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N.º10
JUNHO / JULHO 2017 - 2€
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DESTAQUE SOLUÇÃO REVOLUCIONÁRIA DE MANUTENÇÃO PREDITIVA DA STRATIO MERCADO TRUCK STATION, RENOVADO CONCEITO DE SERVIÇO PÓS-VENDA DA IVECO SALÃO O SETOR DO PÓS-VENDA DE PESADOS ESTEVE MUITO BEM REPRESENTADO EM POMBAL
Pneus DOSSIER
As marcas e os grossistas fazem uma abordagem ao negócio de pneus em Portugal e da sua gestão nas frotas
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PROPRIETÁRIA E EDITORA ORMP Pós-Venda Media, Lda Rua do Sol N.º 8A Vila Fria 2740-166 Porto Salvo Nº Contribuinte: 513 634 398 CONTACTOS Telefone: +351 218 068 949 Telemóvel: +351 939 995 128 E.mail: geral@posvenda.pt www.posvenda.pt f facebook.com/revistaposvenda i linkedin.com/company/ revista-pós-venda DIRETOR Paulo Homem paulo.homem@posvenda.pt REDAÇÃO Hugo Jorge hugo.jorge@posvenda.pt Nádia Conceição nadia.conceicao@posvenda.pt
DIRETORA COMERCIAL Anabela Machado anabela.machado@posvenda.pt PAGINAÇÃO Ricardo Santos geral@posvenda.pt SEDE DE REDAÇÃO Rua do Sol N.º 8A Vila Fria 2740-166 Porto Salvo TIRAGEM 10.000 Exemplares ISSN 2183-6647 Nº REGISTO ERC 126724 DEPÓSITO LEGAL 399246/15 PERIODICIDADE Mensal IMPRESSÃO DPS – Digital Printing Solutions MLP, Quinta do Grajal – Venda Seca, 2739511 Agualva Cacém – Tel: 214337000 ESTATUTO EDITORIAL Disponível em www.posvenda.pt
Sumário
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Destaque Stratio.....................................................................................................................................................................P.06
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Notícias.............................................................................................................................................................P.10
Mercado ThermoEurop.....................................................................................................................................................P.18 Datumize..............................................................................................................................................................P.20 Coperol..................................................................................................................................................................P.22 Reta.........................................................................................................................................................................P.24 MAN.......................................................................................................................................................................P.25 Espiga D´Ouro Transportes........................................................................................................................P.26 Scania.....................................................................................................................................................................P.29
32
Personalidade do mês PÓS-VENDA PESADOS
David Carlos e António Lourenço (Iveco)........................................................................................P.32
JUNHO / JULHO 2017
Dossier
N.º10
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38
Pneus......................................................................................................................................................................P.38
46 Especial
Jantes......................................................................................................................................................................P.46
50 Salão
Salão Nacional do Transporte..................................................................................................................P.50
58 Técnica
Bilhete de identidade do camião............................................................................................................P.58 P.54Informação Técnica...............................................................................................................................P.62
64 Opinião
APVGN..................................................................................................................................................................P.64
66 Pneus
SAF-Holland......................................................................................................................................................P.66
Editorial
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E PAULO HOMEM DIRETOR
paulo.homem@posvenda.pt
Manutenção preditiva. Já ouviu falar?
O
principal aliado de quem vende peças no aftermarket de veículos pesados é a elevada idade do parque circulante. Porém, o mercado está a sofrer uma rápida transformação na forma de aquisição dos veículos novos, que faz com os contratos de manutenção estejam incluídos o que leva a que a ligação com a marca seja mais próxima. Os transportadores também já perceberam que é muito importante existir o máximo de previsibilidade nas suas operações de transportes, nomeadamente quando se fala em custos de operação. Sendo o combustível uma variável constante e com implicações muito diretas na operação das frotas, todos os restantes custos se forem pré-analisados e pré-programados, poderão dar aos responsáveis das frotas uma maior previsibilidade sobre a sua operação, num contexto de forte imprevisibilidade nesta área. As novas tecnologias dos camiões, nomeadamente com o Euro VI, trouxeram
Gostaria de chamar a atenção para um artigo que publicamos nesta edição, da Stratio, uma empresa de Coimbra, que apostou forte na tecnologia para avançar para a manutenção preditiva dos veículos pesados.
também muito problemas técnicos com esses veículos para os transportadores, nomeadamente com os assustadores custos de peças como o filtro de partículas, bem como operações de manutenção em períodos de quilometragem inferiores ao que era normal. Ninguém está na disposição de assumir esses custos, nomeadamente após o fim da garantia do veículo, pelo que as vendas com contratos de manutenção estão a crescer. Obviamente que o mercado de peças independentes também se vai ressentir disso mesmo, nomeadamente ao nível das peças de menor rotação, embora isso não seja ainda muito evidente, precisamente porque a idade média dos camiões e autocarros que circulam nas estradas é ainda muito elevada. Gostaria de chamar a atenção para um artigo que publicamos nesta edição, da Stratio, uma empresa de Coimbra, que apostou forte na tecnologia para avançar para a manutenção preditiva dos veículos pesados. Não nos enganaremos muito em apelidar esta solução como o presente (pois já existe) da manutenção dos veículos pesados, sendo mesmo aquela que garante o mais correto funcionamento técnico das frotas, pois as peças só são substituídas quando de facto chegaram ao fim da sua vida útil e não quando a programação da marca diz que têm de ser substituídas. Duas frotas com carros semelhantes têm condições de operacionalidade muito distintas e isso influencia imenso o desgaste das peças. Esta nova realidade por certo irá mudar o futuro da manutenção dos veículos pesados, nomeadamente para quem está de facto atento aos custos da sua frota. Os exemplos práticos que esta empresa de Coimbra proporciona ao mercado para análise, são demasiado conclusivos para se ficar indiferente a esta realidade que é a manutenção preditiva.
Destaque
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D SOFTWARE
STRATIO AUTOMOTIVE
Transformar a manutenção numa ciência exata
Será possível transformar a manutenção de veículos pesados numa ciência exata? A Stratio Automotive afirma que sim e, mais importante que isso, demonstra que realmente é possível. Os testes efectuados realçam a validade desta revolução na manutenção dos veículos pesados, com a passagem para a manutenção preditiva TEXTO PAULO HOMEM
A
Stratio Automotive é uma empresa que desenvolve soluções para transportes. Por via da relação que mantinha com os Transportes de Coimbra (SMTUC), foi solicitado por este cliente uma solução que pudesse indicar qual o estado dos diversos componentes técnicos das viaturas, nomeadamente dos motores dos autocarros dos transportes urbanos. “Mediante esta sugestão a Stratio lançou-se numa investigação avaliando se tal era possível. Consideramos que era possível desenvolver algo que pudesse fornecer dados concretos sobre o estado dos motores dos autocarros”, começa por recordar Miguel Franco, diretor comercial da Stratio Automotive, explicando que “ao longo de dois anos foi feito o desenvolvimento intensivo desta solução de manutenção, que levou o seu tempo de maturação até estar
pronta, tendo passado também por testes e por um grande investimento”. Através de financiamento comunitário (ver caixa), a Stratio Automotive aumentou a sua equipa para 27 pessoas a trabalhar exclusivamente neste projeto de manutenção preditiva. A equipa da Stratio Automotive inclui elementos de investigação mecânica, que avaliam e estudam tudo o que tenha a ver com a mecânica e eletrónica dos veículos (todos eles com know-how e reputação na área), pessoas ligadas ao hardware (que é instalado nos veículos) e também ao software (que desenvolvem a solução visível ao cliente final), além de equipas (em regime de outsourcing, das Universidades de Lisboa e do Porto) que trabalham ao nível da inteligência artificial (em parceria com a área de investigação mecânica). Os restantes elementos da Stratio Automotive
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Miguel Franco Diretor Comercial Stratio Automotive Stratio Automotive Coimbra Miguel Franco +351 916 937 058 franco@stratioautomotive.com www.stratioautomotive.com
A vossa solução é focada nos veículos pesados? Sim, a nossa solução é focada acima de tudo na área dos pesados, embora possa ser também aplicada às frotas de ligeiros. Tudo tem a ver com o retorno do investimento, devido ao custo de uma peça num pesado e ao tempo de imobilização do mesmo, como a uma questão de não existir concorrência neste setor dos pesados. Quais são tipicamente os setores onde a vossa solução mais se adequa? Nos pesados existem três segmentos principais que são os autocarros, os camiões e os veículos de recolha do lixo. O acesso à vossa plataforma será acessível em termos de custos? O que nós pretendemos é tornar toda a informação acessível e barata para o gestor de frota, de uma forma ilimitada.
trabalham em áreas de desenho de produto e de desenvolvimento de negócio. “Sempre que existe trabalho de campo são três equipas, investigação mecânica, hardware e software, que se interligam para que todos possam perceber aquilo com que se está a lidar”, refere Rui Pedro, que pertence à equipa de Investigação e Ciência Mecânica da Stratio Automotive, reconhecendo “que as mais valias de todos os profissionais em cada uma das áreas, permitiu potenciar ainda mais as valências de cada um”. MANUTENÇÃO PREDITIVA
O que a Stratio Automotive se propõe fazer, com a solução agora apresentada, é resolver um grande paradoxo da manutenção, isto é, transformar a manutenção de frotas numa ciência exata. A Stratio Automotive começou por perceber que uma frota tem veículos de idades diferentes, de diferentes marcas e modelos, e que os gestores de frota não têm toda a informação concentrada num só lugar e que a mesma é bloqueada maioritariamente nas marcas, não estando acessível a não ser a troco de muito dinheiro. Dessa forma “o que nos propusemos fazer foi concentrar a informação num só local e dotar os gestores de frota de toda a
informação para apoio à decisão”, refere Miguel Franco. Normalmente a manutenção dos pesados é feita de forma reativa, aquela que sucede após o problema, ou preventiva, a que é feita em função de estatísticas. “As estatísticas de manutenção, dadas pelas marcas, têm um grande problema, é que não têm em conta a tipologia de utilização da frota. Algumas frotas, pela experiência que possuem de utilização da mesma, também utilizam estatísticas próprias sobre a manutenção, mas que nunca têm em conta o desempenho real”, diz Miguel Franco, explicando que “isso pode levar uma frota a substituir certo componente tarde de mais ou cedo de mais, o que se traduz numa ineficiência ou num custo”. Atendendo a estes aspetos, o que a Stratio Automotive propõe através da sua solução é dar o salto para a manutenção preditiva em que a mesma deixa de ser feita com base em estatísticas e passa a ser feita com dados reais. “Com esta solução nós conseguimos saber qual é o momento exato para substituir determinado componente. Sempre que é detetada uma potencial avaria é dada a indicação, através da nossa solução, que é o momento do veículo ser intervencionado”, explica Miguel Franco.
A Stratio propõe a manutenção preditiva, que tem reflexos diretos na redução dos custos de operação
De uma forma geral quais são os benefícios da vossa solução? De uma forma resumida os benefícios para as frotas são a redução dos custos com manutenção, o incremento da segurança por via da utilização de veículos mais fiáveis, o aumento da vida útil do veículo, menores tempos de imobilização não programados, menor consumo e reduções de emissões e uma otimização mecânica dos veículos. É uma solução em constante desenvolvimento? Como a solução assenta em inteligência artificial e como a frota está sempre em andamento e é cada vez maior, está sempre a aprender e quantas mais frotas analisar mais inteligente é o algoritmo. Simultaneamente vamos adicionando mais funcionalidades.
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SOFTWARE
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Reconhecimento internacional
A Stratio Automotive desenvolveu um hardware, que está ligado à porta de diagnóstico do veículo, que está a recolher informação sobre todos os sistemas e subsistemas das viaturas. “Este hardware está adaptado para funcionar com qualquer solução de comunicação de qualquer marca e modelo de veículo pesado, independentemente da sua idade, nomeadamente a partir de 2001”, assegura Rui Pedro, reforçando que “essa é precisamente outra enorme mais valia desta solução, nomeadamente nos veículos mais modernos que disponibilizam muito mais informação”. COMO FUNCIONA
Esta solução funciona em tempo real e “debita” informação várias vezes por segundo, permitindo que a informação esteja sempre a circular, tendo ainda a particularidade de “incorporar tecnologia que ainda não está ativa, pelo que as atualizações remotas permitirão o futuro acesso ao cliente dessa tecnologia através de uma simples actualização”, explica Miguel Franco. Toda esta informação que é recolhida no veículo é enviada para os servidores da Stratio Automotive, onde são aplicados os algoritmos de inteligência artificial que permitem prever os problemas antes deles acontecerem. Sempre que é despoletado um alerta de manutenção, essa informação é enviada ao gestor de frota, que não mostra apenas qual é o problema, mas também fornece
as possíveis causas e os passos necessários para o resolver. “A Stratio Automotive adquiriu a informação técnica de como solucionar os problemas e dotamos as equipas técnicas da informação necessária para os resolver”, diz Miguel Franco. Recolhendo a informação através dos sensores dos veículos, a Stratio Automotive consegue ainda ir um pouco mais além na análise a outros componentes que não tenham sensores. “Relacionando dados obtidos através dos componentes que têm sensores conseguimos ter informação extra de outros componentes que não têm sensores, mas entre os quais existe uma relação indireta”, revela ainda Miguel Franco. Os principais pontos de análise num veículo da solução da Stratio Automotive são o motor, transmissão, suspensão, escape e travões, embora também sejam avaliadas outras áreas como a segurança e o conforto. Como antes se disse, a solução da Stratio Automotive foi sujeita a testes intensos que ajudaram a validar a mesma. Após a fase de ensaios, com mais de 200 veículos, os resultados foram evidentes: uma redução média de 12% em custos de manutenção e de 8% em combustível, tendo assim, um impacto direto sobre a fiabilidade, desempenho e vida útil dos veículos. Refira-se que se pode aceder a esta solução que a Stratio Automotive através de um browser num computador, mas também através de smartphone ou tablet.
Em 2016, a Stratio Automotive, foi considerada pela União Europeia como um dos 3 melhores projetos ao nível dos transportes rodoviários em termos europeus. Tal consideração por parte da União Europeia, permitiu à Stratio Automotive obter um prémio de 1,5 milhões de Euros, estando também a empresa a ser apoiada pela Agência Espacial Europeia, por via da aplicação bem-sucedida da tecnologia espacial ao setor dos transportes. Refira-se ainda que a tecnologia da Stratio Automotive está a ser patenteada, estando neste momento 3 patentes em aprovação, resultado da tecnologia desenvolvida.
Caso de estudo Stratio Automotive Um dos casos práticos da utilização da solução da Stratio Automotive foi validada pelos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC). Ao longo de seis meses, 50 autocarros dos SMTUC (com uma idade média de 14,4 anos) utilizaram a solução da Stratio Automotive na sua operação (na cidade de Coimbra), tendo obtido uma redução de 8% nos consumos de combustível, o que é significativo. Em resumo, no relatório final foram obtidos os seguintes dados: - redução de 43.104 Euros em custos de manutenção; - redução de 33.620 euros em combustível; - Redução de 35 horas no tempo de imobilização; - Redução de 93 toneladas em emissões de CO2
SCHAEFFLER
Notícias
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Renovação da estrutura, da gama de produtos e mais foco no cliente O Grupo Schaeffler reforçou a sua presença no mercado do pós-venda para veículos comerciais, industriais e agrícolas, através de uma nova oferta de produtos e uma maior orientação para as necessidades dos frotistas TEXTO NÁDIA CONCEIÇÃO
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A
Schaeffler reformulou o seu serviço pós-venda para veículos comerciais . Além de ter ampliado a oferta de produtos em todas as suas marcas, a divisão de pós-venda da marca está agora mais orientada para responder às necessidades de transportadores e frotistas. Com esta nova estratégia, a empresa pretende aumentar o tempo de atividade dos veículos e reduzir o seu Custo Total de Propriedade (TCO). Com o aumento da pressão sobre os custos, é importante para as empresas que os seus veículos tenham um tempo de vida útil prolongado. Este é o novo foco da divisão Automotive Aftermarket da Schaeffler: o desenvolvimento de novas soluções para o seu serviço pós-venda, por forma a aumentar o tempo de uso
dos veículos e a baixar os custos operacionais. O catálogo Schaeffler Commercial Vehicle inclui agora quatro marcas: LuK, INA, FAG e Ruville e, na sua estrutura, para além dos dois segmentos “Veículos Comerciais Pesados” (Heavy Commercial Vehicles ou HCV, sigla em inglês) e “Tratores e Veículos Agrícolas”, a marca adicionou um novo segmento, denominado “Veículos Comerciais Ligeiros” (LCV). PRODUTOS E SOLUÇÕES PARA VEÍCULOS COMERCIAIS PESADOS
A qualidade das peças é decisiva para diminuir o tempo de manutenção e os custos para os gestores de frota. Por isso, o objetivo do segmento “Heavy Commercial Vehicles” é a criação de
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Vicauto comercializa Sachs e Lemforder
Keith Leadbeater
Diretor de Veículos Comerciais na Schaeffler. “Desenvolvemos soluções que minimizam o custo de propriedade, dando o máximo de confiabilidade e tempo de atividade ao veículo no que diz respeito à sua vida útil. Para os gestores de frota, os custos das peças representam apenas 5% do custo total da propriedade de um veículo. As peças de alta qualidade são cruciais para estender os intervalos de manutenção. Isso aumenta a mobilidade dos veículos e minimiza o número de reparações necessárias. Portanto, a decisão sobre que tipo de componentes a utilizar nas reparações é uma questão prioritária para os operadores.”
soluções inteligentes de reparação para camiões, autocarros e semirreboques. A gama de produtos inclui embraiagens LuK, componentes de correia de transmissão e rolamentos INA, assim como buchas e rolamentos FAG. A Schaeffler destaca o FAG SmartSet, uma solução para a manutenção e reparação de rolamentos. No segmento “Veículos Comerciais Ligeiros”, a marca fornece soluções para reparação rápida, através do amplo portfólio de produtos das suas quatro marcas: LuK, INA, FAG e Ruville. O segmento “Trator e Veículo Agrícola “ foi projetado para atender às necessidades específicas destes veículos. No campo das embraiagens para tratores, a Schaeffler oferece, com a sua marca LuK, um número crescente de soluções INA e FAG.
A Vicauto foi nomeada distribuidora do grupo ZF para as marcas Sachs e Lemforder. Com esta nova distribuição a Vicauto vai passar a dispor em stock as embraiagens e amortecedores Sachs e material de direção e suspensão da Lemforder. A empresa reforça assim a sua posição de fornecedor global de marcas de equipamento original, dando garantias de qualidade, durabilidade e fiabilidade aos seus clientes. As marcas Sachs e Lemforder são ambas reconhecidas como marcas de qualidade no primeiro equipamento e no aftermarket, são também líderes nos mercados onde operam.
Nova bateria StrongPro para pesados da Exide
A StrongPRO é a nova bateria Exide (marca Tudor) para camiões que foi recentemente introduzida no mercado. Desenhada de acordo com a nova geração HVR (High Vibration Resistance), com reforço de carbono, possui ainda uma solução inteligente desenvolvida pela Exide, para reduzir a estratificação do electrólito, proporcionar uma recarga mais rápida e aumentar os ciclos. Desde que foram introduzidos os tanques AdBlue para facilitar o comprimento do requerido na norma EURO 6 no que respeita a emissões, muitos dos fabricantes de camiões, mudaram a instalação das baterias para a traseira do chassi, onde estão sujeitas a um aumento muito significativo de vibração que pode provocar falhas na bateria. Só a tecnologia HVR projetada pela Exide, foi capaz de resistir e proporcionar que a StrongPRO passasse os extremos testes de vibração V4 exigidos pela nova norma Europeia EN 50342-1(2015) – foi uma das primeiras baterias do mercado a fazê-lo. Com mais poder de arranque e mais tempo de vida útil, a bateria StrongPRO proporciona aos responsáveis de frota a melhor solução em termos de custo, de acordo com a Exide.
Valeo premiada pelo Grupo Temot
A Valeo Service recebeu o prémio de “Fornecedor do Ano Veículos Comerciais 2016”, no passado mês de maio, durante a reunião de fornecedores do grupo Temot International, realizada em Barcelona. Os cinco maiores grupos internacionais de aftermarket (ITG), do qual a Temot International faz parte, registaram um tremendo crescimento de 11% no negócio aos associado aos veículos comeriais (ligeiros e pesados) o ano passado. Com um total de vendas de 9.2 Biliões €, 17.3% é feito no negócio de veículos comerciais. Este sector tende a crescer dramaticamente. Refirase que 36 dos 65 share holders da Temot têm negócios na atividade dos veículos comerciais, onde se insere a Valeo. Neste contexto muito favorável, ganhar o prémio de veículos comerciais foi um reconhecimento muito importante para a Valeo como especialista em veículos comerciais e um parceiro importante para a Temot, neste segmento de mercado em crescimento. Depois de ganhar o prémio de Fornecedor do Ano do Groupauto Internacional em Novembro passado, a Valeo, especialista em aftermarket, fortalece a sua posição de liderança com esta nova recompensa.
Escape Forte comercializa AdBlue A Escape Forte aposta novamente na variedade dos seus serviços e produtos, tornando-se importadora da Voulis, um conceituado fabricante grego na produção de produtos químicos. A Escape Forte traz, assim, AdBlue para as suas prateleiras, incrementando desta forma o leque de produtos para as linhas de escape e tratamento de gases. Refira-se que a Escape Forte é especialista na reparação de filtros de partículas, tanto para ligeiros como para veículos pesados.
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Jaltest e Global Parts dinamizam formação NOTÍCIAS
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Jaltest em parceria com a Global Parts proporcionou no dia 7 de Junho uma formação com o tema “Análise de Avarias em Sistemas EDC para reparação de ECU” em veículos pesados. A sessão decorreu nas instalações da Global Parts em Vialonga, tendo sido ministrada por um dos mais conceituados técnicos da Jaltest, Jesus Novés. O programa foi dividido em 3 partes distintas, “Interpretação de Avarias e Diagnósticos”, “Procedimentos de reparação da ECU” e por fim a tão ansiada “Prática”, com exemplos práticos para todos poderem testar e comprovar os
conhecimentos adquiridos. Os 16 clientes presentes consideraram a formação muito técnica, mas essencial para o desenvolvimento dos seus negócios. A Jaltest é o software de diagnóstico multimarca mais avançado do mercado, sendo por isso uma ferramenta imprescindível para a reparação da maioria das viaturas pesadas. “Quanto a nós, Global Parts, vamos continuar a distribuir os Equipamentos Jaltest, mas acima de tudo a fornecer Assistencia Técnica Pós-venda, essencial para que os nossos clientes tirem o maior partido possível dos seus equipamentos”, refere Miguel Valentim, Sócio -Gerente da Global Parts.
Baterias ALEA para ligeiros e pesados
A
ALEA, marca própria do aftermarket do Grupo Nors, reforçou a sua gama de produtos, para veículos ligeiros e pesados, com a introdução de baterias de marca própria. A partir de agora, estão disponíveis nas lojas ASParts, ONEDRIVE e Civiparts, 9 referências para veículos Ligeiros (desde
45Ah a 95Ah) e 5 referências para veículos pesados (desde 110Ah a 225Ah), a preços muito competitivos. Este lançamento permite aumentar a oferta de produtos da marca ALEA no mercado de peças aftermarket, contribuindo ainda mais para a sua crescente aceitação e notoriedade da marca.
Ferdinand Bilstein compra 100% da KM A Ferdinand Bilstein é, desde 3 de abril de 2017, detentora de 100% da empresa KM Auto Technik. Os diretores gerais Karsten Schüssler-Bilstein e Jan Siekermann assumiram nessa data a liderança do desenvolvimento estratégico da KM, especialista alemã em embraiagens para veículos europeus, com sede na cidade de Durmersheim. Para além da aquisição e da liderança por parte da Ferdinand Bilstein, a marca KM também será integrada sob a umbrella da marca bilstein group, juntando-se assim às outras marcas do grupo, a febi car, febi truck, SWAG e Blue Print. Será um processo progressivo que deverá estar concluído em 2018.
Servidiesel regenera de Filtros de Partículas em pesados
Especialista em sistemas diesel e turbocompressores, a Servidiesel continua a investir nos sistemas de diagnóstico, reparação e calibração mais avançados do setor, apostando agora nos Filtros de Partículas. A aquisição de um equipamento único para a regeneração de Filtros de Partículas, comprova a visão estratégica desta empresa. Com este equipamento regenera todos os tipos de filtros de partículas (ligeiros e pesados) com a particularidade única de poder atestar o estado do filtro antes e após a intervenção, permitindo à Servidiesel regenerar Filtros de Partículas com comprimento de 1600mm e peso até 50kg.
Num minuto... Bruno Martins (TCM) representará Portugal na Final do Optifuel Challenge 2017, que se realiza em Espanha em Outubro, depois de ter vencido esta competição em Portugal.
A TJA, empresa da área de transportes que iniciou a sua atividade em 1947, adotou a solução Multipeers4Fleets, da IT Peers, para apoiar a gestão de frota.
A NEX Tyres Portugal iniciou a distribuição em regime de exclusividade da gama de pneus agrícolas e industriais da marca turca ÖZKA. A gama ÖZKA possui
mais de 200 referências englobadas entre mais de 40 soluções/pisos distintos, compreendidas entre jantes 9” e 48”.
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Visoparts e DT realizam formação A Visoparts realizou uma ação de formação como o seu parceiro Diesel Technic, com o objetivo de fidelizar o cliente. “Decidimos dinamizar esta ação de formação com o objetivo de fidelização do cliente, permitindo fazer questões, tirar dúvidas e remover opiniões negativas pré-concebidas sobre a marca DT”, referiu José Carlos, sócio-gerente da Visparts. Estiveram presentes neste Workshop cerca de 60 clientes de diversos pontos do pais entre eles oficinas e empresas de transportes nacionais e internacionais. “O mais importante foi passar para o nosso cliente o conhecimento e informação sobre a qualidade do produto DT e as mais valias de trabalhar com um parceiro que oferece numa só marca todas as soluções, além de oferecer o que nenhuma outra marca neste momento oferece que é 24 meses de garantia sobre qualquer produto marca DT”, conclui José Carlos.
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Meyle renova imagem das embalagens
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m sintonia com o relançamento da marca, a Meyle AG alterou agora também o seu design das embalagens. Além do aspeto renovado, as novas embalagens para peças Meyle apresentam outras vantagens. Para o cliente a caixa contém, assim, logo à primeira vista informações importantes sobre o produto que encomendou: muitas caixas possuem símbolos gráficos que ilustram as vantagens do produto fornecido. As novas etiquetas também mostram
agora os detalhes do produto não só em alemão, inglês e russo como também em francês, polaco e espanhol. Todas as caixas são fechadas com um selo Meyle-Original, Meyle-PD ou MeyleHD adequado e apresentam, além disso, uma textura melhorada. Os códigos QR nas etiquetas levam diretamente ao respetivo produto no catálogo online, onde estão disponíveis informações adicionais, tais como todos os números de referência relativos ao produto, instruções de montagem ou folhetos.
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NOTÍCIAS
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Auto Diesel representa iluminação Ermax para pesados
Civiparts mais forte em Espanha
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A Civiparts España abriu uma nova loja na Galiza, no Polígono Industrial “A Granxa”, em Porriño (Pontevedra). Com a nova loja, que conta com uma superfície de 300 m2 e três colaboradores, a Civiparts España continua a reforçar a sua posição no mercado espanhol, desta vez em terreno galego, onde já marcava presença desde o início de 2014. Esta nova abertura faz parte do plano de expansão da empresa em Espanha, onde terá também um aumento global da capacidade comercial e logística. Pelas palavras do novo Diretor Executivo da Civiparts España, Javier Lorenzo, “com esta nova loja melhoraremos o serviço aos clientes galegos e esperamos satisfazer as necessidades que estes têm vindo a solicitar desde há algum tempo.” Esta loja junta-se às 5 já existentes: Madrid, Estremadura, Catalunha, Valencia e Múrcia.
Ermax Lighting Systems é um sistema de iluminação totalmente em Led’s ou tecnologia de dois híbridos, com um amplo programa que a Auto Diesel disponibiliza para os seus clientes, destinada a veículos pesados e reboques. Este sistema de iluminação possui uma configuração única de produtos e com produção exclusiva na Dinamarca, segundo as mais exigentes normas europeias (E, ECE R65, EMC, CE, ECE 104 e ADR), tendo sido selecionados e exclusivamente certificados, alguns parceiros de negócios em todo o mundo, para oferecer um amplo e competitivo programa de produtos de qualidade. Em Portugal, a Auto Diesel é o parceiro certificado pela ERMAX TransportTeknik, para comercialização e montagem do seu programa de produtos em sistemas de iluminação, caixas de junção e sistemas de cabos para veículos pesados, reboques e aplicações em reboques de veículos de passageiros e máquinas
DT Spare Parts com novo catálogo MAN
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DT Spare Parts já tem disponível o novo catálogo de peças de substituição para diversos modelos da MAN. O novo catálogo de peças de substituição
agrícolas. Estes componentes de iluminação são oferecidos dentro de conceitos de soluções completas com cabos ADR aprovados e – se desejado – caixas de junção e hardware de montagem. Todos os cabos são configurados com muitas opções para garantir a melhor capacidade de serviço ao longo da vida. Podem ser adquiridos componentes isolados ou soluções conjuntas.
conta com mais de 500 novos produtos da marca DT Spare Parts adequadas para modelos da MAN das séries TGA/TGS/ TGX e TGL/TGM, bem como modelos das séries F/M/L 2000, F/M/G 90, F 7/8/9 e CLA, além de peças de adequadas para MAN Bus/Neoplan. Cerca de 2.600 produtos no catálogo substituem mais 6.000 referências. A DT Spare Parts oferece um total de mais de 5.600 peças de reposição adequadas para camiões e autocarros da marca alemã. A gama é continuamente expandida e inclui kits especiais de reparo, que contém todas as peças necessárias para uma determinada reparação. Uma característica especial da marca DT Spare Parts é a garantia de 24 meses para clientes de oficinas em toda a gama da marca.
VDO TrailerLinc para gerir semirreboques A VDO lançou uma nova solução de gestão para melhorar a eficiência e o rendimento dos semirreboques, denominada TrailerLinc. Saber a todo o momento onde estão os semirreboques de uma frota é atualmente possível com o TrailerLinc da VDO, pois ele incrementa a segurança e melhora a eficiência das empresas de transportes, sendo ainda uma ferramenta muito útil para os gestores de frota. O TrailerLinc ficará instalado no semirreboque, que transmitirá de forma regular, via GPRS um conjunto de dados (entre elas as coordenadas GPS) as quais serão reconhecidas pelo software de gestão de frotas VDO (FleetVisor). dos semirreboques, assim como os veículos aos quais estão acoplados,
Num minuto... A Honeywell alterou a sua histórica designação Garrett aplicada aos turbos de aftermarket para Honeywell Garrett. Segundo a marca esta alteração visa transmitir
melhor a capacidade da marca no desenvolvimento tecnológico utilizado no fornecimento de turbos para quase todos os fabricantes de automóveis mundiais.
Os produtos do catálogo Fersa passaram a estar disponíveis em mais de 60 países, incluindo Portugal, na plataforma TecDoc.
A Imprefil lançou a nova geração de filtros de óleo BD 50000 da Baldwin para veículos pesados. A alta durabilidade e rendimento dos BD50000 são uma alternativa aos LF14000NN.
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Expomecânica dá mais atenção aos pesados em 2018 De acordo com a Kikai, o salão Expomecânica de 2018, agendada de 20 a 22 de abril, vai ter outra escala, com a ampliação significativa da área expositiva em mais de 50%. Decorrerá novamente na Exponor mas, em vez de um, ocupará dois pavilhões inteiros. A fasquia subirá também ao nível dos expositores: números redondos, a organização conta ultrapassar os 200, uma subida de mais de 25%. A entidade organizadora pretende em 2018 que o setor dos veículos pesados (peças, pneus, componente, serviços, etc) volte a ter uma forte representação, como sucedeu em 2015, tendo previsto um espaço considerável da exposição para estes operadores.
Siegel Automotive presente no catálogo TecDoc A partir de agora os produtos da marca Siegel Automotive, juntamente com informações detalhadas de produto, estão disponíveis no catálogo eletrónico de peças TecDoc Web da TecAlliance. A Siegel Automotive é uma oferta adicional do fornecedor de peças de substituição para pesados da Diesel Technic, destinada a clientes que procuram soluções para a manutenção funcional e económica. As cerca de 1.000 peças de reposição da marca substituem mais de 2.100 referências de fabricantes europeus de veículos pesados. O portfólio de produtos engloba peças de reposição para carroçaria e cabina, iluminação e equipamento elétrico, bem como para outros grupos de produtos. A versão digital do catálogo está também disponível em www.siegelautomotive.com/cataloque.
A PPG Refinish deu a conhecer Juan Navarro, o novo Diretor de Mercado para Portugal e Espanha desta reconhecida marca de repintura.
Saint-Gobain Abrasives lançou o Norton Cyclonic
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Saint-Gobain Abrasives, lançou o Cyclonic, uma gama de produtos de lixar sob a marca Norton. O Norton Cyclonic é um novo conceito com um sistema completo de produtos codificados por cores e etapas de aplicação, para uma seleção rápida e fácil, numa oficina ocupada. Uma gama que consiste em discos, rolos pré-cortados e acessórios para utilização, tanto em lixagem manual como em máquina, foi especificamente projetada usando a tecnologia Multi-Air Cyclonic e suporte de espuma macia para os grãos mais finos. Este avanço no desenho garante que cada fase de lixagem dá o melhor acabamento para a etapa seguinte, minimizando o tempo de lixagem, aumentando a produtividade e dando um acabamento superficial PUBLICIDADE
perfeito antes de pintar. Os discos Cyclonic proporcionam um desempenho melhorado através de um padrão de furação exclusivo e que é cortado a laser. A técnica precisa de corte significa, discos mais lisos para uma lixagem mais próxima, a extração das poeiras é melhor e a área de superfície abrasiva é aumentada. Além disso, o reforço de espuma utilizado nos grãos mais finos, permite que os discos se adaptem às curvas da superfície e contornos para um acabamento mais suave e consistente. O ciclo de lixagem Norton Cyclonic consiste em quatro etapas principais, desde o desbaste e nivelamento de massas ao acabamento de primário, com duas etapas de aplicação opcionais, aplicações exigentes e de acabamento final.
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NOTÍCIAS
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Scania promove Fleet Care
“Verdadeiros Originais” dá destaque aos pesados
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A ZF Aftermarket anunciou que acaba de lançar a fase mais recente da campanha “Verdadeiros Originais” da TRW, desta vez com destaque para a resistência e durabilidade das suas peças para sistemas de travagem, direção e suspensão para Veículos Comerciais Pesados, da linha de produtos TRW Proequip. Ao manter o conceito popular da campanha da TRW de apresentar um “Verdadeiro Original”, a estrela desta nova história é Erik Larsson. Erik é um motorista de veículos pesados da Suécia, que entrega mercadorias no Círculo Polar Ártico. A campanha de multimédia inclui um vídeo curto (https:// www.trwaftermarket.com/pt/hcv/) e explica como os componentes são fabricados, usando materiais e processos adequados às necessidades dos veículos pesados, e que depois são testados até ao extremo para resistirem às condições mais duras: tudo com o apoio técnico do Grupo ZF. As pastilhas de travão TRW para Veículos Comerciais Pesados são fabricadas com materiais de fricção da mais alta qualidade, oferecendo uma mistura perfeita e performance ideal para esta categoria de veículos. Em conformidade com as especificações do equipamento original, a gama de discos inclui discos de travões, homologados pela norma ECER90, para o Sistema Pneumático de Travão de Disco, e na gama de direção está incluída a premiada e inovadora rótula XCAP. A sua estrutura mais pequena torna-a mais forte e duradoura que a sua antecessora; o seu guarda-pó oferece uma melhor proteção da peça e com um binário reduzido o conforto da direção é melhorado.
Scania vez a apresentação, já em 2016, dos “Planos Flexíveis” ao nível da manutenção. Este serviço, diz a Scania que é revolucionário e único na indústria e significa que as necessidades de manutenção de um camião são inteiramente determinadas pelos quilómetros percorridos e pelas condições de condução do veículo. O software de conectividade do camião indica quando este necessita de manutenção, levando a Scania a contactar o proprietário e a determinar o momento adequado para realizar o trabalho e qualquer outra operação de manutenção preventiva. “A receção tem sido extremamente positiva,” afirma Lars Karlsson, Diretor de Desenvolvimento Comercial, Peças e Serviços, Camiões Scania, explicando que “este serviço dispensa os planos de manutenção determinados pela quilometragem ou pelo calendário e ajuda a reduzir o número de dias na oficina, quando o camião não está em operação e, portanto, sem gerar rendimento para o seu proprietário”. O Scania Fleet Care é mais um serviço associado à manutenção, recentemente introduzido pela Scania. Como tantas
outras funcionalidades Scania, é escalável, graças à sua construção modular. O conceito básico envolve o compromisso da Scania de assumir parcial ou totalmente a responsabilidade do plano de manutenção do cliente. O objetivo é aumentar o tempo de disponibilidade total da frota do cliente e, ao mesmo tempo, melhorar o controlo de custos e a previsibilidade. ”Os operadores de transportes sabem que a Scania tem conhecimentos mais profundos quando se trata do planeamento da manutenção, considerando que a sua competência especial e interesse principal residem na utilização do veículo de uma forma ótima”, diz Karlsson. “Ao confiar o planeamento de atividades como a manutenção e medidas preventivas a um especialista da Scania, os operadores obtêm estabilidade de trabalho e maior tempo de atividade”.
Interescape abre centro de limpeza de filtros de partículas no Algarve
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Interescape pretende reforçar ainda mais a sua atividade em Portugal, tendo previsto abrir um novo centro de limpeza de filtros de partículas no Algarve. Após a abertura de centros de limpeza de filtros de partículas no Porto e em Lisboa, em que para estas áreas metropolitanas, a limpeza e a entrega dos filtros de partículas são efectuadas no próprio dia, a Interescape pretende disponibilizar o mesmo serviço, com igual eficácia e rapidez, num novo centro de limpeza de filtros de partículas
no Algarve. A Interescape pretende assegurar “uma maior proximidade junto dos seus clientes, com a disponibilização de um serviço inovador e de qualidade que vai facilitar o desempenho da sua actividade no âmbito da limpeza dos filtros de partículas”, afirma Jorge Carvalho, Director Geral da empresa. O serviço de Limpeza de Filtros de Partículas da marca ieservice, garante a reposição da eficiência do filtro de partículas e é o único no mercado nacional com a certificação TUVRheinland.
Num minuto... Credenciado com uma longa experiência no setor automóvel, Ricardo Vieira é o novo Diretor Geral da Volkswagen Veículos Comerciais em Portugal. Ricardo Vieira
conduzirá os destinos da marca Volkswagen Veículos Comerciais em Portugal, com o objetivo de reforçar a imagem e impulsionar as vendas da marca no mercado nacional.
A Visoparts, empresa forncedora de peças para veículos pesados, desenvolveu uma parceria com o Grupo Motorservice, que representa as marcas
Kolbenschmidt, Pierburg, TRW Engine Components e BF.
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Mecânica e Expotransporte muito concorridas A seis meses da 7ª edição dos salões Mecânica e Expotransporte/Logística, 90% do espaço de exposição está ocupado, segundo informaram os responsáveis da Exposalão. A Mecânica e Expotransporte/ Logística irá decorrer no Pavihão 3 da FIL, em Lisboa, entre os dias 24 e 26 de novembro de 2017. Fontes da organização revelaram que a aceitação da mudança destes salões da Batalha para Lisboa foi enorme, o que se comprova precisamente pelo facto de estarem praticamente ocupados os 11.000 m2 de área de exposição.
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/ MACOS-EXTRAS / MANITOU / MANUEL GUEDES MARTINS / MASTERSENSOR / MAXOLIT / MCNUR / MCOUTINHO / MEMODERIVA / MERPEÇAS / MORAIS & CAMARA / MOTORMAQUINA / MOTRIO MOV / MUNDIALUB / NATUREZA VERDE / NCH PORTUGAL / NEOCOM / PACEC / PBS PORTUGAL / PLR-PEÇAS LAND ROVER / PNEURAMA / PNEUS DO ALCAIDE / POLIBATERIAS / POVOA HIDRAULICA / PRIO ADVANCED FUELS / PRO4MATIC / PROVMEC / READAPT PORTUGAL / RECAMBIOS QUASAR / RECAUCHUTAGEM SAO MAMEDE / RES ASSISTANCE / RETA / RFR SYSTEMS / RODRIBENCH / ROTAIR CRPB / DIMLASER / EQUIWASH /
/ RPL CLIMA / SARRAIPA / SEEPMODE / SNA
EUROTRANSMISSAO / EUROTYRE / FDESIGN /
EUROPE – BAHCO / SOBRALPNEUS / SOS BATTERY
FERBASA / GESTGLASS / GESTLUB LUBRIFICANTES
/ SOSI COMBUSTIVEIS / SOUSA DOS RADIADORES
LISTA DE EXPOSITORES (A 31 de maio de 2017)
/ GONÇALTEAM / GRAVITYPAINT / GRUPO
/ SPARKES & SPARKES / SPINERG / STAR EXTRAS
SOBREIRO DUARTE / GT MOTIVE / HELDER
LINE / STRATIO / SUSPARTES / TACHOROSETE
AASMVAZ, LDA / ADVANCED PRODUCTS /
MAQUINAS / HISPANOR / HP TURBO / INCOTRANS
/ TACOFROTA / TECNIAMPER / TECNOPARTES /
ALECARPEÇAS / ALIDATA / ANECRA / ANTP /
/ IMPORFASE / INTERESCAPE / INTERMACO
TECWASH / TENTE RUEDAS / TOTAL PORTUGAL
ANTRAM / ARAN / AS24 / ASCENDUM /
/ IVEPEÇAS / JAP PARTS / JAPOPEÇAS / JCM
/ PETROLEOS / TRACK IT / TURBOCLINIC /
AUTONETRONIK / AUTOZITANIA / AZ AUTO / BANCO
CONSULT / JESUS & BAPTISTA / JMCS / JPSF, / JVP /
TURBODISCOVER / VIEIRA & FREITAS / W.A.G.
POPULAR / BERNER / BP PORTUGAL / CARLOS
KOGEL / KRONE / LBVIA / LEIRIDIESEL / LISPARTS /
PAYMENT SOLUTIONS / WD-40 COMPANY / WURTH
SOUSA / COMETIL / CONVERSA DE MAOS /
LUSILECTRA / LUSO IVA / LUSOFILTROS / M.F.PINTO
PORTUGAL
Mercado
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M TRANSFORMAÇÃO VEÍCULOS
THERMOEUROP PORTUGAL
É quase como um serviço de alfaiate Carroçamento de pesados, transformação de furgões e assistência técnica são áreas onde a Thermoeurop Portugal desenvolve a sua atividade dentro do segmento dos veículos para utilização profissional. Fomos conhecer esta interessante empresa TEXTO PAULO HOMEM
E
m Portugal existem muitas empresas a fazer transformações de veículos comerciais. Só algumas o fazem garantindo bons níveis de qualidade e certificação, como é o caso da ThermoEurop, que se define como uma empresa que faz a transformação, de uma forma global, de veículos comerciais (ligeiros e pesados). “Fazemos transformações em fibra de vidro com incidência nas caixas fechadas rígidas. Alguns clientes pedem-nos trabalhamos em lona, mas esse não é o nosso core business”, começa por explicar Nuno Baptista, do departamento comercial da ThermoEurop, empresa com sede e instalações fabris na Venda do Pinheiro. Carros frigoríficos e isotérmicos, bem como transformações de veículos de tra-
balho para as mais diversas finalidades e tipos de mercado, são por assim dizer, o grosso da atividade da empresa. “Não temos o produto final em stock para entregar ao nosso cliente. Tudo aquilo que fazemos para o nosso cliente é feito à medida das necessidades de transporte que ele tem para determinado tipo de veículo”, refere Nuno Baptista, reforçando que “o que fazemos é praticamente um serviço de alfaiate, em que os limites são impostos pelo veículo escolhido para transformação e o tipo de carga que irá ser transportada”. A experiência que a empresa dispõe neste tipo de transformações permite-lhe também muitas vezes aconselhar o cliente sobre o tipo de veículo a escolher que passa pela correta identificação das necessidades do cliente (carga, tipo de transporte,
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ThermoEurop Nuno Baptista 215 960 000 comercial@thermoeurop.pt www.thermoeurop.pt
trajetos, etc). “Cada tipologia de veículo apresenta as suas vantagens e desvantagens e por isso o nosso papel não é empurrar o cliente para uma determinada escolha, mas dar-lhe as diferentes soluções para ele escolher de forma mais acertada”, explica este responsável, dizendo ainda que “todo o trabalho de transformação é feito nas nossas instalações, mas a escolha dos equipamentos, como máquinas de frio, plataformas elevatórias, entre outros, são escolhidos pelo cliente”. Apesar de ter um papel de aconselhamento perante o cliente, nem sempre tudo o que o cliente escolhe é feito pela ThermoEurop. “Existem soluções que sabemos, do ponto de vista técnico, que não funcionam e que muitas vezes o cliente escolhe por ignorância. O nosso papel é levar o cliente sempre para a solução mais indicada e tecnicamente mais correta, de modo a evitar que venha a ter problemas”, avisa Nuno Baptista, dizendo “não nos podemos dar ao luxo de um cliente regressar ao fim de um ano ou dois com problemas na transformação que foi feita. Contudo, se acontecer qualquer problema também cá estaremos para dar todo o pós-venda e assumir a nossa responsabilidade”. MERCADO
Tendo mais volume na transformação de veículos comerciais ligeiros, a maior diferenciação da ThermoEurop pode ser feita
nos pesados (semirreboques), pois nem todas as suas concorrentes estão aptas a fazer transformações e a dar assistência neste tipo de veículos. Uma das principais alterações no mercado tem a ver com a forma como se adquirem os veículos, nomeadamente os comerciais ligeiros. Apesar da utilização do renting e do leasing para a aquisição do veículo, tal não teve grande influência neste negócio, já que a ThermoEurop não se relaciona diretamente com a gestoras de frota, mas sim com a marca (ou concessionário) que vende o veículo. “As gestoras estão preocupadas com a renda e não com a transformação nem com os detalhes técnicos, isso é uma preocupação da marca”, explica Nuno Baptista, porém “para se obter rendas baixas a gestora pressiona a marca e a marca pressiona-nos a nós”. A ThermoEurop controla totalmente todo o processo na transformação dos veículos ligeiros e pesados. Desde o desenho, aos materiais, ao processo de construção da caixa, passando pela transformação propriamente dita, até ao controlo de qualidade final, tudo é feito pela própria empresa nas suas instalações. “A empresa tem pouco anos, mas a nossa experiência no ramo é enorme, pelo que estamos continuamente a procura de melhorar os nossos processos para colocar um produto cada vez melhor no mercado. A via da qualidade é o nosso foco”, conclui Nuno Baptista.
NForce Cargo na assistência técnica A NForce Cargo é uma empresa que trabalha diretamente com a ThermoEurop que se dedica exclusivamente à assistência técnica a equipamento de frio e plataformas elevatórias. Dhollandia, Carrier, Thermo King, Webasto e Hwasung Thermo, são algumas das marcas com que a NForce Cargo trabalha em termos de assistência técnica. “A assistência técnica a este tipo de equipamento é um complemento à nossa atividade que sempre desejamos ter”, refere Nuno Baptista, dizendo que “se trata de uma arma comercial muito importante, pois as caixas depois de construídas não têm praticamente assistência, mas os equipamentos que trabalham nessas caixas têm, sendo uma forma de manter o elo de ligação com o cliente e de captar novos clientes. Por isso, é muito importante dar este serviço de assistência técnica pós-venda a este tipo de equipamentos de frio e das plataformas elevatórias”. Para além da componente da assistência técnica a estes equipamentos, a NForce Cargo comercializa também semirreboques da marca Indetruck.
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SOFTWARE
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DATUMIZE KOSMOS
Recuperar as vendas perdidas nas peças Para todas as empresas que comercializam peças, a Datumize desenvolveu uma solução que permite recuperar vendas (de peças) que estavam perdidas através de uma detalhada análise de dados informáticos. Datumize Kosmos é o nome desta solução TEXTO PAULO HOMEM
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Datumize é uma empresa de que desenvolveu uma solução que permitirá recuperar eventuais vendas perdidas. O software da Datumize recolhe de forma não intrusiva as consultas realizadas pelos utilizadores e as respostas proporcionadas pelos diferentes sistemas informáticos atuais através de diferentes canais de venda, como a web, o B2B ou a venda telefónica. Uma vez reunidos os dados, a solução desta empresa transmite-os para uma plataforma que os analisa e transforma em métri-
cas de negócio e técnicas, como o rácio de vendas perdidas. O Datumize Kosmos é uma tecnologia inovadora que ajuda as empresas do setor das peças de substituição a otimizarem as suas receitas. Este software recolhe as consultas realizadas pelos utilizadores e as respostas proporcionadas pelos diferentes sistemas informáticos atuais através de diferentes canais. Imaginemos que um dos operadores telefónicos de uma empresa de peças tem que informar um cliente quanto à disponibilidade e preço de um produto, por exem-
plo, óleo de motor. Em seguida o sistema indica: “temos o produto com o preço X e a entrega demora 8 horas”, “temos o produto com o preço X mas está em stock noutra cidade”, “não temos o produto em stock”, “não temos o produto”. A tecnologia da Datumize é capaz de recolher de forma não intrusiva todas estas interações: todos os detalhes de cada um dos pedidos e as respostas, tanto de clientes como de fornecedores ou de funcionários, independentemente do canal (telefone, web, B2B). Assim, uma vez reunidos os dados, este software transmite-os para uma plataforma de armazenamento. Em paralelo, esta solução pode também recolher dados já existentes e armazená-los na dita plataforma. Seguidamente, a plataforma analisa todos estes dados de diferentes fontes e transforma-os em métricas de negócio e técnicas. Todos estes dados e métricas de grande utilidade são também armazenados na plataforma. Dessa forma, esta plataforma irá proporcionar ao operador de peças, em tempo real, painéis de controlo e relatórios, alertas e funcionalidades de busca avançadas.
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Datumize Raquel Pérez +34 622 001 565 www.datumize.com CONTROLO DOS CANAIS DE VENDA
Com o Datumize Kosmos poderá ter um maior controlo sobre os canais de venda, tendo o histórico completo de todas as consultas, independentemente do canal e de quem as fizer, conhecer os produtos e as famílias que procuram e saber se há pedidos de preço e disponibilidade do produto. Também poderá conhecer as respostas a todas estas consultas, ou seja, poderá ter a lista completa de respostas obtidas (a lista de produtos com os preços), poderá saber quando a resposta informa que o produto pedido não existe em stock ou que está noutra cidade ou armazém. Para minimizar as devoluções de pedidos, o Datumize Kosmos garante as seguintes métricas necessárias: - Terá a lista completa de todos os cancelamentos e devoluções com uma análise dos respetivos motivos; - Proporciona uma lista dos tempos de entrega para cada pedido; - Saberá onde estava o produto e se estava em stock antes de ser entregue. Na verdade, com todas estas métricas, esta solução proporciona relatórios com análises minuciosas de todos os dados de
negócio. Por exemplo, disponibiliza a lista de todas as oportunidades perdidas e os respetivos motivos (preço não competitivo, inexistência em stock, produto não encontrado pelo sistema, tempo de devolução demasiado longo), as métricas necassárias para categorizar os produtos e respetivas famílias, análise das ofertas dos seus fornecedores e dos respetivos preços e ainda poderá também ter a lista dos perfis de comportamento dos seus clientes e dos pedidos. Refira-se ainda que poderá receber alertas em tempo real se, por exemplo, não tiver um produto em stock, se o tempo de entrega de um produto pedido for demasiado longo e se um cliente tiver cancelado ou devolvido um pedido. Para terminar diga-se que esta solução já está a trabalhar em diversos operadores de aftermarket (em Espanha), a sua instalação é fácil e rápida (em apenas 4 semanas é possível consultar as primeiras métricas) e que uma das características mais importantes é que esta solução não é intrusiva, isto é, não tem qualquer impacto nas aplicações já usadas nem é necessário modificar as mesmas.
Vantagens Datumize Kosmos >> Melhorar as vendas e a taxa de conversão graças ao conhecimento abrangente dos perfis dos pedidos e dos seus clientes; >> Criar campanhas de marketing à medida, graças a um conhecimento da procura em tempo real. >> Diminuir o número de oportunidades de venda perdidas já que finalmente ficará a saber quando estas ocorrerem, irá conhecer os motivos e por conseguinte poderá tomar medidas para solucionar o problema; >> Também o ajudará a minimizar os cancelamentos e as devoluções de pedidos graças às métricas proporcionadas que permitirão conhecer os clientes que o fazem frequentemente e saber onde estava o produto antes da entrega; >> Otimizar a gestão do inventário graças a uma análise detalhada do túnel de vendas.
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RETALHISTA
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Reforço da posição a norte
COPEROL Nova loja Perafita 229 969 579 dcosta@coperol.com www.coperol.com
A Coperol inaugurou em Perafita (Freixieiro) mais uma loja e armazém, reforçando a sua posição na zona norte de Portugal, onde está a reorganizar os seus serviços TEXTO PAULO HOMEM
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esde que foi fundada, em 1988, que a D. COSTA – Peças e Equipamentos Rolantes, S.A., conhecida no mercado como Coperol, não mais parou de crescer. Especialista em peças e acessórios para camiões, reboques e autocarros, a Coperol foi assumindo posições relevantes neste mercado, abrindo agora mais uma loja de peças e armazém, em Perafita (Freixieiro, na Rua de Cidres), passando a estar presente em Frielas (sede), Lourosa, Coimbra, Carregado, Entrocamento,
Montemor-o-Novo e Algarve, tendo ainda oficinas em Alenquer, Maia e Montemoro-Novo. Ana Luísa Costa, Administradora da Coperol, fala para a revista PÓS-VENDA PESADOS sobre esta nova loja e as mais valias que a mesma trará para a empresa. Qual foi o objetivo de inaugurar esta instalação da Coperol? O objetivo principal é o de ter uma melhor localização na zona norte do Porto, dado que a nossa anterior localização tinha acessos mais condicionados. A nova
loja tem melhor visibilidade, melhor localização, melhores acessos e acreditamos que esta mudança pode trazer uma melhoria significativa na proximidade que nos faltava para os nossos clientes do norte, bem como na nossa performance de trabalho. Ao estarmos mais próximos dos nossos clientes e parceiros somos mais capazes de responder em menor espaço de tempo o que para a área das peças é fundamental. Apesar da loja antiga estar a menos de 10 minutos da nova localização, esta
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diferença é uma grande mais valia. Qual a razão da escolha da zona do Freixieiro? É uma zona central e de fácil acesso, junto de muitos dos nossos clientes habituais e potenciais. Para além disso a loja tem as condições certas para fazermos melhor o nosso trabalho: melhor área de balcão, melhor disposição de stocks e maior proximidade do mercado. Qual o plano que existe para as instalações da Maia? A anterior loja será fechada para a venda de peças, mas verá a sua área aumentada para oficina. Enquanto oficina a localização da Maia não tem tantos problemas e o alargamento destas instalações fará com que consigamos ter uma melhor oferta de serviços e espaço para os nossos clientes de reparação oficinal. As nossas oficinas têm-se vindo a afirmar no mercado e a nossa competência técnica aliada ao vasto stock e disponibilidade de peças tem sido o fator de sucesso para este objetivo cumprido. Está nova loja, fecha o ciclo de lojas da Coperol em Portugal ou existe objetivo de abertura de mais instalações? O ciclo nunca está fechado, porque o caminho da Coperol está em continua progressão e é para isso que trabalhamos. No entanto, no curto prazo esta é uma questão que fica por esta abertura. Quais são as expetativas comerciais com a abertura desta nova loja?
A melhoria das vendas e da proximidade dos nossos clientes habituais e potenciais é a principal expetativa que queremos ver cumprida e acreditamos que este era o passo que faltava para os conquistar. Quais são os meios que estão afetos a esta loja (pessoas, carrinhas, etc)? Os mesmos meios e as mesmas pessoas, porque apenas se deu uma deslocalização da área das peças juntamente com a melhoria do serviço que esta nova loja proporciona. Estas novas instalações são mais funcionais? Refira-se que esta loja tem um balcão maior que na loja anterior e área de stock apesar de menor, conta com algum espaço extra na loja antiga. Para além disso tem uma sala de formação, copa para funcionários e sala de espera para clientes. Que diferenciação a Coperol poderá trazer ao mercado, na zona do Freixieiro, com a abertura desta loja? A diferença da melhor localização possível na zona norte. Melhor espaço de atendimento, maior organização do stock, mais rapidez na entrega de peças e melhores acessos para clientes e parceiros. A Coperol possui imensas representações de peças. Existem algumas novidades a esse nível? Existem muitas novidades na gama de produtos oferecidos, bem como no aumento das marcas representadas, dado
que estamos constantemente a renovar o stock atendendo ao constante lançamento de novas viaturas e às adaptações tecnológicas dos fabricantes. Como analisa a evolução do mercado de peças para veículos pesados nestes meses de 2017? Temos vindo a aumentar um pouco a nossa faturação este ano, fruto do esforço e dedicação diário de toda a equipa. O nosso foco no cliente e na proximidade com o mesmo e o nosso compromisso de seriedade e qualidade são os pilares fundamentais do nosso sucesso. Existem cada vez mais investimento em instalações. Está o mercado preparado para tanta oferta? O mercado assenta em empresas capazes de proporcionar o melhor serviço ao cliente e quem descurar este aspeto vê o seu negócio a fechar em pouco tempo. Só os melhores e mais apetrechados terão espaço neste mercado tão competitivo e agressivo quanto o das peças automóvel. É um mercado muito profissional que exige constantemente atualização e melhoria de processos internos obsoletos e ultrapassados. Que tipologia de clientes serão o alvo da Coperol com esta nova loja? Os nossos habituais clientes e todos os potenciais clientes que tenham viaturas pesadas. Acreditamos que a maior visibilidade da nova loja e os melhores acessos da mesma, trará os seus resultados em curto prazo.
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ASSISTÊNCIA
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RETA
Crescer nos serviços Com um investimento superior a 7,4 milhões de euros, a Luís Simões inaugurou recentemente o renovado Centro de Operações Logísticas em Vila nova de Gaia, onde se encontra também o novo Centro de Assistência Técnica da Reta para a zona norte TEXTO PAULO HOMEM
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o total investido pela Luís Simões no seu renovado Centro de Operações Logísticas em Vila nova de Gaia, cerca de 7,2% foram dedicados especificamente ao Centro de Assistência Técnica da Reta, sendo que muitos outras parcelas do investimento acabam também por beneficiar direta ou indiretamente este negócio de serviços técnicos. Quer isto dizer que a Luís Simões analisa o negócio da Reta como estratégico para a sua atividade, num espaço (em Vila Nova de Gaia) que surge agora com um visual moderno e apelativo, onde é bem visível a imagem da NexusTruck, um conceito oficinal internacional que a Reta passou a integrar e que irá desenvolver em Portugal. Este investimento surge com o crescimento do negócio da Reta, no qual foi identificada a necessidade de alargar a oferta de serviços na zona norte de Portugal. O alargamento teve como objetivo o aumento das secções de intervenção e serviços disponibilizados, melhorando a capacidade de resposta às necessidades dos transportadores e aumentando a qualidade do serviço prestado.
O Centro de Assistência Técnica (CAT) da Reta, funciona num conceito de One Stop Shop que engloba todos os serviços num só local. No mesmo espaço é possível encontrar serviços de manutenção e reparação multimarca de pesados, loja de peças, aluguer e venda de tratores e semirreboques novos e usados, permitindo economizar tempo e combustível em deslocações entre oficinas e outros prestadores de serviços.
Principais serviços Reta - Serviços de mecânica - Pneus - Loja de peças - Bate–chapa e pintura - Lavagens - Sistema completo de lavagem de semirreboques e camiões - Aluguer e venda de semirreboques - Serralharia - Fibra
“Este investimento assume-se como estratégico para a Luís Simões, uma vez que nos permite ampliar o nosso potencial de crescimento na região norte e dar resposta ao bom de desempenho económico que esta zona tem apresentado. Estamos convictos que tanto a Luís Simões como a Reta possuem agora as condições necessárias para continuarem a crescer e atingirem os objetivos estabelecidos”, refere José Luís Simões, Presidente da Luís Simões. O novo Centro de assistência técnica oferece ainda uma nova dinâmica ambiental associada à melhoria das instalações. Foram considerados aspetos ambientais ligados às águas (sistema de tratamento de efluentes da lavagem de viaturas) e energia (instalação de painéis solares para aquecimento de águas dos balneários). Desde o início de 2017 que passou a figurar um indicador de consumo de energia / horas faturadas e a gestão de resíduos (considerada como fator diferenciador) possui um parque de resíduos organizado por tipologia (em 2016 conseguiu enviar apenas 1% dos resíduos da instalação para aterro). A implementação de uma estufa de preparação e pintura acompanhada de adequado sistema de tratamento de gases, permitem que se cumpra com toda a legislação ambiental, sem apresentar risco à população envolvente. Quanto ao Centro de Operações Logísticas da Luís Simões, com as obras de remodelação e expansão, passou a ter aproximadamente 14.900 m2 área coberta e 1.500 m2 de área de cais. Além da requalificação e expansão, as obras comtemplaram uma maior aposta na eficiência energética através da instalação de painéis solares e da criação de um sistema que acompanha o consumo de energia com um indicador de consumo energético versus paletes movimentadas.
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PEÇAS
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MAN
MAN aumenta garantia das peças e dos serviços Como forma de reforçar a confiança dos seus clientes, a MAN anunciou que aumentou a garantia das peças originais para dois anos. Para que a confiança seja redobrada, a nova garantia também cobre reparações efetuadas pela MAN, incluindo a instalação de peças originais da marca TEXTO PAULO HOMEM
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um mercado altamente competitivo em que os custos dos transportes são analisados ao detalhe, a MAN estabelece agora novas metas para as suas peças originais e para os seus serviços, ao passam a ter dois anos de garantia. Esta extensão da garantia aplica-se a todas as reparações efetuadas em centros de serviço MAN e já se encontra em vigor. Nesta extensão de garantia estão incluídas todas as peças originais MAN, peças originais MAN ecoline ou acessórios originais MAN instalados como parte de trabalho de reparação. Além disso, a garantia de dois anos abrange todos os serviços relacionados com a instalação de peças sobressalentes. PEÇAS MAN
As peças originais MAN (intituladas como Peças Genuínas pela MAN) são fabricadas e testadas de acordo com estritos critérios de qualidade e, graças ao seu elevado nível de fiabilidade e rentabilidade, garantem que o correto funcionamento de qualquer veículo pesado MAN. Não menos importante é falar na rápida disponibilidade de peças sobressalentes,
um importante pilar no serviço de peças sobressalentes da MAN. Em média, mais de 8000 peças genuínas estão disponíveis nos centros de serviço MAN, incluindo peças para modelos mais antigos e veículos especiais, de forma a diminuir ao máximo os tempos de imobilização em caso de danos. 95% das peças especiais, que não estão imediatamente disponíveis, são entregues durante a noite na oficina através do European Logistic Center (ELC), estabelecido pela MAN. ECOLINE
As peças originais ecoline são peças sobressalentes totalmente recondicionadas de acordo com os padrões das peças originais MAN pela MAN, pelo fabricante original (OES) ou por um fornecedor de serviços externos, que trabalhe segundo os padrões de qualidade da marca. O extenso recondicionamento assegura que a qualidade das peças origianis MAN ecoline é a mesma que a de uma peça original MAN. Em particular, isto assegura que a manutenção de veículos mais antigos pode ser efectuada com um valor de mercado justo. Tal como as peças originais MAN, as peças
originais MAN ecoline estão disponíveis em todos os centros de serviço MAN, e incluem também a garantia de dois anos. LOGÍSTICA EFICIENTE
A fábrica da MAN em Salzgitter tem uma posição chave na logística das peças sobressalentes. Há cerca de um ano, o Centro de Logística em Salzgitter foi aumentado com a terceira fase de construção, aumentando o seu espaço de armazenamento de 60,000 m² para 172,000 m². Como parte da restruturação das competências chave da rede de produção de camiões da MAN, a localização da central de peças sobressalentes passou de Dachau para Salzgitter. Para assegurar uma transição suave, a realocação da central de peças foi feita de forma gradual, entre Dachau e Salzgitter, à medida que a construção progredia. Este aumento significa que, a partir de agora, o Centro de Logística será o único armazém central da logística de peças sobressalentes MAN. Isto irá reduzir consideravelmente a complexidade do processo logístico e permitirá otimizar ainda mais a logística de peças sobressalentes na MAN.
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FROTAS
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ESPIGA D´OURO TRANSPORTES MERCADORIAS, LDA
Maximização da operação da frota
Com uma frota de 35 camiões, a Espiga D´Ouro Transportes Mercadorias está numa fase de transição da aquisição de viaturas, pelo que os contratos de manutenção estão a ganhar importância. A gestão dos pneus continua a ser feita pela própria empresa TEXTO PAULO HOMEM
Espiga D´Ouro Transportes Mercadorias, Lda João Candeias 239 422 042 joao@espigadouro.pt www.espigadouro.pt
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Espiga D´Ouro Transportes Mercadorias é uma empresa de transportes, como tantas outras, que iniciou a sua atividade apenas com dois veículos pesados. Dedicou-se por exclusivo ao transporte internacional, de carga indiferenciada, sobretudo grupagens, com exigências específicas a que a empresa tem vindo a responder com profissionalismo, quer com clientes diretos, quer com transitários. “O crescimento tem sido, sobretudo, fruto da solicitação dos nossos clientes”, começa por referir João Candeias, administrador da
empresa de Vila Novas de Poiares, referindo que o crescimento está, neste momento muito limitado, por falta de mão-de-obra (leia-se motoristas) neste setor. Passados 14 anos de atividade a empresa possui uma frota de 35 viaturas, todas pesadas de lonas e articulados (semirreboques), sendo que uma unidade é destinada à distribuição de químicos em frio (a temperatura controlada). “Basicamente a nossa frota é constituída por camiões Scania (maioritariamente) e Volvo, já fizemos experiências com outras marcas, até porque não temos prefe-
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rências por marcas. São os custos de utilização e outros fatores que influenciam a nossa decisão sobre a escolha do camião e da marca. Por exemplo, existe um factor que nos preocupa imenso, para além dos combustíveis, que são os motoristas, ou melhor, a falta de deles”, afirma João Candeias, explicando que “temos que proporcionar condições aos motoristas para eles trabalharem, e isso também condiciona a escolha das cabinas”. No entender do mesmo responsável, muito importante também é a análise do valor das retomas. Por exemplo, diz o Administrador da Espiga D´Ouro Transportes Mercadorias, que a “existe uma marca que está muito competitiva a esse nível, mas não temos filiações em qualquer marca ou modelo de camião. Por isso, se uma viatura satisfaz as nossas necessidades de consumo, de fiabilidade, de competitividade económica, de condições de trabalho para o motorista, então a aposta por uma viatura ou marca no passado poderá ser diferente amanhã”. QUILOMETRAGEM
Em média cada camião da Espiga D´Ouro
Transportes Mercadorias percorre por ano cerca de 150.000 quilómetros, sendo por isso uma frota sujeita a um grande desgaste técnico que exige obviamente uma gestão muito cuidada do ponto de vista da manutenção, para que a mesma se mantenha sempre operacional e pronta a dar resposta ao normal desenvolvimento da atividade da empresa. Atendendo a este importante fator, a Espiga D´Ouro Transportes Mercadorias tem vindo a apostar cada vez mais na compra de camiões com contratos de manutenção. “Antes quase não tínhamos camiões adquiridos neste regime, embora as tradicionais intervenções de manutenção fossem quase sempre feitas na marca”, explica João Candeias, dizendo que “neste momento mais de 60% da frota já tem contrato de manutenção”. Esta alteração deve-se também, segundo o mesmo responsável, por via da alteração que se está a verificar ao nível da aquisição das viaturas, com a transição do leasing para o renting. “A partir de agora vamos seguir o caminho da renting para a aquisição de novas viaturas”, diz João Candeias, que revela que ao
nível dos semirreboques, onde a empresa tem feito uma grande renovação nos dois últimos anos, mais de 50% são adquiridas através deste tipo de financiamento. “Em termos de balanço o renting é uma solução mais prática, embora fique um pouco mais cara”, explica o administrador da Espiga D´Ouro Transportes Mercadorias, dizendo que “numa frota de pequena dimensão como a nossa, ainda existe alguma capacidade de ter algum controle sobre a manutenção da mesma”. Porém, explica o mesmo responsável, que já com 35 viaturas alguma da manutenção preventiva que era feita internamente para evitar as avarias (sobretudo na Europa) começa a ser difícil de fazer e tens custos elevados para ser eficaz, pelo que a empresa optou por começar a delegar esse tipo de serviço. “Estou convencido que a partir das 40 viaturas não temos mesmo alternativa e o melhor é delegar em que se dedica à manutenção das viaturas”, assume João Candeias. Outro ponto de vista de análise de João Candeias, relativamente à manutenção das frotas, tem a ver com as mais recentes normais Euro V e Euro VI, que trouxe-
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ram, segundo o mesmo, uma maior dificuldade técnica e de manutenção dos modernos camiões. “Temos tido alguns problemas com os combustíveis em Espanha nos camiões Euro VI, que nos tem causado alguns problemas do ponto de vista do cumprimento do plano de manutenção ao nível dos filtros de combustível”, revela João Candeias, dizendo ainda que “sabemos que vamos ter depois alguns problemas de filtros de partículas a médio prazo, sendo assustador os preços que se praticam neste componente. Também por isso, entregar a manutenção a terceiros é uma boa medida, pois permite-nos rentabilizar as viaturas ao máximo”. A Espiga D´Ouro Transportes Mercadorias possui, contudo, alguma manutenção própria da sua frota, possuindo até algum stock de componentes, nomeadamente ao nível dos componentes de desgaste (como pastilhas de travão) ou de filtragem, bem como pneus. “Existe sempre um stock mínimo, que nos permite gerir algumas situações, atendendo a que no transporte internacional o camião está pouco tempo em Portugal. Por isso, quando temos o camião nas nossas instalações, temos a necessidade de resolver de imediato algum problema que surja internamente”, revela João Candeias. Um dos problemas de recorrer às marcas
para efetuar a manutenção dos camiões, tem muito a ver com os horários de abertura do pós-venda, com João Candeias a constatar que “não sendo possível fazer a manutenção ao Sábado, por vezes teremos que parar os carros à segunda-feira ou sexta-feira, o que complica sempre a nossa gestão ao nível do transporte”. PNEUS À PARTE
Se em alguns contratos de renting já está o seguro incluído, que é uma experiência nova para esta empresa, o que fica mesmo à parte desses contratos de manutenção são os pneus. “Estamos a gerir diretamente a componente dos pneus, mesmo sabendo que por vezes cometemos alguns erros”, admite João Candeias, dizendo que “a dimensão da nossa frota ainda não é muito apelativa para as marcas de pneus”. Na Espiga D´Ouro existe um responsável pela manutenção e pela gestão dos pneus. “Temos um controlo sobre os pneus que não sendo o ideal, tem sido suficiente para a nossa operação”, refere o mesmo responsável, dizendo que na sua frota apenas são utilizados pneus Continental e Michelin, com aproveitamento das carcaças para recauchutagem. “Chegamos à conclusão que não vale a pena poupar 100 euros num pneu novo, quando ele não corresponde aquilo que
dele precisamos”, assume João Candeias, dizendo que a aposta “é sempre num tipo de pneu de muita qualidade, até porque no verão os camiões fazem muitas horas debaixo de condições extremas de calor, onde o pneu tem que garantir que aguenta”. A Espiga D´Ouro Transportes Mercadorias tem em stock pneus novos e recauchutados, que permitem sempre uma gestão minimamente cuidada ao nível dos pneus. CUSTOS CONTROLADOS
A Espiga D´Ouro Transportes Mercadorias possui uma contabilidade de custos por unidade (camião), seguindo determinados processos e procedimentos, que permitem uma gestão rigorosa dos custos da frota. A empresa utiliza o Frotcom para fazer o acompanhamento à frota, com avaliação de diversos parâmetros do funcionamento do camião, embora o enfoque não seja tanto do ponto de vista da gestão técnica da viatura, mas sim da gestão operacional e logística da viatura. Sobre o desenvolvimento da telemática na área dos transportes, João Candeias reconhece que o futuro vai trazer uma série de novos desafios, também do ponto de vista da gestão da manutenção da frota, que quanto mais equilibrado e controlado estiver o mercado mais fácil será competir no negócio dos transportes.
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Foco no cliente Solucionar os problemas e necessidades específicas de cada cliente é prioridade da Scania. A marca pretende assim aumentar a rentabilidade e competitividade do negócio dos seus parceiros TEXTO NÁDIA CONCEIÇÃO
Daniel Norte
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RESPONSÁVEL COMERCIAL DE SERVIÇOS DA SCANIA IBERIA
resente em 100 países e reconhecida no mercado há 60 anos, a Scania tem vindo a apostar na flexibilização do serviço pós-venda, de forma a atender de forma personalizada e imediata aos requisitos dos seus parceiros. Nesta entrevista, Daniel Norte, Responsável Comercial de Serviços da Scania Iberia, dá-nos a conhecer o posicionamento e os detalhes do serviço pós-venda da marca. Como está estruturado o departamento de pós-venda? O departamento de pós-venda está estruturado com base no negócio do cliente, na sua rentabilidade e competitividade. É composto por uma equipa focada em servir o cliente, identificar as suas neces-
sidades e resolver eventuais problemas, de forma a reduzir o tempo de paragem do veículo. Isto envolve assessores de serviço, fornecedores, peças e oficina, assim como novas responsabilidades relacionadas com informações provenientes da conectividade do veículo e da atenção especial às frotas. Qual é a dimensão da rede de reparadores autorizados Scania? Contamos com uma densa cobertura de rede, com sete pontos de serviço em Portugal Continental e um na Madeira. Quantos estão diretamente associados a concessionários? À exceção de um ponto de serviço, a rede em Portugal é 100% capital Scania. Que política tem sido seguida na nomeação dos reparadores autorizados? A Scania tem procurado sempre parceiros comprometidos e identificados com a marca, sobre os quais investe em formação e suporte. Procuramos empresas cuja orientação esteja claramente focada para a
satisfação do cliente e melhoria contínua. Qual é a concorrência que existe aos reparadores autorizados? No que toca à venda de peças isoladas, qualquer fabricante pode tornar-se um concorrente. Atualmente, sob a abordagem de serviço ao cliente, na Scania oferecemos soluções únicas que atendem às necessidades dos nossos clientes, sendo o preço das peças uma variável com cada vez menos influência na tomada de decisão do cliente. Quais são os serviços mais importantes que têm associados ao pós-venda? Contratos de extensão de garantia? Como funcionam? O mais importante para a Scania é encontrar a solução ideal para cada cliente. A existência de produtos tradicionais é válida para obter informações, mas a flexibilidade para nos adaptarmos às necessidades específicas dos clientes é o que nos diferencia. Focados no negócio do cliente, concebemos produtos não padronizados,
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mas sim personalizados de acordo com as necessidades e características do cliente. Desta forma, tornamo-nos num parceiro que ajuda a aumentar a rentabilidade e competitividade do negócio dos nossos clientes. O financiamento das operações de reparação e manutenção é um caminho a seguir para trazer mais clientes às oficinas? É outro exemplo para facilitar o negócio do cliente. A Scania está a trabalhar atualmente nessa linha e em breve vai lançar um produto de financiamento de operações de reparação. Algumas marcas têm optado pelos packs de serviço oficinal, mais vantajosos para o cliente. O que é que a Scania tem feito nesse domínio? É uma boa solução generalista com que também trabalhamos na Scania, mas o importante para nós é adaptarmo-nos caso o cliente necessite de outro serviço. Colocamos as necessidades do cliente em primeiro lugar. Como analisa a evolução dos serviços oficiais de pós-venda da Scania, tendo em conta a evolução das vendas de camiões novos e a cada vez maior concorrência das oficinas independentes? A pós-venda e os serviços da Scania têm crescido nos últimos anos de forma constante, adaptando e dando formação aos nossos profissionais. Estamos atualmente num processo de remodelação das instalações. Tudo isto permite-nos crescer de forma sustentável e melhorar a qualidade do serviço. Que análise faz das redes de oficinas independentes (que já chegaram ao mercado e vão chegar ainda mais)? Será uma boa solução para muitas oficinas de marca proporem serviços multimarca? O nosso foco é o atendimento ao cliente Scania, o que implica também tudo está
A Scania aposta na formação e suporte aos seus parceiros, como forma de manter os padrões de qualidade e exigência que distinguem a marca associado ao veículo: reboque, eixos, hidráulica, pneus, plataformas elevatórias, tacógrafos, formação dos condutores, etc. É por isso que desenvolvemos toda uma linha de negócio para atender a qualquer necessidade de um cliente Scania, no transporte de mercadorias ou pessoas. PEÇAS
O negócio do Pós-Venda está associado ao das peças ou é tratado de forma independente? Tal como disse, é uma visão conjunta das necessidades do cliente. Qual a importância do negócio das peças para a Scania? Sem dúvida, a venda de peças é muito importante do ponto de vista económico. Mas quando enfrentamos o desafio de dar soluções aos nossos clientes – o verdadeiro foco da nossa empresa – não entendemos a vendas de peças como tal, mas como parte de um pacote de medidas destinadas a aumentar a rentabilidade do cliente. Procuramos soluções logísticas adaptadas
a cada cliente, e, por isso, a disponibilidade de peças é uma delas. Oferecemos alternativas, adaptando o nosso portfólio de serviços às circunstâncias do cliente, tratamos do controlo da manutenção dos seus veículos e do seu tempo de reparação, e executamos estes serviços onde mais for conveniente, seja nas suas instalações, na sua área de trabalho ou em qualquer ponto da nossa extensa rede de serviços. Usamos a grande quantidade de informação que recebemos através da telemetria do veículo e disponibilizamo-la ao cliente, filtrada e analisada pela nossa equipa de consultores. Que rota fez, qual a configuração adequada e de que forma podemos melhorar os seus hábitos de condução. Monitorizamos tudo isto em tempo real. As peças, do ponto de vista do cliente, representam uma parte dos custos de exploração mais irrelevantes para o seu negócio. O serviço, a disponibilidade do veículo o e consumo de combustível são as suas grandes preocupações. Da mesma forma, para a Scania esses pilares são os mais relevantes e onde colocamos todo o nosso foco e atenção. É onde podemos ajudar a aumentar a rentabilidade dos nossos clientes – o nosso objetivo. Como está estruturada a divisão de peças? Pessoas, meios, etc.? Trabalha conjuntamente com o assessor de serviço e com a oficina, numa clara lógica de serviço, e está integrado no departamento de serviço. Adaptamo-nos conforme as necessidades do cliente em relação a horários e disponibilidade. Atualmente a venda de peças para o mercado independente (oficinas e oficinas de frotistas) é um importante negócio. O que representa ele para a vossa marca? O nosso foco é o condutor e como podemos ajudá-lo a trabalhar de maneira mais eficiente de forma a aumentar o lucro. As oficinas que não fazem parte da
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rede Scania não entram na nossa estratégia de vendas. Em relação aos frotistas, na Scania, se temos de classificar ou segmentar os clientes, fazemo-lo com base nas suas necessidades, não nos nossos produtos. Mais uma vez, o nosso foco é no universo do transporte de passageiros ou mercadorias. Ou seja, baseamos esta classificação preliminar nos diferentes tipos de transporte efetuados pelos nossos clientes, tanto em função do tipo de carga que transportam, encontrando analogias entre eles e sendo capazes de encontrar soluções relacionadas com as especificidades da sua carga, transporte e negócio. Assim, o transporte frigorífico, mercadoria a granel, transporte de automóveis, etc., é uma das formas como segmentamos os nossos clientes. E dentro de cada um destes tipos, procuramos, de uma forma completamente flexível, a melhor maneira de participar no seu negócio, tornando-o mais rentável. Ao nível da rede Scania, contamos com oficinas perfeitamente alinhadas com esta visão do negócio, que dá cobertura a todos estes clientes. O nosso cliente transporta mercadorias ou pessoas. As oficinas que não fazem parte da rede Scania não se incluem neste grupo, não são o nosso foco. Quem gere o negócio da venda de peças, é a marca ou são os “concessionários”? A vossa marca e/ou os vossos concessionários têm equipas de venda no terreno para as peças? Trabalhamos em conjunto, marca e concessionários, alinhados na estratégia e vo-
cação. As equipas de assessoria e vendas trabalham focadas numa abordagem global para detetar o que necessita o cliente, não sendo unicamente para peças. Do total de volume de peças comercializadas em 2016, quanto é que representou a venda de peças para o mercado independentes (das oficinas independentes e oficinas dos frotistas)? Apenas temos vendas a oficinas independentes, mas isso não faz parte da nossa estratégia. A vossa marca dispõe de alguma gama de peças alternativas? Não, a Scania vende apenas produtos da mais alta qualidade e sob o mais alto padrão de exigência. A Scania, como fornecedor de serviços premium, tem na concepção das suas peças um alto padrão de qualidade ao nível da construção, o que as torna diferentes das que encontramos no mercado. Cada vez mais estamos a trabalhar para demonstrar estas diferenças aos nossos clientes, para que possam avaliar e valorizar a qualidade e durabilidade das nossas peças. Um exemplo disso são as nossas baterias, que estão em conformidade com os regulamentos internos de fábrica quanto à sua especificação, amperagem, arranques a frio, ciclos de carga e anti-vibração, o que nos posiciona como os melhores no mercado das baterias, reconhecidos pelos nossos clientes. Desta forma foi-nos possível comprovar que a durabilidade dos nossos produtos é maior em relação aos equivalentes existentes no mercado.
Perguntas rápidas O nível de serviço e a qualidade original das peças são os principais fatores de sucesso no mercado de peças? Sim, para além do conhecimento do setor dos transportes. Somente conhecendo o setor, poderemos perceber as suas necessidades. Qual o vosso posicionamento em termos de preço, comparativamente com as peças de qualidade equivalente do mercado independente? O preço não é importante, devemos falar de durabilidade, de €/km, de rendimento, de eficiência e rentabilidade. Que medidas vão tomar no decorrer de 2017 para promover as vossas peças originais junto dos clientes independentes e dos clientes finais? Vamos continuar a melhorar a relação e aproximação com o cliente, a identificar as suas necessidades e a criar soluções adequadas.
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Acompanhar as necessidades dos clientes DAVID CARLOS DIRETOR GERAL ANTÓNIO LOURENÇO DIRETOR DE SERVIÇOS TÉCNICOS A Iveco Portugal adotou muito recentemente para a sua instalação de pós-venda de Vila Franca de Xira o conceito Truck Station, que a marca tem vindo a dinamizar a nível internacional depois do lançamento do Stralis XP. Este foi o mote para uma entrevista com David Carlos, Diretor Geral da Iveco Portugal, e António Lourenço, Diretor de Serviços Técnicos, sobre o pós-venda e peças da marca italiana em Portugal
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pós-venda oficial está a mudar. O mercado assim o obriga. Um dos mais recentes exemplos vem da Iveco Portugal que abraçou um projeto internacional, dinamizado em toda a Europa pela marca, denominado Truck Station. A adesão a este projeto implicou diversas mudanças na estrutura pós-venda da Iveco na sua unidade de Vila Franca de Xira, a única que para já entrou neste novo conceito, embora o projeto possa vir a desenvolver-se em Portugal para mais duas unidades de pós-venda. A apresentação do conceito Truck Station foi feito à revista PÓS-VENDA PESADOS por David Carlos, Diretor Geral da Iveco Portugal e por António Lourenço, Diretor do Serviços Técnicos. O que é o Truck Station? David Carlos – O Truck Station é um conceito muito simples na sua génese que tem a ver com uma preocupação crescente e emergente da disponibilidade de serviço ao nosso cliente, isto é, mais tempo para o cliente. Sabemos que os transportadores têm re-
ENTREVISTA PAULO HOMEM
gras cada vez mais apertadas no seu serviço, o que nos leva a estar disponíveis mais tempo para o servir e mais próximo das necessidades deles. Portanto, o Truck Station é um conceito de horários alargados ao nível do pós-venda. Já que o nosso cliente tem que otimizar a sua frota, nós iremos aproveitar este horário alargado no pós-venda para o ajudar no processo de otimização da sua frota. Nos ciclos de distribuição dos transportadores, um horário de serviço de pós-venda que termine pelas 17 ou 18 horas colide claramente com os seus ciclos nos quais não pode imobilizar as viaturas. Estamos, portanto, a falar de uma disponibilidade de horário alargada, aproveitando os tempos em que as frotas não estejam em serviço... António Lourenço – O que queremos é aproveitar os tempos “mortos” das transportadoras para permitir que os veículos possam fazer a manutenção com o mínimo de reflexos possíveis na operação das empresas. Na moderna distribuição, mais ligada aos ligeiros, os períodos de maior faturação oficinal são depois das 18 horas... David Carlos – O nosso negócio não é muito diferente desse. Apesar do nome Truck Station dar a entender claramente que foi um conceito que nasceu para
os pesados, a verdade é que também vendemos comerciais ligeiros, pelo que este conceito de horários alargados também se estende aos furgões. Quer em frota quer o condutor / proprietário do furgão ganham muito com este conceito Truck Station, pois também nestes casos a maior disponibilidade para trazer o carro à oficina é antes das 9 e depois das 17 horas. Quando foi lançada o conceito Truck Station? David Carlos – O lançamento internacional do conceito Truck Station coincidiu com o lançamento do Iveco Stralis XP em junho de 2016, embora tenha existido um longo trabalho preparatório. Em Portugal, o lançamento foi feito no passado mês de maio, o que nos obrigou a uma série de alterações, não só com os tais horários alargados, que foram extensíveis ao balcão de peças para o cliente final, mas também para abastecimento à oficina. Por outro lado, o nível de stock de peças passou a ser maior pois queremos apostar num conceito de imobilização mínima da viatura, inferior a 24 horas, nomeadamente do Stralis. António Lourenço – Obviamente que o conceito Truck Station é extensível a todos os modelos da gama. Não fazia sentido investir numa série de recursos para depois trabalharmos apenas o Stralis. Para além do investimento no nível de stock, que outros investimentos foram feitos para entrar no Truck Station? David Carlos – Aumentamos o número de recursos humanos bem como adotamos um regime de rotatividade dos mesmos, que inclui não só mecânicos, eletricistas ou técnicos especializados, mas também administrativos, rececionistas, entre outros. António Lourenço – Como não é possível estender toda a equipa para o horário alargado, o que pretendemos é levar o cliente a realizar o trabalho pós-venda com base na marcação. Dessa forma, poderemos reforçar a equipa dedicada a essa viatura marcada e assim poder encurtar o período de imobilização da viatura. Quais são os novos horários a que o Truck Station obriga? António Lourenço – Antes não estavamos sequer abertos aos sábados e agora temos horários nesse dia entre as 8 e as 17 horas. De segunda a sexta estamos abertos das 8 às 20 horas. Refira-se que o Sábado vai passar a ser muito importante ao nível da marcação do serviço.
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Para já o serviço Truck Station poderá vir a ser estendido a outras unidades pós-venda da Iveco em Portugal? David Carlos – Na Iveco Portugal temos um conceito muito prático sobre esse assunto. Quando decidimos no passado, como importador, gerir uma oficina, abraçando o conceito oficinal, o desafio é conseguir fazer aquilo que pedimos à nossa rede também para fazer!!! Queremos ser nós a dar o exemplo e sermos nós a referência a seguir. Seguindo esta mesma lógica, mostrando como se faz, a nossa ideia é podermos abrir mais duas oficinas com este conceito Truck Station, que irão absorver a nossa experiência. Uma delas será no centro outra será mais a norte. Quer isto dizer que o conceito Truck Station terá três unidades que têm muito a ver com os fluxos de transporte em Portugal. Na Europa o conceito Truck Station já ultrapassa as 200 oficinas. Não havendo ainda histórico, qual a vossa expetativa com o conceito Truck Station? António Lourenço – A grande mais valia deste conceito será para o nosso cliente nacional, embora também estamos disponíveis para os transitários e para os pequenos clientes. David Carlos – Não temos nesta fase uma perspetiva económica de curto prazo e de retorno financeiro imediato. O que quisemos foi investir na proximidade com o nosso cliente e na capacidade de o servir mais rapidamente. A lógica é claramente essa. E de acompanhar a tendência do mercado... David Carlos – Trabalhamos numa era em que temos de nos adaptar às necessidades do cliente. Não o fazermos não era uma situação lógica. Aliás, sempre fizemos essa adaptação, através de customizações a clientes muito específicos, contudo agora é diferente porque as portas do pós-venda estão abertas mais tempo a todos os clientes. A abertura aos sábados será claramente uma oportunidade para as empresas, assim como os horários alargados ao final do dia. O Truck Station é um conceito que visa também uma “padronização” do serviço pós-venda da Iveco em toda a Europa? António Lourenço – Para o cliente, a partir do momento em que entra numa oficina Truck Station, seja em Portugal ou em qualquer país da Europa, o tratamento que ele tem é exatamente o mesmo. O conceito é standardizado em termos de procedimentos e formas de atuar.
Quais são os critérios a que uma oficina Truck Station tem que obedecer? David Carlos – Os critérios abrangem todas as áreas de uma unidade de pós-venda, que passam pela formação dos funcionários, aos procedimentos de abertura e fecho de obra, nível de stock de peças, processos de ativação e aprovação de garantias, entre muitos outros. No fundo tudo isto já era feito, mas agora segue determinados standard´s que são iguais em todas as Truck Station. O nível de autonomia da oficina aumenta substancialmente. A ideia é simplificar o processo para o cliente... David Carlos – Exatamente. Independentemente das questões da língua, o cliente sabe que é atendido da mesma forma e segue os mesmos procedimentos esteja em Portugal ou noutro país. O conceito Truck Station envolve também os semirreboques? António Lourenço – Do conceito Truck Station fazem também parte o serviço de pneus e o serviço de semirreboque. São valências que disponibilizamos em Vila Franca de Xira com o recurso a dois parceiros oficiais de há longos anos: a Sobralpneus e a Reta. São parceiros que dão total garantia e com muito konw-how nas suas áreas de especialização. Em termos de custos de serviço para o cliente existe alguma alteração? António Lourenço – Não. Os custos do serviço são exatamente iguais aos que temos vindo a praticar, independentemente do serviço ser prestado nos horários alargados ou ao Sábado. David Carlos – A aposta é também mostrar aos clientes que a nossa vontade co-
O nosso posicionamento foi sempre como empresa que implementa as soluções que propõe
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cliente fidelizado. Nós entendemos que os contratos de manutenção e reparação são melhores para a rede Iveco, até porque as empresas de transportes fazem também cada vez mais a sua gestão do custo por quilómetro. Os contratos de manutenção e reparação são responsáveis por grande parte do movimento oficinal no pós-venda Iveco? David Carlos – Mais de 50% do serviço que temos nas oficinas Iveco são estes contratos. Sendo um negócio que está consolidado e amadurecido nos pesados, estamos também a notar que este tipo de contratos estão também a crescer nos comerciais ligeiros. A aceitação deste modelo de negócio em que a manutenção e a reparação são contratualizadas previamente aumentou exponencialmente do ano passado para este ano. António Lourenço – Temos um contrato de manutenção, sem reparação, para viaturas com mais tempo, que também tem tido uma adesão muito interessante. mercial para vender viaturas não se esgota na venda propriamente dita, mas passa também muito pelo pós-venda e pelo serviço. Por isso, o ónus financeiro de avançar com o Truck Station fica totalmente do nosso lado. Qual é o atual ponto da situação da rede pós-venda Iveco em Portugal? David Carlos – Temos desenvolvido um excelente trabalho na rede pós-venda Iveco. Em 2016 abrimos três novos pontos de assistência, muito recentemente inauguramos mais um novo serviço de pós-venda, em Viana Castelo. Neste momento temos uma cobertura total do território português, com 27 serviços pós-venda oficiais Iveco, o que nos deixa muito satisfeitos.
de veículos comerciais ligeiros, muito representativa do ponto de vista do serviço oficinal. Aliás, se fosse só pesados a rede não teria por certo esta dimensão. Os níveis de faturação do pós-venda também têm vindo a crescer na Iveco? David Carlos – Sim. Posso adiantar que neste momento (final de maio, n.d.r.) estamos com um crescimento de 30% face ao período homólogo de 2016.
Alguns destes pontos de serviço pós-venda fazem multimarca? David Carlos – Não temos muitos casos que fazem multimarca, embora alguns tenham vindo do multimarca. Nós não nomeamos, salvo raras exceções, oficinas que sejam multimarca.
Quais são as razões a que atribuiu esse crescimento no pós-venda? David Carlos – A razão tem sobretudo a ver com as vendas de veículos pesados. Cerca de 90% das vendas de pesados são feitas com contratos de manutenção e reparação. Por via desses contratos conseguimos prestar um nível de serviço muito interessante aos nossos clientes, como alcançamos um bom nível de fidelização dos clientes à nossa rede. São contratos que estão entre os 3 e 5 anos, pelo que já estamos numa fase de renovação de alguns desses contratos e que são a razão pelo qual o pós-venda cresce.
Por ser uma rede de pós-venda tão grande não há essa necessidade de fazerem multimarca? David Carlos – Para nós não nos interessa apenas o negócio dos veículos pesados, temos também uma importante componente
O cliente também se torna mais exigente com estes contratos e as margens são menores para o concessionário? David Carlos – Claramente que sim. Mas essa é a gestão que temos que fazer, que está entre ter um cliente ocasional e ter um
Quanto é que representa a venda externa de peças Iveco? David Carlos – O consumo interno de peças está entre os 70 e os 80%, o restante são vendas externas, o que é para nós muito representativo e não pode de maneira nenhuma ser desprezável. Nós Iveco queremos desenvolver este negócio de peças para o exterior e estamos precisamente a investir nisso. Aliás, estamos a dar o exemplo com a nossa instalação de peças em Vila Franca de Xira, sendo um modelo que preconizamos para a nossa rede. Também sabemos que sem apostar na venda de viaturas dificilmente poderá haver o negócio de peças e isto é um negócio que cresce todo ele em conjunto. A Iveco desenvolveu um conceito próprio de loja de peças... David Carlos – Esse é um conceito que tem dois aspetos fundamentais. Por um lado, estar aberto ao público e assim poder receber condignamente o cliente que vem comprar peças Iveco. Por outro lado, o nosso conceito serve também para poder mostrar ao cliente a diferença entre peças originais e as outras, que é uma guerra que todos nós temos neste mercado. Desta forma, o cliente sabe que existe uma marca por trás e que existe a possibilidade de podermos explicar ao cliente a diferença de trabalhar com uma peça original.
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Outro conceito que a Iveco desenvolve são as diferentes tipologias de produto. O que norteia esta estratégia? David Carlos – O All Makes e o Reman são dois conceitos de peças distintos. Com o Reman esperamos poder chegar a um tipo de cliente que tem uma viatura com uma determinada idade e que não está dispondo a fazer muito investimento na mesma. Mesmo assim, com o Reman ele está a comprar uma peça original e que é da marca, mas que também foi revista de acordo com os standard´s da marca e ainda oferecemos garantia de dois anos, no caso dos motores. Com as peças All Makes sabemos que podemos servir um cliente que não tem um veículo Iveco. Toda a rede de Iveco tem equipas comerciais a vender peças junto dos clientes? David Carlos – Sim, praticamente todos têm. Sabemos que existe um parque de viaturas Iveco com mais anos e que precisam de peças e algumas empresas de transportes que ainda pretendem fazer a sua própria manutenção, apesar do crescimento dos contratos de manutenção e reparação. Para estes clientes continua a ser fundamental ter os comerciais de peças. Existem peças originais Iveco à venda em grossistas independentes com preços mais baixos que os praticados na origem... David Carlos – Nas feiras também vemos à venda pólos da Lacoste!!! Sabemos que existem negócios pontuais e alguns canais de vendas que fazem chegar essas peças ditas originais a esses operadores. A Iveco tem vindo a fazer alguma coisa para controlar essa situação? David Carlos – Nós também estamos a tomar medidas concretas a esse nível. De 2015
para 2016 houve uma redução desses canais de quase 50% dentro da Iveco e existe ainda a possibilidade de o reduzir mais 20%. Sabemos que extinguir esses canais vai ser quase impossível. Atualmente temos um exigente controlo sobre as peças originais que nos permite saber claramente quais é que são de facto originais face às ditas originais que são embaladas numa caixa que diz Iveco. Temos uma perspetiva muito interessante quanto a este assunto. Temos clientes que só compram peças originais, outros compram algumas e outros que nunca compram. Temos notado que isto se tem vindo a inverter, pois o cliente percebe que compra a peça numa lógica de investimento e depois nota que não tem a rentabilidade esperada por ter comprado a peça mais barata. Nas peças de carroçaria, que são de plástico, as que não sejam originais interferem, por exemplo, com alguns dos sistemas do camião.
As frotas não estão a tentar internacionalizar cada vez mais as operações de manutenção? David Carlos – Considero que as frotas estão precisamente a caminhar no sentido oposto. Se olharmos para a taxa de penetração dos contratos de manutenção e reparação, pelo menos na Iveco, percebemos que o cliente está a deixar de ter os seus mecânicos e as suas oficinas. Nos veículos mais modernos, ao nível dos pesados, o acesso à informação técnica tem as suas restrições. Por outro lado, é necessário formação especifica para trabalhar com sistemas de diagnóstico da marca. Como tal não é fácil a uma frota trabalhar tecnicamente nestes veículos e os nossos cientes vão-se apercebendo disso. Numa lógica de redução de custos, em que todas as empresas com frotas estão envolvidas, não faz sentido terem uma oficina pelos investimentos que são exigidos. Mais vale a estes operadores investirem esse dinheiro no seu core business.
Os preços das peças originais já estão mais competitivos? David Carlos – Como já disse, compete-nos a nós na Iveco explicar ao cliente as vantagens de comprar uma peça original e temos meios para o fazer, como é o caso das lojas de peças, que servem também para isso. Podemos ajustar os preços das peças quando vendemos uma solução completa, isto é, juntamos as peças ao serviço. Quem optar pela solução completa acaba por ter mais vantagens até porque a responsabilidade da operação de manutenção recai sobre a marca. Quando analisamos o nível tecnológico dos atuais veículos pesados, como cliente eu teria muitas duvidas em optar pela reparação que não fosse pela marca.
Como analisa a evolução do pós-venda ao nível dos pesados? David Carlos – Acho que estamos a caminhar num sentido muito interessante. A rastreabilidade e a fiabilidade do camião atualmente é medido ao segundo. Isto é importante para responsabilizar todos os player´s desta atividade, desde o condutor até à marca que o repara. Esta tecnologia já está a bordo dos nossos camiões e sempre que, por exemplo, uma viatura de assistência sai para estrada sabe exatamente que tipo de intervenção tem de fazer naquele camião. A telemática vai permitir níveis de resposta e de eficiência como nunca tivemos no passado no pós-venda e isso é um desafio enorme para o futuro.
Dossier
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PNEUS PARA VEÍCULOS PESADOS
Mercado a renascer
O mercado de pneus para veículos pesados tem sofrido oscilações nos últimos anos, mas os avanços tecnológicos e a aposta das marcas em melhorar a competitividade das frotas está a revolucionar o mercado. TEXTO NÁDIA CONCEIÇÃO
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economia portuguesa está em claro crescimento, depois de algumas quebras significativas de consumo no segmento de negócio dos pneus para veículos pesados. Tal como indica Carlos Oliveira da Continental: “os dados da ETRMA European Tyre & Rubber Manufacturers’ Association, a procura de pneus para veículos pesados na Europa cresceu, em 2016, mais de 3% e, em Portugal, o mercado manteve a tendência de recuperação verificada desde 2013”. O ano de 2017 tem assistido a um crescimento moderado, que deixa para trás os valores baixos dos anos precedentes, com a previsão de uma tendência positiva e estável nos próximos anos. Estes resultados são consequência de uma recuperação no transporte nacional e da estabilidade no transporte internacional. Porém, 2017 “está a ser marcado pelo aumento do preço das matérias-primas, que os fabricantes estão a repercutir no preço dos produtos, o que tem provocado uma escalada de preços bastante forte. Pela primeira vez em cinco anos a indústria subiu preços, criando confusão no mercado”, afirma Carlos Oliveira da Continental. Ludgero Pinheiro, Product Manager da Bridgestone, refere que “o segmento “Premuim” representa cerca de 72% das vendas, tendo crescido 15,1% relativamente a 2016, ganhando assim peso no mercado total, o que nos revela que os gestores das frotas nacionais sabem distinguir entre os “pneus baratos” e aqueles que efetivamente acrescentam valor às suas frotas, quer por serem seguros e fiáveis, quer por terem um custo total de operação mais baixo.” Tem-se assistido também a um cresci-
mento significativo do canal das exportações, sobretudo para países africanos e asiáticos, o que contribuiu de forma positiva para a performance do mercado, ao mesmo tempo que outros fatores promoveram o crescimento significativo das importações de pneus asiáticos. A nível do mercado de retalho, o que se tem verificado é uma maior concentração nos especialistas de pesados, com revendedores a assumirem grande parte do seu volume de negócio assente no comércio de pneus pesados, fazendo com que mais de metade dos pneus pesados comercializados em Portugal se divida entre poucos revendedores. Pablo Martínez, Diretor PBU Commercial Iberia, da Goodyear, prevê que “o negócio vai continuar a aumentar e com ele o movimento e aumento da frota. As empresas podem investir mais. Após a retoma económica que está a acontecer no país, estima-se que no próximo ano o mercado irá subir mais, beneficiando as marcas premium”. NOVOS PADRÕES DE QUALIDADE
As marcas e grossistas têm vindo a adaptar-se a esta nova realidade de crescimento deste segmento de mercado, onde a procura vai exigir altos padrões de qualidade e preços competitivos. As necessidades das frotas evoluíram e os fornecedores passaram a ser também parceiros que disponibilizam soluções integradas, com um forte impacto positivo na gestão da frota. A escolha de uma solução ao nível dos pneus não passa apenas pela seleção do produto mais adequado tendo em conta as características da operação da frota, mas também pela seleção de um parceiro que tenha os sistemas de informação e os equipamentos necessários para a gestão
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Quais as características exigidas atualmente a um pneu de qualidade? Aderência Em todos os tipos de piso e em condições de inverno críticas: chuva, granizo, etc.; Capacidade de carga mais elevada Para aproveitar ao máximo o aumento do peso legal; Diminuição do perfil do pneu Para obter maior volume de carga possível;
da vida útil desse pneu, maximizando a sua vida e diminuindo os custos. Os gestores de frota enfrentam cada vez mais a exigência no controlo de custos, mantendo a exigência de qualidade e rapidez no serviço. A aquisição de pneus para as frotas tem, por isso, de obedecer a alguns cuidados importantes. Paulo Santos, Diretor de Vendas da AB Tyres, afirma que é necessária uma análise detalhada do tipo de utilização, de percurso, de carga e de condução, aconselhando também que deve ser criado “um processo (manual ou informático) que permita o registo de todas as informações, com a possibilidade de determinar o custo quilométrico, podendo assim o gestor de frota, com base em dados concretos, optar pela melhor solução.” Neste âmbito, Pablo Martínez refere que “é importante contar com um fabricante que dê o suporte necessário para a gestão dos pneus da frota.” No momento da compra, mais do que a relação preço/quilómetro, deve ser tida em conta a maximização da performance dos pneus que serão adquiridos, incluindo neste aspeto a capacidade deste ser recauchutado, para definir a redução dos custos de operação que irá advir dessa escolha. Ludgero Pinheiro resume todos estes aspetos, indicando que é importante fazer “um juízo integral do valor do pneu, não apenas pelo
preço inicial de aquisição, mas também pela quilometragem, pela qualidade da carcaça e o que isso implica em termos de recauchutabilidade, pelo que a marca e os seus agentes podem representar em termos de parceria e consultoria, numa procura constante de melhorar processos e minimizar custos.” Ao observarmos os custos operacionais das transportadoras, os gastos com compra e manutenção de pneus representam apenas 2% do total. Tendo em conta o seu impacto decisivo sobre os custos gerais da empresa, sendo que influenciam diretamente os gastos com combustível e os tempos de manutenção do veículo, é importante apostar em produtos de qualidade, de forma a melhor rentabilizar o pneu. Tal como indica Antoine Sanches, responsável de pneus de camião da Michelin, é importante ter uma visão integral do TCO – Custo Total de Propriedade. No cálculo do TCO, diz este responsável “devem-se integrar todos os aspetos que podem afetar a rentabilidade do pneu: preço de compra, rendimento quilométrico, impacto sobre o consumo de combustível, fiabilidade do produto e a possibilidade de ser reesculturado ou recauchutado”. Desta forma, é importante ter em conta todos os fatores antes de decidir qual a opção ideal conforme cada caso, para que o barato não saia caro!
Vida longa Alta capacidade de quilometragem e uma primeira vida mais longa; Eficiência energética Redução do consumo de combustível e emissões de CO2, pela menor resistência à rodagem; Redução do ruído Menor ruído e alto conforto acústico e de condução; Resistência Máxima resistência da estrutura da banda de rodagem; Recauchutabilidade Maior vida da estrutura devido ao composto otimizado e à possibilidade de reutilização numa segunda vida; Redução da distância de travagem Compostos mais modernos que permitem reduzir a distância em travagem; Tecnologia “Pneus inteligentes”, para monitorização da frota em tempo real.
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Como será o pneu para pesados no futuro? Antoine Sanches, Michelin “A telemática digital associada ao pneu permitirá monitorizar a pressão, temperatura, quilometragem e a profundidade do restante rasto, com informações em tempo real na cabine do motorista e o gestor de frota. A qualidade de um bom produto só é válida se também existir qualidade de serviço. No futuro este será um elemento diferenciador entre as marcas”. Pablo Martíne, Goodyear “Os compostos dos novos dois tipos de pneus Goodyear possuem uma nova fórmula, especialmente desenvolvida à base de sílica, que se mistura com a rede do polímero, de uma forma que reduz ainda mais a resistência ao rolamento e assegura a longa durabilidade do rasto do pneu”. Cristian Mestres, Pirelli “Na Pirelli a inovação supõe cerca de 3% dos lucros dos pneus. Os investimentos em I+D encontram-se nos mais elevados do setor e, portanto, pensamos sempre em produtos que acompanharão a nossa atividade e a dos nossos clientes no futuro. Isto supõe um árduo trabalho na melhoria dos pneus, considerando sempre o seu menor impacto no meio ambiente e na possibilidade de extrair destes uma maior informação graças a novos meios de conectividade com os pneus”. Carlos Oliveira, Continental “A orientação estratégica da área de CVT da Continental desde há vários anos é estar mais perto do utilizador dos nossos produtos, percebendo as suas necessidades. O futuro do mercado de pneus pesados vai ser liderado por aqueles que conseguirem antecipar as necessidades dos seus clientes e fornecer-lhes a solução mais adequada para a sua frota. Para tal, necessitarão de incorporar tecnologias, que lhes permitam em tempo real obter informação valiosas acerca de utilização dos pneus e conectar essa informação com todos os agentes da cadeia. No futuro a conectividade dos sistemas e dos diferentes players será a chave do sucesso. A conectividade
entre veículos e entre veículos e infraestruturas funcionará como um fator decisivo para tornar a condução mais segura, eficiente e confortável”. Vitor Magano, Tiresur “Hoje em dia os principais fabricantes já trabalham no desenvolvimento de tecnologias que permitem melhorar a segurança rodoviária de pneus com chip incorporado, para facilitar aos responsáveis da manutenção nas frotas um mais fácil acompanhamento da sua prestação; permitem medir a pressão do pneu e a sua temperatura. Está também a ser desenvolvida uma tecnologia que permitirá ao pneu em andamento repor a pressão ideal, aproveitando a energia produzida pela rotação do mesmo. Estes desenvolvimentos são muito importantes se considerarmos que a pressão errada é a principal causa de rebentamentos, e de desgastes precoces e irregulares dos pneus”. Paulo Santos, Ab Tyre “No futuro julgamos que irá existir uma ainda maior aproximação entre os construtores dos veículos e os fabricantes de pneus. Dito isto, pensamos que cada construtor exigirá os pneus com as suas próprias homologações tal como atualmente já
acontece nos veículos ligeiros”. Luís Aniceto, São José Pneus “No futuro o pneu terá de satisfazer a evolução de novas características, o que vai implicar a utilização do mais alto nível tecnológico das matériasprimas a utilizar.” Aldo Machado, Nex “Pensamos que o pneu pesado num futuro próximo será cada vez mais ecoeficiente, com um elevado índice de desenvolvimento tecnológico, que permitirá elevadas poupanças no consumo de combustível e nunca descure a rentabilidade quilométrica.” Ludgero Pinheiro, Bridgestone “As características dos pneus do futuro dependem da evolução que a sociedade como um todo terá nos próximos tempos. As preocupações ambientais estão na ordem do dia; a segurança sempre foi e será uma prioridade nossa. As entregas nas cidades poderão ser feitas por viaturas mais pequenas, pelo que também os pneus poderão acompanhar essa redução de dimensão. Mas o futuro é cheio de incertezas e, por vezes, um “rasgo de génio” muda radicalmente aquilo que antevemos para o futuro.”
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QUESTÕES 1- Qual ou quais as marcas que comercializam para veículos pesados (Camiões e autocarros)? 2- Qual a mais recente novidade de produto (e as suas principais características) a nível de pneus para veículos pesados (Camiões e autocarros)? 3- Para além da vertente comercial, que tipo de acompanhamento técnico fazem para os clientes dos pneus de pesados? Existe alguma política de gestão de frotas de pneus?
Marcas
medidas de jante 17.5 e 19.5. 3- A gama Serie:01 inclui não só pneus, como também uma série de serviços e ferramentas dedicada a frotas e desenvolvidas pela Pirelli para permitir uma maior eficiência nos custos, uma fácil manutenção e gestão dos pneus, reduzindo o consumo de combustível. Entre estes encontramos a aplicação de software Fleet Check, que oferece a gestão direta dos pneus de frota através da medição da pressão e a profundidade das ranhuras da banda de rodagem. As suas principais características são: captação de dados e informação in situ, captação de dados com tablet + banda de rodagem/pressão (opcional), base de dados central (conversível para Excel para a sua análise), interação com CRM/SFA para dados básicos de frota, múltiplos idiomas, acessível também a utilizadores externos. Os resultados obtidos são transmitidos para a base de dados da frota, permitindo assim a preparação da informação sobre o estado dos pneus, a quilometragem, a análise CPK e sugestões quanto ao correto uso dos pneus Pirelli.
PIRELLI
Cristian Mestres (Comunicação) 214 135 350 Email n.d. www.prometeon.com/tyres/es-es/
1- A nossa proposta de produto para veícu-
los industriais é liderada pela nossa gama de referência premium Pirelli, com a qual oferecemos um produto de alta qualidade destacando a Serie:01, que emprega a última geração da tecnologia SATT e oferece uma melhoria nas prestações em tudo no que concerne ao impacto com o meio ambiente, quilometragem e custos de manutenção. Quanto à segunda marca temos a Formula, onde se combinam os melhores avanços tecnológicos da produção Pirelli com uma magnífica relação qualidade/preço. 2- O nosso produto mais recente é a nova gama R:01 Triatlhon, o pneu mais versátil e polivalente que cobre todas as necessidades dos nossos clientes para trajetos regionais e de longa distância, e que trabalha de forma excelente em superfícies molhadas e com neve graças ao piso de rodagem M+S e 3PMSF. De momento temos disponíveis para direção e tração em 295/80, 315/70 e 315/80 R22.5 e para reboques em 385/65 R22.5. Durante o segundo semestre do ano esta gama será complementada com a integração das
CONTINENTAL
Carlos Oliveira (Diretor Comercial CVT) 252 499 200 carlos.goncalves.oliveira@conti.de www.continental-pneus.pt/pesados
1- A nossa marca premium é a Continental.
No segmento quality comercializamos a Uniroyal e a Semperit e no segmento budget temos a Barum. 2- Aqui destacaríamos a nossa linha de produtos da chamada terceira geração, que consideramos ser a mais adequada para as características de 90% do nosso mercado nacional, sobretudo baseada em percursos maioritariamente com características regionais, tendo também alguma componente de longo curso. A polivalência desta nova gama esteve na base da denominação da mesma - Conti Hybrid, sendo que esta fica completamente fechada com o segmento de construção a ser lançado em 2017 e inícios de 2018. De destacar também a reformulação total que ficou concluída no início deste ano, das marcas
Semperit, Uniroyal e Barum. Foi feito um investimento muito forte no alargamento da gama e nas características técnicas dos pneus, dotando-os das mais modernas tecnologias e avanços tecnológicos. O novo design do piso, carcaça mais robusta e o desenvolvimento de novos compostos de borracha permitem uma quilometragem elevada com menor resistência ao rolamento, apresentando-se ao mercado como soluções sustentáveis e com uma excelente relação entre a eficiência e o preço. No início de 2017 a Continental lançou também no mercado o “conceito” iTires – o pneu inteligente. A partir de agora, os sensores ContiPressureCheck para medição da pressão e temperatura dos pneus são pré-instalados na fábrica. 3- Com o Conti360° Fleet Services, as frotas têm ao seu dispor um serviço profissional e completo para os pneus que assenta nos seguintes pilares: ContiFitmentService: os pneus certos e corretamente montados criam as condições ideais para uma operação eficiente. Asseguramos a escolha do pneu mais adequado às características da frota, bem como a sua correta montagem e manuseamento. ContiFleetCheck: A Conti desenvolveu recentemente uma ferramenta própria para efetuar as inspeções de frota, que permite monitorizar todos os veículos da frota. Com esta ferramenta é possível monitorizar pressões, desgastes, avarias ou outros danos que os pneus possam ter, de uma forma digital e automatizada e com a recolha dos dados para uma plataforma online. Com estes dados, temos em tempo real, relatórios detalhados que incluem planos de ação imediatos a curto e a médio prazo. Estas intervenções podem ser feitas de uma forma autónoma ou com parceiro de serviço da rede 360º. ContiBreakdownService: serviço de assistência na estrada, que garantirá um período de paragem mínimo do veículo.
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ContiCasingManagement: minimização do custo de utilização dos pneus. Esta minimização é também conseguida com a maximização da vida útil do pneu, através do processo de recauchutagem. ContiFleetReporting: utilização de uma plataforma administrativa online, denominada Cesar, que faz a gestão integrada de todo o fluxo operacional da gestão de pneus.
NOKIAN TYRES
João Oliveira (Iberian Sales Manager) 229 064 243 joao.oliveira@nokiantyres.com www.nokiantyres.com
1- A marca comercializada é Nokian. 2- A gama E-Truck e gama Hakka que
consideramos como topo de gama e que já está a ser comercializada na Europa Central. 3- Neste momento não estamos a efetuar nenhum tipo de ações porque ainda não iniciámos a comercialização de pneus de camião Nokian, mas a ideia é não massificar vendas, mas sim profissionalizá-las. Para isso a Nokian vai querer estar perto do utilizador final para poder acompanhar convenientemente o seu produto.
MICHELIN
Antoine Sanches (Responsável Pneus de Camião) 217 543 595 Email n.d. camiao.michelin.pt 1- O Grupo Michelin oferece ao mercado
Premium a marca Michelin e ao mercado Quality Budget as marcas Taurus e Kormoran. Entretanto irão chegar ao mercado novas marcas para responder ainda melhor às exigências dos clientes. O Grupo Michelin também tem uma gama completa de produtos recauchutados com várias opções: a marca Michelin Remix recauchutagem a quente, que permite obter um desempenho comparável a um pneu novo, a Retread Laurent, marca que permite que uma recauchutagem com boa relação qualidade/preço e a Recamic, um recauchutado a frio, produzido por oficinas franchisadas, que permite uma grande flexibilidade de produção, curtos prazos de entrega e preços competitivos. 2- A inovação através da renovação e oferta de novos produtos, serviços e soluções é uma característica da marca Michelin, para satisfazer as expectativas dos frotistas em matéria de rentabilidade, segurança e respeito ao meio ambiente. Em janeiro, o lançamento de uma versão renovada da gama de pneus eficientes Michelin X Line Energy para longas distâncias, o primeiro mercado de pneus para o eixo nominal do motor A na resistência ao rolamento. Esta nova geração de pneus oferece uma economia de até 1 l/100 km em relação ao modelo anterior, o que representa uma poupança média de 1.400 €/ano. Esta poupança é alcançada mantendo outros benefícios tais como o desempenho de segurança ou quilometragem. Também em janeiro lançámos uma renovação da gama de baixo perfil para veículos de até 100 m3 com o novo Michelin X Line Energy, gama que oferece uma grande capacidade de carga, otimização da altura do veículo e contribui para a redução do consumo de combustível de até 1,25 l/100 km graças à melhoria da resistência ao rolamento, garantindo o desempenho máximo de segurança e quilometragem. Para completar a oferta, um novo produto: 355/50 R 22.5 Michelin X® Line Energy Z. Em abril chegou ao mercado o novo Michelin X Multi para curtas e médias distâncias. Foram desenvolvidos para diminuir o custo por km e aderência excecional em todas as condições meteorológicas. Os testes mostram que esta nova geração de pneus tem um desempenho até 20% melhor em termos de quilometragem do que a gama anterior. Até setembro estará disponível em quatro dimensões: 315/70 R 22.5, 385/55 R 22,5, 295/60 R 22.5 e 315/60 R 22.5. Foi ainda renovada a oferta de pneus para uma utilização mista - Michelin X Works. A nova gama oferece 3 soluções: mais quilometragem com Michelin X WORKS, polivalência
numa utilização mista com Michelin X Works HD (Heavy Duty) e robustez e tração para uso off-road com Michelin X Force. 3- O programa de gestão de serviços de pneus e da frota Michelin Solution propõe uma variedade de soluções de produtos e serviços adaptados a cada cliente, de forma a melhorar a produtividade, a eficiência, a sustentabilidade e a rastreabilidade. Oferecemos também uma variada gama de serviços de valor agregado - a Michelin Tire Care, para responder às necessidades das operadoras na gestão digital e manutenção de pneus.
GOODYEAR
Pablo Martínez (Director PBU Commercial Iberia) 210 349 000 info@goodyear.de www.goodyear.eu/po_pt/truck/
1- Contamos com una ampla variedade
de marcas de forma a oferecer uma gama completa e competitiva, de acordo com as necessidades de cada frota. As nossas marcas Premium, Goodyear e Dunlop, oferecem produtos que combinam a mais alta qualidade e tecnologia. Oferecemos ainda alternativas: Fulda, e Sava e Debica, que oferecem uma boa relação qualidade/ preço. 2- Os novos produtos Fuelmax T e Kmax T, que garantem uma baixa resistência ao rolamento, poupança de combustível, mais quilometragem e excelente travagem em piso molhado. Quanto à nova linha para autocarros Goodyear, realçamos os novos Goodyear Marathon Coach e Coach UltraGrip, duradouros e confortáveis, desenhados para melhorar a eficiência das frotas. 3- O Fleet First, é o primeiro e único serviço de assistência completo, criado especificamente para as necessidades das frotas. Este programa pan-europeu está especializado na gestão do ciclo de vida dos pneus comerciais, incluindo a manutenção preventiva, substituição, reescultura, recauchutagem e assistência em estrada.
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Grossistas
BRIDGESTONE
Ludgero Pinheiro (Product Manager) 212 307 331 ludgero.pinheiro@bridgestone.eu www.bridgestone.pt
1- A Bridgestone comercializa as marcas
Bridgestone, Firestone e Dayton, cobrindo assim os segmentos premium, quality e budget. 2- Das nossas mais recentes novidades em termos de produto, destaco os novos pneus On/Off da marca Bridgestone (M-Steer 001, M-Drive 001 e M-Trailer 001) e o novo pneu de autocarro urbano da marca Firestone FS492, este na medida 275/70R22.5, uma estreia absoluta neste segmento para esta marca. Os pneus On/Off estão atualmente disponíveis nas seguintes medidas: M-Steer 001 e M-Drive 001: 13R22.5, 295/80R22.5, 315/80R22.5, M-Trailer 001: 385/65R22.5. Como principais características destacamos: excelente quilometragem, custos de operação reduzidos, grande durabilidade e vida útil, excelente para recauchutar. Relativamente ao pneu de autocarro urbano da Firestone, salientamos: pneu que oferece uma condução confortável para o condutor excelente quilometragem, carcaça robusta para um elevado índice de recauchutabilidade e parede lateral reforçada. 3- O nosso programa de Gestão de Frotas (Pneus), chama-se Total Tyre Care.
Truck foi lançado recentemente o pneu de reboque nas medidas 385/65 R 22,5 e 385/55 R 22,5. Este piso foi concebido para assegurar maior quilometragem e menor desgaste, graças à otimização das características do composto que é utilizado. Apresenta uma pegada extra larga e ombros reforçados, o que lhe confere maior resistência a danos provocados pelas torções, aumentando assim a vida útil do pneu. Este piso oferece estabilidade, segurança, resistência à abrasão e uma elevada capacidade de carga. 3- A ABTyres possui dois especialistas dedicados a esta área de negócio que cobrem todo o território nacional. Mediante as necessidades especificas de cada cliente, estes profissionais, além da vertente comercial, fazem todo o aconselhamento técnico de produto, mediante a especificidade de cada utilização. Quanto à politica de gestão de frotas não temos uma forma de atuação específica, mas salientamos o fato de podermos disponibilizar uma série de “ferramentas” de gestão em parceria com os fabricantes.
AB TYRES
Paulo Santos (Diretor de Vendas) 231 244 200 paulo.santos@abtyres.pt www.grupoalvesbandeira.pt
1- As marcas comercializadas são: Fulda
Truck, Primewell e Torque. 2- A Fulda Truck apresentou recentemente o novo pneu de atrelado para camiões de elevada carga na medida 385/65R22.5, Fulda Ecotonn 2 HL 164K/158L M+S, satisfazendo assim as necessidades dos operadores, que pretendem otimizar os seus benefícios, aumentando a capacidade de carga. O Ecotonn 2 HL está classificado como pneu de inverno com a marcação M+S, o rótulo da EU para pneus certifica a sua economia de combustível, aderência em piso molhado e o baixo nível de ruído. Para além da robusta construção, que proporciona um elevado nível de recauchutagem, a principal característica do novo pneu Fulda é o piso, que apresenta seis nervuras largas concebidas para suportar as tensões a que os pneus de atrelado estão sujeitos, permitindo percorrer mais quilómetros e resistir bem aos danos. Os sulcos largos, em ziguezague, conferem muitas arestas de contacto às nervuras circulares, à medida que chegam à área útil de contacto, o que significa um elevado nível de desempenho na travagem, quer em piso seco, quer em piso molhado. Na marca Torque
TIRESUR
Vitor Magano (Sales Manager) 219 938 120 vmagano@tiresur.com www.tiresur.com.pt
1- Para veículos pesados, a Tiresur comer-
cializa a marca Ovation, e a marca Kelly em parceria com a Goodyear Dunlop. 2- As principais novidades estão relacionadas com a melhoria da classificação energética, verificável nas etiquetas que acompanham os pneus. Com a entrada em vigor em 2012 da norma europeia 1222/2009, a informação visível nas etiquetas passou a ser um dos principais meios de fazer chegar ao consumidor final, informação acerca de três parâmetros que medem essencialmente o impacto da sua utilização no meio ambiente. 3- Neste momento a Tiresur ainda não faz qualquer tipo de acompanhamento técnico em frotas, limitando-se a gerir algumas situações de garantias de produto. No entanto, está a ser desenvolvido um
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departamento específico cujo principal foco vai ser o de desenvolver uma relação mais estreita entre a empresa e os usuários finais. Com este departamento, pretendemos estar mais perto das necessidades de cada frota e tentar ser um parceiro credível, dando sempre que possível assessoria técnica para as tomadas de decisão.
SÃO JOSÉ PNEUS
NEX
www.sjosepneus.com
www.nextyres.pt
Luís Aniceto (Gerente) 231 419 290 geral@sjosepneus.com
1- As marcas de referência da São José
Pneus para pesados são a Semperit e a PUBLICIDADE
Goodride. 2- A Semperit renovou a gama de pneus pesados em 2016, apresentando agora uma linha de produtos com elevado nível de qualidade. Os pneus da gama Runner destacam-se pela sua tecnologia inteligente e de ponta e representam a base para posicionar a Semperit como uma marca forte também no futuro. A Goodride vai lançar a curto prazo uma nova linha, de um produto premium, com pneus de alto nível tecnológico e de design. 3- Atualmente apoiamos os nossos clientes para assegurar a melhor gestão dos pneus que vendemos, para que possam retirar todo o rendimento do produto que utilizam.
Aldo Machado (Country Manager) 219 540 500 geral@nextyres.pt 1- As marcas que comercializamos são:
Blacklion, Riken e Kumho.
2- Destacamos o lançamento do iní-
cio de 2017 da nova gama RoadReady da Riken, uma gama redesenhada para obtenção de melhores performances e eficiência energética que, ao longo dos próximos meses, irá abranger toda a gama de produto regional desta marca europeia pertencente ao grupo Michelin. 3- A Nex não trabalha diretamente com frotas, apoiando em todas as vertentes (técnica e comercial) os retalhistas e especialistas em pneus pesados.
(técnica e comercial) os retalhistas e especialistas em pneus pesados.
Especial
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E JANTES
Atenção às jantes... As jantes têm também o seu contributo na rentabilidade da operação de um transportador. Para além dessa vantagem, existem outras que o responsável de frota deve ter em atenção, embora o preço possa condicionar a sua decisão
A
TEXTO PAULO HOMEM
s tradicionais jantes em ferro têm a seu favor o preço. Qualquer outra característica que se possa analisar relativamente às jantes para veículos pesados, jogará invariavelmente a favor das jantes em alumínio fundido ou forjado, como é o caso do peso, do aspeto e das suas características técnicas para resistir a toques ou a embates mais violentos. Por isso a escolha das jantes deve ter em conta todos os aspetos acima mencionados, sempre em função da tipologia de transporte que se irá fazer. No transporte de matérias-primas perigosas, por exemplo, as jantes de alumínio são altamente aconselhadas para o reboque e mesmo para o camião, mas num veículo de estaleiro, junto a condições extremas de utilização, uma jante em ferro é a mais aconselhada.
Algumas fábricas, onde se carrega e descarrega, exigem que todos os componentes de um veículo pesado sejam certificados e que o próprio veículo se apresente com um aspeto quase imaculado. Em Portugal existem alguns operadores a vender jantes para veículos pesados, onde proliferam as jantes usadas e as de baixo custo, normalmente resultantes de importações de países asiáticos. Contudo, o destaque vai para alguns operadores que representam as mais importantes marcas de jantes para pesados que existem no mercado.
DOMINGOS & MORGADO
A Domingos & Morgado, é uma empresa muito focada no setor dos equipamentos para casas de pneus, que comerciali-
NOVA NEWSLETTER DEDICADA AO PÓS-VENDA DE PESADOS
Receba as notícias que mexem com o seu negócio Registe-se em
http://bit.ly/PVPesados za em Portugal as jantes para pesados da Speedline Truck (alumínio), Better (ferro e alumínio), SWR (ferro) e Gianetti (ferro). “De um modo geral o mercado de jantes para veículos pesados caracteriza-se por um mercado de reposição e de procura por produto económico. Também neste setor se sente a entrada de produtos asiáticos a baixo preço numa relação de preço / qualidade bastante aceitável”, refere José Morgado, da Domingos & Morgado. Face às dificuldades do setor de transportes e à competitividade que existe no mercado o fator custo é dos mais relevantes sendo que as jantes são dos produtos do camião onde o preço é um dos mais importante. Contudo, segundo José Morgado, “também existe, sobretudo nas grandes frotas, fatores determinantes que o cliente avalia e que estão para além do preço, nomeadamente os aspetos técnicos das jantes e a origem do fabrico”. Existe hoje em dia um grande número de clientes frotistas para os quais é muito importante o peso da jante, como forma de diminuir o consumo de combustível e aumentar a capacidade de carga útil do
pesado, e ainda se o produto é europeu ou não, “visto que o fator de vida útil da jante é muito importante e no caso das jantes produzidas na europa isso é um elemento importante face ao produto asiático”, refere o mesmo responsável.
SOBRALPNEUS
A Alcoa Wheels, representada em Portugal pela Sobralpneus, é um dos maiores fabricantes do mundo de jantes em alumínio forjado e acessórios para camiões, autocarros, reboques e semirreboques. Rui Vaz, da Sobral Pneus diz que a Alcoa Wheels “possui a maior e a mais ampla gama de jantes de alumínio para camiões tendo como principais vantagens a redução de peso para aumentar a carga útil, a maior resistência de uma jante forjada, a diminuição do consumo de combustível, a dissipação do calor tendo um aumento da vida útil dos pneus e travões, são 100% recicláveis e amigas do ambiente e, por fim, têm uma aparência brilhante e fantástica”. Segundo o mesmo responsável, a
www.posvenda.pt
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JANTES
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Vantagens das jantes de alumínio Sobralpneus tem efetuado um grande trabalho na divulgação e sensibilização na importância do uso das jantes Alcoa. Outro dos aspetos a destacar na Alcoa é um site que funciona como um simulador do retorno do investimento em jantes da própria marca, que ajuda bastante os gestores a perceberem o retorno do investimento. Basta visitar o site www.arconic.com/alcoawheels/europe e procurar “Profit Calculator”. Depois de preencher de forma simples os dados poderá ver ou imprimir o relatório.
SAFAME A Safame Comercial, o distribuidor de pneus do Grupo Mesas, um grupo empresarial com 75 anos de experiência no setor dos pneus, expandiu a gama de jantes para veículos pesados tanto em ferro como em alumínio, referenciadas com a marca Safame. São muitas as vantagens dos novos produtos, como explica Ramón Rubio, responsável de Marketing da Safame, que explica que “nas jantes de ferro entram em destaque às 11.75x22.5 ET0 e ET120 pois trata-se de um enorme contributo para a redução de peso que aflige este mercado.
É muito importante a redução de peso pois tem influência no comportamento do veículo, bem como uma melhoria no consumo de combustível. As acelerações, as travagens e o comportamento em curva melhoram com a redução dos pesos não suportados pela suspensão. Outra das vantagens é que melhoram o arrefecimento dos travões através das múltiplas janelas e por os metais com que são produzidas serem bons condutores do calor”. Nas jantes de alumínio forjado entram em destaque às 9.00x22.5 ET135 e as 11.75x22.5 ET0 e ET120. “São uma excelente combinação de rigidez, resistência e baixo peso, têm uma grande capacidade de carga, uma superfície brilhante, proteção especial contra a corrosão da válvula. As jantes de alumínio forjado marca Safame, garantem que a estrutura molecular é igual por toda a jante, tendo por isso um superior comportamento frente a grandes esforços ou em caso de impacto”, refere o mesmo responsável. Refira-se que a Dispnal Pneus, conhecido grossistas de pneus para ligeiros e pesados, comercializa as jantes para pesados da marca Lemmerz (ferro) e Better (ferro e alumínio), enquanto a Gripen Wheels possui uma oferta para camoçies e veículos OTR com marca própria.
São muitas as vantagens das jantes de alumínio face às normais jantes em ferro. Fica aqui um resumo das principais: >> Redução do peso (pode-se aumentar a carga útil) >> Maior resistência (que é ainda rforçada no alumínio forjado) >> Maior eficiência no consumo de combustível >> Maior proteção dos pneus >> Maior dissipação do calor >> Menor desgaste dos travões >> Aumento da vida útil das suspensões >> Reduz custos de operação >> Menor inércia >> Menor resistência ao rolamento >> Facilidade de limpeza >> Melhor aparência Refira-se que nestes websites poderá ainda recolher mais alguma informação sobre as jantes de pesados: www.arconic.com/ alcoawheels/europe/pt/ info_page/home.asp www.speedline-truck.com/es/
www.posvenda.pt ffacebook.com/revistaposvenda ilinkdin.com/company/revista-pรณs-venda
Revista Pรณs-Venda. Sรณ para profissionais
TODO O Pร S-VENDA NUMA REVISTA
Salão
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S SALÃO NACIONAL DO TRANSPORTE
Setor bem representado O Salão Nacional do Transporte registou uma boa evolução de 2016 para 2017 quer em expositores quer em números de visitantes. Até 2020, este certame irá manter-se na Expocentro, fruto de um acordo entre a ANTRAM e a Câmara Municipal de Pombal TEXTO PAULO HOMEM
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endo em conta que um dos objetivos da ANTRAM era tornar o Salão Nacional do Transporte uma “festa” para todos aqueles que lidam diariamente com veículos pesados, bem se pode dizer que o objetivo foi plenamente atingido. A edição de 2017 teve mais expositores, quer no interior da Expopombal, quer no exterior do pavilhão de expositores, destacando-se como sempre as marcas de veículos pesados representadas em Portugal assim como a maioria dos prin-
cipais operadores de semirreboques, sem esquecer uma série de empresas da área dos serviços e das peças, associadas precisamente a esta área de negócio. Paralelamente decorreram uma série de iniciativas lúdicas, que visaram acima de tudo criar um tom de festa e convívio. A revista PÓS-VENDA PESADOS esteve oficialmente presente como Media Partner do Salão Nacional do Transporte, pelo que lhe deixamos nas páginas seguintes uma reportagem sobre a presença dos principais expositores.
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tamental de motoristas (que transforma os dados tacográficos em informação útil para a tomada de decisão).
a entrada deste construtor neste segmento de mercado.
IVECO CAMIÕES
O grande destaque da Iveco neste certame foi para o novo Stralis NP, o primeiro veículo a gás concebido para o longo curso. Está equipado com um motor de 400 cv e possui a mesma capacidade de carga útil que um camião equivalente a gasóleo. Este Stralis NP tem custos de combustíveis inferiores em 40%, um TCO (custos de operação) inferior em 15% e um CO2 mais baixo em 15%, face ao modelo a diesel. Preparado para usar Biometano (GNC), o Stralis, nesta configuração reduz em 95% o Co2 face ao modelo equipamento a diesel!!!
RETA SERVIÇOS
WTRANSNET
São muitos os serviços e produtos que a RETA comercializa para o setor dos pesados. Em exposição a empresa divulgava alguns desses serviços, mas o destaque nesta exposição foi para o semirreboque LeciTrailer com chassi galvanizado, que não sendo uma novidade absoluta, muitas empresas ainda não tinham oportunidade de o analisar com mais detalhe.
BOLSA DE CARGAS
A empresa espanhola, com presença em Portugal, anunciou um aumento exponencial no número de cargas oferecidas com origem e destino em Portugal. Refira-se que a WTRANSNET é líder na península ibérica em termos de bolsa de cargas para o setor dos transportes, tendo durante o primeiro trimestre de 2017 oferecido mais de 77.210 cargas através da sua plataforma.
NLIDER PNEUS
TEMPANÁLISE TACÓGRAFOS
Especialista em tacógrafos, a empresa de Leiria, apresentava algumas novidades que permitem ajudar os motoristas a controlar os seus tempos de descanso. Outra novidade, que foi dada a conhecer neste certame, foi o lançamento do novo site que agora dispõe de uma loja online.
ROSETE TACÓGRAFOS
Como não podia deixar de ser, a Rosete divulgava os seus serviços especializados na área dos tacógrafos. A empresa de Leiria continua a apostar fortemente na formação dos condutores (com dezenas de formações já realizadas este ano), ao mesmo tempo que continua a dinamizar a sua plataforma de gestão compor-
MAN CAMIÕES
Em exposição estava o novo “campeão” de economia, o Tractor MAN TGX Efficient Line 3 (Euro 6c), estando também em exposição alguns usados MAN como forma de promover o programa MAN TopUsed. No interior do pavilhão, a MAN deu destaque a alguns serviços e soluções MAN, nomeadamente os lubrificantes de marca própria. Outros dos grandes destaques foi o MAN TGE, um furgão que representa
Especialista em pneus para camiões a empresa de Turquel apostava numa forte presença de pneus Pirelli. A empresa comercializa também as marcas GT Radial e Hankook em pesados, bem como os pneus para aplicações mais técnicas Double Coin, que representa no mercado português. Para além dos pneus, a empresa dispõe de quatro carrinhas móveis de assistência a pneus de pesados, trabalhando em praticamente em todas as áreas onde circulam pesados.
DIAMANTINO PEÇAS
Este ano a Diamantino teve em exposição cerca de 100 peças em diferentes estados: Novo, usado e recondicionado. Em destaque estiveram duas cabines, um motor, alguns diferenciais e caixas
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de velocidades. É uma pequena amostra do que a empresa tem em stock, que já conta com mais de 31.000 referências... só em Scania.
A empresa de Paços de Ferreira levou ao Salão Nacional do Transporte parte da sua gama de produtos com destaque para a marca Indel B (frigoríficos de cabina) e o GPS Modecom Free
NAVIGATE TECHNOLOGIES TECNOLOGIA
SCANIA
Esta empresa portuguesa de soluções tecnológicas, disponibiliza para a gestão de frotas o GONav, um software que integra diversas ferramentas numa só. Nesta ferramenta são disponibilizados diversos relatórios de viagem, tempos de condução, temperatura, abastecimentos, financeiros, abastecimentos, etc. Este software focaliza-se, essencialmente, na integração, automização e na melhoria dos processos operacionais e transacionais das diversas atividades de transporte.
PNEUS DO ALCAIDE PNEUS
Num espaço de 45m2, a empresa da Batalha mostrou sobretudo a sua gama de pneus recauchutados de fabrico próprio, assim como divulgou os serviços que oferece no âmbito do setor dos pneus.
CAMIÕES
Com a ideia de desenvolver contactos com os seus clientes, esta marca pretendeu também mostrar para clientes não Scania, o role de serviços de que dispõe. Em exposição estiveram duas viaturas da nova geração (no exterior), bem como os serviços conectados como o C200, descarga remota tacógrafo, Driver Trainning e Driver Coaching, sem esquecer os produtos Scania Retail Shop (Scania Truck Gear, Miniaturas Camiões e Relógios). Nos artigos VRS o destaque foi para o equipamento hidráulico J.Cortes e o Trailler Services, bem como a exposição de uma viatura de assistência.
PLA PEÇAS RSM PNEUS
A Recauchutagem São Mamede apresentava neste certame dois novos pisos com borrachas Marangoni. O destaque foi para um novo piso de para pneus de tração, o RDLFE, e o penus de galera RTLFE, qualquer deles desenvolvido a pensar na redução dos consumos do veículo pesado.
EUROCOMPONENTES
Representante de diversas marcas de peças, a PLA Peças deu destaque à sua parceria, de longos anos, com a empresa italiana Covind, especialista em peças de carroçaria para diversas marcas de camiões.
REPSOL
PEÇAS
O operador de peças de Ansião comercializa uma vasta gama de peças para pesados, mas nesta feira levou um produto “sui generis”: as miniaturas dos veículos pesados com decorações dos camiões dos clientes!
PEÇAS
CARTÃO FROTA
GPS CLINIC COMPONENTES
A empresa espanhola foi à Expopombal para dinamizar os serviços que disponibiliza para pesados ao nível do Cartão Frota Repsol (Solred), que segundo a marca, con-
tribuem para a redução dos custos operacionais da frota.
RENAULT TRUCKS CAMIÕES
A Renault Trucks apostou forte na sua presença neste salão. Para além da exposição exteriores de dois pesados da sua gama, no interior o enorme stand dava destaque aos serviços pós-venda da empresa, com a exposição de parte da sua gama de peças originais.
BLUE CHEM CONSUMÍVEL
A empresa de Arnoso fornece ao mercado dos pesados uma série de soluções com base no produto que comercializa: AdBlue. Entregas embaladas, entregas a granel, reservatórios, bombas ou soluções à medida de AdBlue, são as propostas deste operador.
AS24 CARTÃO FROTA
A proposta de valor da AS24 é o cartão frota que disponibiliza para a empresas de transporte que fazem o internacional. A rede AS24 está presente em 27 países (a maior rede de estações de serviço dedica-
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das a veículos pesados), disponibilizando cartões inteligentes com soluções inovadoras para manter em segurança a gestão de qualquer frota.
O cartão frota BP é uma importante ferramenta de trabalho para as empresas de transporte. Neste stand a BP promovia os serviços inerentes ao seu cartão frota.
WEBEYE GESTÃO DE FROTAS
ACTIONLIVE FORMAÇÃO
São muitas as competências desta empresa de Penela, que aposta muito na área da formação. Porém, para o setor dos pesados a empresa disponibiliza o Tacho Manager, uma solução de gestão de dados tacográficos digitais e analógicos. A empresa é também especializada em peritagens técnicas a infrações na área dos pesados. Na área do Pós-Venda a empresa disponibiliza um caderno de registo de manutenção preventiva e corretiva, para ajudar num correto controlo da frota.
A multinacional Húngara, investe muitos dos seus recursos no desenvolvimento de soluções de gestão de frotas, que vão muito além da mera localização. Um dos serviços que oferece é o DrivingStyle que permite às empresas reduzir os custos do serviço e de combustível provocados pelo uso incorreto dos veículos.
FROTCOM GESTÃO DE FROTAS
Com 20 anos de experiência na área das soluções para gestão de frotas, a Frotcom dinamizava a sua plataforma através da qual disponibiliza as ferramentas necessárias para que qualquer empresa com uma frota de pesados possa gerir a mesma com custos mais baixos.
ABMN SOFTWARE
MOLGÁS GÁS NATURAL
As soluções de mobilidade com base em gás natural constituem uma inovação relativamente às soluções de mobilidade com base em combustíveis convencionais. O modelo de negócio que esta empresa dinamiza, sem necessidade de investimento para a empresa detentora da frota, constitui uma diferenciação relativamente aos diferentes players que competem neste sector recente. A empresa tinha em exposição soluções integradas de Gás Natural Veicular destinadas a empresas detentoras de frotas, que passa pela instalação de postos de abastecimento privados destinados a frotas de veículos de transporte a gás natural.
O aTrans – logistic software system foi o destaque do stand. A empresa nortenha tem vindo a fazer um intenso trabalho de divulgação desta sua plataforma tecnológica para o setor dos pesados. As empresas de transportes tiveram assim oportunidade de ver o crescimento funcional e tecnológico que o aTrans conheceu ao longo do último ano. Além disso, a empresa vez uma antevisão do novo modelo de licenciamento cloud que tornará o aTrans cada vez mais uma solução acessível a todas as empresas deste setor.
BP CARTÕES FROTA
MATIMPER MATERIAIS
Dos diversos serviços que a empresa disponibiliza, a Matimport mostrava neste certame algum material hidráulico para básculas e diverso outro material para carroçarias básculas. Refira-se que a empresa de Albergaria disponibiliza também plataformas elevatórias para veículos comerciais e pesados.
FJS LUBRIFICANTES
Representante dos lubrificantes Petronas e
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Repsol, a empresa de Ansião disponibiliza também a marca de lubrificantes Matrax. Igualmente em exposição estava o AdBlue da marca Fertiberia que a empresa comercializa para o setor dos pesados.
pode ser usada nos pesados e que se alimenta da luz solar.
e Driver Behavior, para gerir a frota e o estilo de condução dos motoristas.
CONTINENTAL PNEUS
RES-ASSISTANCE SERVICE SERVIÇOS
A empresa francesa é especialista em assistência e serviços dentro do universo dos veículos pesados. Entre os diversos serviços que a empresa propõe aos clientes destacam os serviços pós-venda não só na área do reboque, como também na reparação mecânica, pneus, vidros, entre outros.
VISOPARTS
Para além da gama de pneus de pesados da marca Continental e das restantes marcas do grupo, a Continental tinha como novidade absoluta a divulgação do ContiConnect. Trata-se de uma nova solução de gestão de frotas de pneus que permite um acompanhamento “on line” dos pneus.
PEÇAS
Um dos maiores stands desta exposição era da empresa de Viseu, que resolveu apostar forte, expondo uma boa parte da sua gama de peças que comercializa para o setor dos veículos pesados. Destaque para os produtos DT Spare Parts e para os lubrificantes Valvoline, marca que a Visoparts comercializa para este setor.
MICHELIN PNEUS
TRACKIT GESTÃO DE FROTAS
Com sede em Setúbal esta empresa que opera na área dos serviços de gestão de frota disponibiliza diversos serviços, que muito além da mera localização por GPS. Um dos serviços que destacou no Salão nacional do Transporte foi o Ecodrive, que permite analisar, avaliar, classificar e corrigir as variáveis de condução facilitando aos gestor / formador os dados de perfil de condução dos seus motoristas.
SOLARLIGHTEK ILUMINAÇÃO
Esta empresa de Leiria não trabalha unicamente para o setor dos pesados, mas no Salão Nacional de Transporte foi mostrar o Solarlightek, que mais não é do que uma solução de iluminação que
GOODYEAR PNEUS
A Goodyear apresentou no Salão Nacional do Transporte a solução Proactive Solutions. Esta solução oferece aos transportadores uma gama muito completa de soluções para evitar incidentes relacionados com os pneus, melhor em simultâneo o estilo de condução dos motoristas e, como tal, optimizar a gestão de frota. Esta solução divide-se no Procative Tire, onde está a solução TPMS e a solução Drive-Over Reader, de modo a gerir eficiente os pneus, e o Proactive Fleet, que inclui a solução Track&Trace
O grande destaque da Michelin neste Salão Nacional do Transporte foi a recentemente apresentada geração de pneus X MULTI destinada ao mercado de curta e média distância. Segundo a marca, as provas realizadas demonstraram que esta nova geração de pneus alcança entre 15% a 20% mais de rendimento quilométrico que a gama anterior Michelin X Multiway 3D. Refira-se que os novos pneus X MULTI foram desenvolvidos para garantir o menor custo quilométrico e uma aderência excecional em qualquer condição climatérica, durante toda a sua vida útil. Estes pneus estão disponíveis em 4 dimensões importantes: 315/70 R 22.5 para o eixo direcional e motriz e 385/55 R 22.5 para eixo de direção e reboque.
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Semirreboques em destaque no exterior Uma das vertantes do Salão Nacional do Transporte é também a exposição de camiões das principais marcas presentes no mercado português, nomeadamente as viaturas mais recentes ou as mais representativas em termos de vendas. Porém, o maior destaque em termos de exposição foi para os semirreboques, com a presença das prinicpais empresas e marcas comercializadas em Portugal.
Fliegl (Assivepe), Schmitz Cargobull SQR, Krone (Kyetrailer), Lecitrailer (Reta), Kassboher (Tracto-Lena), Feldbinder, Granalu e Kogel, levaram ao Salão Nacional do Transporte algumas das suas mais recentes novidades, destacam-se a aposta que a maioria destes construtores estão a fazer na melhoria da performance dos semirreboques (menos peso, materiais mais leves, melhores acabamentos, etc).
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Técnica
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T CESVIMAP
O bilhete de identidade do camião
Para conhecer as características de um camião, contratar uma apólice, pedir uma peça de substituição adequada ou localizar o veículo perante um possível roubo é necessário identificá-lo perfeitamente. Vejamos como… TEXTO FRANCISCO JAVIER LÓPEZ GARCÍA
É
possível identificar um camião através de três referências principais: denominação comercial, placa do fabricante e número de identificação do veículo.
1. Denominação comercial: O fabricante de camiões atribui um nome distintivo a cada um dos seus modelos para que o cliente o reconheça e identifique. Dentro do modelo também são distinguidas as suas variantes.
Além do nome escolhido é apresentada em diferentes parte da cabina, em autocolante ou em plástico com relevo, uma extensão que indica informação sobre a versão (dimensões de cabina, potência do motor, MMA), variante (rígido, trator), equipamento, tipo de tração (4 x 2, 6 x 4), etc. A denominação comercial, para efeitos legais, descrita pelo fabricante do veículo é apresentada tanto na respetiva ficha técnica como na licença de circulação.
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Difere pouco da denominação comercial que o veículo disponibiliza ao utilizador. Estes documentos reúnem todos os dados cujo conhecimento é imprescindível: denominação comercial, número de quadro e dados de fabricante; além de outras informações e dados que complementam a informação sobre o veículo. A placa de fabricante é obrigatória para todos os camiões; nela poderemos encontrar informação valiosa Placa fabricante na frente Iveco Stralis
Fabricante IVECO, modelo Stralis, cabina HI-WAY, 460 CV, EEV veículo ecológico avançado
Placa na moldura da porta Mercedes Atego.
2. Placa do fabricante: Pode ser em alumínio ou autocolante. Esta placa é colocada na cabina do camião com parafusos, rebites ou cola. Dependendo do fabricante e modelo, pode ser colocada em diferentes sítios da cabina: na frente (visível ao abrir ao grelha), no estribo direito ou esquerdo (visível ao abrir a porta) na moldura da porta, na parede interior traseira, etc.
1. Fabricante 2. Palavra-passe de homologação europeia 3. Número de quadro (VIN) 4. Massa Máxima Autorizada (MMA) e Massa Máxima Tecnicamente Admissível. 5. Massa Máxima Autorizada do conjunto e Massa Máxima Tecnicamente Admissível do conjunto 6. Massa Máxima Autorizada e Massa Máxima Tecnicamente Admissível para o primeiro eixo 7. Massa Máxima Autorizada e Massa Máxima Tecnicamente Admissível para o segundo eixo* * Esta informação é fornecida para cada um dos eixos que equipa o camião. 8. Denominação tipo do veículo 9. Número de eixos 10. Potência do motor em KW 11. Modelo de motor 12. Distância entre eixos 13. Diretiva 2007/46 sobre homologação de veículos a motor Em alguns destes veículos também é possível encontrar a placa de cabina; inclui dados como: número e homologação da cabina, tipo de cabina do camião, número de série em fabrico ou código de cor. Esta placa pode fazer parte da placa de fabricante, ser colocada de forma independente junto a esta ou ser colocada noutra zona da cabina.
Placa de fabricante no estribo direito Scania T
Placa de cabina integrada na placa de fabricante. Corrected absorption value
Placa de fabricante Mitsubishi Fuso na parede traseira.
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3. Número de identificação do veículo. É um código alfanumérico, conhecido também como número VIN. Inscrito ou gravado na longarina direita do chassis, através de diversos métodos: micropunção, incisão, laser, micropercussão... Este identificador é visível através da abertura da cava da roda dianteira direita. Também é incluído na placa do construtor ou fabricante.
Trata-se de uma sequência de 17 caracteres, números e letras. Cada veículo tem uma sequência única que o identifica para efeitos legais. Nesta sequência, codificados, estão indicados dados referentes ao fabricante, modelo, versão e número de produção do veículo.
FORMAÇÃO DOS TRÊS CÓDIGOS SEGUINTES: WMI, VDS, VIS
tociclos, maquinaria agrícola e camiões; que informação disponibiliza para a sua localização e, segundo o sector a que se dirija, a respetiva interpretação. Destaques >> A placa de cabina informa sobre a sua homologação, tipo ou código de cor >> A CESVIMAP também disponibiliza formação atualizada aos Corpos e Forças de Segurança do Estado
CÓDIGO DE DESCRIÇÃO DAS NÚMERO DE IDENTIFICAÇÃO CARACTERÍSTICAS ORDEM E DATA DE DO FABRICANTE DO VEÍCULO FABRICAÇÃO
Face a um sinistro, ao substituir a cabina, se esta for reconstruída ou integrada noutro camião, a placa de fabricante deverá ser substituída por uma cujo número VIN coincida com o número gravado na longarina do chassis. A investigação da CESVIMAP permite que esta disponibilize formação atualizada aos Corpos e Forças de Segurança do Estado. Explica a correta identificação de todo o tipo de veículos: turismos, mo-
CESVIMAP Para saber mais
>> Área de Veículos Industriais vindustriales@revistacesvimap.com >> Reparação e peritagem de veículos industriais. CESVIMAP. 2012. ISBN: 978-84-9701-305-5 www.revistacesvimap.com @revistacesvimap
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MECATRONICA
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Informação técnica sobre veículos pesados e comerciais BY MECATRONICAONLINE
MITSUBISHI FUSO Canter 7C15 Eco Hybrid (4P10T4) 2014 - ...
DADOS DE AJUSTE Motor (especificações) Motor: MITSUBISHI, (4P10T4) Gestão do motor (marca e tipo) Bosch Velocidade de ralenti 650 (rpm) Injector (marca e tipo) Bosch Pressão de óleo à velocidade de ralenti(a 100°C) 1.0 (bar) Pressão de óleo à velocidade do motor máxima(Sem carga) 4.6 (bar) Turbocompressor (marca e tipo) GARRETT Distorção máxima da cabeça do motor 0.2 (mm) Esquema da correia de accionamento
Esquema da correia de accionamento(Com compressor de ar condicionado adicional)
Pressão da válvula de regulação 4.5 (bar) Sistema de combustível Motor: MITSUBISHI, (4P10T4) Pressão da calha de injecção de combustível(Máximo) 2000 (bar) Bomba de alta pressão Bosch Sistema de arrefecimento Motor: MITSUBISHI, (4P10T4) Pressão do tampão 0.95 - 1.25 (bar) Temperatura de abertura do termostato 77 - 81 (°C)
Termostato totalmente aberto 90 - 94 (°C) Eléctrico Arranque e carregamento Alternador(12 V) 140 (A) Alternador(24 V) 80 (A) Alternador(12 V) 90 (A) Bateria 100 (Ah) Travões Travões Folga do pedal de travão 0.1 - 3.0 (mm) Travões: Travões de disco dianteiros Desgaste do disco, máximo 0.10 (mm) Diâmetro do travão de disco 293.0 (mm) Espessura do disco, dianteiro 40.0 (mm) Espessura dos calços de travão, dianteiros 14.0 (mm) Espessura dos calços de travão, dianteiros, mínimo 4.0 (mm) Diâmetro do travão de disco 310.0 (mm) Espessura do disco, dianteiro 40.0 (mm) Espessura dos calços de travão, dianteiros 14.0 (mm) Espessura dos calços de travão, dianteiros,
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mínimo 4.0 (mm) Travões: Travões de disco traseiros Desgaste do disco, máximo 0.10 (mm) Diâmetro do travão de disco 293.0 (mm) Espessura do disco, traseiro 40.0 (mm) Espessura do disco, traseiro, mínimo 38.0 (mm) Espessura dos calços de travão, traseiros 14.0 (mm) Espessura dos calços de travão, traseiros, mínimo 4.0 (mm) Diâmetro do travão de disco 310.0 (mm) Espessura do disco, traseiro 40.0 (mm) Espessura do disco, traseiro, mínimo 38.0 (mm) Espessura dos calços de travão, traseiros 14.0 (mm) Espessura dos calços de travão, traseiros, mínimo 4.0 (mm) Alinhamento da direcção e das rodas Eixo: MITSUBISHI, TF, Eixo dianteiro, (F100T) Convergência, dianteira 0 - 6 (mm) Inclinação da roda, dianteira 1º00’ ± 1º00’ Folga da roda, dianteira(Cabina única) 2º15’ ± 1º00’ Folga da roda, dianteira(Cabina adicional) 1°15’ ± 1°00 K.P.I., dianteiro 8º ± 30’ Ângulo de direcção(Cabina única) 39º Ângulo de direcção(Cabina adicional) 45º Rodas e pneus Rodas e pneus Tamanho dos pneus 195/75R16 16C 107/105 R Tamanho da jante 16 × 5JK-110 Tamanho dos pneus 205/75R 16C 113/111 Q Tamanho da jante 16 × 5 1/2K-115 Tamanho dos pneus 205/75R 16C 113/111 R Tamanho da jante 16 × 5 1/2K-115 Tamanho dos pneus 205/75R17.5 124/122 M Tamanho da jante 17.5 × 6.00-127 Pressões dos pneus(Consulte a etiqueta de dados) Capacidades Motor: MITSUBISHI, (4P10T4) Cárter do motor, incluindo filtro 6.2 (l) Sistema de arrefecimento(Sem ar condicionado traseiro) 13.0 - 13.7 (l) Sistema de arrefecimento(Com ar condicionado traseiro) 14.7 (l) Transmissão: MITSUBISHI, (Transmissão manual), (M0386S) Transmissão manual Reabastecimento da caixa de velocidades 3.7 - 3.8 (l) Unidade de controlo hidráulico da caixa de velocidades 2.0 (l)
Ar condicionado Ar condicionado Localização do tampão(Cabina única)
Localização do tampão(Cabina adicional)
Refrigerante(Sem ar condicionado traseiro) 500 (g) Refrigerante(Com ar condicionado traseiro) 800 (g) Óleo do compressor do ar condicionado(Sem ar condicionado traseiro) 120 - 135 (ml) Óleo do compressor do ar condicionado(Com ar condicionado traseiro) 200 - 215 (ml) Ajustes de binário Motor: MITSUBISHI, (4P10T4) Nota: Substitua sempre os parafusos extensíveis e as porcas de auto-bloqueio Cabeça do motor(Substitua os pernos, roscas ligeiramente lubrificadas)
Estágio Estágio Estágio Estágio Estágio Estágio Estágio
1(Pernos 1 - 6) 130 (Nm) 1(Pernos 7 - 10) 65 (Nm) 2(Pernos 1 - 6) 90 (°) 2(Pernos 7 - 10) 90 (°) 3(Pernos 1 - 6) 90 (°) 3(Pernos 7 - 10) 60 (°) 4(Pernos A) 25 (Nm)
Tampa de rolamento da cabeça de biela(Substitua os pernos) Estágio 1 50 (Nm) Estágio 2 70 (°) Tampa de rolamento principal Estágio 1 50 (Nm) Estágio 2 60 (°) Estágio 3 60 (°) Perno lateral da tampa de rolamento principal 26 - 30 (Nm) Cárter 25 (Nm) Bujão de drenagem do óleo do motor 20 (Nm) Velas de incandescência 8 - 10 (Nm) Sensor do oxigénio 40 - 60 (Nm) Alternador 40 (Nm) Tampa da válvula 25 (Nm) Roda dentada da árvore de cames 110 (Nm) Sensor da posição da árvore de cames 10 (Nm) Volante(Substitua os pernos) Estágio 1 30 (Nm) Estágio 2 90 (°) Sensor do NOx 40 - 60 (Nm)
Colector de admissão 25 (Nm) Bomba do refrigerante(M10) 50 (Nm) Bomba do refrigerante(M8) 25 (Nm) Flange do colector de escape/turbocompressor 25 (Nm) Bomba de alta pressão 25 (Nm) Grampo/porca de bloqueio do injector 29 (Nm) Tubos de injecção de combustível, lado do injector 28 (Nm) Bujão de drenagem do radiador 2.5 (Nm) Tampa do filtro de óleo 25 - 30 (Nm) Refrigerador do óleo 25 (Nm) Amortecedor de vibrações 350 (Nm) Sensor de velocidade do motor 10 (Nm) Sensor de pressão de óleo 25 (Nm) Travões Travões: Consulte ‘Desenhos técnicos’ Transmissão: MITSUBISHI, (Transmissão manual), (M0386S) Bujão de nível da transmissão manual 53.9 - 83.3 (Nm) Bujão de drenagem da transmissão manual 53.9 - 83.3 (Nm) Rodas e pneus Porcas da roda 441 - 539 (Nm) MANUAIS DE REPARAÇÃO TODOS OS NOMES DE MARCAS COMERCIAIS AQUI MENCIONADOS SÃO EXCLUSIVAMENTE USADOS COMO REFERÊNCIA E NÃO PRETENDEM ALUDIR A NENHUMA LIGAÇÃO ENTRE HAYNESPRO E ESTAS COMPANHIAS. TODAS AS MARCAS COMERCIAIS SÃO PROPRIEDADE DOS SEUS RESPECTIVOS DONOS.
NOTA OS DADOS TÉCNICOS, DA RESPONSABILIDADE DA MECATRÓNICAONLINE (DIREITOS DE AUTOR HAYNESPRO B.V.), EMPRESA DE REFERÊNCIA AO NÍVEL DA INFORMAÇÃO TÉCNICA, SERÃO PUBLICADOS EM TODOS OS NÚMEROS DA REVISTA PÓS-VENDA. SE PRETENDER MAIS ESCLARECIMENTOS SOBRE ESTES DADOS TÉCNICOS, OU CASO TENHA UMA DÚVIDA TÉCNICA QUE PRETENDA VER ESCLARECIDA, ENVIE-NOS UM EMAIL PARA GERAL@POSVENDA.PT
Opinião
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O APVGN
Jorge Figueiredo Vice-Presidente da Associação Portuguesa do Veículo a Gás Natural (www.apvgn.pt) As opiniões expressas neste artigo não reflectem necessariamente as da APVGN.
Do mau aproveitamento de recursos já investidos
A
Constituição afirma a necessidade do planeamento para o desenvolvimento da economia nacional. Contudo, pelo menos no campo da energia e transportes, atrevemo-nos a dizer que este imperativo não está a ser cumprido. Quase todos nós poderíamos encontrar exemplos disso, mas há um que se destaca pelo seu vulto. Referimo-nos ao gigantesco investimento feito na década de 1990 para a introdução do gás natural (GN) no país. Estes provavelmente foram os maiores investimentos já alguma vez efectuados na economia portuguesa. Eles incluíram um gasoduto de alta pressão para trazer o GN da Argélia até Portugal; a construção de um gasoduto de alta pressão dentro de Portugal; a instalação de redes de distribuição de GN por todo o país; a construção de um terminal metaneiro no Porto de Sines para a importação do GN liquefeito; a construção da grande central termoeléctrica da Turbogás, no Norte do país. Foram investimentos colossais e estruturantes, que introduziram uma nova energia primária na matriz energética portuguesa. Como é bem sabido, todo o investimento deve ser maximizado para extrair todos os seus benefícios. Mas no caso em apreço isso não está a acontecer. O aproveitamento do GN em Portugal ainda está
muito aquém do seu potencial. O facto é que, apesar de um início promissor (a frota da STCP no Porto), os benefícios do GN ainda não foram estendidos plenamente ao sector dos transportes. Pior: apesar de estar na região do mundo com a maior disponibilidade de GN em estado liquefeito (GNL), Portugal utiliza-o em grande parte de uma forma absurda, ou seja, convertendo um combustível com uma altíssima densidade energética para um combustível menos bom: vaporizando o GNL e transformando-o em GN gasoso a ser injectado nas redes. Outro exemplo de má utilização é a Turbogás – cujo
A Península Ibérica tem a maior densidade de pontos metaneiros do mundo FONTE: LNG MAP 2015, GAS INFRASTRUCTURE EUROPE, WWW.GIE.EU
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“Os planos de desenvolvimento económico e social têm por objectivo promover o crescimento económico, o desenvolvimento harmonioso e integrado de sectores e regiões, a justa repartição individual e regional do produto nacional, a coordenação da política económica com as políticas social, educativa e cultural, a defesa do mundo rural, a preservação do equilíbrio ecológico, a defesa do ambiente e a qualidade de vida do povo português”. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA PORTUGUESA, ARTIGO 90º.
investimento nem sequer foi totalmente reintegrado – que muitas vezes trabalha abaixo da sua capacidade de produção devido à concorrência de energias intermitentes com preços subsidiados (eólica sobretudo). Chama-se a isso mau planeamento ou, prefiro dizer, planeamento nenhum. Não obter os benefícios expectáveis de investimentos vultuosos já efectuados tem custos elevados para a economia nacional. As razões para esta irracionalidade macroeconómica são muitas. Elas vão desde a ideologia do “deus” mercado – como se este pudesse resolver tudo e alcançar as melhores soluções possíveis – até a arquitectura empresarial das empresas (privatizadas) do sector energético. Acresce a isso a visão míope de políticos & governantes, que embarcam alegremente em balelas pseudo-ecológicas à caça de votos. Exemplo: Só no governo Sócrates os dinheiros desperdiçados com o programa Mobi-E teriam sido suficientes para instalar pelo menos 50 postos de abastecimento de gás natural comprimido (GNC). E agora os postesinhos brancos disseminados por todo o país permanecem quase ociosos e a enferrujar... POLÍTICA DE ESTADO, PRECISA-SE
Na verdade, a energia em Portugal é uma nau à deriva. Está na hora de dar um
rumo coerente ao sector energético e dos transportes. Para isso precisam-se governantes lúcidos que vejam as coisas com clareza, que pensem na factura petrolífera que Portugal tem suportar todos os anos (€6,2 mil milhões, cerca de 10% do total das importações) e pensem ainda na qualidade do ar que respiramos. Será preciso que as potencialidades reais do GN sejam aproveitadas também no sector dos transportes. Para isso precisam-se de projectos lúcidos e enquadrados numa política geral. Alguns exemplos de acções a serem efectuadas: >> Generalizar a utilização do GNL no transporte pesado de longo curso; >> Legalizar os motores de camiões transformados para dual-fuel (mistura de GN e gasóleo); >> Generalizar as boas experiências da STCP, Carris de Lisboa com o GNC à generalidade das frotas de urbanas de passageiros; >> Generalizar a utilização do GNC nas frotas profissionais (táxis, entregas urbanas, recolha de RSU, veículos de placa de aeroporto e de portos marítimos, etc); >> Disseminar postos de abastecimento de GNC em regime de serviço público em todos os grandes centros urbanos do país; >> Estender a utilização do GNL também ao domínio marítimo (ver PVP de Abril-Maio/2017). Note-se que para as acções acima elencadas os investimentos a serem efectuados são relativamente modestos e perfeitamente ao alcance das capacidades país – o grosso do investimento, colossal, já foi efectuado com a introdução do GN no país. Agora, o que falta fazer é pouca coisa. Com excepção do Ministério do Mar, o actual governo não tem demonstrado grande sensibilidade para os problemas da energia e dos transportes. Basta ver, por exemplo, que nem sequer existe um Ministério dos Transportes e que as competências neste domínio estão espalhadas por ministérios diversos. Isso, naturalmente, dificulta a elaboração de uma política geral e coerente. Outro exemplo da não sensibilidade do governo para com o sector é o facto de só
em 9 de Junho último ter sido publicado o Decreto-lei 60/2017, o qual transpõe para a legislação portuguesa a directiva da UE que “estabelece o enquadramento para a implantação de uma infraestrutura para combustíveis alternativos”. O novo diploma estabelece os seguintes objectivos: a) Instalar, até 31 de dezembro de 2025, um número adequado de pontos de abastecimento de GNL acessíveis ao público, pelo menos ao longo da rede RTE-T (Rede Transeuropeia de Transportes) de base existente, para garantir a circulação de veículos pesados a motor movidos a GNL em toda a UE, desde que haja procura e os custos não sejam desproporcionados aos benefícios, nomeadamente ambientais; b) Disponibilizar uma rede de distribuição de GNL adequada, incluindo instalações de carregamento para veículos-cisterna de GNL, a fim de aprovisionar os pontos de abastecimento referidos nos nºs 1, 2 e 4; c) Instalar, até 31 de dezembro de 2020, um número adequado de pontos de abastecimento de GNC acessíveis ao público, a fim de garantir que os veículos a motor movidos a GNC possam circular nas aglomerações urbanas/suburbanas e noutras zonas densamente povoadas; d) Instalar, até 31 de dezembro de 2025, um número adequado de pontos de abastecimento de GNC acessíveis ao público, pelo menos ao longo da rede RTE-T de base existente, para garantir que os veículos a motor movidos a GNC possam circular em toda a União Europeia. 4 - Os pontos de abastecimento de GNC para veículos a motor, implantados ou renovados a partir de 18 de novembro de 2017, devem cumprir as especificações técnicas estabelecidas na Portaria 1270/2001, de 8 de novembro. Este novo diploma levou três anos para ser finalmente transposto para a legislação portuguesa. Tenhamos esperança de que a sua aplicação efectiva venha a ser mais célere. Enquanto isso não acontecer, o desenvolvimento das boas soluções terá de ser feito de baixo para cima: repousa inteiramente nas iniciativas que forem tomadas pelos empresários do sector dos transportes.
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PNEUS NOTÍCIAS
PÓS-VENDA PESADOS WWW.POSVENDA.PT JUNHO/JULHO 2017
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TIRE PILOT, SAF-HOLLAND
Transporte com menos preocupações A SAF-Holland inova no mercado com o lançamento de um sistema de controlo da pressão dos pneus em tempo real. Com isto, a marca pretende diminuir os custos dos transportadores e aumentar a sustentabilidade ambiental. TEXTO NÁDIA CONCEIÇÃO
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SAF-Holland, um dos principais fornecedores de soluções inovadoras para o setor dos veículos comerciais, apresenta um novo sistema de enchimento, destinado a reboques e semirreboques, que monitoriza e mantém a pressão predefinida nos pneus. Os dois maiores custos operacionais dentro das empresas são bem conhecidos pelos operadores de frotas: o consumo de combustível e o desgaste dos pneus. Para que haja rentabilidade no negócio numa base sustentável é necessário ter em conta a relação direta entre estes dois fatores e encontrar métodos eficientes para evitar gastos desnecessários. REDUZIR CUSTOS
A forma mais eficaz para minimizar o desgaste dos pneus e reduzir significativamente o consumo de combustível é monitorizar constantemente a pressão correta dos pneus. Cerca de 85% das
falhas dos pneus são provocadas pela insuficiência de pressão. Para proteger os pneus e economizar combustível numa ótica a longo prazo, é importante adotar um sistema que mantenha consistentemente a pressão predefinida. Assim que a pressão do pneu cai, aumenta a resistência ao rolamento, o que provoca maior desgaste, aumenta o consumo de combustível e as emissões de CO2. Para solucionar este problema, a SAFHolland desenvolveu o sistema “Tire Pilot”, um auxiliar inteligente para frotas. O Tire Pilot controla e regula de forma sistemática a pressão dos pneus, reajustando-se caso as quebras de pressão no sistema forem acentuadas, o que evita o aumento de consumo de combustível e um desgaste acentuado dos pneus no decorrer da viagem. A SAF-Holland apresenta, assim, um caminho inovador para a redução de custos de combustível e pneus, ao mesmo tempo que promove a sustentabilidade ambiental.
SUSPARTES João Loureiro 936 753 375 joao.loureiro@suspartes.pt www.suspartes.pt
Como funciona o sistema TIRE PILOT? >> Monitoriza a pressão dos pneus de forma permanente; >> Aumenta a pressão dos pneus de forma independente e mantém a pressão mínima em caso de furo; >> Avisa o motorista, através de um sinalizador luminoso, caso a pressão fique muito baixa; >> Reduz o desgaste dos pneus, evitando que o atrito e a resistência do pneu ao rolamento aumentem substancialmente; >> Responde a um desvio de pressão de apenas 0,2 bar mais preciso comparativamente aos sistemas tradicionais de monitorização da pressão dos pneus.
Vantagens
>> Economiza combustível; >> Reduz o risco de danos nos pneus.