Jornal Procurando Turismo Ed. 13

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Setembro 2013 - Ed. 13 - Distribuição gratuita

Evento A magia do cinema na 21ª Expo São Roque

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Evento

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Festival de Orquídeas

Visite o 1º Festival de Orquídeas da Primavera no Km 57 da Rod. Castello Branco.

Aventura

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Rapel

Sob o tema o cinema, Hollywood tomará conta do evento e personagens como Jack Sparrow, Tonny Stark, Darth Vader, Charlie Chaplin, o Casal Addams já confirmaram presença, além dos extraterrestres de Avatar, o famoso ET, e nosso conterrâneo Jeca Tatu, estrela do filme homônimo de Mazzaropi. Todos os personagens terão sua história contada no recinto e circularão interagindo com os visitantes.

Sucos e frutas da hora

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Fica no Km 65 da Rod. Castello Branco, sentido interior. Está lá uma casinha que ninguém dá nada para ela, com uma plaquinha muito mixuruca e discreta (“Sucos e Frutas”). Trata-se simplesmente do melhor suco da região. Sim, pode acreditar.

Turismo Rural Pág. 06 Um programa histórico

Construída no final do século XIX, a fazenda foi uma das maiores produtoras de café da região. Guarda em seu interior, além de uma paisagem espetacular, um armazém, construído em 1901.

Fomos conhecer o dia-a-dia de quem faz rapel em vão livre.

Itapetininga Você já reservou o seu hotel? Pág.

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A exemplo de muitas cidades da região, Itapetininga também se desenvolveu na esteira do tropeirismo.

Dicas

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Reservar hotel para as férias e viagens programadas já virou mania. Tem gente que já deixa reservado até para o ano posterior. O grilo de superlotação, faz com que as pessoas se antecipem e muito. Mas será que você leva vantagem com isso?

Gastronomia

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Arvorismo

Um parmegiana diferente

Com uma boa dose de adrenalina faz do arvorismo uma prática saudável e cultural.

Saímos em busca de um bom a parmegiana e que tivesse algo mais que o tradicional para indicar a você nosso leitor. Achamos claro. Um bem diferente. Chama-se “Bella Parmegiana”.


02 Dicas

Sem discussão: Criança é no banco de trás! Por mais itens de segurança que seu veículo apresente, transportar crianças no banco da frente não é recomendável.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, nove a cada dez acidentes fatais, poderiam ter sido evitados com o uso do equipamento de segurança adequado, como cadeirinhas para bebês e cinto de segurança para as crianças. De acordo com o Código de Trânsito, crianças até 10 anos devem ser transportadas no banco de trás do carro. A penalidade para o não cumprimento desta lei é uma infração gravíssima, além dos pontos na carteira de habilitação. Para bebês, é importante que a criança seja acomodada no assento infantil. Consulte o manual do produto para a devida instalação do equipamento no carro. A criança deve ficar de costas para o

assento dianteiro, a fim de amortecer o impacto da cabeça caso ocorra uma freada brusca, por exemplo. Para crianças maiores o cinto de segurança deve estar confortável, ou seja, tomando parte do peito e dando a volta na cintura. Este cinto também é conhecido como cinto de três pontos. Por fim, além destes itens, o motorista deve ter um cuidado redobrado ao dirigir transportando crianças. E você mãe que está lendo essa nota, dá uma olhada para o seu filho aí no banco de trás e confira se ele está devidamente seguro e usando o cinto de segurança. Vale a pena ser chato, isso garante um futuro muito mais feliz e sem arrependimentos.

Arvorismo: a vida sob um outro ponto de vista A natureza contemplada por novos ângulos e com uma boa dose de adrenalina faz do arvorismo uma prática saudável e cultural, a partir de um ponto de vista totalmente privilegiado. Essa boa ideia, que hoje é até considerada esporte, nasceu na década de 80. Pesquisadores europeus inventaram um jeito diferente de se aproximar da fauna e da flora existentes nas copas das árvores. Dá para imaginar a ginástica que esses caras faziam antes dessa sacada. Antes mesmo de se tornar pesquisador, os estudiosos tinham de ser atletas de circo, verdadeiros trapezistas. A partir da invenção, as subidas e descidas, realizadas constantemente para observação ou coleta de animais silvestres, frutos, fungos, folhas, e outros organismos, foram deixadas de lado e os cientistas passaram a usar equipamentos como cordas, cadeirinhas, mosquetões, polias, etc. Alguns deles, empolgados com a nova técnica, chegavam inclusive a construir plataformas em madeira para pernoitarem e passarem dias em cima das árvores observando espécies. A técnica que recebeu o nome de Arvorismo, atribuiu maior praticidade às pesquisas e contribuiu para a preservação das árvores que se “machucavam” durante as subidas e descidas. Anos depois, o Arvorismo se transformaria numa atividade emocionante para os amantes da natureza e dos esportes radicais mais procurados pela garotada. No final da década de 90, esportistas da França e da Nova EXPEDIENTE

Zelândia adotaram a ideia de praticar o Arvorismo como esporte ecológico de aventura. Com o auxílio de equipamentos adequados e de monitores especializados, qualquer pessoa pode subir, andar e se divertir com a observação da natureza, vista de cima das copa das árvores por trilhas aéreas amarradas em bases ou plataformas construídas. A prática, ainda que cheia de emoção e medos, não oferece riscos: durante todo o percurso o praticante é assegurado por um cinto de segurança e por um capacete. Vale para qualquer idade e depois que a gente chega lá, a sensação é única. Supera todas as nossas expectativas e a gente entende melhor a nossa própria ca-

Diretor: Robson Santana Editor: Alexandre Barroso Textos: João Mendes, Mario Sérgio Ribeiro, Juliana Boechat, Kako Motta, Paula Figueiredo. Fotos: Serapião Neto, Albeto Tadeu, Bia Marques, Haroldo Santanna, Claudio Rocha, Rob Santana.

pacidade de fazer e acontecer. Arvorismo para nós que já estivemos lá é praticamente terapia. Um prazer raro. Experimente você também. Certamente você também vai gostar. Em nosso site (procurandoturismo.com.br) você vai encontrar vários parques, destinos e regiões possíveis de se praticar. Viaje nessa e divirta-se, porque depois dessa experiência, você vai ter muita história pra contar. Vai. Vai que dá!

Diagramação e artes: Fabiano Oliveira Jornalista: Marco Armando MTB 49.248 Revisão: Priscila Boccato Internet: Amanda Santana Tiragem: 25 mil exemplares Distribuição: Pedágios da CCR ViaOeste

Contato (11) 4713-1562 • contato@grupohsv.com.br • www.procurandoturismo.com.br



04 Evento

Parque Corrupira (Parque do Trabalhador) em Jundiaí

Orquídeas e Cia promove 1º Festival de Orquídeas da Primavera Divulgação

Parques

Renanthera coccínea será o grande destaque deste festival

O Parque Corrupira, localizado no bairro de mesmo nome, é mais voltado aos que querem oferecer lazer à família toda, pois possui dezenas de quiosques, cada qual com sua churrasqueira, vários pavilhões onde se realizam espetáculos populares, trenzinho, sistema de som, áreas para piqueniques, além de amplo estacionamento para carros. Também conhecido como “Parque do Trabalhador”, foi inaugurado

em 1.979 e reformado em 2.000. Ocupa área de 225.000 m², sendo 140.000 m² de mata nativa, sendo considerado atualmente reserva biológica. Aos domingos as crianças podem se divertir com projetos educacionais como o “Dê asas à sua imaginação”, além de tobogã gigante, pula-pula, pingue-pongue e xadrez. Funciona das 8 às 17 horas, de quinta-feira a domingo. Av. Nicola Acieri 1.900 - Jundiaí - SP

E porque é tempo de primavera, vem aí um evento para deixar a vida muito mais florida, perfumada e colorida. Promovido pela “Orquídeas e Cia”, o evento acontece no Km 57 da Rodovia Castello Branco, no complexo rodoviário A Quinta do Marquês, entre os dias 18 a 30 de setembro, das 9h às 21h, com entrada franca. No festival haverá vários exemplares diferentes para apreciação e compra. O destaque será a Renanthera coccínea, orquídea coral com 02 metros de altura, que forma uma manta de flores de cor vermelha intensa. Setembro também marca o início da época de replan-

te. Pensando nisso, durante o festival ocorrerá a Oficina de Replante, nos sábados dias 21 e 28, às 11h. A participação é gratuita, basta se inscrever pelo telefone (11) 4717-6223 e comparecer no dia reservado. O participante pode levar a sua própria orquídea ou aprender a técnica com as que estarão disponíveis no local. Além das oficinas, durante todo o evento haverá uma equipe preparada para dar orientação, dicas de cultivo e tirar dúvidas sobre as plantas. O festival é voltado para todo o tipo de público, orquidófilos amantes dessas belas plantas, ou pessoas

com curiosidade de conhecer este belo mundo. No local haverá venda de orquídeas com preços que partem de R$ 5,00 para mudas e R$ 15,00 para plantas floridas. A Quinta do Marquês foi escolhida para sediar o festival porque tem fácil localização, oferecendo ainda serviços de restaurante, loja de conveniência, mercado, cyber-café, entre outros serviços, que garantem conforto ao visitante. Além disso, também tem o famoso e tradicional bolinho de bacalhau e pastel de Belém. O 1º Festival de Orquídeas da Primavera é um evento que vale a visita para prestigiar a entrada da estação em grande estilo, na companhia das mais belas e charmosas flores. Vai perder?

Serviço 1º Festival de Orquídeas da Primavera Data: de 18 a 30 de setembro - Todos os dias Horário: das 09 às 21h Local: A Quinta do Marquês - Rod. Castello Branco KM 57 Tel: (11) 4717-6223 Entrada gratuita


05 Gastronomia

Texto: Alexandre Barroso

Almoçar um bom Filé a Parmegiana é o tipo do programa que (com exceção dos vegetarianos) todo mundo gosta, todo mundo quer. Encontra-se de todo tipo em vários bons restaurantes nas cidades que circundam a grande São Paulo. O filé a parmegiana como todo mundo sabe, é mesmo uma referência, o prato italiano mais famoso que se tem notícias no Brasil, o quinto prato mais pedido pelos brasileiros nos restaurantes, é quase uma preferência nacional. Não há um só gordinho no mundo que não tenha entre seus desejos, saborear um exemplar suculento desses. Ainda que uma viagem não tenha como único objetivo a gastronomia, sem nenhuma dúvida, um bom a parmegiana é sempre uma boa desculpa para sair de casa e embarcar numa viagem. Não acha? Apreciadores (e gordinhos) que somos aqui na

Bella Parmegiana: um prato diferente de sabor divino! leitor. Achamos claro. E achamos um bem diferente. Chama-se “Bella Parmegiana”. Um prato muito bem servido, em quatro generosos filés (tudo junto e separado): Carne, frango, abobrinha e berinjela. Não tem risco, se alguém da família não come carne, contenta-se com o prazer do à parmegiana sem o risco de sair da sua própria dieta. Uma delícia de prato, bem apresentado e suculento, é mesmo diferente e saboroso. Muito bem servido (400 gramas de filé) o prato chega à mesa soltando fumacinha e com uma cara ótima, queijo derretendo, arroz branco, batatas fritas supercrocantes e um perfume de deixar qualquer um de queixo caído. Dá e sobra para duas pessoas comendo com bastante vontade. De entrada, pode-se degustar uma boa bruscheta, um antepasto de berinjela e uma torradinha com patê de alho (de tirar do sério),

O charmoso restaurante reproduz a arquitetura da “Capela de Santo Antônio”

redação do jornal, saímos em busca de um bom a parmegiana e que tivesse algo mais que o tradicional para indicar a você nosso

um patê de alho poró, ou de tomate seco. Aliás, todo domingo a entrada é de cortesia. A gente sai feliz e sa-

A “Bella Parmegiana” é o diferencial da casa, são quatro filés (carne, frango, abobrinha e berinjela)

tisfeito depois de degustar essa delícia. O achado encontra-se no Restaurante Don Magoo Gastronomia, um charmoso restaurante que reproduz em sua arquitetura a “Capela de Santo Antônio” cartão postal e ponto turístico de São Roque. A casa é rústica, tem todo um charme de interior, com mesas de madeira, ambiente familiar, dois salões, mesinhas na área externa e lugar para 80 pessoas sentadas com todo conforto. Localizado bem na entrada da cidade, no pórtico de chegada à já famosa Estância Turística é tudo de bom. A gente indica e garante o bom serviço. Como todo e qualquer restaurante bom, óbvio, nos fins de semana, há um certo congestionamento de pedidos. Com paciência e boa vontade, você acaba se beneficiando

com o sabor delícia desse pedido bom que a gente sugere. Vai que é boa. A ideia do prato veio da proposta do próprio dono, o paulista Rogerio Graziano, conhecido como Chef Magoo. Um simpático e gentil hostes (gordinho, claro!) que desde a inauguração do restaurante, em 2011, queria fazer um rodízio de parmegianas na casa. Resolveu o problema criando o prato que hoje é o mais pedido do restaurante. Sobre ele, o que se pode dizer é que ele faz o que gosta. Virou chefe de cozinha por quê? Ele mesmo responde: “A família sempre teve gosto pela cozinha. Eu sempre gostei disso. Você sabe, todo gordinho gosta de comida boa e esse também é o meu caso. Tenho paixão pela gastronomia”. Todos os pratos da casa levam a

assinatura do chef. Para se ter uma ideia do cuidado com o que faz na cozinha e serve aos seus clientes, só o molho de tomate do Bella Parmegiana ele levou 12 anos desenvolvendo para chegar a sua mesa no ponto. Entre outras tantas boas pedidas do cardápio, no domingo tem também as sugestões do chefe. Indicadíssimas, elas podem variar de camarão com bacalhau a massas variadas. Tá bom para você?

Serviço Restaurante Don Magoo End.: Rua Jamila Abumanssur Mana, 120 - Jd. Guaçu - São Roque/SP (Acesso a Castello

Branco, ao lado do portal da cidade)

Informações: (11) 4784-7600 / (11) 4784-2262 www.donmagoo.com.br


06 Turismo rural Visitar a Fazenda Limoeiro é como entrar, se transportar mesmo, para dentro de um livro infantil. Daqueles programas que mais se parecem com uma boa história pra contar

Um programa para fazer história pros filhos antes de dormir do que com a realidade. Construída no final do século XIX, a fazenda foi uma das maiores produtoras de café da região. Guarda em seu interior, além

de uma paisagem espetacular, um armazém, construído em 1901. Uma atração não só pela grandiosidade de sua fachada, mas principalmente por conservar ainda as mesmas

características do passado. É nele que todo mundo se reúne para fazer novos amigos, compartilhar as próprias lembranças, contar e ouvir, emocionadas histórias, causos e música boa tocada em viola caipira (música de raiz e repentista). É mesmo uma viagem no tempo, onde até as “mentirinhas” dos nossos avós vem a tona e a gente revive os bons tempos do passado, ouvindo o cantar dos pássaros, sentindo o cheirinho típico da roça. Um dia só é pouco para quem gosta de uma boa proza e do jeito simples da fazenda. O Armazém do Limoeiro é o único da região que, por mais de 1 século, conseguiu se manter vivo, ativo, trazendo para os dias de hoje um pouco da nossa própria história. E por tudo isso, é parada obrigatória de peregrinos, cavaleiros, ciclistas e turistas. A fazenda estruturada para receber visitantes, oferece boa acolhida, comida boa (no fogão a le-

nha), artesanato, espaços para eventos, confraternizações e shows, piquenique, campo de futebol, lago, passeios a cavalo e trilhas. Quem visita têm o privilégio de desfrutar de ar puro, de paisagens belíssimas e de um visual único, onde se destacam inúmeras formações rochosas. E como ninguém é de ferro, aproveitar da culinária caseira da fazenda é no mínimo uma boa ideia. Aos finais de semana, encontram-se várias opções de salgadinhos caseiros: Coxinhas, esfirras, espetinhos de frango, enroladinhos, pastéis, porções especiais de mini quibes, frango a passarinho, queijo fresco, salaminho, queijo mineiro, lombinho, linguiça pura de porco. Aos domingos o almoço caipira, preparado no tradicional fogão à lenha é do tipo imperdível. Quanto às sobremesas caseiras, melhor nem falar. Isso você vai ter que descobrir quando chegar lá.

Serviço

Fazenda Limoeiro da Concórdia Telefones: (11) 99736-9674, (15) 8148-4156, (11) 99601-4155, (11) 997142656. Horários: Armazém: Segunda a Sábado: 7h-17h. Domingos e feriados: 10h-17h. Restaurante: Domingos: 12h30-15h30. End.: Rod. Dom Gabriel Paulino Bueno Couto (Mal. Rondon), km 86 - Itu / SP - www.fazendalimoeirodaconcordia.com.br


07 Viagem

Texto: Alexandre Barroso

Viajar é bom e a gente gosta

Viajar é tudo de bom quando a gente leva junto a vontade de ser feliz na bagagem! Tem certos lugares, coisas e pessoas que passam bem na nossa frente, praticamente no nosso nariz e a gente nem vê. Isso é muito comum de acontecer com qualquer pessoa, e a minha conclusão é de que esse é um fenômeno daqueles que só se explica com alguma reflexão. Tudo depende da nossa própria disposição, do estado de espírito e da situação. Se você está bravo, geralmente só vê as coisas ruins, se você está eufórico, o mundo é Haroldo Santanna

Templo Zu Lai - Cotia

cas aqui para você e revelar o que há de mais pitoresco e interessante nesse mundão rico, farto e vasto que só o interior do Brasil tem. Nessas “viagens”, encontramos todos os bons motivos para fazer desse nosso trabalho o seu melhor guia de turismo. Publicamos alegria, publicamos dicas de viagem, de lugares, fotos de passeios legais e principalmente, publicamos coisas que possam te levar um pouco mais de alegria e de felicidade. Veja aqui alguns exemplos fotográficos do que de melhor se vê numa viagem pelo interior e desfrute como a gente desse prazer que é

uma alegria só e até o sol brilha mais forte... E assim vai, até que chega um dia e você descobre, enxerga de fato, e vê aquela coisa, lugar ou pessoa e se pergunta: Puxa vida, como é que eu nunca tinha visto isso??? E porque isso acontece muito frequentemente, perdemos algumas excelentes oportunidades. Viagem de

Embu das Artes

Balonismo - Boituva

carro, por exemplo: se você sai em direção a um destino pré-determinado, provavelmente você não vai ver muito mais além da estrada que está a sua frente, até que chegue ao local pré-definido. E assim, você acaba perdendo o melhor motivo de viajar: conhecer novos caminhos, paisagens, sentir os odores e saborear as peculiaridades de

cada estação ou lugares. Viajar é viver plenamente essas coisas, sem tempo, sem caminho determinado. Ainda que se tenha um destino alvo, viajar é permitir-se a mudar, buscar atalhos e abrir novos horizontes. Isso é viagem. Desfrutar das sensações. Sorrir, permitir-se. Nós aqui da redação do jornal fazemos isso. E só faze-

Parque das Águas - Sorocaba

mos porque a gente gosta do que faz. A gente gosta de viajar pelo interior no seu mais amplo sentido. A cada dia um novo motivo e muito frequentemente sem destino. Saímos para a estrada simplesmente. Saímos para desfrutar do passeio, dispostos a encontrar lugares, parques, paisagens, hospedagens, gente e comida boa por aí para trazer essas di-

conhecer, enxergar o mundo lá fora com os seus próprios olhos, com seus próprios sentidos. Se ligue no nosso site (www.procurandoturismo.com.br), na FanPage no Facebook (revistaprocurando) e no nosso jornal impresso (distribuído nas cabines de pedágios da Viaoeste). Permita-se viajar conosco ou “semnosco.” E boa viagem!


08 Evento O evento ocorrerá de 04 a 27 de outubro, sempre as sextas, sábados e domingos. Sob o tema o cinema, Hollywood tomará conta do evento e personagens como Jack Sparrow – Piratas do Caribe, Tonny Stark – O Homem de Ferro, Darth Vader – Guerra nas Estrelas, Charlie Chaplin, o Casal Addams já confirmaram presença, além dos extraterrestres de Avatar, o famoso ET, de Steven Spielberg, e nosso conterrâneo Jeca Tatu, estrela do filme homônimo de Mazzaropi, baseado no personagem de Monteiro Lobato. Todos os personagens terão sua história contada no recinto e circularão interagindo com os visitantes. O objetivo do Sindusvinho – Sindicato da Indústria do Vinho de São Roque, que promove o evento, é apresentar sem-

É no clima de cinema que se dará, em outubro, a já pre novidades para o público, por isso, a 21ª Expo São Roque trouxe o cinema para relembrar momentos marcantes, que de alguma forma, fizeram parte da vida de cada um. O presidente da entidade, Cláudio Góes, afirma que capricho e empenho não foram poupados para agradar os turistas: “a sétima arte fascina a humanidade desde sua criação, estamos focados em fazer aflorar este sentimento especial em todos os visitantes”. Além da temática, a festa destaca os produtos tradicionais da cidade: alcachofras e vinhos que podem ser consumidos das mais variadas formas. A 21ª Expo São Roque tem atividades que agradam toda a família e ocorre no Recanto da Cascata, na Estância Turística de São Roque, a 60 km da capital.

A festa destaca os produtos tradicionais da cidade: alcachofras e vinhos que podem ser consumidos das mais variadas form

Conheça as principais atrações do evento Pisa da Uva Um dos pontos altos da festa será mantido nesta edição. Todos os dias, às 17h00, os turistas poderão fazer a tradicional Pisa da Uva, dançando e pisando as frutas ao som da Tarantella. Além de resgatar a elaboração do vinho, os visitantes participam de uma competição que define quem é mais ágil na pisa. O vencedor é quem consegue encher a garrafa com o sumo primeiro. São escolhidas quatro pessoas para a atração e quem vencer leva um kit exclusivo da 21ª Expo São Roque. Cine Teatro São José Na praça principal do recinto, haverá uma réplica do Cine Teatro São José, com duas mini salas de cinema reproduzindo vídeos com as cenas mais marcantes dos filmes clássicos. O Cine

Teatro São José é tido como exemplo de cultura para o sanroquense, hoje está desativado e a espera de uma reforma para preservá-lo. Vinhos As tradicionais vinícolas são-roquenses marcam presença no evento com estandes, oferecendo aos visitantes a oportunidade de conhecer a especialidade da cidade, conhecida como a terra do vinho. Para tirar as dúvidas sobre o produto, haverá workshops ministrados pelo enólogo Fábio Góes, aos sábados e domingos às 13h e às 15h. Alcachofra Em plena safra, esta delícia gastronômica, estará presente para ser consumida no local e para levar para casa. No Mercado da Alcachofra, pode ser encontrada in natura, pratos

congelados, em conserva ou em patê. No Espaço Gourmet, é possível aprender receitas com o chef Osley José, nos workshops aos sábados e domingos às 12h, 14h e às 16h. Nos restaurantes os pratos que levam a flor são os mais distintos como lasanha, risoto, strogonoff etc. Musical O capricho e encantamento da sétima arte não ficarão de fora, a empresa Ponto Cultural, preparou o espetáculo: “Cinema, fábrica de sonhos, a emoção em 3D”, que mostrará como a arte imita a vida, no mundo dos sonhos e o recomeço constante da arte de viver. Este tema será abordado passando por ordem cronológica, pelos principais filmes, desde o cinema mudo até os lançamentos. Com foco especial no figurino e efeitos especiais, muitas surpresas podem ser

esperadas deste espetáculo que ocorrerá aos sábados e domingos às 13h e às 16h. Atrações Distribuídos pelo evento estão os estandes que trazem opções de doces caseiros, licores, plantas, roupas, artesanato e artigos para casa. Além disso, o evento conta com atrações para toda família, como os personagens dos filmes precitados, apresentações de dança com temas como Moulin Rouge, Darting Dancing e RIO, orquestra sinfônica e programação especial de shows as sextas e sábados à noite. Outra novidade desta edição é o Baile da Saudade, sempre as sextas, às 15h. A atividade promete agradar o público da melhor idade. Para os pequenos, a Fazenda Angolana garante sorrisos com os pôneis, coelhos, cabritinhos, porcos, pássaros e

demais animais que interagem com as crianças. Próximo aos animais será montado o playground, que conta com tiro ao alvo, piscina de bolinha, boliche americano e brinquedos infláveis. Infantil Para o Dia das Crianças, comemorado em 12 de outubro, a 21ª Expo São Roque tem uma surpresa especial. O grupo Brasital prepara um espetáculo com os principais personagens da Disney. Durante 40 minutos de espetáculo a Pequena Sereia, Mickey, Minnie, Pocahontas, Cinderela, Branca de Neve, Rei Leão, a Bela e a Fera entre outros encherão os olhos dos pequenos, às 14h, no palco principal. Infraestrutura A 21ª Expo São Roque, a fim de repetir o sucesso do


09 Fotos divulgação

á tradicional Expo São Roque

mas, com atividades que agradam toda a família

Diversão para todas as idades na Pisa da Uva, dançando e pisando as uvas ao som da Tarantella

to ano anterior, teve seu projeto de arquitetura e urbanismo desenvolvido pelo renomado arquiteto Tanus Saab. Ao chegar, o visitante se sentirá dentro do universo cinematográfico, repleto de surpresas ocorrendo concomitantemente. O espaço principal do recinto abrigará a réplica do Cine Teatro São José, local de grande importância para os residentes de São Roque. O Recanto da Cascata conta com 50 mil m², cercados pela bela Mata Atlântica, promovendo contato direto com a natureza. O recinto possui ainda fraldário, posto de enfermagem, segurança, cadeiras de rodas e acessibilidade para deficientes físicos. Crianças até 08 anos acompanhadas não pagam. A 21ª Expo São Roque ocorre de 04 a 27 de outubro, sempre as sextas, sábados e domingos das 10h às 22h, com exceção dos domingos que a festa se encerra às 20h.

Na praça principal do recinto, haverá uma réplica do Cine Teatro São José, com duas salas de cinema reproduzindo vídeos com as cenas mais marcantes dos filmes clássicos.

Serviço

Local: Recanto da Cascata - Av. Antônio Maria Picena, 34 - São Roque/SP Data: de 04 a 27 de outubro, (sempre as sextas, sábados e domingos) Horário: das 10h às 22h (Domingos até às 20h) Preços: as sextas-feiras - R$ 5,00 / Sábados e domingos - R$ 18,00 Estacionamento: R$ 12,00 Informações: (11) 4712-3231 www.exposaoroque.com.br


10 Cidade

Texto: Alexandre Barroso

Itapetininga uma cidade histórica e de raízes na Raposo Tavares

A exemplo de muitas cidades da região, Itapetininga também se desenvolveu na esteira do tropeirismo. O local foi ponto de descanso dos tropeiros, que montavam ranchos e arraiais para o pouso, antes de seguirem em direção ao Sul. O primeiro núcleo de tropeiros na região de Itapetininga surgiu em 1724, quando se descobriu que o pasto no local era abundante e a ter-

ra fértil para o plantio. A estes fatores somou-se a distância da vila de Sorocaba - doze léguas - que correspondia a uma jornada de tropa solta. A vila de Nossa Senhora dos Prazeres de Itapetininga, hoje conhecida simplesmente como Itapetininga, foi oficialmente criada no dia 5 de novembro de 1770. A vila, porém, só tornou-se cidade, de fato, em 13 de março de 1855.

A cidade que hoje é desenvolvida e tem um comércio ativo, não chega a ser o que se denomina como estância turística, mas como qualquer município interiorano, tem inúmeros atrativos, gente hospitaleira, hospedagens, restaurantes e até pontos considerados imperdíveis para quem visita. Para chegar a cidade pegar a saída 161 da Raposo Tavares.

Principais Pontos Turísticos

uma das melhores e mais belas opções de lazer do Estado, pois seu local é de fácil localização, privilegiado ecologicamente. Antigamente, no

Possui 326.700 metros quadrados de mata secundária, lagos, camping, quadras de vôlei, cestobol e tênis, campos de futebol e demais equipamentos para lazer e recreação.

Parque Ecológico São Francisco de Assis

Paço Municipal

Salto do Paranapanema

Rio Itapetininga

Local bem conhecido em todo o Estado é um pouco distante da cidade, mas sua

Localizado a sete quilômetros da cidade, tem vários ranchos de pescaria e

paisagem turística é de rara beleza natural, há abundância de peixes, e inúmeros ranchos para pescaria.

aprazíveis locais. Bom para passeio e para quem gosta do contato com a natureza e o hobby de fotografar.

Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Prazeres

Sua área é de aproximadamente trinta e cinco hectares. Atualmente, está em reformas, mas deverá constituir

local, funcionava a Estação de Abastecimento de Água, que provia nos idos de 1911, a pequena Itapetininga de então.

A criação da Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Prazeres deu-se a 6 de novembro de 1771, como relatado no Livro de Tombo, a fonte informativa mais antiga de Itapetininga: Foi elevada à Vila e Paróquia a 6 de novembro de 1771, o que se evidencia do fato de ser de 20 de janeiro de 1772 o primeiro assento de batismo nos livros da Paróquia, sendo seu primeiro vigário, o Padre Ignácio de Araújo Teixeira.


11 Da redação

Texto: Alexandre Barroso

Nossa equipe de redação, que anda mais de 1.000 quilômetros por semana. Fuça todos os dias pelo interior em busca de destinos (e equipamentos turísticos), áreas de lazer, lagos, rios, montanhas, resorts, pousadas, restaurantes, fazendas e os mais variados tipos de atrativos que o interior tem para oferecer, para trazer nessa seção as melhores dicas e fotos do que se vê por aí. Muito frequentemente, rodando pelas estradas, a gente acaba encontrando coisas e lugares únicos, típicos, e porque não dizer (?), pitorescos. Aqueles lugares que geralmente ninguém vê. Passa direto. É assim quando a gente anda, principalmente nas estradinhas vicinais, “perdidos” no tempo e no espaço. É nelas que a gente, quase que sem

Tim-Tim: Suco natural é tudo de bom

Sucos e frutas naturais daqueles que você nunca viu...

Na Rodovia Castello Branco o simpático “Tio” vende seus produtos há mais de 20 anos

querer, dá de cara com aquela feirinha de produtos orgânicos, na porta de fazendas de leite, vendedores de frutas, verduras e artesanatos. Esse é o nosso grande prazer de viajar. Ter tempo suficiente para uma boa proza, descobrir um novo caminho, paisagens, conhecer gente e desfrutar da realidade e da diversidade do interior. Isso sim é gostoso de fazer. E foi dessa forma que encontramos, na cara de todo mundo (e que ninguém vê), uma casa de sucos e frutas das mais interessantes. Fica no quilômetro 65 da Rodovia

Castello Branco, sentido interior. Está lá uma casinha que ninguém dá nada para ela. Uma casa simples, com uma plaquinha muito mixuruca e discreta (“Sucos e Frutas”). Trata-se simplesmente do melhor suco da região. Sim, pode acreditar. Toma-se suco de qualquer fruta da época, batido com leite condensado, água e gelo. Um espetáculo. De tão bem servido e consistente é quase um Milk Shake. Enorme. E ainda me arrisco a dizer: é muito melhor que qualquer um das redes de fastfood. O meu preferencial é o

de morangos. Um delírio! Feito na hora e com frutas frescas (colhidas no dia), o lugar tem mil balangandãns. Tudo baratinho, sem agrotóxicos e produzidos ali mesmo, no sítio. Chique. Pra lá de original! Uma placa em cima das frutas dá logo o tom da conversa: “Só aperte quando for sua”. Na bancada, dependendo da época, encontram-se manga, pêssego, tangerina, pêra, goiaba, banana, laranja, maçã, geleia, mel, doce de leite, barbeador, fogos de artifício e até pasta de dente. Tudo junto e misturado! Um barato.

Vive (e sobrevive dalí) uma família de orientais, que há mais de 20 anos vende os produtos da sua própria produção. O papo é ótimo, quem atende é o dono (conhecido como “Tio”), um velhinho simpatissíssimo, que além de pai de família é um empreendedor nato e barbeiro. A casa tem bancos de madeira natural, jardim muito bem cuidadinho, patos e gansos. Frequentado por quem vive nas estradas, caminhoneiros, policiais rodoviários, ciclistas e curiosos como nós, é uma referência saudável e cultural. Portanto, fica aqui a nossa boa dica na Castello Branco. Pare no Km 65 para conhecer o Tio e desfrutar do melhor suco natural da região. A gente garante que só essa parada já vai valer a sua viagem.

A casa “Sucos e Frutas” fica bem no Km 65


12 Hospedagem

Texto: da redação

Você já reservou o seu hotel? Saiba com qual antecedência deve-se reservar...

Reservar hotel para as férias e viagens programadas já virou mania. Tem gente que já deixa reservado até para o ano posterior. O grilo de superlotação e a pretensão de voltar a um destino muito procurado, faz com que as pessoas se antecipem, imaginando garantir a sua vaga pelo menor preço. Mas será que você leva vantagem com isso? Normalmente antecedência não lhe trará bons preços, pelo contrário. Por quê? Os hotéis se preocupam com a ocupação muito em cima da hora. Ou seja, se daqui 10 meses o hotel está apenas com 20% da ocupação, não há motivo para ele se preocupar, pois são muitos meses pela frente para o cenário ser alterado. Agora, quando o hotel percebe que a ocupação está abaixo do planejado, eles lançam as promoções, que geralmente são mais imediatas, para os três próximos meses, por exemplo. Com a chegada da internet na vida de todos nós, as empresas especializadas são rápidas no gatilho. A depender da temperatura,

ou da época do ano, tudo pode mudar de um dia para o outro. Nos dias atuais é praticamente impossível você encontrar bons preços quando busca

hotel é a seguinte: Programe-se para semanalmente realizar as buscas por internet. Sempre aparecem promoções de ocasião e geralmente sai mais bara-

uma oferta melhor aumentam muito. Através da comunicação por e-mail, você acaba recebendo boas barbadas com até 3 meses de antecedência.

Confraria Colonial Hotel Boutique - Mairinque

hotéis para daqui, 8, 9, 10 meses. O que se disponibiliza na maioria das vezes vem com preço cheio, sem nenhum desconto. A dica para reservas de

to. Caso você queira muito se hospedar em determinado hotel, assine sua newsletter. As promoções chegarão no seu e-mail e as chances de conseguir

Vou conseguir promoção na alta temporada? Provavelmente não. Nenhum hotel com ocupação alta faz promoções. Lembre-se que a alta temporada é a da ci-

dade de destino, não na sua cidade/país. Vou conseguir promoção na baixa temporada? Vai sim, com certeza. As promoções são mais comuns e hotéis de 3, 4 e 5 estrelas as realizam com frequência. Uma boa opção para economizar são os pacotes, onde a diária está incluída junto com serviços adicionais, tais como: Café da manhã gratuito, acesso a internet, estacionamento e bônus para consumir no hotel. Há ainda promoções que não são realmente promoções. Quando uma rede quer chamar a atenção para si, mas não quer abaixar os preços, ela realiza uma promoção e disponibiliza uma parcela muito pequena de quartos disponíveis. Assim poucos aproveitarão e ela conseguirá se divulgar. E no geral promoção é assim mesmo. Só uma minoria que aproveita. Fique esperto, quando as promoções aparecem os quartos são reservados rapidamente. Não há muito tempo para pensar. É preciso ser decidido! Não importa seu perfil, uma coisa é certa: economizar é bom e a gente sempre gosta!


13 Aventura

Texto: Alexandre Barroso

Rapel: Uma modalidade esportiva para superar expectativas!

E como viagem faz lembrar alegria, jovialidade e adrenalina, chegamos à conclusão de que não basta apenas sair por aí sentado confortavelmente no seu carro dirigindo sem destino. Turismo acima do tudo é descobrir o novo, novos amigos, lugares incríveis, paisagens exuberantes, enfrentar o desconhecido e principalmente, sentir-se livre. Portanto, já que “aventura pouca é bobagem”, descolamos e experimentamos um programa cheio de adrenalina e aventura em Mairinque. Fomos conhecer o dia-a-dia de quem faz rapel em vão livre. Um grupo que faz eventos dessa natureza para iniciantes e turistas. Ou seja: rapel na ponte. Um programão que, aliado à viagem, surpreende, faz a diferença. E o melhor, qualquer um de nós (simples mortais), em qualquer idade, consegue fazer. Contabilizamos naquele dia, 22 pessoas inscritas. A maioria iniciantes e alguns “virgens” na prática. Casais casados e namorados, jovens solteiros, gente de meia idade, coroas (como eu) e até crianças entre 4 e 8 anos estavam na Dona Ponte. Sim, isso mesmo: Ryan, de 4 anos, desceu da ponte agregado ao instrutor. “Umbilicado” como se diz na linguagem oficial (uma fita une as duas pessoas na descida). Depois disso, quem há de negar uma experiência dessas? E por causa disso, nem eu me furtei a essa experiência deliciosamente louca! Promovido mensalmente pelo grupo Rapeleiros – “A Vida por uma Corda”, o evento reúne em média 30 pessoas, geralmente aos sábados, em locações surpreendentes e deslumbrantes na zona rural. Sempre pertinho de São Paulo. Encontram-se cenários realmente fora do comum. Pode ser em pedreiras, cânions ou em pontes com vão livre (altíssimas) como essa de 45 metros que fomos conhecer. Fica na estrada de ferro que liga Campinas a Santos, no trecho de Mairinque, batizada pelo grupo de “Dona Ponte”. Um lugar muito bonito, de ar puro, vento fresco e tranquilo. Vez por outra se vê passar um cavalinho, uma

charrete, um ciclista (lá em baixo) e assim segue à vida naquela malemolência típica do interior. A quebra do silêncio fica por conta do trem, que em plena atividade, surge na linha deslizando suas rodas reluzentes pelos trilhos, buzinando e fazendo tremer a ponte toda, em intervalos de meia em meia hora. Emociona ver e sentir a vibração de tão perto. Wellington Soares e João Lucindo são os instrutores e organizadores dos eventos do grupo, Wellington faz as apresentações de equipe e equipamentos, ministra uma breve palestra sobre os conceitos, os

cuidados, a segurança, dá noções básicas de uso do equipamento (cedido pelo grupo) e de como vai se desenvolver o dia. Aos poucos vai tranquilizando os novatos, com a experiência de mais de 10 anos da equipe na prática do Rapel. Em pouco mais de meia hora estamos aparamentados para essa aventura única, divertida e desafiadora. Não há como negar certa ansiedade. Frio na barriga, claro. Lá do alto, a impressão que se tem de distância é superdimensionada. Sem noção. Wellington Soares conduz a preparação narrando ao nosso lado passo a passo do procedimento. Muito tranquilo, ele conse-

gue transmitir confiança e aos poucos a gente se sente muito a vontade. Rapidinho estamos do lado externo da ponte, presos às cordas e a essa altura, confiantes da nossa própria capacidade de superar o medo. A saída na ponte, quando realmente a gente se desgarra do chão, é o único momento tenso. Balança, gira e venta. Em pouco mais de dez segundos, a coisa se estabiliza e a partir desse momento vira puro prazer. Você está solto no ar, sozinho na vertical (que corresponde a 13 andares de um prédio), ao sabor do vento e do sol. O visual é indecente de tão bonito. Cabe

a cada um decidir o tempo e a velocidade de descida, já que quem comanda a corda é a gente mesmo. Fiz a minha primeira descida em pouco mais de 40 segundos. Deslizei sobre a corda, atento, meio tenso, mas ao mesmo tempo, sentindo-me um vitorioso. Ficaram lá em cima, os novos amigos, os medos, as preocupações de vida e o estresse do dia-a-dia. Realmente é uma viagem. Que ninguém nos ouça, mas confesso que tudo o que eu queria naquela hora, era chegar à terra firme. E quando se chega, indiscutivelmente a sensação é de superação, vitória e contentamento. Um prazer todo pessoal e in-

transferível. Certamente cada um passa por isso de maneira muito própria. Cada um enfrenta seus próprios monstros de maneira diferente. E é isso que nos faz iguais e ao mesmo tempo únicos no universo. Enfim, fazer rapel seja na ponte, no paredão ou na cachoeira, ainda tenha lá cada um a sua própria peculiaridade, é antes de tudo uma terapia. Maravilhoso e insubstituível. Nenhum outro esporte proporciona com tanta segurança o prazer de voar. É simplesmente sensacional. Um encontro com o seu próprio limite e consigo mesmo. Uma aventura de arrepiar até

o último fio de cabelo, mas depois de feito, tem gosto de “quero mais”. Ainda que pelo menos 10 das 22 pessoas que se reuniram na ponte naquele sábado nunca tivessem sequer visto de perto uma corda de rapel, todos repetiram a decida pelo menos mais 2 vezes. E aí sim, sem medo nenhum de ser feliz. Houve quem tivesse se aventurado a descer de cabeça para baixo, outros de frente e até girando. Gritos e sussurros é pouco. O que se ouvira ao final de cada descida foram risos, excitação e palmas. Depois de quase 6 horas de brincadeira, saímos de lá donos da situação. Satis-

Nosso repórter em ação

feitos, mais confiantes das nossas próprias decisões, donos das nossas escolhas e dos nossos próprios narizes. Um dia inesquecível e que fica para a história de nossas vidas. Tá aí um programa de aventura indicado para toda a família. Pode acreditar, a gente sai disso muito mais confiante e completamente realizado. Vai que é boa. Cuidados que se deve ter antes de se aventurar por aí: Toda prática de rapel deve ser executada em grupo, pois um integrante é sempre responsável pela vida de outro. Toda descida deve ter no mínimo três participantes: O que aborda: Que é o responsável por colocar o praticante na corda, conferir se seu equipamento está correto e orientá-lo no momento da abordagem; O que desce: Que é o praticante atual, ou seja, quem vai fazer a descida; O que faz a segurança: Que é a pessoa que vai estar lá em baixo, segurando a corda, atento a qualquer vacilo que o que desce possa dar. Quem fica responsável pela segurança da descida, deve ter total atenção, pois com ele fica o último recurso antes de uma fatalidade. Se alguém que está descendo perde o controle de sua descida, é o segurança quem vai ter que fazer o bloqueio dele na corda, ou seja, parar a sua queda e evitar que caia.

Conheça o grupo

O Grupo de Rapel – A Vida Por uma Corda promove pelo menos 1 evento por mês na região. Saiba da programação pelo link do blog na página do nosso site www.procurandoturismo.com.br

Para contatar o grupo: E-mail: avidaporumacorda@gmail.com


14 Museu

Salão de Humor de Piracicaba apresenta mais uma mostra de cartuns, charges e quadrinhos

Texto: Rafael Zanvettor (site Terra)

A 40º edição do Salão Internacional de Humor de Piracicaba, acontece na cidade até outubro, com entrada franca, no Parque do Engenho Central. O salão reúne charges, cartuns, caricaturas e tiras de artistas do mundo todo. É a maior mostra na história do evento e conta com 442 obras, divididas em 142 cartuns, 97 caricaturas, 74 charges, 73 tiras/HQs e 53 trabalhos com o tema fu-

tebol produzidos por artistas de todos os estados brasileiros e de 64 países. A edição recebeu no total, 4.180 obras de 845 artistas para seleção de países como Albânia, Bulgária, Chipre, Croácia, Grécia, Finlândia, Hungria, República Tcheca, Lituânia, Polônia, Romênia, Nova Zelândia, Rússia, Azerbaijão, Cazaquistão, China, Uzbequistão, Irã, Israel, Macedônia, Paquistão, Quê-

Alfredo Martirena - Cuba

Angel Ramiro Zapata Mora - Colômbia

nia, Sérvia, Sudão, Turquia ou Ucrânia, entre outros. O evento é considerado um dos mais importantes do setor no Brasil. A mostra de 2013 marca os 40 anos do longo percurso realizado pelo salão, fundado em 1974 em plena ditadura. “40 anos para esse tipo de evento é uma coisa raríssima, não há nada igual que tenha uma sobrevida tão longa no Brasil”, diz Zélio Alves Pinto, um dos fundadores do salão, além participar como jurado e desenhista em muitas edições - atualmente, dá nome do maior prêmio do salão, o Zélio de Ouro. A história do salão é repleta de casos curiosos, de tensão com a ditadura militar e de situações cô-

micas, como não poderia deixar de ser. A iniciativa de jornalistas e intelectuais de Piracicaba foi feita com o apoio de grandes nomes do humor nacional como Millôr Fernandes, Jaguar, Fortuna, Henfil, Ziraldo e Paulo Francis, à época responsáveis pelo irreverente jornal O Pasquim. Apesar de considerado um dos maiores salões de humor do mundo, e senão o melhor, o mais longevo, o salão quase foi fechado pela ditadura, e pelos partidos da época, segundo Zélio, “covardes”. Os car-

tunistas Chico e Paulo Caruso e Zetti (Maria Ivete Araújo, ex-diretora do salão, exonerada em 2010), uma das organizadoras do evento nos primeiros anos, foram responsáveis por “segurar o salão de pé”.

Serviço End.: Parque do Engenho Central de Piracicaba (Avenida Maurice Allain, 454 - Piracicaba/SP) Informações: (19) 3403-2615 www.salaodehumor.piracicaba.sp.gov.br

Cleito Fernando Silveira de Barros - Brasil




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