia com sua usabilidade e troca para pagamentos e recompensas. O importante é entender que o universo das moedas digitais é novo e enorme. Ainda há grande espaço para inovação e certamente novas soluções deverão surgir nos próximos meses e anos. A questão, portanto, não é saber qual dessas opções representa o futuro do mercado financeiro, mas sim se os usuários e as empresas estão se preparando para encarar este mundo em constante transformação. (Fonte: Wiboo)

Adhonep, em grande estilo, volta a se reunir

Jantar da ADHONEP (Associação de Homens de Negócios do Evangelho Pleno), em 21/10, no Estância Park Hotel. O empresário Karim Kozak, presidente da entidade e sua esposa, foram os anfitriões no belíssimo evento que teve como preletor o Dr. Einsenhower Damascena, cirurgião plástico e agropecuarista, dando seu depoimento de sucesso. Entre os presentes estavam o cônsul da Alemanha, Bill O’Dwayer e sua esposa, o deputado estadual Amilton Filho, a vereadora Andreia Rezende e o empresário e diretor da ACIA, Anastacios Apostolos Dagios, presidente do Comdefesa.

Altamente prestigiado, evento reuniu mais de uma centena de pessoas no Estância Park Hotel

R. Jorge Miguel Q-H L-01 V. Santa Maria de Nazareth Anápolis-GO

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O que significa crise hídrica?

* Drª. Sara Romero Benfica

Durante muito tempo a água foi considerada um bem natural renovável ilimitado ou infinito, afinal, não fazia muito sentido sermos o planeta água e pensar em crise hídrica ou escassez desse recurso, no entanto cada vez mais ouvimos falar nesse termo, mas a pergunta que muitos fazem é, que isso significa? Sim, somos o planeta água, mais de 70% da superfície da Terra é coberta por água temos abundância desse recurso, no entanto a água própria para consumo corresponde a menos de 1% desse total, estando essa água doce disponível em lagos, rios e de forma subterrânea e a discussão da crise hídrica recai sobre essa porcentagem. Para legislar sobre águas no Brasil hoje, temos uma Política Nacional que foi criada pela Lei 9.433 de 1997, essa legislação traz fundamentos, objetivos e instrumentos que são essenciais para entender o que pode ser feito para enfrentar a crise hídrica, no entanto para chegar lá algumas considerações sobre como a água era discutida precisa ser esclarecida para que seja possível identificar o avanço que tivemos e quanto ainda podemos avançar se esses temas forem debatidos entre todos os interessados. Atualmente toda a água é pública, sendo pertencente aos Estados ou à União, mas não foi sempre assim, a primeira lei específica sobre água ficou conhecida como Código de Águas, publicada em 1934 pelo Decreto no 24.643, parte dele não foi recepcionado pela Constituição ou pela Política Nacional de Recursos Hídricos, e dessa forma se encontram revogados, outros artigos que não foram discutidos continuam em vigência. O Código de 1934 trazia a possibilidade do poder municipal legislar sobre as águas quando essa estivesse exclusivamente em seu território, o que não existe mais, e ainda a existência de águas públicas e particulares. Dessa forma, as águas inseridas em propriedades particulares, como as nascentes, acabavam por ser exploradas de forma inconsequente acarretando no ressecamento, perda de sua contribuição para cursos d’água maiores ou ainda déficit na recarga do lençol freático. A Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) ou Lei das Águas regulamenta que a água é completamente de domínio público, que ela é limitada ou seja, finita, e possui um valor, que em caso de escassez os usos prioritários devem ser o consumo humano e a dessedentação animal, que a gestão da água deve proporcionar usos diversos, que as discussões sobre a água devem ser feitas no âmbito da bacia hidrográfica e que essa gestão deve ser descentralizada e realizada por todos os usuários. Assim, quando atualmente falamos em crise hídrica é necessário que os usuários discutam seus respectivos usos e isso se dá dentro da unidade territorial de uma bacia hidrográfica, podendo ela estar completamente em um estado e ser uma bacia estadual ou ainda abranger vários estados e ser uma bacia federal, nela os usuários dos recursos hídricos discutem estratégias sobre o uso da água, em Anápolis podemos citar alguns usuários: empresa de saneamento (SANEAGO), irrigantes, lazer e turismo, indústrias, ainda conta com representantes do poder público e da sociedade civil, essa gestão é ainda descentralizada e participativa. Os objetivos da PNRH quando falamos de evitar crise hídrica é que haja disponibilidade de água para as próximas gerações, que os usuários utilizem a água de forma racional e integrada e que exista uma prevenção e defesa contra eventos hidrológicos críticos. Assim, quando falamos de bacias que sofrem de crise hídrica estamos falando de regiões que passam por eventos hidrológicos críticos e que por isso precisam de ações para defender da crise e prevenir que ela se agrave. A PNRH estabelece cinco instrumentos, sendo eles: Os Planos de Recursos Hídricos e o enquadramento dos corpos de água em classes, que atualmente se encontram em elaboração nas Bacias que abastecem Anápolis, a Outorga que é obrigatória a todos aqueles que utilizam a água, sendo que se as águas utilizadas forem subterrâneas a outorga deve ser requerida na Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMAD) e a utilização de águas superficiais vão depender da dominialidade do curso d’água, sendo em Anápolis todas as dominialidades estaduais, a cobrança pelo uso de recursos hídricos; que não se trata da cobrança pela empresa de saneamento, pois essa cobra pelos seus custos de limpeza e distribuição, sendo esse valor da cobrança pelo uso da água calculado de acordo com as outorgas concedidas, a compensação a municípios; que foi vetada pela PNRH e o Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos; cujo objetivo é dar transparência nas ações realizadas. A Crise hídrica é a ausência de quantidade suficiente de água para suprir as demandas da bacia, cada bacia hidrográfica possui características particulares de usuários, com quantidades específicas de uso. A ideia de vencer uma crise hídrica não é sacrificar um usuário em detrimento de outro, isso porque todos os usos são importantes, ninguém fica sem bens e serviços advindos da indústria, ou sem energia resultado da hidrelétrica, ou sem o alimento, possível apenas com irrigação ou sem água potável resultado de um trabalho da empresa de saneamento. Assim gestão dos recursos hídricos não se faz com cortes unilaterais de outorgas ou com discursos de prioridade, gestão de recursos hídricos se faz com gestão, com aplicação de instrumentos para atingir objetivos, com investimentos visando o aumento da disponibilidade hídrica ou tecnologia de manutenção de quantidade em épocas de seca, ainda gestão se faz com infraestrutura capaz de suportar o aumento da demanda, com normas de comando e controle e incentivos à redução do desperdício, ainda com incentivos à infiltração, investimento em despoluição, fontes alternativas e educação ambiental para redução do consumo. Crise hídrica traz impactos sociais, ambientais, econômicos e políticos e a solução não é acostumar com ela ou remediar quando ela chega, a solução é a antecipação. * Drª. Sara Romero Benfica é Advogada Ambiental e Presidente da Comissão de Direito Ambiental (Anápolis/Goiás).

Possui curso de Direito Ambiental na (FGV), é especialista em Direito Ambiental (UFPR), Mestre em Ciências Ambientais (UniEvangélica - UNB), Doutoranda em Recursos Naturais (UEG) e Cursa MBA em Agronegócio (USP).

Como o Japão mantém seus idosos ativos no mercado de trabalho

Muitos aposentados japoneses voltam ao mercado de trabalho por causa da renda extra ou para se manter ocupados

Atualmente, um em cada quatro japoneses tem mais de 65 anos e prevê-se que aumente para um em cada três nos próximos 15 anos. Aos 68 anos, Atsuko Kasa diz que não tem absolutamente nenhuma intenção de diminuir seu ritmo. A mulher alegre e enérgica planeja continuar trabalhando no Centro Silver Jinzai perto de sua casa, na cidade japonesa de Yokohama, pelo tempo que for possível. Ela afirma que é muito jovem para se aposentar, faz piadas e quer ajudar os outros.

Retribuição

Kasa, que trabalhava no departamento de contabilidade de uma empresa de cosméticos, é uma das legiões de japoneses idosos que optaram por abandonar os tradicionais passatempos da aposentadoria como jardinagem, encontros com amigos e cuidados com os netos. Em vez disso, eles voltaram ao mercado de trabalho. Para alguns, a renda extra que ganham por meio da organização Silver Jinzai é certamente digna de consideração, mas o dinheiro não é a motivação para a maioria. Para a maioria dos 700 mil aposentados que estão registrados na organização nacional criada em Tóquio, em 1975, as coisas mais importantes são se manter ocupados e retribuir à sociedade. Kasa trabalha em um grupo de apoio para pessoas com necessidades especiais em Yokohama. Ela ajuda a preparar as refeições em um refeitório nas instalações e diz que queria "enfrentar os desafios de trabalhar em um mundo que eu nunca havia experimentado antes".

Oportunidades de emprego

Há cerca de 10 mil pessoas registradas para trabalhar no Centro Silver Jinzi, em Yokohama, e esse número tem aumentado nos últimos anos, disse Takao Okada, presidente da organização. A pessoa mais velha nos registros tem 100 anos. "Há um número crescente de pessoas saudáveis e muito motivadas para trabalhar", disse Okada. "Há uma ampla gama de razões pelas quais nossos membros querem trabalhar: para al-

guns é financeiro, é claro, mas muitas pessoas querem manter sua saúde, outras querem contribuir para a sociedade ou, até mesmo, aproveitar ao máximo sua experiência e habilidades." Okada disse que os funcionários da Silver Jinzai geralmente trabalhavam no máximo 20 horas por semana, distribuídas em dois ou três dias, e normalmente estão empregados em supermercados; como faxineiros, jardineiros, recepcionistas, carpinteiros ou assistentes de cuidados infantis; ou ajudando a cuidar de pessoas idosas. Outros empregam seu know-how em projetos com o auxílio de computadores ou ajudam a recolher o lixo nas ruas da cidade. Pessoas com habilidades em línguas estrangeiras são particularmente procuradas, disse Okada. As tarefas são pagas a valores diferentes que variam em todo o país, mas a assistência a tarefas domésticas normalmente rende a um trabalhador da Silver Jinzai o valor de 870 ienes (cerca de 42 reais) por hora; a limpeza de janelas, 910 ienes (cerca de 44 reais); e a jardinagem, 1.040 ienes (cerca de 50 reais). Já o trabalho mais árduo de limpar a neve em cidades do norte do país paga 1.855 ienes (cerca de 90 reais) por hora.

Déficit

Além de proporcionar renda adicional e manter ocupada a população idosa do país, o plano também está ajudando a aliviar a crescente escassez de trabalhadores no Japão. O governo introduziu medidas para reverter essa tendência ao elevar a idade de aposentadoria compulsória de 65 para 70 anos em abril, mas analistas sugerem que o Japão terá um déficit de 6,44 milhões de trabalhadores até 2030.

O número de pessoas com mais de 65 anos no Japão bateu o recorde de 36,17 milhões (28,7% da população)

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