N.º15
ABRIL / MAIO 2018 - 2€
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Peças originais DOSSIER
Lubrificantes e aditivos alemães PUBLICIDADE
PERSONALIDADE ELSA COELHO ESTÁ AOS COMANDOS DO GRUPO AC XXI QUE TEM NO PÓS-VENDA O SEU FOCO PRINCIPAL
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As marcas de pesados relevam as suas estratégias para o negócio de peças originais DESTAQUE A FUCHS TEM UMA FORTE ESPECIALIZAÇÃO TÉCNICA QUE GANHA CADA VEZ MAIS IMPORTÂNCIA NO SETOR DA MANUTENÇÃO DE PESADOS
MERCADO COMERCIAL PEÇAS, DMS TRUCKS E VALPARTS SÃO EMPRESAS QUE SE DEDICAM À COMERCIALIZAÇÃO DE PEÇAS
PROPRIETÁRIA E EDITORA ORMP Pós-Venda Media, Lda Rua do Sol N.º 8A Vila Fria 2740-166 Porto Salvo Nº Contribuinte: 513 634 398 CONTACTOS Telefone: +351 218 068 949 Telemóvel: +351 939 995 128 E.mail: geral@posvenda.pt www.posvenda.pt f facebook.com/revistaposvenda i linkedin.com/company/ revista-pós-venda DIRETOR Paulo Homem paulo.homem@posvenda.pt REDAÇÃO Nádia Conceição nadia.conceicao@posvenda.pt DIRETORA COMERCIAL Anabela Machado anabela.machado@posvenda.pt ADMINISTRATIVA Anabela Rodrigues anabela.rodrigues@posvenda.pt PAGINAÇÃO Ricardo Santos geral@posvenda.pt SEDE DE REDAÇÃO Rua do Sol N.º 8A Vila Fria 2740-166 Porto Salvo TIRAGEM 5.000 Exemplares Nº REGISTO ERC 126723 DEPÓSITO LEGAL 403162/15 PERIODICIDADE Bimestral IMPRESSÃO DPS – Digital Printing Solutions MLP, Quinta do Grajal – Venda Seca, 2739511 Agualva Cacém – Tel: 214337000 ESTATUTO EDITORIAL Disponível em www.posvenda.pt
Sumário
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Destaque Fuchs......................................................................................................................................................................P.6
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Notícias.............................................................................................................................................................P.8
Mercado Gradoil....................................................................................................................................................................P.18 Comercial Peças..............................................................................................................................................P.20 DMS Trucks........................................................................................................................................................P.22 Val Parts...............................................................................................................................................................P.24
26 Frota
Transoliveira.......................................................................................................................................................P.26
PÓS-VENDA PESADOS
N.º15
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Personalidade do mês
Elsa Coelho (Grupo ACXXI).......................................................................................................................P.30
36 Dossier
Peças Originais.................................................................................................................................................P.36
44
Camiões / Autocarros Novidades............................................................................................................................................................P.44
50 Técnica
Substituiçõa de pára-brisas......................................................................................................................P.50 AdBlue...................................................................................................................................................................P.54
57 Opinião
APVGN..................................................................................................................................................................P.57
58 Pneus
Notícias..................................................................................................................................................................P.58
Editorial
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E PAULO HOMEM DIRETOR
paulo.homem@posvenda.pt
Olhar pelos pneus...
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arece que grande parte dos transportadores já percebeu claramente que os pneus de baixo custo, vulgo chineses, são um dos grandes custos que as frotas podem ter. Se no momento da compra aparentam que podem vir a tornar-se numa boa escolha, unicamente devido ao seu menor custo, assim que se avalia a sua performance rapidamente se chega à conclusão que pode consumir mais 3 a 5 litros aos 100 quilómetros que um outro pneu e que na maioria das vezes não pode ser recauchutado nem resculturado. Por aqui facilmente se percebe que isso não é bom negócio para quem vende nem muito menos para quem compra, pois o que se poderia poupar no momento da aquisição, rapidamente se perde na utilização, mesmo que muitas vezes a dureza dessas borrachas permita a estes pneus “chineses” fazerem muito quilómetros. No polo oposto, temos as marcas Premium, que com o seu poderio ao nível do desenvolvimento estão sempre a dinamizar novos pneus que têm como argumento a redução dos consumos do pesado. Pelo que temos vindo a ouvir por parte de muitos transportadores, a verdade não demonstra bem isso em alguns casos. Mas a principal queixa das empresas de transportes que utilizam camiões é que o regular lançamento de novos pneus, com ciclos de lançamento relativamente curtos, não permite que as frotas usufruam do constante trabalho de análise que fazem aos pneus. Quando os dados estão consolidados, normalmente a marca retira determinado modelo de pneu do mercado e volta a introduzir outro, caindo por terra as referências que os transportadores tinham sobre os modelos de pneus que tinham vindo a utilizar. Tudo isto para dizer que a gestão de pneus é muito importante para qualquer transportador (muito mais se tiver transporte
internacional). Se tudo começa na escolha, a gestão dos pneus ao longo da sua vida acaba por ter uma importância capital nos custos de operação. O controlo constante e regular das pressões dos pneus, ajuda a evitar muitos problemas e a diminuir claramente os custos de operação. Por vezes, entregar a gestão dos pneus a especialistas pode ser uma boa medida para uma utilização correta dos mesmos, ou então começar a recorrer aos modernos sistemas eletrónicos de monitorização dos pneus que ajudam não só a manter os pneus em corretas condições de funcionamento, mas também evitando outros problemas mais graves. Os pneus estão e estarão longe de ser uma borracha preta, redonda e com um furo no meio. São um dos componentes mais importantes num camião e são mesmos os únicos que estão em contacto com o chão, que têm uma grande influência não só nos custos da operação mas também, e não menos importante, na segurança.
O controlo constante e regular das pressões dos pneus, ajuda a evitar muitos problemas e a diminuir claramente os custos de operação
Destaque
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D AFTERMARKET
FUCHS
Elevada capacidade tecnológica A operar em Portugal há quase 30 anos, a Fuchs aposta desde sempre nas novas tecnologias, através do lançamento constante de produtos inovadores no mercado TEXTO NÁDIA CONCEIÇÃO
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Fuchs Lubrificantes é, atualmente, uma referência quando se fala em lubrificantes de alta qualidade. Paul Cezanne, Diretor Geral da empresa, dá a conhecer a estratégia adotada pela Fuchs para o mercado de lubrificantes para pesados em Portugal. Há quantos anos é que a Fuchs está em Portugal? Estamos desde 1989 como Fuchs Lubrificantes. Anteriormente éramos representados por uma multinacional química, a HOECHST Portuguesa, desde 1980. Quando a Fuchs entrou no mercado, a marca já era conhecida, por já ser vendida em Portugal? Não, o brand awareness era difícil. A Fuchs sempre esteve muito perto dos fabricantes
automóveis, mas no aftermarket não era tão conhecida. Havia necessidade de aumentar o conhecimento da marca, através de alguma publicidade, que na altura foi feita para o mercado especializado. Vendemos lubrificantes só através dos canais profissionais, não vendemos nas grandes superfícies. Nesta fase inicial, ganhávamos clientes pela qualidade do produto e pelo passa-palavra. E apostaram na diferenciação do ponto de vista tecnológico… Sim, sempre apostámos em introduzir no mercado tecnologia de ponta e novas tecnologias. Lançámos a linha XTL, onde fomos pioneiros, tanto no mercado de ligeiros como de pesados. Qual a estratégia da Fuchs ao nível dos lubrificantes para pesados? Temos a gama XTL, que permite economia
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é muito extensa, com cerca de 15 óleos de motor só para pesados e outros tantos para caixas e diferenciais. De que forma a Fuchs pretende dinamizar o negócio dos lubrificantes? Através dos distribuidores ou diretamente às frotas? Pelas duas formas, através dos distribuidores e diretamente às frotas. Porque depende também do potencial cliente. Quanto aos distribuidores, não estamos ligados a nenhuma rede, temos vários distribuidores distintos. A Fuchs faz o primeiro enchimento em alguma marca de pesados? Sim. Temos um banco de ensaio na Alemanha, onde desenvolvemos vários produtos em conjunto com o fabricante, tendo em conta as exigências OEM. Hoje em dia, um lubrificante é uma peça, tem de ser desenvolvido em conjunto com o fabricante. Cada motor tem as suas especificidades, os fabricantes querem diferenciar-se uns dos outros. Evoluindo tecnologicamente, precisam de um parceiro que tenha conhecimentos tecnológicos para poder evoluir com eles. de combustível. O mercado de pesados é um mercado distinto, porque as transportadoras olham muito para o que podem obter da parte tecnológica. Há falta de informação e há por vezes dificuldades, porque os transportadores associam o fornecedor de lubrificantes também ao fornecedor de combustível. Quando o operador vê que pode ir buscar mais valias negociando à parte estas duas áreas, procura um parceiro para lubrificantes, e percebe que um lubrificante correto e bem aplicado pode poupar muito dinheiro em combustível. Temos produtos que chegam a economizar 1,7%, o que, em milhares de litros, representa uma grande poupança. Procuramos, com a nossa capacidade tecnológica, passar a mensagem aos utilizadores dos veículos pesados. Também temos uma brochura, através da qual o cliente pode fazer as contas de quanto pode poupar, tendo em conta os quilómetros que faz por ano. Mas é um mercado mais fechado… Sim, é mais fechado, é um mercado muito atomizado e é preciso procurar. É necessário um maior empenho do comercial. Trabalhamos com agentes para chegar a esse mercado, apesar de também termos distribuidores que se especializaram nessa área. Os pesados requerem um maior conhecimento, o utilizador é mais profissional. Nos ligeiros, o consumidor é a oficina,
mas não é o utilizador final. No caso dos pesados, quem compra o lubrificante é o utilizador final. E há tanta diversidade de referências como nos ligeiros? Sim, há muita diversidade, pela evolução que tem havido ao nível da parte ambiental, que está cada vez com mais restrições. Com as viaturas Euro VI, é necessário utilizar lubrificantes adequados. A nossa gama
Considera que o setor dos lubrificantes está regulado? “Não está. É preciso que os operadores façam um esclarecimento. Mas sou adepto da livre concorrência. Deveria haver uma preocupação ambiental, para que os lubrificantes durem o mais possível. A Fuchs foi pioneira no desenvolvimento de óleos de motor biodegradáveis. Mas os equipamentos é que determinam os lubrificantes a serem utilizados, em função da tecnologia que os fabricantes colocam no mercado”.
Disponibilizam todas as fichas técnicas e de segurança? Sim. E temos o catálogo onde apresentamos tudo, com todas as especificidades. Fazemos algo que é muito importante: diferenciarmos, nos nossos lubrificantes, o que são especificações, aprovações e recomendações. Ou seja, quando falamos em aprovações, temos todas as cartas de aprovações dos fabricantes. Queremos ser transparentes, para o utilizador saber o que está a comprar. É uma garantia de qualidade. Qual o posicionamento de preço? Estamos no binómio preço/qualidade. Para quem pretende qualidade, estamos bem posicionados. O nosso produto é uma compra de tecnologia e como tal tem de ser valorizado, porque existe muita pesquisa em desenvolvimento. Gastamos uma parte da nossa faturação em pesquisa e desenvolvimento. O que diferencia a Fuchs em relação à concorrência? O facto de trabalharmos com o OEM, coloca-nos em posição de, no lançamento de produtos para o aftermarket, sermos dos primeiros a colocar determinados produtos que depois surgem na concorrência. Temos a vantagem de estar na primeira linha. Normalmente somos dos primeiros a lançar novas tecnologias para o mercado.
Notícias
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N ECOFAP
Rentabilidade assegurada Qual o custo de um filtro de partículas num veículo pesado? Antes de fazer contas, dizemos-lhes que a Memoderiva lançou o Ecofap, um método ecológico, económico e eficaz para a limpeza e regeneração de filtros de partículas
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á quase dois anos que a Memoderiva lançou a marca Ecofap, que resulta de uma atenta avaliação do que existia no mercado ao nível da limpeza e regeneração de filtros de partículas. Dessa avaliação, a empresa decidiu então investir numa nova tecnologia em Portugal, que na altura era pioneira no
nosso país, iniciando este serviço, direcionado a operadores que fazem manutenção de veículos ligeiros e de pesados. Este equipamento (que a empresa também comercializa e representa para Portugal) limpa os filtros de partículas com água e impulso de ar sobre pressão, usando ainda um liquido de limpeza ecológico. Um filtro remove durante
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ANTRAM promove novamente Salão Nacional do Transporte
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ANTRAM promove, de 1 a 3 de junho, uma nova edição do Salão Nacional do Transporte. O evento, dedicado exclusivamente ao setor rodoviário de mercadorias, promove o encontro de profissionais da área – empresários, motoristas, fornecedores e
clientes – e dá a conhecer as novidades do setor. A iniciativa assume-se, ainda, como um importante momento de networking e convívio associativo. Esta terceira edição do evento, que decorre no Pavilhão Expocentro, em Pombal, integra um conjunto de eventos, nomeadamente a demonstração e manuseamento de equipamentos, e, ainda, a apresentação de veículos pesados, equipamento oficial, pneus, software para gestão de frota, entre outros.
Tenneco adquire Federal-Mogul
A o processo de limpeza a sujidade que estava no próprio filtro. Outra das grandes vantagens deste processo de limpeza está na forma como o mesmo garante a sua eficácia, isto é, antes do filtro ser limpo é feita uma pré-análise de contrapressão e após a limpeza é gerado outro relatório sobre o estado de limpeza do filtro, que é disponibilizado ao cliente. Outra grande vantagem da solução preconizada pela ecofap é a rapidez do processo de limpeza, permitindo à empresa dispor de um serviço de recolha, limpeza e entrega ao cliente (oficinas) que na maioria dos casos num excede as 24 horas. Todos os filtros que chegam à ecofap são verificados previamente através de um endoscópio que permite saber como está o interior do filtro e verificar se poderá ser limpo. Caso não possa ser limpo, o cliente escolhe se pretende a reconstrução do filtro, ou então opta por um novo. Para que o serviço da ecofap fosse o mais completo possível, de modo também a evitar futuros problemas, após a limpeza do filtro de partículas e a sua montagem no automóvel, a empresa de Leiria junta uma folha de recomendação na altura de montagem deste componente que alerta para a verificação de um conjunto de outros componentes (sensores de temperatura, válvula EGR, sonda lambda, turbo, etc) que interagem com o próprio filtro de partículas. Sobre o serviço que presta a ecofap dá um ano de garantia ou 250.000 quilómetros (100 mil quilómetros no caso dos ligeiros).
Tenneco acaba de anunciar a aquisição da Federal-Mogul. A empresa também anunciou a sua intenção de dividir a Federal-Mogul em duas empresas independentes e de capital aberto: Aftermarket & Ride Performance e Powertrain Technology. A aquisição da empresa deverá ficar concluída no segundo semestre de 2018, sujeita a aprovações regulatórias e de acionistas e outras condições, com a divisão da empresa prevista para ocorrer no segundo semestre de 2019.
“Este é um momento marcante para a Tenneco, com uma aquisição que transformará a empresa, ao criar duas fortes empresas globais, cada uma numa excelente posição para aproveitar as oportunidades exclusivas nos seus respectivos mercados”, afirmou Brian Kesseler, CEO da Tenneco, dizendo ainda que “a Federal-Mogul traz marcas fortes, produtos e capacidades que são complementares ao portfólio da Tenneco e em linha com nossas estratégias de crescimento”.
Quatro novos lubrificantes Wolf
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Wolf acaba de dar a conhecer as quatro últimas novidades na sua gama de produtos para uso pesado, entrando na era API CK-4 e API FA-4. Os óleos de motor que se enquadram nestas categorias de óleos podem ser usados na manutenção de uma ampla gama de veículos de vários tipos encontrados nas frotas modernas de serviços pesados como motores diesel de elevado desem-
penho equipados com EGR, SCR, DPF e / ou DOCs, motores diesel aspirados e turboalimentados, camionagem em estrada de curto e longo curso e indústrias fora de estrada, incluindo mineração, construção, pedreiras e agricultura. Os três óleos CK-4, compatíveis com versões anteriores, foram projetados para rejuvenescer tanto os motores que anteriormente eram mantidos com óleos CJ-4 como os motores modernos que requerem uma proteção de excelência. Todos estes produtos são altamente especializados, mas, no entanto, amplamente aplicáveis, respondendo às necessidades específicas da indústria, tais como intervalos de drenagem prolongados ou aumento do tempo de atividade dos veículos. O quarto óleo de motor incluído neste lançamento é um óleo de motor API FA-4, altamente eficiente em termos de consumo de combustível. Este produto está formulado para permitir que os motores mais modernos funcionem ainda com mais eficiência de consumo de combustível, enquanto proporciona a proteção completa do motor.
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NOTÍCIAS
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1º Convenção Diesel Turbo (Bombóleo) agendada para 20 de outubro
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erá no próximo dia 20 de outubro que a Bombóleo vai organizar a 1ª Convenção Diesel Turbo, onde se irá se falar sobre sistemas diesel e turbo e o seu futuro, que terá a revista PÓS-VENDA como Media Partner. Inicialmente agendada para abril, a 1ª Convenção Diesel Turbo terá lugar no Estoril, no Centro de Congressos, no dia
Sistema de refrigeração sempre limpo com Liqui Moly
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Liqui Moly disponibiliza o Kühler Reiniger, um produto topo de gama que se destina essencialmente a ser usado após a substituição de uma bomba de água. Os sistemas de refrigeração e as bombas de água trabalham com uma exigência cada vez maior, o que não é compatível com facilitar na hora de uma manutenção do sistema. A sujidade e impurezas que se acumulam no sistema de refrigeração têm efeitos graves, como a falha da bomba de água. Desta forma, as impurezas, a abrasão e a sujidade no circuito de refrigeração aumentam o desgaste da bomba de água. Além disso, as partículas atacam também o empanque da bomba de água. A substituição da bomba de água não elimina a causa do problema e a sujidade do liquido de refrigeração vai
20 de outubro, estando também já definido o programa. A 1º Convenção Diesel Turbo é um evento que visa precisamente falar sobre o presente e o futuro dos sistemas diesel e turbo, bem como a sua integração no futuro da mobilidade. Para esta convenção, a Bombóleo convidou algumas empresas líderes mundiais das tecnologias diesel e turbo (Honeyweel Garret, Delphi, BorgWarner e Bosch), para partilharem com todos os que assistirem a este evento o seu conhecimento e a sua visão sobre estes temas. Poderá recolher mais informação em www. my.bomboleo.com/cdt/
também desgastar a nova bomba, que terá uma vida útil muito inferior ao normal. O Kühler Reiniger da Liqui Moly ajuda a resolver problemas como a falha do retarder, que está sujeito a fortes pressões hidráulicas. Como existe um circuito de água paralelo ao do óleo (para o arrefecer), ao ceder, a água entre em contacto com o óleo e vice-versa, o que origina problemas graves. Já no caso do compressor, um arrefecimento deficiente provoca um sobreaquecimento da cabeça do compressor, empenando-a. Ao empenar (mesmo que décimas de mm) deixa de garantir boa vedação entre os canais de óleo e água e tem lugar a contaminação. Além disso, um sistema limpo garante a otimização do sistema de arrefecimento, para uma segurança acrescida nas subidas a plena carga. Desta forma, o Kühler Reiniger limpa o circuito de refrigeração e deve ser usado como manutenção, por exemplo, em cada mudança de bomba de água.
Num minuto... Olaf Giesen é o novo diretor executivo da Europart, distribuidor líder na Europa de peças para veículos comerciais e oficinas.
Na 1ª cimeira TEMOT International Asia Pacific, realizada em Singapura a 7 e 8 de março, a Nissens Automotive recebeu o prémio de melhor fornecedor,
juntamente com outras grandes marcas, tais como a Bosch, Gates, Mann, Schaeffler e Hella.
Domingos & Morgado apresenta alinhadora 3D A Domingos & Morgado – Equipamentos, empresa especializada no setor de máquinas e equipamentos para oficinas, acaba de apresentar a primeira alinhadora 3D para camiões e autocarros multi-eixos em Portugal. A Jumbo 3D Super da Manatec, a 1ª alinhadora 3D para camiões e autocarros multi-eixos, é capaz de efectuar uma compensação rolante, sem necessidade de levantar as rodas, numa única operação, que dura apenas 51 segundos. A alinhadora Jumbo 3D utiliza a mais recente tecnologia de imagem digital, implantando o sistema de câmara quádrupla para aquisição de dados.
TurboClinic lança o TCA Pro que permite testar turbos de ligeiros e pesados De modo a antecipar as necessidades do mercado, a TurboClinic acaba de dar a conhecer o TCA PRO, o primeiro equipamento de equilíbrio que permite medir a eficiência da compressora nos turbos. Com as já reconhecidas qualidades da TCA Compact, mas com uma ampla e robusta bancada de trabalho, permite testar turbos de veículos ligeiros e pesados, graças à plataforma de fixação de turbos. À plataforma que atualmente equipa também a TCA Compact e a TC Workbench, juntou-se ainda o Escape Universal. Pensado para clientes que precisam de equilibrar cores mas que não têm os escapes necessários para o fazer, ou que preferem adquirir uma solução completa, a TurboClinic desenvolveu o Escape Universal e os adaptadores necessários para o equilíbrio de cores, o que aliada às conhecidas capacidades da TCA a tornam um equipamento cada vez mais completo.
A Imporfase, empresa especialista em soluções para escapes, acaba de lançar catalisadores e filtros de partículas Euro 5 e 6 com formato igual ao original.
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SaCon para os panos de limpeza Mewa
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ara além do sistema inteligente de panos de limpeza para unidades de produção e oficinas que a MEWA disponibiliza às oficinas, a empresa desenvolveu também o armazenamento seguro, confortável e organizado dos mesmos, apresentado o SaCon. O contentor de segurança SaCon, concebido pela MEWA, oferece a máxima segurança graças ao seu fecho hermético. Após utilização, é só colocar os panos têxteis ultra-absorventes e ro-
bustos no SaCon. O contentor cheio é depois recolhido pela MEWA. A seguir, os panos são lavados e devolvidos à hora combinada. Graças ao SaCon, os panos de limpeza da MEWA, depois de usados, têm um lugar fixo na fábrica ou na oficina. O contentor de segurança tanto serve para armazenar como para transportar os panos, de acordo com a lei, do cliente até à MEWA, onde os panos são lavados de forma ecológica e, a seguir, devolvidos limpos ao cliente.
Krautli disponibiliza equipamento para AdBlue
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Krautli passou a disponibiliza para o mercado o dispensador automático Piusi THREE25 para aplicação em IBC e atesto em viaturas pesadas. O Piusi THREE25 é o novo sistema de entrega AdBlue para tanques IBC. Para garantir a vida e eficiência do catalisador, o AdBlue deve ser fornecido em estado de pureza ótima (32,5% de ureia em solução de água desmineralizada). A PIUSI, com 7 importantes inovações técnicas e estruturais responde às exigências do mercado através do estudo e design do novo dispensador Piusi
THREE25. Possui as seguintes características: 1. Filtro 3D para AdBlue 2. Estrutura robusta em aço inoxidável com barra protetora 3. Conector SEC para sistemas de acoplamento de plástico e como alternativa novo conector Piusi DEF 4. Novo clip de segurança para suporte da bomba 5. Suporte de mangueira grande e resistente e portapistola ergonómico 6. Tubo EPDM 7. Nova pistola automática SB325/ SB325-meter com sistema de cano de aço inoxidável, separável
Renault Trucks aumenta garantia das peças
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Galius e a sua rede de concessionários após-venda Renault Trucks acabam de aumentar a garantia de 1 para 2 anos nas peças genuínas montadas nas oficinas Renault Trucks, garantindo a máxima durabilidade e fiabilidade no desempenho dos veículos. A oferta de garantia de 2 anos proporciona aos clientes, segundo a Galius, a máxima proteção e a melhor relação qualidade
preço, com a tranquilidade de serem apenas montadas peças genuínas Renault Trucks, por profissionais certificados. Esta garantia cobre custos de mão-de-obra e peças de substituição diretamente relacionadas com a reparação ou a troca de peças defeituosas. Peças adquiridas através dos restantes canais de venda, nomeadamente venda ao balcão, continuarão a ser abrangidas por uma garantia de 12 meses.
Num minuto... Sérgio Sá, é a partir deste mês, o novo responsável de vendas da Pirelli em Portugal, substituindo o cargo de Elena Ballista.
A Lubrigrupo foi novamente reconhecida pela ExxonMobil com o galardão de Ouro nos prestigiados prémios Circle of Excellence.
A Fuchs Petrolub SE, o maior fabricante mundial independente de lubrificantes de alta performance e produtos relacionados, acaba de abrir
Mobil Delvac com novas formulações Volvo e Renault A ExxonMobil reformulou dois lubrificantes para veículos comerciais e pesados – Mobil Delvac MX ESP 10W – 30 e 15W – 40 – que fornecem agora uma proteção mais forte sob o rigor da tecnologia avançada do s motor es de hoje. Os exigentes testes realizados, garantem que estes óleos cumprem os requisitos de alto desempenho dos veículos pesados que operam em condições de temperatura mais elevada, maiores pressões e que usam as novas tecnologias de metal. Os benefícios de desempenho que os clientes podem esperar do recém – formulado Mobil Delvac MX ESP 15W – 40 e Mobil Delvac MX ESP 10W – 30, incluem : • Redução da taxa de oxidação para ajudar a manter a melhor viscosidade do óleo e reduzir os depósitos de verniz e lodo no motor • Maior resistência ao cisalhamento, resultando numa rápida perda de viscosidade do óleo para manter a temperatura de ope ração no nível desejado • Maior controlo de ventilação, reduzindo o nível de ar “aprisionado” no lubrificante e consequentemente o desgaste do motor A principal novidade desta nova formulação, é que estes lubrificantes passam cumprir as mais recentes especificações Volvo VDS – 4.5 e Renault RLD – 4 , juntamente com outros OEM, tais como, Mercedes – Benz e MAN . Relativamente às aprovações Volvo e Renault, a Mobil é a primeira marca no mercado a disponibilizar um lubrificante que cumpre com estas exigências.
uma nova fábrica com um laboratório de qualidade e pesquisa em Beresfield, Austrália.
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Norton com nova lixadora elétrica
Motorbus distribuidor oficial de diagnóstico Jaltest
A A Norton Saint-Gobain lançou uma gama de lixadoras orbitais eléctricas, com aspiração central e órbitas de ø2,5mm e de ø5mm. Já disponíveis para fornecimento, estas máquinas elétricas, além de estarem alinhadas com a tendência atual do mercado, completam a oferta da já conhecida “Solução Completa do Processo” Norton Cyclonic Multi-Air. Com uma oferta ampla e variada de discos, suportes, pratos, tiras e rolos, blocos e acessórios, kits e dispensadores, surgem finalmente as roto orbitais elétricas como parte integrante deste processo único e exclusivo da Norton, que tem vindo a revolucionar o trabalho nas oficinas.
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Motorbus, empresa Vila Nova de Gaia, é agora distribuidor oficial Jaltest, reconhecida marca de equipamentos de diagnóstico para o setor dos veículos pesados. A Jaltest é uma ferramenta de diagnóstico multi-sistema e multimarca, líder no mercado europeu. Desenvolvido por uma empresa com mais de 20 anos de experiência no sector, a Jaltest atende
35 anos Lusilectra
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Lusilectra, empresa do universo Grupo Salvador Caetano, celebrou no dia 18 de março o 35º aniversário de atividade. A marca Lusilectra afirma-se no mercado como uma marca de prestigio, sobretudo pela diversidade das suas atividades, pela vontade de vencer e
às necessidades de qualquer cliente do setor dos veículos pesados, propondo um equipamento intuitivo e fácil de usar e com uma conexão rápida para todos os sistemas eletrónicos do veículo. Para além das ferramentas de diagnóstico, a Jaltest disponibiliza também serviços de apoio ao cliente, como formação e assistência técnica. Refira-se ainda que desde o início deste mês de março qualquer cliente já pode contactar a Motorbus através do chat online, aravés do website oficial da Motorbus. pela forma como encara todos os desafios, acreditando plenamente que a principal razão do seu sucesso são as pessoas que diariamente superam as expectativas impostas por este mercado altamente competitivo. Esta comemoração torna-se assim, um reconhecimento do empenho, dedicação e cooperação de toda a equipa Lusilectra.
O SEU DESAFIO Os modernos veículos pesados operam sob diferentes condições de condução, obrigando os fabricantes de motores a desenvolver novos tipos de motores para atender às necessidades do setor. As condições adversas encontradas nesses veículos confrontam os óleos de motor com novos desafios que levam a API a formular duas novas especificações: API CK-4 e API FA-4. A NOSSA SOLUÇÃO A Wolf orgulha-se do lançamento de quatro produtos inovadores de última geração OFFICIALTECH 10W30 MS EXTRA Este óleo de motor inovador garante uma proteção contra desgaste estável e excelente resistência à oxidação em todas as peças do motor durante todo o intervalo de mudança de óleo prolongado. OFFICIALTECH 15W40 MS EXTRA Este óleo de motor de elevada proteção mantém os motores a funcionar durante um longo período de tempo, oferecendo uma proteção completa das peças do motor, impedindo a formação de depósitos prejudiciais. OFFICIALTECH 5W30 UHPD EXTRA As moléculas complexas retêm a resistência da película do óleo em baixa viscosidade, garantindo uma maior proteção contra o desgaste durante toda a vida útil do motor. OFFICIALTECH 5W30 UHPD EXTRA FE Este óleo de motor é a solução para reduzir custos de combustível. Oferece uma redução notável no consumo de combustível, oferecendo um desempenho estável do óleo em baixa viscosidade. Para obter mais informações, aceda a www.wolflubes.com
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Novo website Valeo
NOTÍCIAS
PROLONGUE OS 14 INTERVALOS DE MUDANÇA DE ÓLEO E AUMENTE A ECONOMIA DE COMBUSTÍVEL COM WOLF!
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Valeo, reconhecida no mercado pela capacidade de inovação em tecnologia automóvel, acaba de renovar o seu website. A marca é, atualmente, um dos maiores fabricantes mundiais da industria automóvel, desenvolvendo uma ampla gama de produtos para o primeiro equipamento.Toda a informação pode ser consultada no novo website, disponível em www.valeoservice.pt/pt-pt.
Meyle de novo do Europeu de Camiões
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tankpool24 Racing Team inicia a nova época do FIA European Truck Racing Championship no final de maio, e terá como parceiro a Meyle, pelo quinto ano consecutivo. A tankpool24 Racing Team confia na qualidade e durabilidade das peças Meyle e, nos últimos anos, montou nos camiões da competição rolamentos do motor, sensores de rotações e reforços de embraiagem de qualidade Meyle-Original. No ano passado, a tankpool 24 Racing Team alcançou o quarto lugar na classificação geral por equipas do FIA European Truck Racing Championship.
Também em 2018, os pilotos Norbert Kiss e Steffen Faas poderão contar com peças Meyle e com os conhecimentos e experiência dos engenheiros da marca – que voltarão a encontrar-se em estreita colaboração com a equipa. O lançamento da época de corridas terá lugar no dia 26 e 27 de maio de 2018 em Misano, Itália.
Hepu disponibiliza AdBlue
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HEPU lançou recentemente o AdBlue, para a redução do óxido de nitrogénio (NOx) nocivo, vendido em em bidões de 10 litros com mangueira, para facilitar o enchimento regular do depósito. São cada vez mais os Diesel equipados com a tecnologia Diesel SCR (Selective Catalytic Reduction), que tem como objetivo reduzir as emissões do óxido de nitrogénio prejudiciais ao ambiente e dessa forma cumprir com os rigorosos limites de emissões de gases estabelecidos pelas normas europeias Euro 6. Esta tecnologia faz parte tanto de viaturas
pesados como de ligeiras. O AdBlue da HEPU é fabricado na Alemanha segundo a ISO 22241/1 e DIN70070 e já está disponível nos revendedores habituais da marca em Portugal.
Num minuto... Merpeças passou a disponibilizar peças originais de fábrica para pesados Mercedes. Cabines completas ou nuas, eixos, rodas, motores e caixas de velocidades são a oferta desta empresa.
O certificado de conformidade IATF 16949 concedido à BPW, permite consolidar a sua posição como líder de qualidade na indústria de veículos comerciais e cimenta a sua posição entre os fornecedores mundiais.
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Bosch aposta em motores de arranque e alternadores recondicionados
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Bosch oferece uma ampla gama de motores de arranque e alternadores recondicionados, para veículos de turismo, pesados e agrícolas, assim como para maquinaria especial. Com mais de 2 mil referências, estes produtos beneficiam de um programa de recondicionamento que garante a mesma fiabilidade e qualidade dos produtos novos e de uma cobertura do mercado que chega a 95% dos países europeus. A Bosch recolhe os motores de arranque
e os alternadores através do processo “back in box”, de forma a assegurar a devolução dos componentes dentro das embalagens originais. Uma vez recebida a peça, é avaliada e agrupada em zonas de classificação distintas. Assim, cada motor de arranque ou alternador usado é submetido a uma desmontagem e limpeza especializada. O selo de qualidade garante que cada peça é revista e intervencionada pela Bosch, não conferindo diferenças significativas às peças intervencionadas relativamente às novas, sendo que o preço pode ser até 30% mais baixo graças à redução dos materiais e energia utilizadas no processo.
Lestada apresenta Restaurador de Faróis
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Lestada, empresa especialista em higiene e manutenção industrial, iniciou a comercialização em Portugal do Restaurador de Faróis. Este produto visa, como o nome indica, o restauro dos faróis dos automóveis com a particularidade do mesmo processo demorar apenas dois minutos com a utilização deste produto. Para a aplicação deste produto é necessário ter em conta uma série de pequenos procedimentos (limpeza do farol, secagem do mesmo, etc) para depois aplicar o Restaurador de Faróis. Este produto consiste numas toalhitas de limpeza que devem ser aplicadas nos faróis, seguindo três fases explicadas juntamente com o produto. Porém,
no final dessas fases existe ainda alguns procedimentos a fazer, de modo a que a função de limpeza seja obtida na sua plenitude.
Num minuto... Depois de 15 anos na Civiparts e 8 anos na AS Parts, Ricardo Caldas deixa a gestão de compras Aftermarket do Grupo Nors e integra a equipa de vendas da Dayco Europe SRL.
A Sintética acaba de anunciar o lançamento do novo website da da Eni em Portugal. Consolidando a presença online, o novo website da Eni (www.
sintetica.enilubes.com) está totalmente integrado com as redes sociais Facebook, Youtube, Linkedin, Instagram e Twitter.
ABMN com certificação da qualidade
A ABMN – Business Solutions, SA, responsável pelo Software para Transportes aTrans, concretizou a implementação do seu Sistema de Gestão da Qualidade. A Certificação pela SGS na Norma ISO 9001:2015 significa para a empresa um investimento na satisfação do cliente, na robustez dos Produtos e na melhoria de processos. Com este passo, a empresa solidifica a maturidade que vem construindo no âmbito do desenvolvimento, implementação e suporte a soluções de gestão, nomeadamente no setor dos Transportes Rodoviários de Mercadorias. Após um período de maturação do SGQ, a empresa obteve recentemente, após auditoria pela SGS, o seu Certificado de Conformidade com os requisitos da Norma NP EN ISO 9001:2015, nas atividades: Desenvolvimento e Implementação de Software de Gestão e Prestação de Serviços de Assistência Técnica de Sistemas de Gestão informatizados.
A aplicação Which Oil, no website da Millers Oils (www. millersoils.co.uk) passou a disponibilizar a pesquisa de produtos para veículos clássicos e comerciais.
Mercado
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M GRADOIL
100% focada em lubrificantes Galp Para a região da grande Lisboa, a Galp e a Gradoil desenvolveram uma parceria para a distribuição em exclusivo dos lubrificantes desta marca. O foco são as oficinas e pequenos operadores de frota TEXTO PAULO HOMEM
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Gradoil foi nomeada pela Petrogal, o ano passado, como distribuidor oficial dos lubrificantes Galp para o distrito de Lisboa. Esta foi a primeira vez que a Petrogal recorre a um distribuidor oficial para trabalhar de forma exclusiva os lubrificantes Galp para esta região de Portugal. A Petrogal dispõe de um restrito conjunto de distribuidores de topo, a ní-
vel nacional, para a comercialização dos seus produtos. A Gradaoil entrou precisamente para esse lote de distribuidores, com a particularidade de trabalhar exclusivamente a gama de lubrificantes Galp, neste caso para o distrito de Lisboa e para empresas que estando neste distrito têm outras unidades de negócio espalhadas pelo país. António Santos e Roberto Rosado são os sócios da Gradoil, empresa que ape-
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Roberto Rosado GERENTE GRADOIL
sar de ter sido constituída recentemente, beneficia da enorme experiência e conhecimento do setor dos lubrificantes, pois qualquer deles tem mais de 25 anos neste setor. Para levar por diante este projeto junto das oficinas e das pequenas operadoras de frotas de pesados, a Gradoil possui uma equipa no terreno, com dois profissionais experientes e conhecedores do setor, que “nos estão a ajudar muito neste objetivo de levar os lubrificantes Galp Formula aos clientes alvo, juntamente com o apoio que a própria Galp nos tem dado e vai continuar a dar”, revela Roberto Rosado. Do ponto de vista logístico a Gradoil possui um conjunto de meios próprios de transporte em que o objetivo é poder realizar entregas, no distrito de Lisboa, em 24 horas, embora também possa fazer entregas noutras zonas de Portugal (recorrendo a operadores logísticos externos), nomeadamente aos clientes que, sendo do distrito de Lisboa, têm filiais um pou-
co por todo o país. Com técnicos muito qualificados na área dos lubrificantes auto, outra das apostas da Gradoil será no domínio da formação, algo que assume uma importância crucial para as frotas. “Para além da formação podemos ainda realizar, de forma rápida e eficiente, o plano de lubrificação para qualquer viatura que nos seja solicitada. Temos também um técnico disponível para a qualquer momento poder responder a qualquer solicitação de um cliente em termos de lubrificação”, afirma Roberto Rosado. Em breve a Gradoil vai ter uma página online, onde estarão disponíveis todas as fichas técnicas e de segurança dos lubrificantes, mas também informação sobre novos produtos, entre outras informações. Refira-se que apara além do enfoque estar nas oficinas independentes e nas frotas de pesados, a Gradoil irá também comercializar os lubrificantes para outros setores, como é o caso das máquinas agrícolas, máquinas industriais, etc.
“Queremos colocar neste novo projeto toda a nossa experiência e conhecimento técnico sobre lubrificantes, em parceria com a Petrogal, com especial incidência no setor das oficinas independentes, apesar de termos muita experiência na indústria e no setor dos pesados, que também iremos aproveitar. Vamos focar o nosso trabalho em levar a linha de lubrificantes auto da Galp às oficinas de automóveis independentes e as frotas de epsados, pois temos a certeza que este negócio pode ser muito mais dinamizado e é a ele que nos queremos dedicar. Achamos que a linha de lubrificantes Galp tem excelentes produtos, que merecem ser ainda mais divulgados junto das oficinas e nós propomo-nos fazer esse trabalho. A Gradoil conta também com o apoio da Petrogal e iremos trabalhar de forma estreita com o Marketing da Petrogal. Aliás, para este projeto funcionar é fundamental que existissem estas parcerias, quer na componente técnica, quer na de marketing. Está a ser feito um trabalho, com a Petrogal, de reposicionamento dos preços face à concorrência, mas vamos também defender a reputação que a marca tem no mercado, a sua qualidade, a componente técnica, a formação e convencer os clientes de que existem mais valias em trabalhar os lubrificantes da Galp. Estamos convencidos que é um projeto interessante e que vamos alcançar uma quota que será bem representativa, ao nível dos lubrificantes, até para a própria Galp”.
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PEÇAS
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COMERCIAL PEÇAS
Especialização em material de motor e caixas Com uma equipa de oito pessoas, a Comercial Peças é uma empresa que se especializou nas peças novas para reparação de motores e caixas de velocidades, onde assume claramente esta diferenciação que tem no mercado TEXTO PAULO HOMEM
E
mpresa de origem familiar, que começou pela importação de material usado, sofreu ao longo da sua história algumas alterações, sendo atualmente gerida por Mário Almeida. A Comercial Peças exporta algum material usado, mas o foco da atividade são
as peças novas, existindo uma especialização em material para motor e caixa de velocidades. “O que nos diferencia é precisamente a nossa aposta em material novo para reparação de motores e de caixas de velocidades, trabalhando em áreas mais técnicas e mais específicas da reparação mecâni-
ca”, começa por afirmar Mário Almeida, gerente da Comercial Peças. Do portfólio de marcas com que trabalha, outra das apostas tem sido na sua qualidade, focando o seu trabalho comercial em peças para Volvo e Scania, com um pendor para os autocarros (por razões históricas) embora atualmente a oferta seja muito abrangente para todo o tipo de marcas e de veículos pesados. “Temos vindo a alargar a nossa oferta dentro das marcas de peças que comercializamos para todo o tipo de veículos pesados, autocarros e camiões. Vamos iniciar em breve a comercialização de material para veículos Iveco, que era a única lacuna que tínhamos” revela a mesma fonte. Para tal está planeado um aumento do espaço de armazém para poder incluir novas referências. Mas Mário Almeida reforça que “onde mantemos a nossa especialização é nas peças novas para reparação de motores e caixas de velocidades. Praticamente são não vendemos
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Comercial Peças Perafita Mário Almeida 229 955 630 geral@comercialpecas.pt wwww.comercialpecas.pt
os blocos de motor novos, mas tudo o resto temos em stock”. Dada esta especialização em peças de cariz mais técnico, o responsável da Comercial Peças diz que existe por parte da sua empresa um cuidado maior no aconselhamento técnico dos seus clientes, por via do conhecimento e experiência que a empresa tem na área, pelos mecânicos que trabalham na empresa e pelo apoio dos fornecedores das marcas de peças com que trabalha. Não menos importante no negócio da Comercial Peças é a revenda. Mário Almeida diz que a sua empresa trabalha com muitas outras casas comerciais de peças, que aproveitam a especialização e o stock alargado em peças de motor e caixas de velocidades detido por este operador de Perafita. “O cliente final é sempre muito importante para a nossa atividade, mas a revenda tem vindo a assumir muita importância, já que o mercado também
reconhece em nós esta especialização”, assegura Mário Almeida. “Recebemos muitas vezes pedidos para sermos nós a identificar este tipo de material. A experiência que temos é importante para isso, mas hoje também já recorremos aos softwares de identificação que nos dão muita informação”. Do ponto de vista comercial, a Comercial Peças opera sobretudo na região norte de Portugal, com um encarregado comercial no terreno, mas realiza também vendas diretas ao balcão, sem contar ainda com a revenda. Entre os clientes diretos da Comercial Peças, encontram-se oficinas de pesados e frotas mais pequenas com oficinas próprias, mas também a reparadores especializados em motores e caixas de velocidades de pesados. Em termos de política de produto, Mário Almeida refere que não se pode ceder na qualidade quando se vende peças para a reparação de motores e caixas de veloci-
dades, que normalmente são reparações mais dispendisosas. “A maioria dos nossos fornecedores são empresas europeias, que também estão no primeiro equipamento, que nos garantem qualidade e simultaneamente evitam-se reclamações”, diz o responsável da Comercial Peças. “Neste tipo de material, o cliente pede qualidade, pois sabe bem os custos das reparações que faz”. Toda a logística de distribuição é feita pela empresa nos clientes de proximidade, mas a grande maioria do negócio é feita através de distribuidores logísticos, em que as entregas são garantidas em cerca de 24 horas. Em termos de novidades, a Comercial Peças, iniciou recentemente a comercialização da marca Elring, que assim se juntou ao portfólio de marcas deste operador, como também irá diversificar a oferta de peças, como se disse antes, para veículos Iveco. “Sempre que introduzimos uma nova marca, a nossa política é ter a gama o mais alargada possível, para poder responder a todas as necessidades. Um cliente que quer reparar, por exemplo, uma caixa de velocidades, encontra todas as peças para tal na nossa empresa”, explica Mário Almeida. “É normal, nesta área, quando um cliente faz um pedido concentrar-se num único fornecedor. Por isso, é importante ter gamas muito alargadas”.
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DMS TRUCKS
Aposta nos recondicionados
Grande parte do material vendido pela DMS Trucks é recondicionado na própria empresa. Apesar de ser um operador multimarca, é no material Volvo que a empresa possui maior conhecimento TEXTO PAULO HOMEM
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as peças desde 1990, Miguel Susano é desde 2007 o gerente da DMS Trucks, possuindo por isso um largo conhecimento do setor no que aos veículos pesados diz respeito. O objeto social da empresa, que passava pela comercialização de peças e a reconstrução de diversos componentes, ainda hoje se mantém. “Temos vindo a notar que temos que apostar cada vez mais no material reconstruído, pois o material usado, nomeadamente motor, caixa de velocidades e diferenciais, são cada vez mais difíceis de vender. Apesar de tudo existem outros componentes em que a
reconstrução não é viável, que vendemos como usados”, começa por referir Miguel Susano. Para além do material usado e reconstruído que representam o grosso da atividade da empresa, a DMS Trucks aposta também na vertente das peças novas. Miguel Susano diz que “as peças novas têm vindo a ser introduzidas mais lentamente na empresa e com menores quantidades face ao material usado e reconstruído, pois não queremos concorrer com as casas que se dedicam especificamente às peças novas. Porém, como importamos muitas peças novas para a atividade de reconstrução, aproveitamos para depois fazer alguma
revenda dessas peças novas”. Uma das vantagens da DMS Trucks é que para a grande maioria do material reconstruído comercializado pela empresa, a reconstrução é feita internamente, nomeadamente ao nível do motor, caixa de velocidades e diferenciais. Ao nível das caixas de direção, a DMS Trucks recorre a outros operadores especializados na reconstrução deste tipo de componente, “que nos dão a garantia de qualidade da reconstrução e do produto que estamos a comercializar”, revela o gerente da DMS Trucks. Grande parte do material que a empresa comercializa é da marca Volvo, reconhecendo Miguel Susano que “apesar de sermos uma empresa que trabalha o multimarca, sem dúvida que os componentes Volvo têm um peso relevante na nossa atividade, que é mesmo superior a 50%”. Um dos aspetos fundamentais nos componentes recondicionados é a garantia dos mesmos. Neste aspeto, Miguel Susano diz que para o material recondicionado na DMS Trucks tem uma garantia de seis meses. Para além disso, o acompanhamento pós-venda está garantido por parte de DMS Trucks, seja em Portugal
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Miguel Susano GERENTE DA DMS TRUCKS
DMS Trucks Leiria Miguel Susano 244 870 050 dms@dmstrucks.com wwwdmstrucks.com
ou em localizações no estrangeiro. NACIONAL E INTERNACIONAL Apesar de estar presente na região de Leiria a DMS trucks é, de acordo com Miguel Susano, uma empresa de implementação nacional, com clientes um pouco por todo o país. “O passa-palavra é muito importante na nossa atividade. Atualmente temos um alargado leque de cliente muito fidelizados, nomeadamente a nível internacional”, explica o responsável da empresa, dizendo que “a componente de exportação é muito relevante na DMS Trucks, que atualmente representa 40% da nossa faturação, sendo o mercado francês um dos principais da nossa atividade. Existem também algumas empresas portuguesas, nossas clientes, que nos compram também muito material e que
depois fazem exportação”. Grande parte das vendas são feitas por telefone, sendo que a DMS Trucks possui ainda um balcão de vendas nas suas instalações (recentemente remodelado), onde também recebe alguns clientes. TECNOLOGIA Para Miguel Susano não existe muita preocupação com a crescente “eletronização” dos componentes dos veículos pesados que a sua empresa reconstrói. “Temos que ir acompanhado essa evolução e investir sempre por forma a dar resposta a todas essas questões. Do ponto de vista mecânico, nos motores e nas caixas de velocidades não existem assim tantas evoluções, e que nos próximos 20 anos ainda deveremos trabalhar com estas tecnologias. Contudo, sabemos que o futuro da tecnologia dos camiões será seguramente diferente”, refere Miguel Susano. Para além dos transportadores de pequenas e média de dimensão, Miguel Susano refere que os principais clientes da DMS Trucks são sobretudo revendedores nacionais de peças, dizendo que “alguns dos meus concorrentes são também alguns dos meus principais parceiros”.
Sendo uma empresa que faz do seu negócio principal a venda de material recondicionado, será lógico que para a DMS Trucks o recondicionado está em alta. “Não faço apenas esta análise para a minha empresa, mas por aquilo que vou avaliando pelo mercado. Vejo que algumas empresas deste setor, mesmo atualizadas do que a DMS Trucks, estão a tentar arranjar condições para trabalharem de forma mais profissional o material recondicionado”, refere Miguel Susano, mesmo reconhecendo que “não é fácil encontrar profissionais nesta área que tenham conhecimentos sobre o recondicionamento dos componentes. Por exemplo, todos os profissionais que temos na DMS Trucks foram totalmente formados por nós, mas sabemos que existe uma grande falta de técnicos especializados ao nível dos pesados”.
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VAL PARTS
Colmatar lacunas do mercado A Val Parts apareceu no mercado há um ano, iniciando a sua atividade ao nível do retalho de peças para veículos pesados e semirreboques no competitivo mercado de Leiria
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TEXTO PAULO HOMEM
rimeiro foi um sonho, mas acabou em realidade. A Val Parts nasceu precisamente de um sonho partilhado pelos seus três sócios (Hélio, Rui e Diogo), todos eles há muitos anos envolvidos no setor dos veículos pesados, mas também no comércio de compo-
nentes para veículos pesados de mercadorias. Entendiam os sócios da Val Parts que existiam lacunas por colmatar neste mercado, apesar de a empresa estar precisamente localizada num dos mais importantes mercados, a nível nacional, no setor de peças para pesados, que é a região de Leiria. A opção por Leiria foi
precisamente por razões estratégicas, atendendo à importância que esta cidade tem no negócio de peças para veículos pesados. A empresa opera em três áreas: as peças novas, as usadas e o desmantelamento. Ao nível das peças novas, a empresa comercializa diversas marcas (construídas por alguma marcas que estão no primeiro equipamento), embora o principal destaque vá para uma representação exclusiva ao nível da travagem que são os discos e pastilhas da marca inglesa Winnard. A empresa disponibiliza também uma vas-
Val Parts Leiria 244 036 221 info@val.parts.com www.val-parts.com
ta oferta de componente A/C e chaufagem de parque. Nas peças usadas e reparadas, a Val Parts também disponibiliza uma vasta gama, dando em muitas delas a garantia até um ano. No entender dos responsáveis da empresa a opção será sempre encontrar a melhor solução para cada cliente, seja nas peças novas seja nas usadas, tendo em conta o tipo de veículo e a sua idade. Apesar de ser um operador multimarca, a Val Parts tem, contudo, uma maior especialização ao nível das peças para veículos MAN, tanto ao nível das novas como das usadas. Não menos importante é, na perspetiva de quem gere a Val Parts, o acompanhamento técnico, recorrendo a empresa a suportes informáticos e à enorme experiência dos seus profissionais para, em qualquer momento, poder ajudar os seus clientes. A Val Parts dispõe de instalações em Marrazes, Leiria, onde está não só um balcão de atendimento ao público, como todo o armazém de produto e uma zona técnica. Para além das vendas em balcão a Val Parts tem um comercial, bem como um técnico, para atendimento aos clientes, apostando também num veículo de distribuição para entregas mais rápidas quando necessário. Em resumo, pode-se dizer que a confiança, a qualidade, o foco no cliente, a sustentabilidade e a inovação são, para os responsáveis desta empresa, os principais valores que a Val Parts quer impor no seu negócio das peças perante o mercado.
Frota
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TRANSOLIVEIRA – TRANSPORTES DE MERCADORIAS
Renovar e crescer
A assinalar 26 anos de atividade, a Transoliveira tem vindo a expandir de forma contínua o seu negócio, resistindo aos desafios e sempre atenta às oportunidades do mercado TEXTO NÁDIA CONCEIÇÃO
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undada por Manuel Oliveira em 1993 com a aquisição do primeiro camião à Sonae para transporte de mercadorias, a Transoliveira é atualmente gerida pelo seu filho, Pedro Oliveira. A empresa, situada no distrito de Coimbra, foca-se no serviço de transporte de mercadorias internacional, mas nem sempre foi assim. “Mudámos radicalmente. Até 2010, 5% do nosso negócio era o transporte Portugal-Espanha, e 95% era transporte no mercado nacional. Isto inverteu-se e, hoje em dia, 95% do nosso tráfego é internacional: Espanha,
França, Bélgica, Holanda, etc. E só fazemos 5% de transporte nacional”. A Transoliveira transporta, maioritariamente, produtos cirúrgicos e andaimes para a construção civil, assim como alimentos e produtos de limpeza, sendo que não efetua transporte de produtos com reboque frigorífico. “Todos os elementos que transportamos não necessitam de frio. Todo o transporte é feito num reboque normal”. FROTA
A frota de Pedro Oliveira tem, atualmente, 30 camiões e 40 semirreboques,
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e tem a Mercedes como marca preferencial para os tractores. “Atualmente temos 29 Mercedes e um Volvo. Mas no futuro vamos ficar só com Mercedes. Isto acontece pela relação próxima que temos com a Sodicentro e com a Mercedes-Bens Portugal”. A opção da Transoliveira é ditada, para além da proximidade com a marca, pelos custos de manutenção. “Fizemos várias experiências com outras marcas, mas nunca conseguiram atingir a performance da Mercedes. Os custos de manutenção da Mercedes são inferiores, assim como o consumo de combustível”. A Transoliveira mantém uma política de renovação constante da sua frota, sendo que, para além de um veículo de 1992 um dos três carros equipados com grua que a empresa possui - os veículos mais antigos são de 2010. “A nossa filosofia sempre foi renovar e crescer. Os carros com grua são os únicos que importamos. Tudo o resto é comprado novo em Portugal. Os sete carros de 2010 são os mais antigos que temos na frota e vão ser trocados para o ano. Efetuamos uma renovação da frota muito regular”. Para além das viaturas próprias, a
Transoliveira Oliveira do Hospital Pedro Oliveira 238 601 258 pedrooliveira@transoliveira.com
Transoliveira efetua também contratos de leasing e renting. “Ao final de cinco anos de contrato, trocamos a viatura”. MANUTENÇÃO
Enquanto os veículos estão na garantia, efetuam a manutenção na marca e, depois desse período, a manutenção é feita nas próprias instalações da Transoliveira, que cumpre escrupulosamente os planos de manutenção que o fabricante preconiza. “Fazemos tudo, desde a manutenção mais simples à mais complexa, tanto de tractores como de reboques. Esta política de manutenção serve para conseguirmos controlar melhor os custos, apesar da necessidade de recursos que é preciso para efetuar a manutenção nas nossas instalações: mecânicos,
Peças Do ponto de vista operacional, na manutenção efetuada nas suas instalações, a empresa recorre a vários fornecedores: Civiparts, Visoparts, Vicauto e Motorbus. A Transoliveira adquire cerca de 70% de peças de aftermarket e o restante em peças de origem. “Com as pastilhas tivemos algumas experiências e optámos por comprar Mercedes. Porque chegámos à conclusão que faziam mais quilómetros e não se partiam, como outras, embora dependa muito do tipo de condução do motorista. Os filtros que utilizamos são Mann, e as válvulas também é praticamente tudo aftermarket. Nos cubos, por exemplo, como temos muito desgaste, compramos originais Mercedes”, explica Pedro Oliveira.
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FROTAS
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ainda andar naquele dia, quantas horas já fez na semana e quantas pode fazer na próxima semana. É uma ferramenta muito útil para gerirmos a operação e a manutenção da frota”. Nos carros mais antigos da frota, a Transoliveira não possui este sistema. No entanto, utiliza os dados do computador de bordo, por forma a monitorizar os quilómetros entre os serviços de manutenção, e utiliza um sistema que gera um alerta de temperatura do motor. PNEUS
equipamentos, formação, etc. Mesmo assim, conseguimos reduzir os custos, comparativamente à manutenção feita fora da empresa”. A Transoliveira tem uma equipa composta por um serralheiro, dois mecânicos, um ajudante e um engenheiro mecânico, alocados exclusivamente à manutenção. “É muito compensador ter esta estrutura, só no primeiro ano conseguimos reduzir os custos em 40 mil euros, e, no segundo ano, em 60 mil euros, só em manutenção e sem que isso se tenha refletido numa menor qualidade técnica dos veículos e mantendo a operação exatamente igual”. Pedro Oliveira explica que a maior parte do trabalho de manutenção é feito nos reboques. “Os reboques têm um desgaste muito grande. Porque, com
alguns tipos de transporte que fazemos, nomeadamente no transporte a granel, temos de adaptar os reboques e é muito frequente serem necessárias reparações”. Para minimizar o tempo de paragem dos motoristas, a Transoliveira possui um tractor em permanência nas suas instalações. “Ao deixar o veículo para manutenção, o motorista troca de carro e segue viagem”. Nos veículos mais recentes, a empresa utiliza o sistema FleetBoard, uma tecnologia desenvolvida de gestão de frotas que ajuda a otimizar a operação. “Este sistema é muito interessante. Emite alertas de manutenção e também podemos, em qualquer local, descarregar o tacógrafo, analisar o tempo de viagem e imobilização, saber onde o motorista está, quanto pode
Quanto à gestão dos pneus, cerca de 90% das vezes a sua montagem é feita nas instalações da empresa. “Fizemos uma experiência com pneus de uma marca chinesa de baixo preço, mas revelou-se uma experiência negativa. E aqui o FleetBoard ajudou-nos muito, porque começámos a ver que, nos dois veículos onde montámos estes pneus, tivemos um aumento de quatro a cinco litros aos 100. Entretanto foram retirados e colocámos Bridgestone. Porque, feitas as contas, o custo total com os pneus chineses acaba por ser superior”. FUTURO
Quanto aos projetos a curto prazo, Pedro Oliveira explica que, em breve, a empresa irá remodelar as suas instalações, em Oliveira do Hospital, e adianta que a Transoliveira tem outras ideias para o futuro, que irá revelar em breve.
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AUTO DIESEL
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PUBLIREPORTAGEM
Auto Diesel A conduzir consigo Escolher a Auto Diesel, é optar por um parceiro de confiança, que está na vanguarda da reparação de camiões e reboques
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o celebrar o 50º aniversário, afirmamos o compromisso com uma ideia da Auto Diesel: líder de conhecimento e comprometida com o futuro.
O CONCEITO E A DIFERENCIAÇÃO DA AUTO DIESEL Ao longo de 50 Anos, a Auto Diesel cimentou a sua credibilidade junto das principais empresas de transporte. Sabemos que o mundo dos transportes está a atravessar uma fase de efervescente mudança. Escolher a Auto Diesel, é escolher um parceiro de confiança, que está na vanguarda da reparação de camiões e reboques. Desde sempre a Auto Diesel, implementou o conceito de reparação total de camião e/ou reboque, em qualquer área, qualquer marca em qualquer modelo. Ou seja, o cliente coloca o seu camião nas nossas instalações e qualquer que seja a reparação necessária:
Paulo Tomás T: 263 730 150 paulo.tomas@auto-diesel.com www.auto-diesel.com
mecânica, chapa, eletricidade, serralharia, fibra de vidro, etc.; a empresa tem os meios técnicos e humanos, necessários para a realização da mesma. Numa ideia, a Auto Diesel oferece uma parceria de confiança e cuidamos do seu transporte. No presente, tem a mesma filosofia, sendo que possui serviços únicos, nomeadamente, a área da criogenia, que mais nenhuma empresa portuguesa tem. Aposta fortemente nas áreas de diagnóstico (tem neste momento 7 máquinas de diagnóstico), telemática e energias motrizes alternativas ao diesel. O FUTURO É CONNOSCO A eletrificação, a telemática, a mobilidade
integrada, a automatação, vão condicionar o futuro do setor e consequentemente a atividade da empresa. A Auto Diesel está preparada para os desafios do futuro, para a Auto Diesel, o futuro passa, dadas as características da própria empresa, por estar ligada a diferentes construtores de equipamentos, em sistemas de parceria com grandes grupos mundiais. Exemplo atual desta opção passa por sermos distribuidores e serviço oficial do Grupo BPW e do Grupo Rolfo. Num futuro próximo, vão começar a aparecer os primeiros camiões elétricos. A utilização do hidrogénio e do Gás Veicular, seja GNV ou GLP, como combustíveis alternativos vai continuar a aumentar, sendo que nesta área específica, devido à nossa ligação à criogenia, e já possuirmos recursos humanos formados nestas áreas, temos uma enorme vantagem em relação à concorrência. Daqui a meio século, a Auto Diesel estará a preparar-se para enfrentar as mudanças que o setor dos transportes tiver. Nomeadamente, o teletransporte, a inteligência artificial ligada ao transporte e em especial a alteração das energias utilizadas para o mesmo. AS ORIGENS DA AUTO DIESEL A Auto Diesel é o fruto de cinco décadas de trabalho. É uma empresa que possui a confiança de um portefólio de clientes assinalável e que tem como seus os valores da competência, inovação, dedicação, empenho e excelência de condições técnicas e do serviço oferecido. A preocupação constante em bem servir encontra-se patente na existência de recursos humanos e equipamentos especializados proporcionam aos clientes as vantagens da oferta de uma qualidade extra nos serviços e uma eficácia únicas no sector. A Auto Diesel tem a vantagem de interpretar as necessidades dos clientes e a capacidade de apresentar mais do que sugestões - as soluções - que cada um dos clientes procura. Há 50 anos, um pequeno grupo de pessoas fundaram uma pequena empresa, numas instalações com 47m2, que trabalhava na área da reparação de veículos a diesel, fossem eles camiões, reboques, máquinas de construção, tratores agrícolas e motores de tirar água. Meio século depois e embebidos pelo mesmo espírito e sentido de missão continuaremos a conduzir consigo.
Personalidade
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Focamos a nossa actividade no pós-venda ELSA COELHO ADMINISTRADORA GRUPO ACXXI
O Grupo ACXXI tem no setor do pós-venda a sua principal orientação estratégica, através de algumas das empresas que o constituem. Em 2017, passou por um ciclo de investimento nesta área do pós-venda, pelo que o objetivo agora é a consolidação do negócio
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ENTREVISTA PAULO HOMEM
ão existe praticamente uma única área de atividade no setor dos veículos pesados que o Grupo ACXXI não tenha. As diversas empresas que constituem este grupo têm todas elas uma estratégia muito bem definida e orientada para segmentos de mercado nos pesados muito bem definidos. Como é esse o foco da revista Pós-Venda Pesados, foi essa a nossa orientação nesta entrevista com Elsa Coelho, Administradora do Grupo ACXXI. É muito longa a história do Grupo ACXXI... Tudo começou na A.Coelho, com os ca-
miões usados e semi-novos ao nível da importação, que é a única empresa que não é gerida operacionalmente por mim e pelo meu irmão (Paulo Coelho). Das restantes empresas do Grupo ACXXI, a AC-Manutenção, foi a primeira, existindo há 14 anos, sendo que atualmente temos sobe a nossa responsabilidade o distrito de Leiria, Coimbra, Aveiro, Viseu, Guarda e Castelo Branco. Ao longo dos anos passamos por diversas restruturações e não temos oficinas em todos esses distritos. Onde está atualmente presente a ACManutenção? Como sabe nós apenas temos atividade de pós-venda com a MAN, já que desde 2012 a marca ficou com o departamento comercial. Em 2017 fechamos na Guarda para investir na nossa operação Assivepe no Porto, e já tínhamos fechado há mais tempo Castelo Branco. Por isso, neste momento, temos oficinas de pós-venda com serviço oficial MAN em Turquel
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(sede), Mangualde e Aveiro. Também com a Assivepe, a empresa atravessou um período de investimento nos dois últimos anos... Sim, é um facto. Nós entramos no capital social da empresa em 2007, sendo a mesma gerida por mim, já que o outro sócio está em Moçambique, tendo no último ano sido alvo de alguns investimentos da nossa parte. Ao ficarmos com a representação dos semirreboques da Fliegl, no início de 2017, necessitávamos de uma unidade para fazer a montagem dos semirreboques. Como tínhamos as instalações de Mangualde disponíveis, junto a AC-Manutenção, abrimos a Assivepe para iniciar a montagem dos semirreboques Fliegl. Com as vendas a aumentarem e como os semirreboques chegam de barco a Leixões, havia uma questão logística (e de custos) que passava por levar os semirreboques para Mangualde para serem montados. Como
tal, decidimos investir numas instalações da Assivepe no Porto, como disse antes, onde montamos os semirreboques da Fliegl e temos uma oficina multimarca. Dessa forma criaram uma rede Assivepe. É para continuar este crescimento? Com Turquel, Aveiro, Mangualde e Porto chegamos a uma fase em que temos que consolidar a nossa operação Assivepe, depois dos investimentos que fizemos no crescimento da rede. O crescimento da Assivepe deveu-se à nova representação da Fliegl nos semirreboques? Essa foi a razão principal para estes investimentos, mas obviamente que era muito difícil manter uma estrutura destas no Porto se fosse apenas para a montagem dos semirreboques da Fliegl. Claro que também havia uma necessidade do mercado, nomeadamente na área do pós-venda, até porque existe uma afetação das pes-
soas com outra rentabilidade, sendo esta uma das mais-valias de estar em grupo. Sempre que não estamos a montar semirreboques estamos a trabalhar no pós-venda dos mesmos, deslocando recursos de umas instalações para outras em função das nossas necessidades. O pós-venda de semirreboques é também uma importante atividade da Asssivepe? Em Turquel e Aveiro apenas fazemos o pós-venda de semirreboques, não temos a montagem. Porém, nas quatro unidades fazemos o serviço de pós-venda o que nos coloca na posição de sermos a maior oficina de pós-venda de semirreboques do país, com a maior dispersão geográfica. É muito importante referir que somos serviço oficial das principais marcas de componentes que existem no mercado, o que nos coloca numa posição de destaque ao nível do pós-venda para qualquer marca de semirreboque.
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PERSONALIDADE
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Por outro lado, em Turquel e Mangualde dispomos ainda do serviço de pintura na Assivepe, o que nos permite completar o leque de serviços de manutenção e reparação que temos ao nível dos semirreboques. Porque razão no mercado não se investe tanto no pós-venda dos semirreboques? As marcas de pesados tentam implementar a manutenção/reparação dos semirreboques e não conseguem. Se não tivéssemos no Grupo ACXXI empresas separadas e com gestores separados entre a manutenção dos pesados e dos semirreboques, dificilmente conseguíamos implementar o pós-venda dos semirreboques. Para além da Fliegl, passaram também a comercializar os semirreboques da Indetruck. Qual foi a estratégia? Temos uma outra empresa no grupo, que é a Meridi-Rent, que é a empresa que juridicamente representa a Fliegl e que faz a distribuição dos semirreboques Indetruck. Obviamente que com o know-how da Assivepe, acaba por ser sempre esta empresa que associamos aos negócios relacionados com os semirreboques. Como a Fliegl não tem semirreboques de frio, associamos uma outra marca, que é o caso da Indetruck, que é especializada precisamente em semirreboques na área do frio. Qualquer das marcas são de excelência ao nível da qualidade e permitem-nos complementar a oferta ao nível dos semirreboques. O que representa a empresa Experteficaz? Trata-se de uma empresa também da área do pós-venda que se dedica ao multimarca ao nível dos pesados e dos ligeiros. Temos duas oficinas, sendo que a de Turquel, que está junto da Assivepe e da AC-Manutenção, trabalha apenas a reparação e manutenção de veículos pesados multimarca, enquanto a oficina da Benedita, se posiciona apenas nos veículos ligeiros. Esta complementariedade de empresas e de negócios acaba por ser a mais-valia do Grupo ACXXI para os seus clientes? Do ponto de vista interno conseguimos potenciar uma série de sinergias que nos permite complementar os diversos negócios dentro do Grupo ACXXI. Do lado do cliente que venha ter connosco tem uma oferta de serviços muito vasta e complementar entre si. Desde a compra do pesado e do semirreboque
até à venda nós podemos particamente tratar de tudo. O que faltará na vossa atividade... Aprendemos à nossa custa que quando diversificamos para outras atividades que não dominamos as coisas podem não correr muito bem. Por isso, queremos apostar sobretudo naquilo que somos bons e naquilo que sabemos fazer. Os oito anos de crise também nos vierem ensinar muito. Aprendemos a racionalizar muita coisa. Nesta altura o mercado de pesados encontra-se estabilizado e as oficinas de um modo geral estão cheias... As marcas têm implementado muito o regime de aluguer e os contratos de manutenção, mas neste momento já estão a inverter, pois existem muitas retomas no mercado, o que é excelente para nós. O que representam os contratos de manutenção ao nível da faturação das oficinas? Cerca de 25% do volume de faturação das oficinas é atribuído aos contratos de manutenção. Não consideramos significativo e como as marcas estão a reverter os contratos de manutenção pensamos que essa percentagem não irá subir. Aliás, na minha opinião, acho que é bom não estarmos muito presos aos contratos de manutenção pois toda a gente sabe que é o cliente final que gera uma maior margem. A grande fatia dos negócios do Grupo ACXXI estão centralizados na área do pós-venda? Sim, basta dizer que a AC-Manutenção, empresa 100% dedicada ao pós-venda oficial MAN, representa cerca de 70% do nosso volume de negócios. Tendo em
Se não tivéssemos empresas separadas e com gestores separados, dificilmente conseguíamos implementar o pós-venda dos semirreboques
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conta as outras empresas do Grupo podemos dizer que o grosso das nossas vendas está no pós-venda e é onde focamos a nossa atividade. O que representa o negócio de venda de peças na vossa atividade? É um negócio também muito interesse para nós. Aliás, refira-se que fomos a primeira representante de uma marca de veículos pesados a ter comerciais no terreno ao nível das peças MAN, quando só os grossistas e retalhistas de peças tinham. Estruturalmente temos um responsável de peças, existindo depois responsáveis de peças em cada uma das nossas unidades. Isto para dizer que, para nós, as peças são analisadas e tratadas como um negócio independente das oficinas. Sempre o entendemos como um negócio interessante e, por isso, temos uma gestão própria para as peças. O que representa o negócio de peças dentro e para fora das vossas oficinas?
O consumo maior é de peças nas nossas oficinas AC-Manutenção. Temos a noção que o rácio seja 70/30, isto é 70% é nas nossas oficinas e o restante é para outras oficinas independentes, casas de peças, transportadores, etc. Também compram muitas peças no mercado independente? Sim, temos acordos com diversos operadores, nomeadamente para abastecer a nossa operação na Assivepe. Felizmente as casas de peças já começaram a mudar as suas políticas de vendas de peças às oficinas e aos transportadores. No tempo crise vendiam ao mesmo preço a estes operadores, o que causou muitos problemas às oficinas. Hoje já não é bem assim. Considera que as frotas apostam cada vez mais na manutenção própria da sua frota? Na época de crise houve muita frota a
fazer a manutenção da sua frota e houve também a política do desenrasque. Muitos perceberam que tiveram custos a duplicar, pois muitas vezes a primeira reparação não resolvia o problema. Considero que hoje essa situação mudou e temos muitos clientes que nos procuram para fazer a manutenção dos camiões e dos semirreboques, depois de já terem optado no passado por fazer manutenção própria. A vossa operação de pós-venda multimarca é menos representativa? Face ao volume de negócios total, o pós-venda multimarca é residual na nossa atividade. Acaba por ser um complemento da nossa atividade, e nem encaremos o pós-venda multimarca numa perspetiva de futuro. Aliás, temos sido contactados por empresas multinacionais que se querem implementar no mercado português ao nível do pós-venda multimarca, mas temos declinado esses convites.
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PERSONALIDADE
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Grupo ACXXI em diversas frentes
Não acreditam nas redes oficinais independentes? Estamos a falar de investimentos elevados e consideramos que a maior fatia do negócio vai para essas empresas. Por outro lado, achamos que perdemos independência e poder negocial. Nesta fase é indiferente e não estamos interessados nessas redes, até porque temos felizmente as nossas oficinas cheias. Estamos também muito bem apetrechados tecnicamente e temos muito conhecimento técnico quer na MAN quer nos semirreboques e nos seus componentes, pelo que não vemos grandes vantagens em entrarmos para essas redes. Como é que analisa o futuro do pós-venda a médio prazo, atendendo ao Euro 6 e que os camiões têm cada vez mais eletrónica? Vai ser cada vez mais complicado para quem não tem formação técnica. Aparecem-nos hoje situações de camiões que já passaram por diversas oficinas e que depois acabam por parar aqui nas nossas oficinas, com um problema maior, depois de vários “curiosos” terem andado a mexer. Para essas oficinas será cada vez mais difícil. No nosso caso estamos muito bem preparados tecnicamente para o futuro e investimos muito na formação e na constante melhoria da qualidade das reparações. Temos as pessoas sempre atualizadas e os equipamentos também, conseguimos potenciar sinergias entre as nossas empresas e assim ter escala com a nossa atividade. Por outro lado, estamos preparados em todas as unida-
des MAN com carrinhas de assistência na estrada. Vai haver mais novidades na vossa atividade? Não temos nada previsto para este ano. O que queremos agora é consolidar todos os diversos investimentos que fizemos, pois entendemos que um novo negócio demora sempre vários anos até dar frutos, como será o caso da Fliegl e da Indetruck, nos quais vamos apostar até porque temos quatro oficinas de pós-venda nos semirreboques, nas quais também investimentos muito em 2017. Onde está o segredo da empresa? Está na forma controlada como temos a nossa empresa em termos de gestão. Trabalhamos com uma empresa externa, que nos faz a consultoria, que nos permite ter todos os meses um controlo muito apertado da nossa atividade por unidade de negócio. Temos relatórios semanais e mensais, e reunimos regularmente com os responsáveis para avaliar o que estamos a fazer. A forma como gerimos o nosso negócio, desde o seu início, foi fundamental para podermos passar pela crise e termos a nossa atividade controlada. Por outro lado, se formos ver a história do Grupo, podemos dizer que fomos pioneiros numa série de vertentes na parte do camião. Foi no complemento dos camiões com os semirreboques, foi o renting, depois foi a abordagem nas peças, entre outras. Tudo isto contribuiu para o que é hoje a nossa empresa.
O Grupo ACXXI é constítuido por uma série de empresas. Historicamente a mais antiga empresa do Grupo é a A.Coelho, que se dedicada à importação de camiões usados e semi-novos. A AC-Manutenção é uma das mais representativas empresas do Grupo ACXXI, possui três oficinas oficiais MAN em Leiria (Turquel), Aveiro (Oiã) e Viseu (Mangualde), embora a sua representação se estenda aos distritos do Coimbra, Guarda e Castelo Branco. Dentro do Grupo existe ainda a Experteficaz, que é uma oficina multimarca de pesados em Turquel (existe uma outra para veículos ligeiros na Benedita). A ACtoRent é uma empresa de renting de pesados, gerindo o Grupo ACXXI cerca de 120 veículos nesta modalidade de financiamento. Através da ActoRent a empresa começou a dinamizar também o aluguer de semirreboques. Com a TraidAc, o Grupo ACXXI faz a exportação de camiões usados multimarca. Por último, existe ainda a Meridi-Rent, que é a empresa que juridicamente representa a Fliegl e que faz a distribuição dos semirreboques Indetruck em Portugal, apesar de comercialmente estas duas marcas de semirreboques aparecerem associadas ao negócio Assivepe.
Dossier
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PEÇAS ORIGINAIS
Negócio em crescimento
A venda de peças originais tem já uma atenção especial por parte das marcas, que apostam em dinamizar as vendas, dentro e fora da sua rede oficinal TEXTO NÁDIA CONCEIÇÃO
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os concessionários, a distribuição de venda de peças originais, tanto para as oficinas internas e rede de oficinas autorizadas, como para os operadores independentes e para o cliente final, tem tido uma importância crescente. É atualmente um dos focos das marcas, representando já uma parte substancial do negócio, com um grande potencial de crescimento. Através de componentes novos ou reconstruídos, as
marcas tentam cada vez mais chegar aos clientes externos, justificando o preço destas peças originais não só com a qualidade do produto, mas também com o conjunto de serviços que vêm associados à compra, tais como o apoio comercial e técnico, as campanhas e incentivos e o tempo superior de garantia, assim como o acesso a plataformas online onde é possível ao cliente consultar catálogos, preçários, disponibilidade de stock e informação técnica.
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PEÇAS ORIGINAIS
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QUESTÕES
1 - No negócio de Pós-Venda o que representa hoje o negócio de peças de origem dentro e fora da rede oficial? 2 - Como tem evoluído o negócio de peças de origem para as oficinas independentes? 3 - O que tem sido feito pela vossa marca no sentido de dinamizar, através dos concessionários, a venda de peças de origem dentro e fora das vossas oficinas? 4 - Para além das peças de origem, possuem outras linhas de peças (reconstruídas, segundas linhas, etc.)? Quais? 5 - A vossa marca tem alguma plataforma de peças B2B destinada especificamente às oficinas independentes? Qual o endereço e como funciona? 6 - Que outras ferramentas e serviços disponibilizam às oficinas independentes, por via dos concessionários, que compram peças de origem da vossa marca?
cimento dos nossos mecânicos, são um dos fatores de diferenciação. Esta é a razão porque o volume de venda de peças na rede MAN tem mantido nos últimos anos um crescimento constante. Atualmente, as peças vendidas na rede têm um peso de 70% no volume total, sendo os restantes 30% vendidos fora da rede, repartidos por operadores independentes e clientes finais. 2 - O consumo de peças na rede oficial MAN é bastante superior, comparativamente com as que são vendidas para o exterior, tendo mesmo sido registado nos últimos anos um crescimento constante. A venda de Peças Originais tem-se mantido estável nos reparadores independentes, sendo a razão para este facto a procura de soluções mais económicas no custo imediato, originando a tomada de opções de menor qualidade e consequentemente de menor custo. 3 - Estamos cada vez mais presentes no mercado com apoio direto aos clientes através de comerciais Após Venda. Através do programa MAN PartsBase (programa de incentivo ao comércio de peças originais para operadores independentes) atribuímos um incentivo financeiro aos concessionários e aos operadores independentes, em função do volume de compras/vendas. Realizamos diversas campanhas com descontos extra, e o tempo de garantia de peças foi ampliado para dois anos. No caso de as peças serem aplicadas nas oficinas da rede MAN, a garantia inclui o serviço efetuado. 4 - Possuímos uma ampla gama de peças recondicionadas, designada por Ecoline. Estas peças, tal como as peças novas, têm dois anos de garantia e uma redução de custo face às peças novas na ordem dos 40%. Lançámos também uma gama de motores recondicionados designada por Ecoline Plus, motores estes que tem uma redução substancial no custo permitindo uma solução mais económica na reparação, diminuindo o tempo de imobilização e adequando o valor do componente á valorização atual do veículo.
MAN
José Cabaça Ramos - Diretor de Após Venda cabaca.ramos@man.eu www.truck.man.eu 1 - Hoje em dia, as peças originais MAN são uma mais-valia para o cliente. Em simultâneo com a competência e conhe-
5 - A MAN Disponibiliza uma ferramenta dentro do conceito do MAN Parts Base, que é o Parts Link 24. Esta é uma ferramenta que apresenta uma série de vantagens para os utilizadores, onde se inclui, entre outras, a disponibilidade do catálogo de peças, o preçário e a disponibilidade de stock. Como complemento, os pedidos podem ser realizados durante todo o ano,
existindo uma via de comunicação direta para os concessionários. Esta aplicação permite também fazer diversas análises e estatísticas dos pedidos. 6 - Atualmente temos o After Sales Portal onde são disponibilizadas diversa informação técnica e de reparação, assim como o catálogo de peças. O After Sales Portal MAN também disponibiliza manuais de reparação, informação sobre os produtos homologados, sistemas de diagnóstico, acessórios, etc. No fundo, toda uma vasta gama de informação, que permite aos operadores independentes realizarem as suas intervenções com elevados padrões de qualidade.
RENAULT
Augusto Ramos - Diretor Após Venda www.renault-trucks.pt 1 - Todo o nosso negócio de venda de peças é realizado recorrendo à utilização de peças originais Renault Trucks, representado esta área de negócio 30% do volume global da Galius. Este é um negócio realizado via quatro canais principais: venda direta nos nossos balcões, montagem nas nossas oficinas, via contact center e através das nossas equipas de vendedores do após-venda. Há efetivamente outras oficinas a recorrerem à compra de peças oficiais originais Renault Trucks, via aquisição nos nossos balcões, contact center e através da aquisição junto dos nossos vendedores. A nossa estratégia passa pelo reforço da atividade na nossa rede de concessionários após-venda e do respetivo portfólio de serviços prestados, mas não descuramos em nenhum momento as oficinas independentes, que representam atualmente cerca de 10% das vendas. 2 - Por forma a garantirmos a máxima operacionalidade dos veículos Renault Trucks, faz parte da nossa estratégia, termos os meios e garantirmos a reparação das viaturas dos nossos clientes nas nossas
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oficinas, com os nossos técnicos certificados e aí fazermos a montagem de peças originais Renault Trucks. Focados nesta entrega, onde o princípio é a manutenção e maximização da disponibilidade do veículo, apresentamos inclusivamente garantias adicionais, que não estão disponíveis para quem compra ao balcão, ou via contact center ou através dos nossos vendedores e os incorpora posteriormente via oficinas independentes. É disso exemplo a garantia de dois anos, concedida a quem faz as reparações do seu veículo através da rede. É importante referir que a garantia é extensiva à rede Renault Trucks Europeia e inclui em caso de necessidade ao reboque da viatura. Quem não o faz, usufrui de uma garantia de apenas um ano. 3 - Para cada um dos canais de venda referidos (oficina, balcão de venda a público, contact center e vendedor após-venda) temos um vasto conjunto de ações de dinamização em curso. Estão devidamente planeadas campanhas promocionais de captação de novos clientes e de fidelização dos clientes existentes, com periodicidade mensal e semestral. Entre elas, podemos destacar campanhas que premeiam quem faz a montagem das peças nas nossas oficinas, preconizando esta últimas a oferta de dois anos de garantia. Só os nossos técnicos certificados pela marca Renault Trucks garantem a máxima fiabilidade e disponibilidade do veículo. Para além destas campanhas temos disponíveis contratos de manutenção light, que garantem, com um fee inferior, assistência dentro das nossas portas e com a qualidade a que temos habituado os nossos clientes. Ainda a título de exemplo, garantimos 20% de desconto em reparações a camiões com sete ou mais anos. 4 - Dentro do nosso portfólio de produtos possuímos, para além de peças originais novas Renault Trucks, peças recondicionadas Renault Trucks, que apresentam as mesmas características das peças novas, a um preço mais competitivo, mas sempre com a garantia Renault Trucks. 5 - Neste momento temos um projeto ainda em fase embrionária no que concerne à sua arquitetura. Este é um objetivo concreto que resulta de uma necessidade que temos vindo a constatar no mercado e pretendemos suprimir, não sendo ainda uma prioridade. 6 - Garantimos o total acompanhamento a estes clientes, através das nossas equipas
de vendedores de após venda, com planos de visita devidamente definidos e enquadrados com as necessidades específicas. Estes são elementos devidamente formados e conhecedores da marca Renault Trucks e da necessidade destes clientes e dos camiões que comercializamos, da sua missão e política assente num serviço orientado para a satisfação do cliente.
VOLVO
Paula Martins - Gestora de Peças 226 150 300 pamartins@autosueco.pt www.volvotrucks.com.pt 1- As peças genuínas Volvo são o centro do nosso negócio, em conjunto com o Serviço Genuíno Volvo. Temos uma gama de produtos alargada e diversificada. Uma rede de 16 concessionários, espalhados por Portugal Continental, Madeira e Açores. Trabalhamos sempre numa ótica de melhoria continua. Temos uma Supply Chain otimizada e dinâmica. 2 - A nossa rede de concessionários tem no Canal Oficina, o seu principal cliente. Naturalmente que as vendas ao balcão têm um peso importante para a atividade e todos os nossos clientes são segmentados, tendo acesso a condições específicas de acordo com o seu nível de fidelização à marca Volvo. Temos feito uma aposta forte na nossa Oferta de Contratos de Assistência, o que confere segurança aos nossos clientes e os ajuda a poupar tempo e a controlar os custos, e fortalece as vendas pelo canal oficina. 3 - Trabalhamos diariamente para ir ao encontro das necessidades dos nossos clientes, sempre com foco na melhoria contínua. A nossa cadeia de distribuição é otimizada, e asseguramos um Grau de Serviço de 97%, em menos de 24 horas. Lançamos continuamente campanhas promocionais focadas nas necessidades dos clientes, na idade das viaturas e no tipo de cliente; treinamos continuamente
as nossas equipas; apostamos na qualidade e no fazer bem à primeira. As peças genuínas Volvo garantem a longevidade da viatura e a maximização do seu valor, têm especificação adequada à viatura e à sua utilização, daí que cada vez mais os clientes reconheçam o seu valor. 4 - A Auto Sueco Portugal, através da sua rede de concessionários, apenas comercializa Peças Genuínas Volvo. A Volvo tem na sua oferta de peças genuínas, as peças recondicionadas, para um grupo específico de peças, que têm as mesmas características das peças novas, nomeadamente no que se refere a questões de garantia, mas a um preço mais competitivo. Na nossa oferta ao cliente final, e acompanhando a maturidade dos veículos, temos condições especiais para veículos com mais de oito anos, através do Programa Volvo Plus, em que os veículos incritos têm vantagens em reparações nas nossas oficinas. 5 - Privilegiamos o contacto pessoal e personalizado, tanto com a nossa Rede de Concessionários como com o cliente final, daí que temos mantido a nossa aposta nesta forma de relacionamento direto. A Rede de Concessionários Volvo tem ao seu dispor mecanismos automáticos e diretos que lhes permitem consultar stocks e colocar encomendas de peças, online. 6 - A todos os nossos clientes, oferecemos o mesmo nível de atendimento e disponibilidade das equipas. Não diferenciamos o atendimento nem os serviços que oferecemos, caso se trate de uma oficina independente ou de qualquer outro tipo de cliente. Temos uma equipa comercial que acompanha diretamente os clientes, entregamos as peças em casa do cliente para sua maior comodidade. Divulgamos via web as nossas campanhas promocionais.
IVECO
Rui Teixeira - Diretor de Peças e Serviço 263 200 341 / 962 969 343 teixeira@iveco.com www.iveco.com/portugal 1 - O negócio das peças de origem representa 97% do nosso volume de negócio, os restantes 3% são realizados em conjunto com parceiros estratégicos de diversas áreas, que a IVECO definiu com Direx. 2 - As vendas para as oficinas independentes têm-se mantido estabilizado e representam aproximadamente 5% das nossas
vendas. Os principais pilares estratégicos do negócio de venda de peças IVECO são as oficinas internas dos concessionários e a nossa rede de oficinas autorizadas, esta é a explicação para que a percentagem a oficinas independentes seja muito residual, mas estamos a trabalhar para incrementar o volume. 3 - Todas as ações estão relacionadas com uma proximidade cada vez maior com os nossos clientes. Nos últimos anos foi implementado o Projecto PSD (Prospection Dealer Development), este projeto tem vindo a tornar a nossa rede cada vez mais proativa, e leva-nos a conhecer profundamente o nosso cliente e o seu potencial, que família de produtos nos compra e desta forma proporcionar ao cliente uma gama ampla de ofertas e de soluções com base nas suas perspetivas. Todo este programa é suportado por um plano de formação, em que toda a estrutura de peças da rede de assistência está envolvida. A formação é um tema consensual, ou seja, de compromisso entre a IVECO e a sua rede. A formação é um investimento imprescindível ao desenvolvimento da nossa atividade. 4 - Além das peças de origem, a IVECO possui mais duas linhas de produto. A linha Reman, são peças reconstruídas, e que apresentam um elevado desempenho com baixo impacto ambiental. As peças Reman são completamente desmontadas, examinadas, remontadas e testadas conforme as especificações das peças originais, utilizando técnicas de última geração, sistemas avançados de reconstrução e controlo de qualidade. Esta gama de produto está a ser melhorada e atualizada constantemente, neste momento é constituída por 30 famílias de produto, no primeiro semestre de 2018 serão lançadas oito novas famílias. E temos também a linha Nextpro by IVECO, lançada no passado mês de fevereiro e possibilita aos clientes manter os seus veículos mais antigos em condições económicas vantajosas. A Nextpro une-se à nossa gama existente de soluções de peças IVECO – peças originais, Peças Reman e Acessórios – para cobrir todo o ciclo de vida do veículo, com base nas suas necessidades específicas. 5 - Esta plataforma encontra-se em fase de desenvolvimento, e a sua apresentação está prevista para o final de 2018. 6 - O canal de vendas através de oficinas independentes apresenta de momento um
valor bastante residual, mas ao mesmo tempo possui um potencial de desenvolvimento elevado, por esse motivo a IVECO encontra-se a desenvolver uma plataforma de peças. Às oficinas independentes disponibilizamos um conjunto de campanhas comerciais especificas à sua atividade, oferecemos os nossos serviços de assistência técnica adicionais, que lhes permitem aumentar a eficácia e qualidade do serviço, e podem usufruir do nosso sistema de logística.
DAF
Juno Cesário - District Parts Manager & Fleet Services Manager www.daftrucks.com 1 - O negócio de peças sempre foi e continuará a ser uma parte importante da rentabilidade de uma concessão. No entanto, com a evolução técnica e incremento da já de si elevada fiabilidade dos modelos DAF Euro 6, em particular com o último DAF MY2017, tem-se verificado um menor consumo de peças de origem o que, embora por um lado é uma com certeza uma mais-valia para o cliente DAF, por outro cria um desafio acrescido à nossa rede de concessões. Temos dedicado bastante tempo e atenção a este fenómeno procurando dinamizar o negócio com ações de serviço a viaturas mais antigas como o programa Bem Vindo a Casa e campanhas com preços bastante competitivos como a ação Boa Forma. Ainda, de forma complementar, as concessões DAF têm realizado um trabalho excelente com a oferta de um serviço completo aos clientes não só em viaturas DAF mas também aos
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reboques e viaturas de outras marcas com as nossas peças TRP permitindo assim, no conjunto, incrementar o negócio de peças dentro e fora das concessões. 2 - Estamos satisfeitos com o crescimento contínuo do negócio de peças das nossas concessões quer pelo canal interno (mais expressivo) quer pelo canal externo. No que toca ao canal externo, a venda de peças a clientes de frota com oficinas próprias é responsável por grande parte do incremento de atividade, clientes estes que têm vindo de uma forma progressiva a reconhecer as múltiplas vantagens de comprar peças na rede DAF, não só em preço, mas também usufruindo de vantagens adicionais de ações e programas como o PACCAR Parts Fleet Services. 3 - A PACCAR Parts tem dedicado uma especial atenção à promoção e divulgação de peças e serviços DAF e TRP com campanhas trimestrais de serviço a preço fechado, promoções de peças para viaturas DAF e de outras marcas, campanhas de peças e serviços para reboques e programas de comunicação a clientes como é exemplo o MaxCard.pt. Apostamos cada vez mais na comunicação online e nas redes sociais como forma de manter os nossos clientes informados das novidades e promoções. É um processo contínuo que nos tem trazido resultados bastante satisfatórios. 4 - A PACCAR Parts distribui para todo o mundo peças para camiões DAF, Kenworth e Peterbilt. Para outras marcas de camiões e reboques contamos com a nossa marca TRP, sempre com a garantia PACCAR. Com esta vasta gama de oferta, queremos que as nossas concessões sejam uma loja única para o cliente preocupado com os tempos de paralisação, deslocações acrescidas e economia de recursos. 5 - A PACCAR Parts desenvolveu nos últimos anos duas plataformas destinadas ao comércio eletrónico de peças: O TRP eCatalog (www.trp.eu) e a DAF WebShop (parts.daf.com). No TRP eCatalog o cliente
tem acesso à vasta gama de peças e produtos comercializados via TRP, de forma aberta com descrições e imagens. Quanto à DAF WebShop, trata-se de uma loja online de peças com acesso restrito, onde o cliente tem a capacidade de identificar peças através do chassis da viatura DAF ou matrícula com imagens e desenhos técnicos das peças e como novidade, também os preços específicos e disponibilidade de stock. O cliente vai construindo o seu carrinho de compras, colocando a sua encomenda à concessão que a processa no próprio dia, sem telefones nem tempos de espera. 6 - Qualquer oficina independente pode ter acesso ao sistema de identificação de peças DAF, Ferramentas de diagnóstico, informações técnicas e todo o apoio da concessão para que os clientes DAF tenham o melhor serviço: www.daf.global/en-en/ parts-and-accessories/pt/melhor-servico-melhor-daf.
SCANIA
Daniel Norte – responsável de serviços comerciais da Scania Ibéria www.scania.pt 1 - A orientação das nossas ações é direcionada quase exclusivamente para o cliente final, colocando todos os nossos esforços em satisfazer as suas necessidades, por isso o negócio de vender peças para oficinas fora da rede Scania é anedótico. 2 - A evolução e o crescimento do nosso negócio tem sido, nos últimos anos, o produto do reconhecimento de nossos clientes. O cliente Scania valoriza as soluções
integrais que oferecemos, adaptando nosso portfólio às suas necessidades específicas. 3 - Ter um portfólio de produtos que cubra toda a vida útil do veículo nas diferentes etapas, bem como a capacidade de adaptá-lo de acordo com as suas necessidades, faz com que o cliente exija mais de nós. Além disso, não lidamos com o negócio de peças isoladamente, mas integramo-lo em soluções com serviços extra: mão de obra, financiamento de reparações, pacotes de manutenção preventiva, formação e coaching de motoristas, contratos de reparação e manutenção, reparação de reboques, etc. 4 - A Scania está comprometida com os mais altos padrões de qualidade, descartando segundas marcas ou peças usadas. Por outro lado, nos últimos cinco anos, desenvolveu uma linha de negócios baseada na reparação de reboques, pneus e consumíveis de oficina para os clientes que têm a sua própria oficina. Desta forma, esperamos que nossos clientes encontrem na Scania a solução operacional para toda a manutenção da frota. 5 - O foco da Scania não é em oficinas independentes. A plataforma de compra de reposição online está disponível para o cliente final, onde também se podem encontrar as informações disponíveis sobre cada veículo, tais como manuais. 6 - Todo um portfólio de serviços e tecnologia à disposição do cliente, baseado em transporte sustentável (eficiente, baixo consumo de combustível e baixas emissões) é o pilar básico do relacionamento com o cliente. Trabalhamos no desenvolvimento de produtos e serviços que aumentam a rentabilidade operacional dos nossos clientes. A nossa principal tarefa é atender os nossos clientes, entender quais são suas necessidades e oferecer serviços adaptados. Isto tem sido a chave para o nosso crescimento como empresa e continuará a sê-lo, por estar na vanguarda tecnológica de um setor dinâmico e exigente.
Camiões e Autocarros
Mercado
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M MAN e VHH formam parceria
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M A N Tr u c k & Bu s e a Verkehrsbetriebe Hamburg-Holstein GmbH assinaram um memorando de entendimento no passado mês de março, para estudar a segunda vida de sistemas de armazenamento de baterias usadas, para que possam ser utilizadas em autocarros elétricos. As duas empresas irão testar a segunda vida das baterias num armazém estacionário, criado para evitar picos de consumo energético durante o carregamento do autocarro, enchendo a
carga durante períodos mais calmos, que os autocarros podem utilizar depois em períodos mais movimentados, reduzindo os custos e estabilizando a utilização do sistema elétrico. As duas marcas esperam também descobrir mais sobre o comportamento de envelhecimento e os ciclos de vida das baterias, assim como criar oportunidades para estabilizar o sistema elétrico com a utilização de transportes elétricos. Isto implica trabalhar com baterias usadas obtidas dos veículos de teste, como células do tipo das que
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MAN eTGE produzida em série a partir de julho
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MAN eTGE, 100% elétrica, irá começar a ser produzida a partir de julho. A MAN TGE elétrica tem uma autonomia para até 160 km e capacidade de carga entre 950 e 1700 kg, ficando na máxima capacidade operacional após cinco horas e meia ligada a um carregador. Para atingir a carga completa com 220V AC, são necessárias cerca de nove horas. Os módulos individuais de seis ou doze células das baterias recarregáveis de 36 kWh podem ser substituídos separadamente. A TGE elétrica com tração dianteira possui
serão utilizadas nos eBuses da MAN. O projeto de investigação faz parte da parceria de transporte entre a cidade de Hamburgo e o Grupo Volkswagen, que também inclui a MAN. Estes parceiros pretendem tornar os transportes urbanos mais ecológicos, seguros e eficientes. Uma das áreas centrais prende-se com promover os veículos elétricos e, como parte da parceria, cerca de 150 veículos elétricos Volkswagen já estão nas ruas de Hamburgo. Até ao final de 2018, os autocarros elétricos MAN vão também circular na cidade.
MAN entrega veículos piloto à DB Schenker
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MAN Truck & Bus, a DB Schenker e a Universidade Fresenius vão utilizar, pela primeira vez, camiões ligados em rede, numa aplicação prática no setor logístico. Em fevereiro, a MAN entregou os veículos para este projeto à DB Schenker. Esta parceria irá permitir o teste de camiões em platooning - sistema no qual os camiões se deslocam em conjunto na autoestrada, com a ajuda de sistemas de assistência técnica de condu-
um motor síncrono com 100 kW de potência máxima e um binário de 290 Nm. Em combinação com a velocidade máxima de 90 km/h, o consumo de combustível é de cerca de 20 kWh por cada 100 km. A eTGE possui sistema de navegação, para-brisas aquecido, assim como o sistema de assistência à travagem de emergência (EBA). Na fase inicial, a MAN eTGE pode ser encomendada com distância entre eixos normal e teto alto. A linha de produto é principalmente direcionada para frotas, com a oferta de um conceito de serviço adaptado às necessidades dos clientes.
ção e controlo, ligados entre si através de um “reboque” eletrónico baseado na comunicação entre veículos, o que permite a poupança de combustível - por um período de vários meses, em condições de trânsito reais, e será também a primeira vez que motoristas profissionais da DB Schenker vão substituir os motoristas de teste ao volante dos camiões. O foco desta parceria está agora na formação intensiva dos motoristas para as suas tarefas neste projeto e para facilitar a integração destes veículos nas operações logísticas da DB Schenker. Os motoristas vão receber formação teórica e prática, de especialistas da MAN ProfiDrive, e vão praticar num simulador de condução. Quando a fase de treino intensivo estiver terminada, serão efetuados testes semanais e diários.
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Renault lança furgão Master Z.E.
CAMIÕES E AUTOCARROS
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Renault acaba de completar a sua gama de veículos comerciais ligeiros movidos a energia elétrica com o furgão Master Z.E., um veículo sem emissões poluentes. O Master Z.E. possui uma bateria da nova geração e um motor de elevada eficácia energética com 76 cv, com uma autonomia real de 120 km, 6 horas de tempo de carga total e uma velocidade máxima de 100 km/h. Com o Master
Renault Trucks anuncia venda de camiões elétricos
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m 2019, a Renault Trucks irá lançar uma gama de veículos elétricos. Estes camiões serão concebidos para utilização em áreas urbanas e suburbanas, sendo produzidos na fábrica da empresa na Normandia, em França. Os testes reais de vários tipos de camiões experimentais completamente elétricos de 12-16 toneladas com a
Z.E., a Renault disponibiliza ainda o My Z.E. Connect, um serviço que permite saber qual a autonomia do veículo, o Z.E. Trip, que permite conhecer a localização do conjunto dos terminais de carregamento nos principais países da Europa, e o Z.E. Pass, um meio de acesso e de pagamento único na maioria dos terminais de carregamento públicos na Europa, a partir de um smartphone ou de um tablet.
Speed Distribution for Guerlain, Stef for Carrefour, Nestlé e com o Grupo Delanchy, permitiram à Renault Trucks ter informações importantes relativamente a condições de utilização, comportamento das baterias, instalações de carregamento e requisitos de manutenção específicos para camiões elétricos. Está a ser instalada na fábrica da Renault Trucks uma linha de montagem dedicada para camiões completamente elétricos.
Usados da Renault Trucks já estão online Os clientes da Renault Trucks podem agora iniciar sessão numa plataforma online – www.usedrenault-trucks.com – e consultar o catálogo de veículos usados. As empresas de transporte podem escolher o camião usado que pretendem com base em critérios como a configuração do veículo, o preço ou a quilometragem. Cada camião é fornecido com uma ficha técnica própria, sendo geolocalizado com os detalhes de contacto da instalação Renault Trucks onde está disponível para venda. As empresas de transporte rodoviário podem escolher entre uma variedade de veículos usados recentes com o rótulo de qualidade “Selection” da Renault Trucks. A nova gama de camiões usados Renault Trucks X-Road também está disponível online. Os camiões usados na plataforma são sujeitos a rigorosos controlos de qualidade realizados por especialistas credenciados da Renault Trucks, sendo equipados com peças originais. Os camiões disponíveis na plataforma estão à venda exclusivamente em concessionários Renault Trucks e todos beneficiam de assistência técnica 24h por dia.
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Mercedes-Benz eActros em testes de utilização diária
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Mercedes-Benz Trucks, primeiro fabricante no mundo com um camião elétrico, coloca agora o eActros na estrada, através de 10 veículos, de dois e três eixos, entregues a clientes-piloto de diversos setores na Alemanha e na Suíça, para ser testada a sua viabilidade e eficiência económica. Inicialmente, o foco será no transporte de mercadorias no centro da cidade e nos serviços de entrega. “Queremos trabalhar em conjunto com os nossos clientes para avançar rapidamente com o desenvolvimento do eActros, para este se tornar uma solução viável em operações quotidianas. Estamos a iniciar esse processo com uma frota de inovação e apoiando os testes em ambiente de logística do dia a dia dos nossos clientes. Isto irá permitir-nos definir exatamente o que resta ser feito, em termos de questões técnicas, infraestrutura e serviços”, explicou Martin Daum, membro do Conselho da Daimler AG, responsável pela Daimler Trucks and Buses. Em comparação com o
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protótipo, foram feitas algumas mudanças técnicas: a fonte de alimentação agora é assegurada por 11 packs de bateria. Os clientes irão testar os veículos por um ano e os camiões irão depois seguir para um segundo conjunto de clientes. A energia para uma autonomia de até 200 km é fornecida por duas baterias de iões de lítio com uma potência de 240 kWh. O objetivo da Mercedes-Benz é alcançar a produção em série em 2021 e a maturidade do mercado para uma variedade de camiões elétricos economicamente competitivos para uso em operações de transporte pesado.
Dachser testa o eActros A Dachser integra o grupo exclusivo das dez empresas que irão testar o novo modelo eActros da MercedesBenz. A escolha da Dachser recaiu no modelo de 18 toneladas. A Dachser Ibéria tem vindo a apostar na inovação e na sustentabilidade, tendo em circulação, desde o final de 2017, um veículo híbrido do modelo Fuso Canter Eco Hybrid 7C15.
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CAMIÕES E AUTOCARROS
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Reta entrega semirreboques à empresa Santos e Vale
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urante o primeiro trimestre de 2018, a Reta iniciou a entrega de dez semirreboques Isolé Dogal-Van LeciTrailer, de piso duplo, à empresa Santos e Vale. As unidades foram construídas à medida, para uma completa cobertura das necessidades da Santos e Vale. Estas viaturas permitem vários níveis de carga e, entre as características mais relevantes, desta-
MAN e Solera em parceria no pós-venda
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MAN Truck & Bus AG e a Solera Holdings Inc. iniciaram uma parceria que visa digitalizar os processos de pós-venda no negócio dos veículos comerciais. A MAN irá utilizar a plataforma Digital Garage da Solera, que interliga motoristas, veículos e oficinas, para aumentar a conectividade na área do após-venda. As aplicações desenvolvidas em conjunto com a Solera vão ser oferecidas como parte dos Serviços Digitais MAN na
cam-se os reforços interiores galvanizados, com calhas completamente integradas nos painéis, criando uma superfície interior lisa, mais resistente e duradoura. Pela sua flexibilidade, o Dogal-van confere a máxima adaptabilidade do veículo e permite obter o máximo rendimento de carga. Em Portugal, a Lecitrailer é representada em exclusivo pela Reta.
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No passado mês de janeiro, a IVECO lançou a segunda edição do “Service Challenge”, uma competição interna que distingue as melhores equipas de assistência técnica da rede Europeia de “Truck Stations”, rede dedicada às necessidades dos frotistas de veículos pesados. Os critérios de qualificação incluiram: Tempo de Chegada e de Reparação em 24 horas, eficiência na gestão das campanhas de recall, Disponibilidade de Peças em Armazém e aferição da qualidade do apoio prestado pelas equipas.
plataforma de logística RIO. Desta forma, os procedimentos que envolvem a entrega e levantamento de veículos nas oficinas serão mais rápidos e precisos.
Scania vence “Green Truck Award”
LP Tours recebe primeiro MAN Lion’s Coach
primeiro autocarro MAN Lion’s Coach a ser vendido em Portugal foi entregue, no início de abril, à LP Tours, empresa de transporte de passageiros sediada em Gondomar. Com 13 metros de comprimento e capacidade
IVECO lança segunda edição do “Service Challenge”
máxima para 59 passageiros, o MAN Lion’s Coach oferece ao motorista botões de controlo de fácil acesso e o volante permite o controlo do rádio, telemóvel e sistemas de segurança. O MAN Lion´s Coach possui ainda aquecimento de parque, sistema multimédia com três câmaras, GPS, kit mãos-livres para dois telemóveis e pré-instalação do router Wifi. A segurança é assegurada ainda pelo Programa Electrónico de Estabilidade, Sistema de manutenção na faixa de rodagem e Sistema de assistência à travagem de emergência.
O Scania R 500 com o motor de 13 litros foi o vencedor do “Green Truck Award”, o teste alemão focado nos baixos consumos de combustível, nas velocidades médias e emissões de CO2, organizado por duas revistas alemãs da especialidade, a “VerkehrsRundschau” e a “Trucker”. Com um consumo médio de 24,92 l/100 km e uma velocidade média de 79,91 km/h na pista de testes, a diferença entre a Scania e o segundo melhor concorrente foi de 0,4 litros aos 100 km.
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Garland Transport Solutions é a nova empresa do Grupo Garland O Grupo Garland sofreu uma reestruturação interna, da qual resultou, entre outras medidas, a criação de uma nova empresa: a Garland Transport Solutions, que surge da fusão das extintas Garland Transportes e Garland Paletes Expresso na Garland Trânsitos. A Garland Transport Solutions foi criada para oferecer serviços de transporte terrestres para todos os destinos europeus, transporte marítimo para Portugal, Espanha e Marrocos para o resto do mundo; e transporte aéreo para os principais aeroportos de Portugal, Espanha e Marrocos para o resto do mundo. As mercadorias são transportadas em cargas completas, parciais ou de grupagem, estando a Garland habilitada para o transporte de produtos convencionais, pendurados, a temperatura controlada ou perigosos. A empresa efetuará também o desalfandegamento e documentação diversa. A Garland Transport Solutions visa ainda a rentabilização de recursos tecnológicos, onde o Grupo já investiu cerca de 2 milhões de euros.
Primeiro camião Volvo Trucks 100% elétrico
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Volvo Trucks apresentou recentemente o Volvo FL Elétrico, o primeiro camião integralmente elétrico para utilização comercial, cuja venda e produção em série terá início na Europa em 2019. A tecnologia utilizada para propulsão e armazenamento de energia é apoiada pela rede de vendas, assistência e fornecimento de peças da Volvo Trucks. Os primeiros camiões estão agora em fase de funcionamento normal nas mãos de clientes, em Gotemburgo.
Este veículo tem um PBV de 16 toneladas, motor elétrico de 185 kW com um binário máximo de 425 Nm, potência máxima/130 kW de potência contínua e transmissão de duas velocidades. Possui duas a seis baterias de iões de lítio, com um total de 100–300 kWh, autonomia até 300 km e carregamento rápido de 1-2 horas (carregamento de CC) e noturno até 10 horas (carregamento de CA), com uma capacidade máxima das baterias de 300 kWh.
LASO adquire equipamento para transporte de componentes eólicos A LASO acaba de adquirir um novo equipamento, o Goldhofer – FTV 500, para ter mais uma solução na sua frota que permita o transporte de pás eólicas com comprimento até 74 metros. O novo equipamento tem o objetivo de desempenhar um papel decisivo nas situações em que a empresa se depare com estradas sinuosas, curvas apertadas ou inclinações fora do comum. O FTV 500 permite rodar os componentes transportados ou alterar o ângulo de inclinação que é ajustável até 60 graus. Ao adquirir este novo equipamento, a LASO procura, também, reduzir o impacto ambiental, devido à redução de árvores cortadas em situações de dificuldade.
Transportes Paulo Duarte com pneus Bridgestone
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esde janeiro deste ano, a Bridgestone passou a equipar a totalidade da frota da empresa Transportes Paulo Duarte. A frota da Transportes Paulo Duarte é composta por 697 veículos, sendo que 40% destes se dedicam ao transporte nacional, 35% ao transporte de matérias perigosas e 25% ao transporte internacional. O contrato entre as duas marcas insere-se nos
objetivos estratégicos da Bridgestone no reforço da representatividade no mercado português. Segundo Pedro Mamede, Diretor de Compras da Transportes Paulo Duarte, com esta parceria, a empresa pode atingir com mais eficácia os seus objetivos de gestão no que diz respeito à sustentabilidade dos meios de transporte. “A Bridgestone presta uma preciosa colaboração no que diz respeito à instalação de equipamentos para enchimento de pneus com nitrogénio, minimizando assim o impacto energético, ao reduzir o consumo”.
Técnica
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CESVIMAP
Substituição de vidros colados em autocarros
Para colocar um vidro num autocarro, devemos ter em conta que se está a realizar uma união elástica, onde o vidro não é o único elemento principal TEXTO FRANCISCO JAVIER LÓPEZ GARCÍA
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maioria dos vidros do autocarro é mais uma parte estrutural da carroçaria. Num único veículo podemos encontrar diferentes vidros de acordo com as suas diferentes funções: segurança (vidros laminados), conforto acústico (película central), conforto térmico (vidros que refletem ou absorvem o calor), conforto visual (vidros hidrófugos, vidros antirreflexo ou vidros aquecidos). Também existem vidros atmosféricos ou eletrocrómicos, que regulam a quantidade de luz que passa através deles (tejadilhos vidrados e vidros traseiros) e vidros com sistemas integrados: antena para rádio, telefone, GPS, televisão… Os autocarros são equipados com dois tipos de vidro: laminados e temperados. Os primeiros consistem em duas lâminas de vidro unidas por um plástico central. É obrigatório para o vidro para-brisas, visto que, perante uma rotura, a película central manterá o vidro na sua posição, facilitando a visão. Os vidros temperados possuem uma única lâmina com muito
pouca resistência; partem com facilidade, fragmentando-se em pequenos pedaços; são os vidros para as janelas de saída de emergência. Todos os vidros de um autocarro contam com uma marcação de homologação que certifica: regulamento que os abrange, tipo de fabrico e informação complementar.
94_VI_fabricacion.tif + 94_VI_ DSC03361: Fabrico e selo de homologação Fabrico e selo de homologação
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Corte do cordão de adesivo a partir do interior
REMOÇÃO E SUBSTITUIÇÃO DE UM VIDRO COLADO Para substituir este tipo de vidros, retiramos os elementos que dificultam a operação: braços do limpa-para-brisas, guarnições interiores, etc. Cobrimos o painel de bordo para o proteger. Visto que o vidro para-brisas pode pesar mais de 100 kg, por segurança é conveniente que esteja seguro através de ventosas por uma ponte grua ou talha. As ventosas devem oferecer garantia suficiente de que suportam o elevado peso. Para retirar o vidro serão precisas várias pessoas. O passo seguinte é cortar o adesivo que une o vidro à carroçaria, seja pela parte interior do veículo, seja a partir do exterior, se a configuração da moldura ou a espessura do cordão assim o exigirem. A ferramenta pode ser uma “corda de piano” (arame resistente com fio cortante), embora, visto que pode quebrar sem avançar no corte, seja preferível uma máquina de corte com lâmina oscilante. Poderá ser uma cortadora térmica, com lâmina de vaivém, com lâmina oscilante… Deverá permitir um trabalho com a potência necessária e sem risco de aquecimento, dado que espessuras maiores de adesivo exigirão um funcionamento prolongado no tempo, e as dimensões do para-brisas não são comparáveis às de um veículo ligeiro. De igual modo, o comprimento e a forma da lâmina devem adaptar-se à espessura do adesivo e à configuração da moldura, bem como à forma e inclinação do para-brisas.
Montagem do vidro para-brisas novo
Corte do cordão adesivo a partir do interior
Se em algum momento tivermos que cortar com a “corda de piano”, introduziremos uma das suas pontas aproveitando o início ou o final do corte da lâmina. Se ainda não tiver sido realizado qualquer corte, passamos uma das pontas pelo adesivo com a ajuda de alicates de pontas para pressionar e atravessar até ao outro lado do para-brisas. O comprimento do arame será de cerca de 60 cm. Numa extremidade do arame, pelo interior, colocamos uma ferramenta de enrolamento fixa com ventosas ao vidro. Também pode ser uma ferramenta de fixação, apoiada no adesivo, a uns 15 cm de distância da entrada do arame. No exterior, usamos uma ferramenta com punho para puxar a “corda de piano”, de modo a ir cortando progressivamente o adesivo até se encontrar com a ferramenta de fixação. O passo seguinte é colocar de novo a ferramenta de fixação sobre outro ponto de apoio e cortar desde o exterior, e repetir isto quantas vezes forem necessárias.
ADESIVO Com uma ferramenta de corte eliminamos o excesso de adesivo da moldura do vidro colado à mesma. Aplica-se o novo adesivo (2 mm) sobre todo o perímetro da moldura. Se tivermos cortado demasiado e chegado à própria moldura do vidro, limpamos a moldura, e aplicamos um primário de aderência. A limpeza do contorno do vidro efetua-se com um pano ou papel adequado, que não deixe restos de limpa-vidros, com uma só passagem e numa única direção. Depois, aplicamos o produto de limpeza ativador, também com uma única passagem, sobre o contorno do vidro para desengordurar e ativar a zona de aderência. Estará seco em 10 minutos. No contorno da moldura colocamos uns pequenos tacos de borracha, ou distanciadores. Têm aproximadamente 5 mm de espessura e marcam o limite até onde deve chegar o vidro para não ficar em contacto total com a moldura. Asseguram assim uma espessura suficiente do adesivo elástico (poliuretano) para assumir tensões, torções e dilatações, sem as transmitir ao vidro. Protegemos o exterior da moldura (pilares) de um possível excesso de poliuretano, revestindo-o com papel protetor, de forma a proteger de transbordos ao colocar e pressionar o para-brisas sobre a moldura.
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T Moldura de tapizado CESVIMAP
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Luna
Adhesivo
Distanciador
Estructura Panel lateral Interior
Luna Adhesivo
Moldura de tapiza
De igual modo, antes de aplicarmos o adesivo, ensaiaremos a localização ideal do para-brisas, colocando-o sobre a moldura. Antes, devemos colar uma fita que una o para-brisas e a carroçaria, cortamo-la pela união de ambos os elementos, e procedemos à substituição do para-brisas; ao colocá-lo, obtém-se uma magnífica referência para o centrar de novo. O adesivo é preparado da forma habitual: cortando a extremidade do bico em “V” para que o poliuretano saia em forma triangular. Este cordão de poliuretano tem de ser aplicado com um ângulo de 90 graus de forma progressiva e ininterrupta, com pistola de extrusão manual ou pneumática, indistintamente sobre o para-brisas ou sobre a carroçaria. Caso se aplique sobre a última, contamos com os 2 mm dos resíduos do adesivo anterior.
Aplicação do adesivo
Com a fita colocada e cortada pela linha que separa a carroçaria do vidro como referência, aproximamos o vidro para o fixar sobre a carroçaria. De novo, com ponte grua ou talha, ou então, vários operários.
Distanciador
Panel lateral Interior Colocação de vidro colado
RETOQUES FINAIS O poliuretano garante a fixação do para-brisas desde o primeiro momento, mas para uma maior confiança e para evitar um desprendimento do para-brisas (ainda que seja de milímetros), vários pontos da sua união com a moldura serão reforçados com fita adesiva, ou dando uma volta completa a todo o para-brisas, pelo interior, com uma faixa, com um mínimo de pressão. Quando tiver decorrido o tempo necessário para a secagem do adesivo (indicado por cada fabricante), o veículo está pronto para se montarem todos os elementos retirados. É conveniente finalizar com um teste de estanquidade molhando o contorno do para-brisas com água sob pressão em abundância. Estos métodos serão iguais para os restantes vidros do autocarro. Atualmente, a maioria dos vidros são colados a partir do exterior do veículo, mas em alguns autocarros, principalmente os vidros laterais, são colados a partir do interior. O procedimento a seguir relativamente a limpezas e aplicações não varia.
Estructura
Colagem exterior, esquerda, e interior, direita
Um adesivo de qualidade garante a resistência e a qualidade originais. Visto tratar-se de uma grande superfície de contacto, não deverão ser utilizados adesivos de ativação rápida pois desde o início da aplicação até à colocação do vidro poderão perder-se as qualidades ideais de aderência. Para que este produto cumpra os requerimentos de secagem, aderência e elasticidade, terão que ser seguidas criteriosamente as indicações do fabricante do adesivo. A CESVIMAP realizou testes de colocação de vidros calçados e colados em diferentes autocarros. De igual modo, testámos diversos adesivos e contactámos fabricantes de adesivos, de vidros, de carroçarias, fornecedores, etc., para obtermos métodos de montagem, tempos e preços. PARA SABER MAIS >> Área de veículos industriais vindustriales@cesvimap.com >>www.revistacesvimap.com >> @revistacesvimap
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ADBLUE
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ADBLUE
Produção por síntese para garantir a qualidade do AdBlue Para satisfazer as normas Euro IV, Euro V e a futura Euro VI, os construtores de motores diesel para veículos pesados adotaram a tecnologia SCR, um sistema de tratamento das emissões que, mediante a utilização de AdBlue, converte os óxidos de nitrogénio (NOx) dos gases de escape em substâncias que não são perigosas, como nitrogénio e vapor de água
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ara que o sistema SCR possa funcionar de forma estável e sem qualquer problema técnico durante longos períodos, o AdBlue utilizado deve ser de qualidade e responder a critérios de precisos e restritivos tanto no que respeita à produção como ao envasilhamento e ao transporte. As normas de qualidade foram definidas pelo CEFIC (European Chemical Industry Council) e pela International Organization for Standardization (ISO 22241) para garantir aos utilizadores que o AdBlue proporciona as prestações requiridas pelos construtores de motores diesel. O AdBlue produzido por síntese é indiscutivelmente a primeira garantia de qualidade do produto. Os processos de produção do AdBlue são de 2 tipos: 1) Produção por síntese - derivando o produto diretamente de uma unidade de ureia e diluindo-o com água desmineralizada na linha da unidade. 2) Dissolução de ureia sólida em água desmineralizada utilizando pequenos misturadores. Vejamos em detalhe os processos e os riscos relacionados. Produção de AdBlue por síntese A produção de AdBlue por síntese pres-
supõe a existência de uma unidade anterior que funciona continuamente para a produção de ureia técnica. Uma unidade de ureia necessita de grandes investimentos (cerca de 300 M€) e agora de difíceis autorizações na Europa, visto que a base de partida para a reação necessita por sua vez de NH3 (amoníaco). Além disso, as unidades de produção de AdBlue por síntese não se justificarão apenas para a produção de AdBlue, visto que a mínima massa crítica de uma unidade de ureia tem as dimensões de 200 mil ton/ano de produto 100%. Vejamos o processo em detalhe: A ureia é sintetizada industrialmente sendo utilizado o processo Bosch-Meiser que se baseia na síntese do carbonato de amónio, a partir de dióxido de carbono e amoníaco, e na sucessiva reação de decomposição do carbonato que proporciona ureia e água: 1. 2 NH3 + CO2H2N-COONH4 2. H2N-COONH4(NH2)2CO + H2O A produção por síntese apresenta portanto as seguintes vantagens: 1) Controlo online da produção. Todos os parâmetros são controlados continuamente durante o processo, garantindo-se assim o pleno respeito das normas. 2) Grandes capacidades de produção.
3) Constância da qualidade do produto. 4) Pleno respeito pela qualidade dos produtos. Os parâmetros são amplamente inferiores ao que é previsto pela legislação. 5) Impossibilidade de contaminação durante a produção. 6) Custos inferiores. A produção por síntese apresenta portanto as seguintes desvantagens: 7) Devido ao tipo especial de produção, a logística deve ser organizada a partir da unidade de produção. Pelo facto de o AdBlue ser composto na sua maioria por água (67,5%) e por se ter que utilizar tanques específicos para o seu transporte, os custos de logística são muito elevados. Atualmente, a BASF é a única empresa na Europa que produz AdBlue com o processo de síntese.
Imagem de parte da unidade de ureia síntese
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À saída da estação de decomposição, a ureia 100% em estado líquido é extraída da unidade e diluída com água desmineralizada em percentagem para se obter AdBlue.
DISSOLUÇÃO DE UREIA SÓLIDA EM ÁGUA DESMINERALIZADA UTILIZANDO PEQUENOS MISTURADORES Uma alternativa à produção de AdBlue por síntese é a produção de AdBlue a partir de ureia técnica sólida a 100%. Uma unidade de dissolução não necessita de grandes investimentos (cerca de 200 mil euros) nem de autorizações especiais, visto que não se faz nada mais que misturar e dissolver (utilizando bombas de recirculação) ureia em grão com água desmineralizada. Geralmente, a ureia é comprada em grão e em “big bags” (1000 kg) numa unidade de produção de ureia por síntese. Na unidade de ureia 1) Processo de evaporação 2) Processo de prilling ou granulação 3) Acondicionamento em “big bags” 4) Armazenamento em zona protegida 5) Transporte para a unidade de mistura
entanto as seguintes desvantagens: 2) Maior facilidade de contaminação do produto durante as fases de transporte, armazenamento e manipulação do produto. 3) Pequena capacidade de produção (geralmente 20 ton/8h). 4) Inconstância na qualidade do produto; cada lote é muito diferente do anterior. 5) Difícil respeitar a qualidade dos produtos. Quando os parâmetros cumprem a norma têm valores muito próximos dos limites do previsto pela legislação. 6) Falta de homogeneidade da densidade do produto devido à mistura imprópria (ao produto granulado devem ser adicionados agentes antigrumos para evitar a formação de grumos demasiado grandes; estes agentes permanecem na mistura e podem provocar danos no catalisador).
RECAPITULANDO “Usar sempre AdBlue produzido por uma unidade de produção por síntese. Outros produtos são altamente perigosos para o catalisador”. O Retalhista deve sempre exigir do fornecedor do AdBlue, que cada lote de produção seja rastreável, e que o produto fornecido seja acompanhado por um certificado de qualidade (respeitando as especificações da VDA) e que se refera ao lote comprado: caso contrário, ninguém sabe o que compra, o que vende e o que é injetado no catalisador. ATENÇÃO: SE DECIDIR COMPRAR UM PRODUTO BARATO EM VEZ DE QUALIDADE, PELO MENOS INFORME-SE SOBRE A CONFIABILIDADE DO FABRICANTE PARA EVITAR O USO DE IMITAÇÕES DE ADBLUE FEITAS COM URÉIA CHINESA PARA USO AGRÍCOLA. VOCÊ NÃO PODE ARRISCAR ENTUPIMENTO DO CATALISADOR DO SEU CAMINHÃO PARA ECONOMIZAR ALGUNS EUROS!
Na unidade de mistura 1) Manuseamento e armazenamento dos “big bags” 2) Dissolução
A UREIA TÉCNICA É UTILIZADA PARA A PRODUÇÃO DE COLAS E DE AGENTES AGLUTINANTES E REPRESENTA APENAS 6 A 8% DA PRODUÇÃO TOTAL DE UREIA NO MUNDO. A PRINCIPAL APLI-
A produção por dissolução apresenta as seguintes vantagens: 1) Realiza-se perto do local de consumo, a logística torna-se menos dispendiosa. A produção por dissolução apresenta no
CAÇÃO DA UREIA É COMO FERTILIZANTE PARA UTILIZAÇÃO AGRÍCOLA. A UREIA TÉCNICA TEM CARACTERÍSTICAS SUPERIORES E, PORTANTO, NECESSITA DE UNIDADES DE PRODUÇÃO MAIS
Imagem de parte da unidade de ureia
EVOLUÍDAS.
Opinião
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As terras raras e os transportes
O APVGN
Jorge Figueiredo Vice-Presidente da Associação Portuguesa do Veículo a Gás Natural (www.apvgn.pt) As opiniões expressas neste artigo não reflectem necessariamente as da APVGN.
Os veículos elétricos e híbridos podem conter de 9 a 11 kg de terras raras, o dobro da quantidade encontrada nos veículos com combustíveis líquidos
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uita gente está a par do pico máximo da produção petrolífera, o chamado “peak oil”, que o mundo está quase a atingir. Outros sabem também que este é apenas um caso particular de um fenómeno mais generalizado: há muitos outros picos de recursos naturais (como o do urânio, do cobre, do ouro, do lítio, etc). Mas raramente é mencionada a questão das terras raras, ou metais de metais raros, as quais podem introduzir uma severa limitação à tecnologia digital e cuja produção tem consequências ecológicas por vezes devastadoras. Trata-se de metais associados em proporções ínfimas a metais abundantes no planeta Terra. Há cerca de uma vintena deles e têm nomes poucos conhecidos, como Lantânio, Cério, Zircónio, Neodímio, Európio, Ítrio, Praseodímio,
Disprósio, Térbio, Samário, etc. [1] São usados em quase tudo, nomeadamente na electrónica. É impossível, por exemplo, fabricar imãs poderosos se não se dispuser do Neodímio. Por outro lado, a produção e o consumo dos metais raros tem fortes implicações geopolíticas. Como a sua produção é quase sempre poluente (para produzir um quilograma deles é preciso processar milhares de toneladas de terra), os países europeus e os EUA afastaram-se da mesma relegando-a ao terceiro mundo – esta é parte sombria das tecnologias ditas “verdes”, o que deveria levar a meditações. Mas a deslocalização da produção para fora da Europa e dos EUA tem implicações económicas e geopolíticas, pois provoca uma dependência agravada em relação aos países produtores. Neste momento a China é um dos mais importantes para a maior parte dos metais
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raros e, portanto, pode condicionar o desenvolvimento tecnológico (e militar) dos países consumidores. Apesar de os metais raros serem utilizados em quantidades ínfimas, eles são indispensáveis em toda a indústria moderna. A investigação extensa de Guillaume Pitron [1], publicada este ano, apresenta um panorama geral do assunto. Este é um dos livros mais impressionantes desde o famoso relatório do Clube de Roma, de 1972, acerca dos limites dos recursos planetários. Como se recorda, aquele relatório apontava para o paradoxo entre o crescimento exponencial da população e da economia mundial e a finitude dos recursos. Como lembra Guillaume, “vamos consumir mais minerais durante a próxima geração do que no decorrer dos últimos 70 mil anos, ou seja, das 2.500 gerações que nos antecederam”. No entanto, poucos advoga-
dos da transição energética falam nisso. Nem tão pouco os crentes na hipótese do aquecimento global (que a UE tomou oficialmente como facto estabelecido). A escassez de recursos não entra nas suas equações, nem sequer quando estes recebem o cognome explícito de “raros”. O que tem tudo isto a ver com transportes? Muito. Além das aplicações na indústria, nas comunicações, na aeronáutica, nos mísseis e em muitíssimas coisas mais, os metais raros são também utilizados extensamente nos transportes. Os veículos modernos não podem prescindir dos metais raros. Verifica-se por exemplo que um veículo eléctrico ou híbrido utiliza 9 a 11 kg de metais raros (ver imagem). Ora, as opções energéticas em matéria de transportes deveriam ter em conta não só os combustíveis – os únicos ainda abundantes no planeta são o gás natural e o carvão – como também
as matérias-primas para construir os veículos. E nestes, os metais raros entram como componente essencial. Os ecologistas falam muito nas possibilidades da reciclagem. É verdade que esta é uma boa solução para afastar o fantasma da escassez e do desperdício excessivo de recursos. No entanto, ela é válida só para matérias-primas abundantes, como o aço, o ferro, o cobre, o chumbo, a borracha, os plásticos, etc. No caso das terras raras tal solução está excluída à partida porque não será viável recuperar as quantidades ínfimas que entram na fabricação dos produtos. Como recuperar por exemplo os metais raros importados da China utilizados no novo caça F-35 dos EUA? Ou os gramas de metais raros utilizados no conversor catalítico de um automóvel? Um exemplo simples de um metal que não é raro: as motherboards e placas electrónicas dos nossos computadores contêm ouro, mas não é economicamente viável recuperá-lo (há quem tente, mas com pouco êxito). Assim, entre as falsas esperanças de um mundo mais verde e a realidade de um mundo mais tecnológico, há escolhas difíceis a fazer. É neste pano de fundo que deveríamos considerar as opções em matéria de transportes que fazemos neste momento no burgo lusitano. Elas terão profundas implicações no futuro. Sonhos pseudo-ecológicos e decisões políticas de gente pouco informada acerca das realidades energéticas e tecnológicas podem comprometer o nosso futuro. Informação: Terão início em breve, em Lisboa e no Porto, novos cursos de mecânico e técnico de motores a gás natural. Os cursos são promovidos pela APVGN em parceria com a AMB, nos termos da Deliberação 2062/2015 do Instituto da Mobilidade e dos Transportes. Os interessados deverão desde já efectuar as suas inscrições. Contactar Susana Oliveira (susana.oliveira@apvgn.pt). [1] https://pt.wikipedia.org/wiki/Terrarara [2] Guillaume Pitron, “La guerre des métaux rares: la face cachée de la transition énergétique et numérique”, ed. LLL, Paris, 2018, 296 p.
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TIPS 4Y apresenta Módulo de Pneus
PNEUS NOTÍCIAS
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Continental apresenta a plataforma digital de monitorização de pneus
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Continental apresentou a plataforma digital de monitorização de pneus, designada por ContiConnect. Trata-se de uma solução eficiente para monitorização remota dos pneus, permitindo que os gestores de frotas possam ver a os dados relativos à pressão e temperatura dos pneus de toda a frota num único portal web, sempre que os camiões regressam à base. Com o ContiConnect, as frotas podem substituir a manutenção de rotina e manual dos pneus por uma manutenção automatizada e direcionada, resolvendo os problemas onde se sabe que eles existem e poupando no tempo dedicado a inspeção e manutenção. O ContiConnect ajuda a reduzir os custos das frotas e a aumentar a performance de várias formas: reduzindo o tempo destinado a manutenção, protegendo os pneus de danos a longo prazo, evitando paragens relacionadas com avarias, melhorando a eficiência em termos de consumo de combustível e a segurança, entre outros. Identificar e resolver os problemas relacionados com pneus imediatamente após o regresso à base ajuda a proteger os pneus dos danos a longo prazo, garantindo um
aumento da quilometragem e melhorando a recauchutabilidade. Os sensores de pneus da Continental podem identificar a perda gradual de ar – uma das maiores causas de problemas nos pneus – antes de esta ser detetada numa inspeção pré ou pós-viagem, ajudando assim a reduzir os problemas com pneus enquanto os veículos estão na estrada. O ContiConnect é uma plataforma digital de monitorização de pneus que não depende de telemática ou ligações over-the-road. Os dados são recolhidos pelos sensores, que estão colocados na parte interior do pneu para evitar danos de fricção contra os passeios e roubos e para garantir que conseguem detetar a temperatura e pressão dos pneus sem que sejam influenciados pelo calor do sistema de travagem. Assim que o camião regressa à base, a estação de leitura aí existente recolhe os dados dos sensores e transmite-os ao portal ContiConnect através de uma rede móvel. Neste portal, o gestor de frota pode aceder imediatamente a alertas de baixa pressão, monitorizar dados sobre tempo, ver relatórios e análises de todos os pneus equipados com sensores. A plataforma também possui notificações personalizáveis para enviar por email ou por sms, para que o gestor de frota, supervisor de manutenção ou outra pessoa possa receber imediatamente os alertas quando se registar pressão baixa ou temperatura elevada. Isto permite que as frotas possam ser proactivas na resolução de problemas, em vez de despenderem tempo valioso a realizar medições manuais de pressão. Os sensores são colocados nos pneus já existentes nos veículos da frota através um processo de fácil instalação. Alguns modelos de pneus também saem da fábrica com sensores instalados, tornando mais fácil do que nunca a instalação, por parte das frotas, de qualquer um dos sistemas digitais de monitorização da Continental.
A TIPS 4Y lançou uma nova solução que permite selecionar, orçamentar e encomendar pneus de forma rápida e simples. O módulo de pneus funciona por integração, via API, em solução do cliente ou incluído no VRC, que é a solução de orçamentação e informação técnica da TIPS 4Y. A ligação ao PriceServer permite integrar informação referente a preços e stock, bem como listar os pneus conforme as regras de negócio que o cliente define. Inclui serviços de alinhamento, calibragem, entre outros. Quando integrado no VRC, o módulo de pneus interage com a pesquisa por matrícula e os dados técnicos, disponibilizando por exemplo informação relativa às dimensões de pneus indicados para a viatura selecionada. São inúmeras as vantagens desta solução para os profissionais de pneus, nomeadamente a sua fácil integração e simplicidade de pesquisa, podendo filtrar e organizar informação que lhe traz resultados relevantes para potenciar o seu negócio, reduzir custos e fidelizar clientes.
Novas jantes Speedline Truck A Speedline Truck, marca de jantes para camiões, autocarros e reboques do Ronal Group, acaba de expandir a sua gama, com o lançamento da nova jante SLT 4015, para tratores e reboques. A nova jante SLT 4015 tem uma capacidade de carga de 3150 kg, com roda única, e 2900 kg com roda dupla, para tratores e reboques. À semelhança de todas as jantes Speedline Truck, esta jante está também disponível no reconhecido acabamento de diamante de alta qualidade. A SLT 4015 também está equipada com as válvulas Speedline Truck originais, desenvolvidas especificamente para rodas de alumínio, que oferecem proteção especial contra corrosão. A SLT 4015 estará disponível nos parceiros a partir de março. Para mais informações aceda a www.speedline-truck.com
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