Revista Pró-TV - nº 102

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pró_tv Julho 2012 | Nº 102

“60 Anos da Telenovela Brasileira” desembarca no Espírito Santo! Exposição fica em Vitória até 11 de julho Pág 03

Esta é uma publicação gratuita da Pró-TV / Museu da TV Brasileira - www.museudatv.com.br

revista


| Editorial |A importância da raiz Vida Alves “Tudo tem uma raiz, um começo, uma semente. Isso se refere a tudo. Ao homem, à flor, ao fruto, à construção...Nesse caso, a raiz se chama terreno, e em seguida, fundação. Você há de estar pensando: “Por que esta conversa tão esquisita? Tão estapafúrdia? Tão escalafobética?” Explico já. Tenho uma ideia fixa, ou missão, ou sina. Sei lá. Só o que sei é que quero erguer o Museu da Televisão Brasileira. E por que essa ideia fixa?

em 1995. E todo dia, de lá até cá, e toda noite também, luta-se e pensa-se naquela ideia principal: o Museu da Televisão. Houve momentos em que tudo parecia próximo. Felicidade geral! Mas, de repente...Vai tudo por água abaixo. E o tempo passando...e a vida passando... Chego ao ponto. Já. Ter o terreno, tenho: é a televisão brasileira, que hoje é outra. Tem videoteipe, tem rede, tem Embratel, tem até TV digital. Maravilha! Hoje chegamos ao outro lado da Terra. Sucesso total! E o produto feito pela televisão brasileira é de primeira, é de exportação.

É que eu estava no dia da inauguração da televisão brasileira. E eu a vi se organizar, crescer, ir a outras cidades, a outros estados, a todo o país.

Só falta o Museu.

E nós, no começo, não tínhamos nada, nada. Apenas nossa vontade, nossa mocidade, nosso amor.

Falta? Espera lá: se temos a raiz, e se já fizemos a fundação...o museu um dia acontecerá. Tenho certeza.

E conseguimos não só colocar a emissora no ar, como fazer o primeiro grande teatro, a primeira novela, os musicais, os jogos esportivos...tudo. Vai daí... fizemos o terreno. Fizemos a televisão brasileira.

Essa é a lei da vida. E se não for da Vida, que importância tem? Meu sonho estará lá. Feito. E bem feito. Se Deus quiser...

E eu, com amigos, é claro, resolvi fazer a Pró-TV – a Associação da Televisão Brasileira. Com o intuito de fazer o Museu da TV, para não permitir que tanta luta, tanto sonho e trabalho, caísse no esquecimento e fosse apagado da memória. E a isso que chamo: fundação. Essa fundação começou há quase 17 anos, 2

Vida Alves durante evento em comemoração aos 60 anos da TV em 2010: palmas apóiam a criação do Museu


| Exposição| Capixabas recebem a exposição “60 Anos da Telenovela Brasileira” No último dia 20 de junho, a exposição “60 Anos da Telenovela Brasileira” aportou em Vitória, capital do Espírito Santo. Foi com grande felicidade que a mostra, promovida pela Pró-TV e pela Rede Globo, pôde contar com o apoio capixaba da Rede Gazeta, afiliada global da região. A emissora, comandada pela família Lindenberg, recebeu com toda animação a exposição, que ficará no Shopping Vitória até dia 11 de julho. A presidente da Pró-TV, Vida Alves, discursou, assim como o diretor executivo da TV Gazeta (ES) Celso Guerra, e a atriz Eva Wilma, representando a classe artística. Foi mestre de cerimônia a atriz Giovanna Ewbank (a primeira mulher a apresentar uma abertura de nossa exposição, desde setembro de 2011). Lá foi homenageado com o Prêmio Pró-TV, o fundador da TV Gazeta e presidente do Conselho de Administração da emissora, Carlos Lindenberg Filho, conhecido também como “Cariê”.

Crédito: Octávio Bastos

Estamos todos muito felizes com mais esta etapa da exposição. Próxima parada: Belém do Pará, com o apoio da TV Liberal.

Crédito: Octávio Bastos

Visão geral da exposição em Vitória

Atrizes Eva Wilma e Giovanna Ewbank na abertura

Maria Antonieta Lindenberg, presidente do Conselho da TV Gazeta-ES com Vida Alves, presidente da Pró-TV

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| Centenário | O grande teatrólogo Fui uma vez visitá-lo. Faz anos, mas me lembro bem. Minha missão era só acompanhar minha irmã Helle Alves, jornalista, que precisava entrevistar Nelson Rodrigues. Ela telefonou, marcou e fomos. Recebeu-nos ele próprio. Até meigo, eu poderia dizer, ou doce. Pelo menos foi o que observei com certo espanto. Naquele apartamento relativamente simples, o homem conhecido e admirado em todo o país, principalmente pelos artistas, classe da qual faço parte, colocou-se à nossa disposição e respondeu as perguntas que a repórter fazia. Eu ouvia, analisava e concluía: olhos vivos, voz baixa, pausada, homem intenso e bom. Nada do que eu imaginava, pelos comentários, pelos textos e pelas frases, que deixou para a história. Lembro-me daquela: “Toda mulher gosta de apanhar. O homem é que não gosta de bater”. Nelson Rodrigues, o autor de 17 peças teatrais, todas tão famosas, cinco livros de contos, nove romances, treze livros de crônicas, várias novelas para a televisão, o grande autor do programa “A Vida Como Ela É,” da TV Globo, vagarosamente ali, tomava o café, que a esposa trouxera e nós o fazíamos também. Toda simpático, toda entrega às duas senhoras desconhecidas, ou quase, que ali estavam à frente, e o faziam perder seu tempo. Nelson Rodrigues pouco rodriguiano. Um homem inteligente, educado enfim. No dia 23 de agosto de 2012, que logo vai chegar, ele será homenageado em todo o país, por seu centenário. Eu farei a homenagem à minha maneira. Um pensamento intenso talvez, uma oração, sei lá, uma gratidão, por aquele momento bom, que nos deu, à Helle Alves, jornalista, e a mim, que ali estava, sentada, calada, agradecida. V.A.

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| Centenário| Meu amigo Mazza, saudade No dia 9 de abril de 2012, fez 100 anos que Mazzaropi nasceu. Neto de italianos e portugueses, o menino de nome Amâncio, desde cedo gostou da arte, de teatro, de circo. Do interior de São Paulo, para o mundo foi um pulo, pois a força de vontade e a arte estavam dentro dele, era um dom, um destino, um caminho já traçado. O pai era motorista de praça, a mãe doméstica, mas tinha um avô artista e o menino o acompanhava, sempre que um circo passava em Taubaté, interior de São Paulo. Seu sonho escondido era fugir com o circo, era ser ele um artista também. Aos 14 anos, não mais, entrou para o circo La Paz. Contava piadas em público. Todos riam. Ele mesmo se espantava. Mas, esperto que era, mudou a certidão de idade e ficou “maior”, para contar piadas em paz. A televisão chegou ao Brasil: 1950. Mazzaropi já estava em São Paulo, e deu um jeito de entrar na programação inicial, com o seu: “Rancho Alegre”, com Geni Prado e João Restiffe. E aliás foi Mazzaropi e seu grupo, os únicos que participaram do show inaugural de duas emissoras: a TV Tupi de São Paulo e a TV Tupi do Rio de Janeiro, no começo do ano seguinte. Tempos depois, o Mazza, querido de todos, deu um jeito de comprar um terreno em Taubaté, sua cidade, e montar uma companhia cinematográfica. Seus primeiros filmes, porém, foram feitos pela Companhia Vera Cruz. E os filmes foram surgindo, um atrás do outro: “Sai da Frente”, “O Meu Mundo é Aquele Rancho”, “Nadando em Dinheiro”, “O Corinthiano”, e mais um, e mais outro...E eles foram dezenas...sucessos todos. O caipira esperto, apaixonado, querido, morreu em 13 de junho de 1981. Estava com 69 anos. Que saudade! Um grande amigo, um irmão. O Brasil não o esqueceu. Seus filmes ainda fazem sucesso e dão saudade. Que saudade! V.A.

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|Centenário | O genial Raul Duarte A terceira emissora a ser inaugurada no Brasil foi a TV Record. Foi no ano 1953. O proprietário era Paulo Machado de Carvalho, o mesmo que anos depois deu nome ao Estádio Municipal do Pacaembu, em São Paulo. Ele era o pai de três rapazes: Paulo, Alfredo e TUTA, que logo foram ingressando no rádio e depois na televisão. E formaram as Emissoras Unidas. Elas se espalharam por todo o Brasil e, além da programação eclética, se especializaram mais em música e esporte. Fizeram sucesso. Vários rapazes amigos formaram a “trupe unida”. Entre eles: Raul Duarte. Paulistano, nascido em 1912, Raul era de uma inteligência rara e mais: era muito criativo. Onde estava, havia novidade, graça, talento, criatividade. Era rebelde, mas era alegre e querido. Logo se tornou diretor de uma das emissoras de Paulo Machado. Voz perfeita, dicção perfeita, Raul apresentava programas. Alguns dos programas que criou para o rádio: “Balangandãs”, “Ovo de Colombo”, “Resenha da Semana”, “Falando de São Paulo”, “Ouvindo o Brasil”, “O Charuto da Fumaça”, e muito outros. Também era jornalista. Começou em jornal escrito, mas logo passou à televisão. Formou a famosa “Equipe A”, ao lado de Manoel Carlos, Nilton Travesso, e Tuta. E essa equipe, foi responsável por programas importantes, como “Esta noite se improvisa”, “Hebe”, “Alianças para o sucesso, “Família Trapo” e o famoso “Show do dia 7, pois a TV Record, no dial, era o 7. E era um programa excelente, que contava bastante com o Raul Duarte. Raul faleceu em 21 de fevereiro de 2002. Uma vez, perguntado qual era sua filosofia de vida, respondeu rindo: “Vou repetir uma trova de que gosto. É assim: Da vida pude colher ensinamentos pequenos; não aprendi a viver; morrer então, muito menos”. Esse era o genial e saudoso Raul Duarte. V.A

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|História|Victor Costa, um profissional símbolo Fábio Siqueira No último dia do ano de 1907, nascia na então Capital Federal, Victor Costa Petráglia Geraldine, um legítimo carioca e um líder pioneiro na consolidação do rádio e principalmente da Televisão brasileira. Desde moço se interessou pela cultura, tendo sido autor de peças de Teatro de Revista, como “A Linha Sezefrido”, escrito junto com seu parceiro de idade (pois nasceram no mesmo ano) , de trabalho radiofônico e de amizade , o grande diretor artístico e de telenovelas Floriano Faissal (1907-1986). Na rica década de 40, Victor Costa já trabalhava com destaque na magistral Rádio Nacional do Rio de Janeiro, a PRE 8, e em 1941, como diretor de radioteatros, foi peça essencial para a implementação das radionovelas na PRE 8, com a estreia, naquele mesmo ano de “Em Busca da Felicidade”, um original argentino escrito por Leonardo Blanco. Partiu de Victor Costa, por exemplo, a ideia de escalar o renomado ator de rádio, de cinema e de teatro Rodolfo Mayer (1910-1985) para ser um dos galãs dessa novela pioneira, com o inesquecível personagem “Alfredo Medina” . Também lançou outro grande ator de novelas de rádio, Celso Guimarães (1907-1973) nessas produções iniciais e a eterna e primeira estrela Ismênia dos Santos (1910-1963). E o êxito dessa produção de rádio foi fundamental para o inicio da ascensão da Radio Nacional como uma grande e líder emissora no “dial” carioca , pois na época, as rádios Mayrink Veiga e Clube do Brasil eras as chamadas “campeãs de audiência”. E foram um decênio na direção artística da Radio Nacional do Rio de Janeiro, e sob sua lídima liderança, formou-se uma geração de ouro, que iria inaugurar a televisão na década seguinte, e nesse time notável, já se destacavam jovens e competentes nomes, como Fernando Lobo (1915-1996), Haroldo Barbosa (1915-1979), Heron Domingues (19241974) e o venerável Dr. Max Nunes, que, muito próximo a celebrar os seus noventa anos, permanece, com invulgar brilho, na televisão, até os dias atuais. Em 1951, como justo prêmio para esse sucesso profissional, Dr. Victor Costa era convidado a assumir a Presidência da própria Rádio Nacional, cargo que exerceu com destaque até 1954.

Nesse tempo, a PRE 8 já se firmava como a rádio líder absoluta de audiência no Rio de Janeiro e conseguia chegar, via ondas “hertz”, a praticamente todos os cantos do Brasil, com uma esmerada programação, tanto jornalística como artístico-musical. Também foi presidente da renomada Associação Brasileira de Rádio (ABR), o órgão de representação dos radialistas brasileiros por muito tempo, tendo sido sucedido pelo saudoso radialista gaúcho e seu também companheiro de Radio Nacional Manoel Barcellos (1911-1983). Quando deixou o comando da PRE 8, foi imediatamente convidado para assumir a direção geral da Rádio Mayrink Veiga, a PRA 9 e no ano seguinte já era o Presidente dessa importante rádio carioca. Nessa época, forma uma rede sólida de rádios, tendo como 'cabeça de rede”, a Mayrink, mas que já contava com a Rádio Mundial (a antiga Radio Clube do Brasil) e com três rádios paulistanas –Rádio Excelsior (PRG9), Rádio Nacional de São Paulo e Rádio Cultura (PRE4) . Em 1955, adquire a TV Paulista, o célebre canal 5, lançando a Organização Victor Costa (OVC), conglomerado de mídia e sigla que marcou as comunicações brasileiras entre as décadas de 50 e 60. Também detinha as concessões da futura TV Excelsior, o canal 9 de São Paulo, posteriormente transferida ao empresário Mario Wallace Simonsen (19091965) e da TV Mayrink Veiga no Rio de Janeiro, que lamentavelmente, jamais se concretizou de fato. Infelizmente, esse gentil e dedicado profissional, tão bem definido nas exatas palavras de seu colega e radialista emérito Renato Murce (1900-1987), como dono de um “coração boníssimo”, não conseguiu alcançar a década de 60, pois faleceu na capital paulista em 22 de dezembro de 1959, a nove dias de comemorar seus 52 anos, tendo sido sepultado no Cemitério da Consolação. Foi logo homenageado pelos prefeitos de São Paulo (Adhemar de Barros) e do Rio de Janeiro (Sá Freire Alvim), que ainda era o Distrito Federal, com nomes de rua, nos respectivos bairros da Saúde e de Campo Grande. Pai de Victor Costa Junior (presidente da TV Paulista entre 1959/1964) e tio do grande diretor artístico da TV Bandeirantes e novelista Cláudio Petráglia. Por tudo isso, Victor Costa é coluna mestra da História da TV brasileira, deixando uma grandiosa obra, um notável exemplo e um ilimitado legado, configurado num galardão de ouro, para a história do rádio e da televisão brasileira. Com a lembrança, a saudade e a gratidão de todos os seus colegas de radialismo.

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| Acontece| Elmo Francfort Encontro com Fátima Bernardes A Rede Globo, desde 25 de junho, deu força à sua programação matutina com um novo programa: sempre às 10h30, “Encontro com Fátima Bernardes” é a nova aposta da emissora para garantir sua boa audiência no horário. É a primeira incursão de Fátima no gênero entretenimento, depois de muitos anos na bancada do Jornal Nacional. Ela tem se mostrado irreverente e que está se adaptando bem ao novo formato de programa. O que predomina em “Encontro com Fátima Bernardes” é o diálogo, com pessoas de todas as idades. E a Rede Globo, depois de muitos anos, volta a ter um programa que recebe o nome do apresentador. Para enfrentar “Encontro” as demais redes modificaram suas programações. O “Hoje em Dia” da Record, ganhou novos quadros, e na estreia recebeu até ex-apresentadores da atração como Britto Jr. e Ana Hickman. Já o SBT, exibe episódios inéditos de “Ben 10” e “Thundercats” no “Bom Dia & Cia.”, e na RedeTV! outros desenhos famosos retornam à telinha, como “Pokemon” e “Yu-Gi-Oh”. Quem vai de “Encontro” a quem?

TV Cultura em HD A TV Cultura no dia 22 de junho passou a integrar o grupo de TVs abertas com sinal em alta definição (HD) na NET. Desde dezembro de 2005, a Cultura vinha trabalhando para migração do sinal em sistema SD (standard definition) para HD (high definition). A nova estação, totalmente em HD, passa a ser sintonizada pela NET Digital no canal 516, que tem seu sinal ainda limitado a São Paulo. As retransmissoras e afiliadas da TV Cultura estão se adaptando para captação do novo formato.

SBT no parque O programa “Dia no Parque” estreou finalmente no SBT em 30 de junho. Ele é apresentado por Priscila e Yudi, do “Bom Dia & Cia”. Em fevereiro, o infantil foi cancelado às vésperas da estreia. Isso porque foi gravado no Hopi Hari e dias depois, uma tragédia aconteceu no parque, com a morte da estudante Gabriella Nichimura, de 14 anos. Agora a atração foi gravada no “Beach Park”, em Fortaleza (CE). O programa vai ao ar sempre no último sábado do mês, das 7h às 12h45.

Emissoras na Cidade da TV Em julho a Cidade da TV começa uma nova fase. As emissoras passam a ocupar os estandes de seu segundo andar. As primeiras serão a TV Bandeirantes e a TV Gazeta. Logo irão estrear o estande das outras redes! Neles, cada emissora contará sua história. A Cidade da TV funciona ao lado da Cidade da Criança, na Rua Tasman, 301, em São Bernardo do Campo (SP) e está aberta de terça a domingo, das 9h às 17h. O ingresso é R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia, para crianças, estudantes e terceira idade). 8


| Encontro com os Artistas|Laura Cardoso Oh, coisa boa! Falar sobre ela, vê-la à frente, abraçá-la, matar a saudade, oh, coisa boa! Mas como nem sempre isso é possível, nosso encontro com a grande atriz Laura Cardoso, vai ser aqui, em nossa Revista PróTV. Conheço-a desde mocinha, já não era menina. Estava casada. Nossas carreiras haviam se desencontrado. Eu viera da Rádio Cultura de São Paulo, para o radioteatro da rádio Tupi. Laura Cardoso foi da Rádio TUPI, onde conheceu o ator Fernando Balerone, com quem se casou, e depois foi para a Rádio Cultura. Mas logo voltou às Associadas, que acabaram de inaugurar a Televisão TUPI, a pioneira Laura e o marido vieram para as Rádios TUPI e Difusora , mas logo entraram para a Televisão TUPI. E se deram ambos muito bem. O primeiro papel de Laura Cardoso , na TV, foi no programa “Tribunal do Coração” de Vida Alves. 1952. Que satisfação, que orgulho sinto, por ter lançado na tela pequena, àquela que, a meu ver, é a melhor atriz de nossa televisão, até os dias de hoje. E já fez os mais variados papéis; de velha, de moça; da cigana charmosa; à interiorana simplória; da mãe amorosa, á implacável dona da cidade; impondo sua moral e seus duros costumes a Ilhéus, como o faz agora, na maravilhosa novela “Gabriela”, inspirada em Jorge Amado. Mas saibam, Laura Cardoso não é só uma maravilhosa atriz, é também uma grande criatura humana, que hoje se dedica às filhas, aos netos, bisnetos, como outrora se dedicou ao marido, doente longo tempo, à mãe, doce portuguesa, em sua cadeira de rodas. Essa é Laurinda, nome de Laura, mulher de valor incomensurável. Gênio forte, tem pensamento firme, bondade imensa, apaixonada sempre. Pelos papéis que faz “com quem se casa”, pois os ama e os traz no coração, segundo ela mesma diz. Pela família que criou e pelos amigos que fez, ontem, hoje, sempre. Essa é minha amiga, a grande Laura Cardoso. V.A

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| Doações| Élida Alves O acervo da Pró-TV está sempre em constante crescimento. Isto graças as doações que recebemos constantemente. Dessa vez, ganhamos novas peças para nosso acervo. A atriz Eva Wilma, nos doou um quadro da novela “O Julgamento”, em que participou junto de Carlos Zara, Adriano Reys, Ewerton de Castro, Tony Ramos e Claudio Correia e Castro, na TV Tupi em 1976. A atriz também nos doou um prêmio que recebeu da Secretaria de Cultura de Teresina, na época de abertura da exposição “60 Anos da Telenovela Brasileira” nesta cidade. Recebemos também uma doação do ator Nuno Leal Maia. Um quadro em que ele está ao lado do locutor esportivo, João Saldanha, na década de 70. Por fim, recebemos um quadro de Olívia Camargo atriz e viúva do ator Marcos Plonka. Ele, em “O Fantasma de Canterville”, produção da Rede Globo em 1983. E fotos de Plonka na Escolinha do Professor Raimundo. As peças estão expostas em nosso espaço, aqui no bairro do Sumaré. Venha nos visitar e confira! Agradecemos a todos.

A TV CULTURA e a Fundação Padre Anchieta fazem a diferença colaborando na manutenção da Pró-TV. História da televisão também é cultura. www.tvcultura.com.br

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Aniversariantes Julho/2012 01 Alceu Valença 03 Carlos Alberto Riccelli 04 Alberico Bezerra Sobreira Júnior 04 Hugo Carvana 04 Adriana Gallão 05 Didi Campos 05 Laurindo Guzzi 05 Mauro Gianfrancesco 07 Lina de Roma 07 Victor Silva Navas 09 Carmen Marinho 10 Giba Um 11 Lisa Negri 15 André Martins 15 Telê Cardim 16 Ana Paula Arósio 16 Marcos Mora 17 Walter Forster Júnior 17 Célia Campêllo de Almeida 19 Álvaro de Moya 19 Gilda Camacho 19 Ricardo Côrte-Real 20 Dado Dolabella 21 Jane Batista 23 Jesus T. Pires 25 Elias de Souza 25 Leonardo Villar 26 Rosa Maria 26 Fernando Rancoleta 27 Luiz Teixeira Torres 27 Carlito Adese 27 Ney Latorraca 28 Ana Maria Freitas 29 Mario Fanucchi 29 Carlos Miranda 30 Flávio Galvão 30 Zélia Martins

|Destaque | Lisa Negri Esse mês marca o aniversário da atriz Lisa Negri, que completa mais um ano de vida no dia 11. Descendente de italianos, iniciou sua carreira como modelo, mas logo foi convidada pelo diretor Cassiano Gabus Mendes para ser atriz, onde fez sucesso em muitas produções da TV Tupi. Depois, resolveu estudar na Itália, e no seu retorno, esteve por alguns anos na TV Globo. Dando sequência à sua carreira, investiu em teatro e esteve também em “Umas e Outras”, primeira novela pela internet feita no Brasil, exibida pelo canal de TV na internet de nome allTV. Os nossos sinceros votos de Feliz Aniversário para ela!

Carlos Miranda Nascido em 29 de julho de 1933, o ator Carlos Miranda é lembrado até os dias de hoje pelo personagem Vigilante Rodoviário, protagonista da série de sucesso de mesmo nome, que esteve no ar pela TV Tupi (entre 1961 e 1962), pela TV Excelsior e pela TV Globo, em 1976. É citado no Guiness Book por ter sido o primeiro ator a se tornar na realidade, o personagem que havia dado vida na ficção. Carlos Miranda ainda se apresenta como Vigilante Rodoviário em eventos pelo Brasil e merece o nosso desejo de Feliz Aniversário!

| Expediente | Direção: Vida Alves | Design: Elmo Francfort e Nelson Gonçalves Junior | Redação: Vida Alves, Elmo Francfort, Fábio Siqueira e Nelson Gonçalves Jr. | Fotos: Francisco Rosa|Colaboração: Élida Alves e Luciana Bandeira Tel: (11) 3872.7743 | Site: www.museudatv.com.br E-mail: protv@museudatv.com.br | Expediente: Segunda a sexta - 10h/18h | Venha nos visitar. Agende sua visita!

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| Nosso acervo |

Atriz Gl贸ria Menezes (D茅cada de 1960 / TV Tupi)


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