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Lâmpadas
N.º46
auto
JULHO 2019 - 2€ PERIODICIDADE MENSAL
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O halogéneo ainda é a tecnologia dominante nos automóveis, mas o Led está a ganhar terreno rapidamente
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À CONVERSA COM AS OFICINAS
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ATUALIDADE
RIGOROSO EXCLUSIVO PARA PORTUGAL, FOMOS À REMATEC, A MAIOR FEIRA MUNDIAL DE PRODUTOS RECONSTRUÍDOS
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PERSONALIDADE
O DISRUPTIVO RICARDO OLIVEIRA É DOS MAIORES “EMBAIXADORES” DOS VEÍCULOS ELÉTRICOS EM PORTUGAL
A SEGUNDA EDIÇÃO DESTA INICIATIVA FOI FEITA NA MAIA, JUNTO DOS CLIENTES DA TURBO PEÇAS
PROPRIETÁRIA E EDITORA ORMP Pós-Venda Media, Lda Rua do Sol N.º 8A Vila Fria 2740-166 Porto Salvo Nº Contribuinte: 513 634 398 CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Paulo Homem Anabela Machado CAPITAL SOCIAL DA ORMP Bettencourt & Mendes, Lda - 50% Paulofimedia Unipessoal, Lda - 50% CONTACTOS Telefone: +351 218 068 949 Telemóvel: +351 939 995 128 E.mail: geral@posvenda.pt www.posvenda.pt f facebook.com/revistaposvenda i linkedin.com/company/ revista-pós-venda DIRETOR Paulo Homem paulo.homem@posvenda.pt REDAÇÃO Nádia Conceição nadia.conceicao@posvenda.pt COLABORADOR TÉCNICO Jorge Pereira DIRETORA COMERCIAL Anabela Machado anabela.machado@posvenda.pt COMERCIAL José Ferreira jose.ferreira@posvenda.pt ADMINISTRATIVA Anabela Rodrigues anabela.rodrigues@posvenda.pt FOTOGRAFIA António Silva, Micaela Neto PAGINAÇÃO Ricardo Santos SEDE DE REDAÇÃO Rua do Sol N.º 8A Vila Fria 2740-166 Porto Salvo TIRAGEM 10.000 Exemplares ISSN 2183-6647 Nº REGISTO ERC 126724 DEPÓSITO LEGAL 399246/15 PERIODICIDADE Mensal IMPRESSÃO DPS – Digital Printing Solutions MLP, Quinta do Grajal – Venda Seca, 2739-511 Agualva Cacém – Tel: 214337000 ESTATUTO EDITORIAL Disponível em www.posvenda.pt PUBLICIDADE
Sumário
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S N.º46 JULHO 2019
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DESTAQUE Vallux / Flowey...................................................................................................................................P.6
8 18 26
NOTÍCIAS................................................................................................................................................P.8
À CONVERSA COM AS OFICINAS ..........................................................................................P.18
ATUALIDADE Rematec...................................................................................................................................................P.26
32
MERCADO Convenção Pador Auto Service .................................................................................................P.32 2ªs Jornadas da Reparação Espogama....................................................................................P.34 Prémios TopCar....................................................................................................................................P.36 Unidade Norte – Centro de Logística Soulima.....................................................................P.38 Armazém Alecarpeças Maia.........................................................................................................P.40 60 anos Bombóleo..............................................................................................................................P.42
46
MERCADO INTERNACIONAL General Recambi.................................................................................................................................P.46
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FORMAÇÃO Escola Profissional Gustavo Eiffel.............................................................................................P.48
50
OFICINA DO MÊS Mecraft (Viseu)....................................................................................................................................P.50
52
PERSONALIDADE DO MÊS Ricardo Oliveira – World Shopper.............................................................................................P.52
58
DOSSIER Lâmpadas................................................................................................................................................P.58
68
TÉCNICA CEPRA - Iluminação.........................................................................................................................P.68 Mecatrónica – Dados técnicos.....................................................................................................P.72
74
FORMAÇÃO Car Academy - Elétricos e Híbridos (Cap.11).........................................................................P.74
Editorial
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E PAULO HOMEM DIRETOR
paulo.homem@posvenda.pt
Onde nos leva a logística de peças?
S
ão muitos os setores de atividade, nomeadamente na área comercial, que se desenvolveram imenso, nos últimos anos, por via da evolução da logística. Das mercearias de bairro (que não desapareceram totalmente) até às grandes surperfícies comerciais, passaram cerca de três décadas e personificam bem o que mudou na logística a diferentes níveis. Outros setores, como a distribuição alimentar, de medicamentos, de produtos elétricos / eletrónicos, entre outros, desenvolveram-se imenso, transformaram-se, criaram novas necessidades, novos hábitos de compra e novas desafios e oportunidades para todos. Estrategicamente alguns destes grandes negócios logísticos desenvolveram-se de tal forma, que alguns deles voltaram a explorar conceitos que já existiam há 30 ou 40 anos, como é o caso do Continente que evolui também para as lojas de grande proximidade e de bairro Meu Super.
O setor das peças, logisticamente falando, está atrasado alguns anos (não muitos) face ao dos pneus, podendo este fornecer excelentes indicadores ao que se irá passar num futuro a curto prazo na distribuição de peças.
A toda esta imensa evolução do negócio logístico, não se pode esquecer a evolução da internet. Hoje podemos comprar tudo nos sites B2C e nos sites B2B (no negócio entre empresas), o que por si só é também um enorme potenciador da logística. Mais próximo do negócio das peças encontra-se o negócio dos pneus. O desenvolvimento deste negócio B2B em Portugal (que acompanhei bem de perto), sobretudo ao nível dos grossistas de pneus, ficou a dever-se, nos últimos 15 anos, às possibilidades que a logística oferecia ao seu crescimento. Houve mesmo empresas que sustentaram a sua expansão no mercado português por via dos operadores logísticos, efetuando alguns deles 4, 5, 6 ou mais entregas por dia, com meios próprios, ou com meios exteriores à empresa. Desta forma, começou-se a vender pneus para veículos ligeiros aos retalhistas de pneus à unidade, o que faria supor custos logísticos elevadíssimos, mesmo se alguns operadores investiram em novos armazéns para melhorar a cobertura geográfica. Também por via destas situações, o mercado dos pneus começou naturalmente a ajustar-se e alguns grossistas começaram a reduzir o número de entregas. Talvez se tenha atingido o limite logístico e algumas empresas deixaram possivelmente de ganhar dinheiro, tal forma as margens foram esmagadas. O setor das peças, logisticamente falando, está atrasado alguns anos (não muitos) face ao dos pneus, podendo este fornecer excelentes indicadores ao que se irá passar num futuro a curto prazo na distribuição de peças. Muito se irá passar nos próximos 5 anos dentro do negócio da distribuição de peças, quer a nível mundial, quer a nível nacional. Os “ajustamentos” que o negócio está a sofrer dão já pistas muito claras do que irá suceder com os grossistas e com os retalhistas de peças. Para já os grandes beneficiados de tudo isto são as oficinas!
Destaque
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D VALLUX / FLOWEY
Qualidade no mercado português A parceria com a Vallux tem trazido à Flowey a conquista de novos mercados em Portugal, nomeadamente entre os clientes profissionais TEXTO NÁDIA CONCEIÇÃO
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o passado mês de outubro de 2018, a Vallux oficializou a parceria com a Flowey – marca de referência em produtos de car detail e lavagem de carros– uma decisão que está a trazer frutos para ambas as empresas. “Sentíamos a necessidade de colocar mais um tipo de produtos na nossa oferta. Trabalhamos com centros auto, tais como a Feuvert e a Norauto e, por isso, fazia sentido para
a Vallux realizar uma parceira deste tipo, para colmatar a sazonalidade dos produtos que já comercializávamos. Ao vender produtos de limpeza, a Flowey consegue ter essa sazonalidade que procurávamos, nomeadamente na época do verão. Na Vallux, comercializamos essencialmente produtos de iluminação e, por isso, tínhamos uma redução de vendas no verão. A ideia era, por isso, incrementar as vendas nesta altura do ano, para
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mantemos a estabilidade no negócio. Por esse motivo, e também pela qualidade dos produtos, contactámos a Flowey, inicialmente pensando nos produtos auto à venda nos supermercados, para o cliente final. No entanto, num curto espaço de tempo vimos que a Flowey era muito mais do que um produto de prateleira de supermercado e que havia potencial, da nossa parte, de desempenhar um papel que também a Flowey estava à procura em Portugal. Havia a possibilidade de ganhar mercado na parte da lavagem manual, dos pesados, da industria e das oficinas. Atingimos um mercado que não tínhamos em mente inicialmente”, explicou Pedro Coelho, da Vallux. PRODUTO
Quanto à diferenciação deste produto em relação à concorrência, Ricardo Florio, Logistic Manager da Flowey, indica que os produtos da marca se distinguem, essencialmente, pela parte química envolvida no processo de produção. “Estamos
Na Automechanika 2018 anunciaram o projeto de um novo armazém e centro de producão. Em que fase se encontra? Filip Florio, CEO da Flowey: “Este é um projeto constituído por quatro fases. Foi iniciado em 2017, quando duplicámos a nossa capacidade de stock. Era algo necessário, porque temos atualmente uma presença muito importante em vários mercados. Esta fase terminou em dezembro de 2018, momento em que comecou a transformação interna da fábrica. A terceira fase foi iniciada em setembro de 2018, quando investimos 1 milhão e 500 mil euros para melhorar o processo de produção, por forma a torná-lo mais automatizado e conseguirmos uma produção mais rápida. Esta fase irá terminar em junho de 2020, ano em que celebramos o nosso 30.º aniversário”.
há quase 30 anos no mercado. O ponto mais importante dos nossos produtos é a componente química. Temos máquinas de alta pressão e uma variada gama de acessórios, mas o principal é a química e a experiência que temos nesta área do mercado”. O responsável indica que o interesse pelo mercado português surgiu por este ser “um mercado interessante. Em Portugal, estávamos apenas na lavagem a alta pressão, mas percebemos que o mercado se tem vindo a alterar e que surgiram outras necessidades. Estamos agora a apostar nos produtos profissionais para oficinas, para o setor da chapa e pintura, produtos técnicos para limpeza, etc., e aqui a Flowey também se diferencia bastante, porque conseguimos oferecer produtos que a concorrência não tem. Temos uma oferta muito completa”, indica Ricardo Florio. Filip Florio, CEO da Flowey, refere que o cliente profissional em Portugal já conhece a marca e tem uma boa opinião sobre a mesma. “O cliente profissional já conhece bem a marca, o cliente final não tanto. Porque o foco da Flowey sempre foi cumprir as necessidades do cliente profissional. Quando se fala da Flowey em Portugal, o cliente associa imediatamente a produtos de qualidade”. E adianta: “A Flowey também marca a diferença pela sua equipa e pelos parceiros com quem trabalha, porque a parte humana também faz a diferença na qualidade dos produtos e no prestígio da empresa. A parceria com a Vallux é muito importante por esse motivo. Em Portugal, o mercado é enorme e está em crescimento. Há 10 anos que os nossos produtos estão na Península Ibérica e neste momento estamos muito satisfeitos com os resultados. É um país com bastante mar, e o sal é algo que deteriora muito os veículos. Em 1997 começámos na área da lavagem a alta pressão, que era a novidade em Portugal, e hoje temos tuneis/box de lavagem também, para satisfazer todo o tipo de clientes”. Por sua vez, Pablo Juarez, Diretor Comercial da Flowey, acrescentou: “Quando um cliente experimenta a Flowey, dificilmente deixa de trabalhar com a marca. Portugal é um mercado de preço, mas quando o cliente experimenta e percebe a qualidade do produto, fica fidelizado”.
Notícias
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8 LTINTAS
Ltintas dinamizou Workshop´s com parceiros Dando seguimento à sua política de eventos, a Ltintas realizou na Costa da Caparica um conjunto de Workshop´s, juntamente com os seus parceiros, destinados aos seus clientes oficinais da área da chapa e pintura, que marcaram presença em número elevado
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É
frequente que duas a três vezes por ano a Ltintas reúna os seus clientes e parceiros, em eventos lúdicos ou de trabalho. Neste evento de trabalho, recém organizado, a empresa do Feijó contou com a presença de todos os seus principais parceiros de negócios, que distribuídos por diversas ilhas, foram juntamente com os responsáveis das oficinas apresentando os seus produtos, novidades e campanhas especificas deste evento. Do lado do parceiro de tintas, a Spies Hecker, João Calha desdobrou-se em constantes apresentações do sistema Phoenix, a gestão de cores 100% digital que esta marca da Axalta tem vindo a apostar forte nos últimos meses e que representa o futuro da gestão de cores dentro de uma moderna oficina de repintura. A Gravity Paint levou para este evento a sua representada de produtos para reparação Finixa. Neste workshop foram apresentadas algumas novas soluções de reparação de plásticos auto com produtos Finixa, onde se destaca a rapidez do processo e a qualidade dos acabamentos. A empresa mostrou também a representação Flex Tools, equipamentos de polimento e acabamento de veículos. Outro importante parceiro da LTintas é a Indasa. A empresa portuguesa de lixas,
trouxe para este evento diversas soluções, a começar pela Workstationpro, que mais não é do que uma estação completa com todas as ferramentas, equipamentos e acessórios necessários para uma unidade de repintura. Destaque ainda para a novidade, recentemente apresentada, a fita de mascarar TEM-RED. Também a 3M / Festool tinha que marcar presença neste evento, fruto da relação histórica que tem com a LTintas. Foram apresentados alguns dos mais recentes produtos da 3M, mas o destaque foi para o processo de reparação de chapa (que inclui diversos produtos e ferramentas), área onde a 3M tem vindo a investir. Para além destes parceiros, a Ltintas tinha em exposição e em promoção, uma alargada série de produtos (cavaletes, pistolas, spray´s, fitas, etc) para utilização nas oficinas de repintura. como uma demonstração de limpeza de faróis. Bruno Pereira, Diretor Geral da Ltintas, ressalvou a parceria que a empresa quer continuar a estabelecer com os cientes e fornecedores, reforçando o investimento feito pela empresa na assistência técnica ao nível da resolução de problemas, nas formações e demonstrações em ambiente de trabalho, nas ações de melhoria de processos e rentabilidade e ainda na certificação de pintores.
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NOTÍCIAS
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ZF dinamiza campanha de verão Sachs
Trustauto lança Call Center técnico para as oficinas
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endo como alvo as oficinas, já está a decorrer a campanha de verão para os amortecedores para veículos ligeiros da marca Sachs, promovida pela ZF Aftermarket em Portugal. A decorrer durante os meses de verão esta ação promocional destina-se às oficinas e premeia as suas compras com a oferta de um artigo desportivo. O funcionamento da campanha é simples, por cada quatro amortecedores Sachs para veículos ligeiros, adquiridos num distribuidor da marca, as oficinas ganham uma mochila desportiva muito leve e prática. Com o lançamento desta promoção, a ZF Aftermarket possibilita que as oficinas ofereçam, aos seus clientes finais, um artigo muito útil para atividades de ar livre, por cada quatro amortecedores
Sachs que instalem nos seus automóveis. Ao mesmo tempo, as oficinas contribuem de forma ativa para a revisão e substituição dos amortecedores e para a segurança de todos.
Lusilectra aposta no novo sistema ADAS Digital da Mahle
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Lusilectra iniciou a comercialização do sistema ADAS Digital da Mahle. A empresa nortenha apostou na representação da marca Mahle, tendo como foco o
seu inovador painel de calibração digital que, em conjunto com a ferramenta de diagnóstico TechPro, é a opção mais fácil e rápida de ajustar e calibrar os sistemas de assistência à condução. Ao contrário dos equipamentos já existentes no mercado, a Mahle apenas utiliza um painel de calibração digital, o que torna esta opção mais versátil e inovadora quando comparada com a concorrência, que necessitam de diferentes painéis em função dos diferentes veículos e dos diferentes sistemas ADAS. Relativamente à atualização do sistema e software destes produtos, estes serão continua e automaticamente atualizados, por forma a acompanhar todos os desenvolvimentos tecnológicos desta área e todos os novos modelos de veículos introduzidos no mercado.
De modo a poder dar resposta a uma crescente necessidade das oficinas clientes dos seus parceiros, o Grupo Trustauto acaba de lançar no mercado um Call Center técnico. Sempre na vanguarda da inovação e da tecnologia, de modo a dotar as oficinas com uma maior capacidade de resolução dos problemas com que se deparam tecnicamente no seu dia-a-dia, o Grupo Trustauto acaba de lançar um Call Center de assessoria técnica, destinado às mais de 300 oficinas já utilizadoras da plataforma E-commerce / webShop integrada com Haynes Pro. Segundo Ricardo Ribeiro, CEO do Grupo Trustauto este “Call Center garante uma série de vantagens na solução de problemas no decurso da gestão das reparações, ainda por cima sendo totalmente em português e com recurso a técnicos especializados na multimarca com acesso a informações diretamente do fabricante e diagnóstico guiado remotamente. Temos seguramente uma excelente ferramenta para as oficinas”.
Num minuto... A partir de dia 1 de julho, Héctor LópezBrea integrará a organização da ZF Aftermarket, como novo responsável da Unidade de Negócios IAM (Independent Aftermarket), para Espanha e Portugal, ficando baseado em Espanha.
Nascido em 1989, o filtro de habitáculo micronAir celebra este ano o seu 30º aniversário, um marco muito importante na indústria de componentes auto e da Freudenberg, à qual pertence a Corteco.
A Veneporte disponibiliza agora, no seu catálogo, a possibilidade de consultas por matrícula. A funcionar desde 2016, a plataforma B2B da Veneporte representa já uma parte importante do negócio da empresa.
Videos técnicos em português na febi
A febi aposta na produção de vídeos técnicos em Português, por forma a apoiar os seus clientes e a estreitar a relação com as oficinas. A marca tem já três vídeos técnicos em Português com informação detalhada e que são grandes ferramentas de trabalho para os profissionais do setor. Os vídeos técnicos da febi estão disponíveis no canal do YouTube da marca (https://www.youtube. com/user/ferdinandbilstein), sendo o primeiro sobre a substituição do kit do casquilho do braço oscilante para ford, mazda e volvo, o segundo refere-se à análise e substituição do apoio do motor e o terceiro está relacionado com a inspeção e substituição dos topos do amortecedor.
Auto Delta dinamiza a rede CGA Car Service A maior rede oficinal da Península Ibérica já está a ser impulsionada em Portugal pela Auto Delta, como se comprova com a primeira adesão. A Enhiper é uma oficina de reparação automóvel localizada em Antanhol (Coimbra) e é, a partir do dia 27 de junho de 2019, uma CGA Car Service, a primeira da rede a surgir pela mão da Auto Delta. Esta dinamização ocorre em conjunto com a Auto Aval, parceiro de longa data da Auto Delta, marcando assim da parte de ambas as empresas uma forte tomada de posição num mercado cada vez mais competitivo, cheio de desafios para serem ultrapassados. Segundo Manuel Pena, gestor da rede de oficinas da Auto Delta, este é “um projecto oficinal conjunto entre a Auto Delta e a CGA com um objetivo bastante claro: o de replicar em Portugal o que já se passa em Espanha, onde a CGA Car Service é claramente a maior e mais importante rede oficinal do mercado.” O mesmo responsável afirma ainda que “queremos desta forma cimentar a Auto Delta como principal fornecedora de soluções automóveis para todo o Aftermarket, desde o comércio de peças até à reparação das viaturas.”
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NOTÍCIAS
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Inovações no braço de suspensão Meyle-HD para Land Rover
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Meyle passou a ter disponibilizar o kit braço de suspensão MeyleHD, agora também para os modelos Land Rover. O novo Kit braço de suspensão Meyel-HD substitui logo três versões do braço original
Facom apresenta nova linha de mobiliário oficinal A Facom apresentou para o mercado oficinal o Roll Workshop System, uma linha de mobiliário para empresas de manutenção e reparação automóvel. O Roll Workshop System permite, segundo a Facom, otimizar o espaço oficinal, já que
dos modelos Range Rover IV e Range Rover Sport da Land Rover, sendo uma solução de serviço que facilita a realização de reparações, que, de outra forma, exigiriam muito trabalho: graças a uma rótula de suspensão ajustável e a uma indicação exata da posição, o novo braço de suspensão Meyle-HD pode ser usado para três configurações diferentes de curvatura das rodas, substituindo, assim, três peças originais distintas de uma só vez. Dessa forma, as oficinas não só poupam tempo na busca de artigos e na sua instalação, como também poupam espaço de armazenamento, logística e custos de transporte – em vez de seis referências, apenas é preciso ter em stock dois braços para as reparações nos modelos Range Rover IV e Range Rover Sport da Land Rover.
integra um conjunto de soluções modelares que permitem, não só, uma instalação fácil e rápida como ir desenvolvendo o mobiliário em função das necessidades. Com acabamentos de qualidade e 5 anos de garantia, o Roll Workshop System possui sete módulos pré-definidos, mas também um conjunto de acessórios adicionais (tampos, rampa de iluminação, estantes, painéis, alçadores, etc), que permitem construir o “móvel” essencial para cada espaço oficinal.
Metalcaucho efetua grande reforço na gama asiática
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Metalcaucho reforçou a sua gama de produtos de metal e borracha nas marcas asiáticas como Nissan, Toyota, Honda e Mitsubishi. Esta informa-
ção já consta do catálogo 2019, que agora tem mais de 1.000 novas referências em peças para veículos asiáticos. A decisão da Metalcaucho dedicar mais atenção a este segmento de mercado não é trivial, vem da consciência de que o parque europeu destas marcas asiáticas está crescendo a uma taxa exponencial e espera-se que continue a aumentar. No momento Metalcaucho tem 2.485 números de peças para veículos asiáticos, com destaque para os 113 suportes de motor.
Novidades Magneti Marelli em Sondas Lambda A Magneti Marelli apresentou os seus mais recentes desenvolvimentos na linha de sondas Lambda, com as quais continua a expandir sua oferta de componentes eletro-eletrónicos. A extensão da oferta de Sondas Lambda consiste em 62 referências que, juntamente com o resto da gama, compõem mais de 300 referências destinadas a cobrir todas as necessidades dos profissionais e dos automobilistas. As novidades visam cobrir vários fabricantes de automóveis, europeus e asiáticos e americanos, como o Grupo Volkswagen, BMW, Mercedes-Benz, PSA, FCA, Renault-Nissan, Toyota, Ford, Opel e Hyundai-Kia, entre muitos outros.
Delphi lança programa de bombas Common Rail remanufaturadas A Delphi Technologies amplia a sua oferta de serviço diesel com o lançamento do programa de bombas Common Rail remanufaturadas que abrange as aplicações mais habituais para ligeiros, furgões e camiões ligeiros, assim como viaturas offroad. Esta nova gama, garante que os distribuidores e oficinas possam oferecer aos seus clientes produtos e serviços de alta qualidade a preços competitivos. Em conjunto com as bombas novas originais e as reparações autorizadas, proporciona agora outra alternativa de serviço muito rentável num mercado que continua em crescimento.
Num minuto... A Loja de Alverca da Autopeças Cab está a celebrar o seu 1.º aniversário. O ano de 2018 ficou marcado pela abertura desta nova loja, sendo que se trata da 1.ª loja da empresa na margem norte do Tejo.
A KYB Europe Aftermarket anunciou mudanças na estrutura da administração de alto nível. Juan Carlos Diez passou a ser o novo Diretor de Vendas Europeu da KYB.
A Fersa acaba de inaugurar dois novos pontos de distribuição, por forma a melhorar os seus serviços na Rússia e no Cazaquistão.
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Pro4Matic distribui baterias Hyundai Solite Focados sempre nas novas tecnologias a Pro4Matic assinou um contrato de representação exclusiva em Portugal da marca de baterias Coreana Hyundai Solite. A Hyundai Solite coloca a máxima prioridade em valores sustentáveis considerando o meio ambiente e a sociedade simultaneamente, enquanto, ao mesmo tempo, procura a melhoria contínua de capacidades para o avanço de novas tecnologias. A Solite é uma bateria automóvel altamente confiável que satisfaz os amantes de carros em todo o mundo sob qualquer circunstância. O metal interno de cálcio livre de ferrugem, apresenta excelente resistência ao calor e forte imunidade contra a mudança drástica de temperatura. É um produto livre de manutenção que não necessita de recarga das soluções eletrolíticas.
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Motaquip apresenta plataforma eCAT
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Motaquip fortaleceu ainda mais a sua oferta de serviços aos clientes com o lançamento de seu novo sistema eCAT (www.motaquip. com), que mais não é do que uma plataforma de peças e dados técnicos que oferece referências cruzadas OE completas e concorrentes (em todas as marcas), construída sobre uma enorme base de dados, validada por uma classificação TecDoc ‘A’. Projetado para fornecer uma experiência ao cliente simples e flexível, o sistema funciona perfeitamente em dispositivos móveis, tablets e compu-
tadores. Fornecendo funcionalidade excepcional, os mecânicos têm acesso a várias opções de pesquisa em critérios como: número de peça, marca e modelo, bem como referência cruzada OE e concorrente. A solução “chave na mão” também exibe especificações técnicas, guias de compradores e imagens de produtos por número de peça. Além disso, a útil função “COMPARE” fornece ao usuário a capacidade de visualizar dados de peças especificados lado a lado com um simples clique num botão, para comparações fáceis e claras.
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NOTÍCIAS
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EBi lança conceito Eva Box
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EBI I&D desenvolveu a nova solução “Chave-na-mão” para reparadores independentes operarem de forma técnica e legalmente habilitada
no segmento das viaturas híbridas e elétricas (VE), a Eva Box. A Eva Box foi criada em Maio de 2019 para eliminar os problemas que a maioria das empresas do sector de reparação automóvel enfrenta ao tentar chegar a este segmento. Como tal, a solução Eva Box é composta por 4 pilares principais: Auditoria e Certificação, Formação, Imagem e Equipamentos. A EBI I&D não descurou todo o conjunto de equipamentos necessários para poder intervencionar VE e disponibiliza às Oficinas todo o conjunto obrigatório de equipamentos necessários para o cumprimento dos requisitos técnico-legais da atividade. Mais informação em www. mvber.pt/eva-box.
Japanparts Group apresentou o “New Range 2019”
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Japanparts Group pretende introduzir na gama novas linhas de produto e ampliar a gama europeia, graças também à abertura do novo armazém. O “New Range 2019” não pretende ilustrar simplesmente uma lista de produtos, mas um programa completo para o vendedor de peças de reposição e para a oficina, que possui 142 diferentes grupos de produtos que incluem todo tipo de peça de reposição, desde os componentes internos do motor, aos travões, desde às embraiagens às peças elétricas e às suspensões. As grandes novidades são a introdução na gama das novas molas pneumáticas, os amortecedores de controlo eletrónico, os novos kits completos de suspensões para automóveis europeus e a gama de amortecedores de mala elétricos, além dos filtros para transmissões automáticas, das molas helicoidais e dos suportes de amortecedor para todos os automóveis
em circulação. Novidades também para a expansão da gama europeia de travagem, para os kits de corrente que adquirem mais 200 novos códigos, para as cabeças com mais 160 códigos. Com essas iminentes ampliações da gama, o Japanparts Group vai aumentar a oferta de cerca 8.000 referências para cada uma das marcas: Japanparts, Ashika, Japko, igual a um aumento de 25% do atual portefólio de produtos, alcançando cerca de 42.000 referências.
Num minuto... A partir de 1 de julho de 2019, Joaquim Perera assumirá a responsabilidade comercial da Corteco Espanha e Portugal, substiuindo Enrique Naranjo, que assumirá funções de maior responsabilidade dentro do Grupo Freudenberg.
A UFI Filters acaba de inaugurar a sua 17.ª instalação industrial no mundo, a 6.ª na China, no Parque Industrial ItaloChinês Chongqing.
OPINIÃO A Reparação – Bem reparar e bem servir o cliente (V) A confirmação de que o incidente com que o cliente entrou está resolvido é fundamental antes da restituição do veículo ao cliente. Para que a reparação seja então eficaz é necessário que conheçamos, para além do que vimos no artigo anterior, que o trabalho corra sem interrupções. A “pega e larga” do trabalho que se está a realizar é o fator que mais contribui para uma reparação mal efetuada. Basta uma pequena interrupção para que ao retomar a reparação se deixe um parafuso mal apertado, a falta de uma peça, etc... O correto planeamento da oficina é fundamental para solucionar este problema, para além disso se não tivemos alternativa, devemos minimizar o risco utilizando um colaborador específico e com características para este tipo de intervenções. É, por isso, fundamental um controlo de qualidade (CQ) rigoroso, efetuado por colaborador habilitado, não só a nível técnico como a nível dos procedimentos a realizar pois sabemos como é fácil quando temos uma lista a verificar de colocar o “visto” de forma sistemática e sem realizar os controlos. A lista dos pontos a controlar deve ser criteriosa e deve ir da verificação documental à verificação técnica, finalizando com a confirmação de que o incidente com que entrou está resolvido, sendo efetuado um ensaio dinâmico se necessário. Este CQ deve ser guardado. Deve ser efetuado periodicamente uma auditoria aos CQ já realizados devendo o Responsável de Oficina efetuar aleatoriamente um CQ sobre um controlo já realizado. A análise periódica das estatísticas destes resultados é fundamental para a perenidade dos resultados de qualidade da oficina. PAULO QUARESMA GTAVA.PT
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SOLUÇÃO
A LIQUI MOLY, com apenas dois produtos, garante uma manutenção correta das capotas de lona/têxteis mantendo-as em bom estado e por muitos anos. Além da limpeza profunda, a impermeabilização afasta também gorduras e outras sujidades. O produto de Limpeza de Capotas (Ref. 1593) acaba com a sujidade mais comum como a que é produzida pela estrada, os restos de insetos, os excrementos das aves, fuligem ou outros efeitos meio-ambientais normais quando se anda na estrada. É adequado também para os materiais plásticos de policarbonato ou os vidros traseiros de PVC usados por alguns modelos. Os componentes anti estáticos garantem ainda a redução de atração das partículas de sujidade, formando uma película protetora. Vantagens >> Anti-estático e anti-sujidade >> Excelente poder de limpeza >> Dá nova vida às cores >> Compatível com plásticos, borrachas, vidro, pinturas e matérias têxteis >> Evita o desgaste prematuro O produto de Impregnação para Tecidos (Ref. 1594) oferece a proteção ideal contra a humidade e a água, garantindo uma impermeabilização eficaz da capota. Desta forma, o tecido não perde nem a permeabilidade ao ar nem a suavidade. A capota estará assim protegida contra a sujidade, as gorduras e outros impactos ambientais e mantém a sua vitalidade e beleza a longo prazo. Benefício adicional: o produto pode ser utilizado também em anoraks e tendas de campismo, garantindo o mesmo efeito. Vantagens >> Protege os tecidos da penetração de água >> Livre de silicone >> Excelente efeito repelente de água >> Impede a formação de manchas >> Efeito duradouro FICHAS TÉCNICAS E MODO DE UTILIZAÇÃO EM
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NOTÍCIAS
PROBLEMA
As capotas de lona requerem um cuidado permanente devido à exposição a todos os agentes climatéricos. Tanto a estética como o funcionamento podem ficar em causa com uma má manutenção.
Dica Ambiental by
Eco‑Partner Como posso racionalizar os custos necessários para cumprir as obrigações decorrentes do Regime da Responsabilidade Ambiental? O regime da responsabilidade ambiental tem como objetivo assegurar que os danos causados ao ambiente por um produtor de resíduos são devidamente reparados, tendo como base o princípio da responsabilização, consagrado na Lei da Bases do Ambiente. NOTA: A (quase) totalidade das oficinas automóveis estão abrangidas uma vez que, basta que armazenem óleo para estarem. As oficinas devem: 1 - Verificar se estão abrangidas. Estão abrangidas caso se verifique pelo menos 1 das condições: a) armazenem produtos perigosos, incluindo resíduos, b) descarreguem águas em linha de água ou sistema de drenagem, com ou sem passagem por separador,
Recambios Frain comercializa produtos Amalie
c) procedam à descarga de emissões gasosas provenientes de cabines de pintura ou d) recorram à captação de águas utilizando bombas com potência > a 5CV 2 – Proceder à Análise de Risco para cálculo de garantia financeira: 1. Efetuar a caracterização da atividade ocupacional; 2. Identificar o estado inicial; 3. Identificar e analisar os cenários de risco previsíveis; 4. Avaliar os danos ambientais associados aos cenários de risco previsíveis; 5. Definir as medidas para a prevenção e a reparação dos danos ambientais; 6. Determinar os custos das medidas de prevenção e a reparação dos danos ambientais. 3 - Constituir uma Garantia Financeira: Alternativas ou complementares entre si, obedecendo ao princípio da exclusividade, não podendo ser desviadas para outro fim nem objeto de qualquer oneração, total ou parcial, originária ou superveniente. (apólices de seguro; garantias bancárias; fundos ambientais; fundos próprios reservados para o efeito). Eco-Partner, SA a Sua parceira no Ambiente
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Recambios Frain, empresa espanhola que recentemente se estabeleceu na Maia, chegou a um acordo com a empresa Amalie Petroquímica S.A. para a distribuição da marca Amalie no noroeste da Península Ibérica (inclui norte de Portugal). Este novo acordo reforça a posição de ambas as empresas, sendo que a Amalie encontra um parceiro com capacidade para a distribuição dos seus produtos em todos os níveis, e a Recambios Frain desfruta das condições de um óleo premium, em sua área de atuação.
Num minuto... A empresa Genérico Auto ofereceu um monitor multiparâmetros aos Bombeiros Voluntários de Abrantes. O equipamento foi entregue à corporação no passado dia 14 de junho, após uma campanha dinamizada junto dos seus clientes.
A Alecarpeças anunciou o reforço da sua gama de produtos com a chegada dos produtos de ignição da Champion e das soluções anti-vibração e de selagem da Corteco.
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2.º “À CONVERSA COM AS OFICINAS” Desta vez na zona Norte do país, o “À Conversa com as Oficinas” voltou a juntar responsáveis de várias oficinas, para perceber os desafios que enfrentam na sua atividade ENTREVISTA PAULO HOMEM E NÁDIA CONCEIÇÃO
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2.ª edição do “À Conversa com as Oficinas” decorreu na Maia, onde a Revista PÓS-VENDA esteve com a Turbo Peças e oito responsáveis oficinais, que deram a conhecer as principais preocupações e motivações do mercado de reparação independente do Norte do país. Foram abordados diversos temas relacionados com a atividade do dia-a-dia, entre eles o acesso à formação e à informação técnica, a economia paralela, a fidelização de clientes, a relação com os fornecedores ou a reparação de veículos com novas motorizações. DIFICULDADES A elevada carga fiscal, assim como “o trabalho não registado, a concorrência desleal, que não paga impostos e assim consegue oferecer serviços muito baratos, principalmente na parte da mecânica”, foram as principais complicações indicadas por Luís Ribeiro, da Auto Racing, na sua atividade. “Outro problema é a forma como os clientes olham para o aftermarket e para o nosso trabalho. Ainda há alguma desconfiança em relação às oficinas inde-
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2.º “À Conversa com as Oficinas” Parceiro TURBO PEÇAS
Oficinas AUTO MIGUEL LEÃO & FILHOS CAFIL AUTO UNIPESSOAL
AUTO RACING CARLINDO OFIMAIA PEDRO MANUEL DE OLIVEIRA CARVALHO SUSANA E MAIA TBR
Patrocinadores FEBI, SWAG, BLUE PRINT, GRUPO TRUST AUTO, VALVOLINE, BERU, YUASA
pendentes”. Hélder Monteiro, da TBR, refere a questão ambiental, pela carga fiscal associada: “a preocupação ambiental começou a ser incutida há muitos anos e temos de aplicar tudo aquilo que nos exigem. É uma carga pesada, mas temos de nos adaptar e ter em atenção toda esta componente ambiental”. Carlos Faria, da Carlindo, refere também a carga fiscal e a falta de meios de alguns clientes para pagarem as reparações. “Na parte da mecânica, nota-se que os clientes atualmente não têm grande capacidade para pagar as reparações mais dispendiosas, porque muitas vezes optam por adquirir veículos de gamas mais altas, cuja manutenção é mais cara”. Susana Maia, da Susana & Maia, segue esta linha de pensamento: “as dificuldades são as mesmas para todos. A falta de dinheiro do consumidor final existe, assustam-se com o orçamento inicial, e aí optam por peças usadas, mas querem o mesmo tempo de garantia. E isto acontece pela falta de capacidade financeira que hoje existe da parte do cliente”. Inês Leão, da Auto Miguel Leão & Filhos, adianta também: “o cliente muitas vezes compra um carro e não tem noção daquilo
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que está associado à manutenção. Pede orçamento para todo o tipo de serviços e em vários locais, e depois faz a seleção”. Luís Ribeiro indica também o problema crescente da contrafação. “É algo já muito frequente em Portugal. As peças chegam com a imagem de marcas conceituadas, mas são falsificações. Depois a peça não dura, e o cliente regressa rapidamente à oficina com problemas”. Pedro Carvalho, da Pedro Manuel de Oliveira Carvalho, indica que a pesquisa na Internet dos valores das peças por parte dos clientes é algo que dificulta a orçamentação na sua oficina. E Luís Ribeiro acrescenta: “O cliente compra pela Internet, mas aí não tem garantia sobre as peças. E o que depois acontece é que ficamos com os carros parados muito tempo, até se fazer a troca, em caso de problemas”. Outra questão, indicada por Pedro Martins, da Ofimaia, é a dificuldade cada vez maior das oficinas em encontrarem profissionais qualificados. Inês Leão também indica a falta de pessoal qualificado: “é muito difícil encontrar profissionais hoje em dia. Recorremos aos centros de formação técnica, colocamos anúncios, mas é muito complicado encontrar os profissionais adequados”.
REPARAÇÕES Hélder Monteiro indica que as reparações estão, atualmente, dentro dos mesmos valores da última década, mas que a grande diferença está “no acesso do cliente às peças de reposição vindas da Internet, de outros países, e cujos preços não conseguimos praticar. E, nesses casos, não temos lucro com as peças. E coloca-se o problema da garantia, porque, se quisermos prestar um serviço de qualidade, e se o cliente traz a peça, não podemos dar garantia. Nestes casos, o preço de mão-de-obra que praticamos é diferente”. A oficina de Susana Maia funciona da mesma forma: “o cliente tem o acesso muto facilitado às peças nas plataformas B2C. Para termos rentabilidade, por vezes temos de nos sujeitar a aceitar que o cliente traga as peças, valendo-nos do preço da mão-de-obra”. Hélder Monteiro indica ainda: “Há uns anos a cadeia estava mais bem definida, mas, hoje em dia, há oficinas a trabalhar diretamente com o importador”. ORÇAMENTOS O orçamento serve como uma segurança para estas oficinas, para que o cliente se prepare, de antemão, para o valor da re-
paração. “No caso de um cliente que está fidelizado à nossa oficina, já sabe como trabalhamos, e explicamos da forma mais clara possível, para que perceba porque é que o valor é aquele e que a garantia é que o serviço irá ficar bem feito. Mas normalmente o cliente já está preparado, por ter sido feito orçamento”, explica Hélder Monteiro. Susana Maia indica, por seu turno, que muitos dos clientes que chegam à sua oficina já com uma ideia aproximada do valor da reparação. “É preciso mostrarmos como funciona, mostrar as peças, etc. Normalmente trabalhamos com orçamentos, porque são uma ferramenta importante para que o cliente tenha logo uma noção do valor da reparação”. E Carlos Faria conclui: “o orçamento defende a oficina”. Pedro Martins e Pedro Carvalho também apresentam sempre orçamentos. “Apresento apenas um orçamento, com o valor total, não discriminado, explica Pedro Carvalho. FORMAÇÃO TÉCNICA A Turbo Peças é um dos principais locais onde estes responsáveis e as suas equipas realizam ações de formação. “A melhor formação é também a experiência do
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Carlos Faria CARLINDO
Hélder Monteiro
dia-a-dia. As últimas formações que realizámos foram relativas a embraiagens e distribuição”, indica Paulo Renato, da Cafil Auto. Pedro Carvalho, para além da formação disponibilizada pela Turbo Peças, utiliza também as linhas de apoio. A Ofimaia recorre à Autodata e também à formação dada pelos fornecedores. A Auto Miguel Leão e Filhos, de Inês Leão, recorre à Turbo Peças e à ANECRA. “As últimas formações às quais assistimos foram relativas a ar condicionado e filtros de partículas”. Susana Maia indica que duas a três vezes por ano os seus funcionários realizam formação com a Bosch e com a Turbo Peças. “A maioria dos temas que procuramos são relacionados com injeção diesel, mas também mecânica geral”. Para além da Turbo Peças, a TBR de Hélder Monteiro recorre também a plataformas online. Mas o responsável lembra os custos de acesso às plataformas para formação contínua como sendo um dos entraves para que as oficinas realizem formações
TBR
Inês Leão
AUTO MIGUEL LEÃO & FILHOS
de uma forma mais regular. “Os temas que procuramos são mais específicos, como operamos essencialmente na área do todo-o-terreno, procuramos temas mais relacionados com este segmento”. RELAÇÃO COM O FORNECEDOR A maioria dos participantes utiliza o telefone como principal forma de contactar com os fornecedores. “O telefone é mais rápido, não temos muito tempo para estar ao computador”, explica Luís Ribeiro. Paulo Renato e Susana Maia também se dirigem ao balcão pessoalmente, principalmente pela proximidade da sua oficina com o fornecedor. Inês Leão, para além do telefone, utiliza também o fax e o email. “Trabalhamos assim há muitos anos, e corre muito bem desta forma”. Em relação às plataformas B2B, estes responsáveis praticamente ainda não as utilizam. “Utilizamos mais para referenciar, não para comprar peças. Tenho acesso às plataformas que nos dão as referências, mas para preços
Luís Ribeiro AUTO RACING
continuamos a trabalhar com o fornecedor”, refere Hélder Monteiro. Por sua vez, Luís Ribeiro indica “temos muita concorrência mais cara que a origem e por isso é preciso ter muito cuidado com os preços nas plataformas”. HÍBRIDOS E ELÉTRICOS Para já, os participantes não se mostram apreensivos com as novas motorizações e a sua influência no futuro da reparação automóvel. “Para já não nos preocupa, temos muitos anos ainda”, explica Luís Ribeiro. E Paulo Renato acrescenta: “Não temos ainda motivo de preocupação. É obvio que eventualmente teremos de entrar nesse mercado, mas para já ainda não”. Para Pedro Carvalho, esta também ainda não é uma preocupação. “Até porque os veículos elétricos e híbridos também têm parte mecânica, não é só parte elétrica”. Inês Leão é da opinião que este será o futuro, mas apenas “daqui a 10 ou 20 anos”. À oficina de Susana Maia ainda não chegou nenhum veículo
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Pedro Carvalho
PEDRO MANUEL DE OLIVEIRA CARVALHO
Paulo Renato CAFIL AUTO
Pedro Martins OFIMAIA
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Susana Maia
SUSANA & MAIA
Como vê o futuro da sua atividade? Luís Ribeiro AUTO RACING
“Neste momento, o aumento das redes oficinais não nos preocupa. Não tenho sucessão, quem vem depois de nós já não quer aprender a nossa atividade”.
Carlos Faria CARLINDO
“Não nos falta serviço. Mas temos a preocupação das companhias de seguros. Porque não podemos competir em alguns aspetos, como os veículos de substituição. E as seguradoras acabam por tentar sempre levar os clientes às oficinas com as quais têm parcerias”.
Paulo Renato
com este tipo de motorizações, “e, para já, não é algo que nos preocupe”. Hélder Monteiro segue a mesma opinião: “não nos preocupa, estes veículos continuam a ter a vertente mecânica e, havendo formação para isso, é algo em que temos de apostar. Diria que num futuro próximo vão continuar a aparecer. Mas a mão-de-obra mecânica e o conhecimento serão sempre importantes e temos de estar atentos e adaptar-nos”. STOCK Para a TBR, “é difícil fazer stock. Só é viável, por exemplo, se trabalharmos com frotas, que nos garantam o escoamento dos produtos. Porque o cliente já não é fiel à oficina e já não temos o escoamento garantido. No óleo sim, temos stock”, explica Hélder Monteiro. Susana Maia refere que, com a lógica de distribuição atual, com muitas entregas por dia, a sua oficina resolveu reduzir o stock. “Mas ainda temos bastante. Porque há coisas de baixo preço, que não
CAFIL AUTO
Inês Leão
“Temos de nos adaptar ao que vai surgindo, em relação à concorrência. Se trabalharmos com profissionalismo, corre tudo bem. Estamos preparados para o que aí vem. Ao longo dos anos nunca houve nada que nos preocupasse e também não será agora”.
AUTO MIGUEL LEÃO & FILHOS
“Temos de ir lidando com os problemas que vão surgindo. Um dos problemas é a falta de mão-de-obra. Há sempre serviço, mas faltam profissionais”. Susana Maia SUSANA & MAIA
Pedro Carvalho PEDRO MANUEL DE OLIVEIRA CARVALHO
“Cada vez tenho mais clientes, trabalho não falta e não nos preocupa o que aí vem. Há trabalho para todos”.
“As redes oficinais não nos preocupam. Fazem serviços muito simples, não fazem reparações maiores, que nós fazemos. Por muito boa vontade que tenhamos, não fazemos nada se não tivermos pessoal qualificado para trabalhar”.
Pedro Martins OFIMAIA
Hélder Monteiro
“A única preocupação que temos é em relação às companhias de seguros, a forma como se estão a organizar, porque somos especialistas em colisão”.
TBR
“Temos de nos tentar destacar pela positiva, das oficinas em rede, que apenas fazem pequenos serviços. Poucos fazem o que a TBR faz, e é aí que tentamos diferenciar-nos”.
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compensa estarmos a pedir várias vezes”. Inês Leão faz stock de material de grande rotação, como filtros, escovas e óleos, e têm material armazenado para os clientes de frotas. Com uma oficina especializada em colisão, Carlos Faria também não faz muito stock: “o cliente já não é fiel como era antes. E, por isso, temos apenas o indispensável”. Pedro Martins também não sente necessidade de fazer stock, devido à rapidez de entrega da casa de peças. “Trabalham muito rápido. Se tivermos urgência, chegam a entregar-nos cinco vezes por dia”.
nas oficinas independentes de pequena dimensão, esta é uma estratégia que não resulta. Mas Pedro Carvalho aposta, na sua oficina, em fazer pequenas atenções ao cliente, com pequenas ofertas nas reparações. Na Ofimaia, Pedro Martins tenta “trabalhar o melhor possível. Temos cerca de 90% dos clientes fidelizados, porque apostamos muito na qualidade do serviço”. Na oficina de Susana Maia, uma das formas de fidelizar o cliente é, por exemplo, levar os veículos à inspeção. “E tentamos sempre trabalhar da melhor forma, com honestidade, isso é essencial”.
FIDELIZAÇÃO A fidelização dos clientes não é também grande preocupação destas oficinas, que, para manter os seus clientes, apostam principalmente na qualidade do serviço que prestam. “Tentamos ser o mais corretos possível. Temos cerca de 80% de clientes fidelizados”, explica Paulo Renato. Em relação a ações de promoção ou descontos, Luís Ribeiro é da opinião que,
REDES OFICINAIS Para além da oficina Susana e Maia, que é um módulo Bosch, as restantes não ponderam, pelo menos no curto prazo, aderir a redes oficinais. A principal vantagem, segundo Susana Maia, é o acesso a ações de formação. Luís Ribeiro quer manter-se independente: “Já tive uma proposta. Mas não estou interessado, está fora de hipótese”. A Ofimaia tam-
bém não pondera associar-se a uma rede. “Pretendemos manter-nos independentes. Só entramos numa rede se formos mesmo forçados, pela força das circunstâncias”. Inês Leão lembra que a sua oficina tem 30 anos e clientes de longa data “e, por isso, não sentimos essa necessidade. O nome da oficina já funciona como um cartão de visita”. Hélder Monteiro é da opinião que, ao aderir a uma rede, se perde a identidade da oficina. “Mas tudo depende das condições, do que é oferecido e exigido. Mas, para já, não é opção”. FORNECEDORES As oficinas participantes são flexíveis no que se refere à receção aos fornecedores. E são fiéis em relação aos parceiros com quem trabalham. A oficina de Pedro Martins recebe os fornecedores “a qualquer hora. Mas enquanto estivermos bem servidos, não iremos mudar de fornecedores”. Susana Maia e Carlos Faria afirmam que recebem sempre, e a qualquer hora, os fornecedores.
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Um nicho de mercado em crescimento A ReMaTec cresceu e trouxe este ano mais workshops, conferências e novidades para o mercado dos reconstruídos
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TEXTO NÁDIA CONCEIÇÃO
10.ª edição da ReMaTec apresentou, em Amesterdão, muitas novidades em soluções e tecnologias, dedicadas a um mercado tão específico como é o da reconstrução de peças. Com cerca de 300 expositores – produtores e distribuidores de produtos reconstruídos ou de peças para reconstrução –, oriundos de 32 países e com visitantes de todo o mundo, a ReMaTec teve um crescimento substancial em relação à edição anterior. Sendo este um mercado altamente especializado, todos os maiores players do setor estiveram presentes nesta edição do evento, que se mostrou cada vez mais virado para as novas tecnologias, entre elas a hibridização e eletrificação dos veículos e respetivos componentes. A sustentabilidade e a eco-
nomia circular foram também outro do foco das empresas presentes e das várias conferências e workshops que tiveram lugar e nas quais marcaram presença algumas empresas portuguesas que também se dedicam a esta crescente área de negócio. O InnovationLAB e o ReMaTec Theater – onde decorream as palestras da MAHLE, Volvo e PwC Autofacts. o InnovationLAB - foram locais com grande adesão por parte dos visitantes, que procuravam conhecer todas as tendências desta indústria, em sessões com muita interatividade. Os visitantes puderam também assistir às sessões Keynote e Expert – nas quais puderam intervir e dialogar de forma mais próxima com os oradores –, e a demonstrações ao vivo sobre Realidade Aumentada.
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de reconstrução. A Exedy faz a comercialização destes produtos a empresas que se dedicam à reconstrução.
TRANSTEC
A TRANStec, marca do Grupo Freudenberg, do qual a Corteco também faz parte, esteve presente no salão, onde apresentou a sua mais recente gama de produtos, entre eles componentes de transmissão, sistemas de direção hidráulica e EPS, assim como peças para veículos pesados.
AUTOMATIC CHOICE KNORR-BREMSE
As pinças de travão EconX, destinadas à reparação de autocarros, camiões e semireboques mais antigos, foram o destaque no stand da Knorr-Bremse. Alguns componentes das peças EconX são retirados de peças originais já utilizadas noutros veículos, com os quais a marca garante uma alta taxa de fiabilidade, menor tempo de paragem e preocupação com a sustentabilidade, com uma solução que procura aliar qualidade e preço.
A presença neste salão teve como principal objetivo para a Automatic Choice o contacto com atuais e potenciais clientes, com a apresentação da empresa e respetivos serviços aos visitantes. A Automatic Choice é especialista na venda de componentes para operadores que fazem reconstrução de peças – aos quais fornece também apoio técnico –, entre componentes para transmissões automáticas, peças de transmissão, diferenciais e ferramentas oficinais.
AS-PL
A empresa pretende, cada vez mais, realizar processos de reconstrução mais eficientes e ecológicos. A sua presença serviu também para lembrar aos visitantes e clientes que, no processo de remanufactura, a empresa utiliza componentes utilizados no produto original, tendo apresentado ainda, durante a feira, o novo alternador reconstruído A3299.
EXEDY
Especialista em transmissões automáticas, a marca divulgou, durante o salão, material de fricção utilizado no processo
VALEO BOSCH
Com 50 anos de experiência na reconstrução de peças, a Bosch apresentou uma nova coluna de direção reconstruída, para além dos restantes produtos que comercializa para este setor: sistemas de injeção diesel, gestão de motor e pinças de travão. Sob o programa Bosch eXchange, dedicado a este nicho de mercado, a marca garante aos clientes a mesma garantia, qualidade e know-how das restantes peças Bosch. O programa inclui também equipamento de diagnóstico e formação, para facilitar aos clientes todo o processo: diagnóstico, instalação e remoção das peças.
A reconstrução é um dos pilares mais importantes do negócio da Valeo, tanto para veículos ligeiros como pesados. A empresa apresentou a gama atualizada do serviço eCorps e, pela primeira vez no seu stand, a gama de pinças de travão reconstruídas. O aumento da gama de produtos teve também a introdução do motor de arranque-alternador i-StARS e DMF, para além de outros produtos, tais como os compressores AC.
ZF AFTERMARKET
A ZF destacou, no seu stand, a história de sucesso da reconstrução no Grupo ZF, assim como as vantagens desta na proteção do ambiente e conservação dos recursos. A gama de componentes da ZF inclui travões, transmissões, sistemas de direção e conversores de binário,
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que é reconstruída com a qualidade de equipamento original.
40 anos de atividade, a empresa produz também componentes reconstruídos para autocarros.
BREVES Borg Automotive A empresa esteve presente para divulgar a reconstrução de motores de arranque, alternadores, compressores AC, colunas de direção, direção hidráulica e bombas, que comercializa em toda a Europa.
TURBOCLINIC
A Turboclinic teve como destaque o oil tester, para testar turbos sem ter de os remover do veículo, assim como o TC Workbench, um equipamento que integra tudo o que é preciso para reparar um turbo, para ligeiros e pesados.
DAG
A DAG, que opera em Portugal através da Bombóleo e da MF Pinto, dedica-se à reconstrução e produção de bombas de injeção diesel para veículos ligeiros e pesados. Com uma gama com 30 famílias de produto, entre estes os mais recentes injetores common rail, produzidos em Itália, a empresa divulgou também as soluções personalizadas de produto e apoio técnico que disponibiliza aos seus clientes.
Pos Service Holland A holandesa PSH tem como parceiro em Portugal a Manuel Lopes Martins, e foca-se maioritariamente na venda de motores de arranque, alternadores e equipamentos de teste.
ERA
Remy A divulgação da gama de produtos de travagem, nomeadamente as pastilhas, discos e pinças de travão reconstruídos, foram o grande destaque da Remy. As pinças de travão foram a grande novidade, com as quais a empresa garante um preço mais baixo em relação às peças OEM, mantendo as mesmas especificações e requisitos de qualidade e segurança.
JP AUTOMATIC TRANSMISSIONS
Inter-Turbo A Inter-Turbo é uma empresa polaca que não opera ainda em Portugal, mas este é um mercado no qual pretende entrar, para expandir o seu negócio: a reparação e venda de turbos, injetores e bombas, para além da limpeza de DPF.
A reconstrução é uma das áreas de negócio da ERA, que fornece esta indústria com a venda de componentes para a reconstrução de motores de arranque e alternadores, assim como a venda de produos remanufaturados da MESSMER.
Esta empresa, dedicada ao fornecimento de componentes para caixas de velocidades automáticas maioritariamente no negócio B2B, realiza o seu negócio no Reino Unido e faz também exportação para oficinas na Europa. Com mais de
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Com fábricas na china, a empresa tem armazém e distribuição na Europa e é especialista em componentes para empresas que realizam reconstrução, nomeadamente sensores, peças para alternadores e eletrónicas, da marca TRANSPO, para veículos ligeiros, pesados e empilhadores. Os alternadores, motores de arranque, componentes eletrónicos, para-brisas, elevadores de vidros, bobinas e cabos
DTS A empresa, pertencente ao Grupo MF Pinto, comercializa turbos recondicionados, produzidos em
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de ignição, sensores e componentes de gestão de motor, são outros dos produtos que divulgou neste salão.
TURBO TECHNICS Espanha, assim como motores de arranque e alternadores. A presença na feira teve como objetivo encontrar parceiros para distribuição dos produtos a nível europeu. ACI Avesa A empresa, especialista em turbos, componentes de injeção diesel e gasolina, esteve presente para apresentar a gama de produtos que comercializa. Prestolite Electric Produtores de equipamento original, motores de arranque e alternadores reconstruídos, a empresa produz e distribui também equipamentos elétricos auxiliares para camiões e autocarros, entre outras áreas de negócio, há mais de 100 anos. Belgium Truck Technology A BTT esteve presente para divulgar a aposta na qualidade na produção de pinças de travão e válvulas de airbag para pesados. A empresa pretende encontrar novos clientes e representantes em Portugal, onde já trabalha com a Motorbus. CIMAT A apresentou os equipamentos para balancear turbos, destinadas a veículos ligeiros e pesados. ZEMA Esta empresa alemã realiza serviços de consultoria e formação no setor da tecnologia para as empresas da área automóvel, e esteve presente no evento para a divulgação destes serviços.
BORG WARNER
Com um vasto portfolio em turbos reconstruídos, gama na qual apresentou novidades, a Borg Warner apresentou uma nova gama de produto: as EGR. No evento, a empresa pretendeu também divulgar a preocupação com a sustentabilidade na produção destes componentes, assim como a relação qualidade/preço dos produtos que disponibiliza. PUBLICIDADE
Especialista em equipamentos e remanufatura de turbos, a Turbo Technics apresentou e nova máquina de equilíbrio de turbocompressores – a VSR4 Gen 2, adequada para veículos ligeiros e comerciais ligeiros, indicando algumas das vantagens desta em relação ao modelo anterior: maior variedade de tamanhos de core, ciclo de teste automático com opção manual, controlo da pressão do óleo, software e sistemas de medição personalizados, sensor de velocidade
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magnético e sensor de velocidade melhorado.
empresa dá dois anos de garantia, para além de serviços de assistência técnica, formação e apoio telefónico, fazendo a distribuição dos produtos para toda a União Europeia num prazo de 24 horas.
VITOBELLO RICAMBI TRANSMISSION PRODUCTS EUROPE
A TPE foca-se na venda, para toda a Europa e a partir do armazém na Holanda, de componentes para transmissões automáticas e manuais, direção hidráulica e unidades de controlo de gestão do motor (ECU), transmissões automáticas e manuais, kits de reparação para ECU, e também os conversores de torque, construídos pela empresa CRV.
PREMIER COMPONENTS
Focados na economia circular, a Premier Components compra e vende peças usadas para veículos ligeiros e pesados: turbos, motores, caixas de velocidades, motores de arranque e alternadores, bancos e bombas de direção, bombas de combustível, EGR, compressores AC, pinças de travão e produtos para pesados.
A empresa, com 46 anos de existência, produz e distribui peças de motores, transmissões e componentes para veículos ligeiros e comerciais ligeiros. Com um armazém de 10 mil m2 com mais de 20 mil itens em stock, a empresa tem como clientes os reconstrutores de motores e grupos de compra, entrando nas plataformas de distribuição e colaborando com grandes empresas de frotas e seguros. A gama de produtos inclui comandos de válvulas, balancins, elevadores, virabrequins, bielas, parafusos, blocos de motor, bombas de óleo ou motores completos.
LIZARTE
Com a Autozitânia e Create Business como representantes em Portugal, a Lizarte tem como principal atividade a reconstrução e venda de produtos reconstruídos. Durante a ReMaTec, a Lizarte expôs a nova gama de EPS e EHPS, direção assistida eletrónica e bombas de direção eletrónica, sendo que também comercializa compressores de ar condicionado, injetores e bombas diesel.
TURBO MOTOR
A Turbo Motor esteve presente para divulgar as cerca de 3 mil referências de turbos reconstruídos que comercializa, assim como para anunciar aos visitantes a amplitude da gama e qualidade destes produtos, que têm componentes originais na sua produção e para os quais a
TECHNODIESEL MURCIA
ULTRATECNO
Presente em 45 países, a UltraTecno é especialista em equipamentos de limpeza para o setor de veículos ligeiros e pesados. A presença no salão serviu para a divulgação dos benefícios dos equipamentos que comercializa. Para o setor dos reconstruídos, a empresa foca-se nos equipamentos de limpeza para bombas, sistemas de travagem, peças de motor e turbos.
A empresa espanhola marcou presença no salão, onde divulgou os serviços de reconstrução de injetores e bombas de gasóleo. A TDM também comercializa componentes para reconstrução de peças. No salão, apresentou ainda a máquina de limpar filtros de partículas Clean & regeneraion DPF, que permite limpar todos os tipos de filtro de partículas de ligeiros, autocarros e camiões, assim como catalisadores de pesados, e faz também a limpeza de intercoolers e radiadores.
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Prémios “Remanufacturer of the Year”
Este prémio, que reconhece as empresas que atingiram a maior excelência técnica, compromisso com a qualidade, impacto na indústria e atendimento ao cliente, reconheceu, este ano, a Knorr-Bremse (Best Reman Process Optimisation), a CRP Industries (Best Reman Business Innovation) e a FJW Consulting, (Best Reman Ambassador Fernand Weiland).
Conferências Mahle – “Dual strategy for powertrain development of internal combustion engine and e-mobility” Durante a ReMaTec, Christoph Dutschke, Technical Coordinator of Trainings da Mahle Aftermarket, levou o público pela visão da Mahle sobre o futuro dos sistemas de transmissão, com motores de combustão e novas motorizações – veículos híbridos, elétricos a bateria e a célula de combustível. Com uma oficina com formação disponível para na prevenção de danos ao motor durante
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a manutenção, serviço e instalação, a Mahle convidou especialistas e técnicos a participar, para saberem mais sobre prevenção de danos no motor. A oficina incluiu a avaliação de danos nos componentes e peças do motor de combustão, causas comuns de falhas e danos, opções e medições diagnósticas, prevenção de falhas durante a manutenção, serviço e instalação. Melett – “Turbocharger Aftermarket – What does the future hold for Reman?” Darren Johnson, Sales Manager na Melett, falou sobre as oportunidades do mercado de reconstrução de turbos e sobre os desafios com que este mercado se depara. Indicou que, com cada vez mais produtos disponíveis no aftermarket, o nível de investimento necessário para produzir uma gama de produtos torna-se proibitiva. Como consequência, as oportunidades para a reconstrução aumentam. Com este aumento, a Melett, através da iniciativa “What´s in Your Turbo?”, encoraja o mercado a estar atento à qualidade das peças e a ver para além do preço e da aparência.
Volvo – “Remanufacturing from an OEM perspective: the Volvo Approach” Dick Cruslock, Strategy and Programme Manager, Global Customer Service da Volvo, deu uma palestra sobre o programa de reconstrução da Volvo, que restaura as peças substituídas de acordo com suas especificações originais. O discurso de Cruslock atraiu muitos participantes e muitas intervenções durante o momento de perguntas e respostas. PwC Autofacts – “5 Trends Transforming the Automotive Industry” Christoph Stürmer, Global Lead Analyst na PwC Autofacts, deu uma palestra sobre os novos tipos de mobilidade e a necessidade da transformação da mobilidade e regulamentos baseados na dinâmica demográfica e na urbanização. Sturmer adiantou que “a oportunidade da indústria de reconstrução será a de não só reparar peças, mas também substituir e recondicionar peças que estão desatualizadas ou precisam de alterações técnicas”.
Mercado
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De olhos postos no futuro A 2.ª Convenção Pador Auto Service procurou mostrar aos parceiros de que forma a Rodapeças e a Pador Auto Service se estão a preparar para o futuro do pós-venda automóvel TEXTO NÁDIA CONCEIÇÃO
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o passado mês de junho, na Figueira da Foz, teve lugar a 2.ª Convenção Pador Auto Service. Sob o tema “O Futuro Será Épico”, os responsáveis da Rodapeças e da Pador Auto Service convidaram os parceiros a assistir a algumas apresentações, onde se debateram as principais tendências do setor automóvel, que passam pela transformação digital e a consequente necessidade de adequação das oficinas e profissionais, a relação com o cliente e a gestão ambiental das oficinas. Dário Afonso, da ACM, lembrou a alteração da imagem da Rodapeças: “A mudança de imagem corporativa, influenciada pela visão da empresa no que diz respeito à
distribuição de peças, fez sentido perante tudo o que está a acontecer no mercado e tendo em conta toda a transformação e mudanças na empresa”. Dário Afonso falou também sobre as tendências atuais e futuras do setor automóvel. “O mundo está a mudar rapidamente. A preocupação com o meio ambiente e com o consumo sustentado irão influenciar as tendências de mobilidade e gerar uma mudança de comportamentos. As cidades estão a ser transformadas para se melhorar a mobilidade e sustentabilidade. Estas políticas trazem novas oportunidades e soluções, mas também desafios para servir clientes da área do pós-venda, tais como a eletrificação e a colocação das oficinas nas perife-
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rias. Iremos ter, por exemplo, fabricantes de automóveis a vender peças reutilizáveis. A posse da viatura está a ser substituída pela utilização da viatura, o car as a service”. E indicou que a digitalização acompanha todas estas tendências: “Cada vez mais, o consumidor final toma decisões e faz compras através de dispositivos móveis”. Manuel Vicente, gerente da Rodapeças, indicou que “a convenção foi preparada para que os nossos parceiros Pador Auto Service testemunhem o que está a acontecer no mundo automóvel e que fiquem a conhecer as soluções de negócio que a Pador tem vindo a desenvolver para os apoiar”. Em seguida, Sérgio Nunes, gestor da Pador Auto Service, fez o balanço de 2018 e do ano corrente, indicando de que forma os 51 parceiros que a rede tem atualmente podem usufruir do programa de formação, assim como dos vários serviços disponíveis para os membros: call center, imagem corporativa, suporte ao marketing e ambiental. SUPORTE AMBIENTAL
Fábio Parente, da Derasa – empresa dedicada ao desmantelamento e reciclagem dos materiais provenientes desse desmantelamento – discursou sobre os benefícios do suporte ambiental às oficinas Pador Auto Service. A Derasa dá suporte ambiental às
oficinas, através de consultoria ambiental e gestão de resíduos. “A empresa realiza a organização do dossier ambiental, a inscrição da entidade, o preenchimento dos mapas anuais e a validação das guias de acompanhamento de resíduos. Isto tem como principais benefícios a redução de custos, a motivação dos colaboradores, vantagens no acesso a contratos, a modernização da gestão, a melhoria da comunicação interna e imagem da empresa, a prevenção de acidentes ambientais, a poupança de recursos, a conformidade com a legislação, a melhoria das condições de higiene e segurança e a melhoria no desempenho ambiental”, explicou o responsável. PLATAFORMA
Pedro Barros, CEO da Tips4y, enquadrou o tema da transformação digital com a apresentação da nova plataforma que a empresa está a desenvolver para as oficinas, apresentada em 1.ª mão neste evento. “O digital é um meio para podermos desenvolver o negócio de uma forma diferente, aplicando-o à área automóvel e gerando novas formas de fazer negócio, através de ferramentas como os dados dos veículos na cloud, os sensores e o big data nos veículos, o e-commerce, a Internet das Coisas”. Pedro Barros lembrou que a transformação digital assenta em três pilares: a transfor-
mação da experiência do cliente, a transformação do produto e a transformação dos processos. “O primeiro passo para a transformação digital não é a tecnologia, mas a forma como pensamos o negócio. Ao aceder aos dados do veículo, podemos fazer manutenção preditiva. Se a viatura estiver conectada com a oficina, pode haver uma mensagem automática para o cliente se dirigir à oficina. É neste sentido que estamos a caminhar, para a transformação dos processos operacionais, trabalhar de forma proativa em vez de reativa”. Com esta plataforma, a ambição da Tips 4y é que as oficinas centralizem todos os serviços, por forma a poupar tempo e gerar rentabilidade. “O objetivo é as oficinas conseguirem responder a várias situações com um só software, respondendo aos três desafios: possibilitar a experiência com o cliente, a possibilidade de o cliente pedir um orçamento em qualquer local e ser feito o pedido da peça de forma imediata e poder responder a novos modelos de negócio, tais como as frotas”. Esta plataforma será parametrizada para cada cliente, e nela será possível aceder à webshop, à gestão ambiental, orçamentação, identificação dos veículos, possibilidade de verificar serviços de manutenção anteriores, o estado dos veículos que estão na oficina, entre outros serviços. “É possível também ter acesso a dados de negócio: quantos orçamentos foram feitos e adjudicados, etc. Na plataforma, é possível, por exemplo, criar packs, de acordo com os serviços que mais se vendem em cada oficina”. Dário Afonso lembrou que esta plataforma está a ser desenvolvida tendo em conta a realidade dos centros Pador Auto Service, “e vai ao encontro da transformação digital e das necessidades que temos em relação à transformação das organizações no futuro”. Em seguida, Nadim Habib, Professor Auxiliar Convidado da Nova SBE, falou sobre a importância do serviço ao cliente, de criar uma experiência positiva e interativa na relação dos clientes com a oficina, para aumentar a fidelização e, consequentemente, a rentabilidade. Carlos Rosa, fundador da Rodapeças, encerrou a sessão: “Não poderia estar mais satisfeito com o rumo da empresa nestes tempos desafiantes. Esta convenção ajudou-nos a perceber o que temos pela frente e o que devemos fazer para vencer. Os Pador Auto Service são muito importantes para o nosso sucesso e tudo continuaremos a fazer para dar suporte aos nossos parceiros”.
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Carminda Catarino GERENTE ESPOGAMA
O que representam os 27 anos da Espogama? Os 27 anos representam a continuidade de um projeto, em que tivemos sempre bons parceiros, apostando sempre em boas marcas. Por isso, é que muitos clientes têm estado sempre connosco desde a primeira hora. Agora que venham pelos menos mais 27 anos.
ESPOGAMA
Proximidade aos clientes Depois do sucesso de 2018, a Espogama apostou novamente na realização das Jornadas da Reparação Automóvel, contando com a presença de fornecedores e clientes. Uma das novidades deste ano foi a integração no Grupo Trustauto
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TEXTO PAULO HOMEM
a segunda edição das Jornadas da Reparação Automóvel, que a Espogama fez coincidir com a comemoração do seu 27ª aniversário, o dinâmico retalhista de peças de Esposende, contou com a presença de uma mão cheia de fornecedores, que dessa forma puderam contatar diretamente com os seus clientes oficinais. Os diversos fornecedores da área das peças (Textar, Mintex, Continental, ZF, Osram, Beru, GT Motive, Mannol, King Tony, Amalie e Ecotec), tinham em exposição alguns dos seus produtos, sendo também uma oportunidade para os clientes oficinais da Espogama poderem recolher mais
alguma informação sobre os produtos destas marcas. Um dos momentos altos destas jornadas foi a palestra sobre Tecnologias de Travagem, da responsabilidade de Vitor Maia da TMD Friction (Textar e Mintex), onde foram abordadas as novas tendências da travagem automóvel. Ao longo desta palestra, onde não se falou diretamente de travagem, mas sim da importância da mesma no desenvolvimento automóvel, referiu o responsável da TMD que, no futuro, serão poucos os fornecedores de travagem da industria automóvel, fruto da enorme complexidade tecnológica que o automóvel está a enfrentar. Dos mais de 50 sistemas eletrónicos que
A Espogama sempre se caracterizou pelo seu dinamismo. O que pretendem com este tipo de ações, como as 2ªs Jornadas da Reparação Automóvel? Nós somos a ponte entre as oficinas e as marcas. Estes eventos servem precisamente para trazer as nossas marcas e colocá-las em contacto com as oficinas nossas clientes fora do ambiente de trabalho diário. Desta forma as oficinas conhecem quem está por trás de cada marca e sentem mais segurança. São estes fatores que fazem com que as oficinas tenham sucesso e nós também. Recentemente a Espogama passou a integrar o Grupo Trustauto. Quais foram as razões que levaram a esta integração? Estamos num negócio com muita competitividade, dentro de um mercado em que temos parceiros muito poderosos ao nível dos importadores. Por isso, faz todo o sentido integrarmos uma estrutura como a do Grupo Trustauto, já que num universos destes, mesmo tendo o apoio dos nossos fornecedores, não queremos estar sozinhos. Desta forma, passamos a ter uma maior capacidade negocial junto dos fornecedores e isso será bom para nós e para os nossos clientes. Outra vantagem é poder usufruir de uma série de ferramentas que o Grupo Trustauto coloca à nossa disposição e à disposição das oficinas, que nós iremos aproveitar. Por outro lado, o Ricardo Ribeiro (CEO do Grupo Trustauto) é uma pessoa que eu conheço de longa data, com quem já trabalhei noutros projetos, e que juntamente com os outros retalhistas que já aderiram a este grupo, sentimos que estamos em família e que existe mais-valias de nele estarmos integrados.
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hoje são responsáveis pela segurança passiva e ativa do automóvel, mais de 90% deles interagem com o sistema de travagem do automóvel. Quer isto dizer que os travões (pastilhas e discos) serão cada vez mais solicitados no automóvel moderno e que estão sempre em “vigilância” de modo a atuar mais rapidamente em caso de necessidade e de prevenção. Nesta abordagem sobre o futuro desenvolvimento da travagem ficou bem patente a importância que este sistema irá ter cada vez mais no automóvel, como ficou bem patente a importância de se apostar em componentes de travagem de qualidade que possam atuar em conformidade com os sistemas eletrónicos no automóvel. Refira-se que a Espogama iniciou também a comercialização do material de travagem da Mintex, que é uma marca com um posicionamento mais competitivo em termos de preço face à Textar. No final, Carminda Catarino, gerente PUBLICIDADE
da Espogama, ressalvou a importância dos 27 anos da empresa e a forma como sempre se soube adaptar às evoluções do setor. A mesma responsável anunciou aos seus clientes a entrada da Espogama no Grupo Trustauto., referindo a importância da decisão, numa lógica de procura de melhores condições para os seus clientes, mas também uma forma de não estar “isolada” no mercado face à enorme concorrência que existe, podendo dessa forma preparar o futuro. Desta forma os clientes da Espogama tiveram a oportunidade de ficar a conhecer um pouco melhor o que o Grupo Trustauto tem para oferecer também às oficinas. Mais uma vez ficou provada a dinâmica da Espoagama, que continua a promover eventos e outras atividades de forma a estar cada vez mais próximo dos seus clientes e aproximá-los, por sua vez, dos seus fornecedores.
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REDE OFICINAL
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GALA EUROPREMIUM
O caminho da conexão A Gala Europremium voltou a reconhecer três oficinas da rede TopCar em Portugal, num evento que evidenciou o empenho da rede nas novas soluções de conectividade para veículos e oficinas
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TEXTO NÁDIA CONCEIÇÃO
Topcar Auto Carvide, a Topcar Masterauto e a Topcar Gaia foram as oficinas TopCar reconhecidas na Gala Europremium, que decorreu no passado mês de junho, evento que premiou também oficinas da rede espanhola EuroTaller. A Auto Carvide, de João Belo, aderiu à rede há quatro anos e recebeu a distinção pela primeira vez. “Fazemos o nosso trabalho naturalmente, não a pensar no prémio, mas claro que este reconhecimento nos deixa mais motivados”, explicou. João Belo indicou que a informação técnica foi o principal motivo que o levou a aderir à TopCar. “É mais fácil o acesso à informação e a ações de formação técnica, e isso faz a diferença no nosso trabalho. O mercado evolui tão rapidamente, com as novas tecnologias surgem novos problemas todos os dias e, de outra forma, não conseguiríamos acompanhar. Sentimo-nos à vontade para
receber qualquer veículo, com qualquer tipo de problema. Outra vantagem é termos a possibilidade de trablhar com frotas”. Manuel Mota e Carla Louro, da Masterauto, aderiram à rede também há quatro anos, tendo já duas oficinas TopCar – e com planos para abertura de uma terceira –, e indicam que o trabalho da sua equipa e os clientes foram fundamentais para a conquista deste reconhecimento: “No que toca à limpeza, profissionalismo e qualidade, estamos muito acima da média”, refere Manuel Mota. Para este responsável, a principal vantagem de pertencer à rede é “a partilha de conhecimentos, a formação, a energia de grupo e a assistência técnica”, e adianta: “Quem está fora da rede não tem noção do que está a perder”. Por sua vez, Pedro Oliveira e Manuel Oliveira, da TopCar Gaia – oficina já com uma história de cerca de 30 anos na região – estão na rede há sete anos. “No último ano fizemos
uma melhoria na empresa, em termos de modernizaçao das instalações e também a nível informático e de gestão, e isso contribuiu para sermos reconhecidos. Tivemos necessidade de reajustar o negócio à dimensão que temos atualmente”, refere Pedro Oliveira, ao que Manuel Oliveira acrescentou: “Hoje em dia, para quem não estiver inserido numa rede, o negócio com uma grande dimensão não é sustentável”. Vanessa Barros, Gestora de Marketing e Rdes Oficinais da AS Parts, lembrou que, para além da entrega dos prémios, esta gala teve o intuito de evidenciar as novas formas de conectividade entre as oficinas e clientes. “O que têm estas três oficinas em comum? Estão conectadas com o cliente e com o conceito TopCar. Com o digital temos de mostrar cada vez mais confiança ao cliente. Os nossos premiados pensam sempre em como melhorar a sua oficina, a relação com a TopCar e como dar um melhor serviço aos seus clientes. As novas tecnologias podem ajudar-nos a melhorar a relação com o cliente. E neste sentido, temos um novo website, que será lançado este ano, onde será possível, por exemplo, encontrar a oficina mais próxima, soluções de gestão, assim como o Go Connect, que irá melhorar a informação, segurança e conectividade, e que nos irá também permitir realizar manutençao preventiva e melhorar o serviço prestado pela rede. Vanessa Barros evidenciou também a certificação de toda a rede, ao nível da mecânica, pelo Centro Zaragoza, em 2020.
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SOULIMA
Proximidade como fator crítico
A Soulima inaugurou a sua nova Unidade Norte - Centro de Logística na Maia, passando dessa forma a estar fisicamente presente nessa região, podendo agora dar outro tipo de serviço aos seus clientes TEXTO PAULO HOMEM
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ano de 2019 está a ser particularmente dinâmico para a Soulima. A empresa que foi inaugurada em 1991, iniciou este ano com o anúncio que tinha sido adquirida pelos espanhóis da Lausan e que o plano estratégico, definido a três anos, contemplava uma série de etapas e de projetos. O primeiro destes projetos, passava pela abertura de instalações no norte do país, tendo em conta que a sua presença física estava concentrada apenas na região da
grande Lisboa, com escritórios e armazém central em Quintanilho (Vialonga) e pontos de venda na Abrunheira (Sintra), São Brás (Amadora), Póvoa de Santo Adrião (Odivelas), Lisboa (Bairro do Rego) e Prior Velho (Loures). Desta forma, a Soulima passou também a estar presente na Maia, para servir a crescente quantidade de clientes que tinha na região norte, não se limitando a desenvolver mais um ponto de venda, mas investindo numa enorme plataforma logística com cerca de 2.000 m2 (em dois
pavilhões), o que eleva para 7.500 m2 a capacidade de armazenagem total deste operador em Portugal. Simultaneamente a este investimento, a Soulima apresenta-se já no norte, tal como já sucedida na sede, com um alargado leque de marcas de peças, de linhas de produto e de referências, que antes não comercializava e que agora disponibiliza ao mercado (marcas que estão no primeiro equipamento e marcas de qualidade equivalente com preços competitivos), fruto da sua integração na Lausan.
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No evento de inauguração da Unidade Norte - Centro de Logística na Maia, a Soulima convidou muitos do seus clientes, sobretudo empresas retalhistas de peças, que tiveram oportunidade de ver in loco este novo e amplo espaço, na presença também dos responsáveis da Lausun, sobretudo Ander Beldarrain, que é ainda o Presidente do Conselho de Administração da Soulima, comprovando assim a aposta que a empresa Espanhola está a fazer em Portugal. Por sua vez, Ricardo Lima, Diretor Geral da Soulima, referiu na apresentação as enormes transformações que o setor do aftermarkert está a sofrer a nível internacional, com a concentração de operadores, os fortes investimentos no online e os fabricantes automóveis a entrarem no negócio de peças independente, o que tem provocado novos posicionamentos das empresas de peças e fortes modificações a nível comercial e financeiro. “Esta foi a razão da Lausan, que é o maior operador de peças em Espanha, investir no mercado português, adquirindo a Soulima, com o propósito de dar maior oferta de produtos e de serviços, mas também trazer mais competitividade ao mercado português”, referiu Ricardo Lima, dizendo ainda que “o nosso objetivo é transmitir para todos os nossos clientes, toda a capacidade de negociação da Lausan junto dos operadores
e fabricantes de peças para o aftermarket” Desta forma, explica o Diretor Geral da Soulima, que o reforço da oferta em novas marcas e novas linhas de produtos, vai permitir também aos clientes da Soulima disponibilizarem uma oferta cada vez mais global e abrangente relacionada com as necessidades presentes e futuras do automóvel, como disponibilizar essa oferta o mais rapidamente possível ao mercado. “É por isso que a Soulima está a reestruturar a oferta de unidades de apoio ao cliente, como é o caso desta nova ins-
Centro de Logística Unidade Norte
2000 m2 50 000 + de 60 Área
Referências
Marcas de peças
Profissionais 1 Diretor-geral, 2 comerciais, 5 pessoas no armazém Localização Rua das Cardosas, 1808, Folgosa, Maia
talação na Maia, com todas as condições operacionais, podendo proporcionar um serviço de apoio eficaz e condizente com as necessidades do cliente, sendo esta uma batalha de extrema importância para o sucesso”. Tendo em que conta que para o retalho a proximidade é um fator crítico de sucesso, Ricardo Lima diz que “só fazia sentido vir para o norte para trazermos mais capacidade de oferta aos nossos clientes, num mercado que está cada vez mais competitivo”. Quanto a novos investimentos, o responsável da Soulima, não quis para já levantar o véu, mas assegura que “de acordo com o plano estratégico a três anos, definido em conjunto coma Lausan, estão previstos novos investimentos, alguns deles dependem diretamente deste novo investimento na Maia, mas outros serão feitos noutras áreas. Vai haver de facto muitas novidades, algumas delas decorrentes da mais-valia de estarmos integrados na Lausan. Para além disso, novas linhas de produto vão ser introduzidas brevemente, nomeadamente os pneus”. Neste evento foi também possível assistir a uma apresentação de Guillermo de Llera, da IF4, que fez um enquadramento do setor do pós-venda em Portugal e as perspetivas futuras de evolução a médio e longo prazo.
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ALECARPEÇAS
Regresso ao norte Em maio a Alecarpeças abriu um novo armazém no norte de Portugal, sendo um regresso da empresa a esta região do país, com um modelo de negócio muito semelhante ao que já dinamiza na região sul TEXTO PAULO HOMEM
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epois de duplicar o espaço nas suas instalações de Sintra há cerca de dois anos, a Alecarpeças deu mais um importante passo para o crescimento da sua atividade empresarial, com a abertura de um novo armazém, desta feita diversificando geograficamente a sua aposta, tendo em conta que esta abertura foi feita na Maia. “Tudo foi feito num ápice. Desde que começamos a falar neste projeto até à sua implementação passaram cerca de 4 a 5 meses”, começa por explicar Pedro Rodrigues, Diretor Geral da Alecarpeças, sublinhando que “já não é recente a intenção da empresa ter uma presença nacional. Porém, tudo se apressou também por causa da escolha da equipa, que consideramos ser a equipa certa para avançar rapidamente para este projeto”. Contudo, as razões para a abertura deste novo armazém, têm a ver também com razões de mercado, pois a empresa pretendia passar a efetuar serviço bi-diário
para todos os clientes que já tem a norte de Leiria. Não menos curioso é o facto de este ser um regresso ao grande Porto da Alecarpeças, pois a empresa já tinha tido presença nesta região há mais de 19 anos, com uma pequena loja local. “O projeto de há duas décadas nada tem a ver com este, são realidades distintas e objetivos muito distintos”, explica Pedro Rodrigues, tendo em conta que atualmente a empresa se estabeleceu na Maia com um armazém de 500 m2, com dois pisos (o que dá uma área de 800 m2 de arrumação), uma loja e com outras condições logísticas e de acesso. Neste momento a empresa tem uma equipa dedicada ao armazém do Porto com cinco profissionais, “apesar de termos a consciência de que teremos que reforçar a equipa brevemente”, refere Pedro Rodrigues, indicando que a empresa investiu também em meios móveis (carrinhas e motos) para efetuar uma distribuição mais direta na área de influência do armazém,
recorrendo depois a diversos operadores logísticos para efetuar a bi-diária em toda a região norte de Portugal (de Leiria para norte), trabalhando muito com os clientes da revenda. Com a evolução da distribuição no setor das peças, mesmo considerando que a tradicional cadeia de distribuição se tem vindo a esfumar, Pedro Rodrigues considera que “a Alecarpeças tem-se pautado por diferenciar e respeitar os nossos clientes de revenda e os nossos clientes de oficinas. Não vejo razão para que com o novo armazém da Maia a Alecarpeças altere essa estratégia. É assumido que vamos trabalhar com oficinas diretamente, num raio de 15 quilómetros, mas a partir daí trabalharemos com o retalho, mas com condições diferenciadas para cada tipologia de clientes, fazendo o mesmo serviço que estamos a realizar em Sintra e em Lisboa”. Pedro Rodrigues assume que se houver outras oportunidades para crescer geograficamente (em termos de instalações) serão avaliadas, referindo que “há seis meses atrás nem sequer pensava que hoje a empresa estaria na Maia”. O mesmo responsável diz ainda que a necessidade logística em torno do negócio de peças é responsável em grande parte pelos investimentos feitos no setor, reforçando ainda que “os hábitos criados neste negócio dificilmente voltam para trás e, por isso, com o apuramento constante do negócio de peças vai se assistir sempre a novos investimentos”.
“Não queríamos ir experimentar o Porto” Pedro Rodrigues ALECARPEÇAS
A presença da Alecarpeças com um novo armazém na Maia, não é, para Pedro Rodrigues, um projeto experimentalista. “Quando decidimos avançar para este projeto na Maia, não queríamos ir experimentar o Porto. O mercado já está tão maduro e as principais empresas já estão presentes em Lisboa e Porto, pelo que não fazia sentido abrir um armazém para fazer uma experiência”, refere Pedro Rodrigues, explicando que a intenção “foi replicar o modelo de negócio que já temos em Sintra, sendo o mais abrangente possível nas gamas de peças que trabalhamos”. De modo a exemplificar esta aposta, Pedro Rodrigues refere que o stock do armazém da Maia replica quase na integra o stock que a empresa tem no armazém central em Sintra (incluindo Lisboa), tendo sido feito um grande investimento em novo stock para a Maia. “Investimos muito em stock na Maia, começando a trabalhar desde o início com cerca de 80% das referências que tínhamos também em Sintra”, explica Pedro Rodrigues, dizendo que “não poderia ser de outra forma a abordagem que fizemos para este novo armazém, pois pretendemos que a Maia tenha autonomia para podermos servir o cliente, com a tal entrega bi-diária, sem estar dependente do armazém de Sintra. Porém, é óbvio que estamos no início e que depois tudo se irá afinando”.
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PNEUS
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60 ANOS BOMBÓLEO
Ambição, parceria, amizade e muita tenacidade 60 anos não é todos os dias que se comemoram e, por isso, a Bombóleo decidiu fazê-lo com uma grande festa, onde estiveram presentes mais de 800 convidados TEXTO PAULO HOMEM
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oi numa quinta dos arredores de Tomar, que a Bombóleo decidiu juntar colaboradores, clientes, fornecedores, familiares, amigos e jornalistas, para comemorar com todos (mais de 800 pessoas) os seus 60 anos de atividade. Foi o dia de profunda comunhão entre todos, para a celebração de uma data muito importante para a Bombóleo, tendo em conta que o fundador Domingos Marques, presente no evento (com toda a sua família próxima) ainda hoje demonstra a sua vitalidade e sabedoria. Em diversos momentos deste evento, foi
possível ver e ouvir um pouco da história da Bombóleo, onde ficaram bem patentes os valores pelo quais a empresa sempre se norteou para se ter reinventado constantemente e ter chegado aos dias de hoje com uma clara visão de futuro. Paulo Marques, Diretor Geral da Bombóleo, falou à revista Pós-Venda sobre os 60 anos da empresa. O representam estes 60 anos para a Bombóleo? Representam seis décadas de trabalho, ambição, parceria, amizade e muita tenacidade, ultrapassando as dificuldades
próprias de uma atividade muito exigente. Exigente em termos humanos (bons profissionais), exigente em acompanhamento (Assistencia Técnica) e exigente na parceria (assessoria quase permanente). Como é que posiciona a Bombóleo no espetro empresarial português, dentro do setor do pós-venda? Empresa que não se esquece da sua génese no nascimento: material Diesel. Ao longo dos anos, com o Diesel sempre presente, foi paulatinamente modificando e adaptando-se às novas necessidades do mercado e também ao aparecimento
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de novos players. Estas modificações e adaptações tornaram-se mais rápidas e mais notórias já no Século XXI. Neste momento a Bombóleo está crescer no aftermarket, conquistando o seu espaço próprio, respeitando sempre os parceiros. Que valores a Bombóleo transporta do passado para o futuro? Tradição é continuidade e permanência; não é apenas o peso do passado mas também a segurança do futuro. Para o futuro usaremos os valores transversais que atravessaram 60 anos: trabalho, serviço, confiança, parceria, honestidade, dedicação e profissionalismo. Que mensagem gostaria de transmitir ao mercado e sobretudo aos vossos clientes e fornecedores? Passaram 60 anos e há toda uma nova geração de recursos, pronta para servir. Aos nossos clientes, fornecedores e parceiros tudo faremos para continuar a merecer a confiança, confiança essa que nos fortalece, estimula-nos a enfrentar e ultrapassar objetivos fazendo-nos evoluir. PUBLICIDADE
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LUBRIFICANTES
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LIQUI MOLY
Fonte de juventude para os clássicos A Liqui Moly dispõe de uma gama completa com produtos para automóveis clássicos e clássicos modernos TEXTO NÁDIA CONCEIÇÃO
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m automóvel clássico, para se conservar em perfeitas condições o maior tempo possível, deve ter os melhores produtos, sejam eles o óleo, os aditivos, as jantes e pneus ou tudo o que é utilizado para o restante cuidado com o interior e exterior do veículo. O óleo errado pode causar sérios danos, especialmente nos motores já com uma certa idade. Em geral, é aconselhável usar o óleo aprovado recomendado pelo fabricante do automóvel. A Liqui Moly
disponibiliza óleos especificamente concebidos para as necessidades dos veículos, quer tenham filtro de óleo ou não, e comercializa também vários aditivos, para complementar esta oferta e evitar danos no motor. Por outro lado, com a linha de produtos de car care, a empresa pretende disponibilizar produtos que ajudam a preservar o valor do veículo. A Liqui Moly possui também produtos para a limpeza de jantes e pneus, concebidos para limpar, cuidar e proteger os pneus dos automóveis clássicos. David
Kaiser, responsável de desenvolvimento de produto da Liqui Moly, revelou à PÓS-VENDA as especificidades dos óleos que devem ser utilizados neste tipo de veículos. O que acontece quando um clássico recebe óleo desenvolvido a pensar em veículos modernos? Isso deve levar a uma forte “indisposição” do motor. Os óleos sintéticos modernos geralmente são inadequados para veículos mais antigos, uma vez que eles não
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coincidem com a tecnologia de motor que era usada na altura em que foram construídos. Mas um óleo moderno não lubrifica melhor o motor? É verdade que que os óleos modernos oferecem performances extremamente elevadas. Mas a performance proporcionada por estes óleos não vai ao encontro do perfil de exigência dos veículos clássicos. Nestes casos precisamos de um conjunto completamente diferente de aditivos, pois os óleos modernos isentos de cinzas têm uma proteção contra o desgaste que combina com outros materiais do motor. Os detergentes que estão presentes nesses pacotes de aditivos impedem a formação de lodo e isso é um desastre com os antigos motores sem filtros. Até que ponto é que o próprio fabrico do motor tem influência nesta situação? Os motores dos carros vintage e até de carros clássicos modernos mais antigos, são feitos com materiais diferentes, têm diferentes tolerâncias de fabrico e intervalos de troca de óleo diferentes em relação aos veículos modernos. É por isso que a Liqui Moly disponibiliza óleos de motor para veículos clássicos que são produzidos com base em formulações desenvolvidas especialmente para esses carros. Qual é a diferença entre as novas fórmulas para clássicos e as que foram desenvolvidas inicialmente? As “casas das máquinas” mais antigas, especialmente aquelas com alta quilome-
tragem e outros materiais, como metais brancos, ligas não-ferrosas e elementos de vedação, exigem óleos diferentes. A principal diferença entre os lubrificantes clássicos de hoje e os do passado é o seu espectro de desempenho. Eles cumprem os requisitos especiais dos motores clássicos e, ao mesmo tempo, possuem propriedades de proteção contra o desgaste. Portanto, os óleos para carros clássicos modernos são claramente superiores aos anteriores. Um óleo clássico tem de ter o mesmo tipo de desempenho que os lubrificantes para carros modernos? Naquela época, assim como hoje, os lubrificantes eram elementos importantes do desenvolvimento do motor. A lubrificação é apenas uma das muitas tarefas. O óleo tem de aliviar e vedar termicamente o motor, protegê-lo contra o desgaste e a corrosão, e proteger o seu desempenho. As mecânicas desenvolvidas antes não podem ser comparadas às atuais, nem no desenho, nem no próprio peso. As temperaturas e pressões nos motores de automóveis modernos são muito maiores do que nas unidades antigas. Além disso, as questões de redução de emissões de escape e economia de combustível tinham um papel menos relevante no passado. É precisamente por isso que os óleos feitos “à medida” são tão importantes para não danificar o motor. Isso foi verdade no passado e é verdade hoje. A indicação do óleo correto pode ser encontrada no manual do veículo. Ainda assim, o guia de óleo que disponibilizamos em www. liqui-moly.pt é uma ferramenta útil.
Internacional
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I GENERAL RICAMBI
Visão de futuro
A qualidade e o serviço ao cliente, aliados ao acompanhamento das tendências tecnológicas do mercado, são os pilares da atuação da General Ricambi TEXTO NÁDIA CONCEIÇÃO
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undada há 25 anos, a General Ricambi é atualmente um player de destaque no mercado internacional, pautando a sua atuação por uma política com visão de futuro, acompanhando os avanços tecnológicos do setor automóvel. A empresa
fabrica e distribui componentes para sistemas de direção, transmissão e travagem para todos os modelos de carros europeus e japoneses, entre elas juntas homocinéticas, veios de transmissão, caixas de direção, caixas de direção assistida, pinças de travão, colunas e bombas de direção.
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General Ricambi info@generalricambi.it +39 0 377 900.570 www.generalricambispa.com
Fundada há 25 anos, a General Ricambi está presente praticamente em todo o mundo, desde os mercados da Europa, Ásia, Médio Oriente, até à América do Sul, e é uma referência mundial neste setor, por possuir os meios tecnológicos mais avançados de fabrico, numa área com mais de 25.000m², em que todos os produtos que produz possuem uma certificação do Sistema de Qualidade em conformidade com a norma ISO 9001: 2008, pronta para responder às exigências internacionais de qualidade. Há que referir que a General Ricambi pertence ao universo de fábricas do Grupo Metelli. Os investimentos contínuos em construção, tecnologias e equipamentos de máquinas, aliados a uma força de trabalho altamente qualificada, fizeram do General Ricambi uma referência neste mercado. Com uma equipa com cerca de 150 pessoas e uma organização de vendas ramificada, o grupo General Ricambi aposta na rapidez de serviço aos seus clientes, tanto quantitativa como qualitativamente, para assim corresponder às exigências dos mercados mundiais, cada vez mais seletivos e competitivos. Todos os departamentos são dedicados aos objetivos finais da empresa: qualidade, produtividade e a prestação do melhor serviço ao cliente.
Parceria Grupo TRUSTAUTO e General Ricambi
A Autopromotec 2019 foi o cenário escolhido para oficializar a parceria entre a central de compras portuguesa Grupo TRUSTAUTO e a General Ricambi, para a distribuição dos produtos em Portugal. Ricardo Ribeiro, Administrador do Grupo TRUST, afirmou: “Finalmente chegou o momento de oficializar esta parceria. Há algum tempo que estudamos este projeto, sendo que estão agora definidas as componentes desta parceria: preço, stocks e formação para as equipas, porque pretendemos prestar um serviço completo aos nossos clientes, para além da venda da peça”. Por sua vez, Elia Mazzocco, CEO da General Ricambi, indicou: “O projeto ibérico surgiu devido à presença da General Ricambi em Espanha, onde temos plataformas com um stock baseado numa lógica de serviço total. Na verdade, temos mais de um milhão de euros nos nossos armazéns. Para nós, Portugal representa um desafio. Por esta razão, optámos por esta parceria estratégica, em primeiro lugar porque acreditamos nas capacidades e potencial do Grupo TRUSTAUTO, e por outro na capilaridade que o grupo oferece em termos de armazéns, como de lojas em Portugal. Depois de conquistarmos uma posição altamente competitiva e de elevada penetração em Espanha, chega o momento de utilizarmos estas sinergias para oferecer ao mercado português uma opção séria, profissional e de qualidade inquestionável. Pretendemos uma capacidade de resposta imediata”.
Formação
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F ESCOLA PROFISSIONAL GUSTAVE EIFFEL
Colocar “mãos à obra” A Escola Profissional Gustaave Eiffel pretende formar profissionais de Mecatrónica Automóvel e colmatar a falta de mão de obra no setor da reparação automóvel TEXTO NÁDIA CONCEIÇÃO
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ocalizada no Lumiar, em Lisboa, a Escola Profissional Gustave Eiffel tem uma grande procura do curso de Técnico de Mecatrónica Automóvel. O curso é dividido em três componentes: sociocultural, científica e técnica. “A componente técnica, ligada à prática, engloba uma grande parte deste curso. Englobamos a teoria na prática, porque as duas estão interligadas. É importante, para que os alunos tenham ferramentas teóricas, onde se podem basear para perceberem porque é que se faz de uma forma ou outra. Alguns alunos pretendem ingressar no mercado de trabalho e outros seguir para o ensino superior e, caso os alunos prossigam para uma licenciatura, como por exemplo a
Engenharia Mecânica, com as disciplinas dadas neste curso vão muito bem preparados”, explica António Costa, Diretor do Campus do Lumiar da Escola Profissional Gustave Eiffel. “A essência do curso de Técnico de Mecatrónica Automóvel é manutenção, diagnóstico e reparação de veículos a motor”. Com vários módulos de componente prática, “damos uma introdução à teoria e a grande maioria é prática, na nossa oficina. Temos vários carros onde os alunos podem mexer à vontade. Porque a sensibilidade de executar um trabalho e de utilizar as ferramentas é muito diferente de apenas ver ou ouvir a teoria. E, por isso, aqui na escola deixamos os alunos experimentarem, muitas vezes trazem os
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Qual a sua opinião sobre a formação automóvel em Portugal? António Costa “Era importante que as empresas fizessem mais parcerias com as escolas, que dessem mais atenção e que tentassem arranjar um conjunto de conteúdos com aquilo que precisam, para os cursos serem adequados ao que é necessário no mercado. As disciplinas estão um pouco dispersas. Devia ser feita uma seleção de conteúdos, que poderia ser mais proveitosa para as empresas, tanto a nível teórico como prático. Os conteúdos atualmente não estão adequados”.
EPGE Lisboa - Lumiar António Costa 210 100 328 antonio.costa@gustaveeiffel.pt www.gustaveeiffel.pt
seus próprios automóveis para realizar reparações. Podem saber muito na teoria, mas se não experimentarem, fica difícil”. ESTÁGIO
Na Escola Profissional Gustave Eiffel os alunos têm um estágio de 600 horas em empresas externas, “onde vão limar arestas. Porque não há escolas que tenham as capacidades que tem uma empresa ou uma oficina. O estágio dá-lhes uma grande bagagem, e é feito no final do curso. Aqui temos parcerias com a Renault Chelas, Areeiro, Telheiras, Audi, Volkswagen. E temos depois as oficinas independentes, de mecânica geral”. Apesar das várias empresas que a escola tem parcerias, os alunos têm a possibilidade de escolher um local onde pretendam realizar o estágio, mediante aprovação de António Costa. “Tento que os alunos façam o estágio perto da sua zona de residência. Nestes casos, o aluno
indica o local onde gostaria de estagiar, analiso se a oficina tem as características necessárias: tem que ser uma oficina completamente legalizada, que respeite as normas de trabalho e o meio ambiente, e tem de ter condições de trabalho. Desde que tenha todas as características, aceito. É feito depois um acompanhamento aos alunos durante toda a duração do estágio”. É frequente os alunos ficarem a trabalhar nos locais onde realizam estes estágios. “Do lado das empresas, a aceitação é bastante boa. Normalmente temos mais oficinas a pedir alunos do que a capacidade que temos de os enviar. Nota-se que as oficinas cada vez precisam de mais profissionais, há muita falta de mão-de-obra, principalmente no setor dos pesados. O curso está vocacionado para ligeiros, mas também já tivemos alunos a estagiar em oficinas de pesados”. António Costa indica que, por este motivo, este curso tem uma alta taxa de empregabilidade. E Ana Albuquerque, Diretora de Polo, acrescenta: “Os alunos só não ficam a trabalhar se não quiserem. Chegamos a ter ofertas de emprego e os alunos não querem aceitar, não têm interesse. Temos ofertas suficientes para colocar todos os alunos que temos desempregados a trabalhar”.
Ana Albuquerque “Nota-se que o ensino profissional começa a ser uma escolha natural dos alunos. Antes, os alunos que nos chegavam eram os que não pretendiam ir para o ensino regular. E o ensino profissional não é só prático, e muitas vezes os alunos chegam com essa ideia”.
Técnico de Mecatrónica Automóvel Duração 3 anos Equivalência nível 4; 12.º ano de escolaridade Este curso visa a formação de técnicos aptos a executar o diagnóstico, a reparação e a verificação dos sistemas mecânicos, elétricos e eletrónicos de veículos. Interpreta esquemas elétricos e eletrónicos, faz o planeamento, a preparação e o controlo do trabalho da oficina. Procede ao controlo da qualidade das intervenções, trata e gere a informação e as garantias. Promove a melhoria da qualidade do serviço e a satisfação dos clientes através de meios técnicos, maximizando a produtividade das empresas ou serviços.
Oficina
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O MECRAFT
A experiência que vem de trás A Mecraft é uma nova oficina independente, com raízes no pósvenda oficial de um concessionário, que abriu as suas portas no início do passado mês de junho, estando localizada numa das principais entradas do Parque Industrial de Coimbrões em Viseu TEXTO PAULO HOMEM
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om uma longa vida profissional ligada a um concessionário da Ford na região de Viseu, onde desempenhou diversas funções, Paulo Prata passou pela receção do pós-venda e pelo departamento de peças, onde acumulou uma série de competências ligadas não só à mecânica mas também ao setor da colisão, que assim juntou às competências na área administrativa. Mais recentemente, passou por outro novo projeto ligado à Ford e à parte oficinal, também em Viseu, mas por vicissitudes internas, acabado por não dar
continuidade a esse projeto. Como a experiência adquirida era grande, Paulo Prata decide então que estava no momento de lançar o seu próprio projeto, que junta a oficina e as peças. “No início este projeto foi visto como uma escapatória e não tanto como uma oportunidade”, começou por referir o gerente da Mecraft, depois de explicar muito do seu trajeto profissional de 27 anos dentro do setor automóvel e, mais concretamente, dentro do pós-venda, onde na realidade fez de tudo (processar garantias, gerir reclamações, chefe de oficina, receção, etc).
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Com um conceito oficinal presente na sua mente, Paulo Prata refere que “pretendemos fazer mecânica em geral na Mecraft, se bem que o espaço disponível não nos permite para já montar o projeto na totalidade, que passará também no futuro, se possível, por uma unidade de chapa e pintura”. Trazendo consigo uma enorme carteira de clientes, muitos deles clientes da extinta empresa onde fez grande parte da sua carreia e com os quais se relacionou profissionalmente durante muito anos, a verdade é que a Mecraft pretende ser uma oficina multimarca e multisserviço. “Não nego que haverá uma maior especialização em Ford, por via do meu histórico, mas a nossa aposta é poder trabalhar a multimarca”, refere Paulo Prata. Também por isso, ao nível do projeto de peças, a aposta da Mecraft foi nas peças multimarca Omnicraft, que mais não é do que uma gama de peças trabalhada pelos concessionários Ford, destinadas sobretudo à reparação multimarca. “Temos excelentes referências dos produtos Omnicraft, que conseguem aliar qualidade para uma oferta multimarca a um preço muito competitivo
Mecraft Viseu Paulo Prata 232 488 042 geral@mecraft.pt
face a outras ofertas de peças equivalentes às originais”, refere o gerente da Mecraft, explicando que “será também uma forma de me poder diferenciar da concorrência e ter uma oferta exclusiva de peças pelo menos aqui nesta zona”. Considerando a relação qualidade / preço, ao nível das peças, como fator primordial, a verdade é que Paulo Prata diz que é “muito exigente em termos de qualidade das peças, fruto da minha experiência. Apenas trabalhamos com material que nos dê confiança e que tenha garantia”. Não tendo ainda serviço de pneus nem de colisão, a verdade é que Paulo Prata pretende que a Mecraft possa assumir toda a tipologia de serviços perante o cliente, recorrendo se necessário a algumas parcerias estabelecidas. A Mecraft tem o seu edifício numa das
principais entradas do Parque Industrial de Coimbrões em Viseu, realçando Paulo Prata a importância deste espaço e da sua localização estratégica (propositadamente escolhida pelo gerente desta oficina). “Estamos numa zona empresarial e por isso pretendemos dinamizar algumas parcerias com empresas e embora estejamos numa fase inicial, sentimos que temos capacidade para trabalhar com todo o tipo de clientes e com todo o tipo de automóveis”, afirma o responsável da Mecraft. Não menos estratégica é a limpeza da oficina. Pretende Paulo Prata que a imagem que se passa para os clientes seja também um fator diferenciador, nomeadamente tendo em conta que muitos clientes são senhoras. “Temos um cuidado extremo na limpeza da oficina e na arrumação da mesma. Se queremos receber bem o cliente e prestar-lhe um bom serviço esses aspetos são essenciais. No fundo é uma exigência minha”, refere o mesmo gerente desta oficina. Apesar de ter estudado a hipótese de juntar a um conceito oficinal, Paulo Prata preferiu apostar numa oficina totalmente independente, argumentando que “não me interessa pagar para ter uma imagem. Para isso, pretendo ser eu mesmo a fazer a imagem da minha oficina, com as ideias que tenho para ela, sempre com preços competitivos e serviços de qualidade”. Perspetivando o futuro, Paulo Prata, pretende incorporar nas suas instalações cada vez mais serviços, até porque diz que “aquilo que pretendemos disponibilizar ao cliente vais mais além do que aquilo que podemos oferecer neste momento”. Para terminar, quando questionado sobre o que poderá fazer para fidelizar o cliente, Paulo Prata refere que “é muito importante fazer bem à primeira e praticar preços competitivos, para que se gere confiança e assim poder vir a ter o cliente novamente na nossa oficina”.
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icardo Oliveira está sempre um passo à frente quando se procura prever o futuro da indústria automóvel e da mobilidade, seja pelas várias edições de sucesso do World Shopper Conference, pelos mais de 20 anos de experiência em serviços de consultoria, formação, marketing digital e customer experience para clientes do setor automóvel e uma estrutura dedicada à inovação, pela criação e constante atualização do estudo 2025 Automotive 360º Vision – que auxilia os profissionais do mundo automóvel a identificar oportunidades no presente e no futuro –, ou pela sua colaboração frequente em projetos de pesquisa e desenvolvimento, ações de formação, palestras e blogues.
Considera-se um embaixador do veículo elétrico em Portugal? Não, penso que os melhores embaixadores dos veículos elétricos são os proprietários desses veículos. O que nós fazemos é estudar o mercado. Estudamos o fenómeno de um ponto de vista teórico e prático, descendo ao terreno e vendo como as coisas estão a evoluir. Tentamos aproximar-nos dos clientes para perceber o impacto destas inovações. Diz-se que o veículo elétrico polui mais que um veículo a combustão, desde o início da produção até ao final do seu ciclo de vida. Qual a sua opinião? Há vários estudos que se contradizem nesse aspeto. E há muito poucos que analisam efetivamente todo o ciclo de vida do produto. O petróleo também tem de ser extraído e essa extração também tem custos ambientais. No fim de vida, a reciclagem da bateria está cada vez mais próxima dos 100%. Há marcas a investir
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O pós-venda tem uma enorme capacidade de se adaptar face às dificuldades RICARDO OLIVEIRA
FUNDADOR DO WORLD SHOPPER E CEO DA JOTOLIVEIRA
Ricardo Oliveira, fundador do World Shopper e CEO da Jotoliveira, é uma referência quando se fala em veículos elétricos e novas soluções de mobilidade ENTREVISTA PAULO HOMEM E NÁDIA CONCEIÇÃO FOTOS MICAELA NETO
muito na reciclagem de baterias, e muitas vezes esses estudos não têm em conta que as baterias têm uma segunda vida depois de serem utilizadas nos automóveis. E já são pensadas para isso. E se isso for tido em consideração, esses resultados serão seguramente muito diferentes. No 2025 Automotive 360º Vision, temos por base um estudo que demonstra que, na Europa, numa análise ao ciclo de vida completo, o veículo elétrico continua a ter uma pegada ambiental diferente. Ainda há um caminho a percorrer no veículo elétrico para explorar o seu completo potencial. Que caminho é esse? Por exemplo, o aproveitamento e a reciclagem das baterias. E a implementação do Vehicle-to-grid (V2G), não tanto no impacto ambiental, mas ao nível da questão financeira. Ao nível do impacto ambiental é claramente o reaproveitamento das baterias. Existir uma área do pós-venda que se dedique à reparação,
reutilização e reciclagem das baterias. Só quando tivermos este setor nesta situação é que irá ser perfeitamente comparável ao setor tradicional. O que pensa das notícias que indicam que os diesel irão ser proibidos em algumas cidades, ou deixar de ser vendidos em alguns países, etc.? Estivemos recentemente nos países nórdicos a fazer um trabalho para a Kia Motors Europe, e observámos a realidade desses locais, numa ótica de tentar perceber e antever o futuro. Esse caminho parece que veio para ficar. Mas não só em relação aos automóveis a diesel ou gasolina, mas mesmo no banir os automóveis nos centros urbanos. Penso que essa tendência acaba por ser incontornável. Os motores diesel já estão tão sofisticados em termos de sistemas antipoluição, que se continuarmos por essa via vamos tornar os motores mais caros e vamos afetar a sua fiabilidade. E esse é um grande desa-
fio para a indústria automóvel. Hoje em dia, as margens dos veículos elétricos são muito baixas para as marcas. O problema é que não vejo, nos próximos anos, a recuperarem-se as margens de comercialização que já existiram nos veículos a combustão. Porque os próprios veículos a combustão vão ter uma margem cada vez menor. Há também outros estudos que dizem que os híbridos poluem mais… A gasolina produz mais CO2 que o diesel. Mas depende de até que ponto queremos reduzir as emissões de óxido de nitrogénio. O grande problema e o que afeta estas questões é a poluição local, ou seja, as cidades. Para a poluição local não é muito relevante qual a fonte de energia, o que interessa é que naquela zona, com uma elevada densidade de veículos, não se esteja a produzir CO2. Os combustíveis sintéticos não resolvem esta questão, porque consomem CO2 no processo de
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produção, mas as unidades de produção não estão nas cidades. É aqui que entram os conceitos de mobilidade, dos quais o automóvel faz parte... Sim. O automóvel é um instrumento de mobilidade, assim como o autocarro, o barco, etc. Hoje fala-se muito em mobilidade e até de mobilidade partilhada, sendo que este fenómeno já existe desde que nasceu o automóvel, os autocarros, etc. Agora temos apenas formas diferentes e que tiram partido da evolução tecnológica, para oferecer desempenhos diferentes e maior eficiência. As empresas que desenvolvem tecnologias para o diesel indicam que ainda existe mercado para os motores a combustão. Como analisa isto? Há um enorme nível de complexidade que é preciso atingir, na evolução ao nível dos turbos, por exemplo, para se conseguir cumprir as metas de emissões. E penso que isso responde a tudo. Pelo nível de sofisticação necessário, mecânico e eletrónico, comparado com um veículo que tem um motor mais simples, com uma bateria que evolui a uma grande velocidade e com uma capilaridade de rede mais fácil
de fazer progredir do que foi o petróleo no início da história do automóvel, acho muito difícil que o caminho não vá pela eletrificação. Os construtores automóveis têm de cumprir as metas de emissões. E a forma de resolver é, ou continuar a tornar o motor de combustão interna mais sofisticado, ou ir para vias alternativas, como o hidrogénio ou dos combustíveis sintéticos, mas a via financeiramente mais viável de lá chegar é com os veículos eletrificados. Por isso tenho dificuldade em ver um futuro próximo que não passe pela via da eletrificação. As grandes petrolíferas também estão a apostar nas novas tecnologias e na eletrificação. Porque o negócio da eletrificação é um negócio que está em vias de desenvolvimento. Os automóveis vão tornar-se máquinas menos complexas e aí será mais fácil a abertura a novos construtores.
Vamos ter a digitalização a entrar fortemente no mercado
Até onde irá esta agregação dos fornecedores da indústria automóvel? É um fenómeno que se verifica em todo o setor automóvel, começando pelos OEM. A indústria tem de se consolidar, porque os investimentos em termos de pesquisa e desenvolvimento são enormes. E acontece algo semelhante nos fornecedores. É preciso dominar várias tecnologias, e não manter a especificação numa só. Os fornecedores, como a Schaeffler, estão a desenvolver vários formatos de hibridização, preparados para vários escalões de evolução da eletrificação, por exemplo. É nos fornecedores que realmente está a grande evolução e as grandes novidades. O crescimento não irá depender mais da existência de infraestruturas? Sim, a capilaridade das infraestruturas é importante. É verdade que existe, hoje em dia, um problema de capilaridade de rede e de instalação de redes rápidas e atualmente é uma barreira. Mas a capilaridade será mais fácil em relação, por exemplo, à distribuição do hidrogénio, a eletricidade está em todo o lado. Ao carregar o veículo em casa, o cliente tem sempre a autonomia máxima todas as manhãs, e deixa de ser um problema. Se olharmos para isto numa perspetiva do hoje, há dificuldades
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Perguntas rápidas Qual foi o seu primeiro carro? Foi um Renault 4 GTL. Quantos quilómetros faz por ano? É muito difícil calcular, porque utilizo várias formas de mobilidade, entre as road trips, os quilómetros em ride-sharing, bicicleta, etc. O que gosta mais neste setor? A tremenda transformação que está a sofrer e os desafios e oportunidades que estão a surgir. E o que menos gosta? A pouca velocidade com que o setor avança. Considera importante ir ao terreno fazer este tipo de ações que faz? Sim. Quanto mais avançamos no setor, mais considero importante estar presente no mercado. O que gosta de fazer nos tempos livres? Gosto de estar com a família, andar de bicicleta e kart.
de adaptação, há pessoas que não têm hipótese de carregar um veículo em casa. Mas, quando estamos num momento de disrupção, não podemos olhar só para o presente. E isto pode alterar-se muito rapidamente, porque é algo fácil de resolver, em termos técnicos. O automóvel é um instrumento de liberdade e, se a questão da infraestrutura de carregamento não está resolvida, não estará a cumprir essa função de liberdade. Os híbridos são uma solução intermédia? Sim, são claramente uma solução intermédia nesta fase. São boas alternativas aos veículos elétricos, que neste momento não resolvem atualmente todas as necessidades de mobilidade das pessoas no estágio atual, quer da tecnologia das baterias, quer da capilaridade da rede. Tem feito regularmente viagens longas com veículos elétricos. Que ilações tira dessas experiências? A ideia é colocar um veículo elétrico numa situação extrema: uma viagem de longa distância, essencialmente em autoestrada. Neste momento, é muito importante não nos limitarmos a ver aquilo que existe no nosso país. É por essa razão que é tão im-
portante continuarmos a fazer viagens de longa distância, atravessando várias realidades. A evolução é muito interessante de ver, desde o início, quando as viagens demoravam cerca de um mês a programar, entre verificar os hotéis com postos de carga, os pontos de carregamento, etc. Outra das questões é a posse do veículo. Cada vez mais o utilizador não é o dono do veículo. A tendência é essa? Nos meios urbanos, a tendência é cada vez mais essa. A mobilidade está a por em causa a questão da propriedade. A questão é: com a eficiência que hoje estes métodos alternativos de mobilidade têm, como o ride-sharing, a Uber e o Cabify, é tão fácil ter acesso a um veículo, que não há necessidade de o cliente ser proprietário de um carro. Até que ponto precisamos de um carro para o ter parado? A indústria vai ter de perceber onde se deve posicionar para se encaixar nesta realidade. Tem vindo a desenvolver o estudo 2025 Automotive 360º Vision. Qual o objetivo? Este estudo está na base de tudo o que fazemos. Serve como uma base de conhecimento. Estamos atentos a tudo o que são inovações, eventos e também as experiências que fazemos. Depois recolhemos
e centralizamos a informação. E ficamos com uma base a partir da qual fazemos depois serviços, apresentações, despoletamos sessões de brainstorming, etc., e que está sempre em evolução. Quando se faz um trabalho destes há muitos anos, percebe-se que temos de ser muito ponderados a analisar as coisas. Daí a importância de irmos ao terreno verificar como tudo está a funcionar. Das tecnologias que estão a emergir na área automóvel, qual considera que irá vingar? Estamos a estudar três grandes fatores disruptivos: a eletrificação, os sistemas ADAS e a mobilidade. Tenho estado mais focado na questão da eletrificação, mas todos são importantes. O ADAS, com a condução autónoma, tem muito que ver com segurança, e é uma questão muito importante. Olha-se muito para os veículos autónomos, mas penso que o caminho vai ser intermédio, ou seja, o advento de sistemas de apoio à condução cada vez mais eficientes e amigos de uma condução humana. Vai haver evolução a esse nível, mas é preciso educar os clientes para estas novas realidades. E na eletrificação também. Porque são sistemas que, sendo bem usados, têm uma finalidade positiva.
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Perfil
Ricardo Oliveira é fundador do World Shopper e tem dedicado o seu percurso profissional à Jotoliveira. A empresa realiza atividades em várias áreas do setor automóvel: consultoria, formação, marketing digital, customer experience e eventos. A atividade da Jotoloveira baseia-se no estudo 2025 Automotive 360º Vision.
O que irá acontecer ao modelo de distribuição atual, dos concessionários? A indústria é algo que tem evoluído de forma lenta. E é algo que não se compreende: como é que, com tanto interesse dos clientes na área digital, não se avançou mais. Não faz sentido a diferença de investimentos que existe entre as ferramentas digitais e físicas dessas empresas. É uma disparidade enorme, sobretudo nas vendas. Como analisa o futuro do pós-venda automóvel, tendo em conta estas novas realidades? Todas estas áreas têm impacto no futuro do pós-venda, assim como outras: a inteligência artificial, a utilização da realidade virtual e realidade aumentada na formação de mecânicos. A eletrificação irá reduzir o número de peças de desgaste. Temos o negócio da manutenção muito assente na substituição de óleos, filtros, etc. E, de facto, vai haver menos essa oportunidade. Na eletrificação, a solução passa por haver negócios de pós-venda que sejam multimarca e assistam vários tipos de veículos, para rentabilizar as ferramentas e os meios instalados. E ainda o negócio da reutilização e reciclagem das baterias. Diz-se que um veículo elétrico tem custos de manutenção 30% inferiores. Onde é que as oficinas poderão ir buscar a rentabilidade? Os veículos que existem atualmente não vão desaparecer de um dia para o outro. Há um parque circulante com uma idade média de 11 anos. Os sistemas de mobilidade vão ajudar a que as pessoas utilizem estes veículos de uma forma diferente, nas viagens mais longas em vez de no dia a dia, mas existem e vão continuar a precisar de manutenção. É um negócio de transição, é muito importante que as oficinas tenham um pé no futuro e comecem a conhecer me-
lhor a eletrificação e de que forma pensam os proprietários dos veículos elétricos, para criar novas oportunidades de negócio, como vender eletricidade como um serviço, por exemplo. Os veículos vão entrar nas oficinas e é uma oportunidade para venderem outros serviços, porque continuam a precisar de amortecedores, pneus, trabalho de carroçaria, vidros, estofos, pneus, lavagens. O custo da mão de obra é superior nos serviços feitos em carros elétricos, tanto nas marcas como nas oficinas independentes... Sim, tudo o que saia da normalidade e que implique formações e ferramentas especiais tem impacto nos preços ao cliente final, sobretudo quando os volumes ainda são insuficientes para absorver esses aumentos de custos. Ainda há muita resistência a que as oficinas se modernizem, por via da digitalização do automóvel? A tendência da digitalização não é só pelo veículo, mas também pelas ferramentas, formação, serviço e vendas. Vamos ter a digitalização a entrar fortemente no mercado e vão existir forças que vão obrigar a isto. Os fornecedores Tier 1, os construtores automóveis, as redes multimarca, estão fortemente digitalizados. Já não há impedimento o acesso às OBD dos automóveis. E temos uma geração mais nova, mais digitalizada em termos de atitude, a entrar nas oficinas como clientes, mas também como funcionários. No futuro vão existir mais ou menos intervenções técnicas nos automóveis? Menos das que fazemos hoje em dia. Não podemos separar o fenómeno da eletrificação do fenómeno da mobilidade partilhada, onde temos carros a cumprir quilometragens enormes e que têm de ser assistidos.
O pós-venda é um mercado em plena capacidade de adaptação. É no pós-venda que está a verdadeira essência da experiência do cliente e é um mercado que tem uma enorme capacidade de se adaptar face às dificuldades. O pós-venda é um setor muito mais preparado e imaginativo do que o setor comercial, para as disrupções que estão a surgir. É um setor onde há mais evolução e coisas mais interessantes. Há um enorme mundo de oportunidades, tendo em conta estas transformações que estamos a viver. O que acha da plataforma Caruso? O que poderá trazer? O que vai mudar a esse nível no pós-venda é a questão dos veículos conectados, entre si e com as oficinas. É algo que se fala, mas que nunca mais se vê no terreno a avançar. Todas as soluções de veículos conectados e as soluções associadas a estas serão importantes para o negócio do pós-venda. Para fazer a manutenção preventiva, por exemplo. Isso vai fazer uma grande diferença, sobretudo nos independentes. Irá aproximá-los, irão beneficiar de economias de escala. O negócio automóvel neste momento é apenas para quem gosta de inovação. A tecnologia 5G irá acelerar o processo de digitalização? Sim, vai facilitar muito, mas já se podia ter feito muita coisa com a 4G. Por exemplo, saber-se em que estado está a bateria de um veículo e propor uma campanha de baterias, é algo que já se pode fazer hoje, com o 4G. O problema está mais no setor, que tem dificuldade em absorver as potencialidades destes sistemas, do que na ausência de ferramentas adequadas. O setor é muito proativo e dinâmico na adaptação às mudanças, mas tem resistências, principalmente porque o negócio atualmente corre bem. E tem também que ver com uma questão geracional.
Dossier
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LÂMPADAS AUTO
Mais referências, mais luz, mais mercado Atualmente existe uma diversificada oferta de soluções ao nível das lâmpadas para automóveis, que vão desde as marcas que estão no primeiro equipamento até às marcas brancas. Mercado, tendências e oferta, tudo neste dossier
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TEXTO PAULO HOMEM
iluminação automóvel tem tido uma enorme evolução tecnológica. A principal razão é a segurança de todos aqueles que circulam nas estradas, mas as necessidades e as exigências dos condutores, por um lado, e as razões estéticas e tecnológicas, por outro, estão a levar a iluminação e, neste caso, as lâmpadas de automóveis para outros patamares. Aos diversos operadores de mercado contactados para este dossier, foram questionados sobre a evolução do negócio das lâmpadas automóvel. Os responsáveis da Champion, referem que “o segmento de LED está crescendo com a maior tendência de todas as categorias de lâmpadas de iluminação. Desde 2014, os fabricantes de automóveis começaram a introduzir luzes LED no design frontal do carro (estão sempre em funcionamento quando o motor está a funcionar) e na parte traseira
do veículo. Assim, este segmento deve aumentar mais de 7% nos próximos 4-5 anos. Além dessas luzes, as luzes LED interiores começaram a ganhar mais participação no carro, principalmente para fins ambientais e estéticos. Além disso, as vendas de SUV e carros grandes têm uma tendência ascendente nos últimos 5 anos. Portanto, esperamos uma procura maior no mercado de reposição de lâmpadas específicas para essas aplicações”. Para a Osram, João Casinhas (Head of Sales Automotive Aftermarket Portugal), existem dois fatores que influenciam o negócio de lâmpadas auto, que passam quer pela relação “qualidade / preço ou novidade / diferenciação”. Os fatores relevantes para o mercado de lâmpadas auto neste momento, em Portugal, são diversos e transversais a todos os mercados de acordo com Pedro Coelho, Gerente da Vallux, uma vez que, cada vez
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mais, “as viaturas utilizam mais lâmpadas, com mais normas, para diferentes utilizações. Referimos que hoje em dia, as viaturas têm obrigatoriamente luzes diurnas, algumas utilizam também luzes de curva, sendo que cada vez mais há necessidade de aumentar stocks de referências diferentes para poder satisfazer o mercado”. Explica Bruno Gonçalves, Diretor Divisão Auto e Cargo da Wurth que “a qualidade do produto, variedade de gama e disponibilidade de stock são os elementos que mais determinam o sucesso neste negócio”. Com a introdução das lâmpadas de Led e Xénon, a durabilidade destas aumentou largamente, o que obrigatoriamente contribuí para um decréscimo na quantidade de luzes vendidas, afirma Cristiana Costa, do Marketing da Vieira & Freitas, dizendo também que “apesar de o volume de negócios crescer pelo valor, é expectável que este segmento perca “market share”. Deixará de haver lugar para marcas de baixíssima qualidade. É nesse ponto que a Narva light, posiciona-se muito bem, ao longo do tempo tem conquistado cada vez mais mercados, na sua boa relação alta qualidade da tecnologia alemã com o preço competitivo”. Explica ainda Frederico Abecasis, Country Manager Hella, que “o factor principal é a gama que é oferecida ao mercado. Quanto melhor for a gama, mais influente será a marca no mercado. O negócio das lâmpadas torna-se mais interessante quanto mais sejam trabalhadas as gamas de valor acrescentado. São as que oferecem melhor rentabilidade e é onde se pode ganhar bom dinheiro. Quem aposta por aqui, tem resultados imediatos”. O mercado das lâmpadas é cada vez mais exigente e procura cada vez um melhor rendimento e maior luminosidade a preços mais competitivos, na opinião de Alexandra Salgado, Product Manager da Magneti Marelli, que diz ainda que “estes fatores não podem levar nunca a uma redução na qualidade do produto”.
QUESTÕES
1 - Qual a mais recente novidade de produto que foi introduzida no mercado pela vossa marca? 2 - Genericamente, como é constituída a gama de lâmpadas auto da marca que representam? 3 - Para além do produto, que tipo de suporte técnico (formação, websites, etc) desenvolvem nesta marca para os clientes do retalho e das oficinas?
OSRAM
Osram e Neolux Mónica Violante 210 332 219 www.osram.pt www.neolux-lighting.com/pt 1 - Centrando-nos na marca Osram, a nossa maior novidade local é o lançamento do farol totalmente em LED para o Volkswagen Golf VII, o qual tem vindo a ter reconhecimento público diverso através dos vários prémios de inovação que já ganhou, nomeadamente na Automechanika 2018 e nos German Innovation Awards 2019. As LEDriving Lights são outro dos destaques ao nível dos produtos LED. Trata-se de luzes LED de condução de máximos auxiliares. Estes têm diferentes padrões de máximos (spot, wide ou combo) com vários ângulos de feixe disponíveis, oferecem uma iluminação potente de campo de longa e curta distância de até 450 m e eficiência ótica extremamente alta, distribuição de luz homogénea e redução de brilho. A sua qualidade Osram Premium e o design robusto e compacto com longa vida de até 5.000h, graças ao driver integrado e ao sistema de gestão térmico, tornam estes produtos ideais para uma melhor visibilidade, devido ao efeito de luz do dia para aumentar a segurança no trânsito. Adicionalmente a lente de policarbonato extremamente robusta permite suportar aplicações pesadas, proteção de tensão múltipla. Na tecnologia tradicional, lançámos a nova geração de lâmpadas de desempenho Night Breaker, com ainda maior brilho na estrada, onde se inclui as novas lâmpadas da gama Night Breaker Silver que oferece até 100% mais brilho na estrada, em comparação com o requisito mínimo legal. 2 - Dispomos atualmente de duas marcas de produtos automóvel, a Osram e a NEOLUX, nas quais dispomos de uma gama completa de produtos nas diversas tecnologias desde halogéneo, xénon, ou LED e para todos os tipos de veículos. Em concreto na marca Osram, temos uma gama muito vasta de produtos, com lâmpadas para todas as aplicações de veículos de 12V, 24V e motociclos. Dispomos de uma gama standard de pro-
dutos, os designados produtos da gama Original. São produtos com qualidade de fabricante, portanto peças de substituição originais. Por outro lado, comercializamos gamas de produtos de valor acrescentado, que oferecem benefícios adicionais aos consumidores e que nos permitem oferecer a lâmpada certa para cada tipo de condutor. As nossas gamas de produto são facilmente identificáveis, graças ao código de cores das embalagens, para fácil identificação das gamas e reconhecimento dos produtos Osram. Assim temos produtos de gamas diferentes para finalidades de condução diferenciadas: - Inovação (embalagem preta) - Trata-se da mais recente tecnologia LED: Lâmpadas e luminárias para um visual moderno. - Desempenho (embalagem vermelha) - Produtos que oferecem mais brilho na estada: Intensidade luminosa e máximo rendimento luminoso - Design (embalagem azul) – Produtos que oferecem uma luz elegante: visual moderno devido à luz branca azulada. - Conforto (embalagem verde) – Produtos de longa vida útil: Conduza mais, substitua menos. - Original (embalagem branca) - para as peças de substituição originais: Lâmpadas com qualidade comprovada de fabricante (OEM). A marca Neolux é uma segunda marca da Osram, onde oferecemos ao mercado um conjunto de produtos tanto standard, como de valor acrescentado, para todos os veículos, com uma qualidade excelente, tecnologia alemã e mais acessível ao consumidor. 3 - Nós estamos inteiramente disponíveis para o cliente. Damos formação para os profissionais do setor e dispomos de plataformas online diversas, como: - Website www.osram.pt; - microsites dedicados como o do Programa Confiança Osram, destinado a verificação da originalidade das lâmpadas de xénon Osram ou o dedicado à gama de lâmpadas Night Breaker; - APP para telemóveis como a Vehicle Light; - Blog, onde encontra informação diversa como dicas, informação técnica e novidades do sector automóvel em www.carlightblog. com Temos ainda ferramentas online de consulta como: - Localizador de Lâmpadas Automóvel, que permite identificar a lâmpada certa para cada aplicação de cada veículo (https:// www.osram.de/apps/gvlrg/en_COM); - Ferramenta de cálculo Truckstar PRO de 24V (https://www.osram.com/apps/ truckstar/) para aferir quanto pode poupar nos custos de frota.
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LÂMPADAS AUTO
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Existem também ferramentas online de formação individual, como: - “Automotive Academy”, onde encontra vídeos de instalação de produtos (por exemplo das luzes LEDambient Tuning Lights Connect em www.osram-automotive-academy.de/en) - Videos de aplicações de produto no site ou no Youtube OSRAM Portugal; - Disponibilizamos documentação diversa de apoio sobre os nossos produtos, desde catálogos a tabelas de preços, folhetos, etc, tanto em suporte papel como digital; - Apoiamos com materiais de comunicação no ponto de venda, como demonstradores, displays diversos; - Fornecemos decoração de ponto de venda, desde posters, roll-ups, etc.. ao mais diverso merchandising da marca.
VALEO
+3491 49 58 000 www.valeoservice.pt 1 – Recentemente lançamos as lâmpadas de 24V, para aplicações em veículos pesados. Trata-se de uma gama muito completa de aplicações, dividida pela gama Essential, que assegura qualidade e um excelente rendimento do feixe de luz, e pela gama Life, que aumenta significativamente a vida útil das lâmpadas face às lâmpadas tradicionais.
correspondências com o fabricante original assim como as imagens dos produtos. A pesquisa pode ser feita por veículo (marca, modelo e versão), pelo número VIN ou diretamente pela referência do produto. Para um acesso ainda mais rápido à referência, a Valeo estabeleceu um sistema de preenchimento automático nos campos de registo. B - Todas as informações técnicas em um único local. As informações técnicas da Valeo, constituídas por boletins técnicos, instruções e vídeos de montagem, já estão disponíveis em um único local para consulta imediata. A Valeo constatou que a procura por informações técnicas por referência é absolutamente essencial para os profissionais da reparação. Portanto, a Valeo Tech@ssist permite o acesso a informações técnicas especificamente ligadas à referência do produto, a fim de ser mais eficaz e reduzir as hipóteses de erro. C - Formação por medida. A formação é crucial num setor como o automóvel, que é cada vez mais tecnológico. No entanto, em 73% dos reparadores independentes, nenhum funcionário tem beneficiado de um curso de formação nos últimos 12 meses (Estudo GIPA, 2017). De fato, a formação contínua dos profissionais é particularmente difícil de organizar, especialmente devido à falta de tempo e à dificuldade de interromper o horário de trabalho do mecânico. Em resposta a essas condições, a Valeo fornece módulos de formação on-line através do Valeo Tech@ssist.
2 - A gama Valeo é muito completa e abrangente, que inclui aplicações para todo o tipo de automóveis ligeiros e pesados. Existem diversas gamas de produto consoante o tipo de aplicação, numa linha de halógeneo para os faróis dianteiros, mais também uma linha de sinalização dianteira, lateral, traseira e interior.
MAGNETI MARELLI
3 – Destacamos o novo Valeo Tech@ssist, onde está disponível toda a informação técnica da Valeo, a saber: A - Busca rápida e intuitiva de peças de reposição. Graças a Valeo Tech@ssist, de acesso on-line gratuito via www.valeoservice.es, nunca foi tão rápida e intuitivo para encontrar a referência correta da peça Valeo. Baseando-se em bases de dados TecDoc, o profissional da oficina pode facilmente encontrar todos os detalhes da referência Valeo, incluindo especificações técnicas, as
1 - Por um lado, apresentamos como novidades as duas gamas mais recentes: - + 130% Light, estas são as lâmpadas mais brilhantes da gama Magneti Marelli, capazes de fornecer até 130% mais luz na estrada; - Branco 4200K, estas lâmpadas produzem um feixe de luz branco e elegante, que fornece 30% mais luz na estrada. Além disso, com esta nova gama, satisfazemos a procura do mercado de modo a proporciona uma luz muito mais branca. Também incorporamos três novidades na
Alexandra Salgado +34 93 841 35 30 www.magnetimarelli-checkstar.pt
gama de halogénio: - H15 12V, H16 12V e H18 12V. Igualmente, completamos a nossa linha de Xenon, oferecendo: - D1S, D1R, D2S, D2R, D3S, D3R, D4S e D4R. 2 - Atualmente a Magneti Marelli possui os seguintes gamas: Xénon - lâmpadas com tecnologia Xénon, disponíveis em todos os principais formatos. Atualmente é a lâmpada mais eficiente, com uma vida útil de aproximadamente 10.000 horas. Standard - lâmpadas para carros, motos e veículos comerciais. A gama tem lâmpadas de halogéneo e auxiliares. Long Light - o objetivo desta gama é responder aos requisitos do novo regulamento europeu que recomenda o uso das luzes durante o dia. Esta gama oferece ao condutor uma duração aproximada duas vezes mais que uma lâmpada Standard graças à tecnologia de gás Kripton. + 50% Light - esta gama de lâmpadas produz 50% mais luz em relação a uma lâmpada de halogéneo convencional. Elas têm uma excelente relação entre luminosidade e vida útil. + 130% Light - são as lâmpadas mais brilhantes da gama Magneti Marelli. Capaz de fornecer até 130% mais luz na estrada. Estão disponíveis em caixas individuais e em packs de duas unidades. White 4200K – estas lâmpadas fornecem um feixe de luz muito branco e permitem obter até 30% mais luz na estrada. Eles estão disponíveis em caixas individuais e em packs de duas unidades. Standard 24V - lâmpadas para veículos pesados. Disponível nos principais formatos de lâmpadas auxiliares e de halogéneo. Heavy Duty - lâmpadas de 24V com filamentos e soldaduras reforçadas. Ideal para veículos industriais porque são muito mais resistentes a choques e vibrações. 3 - As nossas gamas incorporam uma nova imagem atualizada e uma embalagem elegante. Cada gama de lâmpadas distingue-se por uma cor, conseguindo uma melhor diferenciação da linha de produtos, bem como uma melhor presença no exterior. A Magneti Marelli possui um catálogo em formato de “pasta” onde se informa de todas as gamas e referências disponíveis para cada gama correspondente, bem como as funções que são desenvolvidas dentro do veículo. Além disso, todas as informações estão disponíveis nos principais mecanismos de busca digital, além de ter um catálogo on-line para download no nosso site.
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mas também pelo serviço, que está presente quer no equipamento original quer no aftermarket.
LÂMPADAS AUTO
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NARVA / PHILIPS Vieira & Freitas Cristiana Costa 253 607 324 central@vieirafreitas.pt www.vieirafreitas.pt
1 - A mais recente novidade, no que diz respeito a luzes para automóveis, são as novas lâmpadas LED Philips Ultinon, estas permitem obter uma luz mais branca que o habitual, possibilitando uma condução noturna mais segura e elegante com as mais recentes LED Philips Ultinon. Até 160% de luz mais brilhante para uma visibilidade superior, graças à solução “retrofit” da Philips LED. Muitos automobilistas, conduzem à noite com luzes inferiores, sem perceber o quão perigoso isso pode ser. As luzes escuras diminuem a capacidade de avaliar as distâncias, distinguir cores e ver perigos numa visão periférica. Contando com a tecnologia Philips “AirFlux2”, um sistema inteligente de gestão de calor, permite que as luzes Philips LED Ultinon durem até 8 anos. As luzes LED Philips Ultinon são também equipadas com tecnologia “Safe Beam”, permitindo que um poderoso feixe de luz seja direcionado exatamente para onde ele é necessário. 2 - Genericamente, a nossa gama de lâmpadas é constituída por quatro grandes famílias: Lâmpadas Incandescentes, Halogéneo, Xenon e LED., em 12 e 24volts. 3 – Nos websites das marcas de lâmpadas que representamos, pode ser encontrada toda a informação: www.lumileds.com, www.narva-light.com e www.philips.pt.
2 - A gama de lâmpadas da Flosser é constituída por: - Lâmpadas Xénon; - Lâmpadas de Halogénio; - Lâmpadas Convencionais; - Lâmpadas de alta voltagem; - Lâmpadas Hipervision; - Lâmpadas de upgrade (com mais percentagem de luminosidade); - Lâmpadas LED. 3 - A Flosser tem disponível catálogos físicos completos bem como PDF´s disponíveis para download no site sempre atualizados. A versão actual do catalogo é 2019-2020 (https://flosser.com/es/descarga/).
CHAMPION
Federal Mogul www.championautoparts.eu 1 – Como novidades Champion, existe os LED de Luzes interiores e, além disso, também está a ser planeada uma gama de retalho para ser introduzida.
Auto Recto Fábio Gomes 225 180 724 geral@autorecto.com www.autorecto.com
2 – Temos uma completa gama de qualidade com 12v para ligeiros e de 24v para pesados e comerciais. Existe a oferta Xenon 5 SKUs, com 95% de cobertura do parque automóvel e o farol de halogéneo 46 SKUs também com 95% cobertura do parque automóvel. Existe ainda a gama de sinalização e iluminação interior 53 SKUs com 85% cobertura do parque automóvel.
1 - A mais recente novidade terá sido as versões LED. A Flosser é uma marca de origem alemã, com mais de 60 anos de história em produtos de iluminação, conhecida não só pela qualidade e inovação,
3 – Disponibilizamos uma ferramenta de pesquisa via web para dispositivos, o site www.championautoparts.eu, o canal do Youtube com vídeos, brochuras técnicas e de marca, catálogos, NPI’s e o Gagare Gurus.
FLOSSER
ANK
Vallux Pedro Coelho 210 840 752 vallux@vallux.pt www.vallux.pt 1 - A mais recente novidade introduzida pela ANK, é a adição de novas lâmpadas utilizadas especialmente em luzes diurnas. Todos os novos modelos vem equipados agora com este tipo de iluminação e tem existido por parte dos fabricantes a introdução de novas referências. 2 - A Vallux disponibiliza uma ampla gama de lâmpadas auto, seja para substituição de original, seja para personalização da mesma com luzes mais brancas, mais intensas, etc. Oferece também uma alargada gama de lâmpadas de substituição de Xenon original tais como D1S, D2S/R, D3S, D4S, com garantia de 2 anos. Temos as gamas: ANK (OEM), Xenplus (Xenon original), Super White, Premium Plus e Ultravision (Personalização de cor/ intensidade de luz). Referimos também que possuímos uma gama de substituição de lâmpadas originais para LED, com aplicação para interior e exterior (mínimos, matrículas, plaffoniers, etc). 3 - Temos um departamento dedicado à assistência técnica para todos os nossos artigos. Acreditamos que hoje, a assistência é tão importante como o produto e contamos com profissionais do segmento para poder resolver qualquer situação ou dúvida sobre todos os nossos produtos.
WURTH
Bruno Gonçalves 219 157 200 bruno.goncalves@wurth.pt www.wurth.pt
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1 - Recentemente a Wurth incorporou algumas lâmpadas para os modelos mais recentes no mercado, nomeadamente H15 -12V, H11 - 24V, bem como novas versões das lâmpadas Xenon D2S, D2R e D1S. Foram também incorporadas em Portugal alguns modelos de lâmpadas de halogéneo “Xénon-Light“ emitem uma luz de elevado contraste semelhante à luz natural que é menos agressiva para a vista do que a iluminação dos faróis convencionais. 2 - A Wurth detém uma linha de lâmpadas completa em versões 12V e 24V com amplitude para todo o tipo de modelos e faróis de automóveis e camiões. A linha de lâmpadas da Wurth é distribuída com a marca própria e está disponível através dos nossos comerciais, bem como nas Lojas Wurth ou E-shop. 3 - A rede de vendedores da Wurth está preparada para dar suporte técnico aos seus clientes fruto de inúmeras formações que são ministradas anualmente. Por outro lado toda a informação e detalhes técnicos dos produtos estão disponíveis nos nossos catálogos e brochuras ou através de informação disponibilizada online. Para clientes interessados num suporte que PUBLICIDADE
fomenta a organização por tipologia de lâmpada, a Wurth dispõe de expositores adequados a qualquer oficina, permitindo assim um stock devidamente organizado.
de xénon em caixa de oficina 12V, LED, Superwhite e HOD. 3 – Prestamos todo o apoio presencial através dos nossos comerciais e do nosso técnico via telefone.
MASTERSENSOR/ VERTEX Diana Marques 234 328 053 geral@mastersensor.com www.mastersensor.com
1 - A mais recente novidade introduzida pela Mastersensor foram as originais xénon. A Mastersensor tem lâmpadas de marca própria nas gamas halogénio, xenon e LED. Também comercializamos Vertex e Osram. 2 - A gama é constituída por lâmpadas de halogénio (gama completa) e originais
HELLA
José Gallardo / Frederico Abecassis 910 035 081 f.abecasis@hella.com www.hella.pt 1 - A última inovação que implementamos na nossa oferta de lâmpadas, é uma gama completa em blister de 12V. Também incorporámos recentemente na nossa gama os modelos de lâmpadas H18, H19, HB3WL e HB4WL. Também melhorarmos a nossa
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LÂMPADAS AUTO
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lâmpada “White light” para H7, H4, H3 e H1 com uma temperatura de cor de 4200K e intensidade de luz de + 30% que nos permite aproximar a temperatura de cor solar de 4800K e fornecer uma nítida luz branca. 2 – A Hella tem uma gama muito ampla, tanto em 12V para turismo, comerciais e moto, como para 24V camião, autocarro e máquinas diversas. Dentro da nossa gama de halogéneo, temos modelos com intensidade de luz de + 60% e + 120%, lâmpadas especiais de longa duração com mais 3 ciclos de vida do que uma lâmpada normal e “Heavy Duty Expert” com alta potência e alta resistência as vibrações. 3 - A Hella tem atualmente duas plataformas online de apoio aos distribuidores e às oficinas. Os distribuidores possuem o portal Hella Partner World, que contém todas as informações necessárias para a gestão diária de compra e consulta, além de contar com todas as informações do produto, campanhas, novidades, boletins, etc. Para as oficinas, a Hella oferece, gratuitamente e de forma aberta, o portal Hella Tech World, onde a oficina encontrará todas as novidades da Hella, as mais recentes inovações tecnológicas com extensa informação técnica, oferta abrangente de produtos e serviços e uma área de formação e informação técnica. As oficinas podem-se inscrever gratuitamente para receber boletins quinzenais com as notícias técnicas mais interessantes em www.hellatechworld.es.
LAMPA
PPT Distribuição Paulo Guimarães 915 974 010 pauloguimaraes.ppt@gmail.com www.lampa.it 1 - A novidade mais recente proposta pela Lampa são as lâmpadas Halo LED com Kit de conversão. A lâmpada construída sob esta tecnologia e com balastro incluído, permite uma maior luminosidade com Lumens que excedem as tradicionais lâmpadas de halogéneo, enquanto que a distribuição da luz corresponde à lâmpada Original. A montagem é fácil não sendo necessário qualquer alteração. O conjunto é composto por chips de última tecnologia. A sua luz
extraordinariamente brilhante e a sua durabilidade (30.000 horas) são o seu ponto mais forte. Tecnologia fria, logo não necessita de ventilação ou dissipadores de calor. 2 - A gama de lâmpadas Lampa, que representámos em Portugal é composta pela categorias Halogéneo, Led e Xenon. Nestas categorias é possível encontrar todas as lâmpadas usuais no parque automóvel, camião e moto. As categorias acima mencionadas contem lâmpadas devidamente certificadas e homologadas para uso em estrada. Contudo, também dispomos de lâmpadas especiais não homologadas para uso em circuitos fora-de-estrada (competição e tuning). Todas as lâmpadas são certificadas e contêm a normativa CE. Todas as lâmpadas do parque autómovel estão disponíveis no catálogo Lampa. Como complemento, poderemos ainda encontrar balastros e kits de conversão e ligação assim como produtos de substituição para kits de Xénon. As lâmpadas Lampa poderão ser comercializadas em embalagem blistada, própria para o canal de venda livre serviço, assim como na embalagem tradicional.
radas em parcerias com os nossos clientes. Também está disponível para os nossos clientes e parceiros a consulta online de dados técnicos e da gama geral de produtos. Contudo, o mais importante é a proximidade com os nossos clientes!
BOSCH
Solène Cloâtre 808 100 202 www.bosch.pt
2 – Genericamente a gama de lâmpadas auto da Forch é constituída por três linhas de produto. Estamos a falar das lâmpadas de 6V, 12V e 24V.
1 – Existem novidades Bosch ao nível da tecnologia de Xénon, nomeadamente a Gama Xenon Gigalight HID, que tem as seguintes características: - Até 70% mais luz na estrada em comparação com uma lâmpada de xénon normal; - Luz brilhante: luz azul até 4400 Kelvin; - Longa vida útil: muitas vezes melhor do que o veículo, as lâmpadas de descarga não requerem um filamento, o que as torna mais confiáveis e duráveis; - Redução do consumo de energia: 35W em vez de 55W - beneficia tanto o ambiente como a carteira. Benefícios para o utilizador: condução noturna mais segura graças à deteção precoce de sinais e sinais de trânsito, bem como aos perigos potenciais. A Gama Xenon Gigalight HID está disponível nos modelos D1S e D2S. Também na tecnologia de halogéneo existem novidades com a gama Ultra White 4200K. Destina-se aos condutores que querem um efeito de Xénon branco elegante e moderno. As características deste produto são: - Luz muito branca, luz do dia, para contrastes mais fortes; - Cor da luz até 4200 Kelvin, semelhante à luz do dia, devido a um revestimento azul especial; - Até 30% mais desempenho do que uma lâmpada halógena padrão; - Melhor visibilidade. - Design moderno (o tampo prateado parece nobre nos faróis transparentes de vidro). Esta gama está disponível nos modelos H1, H4, H7, em caixa de papelão e em Twin Box (caixa de duas lâmpadas).
3 – Para além do acompanhamento de um técnico comercial, temos ainda fichas técnicas, passamos certificados de conformidade, e ainda fazemos ações de formação elabo-
2 - A gama Bosch cobre todas as necessidades dos consumidores, e é a seguinte: Padrão: Faixa de luz pura com boa relação preço/qualidade;
3 - Atualmente, o único suporte técnico que podemos fornecer aos nossos clientes é o website da marca Lampa (www.lampa. it) que fornece toda a informação necessária para o bom uso da lâmpada. Estamos a desenvolver ações de informação sobre as lâmpadas mais específicas para fazer chegar junto dos clientes.
FORCH
José Prazeres 937 990 903 jose.prazeres@forch.pt www.forch.pt 1 - A mais recente novidade de produto que a Forch disponibiliza é a gama de lâmpadas Xénon.
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Outras Marcas
Para além das marcas de lâmpadas que apresentamos neste dossier, a oferta ao nível deste produto é maior e mais extensa. Assim, são comercializadas em Portugal ainda a marcas Amolux, Trifa, Lucas, RecOficial, Ring, Berner e Bosma.
Substituir as lâmpadas aos pares
Todos os produtos de lâmpadas auto recomendam sempre fazer substituições das lâmpadas aos pares. Não se trata apenas de uma questão comercial, mas existem razões objetivas para essas recomendações: - É uma questão de segurança; - A vida útil de duas lâmpadas idênticas é extremamente semelhante, levará algum tempo até que a segunda lâmpada pare de funcionar; - Uma lâmpada no final da sua vida oferece um brilho menor, mudando apenas uma lâmpada pode causar a assimetria da iluminação. A segurança e a estética do veículo estão comprometidas; - É mais prático e económico trocar as duas lâmpadas ao mesmo tempo.
A tecnologia LED está a tornar-se no novo padrão na área das luzes auto. A melhoria na qualidade das lâmpadas é cada vez mais visível, lâmpadas ultraduráveis, projetadas para ajudar os condutores a identificar os riscos mais cedo. Tendencialmente, será a sustentabilidade, onde a eficiência energética será proeminente, com a evolução do sector automóvel a pender para o “elétrico”, todos os “watts” irão contar”. João Casinhas HEAD OF SALES AUTOMOTIVE AFTERMARKET PORTUGAL
Alexandra Salgado
DA OSRAM
PRODUCT MANAGER MAGNETI MARELLI
“Claramente que o LED está no foco dos fabricantes, apesar do halogéneo continuar a representar a maior percentagem de integração em carros novos. No aftermarket já temos alternativas de retrofit para as lâmpadas H4, H7, H11, HB4, H10 e H8/H11/H16”.
“O mercado exige lâmpadas cada vez mais potentes com vida útil mais longa, daí a expansão que a Magneti Marelli alcançou com o lançamento da sua gama +130% Light”. Além disso, o condutor prefere cada vez mais luzes brancas, em vez de tons mais amarelos ou azuis do que no passado. Atualmente, a lâmpada branca é a mais procurada, e a Magneti Marelli conseguiu satisfazer essa procura do mercado com sua nova lâmpada White 4200K”.
Pedro Coelho GERENTE VALLUX
O futuro das lâmpadas auto
“Os automóveis, cada vez mais, são alvo de evolução muito grande a nível de iluminação. Numa era com cada vez mais viaturas a circular e, muitas vezes em condições que necessitam de iluminação, a introdução de faróis adaptativos, com iluminação em LED e Xenon, é o maior desenvolvimento tecnológico na área”.
Cristiana Costa
Bruno Gonçalves
MARKETING VIEIRA & FREITAS
DIRETOR DIVISÃO AUTO E CARGO DA WURTH
“Longe fica o tempo em que as luzes se resumiam, a uma simples luz amarela ou branca, o futuro prevê-se bem mais “colorido” e direcionado. Estaremos a falar de uma iluminação inteligente, que irá reagir à condução e ao meio envolvente, promovendo mais segurança rodoviária. Muita evolução aconteceu no campo da iluminação, ao longo dos últimos anos, como exemplo a tecnologia LED e OLED.
“Naturalmente que com a evolução de iluminação LED, o futuro desta linha de produto aponta para uma tipologia de produto diferente, com outras opções tecnológicas a serem disponibilizadas também no sector automóvel”.
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e também a tecnologia de iluminação OLED. Estas tecnologias estão sendo desenvolvidos e os seus protótipos aplicados no segmento de OE no momento, levando em conta também novas formas de produção mais ecológicas e ambientalmente mais amigáveis do que antes. Ao mesmo tempo, os produtores mantêm um bom alto investimento nas lâmpadas de halogéneo, pois são as mais comuns e o preço acessível para a maioria dos proprietários de automóveis”.
Champion “Há uma tendência de inovação no segmento da iluminação auto. O futuro será a tecnologia Laser
Frederico Abecasis COUNTRY MANAGER HELLA
“Os principais desenvolvimentos têm sido a evolução das lâmpadas Xenon que já vão na 4ª geração, e também nos chamados retrofit LED que têm proliferado no mercado com maior ou menor qualidade, mas que são certamente uma tendência”. Solène Cloâtre PRODUCT MANAGER EUROPE LIGHTING DA BOSCH
“A tecnologia LED está cada vez mais presente no equipamento original, especialmente em modelos topo de gama ou opcionais. No entanto, a tecnologia de halogénio ainda representa o maior volume do mercado e ainda tem muitos anos à frente”.
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LÂMPADAS AUTO
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Longevidade: Gama Longtime Daytime, para uso intenso e manutenção reduzida; Personalização: Gama Xenon Blue, Ultra White efeitos de luz Performance: Gama Plus 50, Plus 90, Plus 120, para visibilidade melhorada. 3 – Os sistemas de iluminação evoluíram bastante, todos os dias vemos novos modelos de faróis assim como de lâmpadas que requerem cuidados ao serem diagnosticados e ou substituídos. Em termos de informação técnica temos o ESITronic que oferece informação e dados como substituir as lâmpadas, diagnostico e regulação do farol após a substituição da mesma. Durante o ano temos formações a decorrer onde focamos a parte de diagnóstico e ajuste dos faróis. Também temos a nossa Hotline que pode ajudar em caso de dúvidas na reparação e diagnóstico do sistema de iluminação.
PHILIPS
Ana Martín Ruiz-Moyano ana.belen.martin.ruiz@lumileds.com +34 915726705 www.philips.com/automotive 1 – Destaca-se o lançamento das novas lâmpadas LED Philips X-tremeUltinon gen2, lançadas pela Lumileds, equipadas com chips LUXEON Altilon Lumileds LED, que apresentam uma consistência otimizada, com até + 250% mais brilho e uma luz branca que aumenta a nitidez e a visibilidade. Os LEDs LUXEON Altilon SMD oferecem uma longa vida útil e alta fiabilidade, demonstrados em rigorosos testes. Estas lâmpadas projetam a luz num ângulo mais amplo e evitam encadeamentos. Oferecem ainda melhor resistência térmica e baixo consumo de energia, com uma vida útil de até 12 anos. No caso das lâmpadas para oficinas, os últimos lançamentos são as três novas LED RCH5S, RCH25 e PJH10, desenvolvidas pela Lumileds, com resistência à água e impactos e os LED têm uma temperatura de cor de 6000 K. 2 – Os profissionais podem encontrar lâmpadas halógenas RacingVision, capazes de oferecer uma luz até 150% mais brilhante; WhiteVision ultra, com uma aparência branca brilhante e marcante; WhiteVision, dotado de um intenso efeito de xenon branco; Vision, projetadas para
oferecer até 30% mais visão; X-tremeVision, com uma luz até 130% mais brilhante, ou o LongLifeEcoVision, com uma maior vida útil. Por sua vez, a oferta de faróis de xenon da Philips é composta pelas gamas X-tremeVision Gen2, capazes de oferecer até 150% mais visão; WhiteVision Gen2, com efeito de LED branco homogéneo e Vision Headlights, ideal como opção de reposição. Dentro da oferta de lâmpadas retrofit LED, encontramos as gamas de LED Ultinon, capazes de oferecer uma luz até 160% mais brilhante; LED X-tremeUltinon, com uma luz até 200% mais brilhante e o já mencionado X-tremeUltinon LED Gen2. 3 – A nossa maior aposta é formar profissionais, para que possam explicar os benefícios de cada produto e, portanto, possam recomendá-los corretamente. Damos prioridade à formação dos nossos distribuidores e das oficinas, para que tenham todas as ferramentas necessárias, para continuar a aumentar o seu negócio. A Philips faz um esforço notável para transmitir aos distribuidores e oficinas a importância de trocar lâmpadas aos pares. Por outro lado, o canal do YouTube sobre iluminação automotiva da Philips oferece uma ampla gama de vídeos com instruções técnicas e breves gravações que incluem informações para facilitar a troca de lâmpadas nos modelos mais populares. A Lumileds também oferece uma ferramenta online que ajuda a encontrar as lâmpadas certas para cada veículo.
regulamentação ECE R37 através de uma certificação E1(Alemanha). De salientar o facto das lâmpadas H1, H4 e H7 terem um desempenho e longevidade em média 4 vezes superior à norma. Caracterizam-se ainda por serem anti UV, evitando dessa forma o amarelecimento dos vidros dos faróis, contribuindo para uma maior segurança na estrada. Temos a preocupação de oferecer qualidade em todos os nossos produtos, nesta gama em especial pois uma lâmpada com qualidade contribui e muito para a segurança dos condutores e passageiros.
VOSLA
Marein Christine Reinke 217 163 721 www.vosla.com/pt-pt/
EUROREPAR
1 e 2 - A Vosla GmbH, fabricante alemão de lâmpadas de qualidade, apresenta-se com um novo logotipo e um novo desenho mais atrativos, agora também com sinalização de várias cores para diferenciação dos diversos grupos de lâmpadas para automóveis. Também o novo catálogo torna-se mais atrativo pelo novo desenho com cores e no seu interior os diversos grupos de lâmpadas são ordenadas consoante os grupos de aplicações especificas. Nos produtos foi introduzida como novidade a série +120 = 120% mais concentração de luz em relação às lâmpadas standard. Na zona importante em frente à viatura passa a existir melhor iluminação da via, por isso melhor visibilidade para o condutor.
1, 2 e 3 - A Gamobar Peças está sempre empenhada em criar o maior número possível de soluções para os seus clientes. Assim, para além de comercializar lâmpadas das marcas que representa, como membro da rede Distrigo dispõe de uma gama de lâmpadas multimarca Eurorepar, tendo como principal vantagem o facto de cobrir cerca de 90% do mercado com um nível de qualidade extrema, pois foi analisada e validada pelos serviços técnicos e de qualidade do grupo PSA e ainda sujeita às normas de
3 - Existe material de informação de produtos para os revendedores. Quando desejado organizam-se também ações de formação sobre os produtos e sua venda no local do revendedor. Refira-se que a Vosla depois de avultados investimentos em equipamentos mais modernos e sofisticados, é hoje considerada um dos grandes e ainda poucos fabricantes para todo o tipo de lâmpadas para viaturas de excelente qualidade na Alemanha. Produz para o equipamento original e aftermarket. A sua tecnologia muito avançada, acompanhada pelos seus próprios laboratórios de investigação e desenvolvimento, colocam a VOSLA na vanguarda dos fornecedores de material de iluminação.
Gamobar Peças Jorge Teixeira 226 152 700 antonioj.teixeira@gamobar.pt www.gamobarpecas.pt
Técnica
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T 2.ª PARTE
Sistemas de luzes de viragem estáticas e dinâmicas Os modernos automóveis trazem sistemas cada vez mais complexos, fruto acima de tudo da tecnologia que integram. Neste artigo abordados os sistemas de luzes de viragem estáticas e dinâmicas PARCERIA CEPRA / PÓS-VENDA WWW.CEPRA.PT
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ser humano tem alguma capacidade de visão noturna, mas esta é reduzida e tem limites. Por isso, muitos condutores não se sentem confortáveis quando conduzem à noite. Não é por acaso que uma grande percentagem dos acidentes rodoviários, incluindo atropelamentos de peões e ciclistas, acontecem à noite. Apesar do tráfego noturno ser apenas cerca de 25% do tráfego que se verifica durante um dia inteiro, cerca de 50% dos acidentes mortais ocorrem no período noturno. Os condutores que conduzem à noite correm maiores riscos de se verem envolvidos em acidentes, sendo que, o
risco de acidente em condução noturna é quase o dobro em relação à condução diurna. A elevada incidência de acidentes noturnos, associada à pouca visibilidade noturna, está associada a vários fatores, entre os quais, más condições atmosféricas, más condições da estrada, entroncamentos e cruzamentos com pouca iluminação e visibilidade, bermas mal sinalizadas e mal iluminadas, desconhecimento do local, má condução e velocidade não adequada para as condições da estrada, erros de avaliação de velocidades e distâncias devido à falta de pontos de referência visual, encadeamento dos condutores devido aos faróis dos veículos que vêm de frente ou de trás
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e obstáculos ou curvas apertadas detetados demasiado tarde. Os riscos são ainda mais elevados para os peões e ciclistas, que são muitas vezes envolvidos nestes acidentes. Estes são fatores decisivos, que colocam o sistema de iluminação como um dos mais importantes sistemas do veículo. Os automóveis possuem sistemas de iluminação desde os finais do século dezanove, quando surgiram os primeiros veículos equipados com lanternas, ainda rudimentares. Desde então, a evolução tem sido grande e a engenharia automóvel não tem parado de desenvolver e inovar ao longo do tempo, fazendo surgir diferentes sistemas de iluminação e fontes de luz, entre os quais, sistemas com lâmpadas de incandescência de halogéneo, lâmpadas de descarga em gás (xénon), díodos emissores de luz (LED) e mais recentemente sistemas laser. Os sistemas de iluminação estão hoje associados aos sistemas de assistência ou apoio à condução, apresentando-se hoje como sistemas de segurança ativa e “inteligentes”, com várias funções integradas e que funcionam com interação direta com outros sistemas do veículo. Atualmente, temos o sistema de iluminação a interagir com diversos sistemas e equipamentos do veículo, tais como, câmaras, motor, sistema de suspensão, sistema de direção e sistema de navegação GPS. A União Europeia ciente da importância dos sistemas de iluminação na condução noturna e com o objetivo de melhorar a segurança rodoviária nas estradas, definiu em regulamentos a existência dos chamados sistemas de iluminação frontal adaptável, conhecidos normalmente pela sigla em inglês AFS (Adaptive Front-lighting System). De acordo com o regulamento da UNECE Nº 48 (Prescrições uniformes relativas à homologação de veículos no que diz respeito à inscrição de dispositivos de iluminação e sinalização luminosa), um sistema de iluminação frontal adaptável (AFS) é um dispositivo de iluminação homologado de acordo com o regulamento da UNECE Nº 123 (Prescrições uniformes relativas à homologação de sistemas de iluminação frontal adaptáveis (AFS) destinados a veículos a motor), que fornece feixes com características diferentes para a adaptação automática às condições variáveis de utilização do feixe de cruzamento (médios) e, se aplicável, do feixe de estrada (máximos). Atualmente, um sistema de iluminação frontal adaptável (AFS) está associado a várias funções dos faróis dianteiros do veículo. Este artigo pretende focar duas funções dos sistemas de iluminação do veículo, no âmbito do sistema de iluminação frontal adaptável (AFS), que são as luzes de
viragem estáticas e luzes de viragem dinâmicas, conhecidas em inglês por diferentes designações, tais, como, Cornering Light System, Bending Light System, Turning Light System, entres outras. Não é uma questão recente e não foi só nos últimos anos, que os engenheiros da indústria automóvel se começaram a preocupar com as curvas em ambiente noturno. Esta preocupação já vem de há muitos anos atrás. Automóveis com faróis que rodavam de acordo com as rodas direcionais do veículo, já existem desde os anos 20 do século passado. Um exemplo de um automóvel mais moderno, é o automóvel Tucker de 1948 da empresa americana Tucker Corporation. Este veículo tentou apresentar-se como pioneiro em termos de engenharia inovadora e sistemas de segurança. Possuía um terceiro farol colocado ao centro, que era direcional. O farol era ativado a ângulos da direção superiores a determinado valor, para iluminar o traçado da estrada ao longo das curvas.
Outro exemplo, mais conhecido, é o Citroen DS, conhecido em Portugal por “boca de sapo”, que surgiu na década de 1950 e foi produzido até meados da década de 1970. Este automóvel, também pioneiro no que concerne a inovações tecnológicas, teve versões com faróis direcionais para acompanhar o traçado das curvas. Os faróis do lado de dentro e de diâmetro mais pequeno, rodavam de acordo com o movimento do sistema de direção e, de forma menos percetível, os faróis do lado de fora e de diâmetro maior, rodavam ligeiramente de acordo com o movimento do sistema de suspensão, mantendo assim o feixe de luz relativamente fixo no horizonte.
LUZES DE VIRAGEM ESTÁTICAS As luzes de viragem estáticas, atuam como um complemento às luzes de cruzamento (médios) e também às luzes de viragem dinâmicas. As luzes de viragem estáticas têm como função iluminar melhor a estrada, quando o veículo vira em curvas apertadas (esquinas) em ambiente urbano, estradas secundárias e cruzamentos, ou efetua viragens em pequenas manobras a baixa velocidade, tais como, estacionar, virar para uma garagem, virar em curvas em U (cotovelos), fazer uma inversão de marcha ou entrar em estradas sinuosas. As luzes de curva estáticas só funcionam em conjugação com as luzes de cruzamento (médios). As luzes de viragem estáticas permitem ao condutor identificar mais cedo outros utentes do tráfego ou possíveis obstáculos, aumentando bastante a segurança, em especial em zonas escuras ou com fraca luminosidade. E apresentam-se como uma grande ajuda em manobras de estacionamento noturnas.
Há diferentes soluções de sistemas de luzes de viragem estáticas. Há sistemas em que a função de luz de viragem estática é realizada por refletores adicionais, integrados nos faróis dianteiros do veículo. O refletor adicional pode ter uma lâmpada de halogéneo que é ligada em função da situação, a baixas velocidades inferiores a cerca de 40 km/h.
Também existem sistemas em que os próprios faróis de nevoeiro fazem a função de luz de viragem estática. Os faróis de nevoeiro também podem estar equipados com refletores giratórios integrados. Quando é ativada a luz indicadora de mudança de direção (pisca-pisca) ou o condutor começa a rodar o volante, a velocidades abaixo de cerca de 40 km/h, as luzes de nevoeiro em conjunto com as luzes de cruzamento (médios) iluminam a área para o qual o veículo vai virar, num ângulo que pode ir até cerca de 80º em relação à direção do deslocamento do veículo. Desta forma,
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CEPRA
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a área de visibilidade lateral à frente do veículo pode ser aumentada em cerca de 30 metros. Ficam assim visíveis ao condutor, áreas da via que permaneceriam escurecidas num sistema de iluminação convencional sem luzes de viragem estáticas.
de cada um dos faróis dianteiros são direcionais e movimentam-se na horizontal, através de servomotores integrados. O movimento horizontal pode ter um ângulo de orientação de aproximadamente 15º para o lado interior da curva e aproximadamente 7,5º para o lado exterior da curva. Um sensor do sistema deteta o ângulo de orientação.
As lâmpadas de xénon, são lâmpadas de descarga em gás, em que o feixe de luz é gerado através da diferença de tensão que é aplicada entre dois elétrodos de tungsténio numa fina cápsula de quartzo. A cápsula de quartzo contém gás xénon no interior. Quando o gás é submetido a um pico de tensão de mais de um determinado valor, gera-se um arco elétrico que causa o efeito luminoso. Elétrodo
Sem luz de viragem estática
Com luz de viragem estática
A luz de viragem estática ativa-se e desativa-se, aclarando e escurecendo de forma progressiva e automática, respetivamente. A ideia é que, para o condutor, a situação de luminosidade adicional não se altere de forma brusca. Há sistemas em que as luzes de viragem estática também pode servir para ajudar a manobrar quando o veículo está a recuar. Quando é engatada a mudança de marcha-atrás, ambas as luzes esquerda e direita, iluminam a área em redor do veículo. Em sistemas com faróis LED Matrix atuais, a iluminação LED matricial pode ter também a função de luz de viragem estática. Neste caso, temos uma situação em que o sistema de luz de viragem estática já não tem ligação ao sistema de direção do veículo. A iluminação matricial LED usa os dados de rota preditiva fornecidos pelo sistema de navegação GPS do veículo, para reconhecer com antecedência as curvas que se aproximam no percurso, de forma a mudar o foco do feixe e acender os LED necessários, e com a luminosidade necessária, para o lado da curva pretendida, ainda antes do condutor começar a virar o volante e o veículo começar a abordar a curva. LUZES DE VIRAGEM DINÂMICAS Vimos atrás que as luzes de viragem estáticas atuam nas manobras e curvas efetuadas a velocidades baixas, inferiores a cerca de 40 km/h. As luzes de viragem dinâmicas, têm como função fazer com que os feixes das luzes de cruzamento (médios) acompanhem e se adaptem ao ângulo de direção do veículo, quando o veículo percorre as trajetórias das curvas, ao deslocar-se na estrada, a velocidades superiores a cerca de 40 km/h. O sistema atua em função do ângulo de viragem e da velocidade do veículo, e pretende garantir uma óptima iluminação da estrada, em todas as situações de condução nas curvas. Há sistemas em que os módulos das lâmpadas das luzes de cruzamento (médios)
Cápsula de quartzo com gás xénon
Arco elétrico Elétrodo
Os ângulos de orientação desiguais têm a vantagem de iluminar melhor as trajetórias das curvas. O módulo da lâmpada do lado interior da curva gira, descrevendo o dobro do ângulo que descreve o módulo da lâmpada do lado exterior da curva, conseguindo-se assim uma largura máxima de iluminação possível, com uma distribuição homogénea da luz.
Os módulos das lâmpadas não se movimentam, quando o veículo está parado ou se desloca a velocidades inferiores a cerca de 10 km/h. A partir desta velocidade, o ângulo de orientação das luzes depende essencialmente do raio da curva. Durante a fase de aceleração a partir de uma situação em que o veículo se encontra parado, o movimento de orientação das luzes faz-se de uma forma suave. Quando o veículo está a curvar na estrada, o sistema permite aumentar bastante a iluminação da curva e da própria estrada, em relação a um sistema com luzes de cruzamento (médios) convencional. Num sistema convencional, grande parte do cone de luz formado perde-se a iluminar áreas que se encontram fora da estrada. Os sistemas de luzes de viragem dinâmicas têm evoluído muito ao longo do tempo e diferem em função do tipo de fonte de luz. (108) Podemos ter, por exemplo, um sistema de luzes bi-xénon nos faróis dianteiros, com sistema de luzes de viragem dinâmicas.
Quando a lâmpada é ligada, a tensão de alimentação diminui para um determinado valor de tensão altenada. Os faróis com lâmpadas de descarga em gás oferecem muitas vantagens sobre os faróis com lâmpadas de halogéneo. Possuem um desempenho luminoso até três vezes maior, possuem uma maior vida útil, possuem uma tonalidade mais clara do feixe de luz, semelhante à luz natural, possuem um maior alcance do feixe de luz e maior largura da zona de dispersão, com a qual se obtém uma melhor iluminação da berma da estrada e, consequentemente, menor fadiga visual para o condutor, logo mais segurança. Um farol com sistema de luz bi-xénon, utiliza a mesma lâmpada de descarga em gás para as luzes de cruzamento (médios) e para as luzes de estrada (máximos), daí a designação de bi-xénon. Também incorpora a função de regulação dinâmica do alcance das luzes, que deve equipar todos os veículos equipados com lâmpadas de descarga em gás, a fim de evitar o encadeamento dos condutores que circulam na estrada em sentido oposto ou atrás. A estrutura interna do farol tem a mesma base da de um farol bi-xénon convencional, mas tem adicionado um servomotor, ou motor passo a passo, para variar a posição do feixe de luz horizontalmente.
71 Feixe luminoso com faróis bi-xénon
Feixe luminoso com faróis de halogéneo
Servomotor das luzes de viragem dinâmicas
Assim, o sistema adapta a posição dos faróis às curvas do traçado da estrada em que circula, com grandes vantagens ao nível do conforto da condução e segurança. Há uma melhoria ao nível da segurança, dado que há um aumento determinante da visibilidade em curva. A melhoria ao nível do conforto de condução, é devida ao aumento significativo da iluminação, que minimiza o stress e a fadiga do condutor, o que também se repercute numa maior segurança.
Feixe luminoso com faróis bi-xénon e luzes de viragem dinâmica
Podemos ter uma unidade eletrónica de comando para o sistema AFS do veículo, que pode assumir diferentes funções, tais como, a regulação das luzes de viragem dinâmicas, a regulação dinâmica do alcance das luzes, a função de emergência e o autodiagnóstico. O sistema pode utilizar diferentes sensores, entre os quais sensores de nível da carroçaria, sensor da posição angular do volante da direção e sensores de posição dos módulos de orientação das luzes.
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Como resolver os problemas mais comuns nos automóveis?
> 2.5 v
Se forem observadas distorções do sinal, proceda da seguinte forma: Retire o sensor de velocidade do motor
BY MECATRONICAONLINE
Roda do sensor: Verifique a existência de danos Substitua se necessário
VW Polo IV
(9N) 1.4 TDi DPF (BMS) 2006 – 2010
SINTOMA 1 Os indicadores de mudança de direcção estão avariados Só do lado esquerdo Unidade de controlo da rede de bordo: J519 Códigos de falha: 00966 03C6 Causa Cablagem danificada Soluções Ligue a ferramenta de diagnóstico Elimine todos os códigos de falha Verifique os parâmetros do indicador de mudança de direcção Active os indicadores de mudança de direcção Se os valores estiverem correlacionados: Unidade de controlo da rede de bordo: J519 Conector de 16 pinos: T16a Verifique a alimentação eléctrica no pino 16 Se o valor estiver correcto Verifique a cablagem
Repare se necessário
SINTOMA 2 Após reparações: O motor roda mas não arranca Unidade de controlo do motor: Códigos de falha: P0321 16705 4141 Causa Sensor de velocidade do motor: Roda do sensor defeituosa Soluções Ligue a ferramenta de diagnóstico Seleccione ‘01 Engine Electronics’ (sistema electrónico do motor) Seleccione a função 02 (leitura do código de falha) Leia os códigos de falha Seleccione a função 05 (eliminação do código de falha) Elimine todos os códigos de falha Seleccione a função 08 (valores de medição) Seleccione canal 01, campo 1 Tentar um arranque do motor Verifique a velocidade do motor (rpm) Se não for apresentado qualquer valor, proceda da seguinte forma: Utilize o osciloscópio Tentar um arranque do motor Verifique o sinal do sensor de velocidade do motor Valores previstos:
Peças necessárias Roda do sensor: 045105189ª
SINTOMA 3 O motor vai abaixo imediatamente após o arranque A luz de aviso do imobilizador não acende A luz de aviso do motor acende-se Unidade de controlo do motor: Códigos de falha: P0403 1027 Causa Colector de admissão do ar obstruído Sistema da EGR: Depósitos de carvão excessivos
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Soluções Ligue a ferramenta de diagnóstico Seleccione ‘01 Engine Electronics’ (sistema electrónico do motor) Seleccione a função 02 (leitura do código de falha) Leia os códigos de falha Seleccione a função 05 (eliminação do código de falha) Elimine todos os códigos de falha Ponha o motor a funcionar à velocidade de ralenti Válvula da EGR aberta Seleccione a função 08 (valores de medição) Seleccione canal 03, campo 1 Verifique a velocidade do motor (rpm)
Seleccione canal 03, campo 2 Seleccione canal 03, campo 3 Verifique os parâmetros do medidor de massa de ar Verifique os valores correctos e os valores efectivos Valor correcto: 200 – 300 mg Seleccione canal 03, campo 4 Verifique os valores de ângulo de contacto da válvula da EGR Seleccione canal 11, campo 2 Seleccione canal 11, campo 3 Verifique a pressão de sobrealimentação Verifique os valores correctos e os valores efectivos Seleccione canal 11, campo 4 Verifique os valores de ângulo de contacto do solenóide de controlo da pressão do turbo Seleccione o canal 68 Verifique os parâmetros do filtro de partículas diesel Massa de ar: Se o valor for demasiado baixo, proceda da seguinte forma: Pare o motor Não desligue a ignição
Retire o medidor de massa de ar Nota: Não desligue os condutores eléctricos Aplique pressão de ar com um jacto Ligue a uma fonte de ar comprimido Ferramenta de diagnóstico: Verifique os parâmetros do medidor de massa de ar Valor previsto: > 850 mg Se o valor estiver correcto, proceda da seguinte forma: Desligue o escape Ponha o motor a funcionar Se a falha persistir:, proceda da seguinte forma: Retire o colector de admissão de ar Retire os tubos da EGR Retire a válvula da EGR Verifique se há depósitos de carvão Verifique a existência de obstruções Limpe bem as peças Substitua se necessário Volte a montar todas as peças em ordem inversa da remoção (#) A hora é apresentada em horas e centésimos de horas, por. ex 1 hora 30 minutos = 1.50 horas.
NOTA OS DADOS TÉCNICOS, DA RESPONSABILIDADE DA MECATRÓNICAONLINE (DIREITOS DE AUTOR HAYNESPRO B.V.), EMPRESA DE REFERÊNCIA AO NÍVEL DA INFORMAÇÃO TÉCNICA, SERÃO PUBLICADOS EM TODOS OS NÚMEROS DA REVISTA PÓS-VENDA. SE PRETENDER MAIS ESCLARECIMENTOS SOBRE ESTES DADOS TÉCNICOS, OU CASO TENHA UMA DÚVIDA TÉCNICA QUE PRETENDA VER ESCLARECIDA, ENVIE-NOS UM EMAIL PARA GERAL@POSVENDA.PT
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NOVO CURSO - HÍBRIDOS E ELÉTRICOS
Sistemas de Travagem em VHE PROPULSÃO/TRAÇÃO BATERIA HV
MOTOR ELÉTRICO
RODAS MOTRIZES
TRAVAGEM/DESACELERAÇÃO RODAS MOTRIZES
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GERADOR ELÉTRICO
este penúltimo artigo técnico sobre veículos híbridos e elétricos, falaremos no capítulo da travagem associada a EV’s e VHE’s, que podemos separar em duas categorias: a travagem regenerativa; e a travagem por fricção. Muitos são os artigos e opiniões que encontramos a falar sobre o tema travagem regenerativa. Contudo, este conceito é muito fácil de explicar e entender. A Travagem Regenerativa é um dispositivo eletro-mecânico que transforma a energia cinética libertada durante a travagem em energia elétrica, sendo usada em EV’s, VHE’s e PHEV’s para carregar a bateria HV. Ou seja, utiliza a máquina elétrica, invertendo o seu ciclo de funcionamento, que passa a funcionar como gerador elétrico em vez de motor. O esquema seguinte ilustra a travagem regenerativa: Para além de garantir um bom binário de travagem às rodas motrizes, a travagem regenerativa consegue ainda aproveitar energia que antes era desperdiçada por efeito de calor, aproveitando-a em preciosos watt-hora. Quanto aos sistemas de travagem por fricção para EV´s e VHE´s, estes apresentam algumas particularidades, resultado da ausência de uma fonte de alimentação típica da travagem convencional: o vácuo. Os fabricantes resolveram esta questão utilizando uma de duas técnicas: utilizando um sistema de travagem convencional associado a uma bomba de vácuo elétrica; ou em alternativa, um sistema de travagem desacoplado, idêntico ao já famoso SBC (Sensotronic Brake Control), utilizado pela Mercedes-Benz no início do milénio.
BATERIA HV
Na opção associada a uma bomba de vácuo elétrica, este último componente garante a alimentação do servo-freio, pelo que estamos perante um sistema de travagem convencional, onde encontramos todos os componentes habituais (servo-freio, bomba principal de travões, circuito hidráulico). Já no sistema de travagem desacoplado, o utilizador não aciona diretamente o sistema de travagem hidráulico quando utiliza o pedal de travão. Ao invés, esta informação de posição/pressão de acionamento do referido pedal, é enviada eletronicamente a uma unidade de gestão eletrónica, que se encarrega de criar a pressão necessária para acionamento dos discos de travão; ou então optar, prioritariamente, pela travagem regenerativa, sem qualquer acionamento do sistema de travagem. Este sistema, cada vez mais em utilização nos EV´s, e já aplicado em muitos VHE´s e PHEV’s, consegue retirar o melhor aproveitamento da travagem regenerativa, utilizando o sistema de discos/pastilhas apenas como medida suplementar para parar o veículo. O desafio para os técnicos que intervencionam estes veículos é cada vez maior, uma vez que a complexidade dos sistemas é uma realidade. Desta forma, apenas um técnico bem treinado consegue efetuar uma simples substituição de pastilhas de travão, que são cada vez mais raras. E os sistemas EWB (Electronic Wedge Brake) já utilizados na indústria estão para breve, prestes a revolucionar o que resta da travagem automóvel que conhecíamos até agora!
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