Revista Pró-TV 143

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Esta é uma publicação gratuita da Pró-TV / Museu da TV Brasileira - www.museudatv.com.br

São Paulo, cidade da televisão pág. 11 Janeiro/Fevereiro 2016 | Nº 143


editorial

Vida Alves

Salve 2016! E chegou 2016. Claro que já faz um mês, pois estamos em fevereiro. Mas em verdade, quase todos os brasileiros emendam as festas de fim de ano, com janeiro, mês de férias. Pelo menos é assim com as famílias que têm filhos, em idade escolar.

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Como fechá-los em casa? Os miúdos precisam de movimento, de distração, de passeios, de ar... Eta molecada danada! Se observarmos bem as crianças, veremos o quanto elas são bem mais espertas que nós, os adultos. E muito mais ainda que os velhos. Se levam um tombo, levantam, choram e passa. Lá vem o sorriso no rosto e a vontade de fazer outra traquinagem. Viver pra eles é tudo. E vida é sinônimo de felicidade. Amigos, este meu editorial não é para dar lição a ninguém, mas é para lembrar a todos, a frase que escrevi acima: Vida é sinônimo de felicidade. E, enquanto estivermos vivos, vivamos! Claro que os mais velhos têm dor aqui e acolá. Mas passa. Em verdade passa. Que tal imitar as crianças? Que tal copiar seu jeito alegre de viver?

Que tal sorrir mais e chorar menos? Que tal aproveitar o sol, olhar o céu, observar os novinhos bonitos, engraçados e até ousados demais para nosso gosto? É óbvio que não vamos imitá-los. Mas por que criticá-los? Lembre, repito, a frase que escrevi acima: Vida é sinônimo de felicidade. Se observarmos bem, nossos momentos felizes são bem mais numerosos que os momentos tristes. Mas é só destes que falamos, falamos, repetimos à exaustão. Chega! Sejamos adultos, ou até velhos, mas em forma, isto é, com um sorriso no rosto. Só assim teremos amigos, agradaremos os filhos, os netos e até os bisnetos, se os tivermos. 2016 chegou! Que ele seja um ano de paz, de amor, de confraternização, de reunião, e de sorrisos no rosto. Acreditem. Até as rugas ficarão mais simpáticas, num rosto sorridente. Amigos, o que desejo então é um feliz 2016, para todos vocês!


acervo 3

Atriz Betty Faria na novela Pecado Capital (TV Globo / 1975)


Vem aí Velho Chico Acervo / Rede Globo

acontece

Elmo Francfort

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Rodrigo Santoro durante gravação da novela

Carnaval de rua... Falando de Carnaval, os do Nordeste tiveram cobertura novamente do SBT (com o SBT Folia ) e da Band (com o Band Folia ). É interessante notar que, ao passar dos anos, a transmissão é cada vez maior. Elas começam bem antes dos dias de folia. Percebe-se também o aumento do número de blocos de carnaval não apenas no Nordeste, como também em São Paulo e Rio de Janeiro. É uma alternativa muito boa para quem não quer se limitar aos desfiles das Escolas de Samba. ... e um carnaval cultural! A TV Cultura fez uma programação diferente para os dias de Carnaval. Entre os programas dedicados ao período, a emissora exibiu musicais, filmes e documentários. Tais produções abordaram grandes nomes da música como Cartola, Adoniran Barbosa, Aracy de Almeida, Carmen Miranda e Martinho da Vila. Novas séries da Gazeta Na semana de aniversário de São Paulo e da TV Gazeta (inaugurada em 25 de setembro de 1970), a emissora estreou novas produções. Em sua faixa jovem (a partir das 23h30), até março, teremos diversas atrações. Entre elas: o Projeto 1 Dia , revelando a rotina diária de lugares curiosos da cidade; Humor.Docs , mostrando a vida de quem vive do humor, com apresentação de Paula Vilhena; o gastronômico Mundo a Mesa , com mais uma temporada da atração; e Batidas & Rimas A História do Rap Nacional , apresentado pelo ex-CQC, Ronald Rios. Aos domingos ocorre a reapresentação dos programas, produzidos pelo jovem Núcleo de Criação da TV Gazeta. O mar foi abrir no cinema ... 176 capítulos de novela foram transformados em 2 horas de filme. Esses números fazem parte de Os Dez Mandamentos , da Rede Record. A história de Moisés agora foi para as telas de cinema.

Divulgação / TV Record

Um projeto antigo, uma novela nova. O Velho Chico finalmente vai virar realidade. O autor Benedito Ruy Barbosa há tempos sonhava em escrever uma trama sobre o Rio São Francisco. Está prevista para estrear em março, no lugar de A Regra do Jogo . A nova novela das 21 horas terá um grande elenco: Tarcísio Meira, Rodrigo Lombardi, Chico Diaz, Marcos Palmeira, Rodrigo Santoro, Umberto Magnani, Cyria Coentro, Pablo Morais, Lucy Alves e muitos outros. Ruy Barbosa está supervisionando a trama, que está sendo escrita também por sua filha Edmara e por Bruno Luperi. A direção cabe a Luiz Fernando Carvalho. Fiquemos na expectativa.



Carioca, nascida em São Gonçalo, Selma Reis era atriz e cantora.

Divulgação

saudade

Grande perda A veia artística veio da família, que sempre gostou de reunir amigos, fazer serenatas. A pequena Selma se encantava com a coisa.

Voltou ao Brasil e, em 1987, gravou seu 1º disco, o LP Selma Reis . Mas não parou aí. Gravou vários outros discos, alguns de muito sucesso. Gravou também em Londres, Madri, Miami, Los Angeles, Rio de Janeiro. Isso não a impediu de participar de novelas. Em 1988, teve o filho Thiago. Morreu em dezembro de 2015. Estava com apenas 55 anos. Pena, grande pena, pois sua perda foi enorme. Era uma grande cantora e grande atriz. Descanse em paz! V.A. Divulgação

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N a h o r a d o v e s t i b u l a r, e s c o l h e u : Comunicação . Mas não fez o curso todo, pois resolveu trancá-lo e ir para a Europa, estudando música em Paris e travando conhecimento com grandes músicos e artistas famosos.


Carnaval é tempo de alegria, de festa e de cultura. E possivelmente quem fez a ponte mais sólida entre Car naval e televisão foi Fer nando Pamplona.

Reprodução

Cenógrafo e carnavalesco Carioca nato, de 28 de setembro de 1926, Pamplona desde a juventude se ligou às genuínas manifestações populares. No futebol era Botafoguense, em áureos tempos de Garrincha, Nilton Santos e João Saldanha. No teatro, trabalhou desde logo com mestres como Oscarito, Paschoal Carlos Magno, Dias Gomes, Pedro Bloch, Bibi Ferreira. Foi aluno e depois professor da Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro e professor da Escola de Teatro Martins Pena.

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Na década de 50, já como cenógrafo contratado do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, fez inesquecíveis trabalhos em óperas e também em peças. No ano de 1957 participou da Primeira Bienal de Teatro onde pode mostrar seus trabalhos de Cenografia Teatral. Em 1959 teve sua estreia como carnavalesco na Acadêmicos do Salgueiro. Neste primeiro desfile carnavalesco conquistou o vice-campeonato e no ano seguinte, veio o celebrado título com seu histórico enredo sobre Zumbi e o Quilombo dos Palmares. Durante toda a década de 60, Pamplona presenteava o público com memoráveis desfiles, exaltando particularmente personalidades da negritude brasileira, como Aleijadinho (1961) e Dona Beija (1968). Também entraram para a história as homenagens feitas à escritora Eneida em 1965 e a Bahia em 1969. No Salgueiro foi tetracampeão do Carnaval Carioca, nos anos de 1960,1965,1969 e 1971. Na televisão teve seu reconhecimento na TV Rio, em 1956, como cenógrafo do programa Cássio Muniz Follies, que reunia ídolos da música e do teatro, numa histórica produção geral de Carlos Machado. Esse primoroso trabalho de cenografia de Fernando Pamplona lhe rendeu o Prêmio da Revista do Rádio e também o Prêmio Barros Barreto da Revista Radiolândia. Conciliando a cenografia da TV Rio, os carnavais no Salgueiro e trabalhos teatrais em marcantes peças de Sérgio Viotti ( Vamos Brincar de Amor em Cabo Frio ) e de Paulo Pontes ( Um Edifício Chamado 200 ) foi fazendo história nos anos 60 e 70. No final desta década aceitou mais um desafio:

história

Fábio Siqueira

coordenar a equipe de transmissão de Carnaval da TV Educativa do Rio de Janeiro (a atual TV Brasil). Em 1984, foi peça chave da pioneira transmissão de Carnaval da Rede Manchete, quando da inauguração do Sambódromo Carioca. Brilhou com precisos comentários ao lado de especialistas da música e do samba, como Haroldo Costa, Albino Pinheiro, Adelzon Alves e Sergio Cabral e também junto à marcante narração de Paulo Stein. Ficou na TV Manchete até 1997, sempre emitindo opiniões coerentes, corajosas e imparciais. Colecionou discípulos como Joãosinho Trinta, Rosa Magalhães, Arlindo Rodrigues, Maria Augusta, Renato Lage e incontáveis amigos. Em 2013 lançou uma autobiografia intitulada O Encarnado e o Branco , pela Editora Nova Terra e faleceu logo após completar 87 anos, em 29 de setembro daquele ano. E hoje, nesse 2016, Fernando Pamplona celebraria seus 90 anos e com certeza, a exemplo das comoventes homenagens do mundo do samba (1986 foi o enredo do Salgueiro e em 2015 da São Clemente), e das memórias de sua querida esposa Zeni Pamplona e filhos, seu legado e seu exemplo de beleza, arte e talento estão mais vivos do que nunca. Viva Fernando Pamplona e sua cenografia singular e popular na arte, na televisão e no Carnaval!


A Revista Pró-TV já existe há bastante tempo, tanto que já está no número 143. Nos orgulhamos dela, e a fazemos com todo amor e capricho possíveis. Mas, como ela é feita por nós, seres humanos e falíveis... só agora observamos uma falha grande: nunca nos detivemos ou nos lembramos de enfocar grandes atores brasileiros. Isso é errado. É falha mesmo. E assim nos lembramos hoje de homenagear o grande ator Marco Nanini, tão grande e tão ativo, que até nos emocionamos ao ler sua biografia. E só hoje, neste artigo, vamos reverenciá-lo. Sua atividade artística não se restringe apenas à televisão. E ele não é apenas ator. É também diretor, produtor, editor, autor e humorista. E suas funções são exercidas em televisão, cinema e teatro. Imaginem todos que só em teatro, ele atuou 38 vezes, sendo que uma delas, quando fez: O Mistério de Irma Vap , o trabalho foi reconhecido pelos Guinness Book , como a peça que manteve o mesmo elenco por mais tempo, ou seja, nos onze anos em que ficou em cartaz. E como autor de peças, no distante 1973, ele escreveu a peça: Descasque o Abacaxi Antes da Sobremesa e a peça infantil: A Floresta Encantada , na qual também participou. No cinema, fez 21 filmes, inclusive as adaptações para a tela, de Irma Vap , e A Grande Família ,

grandes sucessos de televisão. E por falar em: A Grande Família , logo nos lembramos do Lineu, que por quase 14 anos alegrou a todos nós, pela televisão. E de tal forma marcou, que para alguns, ali começou e terminou a carreira de Marco Nanini. Grande engano. Ele fez em TV 40 trabalhos, tendo atuado na TV Tupi, na Rede Bandeirantes, na Rede Manchete, na TV Educativa, na TV Cultura e, naturalmente, na importante Rede Globo de Televisão. Inúmeras foram as novelas, muitos os seriados, e para alegria de todos nós, ei-lo agora enfeitando a novela: Eta Mundo Bom! , no simpático e criativo papel de professor Pancrácio. Não é portanto sem razão, que o pernambucano Marco Nanini já recebeu 18 prêmios, por televisão, cinema e teatro. Recebeu todos os mais importantes prêmios nacionais, como APCA , Shell , Governador do Estado , Apetesp , Mambembe , Molière , Qualidade Brasil e tantos mais. E recebeu também prêmios internacionais. Portanto, ao dedicarmos a ele esta página, o fazemos com todo o respeito, com toda a admiração. Nascido em Recife, o pernambucano Nanini é glória para o país inteiro. É então com orgulho, agradecimento e amor, que encerramos nosso texto, dizendo: Obrigada, Nanini, por existir . V.A.

Divulgação

encontro com os artistas 8

Mestre da dramaturgia


Divulgação

Clássicos na telinha

de olho na arte

Diego Nunes

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Patrícia Pillar e Selton Mello durante gravação de “Ligações Perigosas”

Em janeiro de 2016 a Rede Globo ousou ao exibir a minissérie Ligações Perigosas , com Patrícia Pillar e Selton Mello nos papéis principais. Baseada no livro As Ligações Perigosas (Les Liaisons Dangereuses), escrito pelo francês Choderlos de Laclos, em 1782. A ousadia da minissérie se dá justamente por ser uma adaptação de um livro de um autor não brasileiro, algo raro na televisão nacional nos dias de hoje. Após a era Glória Magadan , raramente a Globo levou ao ar textos que não fossem nacionais (com exceção para os autores portugueses, como Eça de Queiroz). Clássicos da literatura mundial, hoje raros na televisão brasileira, foram a inspiração para os primeiros dias da nossa teledramaturgia. Inúmeros foram os autores mundiais adaptados nos teleteatros nas décadas de 50 e 60, que também servirem de base para novelas como O Direito de Nascer (1964), Calúnia (1966), A Ponte de Waterloo (1967) e até a infantil O Pequeno Lord (1967). O próprio Laclos foi levado às telinhas brasileiras através da TV Record, que em 1959 adaptou o mesmo texto para a o Record Teleteatro , dirigido por Manuel Carlos e tendo no elenco Arlete Montenegro, Sílvio Silveira, Carmen Silva e Valery Martins. Após o sucesso de Beto Rockfeller (1968), as produções nacionais começaram a dar mais espaço para autores brasileiros, deixando um pouco de lado clássicos universais, com algumas exceções como O Machão (1974/1975), inspirada em A Megera Domada, de William Shakespeare, e seu remake O Cravo e a Rosa (2000), e as novelas baseadas em textos mexicanos produzidas pelo SBT. Na Globo, a última vez que um autor estrangeiro não português foi adaptado para a televisão foi na minissérie La Luna Caliente (1999), do argentino Mempo Giardelli, e mesmo assim a história foi transportada da Argentina para o sul do Brasil. Também não podemos esquecer que um dos maiores sucessos recentes da teledramaturgia, a novela Os Dez Mandamentos (2015), é a adaptação de um dos livros mais conhecidos mundialmente. Com ares de produção cinematográfica, Ligações Perigosas foi toda gravada em 4K (tecnologia que proporciona quatro vezes mais resolução de imagem que o HD), a minissérie além de receber inúmeros elogios da crítica, também foi um sucesso de audiência no horário, atingindo uma média de 22,3 pontos no Ibope.


Êta novela boa! O horário de novela das 18 horas, na Rede Globo, voltou a apresentar grandes sucessos.

Divulgação

em foco

Elmo Francfort

Reencontrou novamente a fórmula certa na primeira fase de Além do Tempo ...Se perdeu um pouco na segunda. Só que agora voltou com força total com a comédia Êta Mundo Bom! , de Walcyr Carrasco. 10

Estávamos com saudades de tramas que você realmente tem que torcer por alguém. Quem é o herói agora é Sérgio Guizé, que interpreta o humilde Candinho. Talvez, naquele caipira simples, você lembre um pouco do Carlitos de Chaplin, do Chaves de Bolaños e principalmente dos inúmeros tipos de Amácio Mazzaropi (inclusive o Jeca Tatu).

Sérgio Guizé como Candinho, de Êta Mundo Bom!

O que fala a trama? De esperança. Algo que na sociedade atual, em tempos de crise, precisamos cada vez mais. Queremos lutar por alguém, por algo, ter heróis. Agora é a vez do Candinho. Sobre ele, Guizé chegou a citar tanto Chaves e Mazzaropi como referências. Sobre este último, a comparação com Mazza é inevitável. Isso porque o autor se inspirou não apenas no conto Cândido ou o Otimismo (1759), do iluminista Voltaire, como no filme Candinho (1954), de Abílio Pereira de Almeida. Neste, Candinho foi interpretado por Mazzaropi. Carrasco faz ainda referências ao universo das radionovelas (recriando dentro da trama Herança de Ódio , sucesso de Oduvaldo Vianna) e ao conto O Comprador de Fazendas , de Monteiro Lobato. Retomando, em Êta Mundo Bom! a temática principal é a esperança de dias melhores. Inúmeras vezes o Professor Pancrácio (Marco Nanini) fala a Candinho: Tudo que acontece de ruim na vida é pra melhorar .

Reprodução

O nosso herói caipira repete a frase diversas vezes, fortalecendo seu otimismo. Ele nasce em uma família rica, mas é abandonado no rio. Sua família não quer se desgraçar por conta de uma gravidez indesejada da Condessa de Goytacazes (Nathalia Dill / Eliane Giardini), uma mãe solteira . Candinho então é achado no rio pela família de Conegundes (Elizabeth Savala) e Quinzinho (Ary Fontoura). Ele é desprezado pela maioria e expulso do rancho quando adulto, seguindo para São Paulo. De azar em azar, ele sobrevive. A simplicidade aliada ao humor de Carrasco, já faz de Êta Mundo Bom! uma grande novela. Nos faz inclusive ter saudades dos filmes de Mazzaropi e de Chaplin, que torcíamos até o fim. Portanto, arranje um tempo para assistir a novela. Vai mexer com seu coração e proporcionar boas risadas. Se você questiona a teledramaturgia atual e acha que ela está ruim , lembre-se: com tramas como Êta Mundo Bom! ela pode meiorá .

Mazzaropi no filme Candinho


Alguns anos antes de 1950, ano em que foi inaugurada a televisão no Brasil, Assis Chateaubriand ficou sabendo que vários países da Europa, além dos Estados Unidos, estavam se preparando para implantar a televisão. Na verdade esse movimento começara antes da 2ª Guerra Mundial. Mas, exatamente por isso, vários países só se dedicaram a armar exércitos, etc e tal. E a televisão foi esquecida. Foi o caso da Alemanha, entre outros. E, por fim, os Estados Unidos, a Inglaterra e a França é que a implantaram.

aceleradamente e seria em breve, uma das maiores metrópoles do mundo. A burocracia emperrou um pouco, mas nos primeiros dias de 1950, no porto de Santos, descia todo o material para a montagem da televisão. Os diretores da emissora e mais convidados, entre os quais Walter Forster e esposa, Hebe Camargo e outros, ali estavam, onde foi ofertado por Chateaubriand, um grande almoço. São Paulo seria a pioneira.

Chateaubriand não perdeu tempo. Foi à R.C.A. americana e, recebido por David Sarnoff, viu todas as instalações técnicas do lugar e encantou-se com a tal televisão. Disse ao americano: Quero comprar uma dessas . Ao que David respondeu: Desculpe-me, doutor Assis, mas o Brasil é um país pobre. Por que o senhor não compra mais material para suas emissoras de rádio, que são tantas? . Ofendido, machucado em seu amor próprio, o baixinho Chatô não pestanejou e respondeu: Pois saiba, senhor, que não comprarei só uma, mas duas. Uma daqui, da R.C.A. e outra da G.E., onde tenho amigos . E assim fez. E imediatamente pensou em implantar a primeira em São Paulo, cidade que crescia

E nesses 65 anos que então se passaram, ficou provada que São Paulo seria de fato a maior metrópole do Brasil e uma das maiores do mundo. E a televisão foi se espalhando, se espalhando e hoje, num país de mais de 200 milhões de habitantes, não há um lar sequer que não tenha um, ou mais aparelhos de TV. Por isso aqui estamos para dar nossos parabéns à grande capital, com seus 462 anos de idade, e à televisão, que já completou 65 anos. Portanto: Viva a Televisão Brasileira! A 4ª do mundo! E Viva São Paulo, a cidade que nos enche de orgulho e mora em nosso coração! V.A.

matéria de capa

São Paulo e a TV

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para ler

Marcela Bezelga

Crimes e romances em São Paulo Um homem que vive entre personagens, tramas, cenários e um mundo de criatividade com um pé na realidade urbana. Esse é Silvio de Abreu, autor de diversas novelas de sucesso como Rainha da Sucata , A Próxima Vítima , Belíssima , retratado no livro Silvio de Abreu: um homem de sorte , de autoria de Vilmar Ledesma, e publicado em 2007, pela Coleção Aplauso, da Imprensa Oficial.

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Conhecido por tramas que mesclam sempre o bom humor a intrigantes mistérios policiais, entrecortadas por encantadoras histórias de amor, Silvio de Abreu é um dos novelistas de maior destaque da TV Globo. Além das novelas com personagens marcantes, como a inesquecível Maria do Carmo Pereira, a Rainha da Sucata brilhantemente interpretada por Regina Duarte, e os assassinatos a serem investigados em A Próxima Vítima , são marcas registradas do trabalho de Silvio. Uma outra característica forte de suas tramas é ambientação paulistana. Nascido em São Paulo, Silvio ambienta suas novelas sempre em sua terra natal, como uma homenagem a cidade e seus bairros. Sua primeira novela foi Éramos Seis , em 1977, exibida pela TV Tupi, uma adaptação do livro de mesmo nome escrito por Maria José Dupré, que conta história da família de Dona Lola, uma bondosa senhora que luta para manter a harmonia de seu lar. Desde então Silvio não parou mais de produzir grandes narrativas e envolver os telespectadores em seus trabalhos. Além de permitir ao leitor uma viagem a história da telenovela brasileira, Silvio de Abreu: um homem de sorte traz toda a trajetória do novelista, conta também suas influências profissionais, uma delas bastante marcante, a de Cassiano Gabus Mendes, a quem tem como mestre. Cassiano, quando sofreu um infarto, indicou Silvio para auxiliá-lo na conclusão dos roteiros de sua novela Plumas e Paetês . O livro está disponível na biblioteca da Pró-TV, agende sua visita de segunda a sexta-feira das 10h às 17h pelo telefone 3842-7743 e passeie pela genialidade desse grande novelista.

Missa de Ação de Graças Missa de Ação de Graças, pelas almas dos artistas falecidos em 2015 Igreja Nossa Senhora de Fátima (Av. Dr Arnaldo, nº 1831 - Bairro Sumaré, em São Paulo Dia: 27/02 Horário: 10h Após a missa, haverá um coffee-break, na Pró-TV, a partir das 11 horas. Rua Vargem do Cedro, 140 - Sumaré Colaboração: R$20,00 RSVP: (11) 3872-7743


01 01 01 01 02 02 03 03 06 06 07

André Dias Jorge Antonio O. Morate Reimy Honda Ricardo Gouveia Débora Duarte Rita Guedes Flamínio Fávero Paulo Vilhena Cássia Kis Magro Márcia Real Nicette Bruno

09 09 09 11 13 14 14 16 17 17 18

Alexandre Silva Jeferson Poli Jorge Luiz Oliveira Patrícia Pillar Renato Aragão (Didi) Joelmir A. de Oliveira Marco Aurélio Dias Éderson de Oliveira Mel Lisboa Taumaturgo Ferreira Nelson Gonçalves Jr.

19 20 23 25 25 27 27 28 28 28 31

José Sebastião Marina Toledo Brancato Júnior Beth Goulart Carolina Ferraz Ary Fontoura Dan La Laina Sene Fernando Loureiro Maitê Proença Marcello Antony Maurício Sherman

aniversariantes

Janeiro

Fevereiro 13 01 01 01 02 02 02 03 04 05 05 05 05 06

Luiz Francfort Nadir Fernandes Adriana Lessa Luiz Gustavo Maximira Figueiredo Vivian Regina Bifulco Bárbara Fazio Sabrina Sato Laurindo Guzzi Regina Duarte João Roman Neto Wanda Stefânia Cláudia Ohana

08 10 10 10 11 11 11 11 11 12 13 13 15

Vanessa Vholker Roberto Petri Josemar A.P. Fuzari Cauby Peixoto Mário Prata Guy Loup Flávio Prado Paulo César Grande Edwin Luisi Regina Martinez Bóris Casoy Dino Moreno David Leroy

15 16 18 18 18 19 21 22 24 25 26 27 28

Tito Bianchini Valter Leite Fábio Rolfo Cristiane Torloni Priscila Fantin Alberto Dines David José Aracy Balabanian Antonio Bellini Mohamad Said Mourad Celso Luiz Tavares César Monteclaro Ruvin José

Morreu cedo, o grande ator Antônio Pompêo. Nascido no interior de São Paulo, na cidade de São José do Rio Preto, faleceu no Rio de Janeiro. Estava com 62 anos. Começou sua vida profissional como artista plástico. Depois foi para a televisão, em 1975 e para o cinema em 1976. Mas fez muita coisa. Só em televisão foram 24 trabalhos e em cinema 12 filmes. Negro, o grande ator não deixou de batalhar em prol de sua classe. Foi diretor da Fundação Palmares, ligada ao Ministério da Cultura do Brasil. Trabalhou para o crescimento, em todo território nacional, de estudantes em História e Cultura Afro-brasileiras . Sua morte foi repentina e inesperada. Além de muito sentida por todos os seus colegas, amigos e fãs. V.A.

Divulgação

Saudade: Antônio Pompêo


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