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PREMIUM A SUA REVISTA DE ATITUDE


Capa

Erika Marques MODERNIDADE E QUALIDADE. Modelo

de gestão no ensino superior. 34

PREMIUM

Colaboradores VICKTOR FEITOSA

DANNIEL VICTOR

José Fernandes Diretor Geral

Diretora Geral Beatriz Ribeiro

Alexandre Jubert Superintendente

Diretor-Editor Gerardo Rabello

Beatriz Ribeiro Diretora Executiva

Editor-Executivo Juca Pontes

Sony Lacerda Editora Geral Glícia Rangel Colares Diretora Comercial Eribaldo Couto Diretor Administrativo

CAIO LIMA

THIAGO OLIVEIRA

VINÍCIUS CHAVES

RAÍSSA NÓBREGA

Propriedade da Empresa Jornal Correio da Paraíba Av. Dom Pedro II, 623 CEP: 58013-420 João Pessoa - PB (83) 3216-5182 | 5055 premium@sistemacorreio.com.br Facebook: Revista-Premium Instagram: @revistapremium

Projeto Gráfico JPGD Design Redação Marianna Vieira Lílian Moraes Ainoã Germniano Colunistas Abelardo Jurema Celino Neto Messina Palmeira Fabiano Moura de Moura Tânia Paranhos Dani Fialho Judson Faheina Orlando Schuler de Lucena Editoração e Finalização João Damasceno Rogério Gomes Tratamento de Imagem Manoel Pires

DALVA ROCHA

FERNANDO BRONZEADO

Foto de Capa Vicktor Feitosa



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PREMIUM

MODA

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PARAIBANOS PELO MUNDO

46 GENTE QUE BRILHA

50 MÚSICA

SUMÁRIO


54 VIAGEM

18. George Dellameida Autoral

42. Dayana de Melo Notícias de Paris

46. Maura Pires Ramos O essencial é invisível aos olhos

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50. O Rappa Acústico Nordestino

AUTO

54. Tânia Paranhos O Mitte de Berlim

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64. Honda Civic 10 Luxo e sofisticação

ARTE

68. José Rufino Olhar do mundo

102 FESTA

102. Beatriz Rabello 15 anos



Olá! Setembro. Mês fantástico, de cores e flores. Sempre me induz a grandes expectativas para o futuro. Sinto algo diferente, como se a força do sol e a chegada da primavera me apontassem um tempo de expectativas especiais para o nosso mundo contemporâneo. É assim que me vi entusiasmada com a aproximação de Erika Marques, diretora geral do Iesp. Faculdade ainda nova em nosso universo, mas com inúmeras gerações sendo formadas a partir de um eficiente e inovador conceito de ensino. Marianna Vieira foi ao encontro dessa expert em educação e nos revela o bate-papo que gerou nossa matéria de capa. Setembro é também mês de estreia nas páginas da PREMIUM. Oferecemos nossas boas-vindas ao colunista Celino Neto, que, a partir desta edição, compartilha com a gente da efervescência social de Campina Grande. Tânia Paranhos - sempre inovadora em destinos que não passam por itinerários corriqueiros - nos aponta novos caminhos em sua recente visita à Alemanha, um espetáculo de viagem que não podemos deixar de conferir. No universo social, duas festas de quinze anos movimentaram os salões sociais de João Pessoa: a de Maria Clara Farias e a de Beatriz Rabello - simplesmente incríveis. Ainda no começo de setembro, João Pessoa ganhou a primeira versão - em 30 anos de história - da Casa Cor, o maior evento de arquitetura e decoração da América Latina. A vitrine, inclusive de imóveis internacionais - de Miami e Orlando -, apresentada por Davi Decampos, do Encore Resort Homes, é permanente brilho para nossos olhos. Muitas novidades foram pensadas para o prazer da sua leitura, querido leitor, adorada leitora, parceiros de um tempo cada vez mais inserido na modernidade dos nossos horizontes. Boa leitura!




Moda











CAST TEAM GD BELEZA PAULO MELLO SERGIO RICARDO AGRADECIMENTOS ASSOCIAÇÃO NACIONAL PARA INCLUSÃO IGITAL COMITÊ GESTOR DA INTERNET NO BRASIL GOVERNO DO ESTADO SOLAR TAMBAÚ LUG SERIGRAFIA MALHASSUL GRÁFICA JB ANDRÉ LUIZ FLORISTA HTV PRODUTORA TIBÉRIO PALMEIRA DESIGNER GRÁFICO DVD STUDIO TONI GOMIES CLÓVIS GOMIS VÍDEO DJ CLAUDINHO




Atualís sima

Olímpica F

oi depois de Gisele cruzar o Maracanã, montada num vestido metalizado que quitaria a dívida externa do país, que o brasileiro, enfim, abandonou o luto pela Copa do Mundo e se permitiu ser possuído pelo efusivo espírito olímpico. A “coisa mais linda e cheia de graça” não era a original, mas, se assim fizessem questão, Tom e Vinícius teriam composto Garota de “Havaianas”, não de Ipanema. Além do que o nome é bossa nova e não velha, convenhamos. Então, foi a “fresh” Gisele que fez com que noventa por cento da humanidade olhasse o Brasil com efeitos de Photoshop: tudo lindo, sem defeitos. O restante, introspectivo e quase autista, estava focado na captura de Pokemóns e perdeu o espetáculo - só para constar. Mas,

naquele momento em que ela parou o mundo, concomitantemente, atiçou a expectativa dos brasileiros. Aí já viu. Lascou! Ninguém se acostumou com tanto bronze em pleno inverno carioca. Rick Vigarista desenvolveu gastrite aguda após os primeiros jogos do Brasil. Medalha, medalha, medalha, que é bom, somente algumas. Também, pudera! O ex-país do futebol nunca fez questão de ser de mais ninguém. Depois de Neymar, nem terra, nem ar, nem nada. Torcemos para os nossos atletas e assistimos às competições como quem vai, sóbrio, a um show de músicas novas de Roberto Carlos - ninguém conhece. É até chato. Sobrou Galvão, faltou emoção. É que pagar impostos e correr de assaltantes nunca foram modalidades olímpicas e apesar de todo

incentivo da torcida e da distribuição gratuita de preservativos, a maioria dos nossos atletas se mostrou impotente. Portanto, estas Olimpíadas foram no Brasil, mas não, necessariamente, do Brasil: continuaram sendo do menino da vara de ouro, da menina sofrida do judô, do bonitinho da ginástica, dos rapazes do vôlei de Bernardinho, dos nadadores bêbados e vândalos, de Bolt, Phelps e por aí vai. A nossa última esperança estava em Justin Bieber. Sim, isso mesmo. Que ele viesse, organizasse um after no transatlântico da NBA e convencesse Neymar a ganhar da Alemanha. Nos restou como consolo o ouro de um futebol ainda sem tanta arte assim. “Uuu, Uuu, Sorry!”. Voltemos ao Carnaval, onde a gente só perde o juízo e é muito mais feliz. SETEMBRO/OUTUBRO DE 2016

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Capa


MODERNIDADE E POR MARIANNA VIEIRA FOTOS VICTOR FEITOSA, TODDY HOLLAND E ACERVO IESP

ERIKA MARQUES CAVALCANTI


ERIKA MARQUES MOSTRA QUE A GESTÃO PAUTADA EM AÇÕES INOVADORAS ACARRETAM REALIZAÇÕES SUPER ATUAIS PARA O ENSINO SUPERIOR, O QUE GARANTE AVALIAÇÕES SEMPRE POSITIVAS.

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bjetividade, comprometimento, qualidade e comunicação são palavras-chave da personalidade e do desempenho profissional da professora Erika Marques de Almeida Lima Cavalcanti. Ela é a atual diretora geral do Iesp Faculdades, em João Pessoa, que estampa a capa desta edição 39 da Premium. Mestre em desenvolvimento humano pela Universidade Federal da Paraíba, Erika Marques também ilustra seu currículo com especialidade em gestão universitária pela Georgetown College e em educação à distância pela Universidade Federal Fluminense. Desde novembro de 2015, dirige uma das faculdades mais conceituadas da Paraíba, cujas metas são a educação de qualidade e o desenvolvimento profissional dos alunos. “Colocadas diante de nós metas que espelham uma estrutura física atraente e completa, com blocos repletos de salas de aulas amplas e climatizadas, auditórios e laboratórios para as discussões práticas da vida acadêmica, biblioteca com um dos melhores acervos da Paraíba, além de espaço de vivência com praça de alimentação e Internet wi-fi”. 36

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Lembra a diretora geral que a instituição completa, agora em 2016, 18 anos de sua fundação. A experiência de Erika Marques,dedicada ao ensino superior, teve início em 2002, quando, ao retornar da última etapa do seu doutorado na Espanha, recebeu convite para coordenar as atividades do antigo Instituto Lynaldo Cavalcanti. Em 2011, atuou na Universidade de Santo Amaro, São Paulo, até que, no ano passado, foi convidada a voltar à João Pessoa, para dirigir o Iesp. “Foi um presente, a mim, com sabor todo especial, quando doconvite feito pelo grupo Iesp/ Fatec, para retornar à minha cidade natal, onde já conhecia os passos dados por nosso ensino superior. Trata-se de uma instituição com quatro mil alunos e mais de trezentos funcionários em seus quadros. Desde o primeiro dia, contei com o apoio de todos os funcionários, professores, representações estudantis e alunos torcendo para que tudo desse certo. Então essa sinergia contribuiu muito para o sucesso do nosso trabalho”. Criativa e exigente, Erika Marques divide com centenas de colaboradores, coordenadores e professores modelo de gestão que se caracteriza como sólida experiência de liderança. O que contribui para a formação e o desenvolvimento de profissionais éticos e qualificados para a realidade do mercado e pelo o que espera a sociedade. “Uma gestão acessível”, disse ela, “onde os funcionários podem oferecer sugestões e as pessoas tomam para elas a responsabilidade das ações compartilhadas. Gosto de ouvir as pessoas e isso tem funcionado bem nos diversos setores que compõem a nossa instituição”, completou.


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ALUNOS, PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS SÃO OS PERSONAGENS PRINCIPAIS DO NOSSO DIA-A-DIA VOLTADO AO ENSINO DE QUALIDADE. ELES SE RECONHECEM AQUI.

ERIKA MARQUES CAVALCANTI

A educação de qualidade também não seria possível sem um corpo docente de excelente desenvoltura acadêmica e profissional, formado por especialistas, mestres e doutores queapresentam aulas aprofundadas e dinâmicas. Aliado a isso, promovemos atividades permanentes que complementem a formação dos alunos. “Contamos com professores mestres e doutores, reconhecidos pelo Ministério da Educação (Mec) e apostamos em grandes projetos que agreguem valor aos cursos aqui ministrados. Decidi participar de grandes eventos, a exemplo da Casa Cor e Expotec, e firmar parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), com o Ministério Público, com o prêmio Chapéu de Ouro 2016, entre outros”. “Criamos a Comissão de Arte e Cultura, realizamos o Food Park, apresentamos o nosso coral e também os times de futsal, vôlei e basquete para competirem nos Jogos Universitários. Promovemos campanha sobre 38

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a violência contra a mulher e recebemos a visita de inúmeras representações sociais. Enquanto outras instituições cortam custos, estamos aumentando nossos investimentos nessa área. Só que de maneira positiva, qualitativa. Ampliamos também o número de projetos, de linhas de pesquisas. Já contamos com a segunda turma do curso de Libras gratuito para professores, funcionários, alunos e para a comunidade. Por sua vez, a campanha voltada aohashtag #soumaisiesp conta com enorme adesão do público jovem nas redes sociais”. Ressaltou a diretora geral. Desde que assumiu a direção geral do Iesp, Erika Marques vem obtendo visíveis resultados em crescimento e reconhecimento da instituição, reforçando o conceito de qualidade e modernidade da faculdade, ao oferecer cursos em todas as áreas do conhecimento. Em clima de celebração dos 18 anos da instituição e com a perspectiva de alargar, ainda mais, essa experiência exitosa, ela anuncia novidades para muito breve: em 2017, o Iesp terá um novo curso, o de psicologia – já aprovado pelo Mec, com nota 4 – e a construção de um novo bloco, onde funcionará a Clínica Integrada dos cursos da área de Saúde – fisioterapia, nutrição, odontologia, enfermagem e psicologia. “É no aperfeiçoamento constante de nossa estrutura, na valorização dos professores e na ampliação das atividades que buscamos superar as metas, com ganhos reais para aqueles que contam com nossa atenção: alunos que crescem, conosco, na vida acadêmica e profissional”, finalizou Erika Marques. SETEMBRO/OUTUBRO DE 2016

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DAYANA DE MELO Perso nagem


Paris NOTÍCIAS DE

POR MARIANNA VIEIRA FOTOS ACERVO PESSOAL


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ornalista é alguém de opinião. Tem afinidade com pesquisa e estudos. Fica a par dos acontecimentos passados e presentes, com olhos voltados para o futuro. E, sobretudo, sabe contar muitas histórias. Nesta edição da Premium, temos uma jornalista que conta a história de outra colega. Com alegria, conversei com Dayana de Melo, bom exemplo de todas as características anteriores. Natural de João Pessoa (PB), que prefere chamar de “Paraíba capital”, Dayana de Melo é formada em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Mestre também em Comunicação pela mesma instituição, mora há alguns anos em Paris. Escolheu a França para cursar o doutorado em Sociologia e frequenta as salas da Université Sorbonne Paris Cité, tendo contato com os pensadores mais conhecidos e reconhecidos da área. Após defender a dissertação de mestrado, ela começou a sonhar com o projeto do doutorado. “Hoje, sou do Centre d’Études sur l’Actuel et le Quotidien (Ceaq-Sorbonne), onde estou engajada no Groupe de Recherche sur la Technique et le Quotidien (Gretech)”, disse. “A minha pesquisa de doutorado questionou as novas formas de mobilização que respondem ao surgimento das redes digitais e à crise ambiental,”, disse, orgulhosa por, desde o último 21 de setembro, ser Doutora com “trés honorable”, a mais alta menção da universidade, comentou. Sobre ser pesquisadora, Dayana desbanca qualquer dúvida ao dizer que é uma profissão como qualquer outra e, 44

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exatamente por isso, tem particularidades. Algumas podem ser vistas de maneira positiva e outras de forma negativa, segundo ela. “No entanto, como uma pesquisadora interessada em compreender o social, é impossível conceber uma sociedade minimamente justa e igualitária sem valorizar o pensamento reflexivo e a pesquisa científica. Diferente do que muitas pessoas pensam, inclusive em algumas áreas da própria academia, o trabalho prático não deveria estar dissociado do trabalho reflexivo, o que não significa que toda reflexão deve ter uma utilidade prática direta”, afirmou. Dayana de Melo vive feliz, ao lado do namorado, o também pesquisador Carlos Eduardo Aguiar, dos livros, papeis, lápis e cafés. Paris é mesmo acolhedora e ela garante que é um celeiro de conhecimento, mas para quem sabe aproveitar e não deseja cair no “lugar comum”, ao se referir aos brasileiros que vão morar no exterior e “acham tudo lindo e ficam repetindo narrativas como ‘aqui eu uso transporte público, lavo minhas próprias roupas, limpo minha privada’”. “Eu já fazia isso tudo no Brasil. Para mim, o mais importante da experiência de morar em outro país, imergir numa outra cultura, pensar e escrever em outra língua, é poder observar as coisas de uma maneira mais complexa e holística. Sim, nós temos problemas no Brasil, problemas na educação, segurança, transporte, saúde, na falta de políticas de gênero, mas a França também tem problemas tão complexos e urgentes. Durante muito tempo, os países ditos ‘desenvolvidos’ acharam que poderiam manter uma suposta harmonia econômica e so-

cial baseada na exploração dos países ditos subdesenvolvidos, mas, hoje, como define tão bem a sabedoria popular, ‘a conta está chegando’, e de diversas formas, com a crise ambiental, a crise imigratória, os extremismos...”, ela nos deixa uma reflexão sobre os nossos conceitos.

Dayana e os pensadores “Eu posso dizer que tive contato com alguns dos principais pensadores, não só da comunicação. Além das disciplinas anuais ministradas pelo meu orientador de doutorado, o sociólogo Michel Maffesoli, participei de curso proferido por Edgar Morin, na Maison des sciences de l’homme, e também outro apresdentado por Philippe Descola, no Collège de France. Além de seminários com Patrice Flichy, grande teórico da comunicação, Manuel Castells, Pierre Levy, Alain Touraine, Zygmunt Bauman, Bruno Latour, Gianni Vattimo et Peter Sloterdijk - esses dois últimos são, para mim, os maiores filósofos da atualidade. E também o grande teórico brasileiro, um dos mais importantes pensadores brasileiros do nosso tempo, Eduardo Viveiros de Castro, que conheci pessoalmente em Paris e que se tornou uma grande referência teórica para mim, sobretudo por conta da noção de perspectivismo ameríndio. Eu também tive a vantagem de estudar com Michel Maffesoli, que além de ser uma das pessoas mais gentis que eu conheço, é um grande apaixonado e conhecedor do Brasil. Eu diria que poucos brasileiros conhecem tão bem o Brasil e respeitam tanto a nossa complexidade quanto Maffesoli”.


DE PROFESSOR PARA ALUNA Dayana enveredou pela pesquisa acadêmica, mesmo já tendo sido apresentadora de televisão local. “Durante a graduação, direcionei os estudos para os processos de interação entre os fenômenos comunicacionais e midiáticos e o contexto sociocultural. Ingressei no Grupo de Pesquisa sobre o Cotidiano e o Jornalismo (Grupecj), coordenado pelo professor Wellington Pereira, onde pude me aprofundar nas obras de pensadores da sociologia compreensiva e da fenomenologia, a exemplo de Max Weber, George Simmel, Alfred Schütz e Michel Maffesoli. Este último, meu orientador de doutorado”, disse. Desde o início do curso, Dayana de Melo demonstrou capacidade de mapeamento do material empírico e conjugação com o aporte teórico. No Grupecj, tomou conhecimento das teorias que aguçaram o desejo em realizar o doutorado na França. "É uma das esperanças, entre a nova geração, de conquistas e desenvolvimento cognitivo em pesquisas no âmbito dos estudos do cotidiano", declarou o professor.


Gente que brilha PERFIL


MAURA PIRES RAMOS


A

professora Maura Pires Ramos foi entrevistada de surpresa. Sim! De passagem por João Pessoa (PB), a conversa inicial era despretensiosa, durante o nosso encontro, e a fez rememorar fatos de uma vida intensa. No fim, ela foi alegremente surpreendida com a notícia de que estamparia as páginas da Premium – revista para a qual a intelectual proferiu elogios. O papo a levou para uma volta nas lembranças, quando era professora em Campina Grande (PB). À época, um dos alunos era o poeta Juca Pontes, a quem ela chamava “Juninho”, devido ao nome completo dele ser José Alves Pontes Júnior, e com quem pode se reencontrar anos depois, através do Facebook – ela reconhece o poder positivo das redes sociais! A história de Maura Pires Ramos se entrelaça à da Escola Pequeno Príncipe – tradicionalíssima na cidade que é a Rainha da Borborema –, da qual ela foi diretora e fala com orgulho: “a escola começou da fusão de duas que já existiam, São Bento, de um padre, e Nossa Senhora de Fátima, da minha mãe. Deixei o nome São Bento, mas achei muito sério. Quando conheci o livro ‘O Pequeno Príncipe’, achei o nome lindo e decidi que seria ele. O que no início chamei de Instituto Pequeno Príncipe, muita gente chama até hoje de ‘Instituto’”, contou a professora, sorridente, ao se denominar a “diretora maluquinha”, numa comparação com a “professora maluquinha”, da obra “O Menino Maluquinho”. O lema da Escola era “Liberdade para crescer e vencer”, segundo Maura Ramos, porque “as crianças são pássaros, voam alto,

eu não nos alcanço, mas deixam o perfume”. Então, como todo ciclo tem um fim, ela decidiu encerrar, em 18 de dezembro do ano passado, o da Escola Pequeno Príncipe. O que deveria ser lamentável, acabou sendo lindo. Porque ficaram na lembrança – não só dela, mas de todos – o exemplo, o carinho, o reconhecimento, a trajetória. “O fim da escola estava na agenda. O último dia de aula foi embaixo de uma castanhola. Tenho um álbum de fotos desse dia no Facebook”, ela conta com alegria. “Consegui

MAURA DEDICA-SE DIARIAMENTE E ETERNIZA O COMPROMISSO QUE TEM COM A EDUCAÇÃO. encaminhamento para todos os meus funcionários. Numa ida ao colégio Damas, eu reencontrei um aluninho que, com olhos emocionados, me pediu: ‘tia Maura, vem trabalhar aqui’”, continuou. Maura Ramos enxerga a fase como uma “travessia”. “A travessia é como estivesse num açude profundo e longo. Nadei, vi a margem, mas tinha uma parede que eram as coisas que eu tinha que resolver. Hoje estou no fim dela”, contou, sem pudores, e completou dizendo que preten-

de lançar um livro, fazer um Museu da Criança – algo inédito no Nordeste – e trabalhar com consultoria nas áreas de Educação e Artes. “Mas ainda preciso oficializar tudo isso, não houve tempo de parar ainda”, falou. É a sabedoria de quem viveu uma ditadura, teve romances e não religião, vive para e da Educação. “Minhas amigas da universidade se encaminharam para a igreja, mas eu não tenho vontade. Quando tem novenas de Natal, eu participo para não ficar por fora, mas é um assunto que não me preenche. Eu sou solteira, mas tive muitos amores. Na indecisão, terminei ficando sozinha. No tempo estudantil de universidade, minha irmã dizia que eu me envolvia para aparecer na mídia. E eu digo a ela: ‘você teve uma vida muito bonita, mas privada. A minha vida não, foi pública’. Foi minha participação no momento de democratização do país. Muita gente do Rio de Janeiro e de São Paulo sofreu na época da ditadura, mas ninguém reflete se no interior da Paraíba aconteceu algo. E aconteceu sim! Eu vivi e sofri isso”, resumiu a professora campinense que, nos tempos atuais, se diverte online. “Gosto muito de mexer no computador. Às vezes mexo tanto que fica tudo de cabeça para baixo. Chego a ter uma amizade com o técnico. Há uns cinco anos eu não tinha Facebook, quando, então, um pai de aluno sugeriu e eu fui ‘futucar’. Consegui criar uma página para a Escola, fiz até a foto de capa”, assim o papo foi concluído com descontração, em meio às guloseimas de uma mesa no Buarque-se Café, na praia de Intermares, em Cabedelo (PB).


“O VERDADEIRO HOMEM MEDE A SUA FORÇA QUANDO SE DEFRONTA COM O OBSTÁCULO”. ANTOINE DE SAINT-EXUPÉRY


Música O RAPPA


POR MARIANNA VIEIRA FOTOS DIVULGAÇÃO E ACERVO DA BANDA

ACÚSTICO

UMA DAS BANDAS DE MAIOR SUCESSO ENTRE OS PESSOENSES MOSTRA O NOVO TRABALHO ACÚSTICO – GRAVADO EM RECIFE (PE) – NA CAPITAL PARAIBANA.

nordestino


F

ortalecida pela inegável performance e pelo mágico reconhecimento nos palcos, O Rappa entrou para o privilegiado grupo de bandas que transcenderam os vinte anos de estrada. Em João Pessoa (PB), aqui especialmente, todas as vezes que divulga um show, vira sucesso de público. E não deve ser diferente agora, em show na Domus Hall, casa de espetáculos do Manaíra Shopping, quando apresentará a nova turnê. O trabalho acústico foi gravado há poucos meses na Oficina Francisco Brennand, em Recife (PE), e, por todos esses detalhes, faz a banda ter mesmo uma ligação com o Nordeste, muito além de representar as dimensões do Brasil. Com mais de três milhões de discos vendidos, ao longo dos 24 anos de carreira, O Rappa, banda formada por Marcelo Falcão, Lauro Farias, Marcelo Lobato e Xandão, canta “o grito das ruas, as emoções do cotidiano difícil e o apreço pela vida digna”. Ao todo, são dez álbuns lançados e inúmeros prêmios recebidos – a banda tem número recorde de prêmios em videoclipes – e diversos discos de ouro, platina e diamante, além de muita história para contar, é claro. Talvez a afinidade do público pessoense com O Rappa seja explicada por essa musicalidade, pela mensagem passada através das canções, ou talvez pelo fato de o guitarrista Xandão ser um conterrâneo. Isso mesmo! Para quem ainda não sabia, Xandão é natural de João Pessoa e, com ele, conversei em papo exclusivo para a Premium. Representando O Rappa, como o único na formação original da banda, o músico 52

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relembrou carreira e contou detalhes que todo fã vai adorar saber. “Saí muito cedo de João Pessoa, com seis anos, e dos fundadores de O Rappa sou o único que ainda permanece. É um trabalho de uma vida. O Rappa é uma das principais bandas do Brasil, tem um respeito enorme aqui e também fora”, contou, lembrando duas indicações à premiação Grammy. “A gente tem 24 anos de carreira e continua tendo novidades, isso é importante. O nosso público já se renovou e os filhos dos nossos amigos estão indo aos shows, é muito legal. E a grande marca da gente eu acho que é a sinceridade, porque não levantamos bandeira e, ao mesmo tempo, falamos de um cotidiano que todos percebem e sentem”, completou. Pela coerência musical e postura engajada, O Rappa permanece

sendo, de fato, uma das mais influentes e respeitadas bandas da música brasileira contemporânea. “Para mim é muito especial rever a família e tocar na cidade onde eu nasci. E para o grupo também, que tem poucas oportunidades de estar no Nordeste. Sempre que a gente vai até a região, percebe ser um público de características diferentes, carente de shows, de eventos, então é importante quando a gente ali se apresenta. E João Pessoa é um lugar muito especial”, Xandão declarou carinho e atenção ao público da cidade. “Quando O Rappa fez o penúltimo Carnaval em Recife, às 3h da manhã, havia um público incrível. A gente se sentiu muito honrado e resolveu gravar um disco ao vivo lá. E eu lembrei da oficina do Francisco Brennand, sabia que era um grande artista,


ALGUÉM DISSE – DEVE TER SIDO ALGUÉM MUITO IMPORTANTE, MUITO INTELIGENTE – QUE A VIDA SEM MÚSICA SERIA UM EXÍLIO TOTAL. VOCÊ NÃO CONSEGUIRIA CONCEBER UM SER HUMANO PARA VIVER SEM A MÚSICA. ENTRE OUTRAS COISAS, ELA DEVE SER UM ANTÍDOTO CONTRA A MORTE, ALIÁS, A ARTE DE UMA MANEIRA GERAL É UM ANTIDESTINO. Francisco Brennand Artista Plástico de 89 anos, ao receber O Rappa “em casa”, na Oficina Francisco Brennand, em Recife. Ele marcou presença no show e deu a “benção” ao novo projeto da banda.

uma pessoa de muita relevância, intelectual, filósofo e tudo deu certo, graças a Deus. Gravamos um DVD dentro do atelier que ele levou dez anos para construir”, finalizou, com saudosismo, Xandão. O mais novo capítulo cantado por O Rappa, o mesmo apresentado em João Pessoa, foi gravado na Oficina Francisco Brennand, uma histórica galeria de arte a céu aberto, que abriga criações do artista plástico Francisco Brennand, que, pela primeira vez, recebeu um show deste porte. O repertório traz 17 músicas, incluindo quatro inéditas e clássicos dos álbuns “Nunca Tem Fim” e “Sete Vezes”, sem deixar de fora hits da carreira do grupo. Segue lá! facebook.com/orappa instagram.com/orappa twitter.com/orappa plus.google.com/+oficialorappa www.orappa.com.br SETEMBRO/OUTUBRO DE 2016

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Viagem

A PERFEITA COMBINAÇÃO ENTRE OS VENTOS DO PASSADO E OS NOVOS ARES CONTEMPORÂNEOS

O Mitte de

TÂNIA PARANHOS



POUCAS CIDADES TEM UMA LIGAÇÃO TÃO ÍNTIMA COM OS PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS DA HISTÓRIA MUNDIAL QUANTO BERLIM. POUCAS COMBINAM TÃO BEM O PASSADO COM TENDÊNCIAS CONTEMPORÂNEAS NAS ARTES, MODA, URBANISMO E COMPORTAMENTO SOCIAL.

Mas foi preciso que Berlim virasse do avesso! O passado conturbado – duas grandes guerras, nazismo e um muro que a deixou dividida por 28 anos – deu-lhe ares de mulher experiente. Daquelas insinuantes e imprevisíveis, que viram a noite nos night clubs mais radicais com o mesmo prazer com que frequentam a Filarmônica. Uma cidade controversa, multicultural, alternativa, plural, onde convergem cidadãos dos quatro cantos do mundo. Qual a cara desta metrópole? Que sotaque tem? Como é sua gastronomia? Todas e todos! Berlim reinventou o significado de tolerância abrigando mais de 170 nacionalidades, pessoas tão diferentes convivendo em total harmonia. É certo que levou um tempo para que o ocidente e o oriente da cidade fusionassem, um tempo para que todos se sentissem confortáveis neste novo modelito. E ficou repleta de duplos, triplos e diferentes. Com a reu-

nificação restaram duas torres de TV, duas Sinfônicas, duas Filarmônicas, três Óperas, três aeroportos... e um único sentimento: somar é ganhar! Por exigência de uma lei do século XIX, os edifícios alcançam, no máximo, 28 metros de altura, um padrão de construção de prédios de cinco andares. A intenção era que não ultrapassassem igrejas e sinagogas. Hoje, com o pé direito mais baixo, chega-se a 6 ou 7 andares com a mesma altura de prédios. Arranha-céus são exceção e, se a cidade não cresceu pra cima, o fez para os lados: Berlim é dez vezes maior, em extensão, do que Paris! Cada bairro são muitos e, tão extensos, com personalidades tão distintas que é difícil definir o que o caracteriza. Plana e segura, com trânsito habituado a dividir seu espaço com as bicicletas, a cidade tem 620km de ciclovias: é o paraíso para quem gosta de uma magrela!


MUITAS SÃO AS FORMAS DE CONHECER A CIDADE, MUITOS SÃO TIPOS DE TOURS. NÃO DEIXE DE FAZÊ-LOS SE É A SUA PRIMEIRA VEZ POR AQUI. ALÉM DE INFORMATIVOS, MOSTRAM O IMPERDÍVEL E AJUDAM NA ORIENTAÇÃO GEOGRÁFICA. SEGUEM:

De ônibus - Hop On Hop Off, que permite descer, visitar o ponto turístico e pegar o próximo ônibus. São vários os locais de embarque, informe-se no hotel qual o mais perto de você; A pé pelo centro – tour oferecido em diversos idiomas, cobre roteiros como A História Prussiana, O III Reich ou A Guerra Fria e conhece-se a cidade pela perspectiva do caminhante, costurada pelo tema escolhido. Depois de 2,5 horas e muitas histórias, você paga o que acha que o serviço valeu! www.newBerlintours.com; De bicicleta – com roteiro diversos para você se sentir um local! www.FreeBerlimTours.de De barco - de abril a outubro, mostra a cidade pelo leito do rio Spree. Use e abuse do transporte público, que é rápido e eficiente. São quatro tipos de modais: ônibus, metro, S-Bahn (trem de superfície) e o Tram (bonde). De 4 a 7 dias na cidade, vale a pena comprar o ticket de uma semana, com

direito ao uso de todos os meios de transportes citados. Os táxis também não são caros. Densa e intensa, Berlim merece algumas edições da Premium. Nessa edição, o foco é o Mitte, literalmente “meio“, em alemão. Para muitos, este bairro representa o coração da cidade. Veja, a seguir, o que encontramos neste “meio“. Portão de Brandenburg Principal cartão postal da cidade e um dos monumentos mais simbólicos da história do século XX. Foi Frederico Guilherme II, da Prússia, que ordenou a construção do portal datado de 1795. Um de seus principais ornamentos, a quadriga (carro puxado por quatro cavalos), tornou-se objeto de disputa nas duas invasões que Berlim sofreu. A primeira, na época de Napoleão, que levou a quadriga para Paris. E, durante a II Guerra, pelos nazistas, que a viraram para o lado oriental da cidade. Quando passar sob o Portão, não se surpreenda se sentir-se sobrecarregado: aqui, o peso da história é palpável!


Reichtag, casa do Parlamento alemão desde 1899. Quem o visita tem dificuldade de imaginar esta construção inteiramente destruída durante a II Guerra Mundial. De pé, somente a “casca”. Coube ao arquiteto inglês Norman Foster, vencedor de um concurso mundial, comandar a reforma do antigo prédio para abrigar o novo parlamento da Alemanha unificada. Sua cúpula de vidro é, hoje, um marco obrigatório para quem visita a cidade. Além de uma obra arquitetônica sem igual, oferece uma visão 360 graus da cidade. Para visitá-la, programe-se com antecedência, preencha o formulário no site www.bundestag.de/besuche/formular escolha o dia e hora desejada. O horário do pôr do sol é uma boa sugestão. Imprima a confirmação que eles enviam. The Gate Berlim - filme em 180 graus que conta 300 anos da história de Berlim tendo o Portão de Branden-

burg como linha narrativa... Holocaust Memorial – o memorial sobre o Holocausto mais importante da Alemanha. Uma iniciativa cívica da população, impulsionada por jornalistas e historiadores, inaugurado em maio de 2005. O monumento ocupa um campo de estelas de 19 mil m² com 2.711 blocos de concreto. Um centro de informações sobre o extermínio dos judeus da Europa encontra-se no subsolo. Cartas, postais, depoimentos e fotos tem a missão de manter viva a história oral dos que pereceram na guerra. Os blocos parecem lápides e não existem duas iguais em tamanho, altura, largura e peso. Caminhar entre elas é um desafio, com o piso irregular, um labirinto muito fácil de se perder... Projeto de Richard Serra e Peter Eiseman. Bebel Platz - onde fica a Biblioteca da U n ive r s i d a d e

Humbold. Durante o período nazista, todas as publicações e livros acadêmicos eram examinados por censores e aqueles considerados inadequados eram recolhidos e queimados. A Bebel platz protagonizou uma grande queima de livros. Em homenagem a este fato, foi colocada uma “janela indiscreta”: uma placa de vidro no piso da praça revela estantes de livros vazias no subsolo e uma frase profética do poeta Heinrich Heine: “Onde se queimam livros, acaba-se por queimar pessoas”. Caminhar pela Unter den Linde, que vai do Portão de Brandenburg à Ilha dos Museus, é um prazer de quase 2 km


plenos de charme, restaurantes, lojas, bares, museus, embaixadas e galerias. Neue Wache – entre a Humboldt University e a fachada barroca do Deutche Historic Museum não deixe passar despercebido um pequeno prédio de colunas circulares, do século XIX, onde funcionava a casa da guarda da família real prussiana. Sem portas ou janelas, exposto às intempéries do sol, da chuva e da neve, a escultura Mother with her Dead Son, de Käthe Kollwitz, emociona e encanta. Conhecida como a Pietá da Alemanha, representa um momento de reflexão na agitada avenida. Dom - A bela e impo-

nente Berliner Dom é a maior e mais importante igreja protestante da cidade e um dos prédios mais fotografados. Não é de se admirar, pois destaca-se na paisagem com suas cúpulas de monumentais 114 metros de comprimento e 116 metros de atura. A Dom localiza-se às margens do rio Spree, na Ilha dos Museus. Exatamente do outro lado do rio Spree, está o DDR Museum, delicioso, pequeno, divertido, interativo. www. ddr-museum.de. É uma indispensável exposição que nos permite entender como era o intrincado dia a dia na Deutsche Democratic Republic. Muito, muito bom! Também ao lado da Dom está a Ilha dos Museus – uma das maiores concentrações de tesouros da Antiguidade - encravados numa ilhota nas águas do rio Spree. Declarados Patrimônio da Humanidade,

cada museu tem personalidade muito diversa. O Bode conta com a maior exposição de esculturas da Europa, além de um museu dentro dele mesmo, de arte bizantina, com sarcófagos e os famosos mosaicos bizantinos. O Neues exibe uma coleção de papiros e antiguidades egípcias e troianas, além do imperdível busto de Nefertite. No Altes Museum vemos antiguidades, arte e esculturas romanas e etruscas. Na Alte National Gallery, obras de arte europeia do século 19. Por último, o imponente e imperdível Pergamon, não sem motivo, o museu mais visitado de Berlim, com o Altar de Pérgamo, que lhe dá nome, além da Porta de Ishtar, da Via Processional da Babilônia e o Portão do Mercado de Mileto. Atualmente encontra-se em reforma. Também por aqui fica o acesso ao passeio de barco pelo Rio Spree, que permite uma visão da cidade em outra perspectiva.


PostdamerPlatz - A mais famosa praça da cidade foi um dos lugares de maior transformação ao longo da história recente. Do passado glorioso sobraram partes preservadas do Grand Hotel Esplanade, que hospedou de Greta Garbo a Charlie Chaplin. Após a construção do muro, em 1961, a Potsdamerplatz fazia parte da “faixa da morte”, espaço entre o muro de concreto que todos conhecemos e outro, interno, de madeira e arame farpado, por onde espalhavam-se soldados armados, cães de guarda e tanques de guerra. Quando o muro ruiu, a praça era

um terreno baldio. Hoje, 28 anos e dois bilhões de euros depois, este passado só pode ser percebido pelo caminho de paralelepípedos que indica o lugar por onde passava o muro. A praça abriga museus, hotéis sofisticados, restaurantes, cafés, modernas salas de cinema, empresas e construções futuristas como o Sony Center, símbolo desta renovação, além de ser o centro financeiro da cidade. Berlim, com mais de 800 anos, exibe corpinho de 30 e alma de adolescente, em eterna transformação! Se você é daqueles que não resiste a um shopping center aqui está a sua chance: Mall de Berlim, o único da cidade, reúne dezenas de lojas locais e internacionais. A alguns metros dali é pos-

sível fazer voltar o tempo até a II Grande Guerra ao conhecer a Topografia do Terror, aberta em 2010, exatamente no lugar onde ficava a sede da Gestapo e da SS, principais instrumentos de repressão do nazismo. As construções foram inteiramente destruídas e, em seu lugar, uma exposição, a céu aberto e em linha do tempo, conta a história de Hitler. No quarteirão limpo e vazio, o centro de documentação tem farto material de pesquisa e consulta, além de corajosa e esclarecedora exposição. Ainda há cicatrizes na face desta metrópole. Marcas talhadas a ferro, fogo e intolerância. O povo alemão que, por 50 anos sufocou seu orgulho nacionalista, hoje, as encara de frente. Lugares como este, impedem que embaraçosos capítulos da história se apaguem. Aliás, se as cidades tivessem “consciência“, Berlim seria assídua no divã do psicanalista


para tentar entender os erros do seu atormentado passado nazista. www.topographie.de Bunker da Boros Collection – durante a II Guerra Mundial muitos deles foram construídos como abrigo antiaéreo. Este, perto da estação de Friedrichstrasse, previa acomodar 1.200 civis, mas chegou a abrigar 4.000. Finda a guerra, foi usado pelos soviéticos como prisão e, posteriormente, depósito de frutas, o que deu-lhe a alcunha de Banana Bunker. Nos anos 90, tornou-se boate techno até ser fechada pela polícia. Em 2003 foi comprada pelo bilionário Christian Boros, que o transforma numa galeria que, hoje, acolhe a maior coleção privada de arte contemporânea da Alemanha: a Sammlung Boros. Neste casamen-

to da história com a arte, as visitas precisam ser agendadas com cerca de um mês de antecedência no site www.sammlung-boros.de. Os visitantes, em grupos de 12, são guiados por estudantes de História da Arte que trabalham no local. Mitte - O Mitte é cultura, é consumo, é história, arte, tradição e vanguarda. Ele é tão grande e diverso que abriga tudo o que foi descrito até agora e ... muito mais. Durante os anos do muro, o antigo bairro ficou escondido atrás dele. Depois de sua queda, o Mitte transformou-se na região mais frenética da cidade, numa miscelânea de estilos e tendências. De um lado a sofisticação da Unter den Linden retrata a época de ouro da cidade e a Friedrichstrasse clama pelo consumo chic nas Galerias Lafayete. No outro extremo, a feiosa Alexander Platz, agitada e caótica, é ponto de partida para o comércio popular, restaurantes e nigthclubs. A Orianenburstrasse atrai, durante o dia, judeus ortodoxos a caminho da Nova Sinagoga e, mal cai

BERLIM, COM MAIS DE 800 ANOS, EXIBE CORPINHO DE 30 E ALMA DE ADOLESCENTE, EM ETERNA TRANSFORMAÇÃO!

a noite, jovens alternativos em busca de diversão. O Mitte é um bom resumo de Berlim. Seu espírito livre e forma de viver lembram o Soho, com lugares imperdíveis como o Hackescher Höfe Markt – uma sequência de oito pátios internos, “miolos“ de prédios que se interligam, com mil lojinhas, charmosas e únicas, galerias de fotografia e de arte, cafés e bares. Os höfe (pátios) de fora pouco revelam, e, em seu interior, a alma do bairro se expõe. Em constante transformação o Mitte se apressa em direção ao futuro. Não para esquecer o passado, mas para deixá-lo pra trás... Num feliz casamento entre o que devo, o que posso e o que quero, sem vergonha nenhuma da filosofia barata, concluo: felicidade é sentar-se num café e ver a vida passar. Porque se perder pelo Mitte é se achar...



DICAS PARA O

VIAJANTE

Para consultas antes do embarque: www.visitberlin.comwww.informationberlin.com www.visitealemanha.com

Você não terá nenhuma dificuldade em escolher hotel por aqui. São centenas, de todos os preços, para todos os gostos. No verão, verifique se o hotel escolhido tem ar condicionado, conforto incomum na cidade. Motel One – não se preocupe, motel daqui não é o motel daí! Com oito endereços na cidade, sempre muito bem localizados, perto de metrô e atrações turísticas. São hotéis design, modernos, minimalistas. Preços muito acessíveis até 100,00€. Confira as opções Berlin Mitte e Berlin HackescherMarkt. www.motel-one.com Berlin Gorki Apartments - instalado num prédio do seculo XIX, são 34 apartamentos decorados individualmente, para que você sinta-se em casa. Semelhante a um flat, tem cozinha completa que te permite fazer do café da manhã e refeições ligeiras. Localização provilegiada. Diárias dependem do apartamneto escolhido, começam em 180,00€. www.gorkiapartments.com The Mandala Suites – a duas quadras da PostdamerPlatz e perto de tudo, esta é outra opção de hotel de luxo com cara de flat. A partir de 160,00€. www.themandalasuites.de

A escolha passa muito mais pelo tipo de gastronomia que desejamos e menos pela qualidade dos restaurantes. São milhares de boas escolhas... Ristorante A Mano – nhoque de queijo de cabra com trufas raladas... Pode imaginar? Mas não se limite, o cardápio inteiro é uma delícia! Do antipasto ao vinho sugerido, uma experiência gastronômica onde os pratos não chegam a 20,00€www.amano-ristorante.de Oxymoron – dentro de um dos pátios do HackescherHöfeMarkt, acomoda tanto um grande grupo para almoço quanto um romântico jantar a dois. No cardápio de preços honestos, opções vão de uma deliciosa quiche de alcachofra com salada, passando pelos pescados e risotos. À noite ainda se pode curtir uma balada. www.oxymoron-berlin.de PaulySaal – este maravilhosos restaurante instalado num antigo internato feminino, acaba de receber sua primeira estrela Michelin. Sofisticado e caro, vale quanto pesa. Abre apenas para o jantar. www.paulysaal.com Co Chu – para os amantes da cozinha vietnamita, uma ótima opção de cozinha gourmet, adequado também para vegetarianos. Uma delicia que não pesa no bolso. www.co-chu.de


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HONDA CIVIC 10


ELEITO O “CARRO DO ANO” NO MERCADO NORTE-AMERICANO, CONSIDERADO O MAIS EXIGENTE DO MUNDO, O HONDA CIVIC GERAÇÃO 10 CHEGOU NESSE FIM DE AGOSTO NO BRASIL E FOI LANÇADO TAMBÉM NAS LOJAS AUTOCLUB HONDA DE JOÃO PESSOA E CAMPINA GRANDE (PB). O MODELO PROMETE SUPERAR O SUCESSO DO NEW CIVIC, QUE ALAVANCOU AS VENDAS DA MARCA NOS ANOS DE 2006 E 2007. PARA ESTA EDIÇÃO, A HONDA INOVOU TRAZENDO UMA QUINTA VERSÃO DO CIVIC, COM MOTOR TURBO 1.5, COMPACTADO, DE BAIXO CONSUMO, MAS COM UMA ENTREGA DE POTÊNCIA SUPERIOR AOS MOTORES 2.0.

LUXOsofisticação E


O Como novo design exterior e interior, novos motores, alta tecnologia embarcada, baixo consumo, entre outras novidades, o modelo encanta clientes novos e antigos da marca. O juiz cível Romero Feitosa foi o primeiro cliente paraibano

piloto automático, câmera de ré, sistema de com tela de cinco polegadas e outros itens. Na versão Sport 2.0 CVT, o volante passa a ter aletas para troca de marchas. A versão EX 2.0 CVT acrescenta retrovisores elétricos com repetidores


ALGUNS ITENS DA NOVA GERAÇÃO Versão SPORT - Motor 2.0 16V I-Vtec Flex - Câmbio manual (6 vel) ou automático CVT (7 vel) Versão EX - Bancos em couro - Rodas 17” diamantadas

Versão EXL - Central Multimídia com GPS, Android, Apple Carplay, Mirror Link e entrada HDMI - Ar condicionado Dual Zone Versão TOURING - Honda Lane WTCH (monitoramento de ponto cego e câmera no retrovisor direito) - Teto solar OneTouch


Arte

MISTUREM-SE TODAS AS LETRAS E SE TERÁ O POETA E ESCRITOR, MISTUREM-SE AS TINTAS E SE TERÁ O PINTOR, MISTUREM-SE AS ARGILAS E SE TERÁ O ESCULTOR, MISTUREM-SE AS LEMBRANÇAS, AS HISTÓRIAS E A VIDA E SE TERÁ O ARTISTA NA SUA INTEGRIDADE. ESSE É JOSÉ RUFINO, NASCIDO COMO JOSÉ AUGUSTO COSTA DE ALMEIDA, QUE ADOTOU O NOME DO AVÔ, O CARISMÁTICO CORONEL QUE FEZ HISTÓRIA NA CIDADE DE AREIA, NO BREJO PARAIBANO.


JOSÉ RUFINO

OLHAR do

POR LÍLIAN MORAES FOTOS CAIO LIMA, ADRIANO FRANCO E ACERVO DO ARTISTA

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parte menos prazerosa é a que depende dos outros. Depois, vem outra parte que é puro prazer misturado com certo pavor também prazeroso: o contato com o público, o confronto da obra com aquele que vai se relacionar com ela, a vida autônoma da obra, sua libertação”, comenta o artista. Com exposições nos principais museus e galerias de arte do mundo, como Museu Andy Warhol, em Pittsburgo, nos Estados Unidos, José Rufino poderia levar uma vida ‘descansada’, mas ele não consegue. Na verdade, ele confessou que não para de trabalhar. “Me divirto trabalhando. Sou assim. Amo ser artista e vejo possibilidades em todos os meus percussos”, revela.

Filho de peixe... Ele revela que a mãe, a artista plástica Marlene Almeida o influenciou em sua carreira. “Sou o que sou por causa da minha mãe, Marlene Almeida. Foi através do convívio com ela e com o universo de arte que comecei a me expressar. Durante alguns anos produzia poesias, desenhos e pinturas sem saber que teria uma carreira de artista. Isso somente aconteceu, a decisão de ser artista, em 1989. A partir de então o que era feito no plano pessoal, passou a ser tarefa profissional, filosofia de vida, linguagem” explica. Rufino nunca se preocupou em ser comparado com a mãe. “Nunca me incomodei com isso, mesmo porque somente acontecia aqui e sempre operei num plano mais aberto quando o assunto era a difusão da minha obra artística. Sabia desde o começo que não haveria tanta repercussão do trabalho na minha própria cidade, ou estado. Isso pelas características da minha poética, que nunca foi, por exem-

A

história de José Rufino não é comum. Pelo contrário. Nascido em julho de 1965, o artista, que tem 51 anos, viu seus pais serem perseguidos durante a Ditadura Militar, fato que contribuiu para uma de suas exposições. Afinal, nas suas mãos tudo vira arte. Por isso, cada movimento, som, papel, concreto, e toda a natureza, além das cenas que vê são registradas pelo fotógrafo, que também é poeta, escritor, pintor, escultor e transmite seu saber como professor na Universidade Federal da Paraíba. Vinte quatro horas é pouco para falar das tantas faces do artista. Seu pensamento é muito rápido e sua vida cronometrada para cada passo. Mas ele é organizado e concentra suas atividades como se estivesse em uma pista ou piscina olímpica, e cada segundo é precioso para ganhar a medalha de ouro e sair vencedor. Realiza todo o trabalho com excelência de mestre, não importa se vai ser exposto na Paraíba, Rio de Janeiro, Estados Unidos ou na Europa. Ele não para. Rufino acredita que criar é um processo contínuo, um desencadear de invenção de problemas e enfrentamento de soluções. “Todo mundo cria alguma coisa, porém, somente o artista decide que alguma coisa será arte, será provada publicamente como experiência de arte. Para tanto, desenvolve métodos variados de trabalho, que podem envolver graus distintos de sofrimento e prazer. No meu caso, procuro o prazer em todas as etapas, especialmente naquelas que estão no meu domínio, na minha mente. Encontrar soluções técnicas e formais para o desenvolvimento de uma obra e vê-la depois, concluída, gera normalmente uma euforia, uma felicidade febril. A

PROCURO O PRAZER EM TODAS AS ETAPAS, ESPECIALMENTE NAQUELAS QUE ESTÃO NO MEU DOMÍNIO, NA MINHA MENTE. ENCONTRAR SOLUÇÕES TÉCNICAS E FORMAIS PARA O DESENVOLVIMENTO DE UMA OBRA E VÊ-LA DEPOIS, CONCLUÍDA, GERA NORMALMENTE UMA EUFORIA, UMA FELICIDADE FEBRIL.

plo, armorial, folclórica, ‘alegre’. Sempre fui silencioso, sereno, criterioso e exigente com a forma como minhas obras são expostas, com as companhias, com a qualidade e características dos eventos e das salas de exposição. E cada vez mais. O que me tornou menos rotineiro nos eventos locais. Apesar disso, mais recentemente, tem surgido um interesse maior em torno da minha produção. Posso dizer, inclusive, que já tenho uns poucos colecionadores locais”, revela.

Desbravador da arte Ele pode ser considerado um conquistador. Desbravou cidades, estados, países, rios, mares e oceanos e conquistou o mundo. Hoje, José Rufino traça sua trajetória e escreve seu nome na história das artes junto com os mais renomados artistas visuais. Ele conta que, no começo de sua carreira muitas pessoas o olhavam como um estranho, mas ele nunca se importou porque sabia que a sua arte seria para o mundo inteiro. “Muita gente falava mal, mas não me incomodava. Sabia o que queria e o que fazia. Tinha confiança em mim e no meu potencial”, comenta o artista. Formado em Geologia, com doutorado em Paleontologia, José Rufino, que adotou este nome que era do seu avô, é artista visual e professor de Paleontologia na Universidade Federal da Paraíba.


Cadeiras, mesas, gavetas, papéis, cartas, postais, troncos, raízes, guarda-roupas, enfim, tudo vira uma obra de arte nas mãos do artista que está sempre de olhos bem abertos para tudo que o cerca. Uma conversa pode virar uma poesia, um romance ou uma crônica. Assim como móveis, cartas e memórias viram exposições. Assim foi a exposição Cartas de areia criada a partir das cinco mil cartas herdadas do avô coronel José Rufino, homem influente na região de Areia que vivia cercado de intelectuais, poetas, escritores, atores e artistas. Segundo ele, tanto na paleontologia como na arte, resgata-se o passado e a história simultaneamente. A diferença entre estas profissões é que a arte lhe dá a liberdade de interferir e alterar este passado, criando novos significados.

Memória Paraibano de João Pessoa, iniciou sua carreira na década de 1980. Tendo herdado do avô paterno um acervo documental que conta muito da história de sua família, ele decidiu utilizar o memorial como meio de produção artística. Ele revela que a vida e suas complexidades inspiram a sua arte. “A vontade de intervir no estado das coisas, de transformar, de emocionar, de desestabilizar. O que me faz produzir intensamente é o encontro com pessoas interessantes, arrebatadoras, muito mais que convites para expor em museus famosos e ricos ou projetos com grandes verbas”. Com um currículo com centenas de exposições individuais e coletivas, José Rufino revela que trabalha em muitas frentes ao mesmo tempo. “O exercício no ateliê é contínuo. Acabei de


produzir mais de 70 obras em Portugal, que foram expostas no Palácio das Artes, no Porto. Agora me dedico à produção de mais um grupo na Usina Santa Terezinha, em Pernambuco, onde já tenho um galpão, um antigo hangar, batizado com meu nome e aberto à visitação pública”. Boa parte parte do seu tempo tem dedicado à literatura. Um grande livro sobre sua série de desenhos Cartas de Areia, produzida sobre envelopes e cartas de família, sairá em breve. Sua estreia literária ocorreu ano passado, com o lançamento de Afagos, livro de microcontos publicado pela extinta editora Cosac Naify. “Outro livro sobre minha produção em geral vai sair em seguida. 72

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Também trabalho nesse campo, preparando outro livro de contos, um mais experimental, e um longo romance”. ressaltou. A obra Plasmatio, produzida para a Bienal de São Paulo de 2002, é o trabalho que ele considera mais importante em sua carreira. “Trata-se de uma obra fundamental para meu crescimento pessoal, para o rompimento de barreiras. Usei papéis originais recolhidos em encontros com parentes e amigos de desaparecidos políticos e produzi uma instalação com móveis e manchas de tinta sobre esses papéis colados, como grandes sudários, uma espécie de sala de evocação de desaparecidos. Esse trabalho se tornou muito importante no cenário nacional e já foi mostrado em parte na Alemanha. Até o final de 2016, além de cuidar do lançamento dos livros e das exposições nacionais e internacionais já agendadas, pretendo inaugurar uma reserva técnica para acomodar todo um acervo, ao lado do ateliê”. Considerado por alguns críticos como “o artista das memórias” por elas estarem sempre presentes nos seus trabalhos. “Mais que memórias, o eixo memória-esquecimento aparece como mote inicial do meu trabalho e permanece até hoje, juntamente com outros, como opulência e decadência ou íntimo e público. Não trabalhos com telas ou papéis brancos, novos. Tudo chega nas minhas mãos com cargas humanas, humanitárias, com certos “espíritos” de existências humanas, através de cartas antigas, documentos prescritos, móveis que foram usados em instituições e muitas categorias de objetos que arrastam histórias, desde as particulares, até as políticas, como as do período da Ditadura Militar”, explica.

Missão Entrevistar José Rufino foi um desafio. Tudo começou em setembro de 2015 quando recebi a pauta do diretor-editor da Premium, Gerardo Rabello, e do editor Juca Pontes. Aí começou a minha saga. Ora ele estava na oficina no interior do Rio Grande do Norte, ora em Portugal, depois Rio de Janeiro, Recife, Alemanha, Estados Unidos ou em algum lugar do mundo... Eu me emocionei com sua história, de quem quer mudar o mundo, que grita a dor dos desesperados, canta a canção do amor, chora e denuncia as mazelas sociais do Brasil e de outros países. E, melhor, que não está preocupado com o que pensam dele. E também é engraçado. Eu não sei se ele nasceu à frente do seu tempo ou se o tempo nasceu depois dele. Um artista no mais amplo sentido da palavra. Conversar com José Rufino é uma aula de filosofia, antropologia, artes e, sobretudo de delicadeza. Ele não é daqueles artistas ‘não me toque’. Pelo contrário, repete as frases e fala com muita clareza sobre tudo. Com ele, nada fica escondido. Tanto que até as cartas da família viraram uma exposição. Paraíso O paraíso existe e tem nome: Sítio Sabiá, em Bayeux, região metropolitana de João Pessoa. Eu e a equipe da revista fomos recebidas por uma orquestra de pássaros, cigarras e outros animais silvestres além do vento que, na casa do artista, também canta. As notas ministradas por cada pássaro marcou a entrevista na varanda que dá para uma floresta de mata nativa, onde muitas plantas e árvores estão em extinção, a exemplo da Posoqueria Fragantissima.


RIOS DA FALA As mãos íntegras do artista, antes tomadas por intensas pinceladas visuais, agora encontram lugar para afetuosas intervenções nos rios da deliciosa fala, nos caminhos da língua-mater, em torno da contemporânea palavra. Os finos fios da ficção, oscilando entre o legado e a celebração. Os afagos do vento, sobrevivendo às infinitas dores do tempo. Sonho, sol, solidão, liberdade, melancolia, saudade, esperança, renascimento, redenção, cinzas, ressurreição compõem os horizontes de suas cotidianas impressões, de suas largas dimensões. Por claras nuvens e magníficos ciclos José Rufino nos revela os sinceros gestos do seu livre e justo caminhar, as firmes curvas do formidável desenho do seu pensamento, o imenso contentamento da sua esplendorosa colheita de vida e poesia. Juca Pontes


coisa para o campo poético. Não consigo me desligar totalmente. Na verdade, artista não tem férias, não tem horas de folga”, revela. O que deixa feliz José Rufino são as coisas simples da vida. “O convívio com pessoas que gosto, com minhas plantas e livros, as situações inesperadas, a descoberta de lugares misteriosos, sebos, antiquários, bibliotecas, sucatas, jardins, viagens de pesquisa e trabalho, cafés interessantes, boa gastronomia, boas companhias e, especialmente, o trabalho no ateliê”, constata.

O lugar tranquilo para produzir suas obras, uma oficina de apoio e ajudantes. Neste local, juntamente com seus pais, dedica-se ainda à conservação de um fragmento de Mata Atlântica e ao cultivo de centenas de espécies de plantas nativas e ornamentais, bem como à proteção da fauna silvestre. O sítio Sabiá é contíguo a uma reserva de 181 hectares, a Unidade de Conservação Estadual Mata do Xem-xem. Admiração Embora seja um dos mais importantes nomes da arte visual no mundo, José Rufino também tem vários artistas que o inspiram. “São muitos, mas devoto boa parte das minhas decisões conceituais ao alemão Joseph Beuys, ao austríaco Arnulf Rainer, aos brasileiros Hélio Oiticica e Lígia 74

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Clarke, aos artistas da geração da nova escultura inglesa dos anos 80 e tantos outros. Também, e especialmente, ao campinense Antônio Dias, o mais importante artista que a Paraíba já produziu e que foi fundamental para mim, mais pelo exemplo de comportamento e pujança artística do que pelas características do trabalho”.

Casamento com a arte Aos 51 anos, José Rufino revela que optou por se casar com a sua arte.“ Não quis me casar para me dedicar ao que mais gosto: a arte. É o meu grande amor, a minha paixão. Tento organizar o tempo, conciliar trabalho e diversão, o que na realidade termina sendo trabalho e trabalho, já que nunca desligo o aparato de criação. Tudo e qualquer situação termina fornecendo alguma

Amor pela terra Artista conceituado e premiado no mundo inteiro, ele escolheu morar em João Pessoa. “O vínculo afetivo e cultural com as pessoas e a região, a necessidade de ter uma base, um ponto de partida, uma espécie de fonte primária de onde se desencadeia todo o processo de criação. Passei minha infância entre João Pessoa e o engenho Vaca Brava, em Areia, que pertencia a meu avô paterno José Rufino. De alguma maneira, o sítio onde está o ateliê preenche minhas lacunas de recordações daquele período incrível da minha vida”, ressalta Rufino. Apaixonado pelo Brasil, nunca teve vontade de desistir do seu lugar e morar em outro pais. “Desistir do Brasil, nunca. Seria como desistir de mim, da minha própria identidade. No entanto, a dinâmica do trabalho com arte contemporânea, a logística de produção e transporte de obras, a quase ausência de instituições de arte por aqui me fazem, cada vez mais, pensar em ter um segundo ateliê, em São Paulo ou Rio ou mesmo na Europa. Estou sempre em trânsito, viajando para as exposições. Este ano passei 50 dias na Europa, o que me fez sentir uma grande alegria em retornar”.


O PRAZER DE VIVER É TATEAR AQUILO QUE DEIXA A VIDA MAIS INTERESSANTE, INSTIGANTE, DESAFIADORA. É CONVIVER COM GENTE DE PAIXÃO, GENTE QUE GOSTA DE ARTE, LITERATURA, MÚSICA, BONS SABORES, PLANTAS, ANIMAIS; GENTE COMPROMETIDA COM QUESTÕES HUMANITÁRIAS, AMBIENTAIS; GENTE NÃO CONSERVADORA, NÃO REACIONÁRIA, NÃO

COMUM. É IR VIVENDO SEM DEIXAR QUE O COTIDIANO ME ASSOLE, SEM PERDER A ESPERANÇA NA ESPÉCIE HUMANA. É REPROCESSAR MEUS CONCEITOS, DESAPRENDER SEMPRE. AOS 51 ANOS JÁ TENHO CERTEZA QUE TIVE UMA SORTE IMENSA POR TER A VIDA QUE TENHO. NADA MELHOR DO QUE VIVER COM OS SENTIDOS AGUÇADOS PELAS QUESTÕES DA ARTE E DA NATUREZA. JOSÉ RUFINO


RESERVA ECOLÓGICA NA PARAÍBA É UM PARAÍSO DE ESPÉCIES VEGETAIS E ANIMAIS.

Natu reza

VERDES

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m São Mamede, município paraibano vizinho a Patos, há uma propriedade rural de quase 122 hectares, onde são proibidos o desmatamento, a caça e a pescaria e super permitidos o cuidado e a apreciação à natureza. A Fazenda Reserva Verdes Pastos é uma área de preservação ecológica de propriedade do pastor John Philip Medcraft, registrada no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) como área de soltura para fauna, antes presa em gaiolas ou recuperada de traficantes. “Dá-nos imenso prazer em cooperar com o Ibama e a Superintendência de Administração do Meio 76

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Ambiente (Sudema) no processo de libertação de animais silvestres que tinham perdido o direito de viver no seu habitat natural”, comentou John, que é inglês, mas vive no Brasil há 44 anos. Toda a propriedade é território de conservação. Na chegada, encontramos a área social - com casa do administrador, casarão da fazenda e dormitórios para eventos, pavilhão, onde funciona uma igreja evangélica, capela, grupo escolar, playground, campo de futebol, piscina, curral e armazéns. Em seguida, se encontra a reserva ecológica, que inclui as matas ciliares do Riacho do Papagaio, que atravessa a propriedade, as matas ciliares do açude da Reserva e ou-

POR MARIANNA VIEIRA FOTOS ACERVO PESSOAL

tras áreas, principalmente de baixio. “O diferencial da reserva é que nela não entra animal doméstico, como bovinos, ovinos, caprinos e equinos. É muito importante, porque possibilita o desenvolvimento da flora nativa e, assim, cria um ambiente selvagem que produz um habitat adequado para aves, gatos silvestres, raposas, guaxinins, tatupebas e tatus verdadeiros, preás, mocós, timbus,


gambás, saguis, macacos-prego, punarés, morcegos, gias, pererecas, sapos, caçotes, tejus, iguanas, lagartos, bribas, cobras, cágados e jabutis, entre outros animais”, disse o pastor. Na Reserva Ecológica há trilhas para todos os lados, como a “das Craibeiras”, a “das Moringas”, a “dos Eucaliptos”, a “da Pedra da Mulher” e a “do Socó-boi”, onde, segundo John Medcraft, o importante é caminhar em silêncio, usando calçados fechados e calça jeans, chapéu e protetor solar. “Nunca deixar lixo, não mexer em plantas, flores, ninhos ou bichos de qualquer espécie. Sempre há algo de novo na flora e na fauna para ser observado e fotografado. É só prestar atenção e contemplar a natureza com carinho e respeito”, completou. John Medcraft garantiu que há um processo em andamento, numa parceria com engenheiros florestais da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), para enriquecer a vegetação nativa da reserva, plantando uma maior variedade de árvores com milhares de mudas. Entre elas, Aroeira, Angico, Braúna, Ipê-roxo, Canafístula, Cumaru, Cauaçu, Embiratanha. Ingazeira, Jatobá, Juca, Mulungu, Barriguda, Sabonete, Tamboril, Jaramataia, Muquêm, Trapiá, Umbuzeiro, Baraúna, Pitomba, Carnaúba, Coco, Limão e Tamarindo. “E também, na trilha ‘Pedra da Mulher’ estamos desenvolvendo o que chamamos de ‘cactôdromo’, com grande quantidade de cactos ideais para o semiárido”, concluiu. Para visitar a Fazenda Reserva Verdes Pastos é só agendar com o próprio John Medcraft através do telefone (83) 3421-2656, ou fazendo contato via Facebook (facebook.com/john.p.medcraft). SETEMBRO/OUTUBRO DE 2016

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oas-vindas ao paraíso de Orlando, apresentado na Casa Cor Paraíba! A Premium descobriu, na edição que inaugura o evento de design em João Pessoa, um ambiente americanizado. Ao visitante do Florida Room, que recebe a assinatura das arquitetas Julye Pinheiro e Iana Paula, é mostrado o Encore Resort Homes at Reunion, empreendimento na Florida, Estados Unidos, com projeto exclusivo de residências impressionantes para investimento. Na Paraíba, o Encore Resort Homes at Reunion é oferecido pela Seletta Realty, empresa do ramo imobiliário, que tem por representante a corretora Liliane Ferreira. Na Casa Cor, Davi Decampos conversou com a Premium sobre os diferenciais que fazem o empreendimento em Orlando ser mais do que um atrativo turístico, como geralmente são os parques e as compras no lugar. “O mercado de lá é para renda e montamos o empreendimento totalmente focado nisso. Fica a mais ou menos sete

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quilômetros da Disney, dentro de um condomínio que já está há doze anos no mercado. São casas de cinco a treze suítes, feitas para locação e que você também pode usufruir”, adiantou. Usufruir, porque o diferencial do Encore são os serviços de resort. Além das espaçosas residências, equipadas com piscinas, foi desenvolvido um serviço de concierge 24 horas, que cuida de detalhes antes da chegada e após a partida. Compras de mantimentos, manutenção e uma infinidade de serviços também estão à disposição. “Empresa privada, o Encore Capital Management fez recente pesquisa de mercado e detectou a falta no mercado de casas de locação. O primeiro fator foi o serviço. 80% das pessoas do turismo preferem casa, 20% preferem hotel. A casa é mais em conta, só não tinha o serviço. Então o Encore apresenta isso. Transporte para os parques, room service, limpeza, spa, chef de cozinha, compras de supermercado e um parque aquático dentro do empreendi-

mento, que teve um investimento de 20 milhões de dólares, fazem com que crianças e adultos se divirtam como se estivessem num parque da Disney”, disse Davi Decampos, ao contar sobre a atração inclusive de empresas que fazem reuniões anuais, como a ESPN, já cliente Encore, e casais que querem celebrar a união com familiares e amigos por lá. Sobre o mercado brasileiro, Davi Decampos ressaltou a importância de se apresentar o que comprar e onde comprar no exterior. “O Encore chegou no Brasil agora pelo fato de o brasileiro já estar comprando fora. É o segundo maior comprador do Encore. O número um é o americano”, fez a revelação. “Tenho clientes no Sudeste e no Sul, só que o Nordeste tem um poder aquisitivo interessante e pessoas que querem investir”, continuou falando especificamente sobre a região. E é por isso que o principal empreendimento que está sendo comercializando pela Seletta na Paraíba é o Encore Resort Homes at Reunion, “pelo fato de o metro quadrado ser acessível, de ter renda, de não precisar descapitalizar tanto, porque pode oferecer financiamento, e pelo fato de ser em Orlando”, Davi explicou. “É de R$ 4800 a R$5800 o metro quadrado, com acabamentos, piso de porcelanato, granito, armários, piscina, geladeira inox, microondas, banheiros montados... O metro quadrado lá está muito mais barato do que aqui João Pessoa, no bairro do Bessa, por exemplo. Também dispomos de financiamento nos moldes americanos, enorme alavanca para o setor, com baixos juros ao ano e 40% de entrada. Financiamento nos Estados Unidos, hoje, é bem melhor do que aqui no Brasil”, lembrou.


NA CASA COR A união para projetar o ambiente Florida Room resultou num office moderno e tecnológico. Trabalhar fora de casa, mas não longe de casa, é a tendência apresentada. O espaço é uma caixa de vidro com cortinas de água que caem em um espelho d’água. No interior, as cores utilizadas, da bandeira dos Estados Unidos, o uso de carpete e o papel de parede remetem ao estilo corporativo americano, que vem sendo utilizado no Brasil. Outros destaques são os bancos e a mesa fitting, desenhados por Julye Pinheiro, e a possibilidade de ir à Flórida por meio da realidade virtual. “Foi criado esse ambiente porque o ano que vem vai ter a Casa Cor Miami. Então, o conceito é de um quadrado, a água lembra o mar, as cores do ambiente – vermelho, branco e azul – são as cores da bandeira dos Estados Unidos, e a idéia é um home office. Estou impressionado com o público de João Pessoa. O evento está sendo ousado, com o sabor do Nordeste. Oferece espaço para a ousadia, para o leque das cores. A Casa Cor é isso, inovação, peças únicas, que encaixam com o nosso conceito. O Encore é único". Mais informações sobre o Encore através dos e-mails: davi@theencoreclub.com e informacao@theencoreclub.com



Oficina

PARAIBANO DE CAMPINA GRANDE É CRAQUE EM RESOLVER O QUEBRA-CABEÇAS DOS CUBOS MÁGICOS

SPEEDCUBER

campeão

POR MARIANNA VIEIRA FOTO DAIANE SOUZA

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esolver um cubo mágico... O que representa um desafio para muitos, na realidade, é fácil. A garantia quem dá é o speedcuber campeão paraibano Mateus Luna, que ministrou oficina na Expotec 2016, atraindo grande público para o evento de inovação que aconteceu pela segunda vez em João Pessoa (PB), e, na oportunidade, passou dicas exclusivas para desvendar o quebra-cabeças em tempos recordes. Mateus Luna é natural de Campina Grande (PB) e está prestes a se formar em Ciências da Computação pela Uni-

versidade Federal de Campina Grande (UFCG). Foi sediado na própria instituição, em 2012, o primeiro campeonato paraibano de cubo mágico, promovido por ele. “Um sucesso! Vieram pessoas de diversos estados brasileiros”, contou. Na Expotec, ele teve a oportunidade de passar os conhecimentos aos inscritos na oficina, crianças e adultos. “Passei um pouco do que aprendi sobre o cubo mágico durante esses anos e guiei os participantes para que também aprendam a resolver esse puzzle, e quem sabe, se tornarem speedcubers, afinal o esporte está cada vez

mais crescendo no Brasil”, complementou, se referindo à modalidade em que o speedcuber resolve o cubo no menor tempo possível, como em dez segundos, por exemplo. Para resolver o puzzle mais comum – o de seis lados iguais, sendo um de cada cor –, Mateus Luna ensinou um método. Primeiro, deve-se seguir a cor da peça central. Em seguida, procurar movimentar as peças de modo que seja formada uma cruz da mesma cor em cada um dos lados. Só então deve-se movimentar as peças com a finalidade de completar as cores dos cubos. SETEMBRO/OUTUBRO DE 2016

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ALÉM DA CONTRIBUIÇÃO INTELECTUAL, OS LIVROS PODEM SER ELEMENTOS SUPER DECORATIVOS

Objeto

décor LIVROS NO

POR MARIANNA VIEIRA FOTOS DIVULGAÇÃO

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lém de instruir e entreter, os livros podem ser magníficas peças decorativas. São alternativas que tornam os ambientes mais descontraídos, atraentes e, ainda, indiretamente, incentivam o hábito da leitura, visto que uma forma de inseri-los no cotidiano de adultos e crianças é tê-los sempre por perto. E o décor pode dar esse “empurrãozinho”. Alguns dos mais criativos e renomados arquitetos paraibanos concordam que vistosas obras impressas, além da im-

portância que oferece a leitura do seu conteúdo, podem estar inseridos de maneira charmosa na decoração de diferentes espaços. Para os que pretendem incorporar o estilo “chef de cozinha” ao ambiente, os livros ligados à arte de cozinhar se fazem úteis. Para aqueles que gostam de arte, arquitetura e moda, os livros podem ser inseridos em salas de estar, em cima de mesas de centro ou estantes, por exemplo. A cautela na hora de lançar mão do material impresso é necessária para que a compo-

sição do espaço não transmita uma mensagem equivocada. Ele deve ter a “cara”, a personalidade do dono do ambiente. E os livros, como elementos decorativos, também se encaixam nesse conceito, revelando sutilmente um pouco do conteúdo de quem vive no lugar. A arquitetura e a decoração depõem a respeito de quem são as pessoas, como elas pensam, quais são os gostos e os seus hobbies. O ideal é que o ambiente traduza o estilo de vida, aliando conforto, estética e funcionalidade. SETEMBRO/OUTUBRO DE 2016

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Saúde DIOSMAR DIAS

COLHENDO

sorrisos

POR MARIANNA VIEIRA FOTO DANNIEL VICTOR

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uem envereda os caminhos profissionais pela área da saúde já é alguém com sensibilidade aflorada, que busca, através da prática dos conhecimentos, contribuir para o bem do outro. E Diosmar Dias de Oliveira, ou simplesmente Dias – como é chamado pelos amigos –, é um profissional da Odontologia que tem um grande coração. Contamos por quê... Segundo ele, sempre demonstrando ter afinidade com a área da saúde, não teve dúvidas ao optar por ser odontólogo - o sonho da mãe de Dias, a quem ele declara amor, de ter um filho “doutor” também contribuiu para a formação acadêmica. Formado pela Universidade Potiguar (UnP), Dias abriu o próprio consultório em

2012. Desde então, torna mais bonitos e saudáveis os sorrisos dos pacientes – alguns deles são personalidades paraibanas. Hoje, é o profissional à frente da clínica Odontoestima, que tem como slogan “Excelência em odontologia” e fica localizada vizinha ao supermercado Menor Preço, no Bairro dos Estados, na capital paraibana. “Tenho uma equipe de especialistas na minha clínica, onde atendemos todas as especialidades da Odontologia”, disse. “É a Estimateam”, brincou, valorizando o time que tem com ele. Demonstrando pioneirismo, Dias é responsável por trazer para a Odontoestima procedimentos inovadores, com profissionais que são referência. “É o caso do Kybella, procedimento que remove o quei-

xo duplo, a famosa ‘papada’, da bichectomia, que remove a gordura da bochecha, do lifting de nariz e da aplicação de botox, e também as famosas lentes de contatos dentais”, garantiu, lembrando que, na clínica, também promove cursos diversos para os colegas dentistas. Mas o lado humano de Dias pede mais. E o profissional faz mais! O odontólogo tem um projeto social que ajuda crianças carentes. Trata-se do “Sorrir com Saúde – Futuro Feliz”, com o qual, através da parceria com alguns voluntários, são feitas visitas em comunidades e doados kits de higiene bucal e brinquedos para as crianças. E mais: ele também se voluntariou para participar de uma ação da organização Love Together Brasil, em João Pessoa. SETEMBRO/OUTUBRO DE 2016

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Passa rela

MISTER PARAÍBA 2016 VESTIU A COLEÇÃO DO ESTILISTA JOÃO PAULO GUEDES

VÍRUS bons POR MARIANNA VIEIRA FOTO DIVULGAÇÃO DFB

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estilista cearense João Paulo Guedes, que vive em Toronto, no Canadá, voltou à terra natal na 17ª edição do Dragão Fashion Brasil 2016 (DFB), em maio, para apresentar a coleção “Vírus”. Ele tem feito sucesso nas passarelas do país, despontando como uma das promessas da moda internacional, sendo pauta em edi-

toriais de publicações como Vogue Itália, GQ Brasil, Elle Canadá Homem e Fucking Young. “É a segunda vez que participo do DFB. A nova coleção foi inspirada em fotos microscópicas de vírus e bactérias. Se você olhar mais perto esse mundo da ciência, em um microscópio, verá que existe uma beleza secreta atrás das lentes. A minha

tendência é manter a linha de corte”, disse o estilista. Na passarela do DFB 2016, um dos rostos de João Paulo Guedes foi o Mister Paraíba 2016, Marcéu Rodrigues. “É um prazer imenso tê-lo desfilando, vindo da Paraíba”, falou especialmente. Marcéu também desfilou no Moda Campina Grande e no Extremo Fashion 2016 e vai disputou, o Mister Brasil. SETEMBRO/OUTUBRO DE 2016

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Ambi ente OFFICINA MÓVEIS PLANEJADOS

DE LOJA À clínica POR MARIANNA VIEIRA FOTOS DIVULGAÇÃO

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projeto desenvolvido pela arquiteta Bruna Sá, para a clínica do cirurgião plástico Wellerson Mattioli, começou com um desafio: transformar um ambiente único, onde funcionava uma loja de roupas femininas, em uma clínica de cirurgia plástica, com recepção, sala de espera e consultório de atendimento, sala para procedimentos estéticos, setor administrativo e banheiros. Para Bruna Sá, o sucesso na realização de um projeto começa com uma conversa. É quando o profissional da arquitetura

começa a entender quais as necessidades e o perfil do cliente. “Sinto-me feliz quando consigo captar a essência do projeto nesse primeiro contato. É o caminho para que tudo aconteça de acordo com a expectativa”, comentou. “Utilizei portas de correr em madeira de cor clara para dividir e integrar ambientes e as áreas de trabalho, com o objetivo de valorizar o padrão estético e a funcionalidade. Utilizei persianas para dar luminosidade na parte interna da clínica, que, associadas à neutralidade das cores e atemporalidade da ambientação, deram um tom

fino, confortável e aconchegante”, explicou a arquiteta. “Gosto de trabalhar com a Officina Móveis Planejados pelo atendimento diferenciado, por cumprir os prazos rigorosamente, pelo preço justo e pela fidelidade ao projeto. Acho gratificante quando vejo a satisfação do cliente ao ver o trabalho finalizado. É a realização de um sonho, por isso todos acabamos nos tornando grandes amigos”, finalizou Bruna, ao se referir à empresa de móveis planejados, com a qual trabalhou em parceria para executar o projeto arquitetônicoda clínica. SETEMBRO/OUTUBRO DE 2016

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Dança JUSTIN NETO

PERSONAL dancer POR MARIANNA VIEIRA FOTO DIVULGAÇÃO

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le dança, elas dançam. O artista paraibano Justin Neto caiu nas graças das celebridades e virou o personal dancer mais cobiçado da atualidade. Hoje, vive no Rio de Janeiro e soma milhares de seguidores nas redes sociais, que não só curtem fotos e vídeos postados e repostados por ele, como aproveitam para aprender as coreografias e praticar por onde estiverem. Com sequências embaladas pelas músicas do tipo “tem-que-ter” de Beyoncé, Rihanna, Justin Bieber, Anitta e até mesmo dos musicais da Broadway, Justin Neto ministra aulas de dança a personalidades brasileiras e ganhou notoriedade pelo trabalho que é, literalmente, animado. Ele explica que o personaldancer faz treinos de dança particulares para os alunos, da mesma forma que um personaltrainer

monta séries de exercícios físicos individuais. “No meu caso, a dança é a ferramenta para deixar a vida dos alunos mais ativa e saudável”, diferenciou. “Danço desde que me entendo por gente. Entrei na faculdade de Educação Física, me formei no Unipê e trabalho há 14 anos. Antes de morar no Rio, ministrava aulas de dança em academias de João Pessoa, onde estive recentemente nos eventos da Track&Field e também da Fórmula Academia. Foram duas experiências incríveis. Devido à minha agenda, não estou indo a João Pessoa como gostaria. Eu amo a minha terrinha”, disse Justin Neto. Isabeli Fontana, Marina Ruy Barbosa, Deborah Secco, Luma Costa, Juliana Paes e Yasmin Brunet são algumas das alunas do paraibano. “A minha primeira aluna celebridade foi Grazi Massafera.

Acabou repercutindo de maneira bem positiva e o famoso ‘boca-a-boca’ aconteceu. A dança tem esse poder de alegrar e contagiar a vida das pessoas. Sendo assim, a repercussão acaba alcançando um número bem considerável de público, inclusive entre as próprias atrizes e modelos com as quais eu trabalho”, comentou. A aula de Justin Neto dura, em média, uma hora, e ele complementa: “é para quem busca ser feliz e ter uma vida mais ativa. Procuro não focar na indústria do ‘você tem que ser magro a todo custo’, ou algo do gênero. O que busco é que meus alunos se sintam motivados a terem hábitos saudáveis e com isso resultados como: melhora no condicionamento físico, redução de peso, melhora na auto-estima, flexibilidade, sensualidade e outros benefícios. São consequências”. SETEMBRO/OUTUBRO DE 2016

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PLANOS COLETIVOS POR ADESÃO

WWW.CLUBSERV.COM.BR Rua Corinta Rosas 132, Sala 206 Ed. CAAVI - Torre. (Rua ao lado da UNIMED) João Pessoa - PB Cep.: 58.040-190


Estilo

PLUS size

SEGMENTO DE MODA EXPANDE COM MISSÃO DE EMPODERAR CONSUMIDORES

POR MARIANNA VIEIRA FOTOS DIVULGAÇÃO FWPS

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efervescência de marcas que produzem peças de moda “GG” e a realização da edição Verão 2017 do Fashion Weekend Plus Size (FWPS) no Brasil retomam a questão e fazem os consumidores reconsiderarem os estereótipos de beleza. Segundo pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde, em 2015, 52,5% da população estão acima do peso, incluindo um expressivo número de jovens. Neste cenário, o mercado de moda vem se adaptando para atender a esses consumidores, que têm informação sobre as tendências de cada estação, sabem o que querem vestir e não apenas desejam vestir roupas que lhe caiam bem. Neste ano, a empresa que realiza pesquisas segmentadas de

mercado, Iemi, publicou estudo sobre moda plus size, com dados coletados desde 2013. A pesquisa se concentrou no lançamento de coleções de roupas externas femininas e masculinas – tops e bottons, de uso casual ou social –, destinadas a uma fatia da população brasileira que se encontra acima do peso recomendado, mas que, nem por isso, abre mão de se vestir bem. Ao todo, o estudo conseguiu identificar ao menos 492 indústrias de confecção, no Brasil, equivalentes a 2,5% do total dos estabelecimentos em atividade no setor, que já desenvolvem coleções específicas para o segmento, com uma produção anual em torno de 45 milhões de peças em 2015 e receitas levemente superiores a R$ 1 bilhão, só ano passado.

E, sendo assim, o maior e principal evento de negócios de moda GG do país contribui para a disseminação de informações, a exibição dessas coleções das marcas e o comércio de peças plus size, ao promover desfiles, salão de negócios e palestras. Sobre o segmento, Renata Poskus declarou: “são sete anos apostando no plus size, já são 14 edições. É a realização de um sonho, no qual invistimos permanentemente para oferecer a melhor estrutura ao crescimento de um mercado que possui grande potencial, devido ao número de pessoas acima do peso no Brasil, assim como a carência de opções de marcas que ofereçam roupas de acordo com as necessidades dos consumidores”. SETEMBRO/OUTUBRO DE 2016

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Entre vista

JOSÉ GONZAGA SOBRINHO

DA TRIBUNA DA MAIS ALTA CASA LEGISLATIVA DO PAÍS, JOSÉ GONZAGA SOBRINHO - QUE NÃO ESCONDE A PREFERÊNCIA PELO APELIDO DE INFÂNCIA, DECA - FEZ UMA REVELAÇÃO SURPREENDENTE NO DIA DE SUA POSSE NO SENADO FEDERAL: AQUELE MOMENTO ERA, SEM DÚVIDA, O SEGUNDO MAIS IMPACTANTE (E IMPORTANTE) DE SUA VIDA PROFISSIONAL. SEGUNDO? SIM. A “MEDALHA DE PRATA” NO RANKING DE UMA EXISTÊNCIA VIVIDA EM ALTA VOLTAGEM, COLECIONANDO CONQUISTAS E EMPREENDENDO COM OUSADIA. POR ADRIANA BEZERRA FOTOS ACERVO DO SENADOR

desafios

A ARTE DE VENCER

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primeira grande emoção - que merece destaque no pódio particular de Deca - aconteceu na adolescência. Mais precisamente aos 14 anos, quando calçou, pela primeira vez, um par de sapatos. “Eu não podia acreditar que, enfim, eu poderia deixar de andar descalço ou com meus chinelos tão gastos”, lembra Deca, que jamais esqueceria aquela conquista. Nem mesmo quando se postou diante da plateia seleta, composta por seus pares no Senado Federal.

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A revelação das conquistas da adolescência, feita em momento tão especial, revela (por tabela) muito do caráter de José Gonzaga Sobrinho, o garoto que saiu das feiras livres de Cajazeiras (PB) para construir o Grupo Rio do Peixe, um dos maiores conglomerados do segmento atacadista do Brasil, com atuação em cinco estados nordestinos. “Olho sempre para frente, mas não deixo de carregar comigo o meu passado, a trajetória que percorri e tudo o que aprendi nesta jornada”, avalia Deca, que acrescenta: “Só quem

honra a própria história consegue construir um futuro vitorioso”. Neste passado sempre presente está a estreita relação com o pai, Ricardo Luiz de Andrade, de quem - reconhece Deca - aprendeu o bê-á-bá. “Ele me deu as primeiras lições e me apresentou a arte de vender”, reverencia Deca. Os ensinamentos, consistentes, renderam. E foram, mais tarde, lapidados na Faculdade de Administração e nos cursos de pós-graduação que se seguiram, aprimorando o know how profissional em be-


nefício do crescimento e solidificação de seu grupo empresarial. Líder em seu nicho de mercado, continuamente apostando na política de expansão e já projetando os próximos trinta anos da marca Rio do Peixe, Deca chega ao Senado Federal empenhado em marcar sua passagem de forma proativa e pragmática. “Sou um executivo no parlamento e quero colher frutos palpáveis para a Paraíba”, avisa o senador, que diz estar aprendendo muito com a experiência. Será que pretende repeti-la?

Expectativas - e ambições - em relação à política é uma das muitas revelações feitas pelo senador paraibano na entrevista concedida com exclusividade à Premium. No diálogo, ele ainda antecipa o foco parlamentar, as demandas que está levando ao parlamento - extensivas à Esplanada dos Ministérios, que tem recebido muitas visitas suas - e as boas lutas que pretende travar em nome da Paraíba, com foco prioritário no desenvolvimento regional.

Premium - Das feiras à liderança empresarial, do sucesso dos negócios ao Senado Federal, o senhor imaginou, na infância modesta, que trilharia trajetória tão vitoriosa? Deca - Nem em sonho (risos)... De qualquer modo, não gastei meu tempo sonhando. Percorri essa jornada muito acordado, trabalhando exaustivamente para alcançar cada uma de minhas conquistas. Premium - A maior delas é a chagada ao Senado Federal? Deca - A segunda maior, com certeza. Estava honrado e emocionado em minha posse. Premium - Segunda? O que mais pode tê-lo emocionado tanto? O início do Grupo Rio do Peixe? Deca - Este capítulo tem destaque na minha vida, com certeza. Mas é uma emoção vivida por partes, pois eu não sabia, ao abrir as portas do Atacadão Rio do Peixe - um armazém modesto - que ele ganharia a proporção atual. A construção desse empreendimento é uma emoção fracionada, colhida ao longo dos anos. Premium - O que então leva a “medalha de ouro” na vida do empresário e, agora, senador Deca? Deca - Aconteceu aos 14 anos, quando calcei, pela primeira vez, um par de sapatos. Eu mal podia acreditar que, enfim, não andaria mais descalço, ou com meus chinelos tão gastos. Aquela emoção ganha de todas e fiz questão de reportá-la em meu discurso de posse. Premium - Essa revelação dá uma nova dimensão à sua trajetória, sem dúvidas. A maioria das pessoas que o conhece sabe de sua infância modesta, mas certamente não avalia a extensão... Deca - Eu tive acesso à energia elétrica somente aos dez anos. Éramos muito pobres. Mas tamSETEMBRO/OUTUBRO DE 2016

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bém muito trabalhadores. E foi com trabalho que construí essa grande distância entre o menino que fui e o homem que sou. Sou grato a Deus, ao trabalho e aos ensinamentos do meu pai, que me deu as primeiras lições. Premium - E o que levou um empresário de sucesso a entrar para a política? Deca - Sou de uma região economicamente pobre dentro de um Estado pobre, mas isso não quer dizer que não podemos nos desenvolver e gerar desenvolvimento. A minha luta, como tem sido a do senador Cássio, é de manter a cobrança incessante por benefícios para a Paraíba. Premium - E essas conquistas passam por quais ações, no seu entendimento? Deca - Passa, necessariamente, pela proposição de ações que possam libertar as pessoas do desemprego e da falta de renda que a desocupação impõe, além de todas as suas implicações sociais e econômicas. Premium - Estamos avançando? Deca - Acredito que sim. Estamos em vias de resolver um problema histórico que é a falta d´água e temos que aproveitar o próximo momento de retomada econômica do país para que a Paraíba também seja beneficiada. Premium - E o senhor acredita que esse “pulo do gato” paraibano passa pela política? Deca - Sem dúvida. A política é o fio condutor das ações macros. É nesta seara que efetivamente são tomadas as grandes decisões. Ciente de que a Paraíba tem, como Estado, essa missão a ser empreendida, me incentivei a participar mais ativamente da política. Premium - O senhor já decidiu, então, que a passagem pelo 98

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Senado não será experiência única? Qual será o próximo passo? Deca - Esse passo ainda está sendo construído. O que tenho como convicção, hoje, é que dentro de um estado democrático, a política é uma atividade nobre e deve ser praticada por todos que têm comprometimento com a coletividade. Não dá pra ficar parado enquanto milhares de pessoas precisam do “Bolsa Família” para sobreviver. Premium - O know how empresarial pode ser aplicado na política? Deca - Com certeza. Quando falo em geração de empregos, por exemplo, tenho ações concretas para apresentar à Paraíba. As minhas empresas geram milhares de empregos diretos e indiretos. Modestamente, sei como funciona essa engrenagem virtuosa. Premium - O senhor chegou a um estágio em que entende que não é o bastante empreender e gerar empregos para os paraibanos dentro da seara empresarial? Deca - Perdoe se pareço pouco modesto, mas tenho fé e acredito - realmente - que posso ser útil na política com meu estilo mais pragmático, que trabalha com foco em resultados concretos. E, como vivo na Paraíba e não sairei daqui, quero que esses resultados, traduzidos pelo desenvolvimento, seja compartilhado por todos os que querem progredir. Premium - Qual a receita? Deca - O essencial é a cria-

ção de oportunidade, aliada à mão de obra cada vez mais qualificada para os desafios que a economia impõe. Premium - O senhor está substituindo o senador Cássio Cunha Lima, que foi um dos destaques nacionais durante todo o processo do impeachment. Aumenta a responsabilidade? Deca - Substituir o senador Cássio é uma tarefa duríssima, dado o seu comprometimento com a Paraíba e o seu preparo nos debates dos grandes temas nacionais. Devo dizer que o destaque nacional de Cássio tem até facilitado a minha atuação, pois o respeito conquistado também repercute positivamente na minha atuação. Premium - Mas, certamente, deseja imprimir sua marca pessoal... Deca - Sim, claro. Não viverei da colheita desses louros. Até porque eles foram semeados por Cássio. E vou plantar nesta experiência legislativa meu pragmatismo. Sou um executivo no parlamento, quero colher frutos palpáveis para a Paraíba. Essa semeadura passa por apresentação de propostas, cobrança de soluções para nossas demandas. A partir do conhecimento que tenho dos principais desafios da nossa região e com a minha capacidade de trabalho tenho procurado agir objetivando ações efetivas.


A POLÍTICA É O FIO CONDUTOR DAS AÇÕES MACROS. É NESTA SEARA QUE EFETIVAMENTE SÃO TOMADAS AS GRANDES DECISÕES.

UM EMPRESÁRIO DE SUCESSO O empresário José Gonzaga Sobrinho comanda o Grupo Rio do Peixe, cujas atividades foram iniciadas em 1979, em

Cajazeiras. Quatro anos depois, o Rio do Peixe iniciou um arrojado projeto de expansão de suas atividades, passando a atuar como atacadista e distribuidor, atingindo toda a região do sertão da Paraíba e já introduzindo a marca Rio do Peixe nos mercados de estados vizinhos, como Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte, onde ao longo dos anos se tornou a maior empresa do seguimento no Nordeste. Trata-se de um dos maiores arrecadadores de impostos da região e emprega diretamente mais de seis mil trabalhadores.

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UM SENADOR EM MOVIMENTO Focado no desenvolvimento regional, o senador Deca montou, tão logo tomou posse no Senado Federal, uma agenda que contempla demandas e ações com potencial para inserir a Paraíba na rota do crescimento alcançado pelo Nordeste - um fenômeno que avançou na virada da década, foi brecado pela crise econômica, mas deve ser retomado nos próximos anos. “E quando isto acontecer, queremos estar preparados para ampliar nossa fatia no bolo de riquezas da região”, avisa Deca.

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Incursões do senador paraibano:

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1 - Votação de MP que beneficia produtores rurais nordestinos. 2 - Com o senador Cássio Cunha lima. 3 - Com o Ministro das Cidades, Bruno Araújo. 4 Com o diretor do campus de Cajazeiras da UFCG, Antônio Fernandes Filho




Festa

15 ANOS

Beatriz Rabello CUIDADO E ESMERO NOS MÍNIMOS DETALHES. TUDO NA NOITE DOS QUINZE ANOS DE BEATRIZ RABELLO, NO SÁBADO, 20 DE AGOSTO, NO LINDO E ILUMINADO PAÇO DOS LEÕES, EM JOÃO PESSOA (PB), ACONTECEU COM LEVEZA E GLAMOUR. OS ASTROS CONFLUÍRAM E O QUE SE ASSISTIU PELOS CONVIDADOS FOI UMA FESTA CHIQUE, BASEADA NAS TRADIÇÕES, COM UM INCRÍVEL TOQUE DE MODERNIDADE. UMA RECEPÇÃO EMOCIONANTE, ALEGRE E MUITO DIGNA.



A FESTA FOI PARA A JOVEM BEATRIZ RABELLO. ENTÃO ESTIVERAM REUNIDOS MUITOS AMIGOS DA ANIVERSARIANTE NA NOITE. FOI MUITA CURTIÇÃO! O SOM FICOU POR CONTA DE PROFISSIONAIS TOPS, COMO OS DJS NANDO DU B E E-DOUBLE. “TODA DIVERSÃO JÁ FICOU NA MEMÓRIA”, GARANTIU, RADIANTE, A ANIVERSARIANTE.

AS IMAGENS DA FESTA DOS 15 ANOS DE BEATRIZ RABELLO ESTÃO GUARDADAS PARA SEMPRE ENTRE TODOS OS QUE COMPARTILHARAM DO MOMENTO JUNTO À DEBUTANTE. FOI A DESCONTRAÇÃO QUE TODOS SONHARAM VIVER... FOTOS CAIO LIMA, DALVA ROCHA E DEIVID RIBEIRO


BEATRIZ FOI UM PRESENTE QUE RECEBEMOS DE DEUS E TEMOS QUE COMEMORAR PARA SEMPRE.


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Festa


BODAS DE OURO II

Ginaldo e Leuza Valadares

FOTOS FERNANDO BRONZEADO


A RENOVAÇÃO DOS VOTOS FOI ESPECIAL, COM PALAVRAS DO PADRE TIARAJU DANTAS, SOBRINHO DE LEUZA VALADARES.




O CASAL DANÇOU A TRADICIONAL VALSA E CELEBROU AS BODAS NUM MOMENTO DE HARMONIA COMPARTILHADO COM TODOS OS CONVIDADOS.


Clicks! 1 - Giovana Pecorelli Valadares encantou a todos com sua música no violino 2 - O casal Alysson Soares Ribeiro e Rafaella Pecorelli Valadares Ribeiro 3 - Rinaldo Valadares e a esposa, Giacomina Pecorelli Valadares 4 - O casal Alessandro Figueiredo Valadares e Patrícia Luna Gouveia Valadares 5 - Os irmãos Alessandro Figueiredo Valadares Filho e Ana Caroline Gouveia Valadares 6 - A irmã de Leuza Valadares, Noelma Figueiredo, ao lado do pequeno Ezequiel Filho, conduziu as alianças



Clicks! 7 - Ginaldo Valadares recebe o carinhos dos filhos Rinaldo e Alessandro Valadares 8 - Jarliston e Liduína Rufino 9 - Thalles e Carla Azevedo 10 - César Campello entre as fihas Gabriella e Vitoria Campello e o casal Mauro e Volga Dantas 11 - Liduína Rufino recebeu homenagem de Leuza Valadares 12 - Ginaldo e Leuza Valadares com o filho Rinaldo, a nora Giacomina Pecorelli Valadares, as netas Giovanna e Rafaella, esta com o esposo, o médico Alysson Soares Ribeiro e o bisneto Vicenzzo Pecorelli Valadares Ribeiro 13 - O encanto da festa esteve nos momentos de união em família 14 - Gustavo Troccoli Negreiros e Ana Caroline Valadares, Laura Montenegro e Alessandro Figueiredo Valadares, os anfitriões e o casal Alessandro e Patrícia Luna Gouveia Valadares 15 - Leuza Valadares entre os filhos queridos 16 - Leuza Figueiredo Valadares com as noras Giacomina Pecorelli Valadares e Patrícia Luna Gouveia Valadares



Festa


15 ANOS

Maria Clara Farias Liosa e Ronald Farias acertaram em tudo na comemoração dos 15 anos da filha Maria Clara, ocorrida na Pink Elephant, em João Pessoa. Focaram em tudo que a aniversariante desejava: balada com a música de Ramon Schnayder e Pedro Chefe e, na pista, muitos teens. Orgulhosos, os pais convidaram um seleto grupo de amigos para dividir a emoção de celebrar o debut da filha. A Premium mostra, nesta edição, os melhores momentos que embalaram uma das festas de quinze anos mais bonitas do ano. FOTOS CAIO LIMA


Festa


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Fragrân cia

JUDSON FAHEINA

UM TRIBUTO À FEMINILIDADE BRASILEIRA Uma pedra preciosa transformada em líquido. Uma joia transmudada em perfume. Assim é Omnia Paraíba, o mais novo perfume da casa Bvlgari, criado em homenagem ao Brasil. Lançado em 2015, o perfume acaba de chegar a essas paragens tupiniquins com a missão de se tornar o mais vendido da famosa maison na América Latina. Idealizado a partir da beleza incomparável da turmalina paraíba, a pedra preciosa mais rara do mundo, o Omnia Paraíba é a sétima fragrância da coleção Omnia de Bvlgari, inspirada sempre em pedras preciosas. A turmalina paraíba foi descoberta na região de Santa Luzia (PB), no distrito de São José da Batalha, em 1980, quando se exploravam minas de calcário. Até então, acreditava-se que se tratava de uma simples variação da coloração da turmalina comum. Quando enviada a amostra para o Instituto de Gemologia da América, nos Estados Unidos, selou-se a compreensão de que se tratava de uma nova espécie de turmalina, rica em cobre, que lhe dava a coloração ímpar azul-esverdeada, nunca antes encontrada em nenhuma outra gema, e a impres-

são de irradiação de luz, tão forte é o brilho. A designação “paraíba” foi dada em homenagem ao estado onde a pedra foi encontrada. Atualmente, existem apenas cinco jazidas em todo o mundo: uma na Paraíba, duas no Rio Grande do Norte, na cidade de Parelhas, e duas na África, em Moçambique e na Nigéria. A raridade da pedra se dá em razão da ínfima quantidade de sua extração: 20 mil quilates contra 480 milhões de quilates de diamante, por ano. O criador da fragrância foi o renomado perfumista espanhol Alberto Morillas, que esteve no Brasil visitando as jazidas de turmalina paraíba e percorreu toda a costa, desde a Lagoa dos Patos (RS) até Barreirinhas (MA), em busca dos ingredientes que comporiam o perfume. O grande lance olfativo se deu quando o perfumista chegou ao sul da Bahia e se deparou com uma plantação de cacau. Ali estava selada toda a pirâmide perfumística pretendida. O “perfume-joia”, como é chamado pela própria Bvlgari, pertence à família dos florais-frutais, exalando, inicialmente, notas de laranja amarga de Curaçao e maracujá, evo-

luindo para as notas de flor de maracujá e gardênia do Brasil, culminando com os acordes de vetiver mesclados com sementes de cacau. A fragrância é uma fusão olfativa alegre, cativante, inebriante e magnética, que retrata muito bem a mulher brasileira, dona de um espírito exuberante que transborda charme, leveza e sensualidade. O frasco do perfume representa dois elos da corrente Omnia, que se entrelaçam em vetores opostos, significando o “todo”. Numa interpretação romântica, poder-se-ia dizer que as curvas do frasco simbolizam as eternas “ondas” do calçadão de Copacabana. Em suma, Omnia Paraíba é um perfume para marcar em definitivo a memória olfativa da mulher brasileira, numa homenagem singular de Bvlgari ao Brasil.

JUDSON FAHEINA É JUIZ DE DIREITO E ESTUDIOSO DE PERFUMOLOGIA.

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PREMIUM

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Festa

TRACK&FIELD E NAU LANÇAM

Menu Fit

Uma super parceria entre marca esportiva Track&Field e o Nau garantiu novidades ao cardápio do restaurante. Durante os meses de setembro e outubro, em João Pessoa (PB) e Natal (RN), serão servidas entradas, pratos principais, sobremesas e sucos leves, opções sem glúten e sem lactose, para os adeptos de um estilo de vida saudável. Na capital paraibana, foi promovido um almoço degustação para um seleto grupo de formadores de opinião e a Premium traz o registro. FOTO VINÍCIUS CHAVES



Saúde

ORLANDO SCHULER DE LUCENA

A PERDA AUDITIVA NA TERCEIRA IDADE Com as mudanças e significativas melhoras nas condições de saúde pública, assistência social e maior desenvolvimento socioeconômico do país, percebe-se um natural processo de envelhecimento populacional, associado ao aumento da expectativa de vida. Consequente a isso, ocorre uma maior prevalência de diversas patologias específicas dos idosos, e dentre estas, destaca-se a Presbiacusia, que é a surdez decorrente do envelhecimento das vias auditivas. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que a Perda de audição afete, aproximadamente, 11% dos pacientes entre 44 e 54 anos. Este percentual sobe para 25% entre as pessoas de 55 e 65 anos, e chega a quase 50 % acima de 70 anos. Presbiacusia é uma doença multifatorial, caracterizada pela perda progressiva da audição em ambos os ouvidos ao longo da vida. Apesar do fator genético ser o principal envolvido, outros podem contribuir com a aceleração desse processo, como a exposição crônica a ruídos, alguns medicamentos, infecções, tabagismo, hipertensão e Diabetes. Um achado comum em pacientes com perda de audição é

uma hipersensibilidade paradoxal a sons altos. Os idosos podem se queixar de que os sons tornam-se muito altos quando estão na verdade em níveis que são facilmente tolerados por pessoas com audição normal. As pessoas imaginam que precisam falar muito alto para que idosos com algum grau de surdez possam ouvi-las. Ao gritarmos, as vogais de frequências baixas são amplificadas, enquanto as consoantes permanecem inaudíveis, o que pode ser muito desconfortável para o ouvinte. Entretanto, na prática diária, observa-se que a presbiacusia quando não reconhecida e tratada pode levar a importantes consequências, como o isolamento social progressivo, indivíduos introspectivos e até mesmo a importantes quadros depressivos. Em estudo recente, publicado pela Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP concluiu-se que mulheres idosas com perda auditiva apresentavam uma maior relação com quadros depressivos, esse mesmo artigo demonstrou que após iniciarem o uso de próteses auditivas esse grupo de idosas melhorou significativamente a qualidade de vida, diminuindo também os sintomas e os pensamentos depressivos.

Uma forma prática de identificar se o idoso está evoluindo com algum grau de perda auditiva é observar situações simples do dia a dia, como dificuldade de participar de conversas ou falar ao telefone, sensação de que não consegue compreender as palavras, necessidade de aumentar o volume da TV ou rádio,dificuldade para localizar uma fonte sonora. Diante dos primeiros sinais ou sintomas de perda auditiva, o idoso deve ser encorajado pelos familiares a procurar um Médico Otorrinolaringologista, que poderá, através de modernos exames, diagnosticar e quantificar a perda auditiva e suas causas. Dessa forma, escolhe-se, de forma mais eficiente, a melhor terapêutica para cada caso, variando desde uma simples lavagem de ouvido para remoção de cerúmen, até o uso de modernas opções de aparelhos que atenuam e compensam os diferentes graus de perda auditiva.

ORLANDO SCHULER DE LUCENA MÉDICO OTORRINOLARINGOLOGISTA DA CLÍNICA DE OTORRINO AUDITON-PB. CONTATO: ORLANDO_SCHULER@MSN.COM

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PREMIUM

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Festa

GUSTAVO RABAY

Posse na APLJ O advogado paraibano Gustavo Rabay, filho dos médicos Francisco Guerra e Gisélia Rabay Fernandes, tomou posse na Academia Paraibana de Letras Jurídicas (APLJ), na cadeira de número 36, cujo patrono é Abelardo Jurema. Na solenidade, conduzida pelo presidente da APLJ do Estado da Paraíba, jurista Ricardo Bezerra, foram comemorados também os 39 anos da entidade. Sobre a entrada na Academia, Gustavo Rabay declarou: “agradeço aos meus pais, aos meus colegas advogados e ao presidente Ricardo Bezerra. Ingressar nesta casa, que teve o ilustre Afonso Pereira como fundador, é motivo de grande satisfação para toda a nossa família”. FOTO MESSINA PALMEIRA



Compor tamento

FABIANO MOURA DE MOURA

VAI CASAR ?

E

ntão chega a hora em que se decide: vamos casar! No primeiro momento, tudo é pura alegria! O sonho parece estar mais perto do que nunca! Maravilha! Hora de combinar com os pais e comunicar a novidade aos amigos. Depois, em meio a tudo de bom, começa a rolar o estresse: qual data é possível? Será que tem vaga no salão de festa? E na igreja? Quem vamos chamar? Quem serão os padrinhos? Quanto vamos gastar? Qual vai ser a banda? E a lua de mel? Não demora e contrariedades começam a surgir. Não raro se vê uma angústia dos noivos e dos seus familiares quanto à festa... Por vezes, há até ciúmes entre as famílias. É preciso ter muita calma nessa hora! Muitas “emoções” permeiam este momento. A ansiedade e a angústia aparecem com frequência. Chegam com suas provocações do tipo: “será que vai dar certo? Eu queria tanto que fosse assim, mas não tenho como... E agora? A família dele(a) quer assim, mas eu quero de outro jeito”. Os preparativos para o casamento são um campo minado de “bombas” que podem estourar a qualquer hora. É preciso saber desativá-las.

Não há um costume de os noivos serem preparados para viver esse momento que vai desde a preparação da festa, a vivência da própria festa e os primeiros dias de casados. Cuida-se de todo detalhe exterior. Capricha-se. Mas esquece-se de cuidar do essencial: a relação entre os noivos e os familiares de um e de outro. A emoção desses instantes marcará a vida do casal e definirá a dinâmica do relacionamento. Não é raro surgirem brigas quanto à definição de como vai ser a festa. É visível o sofrimento decorrente do medo de que a festa não saia a contento. A lua de mel e a vivência dos primeiros dias em casa são, pois, definidores do modelo de convivência do casal. Tenho estudado este assunto e ouvido relatos de pessoas que, depois de décadas de casadas,

nunca esqueceram gestos positivos e negativos desses momentos. Cuidar da relação neste instante especial da vida é mais importante que tudo. Para todos os convidados, a festa dura algumas horas, mas para o casal dura muito mais. São instantes que se eternizam. Portanto, se você vai casar, cuide deste “detalhe”: cuide de vocês, porque a festa que nunca acaba é aquela que acontece dentro da gente. É justamente ali que o casamento acontece neste mistério profundo e sobrenatural chamado amor!

FABIANO MOURA DE MOURA É PSICÓLOGO CLÍNICO. CONTATO: (83) 3031-1662 | 99990-0123

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PREMIUM

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Festa

JOSÉ LOUREIRO LOPES

Novo membro do CNE O Centro Universitário de João Pessoa (Unipê) comemorou a posse do professor José Loureiro Lopes, um dos fundadores dos Institutos Paraibanos de Educação Ipê, como membro do Conselho Nacional de Educação (CNE), órgão máximo do sistema educacional brasileiro, no dia 11 de julho, em Brasília. Ex-secretário de Educação do Governo do Estado, foi nomeado por ato da presidência entre os 12 conselheiros. Ele é o único paraibano a ocupar honrosa posição na cúpula da Educação brasileira atualmente, cinquenta anos depois de Demerval Trigueiro, e deverá integrar a Câmara de Educação Superior por quatro anos. Natural de Piancó, Sertão da Paraíba, José Loureiro considerou que neste momento da vida profissional e acadêmica é oportuno estender a uma parcela maior da sociedade brasileira a experiência e os conhecimentos de educador. O agora conselheiro compareceu ao evento acompanhado de sua esposa, Marília de Medeiros Lopes, e do pesquisador institucional do Unipê, José Augusto Padilha. FOTOS MESSINA PALMEIRA


Clicks! 1 - O casal José Loureiro Lopes e Marília Medeiros Lopes entre Iara Medeiros, Thiago Pacheco Medeiros e Jussara Medeiros 2 - José Loureiro Lopes, José Mendonça Bezerra Filho e José Augusto Padilha 3 - O professor José Loureiro Lopes entre o ministro da educação, José Mendonça Bezerra Filho e deputado Rômulo Gouveia 4 - O ministro da educação, José Mendonça Bezerra Filho e José Loureiro Lopes entre colegas do CNE


Festa

FLÁVIO COLAÇO

Aniversário e livro O Centro Universitário de João Pessoa (Unipê) promoveu evento para celebrar o aniversário de 88 anos de um dos associados fundadores, o professor Flávio Colaço Chaves, na Sala dos Colegiados da instituição, em Água Fria, no mês de julho. Ele, que, em parceria com Afonso Pereira da Silva, José Loureiro Lopes, José Trigueiro do Vale, Manuel Batista de Medeiros e Marcos Augusto Trindade, idealizaram e fundaram os Institutos Paraibanos de Educação (Ipê), no ano de 1971, é licenciado em Filosofia, pela Unicap-PE e em Teologia, pela Universidade Gregoriana de Roma. Flávio Colaço é, ainda, bacharel em Direito Canônico pela mesma Instituição e bacharel em Direito, pela UFPB. Na ocasião, o professor lançou o livro “Espaços e Pessoas da minha vida: uma fotobiografia”. A mesa de honra foi composta pela reitora do Unipê, Ana Flávia Pereira Medeiros da Fonseca, pelo médico Manoel Jaime, pelo autor e pelo professor Paulo Andriola. FOTOS MESSINA PALMEIRA E ACERVO DO ESCRITOR


Clicks! 1 - O público que prestigiou a data especial 2 - Flávio Colaço entre as professoras Vera Medeiros e Clemilde Pereira 3 - Entre as filhas, Ana Flávia Nóbrega Chaves e Ana Maria Nóbrega Chaves Guerra, o genro, Ronaldo José Guerra e os queridos netos 4 - Com Paulo Padilha, professor Loureiro e a esposa Marília Medeiros Loureiro 5 - Pai e filha no momento especial 6 - Ana Flávia, Clemilde e Daniella Pereira


portal

Celino

Neto.com.br JÔ CARVALHO

MULHERES ESTRELADAS DA LINHA DE FRENTE DA SOCIEDADE CAMPINENSE: FABÍOLA BARRETO, HARDILUZIA BOTELHO, ROSSELINNE PEREIRA, GIOVANNA ARRUDA COSTA E ANNELISE MENEGUESSO JÔ CARVALHO

Estreia Foi com imenso prazer que eu aceitei assinar uma coluna na revista Premium, uma publicação consolidada e número um de seu segmento na Paraíba. Com o intuito de que este espaço se torne uma extensão da nossa coluna diária no jornal Correio da Paraíba, minha missão é destacar aqui os melhores eventos e as personalidades que fazem a sociedade de Campina Grande. Agradeço mais uma vez a confiança da diretora executiva do Sistema Correio de Comunicação, Beatriz Ribeiro, e do empresário Roberto Cavalcanti. Temos muitas novidades e assuntos quentes para compartilhar com os leitores da Premium! 140

PREMIUM

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A QUERIDA DAMA MARIA ALVES DE ANDRADE FESTEJOU A PASSAGEM DE SEU ANIVERSÁRIO DE 80 ANOS E RECEBEU O CARINHO DO MARIDO, FRANCISCO ANDRADE, E DE SEUS FILHOS: CARLINHOS, RAWLSON, ROMUALDO, ROSANA E ROSEANE ANDRADE

Comemoração Uma linda festa no Espaço Maria, da Quinta da Colina Maison, marcou o aniversário de 80 anos da querida matriarca Maria Alves de Andrade, que celebrou a dádiva da vida ao lado de toda a família e de grandes amigos. A noite também foi especial para lembrar os 60 anos de casamento - Bodas de Diamante - de Maria Alves e Francisco Andrade, com o casal agradecendo a Deus pelas conquistas alcançadas nesta longa vida a dois. Momento de muita alegria e emoção!


PAULO SIDNEY

Expectativa O médico Fábio Lima e sua esposa, Elisama, serão anfitriões de grandiosa festa no Palácio das Nações, em Campina Grande, no dia 29 de outubro. O casal receberá convidados para comemorar o aniversário de 15 anos da filha, Anna Rebeca Lima. Com certeza será uma noite inesquecível para a jovem debutante!

Agenda

O conceituado advogado campinense Thélio Farias se prepara para lançar o livro infantil que escreveu com o filho, Gabriel. “O Menino de Pijama” será apresentado no dia 24 de setembro, às 16h, na livraria Nobel de Campina Grande. JÔ CARVALHO

DANIELA BENICIO, MÔNICA MELO E JULIANA BENICIO

Encontro

RIBANA E MANOEL GONÇALVES

De nova idade Nomes ilustres da sociedade campinenses estiveram no Is Ristô para abraçar o querido Manoel Gonçalves, que comemorou a passagem de mais um aniversário. A festa foi maravilhosa, com todos os detalhes escolhidos com muito bom gosto por sua esposa, Ribana Gonçalves. Ótima oportunidade para festejar a vida ao lado de um casal muito estimado por todos!

Para comemorar o destaque recebido pelo escritório Benicio Melo Arquitetura e Design na mais recente edição da na badalada revista Kaza, Daniela Benicio, Juliana Benicio e Mônica Melo promoveram o Lounge BM, evento que reuniu seleta lista de convidados em Campina Grande. A noite agradabilíssima e marcada por muitos brindes ao merecido sucesso delas!

Fashion Os holofotes do mundo da moda se voltaram para os Estados Unidos neste mês de setembro, por causa da New York Fashion Week. Vale ressaltar que um campinense brilhou por lá. O estilista A.Z Araújo, que faz muito sucesso na moda internacional, apresentou nova coleção swimwear durante o evento On Trend Experience, no 40/40 Club, e foi super aplaudido. SETEMBRO/OUTUBRO DE 2016

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Messina

Palmeira.com.br

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- A gestora de Turismo do Sebrae, Regina Medeiros, na foto com o marido, Luiz Alberto Amorim, vai participar da mesa-redonda promovida pela Abrajet-PB, no dia 21 de outubro, no Festival de Turismo de João Pessoa, e o tema será o nosso ponto extremo oriental, a esquecida e abandonada Ponta de Seixas.

2 - Pais exemplares, Hulk e Iran Araújo promoveram festa de aniversário para os filhos mais velhos. Como não poderia ser diferente, o tema da festa era “Ian e Tiago Futebol Club”, numa homenagem ao pai. Claro, não faltou animação na noite e integração entre familiares e amigos próximos. Detalhe: os presentes dos aniversariantes foram cestas básicas para doação a carentes.

3 - A artista plástica Celene Sitônio (na foto com Nereusa Nery), referência na arte em peças de couro, está com loja no Maison D’Etoile, em Tambaú. Fantásticos colares, brincos, pulseiras e adereços são encontrados na Etnia Brazil.

4 - A jornalista alagoana Jacira Leão foi uma grande anfitriã para a sociedade de Maceió e jornalistas da Associação Brasileira de Imprensa e Mídia Eletrônica (Abime). Esta colunista, - na foto com Vera Tabach e a Jacira - foi premiada na noite pela 142

PREMIUM

SETEMBRO/OUTUBRO DE 2016


atuação na imprensa paraibana, com o Troféu Jandira Leão. Da Paraíba, presenças dos casais Alberto Jorge e Patrícia Sales e Fernando e Irene Figueiredo.

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A Abrajet-PB festeja, no dia 16 de setembro, trinta anos. Além da comemoração, a entidade, presidida por esta jornalista, faz a entrega do Troféu Waldemar Duarte e da recém-criada Comenda Wills Leal. Nesta primeira edição da Comenda, que terá escultura criada pelo artista plástico J. Maciel, na foto com José Farias, esta colunista e Romero Rodrigues vão agraciar as personalidades: o presidente da Fecomércio, Marconi Medeiros, a jornalista Sônia Iost de Freitas e o empresário Ermano Almeida.

6 - Os jovens Kalina Palmeira Melo e Bruno Azevedo são, agora, marido e mulher. Eles casaram no civil, dia 17 de agosto, e recepcionaram convidados com jantar no Class Nord Tambaú. A escritora Balila Palmeira, ao longo dos 90 anos, ficou feliz em ver a neta realizar um dos maiores sonhos.

7 - A XXV Exposição Nacional de Pintura em Porcelana, que aconteceu no mês de agosto, no hotel Verde Green, em João Pessoa, reuniu a nata da classe artística paraibana que usa a técnica milenar. A artista plástica Eurides Lima se destacou com mesa que teve uma linda e original peça ao centro. SETEMBRO/OUTUBRO DE 2016

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Abelardo Jurema

Hotel Manaíra

Parada Obrigatória

O tabelião e empresário Sérgio Albuquerque está na expectativa da inauguração do Hotel Manaíra, prevista para o início de novembro. Com projeto dos arquitetos Flávio Lessa e Leila Azzouz (interiores), o hotel vai ter 350 leitos, entre eles uma suíte com 65m² para noivas e debutantes. Outro diferencial do empreendimento hoteleiro, que está sendo erguido na avenida shopping Edson Ramalho, onde funcionou a antiga sede do cartório Decarlinto, é um espaço dedicado para realização de aniversários e casamentos.

O arquiteto Germano Romero retornou à grade da Rede Correio de Televisão (RCTV), canal 27 da Net Digital, com o programa sobre viagens “Parada Obrigatória”, inspirado no quadro que se inseriu no “Cá Entre Nós”, apresentado por Rose Silveira durante um bom tempo. O “Parada Obrigatória” estreou com nova edição e está sendo exibido às terças-feiras, às 22h, com matérias sobre os melhores destinos turísticos do mundo.

Medalha

Badajoz O premiado jornalista Rogério Almeida, ex-presidente da Abrajet-PB, e esposa dele, a professora Yluska Quesado, estão em temporada de estudos na Província de Badajoz, na Espanha, onde desfrutam da tranquilidade da região, que é mundialmente conhecida pelas Terras de castelos, vilas históricas, arte e gastronomia.

Casa Nova A Dermatologista Zuleika Andrade está comemorando o sucesso na sua nova clínica no Eco Medical Center Cartaxo, numa superestrutura com o que há de mais moderno para atender todas as áreas da Dermatologia Clínica, Cirúrgica, Estética e Laser. O projeto foi do arquiteto Márcio Catão. 144

PREMIUM

.com.br

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O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), paraibano de Católe do Rocha, Herman Benjamin, foi homenageado com a Medalha de Mérito Governador Antônio Mariz, a mais alta comenda conferida pelo Governo da Paraíba em reconhecimento à sua contribuição ao desenvolvimento do nosso Estado, além dos seus relevantes serviços prestados ao Poder Judiciário brasileiro, sempre compromissado com a ética. O evento aconteceu no dia 11 de agosto, Salão Azul do Palácio da Redenção.

Expansão

O empresário Cley Miranda não para de investir no crescimento de O Mundo das Tintas. Após inaugurar loja conceito na Avenida Edson Ramalho, expande as atividades agora para a Estrada de Cabedelo, onde deve inaugurar em novembro uma mega loja com atacado e varejo.


Crônicas O juiz de direito e escritor Onaldo Rocha de Queiroga lançou, no último dia 2 de agosto, na Fundação Casa de José Américo, o seu oitavo livro, “Veredas do Eu”, uma coletânea de crônicas publicadas no Correio da Paraíba. A obra, que tem prefácio do pastor Estevam Fernandes, foi editado pela Prazer de Ler e têm ilustrações de Cláudia Massa. Na ocasião, o poeta repentista Oliveira de Panelas e o músico Beto Brito fizeram apresentação artístico-cultural.

Liturgia do fim A escritora Marília Arnaud recebeu o prestígio dos amigos, intelectuais e familiares na noite de autógrafos de seu segundo romance, Liturgia do Fim, realizado no último dia 12 de agosto na Usina Cultural Energisa, na capital. Com selo da editora Tordesilhas, o livro teve apresentação da premiada escritora Maria Valéria Rezende.

Casamento Um dos grandes eventos sociais da temporada social será o casamento de Lalu Lins e Humberto Soares de Oliveira Neto, filhos de Cecília e Arnaldo Lins, e Alessandra e Clodoaldo Soares de Oliveira, que acontecerá no dia 1º de outubro, no Mosteiro de São Bento, no Centro, seguindo-se de elegante recepção nos jardins da mansão dos pais no noivo, no Bessa. SETEMBRO/OUTUBRO DE 2016

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Look Luxo

"FRAÇÕES QUE ME COMPLETAM, UM TODO QUE ME FAZ INTEIRA!" THAYSE GOMES VESTE CRIAÇÃO DE ALESSANDRA SOBREIRA NO CLIQUE DE CAIO LIMA




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