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Sumário
06 ORIENTISTAS EM FOCO Nesse mês o Orientistas em Foco irá abordar os tipos de orientação mais praticados pelo Brasil
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25 ANOS DA FPO
ATLETA DESTAQUE
Conheça um pouco da história de 25 Anos da Federação Portuguesa de Orientação
Conheça Gelson Andrey Campeão Panaraense de Orientação 2015
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48 SEM PALAVRAS Alguns dos melhores registros sobre Orientação pelo Brasil.
ATLETA DESTAQUE ESPECIAL Conheça a atleta multicampeã que conquistou o campeonato SulÁmericano de Orientação 2015 Letícia Saltori Fo
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Conra mais uma dica mensal do nosso amigo Riceler, sobre treinamento para orientista
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DICAS TREINAMENTO
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Conra o artigo, escrito por Raul Friedmann, sobre a construção da Pista Permanente no Câmpus Curitiba DA UTFPR
Acompanhe as dicas do nutricionista Rafael Soares, sobre os cuidados para não exagerar nas festas de m de ano.
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PISTA PERMANENTE
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DICAS DE NUTRIÇÃO
24 COMO FOI !!
44 POR TRÁS DAS LENTES
Conheça Odete Rech umas das famosas fotógrafas/orientistas Veja a cobertura dos principais que sempre nos presenteia com eventos de orientação belas fotos ocorridos entre os meses de novembro e dezembro.
Editorial Já estamos em nossa revista de número 4, estamos muito alegres com a recep vidade e da aceitação que a revista está recebendo de todos vocês Orien stas. Agradecemos a todos que nos enviaram mensagens de elogios do nosso trabalho, como também as crí cas, onde sempre procuramos assimilar para que con nuamos fazendo um trabalho de qualidade para vocês. O mês de dezembro é o mês de comemorações, tanto pelos encerramentos dos campeonatos por todo Brasil , tanto pelas confraternização e fes vidades de fim de ano. Com isso o nosso prisma colocou o seu goro e foi comemorar mais um mês de sucesso. O mês de dezembro ficou marcado pela realização do Campeonato Sul-Americano de Orientação 2015, com a par cipação de mais de 400 atletas, o SAOC foi realizado no estado de Rio Grande do Sul, num belíssimo cenário, com florestas de pinhais, da região de São Francisco de Paula. Confira o que melhor aconteceu, veja também algumas poucas das milhares de imagens registradas, para ilustrar um pouco de como foi o evento. Destacamos os mapas do longe e médio elite. Para homenagem do mês de dezembro o Atleta Destaque Especial será o campeã da categoria Elite Feminino do SAOC, a atleta da seleção brasileira de Orientação, Le cia Saltori. O Atleta Destaque também será para o campeão da elite masculina do Campeonato Paranaense de Orientação 2015, o atleta Gelson Andrey. Veja também, na edição desse mês, o que ocorreu de melhor nas etapas realizadas em novembro/dezembro por todo o pais. Esse mês traremos uma matéria super interessante, o ar go escrito pelo nosso amigo Raul Friedmann e professoras da UTFPR, sobre todo o processo de criação até a inauguração da pista permanente do Câmpus de Curi ba da UTFPR, vale a pena conferir. Destacamos também uma matéria produzida por nosso amigo português, detentor do blog Orientovar, que nos escreveu belíssimas palavras para nos contar um pouco dos 25 anos da Federação Portuguesa de Orientação. Com o sucesso da uma coluna “Por trás das lentes”, onde destacamos a cada mês e contamos a história de vida de fotógrafos/orien stas, este mês traremos a história da Odete Rech. A Revista ainda contém uma entrevista super especial com o atleta Francisco Pamplona, o papai noel da orientação brasileira; dicas de saúde e treinamento sico; coluna do Junior Dias, destacando os pos de orientação pra cadas no Brasil; cobertura das etapas que aconteceram durante o fim de novembro e inicio de dezembro e muito mais. Sempre esperamos mais e mais sucesso... mas o sen mento de toda a equipe é que todo o nosso trabalho seja recompensado com a sa sfação de todos vocês. Para isso contamos com a vossa ajuda em sempre divulgar, compar lhar, espalhar para todos os amigos e parentes que são adeptos ou não à orientação, para que a cada clique a cada acesso possamos pode passar a nossa mensagem e nosso amor pela ORIENTAÇÃO.
Jeremias Araújo Diretor de Edição
Expediente Equipe Edição Jeremias Araújo Rafael Dantas José Alexsandro
Diagramação, arte e criação Jeremias Araújo - jqcaraujo@gmail.com
Colaboradores Riceler Waske - waske.preparadorfisico@gmail.com Junior Dias - otaciliodias-bsb@hotmail.com Márcio Saraiva - fcomevs@gmail.com Andre Pivoto - pivotoandre@gmail.com Alvim José Pereira - alvim2812@gmail.com Robson Mendes - robson_dpm@hotmail.com
Marcia Libânea - marciaventuras@yahoo.com.br Joaquim Margarito - orientovar.blogspot.com.br José Otávio - academiadeorientacao@uol.com.br Sara Dornelles - saradornelles@gmail.com Plínio Costa - plinio.pr@gmail.com
Contato Comercial: (83) 9-8878 - 6800 Email: revistaprismagazine@gmail.com Site: www.primagazine.com.br Facebook: h ps://www.facebook.com/revistaprismagazine Instagram: revistaprismagazine
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ORIENTISTA EM FOCO TIPOS DE COMPETIÇÕES DE ORIENTAÇÃO INICIALMENTE QUERO AGRADECER A TODOS QUE ACOMPANHAM NOSSAS MATÉRIAS E O NOSSO CANAL NO YOUTUBE, CURTINDO, COMENTANDO E COMPARTILHANDO NOSSOS VÍDEOS, MUITO OBRIGADO A VOCÊ ORIENTISTA. NESSE MÊS IREMOS FALAR SOBRE OS TIPOS DE COMPETIÇÕES DE ORIENTAÇÃO E ALGUMAS CURIOSIDADES QUE O ORIENTISTA DEVE SABER. ENTÃO VAMOS LÁ GALERA.
Há uma brecha para a criação de outros pos de compe ção, que é desde que não usem motor ou qualquer meio que polua ou cause prejuízo ao meio ambiente, salvo o caso das cadeiras de rodas u lizados por pessoas com necessidades especiais. Agora vamos as variações: Todos os pos de compe ção que eu citei podem ser realizadas de Dia ou a Noite.
A corrida orientação desde a sua criação já passou por várias evoluções, começando pela mudança do terreno, depois pelas formas de locomoção e por fim as variações na forma de compe r. Vamos entender hoje as ramificações que a orientação pode apresentar.
Foto: Waldson Estrela Foto: Nina Waldow
As compe ções podem ser divididas em 4 pos básicos: A Pedestre, que é a tradicional; em Bicicleta; em esquis para as regiões que possuem neve e a de precisão. Para quem não saiba: na prova precisão o atleta desloca-se apenas por caminhos, trilhas e estradas, não podendo contar caminho. Esta forma permite a compe ção, em igualdade entre atletas com limitações motoras e atletas sem limitações.
Outra variação e sobre o orien sta, onde poder ter forma Individual, onde o atleta executa toda a prova individualmente. Também pode ser em Revezamento, onde dois ou mais compe dores de uma equipe se alternam até o fim da prova, e por Equipe a qual dois ou mais atletas navegam juntos.
Foto: Nina Waldow
Foto: Joaquim Margarido
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Uma outra forma bem diferente de compe r seria o circuito fazenda, onde em vez do orien sta percorrer uma sequência prédeterminada dos pontos de controle, (prisma 1, depois pelo 2 e assim sucessivamente), o atleta é livre para escolher a ordem, sendo o obje vo da prova a passagem por todos os prismas. É bem comum nestas compe ções, vários atletas da mesma categoria largarem juntos, até porque a sequência que você acha que será a mais rápida para outro não será. Uma diferença bem ní da da tradicional fica cargo dos mapas que são confeccionados sem as numerações e a linha. Agora como determinar o vencedor de um campeonato? Vamos lá: - Ela pode ser em um Único percurso, onde um único resultado determina o vencedor da compe ção; -Em Vários percursos, a qual a combinação de dois ou mais percursos seguidos durante um dia ou vários dias, formam o resultado final da compe ção. -E em Percurso de qualificação, onde os compe dores qualificam-se para um percurso final que será disputado em duas ou mais categorias, sendo que o resultado da compe ção é o do percurso final. É extremamente importante que o orien sta leia as regras do campeonato que ira par cipar, para assim saber, como será a apuração do vencedor.
Já falamos das modalidades, das formas e da definição do vencedor, mais então o que é uma prova sprint?, Elas que são bem comuns em etapas dos campeonatos estaduais e do Brasileiro. A palavra sprint quer dizer “Arrancada”, desta forma a intenção é buscar desenvolver a velocidade de explosão do atleta, as provas são de menores distâncias, geralmente ocorridas em áreas urbanas, e relembram bastante a corrida de rua. Outra peculiaridade é a escala da carta, que podem ser confeccionadas em 1:5000 ou 1:4000. Em decorrência da escala menor os mapas possuem mais detalhes visíveis. Pegando o gancho do sprint, a compe ção pode ter as seguintes distâncias: sprint, média distância, longa distância e utralonga. Cada uma possui sua peculiaridade na escala das cartas.
Foto: Nina Waldow
Foto: Nina Waldow Foto: Nina Waldow
Foto: Nina Waldow
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A T E ATL E U Q A T DES
GELSON ANDREY
Iniciei no esporte através de meus pais, que pra cam essa modalidade até hoje, o meu primeiro percurso foi na categoria acompanhado no ano 2000, no Rio Grande do Sul. No ano de 2002 na I Taça Paraná de Orientação foi onde realizei meu primeiro percurso sozinho, toda minha trajetória na orientação foi patrocinada pelo meus pais. Através desse inves mento consegui ser contratado como atleta de alto rendimento da Força Aérea Brasileira. Considero que minha evolução tenha sido rápida pela ro na que ve dentro de casa em par cipar de organizações de eventos e produção de mapas junto ao meu pai. Sempre adiantei as mudanças de categoria com obje vo de adiantar essa minha evolução, com 13 anos entrei na 16E, mesmo sofrendo foi muito importante para meu crescimento. Aos 17 anos já par cipava da categoria 21E nos campeonatos regionais com intuito de me preparar para as provas nacionais e internacionais no qual estava na 18E. Entrando na Força Aérea Brasileira ve a oportunidade de par cipar de duas sele vas para o Campeonato Mundial Militar no qual este ano conquistei a vaga reserva da equipe militar do Brasil. Além disso com mais alguns patrocinadores par cipei do Campeonato Mundial Junior 2014 e 2015. O esporte faz parte da minha vida, até porque tudo o que conquistei até hoje foi atrás do esporte. Eu sigo o seguinte pensamento: ''Fazendo aquilo que gosta e com amor, tudo vai se encaixar da forma certa''. Meu obje vo é con nuar como atleta até quanto as pernas deixarem e conquistar uma medalha pro Brasil em um campeonato mundial.
Principais Conquistas Campeão Brasileiro de Orientação nos anos: 2005 – H10N, 2010 – H16E, 2011 - H18E e 2013 – H20E. Campeão dos 5 dias de Orientação do Brasil no ano: 2010 – H16E. Campeão Brasileiro Estudan l de Orientação no ano: 2012 – H18BE. Campeão da Copa das Federações de Orientação no ano: 2010 – H16E. Campeão Mercosul no ano: 2005 – H10N. Campeão Sul-americano nos anos: 2004, 2006, 2010, 2011, 2012, 2013 e 2014. Campeão Distrito Federal no ano: 2013 – H21E
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LETÍCIA SALTORI EM 2012, O BLOG ORIENTOVAR, ADMINISTRADO PELO NOSSO AMIGO E COLABORADOR JOAQUIM MARGARIDO, PUBLICOU UMA MATÉRIA SOBRE A ATLETA LETÍCIA SALTORI, NA ÉPOCA UMA GRATA S U R P R E SA N A O R I E N TAÇ ÃO, C O N Q U I S TA N D O O V I C ECAMPEONATO NO SUL-AMERICADO DE ORIENTAÇÃO DAQUELE ANO. 3 ANOS DEPOIS AQUELA SURPRESA SE TORNOU UMA REALIDADE DA ORIENTAÇÃO BRASILEIRA. CONVERSAMOS COM A LETÍCIA E ABAIXO DESCREVEMOS UM TEXTO ELABORADO PELA PRÓPRIA ATLETA, CONFIRAM. Desta vez não era surpresa o resultado no Campeonato Sulamericano, eu treinei muito para isso! ! Vamos começar aonde parei na entrevista de 2012. Foi muito legal lembrar dos úl mos anos, assim como num filme ou retrospec va, eu estou aqui contando e escrevendo a minha história, no final deste mesmo ano 2012 surgiu o tão sonhado edital para entrar nas forças armadas, mas não foi no Exército e sim na Marinha do Brasil, na verdade pouco importava qual farda eu poderia ves r, o que ins gava sempre foi dar um meu melhor para o Brasil e também ser militar. Eis que eu ingressei nas forças e logo no começo do ano par cipei de três sele vas para modalidades diferentes e consegui vaga para representar o Brasil em todas elas, as provas foram bem disputadas, muitas atletas fortes de todo o território nacional, representei o Brasil nos Mundiais de Cross Country (Servia), Maratona (Suriname) e Orientação(Suécia). Foi um grande ano! Muitas coisas acontecendo e tudo dando certo. A equipe do Brasil teve o seu melhor desemprenho por equipe no Mundial no Suriname, 2 lugar por equipe no feminino e na Orientação na Suécia fiquei com a 11 colocação no percurso médio. Em 2014 o nível estava ainda mais disputado e me classifiquei somente para o Mundial de Orientação na Áustria. E 2015 foi ano de Jogos Mundiais, eu estava entre as atletas selecionadas para representar o Brasil na Coréia do Sul. Estamos aos poucos fazendo história no cenário internacional, o nível é bem alto, mas a equipe brasileira esta cada dia mais confiante e tenho certeza que num futuro não tão distante, ainda vamos contar o hino nacional do Brasil no Mundial.
ATLETA L A I DESTAQUE EC
P S E
Não só a Orientação, mas o esporte corrida, me proporcionou um bom estudo e abriu muitas portas, hoje sou uma das proprietárias da Assessoria Espor va de Corrida Equipiazza, com mais de 100 clientes apaixonados pelo mundo Running. E eu não vou parar por ai não! Já faz um bom tempo que desenvolvo a ideia de ser palestrante, então estou inves ndo em minha carreira de empresária, junto aos meus patrocinadores eu vou além, vou conquistar o mundo e fazer com que eles saibam quem eu fui e quem eu sou, quero retribuir tudo o que aprendi e contribuir mostrando que é possível conquistar, mas primeiro precisamos sonhar, se imaginar no sonho e não deixar as oportunidades passarem despercebidas, pois elas estão passando por nós o tempo todo, e é preciso saber como abraçar sem sufocar o lhe foi ofertado.
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Esta caminhada eu não faço sozinha, é claro que tem muito treino e muita dedicação, mas sem apoio e patrocínio não se vai tão longe, hoje tenho muito orgulho de dizer que sou atleta Nutriscience, empresa especializada em suplementação para saúde e performance, já estamos juntos a mais de 6 anos, esta empresa em especial o Marcos Beraldo(Proprietário) foi quem me fez entrar na faculdade, ajudou nos custos até o momento em que conquistei uma bolsa de estudos, e mesmo com esta conquista a Nutriscience con nuou me patrocinando, e hoje estamos em uma grande conexão, faço o uso dos produtos de alta performance, tudo isso sobre a orientação da minha Nutricionista Melissa Pinesso, estamos juntas recentemente(2015), é muito importante fazer um acompanhamento nutricional, é preciso entender a importância dos alimentos e da suplementação, um atleta de Elite tem que se preocupar com a melhora e eficiência na performance. Ano passado (2014), resolvi entrar de cabeça em provas de Corrida de montanha, era algo que eu fazia em treinos, mas sem grau algum compe vo, entrei para o me de corredores de Trail da Território onde permaneci por 1 ano, mas os nossos obje vos começaram a ficar um pouco distante e em dezembro encerrei meu contrato com a loja. Foi no começo deste ano que fui convidada para fazer parte do me de feras da Kailash, a Kailash Team Neptunia me recebeu de braços abertos, foi o suporte que eu precisava, materiais de alta tecnologia e a confiança no meu trabalho, os resultados foram ó mos, foram algumas conquistas de primeiro lugar em provas com grande inclinação, eu me sen a em casa, foram os anos em que corri mais de 42km, passando até pelos 80km. Um fato interessante foi uma dor no joelho direito que começou a rar meu sono desde a maratona de Recife de 2013, era algo que me incomodava, mas não atrapalhava no meu ponto de vista, mas como 2014 eu peguei pesado com a musculatura, finalizei o ano com muita dor. Foram longas sessões de fisioterapia, fortalecimento ( junto com o Adroaldo, meu fisioterapeuta) e parecia que nada adiantava, fiz duas ressonâncias e ambas constavam que meu joelho estava ok, diminui meus treinos, a frequência e intensidade nas provas, fui mais sele va no ano de 2015, acredito que isso sur u um bom efeito, atualmente sinto poucas dores no joelho, faço sessões de massagem para relaxar e não acumular nódulos na musculatura interna e externa da perna.
Sou Le cia da Silva Saltori, tenho 27 anos, moro na cidade de Curi ba/Paraná, atualmente disputo Corrida Rús ca nas provas de fundo, no início de 2013 fui convocada para ingressar na equipe da Marinha do Brasil como terceiro Sargento no Rio de Janeiro/RJ, disputando provas de Corrida de Orientação junto a equipe Brasileira. Nesse corrente ano 2015, se consagrou Ultra-Trail sendo Vice-campeã da Ultra Maratona 90km TNF Agulhas Negras/RJ, Bi-Campeã da Maratona dos Perdidos/PR, Bi-Campeã da KTR Refugio Serra Fina/MG, campeã dos 23 kms no Deserto do Atacama-Chile 2012, Campeã da Mizuno Uphill Marathon -Serra do Rio do Rastro 2014, tem como marca na Maratona de Porto Alegre-RS o tempo de 2horas e 47min 2012. Par cipou de diversos Campeonatos Mundiais (Suécia, Servia, Suriname, Áustria, Chile, Holanda, Turquia, Escócia, Coreia do Sul) Cross Country, Maratona e Orientação. 2011 Campeã Sul-americana no WRE de Corrida de Orientação em Santana do Livramento-RS e Uruguai. Recebe o prêmio orgulho paranaense, promovido pela RPC 2012. Meta para 2016 é ser a primeira brasileira a conquistar o primeiro lugar geral no El Cruce de Los Andes(Chile)-100km, pleitear a vaga Olímpica para Maratona e a vaga para Ultra-Trail MontBlanc (França). Se consagrou campeã Sulamericana de Corrida de Orientação nas ul mas semanas. Além de atleta, empresaria, também sou esposa, amo ler livros, fazer cursos. Eu gosto de sair para comer fora, bater papo,ir ao cinema, ver um bom filme em casa também é minha paixão. Amo dar aula de corrida, gosto de falar da minha vida e minhas conquistas. Quero desejar um feliz natal e um excelente ano de 2016, que seja ainda mais incrível, com melhorias na vida pessoal e profissional, que as pessoas possam se doar mais e viver com muita paixão!
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PISTA PERMANENTE DE ORIENTAÇÃO SPRINT SPRINT DO DO CÂMPUS CÂMPUS CURITIBA CURITIBA DA DA UTFPR UTFPR
Ar go escrito pelo Prof. Dr. Raul M. P. Friedmann, Prof. Dr. Luis Augusto Köenig Veiga & Prof. Dr. João Alberto Fabro A UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ, DESDE O ANO DE 2012, TEM DESENVOLVIDO UMA SÉRIE DE PISTAS PERMANENTES DE ORIENTAÇÃO EM PARCERIA COM ORGANIZAÇÕES MILITARES DO EXÉRCITO BRASILEIRO. ATÉ DEZEMBRO DE 2015 FORAM 11 TRABALHOS DESENVOLVIDOS, SENDO 10 EM ÁREAS MILITARES — COLÉGIOS, ESCOLAS, AQUARTELAMENTOS E CAMPOS DE INSTRUÇÃO — E UM EM ÁREA PRÓPRIA DA UTFPR, A FUTURA SEDE NEOVILLE DO CÂMPUS CURITIBA. Em linhas gerais, uma Pista Permanente de Orientação (PPO) é uma área trabalhada especialmente para o ensino e treinamento da Orientação como a vidade espor va. A par da, a chegada e os controles devem ser todos materializados no terreno de forma permanente e representados no mapa, assim como a respec va descrição de todos os controles. Nas páginas 18 e 19 encontram-se, respec vamente, a frente o verso do mapa da Pista Permanente de Orientação Sprint do Câmpus Curi ba da UTFPR.
SOBRE O HARDWARE DA PARTIDA, CONTROLES E CHEGADA Por ser uma instalação permanente, uma PPO deve materializar sua par da, controles e chegada de forma robusta e funcional. Além da óbvia e principal função — materializar os pontos no mundo real e permi r que o orien sta registre sua passagem por eles de forma dis nta e inequívoca —, a solução adotada pode definir a iden dade visual de uma PPO. A solução adotada nas pistas permanentes de orientação desenvolvidas pela UTFPR em suas parcerias vem sendo con nuamente aprimorada a fim de proporcionar uma solução resistente, durável, funcional e elegante sob uso intenso e con nuado. O conjunto de controle foi denominado de placa-prisma porque seu visual é alusivo ao tradicional prisma triangular branco e alaranjado. A figura 1mostra diversos pontos do mapa da pagina ??.
Figura 1: Alguns pontos de controle da pista permanente
13 Cada placa-prisma possui três soluções de codificação: 1. 2. 3.
Picotador mecânico com matriz de 4x3 pontos (4 linhas x 3 colunas); Palavra-chave (ou uma breve expressão); QR CODE com o código do controle e as respec vas coordenadas no mundo real.
O picotador mecânico é a solução mais conhecida. O que diferencia o picotador empregado é sua construção em aço e o fato de adotar uma matriz de 12 pontos (4x3) ao invés de 9 (3x3). Isto permite um número maior de combinações bastante diferentes e facilmente reconhecíveis, além de tornas mais simples a elaboração de um gabarito geral para a PPO (figura 2). Como os picotadores estão fixados nos controles de forma permanente, o orien sta não precisa nada além do tradicional conjunto mapa/descrição dos controles/cartão de picote pois todo resto "estará lá" de forma permanente.
Figura2: Gabarito geral de picotes da PPO Sprint do Câmpus Curi ba da UTFPR
O uso de palavras-chave e do QR code serão comentados mais adiante, em seções específicas.
14 . SOBRE PERCURSOS, DESCRIÇÃO DO CONTROLE E
CARTÕES DE PICOTE Indo diretamente ao que interessa na prá ca, o percurso de sequência obrigatória é a forma mais comum de compe ção e de treino. Por este e outros mo vos, uma das melhores maneiras de explorar o potencial de uma PPO é dispor de uma biblioteca de percursos bem planejada — por exemplo, com 10 percursos de sequência obrigatória para cada nível de dificuldade (N, B, A, E). Isto facilita tanto a vida do treinador de uma pequena equipe de orientação com uso ocasional quanto a atuação de um professor que faça uso regular e sistemá co da PPO com suas turmas, mas nunca é demais lembrar que o condutor do evento deve distribuir os percursos de forma compa vel com o grau de experiência de cada par cipante.
Conceitualmente é fácil, mas, como segurança nunca é demais, vale destacar que para criar percursos na hora é recomendável conhecer muito bem a área da PPO e possuir alguma experiência como traçador de percursos.
SOBRE EVENTOS MASSIVOS Para eventos com grande número de par cipantes os percursos de sequência livre e as compe ções por score com largada em massa — por exemplo maior número de controles visitados nointervalo de 60 minutos — são mais indicados porque favorecem o congraçamento e a parte lúdica ao mesmo tempo em que con nuam a atender orien stas mais mo vados pela compe ção pura e simples. Este formato é notavelmente adequado a inaugurações, fes vais de orientação, recepção de calouros, eventos de semana acadêmica com todos alunos de um determinado curso etc. Obviamente os aspectos de segurança na organização de cada po de evento con nuam a exis r e, entre eles, o indispensável controle de quem efe vamente largou e chegou para evitar eventuais "desaparecidos em combate" — inclusive os distraídos que esquecem de avisar o abandono da prova por mo vos variados. Um bom modelo de "cartão de picote completo da PPO" é pra camente indispensável neste po de situação. A propósito, a figura 2 é o gabarito dos picotes da PPO Sprint do Câmpus Curi ba da UTFPR.
FIGURA 3 - Exemplos de percursos N, B, A na PPO Sprint do Câmpus Curi ba da UTFPR
Na maioria das vezes, um percurso de sequência obrigatória pode ser definido inequivocamente pela sequência par da/controles/chegada. Se o mapa de uma PPO representa todos os controles existentes na área, o cartão de descrição é forma mais prá ca de definir cada percurso a ser cumprido. Quanto ao registro da passagem do orien sta pelos controles, o picotador mecânico é uma solução natural para uma PPO — afinal de contas, se o controle tem de ser permanente, o mesmo deve acontecer com a capacidade do orien sta em registrar sua passagem. O "cartão de picote genérico" é uma opção simples, versá l e funcional para uma PPO — basta que ele possua um número suficiente de espaços, o que inclui alguns de reserva. A propósito: se o cartão for de material plás co, melhor ainda, porque permite cumprir a missão "com poeira, chuva ou lama", seja ela "no forte, no campo ou na montanha". Um percurso de sequência obrigatória é muito fácil de ser criado e informado ao orien sta: basta uma sequência de códigos (se é um bom percurso no mundo real é outra questão). Se todos os controles estão representados no mapa e se todas as descrições estão disponíveis (situação pica de uma PPO) o treinador, professor ou instrutor pode até mesmo definir o percurso na hora. Por exemplo, a sequência S01 111 112 104 110 109 107 105 113 113 120 F01 define o percurso N01 indicado anteriormente.
Numa prova de sequência livre com largada em massa a par da é absolutamente simples: todos largam ao mesmo tempo. Porém, a chegada necessita maior atenção e organização à medida em que cresce o número de par cipantes e de equipes. Sem maiores delongas, o funil de chegada sugerido na figura 4 é uma boa solução tanto para provas com controle eletrônico quanto para provas com controle manual porque o corredor longo facilita a classificação geral e os orredores individuais facilitam a classificação de cada par cipante por equipe ou categoria. Além disto, o disposi vo contribui diretamente para a segurança da prova porque simplifica o processo de controlar quem efe vamente chegou. A tulo de curiosidade, ele foi usado na prova de inauguração da Pista
Permanente de Orientação Sprint do Colégio Militar de Curi ba, quando largaram 428 orien stas ao mesmo tempo.
SOBRE USO DE PALAVRAS-CHAVE Nem todos os usuários de um PPO são orien stas. Muitos usarão a pista, por exemplo, para visitar ou conhecer melhor a área e a Ins tuição de Ensino. Isto posto, podemos dizer que em algumas situações, relacionar as palavras-chave (ou breves expressões) de cada controle é uma opção interessante porque elas são alusivas a determinadas histórias e o par cipante vai percebendo gradualmente possíveis relações entre as palavras . Por exemplo, os controles 101 a 120, percorridos em sequência, sugerem um possível resumo da história da UTFPR:
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FIGURA 4 - Funil de chegada sugerido para eventos com largada em massa
SOBRE O QR CODE
Os controles 301 a 310 nos remetem a algo mais conhecido dos leitores da Prisma Magazine. As palavras-chave fornecem um lista que, com certeza, deveria constariam em qualquer texto que descreva o esporte de forma resumida: Ÿ Ÿ Ÿ Ÿ Ÿ Ÿ Ÿ Ÿ Ÿ Ÿ
ORIENTAÇÃO; ESPORTE; ORIENTISTA; PERCURSO; CONTROLES; MAPA; PRISMAS TRIANGULARES; LARANJA E BRANCO; PICOTADOR; BÚSSOLA.
Por fim, resta falar sobre o QR code (Quick Response Code), um po de código de barras bidimensional que pode ser lido de forma simples e rápida pela maioria dos smartphones através de apps (applica ons/aplica vos) previamente instalados — por exemplo, o QR Code Scanner. Indo diretamente para um exemplo real, a figura 5 mostra o controles 303 da PPO e o conteúdo do respec vo QR Code. QRCode: 303 22J 669070mE 7177873mN 0927m
"A ORIGEM da UTFPR remonta ao ANO DE 1909, no governo do então PRESIDENTE NILO PEÇANHA , quando foram criadas no Brasil várias escolas profissionalizantes. No ESTADO DO PARANÁ, a sede da ESCOLA DE APREDIZES ARTÍFICES estava situada no entorno da PRAÇA CARLOS GOMES e foi inaugurada em 16 DE JANEIRO DE 1910 atendendo 45 ALUNOS DESPROVIDOS DA SORTE. Ao longo do século 20, a ins tuição foi alterando seu perfil e recebeu sucessivamente as denominações de LICEU INDUSTRIAL DO PARANÁ, ESCOLA TÉCNICA DE CURITIBA e ESCOLA TÉCNICA FEDERAL DO PARANÁ, que se notabilizou pela EXCELÊNCIA DOS CURSOS TÉCNICOS. Em 1978 a escola foi transformada no CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO PARANÁ e ampliou gradualmente seus cursos e níveis de ensino. De forma bastante sucinta, é possível resumir cada década da seguinte maneira: ANOS 70: ENGENHARIA DE OPERAÇÃO, ANOS 80: PÓS-GRADUAÇÃO, ANOS 90: EXPANSÃO para o interior do Estado do Paraná, fortalecimento dos programas de pós-graduação e implantação massiva de CURSOS DE TECNOLOGIA. O resultado mais emblemá co de todo este esforço con nuo veio em 7 DE OUTUBRO DE 2005, com a transformação em UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ.»
FIGURA 5 - Controle 303 da PPO Sprint do Câmpus Curi ba da UTFPR
O QR Code contém o código do controle (303) e sua posição definida pela zona UTM (22J) e pelas coordenadas E, N, H do ponto arredondadas para o metro inteiro mais próximo. Posto de outra forma, o QR Code informa o código do controle e sua posição na super cie terrestre com precisão de 1 metro. Como um smartphone pode registrar o instante de tempo da leitura do QR Code, por exemplo num formato YYYY-MM-DD HH:MM:SS (ano mês dia horas minutos segundos).
16 Em suma: a leitura do conteúdo QR Code pode reconhecer (1) o código e (2) a posição do ponto ao mesmo tempo em que o smartphone registra (3) o instante de tempo da visita. Se, de alguma forma, o percurso puder ser informado previamente ao smartphone, abre-se, no mínimo, a possibilidade de desenvolvimento de aplica vos capazes de gerar relatórios individuais de percurso. Sem dúvida, um aplica vo com estes recurso agrega interesse ao treinamento, mas os detalhes de como fazer isto fogem ao escopo deste ar go — que é sobre a PPO da UTFPR — e ficarão para outra oportunidade. Segue-se a ficha técnica da Pista Permanente de Orientação Sprint do Câmpus Curi ba da UTFPR, já publicada no blog www.corridasdeorientacao.blogspot.com. MAPA - Mapa de orientação sprint (simbologia conforme ISSOM 2007), escala 1:4.000, equidistância ver cal 2 metros, formato A4 horizontal. Além da totalidade da área da futura Sede Neoville do Câmpus Curi ba da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, o mapa inclui as principais vias públicas e parte das áreas privadas nos arredores entorno a fim de contextualizar a PPO no seu entorno. IMPRESSÃO - Em papel couché 115g/m2, offset quatro cores (CMYK), processo CTP a par r de arte final em 600dpi. EXTENSÃO - Aproximadamente 600m no sen do norte-sul e 400m no sen do leste-oeste (direções magné cas em 2015). ÁREA E PERÍMETRO - Área total de aproximadamente 24,5 hectares (0,245km2). Perímetro aproximado de 2,02km. LOCALIZAÇÃO - Rua Pedro Gusso, 2635, CIC, Cidade de Curi ba, Estado do Paraná, Brasil, CEP ?????-???. O acesso à portaria encontra-se neste mesmo endereço, na la tude 25°30'15.82"S, longitude 49°19'01.31"O (datum WGS84). A PPO abrange a totalidade das instalações da an ga fábrica da Siemens (inclusive estacionamentos, áreas de lazer, bosque e jardins) na Cidade Industrial de Curi ba. MAPEADOR - Prof. Dr. RAUL M. P. Friedmann (UTFPR). MAPA-BASE - Ortofotocarta planial métrica digital (folha E17, edição 2009), Padrão de Exa dão Cartográfica (PEC) classe A (na escala 1:3.000 ou menores), equidistância ver cal 1 metro, elaborada pelo Ins tuto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curi ba (IPPUC). REVISORES LOCAIS Ÿ 1º Tenente QAO PLÍNIO Costa Nascimento, presidente da Federação Paranaense de Orientação; Ÿ Prof. Dr. LUIS Augusto Köenig Veiga , coordenador do curso de Engenharia Cartográfica e de Agrimensura da Universidade Federal do Paraná. VERSÕES ANTERIORES DE MAPAS DE ORIENTAÇÃO NA ÁREA - Não há registros nem de mapas e nem de eventos anteriores de orientação no local. CONTROLES - Ponto de par da, ponto de chegada e mais 60 controles fixos distribuídos da seguinte forma: Ÿ 20 controles na categoria N; Ÿ 20 controles na categoria B; Ÿ 10 controles na categoria A;
Ÿ
· 10 controles externos para uso em ocasiões especiais. No caso desta PPO, a letra E foi usada para iden ficar os controles externos (que, pelo grau de dificuldade, seriam picamente N ou. eventualmente, B).
Por se tratar de orientação sprint, e devido à natureza da área, o nível indicado deve ser considerado de forma bastante rela vizada.CRITÉRIOS DE CODIFICAÇÃO DOS CONTROLES Controles numerados com 3 dígitos, onde a centena indica o nível de dificuldade e os demais dígitos a ordem dentro de cada categoria. Controles N numerados de 101 a 120, controles B de 201 a 220, controles A de 301 a 310, controles externos de 401 a 410. Par da codificada como S01 (Start) e chegada como F01 (Finish). CRITÉRIOS DE NUMERAÇÃO DOS CONTROLES NO MAPA - As linhas de norte magné co dividem o mapa em colunas. Para cada nível de dificuldade, (1) a numeração dos controles começa na coluna mais à esquerda. Dentro de cada coluna, (2) a numeração cresce numa varredura da esquerda para direita e de cima para baixo e (3) con nua com o mesmo critério nas colunas seguintes (ver mapa da PPO). Isto elimina o fator sorte na localização dos controles no mapa. FIXAÇÃOÇÃO DOS CONTROLES - 34 controles estão fixados diretamente em elementos construídos. Os demais 26 controles, a par da e a chegada estão fixados em an gos dormentes ferroviários semienterrados em posição ver cal (em geral dormentes com 2 metros de comprimento, sendo 1 metro acima do solo e 1 metro abaixo). HARDWARE DOS CONTROLES - Controles, par da e chegada materializados por placas-prisma e picotadores de aço galvanizado com pintura eletrostá ca a pó (epóxi). CODIFICAÇÃO DOS CONTROLES - Cada controle possui 3 codificações independentes: · Picote mecânico baseado em matriz de 4x3 pontos (4 linhas x 3 colunas); · Palavra-chave (ou uma breve expressão); · QR CODE representando uma string de exatos 32 caracteres contendo o código dos ponto, sua zona UTM e as coordenadas E, N, H no datum WGS84. PROPOSIÇÃO E COORDENAÇÃO GERAL DOS TRABALHOS - Prof. Dr. RAUL M. P. Friedmann, UTFPR Câmpus Curi ba, Departamento Acadêmico de Eletrônica. REALIZAÇÃO - PPO planejada, mapeada e implantada ao longo do ano de 2015 através de parceria das seguintes ins tuições: Ÿ Câmpus Curi ba da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, sob a direção-geral do Prof. Dr. Cezar Augusto ROMANO; Ÿ 5ª Brigada de Cavalaria Blindada, sob comando do generalde-brigada Edson Henrique RAMIRES, tendo como Organização Militar de apoio direto o 5º Grupo de Ar lharia de Campanha Autopropulsado, sob comando do coronel Moisés da PAIXÃO Junior. Ÿ Federação Paranaense de Orientação, sob presidência do 1º Tenente QAO Plínio costa Nascimento. INAUGURAÇÃO - Quinta-feira, 24 de setembro de 2015, no Dia da Orientação na Semana Acadêmica de Educação Física.
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DICAS DE TREINAMENTO Riceler Waske dos Santos – CREF: 002577-G/PB
Começamos a caracterizar o esporte Orientação na edição anterior e explicar melhor sobre as valências/capacidades sicas básicas para o esporte falando um pouco sobre os pos de treinos que o atleta poderá inserir na sua ro na de treinamento. Nesta edição e nas demais que vem por ai vamos destrinchar cada capacidade sica associada ao sucesso no esporte Orientação, além da conceituação veremos como treinar cada uma delas.
Potência Aeróbica - conduz a capacidade de manter um ritmo elevado de corrida sem acumular fadiga
Flexibilidade - conduz à maior parte da uência da corrida
Então vamos começar pela Resistência Aeróbia: Conforme (GOMES TUBINO, 1979) resistência é “a qualidade sica que permite um con nuo esforço, proveniente de exercícios prolongados, durante um determinado tempo”. “É a qualidade sica que permite um esforço por um determinado período em que há um equilíbrio entre o consumo de oxigênio e a absorção do mesmo. Esse equilíbrio é chamado “steady-state” que é uma expressão que não convém que seja traduzida”.
Potência Anaeróbica proporciona capacidade de manter elevado o ritmo de corrida durante as subidas pronunciadas
Velocidade - conduz à capacidade de correr rápido, quer no sprint nal quer na corrida a descer
Força e Resistência Muscular - capacidade de correr em subida pronunciada, manter a ecácia do trabalho muscular ao longo da prova Figura: Capacidades sicas associadas ao sucesso na Orientação (Adaptado de Bird, 1996)
Agora traremos alguns métodos de treinamento para esta e demais capacidades sicas, procure a orientação de um Profissional de Educação Física para uma melhor Orientação do seu treinamento: Fartlek: é uma palavra sueca que significa "brincar de correr". Esse método de treinamento foi desenvolvido para corredores de meio fundo e fundo no início dos anos 30 pelo técnico sueco Gosse Holmer, que percebeu a necessidade de trabalhar num único treino a velocidade (corridas rápidas de 50 a 100 metros), resistência anaeróbia (corridas con nuas de 1.000 a 3.000 metros), potência (corrida forte de 150 metros em subida) e resistência aeróbia (pela duração do esforço, de 40 minutos até 1h20).
Interval-training: esse método de treinamento foi idealizado pelo técnico alemão Woldemar Gerschller em 1939. No ano de 1952, Gerschller uniu-se ao fisiologista também alemão Herbert Reindell para formular a concepção cien fica de treinamento intervalado. As distâncias escolhidas eram de 100, 200 e 400 metros, com tempos preestabelecidos, e eram realizadas em pista de atle smo. Os intervalos entre as repe ções não ultrapassavam os 90 segundos de pausa a va (caminhada ou corrida lenta). Esse método é u lizado para desenvolver a resistência anaeróbia, resistência aeróbia, resistência muscular localizada, velocidade de deslocamento e força explosiva.
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Time-trial: corrida de teste, u lizada para avaliar a capacidade anaeróbia e aeróbia do pra cante, e também medir o grau de tolerância ao esforço máximo e suporte de produção de ácido lá co. Exemplo: corrida de 1.000 a 5.000 metros.
Tempo-run: método moderno de treinamento, onde se estabelecem a distância a ser percorrida e os tempos de passagens. Pode ser realizado em pista de atle smo ou mesmo em circuitos marcados no asfalto. É excelente para se trabalhar com monitor cardíaco como auxílio no controle da frequência cardíaca e ritmo de corrida. Exemplos: 5x1.000 metros (fracionados) com pausa de 4 minutos (início da temporada) até 2 minutos (período compe
vo)
ou mesmo correr 5.000 metros de forma con nua. As pausas são passivas.
Short-hill: corridas em rampas de até 45% de inclinação, em distâncias de 50 a 100 metros para trabalhar a resistência muscular
Wind-Sprint: exercício para ganhar velocidade e resistência. Possibilita ao pra cante energia e força mental para auto superação em compe ções. Exemplo: corridas de 1.000 metros a 3.000 metros em pista, alternando 100 metros forte (reta) com 100 metros de soltura (curva) ou 50 metros forte por 50 metros de trote.
localizada, a força explosiva e a velocidade. É também um excelente exercício para trabalhar a biomecânica da corrida.
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I DESAFIO BAHIA DE ORIENTAÇÃO COMO REALIZAR A LEITURA DE UM MAPA DE ORIENTAÇÃO - ISOM 2000.
NO ÚLTIMO DIA 29 DE NOVEMBRO FOI REALIZADO PELA ASSOCIAÇÃO CARCARÁ EXPEDIÇÕES E AVENTURAS, NO PARQUE DAS DUNAS EM SALVADOR/BA Entrevistamos o Luiz Agnaldo Carneiro, presidente da Associação Carcará Expedições e Aventuras Agnaldo, para saber tudo que rolou no I Desafio Bahia de Orientação. Revista PrisMagazine - Como surgiu a ideia do "I DESAFIO BAHIA DE ORIENTAÇÃO"? Luiz Agnaldo Carneiro (L.A.C) - A ideia não surgiu do Agnaldo, surgiu de todos os componentes que formam o Clube após uma reunião, verificou-se a necessidade do esporte ter mais opções aqui na Bahia, só que com algo que fosse diferente, algo inovador. Nós acompanhamos a orientação em seus campeonatos, tanto o Brasileiro, Baiano e Copa Nordeste, e na Bahia temos dificuldade de algum po de treinamento e aperfeiçoamento, e o "Desafio" veio dessa necessidade, e decidimos fazer uma prova diferente antes da final do Baiano. A premiação foi em dinheiro.
Foto: Antônio Neto
Revista PrisMagazine - Você tem conhecimento de outras provas com o mesmo po de premiação ou o "Desafio" estreou essa forma de premiar? (L.A.C) - Não tenho essa informação. Nós já par cipamos do Campeonato Brasileiro a três anos em outros campeonatos, e não verificamos essa condição. A proposta do valor ser em dinheiro (espécie) dentro da premiação, não é para criar um mecanismo de compe ção acirrada, a ideia da premiação é inovar, é um atra vo também para a prova. A premiação pode ser usada para a aquisição de equipamentos, como bússola de dedo, para ser u lizado no próprio esporte, então, foi algo que veio de forma inovadora, no nosso pensamento para valorizar ainda mais o desempenho dos atletas durante o ano.
Revista PrisMagazine - Como foram as premiações? (L.A.C) -Foi muito legal ver os garotos subirem ao pódio como também os adultos. Nós estabelecemos não um valor definido e isso que foi bastante inovador, porque a cada inscrição de atleta o prêmio aumentava. O percentual estabelecido de 15% do que seria arrecadado em todas as categorias previstas. No início nós iríamos abater o custo operacional mais por decisão da Diretoria do Clube não foi descontado, ficando assim uma premiação muito boa. Revista PrisMagazine - Como você avalia o evento em geral? (L.A.C) - A avaliação não é do Agnaldo, é do Clube Carcará, com a presença de mais de 80% de seus integrantes, ficando clara a satisfação de outros atletas de diversos clubes da Bahia, com comentários de forma positiva. A prova teve toda estrutura necessária para suporte, sendo diferenciada em diversos aspectos: como a água bem gelada, variadas frutas na chegada, estrutura de resgate com ambulância e socorristas durante toda a prova. O parque liberou toda sua estrutura para ser utilizada pelos atletas. Em resumo, o " Desafio" já é uma realidade, vai acontecer todos os anos, de agora em diante e já está registrado que esse evento acontecerá sempre antes da final do Campeonato Baiano, para valorizar mais ainda o atleta antes da final do campeonato.
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SAIBA COMO FOI !! VI VI ETAPA ETAPA -- CIRCUITO CIRCUITO PARANAENSE PARANAENSE DE DE ORIENTAÇÃO ORIENTAÇÃO 2015 2015
Por Robson Mendes
Nos dias 21 e 22/11, o Clube de Orientação Lobo Bravo (COLB), organizou a 6ª Etapa do Circuito Paranaense de Orientação (CiPO) e a 5ª Etapa do Torneio de Orientação Sprint (TOS), sendo as úl mas do ano. O evento ocorreu no Município de Reserva do Iguaçu, mais precisamente na Vila da Copel. A compe ção teve um diferencial que foi um sol escaldante no sábado (21) na prova sprint e uma chuva torrencial no domingo (22) o que exigiu muito mais do preparo sico dos atletas. Com a presença de quase 200 atletas de todo o Estado, entre militares e civis, o evento foi um verdadeiro sucesso. Destaque para as medalhas que foram entregues ao premiados com o símbolo do COLB em comemoração aos 20 Anos da fundação do clube, além das ó mas instalações oferecidas aos atletas par cipantes. Agradecemos e fizeram-se presentes na premiação o Exmo. Sr. Prefeito do município Emerson Julio Ribeiro, o Diretor do Colégio Estadual Engenheiro Michel Reydam, o Sr. Jucemar Pioczkoski e representando a Copel, a Gerente da Vila, Sra. Renata Mar ns dos Santos.
Fotos: Odete Rech
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SAIBA COMO FOI !! VII ETAPA - CIRCUITO DE ORIENTAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL 2015 Por Alberto do Amaral Mello - CBO 094 - Presidente do FODF
NO ÚLTIMO DIA 29 DE NOVEMBRO DESTE ANO, A FEDERAÇÃO DE ORIENTAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL (FODF), REALIZOU A VII E ÚLTIMA ETAPA DO CIRCUITO DE ORIENTAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL. NESTA OPORTUNIDADE, FOI TAMBÉM REALIZADA A PREMIAÇÃO DO CIRCUITO QUE CONTOU COM QUATRO ETAPAS TRADICIONAIS E TRÊS SPRINTS. Catorze foi o número de visitas realizadas pelo mapeador (José Altair Blanco Fernandes) até que o mapa, inédito, es vesse pronto no bairro de Cruzeiro Novo, localizado no Plano Piloto – Brasília – DF. Mapa de Sprint de alto nível com uma riqueza impressionante de detalhes que deixou os atletas mais tranquilos durante a navegação. A compe ção contou com uma equipe de aproximadamente 15 pessoas oriundas dos três clubes que compõem a Federação (COMib, COTI e COR-DF) e da SEF do Comando Militar do Planalto, trabalhando na par da, chegada, apuração e montagem dos percursos, as quais não mediram esforços para que tudo ocorresse da melhor forma. Agradecimento especial a direção da Escola Mundo Mágico Ltda, a qual cedeu as instalações que possibilitaram boas acomodações aos atletas, principalmente durante a premiação. Com aproximadamente 180 atletas inscritos, a úl ma etapa contou com percursos de desnível baixo inteiramente distribuídos dentro de um condomínio urbano, formando um quebra-cabeças, que exigiu muita concentração, tomada de decisão rápida e agilidade dos atletas. Por fim, a diretoria da Federação de Orientação do Distrito Federal, na pessoa de seu presidente ALBERTO DO AMARAL MELLO, agradece a todos orien stas pela assídua par cipação, perfazendo um número médio de 200 inscritos por etapa, os quais abrilhantaram o esporte orientação no DF e deseja um ó mo e abençoado final de ano e que as rotas de 2016 sejam coroadas de êxito.
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SAIBA COMO FOI !! VI ETAPA - CAMPEONATO PARAIBANO DE ORIENTAÇÃO 2015
Por Márcio Saraiva - Pres. COTROB
O CLUBE DE ORIENTAÇÃO TROPEIROS DA BORBOREMA - COTROB REALIZOU EM 22 DE NOVEMBRO, NA QUINTA DA COLINA (LOCAL DE EVENTOS PRÓXIMO A SÃO JOSÉ DA MATA, BR 230, DISTRITO DE CAMPINA GRANDE) A VI ETAPA DO CAMPEONATO PARAIBANO DE ORIENTAÇÃO.
Visando proporcionar um diferencial e viabilizar aos atletas um apoio organizacional de qualidade, foram preparados alguns, voluntários e de expressiva dedicação, escoteiros dos aludidos Grupos que de modo esperado nos apresentaram excelente trabalhos em suas áreas de atuação, quais sejam: Controle de Estacionamento; Barraca de Hidratação; Secretaria; Distribuição de pontos d'água; Prépar da, Chegada e Cronometragem, além do conhecimento técnico em primeiros socorros.
Contou com a pres mosa colaboração da Federação Paraibana de Orientação e destaque para o apoio dos Grupos de Escoteiros de Campina Grande: Baturité, General Sampaio e Santos Dumont. Também teve como destaque a par cipação da Primeira Mulher Orien sta do Brasil. A Sra Ten Cel Med do Exército CARLA MARIA CLAUSI. Atual Diretora do Hospital Militar do Exército, em João Pessoa – PB.
Foto:Déa Cajú
Foto aérea do Hotel Fazenda Camaratuba
Para a escolha do local pesamos a excelente estrutura sica daquele local de eventos, pois é de expressiva importância levar-se em consideração um mínimo de conforto aos atletas e seus familiares, principalmente no tocante a instalações sanitárias, de banho e de lazer. No tocante as áreas de campo foram intensas as visitas e os contatos dos organizadores, em especial do mapeador, com os proprietários das áreas adjacentes e de interesse para a montagem dos percursos, de maneira a adequar as necessidades técnicas para uma Etapa, no nível já a ngido por nossa Federação, e as qualidades de infraestrutura já citadas.
Enquanto ocorria a Etapa, os atletas e seus familiares veram a sua disposição, na área de concentração e de lazer, alguns brinquedos infan s como “pula – pula” e “tobogam”, além de música eletrônica e distribuição gratuita de picolé e de compra de lanches, culminando a manhã com uma feijoada, viabilizado maior tempo de permanência ao aguardar a premiação final do Campeonato Paraibano, precedida por sorteio de brindes. Entre eles uma bússola de dedo e um sicard.
Foto:Déa Cajú
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Enquanto ocorria a Etapa, os atletas e seus familiares veram a sua disposição, na área de concentração e de lazer, alguns brinquedos infan s como “pula – pula” e “tobogam”, além de música eletrônica e distribuição gratuita de picolé e de compra de lanches, culminando a manhã com uma feijoada, viabilizada maior tempo de permanência ao aguardar a premiação final do Campeonato Paraibano, precedida por sorteio de brindes. Entre eles uma bússola de dedo e um sicard.
Por fim, agradecemos a Deus por tudo que nos proveu em favor de cumprirmos nossa missão da melhor maneira possível e concluirmos nossa Etapa sem nenhum acidente ou incidente que por ventura viesse a nos causar algum pesar. A equipe que organizou a VI Etapa deseja a todos um Feliz Natal, um Próspero Ano Novo e muitas etapas como desafios a vencer em 2016 – 10 anos de FOP e de COTROB.
Foto:Déa Cajú
Também destacamos dois importantes fatos. Primeiro, o Foto:Déa Cajú canto, integral, do Hino Nacional brasileiro em alto e bom tom, refle ndo um expressivo e contagiante sen mento de brasilidade, caracterís co do espírito despor sta. Segundo, do sen mento de preservação da Natureza pelo fato de, após realizado o evento, apenas um saquinho de água (vazio) ser encontrado fora do local dos pontos de distribuição d'água.
De tudo, agradecemos a todos que direta ou indiretamente contribuíram para a realização da VI Etapa do Campeonato Paraibano de Orientação nos padrões que pudemos realiza-lo. Cumprimentamos aos atletas e seus familiares pela bela demonstração de despor smo e de respeito ao bom convívio durante a realização das a vidades naquele domingo ensolarado. Foto:Déa Cajú
Diretor Geral: Francisco Márcio E. V. Saraiva – pres. COTROB Mapeador/ arbitro de par da: Adelson José Valen m Traçador de Percurso: Jones Gonçalves Secretário / par da: Eugênio de Carvalho Saraiva Árbitro da FOP: Beatriz Macedo Medeiros
Foto:Jeremias Araújo
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SAIBA COMO FOI !! CAMPEONATO BAIBANO DE ORIENTAÇÃO 2015 Por Marcia Libânea
CHEGAMOS À TÃO ESPERADA FINAL DO NOSSO CAMBO 2015, CAMPEONATO BAIANO DE ORIENTAÇÃO, COM GRANDES E X P E C TAT I VA S P O I S S E R I A A L I O E N C E R R A M E N TO D E U M A N O D E D I S P U TA S , TREINAMENTOS E DESENVOLVIMENTO DO ESPORTE, OBSERVADO EM 4 EXCELENTES ETAPAS JÁ REALIZADAS, FA LTA N D O A P E N A S E S TA PA R A C U M P R I R O CALENDÁRIO. Dia 13 de dezembro, um domingo de sol, a organização da equipe Caa nga Trekkers recebe os atletas baianos em um local bem estruturado e perfeito para o evento: o Parque Centenário, São Gonçalo do Campos – BA, que apesar da falta de chuva, possui lindas paisagens e uma caracterís ca única da caa nga. A estrutura do parque foi disponibilizada e melhor adaptada pelos organizadores para atender às necessidades dos atletas: sanitários, alimentação, sombra, ven lação, etc. O Caa nga Trekkers montou um labirinto e deixou livre para os atletas aquecerem o sico e a mente antes da largada. Essa etapa também contou com o apoio da Federação Baiana de Orientação, que, no final iria premiar os atletas e clubes campeões gerais. O sol forte da caa nga nha que ser respeitado. A organização disponibilizou 3 (três) viaturas de atendimento médico com socorristas, e técnicos de enfermagem, e muita água na prova: 4 pontos de água no percurso, muita fruta na chegada e mais água. A instalação de 4 chuveiros externos foi também uma preocupação por mo vo de saúde. Resfriar os atletas no final de uma prova na caa nga é extremamente importante. Os traçados dos percursos foram feitos de forma que induzia os atletas a cruzarem os pontos de água como melhor escolhas rota, Camaratuba o que aumentava o número de pontos de Foto aérea do Hotelde Fazenda água para 6 ou 7 pontos no percurso. Foi uma prova onde predominou áreas de pastagem e mata branca, a Caa nga, o mapa estava muito bom, área totalmente nova para todos atletas, percursos técnicos, o traçador de percursos seguiu à risca as exigências necessárias para traçar os percursos de cada categoria e soube explorar ao máximo a área. Os vencedores em cada categoria foram os que realmente possuem mais conhecimento técnico em sua categoria, numa disputa justa, souberam explorar as melhores opções, venceram os obstáculos com mais velocidade e facilidade. A etapa transcorreu num clima de harmonia e confraternização dentre todos os atletas e familiares que compareceram para pres giar o evento.
O local oferecia segurança para todos e as crianças veram várias opções de lazer, inclusive um pula-pula. E, por ser a etapa decisiva nas classificações finais, no início, os atletas estavam mais concentrados e com adrenalina em alta. E quanto à apuração, transcorreu perfeitamente sem erros e finalizamos assim a 5ª e úl ma etapa do CamBO, que atendeu as nossas expecta vas para uma grande final de campeonato; Os obje vos alcançados, excelente local escolhido para área da prova; mapa confiável e real; orientação técnica, premiação com troféus para todos primeiros lugares nas categorias que disputavam ao ranking, até mesmo com um ou dois atletas inscritos na categoria e muitas medalhas de par cipação. A FBO agradece e parabeniza a Associação Caa nga Trekkers pelo empenho para realizar uma etapa em um curto espaço de tempo, após a alteração de data. Enfim, após a premiação da etapa, a Federação premiou com troféus os 3 primeiros colocados de cada categoria, conforme critérios para ranking. Além da premiação dos 3 clubes que somaram mais pontos durante o ano: 1º Caa nga Trekkers ( tri campeão), 2ª Carcará e 3º o Colégio Militar de Salvador. A Federação Baiana de Orientação, parabeniza a todos par cipantes do CAMBO 2015 pelo grande avanço alcançado em Foto:Déa Cajú diversos aspectos: melhoras em nível técnico dos organizadores, melhoras quan ta vas e de qualidade dos atletas, pelas melhoras nas estruturas em todas as etapas e pelo esforço conjunto em fazer o certo seguindo as RGOP. Que venha 2016, primeira etapa em 06 de março.
Foto: Erika Teles Mendes Foto:Déa Cajú
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Francisco Pamplona ENTREVISTANDO Meu nome é Francisco José Pamplona, nasci em Gaspar (SC) em 07/09/1954 (61 anos). Em 1973 me transferi para Florianópolis onde cursei Engenharia Mecânica na UFSC, tendo me formado em 1977. Sou casado com a também orien sta O ldes Costa Furtado Pamplona. Trabalho há trinta anos no Centro de Informá ca e Automação do Estado de Santa Catarina – CIASC, em Florianópolis, onde exerci as funções de analista de sistemas, analista de suporte e, atualmente, administrador de banco de dados. Sou filiado ao Clube de Orientação de Curi ba – COC, tendo iniciado no Barriga Verde Clube de Orientação – BAVECO. Revista PrisMagazine - Como iniciou a pra car orientação? Francisco José Pamplona (J.F.P.) - Minha “iniciação” na Orientação deu-se por intermédio de um grupo de orien stas que, assim como eu, pra cava Trekking de Regularidade [rally a pé], até 2005, quando essa modalidade espor va deixou de exis r em Fpolis. Buscando uma alterna va, entrei em contato com os referidos colegas, os quais me convidaram a par cipar do Florientação, campeonato municipal, onde ve os primeiros contatos com o esporte. No ano seguinte, compe no Campeonato Catarinense de Orientação – CiCOr, no Campeonato Metropolitano de Orientação de Curi ba – CMOC e no Circuito Paranaense de Orientação – CiPO, juntamente com a O ldes, na categoria “acompanhados”, focando exclusivamente em nosso aprendizado. A par r de 2007, nós seguimos nossos próprios caminhos nas categorias individuais. Desde então, as fronteiras foram se ampliando e a minha par cipação aumentando. Revista PrisMagazine - O que mais gosta na Orientação? (J.F.P.) - Na Orientação, o que mais aprecio é entrar na pista e realizar o meu percurso resolvendo os quebra-cabeças que o terreno coloca à minha frente. Concentrado na leitura e na interpretação do mapa e atento à escolha das melhores rotas, esqueço a ro na do dia a dia, e o meu mundo, nesse momento, resume-se à natureza que me cerca. Essa sensação me traz a oportunidade [ou necessidade?] de viajar, de conhecer novos lugares e, principalmente, de conhecer pessoas e estabelecer novas relações de amizade. Revista PrisMagazine - O que a Orientação representa na sua vida? (J.F.P.) - Durante toda a minha vida as a vidades lúdicas exerceram um grande fascínio sobre mim. Quando conheci a Orientação e percebi a interação entre exercício mental e a vidade sica que a sua prá ca proporciona, foi como ter conseguido aquele brinquedo que há muito tempo desejava. Não sei se existe outro esporte em que esta relação é tão forte e equilibrada. E isso só fez aumentar o meu interesse na modalidade.
Atualmente, passei a valorizar a Orientação de outra forma. Cheguei à idade em que refle r sobre o envelhecimento e suas consequências é uma decorrência natural. A expecta va média de vida vem aumentando, mas isso só se transformará em conquista se conseguirmos envelhecer preservando a qualidade de vida. A prá ca do esporte e de a vidades sicas é fator essencial para que isso aconteça e a Orientação oportuniza essa possibilidade ao permi r que tanto crianças quanto idosos a pra quem. Quem não teve sua atenção atraída para Rune Haraldsson, sueco de 96 anos que compe u no Mundial Master de 2014 na Serra Gaúcha? Para mim, a Orientação é uma via de mão dupla, ou um círculo vicioso: a prá ca do esporte contribui para uma vida mais saudável, que vai se refle r em melhor qualidade de vida à medida que envelhecemos e esta, por sua vez, é necessária para con nuarmos pra cando o esporte que nos traz sa sfação sica e mental.
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Revista PrisMagazine - Quais as principais conquistas oriundas da Orientação? (J.F.P.) - Após uma década de aprimoramento e alguns bons resultados nas compe ções regionais e estaduais, os úl mos 12 meses me premiaram com duas conquistas que considero as mais significa vas: ano passado, alcancei o primeiro lugar na categoria H60A no Campeonato Sul-Americano de Orientação – SAOC/2014 e, neste ano, ob ve o terceiro lugar, também na categoria H60A, no Campeonato Brasileiro de Orientação – CamBOr/2015. Não sou um atleta de ponta, já comecei um pouco tarde, mas essas conquistas recentes indicam que ainda estou evoluindo, o que me deixa muito feliz. Revista PrisMagazine - Melhores lugares que a Orientação já o levou? (J.F.P.) - A prá ca da Orientação, como já referido, nos convida a viajar, aliando o lado turista ao lado espor sta. A etapa do CamBOr/2009, em Barroso-MG, por exemplo, nos mo vou a programar uma semana inteira nas cidades de Ouro Preto, Mariana, Congonhas do Campo, São João del Rei e Tiradentes. Na ocasião, vemos a oportunidade de comparecer ao Fes val de Inverno de Ouro Preto e Mariana homenageando o Clube da Esquina. Mais recentemente, es vemos na região Centro-Oeste onde conhecemos Pirenópolis, Goiânia, Campo Grande e municípios vizinhos. Neste 2015, a Copa Nordeste de Orientação – COPANE nos levou a conhecer Salvador, Praia do Forte e Imbassaí, na Bahia. Essas viagens, além de seu aspecto histórico e cultural, nos permi ram conhecer lugares, pessoas e culturas diferentes daquelas que conhecemos aqui no Sul.
Foto: Odete Rech
Revista PrisMagazine - Deixe uma mensagem para os novos orien stas e aos amigos de todo o Brasil. (J.F.P.) - Em uma compe ção, o momento mais prazeroso é quando chegamos ao fim do percurso tendo encontrado os pontos de controle por nosso próprio esforço e o coroamento desse empenho é subirmos ao pódio e recebermos a nossa medalha por mérito pessoal. Acredito que é assim que deve ser. Para isso não podemos descuidar da preparação técnica, com a permanente necessidade de par cipar de pistas treino, de cursos avançados, com muita perseverança. Aos colegas orien stas, novos e an gos, deixo um agradecimento pelo acolhimento e apoio, pelas dicas e sugestões, pelos comentários após os percursos, enfim, pelo privilégio de tê-los conhecido e pela convivência harmoniosa dentro e fora das pistas ao longo destes onze anos de Orientação.
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CAMPEONATO SUL-AMERICANO DE OREINTAÇÃO 2015
NOS DIAS 03 A 06 DE DEZEMBRO FOI REALIZADO O CAMPEONATO SUL-AMERICANO DE ORIENTAÇÃO, QUE OCORREU NA CIDADE DE SÃO FRANCISCO DE PAULA – RS. REALIZADO PELA CONFEDERAÇÃO SUL-AMERICANA DE ORIENTAÇÃO – CSO E O NATURA CLUBE DE ORIENTAÇÃO EM PARCERIA COM A PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO FRANCISCO DE PAULA – RS O primeiro dia (03/dez) teve a manhã reservada para os atletas pra carem na pista treino, bom para os atletas soltarem a adrenalina e a ansiedade da compe ção. Já à tarde a programação foi para abertura do evento com a cerimônia de abertura às 14h30min, que contou com a presença do prefeito do município. Às 15h00 foi dada a largada do revezamento, compe ção que atraiu aproximadamente 75 trios, numa prova disputada completamente em ambiente de floresta. A área de prova de revezamento era, quase em sua totalidade, floresta aberta (branco), com pouco relevo. A prova contou com um clima agradável e propiciou uma compe ção destacadamente mais técnica que o usual para os percursos de revezamento.
Realmente o local do Sprint ofereceu aos olhos um belo visual e para o corpo um momento de demonstrar todo treinamento adquirido ao longo do ano. Uma pista com desafios para todas as categorias e dentro de cada uma delas uma oportunidade de superar suas dificuldades e habilidades. A campeã do Sprint feminino Le cia Saltori, também falou conosco sobre o dia de ontem. "O Sprint, realizado no entorno do lago São Bernardo, a área foi metade urbana e metade nos bosques e trilhas. Novamente a organização foi impecável, acomodou muito bem todos os atletas. No período da manhã foi realizada a classificatória da Elite masculina e feminina, as tarde todas as categorias e também a final da Elite, ambas realizadas na mesma região. O clima colaborou, estava parcialmente nublado e ao longo do dia o sol deu as caras. O traçado dos percursos foram com muita velocidade, o que deu uma adrenalina a mais tanto para atletas quanto expectadores, pois a disputa foi por segundos entres os compe dores. Novamente terminei o percurso sa sfeita e não vi ninguém descontente com o evento. O bosque fica bem próximo do centro da cidade, o que facilitou o acesso para todos os par cipantes."
O destaque do revezamento foi o trio feminino campeão formado pelas atletas Le cia Saltori, Tania Duloren e Elaine Lenz e o Trio masculino campeão formado pelos atletas Everton Markus, Cezar Augusto Fioravan e Renato Cavalcante.
Rev eza me apa :M Foto
De acordo com o atleta Cláudio Santos, atleta do Clube de Orientação Gralha Azul. «O Campeonato Sul Americano até o momento está surpreendendo todas as expecta vas. Começando pela cidade, que oferece uma estrutura muito sa sfatória aos atletas, contando com bons comércios e opções para turismo. A escolha do local para a prova de Sprint o Lago São Bernardo foi uma excelente escolha, um local muito agradável e bonito, dotado de uma rica área verde, com trilhas e bosques perfeitos para a prova."
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No segundo dia do Sul Americano de Orientação, o sol veio agraciar a tarde dos compe dores. Fomos privilegiados pela paisagem. No período da manhã houve a classificatória para a Elite, e na chegada do feminino vemos uma acirrada disputa entre as atletas Le cia Saltori e Edineia Roniak, que fez a galera vibrar. Essa mesma disputa se deu na chegada a tarde, e novemente levantou a torcida. Le cia Saltori levou a melhor no final do dia levando o 1° lugar do Sprint feminino elite.
37 Já para o atleta mirim Mateus Junges Brandão, 5 anos da categoria HN1, do CODAC (Mato Grosso do Sul), que mora em Campo Grande/MS, "A pista não estava di cil. A mamãe me ajudou e eu gostei. Achei muito fácil. Não achei nenhum ponto di cil." O destaque do dia ficou novamente com a atleta Le cia Saltori, que mais uma vez ficou em primeiro lugar, repe ndo o lugar mais alto do pódio conseguido no Sprint, realizando o percurso de 6.6km em 54min22seg. Seguida por Tânia Carvalho com tempo de 58min33seg e Franciely Chiles com tempo de 58min37seg. No masculino a classificação da categoria elite ficou com o Ironir Alberto em primeiro lugar com 45min33seg. Seguido do Fábio Kuczkoski com o tempo de 46min22seg e em terceiro lugar o Leandro Pasturiza com tempo de 47min28seg. O quarto e úl mo dia as emoções ficaram para o percurso médio. Novamente com uma pontualidade no início do evento o evento correu conforme as expecta vas. A categoria D21E, a atleta Le cia Saltori venceu novamente, consagrando-se Campeã Sul-Americana Elite 2015, com Franciely Chiles em segundo lugar e Tânia Carvalho foi a terceira, permanecendo essa colocação na soma dos pontos para a classificação geral da compe ção. Para completar o pódio final, Mirian Pasturiza foi a quarta colocada e Edinéia Roniak a quinta.
Foto: Mapa Sprint Elite Masculino
O terceiro dia do Campeonato Sul-Americano de Oreintação, foi reservado para o percurso longo. A prova foi realizada no mesmo local do revezamento, que ocorreu na quintafeira (03/dez), na região Lago São Bernardo - São Francisco De Paula. Com largada pontualmente realizada às 10h na região do Lago São Bernardo, local de muito pinhos e de belíssimo cenário e uma pista que exigiu dos compe dores resistência, força, uma boa leitura de mapa e concentração uma vez que pra camente 99% do mapa era "branco". O terreno era de Pinus, o que exigiu e também proporcionou aos atletas testar suas habilidades na leitura do mapa. Para o atleta Everton Fernando Ferreira Rodrigues, categoria H21E, Clube de Orientação Gralha Azul (COGA), de Curi ba/Pr, o percurso estava "Bem técnico. O 1° ponto não estava fácil mas encontrei com tranquilidade. Já o 2° era uma pernada e os pontos consecu vos exigiram uma boa leitura de mapa, curva de nível e azimute. No meu caso achei a leitura de curva de nível mais prá co e fácil de fazer".
Foto: Pódio Feminino Elite
Na categoria H21E Ironir Ev vence novamente tornando-se Campeão Sul-Americano Elite 2015, Leandro Pasturiza foi o segundo colocado, Sidnaldo Farias vai para terceiro, Juscelino Karnikowski sobe para o quarto lugar e Everton Markus caiu para quinto, posição classificatório final.
Foto: Pódio Masculino Elite
Foto: Nina Waldow
Foto: Camila Neves
Foto: Camila Neves Foto: Marcelo Chaves Foto: Nina Waldow
Foto: Marcelo Chaves
Foto: Camila Neves
SAOC em foco !!! Foto: Nina Waldow
Foto: José Carlos Pasco ni Foto: José Carlos Pasco ni
Foto: José Carlos Pasco ni
Foto: Camila Neves
Foto: Camila Neves
Foto: Camila Neves
Foto: Nina Waldow
Foto: Nina Waldow
Foto: José Carlos Pasco ni
Foto: José Carlos Pasco ni
Foto: Nina Waldow
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CLUBE EM DESTAQUE NATURA Clube de Orientação
Por Sara Dornelles Weis Certo dia, um grupo de pessoas preocupadas com a situação de alguns atletas carentes resolveu criar uma ins tuição para angariar fundos e desenvolver as habilidades desses jovens no esporte Orientação. Após muitas reuniões, surgiu em 2001 uma Organização não Governamental (ONG) chamada Natural Art of Orienteering, tendo como seu fundador o Senhor Ramiro Bohrer. Dois anos se passaram e as documentações necessárias para abrir uma ONG eram tão extensas e complicadas que o grupo decidiu por criar um Clube de Orientação. O nome em inglês também dificultava o entendimento da proposta e, sendo assim, em 29/06/2003 foi fundado o Natura CO pelo seu idealizador. Na sequência, foram presidentes do clube os atletas Ariane Lopes Macedo, Sara Dornelles Weis e João Ba sta Porcella Vieira, todos com a filosofia de desenvolver projetos para jovens atletas e organização de eventos espor vos. Desde a sua fundação o Natura organizou treinos mensais, campeonatos municipal, estadual, nacional e sul-americano e atuou em parcerias com a Universidade Federal de Santa Maria e Confederação Brasileira de Orientação nos demais eventos. Ao longo dos seus 12 anos de existência o Natura CO viu seus atletas crescerem alcançando obje vos jamais imagináveis, como o Bolsa Atleta, o Alto Rendimento nas Forças Armadas e o tão sonhado ensino superior, pois no seio da equipe foram ensinados valores para toda a vida. A missão social do clube con nua viva e a cada ciclo formamos novos professores apaixonados pelo esporte. Nosso projeto atual começou em 2013 com parceria da CBO no Colégio Tiradentes da Brigada Militar e está até hoje funcionando no ensino da Orientação para jovens estudantes do Ensino Médio. Atualmente, o Natura Clube de Orientação é o segundo melhor clube do Rio Grande do Sul, com estrutura e pessoal para organizar grandes eventos e capacidade técnica para lançar a cada ano novos atletas de elite nas disputadas provas do Brasil, sem esquecer da formação de novos par cipantes.
Relação da Diretoria Execu va 2011/2012 Presidente JOÃO BATISTA PORCELLA VIEIRA Vice-presidente FÁBIO INÁCIO DA CRUZ WEIS Primeiro Secretário JUSSIE PETINE SANTOS Segundo Secretário SIMONE DA CRUZ WEIS POSSA Primeiro Tesoureiro MAURO BUEMO POZZOBOM Segundo Tesoureiro ROBERTO LAVARDA POSSA Diretoria de Meio Ambiente SARA FABRINA SOARES DORNELLES WEIS Diretor Técnico LUCIANO SILVA DE BASTOS Diretora Social EVARISTO JOSÉ DO NASCIMENTO Diretoria de Marke ng
Fotos gen lmente cedidas por Sara Dornelles Weis
9 anos de tradição na Orientação da Paraíba
Venha fazer parte dessa família https://www.facebook.com/rumoserotas/
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POR TRÁS DAS LENTES
Por Nina Waldow
Odete Rech A vida é um novelo, e escrever sobre nós mesmo, sobre nossa história não é uma tarefa muito fácil, mas vamos lá. Eu ve meu primeiro contato com a Orientação em 2004 em Marabá-PA, onde eu era mera espectadora e esperava o marido e o filho terminar a prova com toda a paciência do mundo. Nós mudamos de Marabá-PR para João Pessoa-PB em 2005, e em 2006 o marido e filho voltaram a correr Orientação em Recife-PE, no Campeonato Pernambucano de Orientação, onde eu con nuava a ser uma mera espectadora, até que neste ano ganhei de presente de aniversário minha primeira câmera digital, ai foi o começo da careira da Dona Odete, fotografa de Orientação. Nessa época não nha ninguém que fotografava as corridas, todos eram espectadores ou atletas e eu comecei só fotografando o marido, o filho e as florzinhas que eu encontrava pelo caminho. Um dia me perguntei por que não fotografar os outros atletas também e o evento, aí comecei e não parei mais. D. Odete a dona de casa curiosa, a par r daí foi ganhando experiência na fotografia e ficando a cada corrida mais conhecida pelos atletas, que já vinham gritando e fazendo pose para ganhar um clique da D. Odete.
Nesses meus anos de estrada na orientação, que não são poucos, recebi algumas homenagens em reconhecimento ao meu trabalho, dentre eles: · Cer ficado, emi do pela CBO, de Destaque Fotográfico de Orientação das compe ções de Orientação da CBO e nos estados de Pernambuco e Paraíba, inicia va da Federação Pernambucana de Orientação, através do Clube Bravo, em 2010; · Cer ficado, emi do pela Federação Paranaense de Orientação, Fotógrafa do XV Campeonato Sul americano de Orientação realizado em Rio Negro – PR, em 2012; e · Também recebi um Troféu da Federação Paranaense de Orientação pelo reconhecimento ao apoio prestado no desenvolvimento do Esporte Orientação no Estado do Paraná. É um trabalho gra ficante e emocionante, pois já peguei muito sol, já levei raio pelo caminho, chuvas despejadas de balde e já cai e rompi ligamentos do tornozelo, mas tudo valeu à pena o esforço, pois fiz registros de belas imagens e fiz muitos amigos. Acho que hoje, depois de 10 anos fazendo registros da Orientação, não tem quem não conheça e tenha pelo menos uma foto rada pela D Odete. Já registrei mais de 200 eventos de Orientação com mais de 35.000 fotos publicadas no álbum digital no Flickr, no s e g u i n t e e n d e r e ç o e l e t r ô n i c o : www.flickr.com/photos/orientacaoesporte. E essa é uma pequena parte da minha história de como me tornei fotógrafa do Esporte Orientação.
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Dicas de Nutrição Excessos cometidos pelos atletas na época de natal e reveillon Por Rafael Soares - Nutricionista Esportivo – CRN 16412
Como nutricionista espor vo, a minha obrigação é sempre orientar e sugerir trocas inteligentes para meus atletas de orientação, alertar para os excessos das ceias, mas eu realmente acho que o problema não está na ceia, mas no comportamento de alguns atletas. O equilíbrio do nosso organismo não vai mudar com uma ou outra refeição mais pesada, gordurosa. São os hábitos co dianos que fazem a diferença. Se você passa o ano inteiro na dieta, planeja sempre as suas refeições, cria o hábito de se alimentar bem e não vai sofrer nessa época do ano. O importante é que as refeições saudáveis predominem sobre as nossas eventuais recaídas. No mês de dezembro, é totalmente possível par cipar da ceia, sem radicalismo, apenas controlando o que colocamos no prato. Prefira a farofa e as leguminosas (feijão, len lha) sem bacon ou lingüiça. Arroz com vários grãos. A Federação Paranaense de Orientação neste ano sagrou-se Bi Campeã Brasileira, com os resultados ob dos pelos nossos atletas.
Prefira carnes magras, evitando opções mais gordurosas e salgadas. A carne de peru, sem pele, é sempre uma boa opção. Quando for beber, prefira o vinho, sem champanhe e cerveja, sempre com moderação. Tome muita água, antes e depois da ceia, para manter seu corpo bem hidratado. Para você que está decidido a chutar o balde (da dieta) faço questão de lembrar que o Natal não se resume à comida, e o mundo não vai acabar no dia 1 º de janeiro. A comida é só uma entre tantas coisas boas das confraternizações de fim de ano. A relação com os alimentos deve ser a mais natural e agradável possível. Por úl mo: não deixe de fazer exercícios! Fica a dica Nutricional de fim de ano
Foto: Ricardo Lorençato
Foto: André Pivoto
SEM PALAVRAS ...
Foto: Ricardo Lorençato Foto: Erika Teles
Foto: Ricardo Lorençato Foto: Déa Cajú
Foto: Déa Cajú Foto: Antônio Neto
Foto: Odete Rech
Foto: José Carlos Pasco ni Foto: Odete Rech Foto: Antônio Neto Foto: Camila D P Neves
Foto: André Pivoto
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Foto: João Manoel Foto: Odete Rech Foto: Erika Teles
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Foto: Odete Rech
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Foto: Guilherme Porto Foto: Antônio Neto Foto: Odete Rech
Foto: André Pivoto
Foto: Ricardo Lorençato
Foto: Déa Cajú Foto: Camila D P Neves
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Federação Portuguesa de Orientação Festeja 25 anos
PORTUGAL: DELICADA FLOR DA ORIENTAÇÃO EM JARDIM À BEIRA-MAR PLANTADO Neste mais que globalizado mundo da Orientação, Portugal não é apenas o pequeno e belo país onde o sol brilha e aquece no Inverno e onde, no Carnaval, tem lugar o Portugal O' Mee ng. À enorme variedade de terrenos e de campos de treino para todos os gostos e fei os, soma-se a capacidade organiza va dos seus clubes, a qualidade dos seus cartógrafos e traçadores de percursos, o querer dos seus atletas e o bem receber das suas gentes, ingredientes capazes de atrair às suas florestas milhares de orien stas do mundo inteiro a cada ano que passa. É com os Campeonatos do Mundo de Orientação em BTT no horizonte próximo, que hoje marcamos encontro com a história da Orientação neste “jardim à beira-mar plantado”. Camilo de Mendonça, Higino Esteves e Augusto Almeida, três dos quatro Presidentes que a Federação Portuguesa de Orientação conheceu até aos dias de hoje, acompanham-nos numa fascinante viagem de quatro décadas, ajudando-nos a compreender o caminho que medeia entre os momentos pioneros dos anos 70 e 80 e um dos maiores e mais importantes eventos de Orientação de sempre em Portugal, já no próximo mês de Julho de 2016.
Texto e fotografias por Joaquim Margarido Ÿ
Era uma vez...
Ninguém sabe ao certo quando é que a Orientação terá chegado a Portugal. É reconhecido, porém, que terá sido no meio militar que ela se instalou inicialmente, por lá permanecendo ao longo dos anos, num aparente limbo, sem conseguir vencer os grossos e sombrios muros dos quartéis e chegar ao conhecimento geral. Os primeiros elementos seguros que dão conta duma prova de Orientação em Portugal reportam-se a 1973 e ao primeiro Campeonato das Forças Armadas, levado a cabo em Mafra, nas proximidades de Lisboa. Mas é no início da década de 80 que a Orientação em Portugal inverte o seu rumo, dando lugar ao processo inevitável de “desmilitarização”. É por essa altura que se estabelecem os primeiros contactos com a sociedade civil e que começam a desenhar-se os primeiros mapas, tornando-os públicos e acessíveis. Camilo de Mendonça, o primeiro Presidente da Federação Portuguesa de Orientação, lembra esses tempos pioneiros: “Aquilo que de mais gra ficante recordo foram as inúmeras acções de divulgação ou formação levadas a cabo por todo o País e o contacto com pessoas oriundas dos mais diversos escalões etários e quadrantes profissionais. Funcionámos na altura como bandeirantes sequiosos de divulgar uma modalidade numa população que a abraçou com entusiasmo, vendo nela potencialidades que lhe conferiam um estatuto muito próprio entre as modalidades já existentes”.
“Corrida e orientação”, um conceito incómodo Herdeira de uma prá ca denominada como de “corrida e orientação”, a Orientação teve de travar uma primeira batalha no sen do de re rar do seu nome original a palavra “corrida”, algo que poderia desmobilizar quem eventualmente não gostasse de correr e, por outro lado, castrante das inúmeras formas de prá ca subjacentes à modalidade, nomeadamente as pessoas com deficiência ou aquelas que pretendessem pra cá-la de bicicleta ou a cavalo.
Davide Machado, nº 27 mundial de Orientação em BTT
51 A par r de 1985 começaram a chegar a Portugal vários especialistas, sobretudo da Suécia, no sen do de colaborarem no ensino e elaboração de mapas. Esta inicia va teve por base o apoio à modalidade, por um lado, e a criação de infra-estruturas de prá ca para o intercâmbio de grupos que viriam a Portugal num misto de turismo e prá ca de Orientação. O processo resultou em pleno porque integravam esses grupos alguns atletas de nível mundial que par cipavam nas provas que se iam realizando. Destaque para os nomes de Sven Kinborg e Rolf Anderson, cartógrafos profissionais cujo trabalho resultou na elaboração de mapas um pouco por todo o País.
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Peo Bengtsson, o “pai” da Orientação em Portugal Ao trabalho de divulgação da modalidade, viriam a somar-se a colaboração e o imenso interesse da própria IOF - Federação Internacional de Orientação, no acompanhamento deste processo evolu vo. A criação da Federação Portuguesa de Orientação, em 19 de Dezembro de 1990, e a consequente adesão de Portugal à IOF, como membro de pleno direito, acabou por ser o corolário lógico de todo este processo. “Foi uma época em que vencíamos todas as dificuldades, mo vados pelo ideal de ver nascer e crescer a modalidade sem quaisquer outros interesses”, recorda Camilo de Mendonça. Para além da aposta na formação de quadros no exterior, o intercâmbio turís co com base na modalidade e a consequente organização de provas “internacionais” acabou por atrair as atenções da comunicação social e por levar a Orientação ao encontro do grande público. Grande dinamizador desta vertente “turís ca” da modalidade, Peo Bengtsson acaba por ser considerado por muitos como o “pai” da Orientação em Portugal. Para além disto, outras grandes ações foram levadas a cabo, nomeadamente estágios de equipas de vários países como a Suécia, Suiça e Finlândia. É também por esta altura que Anne Braggins, acompanhada de várias individualidades de diferentes países, leva a cabo a cidades de demonstração da Orientação de Precisão em Portugal. A realização do primeiro Campeonato Ibérico de Orientação, em 1992, foi outro passo importante com vista ao fomento das relações com Espanha, não apenas tendo por base a vertente compe va mas sobretudo através da realização de cursos nas mais diversas áreas.
“A nenhum pai escapa o gozo dos primeiros anos dos seus filhos” Em 1994, no final do seu mandato, Camilo de Mendonça acusava o natural desgaste. Foram anos de dedicação intensa a uma causa em detrimento de tudo o resto e sen a-se a necessidade de se passar a uma nova fase na vida da modalidade. Esse momento surgiu naturalmente e a Orientação prosseguiu o seu caminho com o aparecimento de Higino Esteves, um homem que acompanhara Camilo de Mendonça durante algum tempo e que cons tuiu, na altura, a solução de con nuidade natural. Camilo de Mendonça e as úl mas palavras: “Penso que a forma como nos dedicámos desde a primeira hora, os sacri cios a que sujeitámos as nossas famílias, os prejuízos causados nas nossas carreiras, os recursos financeiros que aplicámos no projecto e principalmente todo o nosso esforço e entusiasmo, marcaram bem aqueles tempos e foram o segredo do rápido desenvolvimento da Orientação.
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Este é o sen mento que todos temos e para nós mo vo mais que gra ficante. A nenhum pai escapa o gozo dos primeiros anos dos seus filhos. Vê-los crescer, fazer asneiras, educá-los melhor ou pior, tudo faz parte. Mas são seus, têm os seus genes e os registos são sempre para recordar com saudade. Eles ganham autonomia, amadurecem, geram família maior, mas a infância é sempre nossa! Julgo que não há pais que estejam arrependidos de ter gerado algo.”
Higino Esteves, o segundo Presidente Quando, em Março de 1994, Higino Esteves aceitou a responsabilidade de dirigir os des nos da Federação Portuguesa de Orientação, o grande desafio que se colocava consis a em amplificar a divulgação da modalidade junto da sociedade civil, nomeadamente nas Escolas, e implantar a Orientação como modalidade despor va, com eventos de qualidade e que atraíssem pra cantes em todo o território nacional. É assim que surge o primeiro Campeonato Nacional de Orientação (o que hoje se designa por Taça de Portugal), com um conjunto de eventos que a FPO passou a apoiar com vista a elevar a qualidade organiza va dos mesmos. O próprio Higino Esteves recorda: “Os primeiros tempos foram muito di ceis. Precisávamos de uma Sede, de um telefone, um fax, um computador, de um técnico a tempo inteiro, de um serviço administra vo, de uma viatura pintada de branco e laranja…” Em Março de 1995, era inaugurada em Mafra a sede da FPO, no mesmo local onde viria a funcionar ininterruptamente durante dezassete anos. “Foi um momento importante, que coincidiu com a realização do Mafra O' Mee ng e que contou com a presença do então Secretário-Geral da IOF, Lennart Levin, bem como dos Dirigentes dos Clubes – que nessa altura julgo eram já 14 (!) - e de vários representantes das en dades despor vas nacionais. A Federação passou a funcionar como uma Federação Despor va, de facto, ao serviço dos pra cantes e também, e muito, dos potenciais pra cantes.”
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Um lugar no mapa Fazendo apelo às suas memórias, entre os momentos mais altos dos oito anos que esteve à frente dos des nos da Federação Portuguesa de Orientação, Higino Esteves recorda a par cipação no Congresso da IOF, em Julho de 1996, em Jerusalém, onde defendeu a sua candidatura a membro do Conselho da IOF, bem como a candidatura para a realização em 1998, em Portugal, do Congresso da IOF, comemora vo do Centenário Mundial da Orientação e ainda a candidatura para a realização, também em Portugal, da Final da Taça do Mundo 2000. Apesar da elevada concorrência de algumas grandes potências mundiais da nossa modalidade, foi com emoção que se assis u à vitória das três candidaturas. Higino Esteves era o primeiro la no a ter assento no Conselho da IOF e Portugal ganhava, em defini vo, um lugar no Mapa da Orientação Mundial.
52 Outro momento alto prende-se com a fundação da Confederação Brasileira de Orientação, em 11 de Janeiro de 1999, em cuja cerimónia Higino Esteves marcou presença em representação da IOF, mas naturalmente também como Presidente da Federação Portuguesa de Orientação. Também a vitória de Joaquim Sousa na Taça dos Países La nos, em Outubro de 1999, foi o primeiro grande resultado internacional na categoria Elite, numa altura em que Portugal se encontrava ainda numa fase embrionária do desenvolvimento de projectos para a Alta Compe ção. E não nos podemos esquecer do Portugal O' Mee ng, que conhecia a sua primeira edição em 1996. Quando, em 2002, Higino Esteves abandona os des nos da FPO, o seu estado de espírito era de sa sfação pelo dever cumprido e de confiança plena no futuro da Orientação. “Tive o privilégio de trabalhar com uma Equipa de Gigantes. Como pessoas, como dirigentes despor vos, como atletas de Orientação”, conclui.
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Durante os vários mandatos de Augusto Almeida, o Campeonato do Mundo de Veteranos (WMOC'08) passa por ser uma referência incontornável. O interesse do Governo português e o seu compromisso em apoiar o evento, a par da boa preparação e dum trabalho de casa bem feito, acabaram por ser determinantes para o enorme sucesso da inicia va. O resultado final foi fantás co e nenhum dos perto de 3500 par cipantes de todo o mundo se mostrou indiferente à qualidade do evento. Augusto Almeida revela o segredo do sucesso: “A nossa modalidade gira na estrita esfera do voluntariado. Efec vamente temos gente muito boa, gente que tudo o que faz, faz na perfeição. Há todo um trabalho sustentado, muito posi vo, que faz com que os resultados apareçam. Há muita gente que trabalha para um mesmo objec vo e que o faz de forma rigorosa, excelente, consistente”, remata
Higino Esteves, representando a FPO no ato da Fundação da CBO
Cuidar das finanças Em 2002, a situação económica e financeira da Federação Portuguesa de Orientação era tudo menos confortável. Para Augusto Almeida, o homem que viria a suceder a Higino Esteves à frente da ins tuição, o desafio consis a em res tuir-lhe a necessária credibilidade: “Na minha maneira de ver as coisas, é impensável viver acima da capacidade financeira de qualquer cidadão ou ins tuição. Daí que a primeira preocupação vesse a ver com a resolução do problema financeiro e depois com o restabelecimento do bom nome da Federação junto de parceiros estratégicos fundamentais – autarquias, o Exército, o Ins tuto do Desporto”, recorda. Missão cumprida, par a-se para uma nova fase na vida federa va, com a criação de medidas tendentes a apostar nos jovens, quer através de facilidades na sua filiação na Federação, quer no apoio aos Clubes que com eles trabalham. Rapidamente se passou de algumas dezenas para muitas centenas de jovens e com resultados visíveis tanto no plano nacional como internacionalmente. Em 2007, a Orientação portuguesa alcançava a primeira medalha de ouro da sua história por intermédio de Diogo Miguel no Campeonato da Europa de Jovens e no ano seguinte Vera Alvarez sagrava-se campeã do mundo de Desporto Escolar.
WMOC 2008, um marco na história da Orientação portuguesa
Campeonato do Mundo de Veteranos WMOC 2008. Festa final
A primeira década do novo milénio chegou ao fim com a organização em Portugal de mais um grande evento. Com efeito, o Campeonato do Mundo de Orientação em BTT, WMTBOC 2010, assentou arraiais em Montalegre, na região nordeste do país, para uma semana de compe ção intensa e de grande nível. O evento ficaria tristemente marcado pela lesão grave sofrida pela atleta da República Checa Hana Dolezalova, mas uma vez mais é a qualidade e capacidade organiza va de Portugal que sai reforçada. É também nesta fase que a Orientação portuguesa vê ressurgir a Orientação de Precisão, de forma organizada e consistente, tendo por base o trabalho inicialmente desenvolvido no seio do DAHP – o Núcleo de Desporto Adaptado do Hospital da Prelada, com o apoio do Grupo Despor vo dos Quatro Caminhos e da Federação Portuguesa de Orientação. Palavra ainda para a criação, em 26 de Novembro de 2007, do Orientovar, o blogue português de Orientação e que rapidamente viria a cons tuir-se como uma verdadeira plataforma de convergência de orien stas do mundo inteiro. Fica ainda um apontamento importante, em termos históricos, para a Federação Portuguesa de Orientação, o de que, em pouco mais de dois anos, a FPO conheceu dois novos Presidentes: António Rodrigues (08 de Novembro de 2008 a 13 de Outubro de 2010) e Alexandre Guedes da Silva (13 de Outubro de 2010 a 26 de Março de 2011). Ÿ
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Economia desfavorável trava evolução da modalidade Nos anos mais recentes, percebe-se que há uma maior atenção dada a Portugal e à sua Orientação. Talvez não tanto pelos resultados despor vos dos seus atletas – embora Davide Machado tenha chegado a ser 7º classificado no Ranking mundial de Orientação em BTT e a presença em finais A dos Campeonatos do Mundo de Orientação Pedestre seja agora muito mais frequente -, mas sobretudo pela qualidade das suas organizações. E aqui, o Portugal O' Mee ng surge como uma autên ca bandeira da modalidade em Portugal, sobretudo desde 2007. Ano após ano, são cada vez em maior número os estrangeiros que demandam o nosso país na quadra do Carnaval, rando o melhor par do tanto da oferta em termos compe vos, como das condições climatéricas muito favoráveis nesta altura do ano e dos muitos campos de treino existentes. Em termos de filiados, o número de atletas inscritos na Federação Portuguesa de Orientação é, nesta data, de 2284, dos quais 145 novos sócios só este ano. Mas os números não são mais do que isso mesmo, números, e a realidade é que os par cipantes portugueses nas provas que se vão organizando um pouco por todo o país tem vindo a decrescer, como reflexo duma conjuntura económica muito penalizadora. Pelo menos, é esta a opinião de Augusto Almeida: “Se nos lembrarmos que desde 2003, duma forma geral, a nossa Sociedade tem vindo a perder poder de compra, em muitos casos duma maneira perfeitamente dramá ca, será fácil perceber que, em tempos de contenção, as pessoas tenham de cortar naquilo que é secundário. E esta é a razão fundamental da pouca adesão actual aos eventos e à modalidade. Felizmente, no caso dos jovens, esta situação coloca-se com menos acuidade. Os clubes que trabalham com a formação disponibilizam uma série de boas vontades, permi ndo enquadrá-los e suportar custos vários. Mas logo que as condições sócio-económicas das pessoas melhorem, veremos o tal “boom” surgir duma forma quase imediata”, admite.
Em 2014, Portugal recebeu em Palmela e Sesimbra o Campeonato da Europa de Orientação e o campeonato da Europa de Orientação de Precisão. Em 2015 a Orientação em BTT regressou de novo a Portugal para a realização do Campeonato da Europa e do Campeonato do Mundo de Veteranos. Em 2016 será a vez de recebermos pela segunda vez, desta feita na região da Bairrada, o Campeonato do Mundo de Orientação em BTT e ainda uma ronda da Taça da Europa de Orientação de Precisão, em Lisboa. Para 2019 está já agendada, para a região de Viseu, a organização do Campeonato do Mundo de Orientação de Precisão.
Pódio masculino de Portugal O' Mee ng 2013, com Thierry Gueorgiou ao Centro
Num breve apontamento final, importa reforçar a ideia que a modalidade está implantada em Portugal e só muito episodicamente se ouve a pergunta “O que isso da Orientação?” O nível compe vo dos nossos atletas nas diversas disciplinas está a crescer de forma exponencial. O ano de 2015 é disso excelente exemplo, com Luís Gonçalves e Inês Domingues a alcançarem, na Croácia, os 6º e 7º lugares na Final de TempO do Campeonato do Mundo de Orientação de Precisão. Os desafios são sempre grandes, porquanto o nível organiza vo já a ngido é deveras elevado e con nua a evoluir muito posi vamente. Sobretudo, há no presente essa preocupação em “democra zar” a importância das diversas disciplinas da modalidade. Orientação de Precisão, Orientação Pedestre, Corridas de Aventura. Orientação em BTT, Ori-Trail/Rogaine e Orientação Adaptada são disciplinas que, apesar das suas par cularidades, merecem igual atenção para um crescimento sustentado. Ÿ Ÿ Ÿ
E o mais que ficou por dizer...
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António Ferreira, Campeão do Mundo de Sprint de Desporto escolar 2013
Novas e maiores apostas Ÿ
2013 foi novamente um ano marcante ao nível das organizações em Portugal. Primeiro os Campeonatos do Mundo de Orientação do Desporto Escolar e, mais tarde, o Campeonato da Europa de Jovens de Orientação Pedestre e a ronda final da Taça do Mundo de Orientação em BTT, bem como o Campeonato do Mundo de Veteranos de Orientação em BTT, preencheram uma boa parte dos interesses e obje vos de orien stas de todos os cantos do mundo.
Luís Gonçalves e Inês Domingues, 6º e 7º classificados na Final de Tempo do recente Mundial de Orientação de Precisão WTOC 2015