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O centenário de Grande Otelo pág. 11 Novembro 15 | Nº 140
editorial
Vida Alves
A vida passa tão depressa... Estamos chegando ao fim do ano. É o mês de novembro já.
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Claro que trabalhamos bastante... e fizemos muita coisa... E será que é por isso que achamos que tudo passa tão depressa? Se for assim, que bom! Que tenhamos sempre que dizer: Passou tão depressa... . Amigos, esta, como vocês sabem, é a nossa Revista Pró-TV . Digo nossa, porque embora a façamos, nós, equipe daqui da entidade, ela é feita para vocês, que nos lêem, nos seguem, nos prestigiam e nos acompanham. Não sei se repararam, mas já estamos no número 140. E, embora agora só a façamos digitalmente, houve um tempo em que ela era de papel, e chegava à casa de todos. Eu a preferia daquele jeito. Mas o que posso fazer? O mundo se digitalizou... mudou. Estamos na era da informática e, principalmente os jovens gostam de se comunicar pelo Facebook, WhatsApp, Messenger, Instagram, Twitter, Skype, etc. E quando isso é feito com cautela, com equilíbrio, por que não? Agora quando vira vício, e afasta as pessoas das pessoas, é errado. Pode-se até
dizer que é doença. Aí eu sou contra. Será que é por causa da minha idade? Será que eu é que estou errada? Amiga, amigo, este editorial, se você a c o m p a n h a n o s s a re v i s t a m e n s a l , s e acompanha nosso trabalho, já sabe que meu estilo é esse. Gosto de escrever, como quem conversa. E gosto de considerar o leitor, um amigo. Por isso falo assim, com a familiaridade como falo a um irmão. E mais! Peço que façam comigo o mesmo. Podem dar sugestões, podem fazer críticas. Podem colaborar. Estamos todos nadando no mesmo rio, que se chama vida. E somos todos navegantes. Aqui estou eu, então, às ordens. A Pró-TV, não se esqueçam, é a Associação dos Pioneiros, Profissionais e Incentivadores da Televisão Brasileira. Viram a palavra que grifei? Aquela em que você se encaixa. Seja um incentivador, seja um amigo. Palpite, apareça, venha. Você será sempre bem-vindo! E receba o meu carinho, e um beijo agradecido.
acervo 3
Wilma Bentivegna e Hebe Camargo em programa musical da TV Paulista (1956)
acontece 4
Elmo Francfort
Teleton 2015 O SBT, em conjunto com a TV Cultura transmitiu, por mais um ano, a campanha Teleton. A maratona da AACD teve mais uma edição nos dias 23 e 24 de outubro. Silvio Santos contou também com o apoio dos outros canais, que cederam seus artistas, como Ronnie Von, da TV Gazeta, Xuxa, da TV Record e muitos outros. A maior batalha desse ano foi mostrar ao público a importância de manter a estrutura da AACD de pé diante da crise em que o país vive. A campanha continua no ar. Participe e ajude a AACD: www.teleton.org.br De Volta para o Futuro... No dia 21 de outubro de 2015 a mídia mundial se voltou para uma comemoração curiosa. Foi a data que apareceu no relógio do filme De Volta Para o Futuro . Na ocasião, Marty McFly (Michael J. Fox) viajou ao lado do cientista Dr. Emmet Brown (Cristopher Loyd) para o futuro. Em 2015, na vida real, as redes sociais, TVs e rádios fizeram paródias e mostraram o que mudou do tempo real da produção do filme para os dias atuais. Na TV americana chegaram até a recriar a cena, da chegada do carro DeLorean (que viajou pelo tempo), com os atores J. Fox e Loyd. ... e Além do Tempo foi ao futuro! Ainda sobre a deixa do filme, até mesmo a Rede Globo aproveitou a data do De Volta Para o Futuro . Findaram a fase de época da novela das 18h, Além do Tempo , indo para segunda fase da trama, a atual (portanto, em 2015) na mesma data do 21 de outubro.
Tic Tic Tati na TV Cultura No dia 26 de outubro a TV Cultura começou nova série do Tic Tic Tati . Uma parceria da emissora com a cantora Fortuna e o músico Hélio Ziskind. O projeto é bem interessante, pois musicaram histórias e poemas da escritora infantil Tatiana Belinky. São clipes exibidos de segunda a sexta, duas vezes ao dia, dentro do programa infantil Quintal da Cultura . Sempre às 10h45 e 17h. Tic Tic Tati é dirigido por Roberto Lage e conquistou o Prêmio Governador do Estado de São Paulo, em 2014, na categoria Arte para Crianças .
Paolla Oliveira, Rafael Cardoso e Alinne Moraes, os protagonistas de “Além do Tempo”
saudade
Adeus, Yoná! Lembro-me tão bem dela! Embora nunca tenhamos trabalhado juntas. É que no começo a TV não tinha redes, era, digamos, assim, setorial. Eu era da TV Tupi de São Paulo, e ela da TV Tupi do Rio de Janeiro. Mas em 1966 fui ao Rio, dar uma entrevista e meu amigo de São Paulo, o Henrique Martins, me levou para conhecer sua parceira Yoná Magalhães, da novela O Sheik de Agadir , já na Globo.
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Ela foi carinhosa comigo e eu admirei sua beleza, sua graça e sua arte. Eles estavam em um intervalo, então conversamos bastante. Nunca mais deixei de assistí-la, e de admirá-la. Sua dupla com o ator Carlos Alberto em tantos trabalhos, conquistou todo o Brasil. E nas outras mais de 50 novelas em que atuou, Yoná brilhou sempre. Sem contar que fez teatro e cinema também, onde fez: Deus e o Diabo na Terra de Sol , filmado na Bahia. Atuou também em São Paulo, onde deslumbrou, como em tudo o que fazia. A linda mulher, Yoná, não brilhava só pela beleza, que se conservou eternamente. Estava com 80 anos, ao nos deixar, o que não demonstrava. Aquela que foi considerada a primeira mocinha do cast da Rede Globo, porém, foi dominada pelo coração, que parou em 20 de outubro de 2015.
Divulgação / TV Globo
Divulgação
Chorei. Todos choraram. Vi verdade nas lágrimas e nas falas dos inúmeros colegas, que foram homenageá-la e despedir-se dela. Da minha parte rezei e chorei. Mas tenho certeza: não a esquecerei jamais. E digo: Descanse em paz, querida Yoná. V.A.
Ousadia e inovação 1968 foi um ano que especialmente marcou a história do Brasil e do Mundo. Primavera de Praga, Assassinato de Martin Luther King, Ato Institucional número 5 no Brasil e a morte de Assis Chateaubriand foram alguns dos fatos jornalísticos daquele bissexto ano. E na televisão brasileira não foi diferente: só no campo das telenovelas, o telespectador assistiu às marcantes: Antonio Maria de Geraldo Vietri, na Tupi, A Muralha de Ivani Ribeiro na Excelsior, Sangue e Areia de Janete Clair na Globo e, para coroar esse ano incrível, em 4 de novembro foi exibido o primeiro dos duzentos e trinta capítulos de Beto Rockfeller , escrito pelo autor, cineasta e teatrólogo paulistano Bráulio Pedroso. Bráulio já era duplamente renomado como crítico de cinema do jornal O Estado de São Paulo e como o melhor autor teatral daquele ano, por sua peça O Fardão . Ele estreava como novelista, apesar da pouca idade, 37 anos. Aliás, Bráulio foi escolhido por Cassiano Gabus Mendes, diretor artístico da TV Tupi, para escrever a trama. "Beto Rockfeller" foi uma criação do próprio Gabus Mendes. A trama começa calcada no protagonista Beto, interpretado por Luis Gustavo, que era um modesto vendedor de loja de sapatos localizada na Rua Teodoro Sampaio, famosa rua de comércio do bairro de Pinheiros na capital paulista. Mas esse comerciário da classe média da Paulicéia se transformara num sofisticado festeiro que circulava nas grã-finas festas da juventude dos anos 60, que tinham como polo de realização a famosa Rua Augusta, no chique bairro de Cerqueira Cesar, não muito distante de Pinheiros.
história
Fábio Siqueira
marcante, deu a Plinio, o Prêmio Gato de Ouro da TV Globo, como a Melhor Revelação de Ator de TV de 1968. E o elenco feminino desta novela era impressionante: Maria Della Costa, Irene Ravache, Ana Rosa, Marília Pera, Zeze Motta, Eleonor Bruno, Walderez de Barros, Bete Mendes, Marilda Pedroso, Esther Mellinger, Pepita Rodrigues, dentre outras, somadas a grandes interpretações de Walter Forster, Rodrigo Santiago, Jofre Soares, Gésio Amadeu, Ruy Rezende, Wladimir Nikolaief, Alceu Nunes, Heleno Prestes, Renato Corte Real, entre muitos outros.
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E na direção desta novela estava Lima Duarte, o simbólico pioneiro, que cumpriu sua missão com maestria, levando o texto primoroso, moderno e inovador de Bráulio Pedroso com leveza e com uma direção de atores bastante inovadora. Beto Rockfeller , sucesso de público e de crítica durou mais de um ano e chegou ao fim em 30 de novembro de 1969, trazendo imensa renovação com uma linguagem moderna e temática urbana. Braulio Pedroso (1931-1990), seu autor, que posteriormente colheria novos sucessos como O Cafona (1971), O Bofe (1972) e Feijão Maravilha (1979), além de bonitos trabalhos na Manchete e no SBT (que foi a sua última casa televisiva), recebeu no final daquele ano o Troféu Imprensa, o Prêmio Governador do Estado e o Troféu Roquette Pinto, que reconheceram todo esse vitorioso trabalho em renovar a telenovela, incorporando os ventos contemporâneos de 1968 e do epílogo dos anos 60. Viva Beto Rockfeller !!
Nestas festas, surgia o Rockfeller, contrastando com a simplicidade do outro Beto, o pinheirense. Esse era a trama principal, que conseguiu juntar um elenco estelar. A namorada de Beto Rockfeller era Lu, interpretada por Débora Duarte, que com dezenove anos, receberia seu Troféu Imprensa de Melhor Atriz, por essa inesquecível criação dramatúrgica. O grande teatrólogo Plinio Marcos era Vitorio, inseparável amigo do protagonista. Esse personagem, tão
Luis Gustavo e Ana Rosa em cena
Eu o conheci menino. Eu era mocinha, e ambos estávamos na Rádio Tupi de São Paulo. Ali também estava Regina Maredo, sua mãe. Bonita mulher, era rádio-atriz e também cantora e instrumentalista. Mulher elegante, educada. Seu filho, naquele tempo, um garotinho levado e só. Era amigo do Regis Cardoso, do Erlon Chaves, do Walter Avancini. Aos poucos, porém, diferenciou-se. Mudou-se para o Rio de Janeiro e entrou com firmeza no canto, na dança. Ficou amigo de Ronald Bóscoli e não demorou muito a fazer com ele a dupla: Miele e Bóscoli . Produziram espetáculos de teatro e brilhavam sempre. Miele entrou também na televisão, onde foi humorista e diretor de programas, como o da A Praça da Alegria , quando seu criador Manuel de Nóbrega faleceu. Mas Miele fazia de tudo. Transformou-se num artista de 7 instrumentos . Sempre sorridente e criativo, não houve uma só pessoa que não o admirasse. E ele topava tudo. Participou até da Dança dos Famosos , no programa do Faustão. Para susto de todos, de repente ele se foi, no dia 14 de outubro de 2015. Morte súbita. Sem explicação. Tinha 77 anos. E o que ficou foi então: saudade, muita saudade do grande artista Luis Carlos Miele. V.A. Divulgação
saudade 8
Luís Carlos Miele se foi
E tudo se coloriu...
de olho na arte
Diego Nunes
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Vida Alves apresenta “Vida em Movimento”, da TV Gazeta, o primeiro programa colorido com transmissão regular na TV brasileira A década de sessenta foi um período de inovação na televisão brasileira, que contava com apenas dez anos da sua inauguração. A chegada do videotape foi uma verdadeira revolução na forma de se fazer TV, bem como as transmissões via satélite, que permitiram que as emissoras pudessem falar com todo o Brasil, e não apenas com o Estado em que estavam sediadas. Foi também nesta década que foram feitas as primeiras transmissões, ainda experimentais, da TV em cores. Em 1962 a TV Excelsior de São Paulo exibiu alguns programas coloridos do programa Moacyr Franco Show . No ano seguinte, foi a vez da TV Tupi apresentar episódios da série norte-americana Bonanza , também em cores. Exibidos em NTSC, tais experiências acabaram não vingando, pois os receptores coloridos eram todos importados, e consequentemente muito caros. Apenas na década seguinte a TV em cores enfim vingou no Brasil. Em 1970 a Copa do Mundo no México foi exibida em transmissões experimentais a cores, mas apenas poucos
aparelhos já estavam preparados para receber tais transmissões. Em 1972 enfim o Gover no brasileiro regulamentou o padrão técnico das transmissões a cores, definindo o sistema PalM. Em 31 de março desse ano, um pool de emissoras reunidas transmitiu em cores os festejos da inauguração da Festa da Uva, em Caxias do Sul, tornando a festa o marco inaugural da TV Colorida no Brasil. Nesse mesmo ano a TV Gazeta, de São Paulo, passou a transmitir o programa Vida Em Movimento em cores. O programa apresentado por Vida Alves, já existia desde 1970, mas passou a ser transmitido em cores a partir de 1972 e foi o primeiro programa colorido de transmissão regular na TV Brasileira. Em 1973 a TV Globo exibiu O Bem Amado , a primeira novela colorida. A TV a cores conquistava cada dia mais os lares brasileiros, e com a Copa do Mundo de 1974, o Brasil entrou definitivamente para o mundo das cores na televisão.
encontro com os artistas 10
Êgon Bonfim
Uma voz inconfundível João Baptista Belinaso, o Léo Batista, nasceu em 22 de julho de 1932 em Cordeirópolis, interior de São Paulo. Veterano do jornalismo esportivo da TV brasileira, acumula 68 anos de carreira, sendo 60 de televisão e 45 só de Rede Globo. Filho de imigrantes italianos, seu primeiro emprego foi aos 14 anos, ajudando os pais numa pensão, trabalhando como garçom. Em 1947, foi convidado pelos primos a participar de um concurso para locutor do serviço de alto-falantes que estava sendo ampliada naquela pequena cidade. Ganhou o concurso e ficou durante um ano. Logo, com o pseudônimo de Belinaso Neto, foi para o rádio, passando por diversas emissoras do interior paulista, acumulando as funções de apresentador de programas, redator comercial e locutor esportivo. Pegando carona com um jogador em Piracicaba, se mudou para o Rio de Janeiro em 1951, onde trabalhou como redator numa rápida passagem pela Rádio Mayrink Veiga. Algum tempo depois, foi contratado pela Rádio Globo como redator jornalístico e apresentador. No ano seguinte, voltou a narrar futebol e na sua estreia transmitiu o primeiro jogo de Garrincha pelo Botafogo. Na transmissão seguinte, após uma preliminar, passou o microfone para o titular da equipe Luís Mendes, que por sua vez ao anunciá-lo, não conseguia pronunciar direito o nome Belinaso Neto porque era anti-radiofônico demais e o convenceu a fazer uma lista de pseudônimos pelos quais gostaria de ser chamado.
Divulgação / TV Globo
Por unanimidade, o "Paulistinha" (seu apelido nos bastidores da rádio) foi rebatizado: Belinaso Neto
passou a se chamar Léo Batista. O nome foi criado em homenagem a irmã, Leonilda. Como todo profissional que se destacava no rádio (foi o primeiro a dar a notícia do suicídio de Getúlio Vargas em 1954), Léo migrou para a televisão em 1955, participando da inauguração da TV Rio, onde trabalhou por 13 anos, acumulando as funções de apresentador, locutor e dublador. Apresentou e produziu ao lado de Heron Domingues o Telejornal Pirelli e participou da primeira transmissão interestadual da TV brasileira narrando o jogo entre Brasil e Itália no Maracanã da TV Rio para a TV Record de São Paulo. Mas o momento mais importante de sua passagem na "Carioquinha" foi o TV Rio Ring , líder de audiência nas noites de domingo. Léo desempenhava a função de "announcier", mestre-de-cerimônias que abria as lutas de boxe e anunciava os pugilistas dentro do ringue. Após breve passagem pela TV Excelsior, Léo veio para a Rede Globo em 1970. Sua estreia na emissora foi substituindo Cid Moreira numa edição extra do Jornal Nacional , informando o sequestro do presidente argentino Pedro Eugenio Aramburu e um terremoto na Nicarágua. Léo apresentou por muitos anos a edição de sábado do Jor nal Nacional , foi ainda o primeiro apresentador do Jornal Hoje em 1971. Ajudou também a criar o Esporte Espetacular que estreou em 1973 e apresentou o primeiro telejornal esportivo da Globo em 1977 chamado Copa Brasil , que foi o embrião do Globo Esporte que entrou no ar em 1978. Com a estreia do Fantástico em 1973, Léo foi chamado para apresentar o quadro Os Gols do Fantástico exibido sempre no último bloco do programa. Os textos descrevendo as jogadas eram gravados de primeira e Léo mostrava os gols de domingo com emoção, informação e improviso na medida certa. Por 24 anos seguidos, ele passou a ser a voz oficial dos Gols do Fantástico e dos resultados da Loteria Espotiva com a famosa Zebrinha. Também participou das coberturas de vários Jogos Pan-Americanos, Olimpíadas e Copas do Mundo, seja no local ou na equipe de apoio nos estúdios da Globo. Sem tempo para se aposentar, Léo continua na ativa a todo o vapor, apresentando eventualmente o Globo Esporte , sempre cumprimentando o telespectador com o simpático e tradicional "Muito boa tarde". Para os mais novos que estão começando, Léo dá três dicas fundamentais para ter uma carreira bemsucedida: tem que ter gosto, tem que ter dom e tem que ter treino.
Grande Otelo: 100 anos No dia 18 de outubro comemoramos um século do nascimento de Grande Otelo. Um artista múltiplo, que nasceu como Sebastião Bernardes de Souza Prata, na cidade de Uberlândia (MG), em 1915. Uma figura ímpar e essencial quando se conta a história do cinema brasileiro, do teatro de revista e até mesmo da televisão. Foi ator, cantor, escritor, compositor... Sempre grande o Grande Otelo , mesmo com sua estatura baixa!
matéria de capa
Elmo Francfort
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O ator ficou eternizado nos shows em que fez. A maioria nos teatros de revista de São Paulo e nos cassinos cariocas. Os fez dos anos 1920, atingindo seu auge nos anos 1940. Auge que foi também a mesma época em que se tornou um grande astro das chanchadas da Atlântida. Fez par com o também cômico Oscarito e tempos depois com Ankito. Ainda no cinema, em 1969, também fez sucesso no cinema interpretando Macunaíma, na adaptação cinematográfica da obra de Mário de Andrade. Além disso foi astro internacional , participando do filme It´s All True , de Orson Welles, em 1942. Esse diretor o considerava o maior ator brasileiro. Grande Otelo era uma figura. Difícil não rir dele, dos seus bicos, dos olhos esbugalhados, dos trejeitos. Era fácil tirar risadas do público que o assistia e o admirava. O ator também ingressou na televisão. A partir dos anos 1960, na Rede Globo, atuou em diversas produções como Uma Rosa com Amor , Caso Especial , Bandeira 2 , Shazan, Xerife & Cia. , Bravo! , Feijão Maravilha , Água Viva , Chico Anysio Show , A Gata Comeu , Sinhá Moça , Mandala , República , Escolinha do Professor Raimundo , Renascer e muitas outras. Falando de sua vida, na profissional recebeu muitas honrarias, como o Prêmio Air France (1969), Troféu Candango (1969), Coruja de Ouro (1969) e Troféu Oscarito , no Festival de Gramado (1990). Já na vida pessoal, o ator foi casado várias vezes, tendo cinco filhos (o também ator José Prata é um deles). Grande Otelo morreu em 1993, durante uma viagem de avião. Ele teve um ataque de coração fulminante. Estava viajando para Paris, onde receberia uma homenagem no Festival de Nantes, na França.
Divulgação / TV Globo
De lá pra cá, deixou uma enorme saudade para todos que prestigiavam seu talento.
Grande Otelo na novela “Sinhá Moça”, na TV Globo
para ler
Marcela Bezelga
Um passeio por cenário, luzes e cores O desejo da maioria dos telespectadores brasileiros sempre foi passear pelos bastidores das emissoras de TV e ver a produção dos programas e telenovelas mais queridos.
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Com a obra Nossas Câmeras são seus olhos , de autoria de Fernando Barbosa Lima, o leitor fica mais próximo de atender a essa vontade. Começar a ler as 200 páginas desse livro, lançado em 2007, é um convite para um delicioso passeio pela história da TV. Além de observar o que estava por trás das câmeras nas produções da TV em preto e branco, o leitor é levado a entender a influência do período da ditadura nas produções brasileiras televisivas e perceber que mesmo sob forte censura, com equipamentos muitas vezes precários e pouca estrutura. os profissionais de TV continuavam trabalhando e colocando no ar uma programação de qualidade que viu a chegada da TV a cores no Brasil e atualizou-se ao longo do tempo, assimilando as mais diversas inovações tecnológicas. Fernando Barbosa Lima, criador de inúmeros programas de TV, traz ainda nessa obra curiosidades sobre grandes e emblemáticos nomes da televisão brasileira como Sérgio Porto, Sargentelli, Ibrahim Sued, Luiz Jatobá, entre outros. Nossas Câmeras são seus Olhos é uma obra que traz excelentes reflexões sobre a importância desse veículo de comunicação no panorama cultural brasileiro. Essa e outras obras estão disponíveis para consulta na biblioteca da Pró-TV.
Biblioteca Pró-TV Para visitar a nossa biblioteca, agende seu horário de segunda a sexta-feira das 10h às 18h pelo telefone 3872-7743 ou pelo e-mail: protv.museudatv@gmail.com
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Gilberto Braga Lázaro Ramos Suely Valente Afanásio Jazadji Leny Caldeira Marieta Severo Luciana Gimenez Pula-Pula (Paulo S. Neto) Maria Pia Finocchio Daniela Cicarelli Flávio Luiz Porto e Silva Irineu de Carli Geraldine Quaglia Julinho Simões Myrian Rios Alexandre Garcia
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Paulinho da Viola Reynaldo Gianecchini Ricardo Meneghini Sula Miranda Luís Melo Almir Sater Antonio Borba Rosi Lardelli Marcelo Faria André Gonçalves Luciano de Roma Claudia Gimenez Macedo Júnior Fábio Cardoso Alcione Eliana
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André de Biasi Elizabeth Savalla Carlos Vasconcelos Sabrina Parlatore Ana Paula Padrão Fábio Tomasini Deborah Secco Neide Rodrigues Vanessa Lóes Vera Fischer Cathy Stuart Bruno Garcia Francisco Cuoco Maria Paula Angélica Boni
Divulgação
Destaque José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, mais conhecido como Boni, completa 80 anos de vida no próximo dia 30 de novembro. Nascido em Osasco, o empresário e diretor de televisão é considerado um dos maiores especialistas do gênero televisivo no Brasil. Foi um dos principais diretores da Rede Globo por mais de três décadas, sendo inclusive seu vice-presidente de operações. Desde 2003, é sócio da TV Vanguarda, afiliada à Rede Globo no interior de São Paulo. Parabéns ao grande e inesquecível Boni!
Seu nome era Amélia Rocha Barroso. Nasceu em Minas Gerais, em abril de 1932, e faleceu em Fortaleza, Ceará, em 9 de outubro de 2015. Estava com 83 anos, quando se foi. E já estava afastada de suas gravações. Começou a gravar pela Fermata, em 1967. E continuou sua atividade bem sucedida de cantora até o ano 2.000, com o disco: A vida é mesmo assim . Grande voz, grande personalidade, deixou muitos fãs e inúmeros amigos. Além de cantora, foi jurada do Programa Silvio Santos . Participou também do programa do Chacrinha. Nossa revista Pró-TV , com certeza, não poderia deixar de prestar à ela esta homenagem. Cláudia Barroso... Saudade! Admiramos muito você. V.A.
Arquivo Pessoal
Uma grande cantora
aniversariantes
Novembro
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