Revista Pró-TV 132

Esta é uma publicação gratuita da Pró-TV / Museu da TV Brasileira - www.museudatv.com.br

pró_tv

Maria Della Costa, para sempre pág. 11

Março 2015 | Nº 132

revista

editorial

Vida Alves

E o Carnaval passou...

Claro que todos nós gostamos de carnaval. Os que pulam, os que olham, os que viajam...É uma festa muito linda e muito alegre.

E o Brasil está inventando sempre mais e mais.

Agora os blocos de rua, com abadás, ou sem abadás, com roupas comuns, ou com fantasias, são sempre dias alegres. E o brasileiro, graças a Deus, é um povo alegre.

Que não se diga o contrário. Que não se afirme, como fazem alguns, que a alegria é falsa, que o riso é falso, pois os problemas são muitos. Que sejam. É verdade.

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Mas que um bom riso faz bem à saúde, à vida, e até às soluções dos problemas, isso é verdade também, e das mais verdadeiras.

Bem o dizem os grandes, os famosos médicos, aqueles que vivem para inventar maneiras, remédios, curas para os males físicos do homem.

Todos dizem: O bom humor ajuda . O riso cura . A alegria salva .

longos, o trânsito engarrafado, as caras feias, as contas do fim do mês...É, é isso.

Mas como o homem (e a mulher também, naturalmente) é uma criança grande, já pensam nos feriados. E 2015 terá muitos. E já começam a pensar neles. Conversam sobre os bailes que não foram, sobre as viagens que não fizeram...

Mas que farão neste ano que entrou.

Nem que o papo seja apenas um sonho.... Ah, é tão bom sonhar...

Falam sobre as festas que irão, as viagens que farão. Observem. É assim o brasileiro. Cheio de sonhos e esperanças. E muitas vezes, de rostos simples e encarquilhados, de bocas grandes e desdentadas, ouve-se as maiores risadas. As gargalhadas. É assim o homem. É assim o brasileiro. É feito de todo tipo de gente, de todas as raças do mundo. É feito de sonho, de alegria, e de esperança.

Então o carnaval ajuda...Mas o carnaval passou...

E a vida dura chegou. As aulas, os expedientes

Então não importa que o carnaval passou... pois a esperança ficou.

Élida Alves

AGL tem novo membro Na noite do dia 12 de dezembro do ano que passou, aconteceu no Auditório Dr. Abílio Baeta Neves, da FIG-Unimesp em Guarulhos, a nomeação de dois novos membros da AGL Academia Guarulhense de Letras.

Nosso diretor Nelson Natalino foi um deles.

Agora ele ocupa a Cadeira nº 16 da Academia, cujo patrono é o escritor e poeta Olavo Bilac.

Nós da Pró-TV o parabenizamos por esse importante título.

acervo 3

Marcia de Windsor e Hugo Della Santa na novela "Ninho da Serpente" (TV Bandeirantes / 1982)

Não me leve a mal, hoje é Carnaval...

O Globo

acontece

Elmo Francfort

Mais um carnaval passou e com ele grandes transmissões em nossa TV. Abaixo falo de algumas.

Na Globo vimos a transmissão do Grupo Especial das Escolas de Samba, do Rio de Janeiro e de São Paulo.

Graças a existência da torre de TV quase um arco, que fica sobre a passarela da Marquês de Sapucaí, 4 concentrando as câmeras que transmitem o evento -, nós tivemos um espetáculo a parte. No desfile da Portela, sua águia (símbolo desta Escola) curvou-se totalmente para passar embaixo da torre. Quando conseguiu, após fechar suas asas gigantescas, a plateia vibrou como se tivessem marcado gol. Vale lembrar, da A Águia da Portela curvando-se na avenida mesma Escola de Samba, também das águias e bolas de futebol voadoras (com estrutura de drone) e os pára-quedistas descendo em plena avenida. Um show, literalmente! Ainda assim, foi a Beija-Flor que ganhou no Rio, com enredo sobre Guiné, e a Vai-Vai , em São Paulo, falando de Elis.

Já o SBT, com o SBT Folia e a Bandeirantes, com o Band Folia , migraram suas programações para os grandes carnavais de rua, como de Salvador, Olinda e Recife.

A Rede TV! fez a cobertura dos bastidores dos sambódromos e também dos grandes bailes. Pudemos ver até o cantor Lucas Lucco fantasiado com uma máscara de velhinho, passando despercebido no meio do grande público do Carnaval de Salvador.

Na TV Cultura uma transmissão à parte, que também merece nossos parabéns. Além dos bastidores do sambódromo, a TV Cultura transmitiu o desfile das escolas de samba do grupo de acesso e mostrou os blocos de rua.

Novas estreias na Globo No ano de seu cinquentenário, a Globo prepara novas supresas. Ainda em fevereiro estreou a nova temporada do humorístico Tá no Ar , com Marcelo Adnet e Marcius Mehlem. Já em março virão duas novelas: Sete Vidas , de Lícia Manzo e direção de Jayme Monjardim, e Babilônia , de Gilberto Braga, Ricardo Linhares e João Ximenes Braga, com direção de núcleo de Dennis Carvalho e direção-geral de Maria de Médicis.

.... Na Band, durante o Café com Jornal , vale a pena ver Ricardo Boechat pela manhã. Ao vivo o jornalista transmite o programa, simultaneamente pela emissora e pela Band News FM. Boechat mostrase mais irreverente do que no noturno Jornal da Band .

Divulgação

...Rápidas...

... Na Record, desde 25 de fevereiro, voltou Gugu Liberato. A atração agora é produzida por sua produtora, a GGP, e exibida às terças, quartas e quintas, às 22h30. ... Vocês tem visto o portal da Pró-TV (www.museudatv.com.br) e nossa fanpage (www.fb.com/museudatv)? Vem novidades por aí!

Gugu retornou às telinhas após 2 anos

para ler

Marcela Bezelga

Testemunha ocular dos fatos Reunir muitas histórias vividas e conta-las em um só lugar essa é a ideia principal do livro Essa Louca Televisão e sua Gente Maravilhosa , de autoria de Ana Rosa, lançado para comemorar os 40 anos de carreira da atriz.

Nascida no circo, no interior paulista, foi artista circense durante muitos anos excursionando pelo país com a família e levando arte e entretenimento aos mais diversos lugares do Brasil.

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A estreia de Ana Rosa na TV foi interpretando a cigana Esmeralda e a Irmã Tereza, em 1964, dois papeis na novela Alma Cigana , exibida pela TV Tupi, após ser convidada por Cassiano Gabus Mendes. Desde então conciliou atuações na televisão, muitas peças de teatro e filmes para o cinema.

Sua vida se confunde com a história da TV brasileira, da qual colecionou situações e momentos curiosos e engraçados que descreve com detalhes no livro, desde uma cena de velório em que o ator que interpretava o defunto ronca até a inundação de estúdios de uma emissora de TV. Ana Rosa é a atriz brasileira que mais participações teve na teledramaturgia do país, com mais de 60 produções em seu currículo, como Beto Rockfeller (1978), Mulheres de Areia (1973), O Rei do Gado (1996) e está no ar atualmente em Boogie Oogie . Seu nome está no Guinness Book por conta desse recorde.

Viajando pela carreira da atriz é possível conhecer muito da história da TV no Brasil, tanto em frente como por trás das câmeras, deliciando-se com a leitura de Essa Louca Televisão e sua Gente Maravilhosa .

Essa e outras obras estão disponíveis para consulta na biblioteca da Pró-TV. Agende sua visita de segunda a sexta-feira, das 10h às 18h, pelo telefone 3872-7743.

Missa de Ação de Graças A Pró-TV todo ano faz uma homenagem aos artistas falecidos no ano anterior. E este ano, como de costume, fizemos uma Missa de Ação de Graças.

A missa foi realizada no dia 28 de fevereiro, às 10h, no Santuário Nossa Senhora de Fátima, que fica no bairro do Sumaré.

Estes foram alguns dos artistas homenageados: Clenira Michel (atriz), Paulo Goulart (ator), Aloisio Ferreira Gomes Canarinho (ator), Oliveira Neto (radialista), Marlene (cantora), Jane Batista (atriz), Dr. Farhat (advogado), Lisa Negri (atriz), Marly Marley (atriz), Luciano do Valle (narrador esportivo), Eduardo Coutinho (cineasta), José Wilker (ator), Jair Rodrigues (cantor), Ariano Suassuna (dramaturgo e escritor), Roberto Bolaños Chaves (dramaturgo e humorista), Chico de Assis (autor), Odete Lara (atriz) e Vanja Orico (cantora e atriz).

A Pró-TV estende essa singela homenagem também aos demais profissionais que não foram aqui citados.

Há 50 anos atrás...

especial

Marcos Zago

Um grande passo na integração das emissoras de televisão e seus artistas, com as escolas de samba, aconteceu no carnaval carioca de 1965.

Para comemorar os 400 anos de fundação do Rio de Janeiro, todas as escolas prepararam enredos sobre o tema. A Portela desfilou com uma ala inteira de artistas da TV Excelsior, a emissora líder de audiência naquele momento.

A emissora homenageou a cidade em grande estilo. Os astros da linha de shows do canal 2 carioca foram reunidos num LP, aquele discão da época, cantando músicas para o carnaval.

No Carnaval Excelsior Quatrocentão , lançado no final de 1964 pela gravadora Caravelle, estão 16 faixas nas vozes de grandes comediantes.

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CEDOC / TV Globo

Estão nele Castrinho, Castro Barbosa, Costinha, Dorinha Duval, Ema D'Avila, Geraldo Alves, Hamilton Ferreira, Hugo Brando, Marivalda, Nádia Maria, Nédia Montiel, Valéria, Walter D'Avila e Wanda Moreno.

O histórico LP da Excelsior

saudade

Elmo Francfort

Tomie Ohtake se foi A Pró-TV não é um espaço para debater apenas rádio e televisão. É um lugar de cultura, das artes. Por essa razão faremos nossa homenagem a Tomie Ohtake.

A artista plástica nasceu em Quioto (Japão) em 21 de novembro de 1913 e nos deixou nos deixou no dia 12 de fevereiro de 2015, aos 101 anos.

Ter chegado ao centenário foi apenas uma representação da vontade de viver e de criar de Tomie Ohtake que se assemelha a de outros recordistas em longevidade como Dercy Gonçalves e Oscar Niemeyer.

Sua obra é marcada principalmente por curvas, representadas em gravuras e esculturas. Eram obras em movimento , como as curvas presentes na Avenida 23 de Maio, na Ladeira da Memória (em São Paulo) e na orla de Santos.

Ela veio para o Brasil em 1936 e por aqui ficou. Tomie foi muito premiada, ganhando desde o Salão Nacional de Arte Moderna, em 1960, até a Ordem do Mérito Cultural, em 2013.

A Pró-TV estava presente e pode ver a vivacidade de Ohtake, no palco no Auditório Ibirapuera (aliás, o espaço fez parte de um de seus projetos, com belas curvas vermelhas na entrada e no hall).

Ela deixou não apenas o talento aos filhos Ruy e Ricardo Ohtake, como o Instituto Tomie Ohtake, um presente a São Paulo.

As curvas vermelhas (ou de outras cores) de Tomie, hoje se transformaram em nuvens que colorem nosso céu, deixando saudades desta grande artista.

Denise Andrade

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Essa vontade de fazer acontecer está demonstrada na promessa de Tomie, em 2013, quando disse que ia reconstruir sua tapeçaria do Auditório Simón Bolívar, no Memorial da América Latina (que foi consumida por um grande incêndio).

Tomie Ohtake com uma de suas obras, em Santo André

saudade

Adeus, Odete Lara Ela nasceu em 17 de abril de 1929, na capital paulista.

Filha de imigrantes do norte da Itália, seu nome era Odete Righi Bertoluzzi.

Teve uma infância com fortes dramas, pois perdeu mãe e pai.

Seu primeiro emprego foi como datilógrafa e secretária. Mas, como era muito bonita, logo a encaminharam a um curso de modelo no Museu da Arte Moderna de São Paulo .

Foi depois apresentada a Assis Chateaubriand, que a indicou à direção artística da TV Tupi. Começou como garota propaganda das lojas Mapin, no lugar de Vida Alves, que entrou em licença maternidade, para dar à luz sua segunda filha, Thais.

Depois Odete Lara entrou em vários Grandes Teatros , TVs de Vanguarda e TVs de Comédia . Depois foi para o TBC Teatro Brasileiro de Comédia, para onde Adolfo Celi a levou.

Foi também para o cinema, tendo começado em um filme de Mazzaropi, em 1956. Assim fez 40 filmes.

Cada vez mais linda e cada vez mais atriz, recebeu em um Festival de Gramado , o prêmio Oscarito , por sua grande contribuição para o engrandecimento do cinema brasileiro.

Mas, de repente, abandonou a carreira, converteu-se ao budismo e foi viver em um sitio em Nova Friburgo, Rio de Janeiro.

Publicou livros, orientando pessoas na busca pela paz.

Morreu aos 85 anos, vítima de uma infarto agudo.

Foi realizado o filme: Lara , baseado em sua vida.

Odete Lara nos deixou.

Nós, assim como todos os fãs e amigos, sentiremos muita saudade. V.A.

Odete Lara em TV de Comédia na década de 1950, junto aos atores João Restiffe, Milton Peruzzi, Francisco Negrão e David neto

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A alegria da TV brasileira Jose Abelardo Barbosa de Medeiros, o Chacrinha, nasceu em Surubim, agreste pernambucano. Sua paixão pela comunicação começou muito cedo e já em 1935 fez sua estreia no rádio, trabalhando como locutor da PRA 8 Rádio Clube de Recife.

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Na década de 40 foi contratado pela Rádio Tupi, onde trabalhou com grandes cartazes da época, como Paulo Gracindo, Jorge Veiga, Manuel de Nóbrega, Gilberto Martins, Max Nunes e Manoel Barcellos. Depois de uma breve passagem pela Rádio Vera Cruz, Chacrinha se estabeleceu em Niterói, onde em 1943 estreou como apresentador na PRD 8, a Rádio Clube Fluminense, com o programa O Rei Momo na Chacrinha , em alusão a uma chácara onde ficava a sede desta rádio.

Em 1945, Chacrinha chega à para apresentar os programas Melhoral , Tarde Dançante posteriormente, o Cassino retomando o título de sucesso.

Rádio Nacional Noite Dançante Melhoral e , do Chacrinha ,

Em 1956 estreou na TV Tupi, canal 6 do Rio de Janeiro, com o programa Rancho Alegre , ao lado de outros grandes valores como Paulo Bob, Gilda de Barros, Helio Ribeiro, Carlos Imperial, Hamilton Ferreira e a garota-propaganda Maninha Castro. O sucesso de Chacrinha foi instantâneo, e logo o seu programa musical de rádio, Discoteca do Chacrinha também ganhava versão televisiva na Tupi carioca.

Dois anos depois, o Velho Guerreiro estreou em São Paulo, com a sua Discoteca do Chacrinha , ressaltando aqui o grande empenho e ajuda do sonoplasta Salathiel Coelho. Em 1960, se transferiu para a TV Paulista, canal 5, onde seu programa manteve retumbante sucesso, com a produção de Moreira Júnior.

Concomitantemente, criou na TV Rio, canal 13, A Hora da Buzina , sob a direção artística de Péricles do Amaral, um de seus amigos de vida toda. No canal 13, conheceu Boni e Walter Clark, dupla de profissionais que o contrataram para a TV Globo em 1967, após uma fase áurea de Chacrinha na TV Excelsior, com a inesquecível direção de Carlos Manga, sucedida por breve passagem pela TV Rio. Na Globo, Chacrinha manteve a estrutura de seus programas da Excelsior e da Rio, com um p ro g r a m a m u s i c a l a s q u a r t a s - f e i r a s ( Discoteca do Chacrinha ), onde recebia grandes cantores da época, de todos os gêneros musicais, e um programa nas noites de domingo, onde apresentava os lendários calouros musicais, avaliados por um júri de personalidades, estrutura que o acompanhou por toda sua carreira dali em diante e que revelou grandes jurados de TV como Pedro de Lara, Jorge Mascarenhas, Edson Santana e Elke Maravilha, dentre muitos outros.

Em dezembro de 1972, Chacrinha deixou a Globo e transferiu seus dois programas para a TV Tupi, sob a direção de José Arrabal. A passagem foi curta e em 1976, depois de uma breve fase na TV Record, retornou a Tupi, sob a direção de Waldemar de Moraes, mas desta vez, somente com a Buzina do Chacrinha .

Em 1978, convidado por Guga de Oliveira, estreou na TV Bandeirantes.

6 de março de 1982 representa a a reestreia de Chacrinha na Rede Globo, com merecido sucesso, em que recebeu praticamente todos os grandes nomes do cenário popular brasileiro. Mas em 30 de junho de 1988, Chacrinha falece aos 72 anos no Rio de Janeiro, e a partir desta data, a TV nunca mais foi a mesma, pois muito de sua irreverência, espontaneidade e alegria se silenciou com a partida daquele apresentador e animador da buzina, dos bordões, do bacalhau, tão reverenciado, e ainda hoje prateado pelos amigos e seus fiéis telespectadores.

E nos dias atuais, sua viúva Dona Florinda Barbosa e seus filhos Jorge Barbosa e Leleco Barbosa, mantém o legado de espontaneidade e de frevística alegria, bem como o singular patrimônio artístico do eterno Velho Guerreiro .

Abelardo Barbosa em sua "Discoteca do Chacrinha" (TV Globo, 1974)

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história

Fábio Siqueira

A Pró-TV não podia deixar de prestar uma homenagem à grande Maria Della Costa.

Gentile Maria Marchioro Della Costa Poloni foi não só uma grande atriz, como também uma grande mulher. Dessas que servem de exemplo à todas as outras mulheres. Pelo menos foi assim no meu tempo, quando todas as outras a admiravam, a elogiavam.

matéria de capa

Divulgação

Homenagem à grande Maria Della Costa

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Nascida em Flores da Cunha, no Rio Grande do Sul, em 1º de janeiro de 1926, foi em São Paulo, que se lançou para todo o Brasil.

Participou, às vezes, no Grande Teatro Tupi , das segundas-feiras, que Cassiano Gabus Mendes destinou às companhias teatrais, que nesse dia não tinham espetáculo.

Nós, as atrizes da casa, víamos as atrizes famosas percorrendo nossos corredores, em direção ao estúdio. E as invejávamos. Maria Della Costa era linda, elegante e gentil, com todas nós.

Fez ainda participação em algumas novelas da casa, como Beto Rockfeller e depois Estúpido Cupido , na TV Globo. Mas sua paixão era o teatro, onde ao lado de seu marido Sandro Polloni, lançou espetáculos memoráveis, como: Ralé ; O Canto da Cotovia ; A Casa da Bernarda Alda ; Moral em Concordata ; Society em Baby Doll ; Depois da Queda , e tantos, tantos outros.

Não da para nomeá-los, muitos foram. Assim como não dá para esquecê-los. Maria Della Costa, montou o teatro Maria Della Costa e contratou importantes cenógrafos e diretores italianos, como Franco Zampari, Gianni Rato.

Quando ficou viúva, porem, resolveu mudar de vida. Foi morar na cidade praiana de Parati, litoral fluminense. Seu amor por Sandro era total. Preferiu recolher-se e viver na natureza.

Morreu com 89 anos, em 24 de janeiro de 2015. Deixou saudades, é claro, mas muito mais que isso: deixou um exemplo de artista, de mulher, de ser humano, que vivem para enfeitar, para iluminar a todos nós que a conhecemos e a amamos. V.A.

Henriqueta Briebo, Maria Della Costa, Leonardo Villar e Zanoni Ferrite em cena da novela "Estúpido Cupido", da TV Globo, em 1977

de olho na arte 12

Diego Nunes

Simplesmente Elis Em fevereiro de 2015 a Escola de Samba Vai Vai sagrou-se campeã do carnaval carioca com o enrredo Simplesmente Elis A Fábula de Uma Voz na Transversal do Tempo , em homenagem a cantora Elis Regina.

Gaúcha de Porto Alegre, Elis Regina estaria completando 70 anos, já que nasceu em 17 de março de 1945. Elis começou a carreira ainda criança, cantando no programa radiofônico O Clube do Guri (inspirado no paulistano Clube do Papai Noel ), irradiado pela Rádio Farroupilha de Porto Alegre. Em 1960 foi contratada pela Rádio Gaúcha e 1961 viajou para o Rio de Janeiro onde gravou o seu primeiro disco Viva a Brotolândia , que namorava com o ritmo da jovem guarda.

Apesar de sua influência das grandes cantoras do rádio e de sua estreia no rock juvenil, Elis Regina tornou-se uma das maiores expoentes da nossa MPB, embora tenha cantando de tudo um pouco, passando a bossa nova ao samba e ao jaz.

Canções como Madalena , Como Nossos Pais e O Bêbado e o Equilibrista são alguns de seus maiores sucessos.

Em 1965 Elis se apresentou no Festival da Canção da TV Excelsior, cantando Arrastão .

Foi suficiente para elevá-la a fama, sendo coroada com o título de primeira estrela da canção popular na era da TV . Neste mesmo ano a cantora participou do festival universitário O Fino da Bossa , organizado pelo Centro Acadêmico da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo, dirigido por Walter Silva (o Pica Pau).

Foi lá quem conheceu o produtor Solano Ribeiro, que a convidou para trabalhar na TV Record, apresentando junto com Jair Rodrigues, um programa chamado justamente O Fino da Bossa , um dos maiores sucessos da emissora, que durou até 1967.

Cansada da televisão, Elis Regina viajou para a Europa pela primeira vez em 1968, onde apresentou-se no Olympia de Paris. Foi sua consagração internacional.

Casou-se duas vezes, e teve três filhos: João Marcelo Bôscoli (filho de Ronaldo Bôscoli) e Pedro Mariano e Maria Rita (filhos de César Camargo Mariano), todos ligados ao meio artístico.

Elis Regina, que foi a primeira artista brasileira a vender mais de um milhão de discos e que chegou a ser a dona do maior cachê do show business nacional faleceu prematuramente em 19 de janeiro de 1982, com apenas 36 anos de idade.

Elis Regina cantando durante programa "O Fino da Bossa" (TV Record,1967)

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Leão Lobo Salvador Nazarre Filho Rubens Molino Ângela Vieira Inezita Barroso Selma L. M. Ferreira Milton Camargo Natália do Vale Paulo Figueiredo Nívea Maria Rubens Ewald Filho João Burke Passos Lucinha Lins Kid Vinil Lolita Rodrigues Wanderley Cardoso

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Carlos A. de Nóbrega Gessy Fonseca João Gordo Dale Ferreira Francisco de Toledo José Alfredo de Assis Oswaldo Montenegro Théo de Barros Juca de Oliveira Marco Antonio Pâmio Daysi Bregantini Tiê Marta Suplicy Mari Alexandre Oswaldo Ferreira Edson Celulari

Marcos Caetano Angelina Muniz Jorge Ben Jor Léa Camargo Octávio Neto Danilo Queiroz de Almeida Ronaldo Lembo Cláudio Marzo Juliana Paes Xuxa Meneguel Carlos Silva Lima Duarte Renata Maranhão Norma Avian Vera Zimermann Ruth Escobar

Divulgação

Destaque José de Oliveira Santos, mais conhecido como Juca de Oliveira, completa 80 anos de vida no próximo dia 16 de março.

Já esteve nas principais emissoras de TV do país, tendo em seu currículo mais de 50 trabalhos.

Além disso, fez sucesso também nos palcos e nas telas do cinema.

Fica registrado aqui o nosso mais sincero Feliz Aniversário a este grande ícone da dramaturgia brasileira.

A atriz e cineasta Susana Moraes nos deixou no último dia 27 de janeiro, aos 74 anos.

Filha mais velha do compositor e poeta Vinicius de Moraes, foi casada por mais de duas décadas com a cantora Adrianha Calcanhoto.

Na televisão, esteve presente em produções da TV Globo nas décadas de 1960 e 1970, como por exemplo: Rosa Rebelde (1969), Véu de Noiva (1969), Verão Vermelho (1970) e Assim na Terra como no Céu (1970).

No cinema, atuou em obras como O Gigante da América (1978).

Mas sua verdadeira paixão era ser diretora. Dirigiu trabalhos como o documentário Vinicius, um rapaz de família (1980) e o longa Mil e Uma (1994), que acabou sendo selecionado pelo Festival de Veneza do mesmo ano.

Grande perda, imensa saudade...

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Saudade: Susana Moraes

aniversariantes

Março

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