N.º 15 DEZEMBRO 2016 2€
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PERSONALIDADE DO MÊS
JOSÉ CID PROENÇA (SPINERG)
EM DESTAQUE
GTA SOLUTION ENTRA NA VENDA DE PEÇAS CORV CORVO
TERCEIRA RCEIR RA GRACIOSA RACIOSA A
Angra do Heroísmo
FLORES LORES S.. JORGE E
MERCADO
RENAULT ENTRA NAS REDES DE OFICINAS MULTIMARCA
MECÂNICA 2016
REPORTAGEM DO SALÃO E CONFERÊNCIA DE RETALHO DA PÓS-VENDA
FAIAL Ponta Delgada
AÇORES ESPECIAL PÓS-VENDA
O MERCADO DE PÓS-VENDA NOS AÇORES TEM MUITAS PARTICULARIDADES. UMA DELAS É A EXPERIÊNCIA DOS OPERADORES. CONHEÇA ESTE MERCADO. PUBLICIDADE
S. MIGUEL L
PICO PIC
S. MARIA
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SUMÁRIO
PROPRIETÁRIA E EDITORA ORMP Pós-Venda Media, Lda Miraflores Office Center R. Santa Teresa do Menino Jesus Nº 4 Esc. 7º - E Miraflores 1495 - 048 Algés Nº Contribuinte: 513 634 398 CONTACTOS Telefone: +351 218 068 949 Telemóvel: +351 939 995 128 geral@posvenda.pt www.posvenda.pt facebook.com/revistaposvenda linkedin.com/company/revista-pós-venda DIRETOR Paulo Homem paulo.homem@posvenda.pt REDAÇÃO Cláudio Delicado claudio.delicado@posvenda.pt DIRETORA COMERCIAL Anabela Machado anabela.machado@posvenda.pt PAGINAÇÃO Ricardo Santos ricardo.santos@posvenda.pt SEDE DE REDAÇÃO Miraflores Office Center R. Santa Teresa do Menino Jesus Nº 4 Esc. 7º - E Miraflores 1495 - 048 Algés TIRAGEM 10.000 Exemplares ISSN 2183-6647 Nº REGISTO ERC 126724
N.º 15 DEZEMBRO 2016
Feliz Natal São os votos de toda a equipa Pós-Venda EM DESTAQUE
GTA Solution_____________________________________________ P.06
NOTÍCIAS__________________________________________ P.08 MERCADO
Motrio_____________________________________________________P.16 CARF______________________________________________________P.18 TRW______________________________________________________ P.20 Standox__________________________________________________ P.22 Cromax/Portepim________________________________________ P.24 Convenção ANECRA______________________________________ P.26
OFICINA
J. M. Vieira Constantino__________________________________ P.28
PERSONALIDADE DO MÊS
José Cid Proença (Spinerg)_______________________________ P.30
ESPECIAL
Açores___________________________________________________ P.38
SALÃO
DEPÓSITO LEGAL 399246/15
Conferência PÓS-VENDA_________________________________ P.58 Mecânica 2016___________________________________________ P.62
PERIODICIDADE Mensal
TÉCNICA
IMPRESSÃO DPS – Digital Printing Solutions MLP, Quinta do Grajal – Venda Seca, 2739-511 Agualva Cacém – Tel: 214337000
NOTÍCIAS PNEUS____________________________________P.74
Corrosão (CEPRA) - Parte 1_______________________________ P.68 Dados técnicos Mecatrónica Online______________________ P.72
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NOVEMBRO 2016
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EDITORIAL
O carro será um telemóvel sobre rodas PAULO HOMEM DIRETOR paulo.homem@posvenda.pt
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ão vou aqui anunciar que vem aí a revolução no setor automóvel, porque ela sempre ex istiu ao longo dos tempos e ao ritmo da evolução tecnológica. Quanto mais rápida é essa evolução tecnológica mais rápida será a evolução de tudo o que rodeia o automóvel, obrigando, necessariamente, a uma mais rápida atualização das oficinas. Felizmente que o que tenho assistido no mercado é uma renovação do modelo oficinal, em que se procura cada vez mais a formação, nomeadamente em tudo o que é sistemas eletrónicos, fruto de uma oferta que existe hoje de apoio e suporte às oficinas que é, em alguns casos, de excelente qualidade e, acima de tudo, de valor acrescentado. Empresas de suporte técnico ou o desenvolvimento de algum retalho de peças, veio possibilitar às oficinas o acesso a muita informação técnica que está disponível a todos embora de forma muito dispersa, mas que através dessas empresas foi reunida, concentrada e oferecida de uma forma estruturada e com custos relativamente baixos. O grande risco que as oficinas multimarca correm é um dia terem que ser muito menos multimarca do que são hoje, pois os investimentos em tecnologia necessários para dar resposta a qualquer carro começam a ser cada vez mais elevados (por isso é que muitas oficinas recorreram a software e diagnósticos ilegais). Os carros que estas oficinas multimarca vão receber num futuro a curto prazo serão cada vez mais tecnológicos exigindo também novas competências dos técnicos. O carro está a tornar-se num telemóvel sobre rodas, que trará muitos novos desafios para
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PÓS-VENDA
as oficinas multimarca. Muitos deles, por certo, que ainda ninguém conseguiu prever. Por isso, a mensagem que quero deixar é que estar atento à evolução tecnológica é um desígnio para qualquer oficina multimarca, pois é um processo que corre a um ritmo muito acelerado e que não tem retorno. Falando um pouco da PÓS-VENDA, como estamos quase no final de 2016, não vamos, apesar de tudo, fazer grandes balanços, pois aquilo que fizemos fala por nós e todos vocês conhecem. A linha que traçamos é a da qualidade e da atualidade da informação, da seriedade dos números (revista, site, newsletter, etc) e da presença constante junto do mercado. Como temos a melhor informação do Pós-Venda em Portugal, nas diferentes plataformas em que estamos presentes (revistas, site, newsletter, redes sociais, etc), o desafio é que continuem a ler a imprensa especializada deste setor, pois dessa forma entenderá muito melhor aquilo que diferencia a PÓS-VENDA neste mercado. Quero desejar a todos os nossos leitores Boas Festas, Feliz Natal e um excelente ano de 2017.
O grande risco que as oficinas multimarca correm é um dia terem que ser muito menos multimarca do que são hoje, pois os investimentos em tecnologia necessários para dar resposta a qualquer carro começam a ser cada vez mais elevados
DESTAQUE GTA SOLUTION
GTA Solution passa a comercializar peças A GTA Solution mudou de instalações, que estão à medida dos novos projetos que a empresa está a lançar, sendo um deles a entrada no negócio das peças de automóveis.
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mpresa com vasto historial em peritagem, averiguações e orçamentação, a GTA Solution tem nesta partilha de informação e no conhecimento profundo da sua atividade um enorme trunfo. O programa de orçamentação da GTA Solution é, segundo Artur Silva, CEO da empresa, o mais completo do mercado, pois inclui para além dos carros, os camiões, motos e veículos utilitários. A GTA Solution é responsável pelo desenvolvimento da pesquisa por matrícula, sendo a primeira empresa a apresentar essa funcionalidade em 2011 (possui mais de 8 milhões de matrículas descodificadas), tendo atualmente o conceito de “solução integrada”, ou seja, numa única plataforma tem toda a informação necessária, o software de orçamentação, os dados técnicos, planos de manutenção oficial,
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PÓS-VENDA
{ TEXTO PAULO HOMEM } peças de qualidade equivalente e valorização de veículos usados. VENDA DE PEÇAS Trabalhando sempre de forma a simplificar as tarefas diárias e propor soluções que efetivamente contribuíam para o aumento da
CONTACTOS GTA SOLUTION Artur Silva 243 372 157 geral@gta-solution.com www.gta-solution.com/pt/
rentabilidade da oficina, o grupo GTA Solution está a adicionar ao seu leque de produtos, as peças, sejam elas de origem ou de qualidade equivalente. O cliente, de forma simples após efetuar a orçamentação do veículo, poderá encomendar as suas peças diretamente na plataforma, sem recorrer a portais externos, usufruindo de descontos nas peças e reduzindo o tempo que é consumido por duplicação de tarefas, levando Artur Silva a comentar que “as oficinas perdem imenso tempo na compra de peças. Com a nossa plataforma esse processo vai ser muito mais rápido”. A empresa de Santarém estabeleceu parcerias com diversos fornecedores de peças em Portugal, que fruto de determinadas integrações, permitirão à GTA Solution fornecer as peças à oficina. “Vamo-nos também respon-
o que é tradicional no mercado por via dos meios logísticos tradicionais que os diversos operadores dispõem. “Não vamos substituir ninguém nem fazer concorrência a ninguém. Temos aqui uma oportunidade de negócio que nos foi solicitada pelos clientes que vamos explorar ganhando apenas a nossa margem”, refere o responsável da GTA Solution. Nesta plataforma o cliente poderá escolher o tipo de peça que pretende adquirir (original, qualidade equivalente ou outra mais económica), fazendo a GTA Solution a gestão de todo esse processo. Através desta plataforma poder-se-á ter acesso a todo o tipo de peças, desde a mecânica à chapa, passando por lubrificantes, garantindo a GTA Solution a gestão de todo esse processo. “Queremos marcar a diferença, simplificando processos e ajudando o nosso cliente, se necessário. A diferença é exatamente poder acompanhar o cliente mesmo depois de lhe ter vendido a peça”, refere Artur Silva, enfatizando que “o cliente com a nossa plataforma ganha pelo menos 10% no orçamento”. Dizendo que a GTA Solution possui o mais completo programa ao nível da mecânica, Artur Silva afirma que a empresa pretende vir a crescer cada vez mais no mercado das oficinas.
sabilizar por garantir que as peças entregues estão corretas, que aliás já o fazemos muitas vezes para os nossos clientes, reduzindo ao máximo o erro de identificação e de entrega”, refere Artur Silva, explicando “somos nós que fazemos a confirmação da peça, associada ao número de chassis, para evitar erros na entrega da peça. Não dizemos que não haverá erros, mas estamos certo que em 99% dos casos o cliente recebe a peça que escolheu”. De momento a GTA Solution não irá ter quais-
quer peças nas suas novas instalações, mas o CEO não descarta essa possibilidade no futuro, informando “que a nossa intenção neste momento é satisfazer o cliente que já nos questionava por que razão não fornecíamos também a peça, pois só faltava isso”. Para Artur Silva, para além de servir o cliente, o importante é fazer com que este não perca tempo, pois após fazer o orçamento pode logo pedir as peças sem perder mais tempo. O restante processo de entrega da peça segue
ADVANCED PRICING PLATAFORM (APP) Outra das novidades que a empresa acaba de lançar é um programa de valorização de veículos que, através da matrícula, pode-se obter o preço do veículo, sendo destinado a todos os que trabalham de forma direta ou indireta com carros usados. Neste programa existe ainda mais valia das informações técnicas detalhadas sobre os carros, para além das informações do equipamento que o veículo tem. Esta plataforma, designada por Advanced Pricing Plataform (APP), detalha a informação do carro para que, por exemplo, uma seguradora possa avaliar o risco ainda com mais detalhe. “Para além destas estamos a trabalhar noutras novidades para apresentar ao longo de 2017. Contudo, não vamos lançar nada no mercado que não seja previamente testado”, conclui Artur Silva. DEZEMBRO 2016
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NOTÍCIAS
Norton relança Dynabrade
A Norton, marca da Saint-Gobain Abrasives, passou a representar em Portugal os equipamentos para repintura da Dynabrade. A Impoeste será um dos distribuidores, tendo promovido uma apresentação destes equipamentos aos seus clientes.
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Saint Gobain Abrasives é líder mundial ao nível dos abrasivos, sendo a Norton uma das suas principais marcas, com uma forte presença no mercado automóvel. Fruto de uma parceria estratégia, a Norton passou a representar, também em Portugal, a Dynabrade, marca de ferramentas pneumáticas e máquinas para oficinas de pintura, de origem americana, mas com forte presença europeia através da filial no Luxemburgo, tendo ainda presença na Índia e no Brasil. A Norton disponibiliza aos seus distribuidores uma diversificada gama de ferramentas da Dynabrade (ver caixa), que se destaca pelo seu desenho ergonómico e pelo fácil manuseamento, sendo pensadas para uma maior segurança e ergonomia no posto de trabalho. Outras características das máquinas Dynabrade são a fiabilidade durante a vida útil, sendo as mesmas desenvolvidas e fabricadas segundos cinco aspetos ergonómicos: vibração, isolamento, ruído, peso e aspiração. Fruto da parceria entre a Norton e a Dynabrade, foi desenvolvida a lixadora Dynabrade i.c.m Norton Multi-Air, que possui uma membrana especial de 5” (125mm). A Dynabrade apresenta o sistema “Drop In
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PÓS-VENDA
{ TEXTO PAULO HOMEM }
GAMA DE PRODUTOS DYNABRE >> Ferramentas de banda >> Ferramentas de acabamento >> Amoladores de pinça >> Lixadoras de disco >> Amoladores >> Polidoras >> Lixadoras roto-orbitais >> Lixadoras de engrenagem e acabamento >> Sistemas de aspiração >> Mesas de aspiração >> Máquinas estacionarias >> Peças substituição >> Acessórios >> Consumíveis (Personalizados)
Motor” que permite nas lixadoras “Spirit” a substituição do motor em apenas 2 minutos, existindo uma ferramenta específica para o efeito. Sendo a lixadora de discos (para eliminar pontos de soldadura) e a máquina de banda (elimina cordões de selante / espuma) dos modelos mais comercializados, destaque também para os modelos Dynalocke Dupla Ação (trata-se uma lixadora 2 em 1, rotativa e roto orbital numa só máquina), a lixadora 2 mãos, a lixadora orbital Dynabug II, a polidora Dynabuffer e um novo sistema de aspiração (Apisrador Classe M). Em termos de pós-venda a Dynbrade possui um centro técnico ibérico em Bilbao (Espanha), que se encarrega de levantar a máquina no cliente, funcionando depois a garantia ou o orçamento caso a mesma tenha avariado sem causa aparente ou por má utilização. Depois de uma breve apresentação dos responsáveis da Norton e da Dynabrade, os clientes da Impoeste, que a partir de agora (juntamente com outros distribuidores a nível nacional) vão poder adquirir estas ferramentas e máquinas, passaram a uma demonstração prática, possibilitando aos presentes o teste, em condições reais, de diversos equipamentos da Dynabrade.
Pesquisa de amortecedores Monroe por matrícula
FIAMM passa a estar no TecDoc
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á é possível aceder ao catálogo eletrónico da Monroe, colocando apenas a matrícula do carro. Assim, para quem procura amortecedores Monroe para veículos ligeiros e comerciais ligeiros, basta pesquisar por matrícula portuguesa em www.monroecatalogue.eu. Desta forma, o profissional tem o seu trabalho simplificado, já que a pesquisa de determinado amortecedor para um carro especifico passa ser muito mais simples e rápida.
Filourém alarga gama de lâmpadas Bosma
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orrespondendo a uma tendência do mercado e uma sensibilidade cada vez mais ecológica por parte dos consumidores, a Filourém acaba de anunciar o alargamento da sua gama de lâmpadas Bosma. A nova gama Bosma, que a Filourém comercializa, inclui a introdução das lâmpadas com tecnologia LED e SMD. Esta nova gama de lâmpadas Bosma contempla cerca 80% dos modelos de lâmpadas mais comercializáveis no nosso mercado e dispõem tecnologia CANBUS (Computer Error Free).
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s baterias FIAMM passaram a estar disponíveis no TecDoc, a mais importante ferramenta de identificação global de peças para automóveis, nas suas gamas para ligeiros, comerciais e pesados. Desta forma, “os retalhistas e operadores do mercado que tenham uma licença válida TecDoc deverão solicitar ao seu fornecedor deste software a atualização com a respetiva informação”, explica a Polibaterias, distribuidor da marca em Portugal. Os clientes podem também solicitar a atualização, que será disponibilizada pelo parceiro de software da FIAMM, através do email info. starter@fiamm.com.
NOTÍCIAS
Dica Ambiental by
Eco‑Partner
DDS Auto realiza formação IDM
A Em 2017 chegam as E-GARs .... o que vai mudar? A plataforma electrónica que permitirá a desmaterialização das Guias de Acompanhamento de Resíduos (Plataforma eGAR) está praticamente pronta e muito em breve o procedimento administrativo para a recolha e tratamento de resíduos será alterado. Embora ainda não seja possível conhecer com detalhe como irá funcionar esta nova ferramenta, é possível desde já antecipar que apenas entidades licenciadas terão um número APA que lhes permitirá aceder à plataforma como transportador ou destinatário habilitado a intervir na gestão de resíduos. Além disso, se até hoje podiam ser emitidas Guias de Acompanhamento de Resíduos por entidades eventualmente sem licença para aquele resíduo concreto (código LER de resíduo) ou operação (valorização ou eliminação), tal deixará de ser viável pelo menos administrativamente. Tudo indica que a gestão de resíduos no futuro próximo tenha de ser mais rigorosa
tanto no que se refere à segregação na origem (resíduos com códigos diferentes / características diferentes devem ser separados e recolhidos de forma diferenciada), como no seu transporte e encaminhamento. A gestão deve ser pensada e planeada de forma a que a coerência se mantenha desde o inicio até ao fim do processo (a eGAR conta a história do resíduo e os registos de cada empresa passarão a poder ser comparados e validados pela administração central). A entrega de resíduos (incluindo os resíduos valorizáveis que têm valor) a entidades não licenciadas está sujeita a coimas ambientais e fiscais. No futuro próximo a rastreabilidade dos resíduos será uma realidade mais palpável sempre que algum dos elos da cadeia tenha de lançar os dados no Siliamb.
Não arrisque! Se necessitar de ajuda contacte a Eco-Partner www.eco-partner.pt
ATM representa filtros First Automotive
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empresa Auto Torre da Martinha (ATM) iniciou a importação e distribuição da First Automotive. A First Automotive é uma empresa italiana que se dedica ao fabrico e à distribuição de peças com particular destaque na área dos filtros para praticamente todo o tipo de aplicações (ar, combustível, lubrificante e habitáculo),
DDS Auto realizou recentemente uma formação de bombas de água, com a Nuova Tecnodelta detentora da marca IDM, que a empresa de Valongo representa em Portugal. A formação foi ministrada pelo diretor técnico da Nuova Tecnodelta, contando também com a presença do diretor comercial da empresa, que fez uma breve apresentação da estrutura do grupo. Nesta ação de formação, realizada no Park Hotel Valongo, estiveram presentes 70 clientes da DDS. De acordo com a empresa os objetivos da formação foram “dar a conhecer a estrutura, capacidade, missão e valores da empresa. A Nuova Tecnodelta como fornecedora de equipamento original e aftermarket, tem o compromisso de investigação, inovação e qualidade contínua, sendo os seus produtos altamente fiáveis”, referiu Diamantino Sousa, responsável da DDS Auto. Relativamente à formação sobre bombas de água, a apresentação começou pelo esclarecimento da sua composição e dos rigorosos testes de controlo dos materiais e produção. O seu funcionamento e a sua importância para um correto desempenho do motor das viaturas. De seguida passou-se à apresentação dos cuidados a ter na sua aplicação para aumentar a sua longevidade e obter um melhor desempenho. “Consideramos que a ação foi um sucesso e muito positiva para todos os presentes”, refere Dimantino Sousa, explicando que “é consensual a importância destas ações de formação. A DDS tem como objetivo continuar com as mesmas, a fim de apoiar os seus clientes e parceiros na tão necessária atualização continua que é exigida no setor”.
tendo mais de 20 anos de experiência nesta área, sendo Certified Data Supplier com rating “A” no TecDoc. Os filtros da First Automotive possuem todos os requerimentos ISO para este tipo de produto, possuindo uma cobertura de 97% para aplicações europeias e asiáticas ao nível dos veículos de passageiros e comerciais ligeiros.
Site Meyle com nova imagem
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rosseguindo a política de renovação da sua imagem, a Meyle apresentou agora a nova imagem de marca na internet, com o website totalmente remodelado, disponível em www. meyle.com, onde se destaca um visual mais moderno e uma navegação mais intuitiva. Com o novo design, a presença online da marca concentra-se no que é essencial e adapta-se de forma dinâmica ao monitor de PCs, Tablets e Smartphones. Através da navegação aperfeiçoada, também o novo website da marca alemã se torna o “Driver’s best friend”, garante a marca. No futuro, a utilização intuitiva permitirá que os
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PÓS-VENDA
funcionários de oficinas, grossistas e demais interessados encontrem as informações de que necessitam de forma mais simples e mais rápida. Para o novo website foi também aperfeiçoado o Catálogo Online. Por um lado, as pré-visualizações permitem uma primeira impressão sobre o produto e, por outro, a pesquisa por veículo, modelo e fabricante foi simplificada através da introdução de um campo de pesquisa de texto livre. Além disso, o novo website está disponível em alemão, inglês, francês, russo, espanhol e chinês. A partir de janeiro de 2017 o site da Meyle estará também disponível em português.
DICA DE LUBRIFICANTES BY
EMM possui carrinha de demonstração
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Impoeste, em conjunto com os seus parceiros EMM e Autoglym, tem à disposição dos seus clientes desde Agosto de 2016 uma carrinha de demonstração com o objetivo de promover e dar a conhecer ao mercado as soluções e os produtos de ambas as marcas de um modo inovador. A bordo deste veiculo pode encontrar-se grande parte dos produtos do catálogo de ambas as marcas para que os clientes os conheçam e testem, existem produtos para realizar demonstrações, existem recursos multimédia para análise de produtos e processos, e é ainda possível realizar vendas de produtos para deste modo dar resposta rápida às possíveis necessidades dos clientes visitados. A Autobrillante é o distribuidor oficial da Autoglym para a Península Ibérica e tem uma parceria exclusiva com a Imposte para o mercado nacional baseada na transição progressiva dos clientes nacionais bem como nas sinergias entre ambas as empresas.
Standox apresenta novo aditivo para verniz KA677
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Standox lançou para o mercado o aditivo para Verniz KA677 Azul Brilhante que contribuiu para a reparação de cores cromáticas. As denominadas “não-cores” foram, durante anos, a escolha mais popular no que se refere a veículos novos. Atualmente, os vermelhos e azuis intensos e brilhantes estão a ressurgir. Através da adição do aditivo para verniz KA677 azul brilhante à sua gama, a marca de repintura global Standox torna possível a reparação destas cores altamente cromáticas. O aditivo para verniz KA677 azul brilhante Standox encontra-se já disponível em embalagens de 100ml com tampa de rosca. Pode ser utilizado em praticamente todos os vernizes Standocryl COV e vernizes 2K.
A PRINCIPAL RAZÃO PARA A REVOLUÇÃO TECNOLÓGICA DOS LUBRIFICANTES
Eni leva alunos aos laboratórios a Milão
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os alunos finalistas que alcançaram o primeiro prémio ao abrigo do protocolo existente com o IPL, o ISVOUGA e o CEPRA, a Eni abriu uma vez mais as portas dos seus Laboratórios de Investigação e Desenvolvimento em Milão. Trata-se de um dos maiores centros de investigação a nível mundial na área da prospeção de petróleo e seus derivados, como os combustíveis, lubrificantes e aditivos, no qual engloba diferentes áreas científicas como a Geologia, a Química e a Mecânica. No dia 15 de novembro os alunos tiveram oportunidade de visitar o Centro de Investigação da Eni. Tendo começado com quatro apresentações técnicas sobre “Bases Lubrificantes”, “Lubrificantes para Automóveis”, “Aditivos”, e “Gasolinas de Competição”, passando de seguida por vários laboratórios de análise e desenvolvimento de lubrificantes, aditivos e combustíveis, finalizou na zona dos inúmeros bancos de potência, onde existiu espaço para uma explicação mais pormenorizada do ensaio efetuado para o controlo de emissões poluentes de veículos, o NEDC (Novo Ciclo Europeu de Condução).
EP3 lança Dyno-tab
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EP3, empresa que comercializa consumíveis para o setor automóvel, passou a representar a marca de aditivos americana Dyno-tab. Esta marca de aditivos passa a estar representada em exclusividade para Portugal através da EP3. A Dyno-tab é o maior fabricante mundial de aditivos para combustível em pastilhas. Recentemente ampliou a sua gama com aditivos para radiadores e água limpa vidros. Os produtos da Dyno-tab apresentam-se com expositores apelativos e preços acessíveis, iniciando agora a EP3 a angariação de distribuidores a nível nacional.
Toda esta nova realidade aplica-se especialmente nas viaturas diesel posteriores ao ano de 2006, altura em que se tornou comum ouvirmos falar em motores de tecnologia EURO 1…6, reflexo de imposições internacionais que têm por objetivo baixar a emissão de gases com efeitos estufa. Para que os construtores pudessem fazer face a estas normas, vários foram os caminhos utilizados na construção auto, desde sistemas de regeneração de gases de escape, filtros de partículas e diminuição da cilindrada dos motores por forma a baixarem os consumos de combustível. Embora as baixas cilindradas das viaturas se tenham massificado, não é menos verdade que a performance a que estes motores nos habituaram não baixou em nada. Para que esta realidade fouce possível os motores passaram a ter níveis de eficiência nunca vistos, recorrendo de forma quase massificada a turbos de geometria variável e sistemas de injeção de combustível mais eficientes, que lhes garantem uma disponibilidade muito maior em baixas rotações e índices de binário mais generosos. A aplicação massiva de turbos nos motores mais recentes eleva as temperaturas e os índices de pressão a que os lubrificantes ficaram sujeitos, obrigando o lubrificante a uma maior resistência ao corte e à alta temperatura, sem descorar simultaneamente índices de viscosidade mais baixos no arranque a frio. Os reflexos na indústria de lubrificantes foram imediatos e passamos a ouvir falar de produtos 100% sintéticos, com baixos índices de viscosidade, capazes de garantir intervalos de manutenção mais alargados e não menos importante, produtos com tecnologia Low Saps (baixas emissões de cinzas sulfatadas) e fuel economy. Estas são algumas das razões pelas quais os lubrificantes são diferentes entre si e não devem ser negligenciadas as corretas aplicações dos mesmos.
NOTÍCIAS
NUM MINUTO... A DDS Auto passou a incorporar na sua oferta de produtos a linha de turbocompressores reconstruídos da marca TurboGap. A DDS Auto possui uma ampla gama na TurboGap para viaturas ligeiras, de passageiros e transporte de mercadorias, com cobertura de cerca de 90% do parque automóvel. Todos os turbos da TruboGap possuem uma garantia de 12 meses sem limite de quilómetros. A PPT Distribuição, com sede em Braga, detentora da marca ALL4CAR, foca a sua atividade no fornecimento de acessórios e extras auto à grande distribuição, áreas de serviço e centros auto, sendo líder de mercado em pequenos acessórios elétricos (lâmpadas, fusíveis e outros). A novidade é precisamente o “novo” website em www.all4car.pt. A rede First Stop possui agora mais um aderente através da T&A Drive, uma nova oficina na capital do país, no centro de Lisboa, mais concretamente na Rua Dona Estefânia.
MecatrónicaOnline representa diagnóstico ACTIA em Portugal
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MecatrónicaOnline trabalha diretamente com os distribuidores da ACTIA, através da revenda em Portugal, prestando-lhes todo o apoio necessário para que eles possam desenvolver o negócio. Assim a MecatrónicaOnline irá dar suporte técnico através do seu Call Center a todos os clientes possuidores dos equipamentos de diagnóstico ACTIA, controlar as licenças, atualizações e as devidas garantias. A MecatrónicaOnline não irá trabalhar a venda dos equipamentos de diagnóstico diretamente às oficinas ou aos clientes finais, mas através de distribuidores. "Sinto-me bastante motivado cada vez que faço uma parceria com grandes clientes ou grandes marcas, o que alimenta a emoção, paixão e a persistência de ter uma MecatrónicaOnline melhor e ao alcance de todos”, afirma Sérgio Printo, Diretor-Geral da MecatrónicaOnline Portugal.
Abriu, na Malveira, concelho de Mafra, mais um centro-auto Roady, alargando dessa forma a rede para 31 oficinas aderentes a esta insígnia. A Marcolino Pneus é o primeiro agente ContiService em Aveiro. Localizado numa das artérias mais centrais e movimentadas da cidade, o novo agente conta a partir de agora com uma nova imagem e com a oferta de uma vasta gama de serviços que vai para além da manutenção de pneus. A Mercedes passa a disponibilizar a todos aqueles que tenham um Mercedes-Benz produzido posteriormente a 2002 o “me Adapter” que permite o acesso a muita informação sobre o automóvel através do smartphone. A MCnur, empresa especializada em componentes novos, usados e reconstruídos, vai abrir em breve uma delegação no Porto. Esta empresa, que tem a sua sede em Trajouce, vai dar assim seguimento a sua presença na Expomecânica (na Exponor) onde dinamizou a sua empresa na região norte, em abril passdo. O MetelliGroup lançou uma nova gama de bombas de água para determinados motores usados em carros da Fiat, Alfa Romeo, Jeep e Opel (motores 1.6 MJTD, 1.9 JTD, 2.0 JTD, 2.2 MJT e 2.4 MJTD), destinada a complementar a bomba de água 24-1085/PA1085/101085: a bomba de água 24-1352/PA1352/101352 com rolamento radial externo reforçado. As suas dimensões maiores traduzem-se num aumento de cerca de 50% da resistência à carga.
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PÓS-VENDA
Pentosin reforça gama Fuchs
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través da aquisição da Pentosin, a Fuchs acaba de reforçar o seu portefólio na área automóvel. “A Pentosin está no mercado há mais de 80 anos e a sua qualidade é reconhecida por marcas como Audi, Mercedes, BMW, Volkswagen e Porsche”, sublinha João Oliveira, Gestor de Produto Automotive da Fuchs, e acrescenta: “selecionamos os produtos Pentosin complementares à vasta gama da Fuchs com o objetivo de melhorar ainda mais a oferta ao mercado e reforçar a nossa capacidade competitiva e de inovação”. Os produtos selecionados pela Fuchs já estão em comercialização também em Portugal. São oito novos lubrificantes da Pentosin, todos eles aprovados pela maioria dos fabricantes de veículos. “Tratam-se de fluidos específicos de transmissões de dupla embraiagem, sistemas de direção assistida e centrais hidráulicas de elevada qualidade, pilares fundamentais da Pentosin como marca de produtos especializados”, explica João Oliveira.
Lubrigrupo lança Mobil 1 FS 0W-40 e Mobil 1 FS x1 5W-50
Tecniverca disponibiliza Cormach CM1200 BB
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Lubrigrupo acaba de anunciar que a ExxonMobil procederá à substituição dos lubrificantes Mobil 1 New Life 0W-40 e Mobil 1 Peak Life 5W-50 por dois novos lubrificantes, o Mobil 1 FS 0W-40 e Mobil 1 FS x1 5W-50, respetivamente. Para além das diferenças óbvias na denominação, a formulação de ambos também alterou, de modo a garantir uma aplicação mais longa do óleo, assim como assegurar as aprovações dos construtores (OEM) por um período também ele mais prolongado. Em termos de imagem, as alterações são bastante reduzidas. Em termos de aprovações de construtores o Mobil 1 FS 0W-40 possuem as seguintes: MB 229.5/229.3, VW 502 00/505 00, Porsche A40. Este lubrificante cumpre requisitos de ACEA A3/B3, A3/B4 e API SN/SN. Por sua vez o Mobil 1 FS x1 5W-50 tem a aprovação MB 229.3/229.1 e Porsche A40, cumprindo os requisitos de ACEA A3/B3, A3/B4 e API SN/SM.
Tecniverca já tem disponível a nova máqu i na de monta r/desmonta r pneus super-automática da sua representada Cor mac h . Trata-se do modelo CM1200 BB. A Cormach termina o ano de 2016 com o lançamento de uma nova máquina super automática de montar/desmontar pneus. Ideal para utilização intensiva com qualquer tipo de pneu, incluindo pneus run-flat, baixo perfil ou jantes invertidas. A CM1200 BB tem dois discos de descolamento (um superior e outro inferior) de forma a descolar o pneu sem a necessidade de recorrer a alavancas metálicas. Utiliza a fixação da jante através da porca de bloqueio central. Possui também um braço de apoio e sistema de elevação da roda.
NOTÍCIAS
Iberequipe apresenta novo kit teste alta pressão e falso atuador da Delphi
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Iberequipe, novo distribuidor da Delphi em Portugal, apresenta o Kit Teste Alta Pressão e Falso Atuador, que permite um diagnóstico rápido e preciso do sistema Common Rail Diesel. O Kit de Teste de Alta Pressão fornece uma solução simples e de baixo custo nos veículos para todas as marcas de Bombas e injetores Common Rail. Composto por um medidor de pressão e um equipamento de medição de fugas de retorno do injetor, proporciona ao técnico a possibilidade de comprovar a pressão gerada por uma bomba Common Rail e identificar cada um dos injetores que falham, significando que apenas os componentes defeituosos sejam substituídos. Desenhado para trabalhar em conjunto com o teste de alta pressão, o Kit de Falso Atuador permite comprovar a bomba quando se identifica uma redução da pressão do sistema de Common Rail, ajudando a identificar se a falha é do regulador do caudal ou da própria bomba de Common Rail.
Starzilla novo arrancador da Telwin
Osram lança Night Breaker Laser
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Startzilla da Telwin é o novo arrancador e aparelho de teste 12-24V com baterias de lítio LiPO, concebido para utilização profissional. A Bolas representa e comercializa este equipamento em Portugal. Este equipamento identifica e soluciona de forma rápida qualquer problema, fazendo a verificação do correto funcionamento do circuito do alternador do veículo, a verificação da capacidade de arranque da bateria (CCA) e a medição do estado de carga da bateria. O Startzilla não teme as temperaturas polares. Está sempre pronto a funcionar, mesmo se permanecer ao frio, graças à função ICE START, que permite a sua utilização em temperaturas até -20°C. Em caso de falha de energia, o Startzilla é muito prático: as luzes LED vermelha e branca de alta intensidade podem ser utilizadas no modo fixo para iluminação estável ou no modo intermitente para sinalizar perigo ou SOS. O Startzilla funciona também como fonte de alimentação para dispositivos eletrónicos através de entrada USB e saída programável 12,16,19V.
MB-Approval para lubrificante MT da Trusaco
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Suzuki renasce em Lisboa com oficina oficial
Glasslink identifica para-brisas
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SMotors acaba de inaugurar aquele que é o seu primeiro concessionário Suzuki em plena capital. Situado na Avenida Marechal Gomes da Costa, este espaço, com valências nas áreas de vendas de viaturas e assistência técnica irá dar suporte a esta operação do Grupo Teixeira Duarte. A SMotors detém em exclusividade a representação da marca japonesa no Distrito de Lisboa. Com uma oficina de 1.500m2 e um Showroom de 230m 2 , o espaço está preparado para conceder aos clientes, para além de uma assistência técnica oficial, acesso à renovação que a marca Suzuki tem implementado em toda a sua gama comercializada em Portugal, com especial destaque para os novos Suzuki S-Cross e Suzuki Baleno, lançados durante o presente ano.
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PÓS-VENDA
Osram apresentou a nova Night Breaker Laser que oferece mais luz e melhor desempenho. Com a sua nova lâmpada de halogéneo Night Breaker Laser, a Osram apresenta uma nova lâmpada do segmento de produtos de desempenho. Graças a uma combinação de design inovador e tecnologia de vanguarda, a Night Breaker Laser proporciona um rendimento luminoso particularmente elevado e alarga o portfólio do segmento de desempenho dos produtos de halogénio da Osram. A nova lâmpada oferece até 130 por cento mais luz, até 20 por cento luz mais branca e até 40 metros maior feixe de luz em comparação com as lâmpadas de halogéneo convencionais. A nova Night Breaker Laser oferece características inovadoras e particularmente elevada eficácia luminosa, sublinha a Osram.
Saint-Gobain Autover lançou um novo serviço, inovador, denominado Glasslink, destinado apenas ao mercado de reposição. Esta nova ferramenta da Saint-Gobain Autover é a mais recente inovação na tarefa de identificação de para-brisas, beneficiando da impressão do QR code. A utilização do Glasslink é bastante simples e para usufruir da sua utilidade, basta realizar o scan (com um smartphone) ao QR-code presente no para-brisas, abrindo imediatamente o site Glasslink com todas as especificações necessárias para identificar o vidro. Através desta ferramenta tanto os centros Glassdrive como os automobilistas têm, à distância de um clique, um acesso a informação que permite uma correta identificação do vidro e obter todas as especificações acerca das vantagens do vidro Saint-Gobain Sekurit.
ois lubrificantes da Trusaco, através da marca MT, passaram a ter aprovação / homologação da Mercedes Benz. Desde Setembro passado que Trusaco tem duas referências de lubrificantes da marca MT com a aprovação/homologação MB com as normas MB-Approval 229.52 no caso do 5W30 C3 (ligeiros) e MB-Approval 228.3 no caso do 15W40 E7 (pesados). Estas normas estão certificadas com a respetiva carta de aprovações da Daimler. “Este processo de aprovação vem na sequência da nossa politica de melhoria contínua com o objetivo de proporcionar aos nossos clientes a melhor garantia de qualidade dos nossos lubrificantes”, refere Fernando Abrantes, Portugal Business Manager da Trusaco. Esta homologação implica a compatibilidade dos ditos lubrificantes com os fluídos de primeiro enchimento de fábrica e a sua utilização em suces s ivos e nc h imentos de serviço permitindo manter a garantia original do fabricante.
MERCADO MOTRIO
A aposta da Renault na rede de oficinas multimarca
É uma rede de oficinas que tem o apoio do gigante Renault mas que se assume como multimarca, com um argumento de peso: a gama de produtos Motrio. A rede está em fase rápida de crescimento e à procura de aderentes.
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estratégia da Motrio atingiu um novo patamar e a aposta numa rede de oficinas marca o atual momento da marca criada no Grupo Renault. São 15 as oficinas que já têm a sinalética e que já cumprem todos os standards definidos pela rede. Mas até final deste ano serão 20. No final de 2017 serão 60 e no final de 2018 o objetivo aponta para cerca de 100. Quem o explica à Revista PÓS-VENDA é Fernando Vara, diretor de após-venda da Renault Portugal. “O que estamos a fazer é seduzir as oficinas que estavam identificadas pelos nossos concessionários com potencial para integrarem uma rede. A aceitação tem sido muito boa porque todos eles já tinham uma relação comercial
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PÓS-VENDA
{ TEXTO CLÁUDIO DELICADO } com o concessionário Renault da sua zona e compravam tanto peças de origem Renault como a gama Motrio. Nesse aspeto, da relação entre oficina e fornecedor pouco muda. A grande mudança que propomos acontece na
CONTACTOS Motrio Responsável: Fernando Vara fernando.vara@renault.pt www.motrio.com
relação entre a oficina e o consumidor final e aí o potencial que oferecemos à oficina é enorme”, explica o responsável pela rede em Portugal. A Motrio o que faz é manter a identidade das oficinas e dar-lhes uma imagem unificada na rede, que serve de selo de qualidade para o serviço prestado e para as peças usadas. “Garantimos imagem, sinalética, formação e uma garantia de qualidade para o cliente, além de campanhas específicas, o programa de fidelização Peça e Ganhe. Um ponto importante é também o apoio financeiro para a reconversão e para que as oficinas se equipem e modernizem”, explica o responsável de pós-venda da Renault. A rede Motrio disponibiliza também um software de gestão oficinal próprio, mas nos restantes
Fernando Vara, Diretor de Após-Venda da Renault Portugal softwares as oficinas continuam a trabalhar com os seus fornecedores habituais. Tal como nas peças, porque a gama da Motrio não pretende ser de A a Z nem para todos os nichos de mercado, centrando-se em peças de elevada rotação e nos veículos mais vendidos. Como tal, as oficinas mantêm todas as suas relações com fornecedores de peças não-Motrio. O plano de formação está já definido e vai ter início em breve, para todas as marcas automóveis bem como a comunicação mais visível da rede para o consumidor final, mas também para o profissional conhecer a rede e tê-la em conta na hora de aderir a uma rede. O perfil de oficina que a Motrio procura é de dimensão média/grande, “porque é necessário haver um potencial de negócio que garanta o retorno do investimento que fazemos nessa oficina”. No entanto, garante Fernando Vara, “analisamos caso a caso e em determinadas zonas do país poderemos aceitar oficinas de outra dimensão”. O QUE MUDA NA MOTRIO? O trabalho passa também por explicar o que muda na Motrio. A mudança de imagem traz consigo uma mudança também do conceito. “A Motrio começou por ser uma gama de produtos exclusivamente para Renault, numa
oferta mais competitiva em termos de preço. Foi uma gama de fidelização para a Renault mas rapidamente se percebeu que havia muito potencial de crescimento e que era necessário abrirmos este conceito para fora da marca. A gama começou a ser alargada para veículos de outras marcas centrando-se nos produtos de elevada rotação e peças universais. Depois da marca ter sido muito bem aceite e ter vendas satisfatórias, o passo seguinte foi criar a rede de oficinas”, explica Fernando Vara, que resume: “passamos de oferecer um produto para oferecer um serviço completo”. O objetivo passa agora por conquistar o consumidor final, agora que os profissionais “já conhecem a gama Motrio e já trabalham com ela com bons resultados”. O desafio passa por não se associar a Motrio apenas a Renault. Daí que na imagem não exista qualquer referência ao fabricante automóvel porque a rede assume-se como uma rede de manutenção multimarca. Para isso o instituto de formação europeu da Renault adaptou-se à nova realidade e hoje garante formação que se aplica a todas as marcas. “Algumas oficinas tiveram dúvidas porque pensavam que se colocassem a placa da Motrio ficavam conotadas apenas com a Renault e tinham medo da reação dos clientes habituais que tinham carros de outras marcas. O tempo mostrou que isso não acontece, porque já existe uma grande confiança no trabalho dessa oficina”, explica Fernando Vara. Ainda assim, algumas oficinas da rede converteram-se de agentes Renault em aderentes à Motrio, pelo potencial de negócio que existe. Para Fernando Vara este é um passo natural, até porque “durante a crise perderam-se muitos carros e clientes na rede oficial. Nos carros com mais de quatro ou cinco anos há uma maior dificuldade em retê-los na rede oficial. Conquistámos os profissionais das oficinas através da gama Motrio, numa primeira fase, e agora queremos conquistar o cliente final com a rede de oficinas Motrio.” Isso fez com que o negócio para fora da rede Renault tenha crescido bastante nos últimos anos e a perspetiva é de continuar essa curva ascendente, que é um mercado de conquista para a Renault. Fernando Vara admite que houve alguma resistência inicial das marcas em virarem-se para fora (e continua a haver, em muitos casos), mas a Renault deu esse passo. “O negócio do pós-ven-
da mudou muito e este é um caminho natural para os fabricantes de automóveis”, sublinha. PERFIL E LOGÍSTICA A gama Motrio, em média 30 a 40% mais barata do que as peças de origem, está centrada sobretudo em produtos universais, de maior rotação, como escovas, óleo, filtros, ignição, rolamentos, bombas de águas, correias de acessórios, baterias, travagem, amortecedores ou pneus (uma mais-valia para as oficinas por ser uma marca própria). Tanto nos pneus como nos lubrificantes a parceria em Portugal é com fabricantes premium, o que dá garantia de cumprimento de todas as aprovações de todas as marcas. A gama está em constante evolução mas não tem como objetivo ter uma cobertura total do parque circulante. Ainda assim, neste momento, representa já 6% das vendas no total do pós-venda da Renault. Em termos logísticos o interlocutor das oficinas da rede Motrio é o concessionário Renault da zona. A Renault Portugal não vende às oficinas. “Os aderentes à rede já eram clientes destes concessionários nas peças e tudo se mantém igual.” Os stocks dos concessionários foram revistos e reforçados porque é fundamental dar um bom serviço às oficinas da rede, tanto nas peças originais Renault como na gama Motrio. Os concessionários são abastecidos através do armazém ibérico, em Madrid, com uma resposta em menos de 24 horas. Na gama Motrio não existe qualquer outro interlocutor e a marca não é vendida a retalhistas independentes. Quando se trata de produtos que a Motrio não tem, as oficinas mantêm os seus fornecedores habituais de outras marcas. A política de preços da Renault para a gama Motrio é igual para dentro da rede e para as oficinas independentes que compram à concessão. “A tabela de preços é igual. A diferenciação está em campanhas exclusivas para a rede e no nosso programa de fidelização, além de todo o apoio de marketing e comunicação que damos”, explica o responsável da rede. Para que quer aderir à rede a forma mais fácil é falar com o concessionário Renault da zona da oficina para dar início ao processo que é depois avaliado a nível central pela Renault. Os planos de expansão são otimistas e a rede conta já com cerca de 1500 oficinas a nível global. DEZEMBRO 2016
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MERCADO CARF
Não podemos gerir a CARF como o fazíamos há cinco anos
A CARF possui novas instalações em Lisboa, mais concretamente em São João da Talha, com o dobro do espaço que tinha até há bem pouco tempo para efetuar a sua operação de distribuição de peças. Esta é apenas uma das novidades.
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CARF vai entrar em 2017 no seu 14º ano de existência. 2016 foi um ano de algumas mudanças na empresa, que Paulo Carvalho explica como sendo normais num processo de crescimento, que foi exponencial, nos dois últimos anos. Em entrevista à revista PÓS-VENDA, o responsável máximo da CARF desde o seu início, explica o presente e o futuro da empresa. Quais foram as razões que levaram a CARF a mudar de instalações em Lisboa, passando de Camarate para São João da Talha? Acima de tudo foram razões operacionais. É certo que estrategicamente estávamos bem em Camarate, mas tínhamos um problema de falta espaço. Já não podíamos crescer em rotas, já não conseguíamos gerir as descargas ao final do dia, perdendo muito tempo na operação. Com estas novas instalações, a operação funciona muito melhor e de forma mais rápida, até porque recorremos a especialistas que nos aju-
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PÓS-VENDA
{ TEXTO PAULO HOMEM } daram muito a evoluir nessa área. Qual é a área das instalações? Basicamente temos o dobro do espaço. Agora dispomos de 4.150m2, quando antes tínhamos 2.000 m2, que já nos causavam muitos problemas, potenciavam erros de triagem e alguns danos na carga. Mas, acima de tudo, o principal problema era não conseguirmos ter a fluidez que necessitávamos para que a operação pudesse ter a rapidez desejada. Trata-se, portanto, de um investimento necessário para melhorar a eficiência e rapidez na nossa atividade. Estas novas instalações vão potenciar novos negócios? Um pormenor importante é que poderemos precisar de mais meios para poder fazer melhor e não tanto crescer mais em Lisboa. Dessa forma, o que pretendemos é ser mais rápidos e eficientes na distribuição. Porém, do muito de bom que felizmente fazemos, seguramente não
conseguiremos fazer milagres como entregar a peça antes de a levantar... O mercado terá que entender que a CARF já tem hoje uma dimensão que não permite que se façam algumas habilidades que eram possíveis no passado. O benefício momentâneo de um cliente acabará por ser o prejuízo de muitos outros. A atividade da CARF é hoje vista como um todo e não cliente a cliente? Estamos conscientes de que foram cometidos alguns erros por tentarmos ir ao encontro da necessidade de cada cliente e não olhar para o negócio de uma forma global. Sabemos que cada cliente tem a sua necessidade e, como é óbvio, todos querem atingir o limite da sua janela de tempo para fazer a sua venda e querem também que a sua mercadoria chegue o mais cedo possível. Porém, hoje não se pode gerir a CARF como o fazíamos há cinco anos atrás. A entrada para o Grupo Totalmedia foi fundamental para nos mantermos no negócio com o profissiona-
Ao lado: Paulo e Mário Carvalho, nas novas instalações da CARF lismo com que sempre fomos reconhecidos, conseguindo prestar o serviço que prestamos e continuar a crescer anualmente acima de dois dígitos. Teremos de ser mais analistas e objetivos e um pouco menos “atrevidos“ no crescimento geográfico,. Temos que avaliar zonas menos favoráveis, que claramente nos absorvem recursos, e focarmo-nos mais e melhor nos grandes centros. Para além das novas instalações, que outras novidades foram introduzidas na atividade? Introduzimos um novo sistema informático, que já está em funcionamento. Até ao final do ano cerca de 90% dos clientes terão este sistema a funcionar nas suas instalações, o que permite libertar mais as pessoas e aumentar o controlo da nossa operação. A CARF movimenta cerca de 220.000 volumes por mês e, se não existir uma boa ferramenta que consiga fazer o controlo, é natural que existam falhas na operação, que ainda assim são bastante baixas. Olhámos durante muito tempo caso a caso, cliente a cliente, o que nem sempre correu bem. Porém, se a CARF não tiver “jogo de cintura” então não é a CARF, pois isso é o que nos caracteriza, mas agora terá que
ser mais controlado. Temos, por vezes, a sensação que a nossa flexibilidade acabou, em alguns casos, por se virar contra a própria CARF dando a sensação que nós é que não fomos eficientes. Estão previstas novas rotas para 2017? Estamos a pensar no futuro e se existem zonas de distribuição menos rentáveis então elas têm que ser equacionadas, pensando no bem de todos os clientes e não apenas no bem de um ou outro cliente. Continuamos a querer ir ao encontro da necessidade do cliente, mas também temos que olhar para dentro da CARF. Vamos avaliando novas rotas em função do bem comum dos nossos clientes.
CONTACTOS CARF Paulo Carvalho 219 809 640 www.carf.pt
A CARF mantém todos os seus polos operacionais? Sim, não houve qualquer alteração nem está previsto que existam alterações. Estamos a trabalhar também para que todas as nossas operações, seja em Lisboa, Porto, Algarve, Leiria ou Vila Real possam ser mais operacionais e prestem um serviço cada vez melhor. Muito se tem vindo a falar das entregas duas, quatro ou seis vezes por dia. Alguns distribuidores estão a reduzir o número de entrega. Qual a vossa opinião? Será, sem dúvida, um tema que iremos ouvir falar muito em 2017. O mercado é que terá que avaliar se o número de entregas que temos é o ideal para a sua realidade ou se está ou não disposto a pagar o custo de uma distribuição que todos desejariam ter. Na minha opinião as entregas bi-diárias é o modelo que serve, na maioria dos casos, as necessidades do mercado, com um custo que se pode considerar aceitável. Depois existem zonas que, pela distância dos grandes centros, onde se se entregar uma vez por dia continua a ser um bom serviço para o cliente.
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MERCADO TRW
Receita original para o sucesso na travagem
São mais de 100 anos que a TRW acumula em sistemas de travagem. Os desafios são cada vez maiores mas os processos de fabrico de última geração garantem uma posição de destaque no setor, como explica à Revista PÓS-VENDA Stephan Schwarz, responsável pela área de discos de travão da marca na Europa. { TEXTO CLÁUDIO DELICADO }
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pós o lançamento da sua campanha de comunicação “Verdadeiros Originais”, cuja fase mais recente é dedicada aos discos de travão, a empresa examina o seu portfólio de discos e descreve a receita para o sucesso: aquela que a manteve no topo da tabela de líderes nesta área durante as últimas duas décadas. Desde novembro de 2016 todos os tambores e discos de travão produzidos e vendidos na Europa, para veículos de passageiros e veículos comerciais ligeiros, têm que cumprir os requisitos mínimos definidos na legislação ECE R90. A fim de respeitar estas normas, as peças devem passar por uma série de testes e obter níveis de desempenho semelhantes aos do Equipamentos Original. “A receita para o êxito e longevidade nesta indústria é uma mistura complicada de experiência, conhecimentos, competências e inovação. Mas primeiro que tudo, tem que passar pelo controlo,” explicou à Revista PÓS-VENDA Stephan
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PÓS-VENDA
Schwarz, da TRW Aftermarket, Controlador de Produtos Sénior responsável pelos Discos de Travão na Europa. Enquanto pioneira na conceção, desenvolvimento e produção de sistemas de travagem completos para os fabricantes de veículos, a marca TRW possui mais de 100 anos de experiência. Durante 20 anos, a marca transferiu estes conhecimentos e experiência diretamente para a oferta no mercado de pós-venda e, hoje,
CONTACTOS TRW Aftermarket Portugal Diretor comercial: Pedro Diaz 21 422 8300 marketing.portugal@trw.com www.trwaftermarket.com/pt
são produzidos mais de 12 milhões de discos de travão por ano. Stephan Schwarz continuou: “Estamos empenhados em melhorar a segurança rodoviária global e consideramos que a introdução de qualquer regulamento, que exija adesão à normalização de peças essenciais para a segurança, é um importante passo em frente para a indústria. Desde que sejam universalmente aplicados e fiscalizados, estes regulamentos irão dificultar a chegada ao mercado de produtos de fraca qualidade e contrafeitos que comprometem seriamente a segurança do condutor.” A especificação interna da TRW já ultrapassa a legislação pelo que a empresa está preparada e recebe bem estas alterações; como o fez em 1999 com a introdução do regulamento ECE R90 para as pastilhas de travão. “Empregamos processos muito rígidos no controlo de fabrico e na gestão de materiais, juntamente com um vasto know-how ao nível do equipamento original e de testes rigorosos”, afirmou.
“Depois disto e depois de investigar a fundo os diversos canais do mercado, comercializamos, de forma inteligente, os nossos produtos de travagem, que são desenvolvidos para funcionar harmoniosamente entre si dentro do sistema. Ao controlarmos o processo desde o controlo de materiais até à comercialização, transmitimos confiança em todo o modelo de negócio. ” CONTROLO APERTADO Para manter o controlo sobre os processos de fabrico e de teste, a empresa fabrica mais de 70 por cento dos discos da marca TRW internamente nas fábricas de produção global da marca, incluindo na sua principal fábrica europeia em Frydlant, República Checa. “Como estamos empenhados em fabricar os discos mais seguros e de maior qualidade, utilizamos uma mistura cuidadosamente controlada de matéria-prima para produzir o melhor ferro fundido cinzento. Uma qualidade correspondente não é suficiente; tem de ser a melhor mistura possível desde a fundição inicial para a melhor qualidade de desempenho final,” prosseguiu Stephan. Em seguida, as peças fundidas são submetidas a uma série de testes e controlos rigorosos antes de serem enviadas para a maquinagem, de modo a assegurar os maiores níveis de segurança possíveis. “Quando concebemos os nossos discos para o equipamento original controlamos todos os detalhes de todas as peças e não entramos em compromissos em relação à matéria-prima nem às tolerâncias de maquinagem,” acrescentou. “Todas as nossas peças fundidas são de alta qualidade graças aos materiais EN_GJL200 e EN_GJL150 (para alto teor de carbono). É mantido um controlo apertado em três outras tolerâncias de maquinagem: a DTV (Disc thickness variation, Variação de espessura do disco) nunca excede os 12 μm, a Excentricidade nunca excede os 30 μm e o orifício central está de acordo com a norma H8. Tudo isto assegura uma montagem sem complicações e um desempenho confortável sem surpresas.” Além disso, a TRW é um dos poucos produtores de peças para o mercado de pós-venda a ter as suas próprias capacidades em termos de di-
namómetro, permitindo um controlo de processos em primeira mão, em vez de recorrer a instalações de testes de terceiros. “Depois, o produto tem de ser comercializado de forma a chamar a atenção, a criar uma consciência da marca e a inspirar confiança em toda a cadeia de fornecimento,” continuou Stephan. “Nenhuma peça do “Corner Module” funciona isoladamente. Pensando em termos de sistemas, todas as nossas peças de travagem, direção e suspensão são concebidas para funcionarem em harmonia, e para um máximo desempenho, é lógico que funcionam melhor quando usadas em conjunto.” COMBINAÇÃO PERFEITA Há dezoito meses, a TRW Aftermarket lançou a sua iniciativa “Combinação Perfeita” que defende a montagem conjunta de pastilhas e discos da marca TRW para a condução mais segura possível e para oferecer a opção comercial mais eficiente para os distribuidores. Esta iniciativa provou ser um êxito em termos de aumento do número de vendas e de comunicação da mensagem de segurança a um público mais vasto, através das várias platafor-
OS TESTES EXAUSTIVOS REALIZADOS PELA EMPRESA GARANTEM: >> Alto teor de carbono (a fluidez permite uma fundição e uma maquinagem mais fáceis e ainda um baixo grau de contração) >> Baixa temperatura de fusão (1140 graus C-1200 graus C) >> Elevada resistência ao desgaste e capacidade térmica >> Grande resistência à tensão e compressão, proporcionando elevados níveis de rigidez
mas digitais da empresa bem como dos meios de comunicação tradicionais. A “Combinação Perfeita” da TRW Aftermarket oferece inúmeros benefícios. As pastilhas de travão possuem um revestimento de silicato chamado Cotec, que foi desenvolvido pela TRW Aftermarket, para uma condução mais segura. Este melhora significativamente as distâncias de paragem dos veículos logo nas primeiras travagens após a montagem das pastilhas novas e acelera o processo de “acamamento” das pastilhas aos discos de travão, aumentando o desempenho de travagem durante a vida útil da peça. Os discos da TRW Aftermarket só são revestidos onde é necessário – no cubo e na extremidade, proporcionando uma maior proteção contra a corrosão e reduzindo o tempo de acamamento, garantindo assim um desempenho superior desde a primeira travagem. “De um ponto de vista comercial, fornecer todo o ‘Corner Module’ de peças e sistemas de travagem, direção e suspensão significa que os clientes só têm de lidar com um único fornecedor. Não trabalhamos apenas com os nossos clientes; estabelecemos parcerias com eles, para oferecermos segurança, qualidade, gama e comodidade com origem num único nome – TRW Aftermarket,” concluiu Stephan. A confiança da TRW Aftermarket na “Combinação Perfeita” reflete-se na garantia alargada de três anos (ou 50.000 quilómetros) contra defeitos de material ou de fabrico, quando os discos e pastilhas de travão da marca TRW são montados em conjunto, como um par. Os termos e condições estão disponíveis em https://www.trwaftermarket.com/pt/garantia-perfect-match-a-combinacao-perfeita/ Além disso, a TRW disponibiliza uma cobertura do parque automóvel líder de mercado, apoio de marketing e técnico e, sempre que necessário, todos os acessórios e instruções de montagem são fornecidos de série na caixa do produto. Com cobertura para todas as marcas, programas de produtos premium com mais de 1.200 referências de discos de travão e mais de 1.800 referências de pastilhas de travão, a “Combinação Perfeita” cobre 98 por cento do parque automóvel europeu. DEZEMBRO 2016
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MERCADO STANDOX
Apostamos em tecnologia de última geração
Quem o garante é Olaf Adamek, responsável de marca da Standox para o mercado europeu. A aposta em consultoria para apoio dos clientes oficina é um ponto fundamental da estratégia da marca do Grupo Axalta.
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mercado da repintura automóvel está a mudar a um ritmo vertiginoso. As oficinas enfrentam exigências crescentes em termos de desempenho assim como na pressão de preço, devido, em parte, à influência acrescida que as companhias de seguros exercem na gestão de sinistros. Olaf Adamek, Brand Manager da Standox para a Europa, Médio Oriente e África (EMEA), abor-
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PÓS-VENDA
{ TEXTO CLÁUDIO DELICADO } da algumas questões chave em exclusivo à Revista PÓS-VENDA. Como está a evoluir o mercado da repintura e qual é o posicionamento da Standox nessa evolução? A queda do mercado automóvel causada pela crise financeira de 2008 foi menos acentuada na indústria da reparação do que noutros se-
tores. Contudo, a crise conduziu a uma maior consciência de preço por parte dos proprietários de automóveis. Atualmente, a indústria está a passar por um período de recuperação, e isso também se aplica à Standox. Nos nossos mercados chave da Europa do Sul e de Leste, a Standox é muito solicitada como marca premium e podemos reportar um crescimento encorajador. O mesmo se aplica nos países do
Médio Oriente e América do Sul. Quais são os desafios atuais que as oficinas enfrentam? O maior desafio é a crescente influência que as companhias de seguros, frotistas e empresas de leasing exercem na nossa indústria. A gestão de sinistros está a desenvolver-se rapidamente em toda a Europa, embora com taxas variáveis consoante os países. As oficinas são confrontadas com exigências acrescidas por parte das companhias de seguros, principalmente na oferta de um serviço completo e nos serviços de mecânica. A pressão do preço é elevada, especialmente na Alemanha e Países Baixos. E a necessidade de reparar mais veículos num prazo de tempo cada vez mais curto, com uma oferta de serviços melhorada, possui um efeito inevitável nas margens de lucro das oficinas. Isto significa que as oficinas precisam de se organizar muito bem e otimizar os seus processos.
Como é que a Standox está a apoiar os seus clientes? As oficinas precisam de produtos rápidos e eficientes. Oferecemos-lhes sistemas de produtos inovadores que proporcionam tempos de processamento significativamente mais curtos, o que ajudará a aumentar a eficiência da oficina e a fiabilidade dos seus processos, reduzindo os erros de aplicação. Para além dos nossos comprovados sistemas de base bicamada Standoblue Standohyd Plus, gostaria de referir o verniz Standocryl Verniz COV Xtreme, que oferece às oficinas os mais elevados níveis de eficiência e flexibilidade. Quando o volume de trabalho numa oficina se encontra num nível normal, pode ser utilizado de uma forma altamente eficiente em termos energéticos, pois não precisa do aquecimento da cabina de pintura. Quando o volume de trabalho é muito elevado, a velocidade extraordinária do Standocryl Verniz COV Xtreme fica imediatamente patente: seca em apenas cinco minutos a uma temperatura de objeto de 60°C enquanto produz um acabamento de qualidade excecional.
CONTACTOS STANDOX Distribuidor: Robbialac 219 947 700 www.robbialac.pt
Qual a influência da otimização do processo de repintura sobre o consumo de material e os tempos despendidos por uma oficina num trabalho? Uma característica fundamental das nossas tecnologias de pintura é que uma ampla gama dos nossos produtos pode ser aplicada numa única operação, sem tempos de evaporação intermédios. É o que chamamos de “One Visit Application” (Aplicação de Operação Única). Estes sistemas da Standox tornam possível reduzir consideravelmente os tempos de processo. E o consumo de material pode, de igual modo, ser reduzido, quando comparado com as aplicações bicamada ou multicamada. Para além dos produtos o que pode o mercado esperar da Standox? A Standox possui as homologações dos principais fabricantes de automóveis, pelo que os nossos parceiros de repintura têm a garantia de que trabalham com produtos e sistemas de pintura amplamente testados e aprovados. Este é um ponto importante quando se lida com os concessionários. Outra questão importante é a gestão da cor. Uma reparação excecional apenas é possível quando a cor certa e a mistura correta de corantes é determinada com fiabilidade. E esta precisão torna-se cada vez mais difícil atendendo às constantes novidades em termos de complexas cores especiais. A Standox, enquanto pioneira na gestão de cor digital, oferece ferramentas de cor de vanguarda para apoiar os seus clientes de forma rápida e fiável – desde os espectrofotómetros eletrónicos e ferramentas de correspondência e pesquisa de fórmulas de cor. DEZEMBRO 2016
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MERCADO PORTEPIM / CROMAX
Produtividade e poupança de energia A Cromax lançou para o mercado um novo aparelho. A Portepim, distribuidor exclusivo da marca em Portugal, juntou os seus revendedores para uma demonstração prática deste produto que, segundo a Cromax, bate recordes de produtividade.
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{ TEXTO PAULO HOMEM }
S1081, PS1084 e PS1087: este é o novo aparelho Ultra performance Energy da Cromax, que a Portepim passou a ter disponível para os seus clientes. Este aparelho, disponível em três variantes (dependendo do cor), embora a formulação técnica seja igual para todas, posiciona-se no topo da oferta ao nível dos aparelhos não só dentro da gama Cromax, como na gama de aparelhos disponíveis no mercado. A razão para este posicionamento é simples: trata-se de um aparelho que, segundo a Cromax, bate recordes de produtividade, indo assim ao encontro da tendência geral no setor, isto é, produtos de elevado desempenho que contribuem para o incremento da qualidade final do repintura mas, simultaneamente, reduzem os custos de todo o processo e aumentam a rentabilidade da oficina.
de evaporação, sem escorridos, até um limite de quatro demãos. Ao nível da secagem o aparelho Ultra performance Energy apresenta uma excelente performance, já que permite que a peça seja lixada após 20 minutos (até um máximo de 40 minutos) de secagem ao ar. Este tempo de secagem pode ainda ser mais reduzido se a mesma for feita com IV ou se a secagem for feita de forma lenta em estufa. As propriedades de secagem muito rápida permitem que o processo de repintura seja mais flexível poupando energia em simultâneo. Os resultados, segundo a Cromax, que a Portepim demonstrou ao vivo, permitem obter um aspeto final de elevada qualidade, com uma superfície lisa, possibilitando ainda uma extraordinária manutenção do brilho após aplicação do acabamento.
ARGUMENTOS Do ponto de vista técnico o novo aparelho Cromax utiliza uma química inovadora que possibilita uma melhoria no processo de preparação. Este aparelho aplica-se sem tempos
TOALHETES A Cromax apresentou também os toalhetes de pré-tratamento para metais PS1800 de uso muito recomendado quando se utilizam produtos de alta performance como o novo
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PÓS-VENDA
aparelho. Este toalhetes, prontos a usar, tornam o processo de tratamento muito rápido e fácil, evitando a utilização de outro tipo de produtos com necessidade de mistura para o mesmo fim, que exigem ainda a limpeza de pistolas de pintura. Outro aspeto importante é que os tempos de evaporação são reduzidos quando comparados com os primários convencionais. Quando conjugados numa mesma operação, o aparelho Ultra performance Energy (PS1081, PS1084 e PS1087 ) e os toalhetes de pré-tramento PS1800 permitem competir no segmento da produtividade e da poupança energética. “Com a aplicação deste aparelho quase se pode duplicar a produtividade de uma cabina, ou reduzir a metade a sua operação, o que se traduz em ganhos consideráveis de tempo e de energia”, realçou Manuel Simões, responsável técnico da Portepim, durante a apresentação deste novo aparelho aos revendedores da Cromax em Portugal, concluindo que “se trata de um produto que entra no segmento das oficinas que procuram alta produtividade e poupança de energética”.
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MERCADO ANECRA
Do real ao digital Pela 27ª vez consecutiva, a ANECRA, realizou a sua Convenção Anual, na qual foi debatida a economia real do setor automóvel mas também o futuro digital do mesmo.
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erá que a economia real tem alguma coisa a ver com a “digitalização” do automóvel? Segundo Pedro Félix Mendes, da Google, a mobilidade nas cidades vai mudar radicalmente por via da novas tecnologias introduzidas no automóvel e isso é algo que já está a acontecer com plataformas como a Uber. “Isto prova que os negócios no digital são interconectados e quem não é pesquisável na web é como se não existisse. Isto faz todo o sentido num negócio como o dos automóveis e das oficinas”, refere este profissional da Google, revelando que a economia real e a economia digital estão já muito interligadas e que é uma realidade atual. O carro de futuro, segundo o responsável da Google, presente nesta Convenção, terá sensores, baterias, computadores e back-ups. Como tal, isso irá mudar totalmente a forma como o carro será assistido. A questão é que o carro do futuro já existe. O Secretário de Estado Ajunto e do Ambiente, José Gomes Mendes, focou a sua apresentação na descarbonização do automóvel, que levará invariavelmente à utilização de veículos menos poluentes e mais tecnológicos (mais eficientes). “Os desafios que estão em cima da mesa pas-
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{ TEXTO PAULO HOMEM } sam por veículos tendencialmente autónomos, partilhados, conectados e descarbonizados”, referiu José Gomes Mendes, dizendo que “está a ser desenvolvida legislação que irá regular as novas plataformas de mobilidade assim como a partilha de veículos”. Com a presença de diversos responsáveis de marcas automóveis em Portugal, ficou também patente a crescente “digitalização” do automóvel, e que o foco é cada vez mais os serviços conectados no automóvel. A PSA, por exemplo, já tem uma vintena de parcerias tecnológicas (algumas destas empresas entraram recentemente para o setor automóvel), que vão mudar completamente o paradigma entre o automóvel e o condutor. Pelas diversas intervenções que foram feitas, é também claro que o futuro do pós-venda será completamente diferente daquele que conhecemos atualmente, tanto mais que a evolução tecnológica vai levar a carros mais eficientes (elétricos), que irão circular menos (nas cidades) e que terão menos manutenção. Um dos momentos altos da Convenção foi a intervenção de Domingos Antunes, da ASAE, neste caso sobre a economia real, ou melhor, sobre
economia paralela. “Quem está fora do mercado e está a fazer economia paralela, no setor auto, têm os dias contados. Hoje em dia tudo é controlado e será ainda mais daqui para frente”, afirmou Domingos Antunes de forma bem clara. Segundo o mesmo responsável, não existem poções mágicas para combater a economia parelela, mas revelou que a cooperação tem sido muito proveitosa entre diversas entidades como a ANECRA e a ACAP / DPAI, assim como com outros organismos de estado que têm competências de fiscalização. Domingos Antunes disse ainda que a ASAE tem o setor automóvel, neste momento, como setor prioritário das suas ações e que existem por dia 500 denúncias. “Quero deixar uma palavra de confiança às empresas, pois a verdade é que se está a fazer muito trabalho nesta área da fiscalização, nem todo ele visível, mas que está a dar os seus resultados”, referiu o mesmo responsável, que acabou por apelar para que as empresas façam cada vez mais denúncias, pois todas as elas têm acompanhamento. Refira-se, para terminar, que a edição 2017 da Convenção da Anecra, será novamente em Lisboa, realizando-se dias 27 e 28 de outubro.
MERCADO AUTOZITÂNIA
Autozitânia comemora 30 anos em festa
A Autozitânia engalanou o seu novo armazém para um jantar comemorativo, onde não faltou animação e cerca de 250 convidados. Uma noite para recordar. { TEXTO CLÁUDIO DELICADO }
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Autozitânia juntou, no dia 12 de novembro, 250 convidados entre fornecedores, clientes e funcionários para comemorar os 30 anos da empresa. Simbolicamente, o evento teve lugar nas novas instalações da empresa, em Odivelas e a Revista PÓS-VENDA esteve entre os convidados. Sob o foco dos holofotes estiveram sempre Francisco Neves e Samuel Henriques que tornaram a Autozitânia no que ela é hoje, uma das maiores empresas de peças no mercado português. No discurso de Ricardo Venâncio houve lugar também a um agradecimento aos “melhores fornecedores”. E todos eles marcaram presença nesta ocasião tão especial.
O evento contou com muita animação e a juntar à talentosa banda que tocou covers durante o jantar, servido em pleno armazém, a surpresa da noite foi a animada atuação da dupla de comediantes Quim Roscas e Zeca Estacionâncio, que divertiram a plateia. Tempo ainda para alguns vídeos que emocionaram os presentes e para, como não podia faltar, cantar os parabéns, partir o bolo e fazer um brinde ao futuro da empresa. A Revista PÓS-VENDA aproveita a oportunidade para dar os parabéns à Autozitânia e desejar as maiores felicidades para o futuro. Veja mais fotos da festa em www.posvenda.pt
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OFICINA JOSÉ MARIA VIEIRA CONSTANTINO, LDA
Abraçar novos projetos A José Maria Vieira Constantino, Lda foi pioneira no lançamento da rede Red Service em Portugal, promovida pela Leirilis, adotando a imagem da mesma, embora o objetivo seja evoluir no serviço.
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mpresa de origem familiar, iniciada por José Constantino, há 25 anos, é hoje gerida pelo seu filho Vitor Constantino. Esta oficina que, durante muito anos, foi especializada em eletricidade automóvel, é agora uma oficina de mecânica geral, estando atualmente localizada na saída de Alcanena para Rio Maior. “O mercado mudou muito e os clientes preferem ter uma única oficina onde deixar o seu carro que lhe possa resolver todos os problemas técnicos. Por outro lado, para se resolver alguns problemas da parte elétrica e eletrónica é preciso intercalar com a componente mecânica”, afirma Vitor Constantino, explicando desta forma a razão porque desde há quatro anos a sua oficina faz quase todos os serviços e que foi um passo importante no crescimento da empresa e dos seus serviços.
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{ TEXTO PAULO HOMEM } Fruto da sua especialização nas área elétrica e eletrónica, o responsável desta oficina considera que, atualmente, isso se traduz numa enorme vantagem “atendendo a que estas áreas são hoje tão ou mais importantes num carro do que a componente mecânica e isso é
CONTACTOS JOSÉ MARIA V. CONSTANTINO Vitor Constantino 249 881 717 jconstantino.lda@gmail.com www.redservice.pt/josemariavconstantino.html
uma vantagem para nós”. A José Maria Vieira Constantino, Lda é uma oficina que pertence à rede Check Star (especializada na área elétrica), numa ligação com 10 anos que “nos tem permitido o acesso a muita informação e formação na área técnica”, revela Vitor Constantino, dizendo que “tem sido uma relação muito benéfica que iremos manter, até porque é importante termos cada vez mais formas de ter acesso à informação e formação ainda por cima numa área em que somos especialistas”. Uma das novidades mais recentes desta oficina foi ter integrado, desde o seu lançamento, há cerca de um mês, a rede Red Service, promovida pela Leirilis. “Precisávamos de ter algo diferente em termos de imagem e de serviço”, refere Vitor Constantino, explicando que “somos clientes da Leirilis e consideramos que é uma
empresa bastante inovadora, com conceitos muito atuais e importantes para o nosso setor de atividade. Já tínhamos em vista entrar para um conceito oficinal e a opção acabou por ser o Red Service, também pela relação de proximidade que temos com a Leirilis”. Dessa forma, esta oficina de Alcanena passa a ter acesso a um conjunto de informação, por via da utilização das diversas plataformas tecnológicas (peças, reclamações, etc) que a Leirilis coloca à disposição dos seus clientes. “Essa foi uma das razões que nos levou a entrar para este projeto, além de termos a possibilidade de integrar isso com a gestão ambiental e outros detalhes que passam a ser fornecidos de forma conjunta por este operador”, revela o responsável da José Maria Vieira Constantino. Pertencendo a duas redes em simultâneo, Vitor Constantino, refere que isso não é problema, o
importante é mesmo “ter acesso a tudo aquilo que possa ser uma mais-valia para a empresa do ponto de vista técnico, nomeadamente a formação e informação, pois sem ela não podemos crescer e como a evolução técnica dos automóveis é muito grande estas parcerias acabam por ser muito importantes para uma oficina como esta”. Dessa forma, os técnicos da oficina, incluindo o próprio Vitor Constantino, têm formação com muita regularidade, apostando muito na área das novas tecnológicas. Nas áreas da chapa e pintura e também nos pneus esta oficina aposta em parcerias, mas um novo projeto, que prevê o alargamento das instalações a breve prazo, irá permitir que a José Maria Vieira Constantino melhore as condições de trabalho e possa alargar o leque de serviços, talvez para os pneus. Para uma oficina que está no interior do país
e numa zona pouco povoada, as dificuldades maiores acabam por estar nos clientes que “estão sem fundo de maneio”, diz Vitor Constantino, explicando que, dessa forma, isso se reflete no serviço “já que os clientes pedem apenas para fazer o necessário, reduzindo o valor médio da reparação”. Apesar disso, Vitor Constantino diz que na sua oficina a aposta é nas peças originais ou de qualidade equivalente, evitando sempre a linha branca ou as peças baratas “excepto se o cliente pedir”. Apostando sempre no futuro e no desenvolvimento da atividade oficinal, o responsável desta oficina espera que o crescimento das instalações possa trazer ainda mais clientes, pois a empresa vai continuar a investir em formação e na qualidade dos serviços que presta.
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PERSONALIDADE DO MÊS JOSÉ CID PROENÇA (SPINERG)
É pela tecnologia que as nossas vendas vão crescer A introdução dos novos lubrificantes Shell com base de gás natural permitem um salto tecnológico sem concorrência, garante José Cid Proença, administrador da Spinerg, macro-distribuidor da Shell em Portugal. A notoriedade da marca vai ser reforçada no próximo ano. { ENTREVISTA CLÁUDIO DELICADO FOTOS MICAELA NETO }
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pinerg e Shell confundem-se no mercado. Mais de metade da equipa veio da Shell e isso ajuda a que a marca seja trabalhada com um conhecimento e uma entrega especiais. José Cid Proença foi um dos que não transitou da Shell, mas há três anos que comanda os destinos da Spinerg. O objetivo passa por aumentar a notoriedade da marca, em especial agora que a Shell tem no mercado uma tecnologia única no mundo de óleos com base de gás natural. Esse é o ponto de partida para esta conversa onde fica uma certeza: a inovação não para na Shell e a Spinerg quer explicar essa mais-valia ao mercado português que, atualmente, vale cerca de 60 mil toneladas anuais. Hoje é fácil para o mercado distinguir a Shell da Spinerg? A experiência que tenho é que não. A Spinerg representa pouco como marca se compararmos com a força que a marca Shell tem. Renovamos o ano passado o contrato de macro-distribuidor da Shell em Portugal por mais cinco anos, que começou em 2010. A Spinerg é a Shell em Portugal e essa é a ideia que existe no mercado.
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O facto de a Shell ter saído diretamente de Portugal e de ter vendido a rede de postos de abastecimento afetou o negócio dos lubrificantes? O modelo de macro-distribuidor é uma estratégia mundial da Shell e, neste momento, o negócio deste canal, com distribuidores locais fortes, representa já 50% do volume global de lubrificantes da Shell. A questão da imagem, a notoriedade da marca faz-se pela sua presença no dia-a-dia e os postos de abastecimento são uma excelente forma de ter notoriedade de marca, sem dúvida. No entanto, têm sido feitos esforços nestes últimos dois anos no sentido de voltarmos a ter uma maior presença de imagem Shell, nomeadamente através do programa de oficinas premium. Mas o que sabemos é que a notoriedade da marca continua a ser muito forte em Portugal e não sentimos que tenha havido uma grande perda com a saída do negócio dos combustíveis. Ao nível das vendas esta saída da Shell afetou o negócio? O mercado caiu muito nos anos da crise. Os dados que temos disponíveis são os que são coligidos pela Direção-Geral de Energia e mostram que a nossa quota de mercado se tem mantido estável ao longo dos anos. Aliás, houve um li-
geiro ganho de quota nos últimos três anos. O mix de produtos foi variando, mas não temos sofrido muito nem com a saída direta da Shell nem com alguma perda de notoriedade. Que balanço faz do trabalho da Spinerg nestes últimos anos? A Spinerg posiciona-se como empresa de especialistas. A nossa ação não é com consumidores finais, mas sim com os profissionais, porque neste mercado quem manda é quem prescreve o produto. Esses é que são os nossos parceiros. O facto de termos tido um ganho de quota, por marginal que ele seja, demonstra, num mercado que passou a ser um mercado muito mais
de preço - e a Shell não é a marca mais barata do mercado como se sabe -, incentiva-nos a fazer mais do mesmo. E aí temos a evidência de um balanço muito positivo do trabalho da Spinerg nos últimos anos.
mas marcas de topo estão a perder alguma relevância o que, como provam os números, não é o nosso caso.
Este ano de 2016 houve alguma recuperação do mercado? O mercado está a crescer ligeiramente, de acordo com as informações que temos. Não escondo que esperávamos um crescimento maior do mercado. As estatísticas que temos é que o mercado cresceu muito pouco até setembro, e as marcas associadas da APETRO perderam volumes, o que mostra que algu-
Têm a quota de mercado que queriam ter neste momento? A concorrência é muito grande mas uma coisa garanto: não vamos comprar quota de mercado. Qualquer crescimento dar-se-á com o seguimento do trabalho que temos feito até agora e aí temos algumas vantagens sobre os nossos concorrentes que nos podem alavancar para algumas melhorias de vendas. A Shell, neste
ÓLEOS COM BASE DE GÁS NATURAL
momento, já disponibilizou para a gama auto de ligeiros e pesados um conjunto de produtos com óleos-base a partir do gás natural (GTL), sem concorrência no mercado. Se o argumento de venda for a diferenciação pela tecnologia e pelo prolongamento dos intervalos de manutenção, pela redução do consumo e por um melhor comportamento ambiental temos espaço para ganhar quota de mercado. É essa a aposta tanto da Spinerg como da Shell. É pela tecnologia que devemos fazer crescer as nossas vendas. Não vamos ganhar quota de mercado pelo preço, nem pelo crescimento do mercado, que não estica. A única maneira de crescer de forma sustentada neste mercado é DEZEMBRO 2016
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PERSONALIDADE DO MÊS JOSÉ CID PROENÇA (SPINERG)
diferenciarmo-nos pela tecnologia e aí a Shell é a melhor empresa para o fazer porque tem tecnologia patenteada que mais ninguém tem. Acredita que do lado dos profissionais há uma valorização deste tipo de tecnologia GTL. Porque o preço tem que ser, obrigatoriamente, mais caro... Isso é demonstrável porque o facto de ser mais caro à partida - e a diferença não é assim tão significativa - não é mais caro quando são feitas as contas finais. Dou-lhe um exemplo: há uma gama de pesados que é o Rimula R6 em que os intervalos de mudança de óleo são de tal maneira maiores do que os dos nossos concorrentes que a diferença de preço se esbate logo à partida e isso é demonstrável. Temos alguns ensaios a decorrer no terreno que o provam nos pesados. Esse é o nosso papel, formar as pessoas, passar a informação toda que temos ao nosso dispor e quando os clientes o permitem, demonstrá-lo em testes no terreno. Naturalmente há clientes com visões mais imediatistas do negócio e que se preocupam apenas com o muito curto prazo e não serão clientes destes produtos. Mas temos várias gamas de produtos, alguns mais competitivos para quem tem estas necessidades. Se do lado dos pesados é mais fácil demonstrar resultados com testes numa frota, nos ligeiros isso é mais difícil… Nos ligeiros é mais difícil porque as pessoas não estão interessadas na quantificação dos benefícios. Isso fará sentido em gestoras de frotas, mas num particular não tem tanto essa preocupação. As questões ambientais estão cada vez mais na ordem do dia e esse é um ponto fundamental na nossa base GTL, com muito menos resíduos e mais quilómetros percorridos. Nos testes feitos há também uma poupança de combustível demonstrada, que pode chegar a 3%. O consumidor privado, muitas vezes, não tem opinião sobre o lubrificante e nem sabe qual foi o lubrificante que lhe puseram no carro. O prescritor é que é a pessoa que tem que ser formada e a quem temos que explicar muito bem esta nova geração de lubrificantes, porque isto é uma vantagem comercial também para ele. Mas nos ligeiros não existe uma valorização maior do preço dos produtos? Não tenho essa noção. O exemplo mais para-
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digmático é o da BMW. O Genuine Parts Oils (GPO) da BMW é, hoje em dia, Shell com base GTL e a BMW mudou de marca não foi pelo preço, mas pela tecnologia. Em Portugal a BMW tem sido apontada como um caso de sucesso na distribuição do GPO da marca, pelo modelo e pela dinâmica que a marca tem em Portugal. Esta é a prova que nem só o preço conta nestas decisões.
A primeira reação ao pedido de colocar o que é a Spinerg no no papel: “Fazer um desenho? Passei sempre por favor a desenho.” Mas depois de alguma inspiração, o conceito surgiu: "Vejo uma estrada para o futuro e quem nos vai levar para lá são pessoas.”
Mas aí estamos a falar de uma marca. E no mercado independente? Há uma fatia que liga muito ao preço e está muito interessada em maximizar a sua receita. Mas há um ponto importante, é que o cliente final hoje está atento às recomendações da marca e especificações do produto. Começa a ser um mercado cada vez mais informado, o que é uma vantagem para as marcas que aprovações dos fabricantes. Antigamente a viscosidade liderava a recomendação de um produto e hoje isso já não é tanto assim.
coisas simples como o atesto mas que criam fidelização. As nossas oficinas premium, lojas e fast-fit têm um expositor com embalagens pequenas exatamente para esse fim Ao nível dos profissionais como estão a passar a mensagem destas novas tecnologias? Isto é um processo em cascata. Começa com a formação interna das nossas equipas e distribuidores e depois passa para o mercado a informação. Temos ações de formação para redes de oficinas e para oficinas independentes. Temos também a Academia Spinerg, que dá formação, temos divulgação técnica para os clientes e são muito os nossos comerciais que têm técnicas específicas para divulgar estas tecnologias.
O cliente final também valoriza muito o preço. Sim, isso vê-se especialmente na oficina independente. Mas se este produto for bem explicado e o consumidor perceber que no final do ciclo de utilização deste produto poupou dinheiro então estará disponível para pagar um pouco mais ao início. Daí que seja fundamental que quem vende, a oficina, saiba exatamente as vantagens para as poder explicar ao seu cliente. Desenvolvemos uma informação simples e direta em que em quatro argumentos este profissional consegue explicar as vantagens ao seu cliente: facilidade do arranque a frio, durabilidade do motor, poupança de combustível e o prolongamento das trocas de óleo. E estes são resultados demonstráveis. Temos investido muito nos ligeiros. Se o consumidor final está ciente de que tem que ver a pressão dos pneus antes de fazer uma viagem, também deverá verificar o nível do óleo e fazer o atesto se for necessário. As oficinas têm que reforçar essa relação com o cliente em
Que peso têm os vossos canais rede oficial, redes de oficinas e oficinas independentes? Os concessionários são um negócio que está muito dependente da marca e da negociação central e não se faz a um nível nacional. Os concessionários individualmente podem ter negócios connosco e temos concessionários de várias marcas connosco, mas não tratamos do negócio com a marca em si. As oficinas independentes têm tido tendência a perder algum volume e a associar-se em rede e pensamos que é por aí o caminho. Passam a ter programas comuns de comunicação. Nós assinamos, por exemplo, um acordo recente com a ContiService e já temos parcerias com outras redes como a Euromaster ou a Rino, e a tendência da concentração vai continuar. As pequenas oficinas, para sobreviverem, vão passar a ter que ter uma comunicação e imagem homogéneas e uma oferta estruturada. Sozinhas será mais difícil.
Não acredito que um óleo de base GTL da Shell possa ser melhorado com qualquer aditivo vendido no mercado
Enquanto marca é mais fácil lidar com uma rede do que com uma pequena oficina? É mais fácil dar formação a uma rede organizada do que fazê-lo de forma dispersa. É mais fácil comunicar as vantagens de um produto de uma forma sistemática e com interlocutores também eles formados e informados, mas ambos os modelos têm as suas virtudes. Até porque é mais complicado concentrar a nossa oferta numa rede do que tê-la dispersa em vários pequenos clientes porque o risco ao perder um cliente é muito maior. Temos a filosofia de nos adaptarmos ao que o mercado quer e temos resposta para todas estas diferentes necessidades. DEZEMBRO 2016
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DISTRIBUIÇÃO E OFICINAS PREMIUM Como está estruturada a vossa rede de distribuidores no país? A Spinerg tem uma característica que julgo ser única no mercado. Não há nenhum dos nossos distribuidores que tenha menos de 25 anos de trabalho com a marca. Há um deles que ronda os 80 anos de trabalho com a marca. A rede atual, tal como o mercado está, serve os interesses da Spinerg. Sendo uma marca para profissionais porque decidiram vender em prateleiras de supermercado? Os super ou hipermercados não são um canal onde tenhamos uma grande penetração e só estamos presentes numa cadeia. A Shell em tempos saiu completamente desse negócio, ainda antes da Spinerg, mas neste momento estamos presentes numa cadeia de hipermercados e também nos fast-fit e auto-centros. Os preços não são agressivos e o que no passado era o conflito entre canais hoje esbateu-se muito, porque as oficinas hoje têm capacidade negocial e compram outras quantidades. Para nós é um negócio completamente marginal e estamos por uma questão de imagem e porque temos uma boa negociação com essa cadeia. Como é a vossa abordagem às oficinas? De uma forma geral é através dos distribuidores, a não ser às redes de oficias onde há uma negociação direta com a central. Temos dados que nos indicam que temos uma presença muito forte neste canal das redes. Estamos em muitas redes e em muitas concessões de marca com a Shell, mesmo sem sermos a marca recomendada porque são relações de muitos anos e há muitas oficinas que preferem trabalhar com a Shell. As pessoas preferem comprar a sua tranquilidade mesmo não seguindo a recomendação do master franchise ou do fabricante do automóvel, porque nunca tiveram problemas com os nossos produtos. Que balanço faz do programa das oficinas premium que desenvolveram? Foi o primeiro ano do programa. Podemos acelerar um pouco já em 2017 e vamos fazê-lo. O caminho é por aí no mercado independente. Neste momento temos 15 oficinas que cumprem o programa completo, com sinalética, formação e programa de fidelização. No próximo ano queremos, pelo menos, duplicar esse número.
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Neste momento temos 15 oficinas premium e queremos duplicar este número em 2017
Como tem tem sido a recetividade das oficinas ao programa? A recetividade é muito boa e as pessoas anseiam por ter uma imagem limpa e apelativa e aqui com um parceiro que dá garantias de qualidade e uma imagem de profissionalismo. As oficinas estão hoje a trabalhar bem a peça lubrificante? Estamos bastante melhor. No passado a recomendação era apenas por viscosidade. Hoje há muito mais formação e informação e deixou de ser o one size fits all. Não chega uma referência para fazer todo o mercado. Até porque também as marcas automóveis começam a ter especificações muito apertadas e diferenciadas. Por exemplo, a Shell está a desenvolver uma especificação para a Honda que é 0W16. A sofisticação dos motores levou a que o lubrificante tenha que ser tratado cada vez mais como uma peça, com especificações próprias. Mas quando analisa o mercado quais são as falhas que encontro no que diz respeito ao trabalho com o lubrificante? Ainda existe muito o ir pela viscosidade, cada vez menos, mas ainda é a grande falha que existe. E depois é dizer-se que um produto que tem aprovações dos fabricantes automóveis quando o que têm são recomendações. Essa confusão existe, normalmente, por questões comerciais. NEGÓCIO MAIS EXIGENTE Hoje o negócio dos lubrificantes é mais pesado? O negócio dos lubrificantes passou a ter um peso logístico enorme. Hoje os clientes não querem ter stock em casa, temos que ter o nosso esquema logístico muito afinado para podermos dar resposta aos nossos clientes em 24 horas. Esse é o grande desafio porque a
panóplia de oferta de produtos, especialmente nos ligeiros, é enorme. Trabalhamos com um operador logístico grande e uma encomenda colocada num dia é satisfeita no dia seguinte. Um dos desafios do negócio hoje é a logística? Portugal tem uma logística de luxo porque esse é o standard do nosso mercado e quem não cumprir está fora. Isso faz com que a oficina não empate muito dinheiro em produto, porque pela diversidade de produtos que hoje existe, ter stock de todos os produtos seria necessário investir muito dinheiro e percebemos que boa parte das oficinas são negócios pequenos que não têm essa capacidade. Nós damos essa ajuda aos nossos clientes. A Shell deu um passo importante com a tecnologia GTL, mas olhando para o futuro, como vão evoluir os lubrificantes nos próximos anos? A tendência tem sido a de ter especificações quase por cada motor e esse é um desafio enorme do ponto de vista do desenvolvimento e da produção, como também da logística. Produzimos cada vez mais referências e cada vez menos quantidade de cada uma. Mas isto terá que ter um limite. Havia aquela ideia de que os produtos minerais iam começar a desaparecer, mas hoje ainda têm um peso grande, em especial nos pesados. O parque circulante em Portugal envelheceu bastante e essa transição para produtos sintéticos e semi-sintéticos sai penalizada. Esta necessidade de produção de tantas referências diferentes com tecnologias cada vez mais avançadas pode afastar a concorrência que aposta em produtos de menor qualidade? Para desenvolver estes produtos existe muita investigação e desenvolvimento e a Shell investe muitos milhões por ano neste departamento. Quem desenvolve esses produtos tem que tirar vantagem deles no mercado. Esta especialização e sofisticação dos produtos vai deixar os mercados de mais-valias para quem os pode produzir. Mas sobra uma fatia importante de mercado, os produtos indiferenciados onde todas as marcas estão porque são tecnologias massificadas e de acesso relativamente fácil. Se, por absurdo, a Shell só tivesse produtos com base GTL não tinha concorrência no mercado, a não ser que licencie a tecnolgoia, mas sempre com a assinatura Shell Pure Plus Technology. A diferenciação
PERGUNTAS RÁPIDAS Qual foi o seu primeiro carro? Foi um Renault 5. Quantos quilómetros faz por ano? Faço muitos quilómetros com outras pessoas, mas faço entre 60 a 70 mil quilómetros. É o óleo com base GTL que usa no seu carro? Sem dúvida. Costuma visitar oficinas? Sim, e é vital para o meu trabalho perceber o que sente e o que tem a dizer quem está mais próximo do consumidor final. O que mais gosta neste setor? Da concorrência, o que implica estarmos sempre focados. O que menos gosta? Não há nenhum lado negro neste negócio. Há gente mais e menos séria e não gosto destes últimos, mas isso não é em particular neste negócio. Costuma “evangelizar" amigos e familiares para que usem óleos da Shell? Sim, mas a minha mulher tem sido a mais difícil, porque tinha outra marca no carro dela (risos). O que gosta de fazer nos tempos livres? Estar com a família e a jogar golfe.
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PERFIL
José Cid Proença tem 55 anos, é casado e tem dois filhos. Assume que não é um técnico, mas antes de chegar à Spinerg, onde está há três anos, passou por outras empresas do setor, como a Galp e a Cipol. Passou também por áreas completamente diferentes, nomeadamente nos mercados abastecedores. Licenciado em Economia pela Universidade Católica é administrador da Spinerg e da Luboil, a empresa que complementa a oferta da Spinerg com os metais, anticongelantes e área alimentar. No total, são 26 as pessoas sob a sua alçada.
vai deixar uma fatia importante do mercado na mão das companhias que fazem investigação e desenvolvimento, mas isso não representa sequer a maioria do mercado. Os carros elétricos são uma ameaça às empresas de lubrificantes? Se os carros fossem todos elétricos tínhamos um problema. Há uma tendência para aumentar o número de carros elétricos, em especial nas zonas urbanas. É uma mudança radical no negócio dos lubrificantes, porque óleo de motor é coisa que não gastam. Gastarão nas transmissões, nos travões e pouco mais. Acho que esse dia está longe e não será, garantidamente, na minha geração. A indústria terá sempre que se adaptar ao caminho que for seguido. Mas o motor a explosão não vai desaparecer e tem recebido várias evoluções. O facto de haver uma pressão grande sobre os carros elétricos pode ser um desafio grande para os construtores automóveis nos seus motores a combustão, obrigando-os a torná-los menos poluentes e mais eficientes e amigos do ambiente. Esse é o desafio da indústria automóvel. Se o motor a combustão começar a ser muito mais eficiente terá muito caminho para fazer. O passo intermédio são os híbridos e aí ainda há negócio para os lubrificantes... É verdade e penso que os híbridos são a melhor oferta que se pode ter para os próximos anos. ADITIVOS E CONCORRÊNCIA Nos últimos anos surgiram muitas marcas que vendem aditivos para os lubrificantes. Acredita que os aditivos podem melhorar os lubrificantes? Em relação aos lubrificantes Shell não. Não
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E SE… O GÁS NATURAL REVOLUCIONASSE OS LUBRIFICANTES? É o que acontece com os novos lubrificantes Shell com tecnologia GTL, conhecida por Shell Pure Plus Technology, o seu nome comercial. “É um avanço enorme e uma tecnologia que demorou quase 30 anos a ser desenvolvida e mais ninguém a tem. Foi um investimento enorme da Shell, inclusive na fábrica do Qatar, e é uma tecnologia completamente diferente, com bases muito mais estáveis que deixam muito menos resíduo, permitem intervalos de mudança de óleo muito maiores e tudo isto somado é um avanço enorme e do ponto de vista do aprovisionamento, existe muito maior disponibilidade e diversidade de oferta de gás natural do que o petróleo. O gás natural não tem o mesmo problema político do petróleo, que está concentrado em países instáveis. O gás natural não, tem mais fontes de aprovisionamento e em países mais estáveis.” E o objetivo passará por alargar estas bases a todos os produtos? “É essa a tendência, mas teremos sempre clientes para os outros produtos.”
acredito, por exemplo, que um óleo de base GTL possa ser melhorado com qualquer aditivo vendido no mercado. Caso contrário, e se assim fosse, seria o próprio fabricante a introduzir essa melhoria na sua própria produção. Com todo o respeito por quem vende esses produtos, não sei se é demonstrável. A ser, sê-lo-á seguramente em carros mais antigos com tecnologias antigas e que usam, provavelmente, outro tipo de lubrificantes ao nível da qualidade. Existem marcas de lubrificantes a mais em Portugal? Se o mercado as aceita não estão a mais. Se conseguem vender e ser rentáveis é porque há espaço. Agora se me perguntar se essas marcas todas fazem a diferença... não fazem! Mas há marcas independentes com quotas de mercado muito interessantes... Essencialmente por uma questão de preço, será esse o argumento principal. De acordo com os estudos que existem a Shell é a segunda marca nos ligeiros e não é o produto mais barato e isso mostra que, no final de contas, quem faz o volume são as empresas que têm a tecnologia, a imagem e a confiança do consumidor. O que pode esperar o mercado da Spinerg nos próximos anos? A Spinerg vai manter a sua postura de especialista nos lubrificantes e manter a sua aposta na rede de distribuição e nos seus profissionais. Isso associado a uma gama de produtos de primeiríssima linha com tecnologia avançada podemos esperar uma Spinerg cada vez mais visível e presente no mercado.
ESPECIAL AÇORES
Mercado tradicionalista
A enorme beleza da ilha de São Miguel nos Açores é, por certo, inspiradora nos negócios do Pós-Venda. Pouco se fala de concorrência num mercado que se mantém muito agarrado à tradição, embora modernos modelos de negócio estejam a aparecer.
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epois do “Especial Madeira”, a revista Pós-Venda disponibiliza agora o “Especial Açores”, embora neste caso tenhamos visitado apenas a ilha de São Miguel. Ao longo de quatro dias visitamos diversos operadores da área das peças, tintas, pneus e retalho automóvel, mas também oficinas, recolhendo, dessa forma, muita e importante informação. CARACTERIZAÇÃO Uma primeira nota que fica sobre o Pós-Venda nos Açores é que a grande maioria dos operadores tem muitos anos de mercado quer nas empresas que dirigem quer como profissionais do setor, pois alguns deles transitaram, por exemplo, dos concessionários para o setor independente das peças ou das tintas. Outra nota curiosa é que salvo os operadores das tintas e do retalho automóvel, que se en-
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{ TEXTOS PAULO HOMEM } contram mais dispersos na ilha de São Miguel, 80% das empresas que visitamos situam-se num raio de 500 metros, mais concretamente na Zona Industrial dos Valados, na povoação de Relva, à saída de Ponta Delgada e logo acima do aeroporto. Entre os operadores de peças o modelo de distribuição é muito semelhante em quase todos, já que são as vendas em balcão que dominam, embora um dos operadores tenha vindo a implementar com sucesso a distribuição de peças diretamente às oficinas. Em muitos dos balcões que visitamos são evidentes as vendas em balcão, sendo assumido também por todos que a maioria dessas vendas não são feitas ao profissional mas sim ao particular. Existe, de facto, em São Miguel, um tremendo negócio de peças associado ao consumidor final, sem que exista muita preocupação em saber onde as peças irão ser montadas.
No retalho automóvel também existem muitas vendas de peças em balcão, sendo para os representantes das marcas um negócio (o das peças) muito interessante, sendo que o modelo de distribuição varia de grupo para grupo, pois existe quem aposte em vendedores no terreno. Não são só os operadores de peças que estão concentrados geograficamente. Também muitas das oficinas que existem e que fazem volume e têm porta aberta, estão essencialmente concentradas em São Miguel e num raio de 20 a 25 Kms. Algumas dessas oficinas têm um nível técnico interessante, estão bem apetrechadas, mas a média das oficinas, segundo os operadores de peças, tem pequena dimensão, aposta pouco em formação e muitas delas não vão ter sucessão. Porém, segundo os operadores de tintas e do retalho automóvel, o nível médio das oficinas de repintura é bom e estão bem
COM O APOIO
NOTAS SOBRE O PÓS-VENDA NOS AÇORES (APENAS SÃO MIGUEL) > Mercado muito concentrado; > Parque circulante deverá rondar os 111.000 veículos > 70% do Pós-Venda está concentrado em Ponta Delgada > Cerca 80% do negócio num raio de 25 quilómetros de Ponta Delgada; > Zona Industrial do Valados (Relva) reúne quase todos os grandes operadores > Vendas de peças em balcão representam um volume considerável das vendas totais dos operadores de peças (cerca de 80%) > Os retalhistas de peças apostam, salvo algumas exceções, em marcas de qualidade > Consumidor final tem uma grande representatividade na compra de peças > Salvo algumas exceções os retalhistas de peças têm apenas o negócio de peças > Os rent-a-car começam a ter um peso significativo no consumo de peças e elevada rotação;
apetrechadas tecnicamente, embora exista também muito o “vão de escada” neste setor. Como é natural, com apenas um barco por semana, a insularidade causa muitos problemas a este tipo de empresas que tem de gerir stocks. Mesmo assim, aparentemente o nível de stock não é tão elevado quanto aquele que, por exemplo, vimos na Madeira, mas é muito mais elevado que o de um retalhistas de peças médio no continente. Muito interessante de ver nos retalhistas de peças e tintas em São Miguel é o orgulho que muitos têm na representação de marcas de relevo. Não quer isso dizer que não se vendam peças mais baratas, mas existe um foco muito grande nas peças de qualidade
e a representação de determinadas marcas posiciona também os diferentes operadores neste negócio. Os problemas tão comuns no mercado nacional, como sejam a crescente procura de preço e o atraso dos pagamentos por parte das oficinas, é também um constante em São Miguel, sendo que isso pode também justificar que o volume de vendas em balcão seja muitíssimo alto na maioria dos operadores. Nota-se o esforço que alguns operadores, mais estruturados, organizados e com modelos de negócio semelhantes ao de qualquer empresa deste setor no continente, têm vindo a fazer na formação técnica. Por um lado, o elevado custo de levar profissionais ao
> Vendas concentradas numa elevada percentagem de peças de baixo valor unitário > Oficinas de chapa e pintura, de porta aberta, estão muito bem apetrechadas tecnicamente > As maiores oficinas são as que estão associadas aos grupos de retalho automóvel > Existe apenas um operador de pneus que assume a sua função de retalhista e grossista > Um barco (entre o Continente e São Miguel) por semana obriga a uma gestão mais cuidada do stock > O mercado paralelo, leia-se oficinas de “vão de escada”, tem uma enorme representatividade > Poucos são os operadores que falam de concorrência em São Miguel > Existe uma série de estatísticas sobre o mercado automóvel (e negócios relacionados) nos Açores > A logística entre ilhas faz-se de barco, existindo até entregas diárias por essa via
continente, por outro, a proximidade com o cliente oficinal, levou a que algumas empresas estejam a fazer apostas muito concretas ao nível da formação, tendo ou desenvolvendo espaços próprios para o efeito. Na opinião da generalidade dos operadores não é com facilidade que se encontram novos profissionais para trabalhar tanto no setor da mecânica como da pintura, algo que poderá vir a reduzir num futuro a curto prazo o número de oficinas. CONCORRÊNCIA Muito interessante de analisar é que a maioria dos operadores com que falamos em São Miguel não fala de concorrência. Existe, salvo
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OUTUBRO 2016
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ESPECIAL AÇORES
“Neste momento o mercado das tintas está divido nos Açores, não existe nenhum operador que domine” Eduardo Carreiro, Carreiro & Filhos
“Existem pequenas oficinas, com tendência para desaparecerem por não se atualizaram tecnicamente”, Paulo Pereira, Arquipeças
“Os clientes nem sempre são fieis às oficinas, o que se explica por estarem todas umas perto das outras, levando o cliente a procurar o melhor preço” Susana Melo, Pneumelo
“As oficinas têm dificuldades em pagar, se lhes vamos entregar as peças, pode tornar as coisas mais difíceis” Elisabete Amaral, Açorepeças
“As casas de peças dão todas as condições às oficinas, mas depois estas querem ganhar mais que as próprias casas peças” Vitor Rebelo, Irmãos Rebelo
“Apesar de estarmos num meio pequeno, somos muito parecidos em termos de negócio com o que se faz no continente. Porém, em cada ilha o negócio tem andamentos diferentes” Filipe Soledade, Soledade & Filhos
“A Zona Industrial dos Valados acaba por ser um centro de excelência para o pós-venda, já que aqui se encontra tudo o que é necessário para um automóvel”, Ildeberto Mesquita, Auto Tintas Mesquita
“A grande doença da ilha são os pneus usados e de neve. 90% dos pneus usados são pneus de neve”
Parque Auto. Seguro
Parque Auto. Idade
ANO
Até 1 ano Com 1 ano Com 2 anos Com 3 anos Com 4 anos Entre 5 e 10 anos Mais de 10 anos
UNIDADES LIGEIROS
2015 136.235 114.587 2014 132.263 111.351 2013 131.813 111.400 2012 130.152 110.206 2011 129.169 110.104 2010 127.644 109.168
André Medeiros, Pneus São Miguel
“Estamos com um decrescimento muito grande no setor primário, com a crise do leite, um setor que representa 80% da economia regional, faz com que se consuma menos peças e menos serviços, pois muitos veículos deixaram de circular” João Pacheco, J.H. Ornelas
“O cliente aqui em São Miguel fica mais tempo na concessão do que acontece no continente” João Gamboa, Grupo Ilha Verde
“Existe alguma fiscalização ambiental e por isso, de uma modo geral, as oficinas estão sensibilizados” Eduardo Carreiro, Carreiro & Filhos
“O parque automóvel era razoável até 2008. Depois assistiu-se a um envelhecimento, estando agora a recuperar” Paulo Pereira, Arquipeças
“Estamos com esperança que o crescimento do negócio da rent-a-car em São Miguel possa começar a ter repercussões no negócio da repintura” Filipe Soledade, Soledade & Filhos
“A distância para a oficina é pequena e por isso não compensa investir na distribuição para as oficinas”, Roberto Garcia, RG&F
“O que mais se consome em São Miguel e nos Açores, em geral, é o pneu barato” André Medeiros, Pneus São Miguel
“Muitas vezes estamos no fim da linha, onde chegam os carros que os outros não conseguem arranjar” João Pacheco, J.H. Ornelas
“A crise levou o particular a comprar cada vez mais em balcão, depois de ligar para diversos operadores a perguntar o preço da peça” Elisabete Amaral, Açorepeças
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PÓS-VENDA
algumas exceções, um grande respeito pelo negócio uns dos outros e raras foram as vezes que ouvimos a palavra concorrência. Certo é que pela situação geográfica de quase todos os operadores, uma oficina dificilmente não encontra na Zona Industrial do Valados a peça que precisa. Também acontece que muitos operadores compram com regularidade uns aos outros. Nos Açores, pelo menos 60% dos operadores de peças dedicam-se apenas a esse negócio. Os restantes possuem outros negócios associados ao automóvel, como sejam oficinas, reboques, seguros, rent-a-car, etc. MERCADO O negócio Pós-venda automóvel teve uma profunda quebra de vendas nos anos posteriores à crise (2010), com muitas empresas a terem roturas de vendas na casa dos 40%. O negócio de peças, na sua generalidade, tem vindo a recuperar, pela análise da opinião dos diferentes operadores, mas nunca chegou aos níveis pré-crise. Certo é que não têm aparecido no mercado novos operadores e a grande maioria das empresas que existem têm muitos anos de mercado. Quase metade dos operadores contactados que têm diversas estruturas físicas, dispersam a sua atividade pelo eixo Ponta Delgada
2,8% 2,6% 2,2% 2,2% 3,4% 29,0% 57,9%
Veículos Por Habitante
HABITANTES VEICULOS
VEI. POR HAB.
St.ª Maria 5.547 3.611 0,65 S. Miguel 137.699 69.623 0,51 Terceira 56.062 32.552 0,58 Graciosa 4.393 2.575 0,59 S. Jorge 8.998 6.253 0,69 Pico 14.144 9.406 0,67 Faial 15.038 9.972 0,66 Flores 3.791 2.122 0,56 Corvo 430 121 0,28 Total 246.102 136.235 0,55
e Ribeira Grande. A maior das empresas de São Miguel vende para as restantes ilhas, mas é notório que o mercado de Pós-venda da ilha Terceira tem os seus próprios operadores, nomeadamente de peças, até porque é a segunda ilha com mais automóveis. PNEUS Num mercado inundado de pneus usados, muitos deles de neve (!!!), existem em São Miguel muito operadores de pneus. Porém, são poucos aqueles que têm a sua atividade estruturada e com volume de negócios elevados e que operem em praticamente todos os segmentos. Dizem os operadores de pneus contactados que existe uma grande procura pelo pneu barato, e que o cuidado do automobilista açoriano com os pneus é muito reduzido. Não existem operadores grossistas na ilha da São Miguel e nos Açores em geral, embora um operador assuma também essa função, dispondo de um alargado stock de pneus. Tal como na Madeira, ficou também patente que os Açores, neste caso, São Miguel, é um caso particular dentro do Pós-venda em Portugal, em que os clientes e os operadores têm uma grande proximidade e em que a insularidade condiciona que alguns modelos de negócio possam evoluir.
ESPECIAL AÇORES
AÇOREPEÇAS
Negócio com dimensão
E
A Açorpeças é um dos maiores retalhistas de peças dos Açores, possuindo quatro balcões, nos quais foca toda a sua estratégia de distribuição.
m junho de 2014 a Açorpeças iniciou a sua atividade, numas pequenas instalações em Ponta Delgada. Atualmente, tudo é diferente e a Açorpeças possui quatro balcões, um na Zona Industrial dos Valados (onde possui dois armazéns), sendo a sede da empresa, mas está também presente em Vila Franca do Campo, Lagoa e na Ribeira Grande. “Não temos balcões nas outras ilhas, mas fazemos muitas vendas fora de São Miguel”, diz Elisabete Amaral, que gere uma equipa de 19 profissionais de peças, que atendem diariamente centenas de clientes. Refira-se que, durante muitos anos, a Açorpeças foi gerida por três sócios, mas apenas Carlos Amaral se mantém no negócio, tendo agora a filha Elisabete Amaral como gerente. Como se percebe, o modelo de distribuição e venda de peças da Açorpeças está assente nos balcões que a empresa dispõe, não tendo sequer comerciais no terreno a visitar as oficinas nem entregas de peças nas oficinas. “O nosso forte é o balcão, mantendo-se a tradição de muitos anos em que a oficina vem às nossas
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PÓS-VENDA
instalações. Como o mercado está atualmente, com dificuldades nos pagamentos e com os elevados custos que a distribuição pode acarretar, pensamos que as vendas em balcão são a melhor aposta”, revela Elisabete Amaral, explicando que “a crise levou a que o cliente particular seja cada vez mais importante nas nossas vendas em balcão”. A presença geográfica com quatro balcões em quatro localizações distintas é também uma mais-valia no entender de Elisabete Amaral,
CONTACTOS AÇORPEÇAS Elisabete Amaral 296 283 488 acorpecas94@gmail.com acorpecas.pai.pt
argumentando que, “desta forma, estamos presentes nas principais zonas onde o negócio das peças tem alguma representatividade em São Miguel”. Porém, de momento, assegura a mesma responsável, não está previsto que a Açorpeças abra mais balcões. Ao nível das peças, a Açorpeças é a representante em São Miguel da TRW (e Lucas) desde o início da empresa, trabalhando com outros operadores, como a Menapeças, Filourém, Auto Silva, João de Deus nos radiadores e a Vauner para material de chapa. “A nossa aposta sempre foi na TRW, que é uma marca histórica da Açorpeças” diz a mesma responsável, reforçando que “temos outras marcas e outras opções de preços que nos permitem trabalhar de uma forma geral com todos os clientes”. Para além dos lubrificantes e de outras linhas de produtos, o negócio de chapa é também muito importante na Açorpeças, tendo a empresa um armazém dedicado apenas a essa área. Considerando a formação como importante, quer para os seus empregados quer para os clientes, a Açorpeças “faz, com alguma regularidade, formação com a TRW, embora também façamos formação com outros operadores”, diz a mesma responsável. Para o futuro, a Açorpeças pretende continuar a servir os clientes com peças de qualidade, mantendo um elevado volume de vendas em balcão que, segundo os seus responsáveis, é claramente um dos aspetos diferenciadores neste negócio.
COM O APOIO
APL EXPRESSO
Novos modelos de negócios de peças Depois de muitos anos a vender peças para os Açores, através de uma estrutura em Queluz, a APL Expresso está atualmente presente fisicamente em duas ilhas, aplicando o modelo da Create Business.
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experiência comercial que a APL Expresso adquiriu no negócio das peças nos Açores, depois de um dos sócios trabalhar 30 anos nesse mercado, ajuda a perceber a ligação que esta empresa tem com estas ilhas. Porém, apesar de existir há mais anos como empresa, só em outubro de 2009 a APL Expresso investiu numa unidade de retalho de peças (armazém) em São Miguel, na famosa Zona Industrial dos Valados. “Estar mais próximo do cliente foi uma das razões que nos levou a investir em São Miguel. Por outro lado, o domínio da logística entre o continente e as ilhas, mas também entre ilhas, levou a que estivéssemos presentes fisicamente em São Miguel”, refere Marco Medeiros, gestor de zona da APL Expresso. Porém, a empresa foi evoluindo nos Açores e, já este ano, efetuou novo investimento, inau-
gurando novas instalações na Ilha do Faial, servindo três ilhas (Faial, Pico e São Jorge). “Sempre trabalhamos esta ilhas, mas agora temos outra capacidade de resposta aos nossos clientes, pois temos um equipa dedicada para trabalhar estes mercados”, explica o mesmo responsável. Estando incluída dentro da Create Business, a APL Expresso tem vindo a replicar este mo-
CONTACTOS APL EXPRESSO Marco Medeiros 296 682 490 marcomedeiros@aplexpresso.net www.createbusiness.pt
delo de negócio nos Açores, em que a aposta “é trabalhar com o profissional da oficina, propondo-lhe todos os nossos serviços de valor acrescentado e as peças de qualidade original”, refere Marco Medeiros, argumentando que outra das apostas é “claramente o serviço de entregas quatro vezes ao dia em São Miguel, embora para as zonas mais distantes tenhamos outras formas de distribuição. No nosso modelo de venda também temos balcão, onde atendemos os clientes, mas a aposta principal são as entregas das peças na oficina”. Para a APL Expresso é fundamental que o cliente seja o profissional da mecânica, e “não o particular”, até porque “o nosso modelo de negócio inclui também todo o tipo de formação, técnica e não técnica, para os clientes, com sala própria, e dinamizamos também um portal que permite aos nossos clientes fazerem as encomendas. Isto só é uma mais-valia para o profissional”. Segundo o responsável da APL Expresso “são cada vez mais as oficinas a quererem aderir a estes novos conceitos que a empresa tem disponíveis nos Açores, o que revela que os mesmos têm tido uma excelente aceitação”. A APL Expresso irá também continuar a dinamizar os conceitos oficinais “A Oficina” e “Auto Check Center” nos Açores, onde já possui algumas unidades, mas o mais importante é “trabalhar com o profissional”, conclui Marco Medeiros. DEZEMBRO 2016
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ESPECIAL AÇORES
ARMAZÉNS JACINTO
Tudo para todos Com a política de vender tudo para todos, a empresa Armazéns Jacinto disponibiliza um vasto stock de peças de automóvel ao mercado da reparação.
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udo começou em nome individual, no início de 1995, sendo a empresa conhecida inicialmente como Stand Jacinto, em Ponta Delgada, loja que ainda hoje existe, embora a loja principal esteja, como é óbvio, na Zona Industrial dos Valados, onde dispõe de dois armazéns. A Armazéns Jacinto dispõe ainda de um armazém na Ribeira Grande, que irá ser aberto em breve, sendo que desde 2005 é uma empresa com dois sócios. Ao nível das peças, Jacinto Moniz assume que “compro tudo o que existe nas peças, mas damos destaque aos amortecedores KYB, que é a principal marca, material Sachs, Aisin, tendo tudo para veículos japoneses, entre outras marcas de qualidade. De fora fica o material mais barato, que não oferece quaisquer garantias”. Europeças, Cardoso & Maia, Vauner, Filourém, Auto Delta, Nipocar, Krautli, entre outros grossistas, de menor representatividade para a Armazéns Jacinto, fazem parte do leque de fornecedores, que “nos permite ter uma oferta muito alargada
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em peças de mecânica e lubrificantes, mas também ao nível da chapa”, refere o responsável a empresa, assumindo que a empresa que lidera “tem o maior stock de peças dos Açores”. Para Jacinto Moniz tal investimento em stock deve-se, acima de tudo, à insularidade, que leva a que a logística de peças do continente para os Açores demore “pelo menos 15 dias, desde o pedido até à chegada das peças. Se quisermos vender temos que possuir um
CONTACTOS ARMAZÉNS JACINTO Jacinto Moniz 296 684 100 armazensjacinto@gmail.com
stock muito grande para que o cliente seja sempre servido, até porque existem clientes que já não querem esperar pela peça”. Atualmente, a Armazéns Jacinto concentra todas as suas vendas em balcão, mas em equação está o investimento em meios para que se possa também servir o cliente na oficina. “De momento estamos à espera de abrir na Ribeira Grande, como forma de estarmos mais próximo dos nossos clientes”, revela Jacinto Moniz, dizendo que, “para os clientes bons pagadores, queremos desenvolver o serviço de entregas”. Outra ideia que é bem vista pelo responsável da Armazéns Jacinto é a entrada para um grupo de compras, pois Jacinto Moniz também sabe que “a competitividade está no preço e que poderemos ter melhores condições para os nossos clientes”. Por outro lado, também já equacionou montar uma pequena oficina para dinamizar uma série de serviços técnicos. Muito critico em relação às enormes dificuldades de pagamento que as oficinas têm nos Açores e à desgovernada política de descontos instituída no mercado, Jacinto Moniz refere que esses são enormes problemas na região que acabam por justificar que as vendas em balcão tenham vindo a crescer.
COM O APOIO
ARQUIPEÇAS
Negócio global e complementar
A Arquipeças aposta em ter diversas opções de peças para os seus clientes: novas, usadas e reconstruídas. Para além do negócio de peças existem também oficinas no grupo a que pertence.
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undada em 2003, a Arquipeças passou por diversas fases na sua história. A mais recente e positiva coincide com a mudança de instalações para a Zona Industrial dos Valados (Relva), em 2013. “O negócio de peças está concentrado nesta zona industrial. Por questões operacionais decidimos que era melhor estar aqui, o que se revelou de pronto uma boa aposta”, começa por referir Paulo Pereira, gerente da empresa. A empresa começou sobretudo no negócio de peças usadas, mas ao longo dos tempos foi vendendo cada vez mais peças novas. “Hoje em dia as peças usadas são residuais na nossa operação, porém, temos alguns projetos nesta área que a seu tempo divulgaremos”, revela o mesmo responsável. Nas peças novas, a Arquipeças aposta sobretudo nas de grande rotação, com uma forte aposta no preço, confirmando Paulo Pereira que, “em 90% das peças que vendemos, somos os mais baratos, pela simples razão de que o nosso negócio não depende unicamente das peças. Por isso, podemos baixar um pouco a nossa margem com o intuito também de
sermos conhecidos como os mais baratos”. Outra aposta é na qualidade das peças, evitando-se as segundas linhas sempre que possível, até porque “muitas das vendas feitas em ba lcão são pa ra consu mo nas nossas oficinas. Por outro lado, as nossas oficinas também requisitam muito material na Arquipeças. Por estas razões não podemos facilitar ao nível da qualidade das peças, para que não existam depois problemas com as garantias”, realça Paulo Pereira, reconhecendo que as oficinas do Grupo Auto Central
CONTACTOS ARQUIPEÇAS Paulo Pereira 296 929 056 arquipecas.geral@gmail.com www.arquipecas.com
são o principal cliente da Arquipeças. Para além das vendas em balcão, a Arquipeças aposta também em alguma distribuição junto dos clientes (com duas carrinhas), sobretudo para os clientes de maior volume, mas “notamos que o cliente gosta de vir ao balcão e sabemos que a distribuição representa sempre um custo, mas que se justifica para alguns clientes”, explica Paulo Pereira. A empresa representa a Galp nos lubrificantes, mas vende também Castrol, tendo ainda algum negócio relacionado com chapa e com turbos (um produto que comercializa bastante). Para além das peças, o grupo de empresas inclui ainda a famosa Auto Central, na Lagoa, uma oficina histórica com mais de 36 anos, e uma segunda oficina, RBM Multimarcas, em São Miguel, que está localizada ao lado da Arquipeças. “Nas nossas oficinas trabalhamos muito com outras oficinas, nomeadamente em trabalhos de diagnóstico”, revela Paulo Pereira, dizendo que muita da formação é obtida na Bosch (ao nível do diagnóstico) e na Spies Hecker (ao nível das tintas). A empresa tem também uma longa relação de parceria com a Express Glass ao nível dos vidros, funcionando como um complemento ao negócio de chapa e pintura, tendo ainda um serviço de reboques (com sete veículos), um dos maiores em São Miguel. “Temos o ACP em exclusivo em São Miguel e trabalhamos com todas as seguradoras, o que permitiu que o negócio dos reboques tenha crescido bastante”, conclui Paulo Pereira. DEZEMBRO 2016
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ESPECIAL AÇORES
AUTO TINTAS MESQUITA
Oferta para todos os gostos
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A Auto Tintas Mesquita é uma empresa que atravessou mais de quatro décadas sempre ligada à repintura automóvel. Atualmente dispõe de uma loja e também uma oficina que aluga aos seus clientes.
udo começou pela oficina, onde Ildeberto Mesquita (gerente da empresa desde o início) ganhou toda a sua experiência na área da repintura automóvel. Mais tarde veio o retalho e a loja, passando a comercializar todo o tipo de produtos que estão associados a qualquer trabalho de repintura. Atualmente, mesmo ao lado do armazém, existe uma oficina de repintura que pertence à própria Auto Tintas Mesquita, sendo negócios complementares. A empresa começou pela representação da marca Tintauto (que ainda hoje comercializa), tendo mais tarde iniciado a colaboração com a Akzo Nobel e PPG, mas também com outras marca menos conhecidas como a HB Body, Tintas Triunfante, entre outros. A verdade é que a empresa dispõe de uma alargada oferta de marcas na área das tintas para automóveis, o que se explica, segundo Sérgio Furtado, também ele responsável da empresa, “pela possibilidade de oferecermos ao cliente uma
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PÓS-VENDA
oferta em que existe um preço para todo o tipo de necessidade. Temos diversas linhas de escolha e o cliente opta por aquela que pretende em função da qualidade e do preço”. Juntamente com as tintas, a Auto Tintas Mesquita comercializa também todo o material para preparação da pintura dando assim a possibilidade à oficina de ter um único interlocutor ao nível da repintura.
CONTACTOS AUTO TINTAS MESQUITA Sérgio Furtado e Ildeberto Mesquita 296 684 303 autotintasmesquita@mail.telepac.pt
Para além das vendas em balcão, a Auto Tintas Mesquita faz também, para alguns clientes, a distribuição direta. Contudo, a política da empresa não passa por ter vendedores externos ou entregas externas. “Para termos um preço mais baixo apostamos que seja o cliente a vir comprar diretamente às nossas instalações”, refere Sérgio Furtado, reforçando que os anos que a empresa tem de mercado, e por ser conhecida de todos, acaba também por não ser necessário investir em vendedores. A oficina de pintura é, obviamente, um dos clientes da Auto Tintas Mesquita, sendo um estabelecimento que tem uma característica muito particular. “Muitos pintores que não têm local de pintura alugam as nossas instalações para o fazer”, revela o responsável da empresa, dizendo que “se trata de uma vantagem para qualquer pintor, que tem no nosso armazém tudo o que necessita para efetuar o seu serviço”. Não tendo qualquer máquina de “cópia” das cores, Sérgio Furtado diz que faz muito trabalho de afinação e formulação de cor a “olho”, o que acaba por se tornar uma vantagem para muitos clientes. Outra área de negócio da Auto Tintas Mesquita, também ela complementar, é o da venda de pequenos acessórios auto (frisos, baterias, tapetes, lâmpadas, ambientadores, etc). Refira-se que para além das vendas em São Miguel, a Auto Tintas Mesquita comercializa também os seus produtos para as ilhas do Corvo, Santa Maria, São Jorge e Flores.
CARREIRO & FILHOS
Longa tradição em tintas auto
Empresa com larga tradição no negócio das tintas para automóveis nos Açores, a Carreiro& Filhos é a representante da Spies Hecker, com a qual detém uma longa e histórica relação.
A
base da empresa remonta a 1982, chegando a chamar-se Valentine Açores, mas a atual designação, Carreiro & Filhos, lda, surge em 1990. Em 1992 dá-se um “boom” de vendas com a marca Spies Hecker (depois da venda da Valentine Portugal à Herberts), embora desde a fundação da empresa que assume a imagem deste gigante das tintas nos Açores. A mais recente novidade ocorre precisamente já na segunda metade de 2016, com a abertura de novas instalações em São Miguel, mais concretamente na Rua das Laranjeiras, que permitem outras condições de acessibilidade aos clientes. “Existe um enorme histórico com a Spies Hecker sendo, aliás, o nosso principal parceiro de negócio”, começa por dizer Eduardo Carreiro, diretor comercial da empresa, explicando que “a nossa atividade concentra-se, acima de tudo, na área da repintura automóvel”. De acordo com o mesmo responsável, o facto de representar uma marca tão tecnológica como a Spies Hecker, acaba por encaixar também no percurso de inovação que a Carreiro& Filhos foi tendo ao longo dos anos, sendo a primeira empresa do género a ter uma estufa de pintura nos Açores (1987), que servia não só para a formação dos clientes, mas para que os próprios a pudessem utilizar. “Sempre fomos inovadores e esperamos continua a ser, pois essa é uma das nossas mais importantes vertentes de negócio”, refere Eduardo Carreiro, dizendo que “atualmente quase todos os clientes têm estufas e muitas das ações de formação são feitas na Spies Hecker, em Mem Martins. Considero que muito do nosso sucesso virá precisamente da aposta na inovação e na formação”. Para além da Spies Hecker, a Carreiro& Filhos
tem como fornecedores de relevo para a área automóvel a Indasa, Sata, DeVilbiss, entre outros, que “nos permite fornecer uma oficina de repintura com todo o tipo de produtos que a mesma necessita para a sua atividade”. Do ponto de vista logístico, a atividade tornou-se mais exigente, nomeadamente com a Spies Hecker que fornece os seus produtos diretamente de Espanha. “Temos um maior rigor na gestão das encomendas e os stocks são mais elevados”, refere Eduardo Carreiro, dizendo que “apostamos em stock médio para, pelo menos, um mês”. As novas instalações facilitam bastante o acesso dos clientes à loja potenciando, dessa forma, as vendas em balcão, mas a Carreiro& Filhos mantém constantemente dois vendedores no terreno (apenas em São Miguel), dispondo de revendedores nas restantes ilhas. Apesar da sua especialização na área da repintura, a Carreiro& Filhos é representante para a Ilha de São Miguel dos lubrificantes Mobil, trabalhando em parceria (há quatro anos) com o representante para os Açores, a firma JHL Sousa na Ilha Terceira. Na lógica de diversificação da atividade a Carreiro& Filhos é também revendedora das ferramentas manuais da KS Tools.
CONTACTOS CARREIRO & FILHOS Eduardo Carreiro 296 202 840 geral@carreiro.pt www.carreiroefilhos.pt
ESPECIAL AÇORES
GRUPO ILHA VERDE
Crescer no negócio das peças de origem O Grupo Ilha Verde é uma das maiores empresas do retalho automóvel dos Açores, representando diversas marcas de automóveis. Porém, tudo começou no rent-a-car.
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m 1971 nasceu a primeira empresa, designada Ilha Verde, que ainda hoje se mantém como rent-a-car. Dois anos depois apareceu a Escola de Condução Ilha Verde, e só em 1987 a empresa entra na representação automóvel, numa histórica ligação à Ford, sendo atualmente representante também da Renault, Nissan, Mazda, Dacia, Hyundai e Honda, através de diversas empresas (concessionários), dinamizando também o negócio de usados (refira-se que a empresa tem ligações a outras empresas continentais, ligadas aos rent-a-car, leilões e pneus) e seguros. Na área do pós-venda, o Grupo Ilha Verde vai mantendo as diversas marcas divididas pelas estruturas das empresas Mont´Alverne (Renault e Dacia), Auto Elgê (Hyundai e Nissan), Antero Rego (Ford e Mazda) e Unirego (Honda). João Gamboa, gestor pós-venda, considera que a “empresa funciona bem desta forma,
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PÓS-VENDA
tendo quatro ofici nas, sendo que ex iste apenas um centro de colisão com 9 pintores, que está na Antero Rego, que é multimarca. O rent-a-car possui também uma pequena u n idade de recond iciona mento. Ao todo temos 14.000 entradas em oficina por ano”. Ao nível das peças, o Grupo Ilha Verde trabalha com as peças originais de cada uma das marcas que representa, sendo um negócio visto isoladamente dentro de cada conces-
CONTACTOS GRUPO ILHA VERDE João Gamboa 296 630 030 grupoilhaverde@ilhaverde.com ww.grupoilhaverde.com
sionário e de cada marca. O negócio de venda de peças para o exterior no Grupo Ilha Verde iniciou-se com a Renault, “pois existe uma tradição da marca nesse aspeto e tem uma gama de produtos muito alargada, dispondo ainda da marca Motrio (peças) e dos produtos Ixell (tintas) e Ixtar (lavagens). Isso permite-nos ser muito competitivos no mercado”, refere João Gamboa, explicando que, “desta forma, acabamos por levar por arrasto as peças das restantes marcas”. Neste momento a empresa tem um segundo comercial de peças no terreno, que visita oficinas e outras empresas que trabalhem com carros e frotas. “A venda de peças para o exterior é representativa e é um negócio com potencial, onde estamos a investir, num mercado que por vezes é mal acompanhado e mal aconselhado. Por isso, existe trabalho a fazer nesta área, até porque a diferença de preços entre a peça de origem e a de aftermarket não é assim tão grande, e as mais valias da peça de origem são muito grandes”, refere João Gamboa, que diz que, no futuro, poderá surgir uma estrutura Ilha Verde Peças, a exemplo do que já acontece com outras estruturas da empresa que usam o nome Ilha Verde. Refira-se que o Grupo Ilha Verde comercializa também para outras oficinas a marca de tintas Ixell - a única marca de tintas usada em todo o Grupo), dando todo o apoio técnico, com uma estrutura dedicada para esse efeito.
COM O APOIO
IRMÃOS REBELO
Pela via da qualidade Com mais de duas décadas de existência, a Irmãos Rebelo tem duas importantes valências na sua atividade: são especialistas em peças de Mercedes e representam a Bosch.
O
s Irmãos Rebelo (Vitor Rebelo e José Carlos Rebelo) têm uma longa experiência no negócio de peças. Foi essa experiência que os levou a apostar na especialização em peças para Mercedes, numa primeira fase com peças para veículos ligeiros, sendo que mais tarde iniciaram também o negócio de peças Mercedes para veículos pesados. Outro marco importante foi o início da distribuição, há 16 anos, da marca Bosch, sendo esta uma das bandeiras principais da Irmãos Rebelo. “O nosso objetivo era ter peças mais baratas para se ser mais competitivo no mercado e ir ao encontro das expectativas dos clientes. Mas em primeiro lugar sempre esteve a qualidade, pelo que decidimos apostar forte na Bosch”, revela Vitor Rebelo, gerente da empresa, explicando que a empresa comercializa também outras importantes marcas como a Sachs, Hella, ATE, ZF, Knorr, Wabco e Diesel Technic, entre outras, que complementam a oferta Bosch. “Temos uma política de produto que está sustentada na
qualidade, o que para nós é fundamental tendo em conta a especialização que temos em peças para veículos Mercedes”, explica Vitor Rebelo, reforçando a ideia inicial. Presente na Zona Industrial dos Valados, a Irmãos Rebelo possui um balcão de peças onde efetua a maioria das suas vendas, sendo que pontualmente faz alguma distribuição direta à oficina. “Estamos numa ilha e não podemos crescer muito mais, pelo que o momento não é de grandes investimento na distribuição. Apostamos na qualidade do serviço ao cliente
CONTACTOS IRMÃOS REBELO Vitor Rebelo, José Carlos Rebelo 296 301 470 geral@irmaosrebelo.com www.irmaosrebelo.com
através do nosso balcão e armazém, mas não temos outros estabelecimentos nem vendedores no terreno”, explica José Carlos Rebelo. Com vendas regulares para outras ilhas, nomeadamente para Santa Maria, Corvo e Faial, a verdade é que é em São Miguel que se concentra a grande maioria das vendas deste retalhista de peças. Com alguma regularidade, pelo menos duas vezes por ano, a Irmãos Rebelo proporciona aos seus clientes formação em São Miguel, nomeadamente com a marca Bosch. “Sabemos que a formação é importante para os nossos clientes. Gostaríamos de disponibilizar mais formação, mas nem sempre o mercado está recetivo”, diz José Carlos Rebelo. Mesmo assim, muito recentemente a Irmãos Rebelo juntou 15 responsáveis de oficinas para, durante dois dias, lhes falar, juntamente com a Bosch, sobre filtros, injeção a gasolina, sondas, sensores, medidores de massa de ar, travagem, entre outros assuntos. Com a queda verificada no mercado dos pesados em São Miguel também a Irmãos Rebelo se ressentiu disso (já que a venda de peças para pesados é uma das suas áreas de negócio), embora o setor de peças para veículos ligeiros esteja estabilizado. “A crise também nos ensinou a lidar melhor com algum tipo de clientes”, refere José Carlos Rebelo, reforçando que “foi a aposta na qualidade que sempre nos diferenciou nas peças”.
ESPECIAL AÇORES
J.H. ORNELAS & CA. SUC. LDA
Negócio estruturado
O Grupo Bensaude tem diversas empresas ligadas à área automóvel nos Açores, nomeadamente rent-a-car e centros de inspeção, sendo também representante de diversas marcas de automóveis, através da J.H. Ornelas.
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J.H. Ornelas tem como negócio principal os combustíveis, sendo distribuidor da Repsol nos Açores, também ao nível dos lubrificantes. A empresa tem outras áreas de negócio, uma delas a do automóvel, onde o Grupo concentrou todas as marcas que representa (Volkswagen, Audi, Skoda, VW Veículos Comerciais, Land Rover e Volvo), que estavam dispersas por outras empresas do Grupo. Por uma questão de sinergias, também todo o pós-venda e peças foi concentrado numa única instalação. “Fazemos todos os serviços técnicos, excepto chapa e pintura, que recrutamos todos os anos. Fazemos também serviço de pneus”, começa por referir João Pacheco, Diretor de Serviços da J.H. Ornelas, que explica que nas marcas de volume aconteceram quebras de vendas muito grandes desde 2010, que irá ter reflexos também no pós-venda. Contudo, diz o mesmo responsável, “temos um grau de fidelização,
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PÓS-VENDA
em todas as marcas que representamos, mais alto do que os restantes concessionários do país”. Na J.H. Ornelas trabalha-se exclusivamente com peças de origem, num negócio que representa quase dois terços dentro do pós-venda desta empresa, sendo que 30% são vendas externas. “As vendas externas de peças são um negócio importante para nós e que até queremos aumentar”, explica João Pacheco,
CONTACTOS J.H.ORNELAS & Cª.,SUC.,LDA João Carlos Pacheco 296 302 900 bensaude@bensaude.pt www.grupobensaude.pt
dizendo que “a nossa luta no mercado de peças é difícil, pois as peças originais são um pouco mais caras que a linha branca, mas é aí que nós queremos estar”. Todas as vendas de peças originais das marcas que representa são feitas através de balcão, não tendo a J.H. Ornelas qualquer força de vendas no terreno. “Existe muita identificação de peças via telefone que se traduz em vendas, existindo depois um acompanhamento mensal junto de algumas oficinas, com report de parte a parte, até por via do negócio de colisão que é feito em parceria”, revela o mesmo responsável, considerando que “temos vindo a fazer um excelente trabalho ao nível das peças para o exterior”. A gestão de stocks é condicionada pelo único transporte semanal de barco (encomenda semanal), trabalhando a J.H. Ornelas com três pontes aéreas, que trazem outros custos e não existe sempre a garantia que a peça chegue no tempo solicitado. “Esta situação leva-nos a ter um stock muito grande, apesar do stock médio ter vindo a diminuir. A gestão de peças tem que ser muito cuidada, sendo muito exigente do ponto de vista financeiro”, refere João Pacheco. Tendo a J.H. Ornelas um negócio de usados (considerada a sétima marca), a empresa recorre também a peças de qualidade equivalente, comprando neste caso a grande parte aos retalhistas locais de peças. No futuro não está prevista a inclusão de mais marcas no portefólio da J.H. Ornelas, estando a empresa apostada na renovação de diversos espaços comerciais das marcas que representa no centro de Ponta Delgada.
COM O APOIO
PNEUS SÃO MIGUEL
Retalhista quase grossista
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Um dos retalhistas de pneus mais dinâmicos dos Açores está na ilha que dá nome à própria casa. A Pneus São Miguel trabalha pneus, mas as peças também estão presentes.
história da Pneus São Miguel remonta à antiga “Fábrica da Borracha”, embora a empresa exista “apenas” desde 1991. Foi durante muito anos das poucas empresas de pneus existentes em São Miguel, mas hoje existe muita casa a vender pneus. “Acreditamos que somos a casa de pneus que mais se destaca em São Miguel, temos trabalhado muito nesse sentido, fazendo todo o tipo de serviços que envolvam pneus, para o veículo mais pequeno até ao veículo de maior porte”, começa por referir André Medeiros, responsável da Pneus São Miguel, dizendo que “temos também a recauchutagem, trabalhando com os pisos da Bandag, além de estarmos a apostar no mercado agrícola”. A Pneus São Miguel não se limita a fazer apenas serviços nas suas instalações, dispondo de uma carrinha que permite a assistência a pneus no terreno ou na casa do cliente. Em termos de stock, esta empresa tem também uma estratégia muito bem definida,
que permite a este retalhista ser quase um grossista. “Temos cerca de 8.000 pneus em armazém, o que é seguramente o maior stock de pneus dos Açores”, afirma André Medeiros, reconhecendo que “são, de facto, muitos pneus para um mercado como o dos Açores, mas é necessário ter muita diversidade para servir rapidamente o cliente, até porque a insularidade não nos permite que seja de outra forma”. Logicamente que com tantos pneus em stock,
CONTACTOS PNEUS SÃO MIGUEL André Medeiros 296 302 930 pneussaomiguel@gmail.com www.pneussaomiguel.pt
a Pneus São Miguel acaba por fazer a revenda para outras casas de peças, que representa cerca de 30% dos pneus vendidos, estando a empresa apostada em reforçar este negócio quer em São Miguel quer nas restantes ilhas dos Açores, “dando verdadeiras condições de revenda às outras casas de pneus”, assume André Medeiros. Explicando que em São Miguel existe muito cliente a optar pelas marcas premium, o responsável da Pneus São Miguel assume que a grande maioria dos clientes quer, acima de tudo, preço. Um dos grandes males do setor em São Miguel são os pneus usados “com a agravante de serem maioritariamente pneus usados de neve”, garante André Medeiros, dizendo que “os usados são uma área que não queremos conhecer, pois é uma mau negócio para quem vende e para quem compra”. Apesar de todo o historial ser nos pneus, este retalhista apostou recentemente em outros serviços, virando-se também para os serviços de mecânica. “Estamos também a iniciar a mecânica dentro da Pneus São Miguel. Tínhamos todas as condições para o fazer, desde instalações a pessoal especializado, e como representamos a TRW, decidimos avançar para os serviços de mecânica”, refere o mesmo responsável, dizendo ainda que “também estamos a fazer um pouco a revenda de peças, pois temos boas condições para dinamizar esse negócio”.
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DEZEMBRO 2016
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ESPECIAL AÇORES
PNEUMELO
Negócio com tradição
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A Pneumelo é uma das empresas na área do retalho de pneus com mais história em São Miguel. A empresa disponibiliza todo o tipo de serviços na área dos pneus, incluindo a recauchutagem.
Pneumelo foi um projeto que nasceu há 23 anos sendo um posto de pneus e uma recauchutagem, negócio este que nessa altura era prioritário, sendo que ainda hoje representa pelo menos metade da faturação da empresa, atendendo a que trabalha para as empresas de transportes que existem em São Miguel. Diga-se que para além da recauchutagem a Pneumelo faz também o acompanhamento às frotas ao nível dos pneus, disponibilizando uma série de serviços anexos a esta atividade com os pesados. Atualmente a empresa é conhecida por ser um retalhista de pneus,que trabalha praticamente todos os segmentos, desde o pneu ligeiro ao pneu de pesado, passando pelo pneu agrícola. Mais recente é a sua ligação à First Stop, sendo mesmo das poucas empresas, na região, que integra uma rede nacional. “Uma das vantagens de estarmos na rede First Stop tem a ver, por um lado, com condições comerciais na
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PÓS-VENDA
aquisição dos pneus, mas por outro, pelo apoio que nos é dado em termos de marketing”, refere Susana Melo, responsável da empresa. Sendo uma das tendências desta rede a entrada nos serviços de mecânica rápida, Susana Melo assegura que “bem antes de estarmos na First Stop iniciamos os serviços de mecânica. Atualmente este tipo de serviços já é bastante
CONTACTOS PNEUMELO Susana Melo / Magda Melo 296 201 720 pneumelo.geral@pneumelo.pt
representativo na nossa atividade, até porque o cliente sabe que aqui pode fazer pneus e ter serviços de mecânica”. Apesar de considerar que os pneus serão sempre o principal negócio da Pneumelo, Susana Melo acha que “o crescimento dos serviços de mecânica será natural e irá crescer bastante dentro da empresa”. Um dos principais fornecedores da Pneumelo é a própria Bridgestone / Firestone e a São José Logística, sendo residual a aquisição de pneus no estrangeiro. Do ponto de vista logístico, a realidade insular da Pneumelo obriga a ter um volume de stock relativamente elevado (nas jantes de maior dimensão, 18 e 19”, não faz stock), tanto mais que desde a encomenda até à chegada do pneu a demora é de pelo menos 6 dias. Porém, todas as semanas a Pneumelo adquire pneus no continente. A Pneumelo tem uma oferta muito variada que vai desde as marcas premium até aos pneus budget, tendo a exclusividade da marca Dayton em São Miguel. “Vendemos muito esta marca que tem uma boa relação qualidade/ preço”, revela Susana Melo, explicando que “se vendem muitos pneus baratos, mas tentamos evitar ao máximo a venda dos pneus baratos que só existe mesmo por questões de preço”. Com o crescimento do rent-a-car em São Miguel, Susana Melo diz que “este” poderá vir a ser um cliente de maior relevo num futuro a médio prazo.
ESPECIAL AÇORES
ROBERTO GARCIA & FERREIRA
Pela via asiática
O posicionamento da Roberto Garcia & Ferreira é claro devido à sua grande especialização na área das peças de aftermarket para veículos asiáticos.
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epois de muitos anos a trabalhar como chefe de peças da Toyota nos Açores, Roberto Garcia decidiu entrar, há 17 anos, no negócio das peças de automóveis, com uma empresa própria, focando muito as peças asiáticas. A Roberto Garcia & Ferreira teve o seu início na Rua do Amorim, no centro de Ponta Delgada, em São Miguel, loja que ainda hoje se mantém aberta, por razões históricas, e que Roberto Garcia diz “ser só para os amigos”. Atualmente a sede é na inevitável Zona Industrial dos Valados, onde a empresa tem o seu balcão de vendas principal e armazém de peças, sendo evidente a tendência pelo material para carros de origem asiática. “Só trabalhamos este tipo de peças, seja para que marca de carro asiático for. Temos ainda alguma oferta para carros europeus, mas neste caso apenas por encomenda do cliente”, afirma o mesmo responsável, explicando que “os clientes que estão mais habituados com
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PÓS-VENDA
a casa, acabam também por nos pedir outro material para além do asiático e nós acabamos por lhe fornecer”. No entender de Roberto Garcia, a aposta no segmento das peças para asiáticos “acaba por ser diferenciador perante todos os outros retalhistas, já que ninguém trabalha este segmento da forma como nós os fazemos”. A empresa tem distribuição para as outras ilhas, através dos meios tradicionais, enquanto em São Miguel “temos as nossas carrinhas
CONTACTOS ROBERTO GARCIA & FERREIRA Roberto Garcia 296 654 217 robertogarcia@sapo.pt
que só usamos pontualmente a pedido de algum cliente de oficina, pois o grosso das vendas é feita no balcão, como aliás acontece com grande parte dos retalhistas de peças nos Açores”, refere Roberto Garcia. Para além das oficinas, o responsável da Roberto Garcia & Ferreira, assume que muitas vendas são feitas também ao consumidor final (particular). “Obviamente que estes clientes particulares não têm o mesmo desconto da oficina, mas são importantes até porque pagam a pronto”, explica o mesmo responsável. Sendo fornecido por muitos grossistas de peças a nível nacional, incluindo ainda as peças originais Toyota, a Roberto Garcia & Ferreira tem como política “apostar em peças de qualidade, mas também em segmentos onde o preço as torna mais atrativas sem descurar a qualidade, de modo a evitar os problemas causados pela ausência de garantias. Existem clientes para todo o tipo de peças e nós temos que ter oferta para todos eles”, assegura Roberto Garcia. Para além das peças de mecânica de maior rotação, a Roberto Garcia & Ferreira comercializa ainda material de chapa e lubrificantes, numa oferta “muito completa e abrangente, para todo o tipo de veículos asiáticos”, refere Roberto Garcia, embora esta empresa seja também conhecida pelas peças para veículos da marca Toyota, um legado importante que ficará sempre associado ao gerente da empresa.
COM O APOIO
SOLEDADE & FILHOS
Profissionalização total
Empresa de referência na área da repintura automóvel nos Açores, a Soledade & Filhos aposta tudo no profissionalismo e na proximidade ao cliente como forma de diferenciar no mercado açoriano.
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omeçou pelos lubrificantes especiais em 1987, mas progressivamente foi alterando o seu negócio, entrando primeiro nos produtos “não pintura” (consumíveis para a repintura) para depois se lançar nas tintas, há 15 anos. A empresa foi crescendo, tendo hoje uma estrutura de 14 pessoas, das quais cinco estão constantemente no terreno, como comerciais divididos por segmento de produto, visitando todas as ilhas dos Açores. Na ilha Terceira, a Soledade está em parceria com outra empresa local, tendo muito recentemente aberto nova parceria no Faial, que garante a revenda os produtos da Soledade. Em 2013, após negociações com a Impoeste, a Soledade adquiriu a 100% a Impoeste Açores, empresa que ainda hoje mantém o seu nome, mas é gerida pela própria Soledade. “Ambas as empresas vendem os mesmos produtos, mas existem estratégias internas distintas para cada uma delas. Para além disso, temos uma forte parceria com a Impoeste ”, refere Filipe
Soledade, diretor geral da Soledade & Filhos, dizendo que a transição para a Nexa Autocolor correu muito bem, e que a empresa também já integrou a MaxMeyer no seu portefólio. “Podemos dizer que somos os líderes de mercado nos Açores, até pelo grande número de máquinas que temos montadas”, garante Filipe Soledade, explicando que a “repintura é o nosso principal negócio, sendo que 80% do nosso negócio é o automóvel. Podemos equipar uma oficina de A a Z, tendo até reintegrado novamente a Rupes, que é uma marca pela qual temos um carinho especial”.
CONTACTOS SOLEDADE&FILHOS Filipe Soledade 296 383 873 filipesoledade@soledadelda.com www.soledadelda.com
Em São Miguel a Soledade tem três lojas abertas ao público: Azores Parque (sede), Ponta Delgada (Impoeste Açores) e Vila Franca do Campo (esta um pouco mais dedicada ao setor da construção). Para além destas vendas em balcão, a Soledade possui uma pessoa afeta à distribuição nas oficinas em São Miguel, sendo que “o nosso forte sempre foi precisamente ir ter com o cliente”, confirma o mesmo responsável. Um dos projetos a lançar em breve é o de um centro de formação, a ser construído na sede, que servirá para complementar a formação já realizada no continente. “Neste centro vamos ter alguns equipamentos muito recentes, que nos permitem reforçar ainda mais a nossa forte aposta na formação, que é para nós e para os nossos clientes uma área estratégica”, refere Filipe Soledade, explicando que “iremos também ter formação na área da orçamentação”. Uma das áreas em que a Soledade tem vindo a apostar, fruto do interesse que a mesma começa a ter em Portugal (e anos Açores também), é o detalhe automóvel. Para além de importar a marca Nanoskin, o investimento feito no centro de formação servirá também para dinamizar formações nesta área, pois “consideramos que existe muito trabalho a fazer ao nível do acabamento final após a repintura”, refere Filipe Soledade, dizendo que “também aqui as oficinas poderão adicionar estes serviços de embelezamento automóvel e, dessa forma, terem mais rentabilidade”.
ESPECIAL AÇORES
GRUPO WALTER MEDEIROS
Oferta global de serviços auto
O Grupo Walter Medeiros é uma das históricas empresas de São Miguel que está presente em muitos negócios da área automóvel, tendo peças, pneus, oficinas e não só, numa oferta verdadeiramente global de serviços.
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Grupo Walter Medeiros é composto por diversas empresas quase todas elas localizadas num polo empresarial próprio, em Relva, São Miguel. Uma dessas empresas é a Walter Medeiros, que se dedica à comercialização de peças auto, atualmente com um foco muito grande no consumo interno, já que o grupo tem diversos espaços oficinais de mecânica ligeira e especializada, chapa, pintura, eletricidade e eletrónica, reparação de bombas injetoras e pneus, neste caso dentro da Auto WM. “Somos uma empresa que trabalha para o multimarca, com um nível de especialização muito grande em todos os serviços técnicos relacionados com o automóvel”, começa por afirmar Cátia Medeiros, explicando que “trabalhamos também para outros setores, empilhadores, motores marítimos e temos ainda serviços de reboques”. Qualquer que seja o cliente, particular ou profissional, o Grupo Walter Medeiros disponibiliza assim um vasto leque de serviços, que
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PÓS-VENDA
nenhuma outra empresa na região consegue oferecer de forma tão agregada e especializada. Este Grupo, que teve o seu início na reparação de escapes, ainda hoje possui uma unidade específica para trabalhar este componente. Porém, em 1992, deu início à venda de peças, num negócio que foi progressivamente crescendo, até que em 1998 abriu o primeiro balcão de peças. Ano após ano foram aparecendo as restantes unidades (oficinas), chegando o Gru-
CONTACTOS GRUPO WALTER MEDEIROS Cátia Medeiros 296 302 030 geral@autowm.com www.waltermedeiros.com
po Walter Medeiros a ter 150 pessoas, embora atualmente não ultrapasse os 50 profissionais. Bosch, Continental, Monroe e Sunoco são algumas das principais marcas que a Walter Medeiros representa ao nível das peças, embora também mantenha a aposta em algumas linhas brancas onde não existam problemas com as garantias. “As nossas vendas de peças estão concentradas no balcão, quer para os clientes externos, nomeadamente o particular que compra cada vez mais, quer para as nossas oficinas, que acabam por ser o principal cliente, já que temos um grande consumo de peças por via dos muitos serviços técnicos que dispomos”, refere Cátia Medeiros, explicando que “encaramos este negócio de peças com o mesmo profissionalismo que qualquer outra área dentro da nossa organização. O negócio de peças tem vindo a ser reorganizado e estrutura de modo a dar resposta às solicitações dos clientes, sendo ainda uma área estratégica da nossa empresa”. Juntamente com todos os serviços de reparação e manutenção, a empresa possui também serviços técnicos especializados, quer na reparação de bombas injetoras quer de turbos, sendo um Diesel Service Center da Bosch. Não menos importante, sendo um bom complemento de negócio da empresa, a Auto WM dedica-se também à reparação e substituição de vidros automóveis, sendo agente Glassdrive. “Alguns clientes ficam a conhecer-nos através do serviço de vidros e depois tornam-se nossos clientes”, conclui Cátia Medeiros.
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CONFERÊNCIA PÓS-VENDA O PRESENTE E FUTURO DO RETALHO DE PEÇAS
O retalho reunido em conferência
Mais de 130 pessoas juntaram-se para fazer uma análise do setor do retalho hoje, mas também para lançar as bases e tendência para o futuro. O negócio está a mudar muito e os desafios são enormes dentro de poucos anos. A 2ª Conferência organizada pela Revista PÓS-VENDA superou todas as expectativas. { TEXTO CLÁUDIO DELICADO }
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Revista PÓS-VENDA organizou a sua segunda conferência, desta vez subordinada ao tema “O presente e futuro do retalho de peças”, sendo o alvo principal o setor do retalho em Portugal. algo inédito num evento organizado por uma publicação nacional. Na plateia estiveram pouco mais de 130 pessoas que ouviram os cinco oradores com apresentações práticas e que acrescentaram valor a quem decidiu estar presente na tarde de sábado, 12 de novembro, na Exposalão, Batalha, em simultâneo com a Mecânica 2016. O objetivo deste artigo não é plasmar tudo que foi dito, uma vez que essa é a vantagem e mais-valia de quem esteve presente. Vamos apenas deixar algumas ideias reveladas pelos oradores durante esta conferência. INDICADORES E CARACTERIZAÇÃO DO SETOR O primeiro orador foi Pedro Barros, em representação da DPAI/ACAP, que mostrou alguns indicadores que ajudaram a caracterizar o setor do retalho de peças em Portugal. A base para os dados apresentados é o estudo aprofundado vertido no Observatório feito pela DPAI no seio da ACAP, uma das poucas ferramentas estatísticas disponíveis no setor do pós-venda independente em Portugal. Algumas ideias são importantes de sublinhar: as vendas de carros novos, apesar de estarem a recuperar ligeiramente, devem estabilizar nas 230 a 240 mil viaturas por ano. A venda de carros usados tem aumentado nos últimos anos, em especial nos da crise. 70% do parque automóvel está encostado ao litoral e 66% deste parque está em apenas cinco distritos (Lisboa, Porto, Braga, Aveiro e Setúbal). Só Lisboa e Porto representam 38% do parque. Neste momento, relacionando o número de casas de peças por distrito versus parque circulante a menor concentração de casas de peças acontece em Faro e Portalegre e a maior no Porto e Santarém. O parque automóvel nacional apresenta uma idade média
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PÓS-VENDA
de 11,5 anos e isto faz de Portugal um dos três países com o parque mais envelhecido. Os dados do Observatório da DPAI apontam para 5,75 milhões de viaturas a circular. Destes veículos, 40% é de origem alemã, os franceses ficam com 1/4 do parque e os asiáticos com cerca de 15%. No que diz respeito ao volume do mercado de peças em Portugal as contas não são fáceis de fazer e a DPAI extrapolou alguns dados e cruzou várias fontes. De acordo com os resultados a que chegou, o valor da mão-de-obra representa 40% do negócio de pós-venda. Podemos dizer que se tivermos 1,5 mil milhões de valor de venda de peças e aplicarmos 40% em cima chegamos à volta de 2,1 mil milhões de euros no negócio do pós-venda. Se dividirmos pelo parque circulante, em média, temos um valor por reparação por ano de 380 euros, que em peças representaria cerca de 270 euros. Este é um valor que valida os números calculados para o mercado de peças. Se multiplicarmos estes 1,5 mil milhões por cinco vai dar sensivelmente o valor do mercado espanhol que vale cinco vezes o nosso e onde este tipo de estatísticas é mais trabalhado. . Dentro do estudo estão cerca de 1300 empresas, divididas em 730 retalhistas, 140 são retalhistas em rede e 100 são empresas grossistas. Na área da reparação cerca de 6000 oficinas são reparadores independentes, cerca de 700 oficinas são reparadores autorizados e 2100 empresas são retalhistas de pneus e retalhistas de pneus em rede. Quem compra para reparar são cerca de 9000 entidades e, destas, as que são oficinas independentes são cerca de 6500. O restante são reparadores autorizados e retalhistas de pneus. Este é um estudo muito desenvolvido e detalhado, com vários indicadores fundamentais para perceber o negócio. Estes são apenas alguns números, que estão bastante mais detalhados no estudo da DPAI, que divide as empresas em quatro segmentos: escalão até 500 mil euros, de 500 mil a 2 milhões de euros, de 2 a 5 milhões e mais de 5 milhões de euros. Dentro dos últimos
Pedro Barros
Sara Mendes
Paulo Luz
PATROCINADOR
dois escalões estão apenas 7,2% das empresas. O escalão mais baixo reúne 66% do mercado. Cerca de dois terços do negócio é feito por apenas 7% das empresas (cerca de 98). O documento está acessível a todos os associados da ACAP e mostra ainda indicadores económicos, financeiros, pagamentos, endividamento, rentabilidade, estruturas de custos, entre outros. A IMPORTÂNCIA DOS RACIOS Paulo Luz, da TCA Gest, pegou em alguns slides do estudo apresentado por Pedro Barros para mostrar alguns racios fundamentais para a gestão de uma empresa no setor. E não esteve com meias palavras em relação a alguns casos que continuam a existir no mercado português. Os racios dentro de uma ótica da gestão e de economia, olhando para dentro da empresa, são fatores chave para percebermos, anteciparmos e não sermos apanhados desprevenidos no nosso negócio. Onde podemos ir buscar a informação para obtermos esses racios e indicadores? Uma das fontes dessa informação está “armadilhada” à partida porque é a mesma que entregamos ao fisco e, ele próprio, no final do ano faz um assalto de 21% sobre os resultados. É um sócio escondido e no final do ano pede 21% de lucro, quando existe. E como esta "peça" é exatamente a mesma que
nos servem para perceber o nosso negócio há um problema: não queremos que eles levem 21% do nosso negócio no final do ano mas, por outro lado, precisamos de ter uma visão clara e objetiva para podermos perceber e gerir o nosso negócio. Um elemento-chave é o balanço. Em determinado momento fotografamos a empresa e obtemos um ativo na nossa ótica patrimonial, o que são as mercadorias, dinheiro no banco e em caixa, e aquilo que é a dívida a clientes, o ativo, o imobilizado. Do outro lado temos os capitais próprios, o que metemos como capital inicial e os resultados positivos ou negativos que a empresa vai gerando ao longo da sua vida. Depois temos o passivo, que são os elementos negativos e são os que não queremos mostrar. Muitas vezes não é passivo e é dinheiro que foi desviado para o bolso dos sócios. Paulo Luz fala claro. Isto faz com que quando olhamos para o negócio criemos algumas ilusões e vivamos num mundo irreal porque acreditamos no que está ali e quando essa não é, de facto, a realidade, tudo o que formos ver daqui para a frente está errado. Não corresponde ao que é a nossa vida e à nossa gestão do dia-a-dia. Como podemos ver isto? Para obtermos os racios de rentabilidade de uma empresa, temos que estabelecer duas relações: entre os resultados que são obtidos por um lado e, por outro, os meios para os obter. São os dois
PARCEIROS
fatores-chave. Os racios de rentabilidade das vendas passam por quanto é que ganho por cada euro que vendo. Se eu vender usando uma sub-faturação, onde estão as minhas vendas? Fora do denominador e o racio que vou obter é falso e a rentabilidade das vendas não corresponde à realidade. Por isso, no primeiro escalão de empresas apresentado pela DPAI (empresas até 500 mil euros) a rentabilidade é negativa. Por cada euro vendido a rentabilidade é de é -3,2. Para que é que alguém quer uma empresa destas? Ao fim de um ano, desde 2011, mesmo com taxas de juro a 0,5% é preferível aplicar o dinheiro e estar em casa sossegado, ganhavam mais. Porém, porque se mantém uma empresa destas? Acreditam neste rácio? Não. Isto acontece porque são as empresas que têm, por norma, menos apoio de consultoria especializada, trabalham mais em fuga à faturação, fazem vendas sem ser declaradas e o resultado não pode ser outro, apesar de não corresponder à realidade. Mas estas são as mesmas empresas que ficam muito revoltadas com a banca quando vão pedir financiamento e não o obtêm ou têm um spread muito elevado. Por uma razão simples: o dinheiro tornou-se um bem escasso e a banca não empresa a quem precisa, mas a quem pode pagar. Se os racios da empresa estão deturpados, são penalizados. Paulo Luz explicou quais os principais racios e DEZEMBRO 2016
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CONFERÊNCIA PÓS-VENDA O PRESENTE E FUTURO DO RETALHO DE PEÇAS
Pedro Proença
Paulo Dário e Bruno Mendes como os obter, informação que guardamos para quem assistiu à conferência. Mas partilhamos algumas dicas: Os subterfúgios usados pelas empresas, que afetam os seus racios e os seus balanços, só as penalizam e serão cada vez mais fáceis de desmontar pelo fisco. É importante ter contas sérias. É importante para percebermos se o resultado do nosso trabalho é credível. Além disso, nos negócios, no que olhamos e fazemos, vendemos, gerimos, é importante ter conhecimento, mas ele só é útil quando é convertido em ações. Porque podemos saber tudo isto mas se continuarmos a fazer exatamente o contrário não vamos obter resultados. Este é um fator-chave. AS GARANTIAS NAS PEÇAS Sara Mendes, do Centro de Arbitragem do Setor Automóvel (CASA) abordou o tema das garantias, com foco na relação com o consumidor final, com quem muito retalho já tem relação direta, seja via online ou de balcão. O consumidor é considerado quem compra para um uso não profissional. Há duas ideias fundamentais a reter nesta relação e que estão completamente erradas. A primeira é que há peças no setor automóvel que não têm garantia. Isto é falso e é algo que não existe em Portugal. Os prazos são claros: dois anos que podem ser reduzidos para um ano com acordo de ambas as partes quando se tratam de peças usadas. A garantia conta sempre a partir da data de entrega do bem ao consumidor. Qualquer contrato que seja feito que diga que um bem não tem garantia ou que esta é inferior ao legalmente previsto é uma cláusula nula, tida como não escrita e é o equivalente a não constar do contrato, sobrepondo-se a lei geral dos dois anos. Ao tentar fazer acordos destes as empresas estão a prejudicar a sua atividade. A segunda ideia errada é que o prazo de garantia dado pelo fabricante da peça ao retalhista é um e o que este tem que assegurar ao consumi-
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dor é superior (dois anos). Esta ideia é falsa até porque a garantia do fabricante tem o mesmo prazo que a garantia do retalhista e é de dois anos. Quem está obrigado a prestar a garantia ao consumidor nos termos desta lei é, primeiro que tudo, o vendedor. Mas para além do vendedor também o produtor e o representante do produtor. O consumidor pode optar por exigir ao produtor a sua reparação ou substituição. O representante do produtor é também solidariamente responsável com o produtor perante o consumidor. No fundo, quem presta garantia ao consumidor é o vendedor, o produtor e o representante do produtor. A garantia é sempre atribuída ao consumidor e não ao retalhista ou a qualquer outro elo da cadeia de distribuição. Esta é a grande ideia a reter. O consumidor perante o vendedor das peças/ retalhista, pode exigir a reparação do bem, a sua substituição, a redução do preço ou a resolução do contrato. Perante o produtor ou representante ou importador pode apenas pedir a reparação do bem ou a sua substituição. Sara Mendes deixou duas dicas importantes: Aconselhem o consumidor a dar conhecimento do problema e a pedir a solução do problema ao importador ou ao fabricante da peça e acompanhem a reclamação do consumidor junto do importador ou do fabricante. Interessemse por saber o que o fabricante e importador dizem. A responsabilidade destas entidades é solidária e isso significa que se o fabricante ou importador resolverem o problema decorrente da reclamação do consumidor estão imediatamente exonerados de o fazer. Ou seja, deixam de ter que assumir essa garantia se o produtor ou importador o fizer. Devem aconselhar o vosso cliente a reclamar sempre diretamente ao fabricante ou importador. Quem garante os dois anos ao consumidor é a oficina porque foi ela que lhe vendeu a bateria. O retalhista que entregou a bateria (ou qualquer outra peça ou componente) à oficina pode ou não ser repre-
sentante do produtor. Se não for e se tratar de um puro retalhista independente, não responde à garantia, porque é o fabricante ou importador que respondem diretamente durante dois anos a partir do momento em que a peça é vendida ao consumidor. Por outro lado, se puderem, sempre que possível, peçam e acompanhem a realização de uma peritagem independente que possa demonstrar que não existe um defeito da peça ou do serviço que prestaram, mas que se deve a uma qualquer outra causa externa. O prazo máximo de resposta ao consumidor é de 30 dias, mas esse prazo pode ser negociado entre as partes para resolução do problema e sempre que a empresa aceite a conciliação no CASA este prazo é suspenso. Um a nota final: a garantia é de dois anos quando se tratar de uma venda ao consumidor mas diminui para seis meses se a transação for feita entre empresas. Ainda não é aderente do CASA? O serviço é gratuito e tem o mesmo valor de uma decisão em tribunal. Leia um artigo completo sobre garantias em www.posvenda.pt/garantias O FUTURO DO NEGÓCIO Pedro Proença, da Create Business, apresentou novos modelos de negócio no retalho e, sobretudo, fez um fast-forward para o futuro para antecipar algumas realidades que vão afetar o setor. A tendência mostra um decréscimo do negócio das oficinas independentes que estão sozinhas no mercado, mas tanto as oficinas autorizadas como as que estão em rede a tendência é de crescimento do negócio. A distribuição moderna estará muito concentrada, com um número reduzido de atores e muito concentrada nos grandes centros urbanos. O negócio estará muito condicionado por quem serão os donos dos carros e a posse do carro vai mudar e vai passar a ser cada vez mais de
PATROCINADOR
gestoras de frotas, empresas de renting e seguradoras, que serão partilhados entre vários utilizadores. Essas empresas têm standards altos e só vão trabalhar com empresas reconhecidas e dificilmente uma oficina independente de pequena dimensão conseguirá ter resposta para este grupo de decisores. A internet vai afetar cada vez mais o negócio, com impacto no preço, limitando a margem dos operadores. É fundamental que o retalho olhe para o negócio do seu cliente, a oficina, e o ajude a gerar mais negócio. E aí há fatores fundamentais como a satisfação do consumidor final, o grau de conhecimento dos técnicos e uma capacidade de resposta a um cliente cada vez mais informado. Os consumidores terão uma consciência ambiental cada vez mais vincada. A tendência de crescimento dos carros híbridos e elétricos é grande e se hoje esse mercado representa 3% na venda de carros novos, em 2045 deverá atingir os 35%, isto se as condições forem iguais aos dias de hoje. Os carros conectados são uma realidade bem mais próxima que terá o seu ponto de partida em 2018 com o eCall. O carro vai comunicar e vai ter muita informação disponível. Precisamos de criar mecanismos para ter acesso a esses dados e para que as oficinas saibam usar essa informação e consigam transformá-la em negócio. Pedro Proença acredita que, como fornecedor, terá que ter uma oferta cada vez mais completa para o cliente oficina. Temos que ter um catálogo completo de produtos, mas não podem ser só peças. É preciso ter diagnóstico, equipamentos, pneus, componentes eletrónicos e mesmo aplicações móveis para que se possam relacionar com o consumidor final. Mas é preciso ter uma
resposta também ao nível do apoio técnico que, no futuro, poderá ficar a cargo da inteligência artificial dos computadores. As entregas terão que ser cada vez mais eficientes e imaginando um armazém de proximidade, a peça pode ser enviada para uma oficina próxima por um drone. Isto hoje já existe. A função do marketing vai ser cada vez mais importante porque a informação é muita e é necessário saber geri-la e usá-la em benefício do negócio. UM CASO PRÁTICO DE SUCESSO Paulo Dário e Bruno Mendes falaram de um modelo diferenciador no retalho, o da SPR Auto, relativamente recente (11 anos), com uma dimensão ainda pequena mas com um enorme e crescente sucesso que obrigou já a alargar a rede e a abrir novas lojas. As redes sociais, as ferramentas online e a internet são um “vendedor” fundamental para este retalhista, que tem também um portal de vendas online para o público, a Movonparts. Uma particularidade é que os preços são iguais para todos os clientes, profissionais ou consumidores finais, sendo que as oficinas têm outras vantagens nas entregas, na formação, nos descontos, no rappel, campanhas semanais e mensais, no clube SPR Auto, no prazo de pagamento, entre outros, que o cliente final não tem. A SPR Auto fatura com preços líquidos desde 2007. Atualmente a empresa tem 300 clientes ativos e o volume de negócios em 2015 foi de 1,450 milhões de euros, com expectativa de chegar aos 1,6 milhões de euros este ano. No próximo ano a empresa vai abrir novas instalações no Porto e atualizar o portal de venda de peças online, além de incorporar novas gamas
PARCEIROS
de produtos e novos fornecedores. Um retalhista moderno tem que acompanhar esta dinâmica de mercado. Atualmente tem uma média de 150 entregas diárias percorrendo cerca de 1000 km todos os dias. Um ponto fundamental, já nas palavras de Bruno Mendes, responsável por toda a estratégia digital da empresa, é o uso das tecnologias de informação e a diferenciação. Como? Peças toda a gente vende e o serviço e a qualidade de atendimento ao cliente são o ponto que diferencia as empresas. A estratégia da SPR Auto assenta em três pilares: eficiência, fidelização e comunicação. Na eficiência, algumas ideias: temos que entregar a peça da forma mais rápida com o menor custo para a empresa. Os comerciais têm um tablet com acesso a toda a informação da empresa, stocks e encomendas para agilizar o processo. A SPR Auto usa várias formas de fidelização, desde o Clube SPR Auto (em que compras dão pontos, além do acesso ao catálogo TecCat para identificar peças, o stock, preços e fazer encomendas, além do acesso a informação técnica) aos vouchers, descontos, campanhas originais e sorteios. A comunicação passa muito pelo online e pelo uso das ferramentas online, muitas delas gratuitas com resultados comprovados. O site tem 2000 sessões mensais e os anúncios pagos no Google mostram uma boa performance nos contactos com a empresa. Mas não compram likes. “É caro e não resulta”. No Movonparts, com o foco no consumidor final, a diferenciação passa por um apoio técnico à compra via telefone e chat online. Saiba mais sobre o modelo da empresa em http://bit.ly/sprauto
CONTACTOS PEDRO BARROS DPAI/ACAP http://pecasauto.acap. pt/
SARA MENDES Centro de Arbitragem do Setor Automóvel (CASA) www.abritragemauto.pt
PAULO LUZ TCA Gest www.tcagest.com
PEDRO PROENÇA Create Business www.createbusiness.pt
PAULO DÁRIO/ BRUNO MENDES SPR Auto www.sprauto.pt
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SALÃO MECÂNICA
Sob o signo do recondicionamento A Mecânica 2016 permitiu novamente o encontro do pós-venda nacional durante quatro dias nos pavilhões da Exposalão. Algumas novidades marcaram este certame, que em 2017 se realizará em Lisboa. { TEXTO PAULO HOMEM E CLÁUDIO DELICADO }
U
ma das tendências que foi claramente evidente na edição de 2016 da Mecânica foi o aumento do número de empresas que apresentaram a sua oferta ao nível do material recondicionado, reconstruído ou até mesmo usado. Nesta reportagem fica evidente o conjunto de operadores que trabalham este segmento de produtos, que são claramente uma oferta posicionada no baixo custo e na qualidade. A CRPB mostrou um novo produto, designado por “manta de carbono”. Com aplicação fácil sobre os painéis, simula aplicações em carbono no automóvel. A Certoma divulgou os seus equipamentos de limpeza de estofos auto e de limpeza do pavimento nas oficinas, da sua representada RCM. A Sosi destacou os lubrificantes Repsol, marca que distribui há mais de 20 anos. Para pneus ligeiros a Tirsopneus tinha como novidade o “novo” Hankook Prime3, que apareceu pela primeira vez ao vivo. Nos equipamentos a Sarraipa destacou as máquinas para pneus da Teco e os compressores de parafuso da Renner. Diversas novidades foram divulgadas nas ferramentas Fasano. A grande novidade da EuroFiltros foi o equipamento de limpeza e regeneração de filtros de partículas, fabricado pela representada Donaldson. A +Baterias é uma rede de lojas especializadas em todo o tipo de baterias. Atualmente a rede conta com 3 lojas, sendo que estão já previstas mais duas. A marca de baterias Fiamm dá imagem a esta rede da Polibaterias. A grande novidade da Alidata foi a divulgação da nova imagem. Foi criado um Grupo de empresas passando a existir uma marca institucional umbrela que é o Sendys Group – constituído por 8 empresas. Lancar e Rodricarpec juntaram esforços na Mecânica, a primeira para mostrar os pro-
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PÓS-VENDA
dutos de limpeza e manutenção de filtros de partículas a segunda para divulgar as suas representadas nas peças. A Neocom, especialista em material recondicionado, tinha como novidade as caixas de direção elétrica. Os lubrificantes Fuchs foram o grande destaque no stand da Petromós. Na JAO o destaque foi dado aos turbos reparados, pela própria empresa, que também disponibiliza um serviço de reparação de filtros de partículas. Na Faher a novidade é o produto Goitek, um substituto ecológico para todo o tipo de sistemas A/C. Neste mesmo stand estava a MOV, empresa que dinamizava as ferramentas da Hazet e os modernos sistema de iluminação para trabalhar nas oficinas de automóveis da Scangrip. A Recambios Quasar possui uma extensa oferta em alternadores e motores de arranque, destacando os produtos da marca Denso. A Dimlaser é uma empresa de Leiria que se dedica à conceção e fabricação de produtos em metal, através da impressão em 3D, utilizando o processo aditivo LaserCusing. Na McNur foi novamente o momento para mostrar parte da sua extensa oferta de produtos, nomeadamente ao nível dos motores reconstruídos e recondicionados.
i Muitas outras informações sobre a Mecânica disponíveis em
www.posvenda.pt (pesquisar por Mecânica 2016)
Para além das caixas de velocidades reconstruídas, a Sparkes & Sparkes divulgava as caixas de transferência (produtos OEM) para BMW, Mercedes e Volkswagen. Os serviços de natureza ambiental, para o sector das oficinas, foram promovidos pela empresa Natureza Verde, que comercializa também alguns equipamentos ambientais. A Diagnauto é uma jovem empresa que se especializou no recondicionamento de caixas de direção e bombas de direção, disponibilizando também a reparação e recondicionamento de turbos e ainda o serviço de reparação de EPScaixas elétricas. Na Merpeças o momento foi de apresentar a nova imagem. Para além disso divulgava ferramenta especial para Mercedes e material BMW (respirador de motor). No sempre dinâmico stand da WD-40, o destaque foi para WD-40 Dupla ação 500ml em Six Pack Promocional e o Bidon de 5 litros com Pulverizador. Em exposição estava a recém-chegada gama WD-40 Specialist. A Rodribench tem sempre um dos stands mais ativos neste tipo de eventos, onde são dinamizadas muitas demonstrações, onde sobressaíram os equipamentos de reparação de plásticos e o já famoso Miracle System, para reparação de chapa. A Lynxport passou a ser o distribuidor nacional das ferramentas Snap-On. Neste certame mostrava as diversas soluções Snap-On de arrumação de ferramentas, para uma maior rentabilidade oficinal.
A JP Tools divulgava como novidades os equipamentos de diagnóstico da Autel (com o modelo MaxiSys Pro) e o DiagProg4 da ElproSys. O novo Hard-top “ARB Ascent”, bem como o novo pára-choques “ARB Smartbar” foram as duas grandes novidades da COMTT. Destaque também neste stand para os novos amortecedores “Old Man Emu BP51”. Os novos rádios MVS e os booster de arranque estavam em destaque no stand da Vallux, empresa que aproveitou esta sua primeira presença na Mecânica para divulgar também os seus produtos de iluminação, área em que é especializada. A Memoderiva é uma jovem empresa que dinamiza serviços na área da limpeza e regeneração de filtros de partículas em ligeiros e pesados, através da marca Ecofap. A SOS Battery é uma empresa que dispõe de 6 plataformas no país, que dão apoio às empresas em tudo o que tenha a ver com baterias. Representa a marca de baterias Hugel e os lubrificantes Lubex. Como empresa independente com o maior stock de peças Land Rover, a Motormáquina reforçava esse posicionamento. Porém, o des-
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taque foi também para as peças Jeep e para as suspensões pneumáticas para pick-up e viaturas comerciais. Os Radiadores Nissens deram destaque aos núcleos e ventiladores para pesados, além da vasta gama para ligeiros que disponibiliza. A GAO apresentou-se na Mecânica com a camisola da Q8 Oils vestida. A empresa da Lourinhã é o distribuidor exclusivo da marca de lubrificantes do Kuwait para Portugal, com oferta nos ligeiros como nos comerciais ligeiros, pesados, indústria e agrícolas. A Turbo Discover mostrou na Mecânica turbos e peças para turbos alem de equipamentos para teste de turbos, reforçando a força da empresa como especialista em turbos. Em destaque esteve a representação da Jrome. A Cetrus apresentou três novidades: uma ma´quina de alinhamento de direções 3D, uma máquina de enchimento de AdBlue e ferramentas de uma nova marca na empresa: a Boxo. A Norsider esteve presente com o objetivo de apresentar os serviços de vendas de peças usadas, com destaque para a apresentação do site, que tem o maior stock próprio de peças usadas online, garante a empresa.
SALÃO MECÂNICA
Lisparts
Sendo uma marca recente no mercado e uma área de negócio nova na empresa, praticamente tudo o que a Lisparts apresentou foi novidade. Destaque para a marca espanhola WAT, com mais de 40 anos de experiência em peças e componentes reconstruídos. Destaque também para a representação exclusivo da marca Indeco, empresa líder na reconstrução de transmissões e sistemas de direção hidráulica e eletrónica.
Interescape
Especialista em sistema de escape, a Interescape apostou na divulgação da certificação TUV na limpeza de filtro de partículas. Para além disso mostrou os filtros novos das marcas Walker, Eberspacher, Imasaf, As, Bm, Bosal e Iecat.
Gonçalteam
A Gonçalteam ocupava um dos maiores espaços na Mecânica, com destaque para os equipamentos da HPA-FAIP. A maior novidade foi a maquina equilibrar HPA FAIP B540C CW com diagnóstico para rodas de ligeiros, que permite atestar com firmeza o estado do pneu e ou da jante, evitando tempo desperdiçado em trocas e testes na procura da solução, e também a nova HPA FAIP 1032 com sistema de desmontagem RFT e outros de igual dificuldade, de forma automática, com câmara e sistema hidráulico permitindo efetuar sem esforço e mais importante sem causar stress ao pneu, que muitas vezes influencia a equilibragem. A empresa levou também à Mecânica produtos das marcas HAWEKA e DINO PAOLI.
Grupo Sobralpneus Santarém Motor
Presença destacada na Mecânica, a Santarém Motor dinamizou os motores e caixas de velocidades reconstruídos (para veículos ligeiros) que a própria empresa recondiciona e comercializa no mercado. Outros dos destaques foi a plataforma de vendas Online www.santaremmotor.com, onde de modo simples e intuitivo qualquer cliente, particular ou profissional pode visualizar e comprar uma peça para uma viatura.
Para além da representação dos pneus Marshal em exclusivo para o mercado português, outro dos destaques deste stand foi o Led Pressure Alarm, um sistema TPMS que acende uma luz vermelha assim que o pneu perde 0,25 bar de pressão, tendo ainda um sistema anti-roubo.
Pro4Matic
Auto Delta
AZ Auto / MCoutinho
Um dos grandes destaques destes dois stands, que estavam fisicamente juntos, foi a dinamização do portal de vendas B2B, que estas empresas lançaram no correntes ano e que estão disponível em www.mcoutinhopecas. pt e em www.azauto.pt. Paralelamente a empresa dinamizou um série de ações, no sentido de promover as marcas de peças que estas empresas representam.
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PÓS-VENDA
A Auto Delta foi uma das empresas que apresentou mais novidades. Uma delas foi a entrada da marca na venda de acessórios para a mobilidade elétrica (carregadores e cabos de conexão) com a Emovum, empresa do universo Wulf Gaertner Autoparts. Esta parceria nos elétricos está a dar os primeiros passos mas coloca a Auto Delta em vantagem. A empresa de Leiria apresentou também a sua marca própria de baterias, a eFORCE - fabricada pela Exide e já disponível para venda, depois de ter sido apresentado um protótipo na Mecânica. A Auto Delta passou também a ser parceiro estratégico da Borg&Beck e First Line no mercado português, reforçando a ligação das duas empresas.
A Pro4matic foi à Mecânica reforçar a sua especialização em suspensões pneumáticas e mostrou algumas novidades da Arnott, nomeadamente os amortecedores pneumáticos dianteiros para o Audi A6 4F, a mola pneumática traseira Audi A6 4F ou a sua oferta para o Citroën C4 Picasso. Destaque ainda para a ampla gama de marcas e modelos de automóveis americanos, que é uma nova aposta da empresa, com a implementação de mais de 100 novas referências na plataforma online. Marcas como Buick, Cadillac, Chevrolet, Ford, Gmc, Hummer, Jeep, Lexus, Lincoln, Mercury, Oldsmobile e Pontiac estão disponíveis. No stand estavam ainda presentes produtos da marca própria da Pro4matic.
Mastersensor
A ligação da Mastersensor à Heyner é cada vez mais forte e as escovas da marca alemã ganham um espaço cada vez maior no mercado. Entre as novidades da vasta gama estavam as escovas traseiras flat, mas também novas medidas das escovas híbridas, que são o ex-libris da oferta da Heyner. Destaque ainda para a gama Alca para camiões e autocarros.
GT Motive / Eticadata
As duas empresas apresentaram-se em parceria na Mecânica. A GT Motive, com soluções de orçamentação e gestão de sinistros juntou-se à Eticadata, especialista no desenvolvimento de software de gestão empresarial. O objetivo é levar às empresas soluções integradas e dimensionadas de orçamentação e gestão empresarial que as tornem altamente competitivas, possibilitando o controlo e facilitando a tomada de decisão em todas as áreas do seu negócio. A promessa é de um aumento de produtividade da oficina. As duas empresas fizeram demonstrações dos seus produtos.
Japopeças
A Japopeças é já um histórico na Mecânica e o destaque foi para o reforço da presença da marca Aisin, com a qual a empresa de São João da Madeira tem uma longa tradição. Destaque ainda para as marcas FBK e NKS, que tornam a Japopeças num dos maiores especialistas em veículos asiáticos no nosso país.
SALÃO MECÂNICA
Kroon-Oil (Masac)
Paulo Ferreira Machines
MPM Oil
Prioridinamic
JMCS
Helder Máquinas
O stand da Masac estava totalmente decorado com a marca de lubrificantes Kroon-Oil. De origem holandesa, a Kroon possui um catálogo muito completo de aplicações para o setor auto (mais de 200 referências). A empresa vende diretamente às oficinas mas procurava, através da Mecânica, revendedores para algumas zonas do país.
O destaque foi para os equipamentos da marca Launch que este operador representa há um ano, como também para os serviços de assistência técnica e aconselhamento dos melhores produtos a adquirir.
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PÓS-VENDA
Neste evento a Paulo Ferreira Machines destacou o produto do qual é distribuidor, os compressores da marca ROTAIR para Portugal, nomeadamente os compressores elétricos de ar comprimido de parafusos. Especializada na área do ar comprimido a novidade foi o lançamento de um modelo de compressores até 7.5hp de potência.
A grande novidade neste stand eram os novos equipamentos AutoEquip, que a JMCS distribui em Portugal, reconhecido fabricante de pórticos de lavagem de escovas, jet wash, entre outros. A gama inclui diversos equipamentos para a lavagem de ligeiros e pesados.
Pela primeira vez neste salão, a MPM Oil (de origem holandesa) dava a conhecer a sua extensa gama de lubrificantes, com mais de 350 referências, para diversos setores com destaque para a área auto, pesados, agrícola e máquinas industriais. Para além de lubrificantes a gama de produtos MPM Oil inclui ATF, óleo de travões, massas, anticongelantes, aditivos, sprays, etc.
Além da já tradicional presença das ferramentas Beta, o destaque no stand da Hélder Máquinas foi o elevador de quatro colunas móveis Autolift, que só ocupa espaço quando está ao serviço. Quando não é necessário pode ser arrumado e evita também as obras onerosas de um elevador fixo. Cada coluna aguenta 1 tonelada, o que permite levantar qualquer ligeiro ou comercial ligeiro.
TÉCNICA PROTEÇÃO ANTICORROSÃO
PROTEÇÃO ANTICORROSIVA 1.ª PARTE PARCERIA CEPRA / PÓS-VENDA
WWW.CEPRA.PT
A
natureza metálica dos automóveis, colocou desde sempre aos fabricantes, reparadores e utilizadores dos veículos o desafio permanente de lutar contra o aparecimento do elemento mais indesejável no metal: a corrosão, vulgarmente conhecida por ferrugem. A corrosão forma-se por uma reação de um material metálico com o meio ambiente que o rodeia, e é sempre prejudicial ou mesmo destrutiva. É uma alteração no material que pode danificar um componente ou mesmo um sistema do veículo. Há vários fatores que podem influenciar a formação de corrosão, como o meio ambiente (composição, temperatura, pressão, situações extremas, estabilidade, dinâmica de fluidos), o material (tipo, construção, localização e geometria, propriedades, tratamentos) e o contacto (estado da superfície, grau de acabamento, forma da peça, esforços), que condicionam a forma como a corrosão se apresenta. Existem normalmente dois tipos principais de reação na formação da corrosão: a química e a eletroquímica.
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PÓS-VENDA
A CORROSÃO QUÍMICA Resulta da ação direta do meio ambiente sobre o material. Na superfície do material forma-se uma camada que resulta da combinação química do metal com a substância que atua sobre ele. Se esta camada for porosa, solúvel em água e permeável aos gases, a corrosão acontecerá até destruir o material, como acontece por exemplo, na oxidação do aço. A oxidação não é mais do que uma reação química na qual se produz um intercâmbio de eletrões. Os átomos de ferro perdem eletrões em favor dos átomos de oxigénio que se encontram no ar ou na humidade, sendo este intercâmbio o responsável pela corrosão do aço. Já que o aço se transforma em outro material, óxido de ferro, o qual tem umas propriedades mecânicas não utilizáveis, é muito importante manter a carroçaria em perfeito estado, reparando-a sempre que sofra qualquer dano.
No caso do alumínio, cria-se uma camada de óxido de alumínio, isenta de poros, insolúvel em água e impermeável aos gases, que serve de camada protetora à corrosão. Entre os fatores ambientais que contribuem para a corrosão química temos a presença de oxigénio, vapor de água e de soluções ácidas e alcalinas. A temperatura tem também uma influência significativa no processo de corrosão, quanto maior for a temperatura, mais rápido se torna o processo. CORROSÃO ELETROQUÍMICA É o tipo de corrosão mais comum. Também conhecida por corrosão galvânica, resulta da existência de dois metais diferentes e de um eletrólito (líquido condutor de eletricidade). Pode ser considerada como um elemento galvânico, em que um metal é o ânodo e outro o cátodo. Entre os dois metais existe uma diferença de potencial, que dá origem a uma corrente elétrica (fluxo de eletrões ) do ânodo para o cátodo, provocando oxidação no ânodo, ou seja corrosão. Considerando o aspeto externo ou as alterações que causam nas propriedades físicas dos metais, a corrosão pode também ser classificada por corrosão uniforme e a corrosão localizada.
De entre as formas de corrosão localizada pode distinguir-se: corrosão pontual (perfurante e superficial), corrosão intergranular, corrosão transgranular, corrosão filiforme, corrosão selectiva e corrosão resultante de ações exercidas sobre o metal ou destruição dos metais por acções físicas e químicas (sob tensão mecânica, sob fadiga, por fricção ou desgaste corrosivo e por impacto ou cavitação ou corrosão – erosão). NAS CARROÇARIAS PODEM-SE ENCONTRAR OS SEGUINTES TIPOS DE CORROSÃO: CORROSÃO UNIFORME O material é corroído por todos os lados de modo aproximadamente paralelo à superfície, independentemente da variação da velocidade de corrosão. É normalmente típica da corrosão química. CAMADA CORROÍDA
ZONAS CORROÍDAS
CRISTAIS
CORROSÃO DE CONTACTO Resulta da proximidade entre dois materiais, cujos potenciais eletroquímicos estão muito afastados, e da existência de uma solução electrolítica na zona de proximidade. Por exemplo, no caso de necessidade de aparafusar uma chapa de alumínio, se o parafuso utilizado não tiver qualquer tipo de tratamento, corre-se o risco de corrosão na zona de contacto entre a chapa e o parafuso.
METAL
CORROSÃO PERFURANTE É um processo de corrosão localizado que pode conduzir a cavidades em forma de “cratera” ou de “picada” e acabar na perfuração de parte ou partes da peça. É normalmente típica da corrosão eletroquímica.
CORROSÃO POR FADIGA Um metal sujeito a esforços alternados, num meio agressivo, ficará sujeito à corrosão sob fadiga. As fendas por fadiga progridem no interior dos grãos.
ZONAS CORROÍDAS
PROTEÇÃO ANTICORROSIVA A aplicação de medidas de proteção anticorrosiva da carroçaria do veículo, é feita tanto na fase de produção do veículo, em fábrica, como mais tarde numa fase de reparação da carroçaria, como é o caso de uma reparação após colisão. CORROSÃO INTERGRANULAR É um processo de corrosão localizada, que se verifica nos limites ou contornos dos grãos, sem que por vezes, se detete qualquer vestígio à superfície. Os vários grãos de um material metálico podem ser compostos por diferentes substâncias (por exemplo as ligas). Um electrólito existente sobre essa superfície material, conduz a um processo eletroquímico, resultando na corrosão entre os grãos. Este ataque é normalmente muito rápido e provoca perda de resistência mecânica e ductilidade, podendo o material ceder ao mínimo esforço.
PROTEÇÃO ANTICORROSIVA NA PRODUÇÃO Existem múltiplas medidas de proteção da carroçaria de um veículo contra a corrosão, durante o processo de produção do veículo. Tais medidas de proteção incluem a utilização de chapas de aço tratadas, aplicação de processos de revestimento e de pintura e aplicação de materiais de proteção, intercalados com diferentes fases de limpeza, lavagem e secagem da carroçaria. A sequência e tipos de processos utilizados podem ter algumas variações de fabricante para fabricante. A proteção anticorrosiva começa logo na se-
leção das chapas, utilizando-se em alguns casos chapas galvanizadas. Antes da pintura, a carroçaria é submetida a diferentes processos de revestimento entre os quais a fosfatização e a cataforese. Após os processos de revestimento, são feitas juntas de vedação entre as chapas com cordões de PVC e procede-se à pintura da carroçaria com as várias camadas de pintura. Existem outras medidas adicionais de proteção da carroçaria, entre as quais se destacam a aplicação de ceras de cavidades e a aplicação de PVC nas zonas baixas do veículo. Todas estas soluções têm um objetivo comum, evitar a oxidação da carroçaria. Quando estas medidas de proteção do veículo, que vêm de fábrica, se danificam, o aço perde o seu isolamento e entra em contacto com o oxigénio dando origem à oxidação. O risco de oxidação não é o mesmo em todas as zonas da carroçaria. Há zonas na carroçaria com um contínuo ataque de agentes químicos, mecânicos e humidade, como por exemplo, as cavas das rodas, o piso, a parte inferior das portas e as embaladeiras. Estas zonas são objeto de especial atenção em fábrica, oferecendo um maior nível de proteção, quer seja com camadas de cera ou na utilização de peças de plástico. Apesar das medidas adicionais de proteção, se se produz uma agressão contínua, como são os impactos de pedras, o sal (em países nórdicos o sal é espalhado na estradas para derreter o gelo) ou a humidade, estas podem perder a sua efetividade, expondo a chapa ao indesejável processo de oxidação. Atualmente, os fabricantes estão seguros do nível de proteção que têm os seus veículos, oferecendo aos seus clientes muitos anos de garantia contra perfurações da carroçaria por corrosão. A oxidação debilita o aço, aumentando o risco de provocar deformações e pontos débeis na carroçaria. Estes pontos débeis podem transformar-se em zonas de rotura em caso de colisão, por terem perdido as qualidades que tinham referentes à absorção de energia e deformação programada. A debilitação da chapa pode causar deformações na geometria de trabalho de sistemas mecânicos importantes, como são a suspensão ou a direção, com a consequente deterioração das suas prestações mecânicas e perda de segurança do veículo. A oxidação diminui a qualidade do acabamento, deteriora a estética do veículo e diminui em muito o seu valor comercial. Há que ter presente que as peças oxidadas não se podem restaurar, quanto muito pode-se remover o óxido, reduzindo a espessura da chapa. Apesar do risco de oxidação, o motivo pelo DEZEMBRO 2016
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TÉCNICA PROTEÇÃO ANTICORROSÃO
qual se utiliza o aço nas carroçarias é pelas suas propriedades mecânicas e menor custo. O aço tem as propriedades necessárias para se obter uma estrutura ligeira, fácil de reparar e a um preço competitivo. O aço empregado na fabricação de carroçarias tem boas características mecânicas, como são a sua rigidez (evita qua a carroçaria se deforme ao circular) e a resistência (permite suportar diferentes esforços durante a circulação sem que se destrua). Sem esquecer outros aspetos, como são a elasticidade e a deformabilidade, requisitos a ter em conta na deformação programada da carroçaria em caso de colisão. Também é necessário que o material seja maleável para que possa ser manipulado facilmente em fábrica e seja fácil a reparação no serviço pós-venda. Não é só o aço que deve ser protegido da corrosão. Devem proteger-se todas as peças susceptíveis de oxidação, que modifiquem as suas propriedades. O aço é o exemplo mais claro, é parte integrante da maior parte da carroçaria do veículo e é o componente que tem o risco de oxidar-se com maior rapidez, pelo que deve proteger-se com maior cuidado. Existem outros componentes nos quais participa o aço que não são protegidos da corrosão pela função que desempenham, como por exemplo os discos de travão. Há outros componentes metálicos nos quais não participa o aço e que são protegidos contra a corrosão, como as jantes de alumínio, sobre as quais se pode aplicar uma camada de verniz. As medidas de proteção devem ser utilizadas nos materiais que tenham riscos de corrosão. PROCESSOS DE REVESTIMENTO Existem diversos processos de revestimento na produção do veículo, com diferentes objetivos, dos quais se destacam a galvanização, a eletrozincagem, a fosfatização e a cataforese. A utilização de revestimentos de zinco é uma medida predominante na proteção do aço contra a corrosão. As razões são a abundância de zinco, técnicas de aplicação relativamente simples e, acima de tudo, a proteção que proporciona; tudo isto em conjunto com um baixo preço do aço revestido a zinco relativamente a outros materiais alternativos. A proteção contra a corrosão que o zinco oferece é diretamente proporcional à espessura da camada de revestimento. GALVANIZAÇÃO A galvanização é uma medida de proteção para evitar a corrosão do aço da carroçaria, através de uma imersão a quente. Consiste
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PÓS-VENDA
em mergulhar a chapa de aço num banho de zinco fundido a uma temperatura de cerca de 450° C, com controlo da quantidade de metal a depositar na chapa. Diretamente sobre a superfície da chapa de aço forma-se uma camada extremamente fina de liga de aço e zinco que atua como aderente para a camada de zinco puro, que no final tem uma espessura de aproximadamente 10 µm. Entre outras características, o aço galvanizado tem uma boa resistência à corrosão por proteção catódica. ELETROZINCAGEM A eletrozincagem é outra medida de proteção para evitar a corrosão do aço. Aplica-se nas peças mais ameaçadas, como os painéis de porta e os guarda-lamas. Consiste em fazer aderir uma camada de zinco ao aço, através de um processo eletroquímico. A técnica consiste em ligar o polo positivo à chapa, e submergi-la num banho de sais de zinco ligado ao polo negativo, a baixas temperaturas. O resultado é uma camada de zinco fina e uniforme que permite o posterior manuseio da chapa. Proporciona uma melhor qualidade superficial que a galvanização. O zinco é mais propenso à oxidação que o ferro, e não se inicia a oxidação do aço até que não se oxide totalmente o zinco, ficando protegido pelo chamado efeito do “sacrifício do zinco”. Desta forma, mantem-se o perfeito estado do aço, assegurando assim o comportamento da estrutura da carroçaria.
FOSFATIZAÇÃO Processo de banho por imersão para obtenção de uma camada protetora da chapa, que prepara a superfície da chapa para que a pintura adira melhor e forma a base para uma boa prevenção anticorrosiva e para uma boa aderência das camadas seguintes de pintura. Uma vez montada, a carroçaria é submetida a diferentes banhos de limpeza para eliminar sujidades, impurezas, óleos, gorduras e resíduos de mecanização. É realizada então a fosfatização por imersão, que consiste em tratar superficialmente o aço, obtendo uma camada de cobertura mais resistente à oxidação e que melhora a aderência da camada seguinte de pintura. O processo realiza-se submergindo a carroçaria em grandes cubas que contêm soluções
de diferentes sais fosfatados, e que reagem com o aço da carroçaria gerando um depósito cristalino de fosfatos metálicos firmemente aderidos à chapa da carroçaria. CATAFORESE A cataforese, também conhecida por KTL (do alemão kathodische Tauchlackierung) e por e-coat, é uma proteção contra a corrosão que se dá à carroçaria em forma de camada de pintura. A cataforese consiste em depositar sobre a carroçaria uma cobertura através da técnica de eletrodeposição, ou seja, pela passagem de uma corrente elétrica. A carroçaria conecta-se ao polo negativo e é submersa em cubas conectadas com carga positiva. Com a passagem da corrente elétrica as partículas de pintura, carregadas positivamente, são arrastadas pelo fluxo de eletrões para a carroçaria onde são depositadas. Com o que se obtém uma camada homogénea e que cobre até as zonas mais ocultas e de difícil acessibilidade. Ao finalizar o processo submete-se a carroçaria a diferentes banhos para limpá-la, e uma vez seca introduz-se num forno a 180º C para que adote a estrutura definitiva.
Na proteção anticorrosiva da carroçaria na produção, aplicam-se também outras medidas, das quais são exemplo, as ceras de cavidades, as massas e vedantes, as antigravilhas, a proteção de baixos e outras, que são aplicadas na fabricação do veículo e também posteriormente na sua reparação.
2.ª PARTE NA EDIÇÃO DE JANEIRO DA REVISTA PÓS-VENDA
TÉCNICA DICAS PARA AS OFICINAS
Como resolver os problemas mais comuns nos automóveis? by Mecatronicaonline Dados técnicos by
Repare se necessário Volte a montar o grupo de instrumentos Elimine todos os códigos de falha Tem de ser utilizada uma ferramenta de diagnóstico para esta operação
SINTOMA 3
Os indicadores de mudança de direcção estão avariados Só do lado esquerdo Unidade de controlo da rede de bordo: J519 Códigos de falha: 00966 / 03C6 CAUSA Cablagem danificada
VOLKSWAGEN POLO IV (9N) 1.4 TDI DPF (BMS) 2006 2010
SINTOMA 1
Avaria do vidro eléctrico Não é exibido qualquer código de falha CAUSA Unidade de controlo da porta de passageiro: Cablagem danificada Localização: Anel isolante passacabos para a cablagem da porta SOLUÇÕES Unidade de controlo da porta do condutor: Verifique o sinal do Bus CAN Nota: Utilize o osciloscópio Valor previsto:
Se não forem encontradas falhas Unidade de controlo da porta de passageiro: Verifique o sinal do Bus CAN Se não estiver presente nenhum sinal Verifique a cablagem e repare caso necessário
SINTOMA 2
A luz de aviso do indicador de desgaste dos calços de travão acendese Avaria do indicador de nível combustível Valor incorrecto da temperatura ambiente Códigos de falha: 00771 / 00779 Nota: Os sintomas ocorrem de forma aleatória
SOLUÇÕES Ligue a ferramenta de diagnóstico Elimine todos os códigos de falha Verifique os parâmetros do indicador de mudança de direcção Active os indicadores de mudança de direcção Se os valores estiverem correlacionados: Unidade de controlo da rede de bordo: J519 Conector de 16 pinos: T16a Verifique a alimentação eléctrica no pino 16 Se o valor estiver correcto Verifique a cablagem
CAUSA Soldas internas danificadas no grupo de instrumentos SOLUÇÕES Retire o grupo de instrumentos Verifique as ligações eléctricas
Repare se necessário
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SINTOMA 4
Maior esforço da direcção Eficiência reduzida da direcção assistida Não é exibido qualquer código de falha CAUSA Cremalheira da direcção: Perno de união de entrada com obstrução
SOLUÇÕES Ligue a ferramenta de diagnóstico Seleccione ‘44 Power Steering’ (direcção assistida) Seleccione a função 08 (valores de medição) Seleccione canal 01, campo 1 Verifique a tensão do terminal 30 Valor previsto: ~ 14V Se o valor estiver correcto Seleccione canal 01, campo 2 Motor eléctrico da direcção assistida: Verifique o consumo de corrente Se o valor for demasiado alto: ~ 70 A Seleccione canal 01, campo 4 Verifique o valor de estado Valor previsto: ‘ON’ Se o valor estiver correcto Seleccione canal 02, campo 1 Verifique os parâmetros do sensor de ângulo de direcção Seleccione canal 02, campo 2 Seleccione canal 02, campo 3 Motor eléctrico da direcção assistida: Verifique os valores correctos e os valores efectivos Se os valores estiverem correctos Seleccione canal 02, campo 4 Verifique o consumo de corrente Se o valor for demasiado alto: ~ 70 A Cremalheira da direcção: Retire o perno de união de entrada Verifique a existência de obstruções Limpe ou substitua se necessário
VOLKSWAGEN BEETLE (5C) 1.6 TDI (CAYC) 2011 2015
SINTOMA
Perda de potência O motor passa para o modo “limp home” (mobilidade mínima) A luz de aviso do motor acendese Unidade de controlo do motor: Códigos de falha: P2563 / 09571
CAUSA A mangueira de vácuo no actuador do turbocompressor está danificada SOLUÇÕES Ligue a ferramenta de diagnóstico Seleccione ‘01 Engine Electronics’ (sistema electrónico do motor) Elimine todos os códigos de falha Seleccione a função 08 (valores de medição) Verifique a pressão de sobrealimentação Verifique os valores correctos e os valores efectivos
Se não forem encontradas falhas Opere manualmente a haste do actuador do turbocompressor Verifique para funcionamento correcto Se não forem encontradas falhas Actuador do turbocompressor: Ligue um vacuómetro/manómetro Verifique o vácuo Se o valor for demasiado baixo: Verifique o vácuo no solenóide de controlo da pressão do turbo Se o valor estiver correcto Verifique o estado da mangueira entre os seguintes componentes: Solenóide de controlo da pressão do turbo Actuador do turbocompressor Substitua ou repare se necessário
Se os valores efectivos forem inferiores aos valores correctos Verifique os parâmetros do sensor de posição do turbo Verifique os valores de ângulo de contacto do solenóide de controlo da pressão do turbo Se não houver correlação entre os valores: Utilize uma bomba de vácuo Verifique a haste do actuador do turbocompressor em relação a funcionamento correcto
NOTA OS DADOS TÉCNICOS, DA RESPONSABILIDADE DA MECATRÓNICAONLINE (DIREITOS DE AUTOR HAYNESPRO B.V.), EMPRESA DE REFERÊNCIA AO NÍVEL DA INFORMAÇÃO TÉCNICA, SERÃO PUBLICADOS EM TODOS OS NÚMEROS DA REVISTA PÓS-VENDA. SE PRETENDER MAIS ESCLARECIMENTOS SOBRE ESTES DADOS TÉCNICOS, OU CASO TENHA UMA DÚVIDA TÉCNICA QUE PRETENDA VER ESCLARECIDA, ENVIE-NOS UM EMAIL PARA: GERAL@POSVENDA.PT
DEZEMBRO 2016
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PNEUS NOTÍCIAS
Continental anuncia novo Premiumcontact 6
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novo PremiumContact 6 da Continental será lançado no início do próximo ano e combina segurança, conforto, condução desportiva e sustentabilidade. Conta com uma longa lista de aprovações por parte de fabricantes europeus e asiáticos. Com o novo PremiumContact 6, a Continental conseguiu preencher a lacuna entre um pneu de conforto e uma condução desportiva. Isto só foi possível graças ao desenvolvimento de novas soluções para segurança máxima, altos níveis de conforto e um design desportivo que garanta um desempenho superior. “O principal requisito do novo PremiumContact 6 é o compromisso com a segurança”, afirma Burkhard Wies, responsável pela Unidade de Desenvolvimento de Pneus para o mercado de EMEA/Américas para equipamento de origem (OE) e para o mercado de substituição. “Desenvolver um pneu com um bom compromisso, que responda às exigências de segurança e ao mesmo tempo permitir o máximo conforto e precisão numa condução dinâmica, bem como com elevada quilometragem e baixa resistência ao rolamento, foi um grande desafio e um grande fator de motivação”. A pa r t i r do i n íc io do próx i mo a no o PremiumContact 6 estará disponível em várias dimensões. Com este novo pneu de verão, a Continental preenche a lacuna entre os carros de gama média e os SUV com elevado conforto na condução. O novo PremiumContact 6 será fabricado em 70 dimensões para as jantes de 16 a 21 polegadas para equipar car-
Marco Silva é o novo diretor de marketing da Continental em Portugal
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PÓS-VENDA
Euromaster discute presente e futuro em convenção
A
rede Euromaster reuniu em Convenção para debater o presente e futuro, nomeadamente a “digitalização” do negócio e a satisfação do cliente. Sob o lema “Imparáveis”, a equipa da Euromaster aproveitou a ocasião para partilhar com todos os seus franquiados a visão que tem do futuro próximo, num mercado que se apresenta repleto de novos desafios. Esta convenção foi organizada tendo por base três workshops de trabalho, sendo cada um deles dedicado a um tema específico, onde se apresentaram os principais desafios que influenciarão a nossa atividade. Um dos temas abordados foi a “Evolução do Entorno”, além da “Satisfação do Cliente”. A rede conta com a experiência que têm nas suas mais 1.400 oficinas próprias na Europa e de projetos piloto testados em diversos países.
Dispnal Pneus moderniza logotipo ros de passageiros e SUV. O novo pneu substituirá gradualmente os seus antecessores, o ContiPremiumContact 5 e o ContiSportContact 5, ambos muitos populares nos mercados de equipamento de origem e de substituição.
M
arco Silva é o novo diretor de marketing da Continental para Portugal. Com uma vasta experiência no setor, assume desde já o novo cargo. Marco Silva iniciou a seu percurso como Gestor de Produto Toyota na Salvador Caetano, passando para Gestor de Marketing Após-Venda Volvo Truck & Buses em 2005. Em 2011, na A.S. Parts (Grupo Nors) liderou a implementação da rede de oficinas Top Car, assumindo em 2015 a função de Gestor de Importador do Após Venda da Renault Trucks, da Galius Veículos, também Grupo Nors. Substitui Ricardo Martins, que vai para a Continental no Dubai.
A
Dispnal Pneus apresentou uma nova imagem mais atrativa e dinâmica, visível através da modernização do seu logotipo. A Dispnal decidiu modernizar a sua imagem, renovada uma das peças de comunicação mais visíveis de uma empresa: o logotipo. Desta forma, o novo logotipo apresenta uma imagem totalmente renovada, substituindo o conhecido preto e vermelho, pelo azul e amarelo, com a introdução de letras mais arredondadas. Um dado importante é que desaparece a palavra “Pneus” do logotipo, mas como se pode ver, o conceito mantém-se o mesmo: “Distribuição de Pneus”.