PÓS-VENDA PESADOS 7

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N.º 7 DEZEMBRO 2016 / JANEIRO 2017 2€

WWW.POSVENDA.PT

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PERSONALIDADE DO MÊS

JOSÉ BOTAS, DIRETOR-GERAL DA SCHMITZ CARGOBULL, EXPLICA A ESTRATÉGIA DO PÓSVENDA DA MARCA LÍDER NOS SEMIRREBOQUES

DRIVELINE

REPRESENTAÇÃO DAS CAIXAS DE VELOCIDADES ALLISON EM PORTUGAL REFORÇA ESPECIALIZAÇÃO

EUROMASTER

A REDE DE OFICINAS DO GRUPO MICHELIN QUER ENTRAR NA MECÂNICA LIGEIRA DE PESADOS JÁ EM 2017

DOSSIER

FERRAMENTAS São muitos os operadores numa área de negócio muito exigente nos pesados. Mais do que a venda, é a assistência e o pós-venda que os clientes mais valorizam

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SUMÁRIO

Nº 7 DEZEMBRO 2016 / JANEIRO 2017

EM DESTAQUE Driveline _______________________________________________ P. 6 NOTÍCIAS ______________________________________________ P. 10 MERCADO Euromaster ____________________________________________ P. 16 PROPRIETÁRIA E EDITORA ORMP Pós-Venda Media, Lda Miraflores Office Center - R. Santa Teresa do Menino Jesus Nº 4 Esc. 7º - E Miraflores 1495 - 048 Algés

Quasar _________________________________________________ P. 20 Spinerg ________________________________________________ P. 22 Webeye ________________________________________________ P. 24

Nº Contribuinte: 513 634 398

CARF ___________________________________________________ P. 26

CONTACTOS

ANTRAM _______________________________________________ P. 28

Telefone: +351 218 068 949 Telemóvel: +351 939 995 128 E.mail: geral@posvenda.pt Website: www.posvenda.pt Facebook: w ww.facebook.com/revistaposvenda Linkedin: w ww.linkedin.com/company/ revista-pós-venda DIRETOR Paulo Homem paulo.homem@posvenda.pt

OFICINA Canfer _________________________________________________ P. 30 TruckBusII _____________________________________________ P. 32 PERSONALIDADE DO MÊS José Botas - Schmitz Cargobull _________________________ P. 34

REDAÇÃO Cláudio Delicado claudio.delicado@posvenda.pt DIRETORA COMERCIAL Anabela Machado

DOSSIER Ferramentas ___________________________________________ P. 40

anabela.machado@posvenda.pt

SALÃO

PAGINAÇÃO

Mecânica ______________________________________________ P. 48

Ricardo Santos ricardo.santos@posvenda.pt

PRIMEIRO EQUIPAMENTO

SEDE DE REDAÇÃO

Scania _________________________________________________ P. 52

Miraflores Office Center - R. Santa Teresa do Menino Jesus Nº 4 Esc. 7º - E

Renault Trucks _________________________________________ P. 54

Miraflores 1495 - 048 Algés TIRAGEM 5.000 Exemplares

CAMIÕES ______________________________________________ P. 56 AUTOCARROS __________________________________________ P. 58

Nº REGISTO ERC 126723

OPINIÃO

DEPÓSITO LEGAL

Jorge Figueiredo - APVGN ______________________________ P. 60

403162/15 PERIODICIDADE

PNEUS _________________________________________________ P. 62

Bimestral IMPRESSÃO DPS – Digital Printing Solutions MLP Quinta do Grajal – Venda Seca, 2739-511 Agualva Cacém

TÉCNICA Dados técnicos Mecatrónica Online ____________________ P. 64

Tel: 214337000 DEZEMBRO 2016/JANEIRO 2017

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EDITORIAL

Vocação no Pós-Venda PAULO HOMEM DIRETOR paulo.homem@posvenda.pt

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om a edição nº7 da revista PÓS-VENDA PESADOS entramos no segundo ano de edição regular desta publicação dedicada exclusivamente a tudo o que seja pós-venda de veículos pesados. Oficinas de marca e independentes, redes oficinais, serviços de manutenção e reparação dos transportadores / frotistas (incluindo empresas do Estado e Câ ma ras Mu n icipais), grossistas e retalhistas de peças para veículos pesados, empresas de formação, tacógrafos (e suas redes), pneus, telemática, chapa e pintura, lubrificantes, equipamentos, ferramentas, consumíveis e associações setoriais são, por definição, o alvo da revista PÓS-VENDA PESADOS. É neste espaço empresarial, tipicamente B2B, que designamos por Pós-Venda, que queremos que a nossa revista circule, aproximando profissionais deste setor que têm essencialmente em comum a manutenção e reparação de veículos pesados (camiões e autocarros), mas também a contínua preocupação com a redução de custos de operação da frota, tenham eles a ver com o próprio veículo ou com o seu condutor. Obviamente que iremos continuar também a falar dos novos veículos e principalmente das novas tecnologias a eles associados, juntando isto às implicações que irão ter na manutenção e reparação dos veículos pesados. Queremos traduzir nesta revista o que é o setor do Pós-venda na área dos veículos

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pesados, que representa uma componente muito importante nos custos de exploração de uma frota de veículos pesados. Muito deste trabalho de informação jornalística no setor do Pós-Venda de veículos pesados tem sido dinamizado através desta rev ista, das newsletters sema na is mas também através da do site www.posvenda. pt que já ultrapassa uma média de 50.000 pageviews mensais. Em 2017 vamos continuar a trabalhar na qualidade da informação e para isso continuaremos a apostar na proximidade com as empresas e com o mercado em geral. Por essa razão, uma das novidades para 2017 é que iremos ter uma newsletter quinzenal dedicada em exclusivo ao setor do Pós-Venda de pesados, isto é, terá apenas notícias que envolvem este setor, como estamos a trabalhar para viabilizar a realização de uma Conferência também sobre o pós-venda de pesados. Não queria deixar de passar a oportunidade de vos desejar um excelente Ano Novo de 2017 e de agradecer a todos os parceiros que, editorial ou comercialmente, nos apoiaram para que fosse possível continuar a fazer informação relevante para o setor do Pós-venda de veículos pesados, esperando que esta relação se mantenha e se estenda a mais empresas... pois efetivamente agora somos a ÚNICA publicação profissional que se dedica em exclusivo a este setor.

Queremos traduzir nesta revista o que é o setor do pósvenda na área dos veículos pesados, que representa uma componente muito importante nos custos de exploração de uma frota de veículos pesados.



DESTAQUE DRIVELINE

Serviço especializado Allison A Driveline passou a ser a representante oficial das caixas de velocidades automáticas da Allison para Portugal, depois de uma longa relação técnica que agora deu em casamento. Motivos suficientes para conhecermos melhor esta empresa de Sintra.

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á nove anos que a Driveline existe como empresa de engenharia e reparações em caixas de velocidades automáticas. O core business da empresa é precisamente a manutenção e reparação de caixas de velocidades automáticas para veículos pesados, mas com uma forte especialização em veículos de portos, aeroportos, camiões do lixo, etc. “Todo o tipo de veículo pesado que faz muitas paragens no seu ciclo normal de trabalho, normalmente usam

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{ TEXTO PAULO HOMEM }

CONTACTOS Driveline Álvaro Moreira / Filipe Cerdeira 219 619 494 geral@driveline.pt www.driveline.pt

caixa automática. A nossa especialização está precisamente neste tipo de veículos”, afirma Álvaro Moreira, gerente da Driveline, comentando que “achamos que existia uma oportunidade de mercado, no sentido em que o mesmo precisava de uma oficina que se posicionasse sobretudo pela qualidade, mas também pela rapidez do serviço”. A Driveline repara tudo o que seja caixas de velocidades automáticas na sua área de negócio, mas a sua grande especialização são as caixas


de velocidades automáticas da Allison, tendo sido a empresa recentemente nomeada (dia 16 de dezembro) representante oficial desta marca americana para o mercado português. “Trata-se do principal representante de caixas de velocidades automáticas americano”, explica Filipe Cerdeira, gerente da Driveline, que argumenta que “se fomos escolhidos por esta marca para os representarmos em Portugal é porque a nossa forma de estar no mercado, pela via da qualidade, deve estar certa. Para nós foi muito gratificante termos sido escolhidos pela Allison, que considera que a nossa estratégia foi a mais correta”. ESTRATÉGIA Para Álvaro Moreira a estratégia que a empresa seguiu na abordagem que faz aos clientes tem feito com que a mesma se torne cada mais credível perante os clientes. “É uma estratégia de chave na mão, um pouco ao contrário daquilo que é normal a concorrência fazer”, diz o gerente da Driveline, explicando que a empresa “faz o serviço completo, desde o diagnóstico, desmontagem e montagem da caixa, incluindo a eventual reparação da tomada de força associada à caixa. Quer dizer, nós envolvemo-nos em todo o processo de reparação, conseguindo dessa forma garantir o funcio-

REPRESENTANTE ALLISON PARA PORTUGAL A Allison é uma marca de caixas de velocidades automáticas de origem americana, número 1 a nível mundial, que equipa dumpers, equipamentos de movimentação de terra, autocarros de aeroportos, veículos que operam em portos, camiões de lixo, etc. A Driveline ficou recentemente com esta representação para Portugal, desde o passado dia 16 de dezembro, apesar de a marca já ser conhecida e trabalhada em Portugal há muitos anos. “Foi um processo muito natural e simples em que a marca nos procurou para representarmos a Allison, depois de saber o trabalho que nós já fazíamos em Portugal”, refere Álvaro Moreira. Se do ponto de vista técnico a Driveline já há vários anos que trabalha as caixas de velocidades automáticas Allison, utilizando peças, lubrificantes e equipamentos de diagnóstico recomendados pela marca americana, o facto de ser agora representante oficial trouxe mais uma responsabilidade: a assistência em garantia. “Não vamos mudar nada na nossa maneira de ser e estar no negócio, até porque foi isso que nos levou a sermos hoje os representantes da Allison, porém, a única diferença é que vamos poder dar assistência em garantia”, explica o gerente da empresa. Refira-se que a Driveline possui instalações em Sintra (Vila Verde) onde dispõe de todos os meios técnicos para reparar as caixas da Allison, incluindo um equipamento de teste, que permite que a empresa comprove a qualidade do serviço de manutenção e reparação das caixas de velocidades automáticas da sua nova representada.

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namento da caixa após reparação. Para além disso, poupamos, dessa forma, muito tempo ao nosso cliente, pois somos nós que controlamos todo o processo de reparação quer com a caixa de velocidades quer com a tomada de força, isto é, existe apenas a Driveline e o cliente envolvidos neste processo”. Para além de ser representante da Allison, a Driveline representa também em exclusivo as tomadas de força da Parker Chelsea, podendo dessa forma dar uma resposta completa em tudo o que tenha a ver com assistência, peças, instalação, reparação, etc. Apesar da especialização na Allison, a Driveline poderá também dar resposta à reparação de outras marcas de caixas de velocidades automáticas, até porque “temos esse conhecimento, por via também dos nossos clientes que nos seus veículos têm outras marcas para além da Allison”, refere Filipe Cerdeira, que explica ainda que “trabalhamos também com muita caixa automática Mercedes, como também podemos fazer a reparação de caixas automáticas de veículos ligeiros. Contudo, a nossa prioridade são as caixas de velocidades automáticas Allison”. A Driveline possui um stock de peças das suas representadas, tudo material de origem e re-

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comendado pelas marcas, pois é política da empresa utilizar componentes de qualidade certificada nas suas manutenções e reparações. A empresa dispõe também de todas as ferramentas de diagnóstico de fábrica, que utiliza frequentemente nos diagnósticos que faz junto dos veículos dos seus clientes. “Atualmente temos o trabalho comercial simplificado, pois os clientes já nos conhecem e o passa palavra tem muito valor para nós devido à forma como trabalhamos e nos relacionamos com eles”, assegura Álvaro Moreira, realçando que a empresa dispõe ainda de stock de caixas automáticas de modo a que, em função da urgência do cliente, “possamos dar uma resposta célere à necessidade do cliente, o que se torna muitas vezes uma mais-valia para ele, pois o veículo volta ao trabalho muito rapidamente”. GARANTIAS As garantias que a Driveline dá aos seus clientes podem ir dos 6 aos 24 meses. “Se o cliente comprar unicamente a caixa de velocidades automática, terá seis meses de garantia, mas se essa caixa for montada pela Driveline terá um ano e se a manutenção for contratada por dois anos a garantia será de 24 meses”, explica

Filipe Cerdeira, dizendo que “tentamos que o cliente opte por esta última solução, que funciona como um contrato de assistência, que apresenta vantagens para ambas as partes”. Segundo o mesmo responsável, são cada vez mais os clientes que optam pelos 24 meses de garantia, porém, a “manutenção ainda é um pouco descurada em Portugal em detrimento da reparação, mas felizmente que os clientes estão a perceber cada vez mais as vantagens da manutenção”. YANMAR Para além da representação da Allison e da Parker Chelsea, a Driveline possui também a representação da Beka Lube (sistemas de lubrificação automática) e dos motores Yanmar. Quanto a Yanmar, trata-se de uma marca de motores industriais de origem japonesa (existe também a gama marítima não representada pela Driveline), que equipa empilhadores, escavadoras, geradores, compressores e outros equipamentos semelhantes. “É uma marca muito conceituada, que equipa muitos veículos e equipamentos, para a qual estamos vocacionados para dar todo o apoio às oficinas que reparem esses motores ao nível das peças e do apoio técnico”, refere Álvaro Moreira.



NOTÍCIAS

Novo programa de pinças reconstruídas TRW

Sob a marca TRW Proequip, a TRW Aftermarket lançou um programa completo de pinças reconstruídas para travões pneumáticos de veículos pesados com a qualidade original (OE).

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programa inclui 28 referências de peças, abrangendo todos os principais fabricantes de veículos comerciais pesados, incluindo: MAN, Iveco, Scania, DAF e Mercedes-Benz. Em linha com a política da empresa, esta gama será atualizada de forma contínua e será oportunamente desenvolvida. Dennis Christ, responsável de Marketing para o canal de veículos comerciais pesados da TRW, explicou: “Há já muitos anos que a empresa constrói e reconstrói pinças de travão, para veículos ligeiros de passageiros, que igualam os padrões do equipamento original. Agora, os condutores dos veículos pesados poderão beneficiar da vasta e inigualável experiência da TRW. Encontramo-nos numa posição privilegiada, com acesso alargado às tecnologias que estão por detrás das nossas peças; e usamos estes conhecimentos e experiência para fornecermos aos fabricantes de veículos e ao mercado independente de pós-venda a nível mundial, peças reconstruídas que, simplesmente, são “como novas”. O sistema de travagem é um dos sistemas mais importantes num veículo. Para garantir a má-

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xima segurança e desempenho, o programa de pinças para veículos pesados da TRW inclui peças reconstruídas de acordo com as mais elevadas especificações. Os nossos rigorosos critérios de aceitação de cores, os procedimentos de desmontagem e de reconstrução aliados aos testes a 100% no final da linha, resultam em peças com um desempenho completamente igual ao que o fabricante do veículo pretende.” Dennis continuou: “Na TRW, levamos muito a sério a nossa responsabilidade em termos de proteção do nosso ambiente, implementando estratégias de “Pensamento Ecológico” sempre que possível. A reconstrução de peças automóveis é um negócio global em franca expansão. Permite reduzir os custos, o desperdício e as emissões de CO2 sendo, frequentemente, a única alternativa do mercado de pós-venda para os veículos mais antigos. Em termos de consumo de energia, a reconstrução gasta apenas 20% da energia utilizada na produção de uma peça nova. Enquanto fabricante, acreditamos fortemente ser nossa responsabilidade fazer a diferença sempre e onde seja possível. A reconstrução

automóvel é a contribuição da TRW para proteger o meio ambiente. E os números são impressionantes. Com base nos resultados de produção da reconstrução automóvel em 2011, emitimos menos 5000 toneladas de CO2, o equivalente a 22.270.000 quilómetros percorridos ou a 86.000 cargas de camiões.” Na qualidade de fornecedor líder global de sistemas de segurança automóvel, a TRW envida todos os esforços, testando as suas peças até ao limite. Para além dos testes efetuados de acordo com os padrões da indústria, ao avaliar a funcionalidade dos atuadores, a TRW certifica-se de que ambas as pastilhas de travão se movem em simultâneo e de que o indicador do sensor funciona corretamente. Dispondo de um design modular, as pinças para veículos pesados são as candidatas perfeitas para a reconstrução. Além de oferecer aos seus clientes as soluções mais económicas, a TRW diferencia-se pela oferta de pacotes completos de produtos. Todas as pinças de travão para veículos pesados permitem uma poupança de tempo, de mão-de-obra e de gastos, sendo fornecidas juntamente com todos os acessórios necessários e instruções de montagem.


DT Spare Parts com catálogo Mercedes Actros

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DT Spare Parts ampliou a gama de produtos para veículos comerciais da Mercedes-Benz, com a introdução do novo catálogo de peças de reposição para Mercedes-Benz Actros, Antos, Arocs, Atron e Axor abrangendo mais de 3.300 produtos, que substituem um total de 6.400 números de referência do fabricante de veículos. Com o Mercedes-Benz Actros, a unidade de tração de maior sucesso no mundo dos veículos comerciais europeus comemora neste ano seu 20º aniversário. Com o princípio “Tudo a partir de uma marca“, a DT Spare Parts não somente oferece peças de reposição apropriadas para todas as gerações Actros, mas também apropriadas para todos veículos comerciais da Mercedes-Benz até a lendária Série-L (capot redondo). A ampla gama de produtos apropriada para veículos comerciais leves e pesados da Mer-

cedes-Benz compreende peças de reposição apropriadas para Atego e Econic, para Mercedes-Benz séries-SK/ MK e NG e a série-L da Mercedes-Benz. No setor de veículos comerciais ligeiros os parceiros de distribuição da marca DT Spare Parts e seus clientes se beneficiam da ampla gama de produtos apropriada para Mercedes-Benz Sprinter. No setor dos autocarros são oferecidas peças de reposição apropriadas para Mercedes-Benz O 500, O 400 e O 300. Um total de mais de 10.000 peças de reposição da marca DT Spare Parts substituem em torno de 19 000 números de referência do fabricante de veículos da estrela. Novas peças de reposição nos catálogos estão identificadas com ”N“ e, assim, identificáveis rapidamente. A introdução do catálogo inclui, além das informações gerais, uma tabela de referências cruzadas abrangente para a identificação rápida das peças de reposição apropriadas da marca DT Spare Parts.

Alea reforça gama de sensores de ABS

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Aftermarket do Grupo Nors reforçou, através da sua marca ALEA, a gama de jogos sensor de ABS para veículos pesados. Foram adicionadas 18 novas referências de Jogos Sensor de ABS para pesados e reboques, para as marcas: BPW, Fruehauf, Scania, MAN, Mercedes, Renault, Schmitz e Volvo. Principais características deste novos sensores são: – Aplicabilidade: Para camiões e atrelados; – Especificações: Cumpre ou excede as especificações originais;

MecatrónicaOnline representa diagnóstico ACTIA

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MecatrónicaOnline é o representante dos equipamentos de Diagnóstico ACTIA. Face a esta representação, a MecatrónicaOnline irá trabalhar diretamente com os distribuidores da ACTIA, através da revenda em Portugal, prestando-lhes todo o apoio necessário para que eles possam desenvolver o negócio. Assim, a MecatrónicaOnline irá dar suporte técnico através do seu Call Center (linha de apoio técnica à reparação automóvel) a todos os clientes possuidores dos equipamentos de diagnóstico ACTIA, controlar as licenças, atualizações e as devidas garantias. A MecatrónicaOnline não irá trabalhar a venda dos equipamentos de diagnóstico diretamente as oficinas ou aos clientes finais, pois a empresa está vocacionada e direcionada para trabalhar com fabricantes, distribuidores e redes. Com o aumento dos clientes de equipamentos maioritariamente “distribuidores e revendedores”, a MecatrónicaOnline teve de se restruturar e crescer nesse sentido de forma a poder dar todo apoio e estabilidade aos mesmos, para que estes possam prosperar e desenvolver os seus negócios (brevemente será divulgada a lista dos distribuidores ACTIA em Portugal).

Vicauto com motores de arranque e alternadores da Hella Value Fit

– Performance: Mesma performance de origem em condutividade elétrica e resistência à vibração; – Qualidade: 100% testado durante e após produção. Com este reforço de gama nos jogos sensor de ABS da ALEA para veículos pesados e reboques, a gama disponível cobre cerca de 90% das aplicações mais comuns. Vicauto, empresa que comercializa peças A marca ALEA é distribuída em exclusivo pelas para veículos pesados, que opera na reempresas Aftermarket do Grupo Nors: Civiparts, gião de Viseu, passou a ter em stock motores AS Parts e ONEDRIVE. de arranque e alternadores da Hella Value Fit. A Hella Value Fit abrange mais de 90% da frota de veículos no mercado europeu, onde é a gama premium sem “core” mais importante do mercado europeu para 12 e 24V. Dessa forma, a Hella Value Fit dispõe de uma ampla cobertura do mercado de camiões, autocarros e veículos industriais com mais de 50 referências de alta rotação com a qualidade desta marca e sem necessidade de devolução de casco.

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NOTÍCIAS

Dayco amplia gama de kits

Nova Teco 814 Truck

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evido ao sucesso obtido pelos kits propostos na gama desde o início de 2014, a Dayco anuncia o nascimento de mais 33 novos kits para aplicações HD. A partir de agora, são mais de 110 os kits para o comando dos órgãos auxiliares à disposição dos clientes, com a cobertura de todas as aplicações mais utilizadas para DAF, Iveco, MAN, Mercedes, Renault Trucks, Scania e Volvo Trucks. O objetivo da Dayco é fornecer aos clientes um produto já pronto para o uso, que previna eventuais erros na escolha das peças sobressalentes a utilizar na manutenção dos veículos pesados, a um preço concorrencial face ao custo dos componentes comprados avulso.

Teco Automotive Equipment anunciou muito recentemente o lançamento da nova máquina de alinhar direções para veículos, a 814 TRUCK, marca que em Portugal é representada pela Sarraipa. Trata-se de uma moderna máquina de alinhar eletrónica, com sistema de transmissão dados via “wireless” e muito completa, que disponibiliza ainda software profissional para pesados de 2, 3 e 4 eixos, e para reboques e semi-reboques. A Teco 814 TRUCK está equipada com 4 cabeças medição com 8 sensores CCD, e banco de dados primários composto por mais de 3.000 veículos.

Fleetwise – Provaredonda é a nova oficina Top Truck

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Top Truck, através do parceiro “Fleetwise – Provaredonda”, inaugurou no passado dia 30 de novembro, as novas instalações da rede na Maia, numa das zonas industriais mais movimentadas do norte do país.

A nova oficina, com 1.200 m2 e um layout pensado para otimizar a gestão oficinal, proporciona melhores condições e maior capacidade de resposta passando também a oferecer alguns serviços da rede, desde a Assistência Europeia 24 horas até à Garantia de Reparação TOP TRUCK. “A Rede Top Truck apresenta-se como uma verdadeira alternativa às oficinas das marcas. Os 18 pontos de assistência em Portugal (e mais de 650 na Europa) fazem desta insígnia o parceiro ideal para um qualquer transportador, com uma capacidade de resposta inigualável e condições muito competitivas. Uma oficina da rede tem sempre os melhores equipamentos de diagnóstico e uma equipa técnica com formação atualizada o que contribui para que os veículos apenas estejam imobilizados o menor tempo possível”, explica a empresa em comunicado.

RPL Clima lança novos componentes para pesados

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o seguimento da política da RPL Clima, empresa especialista em ar condicionado, tem ao dispor dos seus clientes, novos produtos para a climatização área das viaturas pesadas. A RPL Clima já tem disponíveis novos componentes para o circuito de ar condicionado

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dos veículos pesados. Destaque para os compressores AC para Volvo, Scania, DAF, MAN, entre outros. Além, dos compressores, também estão disponíveis outros produtos indispensáveis para o bom funcionamento do circuito de Ar Condicionado destas e outras viaturas.

Iveconde com novas instalações pós-venda

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oram recentemente inauguradas as novas instalações da Oficina Autorizada Iveco, a Iveconde. Simultaneamente foi lançado o novo conceito OK Trucks para veículos usados da Iveco. As instalações da Iveconde estão situadas na Rua do Vilar do Senhor 295 – Lavra, Matosinhos, ocupam uma superfície de 5.000 metros quadrados, dos quais 1.200 m 2 estão destinados à atividade pós-venda Iveco. Quanto ao OK Trucks é a nova marca da Iveco dedicada à comercialização de veículos usados da nova geração, com serviços adicionais de garantia, controlo de qualidade e financiamento. O primeiro Centro Iveco OK Trucks em Portugal, está situado precisamente nas instalações da Iveconde. A Iveco tem previsto ampliar a presença da marca OK Trucks em Portugal, com a abertura de dois novos centros que se localizarão em Vila Franca de Xira e na zona centro de Portugal, perto de Leiria.


Speedline Truck apresenta a sua ampla gama de acessórios

MB-Approval para lubrificante MT da Trusaco

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marca Speedline Truck é famosa pelas suas jantes de alumínio forjadas de alta qualidade para camiões, autocarros e reboques. Mas, além disso, a insígnia oferece também uma variedade de acessórios apropriados para estes veículos como porcas de haste e tampas para porcas, assim como válvulas e extensões de válvulas. Para o aftermarket de todas as jantes de alumínio entre 17,5 e 22,5 polegadas, a Speedline Truck apresenta uma oferta extensiva de porcas de haste. Todos os produtos são dotados do revestimento “Delta-Protekt”, ecológico e homologado pela TÜV. No caso

das jantes de 22,5 polegadas, as tampas para porcas em plástico cromado e aço especial de alta qualidade complementam a gama de acessórios. Adicionalmente, a Speedline Truck oferece uma série exclusiva de válvulas produzidas especificamente para jantes de alumínio de veículos utilitários. As válvulas Speedline Truck são fabricadas em latão, recebendo um acabamento especial de liga de níquel. A gama de acessórios da Speedline Truck inclui outros artigos como, por exemplo, extensões de válvulas para aplicações de rodado duplo.

ois lubrificantes da Trusaco, através da marca MT, passaram a ter aprovação / homologação da Mercedes Benz. Desde Setembro passado que Trusaco tem duas referências de lubrificantes da marca MT com a aprovação/homologação MB com as normas MB-Approval 229.52 no caso do 5W30 C3 (ligeiros) e MB-Approval 228.3 no caso do 15W40 E7 (pesados). Estas normas estão certificadas com a respetiva carta de aprovações da Daimler. “Este processo de aprovação vem na sequência da nossa política de melhoria contínua com o objetivo de proporcionar aos nossos clientes a melhor garantia de qualidade dos nossos lubrificantes”, refere Fernando Abrantes, Portugal Business Manager da Trusaco. Esta homologação implica a compatibilidade dos ditos lubrificantes com os fluídos de primeiro enchimento de fábrica e a sua utilização em sucessivos enchimentos de serviço permitindo manter a garantia original do fabricante.


NOTÍCIAS

NUM MINUTO... A Vicauto – Peças Para Viaturas Pesadas, Lda. foi distinguida pelo IAPMEI, pela qualidade do seu desempenho e perfil de risco, como PME Líder 2016. Marco Silva é o novo diretor de marketing para o mercado de Portugal da multinacional alemã Continental. Com uma vasta experiência no setor do pós-venda, assume desde já o novo cargo, depois de ter estado vários anos no Grupo Nors, mais recentemente na Galius, representante em Portugal da Renault Trucks. A Marcolino Pneus é o primeiro agente ContiService em Aveiro. Localizado numa das artérias mais centrais e movimentadas da cidade, o novo agente conta, a partir de agora, com uma nova imagem e com a oferta de uma vasta gama de serviços que vai para além da manutenção de pneus. A Euromaster, que gere uma das maiores redes de oficinas em Portugal, recebeu mais uma vez a certificação da qualidade ISO 9001, além de ter reunido recentemente toda a sua rede numa convenção para lançar as bases do que será o futuro. A digitalização do negócio foi um dos pontos mais debatidos. David Carlos passou a ser o novo Diretor Geral da Iveco Portugal, representante nacional do construtor italiano de veículos comerciais médios e pesados. Aos 38 anos de idade, David Carlos assume a posição do seu antecessor Italiano, Ruggero Mughini. Licenciado em Engenharia Industrial e com mais de 10 anos de experiência em veículos vomerciais, desde de muito novo assumiu funções de Direção Comercial. A TomTom anunciou que foi selecionada pela Volvo Trucks como o fornecedor de Connected Navigation para a sua nova plataforma de infoentretenimento, que vai ser lançada primeiro na Europa em 2017, com lançamento posterior em outras regiões.

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FIAMM passa a estar no TecDoc

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s baterias FIAMM passaram a estar disponíveis no TecDoc, a mais importante ferramenta de identificação global de peças para automóveis, nas suas gamas para ligeiros, comerciais e pesados. Desta forma, “os retalhistas e operadores do mercado que tenham

uma licença válida TecDoc deverão solicitar ao seu fornecedor deste software a atualização com a respetiva informação”, explica a Polibaterias, distribuidor da marca em Portugal. Os clientes podem também solicitar a atualização, que será disponibilizada pelo parceiro de software da FIAMM, através do email info. starter@fiamm.com.

Pesquisa de amortecedores Monroe por matrícula

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á é possível aceder ao catálogo eletrónico da Monroe, colocando apenas a matrícula do carro. Assim, para quem procura a amortecedores Monroe para veículos ligeiros e comerciais ligeiros, basta pesquisar por matrícula portuguesa em www.monroecatalogue.eu. Desta forma, o profissional tem o seu trabalho simplificado, já que a pesquisa de determinado amortecedor para um carro especifico passa ser muito mais simples e rápida.

Novo equipamento Bartec para pneus

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Iberequipe, novo distribuidor exclusivo da Bartec Auto ID em Portugal, apresenta o Bartec TAP100, para medição e profundidade e pressão dos pneus. O TAP100 é o primeiro equipamento integrado de medição de profundidade e pressão do pneu com ecrã a cores, sendo desenhado para fornecer resultados rápidos e precisos. Através da utilização de um sistema de aviso codificado a cores, o equipamento mostra quando os pneus estão bons e quando a sua substituição é recomendada. Com uma elevada precisão, permite que as empresas de comércio e assistência a pneus pos-

sam recomendar ao seu cliente quanto tempo mais podem manter os pneus no veículo antes que a substituição seja necessária, permitindo desta forma maximizar o tempo e vida dos pneus e oferecendo um bom serviço ao cliente.

Saint-Gobain cada vez mais atenta aos pesados

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os últimos anos os para-brisas de viaturas pesadas, autocarros e camiões chegam ao mercado com mais tecnologia, permitindo aos profissionais circular com maior segurança e comodidade. A Saint-Gobain, sempre atenta ao mercado, tem investido em novas tecnologias e no fabrico de para-brisas aquecidos para camiões e autocarros, com uma área superior a 3 m2, tem sido umas das principais preocupações do grupo. Os novos para-brisas e os vidros laterais escurecidos fazem parte do programa de desenvolvimento de novas tecnologias da Saint-Gobain e tem como objetivo proporcionar o maior padrão de segurança e conforto aos motoristas de pesados. Depois de se dedicar ao desenvolvimento do para-brisas aquecido para automóveis ligeiros, o departamento de engenharia da Saint-Gobain estendeu o seu trabalho a soluções para veículos comerciais pesados.

Através da realização de inquéritos a vários profissionais deste segmento de veículos, a Saint-Gobain constatou a existência de um sentimento de insegurança por parte dos condutores em condições de condução sob chuva e reduzida temperatura exterior, causadas principalmente pela grande área envidraçada dos para-brisas de autocarro e sem condições de limpeza durante a condução do veículo. De modo a eliminar este sentimento de insegurança e conferir maior conforto aos condutores de pesados, a Saint-Gobain decidiu expandir a solução de vidros aquecidos dos automóveis ligeiros para os pesados. O para-brisas aquecido é produzido com a inserção de uma resistência formada por microscópicos filamentos de tungsténio entre as duas lâminas de vidro. Aquecido pelo sistema elétrico do veículo, a resistência elimina rapidamente o embaciamento do vidro e proporciona uma visibilidade total.


Fuchs estende gama de anticongelantes

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om o novo Maintain Fricofin LL, a FUCHS alarga a sua já extensa e inovadora gama de anticongelantes. Um líquido anticongelante de qualquer veículo deve exceder os requisitos mais exigentes de qualidade, de maneira a poder prevenir a ocorrência de danos devido a sobreaquecimento, congelamento ou desgaste, nos motores cada vez mais modernos e avançados. De maneira a atingir esse patamar de qualidade e performance, o departamento de I&D da Fuchs trabalha incansavelmente no desenvolvimento de formulações para os seus fluidos anticongelantes de elevado desempenho, Maintain Fricofin. Em 2016 chegou o Maintain Fricofin LL: um anticongelante de aplicação universal para uma variada gama de veículos de passageiros e comerciais. Os fluidos anticongelantes de elevada qualidade que a Fuchs desenvolve garantem o correto arrefecimento do motor, a proteção de todo o seu circuito de refrigeração, mantendo-o limpo e a funcionar de forma eficiente, assegurando as suas características anticongelantes. O novo Maintain Fricofin LL é recomendado tanto para os veículos de passageiros, como para os veículos comerciais pesados, proporcionando uma proteção fiável contra os danos causados por cavitação, geada, corrosão e sobreaquecimento, em especial nos motores de alumínio. Além disso, este novo fluido cumpre os requisitos de muita s das mais recentes especificações de fabricantes como as VW TL 774-G (G12++), FORD-WSS-M97-B44-D, JAGUAR LAND ROVER ST JLR.651.5003 entre outras; e as aprovações DAF 74002, MAN 324 SNF TYPE

e MB-APPROVAL 325.3. O Maintain Fricofin LL é um anticongelante concentrado e que tem de ser diluído com água antes de ser utilizado. A melhor concentração para aplicação é no mínimo 35% e no máximo 50% do volume da mistura (anticongelante/ água). Vantagens do novo Maintain Fricofin LL: • Aplicação universal (veículos pesados, ligeiros de passageiros e motores estacionários). • Proteção contra depósitos, cavitação e corrosão. • Intervalos de mudança alargados. • Perfeito para blocos, cabeças de motor e radiadores feitos de alumínio.

ara assinalar o seu 35º aniversário, o CEPRA decidiu introduzir uma nova identidade, traduzida num novo logótipo e uma nova imagem. Este rebranding mantém os elementos mais identificativos da evolução da instituição,

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ZF acaba de prolongar a homologação para o Maxigear TS 7400 da Olipes, o lubrificante 100 % sintético para caixas de velocidade de veículos pesados. A Olipes, como garantia de qualidade e satisfação dos seus clientes, mantém sempre em vigor e atualizadas as homologações dos fabricantes de componentes (OEM) para os seus produtos. Neste caso a empresa alemã ZF, referência mundial na fabricação de transmissões e caixas de câmbio, prolonga a homologação ZF TE ML 02L do lubrificante 75W80, 100% sintético para caixas de velocidade com intarder. Este produto é especialmente recomendado para veículos pesados DAF, MAN (transmissões Eaton e ZF), Renault V.I, Volvo e Iveco.

Forch disponibiliza kit de reparação de lonas

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Nova imagem nos 35 anos do CEPRA

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Maxigear TS 7400 da Olipes com homologação ZF prolongada

refletindo os seus valores, mas com uma imagem mais atual e dinâmica com uma tipografia mais sólida e robusta. O novo logótipo pretende projetar um futuro a evoluir e a inovar num setor em permanente mudança. De acordo com diretor do Centro, António Caldeira, “o CEPRA comemora 35 anos de atividade, durante os quais contribuiu decisivamente para a qualificação e certificação dos recursos humanos da reparação e manutenção automóvel, proporcionando-lhes a aquisição, o aperfeiçoamento e o reconhecimento de competências, de forma a potenciar a sua empregabilidade e satisfazer as necessidades das empresas, num contexto de melhoria contínua”.

Forch disponibiliza para o mercado português um kit de reparação de lonas para reboques de veículos pesados. Este kit é vendido com um largo conjunto de elementos para que se possa fazer a reparação das lonas revestidas de PVC, como por exemplo, as lonas dos reboques de veículos pesados e comerciais. Esta mala de plástico contém uma pistola de ar quente, boquilha redutora, boquilha larga, rolo de pressão para fitas largas e um produto de limpeza. Passos do trabalho: • Limpar a superfície que vai ser reparada com o produto de limpeza; • Cortar um pedaço de lona de substituição adequado: • Aquecer uniformemente tanto a lona como o pedaço de substituição com a pistola de ar quente HG 2310 LCD e a continuação, usar o rolo de pressão, colar o pedaço de substituição na superfície a ser reparada

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MERCADO EUROMASTER

Rede vai apostar em novos serviços nos pesados

É a grande novidade para o próximo ano nos centros Euromaster que trabalham pesados. Mas há outras, como o reforço de serviços para os transportadores, sejam pequenos, médios ou grandes. A Euromaster quer, cada vez mais, deixar de ser apenas uma rede de pneus.

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á mais de quatro anos em Portugal, a rede de oficinas está a reinventar-se no setor dos pesados. A partir do próximo ano vai passar a disponibilizar, de forma progressiva, serviços de mecânica rápida para pesados, traçando um caminho que já foi feito na rede com os ligeiros. São muitos os serviços disponíveis para os transportadores, sejam pequenos, médios ou grandes, mas o objetivo é que os centros Euromaster possam

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PÓS-VENDA PESADOS

{ TEXTO CLÁUDIO DELICADO } oferecer cada vez mais soluções para serem um fornecedor de serviços único. Miguel Santos, diretor de franquia da Euromaster, explica à PÓS-VENDA PESADOS o que vai mudar na rede na área dos pesados. A rede tem atualmente 68 centros em Portugal, sendo que, desses, 35 trabalham veículos pesados. “O objetivo é continuar a fazer crescer a rede mas, sobretudo, queremos tornar a rede mais homogénea nos serviços que presta e queremos

potenciar o negócio dos parceiros que já temos nos pesados”, explica o responsável. A estratégia continua, apesar disso, a não apontar para a abertura de centros exclusivamente de pesados, mantendo as duas tipologias de centros: os de ligeiros, regra geral em zonas mais urbanas, e os mistos, que fazem ligeiros e pesados. Dentro desses existem já alguns que são especialistas e muito focados nos veículos pesados. “Quando falamos em camiões temos que ter


Mas a rede está a mudar e é um ponto de viragem importante nos pesados. “A nossa rede assenta num conjunto de centros que estavam muito dedicados ao pneu e, progressivamente, fomos introduzindo a mecânica em alguns deles. Outros já tinham e foi reforçada. A nossa ideia é partilhar com toda a rede os nossos métodos de venda para veículos pesados mas não só no ponto de venda. Fomentar também a formação para se realizar o trabalho tanto com veículos de assistência como nas próprias instalações de uma frota, por exemplo. Neste momento estamos a falar só em pneus. Mas quando falo no próximo ano falo também em, progressivamente, introduzir outras valências como a mecânica rápida de camiões, que só um ou dois já trabalha na rede. Queremos intensificar esse trabalho”, anuncia Miguel Santos. Até porque, noutros países, os centros Euromaster já trabalham mecânica do trator e também do semirreboque. Mas será sempre numa ótica de mecânica rápida e de desgaste. Este novo passo dentro da rede surge porque “hoje quando falamos de uma frota de camiões, das mais pequenas às maiores, todos procuram o mesmo: rentabilizar ao máximo a sua empresa, vendendo mais e gastando menos. É neste último ponto onde nós podemos intervir. Se tiver uma rede com a qual já trabalho o pneu, mas que ao mesmo tempo posso satisfazer, num único ponto, todas as necessidades do veículo dentro da mecânica rápida, melhor. Ganham todos”, acrescenta o responsável da Euromaster. Para que isso aconteça a formação já começou e a ideia é que no final de 2017 a rede possa dispor de ferramentas que permitam oferecer estes serviços já em velocidade de cruzeiro. atenção aos principais eixos rodoviários, porque não lidamos apenas com os clientes portugueses mas também com camiões estrangeiros que usam os nossos serviços a nível global. Vemos que ainda temos algumas zonas de forte passagem de camiões onde ainda não estamos presentes e queremos estar aí, como no Algarve. Em 2016 demos um passo importante no interior do país, na zona da A24 e A25 e com a inclusão de dois centros hoje conseguimos ser mais rápidos nas intervenções. Tenho que encurtar os tempos de assistência para aumentar a satisfação do cliente e diminuir os seus tempos de imobilização com paragens na estrada. Reforçamos também o Grande Porto com outro veículo de assistência”, explica Miguel Santos.

SATISFAÇÃO DO CLIENTE A satisfação dos clientes está no topo das preocupações da rede. “Reforçamos os nossos três pilares fundamentais: profissionalismo, trans-

CONTACTOS Euromaster Diretor de franquia: Miguel Santos miguel.santos@euromaster.com www.euromaster.pt

parência e apoio ao cliente”, sublinha Miguel Santos. A rede criou mecanismos para medir a satisfação através de um mecanismo em que o cliente, depois de uma visita a um centro, recebe um inquérito para atribuir uma nota de 0 a 10 à sua experiência e em que é pedido ao que defina pontos de melhoria. “Essa informação é partilhada com os gerentes dos centros, que têm acesso à informação e serve para motivar equipas. Quando há algo a melhorar trabalha-se em conjunto na solução”. OK24 O OK24 é o serviço de assistência na estrada da Euromaster, que tem aumentando o número de serviços prestados ao longo dos anos. Neste momento são 30 os veículos de assistência a nível nacional não só para camiões como também para veículos agrícolas e de engenharia civil. “O OK24 é fundamental não só a nível nacional. Está disponível em toda a Europa, o que é fundamental para quem faz internacional, mas temos também o serviço a funcionar fora da Europa em países como Marrocos. Temos um call-center que atende em português. Sempre que há um problema com um camião na estrada os motoristas entram em contacto com o nosso call-center e o centro Euromaster mais próximo que tenha o pneu necessário desloca-se ao local, seja a que horas for. O motorista fica com o seu problema resolvido e segue viagem, sendo depois toda a burocracia tratada pela Euromaster. Apesar de neste momento a assistência ser apenas ao pneu, com o início da prestação de serviços dos centros Euromaster também na mecânica rápida, estes veículos poderão também começar a fazer essas assistências na estrada, como já acontece noutros países. MASTERSEGUR Ainda dentro do OK24 foi desenvolvido um produto muito interessante para os transportadores. O Mastersegur é um seguro que cada cliente pode fazer para os seus veículos que cobre todos os custos relacionados com a assistência na estrada que seja solicitada através do OK24. Terá um custo anual e cada veículo fica coberto com o seguro que é vendido através dos centros Euromaster. Se tiver incidências ao longo do ano em qualquer país, só irá pagar o pneu necessário, mas todo o custo da assistência que é elevadíssimo em países como França ou Itália, está coberto. “Começamos a ter algumas frotas que adDEZEMBRO 2016 / JANEIRO 2017

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MERCADO EUROMASTER

quiriam o produto. Teremos que continuar a trabalhar nesse sentido. Existem muitas empresas que ainda não têm conhecimento do Mastersegur, mas as que já usam estão completamente fidelizadas. Este é um seguro muito valioso para empresas pequenas e médias também. O custo parece elevado, mas só até terem a primeira incidência na estrada. O custo é fixo por cada matrícula e estamos a trabalhar para disponibilizar alguns packs diferenciados, não só por serviços, como também para quem só faz serviço nacional ou preços diferentes consoante o número de veículos cobertos numa empresa”. VISITA ÀS FROTAS “Estamos já em fase de preparação uma outra alteração que é a visita às frotas, sempre com o propósito de demonstrar a um cliente que uma correta manutenção dos pneus se vai transformar numa redução de custos por melhor aproveitamento do pneu. Podemos aumentar a vida útil do pneu 25 a 30% com uma simples tarefa de reesculturar e é essa assessoria que queremos dar aos nossos clientes de frotas”, explica Miguel Santos. A rede Euromaster disponibiliza também aos seus clientes o financiamento, entre 200 euros e 50 mil, através do Santander Consumer. “Isto evita que, por exemplo, um cliente tenha picos de tesouraria quando quer fazer uma compra maior de pneus ou aproveitar uma campanha que a rede faça em pneus, pagando em seis ou

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doze meses sem juros”. A Euromaster, por pertencer ao Grupo Michelin, acaba por beneficiar também do trabalho da Michelin Solutions. “Eles visitam os seus clientes, muitos deles grandes frotas, detetam necessidades e depois subcontratam os serviços quase na totalidade à Euromaster. A vantagem de sermos nós a visitar também clientes é que detetamos as necessidades dos clientes e satisfazemo-las. POLÍTICA DE PRODUTO “Nos centros Euromaster não se vendem só produtos do Grupo Michelin e há frotas que não usam os pneus da marca. Trabalhamos com todos e damos resposta a todas as necessidades”, explica Miguel Santos. A Euromaster vende pneus premium, value e budget, com resposta para todo o tipo de clientes.. “Uma vantagem que damos aos nossos centros é terem uma marca exclusiva do Grupo Michelin, a Taurus, que teve uma melhoria muito grande na qualidade do produto, com uma gama dimensional alargada e um reforço da carcaça. Estes pneus têm hoje uma taxa de recauchutagem muito elevada”, explica Miguel Santos. O responsável da rede deixa uma última nota: as oficinas independentes de pesados sentirão cada vez mais necessidade, tal como acontece nos ligeiros, de se associarem em rede para terem acesso às mais recentes ferramentas, formação e informação.

PARCEIROS DA REDE A Euromaster trabalha, como é natural, com vários parceiros de negócio para garantir os melhores acordos e condições para os seus aderentes. “Temos acordos a nível europeu com diferentes fabricantes de pneus para garantir condições para os nossos centros e depois trabalhamos com distribuidores locais, como a NEX (também do Grupo Michelin), a Aguesport ou a Recauchutagem 31. Nas peças a negociação é semelhante, com acordos diretos com algumas marcas como a Bosch sua Monroe. Se nos ligeiros os centros são abastecidos essencialmente pela Create Business, Impex e Würth, nos equipamentos há uma forte parceria com a Cometil e a Corcet. Nos pesados a Euromaster ainda não está a trabalhar com nenhum distribuidor de peças. A rede tem ainda uma parceria com a ACAP para questões legais, ambientais e jurídicas e com a SafetyKleen para a gestão de resíduos.



MERCADO RECAMBIOS QUASAR

Gama muito alargada A Recambios Quasar é uma empresa espanhola, com presença em Portugal, que possui uma imensa especialização em motores de arranque, alternadores e eletroventiladores.

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esde o início de 2015 que a Recambios Quasar está oficialmente presente no mercado português, através de instalações que a empresa assumiu em Leiria. Porém, esta empresa de origem espanhola já há muitos anos que vende os seus produtos para o mercado português. Na última década a empresa decidiu-se pela especialização, depois de muitos anos a vender peças, concentrando os seus esforços nos motores de arranque, alternadores e eletroventiladores, bem como as respetivas peças de reparação destes componentes. “Neste momento trabalhamos apenas estes três componentes. O objetivo foi especiali-

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PÓS-VENDA PESADOS

{ TEXTO PAULO HOMEM } zarmo-nos neste tipo de produtos, pois já não fazia sentido, para nós, estar de outra forma no mercado que não fosse pela especialização de produto”, refere Carlos Eguia, gerente da Quasar, reforçando que, “apesar da especialização, agora compreendemos que é um segmento de mercado enorme, e mesmo quando pensas que tens tudo, existe sempre uma máquina ou um veículo para o qual ainda não tens a peça”. Segundo este responsável da Quasar, por ano, aparecem cerca de 3.000 referências novas em motores de arranque, alternadores e eletroventiladores no mercado. “Obviamente que nem todas são referências de rotação, mas isto demonstra bem o quão profundo pode-

remos chegar quando optamos pela via da especialização”, diz Carlos Eguia. Dessa forma, a Quasar disponibiliza motores de arranque, alternadores e eletroventiladores para todo o tipo de motores, sejam eles de ligeiros, pesados, máquinas industriais e agrícolas, barcos ou outros. “Nós tentamos trabalhar para qualquer tipo de veículo ou máquina que use estes três componentes”, assegura o mesmo responsável, explicando que “para o setor dos pesados, como para qualquer outro, possuímos uma gama vastíssima de referências em stock”. TRÊS NÍVEIS DE PRODUTO Nas gamas que comercializa, a Quasar tra-


balha com três níveis de produto. Por um lado comercializa marcas que estão no primeiro equipamento (Bosch, Valeo, Magneti Marelli, etc), disponibiliza produto importado (Taiwan, China, Canadá, India, etc) aos quais oferece a sua marca própria, denominada QSR e, por último, tem ainda produto recondicionado, tendo a Quasar uma oficina destinada à reconstrução e adaptação de produtos. “Não vendemos nenhum produto sem saber muito bem o que está dentro da caixa”, refere Carlos Eguia, explicando que o recente investimento numa oficina para reconstrução se deve ao facto de poder fornecer soluções que, muitas vezes, estão fora de série ou que já não existe referência ou ainda fazer adaptações para utilização em determinado tipo de máquinas. Nos produtos importados, a Quasar tem também uma política que passa pelo reconhecimento dos fornecedores e por um controlo efetivo da peça. Todas as peças estão gravadas no casco com alguns dados (número do fornecedor, a data de receção da mercadoria, referência própria, etc) que permite à Quasar fazer um controlo efetivo de tudo o que se passa com as suas peças. Por outro lado, a empresa espanhola dispõe de um departamento técnico, com larga experiência em alternadores e motores de arranque, que controla todas as peças (que são testadas), além de ter uma relação estreita com os fornecedores.

“Conseguimos desta forma controlar tudo ao nível das peças que comercializamos”, refere Carlos Eguia, que garante que “o nosso objetivo é oferecer o máximo de qualidade na peça, que é uma questão muito importante, nomeadamente quando estamos a falar de veículos de trabalho, como os pesados, onde a quebra de uma peça destas pode representar elevados custos”. Com um enorme stock de motores de arranque, alternadores e eletroventiladores, a Quasar consegue uma fortíssima cobertura de mercado “que nenhum operador de peças generalista está próximo de alcançar”, revela Carlos Eguia. Através do site profissional que a Quasar dispõe, a empresa espanhola recebe cerca de 30.000 consultas mensais. É possível consultar-se stocks, preços e informação diversa sobre os produtos (alguma desta informação só

CONTACTOS Quasar Carlos Eguia 244 828 404 quasar@qsr.com.pt www.qsr.com.pt

está acessível com password), mas ainda não é possível efetuar compras online. Mesmo assim, a Quasar não fornece qualquer peça sem ter a referência, evitando-se, dessa forma, erros e enganos no envio ao cliente. Se o modelo de negócio em Espanha passa por vendas aos retalhistas de peças, em Portugal a Quasar dispõe de um modelo mais assente na relação direta com as oficinas. “Não colocamos todos os clientes no mesmo patamar. Existe uma clara diferenciação de preço se o cliente for oficina ou se for retalhista. Um retalhista vende à oficina praticamente ao mesmo preço que nós vendemos também à oficina”, assegura Carlos Eguia. Através das instalações de Leiria, o responsável da Quasar diz que tal “permite trabalhar no centro e no sul de Portugal. Queremos que os clientes saibam que nós temos stock e com a logística podemos fornece-los rapidamente de Leiria ou mesmo de Vigo. Todos os dias enviamos material de Vigo para Leiria. Aqui temos as referências de maior rotação, mas no próprio dia podemos satisfazer o cliente diretamente de Vigo”. Dizendo que a especialização é para manter no futuro, o responsável da Quasar assume que “todos os dias existem novas referências para trabalhar e temos a noção que existe sempre muito trabalho a fazer e muita descoberta para realizar nos motores de arranque e nos alternadores”, conclui Carlos Eguia. DEZEMBRO 2016 / JANEIRO 2017

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MERCADO SPINERG

O futuro dos lubrificantes já chegou

É assim que a Spinerg apresenta a sua nova tecnologia, patenteada, de óleos de base GTL (gás natural), que já está disponível para pesados. Os testes mostram intervalos de manutenção mais alargados, poupança de combustível e melhor desempenho ambiental.

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{ TEXTO CLÁUDIO DELICADO FOTOS MICAELA NETO }

Shell atravessa um momento de inovação ímpar na sua história, com a introdução da tecnologia com base de gás natural (GTL) nos seus lubrificantes. Os pesados também beneficiam deste avanço, único e patenteado e é através dele que a Spinerg, macro-distribuidor da Shell em Portugal, vai centrar a sua comunicação com este mercado, onde há muito potencial de crescimento, mas que, em termos tecnológicos, ainda tem um longo caminho para percorrer. José Cid Proença, administrador da Spinerg, explica porquê à PÓS-VENDA PESADOS. Hoje é fácil para o mercado distinguir a Shell da Spinerg? A experiência que tenho é que não. A Spinerg representa pouco como marca se compararmos com a força que a marca Shell tem. Renovamos o ano passado o contrato de macro-distribuidor da Shell em Portugal por mais cinco anos, que começou em 2010. A Spinerg é a Shell em Portugal e essa é a ideia que existe no mercado. Introduziram recentemente a tecnologia GTL nos vossos lubrificantes. Em que consiste? É um avanço enorme e uma tecnologia que demorou quase 30 anos a ser desenvolvida e mais ninguém a tem. Foi um investimento enorme da Shell, inclusive na fábrica do Qatar, e é uma tecnologia completamente diferente, com bases muito mais estáveis que deixam muito menos resíduo, permitem intervalos de mudança de óleo muito maiores e tudo isto somado é um avanço enorme. Do ponto de vista do aprovisionamento, existe muito maior disponibilidade e diversidade de oferta de gás natural do que o petróleo, é mais benéfico para o ambiente, mas tem a ver com as fontes. O gás natural não tem o mesmo problema político do petróleo, que está concentrado em países instáveis. O gás natural tem mais fontes de aprovisionamento

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e em países mais estáveis. É uma tecnologia de futuro que já está disponível, em paralelo com os lubrificantes que já temos. A tecnologia GTL será mais facilmente entendida e aceite nos pesados do que nos ligeiros? Os pesados são um mercado diferente, onde ainda existe uma percentagem de cerca de 80% de produtos minerais, o que é um valor enorme. Foi um mercado que sofreu imenso com a crise, o parque é antigo e os estudos mostram que só estará renovado dentro de 10 anos. A transição para um produto de base GTL num parque muito antigo não tem tantos benefícios. Teremos mais vantagem consoante o parque de pesados se vá modernizando. Para este mercado continuamos a ter a nossa oferta de produtos minerais que respondem a todas as necessidades, na maioria dos casos, 15W40. Ainda assim esta é uma vantagem competitiva enorme para a Shell? O nosso esforço nos pesados não vai abrandar de forma nenhuma. Já estamos posicionados tecnologicamente para um futuro que vai chegar dentro de alguns anos. Mas o tempo passa depressa é é importante estarmos ja presentes e mostrarmos resultados em frotas mais modernas. Acredita que do lado dos profissionais há uma valorização deste tipo de tecnologia GTL. Porque o preço tem que ser, obrigatoriamente, mais caro... Isso é demonstrável porque o facto de ser mais caro à partida - e a diferença não é assim tão significativa - não é mais caro quando são feitas as contas finais. Vou-lhe dar um exemplo: há uma gama de pesados que é o Rimula R6 em que os intervalos de mudança de óleo são de tal maneira maiores do que os dos nossos concorrentes que a diferença de preço se esbate logo à partida e isso é demonstrável.

Temos alguns ensaios a decorrer no terreno que o provam. Esse é o nosso papel, formar as pessoas, passar a informação toda que temos ao nosso dispor e quando os clientes o permitem, demonstrá-lo em testes no terreno. Naturalmente há clientes com visões mais imediatistas do negócio e que se preocupam apenas com o muito curto prazo e não serão clientes destes produtos. Mas temos várias gamas de produtos, alguns mais competitivos para quem tem estas necessidades. Já fizeram muitas demonstrações deste produto em Portugal? Já fizemos algumas e a aceitação tem sido muito boa, nomeadamente dois testes em pesados que correram muito bem, porque aí é mais evidente. Nos ligeiros não existe um custo de produção associado ao lubrificante, num pe-


Nos pesados ,quem tem combustível tem alguma vantagem em entrar com os lubrificantes. Como se contorna isso? É uma dificuldade acrescida para a venda de lubrificantes nos pesados porque há muito essa ligação entre combustíveis e lubrificantes. Essa é uma dificuldade grande. O que fazemos é demonstrar que o nosso produto é melhor do que o dos outros e que vale a pena ter duas ofertas diferentes: uma de combustíveis e outra de lubrificantes. Temos que fazer isso com os nossos profissionais e isso vai acontecer cada vez mais porque os transportadores terão que fazer cada vez mais contas para manter o seu negócio rentável. E os nossos lubrificantes garantem isso. Isto faz com que o tipo de veículos para o qual vendem sejam mais antigos e frotas mais pequenas? Não necessariamente. A manutenção das frotas é feita em dois canais: 60% é do it for me e depois temos aquela manutenção in house que está a desaparecer cada vez mais pela otimização de custos e é uma operação que não é racional. Na verdade temos mais facilidade em entrar pela tecnologia em veículos mais recentes e conseguimos comprová-lo. Neste momento estamos no primeiro enchimento da Mercedes a nível global, mas depois não estamos no Genuine Parts Oils (GPO). Mas no campo dos GPO é possível que existam algumas novidades em 2017 nos pesados.

sado existe e faz parte do custo da atividade e aí é mais evidente. Os resultados mostraram que esta tecnologia permite intervalos de mudança de óleo muito mais alargados do que os concorrentes. A diferença de mudança de óleo num caso foi quase um para dois, o que é uma vantagem competitiva enorme.

CONTACTOS Spinerg Administrador: José Cid Proença 214 200 400 csc-empresas@spinerg.com www.spinerg.com

A melhor forma de mostrar as vantagens deste lubrificante é fazerem este tipo de teste? São os melhores e os que mostram resultados práticos. Mostra-se facilmente que quando um custa 2 e outro 2,5 mas faz o dobro dos quilómetros, as contas são fáceis de fazer e o custo teoricamente mais elevado na compra está automaticamente amortizado. Mas esta nova geração de lubrificantes, além das questões de rentabilidade do negócio, que é muito importante, traz também outros benefícios e as questões ambientais estão cada vez mais na ordem do dia e esse é um ponto fundamental na nossa base GTL, com muito menos resíduos e mais quilómetros percorridos. Nos testes feitos há também uma poupança de combustível demonstrada, que pode chegar a 3%. Isto numa frota é um valor considerável.

As redes de oficinas começam a ter mais força em Portugal. É um canal importante? Os interlocutores vão ter tendência a mudar no futuro próximo com o aparecimento de redes de oficinas de pesados e aí temos uma oferta própria que faremos chegar ao mercado para podermos fazer semelhante ao que fazemos com os ligeiros. Temos alguma expectativa no aparecimento e crescimento de redes de oficinas de pesados. Já temos algumas parcerias onde também se trabalha pesados como a ContiService ou a Euromaster. A rede de distribuição dos lubrificantes nos pesados é a mesma dos ligeiros? É a mesma rede e é com ela que temos a expectativa de aumentar a quota de mercado nos pesados. Temos tecnologia e produtos para conseguir vender mais, mas nunca será través da compra de quota de mercado. A Shell sempre teve uma presença muito forte nos pesados e hoje não temos uma presença marginal neste segmento. No próximo ano vamos ajudar a nossa rede de distribuição com uma campanha de outdoors com o Rimula Ultra passando a mensagem de que nós conseguimos garantir o futuro das empresas de pesados já hoje, porque a tecnologia de base GTL é só nossa. DEZEMBRO 2016 / JANEIRO 2017

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MERCADO WEBEYE

“No mercado dos transportes queremos ser muito abrangentes” A Webeye é uma empresa de origem húngara, presente em 14 países na Europa, entre os quais Portugal, disponibilizando uma série de serviços e produtos na área da telemática para o setor dos veículos pesados.

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á alguns anos que a Webeye está em Portugal. Chegou através de um transitário (LKW Walter) que já utilizava os sistemas da Webeye e, como estava presente no mercado português, levou a empresa húngara a implementar-se também em Portugal. Jorge Henriques, sales manager da Webeye, fala à Revista PÓS-VENDA PESADOS da sua empresa e da forma como ela opera em

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{ TEXTO PAULO HOMEM } Portugal para as empresas que possuem frotas de veículos pesados. Como tem sido o percurso da Webeye no mercado português? Entramos no mercado em 2009. Associamonos a frotas pequenas, que entretanto cresceram, levando também a Webeye a crescer no mercado. Por isso, entre 2012 e 2014, dá-se um forte crescimento da empresa, reforçan-

do a sua imagem no mercado dos transportes, sendo uma marca vista como parceira deste setor. O que vos diferencia para o setor dos transportes? No mercado dos transportes queremos ser muito abrangentes. Somos efetivamente muito bons a fornecer dados, que é algo que nos diferencia neste mercado. Se há cinco anos


O que é que esta plataforma “estilo de condução” pode avaliar? Ela tem por base, como é óbvio, as acelerações e as travagens, mas também a utilização do retarder, o rácio entre a utilização do travão e do retarder, a utilização da inércia do veículo, entre outros parâmetros. Atendendo a que os combustíveis representam um enorme custo para as frotas, a poupança ou redução em 1% no consumo acaba por ter um impacto muito grande na redução dos custos. As empresas estão hoje muito focadas na redução de custos e esta solução vai ao encontro das expectativas dessas empresas.

era diferenciador extrair os dados através do CAN do veículo e disponibilizá-los online para o cliente, hoje o que é importante é extrair informação para outra funcionalidade que a Webeye tem que é o estilo de condução. O que tem feito a Webeye a este nível? Um das funcionalidades que mais temos visto nos fabricantes dos camiões é um grande foco no comportamento dos motoristas na utilização dos seus veículos. Nós temos uma plataforma, desenvolvida em parceria com algumas marcas, que conseguimos retirar, através do CAN, um cálculo de utilização dos veículos pelos motoristas e vice versa. Podemos também fazer ranking de motoristas com determinadas premissas, tudo isto online e em tempo real.

Esta será uma novidade para 2017? Estamos a ultimar os acordos com os parceiros para lançar estas novidades em 2017. O nosso objetivo é fechar o sistema telemétrico por dois caminhos. Por um lado, permitir às empresas tratar os dados que elas colhem das unidades dos camiões e depois poder fornecer-lhes formação, através de uma empresa parceira, com o objetivo de poder melhorar a performance dos motoristas. O segundo cenário, é poder fornecer este sistema de telemetria com o TMS (Transport Managment System). O mercado não está saturado de sistemas GPS e afins? Claro que está. Por isso é que não poderemos fornecer apenas a solução, mas sim comple-

CONTACTOS Webeye Jorge Henriques 212 342 382 info@pt.webeye.eu pt.webeye.eu

mentar a mesma com formação e com sistemas que ajudem na recolha de informação. Neste momento temos para as diferentes empresas com frotas um série de pacotes (MIC, ECO, PRO e MAX), que permitem às mesmas diversos tipos de soluções para monitorizar as suas frotas com diferentes custos em função das necessidades e do tamanho da frota. O motorista está cada vez mais pressionado para reduzir custos com a sua condução. Serão estas soluções orientadas para ele? A Webeye quer ser pioneira nesse aspeto. De facto, temos soluções que pressionam muito o motorista, mas também lhe damos ferramentas que ajudam muito a aliviar essa pressão. Porém, os modernos camiões, com a tecnologia eletrónica que dispõem, obrigam necessariamente a que o motorista altere o seu estilo de condução. Atualmente, já vemos alguns operadores a investirem muito na formação do condutor. Como é que a Webeye dá a conhecer as suas soluções às empresas de transportes? Temos a nossa ação comercial tradicional junto das empresas, mas a nossa maior ferramenta é o passa palavra entre clientes. Atualmente temos cerca de 2.000 unidades atividades montadas em camiões, muitas delas em veículos de clientes que nos chegaram por via de outros clientes. Quais são os vossos objetivos comerciais? Os nossos principais objetivos passam por tentar perceber onde estão as principais dificuldades dos clientes e onde o nosso serviço e produto os podem ajudar. Ainda nos podemos dar ao luxo de construir uma solução à medida das necessidades de cada cliente. A outra novidade que vamos lançar em 2017, por parte da Webeye, é a mudança do layout da nossa plataforma, que divulgaremos em tempo oportuno. DEZEMBRO 2016 / JANEIRO 2017

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MERCADO CARF

Novas instalações, melhor serviço De modo a tornar a sua atividade de distribuição de peças auto mais operacional, a CARF mudou de instalações na região de Lisboa, ocupando agora o dobro do espaço que tinha até agora.

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CARF passou a ocupar em Lisboa, mais concretamente em São João da Talha, umas novas instalações, numa altura em que vai entrar no seu 14º ano de existência. “Acima de tudo foram razões operacionais que nos levaram a mudar de instalações”, diz Paulo Carvalho, gerente da empresa, revelando que “basicamente temos o dobro do espaço. Agora dispomos de 4.150m 2, quando antes tínhamos 2.000 m 2, que já nos causavam muito problemas, potenciavam erros de triagem e alguns danos na carga, mas acima de tudo o principal problema era não conseguirmos ter a fluidez que necessitávamos para que a operação pudesse ter a rapidez desejada. Trata-se, portanto, de um investimento necessário para melhorar a eficiência e rapidez na nossa atividade”. A especialização na distribuição de peças auto faz da CARF um parceiro de negócio ideal para todas aquelas empresas que comercializam peças, componentes, acessórios, lubrificantes e pneus dentro do sector auto (ligeiros e pesados). “Não se pode gerir a CARF como o fazíamos há

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{ TEXTO PAULO HOMEM } cinco anos. A entrada para o Grupo Totalmedia foi fundamental para nos mantermos no negócio com o profissionalismo com que sempre fomos reconhecidos, conseguindo prestar o serviço que prestamos e continuar a crescer anualmente acima de dois dígitos. Teremos de ser mais analistas e objetivos e um pouco menos atrevidos no crescimento geográfico, temos que avaliar zonas menos favoráveis, que claramente nos absorvem recursos, e focarmo-nos mais e melhor nos grandes

CONTACTOS CARF Paulo Carvalho 219 809 640 www.carf.pt

centros”, refere Paulo Carvalho sobre a estratégia da CARF para 2017. Outra das novidades da empresa é o novo sistema informático que a empresa introduziu recentemente nos clientes, que permite libertar mais as pessoas e aumentar o controlo da sua operação logística. “A CARF movimenta cerca de 220.000 volumes por mês, se não existir uma boa ferramenta que consiga fazer o controlo é natural que existam falhas na operação, que ainda assim são bastante baixas”, reconhece Paulo Carvalho. Sobre a introdução de novas rotas de distribuição de peças em 2017, o gerente da CARF diz que “contiuamos a querer ir ao encontro à necessidade do cliente, mas também temos que olhar para dentro da CARF. Vamos avaliando novas rotas em função do bem comum dos nossos clientes”. Para além de Lisboa, a CARF está presente fisicamente no Porto, Algarve, Leiria e Vila Real, com centros logísticos, estando a empresa apostada na melhoria da qualidade do serviço global.



MERCADO 16º CONGRESSO DA ANTRAM

Olhar mais para o futuro e menos para o presente

A ANTRAM realizou em Coimbra o seu 16º Congresso Anual, no qual estiveram presentes os seus associados, os convidados, parceiros e patrocinadores. Mais uma vez ficou patente que são enormes os desafios que o setor dos transportes rodoviários enfrenta.

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ogo na sessão de abertura do 16º Congresso da ANTRAM, Gustavo Paulo Duarte, atual Presidente da Direção, revelou que os transportes continuam a aguardar que o poder político inicie a modernização administrativa, explicando que “não pretendemos nada de extraordinário, apenas que sejam cumpridas as promessas feitas não só aos empresários como ao país. Que o grau de exigência, rigor e eficácia da administração e do serviço público seja a mesma ou maior na hora de servir como já o é no momento de exigir dos administrados”. Segundo Gustavo Paulo Duarte, para as empresas de transporte a ineficiência com que “nos deparamos em determinados setores da Administração é um verdadeiro calcanhar de Aquiles, que provoca prejuízos sérios às empresas de transporte, ao ponto de nos fazer ponderar a realização de muitos investimentos”. Refere o Presidente que a postura da ANTRAM

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na defesa dos interesses do setor, quer face ao mercado quer aos legítimos poderes instituídos, “deixou de ser de expectativa para passar a ser hoje de exigência, a qual transmitimos por via de uma intervenção permanente em todas as áreas e matérias que tenham a mais mínima interferência com a nossa atividade”. No decorrer da sua apresentação inicial, Gustavo Paulo Duarte revelou ainda que o “setor está exausto de pedir ajuda”, e que as preocupações dos empresários do setor e dos associados da ANTRAM em particular “centraram-se exclusivamente na organização e racionalização dos nossos próprios processos produtivos, no rigoroso cumprimento das especificações de serviço que oferecemos no mercado”.

contribuição da eficiência dos transportes através de medidas fiscais - elas próprias eficientes - e de uma política de tributação das infraestruturas através da sua otimização. Qualquer setor precisa de investimento para crescer, devendo este ser transversal; por outro lado, atendendo a que a instabilidade é o maior inimigo do investimento é necessário a existência de estratégias a longo prazo. Atualmente, denota-se alguma tendência para adoção de políticas protecionistas: devemos por isso antecipar este tipo de comportamentos para que os mesmos não tenham efeitos tão nocivos para o Setor. Em suma, os desafios para o setor e para o mercado são enormes mas também o espaço de melhoria e de eficiência é muito grande.

INVESTIMENTO PARA CRESCER No primeiro painel do congresso da ANTRAM, “Mercado e Tendências”, ficou claro que não deverá ser descurado o papel do Estado na

MOBILIDADE SUSTENTÁVEL A mobilidade sustentável deverá ser vista a vários níveis, designadamente a nível energético, ambiental e financeiro.


Neste sentido, destacou-se, desde logo, a importância da utilização dos Giger-Liner, na medida em que este tipo de veículo permite a sua utilização com várias orientações com consequências no aumento do volume e o peso transportado. Neste segundo painel “Desafios do Setor & Mobilidade Sustentável”, foram reconhecidos outros benefícios como a redução da densidade do tráfego, a contribuição para a redução do desgaste das vias, a redução do volume das emissões de CO2 e de NOX tendo por isso um impacto económico, social e ambiental. No acesso à atividade, a tendência do quadro legislativo europeu é a sua liberalização: face a este cenário os operadores têm que ser necessariamente competitivos, marcando a diferença pela qualidade dos serviços prestados, lidando com a intermodalidade, trabalhando em parceria e sabendo adaptar-se às mudanças. Não sendo descurada a importância da existência de uma política de transporte adequada à realidade, importa garantir que o transporte represente um valor acrescentado na cadeia e não apenas um custo. Na criação de condições para o desenvolvimento da sustentabilidade do setor foi analisado o contributo do projeto-piloto do reembolso de ISP. Ana Calhôa, Adjunta do Secretário de Estado da Energia, informou que é a intenção futura do Governo que este projeto seja alargado a todo o território nacional, sendo que, porém, tudo dependerá dos resultados desta fase experimental. De acordo com Nuno Félix, Adjunto do Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, o projeto-piloto deve ser encarado como tal:

como um primeiro passo para a criação deste regime. Está a ser trilhado o caminho para que esta seja uma realidade nacional, abrangendo todo o país tendo mesmo sido implementado em tempo record. No entanto, destacou que são três os pilares para o sucesso do gasóleo profissional: a atuação do Estado, das petrolíferas e das empresas. Quanto ao prazo de reembolso foi dado nota que o prazo de 90 dias previsto na lei é o prazo

EMPRESAS PRESENTES Como é tradição neste evento, também no Hall da 16º Congresso da ANTRAM, foram diversas as empresas que marcaram presença, como patrocinadoras deste evento. Para além das marcas de pesados, que além de um stand tinham ainda um novo camião em exposição no exterior, as restantes empresas dinamizaram os seus produtos e serviços. Fica uma nota da presença de todos eles. Michelin / BP Portugal / Wurth / MAN / Scania / Blue Chem / Mercedes-Benz / RETA / ONFORMA Eurowag / Galius - Renault Trucks Iveco / Schmitz Cargobull / ATrans Arquiconsult / Corbroker / Repsol Sobral Pneus / GSVI – DAF / Galp Thermoeurop / Prio Energy Auto Sueco - Volvo

máximo, estando a administração fiscal tudo a fazer para que estes primeiros reembolsos ocorram ainda no decorrer deste ano civil. Pretende-se antecipar significativamente o prazo legal. Da parte do representante da BP Portugal, além do reconhecimento que nos últimos anos foi grande o volume de consumo de combustível que saiu de Portugal, foi ainda manifestado, que desde o início, esta companhia apoiou esta medida, considerando tratar-se de uma importante oportunidade embora acompanhada de desafios. Destacou-se ainda que o gasóleo profissional pretendeu beneficiar o setor profissional do transporte - e através deste as exportações e as importações -, consistindo numa importante medida de diferenciação positiva face ao transporte particular. Cabe às empresas de transporte não transferir este reembolso para o preço no transporte aos clientes: é uma medida de estímulo da economia cabendo às empresas reter este valor. De notar que estamos perante um crédito fiscal e não um desconto imediato no preço final, devendo ser tratado enquanto tal. Aproveitou-se ainda para destacar a importância da existência de outras medidas para o setor tais como os apoios ao investimento na renovação das frotas, mais eficientes e “amigas” do ambiente, algo que nos últimos anos tem sido escasso. Em termos de outras medidas fiscais foi destacada a aposta, por parte do Governo, no diálogo estreito com o setor existindo a disponibilidade para equacionar a eventual redução de custos de contexto para as empresas, desde que tal não coloque em causa o necessário equilíbrio orçamental. DEZEMBRO 2016 / JANEIRO 2017

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OFICINA CANFER

Aposta nos recondicionados

A Canfer disponibiliza aos clientes um serviço de venda de motores e caixas de velocidades recondicionados, tendo ainda oficina para montar estes componentes nos veículos do seus clientes.

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mpresa com 20 anos, a Canfer está localizada em Barreiralva, perto de Mafra, e dedica-se ao negócio da reconstrução e venda de todo o tipo de material para camiões, nomeadamente, motores, caixas de velocidades, diferenciais, válvulas, entre outros. “Todos os componentes que comercializamos para os nossos clientes, ao nível da mecânica, são recondicionado por nós, raramente comercializamos material usado, a não ser chaparia e material de choque”, começa por explicar Fernando Batalha, gerente da empresa, reforçando que “é nas instalações da Canfer que fazemos o recondicionamento destes componentes, mas trabalhamos também com alguns parceiros na área da verificação das cabeças de motor, blocos de motor e injeção, entre outros”. Apesar de dispor de todas as condições ofici-

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{ TEXTO PAULO HOMEM } nais, a Canfer utiliza esse espaço oficinal apenas para montar os componentes que comercializa. “Sempre que vendemos um motor ou uma caixa de velocidades, normalmente oferecemos ao cliente a montagem desse componente nas nossas instalações”, revela o responsável da Canfer, explicando que “trata-se não só de uma

CONTACTOS Canfer Fernando Batalha 261 811 230 escritorio@canfer.pt

mais valia para o nosso cliente mas também para nós. Por exemplo, sempre que se monta um motor é preciso cumprir certos e determinados procedimentos que se formos nós a fazer estamos a precaver-nos de determinadas avarias que possam vir a surgir por força de uma montagem incorreta. A montagem sendo feita por nós a segurança é muito maior”. Quer o cliente compre apenas o componente recondicionado quer opte pela montagem nas instalações da Canfer a garantia é sempre de um ano. “Muitas oficinas estão habilitadas a montar estes componentes e se houver um avaria, normalmente consegue-se detetar a causa se foi de facto má montagem, defeito de uma peça ou outra qualquer”, diz Fernando Batalha. Para este responsável, é tão importante dar a garantia comercial de um ano, como é importante dar a “cara”, isto é, a “empresa está sempre


disponível para o cliente e pronta a ajudar na resolução dos problemas, esteja onde o cliente estiver. Isto também faz toda a diferença, até porque considero que o pós-venda é mais importante que a venda”, explica. MULTIMARCA Apesar de não haver nenhuma especialização em componentes para determinada marca de veículo pesado, a Canfer trabalha um pouco mais com material para veículos Mercedes, mas “temos muito material para outras marcas de camiões ou de autocarros. Trabalhamos também motores estacionários, motores marítimos e para outras aplicações”, refere o mesmo responsável. Praticamente todo o tipo de empresas e entidades que trabalhem com pesados são (ou podem ser) clientes da Canfer, empresa que tem também alguns clientes de relevo a nível internacional. “O nosso maior trunfo é precisamente a enorme diversidade de clientes que temos. Aliás, os nossos clientes são os nossos principais comerciais, que nos trazem, por via do passa palavra, muito outros clientes”, revela o gerente da Canfer. RECONDICIONAMENTO Para o recondicionamento de componentes (motores e caixas de velocidades) a Canfer

utiliza, em algumas operações, peças de qualidade original mas noutros casos recorre a peças de qualidade equivalente. “A experiência que temos depois de 20 anos a trabalhar nesta área permite-nos ter uma percepção da qualidade das peças. Tenta-se sempre minimizar o custo das peças usadas no recondicionamento para que o custo final do mesmo seja mais baixo, mas nunca descuramos a qualidade do nosso serviço e dos componentes que comercializamos”, assegura o gerente da empresa, dizendo que “temos sempre a preocupação de saber em que condições vai ser utilizado determinado motor ou determinada caixa de velocidades, para recomendar ao cliente sempre a melhor opção”. Normalmente a Canfer desenvolve o seu serviço de recondicionamento para stock, dispondo para o efeito de um enorme armazém, podendo a qualquer momento satisfazer o cliente. “Normalmente quando a opção é por um motor recondicionado, o cliente em dois dias tem o seu veículo a funcionar novamente, reduzindo muito o tempo de imobilização face a uma reparação do motor”, explica Fernando Batalha. Refira-se que a Canfer disponibiliza um stock médio de 100 caixas de velocidades e 50 motores reconstruídos, possibilitando sempre ao cliente a recolha do motor avariado quando compra um recondicionado.

“NEGÓCIO BEM ACEITE MAS COM FUTURO INDEFINIDO” Fernando Batalha assume que o negócio do recondicionamento de componentes teve o seu auge no período pós 2008 (com a crise), mas que ainda hoje é um negócio “muito bem aceite no mercado para quem trabalha com qualidade. Não nos podemos queixar de falta de serviço e de clientes”. O responsável da Canfer olha, contudo, para o futuro do negócio dos recondicionados com alguma preocupação, nomeadamente com a introdução do Euro 6 e das mais recentes tecnologias. “Com a entrada do Euro 6 vai haver muitos veículos em que não conseguimos mexer por via da componente eletrónica, até porque as marcas estão a fechar muito o acesso à informação. Para já ainda não temos problemas com isso, pois os novos motores Euro 6 estão a ser vendidos agora, mas é algo com que temos de nos preocupar se não tivermos acesso à informação”, refere Fernando Batalha.

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OFICINA TRUCKBUSII

Serviço especializado em autocarros A TruckBusII é uma empresa que se dedica à manutenção e reparação de autocarros, além de dinamizar mais alguns serviços específicos na área dos pesados.

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ocalizada às portas de Palmela, a TruckBusII é uma empresa com muitos anos de mercado na área da manutenção de veículos pesados, mas que está muito vocacionada para a área dos autocarros. No âmbito da sua atividade, a TruckBusII faz muitos trabalhos de carroçaria, chapa e pintura em autocarros, mas também em viaturas pesadas que operam em funções ambientais (recolha do lixo, limpeza, etc), já que a empresa faz também serviços na área hidráulica em veículos especiais. A empresa está ainda especializada na montagem de equipamentos dentro de viaturas, desde furgões de maiores dimensões até veículos pesados diversos, como rampas, componentes elevatórios, entre outros.

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PÓS-VENDA PESADOS

{ TEXTO PAULO HOMEM } “Estamos especializados em áreas específicas, fazendo essencialmente trabalhos em autocarros”, começa por referir Rui Pais, diretor-geral da TruckBusII, explicando que “fazemos muitas transformações em veículos, como temos também serviços na área do vidro, como montagem de para-brisas e laterais. Nesta área trabalhamos com algumas companhias de seguro, mas não temos nenhum acordo com qualquer rede de vidros nem com qualquer seguradora”. Associada à TruckBusII existe uma pequena empresa de autocarros, que obviamente faz toda a manutenção nestas oficinas. “A maioria dos nossos clientes dispõem de frotas de autocarros ligeiros e pesados, mas trabalhamos também com empresa públicas de transportes, câmaras municipais, entre outras entidades”,

revela Rui Pais. Se essencialmente o serviço de manutenção é feito dentro de portas, Rui Pais explica que para alguns clientes “deslocamo-nos às suas instalações se tal for solicitado ou necessário, mas basicamente apostamos sempre em trabalhar o veículo nas nossas instalações”. REPRESENTAÇÃO UNVI Como empresa que trabalha com carroçarias de autocarros, a TruckBusII é neste momento representante em Portugal da Unvi. Trata-se de uma empresa de carroçarias espanhola, que está em Ourense, que é detentora também da marca de carroçarias da Camo (que a Unvi adquiriu no passado). “Por essa via, para além de representarmos a Unvi temos também a repre-


sentação das carroçarias Camo”, informa Rui Pais, explicando que “como a área comercial da Unvi não está muito desenvolvida em Portugal, será a TruckBusII que assumirá as vendas no nosso país deste carroçador espanhol”. O responsável da empresa de Palmela tem consciência das dificuldades que vai encontrar no mercado com a Unvi, mas assegura que estas carroçarias “são feitas com um nível de qualidade superior face ao que se produz habitualmente em Portugal. Muita da oferta que é feita em Portugal está baseada no preço, enquanto a oferta Unvi é baseada na qualidade e na durabilidade do produto”. De qualquer forma, Rui Pais, diz que a Unvi tem vontade de apostar no mercado português, pelo que “vamos, no decorrer de 2017, avançar com a componente comercial, já que sempre trabalhamos com a Unvi no pós-venda, sendo um produto que conhecemos desde 1997”. Apesar de trabalhar com a Unvi há tantos anos, Rui Pais assegura que “fazemos todo o tipo de assistência a carroçarias de muitas outras marcas, já que o nosso know-how assim o permite”. Para além das carroçarias, a TruckBusII dinamiza ainda outros trabalhamos de mecânica,

nomeadamente em motores e caixas de velocidades, menos para modelos muito recentes, embora o responsável da empresa reconheça que essa não é a área principal da empresa.

organização, até porque existem players no mercado que se dedicam apenas à comercialização de peças”, reconhece Rui Pais, dizendo que “trabalhamos muito a pedido”.

PEÇAS Sendo especialistas em carroçarias de autocarros a TruckBusII possui também todos os contactos necessários para disponibilizar ao mercado peças para estas carroçarias. “Existe material que nós conseguimos nos nossos fornecedores que não se consegue arranjar em Portugal, mas não podemos dizer que esse negócio esteja muito desenvolvido na nossa

MERCADO Com um mercado (leia-se empresas) que cada vez mais internaliza a manutenção da sua frota, Rui Pais diz que é a multiplicidade de serviços que a sua empresa faz que acaba por ser benéfico para os clientes. “Vemos que é uma tendência de mercado, nem sempre por razões de custos, mas por razões de operacionalidade da frota. Daí muitas empresas optarem por fazer o serviço de manutenção elas próprias”, refere Rui País. Quanto ao futuro, o responsável da TruckBusII diz que o mercado, “será cada vez mais complicado e variável. Temos períodos em que existe muito serviço e outros mais fracos, sem que existam explicações para tal e esta é uma tendência para o futuro”. De acordo com Rui Pais, a aposta em parcerias como “a que vamos ter com a Unvi e outras novas parcerias que queremos dinamizar, para além da nossa especialização, acabaram por ser os nossos trunfos neste meio”

CONTACTOS TruckBusII Rui Pais 212 337 900 geral@tb2.pt www.tb2.pt

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PERSONALIDADE DO MÊS JOSÉ BOTAS (SCHMITZ CARGOBULL)

“Vamos apostar forte na venda de peças originais” É um serviço com um elevado potencial de crescimento e que faz cada vez mais sentido devido ao crescente parque circulante de veículos da Schmitz Cargobull, sublinha José Botas. As peças são fabricadas pela própria empresa alemã ou em parceria com marcas de primeiro equipamento em projetos conjuntos.

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Schmitz Cargobull é líder incontestada no mercado de semirreboques em Portugal e na Europa. Mas a empresa alemã está longe de querer apenas colher os louros dessa liderança e além da melhoria constante dos seus veículos, está a apostar cada vez mais forte nos serviços de valor acrescentado que presta aos clientes, entre eles a reparação e também a venda de peças originais, um negócio que será uma aposta durante o próximo ano e onde José Botas, diretor-geral da empresa em Portugal, vê um grande potencial de crescimento. Este foi um ano de recorde de venda de veículos novos, com cerca de 890 unidades, mas aumentou também o número de veículos usados importados. A importância do pós-venda será cada vez maior para a filial portuguesa da empresa com sede em Rio Maior. O mercado começou a olhar para o semirreboque de forma diferente? Um dos problemas que existe é a questão do semirreboque ser visto como uma commodity. O mercado vive permanentemente a olhar para a questão da capacidade de carga ser muito semelhante em todos os construtores. Mas a diferenciação hoje está nas soluções técnicas desenvolvidas que dão valor acrescentado a um produto que, aparentemente, é semelhante em diversas marcas. Aí a Schmitz que há cerca de 20 anos começou a caminhar no sentido das peças originais, que será um dos serviços de valor acrescentado em que estamos a apostar. A Schmitz é dos poucos construtores onde tudo o que faz é seu, desde a engenharia até à produção. Temos uma empresa do grupo que fabrica a maioria dos nossos componentes. O que veio mudar esta estratégia de uma aposta nas peças originais e menos na reparação manual? O que queremos dar é a garantia absoluta que o transportador tem um produto que é comprado e que ao longo da sua vida útil e de utilização mantém as suas características

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{ ENTREVISTA CLÁUDIO DELICADO } completamente intactas e a sua funcionalidade mantém-se igual. É a garantia absoluta de que a marca lhe pode corresponder numa exigência que ele tem em termos de transporte. Isso faz também com que quando chega o final da vida útil do semirreboque este tenha maior valor de mercado. O mercado já percebeu essa vantagem? Penso que o mercado foi percebendo isso porque isto era uma vantagem que vinha da área do camião. Há aqui um preencher de um espaço vazio grande porque o camião sempre foi visto como a menina dos olhos dos transportadores, porque têm com ele uma interligação muito profunda. E não havia essa ligação com o semirreboque? O semirreboque, até há pouco tempo, era visto como um parente pobre do transporte, tanto que víamos que muitas vezes, mesmo do ponto de vista técnico, o desenvolvimento era menor e não havia tanta exigência do ponto de vista de funcionalidades. O que se pretendia era ter algo onde se carregava o máximo possível de mercadoria para a transportar do ponto A até ao B. Hoje já não é assim. As próprias empresas começam a ter orgulho no reboque que trazem também atrás do camião. E isto tem-se vindo a alterar nestes últimos anos. O que ajudou a essa mudança de paradigma?

“Não faz sentido que os transportadores tenham oficinas próprias e devem concentrar-se no seu core business, que é transporte e logística”

Há muita inovação que a própria Schmitz foi introduzindo ao longo do tempo porque tem sido sempre percursora nesta área em termos de desenvolvimento tecnológico. Uma área muito forte e representativa da empresa está na área da pesquisa e de desenvolvimento. Isto acaba por garantir que, em conjunto com outras marcas de equipamentos na área da eletrónica, por exemplo, tem-se vindo a fazer um conjunto de desenvolvimentos importantes para ir ao encontro das exigências do mercado. Hoje, cada vez mais, as áreas logísticas têm configurações muito próprias e adaptadas a racionalizar a própria distribuição das cargas, a receção e expedição da carga e os movimentos têm que ser pouco demorados e isso obriga a uma necessidade de criar um conjunto de equipamentos. Falamos de sistemas de segurança ou de acostagem aos cais. Por exemplo, o facto de haver muitos acidentes, há 10/12 anos era muito frequente termos semirreboques sinistrados, hoje é uma realidade cada vez menos frequente. A Schmitz tem estado muito atenta a isso e é pioneira nesse campo. Hoje o setor dos semirreboques exige também serviços associados? Sem dúvida e somos pioneiros em muitos deles há muitos anos. Os nossos serviços de valor acrescentado incluem a telemática, mas também a retoma, recondicionamento e venda de veículos usados, o pós-venda e a venda de peças originais de reposição e também o financiamento. VENDAS A CRESCER Como está o mercado português para a Schmitz? O nosso balanço é extremamente positivo. O mercado teve um afundamento muito pronunciado em 2012. Foi aí que sentimos mais o colapso e não tanto na altura da crise financeira. O número de matrículas que tivemos nesse ano foi comparável a 2003. Nós como líderes de mercado matriculámos pouco mais de 200 unidades, o que era impensável. A par-


tir de 2013 o mercado começou a recompor-se e a progredir positivamente. Neste momento continuamos a notar que o mercado continua a crescer. Curiosamente, achei que o mercado ia abrandar um pouco este ano mas estamos como mais de 30% de crescimento face a 2015. Esperam terminar o ano com quantas matrículas? Este ano devemos acabar perto das 890 matrículas o que, a acontecer, será o melhor ano de sempre da Schmitz em Portugal.

O que tem contribuído para esses números? Há sinais curiosos. Até há dois ou três anos, com as duas crises simultâneas, o mercado da distribuição quase morreu, com um foco especial na área da Grande Lisboa. Muitas transportadores dessa zona colapsaram, desapareceram ou reduziram dimensão. Começou a notar-se uma força muito grande na zona centro, que explodiu. Muitos transportadores desta zona cresceram muito nos últimos 10 anos. Este ano houve um grande abrandamento da zona centro e um crescimento

muito forte da zona norte. É uma zona que está muito forte neste momento e tem contribuído muito para o nosso forte crescimento este ano com muitos clientes novos e outros que já existiam que estão a investir, alguma renovação e crescimento destas empresas. Qual é o parque circulante da Schmitz em Portugal neste momento? Não me tenho focado muito na questão do parque circulante, mas com o crescimento que temos tido a nível das peças de reposiDEZEMBRO 2016 / JANEIRO 2017

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ção originais, é um dos projetos que temos. Vamos fazer uma abordagem mais forte junto do mercado, no sentido de angariar outros clientes que ainda não estão tão virados para a peça de reposição original, para tentarmos reforçar esse mercado e para que os operadores tenham a certeza de que têm um parceiro de confiança para tudo o que envolve um veículo da Schmitz Cargobull. PÓS-VENDA REFORÇADO O potencial de crescimento do negócio de pós-venda é diretamente influenciado pela crescente venda de veículos novos… Os novos e também os usados importados. Temos acesso permanente às matrículas deste tipo de veículos porque os que são da nossa marca têm que vir às nossas instalações para que exista a confirmação de homologação, antes do veículo poder ser matriculado no IMT. Este ano, até final de setembro, tinham sido importados diretamente para Portugal cerca de 200 semirreboques Schmitz usados. O que quer dizer que é um potencial adicional porque são veículos normalmente com idades superiores a três ou quatro anos e é um negócio potencial para o pós-venda. A própria empresa que importa por vezes desconhece que podemos dar assistência nesse particular e garantir que têm a sua frota o mais operacional possível. Estes veículos vêm quase sempre funcionais, mas quase nunca estão a 100%. Temos aí uma oportunidade porque é sempre necessário algum tipo de intervenção. O número de importações está a subir? Sim, está a subir significativamente em relação ao ano passado. O pós-venda, na faturação anual da Schmitz, tem um peso grande? É importante. No ano passado faturámos globalmente cerca de 24 milhões de euros em Portugal, e o pós- venda representou perto dos 3 milhões de euros. Mas é claramente uma área que pode crescer. Já tivemos um maior volume de faturação na própria área da reparação em si, mas acabamos por ir passando também algum trabalho para os nossos parceiros. Mas dentro do pós-venda a fatia das peças originais de reposição tem vindo a aumentar consistentemente. Isso demonstra que o próprio transportador está atento e prefere comprar uma peça original, com total garantia e tentamos estar muito próximos dos preços praticados pelo mercado, umas vezes acima, outras abaixo. Não concorremos com as peças de marca branca e não vamos que-

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rer concorrer. A maioria das nossas peças são vendidas com a marca Schmitz ou então há peças que não são a nossa marca mas são reconhecidamente peças originais. Por exemplo, quando fazemos as homologações do sistema de travagem, determina que é feita com o disco da marca X ou Y e a pastilha das marcas X, Y e Z e com as devidas referências e, por isso, essas consideramos equipamento original e vendemos essas peças nas caixas desses fabricantes. Isso faz com que tenham uma relação de muita proximidade com fabricantes de peças? Estamos em constante ligação direta com os fabricantes. Inclusive adaptamos na nossa fábrica alguns desenvolvimentos generalistas desses fabricantes de peças para dar resposta a uma qualquer necessidade que tenhamos identificado. Isso acontece também depois no pós-venda, com a formação em determinados sistemas a serem dados pela próprio fabricante da peça ou dos sistemas, sendo a travagem e a suspensão bons exemplos. Nós damos formações mais gerais, mas para cada área específica há uma formação no fabricante para os nossos parceiros. Qual o tipo de peças mais consumido nos vossos veículos? Normalmente são peças de carroçaria e algumas áreas de travagem e suspensão mas não as de desgaste rápido. Por exemplo, as pastilhas de travão são uma área muito competitiva ao nível do aftermarket e com preços absolutamente absurdos, sendo que há

“Dentro do pós-venda a fatia das peças originais de reposição tem vindo a aumentar consistentemente e é uma aposta nossa para os próximos anos”

guerras por 50 cêntimos. Essa guerra não é a nossa e ficamos completamente à parte disso. Sabemos que grupos grandes acabam por ia ao mercado e comprar outras marcas destes componentes de desgaste rápido e, em alguns casos, marcas brancas que trazem muitas complicações. O cliente se quer um jogo de pastilhas da nossa marca o valor é fixo. Nós temos o nosso próprio eixo há muitos anos, feito na nossa fábrica, e há elementos que compramos, como os calipers, as pastilhas ou todo o sistema de travagem. Mas a o disco, a parte homogénea, que é a peça que depois recebe os componentes referidos é feito pela Brembo em exclusividade para nós. Só nos vendemos. Qual é a vossa oferta em termos de peças para os semirreboques? Oferecemos de A a Z para os nossos veículos, seja sob a marca Schmitz ou com os nossos parceiros fabricantes. As peças são vendidas para consumo interno da vossa oficina e da rede, mas vendem também para independentes? Temos o balcão aberto diretamente ao público. E é uma fatia do negócio das peças que começa a ser interessante e temos muitas oficinas que vêm aqui comprar as peças no nosso balcão, o que é muito entusiasmante e revela uma nova mentalidade do mercado.


Como olha para a questão das oficinas próprias em casa do transportador? Se olharmos para a questão meramente contabilística duvido que alguém já tenho feito uma comparação exata entre a manutenção externa e o que gasta em conta-fornecedor com um determinado nível, mais custo com pessoal, instalações, equipamentos, ferramentas ou stock permanente. Estas contas têm que ser feitas porque senão o transportador fica com a ideia errada de que está a ganhar dinheiro com esta opção. Não faz sentido ter oficinas próprias. E se há coisa difícil de gerir é uma oficina que, além de tudo o resto, implica fortes investimentos constantes. Muitas empresas que optaram por ter uma oficina própria já estão a voltar para trás na sua estratégia. O que vejo é que a pressão da crise financeira está a passar um pouco mas está a começar uma outra pressão, que é a do Total Cost of Ownership (TCO). A visão do transporte começa a ser diferente e os transportadores querem ocupar-se mais do seu core business que é o transportar e fazer a gestão logística da carga e não estarem preocupados com o veículo, porque é cada vez mais uma ferramenta. Isso faz com o potencial de crescimento do renting seja elevado também do lado dos semirreboques. Temos há cerca de 15 anos a Cargobull Finance, uma financeira própria do Grupo, muito vocacionada para o renting e o leasing. Foi o que valeu a muitos

transportadores em época de crise, quando a banca não financiava os negócios.

tante do seu parque de veículos. Temos resposta para ambos os casos.

Quais os veículos mais vendidos em Portugal? Em termos de volume são sempre os semirreboques de lona, o que representa um pouco mais de 60% do mercado. Depois temos os frigoríficos, que é um tipo de equipamento que representa maior volume de faturação.

REDE DE PARCEIROS NÃO ESTÁ FECHADA Isso obriga a uma capacidade instalada grande vossa na área do pós-venda… Temos uma grande capacidade de resposta, O projeto de peças e o pós-venda na sua globalidade, também a oficina, mas temos também uma forte oferta de serviço pelo país através dos nossos nove parceiros (Auto Sueco Minho, Centranor, Confortruck, Beiracar, António Garcia, Parabólica, Hydraplan, Jaime & Rodrigues e SRM).

Qual é a idade média de vida de um veículo vosso? Anda sempre pelos sete/oito anos. O que acontece no final desse período? Pode haver uma reparação geral ou uma substituição.Temos clientes e algumas frotas tradicionais, transportadores com muitos anos de mercado, que têm como estratégia alongar a vida útil dos semirreboques e têm-nos contactado para fazermos recondicionamento, por vezes muito profundo, de equipamentos que têm seis, sete ou oito anos, para ampliar a sua vida por mais três, quatro ou cinco anos dentro das condições normais de trabalho e que não sejam penalizados no transporte internacional. Isto porque quer seja nas inspecções em Portugal ou nas fiscalizações policiais no estrangeiro, há questões como corrosões e outras situações que não são aceitáveis legalmente por esses países. Mas há muitas empresas que apostam na renovação cons-

A vossa rede de parceiros está fechada neste momento? Nós não fechamos a rede. Inicialmente não quisemos criar uma rede demasiado densa porque achávamos que podia criar alguma canibalização de áreas e quisemos proteger a atividade. Mas o que notamos ao longo dos anos é que alguns parceiros estão mais ativos do que outros. Alguns esperam pacientemente que o cliente entre pela porta enquanto outros andam de forma ativa à procura de aumentar o seu negócio. O que deixa, muitas vezes, algumas reticências porque se tivermos parceiros de serviço que não desempenham o seu papel ativo como parceiro, durante um determinado período de tempo o que vai acontecer é que eles próprios, até por uma DEZEMBRO 2016 / JANEIRO 2017

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PERSONALIDADE DO MÊS JOSÉ BOTAS (SCHMITZ CARGOBULL)

questão de falta de prática, terão mais dificuldade em mexer num reboque. Para além das formações base é fundamental haver uma prática permanente, porque isso é que cria conhecimento e agiliza processos e melhora performances da equipa. Caso contrário isto vai trazer constrangimentos e a rentabilidade da operação cai drasticamente. Todos eles foram nomeados também por estarem em zonas estratégicas de operação dos nossos principias clientes e dos fluxos naturais de tráfego nacional. Isso quer dizer que estão abertos a aceitar novos parceiros na rede? Hoje já aceito fazer parceiro de serviço quem se propuser e quiser ser pró-ativo. Analisamos de forma menos rígida e até menos complexada em relação à proteção de zonas. Provavelmente, até vamos dizer que sim a um parceiro que encaixe na nossa filosofia. É fundamental poder dizer a um cliente que em determinada zona tem um parceiro de serviço da Schmitz que o pode ajudar e a rede poderá crescer para dar resposta a esta questão, que serve também para dinamizar mais vendas de novos. Temos que estar cada vez mais próximos dos transportadores. A vossa oficina presta o mesmo tipo de serviços dos vossos parceiros? Alguns parceiros de serviço, pelas suas características, não têm condições para fazer determinadas intervenções. O que temos bem definido é que a nossa oficina tem sempre uma forte colaboração com os parceiros. Há um número interessante de semirreboques da Schmitz que não fazem assistência

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dentro da nossa rede. temos caminho para tentar ir buscar esses clientes. Temos um potencial enorme e é uma questão de algum tempo e de os clientes perceberem que têm aqui um parceiro que lhes pode melhorar a sua própria rentabilidade e atividade deles. Quais as perspetivas de negócio para 2017? Acredito que o mercado vai estabilizar até porque há um limite e o nosso mercado é pequeno. O valor das 889 unidades este ano é um número muito simpático. Não é fácil crescermos muito mais. O objetivo da casa-mãe é que a nível europeu cada país tenha uma quota de mercado de 40%, o que não é nada fácil. Neste momento estamos com trinta e muitos porcento, portanto estamos a atingir o limite. A marca número dois tem, neste momento, metade da nossa quota de mercado. Mas há muita concorrência no setor... É verdade, mas a vantagem das marcas alemãs é grande, porque souberam semear esse sucesso há vários anos. Os alemães souberam juntar-se para criar normas de segurança para os transportadores que vão carregar e descarregar à Alemanha, que são quase todos os que fazem internacional. Quem não cumprisse essas normas, muitas delas de segurança, não podia carregar nas áreas logísticas. Eles estão 10 ou15 anos mais avançados. O próprio Grupo Daimler criou uma norma internacional de segurança de cargas, exclusiva deles, para que todos os equipamentos que carregam nas áreas logísticas deles têm que ter aquela norma e isto foi há muitos anos. Portanto a única forma de carregar na Alemanha era

cumprir essas normas e tiveram que comprar reboques alemães porque eram os que cumpriam essas normas. O que podemos esperar de novas tecnologias para os próximos anos? A questão dos pesos é importante mas há outra coisa fundamental. Há um limite físico para tudo. O que temos estado a fazer é, muitas vezes, a garantir que com 100 ou 200 quilos a menos que possa ter um equipamento, melhorar a performance em termos de consumos efetivos do conjunto trator/reboque, por exemplo. Há várias experiências nesse sentido e aquilo que temos vistos é que vários fabricantes europeus têm caminhado no sentido de por veículos cada vez mais leves, mas depois esses veículos não têm uma utilização universal, que é exatamente o que precisa o transportador-tipo, que não vive em nichos e faz um transporte muito generalizado. Isto vai levar a que a nossa aposta não seja muito mais na redução de pesos, porque isso pode comprometer a própria fiabilidade dos equipamentos. Vamos trabalhar mais do lado da redução do TCO através de soluções que sejam práticas, que sejam muito fáceis de implementar e que não roubem fiabilidade aos equipamentos. Um exemplo disso, apresentado na Alemanha, foi um semirreboque frigorífico com o melhor coeficiente de isotermia do mercado a nível europeu. Isto não melhorou a tara em performance de consumos de um camião, mas melhorou a capacidade de isolamento do frigorífico de maneira a que haja menos consumos para garantir o mesmo tipo de transporte.


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NOVIDADE

A PARTIR D E JANEIRO NEWSLETT ER QUINZEN AL DEDICADA A O MERCADO DOS PESAD OS

Revista Pรณs-Venda. Sรณ para profissionais

TODO O Pร S-VENDA NUMA REVISTA


DOSSIER FERRAMENTAS

Oferta muito alargada

Para além da comercialização das ferramentas e chaves de impacto é hoje mais importante, para quase todos os operadores de mercado, a assistência técnica que garantem aos clientes, que assume ainda mais importância neste setor dos pesados. { TEXTO PAULO HOMEM }

N

o setor dos ve íc u los pesados a imobilização das viaturas acarreta custos, que por vezes podem ser elevados. Para uma oficina de manutenção e reparação de veículos pesados as ferra mentas (i nclu i ndo as chaves de impacto) devem estar sempre operacionais para aumentar a eficácia do trabalho e reduzir os custos e o tempo de imobilização de um veículo. Porém, existem outros pormenores a ter em atenção, como revela Rául Vergueiro, da Lusilectra, que afirma que “ao abordar tecnicamente a oportunidade de venda que representam as oficinas de pesados, devem ser tidos em conta alguns cuidados, nomeadamente a qualidade e eficácia da rede de ar. A segurança do operador, a qualidade dos equipamentos em utilização e a propor, devem ser selecionados privilegiando o apoio técnico à proposta para que esta resulte tecnicamente inquestionável, pois trata-se de uma área exigente a todos os níveis”. Para Samuel Figueiredo, da Cometil, o aspeto mais importante na seleção de qualquer ferramenta “é identificar o tipo e exigência de trabalho a executar. Ter consciência que as ferramentas têm limites. Por exemplo, no caso das ferramentas de impacto é fundamental identificar o binário de aperto (binário máximo) e binário recomendado. Esta margem serve para proteger a ferramenta de um desgaste prematuro”. Segundo

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este profissional, dependendo do modelo, as chaves de impacto necessitam de 70 a 270 litros de ar comprimido por minuto com uma pressão de trabalho de aproximadamente 6,3 bar. Por esse motivo é importante selecionar convenientemente os compressores adequados em função da máquina que irá utilizar, assim como o cuidado em manter o circuito de ar comprimido devidamente lubrificado e filtrado. A pressão de serviço também é de extrema importância. Uma redução de 1 bar corresponde aproximadamente a menos 20% de potência de trabalho. É sempre importante reforça r que o aperto de rodas deve ser efetuado com recurso a uma chave dinamométrica”. Jorge Brites, responsável da Comingersoll, reafirma que os mais importantes aspetos a considerar por uma oficina são a qualidade do ar comprimido e pressão de trabalho. “Deve-se fazer a colocação de um conjunto de filtro/regulador/lubrificador para regular a pressão de funcionamento a 7bar, filtrar o ar e lubrificador de linha para lubrificação interna da ferramenta pneumática, por forma a garantir uma maior durabilidade”, refere Jorge Brites que acrescenta que “se o trabalho realizado for dentro da área da pintura de peças, será importante que o ar seja seco, para tal convém incorporar um secador no sistema”. De acordo com o responsável da Eurocofema, José Costa, quando se adquirem equipamen-


tos, máquinas ou ferramentas um decisor deve ter em atenção sobretudo a qualidade do produto ou se este serve as suas reais necessidades. “Hoje em dia, comprar preço só pelo preço é um tremendo erro. O preço é apenas u ma das va riáveis do negócio. Pergunto: para que serve o preço se o equipamento não satisfaz o utilizador, ou se o equipamento é simplesmente um remedeio e no futuro terá que ser substituído? Gastar menos, para gastar mais no futuro, no fundo gastar duas vezes é desperdício de tempo e dinheiro. É importante que as decisões de aquisição sejam tomadas conscientemente e que a qualidade e durabilidade dos produtos tenham o mesmo peso que a variável preço

nas decisões de compra”, refere José Costa. Do lado da Gonçalteam, António Gonçalves refere que “os valores mais importantes para a oficina são a prestação pós-venda, nomeadamente as garantias, a formação e durabilidade prevista do equipamento e a sua eficácia para o pretendido. Ou seja, a relação de custo inicial “versus” o rendimento obtido no período deve ser equacionada tendo em conta os pressupostos atrás ditos”. O mercado português encontra-se cada vez inundado de produtos e marcas que, na maior parte dos casos, não são mais que replicações das marcas de referência. Atendendo a esta realidade, Pedro Azevedo, da SNA Europe, diz que “sendo o preço um fator obviamente

importante, o setor oficinal acaba sempre por decidir pela solução que lhe trará produtiv idade no seu negócio e isso passa, obviamente, pela qualidade. As questões da segurança no trabalho e das doenças profissionais vão introduzir, com toda a certeza, o fator ergonomia das ferramentas na equação da decisão de compra”. Para elaborar este dossier, a revista PÓS-VENDA PESADOS contou com a colaboração editorial de uma série de empresas que divulgam a sua oferta, as novidades que introduziram ou irão introduzir no mercado, abordando também a importante questão da assistência pós-venda, ainda mais fundamental no setor dos pesados. DEZEMBRO 2016 / JANEIRO 2017

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DOSSIER FERRAMENTAS

QUESTIONÁRIO SOBRE PRODUTOS E SERVIÇOS 1 – Qual ou quais são as marcas de “Ferramentas” que a vossa empresa representa? 2 - Qual foi a mais recente novidade de produto introduzida ao nível das Ferramentas? 3 - Que novidades vão lançar ou introduzir na gama, no futuro próximo, ao nível das Ferramentas? 4 – Que serviços estão associados à comercialização das Ferramentas: assistência técnica, formação, garantias, etc?

MAKITA António Dias 219 936 750 antoniodias@makita.pt www.makita.pt 1 – Somos o fabricante Makita e em Portugal temos armazém e assistência técnica. Somos a marca pelo que apenas trabalhamos a gama Makita. 2 - A mais recente novidade de produto introduzida foi a DTW1001rtj, chave de impacto 3/4 a bateria, com 1050Nm de capacidade de aperto com baterias de 5a/h. 3 – n.r. 4 - Não vendemos diretamente, trabalhamos através de distribuidores, mas dispomos de um site (www.makita.pt) e pessoal técnico que juntamente com os nossos distribuidores respondem a todas as solicitações

Porém, dentro da gama disponibilizada em todos os mercados, seus segmentos e sub segmentos, a marca dispõe de uma família alargada de ferramentas de pesados, que vão desde a ferramenta manual, pneumática e ferramenta específica de marca/modelo/ sistema. No catálogo que disponibilizamos para os vários mercados temos já bastantes itens disponíveis para os profissionais do setor. Trata se de uma ferramenta de qualidade superior, o que leva a que já existam algumas oficinas de referência que se equipam de base com a marca Jonnesway. 3 - No próximo ano a gama disponível vai ser aprofundada, dando assim maior capacidade de resposta aos exigentes problemas dos nossos clientes. 4 - Analogamente em toda a gama a ferramenta pneumática de pesados tem associado a si um conceito de reparação a custos controlados. Lembramos que toda a gama dispõe de kits de reparação, bem como da maioria das peças de desgaste que compõe cada máquina estão disponíveis para a reparação, ou seja, o cliente ao optar pela marca Jonnesway tem associada a essa opção a possibilidade de controlar os seus custos fixos, isto é, controlar a decisão de compra ou reparação do seu parque de máquinas. O cliente Jonnesway e em particular o cliente de ferramentas de pesados tem à sua disposição um laboratório técnico de auxilio, para testes, medições e analises rigorosas de todo o produto.

TENG TOOLS / MONTENEGRO FERNANDES José Coelho 963 094 350 jcoelho@montenegrofernandes.pt www.montenegrofernandes.pt 1 – Somos representantes exclusivos da marca de ferramenta manual Teng Tools e principal distribuidor das marcas elétricas Dewalt e Bosch. 2 - Na marca Teng Tools foi a introdução de conjuntos de ferramentas envoltos em espuma que têm como finalidade otimizar o espaço e colocar cada item no seu lugar, evitando assim perder ferramentas e a confusão no local de trabalho. 3 - A Teng Tools vai continuar a apostar no conceito de armazenagem, reforçando assim, além da qualidade, a organização. 4 - Neste setor, como noutros, tanto a assistência, a formação como as garantias são vitais para a continuidade da marca e da sua visibilidade.

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JONNESWAY / LUSILECTRA Raúl Vergueiro 226 198 750 r.vergueiro@lusilectra.pt www.lusilectra.pt 1 - A Lusilectra representa para os mercados português, espanhol, francês, angolano e ca bo-verd ia no, a ma rca de ferra mentas Jonnesway que, por sua vez, está presente em todos os continentes do mundo há mais de 30 anos 2 - De destacar as máquinas de impacto de ¾” e de 1” de quadra, que são extremamente procuradas tendo em conta o seu ótimo relacionamento Qualidade / Preço.

HAZET / COMETIL Samuel Figueiredo 219 379 550 geral@cometil.pt www.cometil.pt 1 – A Cometil tem várias soluções ao nível da gama de ferramentas representando reconhecidas marcas como a Ingersoll Rand, Hazet e Vigor. A que mais se destaca é a Hazet com uma gama bastante completa e abrangente. Para os veículos pesados dispomos de várias soluções, desde aparafusadoras de impacto


com encaixe até 1” e binários máximos de aperto de 2712Nm, chaves dinamométricas até 1” com binário máx imo de aperto de 2000Nm e vários complementos como chaves de caixa ou chaves de boca de impacto. 2 - As aparafusadoras de impacto modelos 9014 MG-1/MG-2 foram algumas das mais recentes novidades. Destacam-se pela elevada capacidade de aperto, modelos mais ergonómicos e de peso mais reduzido. Permitem ao utilizador trabalhar de uma forma mais eficaz e confortável. 3 - Existem várias novidades previstas na gama de ferramentas para veículos pesados. Algumas centram-se na melhoria e conforto das ferramentas de impacto que têm tendência a reduzir de dimensão e peso sem comprometer o desempenho. Outras passam pelo lançamento de ferramentas específicas para a montagem de sensores de identificação de pressão de pneus para veículos pesados. 4 – Todas as nossas ferramentas dispõem de garantia de fábrica contra defeitos de fabrico. Também dispomos de serviços técnicos internos para a verificação e reparação de máquinas. Com o objetivo de alargar a nossa competência técnica nos serviços propostos aos nossos clientes, tornamo-nos recentemente no único Centro Técnico Certificado Hazet em Portugal para a reparação e aferição de chaves dinamométricas.

INGERSOLL-RAND / COMINGERSOLL Jorge Brites 214 244 474 jbrites@comingersoll.pt www.comingersoll.pt PUBLICIDADE

1) A Comingersoll tem representação oficial em Portugal da Ingersoll-Rand. É uma marca vocacionada para os altos regimes de trabalho da indústria, devido à sua alta qualidade de construção comprovada e serviço de pós venda. 2) Sempre com ao objetivo de oferecer mais autonomia ao operador, a Ingersoll Rand continua a desenvolver as suas ferramentas elétricas. Os mais recentes modelos, a máquina W5132 (de 3/8”) e a máquina W5152 (de 1/2”), trazem algumas melhorias em comparação com os modelos anteriores. De notar a inovação no sistema de potência IQv, que apresenta agora 4 definições (sendo que duas delas apresentam também a opção de paragem automática). Este novo sistema IQv tem 4 definições de potência, que com o simples rodar de um botão, permite trocar rapidamente entre as potências correspondentes ao “Free Hand” (aperto com a mão), o “Wrench Tight” (aperto com uma ferramenta manual), o “Mid Power” (corresponde a metade da potência da máquina) e “Full Power” (em que debita a totalidade dos 500 Nm de potência disponível). Esta é uma máquina ideal para espaços curtos e de difícil acesso, devido ao seu tamanho reduzido (apenas 166mm de ponta a ponta), assim como é a primeira máquina que incorpora uma lanterna frontal, ao redor do encabadouro (não criando qualquer tipo de sombra). Outra inovação recente foi o desenvolvimento dos Power Sockets, uma patente Ingersoll-Rand, que permite adicionar até 50% do binário da máquina em operação de desaperto. Este novo produto está disponível nos tamanhos de 17mm a 27mm e é ideal para desapertar parafusos calcinados e/ou com ferrugem. 3) A Ingersoll-Rand continua a desenvolver as suas ferramentas de modo a tornar a sua operação mais fácil e eficaz. Para isso continua a desenvolver baterias melhores e mais duradouras, assim como máquinas mais leves e potentes. 4) Na Comingersoll reparamos e substituímos qualquer ferramenta Ingersoll Rand que não forneça o serviço desejado. Temos acesso a todo o tipo de informação das ferramentas que comercializamos de modo a fornecer uma assistência técnica de alta qualidade.

Para além disto, também fornecemos peças sobressalentes, manuais e instruções sobre o melhor funcionamento, aos nossos clientes, sobre as ferramentas adquiridas. Para melhor servir os nossos clientes, as nossas ferramentas dispõem de uma garantia de 2 anos.

WURTH Bruno Gonçalves 219 157 200 info@wurth.pt www.wurth.pt 1 - O Grupo-Wurth assenta o seu negócio no fabrico próprio de produtos para profissionais, efetuando a sua distribuição sob a insígnia da marca Wurth. Temos atualmente disponíveis no mercado várias linhas de produtos para diferentes tipos de clientes, sendo que no setor Cargo dispomos de um catálogo com todo o tipo de ferramentas manuais bem como de máquinas de impacto. Destacamos na nossa gama de ferramentas a linha Zebra, que é a demonstração clara da inegável qualidade das nossas ferramentas (100% qualidade). Os nossos clientes estão muito fidelizados às características únicas desta gama de ferramentas Zebra, pois permitem aos seus utilizadores realizarem o seu trabalho no dia a dia de forma muito mais eficaz e eficiente, otimizando e maximizando o seu trabalho, o que nos faz continuar a apostar forte nesta gama de produtos. 2 - Quando falamos de ferramentas não podemos deixar de referir o novo carro fer-


DOSSIER FERRAMENTAS

ramentas Cargo Edition, carro esse de alta qualidade em chapa e aço, composto por 11 gavetas, com uma capacidade total de aproximadamente 1000 kg, gavetas com fecho central permitindo que as gavetas sejam fechadas através de uma única fechadura, base superior em madeira permitindo uma bancada de trabalho As características do carro Cargo Edition permitem aos nossos clientes realizarem um trabalho totalmente seguro e organizado otimizando a performance do cliente nas suas tarefas diárias. A nossa estratégia passa sempre por estarmos atentos às necessidades do mercado, neste sentido o lançamento de novos produtos são fundamentais. Recentemente lançamos no mercado do setor Cargo, uma Aparafusadora Pneumática 1” “Premium Power” que tem tido sido mais uma máquina de sucesso. Trata-se de uma aparafusadora pneumática com apenas 8 Kg mas com uma potência de 2712 Nm de binário (desaperto máximo), que faz com que seja uma das mais potentes do mercado. Composta por 3 níveis de potência com sistema confortável de mudança de direção só com uma mão. 3 - Estão a ser desenvolvidos vários projetos para o ano 2017 e sabemos que o caminho é longo e de muito trabalho. Temos como objetivo apresentar no primeiro trimestre novas ferramentas para os setores Auto, Cargo e Agricultura, em que lhes daremos destaque nas novas plataformas e-shop com formações e vídeos de demonstração. 4- Um dos grandes fatores de sucesso da empresa é a sua rede comercial muito competente e profissional, sempre muito próxima do cliente, que garante toda a assistência técnica e formação adequada. Ao nível da assistência técnica temos uma equipa de técnicos especializados que recorre a diversos equipamentos de teste para comprovar e garantir a qualidade de cada reparação. Para reparação de máquinas, o cliente pode optar por dois caminhos: entregar ao técnico comercial ou ir diretamente à loja. Depois de reparada, a máquina pode ser enviada diretamente para o cliente ou para o técnico comercial.

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M7 / TECNIVERCA

serviço de assistência técnica exclusivo, onde, se necessário, o cliente pode requisitar uma máquina de substituição durante o período de reparação da máquina atual (caso este período ultrapasse os 5 dias). Dispomos também de diversos pontos de assistência a nível nacional, de forma a que o cliente tenha uma confiança superior ao comprar um equipamento M7, certificando-se que em caso de algum problema, obterá uma resposta breve sobre a avaria do equipamento.

Miguel Mestre 219 584 273 tecniverca@tecniverca.pt www.tecniverca.pt 1 – A Tecniverca tem como fornecedores de ferramentas de impacto as marcas Kraftwerk e Mighty Seven, tendo a Mighty Seven (M7) maior destaque neste setor. 2 - A mais recente novidade introduzida nesta gama de ferramenta foi a máquina de 1/2” NC4255Q, também denominada por TORO, que possui uns estrondosos 1627Nm de binário. 3 - A Mighty Seven divulgou na feira em Frankfurt diversos artigos que irão integrar a nossa gama de ferramentas pneumáticas. Entre as diversas novidades, podemos destacar as novas rebarbadoras pneumáticas QB7114 [S/M], QB-7115 [S/M] e QB-7145 [S/M]. As principais características destas rebarbadoras são: desenho do motor reforçado (com capacidade até 1,3HP), sistema métrico e polegada de forma a abranger todos os mercados, bloqueio do prato para rápida substituição de disco, design de 100 graus para uma fácil utilização, escape lateral, 11.000 RPM em vazio, 232mm de comprimento, 119 l/min de consumo de ar, 1,3HP de potência, 1,81Kg de peso e o nível de ruído de 90dB. Outra novidade é o roquete de 1/2” com cabeça angular NE-488. Além da possibilidade de angular a cabeça, este roquete tem um binário de 81 Nm, 150 RPM em vazio, consumo de ar de 127,4 l/min, 6.3bar de pressão, 275mm de comprimento, 1,45Kg de peso e nível de ruído de 85dB. 4 – A Tecniverca tem vindo a desenvolver diversas ações de formação para os clientes onde existe uma componente teórico-prática a nível das ferramentas pneumáticas. Em conju nto com u m téc n ico da ma rca explicamos o funcionamento de diversas máquinas, assim como principais características e vantagens em relação ao mercado com exemplos práticos a desmontar/montar equipamentos para melhor entendimento das suas funções e responder às questões que os nossos clientes tenham. Além destas formações, a Tecniverca possui também um

ECF / EUROCOFEMA José Costa 229758579 geral@eurocofema.pt www.eurocofema.pt 1 – No que diz respeito às ferramentas pneumáticas trabalhamos a nossa própria marca “ECF” 2 - As mais recentes novidades são uma máquina de impacto mini, com capacidade até 949Nm e que pesa apenas 1200g e tem um consumo de apenas 113 litros de ar por minuto e um berbequim pneumático reversível com bucha de 10mm e com apenas 1kg. 3 - Fruto dos excelentes resu ltados que temos vindo a conseguir com a maquinaria pneumática, no futuro pensamos em alargar a nossa gama de máquinas de forma a que um utilizador possa adquirir da marca “ECF” tudo que necessite de equipamentos pneumáticos. 4 – Sem dúvida que é necessário sempre a lgu ma for mação no que d i z respeito à maquinaria pneumática, mas na nossa opinião quando se comercializa uma máquina pneumática deve-se ter em atenção principalmente a disponibilidade hidráulica do utilizador e perceber se os meios e facilidades são suficientes para obter o máximo rendimento dos equipamentos em questão.


DINO PAOLI / GONÇALTEAM Antonio Gonçalves 212 251 578 geral@goncalteam.pt www.gteam.com.pt 1 – Na Gonçalteam temos todas as ferramentas necessárias para o serviço de viaturas pesadas e OTR, para além dos equipamentos de alinhamento, de elevação e de diagnóstico, temos nomeadamente, gruas, prensas, preguiças de 12 Ton a 100 Ton, pistolas de impacto, ferramenta manual especifica em 1” e 3/4”, ferramenta técnica para mecânica de motor e de chassis. 2 - Temos nas máquinas de impacto a maior novidade com a marca Dino Paoli e o seus sistemas hidráulicos de (des)aperto de porcas, com o apoio ergonómico ao operador com viatura de suporte ao sistema. 3 - Vamos aumentar a gama com uma outra marca de pistolas de impacto de origem alemã, para um mercado profissional, mas que pretende gastar menos de 600€ por pistola de nível Premium. 4 – Em todos os produtos que comercializamos damos a formação de utilização, formação técnica do segmento do negócio, prestamos assistência técnica aos nossos produtos e a outros que o cliente tenha, efetuamos a verificação periódica etc.

FORCH Marco Simões 937990903 marco.simoes@forch.pt www.forch.pt

1 – A Forch trabalha com ferramenta da marca Forch e da Stahlwille, sendo que a mais vendida é a de marca própria porque apresenta um rácio qualidade preço muito interessante. A nossa gama específica para pesados pode ser consultada no nosso site, capítulo 13 – truckline. 2 - Temos introduzido novidades nas máquinas pneumáticas de 3/4 e de polegada, máquinas mais potentes e a melhores preços, da marca Forch mas fabricadas pelas mais reconhecidas marcas da área. A campanha de 3 máqu i nas da M i lwau kee fu ncionou bem para clientes de pesados, 3 máquinas à escolha com a bateria de grande capacidade. 3 - Vamos ter algumas novidades em termos de ferramentas manuais com chaves mais leves e robustas e também novas Chaves dinamométricas de 3/4 e polegada com melhor preço. 4 – A nossa sede na Alemanha assume toda a assistência técnica, a formação é feita pelo nosso formador de produto Marco Gomes, sendo passado documento de formação e temos a garantia de lei.

BERNER João Correia 800 204 493 comercial@berner.pt www.berner.pt 1 – Comercializamos apenas a marca Berner. 2 - Regularmente vamos introduzindo novidades no mercado e atualizando a nossa oferta, para acompanhar as necessidades dos nossos clientes. Recentemente renovámos a gama de Pistolas Pneumáticas, lançámos um novo Multiplicador de força 1” e um novo equipamento de assistência (booster) 12/24V. 3 - Para 2017 temos planeado o lançamento de uma nova linha de sinalização de veículos, kits ADR e acessórios de travões pneumáticos (Racords ABC) 4 – Todas as nossas ferramentas e equipamentos têm garantia e assistência técnica

em caso de necessidade.

BAHCO / SNA EUROPE Pedro Azevedo 252 650 150 pedro.azevedo@snaeurope.com www.bahco.com 1 – As marcas de ferramentas que produzimos e comercializamos são a Bahco e Irimo. Sendo que a marca principal é a marca Bahco. 2 - A mais recente novidade introduzida foi a gama de carregadores eletrónicos adequada a todos os tipos de bateria para todas as categorias de veículos ligeiros e pesados. 3 - Muito em breve introduziremos no mercado as pistolas de impacto de uma polegada, em material compósito vocacionadas para veículos pesados. Mais leves, mais rápidas e com mais binário. Destaque especial para a versão com eixo longo de 8 polegadas. 4 – À parte da assistência técnica, formação e garantia vitalícia que hoje já são encaradas como “order qualifiers” sem os quais não deveria ser possível estar no mercado, a Bahco oferece um serviço de personalização que vai desde o suporte das soluções de armazenagem até à gravação de cada uma das ferramentas com o texto que o utilizador pretender. Esta solução é mais um passo em frente quer ao nível da eficiência do utilizador quer ao nível da gestão da oficina. A Bahco possui também entre as suas unidades de produção na Europa uma fábrica dedicada a soluções especiais para o aftermarket. Dedica-se exclusivamente a desenvolver ferramentas para resolver problemas como são, por exemplo, a remoção de baterias dos carros elétricos. Neste caso foi criada uma grua especial que equipa atualmente os concessionários da marca de automóveis para qual a solução foi desenvolvida.

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BETA / BOLAS Davide Mira 266 749 300 davide.mira@bolas.pt www.bolas.pt 1 - No nosso portfólio existem três marcas sob as quais comercializamos “chaves de impacto”: Beta, Metabo e Pacole. A Beta destaca-se quer pela notoriedade da marca, quer pela extensão e qualidade da linha de produtos. Na Metabo dispomos de uma linha de chaves de impacto sem fio, com baterias de lítio (algumas delas equipadas com a revolucionária tecnologia de baterias de lítio LiHD). As máquinas caracterizam-se pelo seu formato

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ergonómico e compacto, mas também pela potência, autonomia e flexibilidade. A marca também lançou recentemente uma linha completa de ferramenta pneumática com um feedback bastante positivo do mercado. Para o utilizador que valoriza preço, disponibilizamos ainda a marca Pacole, com uma linha mais básica e de preço competitivo. Qualquer uma das marcas apresenta a linha mais comum de chaves de impacto que se encontra no mercado, no entanto, é a Beta a que mais se destaca pela especificidade de algumas chaves de impacto de aplicação muito concreta, que constituem a sua gama (pneumática): > Chaves de impacto de 3/8”, ½”, ¾”, 1” e 1.½”; > Chaves de impacto com veio longo de ¾” e 1”; > Binários entre os 10Nm e os 4068Nm; > Linha em alumínio e linha em compósito; > Chaves de impacto especiais para o sector auto com binário reduzido entre 10Nm e 40Nm; > Chaves de ½” de d i mensões reduzidas (comprimento total de 109mm) > Chaves de ½” de binário elevado (1750Nm) > Chave de impacto angular; > Etc. No que diz respeito às chaves de impacto a bateria, a Meta bo d ispon i bi l iza vá rios

modelos de 18 volts e quadra de ½”, que apresentam potências de trabalho de 130Nm até 600Nm. Estas máquinas destacam-se ainda pelo interface que é partilhado por todas as máquinas a bateria da Metabo e ainda pelos 3 anos de garantia nas baterias. 2 - A mais recente novidade neste campo é a chave de impacto da Beta 1927XM, que é extremamente compacta, permitindo trabalhar em locais de difícil acesso. Esta chave de impacto apresenta um comprimento total de 109mm, é reversível, 3 níveis de binário para aparafusar e desaparafusar, exaustão do ar pelo punho, gancho para balanceador. Podem ser extraídos desta pequena chave de impacto uns surpreendentes 770Nm de binário. Em termos de máquinas a bateria, a Metabo SSW 18 LTX 400 BL é uma chave de impacto que se destaca em diversas vertentes. Apresenta um binário máximo de 400Nm, no entanto é extremamente compacta para este nível de potência. Esta máquina permite a seleção de 12 níveis de binário entre os 130Nm e os 400Nm, o que lhe confere uma enorme flexibilidade e diversidade de aplicações. Vem ainda equipada com as novas baterias de lítio LiHD, que apresentam um tecnologia inovadora que permite aumentar até 87% a autonomia da bateria e até 67% a potência


da máquina. Com esta inovação, a Metabo aperfeiçoou a sua tecnologia de baterias ao mais alto nível e entrou pela primeira vez em campos de aplicação até agora impensáveis para ferramentas sem fio. 3 - Em 2017, a Beta irá lançar dois novos modelos, nomeadamente : • Jogo composto por chave de impacto reversível de ½” e 3 chaves de caixa, com dispositivo de duplo impacto e binário elevado até 1.020 Nm, regulável em 3 níveis, fornecido em robusto estojo de transporte • Chave de impacto reversível de 1”, com dispositivo de duplo impacto, binário até 2445 Nm, regulável em três níveis, punho auxiliar Estas e outras novidades constarão do próximo folheto promocional Beta Action a lançar em Fevereiro 2017. 4 – Disponibilizamos, a nível nacional, todos os serviços necessários de apoio pré e pós-venda para chaves de impacto em particular e para toda a gama de produtos que comercializamos. A empresa Bolas possui um serviço de assistência técnica especializado apto a fazer toda a reparação e manutenção necessária às chaves de impacto das três marcas. Adicionalmente, dispomos de um serviço de aconselhamento de produto

e demonstração, para que cada chave de impacto seja perfeitamente adequada ao serviço a efectuar.

KSTOOLS / CIVIPARTS António Pinto 218 612 000 civiparts@civiparts.com www.civiparts.com 1 – A nível de ferramentas manuais e ferramentas pneumáticas a Civiparts representa diversas marcas provenientes de fabricantes com elevada capacidade técnica e de desenvolvimento, dos quais destacamos a KSTools, a Ingersoll-Rand, a Omega Mechanix e a PCL.

2 - A s nossa s represe ntad a s es tão e m permanente evolução e desenvolvimento tecnológico, lançando constantemente no mercado novas ferramentas cada vez mais aperfeiçoadas, dando resposta às especificardes do setor automóvel que é cada vez mais exigente. Prova disso é, por exemplo, o recente prémio de reconhecimento conced ido por ocasião da ú lti ma Exposição Internacional Automechanika, pela revista da especialidade Profi Werkstatt , à nossa representada KSTools, “Melhor Marca do Ano 2016”, que a coloca numa posição de verdadeiro destaque em relação às suas concorrentes de maior destaque no mercado das ferramentas. Este galardão atesta a capacidade de desenvolvimento da KSTools que, para além das mais de 17.000 referências ativas, dedica grande parte do seu esforço à investigação e desenvolvimento de soluções para dar resposta às necessidades do mercado. 3 - Como já foi dito, a inovação e o desenvolvimento tecnológico é uma preocupação que a Civiparts com os seus parceiros tem no dia a dia e por isso estão constantemente a ser introduzidas novidades com grande impacto no setor oficinal. Como exemplo podemos destacar as ferramentas (sem fio) de Impacto, de aperto e furação, alimentadas a bateria, que cada vez mais se estão a sobrepor às ferramentas pneumáticas e elétricas tradicionais, às quais a nossa representada Ingersoll Rand tem dedicado um esforço de desenvolvimento notável que as colocam hoje em dia em algumas categorias a par dessas suas congéneres e que simplificam muito a sua utilização pelos profissionais mais exigentes. A marca está em constante desenvolvimento no sentido de colocar no mercado ferramentas com cada vez mais capacidade ao nível das baterias que lhes conferem cada vez mais autonomia, potência, robustez e fiabilidade. 4 – Um bom serviço ligado à comercialização de ferramentas começa pela capacidade de perceber a necessidade do cliente profissional, para adequar a sua oferta com a melhor solução quer em temos técnicos quer económicos, adicionalmente um bom serviço de assistência pós venda com capacidade para fazer formação e resolução de eventuais problemas, podendo inclusivamente ser contratado um serviço de manutenção preventiva periódica, são fatores fundamentais e diferenciadores. As garantias são um elemento contratual obrigatório por lei, pelo que sendo importantes, não são por si só elemento muito importante na negociação. DEZEMBRO 2016 / JANEIRO 2017

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SALÃO MECÂNICA

Muito produto e serviço para pesados

Na edição de 2016 da Mecânica muitas empresas aproveitaram este salão para divulgar os seus produtos e serviços para o setor dos veículos pesados. Muitas novidades estiveram presentes neste certame.

A

pesa r de só esta r ma rcada pa ra 2017, em Lisboa, a próxima edição da Expotransporte, a verdade é que na Mecânica 2016, o setor do pós-venda para veículos pesados esteve muito bem representado. A Gonçalteam ocupava um dos maiores espaços na Mecânica, com destaque para os equipamentos da HPA-FAIP, marca através do qual possui uma gama de equipamentos para o serviço de pneus nos veículos pesados.

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PÓS-VENDA PESADOS

{ TEXTOS PAULO HOMEM E CLÁUDIO DELICADO } A empresa levou também à Mecânica produtos das marcas HAWEKA e DINO PAOLI, esta última uma conceituada marca de chaves de impacto, com uma consistente oferta para veículos pesados. A Sosi destacou os lubrificantes Repsol, marca que distribui há mais de 20 anos, dispondo de um extensa oferta de lubrificantes para pesados. A Certoma divulgou os seus equipamentos de limpeza de estofos auto e de limpeza do pavi-

mento nas oficinas, da sua representada RCM. Nos equipamentos a Sarraipa destacou as máquinas para pneus da Teco e os compressores de parafuso da Renner. Diversas novidades foram divulgadas nas ferramentas Fasano. A grande novidade da EuroFiltros foi o Equipamento de limpeza e regeneração de filtros de partículas, fabricado pela representada Donaldson. A +Baterias é uma rede de lojas especializadas em todo o tipo de baterias. Atualmente a rede


conta com 3 lojas, sendo que estão já previstas mais duas. A marca de baterias Fiamm dá imagem a esta rede da Polibaterias. A grande novidade da Alidata foi a divulgação da nova imagem. Foi criado um Grupo de empresas passando a existir uma marca institucional umbrela que é o Sendys Group – constituído por 8 empresas. Os lubrificantes Fuchs foram o grande destaque no stand da Petromós. A Fuchs tem vindo a apostar em produtos para o setor dos pesados onde possui uma gama completa e de muita qualidade. Na Faher a novidade é o produto Goitek, um substituto ecológico para todo o tipo de sistemas A/C. Neste mesmo stand estava a MOV, empresa que dinamizava as ferramentas da

Hazet e os modernos sistema de iluminação para trabalhar nas oficinas da Scangrip. A Recambios Quasar possui uma extensa oferta em alternadores e motores de arranque para todo o tipo de aplicações, incluindo para todo o tipo de veículos pesados, destacando-se os produtos da marca Denso. A Pneus do Alcaide mostrou os mais recentes pisos dos pneus recauchutados que comercializa, bem como a gama de pneus para pesados da Goodyear / Dunlop. Os serviços de natureza ambiental, para o setor das oficinas, foram promovidos pela empresa Natureza Verde, que comercializa também alguns equipamentos ambientais. No sempre dinâmico stand da WD-40, o destaque foi para WD-40 Dupla ação 500ml em

Six Pack Promocional e o Bidon de 5 litros com Pulverizador. Em exposição estava a recém-chegada gama WD-40 Specialist. A Rodribench tem sempre um dos stands mais ativos neste tipo de eventos, onde são dinamizadas muitas demonstrações, no qual sobressaíram os equipamentos de reparação de plásticos e o já famoso Miracle System, para reparação de chapa. A Lynxport passou a ser o distribuidor nacional das ferramentas Snap-On. Neste certame mostrava as diversas soluções Snap-On de arrumação de ferramentas, para uma maior rentabilidade oficinal. A SOS Battery é uma empresa que dispõe de 6 plataformas no país, que dão apoio às empresas em tudo o que tenha a ver com baterias (ligeiros, pesados e outras aplicações). Representa a marca de baterias Hugel e os lubrificantes Lubex. Os Radiadores Nissens deram destaque aos núcleos e ventiladores para pesados, dispondo esta empresa de uma vasto stock para este setor. A GAO apresentou-se na Mecânica com a camisola da Q8 Oils vestida. A empresa da Lourinhã é o distribuidor exclusivo da marca de lubrificantes do Kuwait para Portugal, com oferta nos ligeiros como nos comerciais ligeiros, pesados, indústria e agrícolas. A Cetrus apresentou três novidades: uma máquina de alinhamento de direções 3D, uma máquina de enchimento de AdBlue e ferramentas de uma nova marca na empresa: a Boxo. A DRF voltou a mostrar neste certame as suspensões e molas, para além de acessórios diversos, que disponibiliza para o sector dos veículos pesados. A Wurth tinha em exposição equipamentos e consumíveis diversos tanto para o sector dos ligeiros como dos pesados, com destaque para a máquina de A/C. A Manuel Guedes Martins apostou nos serviços de assistência técnica a equipamentos oficinais, área de negócio onde a empresa se especializou tendo muitos clientes ao nível das oficinas de pesados. A empresa possui agora um serviço de assistência a equipamentos 24 horas. Muitas outras informações sobre a Mecânica poderá ler no site www.posvenda.pt (pesquisar por Mecânica 2016). DEZEMBRO 2016 / JANEIRO 2017

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SALÃO MECÂNICA

DESTAQUES ROSETE Apostada em marcar presence neste certame, onde tem sempre a visita de muitos clientes, a Rosete aproveitou para divulgar a plataforma Tachorosete (gestão comportamental de motoristas) e a Masterdrive, um gabinete de apoio aos condutores de veículos pesados, recentemente lançado pela empresa de Leiria.

GRUPO SOBRALPNEUS Para além da representação dos pneus Marshal em exclusivo para o mercado português, outro dos destaques deste stand foi o Led Pressure Alarm, um sistema TPMS que acende uma luz vermelha assim que o pneu perde 0,25 bar de pressão, tendo ainda um sistema anti-roubo.

MASTERSENSOR A ligação da Mastersensor à Heyner é cada vez mais forte e as escovas da marca alemã ganham cada vez mais espaço no mercado. Entre as novidades da vasta gama estavam as escovas traseiras flat, mas também novas medidas das escovas híbridas, que são o ex-libris da oferta da Heyner. Destaque ainda para a gama Alca para camiões e autocarros.

TIRSOPNEUS Neste stand estava em grande destaque a gama de pneus para pesados da Hankook, que a Tirsopneus representa em Portugal. A grande novidade foi o e-cube Blue TL20, um pneu ultra moderno para reboques, que apresenta as mais modernas tecnologias desta construtor, no que diz respeito à economia de combustível.

EVOPARTS A Evoparts é um grossista de peças para veículos pesados que comercializa os seus produtos com a marca Evoparts. Esta empresa, que vende unicamente os seus produtos à revenda, apresentou na Mecânica 2016 uma nova plataforma online B2B. Nesta plataforma, que está disponível no site www.evoparts. es, poderá aceder ao enorme stock de referências da Evoparts e efetuar a encomenda.

KROON-OIL (MASAC) O stand da Masac estava decorado com a marca de lubrificantes Kroon-Oil. De origem holandesa, a Kroon possui um catálogo muito completo de aplicações para o setor auto (mais de 200 referências, onde se inclui as muitas aplicações para pesados). A empresa vende diretamente às oficinas mas procurava através da Mecânica revendedores para algumas zonas do país.

INTERESCAPE Especialista em sistema de escape, a Interescape apostou na divulgação da certificação TUV na limpeza de filtro de partículas. Para além disso mostrou os filtros novos das marcas Walker, Eberspacher, Imasaf, As, Bm , Bosal e Iecat.

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PÓS-VENDA PESADOS


PAULO FERREIRA MACHINES Neste evento a Paulo Ferreira Machines destacou o produto da qual é distribuidor, os compressores da marca ROTAIR para Portugal, nomeadamente os compressores elétricos de ar comprimido de parafusos. Especializada na área do ar comprimido a novidade foi o lançamento de um modelo de compressores até 7.5hp de potência.

MEMODERIVA A Memoderiva é uma jovem empresa que dinamiza serviços na área da limpeza e regeneração de filtros de partículas em ligeiros e pesados, através da marca Ecofap.

JMCS A grande novidade neste stand eram os novos equipamentos AutoEquip, que a JMCS distribui em Portugal, reconhecido fabricante de pórticos de lavagem de Escovas, Jet Wash, entre outros. A gama inclui diversos equipamentos para a lavagem de ligeiros e pesados.

MPM OIL Pela primeira vez neste salão, a MPM Oil (de origem holandesa) dava a conhecer a sua extensa gama de lubrificantes, com mais de 350 referências, para diversos setores com destaque para a área auto, pesados, agrícola e máquinas industriais. Para além de lubrificantes a gama de produtos MPM Oil inclui ATF, óleo de travões, massas, anticongelantes, aditivos, sprays, etc.

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PRIMEIRO EQUIPAMENTO SCANIA

Negócio das peças focado na rede A Scania foca o seu negócio de peças apenas na rede da marca e não estimula as vendas a oficinas independentes. Esta é a filosofia da marca que não tem dúvidas que é o melhor parceiro que os transportadores podem ter também no pós-venda e peças.

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ano de 2016 foi um ano muito positivo para a Scania e “serviu para consolidarmos a nossa posição como fornecedor preferencial de serviço para os nossos clientes. Isto resulta no facto da valorização positiva do nosso serviço por parte dos nossos clientes se traduzir num incremento do volume de negócio acima das nossas expectativas”, explica Daniel Norte, Diretor de Serviços Comerciais da Scania Ibérica. Desta forma, a venda de peças é uma fatia importante do ponto de vista económico para o negócio global da Scania em Portugal. Ainda assim “faz

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PÓS-VENDA PESADOS

{ TEXTO CLÁUDIO DELICADO } parte de um pacote completo de medidas com o foco em aumentar a rentabilidade dos nossos clientes”, explica o responsável, que acrescenta: “Procuramos soluções logísticas apropriadas para o cliente e a disponibilidade de peças de reposição é uma delas. Oferecemos alternativas adaptando o nosso portfólio de serviço às circunstâncias do cliente, encarregamo-nos do controlo da manutenção dos seus veículos, a programação das suas imobilizações e a realização destes serviços onde seja mais conveniente, quer seja nas suas instalações, na sua área de trabalho ou em qualquer ponto da nossa extensa rede de serviço”.

Para um serviço de maior proximidade a Scania utiliza a elevada quantidade de informação obtida através da telemática do veículo para colocá-la à disposição do cliente, depois de devidamente filtrada e analisada pela equipa de consultores. “A peça, do ponto de vista do nosso cliente, representa uma das parcelas do custo de exploração mais irrelevantes para o seu negócio. O serviço, a disponibilidade do veículo e o consumo de combustível são as suas verdadeiras preocupações. Da mesma forma, para a Scania estes pilares são os mais relevantes e onde pomos todo o nosso foco e atenção. É onde podemos contribuir para aumentar a rentabilidade


dos nossos clientes, que é o nosso objetivo”, explica Daniel Norte. No que diz respeito à venda das peças a Scania está exclusivamente focada na sua rede de assistência. E os clientes são segmentados apenas de acordo com a carga que transportam, sejam passageiros ou mercadorias, procurando soluções mais ajustadas a cada um dos serviços. “Ao nível da rede Scania, contamos com oficinas perfeitamente alinhadas com esta visão do negócio, que dão resposta a todos os nossos clientes. As oficinas que não fazem parte da rede Scania não são o nosso foco”, explica o responsável. Daniel Norte aprofunda a estratégia da marca: “Ao longo dos últimos anos o setor do transporte evoluiu muito, profissionalizando-se e incorporando nas suas estruturas novos perfis, mais técnicos e analíticos. Consequentemente, o nosso cliente estuda a sua rentabilidade e nós ajudamo-lo a que esta aumente. Antes es-

tudavam-se os custos com caráter mensal ou anual. Hoje, o preço é só um fator de estudo. Só complementando esta análise com outros fatores como a qualidade/durabilidade, a segurança, a poupança e disponibilidade da própria peça e, como tal, do veículo, podemos medir a rentabilidade do cliente em cada uma das suas decisões. Desde o momento em que os nossos clientes analisam o seu negócio nesta dinâmica, procuram peças originais Scania. Além disso, na Scania estamos em condições de medir e mostrar os resultados do nosso produto e de como contribuímos para que o nosso cliente tome a decisão correta”, acrescenta. A rede Scania está formatada para disponibilizar o máximo de informação possível para ajudar os seus clientes. “O nosso objetivo é sermos os assessores dos nossos clientes em matéria de manutenção correta dos seus veículos e convertermo-nos em fornecedores de soluções que garantam um aumento dos seus lucros. É essa a forma de dinamizarmos as vendas dos nossos concessionários”, explica Daniel Norte. Definitivamente a venda de peças a oficinas independentes não é uma forma de dinamizar o negócio dos concessionários, sublinha o responsável: “O nosso foco é o transportador e de que forma podemos contribuir para o aumento da sua rentabilidade trabalhando da maneira

mais eficiente. As oficinas que não fazem parte da rede Scania não entram na nossa estratégia de venda.” Por isso mesmo, não está prevista nenhuma ação para dinamizar o negócio de peças para oficinas independentes nem mesmo qualquer ação de formação da marca para este tipo de oficinas. Em relação à diferença entre peças originais e equivalentes Daniel Norte explica a sua visão: “A Scania, como fornecedor premium de serviços fixa para o desenho das suas peças standards premium de qualidade a nível construtivo que as tornam diferentes de outras que se podem encontrar no mercado. Cada vez estamos a trabalhar mais para poder mostrar estas diferenças aos nossos clientes, de tal forma que possam confirmar a qualidade e durabilidade das nossas peças. Um exemplo disso são as nossas baterias, que cumprem com uma normativa interna da fábrica no que diz respeito a especificações, amperagem, arranque a frio, ciclos de carga e anti-vibração, o que nos garante a melhor bateria do mercado e isso mesmo é reconhecido pelos nossos clientes. Desta forma, podemos sempre provar que a durabilidade dos nossos produtos é amor do que as peças equivalentes que existem no mercado.” É nesse sentido que se vai manter o esforço da marca no que diz respeito às peças. DEZEMBRO 2016 / JANEIRO 2017

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PRIMEIRO EQUIPAMENTO RENAULT TRUCKS

Peças em crescimento A Renault Trucks faz um balanço muito positivo de 2016 no que ao negócio das peças diz respeito, tendo representado cerca de 20% do negócio total global em Portugal da marca, representada pela Galius. { TEXTO CLÁUDIO DELICADO }

A

gora que o ano está a acabar, a Renault Trucks, distribuída em Portugal pela Galius, empresa do Grupo Nors, faz um balanço positivo de 2016 no negócio das peças. “O balanço do negócio de peças do último ano é extremamente positivo, não só pelo seu crescimento, mas também pelo conjunto de medidas/ações, algumas delas estruturantes, que tivemos oportunidades de colocar em prática”, explica Luís Jervell. Este ano o negócio de peças representou cerca de 20% do volume de negócios global em Portugal, sendo que menos de 5% deste negócio é feito com oficinas independentes. A Galius faz a sua segmentação de clientes de peças por canal de venda: oficina, balcão de venda a público, contact-center e vendedor após-venda, assim como, pela dimensão e respetivo grau de fidelização. Durante este ano, adianta Luís Jervell, a procura de peças originais por clientes independentes manteve-se em linha com o ano anterior. Em termos de dinamização do setor das peças nos concessionários “para cada um dos canais de venda referidos (oficina, balcão de venda a público, contact-center e vendedor após-venda) temos um vasto conjunto de ações em curso. Por outro lado, continuamos a investir consideravelmente em iniciativas de caráter promocio-

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nal, assim como, de caráter relacional”, explica o responsável. Ainda assim, complementa: “a Rede de Concessionários Após-Venda não promove ativamente a venda de peças recorrendo ao canal independente.” Desta forma, não está prevista nenhuma ação específica para dinamizar o negócio das peças para oficinas independentes ao longo do próximo ano nem está prevista qualquer formação por parte da marca a oficinas independentes que possam estar interessadas. Uma novidade que está a ser preparada “numa fase bastante embrionária ainda” é uma plataforma de venda online de peças. “É um objetivo concreto que deriva de uma necessidade que temos vindo a constatar no mercado e pretendemos suprimir”, explica Luís Jervell. No que

diz respeito ao canal de vendas de peças originais para retalhistas de peças independentes é completamente marginal, sendo que o “o volume de negócios da Rede de Concessionários ApósVenda está suportando, quase exclusivamente, na venda a consumidor final.” No que diz respeito à Renault Trucks, a diferenciação no setor das peças terá, “obrigatoriamente, que passar por um “pricing” ajustado, pelo argumentário utilizado pelas respetivas estruturas comerciais de após-venda, pela respetiva garantia associada, entre outros aspetos”, enuncia Luís Jervell. A Renault Trucks conta com uma vasta e diversificada oferta de peças sobresselentes e abrange a totalidade dos veículos Renault Trucks, quer


sejam antigos ou recentes. Dá também resposta a todas as necessidades de assistência e de manutenção habitual dos seus veículos e reboques. A oferta conta com peças novas, reconstruídas, kits, acessórios, equipamentos de oficina, garantindo a solução melhor adaptada a cada cliente. Todas as peças são concebidas e homologadas para os veículos Renault Trucks, em função das características técnicas, e que respondem aos critérios mais restritos em matéria de fiabilidade, segurança e normas ambientais. As peças sobresselentes Renault Trucks, garante a marca, mantêm os desempenhos de origem do veículo para responder às exigências das suas actividades: mobilidade, cumprimento dos pra-

zos, e segurança. “A atividade de peças para a Galius é considerada de vital importância na sustentabilidade global da operação. Por outro lado, a Galius está convicta garante que a utilização de peças genuínas Renault Trucks assegura níveis de fiabilidade superiores, e por consequência períodos de imobilização mais reduzidos, ao longo da vida útil do camião”, sublinha Luís Jervell. A rede oficial da Renault Trucks conta atualmente com nove pontos de assistência no país, que garantem todos os serviços necessários no que diz respeito à manutenção e reparação dos camiões da marca. Dois desses pontos de assistência são próprios: um em Castanheira do Ribatejo e outro em Vila do Conde. DEZEMBRO 2016 / JANEIRO 2017

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NOTÍCIAS CAMIÕES

MAN desenvolve protótipo de camião elétrico

Scania introduz Opticruise em veículos a gás A Scania passou a comercializar a caixa de velocidades automatizada Opticruise em veículos equipados com motor a gás de nove litros, permitindo a utilização deste combustível no serviço de distribuição ou longo curso. “Antes não tinha sido possível combinar os motores a gás com o Scania Opticruise e, portanto, os clientes podiam apenas optar entre caixas de velocidades manuais ou caixas de velocidades totalmente automáticas”, explica Magnus Hoglund, diretor de Soluções Sustentáveis da Scania. “Estas duas alternativas continuam disponíveis, mas contam agora com um fator que as torna mais atrativas, o Scania Opticruise, para o serviço de longo curso e a distribuição”. Com 340 CV e 1.600 Nm, o motor a gás de cinco cilindros em linha e nove litros da Scania carateriza-se pela facilidade de condução, a que se juntam os baixos níveis de ruído e o reduzido impacto ambiental. A Scania disponibiliza motores a gás na sua atual gama de camiões com as cabinas das sé-

ries P e G. A combinação exata entre motores, caixas de velocidades e cabinas, para as mais diversas aplicações e serviços, é determinada à medida de cada cliente. Os motores a gás da Scania estão preparados para funcionarem com GNC (gás natural comprimido) ou GNL (gás natural liquefeito), assim como biogás. A marca propõe vários depósitos e a opção GNL possibilita uma autonomia até 1.100 quilómetros entre cada reabastecimento. “O nosso motor a gás de 340 CV é totalmente comparável, em desempenho, a um motor diesel com a mesma potência, mas a verdade é que gera um binário ligeiramente superior”, afirma Magnus Hoglund. “O facto de atualmente combinarmos o nosso motor de nove litros com o Scania Opticrusie permite aos condutores tirarem partido do bom desempenho, de uma condução descontraída e de um baixo nível de ruído. Independentemente da disponibilidade exata dos tipos de gás, podem sempre ser obtidos benefícios ambientais, com níveis mais baixos de partículas e emissões reduzidas.

A MAN Truck & Bus desenvolveu um protótipo elétrico de um trator de mercadorias que se destina a operações de distribuição com semirreboques em ambientes urbanos. O MAN eTruck tem como base o modelo MAN TGS 4×2 BLS-TS, com peso bruto de 18 toneladas, e está vocacionado para entregas noturnas nos centros das cidades, designadamente em supermercados ou cadeias de lojas alimentares. O protótipo de camião elétrico da MAN vem equipado com um motor elétrico que desenvolve uma potência de 250 kW e um binário máximo de 2700 Nm, que é colocada no eixo traseiro através de um veio de transmissão. As unidades auxiliares, como a direção assistida, o compressor pneumático e o sistema de ar condicionado, são operados eletricamente e controlados pelo sistema de gestão de energia para otimizar o consumo neste domínio. O sistema de recuperação de energia transforma a energia cinética do veículo em eletricidade durante as fases de aceleração e utiliza-a para recarregar a bateria. A informação relativa ao nível de carga da bateria, à recuperação de energia e o modo de carga, é transmitida ao motorista através de um mostrador no painel de instrumentos. O camião dispõe de uma bateria de iões de lítio com uma capacidade de 35,3 kWh, que está localizada por baixo da cabina e por cima do eixo dianteiro. Em função do tipo de utilização, a autonomia do veículo varia entre 50 e 150 quilómetros.

Novo camião híbrido da Sacania chega a portugal A Scania passou a comercializar no mercado português o primeiro camião híbrido Euro 6 para distribuição urbana. O veículo, que está disponível com cabines CP ou CG, possui um motor de nove litros com cinco cilindros em linha e 320 CV e dispõe de uma caixa de velocidades E-GRS895 combinada com o Scania Opticruise. O motor pode ser alimentado por gasóleo em combinação com combustíveis alternativos, como o HVO e o FAME, permitindo, segundo a Scania, uma redução nas emissões de CO2 até 92%. Juntamente com o motor de combustão foi instalado um sistema híbrido,

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PÓS-VENDA PESADOS

composto por um motor elétrico e uma Unidade de Potência Híbrida (UPH). O motor elétrico possui 130 kW (174 CV) e um binário de 1.050 Nm; já o UPH é constituído por uma bateria de iões de lítio híbrida com capacidade de 5 kWh (apesar de a capacidade útil ser de apenas 1,2 kWh) e uma potência de carga/descarga de 90 kW/120 kW; um sistema de refrigeração, um conversor DC/DC, um inversor DC/AC, um sistema de refrigeração e uma bomba refrigerante. O camião arranca sempre em modo elétrico e pode ser conduzido só nesse modo a uma velocidade até 45 km/h.


Iveco premiada nos GreenFleet Awards 2016

Camião Volvo FH participa em acrobacia A Volvo Trucks voltou a realizar mais um filme para demonstrar o desempenho da caixa de velocidades I-Shift Dual Clutch. Denominado “The Flying Passenger”, o filme desenrola-se numa estrada de montanha da Croácia, onde um camião Volvo FH reboca um praticante de parapente, subindo uma montanha com um declive acentuado e passando depois por baixo de uma ponte com uma passagem apertada. O espaço reduzido exige uma condução com uma elevada precisão, a uma velocidade de cruzeiro constante, e não deixa espaço para erros. O teste foi preparado pela Volvo Trucks para demonstrar a exclusiva linha motriz da Volvo Trucks, equipada com I-Shift Dual Clutch, que permite um excelente desempenho e, ao mesmo tempo, reduz significativamente o consumo de combustível. Além disso, a exclusiva caixa de velocidades tem um impacto importante ao nível da produtividade. A linha motriz I-Shift Dual Clutch permite passagens de caixa imediatas, garantindo que não se verifica qualquer perda de binário do motor quando se muda de velocidade, mesmo em condições difíceis. Veja o vídeo na secção de vídeos do site da Revista PÓS-VENDA.

A Iveco foi nomeada “Construtor do Ano no Transporte de Grandes Volumes de Mercadorias” no âmbito da atribuição dos “GreenFleet Awards 2016”. Os “GreenFleet Awards”, evento organizado pela revista GreenFleet, tem como objetivo mostrar tudo o que é “verde e bom” no setor das frotas do Reino Unido. Mais de 250 profissionais de frotas reuniram-se recentemente neste evento em celebração da eficiência ambiental, tendo sido entregues prémios em 20 diferentes categorias, apresentando o que há de melhor em termos de veículos, produtos e serviços amigos do ambiente, bem como as frotas e gestores de frotas mais ambientais. Este prémio é um reconhecimento dos mais recentes desenvolvimentos da Iveco no domínio da redução das emissões de dióxido de carbono e do aumento da eficiência de consumos no setor dos veículos pesados, alcançado pelo seu Novo Stralis Natural Power (NP) a gás natural – o campeão TCO2 – modelo que recebeu enormes elogios por parte da GreenFleet. Os juízes afirmaram que "a produção de veículos verdes de mercadorias de grandes dimensões não é fácil, mas a Iveco, o vencedor deste ano, superou-se com o Novo Stralis NP, que alguns consideram ser o “camião mais ambiental que

o mundo já viu“. Alimentado por um motor Iveco Cursor 9 Natural Power, de 8,7 litros ultra-limpo, o novo modelo possui também um motor 50 a 75 por cento mais silencioso do que o seu equivalente motor diesel Euro VI, reduzindo a poluição sonora entre 3 a 6 dB em comparação com outros camiões da mesma classe de performance. Quando alimentado a gás natural comprimido (GNC) ou a gás natural liquefeito (GNL), o motor Cursor 9 Natural Power também reduz as emissões de CO2 em cerca de 95%, em comparação com propostas equivalentes a gasóleo, tornando-o perfeito para operadores cujo espírito esteja orientado para as questões ambientais. O Novo Stralis NP permite o aumento da autonomia da versão GNL para uns significativos 1.500 km, que alcança oferecendo a mesma capacidade de carga do seu equivalente a gasóleo, sendo igualmente o primeiro camião a gás natural equipado com uma caixa de 12 velocidades automatizada EuroTronic. Esta caixa de velocidades contribui para a redução em 3% no Custo Total de Propriedade (TCO) face ao anterior modelo, suportado também por uma redução significativa nos custos deste combustível face aos do gasóleo.

DB Schenker e MAN vão testar “platooning” A DB Schenker e a MAN celebraram um acordo de entendimento para a implementação de um projeto de “platooning” na autoestrada alemã A9, entre Munique e Nuremberga. Esta é a primeira parceria entre um operador logístico e um fabricante de camiões para o desenvolvimento de comboios de camiões conectados e e ligados em rede. A DB Schenker e a MAN estão a planear a criação das condições fundamentais para o início do projeto em 2018. O objetivo consiste na realização de testes com comboios de camiões em condições reais na Digital Motorway

Testbed na A9, entre as filiais da DB Schenker de Munique e de Nuremberga. A segunda fase vai envolver testes a camiões sem motorista nas instalações da DB Schenker, em Nuremberga. O “platooning” é um sistema concebido para veículos que circulam em autoestrada e envolve um mínimo de dois veículos separados por uma curta distância, sendo apoiados por sistemas de auxílio técnico de condução e controlo. Todas as unidades que seguem em comboio estão interligadas eletronicamente, com comunicação veículo-a-veículo. DEZEMBRO 2016 / JANEIRO 2017

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NOTÍCIAS AUTOCARROS

Irizar lança novo autocarro de turismo i6s Um ano depois de apresentar o Irizar i8, o fabricante espanhol lançou o novo Irizar i6s em Espanha e em Itália, que vem substituir o Irizar PB. Em comunicado, a marca espanhola refere que o novo reforço da sua gama de autocarros foi desenvolvido com base no espírito inovador que constitui o seu ADN. O Irizar i6s, que adota as linhas estéticas do i8

e recebe a tecnologia dos novos modelos da marca, proporciona melhorias significativas relativamente ao modelo Irizar PB. O desenvolvimento deste novo produto teve como a base a tecnologia avançada que destaca conceitos como a qualidade, a robustez e a fiabilidade de um modelo com a sua personalidade própria. A secção dianteira é marcada pelos novos

faróis LED e pela integração do sistema de controlo de velocidade adaptativo. As linhas são mais pronunciadas e agressivas, esculpidas em superfícies rígidas e suaves que enfatizam salientam a imagem de família do i6. Na lateral, uma dobra suave acentua a sensação de otimização e elevada qualidade, que é reforçada com detalhes modernos e frisos. Os ângulos delicados e modernos da traseira são em tudo idênticos ao do seu irmão mais velho, o Irizar i8. O efeito global é de um Irizar i6s, mais forte e dinâmico. O novo Irizar i6s vai estar disponível em duas versões: integral, com motor DAF Euro 6; como carroçaria para os chassis de autocarros das várias marcas. Este autocarro foi projetado especificamente para duas alturas - 3,5 metros e 3,7 metros – e quatro comprimentos: versões de dois eixos com 10,8 metros, 12,2 metros e 12,9 metros para todas as variantes e 13,2 metros para a variante “completa”; versões de três eixos, com 13,22 metros, 14 metros e 15 metros. O Irizar i6s segue a filosofia do construtor ao permite um nível máximo de personalização: seis comprimentos, três tipos de WC, novos assentos com movimentação lateral em opção, uma gama de sistemas de entretenimento e novos revestimentos interiores.

Scania testa carregamentos por indução A Scania está a participar num teste de carregamento rápido de autocarros por indução. O projeto está a decorrer na cidade sueca de Sodertalje, ao abrigo de uma parceria entre a marca sueca, o operador de transportes da região SL, o operador de energia elétrica Vattental, o município de Sodertalje e o Instituto Real de Tecnologia da Suécia. O projeto é co-financiado pela Agência de Energia da Suécia. A operação regular será assegurada por um autocarro Scania Citywide LE 4x2, equipado com um sistema híbrido paralelo integrado na caixa de velocidades, motor elétrico que desenvolve uma potência de 130 kW, bateria de iões de lítio com uma capacidade de 56 kWh e um motor diesel de nove litros de 320 CV, o qual é alimentado por biodiesel. Pela primeira vez, este tipo de tecnologia está a ser testado em condições reais de utilização num clima mais extremo, onde este tipo de infraestrutura tem ser capaz de suportar as temperaturas habituais no norte da Europa, durante o inverno. O carregamento da bateria por indução numa paragem de autocarro obriga o veículo a imobilizar-se por cima de um troço de carregamento, que está localizado por baixo do piso no ponto de carregamento, onde esta operação ocorre automaticamente. O desenho da tecnologia de

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PÓS-VENDA PESADOS

indução tem de ser adaptado para não perturbar o ambiente urbano existente, sendo invisível. De acordo com a Scania, sete minutos de carregamento por indução é suficiente para percorrer uma carreira de dez quilómetros, que é a distância efetuada pelo autocarro em Sodertalje. O veículo, que está a ser utilizado nesta experiência em operação urbana, dispõe ainda de um sistema de recuperação da energia de travagem, o que significa que as baterias do autocarro também são recarregadas durante a operação. O carregamento das baterias também pode ser realizado, utilizando o motor de combustão do autocarro,

funcionando como gerador. Segundo a Scania, a eletrificação do setor dos transportes irá exigir a utilização de várias tecnologias e soluções, em termos de onde e como os veículos são carregados. Essa operação pode ocorrer quando os veículos estão estacionados nas estações de recolha e nas paragens dos autocarros ou durante a operação. Para carregamento durante a operação as alternativas identificadas pelos engenheiros da marca sueca consistem no carregamento através de um pantógrafo ou por indução – ou pela combinação destas tecnologias.


Volvo apresenta maior autocarro do mundo

Prémio para MercedesBenz Future Bus A revista especializada alemã “busplanner” atribuiu o Prémio de Sustentabilidade 2017 ao autocarro urbano Mercedes-Benz Future Bus com City Pilot. A publicação germânica atribuiu prémios aos produtos e ideias inovadoras dos fabricantes que contribuem economicamente para o meio ambiente e fomentam a sustentabilidade global. Um júri constituído por especialistas nas áreas da economia, da ciência e dos meios de comunicação avaliaram as ideias e os produtos em três c ategorias principais: Estratégia, Turismo e Tecnologia. Cada uma contava com cinco categorias secundárias. O Mercedes-Benz Future Bus foi premiado na categoria Tecnologia / Autocarros Urbanos. Com este protótipo, a Daimler Buses apresentou, nos arredores de Amesterdão, em meados de julho deste ano, pela primeira vez num trajeto com 20 quilómetros de extensão, a sua visão do transporte local do futuro. Entre o aeroporto de Schipol e a cidade de Harlem, o Future Bus com City Pilot da Mercedes-Benz percorreu uma parte da maior BRT da Europa, circulando em modo semiautónomo. O autocarro superou sem problemas um túnel, cruzamentos com semáforos, paragens e arranques nos pontos de recolha e largada de passageiros, deteção de obstáculos na via, comunicação com semáforos e muito mais.

A Volvo Buses lançou o maior chassis de autocarro do mundo na exposição FetransRio, que decorreu no Rio de Janeiro, no Brasil. O novo chassis biarticulado, Gran Artic 300, tem um comprimento de 30 metros e pode transportar até 300 passageiros. Esta proposta da marca sueca foi desenvolvida no Brasil e tem como objetivo reforçar a posição de liderança da marca no segmento de veículos de elevada capacidade para sistemas BRT (Bus Rapid Transit). O novo Gran Artic 300 tem capacidade para transportar mais 30 passageiros do que o modelo anterior. Um autocarro biarticulado substitui três autocarros “standard”. Na exposição FetransRio, a Volvo também lançou um novo chassis articulado de 22 metros de comprimento, o Super Artic 210. Além de uma

maior capacidade de transporte - 210 passageiros - dispõe de cinco portas para facilitar o embarque das pessoas e uma melhor distribuição das mesmas no interior do autocarro. O veículo é construído com apenas três eixos. A Volvo é pioneira no desenvolvimento de veículos para sistemas BRT e é reconhecida como líder mundial neste segmento. A marca forneceu mais de 4.000 autocarros para os sistemas de BRT de Curitiba, Bogotá, Cidade da Guatemala, Cidade do México, Santiago do Chile e San Salvador. A gama da Volvo para sistemas BRT é constituída pelos modelos Artic 150, com 18,6 metros e capacidade até 150 passageiros, Artic 180, com 21 metros e capacidade até 180 passageiros, Super Artic 220, com 22 metros e capacidade até 220 pessoas, e Gran Artic 300 - o maior autocarro do mundo - que tem um comprimento total de 30 metros e pode transportar até 300 passageiros.

Colónia inaugura carreira de autocarros elétricos A carreira 133 da cidade de Colónia, que liga a estação ferroviária daquela cidade alemã ao bairro de Zollstock, passou a ser operada exclusivamente por autocarros elétricos. A VDL Bus & Coach forneceu oito autocarros articulados do modelo SLFA Electric ao operador de transportes públicos de Colónia, KVB. De acordo com estudos da KVB, a substituição de autocarros diesel por autocarros elétricos na carreira 133, que tem uma ex-

tensão de sete quilómetros e 13 paragens, irá permitir uma redução de aproximadamente 520 toneladas de emissões de dióxido de carbono por ano. O VDL Citea SLFA Electric é um autocarro articulado, que tem capacidade para 43 passageiros sentados e 82 em pé. Os veículos vêm equipados com um sistema de carga rápido que utiliza um pantógrafo, o qual está localizado na parte dianteira do veículo por cima do segundo eixo. DEZEMBRO 2016 / JANEIRO 2017

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OPINIÃO APVGN

A solução dual-fuel para os pesados { JORGE FIGUEIREDO }

VICE­‑PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DO VEÍCULO A GÁS NATURAL WWW.APVGN.PT

No artigo anterior - “A geopolítica dos gasodutos” - mostrámos o grande jogo do gás natural no mundo e os seus determinantes. Agora, fazendo um zoom, vamos concentrar-nos neste canto da Europa: Portugal e os seus transportes.

políticas de transportes que devem ser aplicadas em Portugal: basta actuar decisivamente sobre uma pequena parte do parque automóvel português — 1,27 milhão de veículos, ou 20% do total — para conseguir imensos benefícios em termos energéticos, económicos e ambientais. Verifica-se que os transportes são responsáveis Como todos sabem, a quase totalidade dos veípor 41% de toda a energia consumida no país, culos de mercadorias & os autocarros consome com 6,47 milhões de toneladas equivalentes gasóleo. Mas é perfeitamente factível e econóde petróleo (tep) por ano. A seguir vem a indús- mico substituir este combustível caro, poluentria (4,40 mi.); a habitação (2,57 mi.), os serviços te e até cancerígeno por um combustível mais (1,91 mi.); a agricultura e pescas (0,43 mi.); e ou- barato, limpo e não tóxico — o metano, ou gás tros (0,03 mi.) [1]. Ou seja, Portugal gasta mais a natural. Uma operação desse tipo pode ser feita transportar do que a produzir. Este predomínio à escala nacional, de modo a generalizar a utilidos transportes no consumo energético mos- zação do GNV (gás natural veicular) nos transtra que é preciso uma atenção muito especial ao portes, a começar pelos profissionais. sector a fim de encontrar maneiras de reduzir Actualmente todos os grandes fabricantes de uma distorção tão gritante. camiões, furgões e autocarros produzem modelos a gás natural, quer na forma comprimida ONDE SÃO GASTOS ESTES 6,47 MILHÕES DE TEP? (GNC) ou liquefeita (GNL). Trata-se de veículos A EU Transport in figures 2015 indica. Os stocks de dotados de motores de Ciclo Otto, preparados veículos em Portugal em 2013 eram: para consumir exclusivamente gás natural Carros de passageiros (só os veículos ligeiros é que são bi-fuel, podem 4.480.000 utilizar alternadamente o gás natural ou a gaAutocarros solina). Assim, do lado dos fabricantes o cami14.800 nho está aberto para a substituição progressiva Veículos de mercadorias dos camiões e autocarros existentes no país. 1.258.400 Quanto ao abastecimento dos mesmos, o camiVeículos de duas rodas nho também está aberto. Hoje já há 12 postos de 485.000 abastecimento de GNC e/ou GNL em Portugal (e 44 em Espanha). Além disso, qualquer comerOra, neste parque total de mais de 6 milhões de cializador de gás natural ficaria feliz em instalar veículos o grosso do consumo de derivados de postos de abastecimento para frotas que se depetróleo concentra-se no segmento dos veícu- cidissem a adoptar o GNC e/ou o GNL. Essa opção los de mercadorias e nos autocarros. Estes con- está acessível mesmo a frotas de camiões com somem muito mais do que os restantes porque dimensão relativamente pequena. rodam mais horas por dia e gastam mais aos 100 Desse modo, para a conversão generalizada das quilómetros. No fundo, trata-se de uma apli- frotas já estão resolvidos dois problemas: o da cação da famosa regra dos 80-20, em que 20% fabricação de VGNs e o do abastecimento dos do parque consome 80% do total dos combus- mesmos. Resta um terceiro grande problema: tíveis — e os restantes 80% consomem apenas como seria possível financiar a substituição de 20% do total. 1,27 milhão de veículos a gasóleo (grande parte Este facto dá uma indicação preciosa para as dos quais constituída por pesados) por veícu-

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los novos a gás natural? É um problema difícil porque há um factor de escala: uma frota não pode entrar no mundo dos VGNs com poucos veículos, é preciso pelo menos uma dúzia de camiões ou autocarros para justificar o investimento no posto de abastecimento GNC/GNL. Além disso, a maior parte dos transportadores de mercadorias e passageiros não poderia arcar com um custo do investimento tão grande na substituição da frota. A SOLUÇÃO DO DUAL-FUEL Sim, o problema é difícil mas não de resolução impossível. A resposta está no dual-fuel, um kit que pode ser instalado nos camiões já existentes e que mantém os motores no Ciclo Diesel. É o chamado retrofitting, uma solução boa para o transporte de longo curso. Os camiões dual-fuel passam a consumir uma mistura de gás natural+gasóleo, ou então apenas o gasóleo. O kit dual-fuel instalado num camião pode, se necessário, ser retirado do mesmo e reinstalado noutro. A solução dual-fuel tem muitas vantagens. Em primeiro lugar, evita o custo de investimento elevado num camião novo a gás natural (o qual


pode custar uns 20% mais do que um camião convencional). Em segundo lugar não restringe a autonomia do veículo por dificuldades de abastecimento de GNC/GNL, o que é importante devido à capilaridade ainda insuficiente da rede portuguesa de postos de abastecimento. Em terceiro lugar é boa para frotas pequenas que pretendam iniciar-se no gás natural a fim de reduzir os seus custos de exploração mas que não querem um custo de investimento elevado. Não há grandes problemas técnicos para a instalação pois há kits adequados para a maior parte das marcas e modelos de camiões. Os reservatórios tanto podem ser de GNC como de GNL (ou ambos). Quanto aos autocarros, só os de turismo, que dispõem de porão, estão aptos à solução dual-fuel. Deve-se ter em atenção que o dual-fuel é mais útil nos trajectos de longo curso do que naqueles de para-arranca. A instalação de kits dual-fuel em Portugal deverá ser feita por mecânicos de GN credenciados pelo IMT. O credenciamento dos mesmos depende da frequência, com aproveitamento, de um curso de 115 horas. Este curso foi organizado pela APVGN e será ministrado em 2017, em data a anunciar (aguarda-se a todo momento o “sinal

verde” do IMT). Entretanto, alguns transportadores portugueses já efectuaram transformações para dual-fuel em outros países europeus (Espanha e Holanda) e os seus camiões já circulam em Portugal. É admirável a sua capacidade de iniciativa e inovação! Assim, esboçou-se acima um método prático, viável e de baixo custo para generalizar os VGNs em Portugal. O retrofitting para dual-fuel será útil para um período que se pode estimar nuns dez anos. Depois disso, esperançosamente, haverá uma rede de postos GNC/GNL bem mais vasta e os transportadores já não precisarão mais disso pois poderão ter camiões de exploração ainda mais económica pois exclusivamente a gás natural. Entretanto, para que tudo isso possa avançar depressa seria preciso não uma abordagem de baixo para cima (como até agora) mas sim com apoio governamental. Para isso seria preciso que os nossos governantes cessassem de emitir sinais errados como gastos com sonhos hidrogénicos & eléctricos ou com a improvisação de medidas desgarradas. A última destas improvisações foi a recente Portaria 246-A/2016, de 8 de Setembro, que re-

duziu o ISP aplicado ao gasóleo rodoviário. Este diploma constitui uma discriminação negativa de combustíveis alternativos como o GNC e o GNL pois estimula o uso do gasóleo e esquece a necessidade de incrementar a utilização racional de combustíveis com menor pegada ambiental e com efeitos económicos benéficos para a competitividade do sector transportador e para a balança de pagamentos. A dita portaria vai ao arrepio da comunicação da Comissão Europeia “Energia limpa para os transportes: uma estratégia europeia para os combustíveis alternativos” de 24 de janeiro de 2013, assim como da Directiva 2104/94/EU relativa à criação de uma infraestrutura para combustíveis alternativos. A miopia em matéria de política energética e de transportes leva o governo a cortar na própria carne (reduzindo impostos) e a teimar na solução caduca, cara e poluente do gasóleo. Portugal dispõe de gás natural em abundância, mas parece que o governo ainda não reparou nisso. [1] EU ENERGY IN FIGURES, 2016.

AS OPINIÕES EXPRESSAS NESTE ARTIGO NÃO REFLETEM NECESSARIAMENTE AS DA APVGN.

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PNEUS

A

Goodyear lança nova divisão para gestão de frotas

Goodyear anunciou o lançamento de uma nova divisão de negócio para a Europa, denominada Goodyear Proactive Solutions. Esta nova linha de negócio oferece um conjunto de soluções para gestão de operações de frotas de veículos, com telemática avançada e tecnologia analítica preditiva. Usando algoritmos de computação inteligente, um conjunto vasto de dados provenientes do negócio de gestão de pneus comerciais e de serviços da Goodyear e informações exatas e claras provenientes dos relatórios da marca, esta nova solução permite aos operadores de frotas identificar e resolver, de forma precisa, questões relacionadas com pneus e potenciais problemas de segurança, antes dos mesmos ocorrerem. A Goodyear Proactive Solutions dá às frotas ferramentas para monitorizarem os seus veículos e pneus em tempo real, permitindo-lhes uma vantagem competitiva, ao mesmo tempo que ajuda a aumentar a rentabilidade e operar de forma mais sustentável num contexto em rápida mudança. “Estamos a assistir a uma mudança transformacional que está a remodelar o transporte comer-

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cial. Numa economia digital, os consumidores e empresas esperam que as entregas sejam mais rápidas, mais baratas e mais flexíveis e, como resposta, a indústria está a tornar-se cada vez mais conectada e automatizada. A Goodyear Proactive Solutions oferece aos gestores de frotas uma solução de fácil utilização, que ajudará a reduzir o custo total das operações e melhorar o tempo operacional, eficiência e sustentabilidade das frotas,” afirma Michel Rzonzef, VicePresidente de Commercial Business da Goodyear Europa, Médio Oriente e África. Nos últimos 2 anos, a Goodyear criou e desenvolveu com sucesso as suas soluções de gestão de frotas líderes da indústria, em parceria com operadores de frotas industriais, resultando em: • Maior eficiência da frota, ao evitar até 75% de quebras relacionadas com pneus. • Redução do custo total de operações, ao cortar os custos de combustível até 300 Euros por veículo, por mês, e reduzir os custos de manutenção de pneus até 70%. • Pegada de carbono melhorada, ao utilizar cerca de menos 10% de combustível. A nova divisão de negócio da Goodyear oferece dois tipos de serviços para permitir uma mobi-

lidade inteligente, segura e sustentável: • Pneus Proactive: oferece uma ampla gama de serviços, incluindo monitorização de pressão dos pneus, temperatura e profundidade do piso. Estas soluções, completamente automatizadas e conectadas, permitem às frotas maximizar o desempenho dos pneus e agendar a manutenção de forma pró-ativa. • Frotas Proactive, que inclui duas opções: “Driver Behaviour” e “Track & Trace”, que ajudam as frotas a reduzir o consumo de combustível e tempo de viagem, ao mesmo tempo que aumentam a segurança. “O Goodyear Proactive Solutions melhora o nosso papel enquanto parceiro de frotas comerciais, ao combinar as mais recentes tecnologias digitais e serviços de dados com os nossos sistemas de apoio a frotas e rede de serviços TruckForce, que serve o maior conjunto de veículos comerciais na Europa (mais de 350.000 veículos registados), através de 2.000 parceiros de serviços no continente. As nossas soluções inovadoras são completamente compatíveis com todos os pneus comerciais para pesados, permitindo a cada proprietário de frotas a oportunidade de beneficiar destas novas soluções de gestão,” acrescenta André Weisz, Managing Director do Goodyear Proactive Solutions. O Goodyear Proactive Solutions está disponível em Portugal e mais 11 países: Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha, França, Holanda, Itália, Luxemburgo, Polónia, Reino Unido e Suíça. Estão em desenvolvimento mais aplicações para o portefólio, que serão introduzidas em 2017.


Nokian Tyres distribuída em exclusivo pela VTS em Portugal

Goodyear apresenta novo Fuelmax para cargas maiores A Goodyear apresentou uma versão “High Load” da sua gama de pneus de atrelado de baixo consumo para camiões, Fuelmax T, com o nível “A” da etiqueta da União Europeia referente a eficiência de combustível. O novo pneu Goodyear Fuelmax T HL 385/65R22.5 foi concebido para cargas por eixo que podem chegar até 10 toneladas, satisfazendo a crescente procura destes pneus dado o aumento do número de países europeus que aceitam pesos mais elevados nos veículos. A nova versão “High Load” do pneu de atrelado 385/65R22.5 Fuelmax T apresenta a tecnologia Fuelmax, que confere ao pneu o nível “A” do rótulo UE de pneus, o mais económico em consumo de combustível. O pneu é lançado após o êxito da versão “High Load” do pneu de atrelado KMax T, otimizada para possibilitar maior quilometragem. A carcaça do Fuelmax T HL 385/65R22.5 está preparada para cargas por eixo que podem atingir as 10 toneladas, com um índice carga/velocidade de 164K/158L, o que proporciona não só maior capacidade de carga, como também maior robustez. O lançamento do Fuelmax T HL significa que a Goodyear dispõe agora de três pneus de atrelado Fuelmax T que exibem a etiqueta de nível “A” em eficiência de combustível. Este conjunto inclui os novos Goodyear Fuelmax T HL 385/65R22.5, o T 385/55R22.5 e o T 435/50R19.5.

A Nokian Tyres decidiu apostar forte no mercado ibérico, nomeando um novo distribuidor exclusivo para Portugal, a VTS Pneus e Acessórios que vai comercializar pneus para ligeiros, pesados, industriais e agrícolas. A Nokian Tyres está de “regresso” a Portugal fruto de uma aposta estratégica no mercado ibérico. Para isso muito contribuiu a contratação de João Oliveira, com vários anos de experiência no setor dos pneus, que ficará encarregue de implementar e dinamizar a estratégia da marca finlandesa em Portugal e Espanha. No nosso país o novo distribuidor exclusivo já está a operar. Chama-se VTS Pneus e Acessórios e é uma empresa fundada por profissionais com larga experiência no setor. O distribuidor vai trabalhar um conceito diferenciador, como explicou João Oliveira. “A nossa estratégia passa por fugir da comercialização apenas por preço, algo que se tornou comum no mercado português. Queremos que as casas de pneus voltem a ganhar dinheiro com os pneus e para isso oferecemos uma gama muito completa, com alta tecnologia e

Bridgestone aumenta preços em toda a gama

A Bridgestone Europe anunciou, no dia 1 de dezembro, a intenção de subir os preços dos seus pneus para veículos Ligeiros, Comerciais, 4×4 e Motos, em cerca de 3%, e dos seus pneus para veículos Pesados, em cerca de 1%. Estes aumentos são um reflexo do crescente investimento nos colaboradores, tecnologia e novos produtos para todas as gamas e marcas do Grupo. Estes incluem, na categoria

Pesados, a apresentação da nova gama On/ Off nas marcas Bridgestone e Firestone, assim como o lançamento da gama Bridgestone Nordic-Drive. Os novos preços para os pneus Pesados entraram em vigor no dia 1 de dezembro, e para os pneus Ligeiros, Comerciais, 4×4 e Motos entrarão no dia 1 de janeiro de 2017. As revisões são não-lineares e variam consoante as diferentes gamas. A Bridgestone é conhecida na Europa por oferecer produtos de qualidade premium e à medida que a empresa continua a investir na

resultados muito bons nos testes de pneus. Oferecemos produtos de muita qualidade e, nesse campo, posicionamo-nos num segmento premium, como acontece já na Europa Central”, explica o responsável ibérico da Nokian Tyres. João Oliveira admite que há muito trabalho pela frente, “mas a marca tem boa imagem em Portugal e um dado que temos de outros países é que quem monta pneus Nokian já não troca de marca”. Neste momento a VTS vai dinamizar a rede de agentes da marca, mas João Oliveira explica que o modelo de negócio “passa por proteger os agentes, tanto geograficamente como da concorrência de brokers que desvirtuam esta estratégia de construção de uma marca forte”. A VTS vai vender os pneus de ligeiros, com uma oferta reforçada também para SUV e all-season, e também os heavy tyres (pesados, industriais e agrícolas). Apesar de ser conhecida como especialista em pneus de inverno, a Nokian Tyres tem apostado muito nos pneus de verão, com uma oferta alargada e uma clara aposta na qualidade e tecnologia.

sua marca, novos produtos, recursos e colaboradores, a disponibilidade do consumidor final para pagar encontra-se também em crescimento, a pouco e pouco. Agora é a altura para ajustar os preços, mantendo sempre um bom nível de competitividade no segmento premium. Laurent Dartoux, da Bridgestone, explica: “Ao longo dos últimos anos, os distribuidores dos nossos pneus fizeram um excelente trabalho a explicar porque é que as marcas Bridgestone são a melhor opção. Queremos continuar a desenvolver a marca e o poder dos nossos produtos mantendo-nos competitivos nos mercados onde atuamos.” DEZEMBRO 2016 / JANEIRO 2017

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TÉCNICA DICAS MECATRÓNICAONLINE

Dados técnicos by Mecatronicaonline Informação técnica sobre veículos pesados e comerciais

MERCEDES BENZ ATEGO 1017

(OM 900.913,OM 900.919,OM 904.911) 01/04 -... MOTOR - DADOS DE AJUSTAMENTO Motor (especificações) Pressão de compressão Valor minimo a 120 rpm 28 (bar) Limite diferencial entre cilindros 15 (%) Folga da válvula de admissão 0.4 (mm) Folga da válvula de escape 0.6 (mm) Pernos da cabeça do motor - comprimento máximo da haste 151 (mm) Pernos da cabeça do motor - comprimento da haste quando novos 149 (mm) Cabeça do motor - altura mínima após inspecção 106.9 (mm) Cabeça do motor - desvio da planicidade máximo admissível Comprimento total 0.05 (mm) Medido ao longo de 150 mm de superfície de contacto 0.02 (mm) Cabeça do motor - acabamento da superfície da superfície de contacto Profundidade da rugosidade - Rz. Valor máximo 0.008 - 0.016 (mm) Folga axial da cambota 0.16 - 0.38 (mm) Folga radial da cambota 0.056 - 0.118 (mm) Folga axial da árvore de cames 0.4 - 0.5 (mm) Folga radial da árvore de cames 0.04 - 0.089 (mm) Pernos do colector de escape - comprimento máximo da haste 47.5 (mm) Pernos do colector de escape - comprimento da haste quando novos 47 (mm) Sistema de pós-tratamento dos gases de escape funcionamento do depósito pressurizado - pressão de Motores com código MS4 - BlueTec 4, MS5 BlueTec 5 3 ± 0.2 (bar) Sistema de pós-tratamento dos gases de escape – pressão de funcionamento na admissão de ar comprimido de doseador Motores com código MS4 - BlueTec 4, MS5 BlueTec 5 5.5 ± 0.2 (bar) Sistema de pós-tratamento dos gases de escape – pressão de funcionamento na admissão de ar comprimido de SCR Motores com código MS4 - BlueTec 4, MS5 BlueTec 5 1.23 ± 0.15 (bar)

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Pressão de óleo à velocidade de ralenti Valor minimo 0.5 (bar) Pressão de óleo à velocidade do motor máxima Valor minimo 2.5 (bar) Resistência do sensor de nível de óleo 20 - 25 (Ohm) Ordem de ignição 1-3-4-2 Sistema de combustível Sistema de combustível Bomba simples com sistema de bomba de injecção em linha PLD Pressão do combustível no filtro de combustível À velocidade de ralenti - valor minimo 4.3 (bar) Na velocidade de limitação do motor 4.0 - 6.5 (bar) Sistema de combustível: quantidade do fluxo de retorno combustível no depósito de À velocidade de ralenti 0.9 - 2.0 (l/min) Na velo. de limitação do motor 2.0 - 10.5 (l/min) Queda de pressão no sistema de combustível de baixa pressão Máximo 0 (bar) Pressão de teste: 5.5 (bar) Hora do teste: 5 (min) cPoremsbsãuos tdívee la spiração de combustível a montante da bomba de Na velocidade de limitação do motor -0.4 ... -0.5 (bar) Sistema de arrefecimento O termostato abre a 83 +/- 2 (°C) Válvula principal do termostato totalmente aberta (pelo menos 8 mm) a: 95 (°C) Válvula de bypass do termostato fechada a: 92 (°C)

Travão motor Regulação do comprimento do cilindro do travão 183 - 184 (mm) Pré-carga do cilindro do travão 1 - 2 (mm) Folga radial do eixo do travão 0.2 - 0.263 (mm) Folga axial do eixo do travão Entre casquilhos 0.3 - 0.5 (mm) Capacidades Cárter do motor, incluindo o refrigerador e filtro de óleo Motores em veículos sem código MP7 15.8 (l) Motores em veículos com código MP7 13.8 (l) Sistema de arrefecimento 904.9 em veículos 375.1, 958.0, 970, 972, 975, 976 19 (l) Quantidade de agente anti-corrosão/anticongelante a -37 °C 904.9 em veículos 375.1, 958.0, 970, 972, 975, 976 9.5 (l) Quantidade de agente anti-corrosão/anticongelante a -45 °C 904.9 em veículos 375.1, 958.0, 970, 972, 975, 976 10.5 (l) Sistema de arrefecimento 904.9 em veículos 673, 674, 676 20 (l) Quantidade de agente anti-corrosão/anticongelante a -37 °C 904.9 em veículos 673, 674, 676 10 (l) Quantidade de agente anti-corrosão/anticongelante a -45 °C 904.9 em veículos 673, 674, 676 11 (l)


Dados técnicos by

Sistema de arrefecimento 904.9 em veículos 668, 670 13 (l) Quantidade de agente anti-corrosão/anticongelante a -37 °C 904.9 em veículos 668, 670 6.5 (l) Quantidade de agente anti-corrosão/anticongelante a -45 °C 904.9 em veículos 668, 670 7.2 (l) Sistema de arrefecimento 904.941 19 (l) Quantidade de agente anti-corrosão/anticongelante a -37 °C 904.941 9.5 (l) Quantidade de agente anti-corrosão/anticongelante a -45 °C 904.941 10.5 (l) Sistema de arrefecimento 904.927/928/952/953 em veículos Unimog 26 (l) Quantidade de agente anti-corrosão/anticongelante a -37 °C 904.927/928/952/953 em veículos Unimog 13 (l) Quantidade de agente anti-corrosão/anticongelante a -45 °C 904.927/928/952/953 em veículos Unimog 14.3 (l) Ajustes de binário Nota Substitua sempre os parafusos extensíveis e bloqueio as porcas de autoCabeça do motor Estágio 1 20 (Nm) Estágio 2 70 (Nm) Estágio 3 170 (Nm) Estágio 4 280 (Nm)

Estágio 5 90 (°) Estágio 6 90 (°) Tampa das válvulas 30 (Nm) Pernos de fixação da camisa da cabeça do motor M12 40 (Nm) M14 45 (Nm) Tampa de rolamento principal Estágio 1 30 (Nm) Estágio 2 80 (Nm) Estágio 3 155 (Nm) Estágio 4 90 (°) Tampa de rolamento da cabeça de biela Estágio 1 10 (Nm) Estágio 2 45 (Nm) Estágio 3 90 (°) Suporte do alternador 100 (Nm) Bujão(ões) de drenagem do refrigerante 30 (Nm) Cárter 25 (Nm) Bujão de drenagem do óleo do motor M20 x 1.5 65 (Nm) M26 x 1.5 85 (Nm) Tampa do filtro de óleo 25 (Nm) Sensor de pressão de óleo 35 (Nm) Sensor do nível de óleo 50 (Nm) Volante Estágio 1 50 (Nm) Estágio 2 125 (Nm) Estágio 3 90 (°) Amortecedor de vibrações Estágio 1 50 (Nm) Estágio 2 M14 125 (Nm) M16 210 (Nm)

Estágio 3 90 (°) Polia da cambota 60 (Nm) Cabeça do motor - eixo oscilante 30 (Nm) Porca de bloqueio para o perno de ajuste da folga da oscilante válvula do braço 25 (Nm) Distribuição e acessórios Porca de bloqueio para o perno de ajuste da ponte da válvula 25 (Nm) Fixação da bomba de elevação de combustível Para o bloco de cilindros 25 (Nm) Caixa de distribuição 50 (Nm) Fixação da bomba de elevação de combustível Uniões banjo 45 (Nm) Tdaismtrpibau diçoã oo rifício de inspecção ponto morto superior (PMS) à caixa de 25 (Nm) Tampa (principal) do filtro de combustível 25 (Nm) Tampa do pré-filtro do combustível 25 (Nm) Perno banjo do filtro de combustível 45 (Nm) Filtro do combustível Para o bloco de cilindros 25 (Nm) Tensor da correia de accionamento auxiliar 50 (Nm) Sistema de ar comprimido Compressor de ar, cabeça do motor Estágio 1 25 (Nm) Estágio 2 90 (°) Roda dentada do compressor de ar 270 (Nm) Entre compressor de ar e cárter 50 (Nm) Linha de ar comprimido até compressor, cabeça do motor 90 (Nm) Linha de alimentação do compressor de ar 100 (Nm) Porca de união da linha de ar comprimido à conexão M22 x 1.5 65 (Nm) M26 x 1.5 75 (Nm)

MERCEDES-BENZ SPRINTER II319 CDI / BLUETEC (642.992) 2009 - ...

PERDA DE POTÊNCIA; O MOTOR PASSA PARA O MODO “LIMP HOME” (MOBILIDADE MÍNIMA); A LUZ DE AVISO DO MOTOR ACENDE-SE Sintoma Perda de potência O motor passa para o modo “limp home” (mobilidade mínima) A luz de aviso do motor acende-se Unidade de controlo do motor: Código de falha: 2194 DEZEMBRO 2016 / JANEIRO 2017

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Dados técnicos by

TÉCNICA DICAS MECATRÓNICAONLINE

Causa Actuador da válvula de comutação do colector de admissão variável avariado

Substitua o actuador da válvula de comutação do colector de admissão variável O MOTOR PASSA PARA O MODO “LIMP HOME” (MOBILIDADE MÍNIMA); PERDA DE POTÊNCIA; FUMO DE ESCAPE PRETO; A LUZ DE AVISO DO MOTOR ACENDE-SE Sintoma Perda de potência O motor passa para o modo “limp home” (mobilidade mínima) Fumo de escape preto A luz de aviso do motor acende-se Unidade de controlo do motor: Possíveis códigos de falha: P2513 2530

Soluções Ligue a ferramenta de diagnóstico Unidade de controlo do motor: Leia os códigos de falha Elimine todos os códigos de falha Verifique os parâmetros do medidor de massa de ar Verifique os valores correctos e os valores efectivos Pode observar-se uma grande diferença entre o valor efectivo e o valor correcto Válvulas de comutação do colector de admissão variável: Retire o actuador Nota: Não desligue os condutores eléctricos Execute um teste de actuação Se a falha voltar a ocorrer: 2194 Actuador da válvula de comutação do colector de admissão variável: Com a ignição ligada Verifique a ligação à massa no pino 1 Verifique a alimentação eléctrica no pino 2 Verifique o sinal no pino 3 Verifique a continuidade eléctrica entre os seguintes pinos/pontos: Pino 20 - Conector da unidade de controlo do motor C1 Pino 3 - Actuador da válvula de comutação do colector de admissão variável Verifique o isolamento à massa da cablagem entre os seguintes pinos/pontos: Pino 20 - Conector da unidade de controlo do motor C1 Pino 3 - Actuador da válvula de comutação do colector de admissão variável Se não forem encontradas falhas

as seguintes verificações: Actuador da válvula de comutação do colector de admissão variável: M55 Com a ignição ligada Verifique a ligação à massa no pino 1 Verifique a alimentação eléctrica no pino 2 Verifique o sinal no pino 3 Se não forem encontradas falhas, proceda da seguinte forma: Substitua o actuador da válvula de comutação do colector de admissão variável M55

Causa Actuador da válvula de comutação do colector de admissão variável avariado M55

Curto-circuito Devido a fugas no turbocompressor Soluções Ligue a ferramenta de diagnóstico Unidade de controlo do motor: Leia os códigos de falha Elimine todos os códigos de falha Válvulas de comutação do colector de admissão variável: Retire o actuador Nota Não desligue os condutores eléctricos Utilizando a ferramenta de diagnóstico: Execute um teste de actuação Verifique para funcionamento correcto Se não for observado qualquer movimento, efectue

Conector: Verifique a presença de óleo Se estiver óleo presente, efectue as seguintes verificações: Verifique o intercooler e a mangueira do intercooler Nota: Verifique minuciosamente a mangueira entre o turbocompressor e o intercooler Substitua ou repare se necessário

Manuais de reparação Todos os nomes de marcas comerciais aqui mencionados são exclusivamente usados como referência e não pretendem aludir a nenhuma ligação entre HaynesPro e estas companhias. Todas as marcas comerciais são propriedade dos seus respectivos donos.

NOTA OS DADOS TÉCNICOS, DA RESPONSABILIDADE DA MECATRÓNICAONLINE (DIREITOS DE AUTOR HAYNESPRO B.V.), EMPRESA DE REFERÊNCIA AO NÍVEL DA INFORMAÇÃO TÉCNICA, SERÃO PUBLICADOS EM TODOS OS NÚMEROS DA REVISTA PÓS-VENDA PESADOS. SE PRETENDER MAIS ESCLARECIMENTOS SOBRE ESTES DADOS TÉCNICOS, OU CASO TENHA UMA DÚVIDA TÉCNICA QUE PRETENDA VER ESCLARECIDA, ENVIE-NOS UM EMAIL PARA: GERAL@POSVENDA.PT

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MAIS INFORMAÇÕES Anabela Machado anabela.machado@posvenda.pt Tel. 96 538 09 09



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