17 minute read

Mirna Tônus

Next Article
Etílico

Etílico

Arquivo pessoal

pqn@pqn.com.br

Advertisement

A ex-aluna do curso de Publicidade e Propaganda e Produção Audiovisual da Uniube, Anna Victória Marques de Araújo, foi aprovada com uma bolsa na California State Univesity Northridge (CSUN), em Los Angeles, representada no Brasil pela IBS - Internation Business School para o curso de CDI - Communication Design & Innovation, que tem duração de três semanas.

Divulgação

ELEIÇÕES 2022

O Grupo Paranaíba de Conteúdo e Comunicação implantou o Núcleo das Eleições. A equipe é composta por dez pro ssionais entre produtores, repórteres, editores e marketing, e será responsável pela cobertura jornalística das eleições deste ano na TV Paranaíba, Rádio Educadora 90.9 e web. O Núcleo coordenará o planejamento e execução de entradas ao vivo durante a programação, reportagens especiais, videocast e cobertura de eventos políticos.

A transmissão de informações chegará os cidadãos de uma área de cobertura superior a 90 municípios do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba.

REINAUGURAÇÃO

Foi reinaugurado, no último dia 2 de junho, o Centro de Memória da Cultura Negra Graça do Aché. O local, um equipamento cultural da UFU, leva nome de gura importante ao movimento negro de Uberlândia, a senhora Maria da Graça Oliveira, representante do bloco de carnaval Aché e que por muitos anos foi símbolo de cultura e resistência.

UMA DÉCADA

O site Imprensa & Mídia (www.imprensaemidia.com.br), do jornalista Aldair dos Santos, de Uberlândia, comemorou em junho 10 anos no ar. Por mês, o portal de notícias contabiliza mais de 508 mil visualizações. A página é atualizada diariamente com fatos cotidianos e também os de repercussão nacional e até internacional. Aldair mantém também uma coluna social na revista Integra, de circulação local.

Alexandre Dias

REDUÇÃO

Dando continuidade às iniciativas de ajustes dos preços para melhor atender a crescente demanda do comércio eletrônico e dos empreendedores brasileiros, os Correios reduziram o valor das postagens em 62 cidades de Minas Gerais com destino a 141 municípios do Estado de São Paulo, para os clientes de contratos. A diminuição dos custos com o frete bene cia clientes, indústrias e lojistas dessas localidades, que integram importantes corredores de negócios ao país e têm se destacado pelo aumento do uxo de remessas postais. Dentre os trechos abrangidos em Minas, cidades como Uberlândia, Uberaba, Varginha e Lavras tiveram reduções de preços relevantes para o envio de encomendas SEDEX e PAC. Uma encomenda SEDEX de 300 gramas postada em Uberlândia para a São Paulo, por exemplo, custava Divulgação R$ 30,98. Com a redução, o custo agora é de R$ 20,85.

NOVA REDAÇÃO

A TV Paranaíba inaugurou a sede do Departamento de Jornalismo Eliane Hugueney Santos. O ambiente integra a redação de jornalismo, ilhas de edição e sala de reunião. Com cores que remetem ao equilíbrio e a criatividade, iluminação personalizada, aplicação de texturas, estampas e elementos de arte, o local entrega modernidade, funcionalidade e personalidade. O espaço rea rma a linguagem que vem sendo adotada pelo Grupo

Paranaíba de inovação e conexão. O projeto foi desenvolvido pela arquiteta Ana Carolina

Stefani e teve como referência espaços inovadores.

Leo Lara

Fernão Silveira: uma comunicação global mas com foco no local, a fórmula do grande sucesso da comunicação corporativa da Stellantis

Made in Brazil

Após a formação do Grupo Stellantis que englobou a Fiat Chrysler Automobiles (FCA), o jornalista Fernão Silveira, responsável pela comunicação corporativa da companhia, partiu para um novo desafi o na Holanda e se tornou o Diretor Global de Relações com a Imprensa, Estratégia e Performance de Comunicação do quarto maior grupo automotivo do mundo. A mudança de ares lhe proporcionou fi car mais próximo do alto comando da empresa e a comandar um time de comunicação corporativa ‘glocal’, onde o global e o local trabalham em harmonia e sintonia, integrando profi ssionais de diversas regiões e países.

ROBHSON ABREU

Paulista, Paulistano, São-Paulino (obcecado e obsessivo) e cidadão do mundo! Este é Fernão Silveira, jornalista, 43 anos, casado, pai de duas lindas meninas de 7 e 5 anos, e, Diretor Global de Relações com a Imprensa, Estratégia e Performance de Comunicação do Grupo Stellantis, companhia formada por 17 grandes marcas espalhadas pelo mundo como Fiat Automóveis, Citroën, Alfa Romeo, Chrysler, Dodge, Jeep, Lancia, Maserati, Peugeot, Ram, Opel, Free2Move, Vauxhall, entre outras.

Jornalista pro ssional formado pela Universidade Metodista de São Paulo, com pós-graduação em Relações Públicas & Comunicação Corporativa pela Faculdade Cásper Líbero e especialização em Corporate A airs pela Fundação Getúlio Vargas, Silveira já trabalhou como redator, repórter e editor do Diário do Grande ABC, em São Paulo, e também no Portal Terra, antes de migrar para a comunicação corporativa, há mais de 16 anos. Atualmente ele mora com a família na cidade de Batávia, na Holanda. A intenção foi car mais próximo do alto comando da Stellantis, que tem sede em Hoofddorp, na Região Metropolitana de Amsterdã. Assim, Silveira faz parte do time corporativo global, integrando os comunicadores de diversas regiões e países, inclusive os daqui do Brasil. Todos em um intenso trabalho de comunicação ‘GloCal’, em que o global e o local trabalham em harmonia e sintonia.

Em nosso bate-papo, o diretor global con denciou-me sua paixão por Minas Gerais e por Belo Horizonte nos quase três anos em que morou com a família na capital mineira, enquanto estava na comunicação corporativa da FCA, em Betim. Embora jamais tenha deixado de acompanhar de perto o Tricolor do coração, ele a rma que não ‘adotou’ nenhum time de futebol mineiro. Amante dos esportes, Silveira pratica corrida religiosamente, quase como uma terapia. Em nossa conversa, falamos de Stellantis, de desa os, de comunicação corporativa e como os con itos na Ucrânia estão in uenciando a comunicação do quarto maior grupo automotivo do mundo. Con ra!

1 – Como você e família se prepararam para este novo desafi o de morar na Holanda? A adaptação está sendo tranquila?

Esta é a segunda expatriação para mim e minha esposa. Antes da Holanda, moramos/trabalhamos nos EUA por quase cinco anos (2011-2015), quando fomos como um casal e voltamos como uma família de três. Não somos exatamente marinheiros de primeira viagem. Mas é claro que uma mudança transatlântica sempre traz novidades, desa os e aprendizados muito bacanas. Então, por mais preparado que você esteja (ou ache que está), sempre vai haver algo que você não sabia ou não esperava. Mas, estamos todos muito bem e adoramos a nossa nova vida na linda Batávia, graças a Deus!

2 – É complicado gerenciar uma equipe de comunicação de 17 marcas assim de longe? Como é lidar com essa diversidade de fi losofi a e culturas? Quantos colaboradores em média?

Sou parte do time corporativo global, enquanto as marcas têm os seus próprios times, assim como as funções e as regiões/países. O desa o – e o grande barato – em nossa comunicação é justamente esta integração entre os diversos times, sejam eles corporativos, das marcas, funções e das regiões/ países.

Nós, do corporativo, buscamos trabalhar como os elos que conectam todas as peças da grande engrenagem – além, claro, de cuidar dos temas relativos à própria Stellantis como um pujante grupo empresarial global: como resultados nanceiros, grandes projetos de tecnologia e inovação, parcerias estratégicas, aquisições, temas de RH e gestão de pessoas, posicionamento do Comitê Executivo global, entre outros assuntos.

Trabalhamos com estruturas bastante enxutas em todas as áreas da comunicação corporativa. A estreita integração e o alinhamento dos times são fundamentais para que sejamos e cientes e impactantes em uma estrutura tão complexa quanto a da Stellantis. Trata-se de um desa o apaixonante de gestão.

A diversidade é realmente um tema muito importante e presente para nós, especialmente por já fazer parte integral das loso as e culturas dos dois grupos que deram origem à Stellantis (FCA e PSA). A diversidade é um tema fundamental para a companhia e foi amplamente destacada no plano estratégico Dare Forward 2030, que apresentamos ao mercado em 1º de março, como metas e medidas claras para ampliar e promover a igualdade de oportunidades para todos em nossa companhia.

3 – Estar mais próximo à diretoria facilita todo o processo de comunicação?

Nosso VP Executivo de Comunicação Corporativa, Bertrand Blaise, que é o meu líder hierárquico direto, usa um termo que se aplica perfeitamente à nossa realidade na Stellantis: somos um time ‘GloCal’, em que o global e o local trabalham em grande harmonia e sintonia. Com o avanço da tecnologia e o advento das chamadas em vídeo, nós nos habituamos a trabalhar com colegas remotamente de forma até natural.

E daí veio a pandemia, que acelerou esse processo ainda mais. Mas é claro que a proximidade, o olho no olho, as interações mais próximas com os colegas fazem toda a diferença, especialmente na área da Comunicação. Então, poder estar baseado na sede corporativa da Companhia, onde também estão Bertrand e colegas de outras áreas e outras partes do mundo, é muito importante e enriquecedor para o trabalho como um todo. 4 – O relacionamento entre as equipes requer muita tecnologia. Como não perder o timing das ações e agilizar a comunicação corporativa da Stellantis?

A tecnologia ajuda muito a integrar equipes que estão sicamente distantes, além de garantir agilidade na tomada de decisões. Mas antes de qualquer tecnologia vêm a integração e a liderança. A tecnologia é um meio que permite estarmos conectados em tempo real apesar das distâncias, mas não é um m. Por isso, a integração dos times e a de nição de processos claros de trabalho, com lideranças preparadas em todos os setores, são fatores fundamentais para garantir a agilidade na comunicação.

5 – Todas as ações são tomadas em conjunto com o Bertrand Blaise, vice-presidente executivo e responsável mundial pela comunicação da Stellantis?

Bertrand é um líder muito presente, um grande team player que preza muito pela integração dos times e não hesita em “botar a mão na massa”. Embora respeite as habilidades e autonomia de seus líderes, ele participa ativamente de todas as tomadas de decisões de cunho estratégico.

6 – A equipe de comunicação é formada por profi ssionais multidisciplinares? Como foi o desafi o de integrar a nova fi losofi a Stellantis às ações tão diversas?

Sim. Na comunicação corporativa temos um grande mosaico de formações e experiências – jornalistas, engenheiros, economistas, pro ssionais

Divulgação

de RH, tecnólogos... Além das diversas nacionalidades, o que re ete a nossa pegada verdadeiramente global de operações industriais em quase 30 países e presença em mais de 130 mercados pelo mundo afora.

A integração dos diversos times para a consolidação da Stellantis – vale sempre lembrar: temos apenas um ano e meio de existência como companhia uni cada – está sendo fantástica e foi muito, muito veloz em diversos aspectos. Apesar de todos os desa os e complexidades, a integração que temos hoje, com resultados sólidos em todas as áreas, é realmente impressionante.

Divulgação

7 – Outros comunicadores brasileiros fazem parte da sua equipe aí em Amsterdã?

Aqui, em Amsterdã, não. Temos uma colega brasileira que recentemente assumiu responsabilidade pela comunicação global na área de TI: Fernanda Bandeira, que segue baseada em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Mas é importante frisar que, independentemente da localização dos pro ssionais – e temos muitos brasileiros colaborando nas decisões e implementação de projetos globais – buscamos trabalhar como uma equipe global realmente coesa e com fortes raízes nas nossas diversas localidades. Por isso o conceito de ‘GloCal’ é tão importante.

8 – A comunicação corporativa brasileira sempre exportou talentos, não só na indústria automotiva como também em outros segmentos importantes. Como você se vê na onda deste movimento? O que você aponta de maior difi culdade?

Sempre digo que o pro ssional brasileiro - especialmente o comunicador - é muito versátil, resiliente e dinâmico. A nal, o nosso amado Brasil “não é para amadores”, e somos forjados num ambiente de muitas oportunidades, mas também de muitas crises. Esse contexto cria agilidade, experiências diversi cadas, versatilidade e exibilidade, além de desenvolver habilidades técnicas e relacionais que são muito valiosas no mundo corporativo moderno. Gosto de pensar que essa é mais uma faceta do nosso “jogo de cintura”.

O brasileiro também gosta muito de trabalhar, e o faz com muita paixão, dedicação, empenho e humildade.

Acho que isso chama muito a atenção quando nós, brasileiros, temos a chance de mostrar o nosso trabalho e valores pelo mundo afora – a nal, as oportunidades ainda são poucas (embora estejam aumentando neste mundo globalizado e conectado).

A adaptação cultural e o idioma, em alguns casos, podem ser barreiras momentâneas, mas a nossa resiliência, a adaptabilidade e a habilidade em construir conexões nos ajudam a superar muitos desa os em projetos e trabalhos internacionais. Fico muito feliz em ver como mais pro ssionais – inclusive em nossa área da Comunicação – estão se destacando em posições estratégicas globais de grandes multinacionais.

9 – Com a pandemia, a FCA, agora Stellantis, passou a promover os lançamentos de seus automóveis de forma digital. O Grupo pretende continuar com este tipo de ação ou poderá aderir ao formato híbrido – digital e presencial?

Antes mesmo da pandemia, já se iniciava uma grande tendência para “digitalizar” alguns eventos, inclusive apresentações de veículos, de forma a permitir o acesso às novidades a mais públicos de interesse - embora o presencial seja de fundamental importância para que os jornalistas possam testar os carros. Claro que o isolamento imposto pela pandemia forçou toda a nossa indústria a partir para o formato digital, com a distribuição individualizada de carros aos jornalistas acontecendo em paralelo, de modo a privilegiar ao máximo o trabalho dos colegas e permitir que a produção de análises e matérias aprofundadas e de qualidade. Ainda como FCA, fomos pioneiros nesse formato remoto no Brasil com o lançamento da Nova Fiat Strada, em junho de 2020, em um evento multipremiado e reconhecido pela sua inovação, acessibilidade e e ciência tanto no Brasil (Prêmio Aberje – Regional MG e Nacional) quanto no exterior (AutoVision Awards e o International Automotive Film and Multimedia Festival, na Alemanha, a maior premiação da indústria audiovisual do setor automotivo e mobilidade).

O presencial tem inúmeras vantagens, principalmente a interação entre as pessoas e as experiências diversas que só um bom evento pode proporcionar. Mas o digital também tem muitas vantagens, as quais temos que reconhecer e valorizar. É por isso que hoje, com a pandemia relativamente sob controle em quase todo o mundo, estamos vendo uma grande profusão de eventos híbridos – o chamado phygital – em que a experiência do presencial (para um público mais restrito e altamente focado) é complementada por conteúdos e interações digitais que mantêm o acesso à informação “fresquinha”, de qualidade, para mais formadores de opinião. Acho que esse ponto de equilíbrio traz vantagens para todos os públicos: montadoras, jornalistas e outros stakeholders que podem continuar a acompanhar grandes eventos em tempo real. O formato veio para car.

10 – Poderemos ter lançamentos no metaverso? O Grupo pensa nessa possibilidade?

Muito pertinente a pergunta, pois há algumas semanas discutimos, entre o nosso time global de comunicação corporativa, os atributos e possíveis vantagens do metaverso para uma comunicação especí ca (não um lançamento). A resposta é sim, poderemos ter eventos diversos no metaverso futuramente, desde que haja alinhamento com nossos objetivos de comunicação para aquele evento e, também, a nidade com os públicos de interesse especí cos. Na Stellantis, somos uma Tech Mobility Company, estamos sempre acompanhando e analisando as últimas tendências e tecnologias em todas as áreas.

11 – A Stellantis prepara para se inserir nas plataformas NFts?

Mais uma tendência a se observar. Acredito que não neste momento, mas as possibilidades podem ser interessantes.

12 – O futuro da indústria automobilística é aderir aos modelos de energia limpa. Como promover uma comunicação efi ciente para mudar velhos hábitos dos usuários de combustíveis tradicionais?

A Stellantis, globalmente, possui um plano extremamente sólido e arrojado de eletri cação do portfólio, com produtos eletri cados – híbridos e 100% elétricos – em diversos segmentos, além de planos claros para todas as 14 marcas automotivas da Companhia. Portanto, dentro do nosso valor fundamental em ter foco total no cliente, trabalhamos para oferecer opções dentro das necessidades, per s e interesses de todos – desde meios de mobilidade urbana para pequenos deslocamentos, como o Citroën Ami e o Opel Rocks-e, até os Jeep 4xe, passando por Fiat 500e, vans comerciais movidas a célula de hidrogênio, e muitas outras opções.

Mas, a resposta à sua pergunta depende muito do contexto nacional, de cada mercado. Por exemplo: aqui, o Parlamento

Europeu há pouco decidiu pelo encerramento total da venda de veículos com motores a combustão (conhecidos pela sigla em inglês ICE - Internal Combustion Engines) em 2035, com uma expectativa de que praticamente toda a frota circulante na União Europeia seja de veículos eletri cados a partir de 2050 – ou seja, uma extinção quase completa dos ICEs em 15 anos após o m das vendas.

A Stellantis anunciou em seu plano estratégico Dare Forward 2030 a meta de só oferecer veículos eletri cados na Europa a partir de 2030 – ou seja, cinco anos antes do limite imposto pela UE. Dessa forma, o consumidor europeu já está muito mais familiarizado com produtos eletri cados (sejam híbridos ou 100% elétricos), e em muitas metrópoles europeias já existem algumas medidas severas de restrição à circulação dos ICEs em áreas centrais. Portanto, o conhecimento, a receptividade e o interesse em torno desses veículos pelos consumidores europeus já são bem mais consolidados.

Já nas Américas - do Sul, Central e Norte – a situação é bem distinta, seja pelas legislações locais, pelos interesses dos consumidores, pela oferta de produtos e realidades distintas dos países em termos de matrizes energéticas e infraestruturas de recarga. Mas é claro que o interesse está crescendo muito, inclusive no Brasil. A Stellantis já oferece produtos com diferentes níveis de eletri cação no país, em diferentes marcas, e novidades estão vindo por aí.

13 – A comunicação corporativa europeia é muito diferente da brasileira? Ela é diversa, inovadora, tecnológica, moderna ou outro?

A Comunicação é muito ligada à cultura, aos costumes, aos diferentes códigos e signos. Claro que o mundo globalizado e conectado tende a “padronizar” alguns desses códigos e mesmo costumes, mas as particularidades culturais sempre vão existir. Do ponto de vista técnico e tecnológico, não vejo a Comunicação no Brasil atrás de praticamente ninguém – sim, acredito que temos uma Comunicação muito so sticada e moderna em nosso universo corporativo brasileiro.

Também acredito que nós somos muito abertos às novidades, tendemos a ser mais exíveis e versáteis, inclusivos, criativos e com uma escuta ativa bastante aguçada – ou seja, conseguimos captar as diferentes tendências e transformá-las em comunicações diretas e assertivas. Essas características tendem a ajudar muito em contextos multinacionais diversos e complexos, como é o nosso caso na Stellantis.

14 – A guerra na Ucrânia tem afetado a comunicação corporativa da Stellantis ou, a sua, pelo fato de estar aí na Europa?

A guerra é uma mazela terrível para a humanidade, um mal que devemos repudiar inteiramente. Aqui na Europa, essa realidade está muito mais próxima de todos nós. Na Holanda, por exemplo, milhares de refugiados ucranianos foram recebidos pelo governo. O tema da guerra é tratado nas escolas, para crianças desde o primário. Eu e minha família já fomos a um centro de acolhimento para fazer doações. Portanto, a triste realidade da guerra está mais perto de nós do que se imagina.

Pelo lado da Stellantis, também tenho contribuído desde o início nos processos de comunicação das nossas iniciativas corporativas para garantir a segurança e o bem-estar de nossos colegas mais afetados pelo con ito - principalmente ucranianos, mas também russos. Ou seja, também tenho uma perspectiva muito viva da guerra desde o prisma pro ssional.

Do ponto de vista do negócio, o con ito não tem afetado tanto a Stellantis de forma decisiva, diferente de alguns de nossos competidores europeus. Mas o que importa mesmo é que acabe logo mais esse capítulo tão triste da história da humanidade.

This article is from: