pró_tv
Esta é uma publicação gratuita da Pró-TV / Museu da TV Brasileira - www.museudatv.com.br
Feliz 2012
Dezembro 2011 | Nº 96
revista
Exposição “60 Anos da Telenovela Brasileira” chega a Belo Horizonte pág. 8
Encontro com os artistas homenageia Mário Lúcio Vaz pág. 9
| Editorial |Boas Festas! Vida Alves Ah, como o “ano” passou rápido! – dizem no interior do estado paulista. E a “Cidade da TV” nos faz ir à São Bernardo do Campo, Grande São todos. Paulo, várias vezes. Estivemos em Santo André, a Ah, como a “vida” passa rápida! – digo eu. trabalho, e em Santos. É realmente veloz, a vida da gente. Principalmente numa cidade grande, cheia Vida corrida, portanto e....gostosa! Essa conclusão de prédios, cheia de carros, cheia de inesperada de minha crônica, em verdade não é passantes, pra cá e pra lá. Falo de São Paulo, inesperada. onde vivo, mas poderia falar do Rio de Janeiro, de Belo Horizonte, de Porto Alegre e Acho boa a vida agitada. Sinal de atividade. Sinal de amizade. Sinal de realizações. Sinal de por aí vai. crescimento. São todas cidades grandes, movimentadas, modernas.E até cidades menores parecem A Pró-TV, meus amigos, está crescendo. Começou como um sonho meu, que depois foi de alguns crescer, crescer, crescer.... amigos e companheiros e hoje é de muitos. Vi isso É o mundo que roda mais depressa. É a de perto, nas capitais onde estive e com os colegas “vida” que passa rapidamente. que encontrei. Até parece um queixume, isso que escrevi até aqui. Mas não é. É que nestes últimos Todos abraçando a ideia. Todos sonhando juntos. meses, em função das exposições que a Pró- E já diz o ditado: “Sonho que se sonha só, é sonho. TV tem feito pra cá e pra lá, temos viajado Sonho que se sonha junto, é realidade!”. muito. A Pró-TV é o nosso sonho e é também a nossa Nossa parceria com a Rede Globo, nos fez realidade. visitar o Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Nosso trabalho para a Secretaria de Estado Obrigada a todos, pela acolhida. da Cultura de São Paulo nos fez ir à E que tenham um 2012 cheio de luz!!! Itaquaquecetuba e à Vargem Grande do Sul,
| Visitação |
Visitem a Cidade da TV, o maior centro de entretenimento sobre TV do Brasil. Horário: de terça a domingo, das 9h às 17h. Ingressos: R$ 6,00 e R$3,00 (crianças até 12 anos, estudantes com carteirinha e idosos acima de 60 anos). Visitas em grupo: ligue para: (11) 4330-6998 / Falar com Carlos ou Sandra Local: Cidade da Criança (Portão 4) – Rua Tasman, 301 – Centro – São Bernardo do Campo / SP Site: www.cidadedatv.com.br 2
| Nosso acervo | Novela Sua Vida Me Pertence (1951)
Lia de Aguiar e Dionísio Azevedo em cena
A abra, associação composta pela Rede Bandeirantes de Televisão e Rede TV! mantém o trabalho da Pró-TV no resgate pela história dos radiodifusores www.abra.inf.br
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| Especial | O Livro do Boni Tenho em mãos o livro do Boni. Abraço-o, como quem abraça um amigo muito querido. É que essa é a verdadeira sensação que tenho, quando começo a ler “O Livro do Boni”. Nome simples, singelo, mas genial e criativo, como é o próprio Boni – o José Bonifácio de Oliveira Sobrinho. E tenho também vontade de agradecer a ele, em nome de todos, por esse tempo todo, me parece que mais de quatro meses, doze horas por dia, em que o autor debruçou-se à estante, ou ao computador, sei lá, para escrever estas 460 páginas. A obra é ímpar, dizem. Não sei, pois começo a folhear agora e já me emociono, ao ver os agradecimentos “in memoriam”. Olhei os nomes todos. Não falta ninguém. Que memória! E que coração! Que homem! Antigamente dizia-se, a quem nasce assim, tão cheio de Capa do livro predicados, “esse homem nasceu empelicado”. Hoje se diz: “esse homem nasceu iluminado”. Acho pouco, tanto o antigo, como o atual adjetivo. Quero mais. Não encontro. E me espanto ao ver que nem o “Aurélio” tamanho grande, nem o Houaiss me satisfazem. Busco e calo. As palavras faltam. Mas a emoção cresce. Vontade de ler, de saber, de lembrar, de compartilhar. E principalmente de agradecer. De agradecer muito ao Boni, por essa obra. E mais. Agradecer à dona Kina, sua mãe, inteligência rara, sensatez, equilíbrio, por tê-lo colocado no mundo. E tê-lo ajudado a ser quem é: um gigante, feito homem. Obrigada, Boni, de coração. V.A. Boni durante sessão de autógrafos do livro
A PROCIMAR APÓIA A DIGITALIZAÇÃO DO ACERVO DA PRÓ-TV Tel: (11) 3873.5888 www.procimar.com.br
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| Itinerância| Marcos da TV Brasileira Com o apoio da Secretaria Estadual da Cultura de São Paulo, prossegue a itinerância da exposição: “Marcos da Televisão Brasileira”. Agora a cidade visitada foi Vargem Grande do Sul. A inauguração foi a 11 de novembro de 2011 e ficará aberta ao público até o dia 7 de janeiro de 2012. O local escolhido para a mostra foi o lindo edifício da Casa da Cultura de Vargem Grande do Sul. Compareceram à festa, o prefeito Amarildo Duzzi e sua esposa, assim como o vice prefeito Antônio Sérgio e senhora. Para recepcionar a todos, lá estava Márcia Iared, diretora de Cultura e Turismo, grande incentivadora das artes da região. Na inauguração apresentou-se a Orquestra Sinfônica Jovem de Vargem Grande do Sul. Foi uma linda e concorrida festa.
Orquestra Sinfônica Jovem de Vargem Grande do Sul na abertura
Entrada da Casa de Cultura que abriga a exposição
Vida Alves, presidente da Pró-TV, com Amarildo Duzzi, prefeito de Vargem Grande do Sul
Alguns dos painéis que estão no local
Sala de vídeo da exposição
A TV CULTURA e a Fundação Padre Anchieta fazem a diferença colaborando na manutenção da Pró-TV. História da televisão também é cultura. www.tvcultura.com.br
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| Acontece | Elmo Francfort
Agência Estado
Gazeta Press
Uma imagem vale mais que mil palavras Há momentos memoráveis que a televisão registra. Um deles aconteceu no domingo, 4 de dezembro. Final do Campeonato Brasileira 2011, partida entre Corinthians e Palmeiras. Homenagearam o jogador Sócrates, que faleceu naquela manhã. O time do Corinthians (do qual ele fez parte por muito tempo) fez um minuto de silêncio reunindo-se em torno do círculo central do campo do Pacaembu. Todos com uma mão ao alto e outra para trás, imitaram tradicional gesto de Sócrates. Naquele silêncio prevaleceu a frase de que “uma imagem vale mais que mil palavras”.
À esquerda, Sócrates comemora gol pelo Corinthians, na década de 1980. E à direita, a homenagem do time atual
Um pouco de história da telenovela Na sexta-feira, dia 9 de dezembro, às 22h25, a Rede Globo apresenta um Globo Repórter especial, dedicado aos 60 anos da telenovela brasileira. Glória Maria, inclusive, entrevistou Vida Alves para falar sobre as seis décadas de estrada que ela ajudou a iniciar com “Sua Vida Me Pertence”. - 1951: Sua Vida Me Pertence – 1ª novela (TV Tupi-SP), em 21 de dezembro. Nela acontece também o primeiro beijo, entre Vida Alves e Walter Forster. Foi a primeira novela pensada especialmente para televisão no mundo. O Brasil foi pioneiro na experiência de fazer telenovelas, começando ao vivo e não-diária. Em julho de 1963, começam as diárias e gravadas pelo mundo. Primeiro em Cuba, depois Argentina, México e Brasil. - 1952: “Helena” – 1ª novela em outro canal (TV Paulista). - 1952: A novela mais antiga do mundo é “The Guiding Light” (CBS). Foi criado primeiro como radionovela em 1937 e apenas em 1952 virou telenovela, desde então permanecendo no ar nos Estados Unidos. - 1953: “Os Anjos Não Tem Cor” – 1ª novela com protagonista negro (Arnaldo Lima) - 1956: “Pollyana” – 1ª novela infanto-juvenil, produzida por Júlio Gouveia e Tatiana Belinky - 1959: “Trágica Mentira” (TV Tupi-RJ) foi a 1ª novela a ter uma trilha sonora especialmente criada para produção. - 1961: “Gabriela, Cravo e Canela” (TV Tupi) – 1ª novela gravada em VT - 1963: 2-5499 Ocupado – 1ª novela diária (TV Excelsior) -1964: “O Direito de Nascer” – 1ª novela de grande sucesso (TV Tupi / TV Rio) - 1965: Thalma de Oliveira adapta para TV a primeira radionovela do país: “Em Busca da Felicidade” (TV Excelsior) - 1966: “Redenção” – 1ª novela a ter cidade cenográfica e a mais longa do país (2 anos no ar) - 1967: “Yoshico, Um Poema de Amor” – 1ª novela com protagonista de origem nipo-brasileira (Rosa Miyake) - 1967: “Os Miseráveis” (TV Bandeirantes) – 1ª novela com 45 minutos - 1968: “Beto Rockfeller” (TV Tupi) – 1ª novela com linguagem moderna, a que inaugurou merchandising na teledramaturgia (produto: “Engov”) e a primeira a fazer imagens aéreas - 1972: “Selva de Pedra” (TV Globo) – a 1ª novela a atingir 100 pontos de audiência - 1973: “O Bem Amado” (TV Globo) – 1ª novela em cores - 1975: “João da Silva” (TVE / TV Cultura) – 1ª novela educativa do país - 1976: “O Bem Amado” (TV Globo) é a 1ª novela vendida para o exterior (México). - 1985: “Roque Santeiro” (TV Globo) vai ao ar, após ter seu texto vetado pela Censura Federal dez anos antes. - 2004: “Metamorphoses” (TV Record) – 1ª novela produzida em HD, mas transmitida em analógico. - 2005: “Umas & Outras” (All TV) – 1ª webnovela interativa - 2007: “Duas Caras” (TV Globo) – 1ª novela produzida e transmitida 100% em HDTV Cidade da TV Aproveite este final de ano e período de férias escolares para visitar a Cidade da TV, o centro de entretenimento sobre televisão. Horário: terça a domingo, das 9h às 17h. Ingresso: R$ 6,00 (meia R$ 3,00). Rua Tasman, 301 – São Bernardo do Campo / SP.
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|Exposição| 60 Anos da Telenovela Brasileira O dia 26 de novembro de 2011 foi o último da exposição "60 Anos da Telenovela Brasileira" no Projac, central de produção da Rede Globo no Rio de Janeiro. Um dia que fechou com chave de ouro a passagem da exposição em solo carioca. E sabem por quê? Antes de começar sua desmontagem, "60 Anos da Telenovela" recebeu duas visitas ilustres, acompanhadas por Iracema Paternostro (Relações Públicas da Rede Globo) e por Elmo Francfort (gerente de criação da Pró-TV). Pela manhã, eles acompanharam a visita do Retiro dos Artistas. Antigos artistas do cinema, teatro, circo e, claro, da televisão, se encantaram com a exposição e conheceram também todo Projac. Já no período da tarde, um grande time de artistas pioneiros da Rede Globo transformou em festa os momentos finais da exposição, confraternizando-se no espaço. Othon Bastos, Milton Gonçalves, Ruth de Souza, Eva Todor, Berta Loran e "grande elenco", além da presença de jovens, como o ator Ricardo Pereira.
Membros do Retiro dos Artistas no Projac
Artistas pioneiros da Rede Globo visitam a exposição
BRASIL: TELEVISÃO & MEMÓRIA www.museudatv.com.br/centrodememoria/
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| Exposição| 60 Anos da Telenovela Brasileira E prossegue a itinerância da exposição: 60 Anos da Telenovela Brasileira. a mostra, que teve inicio no prédio da Globo de São Paulo, esteve no Rio de Janeiro, no Projac, agora foi instalada na capital mineira, Belo Horizonte. No lindo prédio do Palácio das Artes, na Avenida Afonso Penna, desta vez a exposição é aberta ao público e pode ser visitada por todos. A inauguração foi no dia 02 de dezembro, às 11h30. Com grande número de convidados. Na cerimônia inicial foi prestada uma homenagem ao antigo diretor da Rede Globo: Mário Lúcio Vaz. Presentes ainda o diretos geral da Globo Minas Marcelo Matte, Vida Alves, representando a PróTV, o ator e apresentador Otaviano Costa, as atrizes Flávia Alessandra e Cris Vianna. Houve a apresentação do Coral Minas, da Rede Globo. E foi servido um belo almoço, a todos os presentes.
Atriz Cris Vianna, com Diretor de TV Mário Lúcio Vaz, atriz Flávia Alessandra e ator Otaviano Costa
Vida Alves, presidente da Pró-TV
Manequins com figurinos importantes da nossa teledramaturgia
Marcelo Matte, Diretor Globo Minas
Acima, geral da exposição. Abaixo: André Dias, Diretor de Negociações Especiais da TV Globo, Vida Alves, Sylvia Collis, da Comunicação Corporativa TV Globo e Mário Lúcio Vaz
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*Crédito das fotos: Luciana Bandeira e Comunicação Globo Minas
| Encontro com os Artistas | Mário Lúcio Vaz Mário Lúcio Vaz nasceu em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, no dia 5 de junho de 1933. O pai era jornalista, mas faleceu antes do filho ter dois anos de idade. Sua mãe ficou viúva aos 23 anos , estava grávida e tinha já dois filhos. Ela era funcionária pública federal, e ficou responsável pela família com três filhos. Mário estava com apenas 9 anos, quando começou a trabalhar, para ajudar nas despesas da casa. Foi entregador de farmácia, balconista de armazém e aos 14 anos colocou-se como office-boy no Banco Industrial e Comercial de Minas Gerais. Sempre esforçado que foi, e pensando em se casar, aceitou fazer um “ extra”, como datilógrafo da TV Itacolomi, de Belo Horizonte. À noite batia os scripts e com isso foi tomando conhecimento e se interessando cada vez mais por televisão. Aproveitava todas as suas folguinhas para conhecer a parte operacional da emissora. E assim foi convidado para ser diretor de imagem do jornal “ Aerovias Brasil”. Depois foi dirigir musicais, teleteatros e chegou a ser o diretor artístico da emissora. Em 1964, Mário foi trabalhar na TV Triângulo, em Uberlândia. Foi para organizar a programação local. Ficou, porém, só oito meses e voltou à Itacolomi. Mas aí ficou só até ser convidado por Walter Clark e José Maria de Castro Neves, para ir para a TV Rio, do Rio de Janeiro. Ficou na TV Rio por alguns anos, sendo o diretor de programas importantes, como: “ Moacyr Franco Show”, “ Show Sem Limite”, “ Rio, Jovem Guarda”. Em 1970, Mário Lúcio Vaz entrou na TV Globo, convidado por Boni, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho. Foi dirigir: “ Alô Brasil, Aquele Abraço”, onde era também produtor. O programa era ao vivo. Era uma competição entre os estados do Brasil e tinha colaboração de telespectadores, através do telefone. As melhores atrações do programas recebiam prêmios e eram os telespectadores que votavam sempre por telefone. Depois ele foi dirigir os programas: “ Show da Girafa”, “ Moacyr TV”,” Globo de Ouro”. Logo assumiu o programa; “ Chico City”, estrelado por Chico Anysio. Nesse programa , Mário Lúcio ficou até 76, quando foi substituído por Carlos Manga. Depois assumiu: “ Praça da Alegria”, de Manoel da Nóbrega. Em 1980, Mário Lúcio foi convidado por Borjalo, Mauro Borja Lopes, que era o diretor da Central Globo de Produções,para seu assessor. Em 1983, assumiu o cargo de diretor da Central Globo de Produção. E em 1991, passou para a direção geral da Central Globo de Produção, em substituição a Daniel Filho. Em 1998, durante poucos meses, ficou à frente da Central Globo de Criação, projeto desenvolvido por Marluce Dias da Silva, diretora geral da época. Depois assumiu a direção da Central Globo de Qualidade. Essa central conta com profissionais de todas as áreas, como dramaturgia, produção musical ,artes cênicas, humor, edição, direção, sociologia e pesquisa de mercado. Eles avaliam o conteúdo, ética, parte comercial, e outros, para oferecer sempre produto de qualidade. Além de diretor da CGCQ, Mário Lúcio passou a desempenhar função de diretor geral artístico, sendo o responsável pela supervisão dos núcleos de produção de dramaturgia. Em 2008, Mário Lúcio Vaz tornou-se diretor artístico associado após uma modificação no quadro organizacional da Rede Globo. Ele continua a auxiliar as áreas de criação, produção, recursos artísticos e controle de qualidade, que hoje conta com apoio de Manoel Martins, na Direção Geral de Entretenimento. Mário Lúcio Vaz é casado com dona Marny, tem filhos e netos.
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| História | Roquette Pinto, o cientista fundador da radiodifusão brasileira Fábio Siqueira A história do rádio brasileiro tem em seu nascedouro a fulgurante presença do médico, antropólogo, escritor e professor Edgar Roquette Pinto. Esse genial “carioca da gema”,nascido em 25 de setembro de 1884, que se formou em Medicina , na tradicional Faculdade Nacional de Medicina do Rio de Janeiro, logo nos primeiros anos do século XX, em seu primeiro ano como médico e pesquisador,já Roquette Pinto lançava seu primeiro livro, intitulado “ Os Sambaquis”, com um inovador estudo sobre esses depósitos orgânicos encontrados nas costas do litoral gaúcho. Nesses primeiros tempos, brotava o seu intenso e plural trabalho de pesquisa, em mais diversificados temas, desse o temário da mineralogia, expresso em exímio livro de 1918. passando por ensaios antropológicos e estudos sobre a etnia brasileira. Além disso, Roquette Pinto trabalhou com o “Civilzador dos Sertões” o herói sertanista brasileiro Candido Rondon, o emérito Marechal Rondon. Juntos, em heróicas e audaciosas expedições, desbravaram o sertão do Mato Grosso, chegando pioneiramente a foz do Rio Madeira, exatamente em 13 de dezembro de 1908 e , finalmente, adentrando o então inóspito Guaporé, hoje Estado de Rondônia. Nessas profícuas expedições, que historicamente são conhecidas como Missão Rondon, várias tribos indígenas foram integradas ao Estado brasileiro e incontáveis novas espécies animais, vegetais e elementos minerais foram registradas e cientificamente catalogadas. Mas essa faceta hercúlea de Roquette Pinto era perfeitamente conciliada com seu perfil pedagógico, pois logo depois de formado médico, já tornara professor da Faculdade de Medicina da Capital Federal, e anos depois era nomeado seu diretor, em 1926.Além da docência universitária, também era professor secundarista, na antiga Escola Normal,. Também professor visitante em Universidades internacionais e, incansáveis como poucos , em 1936 cria, com um grupo de intelectuais e jornalistas (como Otto Bandeira Duarte) o legendário Instituto Nacional de Cinema Educativo , o INCE, que abriu as portas para a produção de clássicos de nosso cinema, como o filme “O Descobrimento do Brasil”, em 1937, com a direção do mestre Humberto Mauro, e trilha sonora do genial Villa Lobos. No filme seguinte do mestre mineiro, Argila ,em 1940, o texto lido “em off” é de sua autoria, e a atuação da grande estrela da época Carmem Santos e a ainda adolescente e já aclamada Lídia Mattos, que uma década depois seria um dos símbolos da televisão carioca marcam até hoje a história do Cinema Nacional.
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E na história do Radio Brasileiro esse criativo polígrafo Roquette Pinto tem participação em sua gênese, pois a partir das vitoriosas experiências realizadas na Expo
Internacional do Rio de Janeiro, em 1922, que comemorou o centenário da Independência do Brasil, onde pela primeira vez, houve a possibilidade de uma transmissão radiofônica, direto do Centro da “Cidade Maravilhosa, por meio de um pronunciamento do então Presidente Epitácio Pessoa, no ano seguinte, seu amigo e presidente da Academia Brasileira de Ciências, o engenheiro franco-brasileiro Henrique Morize coordena a implantação da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro (PRA-2), , que fundada aos 20 de maio de 1923, tendo Morize como presidente e Roquette o secretário geral.A Radio Sociedade é a primeira emissora de rádio brasileira, e Roquette Pinto é considerado seu grande propulsor, pois o apoio da Academia Brasileira de Ciências foi decisivo para a consolidação desses primeiros anos do rádio no páis. Em 1934, Roquette Pinto cria uma nova rádio no Rio de Janeiro, a Radio Escola Municipal, a PRD-5, que futuramente, se denominaria Radio Roquette Pinto, até hoje no ar, no “dial” carioca. Imortal da Academia Brasleira de Letras a partir de 1927, na cadeira 17, quando sucedeu Osório Duque Estrada, o célebre letrista do Hino Nacional Brasileiro” Roquette Pinto foi acima tudo um humanista, pois usou seus notáveis conhecimentos científicos em prol da cultura, das letras e da cognição brasileira. Foi um educador incomparável, fundou a Revista Nacional de Educação, e foi pioneiro na luta contra o racismo, dando uma guinada conceitual na antropologia da época. Pioneiro também na museologia e na história, pois criou a Sala Dom Pedro II no Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, Rio de Janeiro (criado pelo avo do imperador, Dom João VI), quando tão bem dirigiu esse Museu durante vinte e um anos. Em 1950, , o mestre-cientista, em vida, é homenageado em São Paulo,com a criação do Premio Roquette Pinto, que passava a laurear os grandes destaques anuais do mundo do rádio. A ABEARRE-a Associação dos Funcionários das Emissoras Unidas (Radio Record, Radio São Paulo, Radio Panamericana) sob a presidência do saudoso radialista Armando Rosas, escolheu nominar Roquette-Pinto seu nascente e conceituado Troféu em vista de suas incomensuráveis contribuições ao Brasil, especialmente as comunicações, e durante quase trinta anos, seu nome esteve vinculado ao galardão do rádio e ,a partir de 1952, da televisão. E posteriomente, outras homenagens , outras comendas levaram seu nome,com muita justiça, seja na publicidade, no cinema, no mundo científico. E em 18 de outubro de 1954, na mesma terra carioca onde nasceu, esse gênio brasileiro expirou, concluindo com mérito sua trajetória tão invulgar, tão exemplar e tão produtiva que uniu ciência, educação, radiodifusão e cinema., num legado de ultra-qualidade que até hoje influencia os bons trabalhos nas áreas audiovisuais. Parabéns professor Edgar Roquette Pinto, pai fundador da comunicação radiofônica brasileira.
Aniversariantes Dezembro 01 Aracy de Oliveira 02 Stephan Nercessian 02 Lemos Britto 03 Mariceni Costa 03 Rogério Bocchino 04 Jussara Menezes 05 Ângela Rô Rô 05 Danielle Winits 06 Cecília Dassi 06 Patricia Mayo 06 Emilio Santiago 07 Xuxa Lopes 07 Maria do Socorro B. de Araújo 08 Olívia Camargo 09 Triana Romero 09 Milton Gonçalves 09 Clodomiro Nallin 10 Alzira Francfort 10 Luciana Vendramini 10 Fátima Souza 11 Ewerton de Castro 12 Antunes Filho 12 Silvio Santos 12 Felipe Levy 13 Luiz Doce 13 Esmeralda Annita Guarniero 14 Rubens Sarmento 14 Eva Wilma 14 Paulo Toyosi Nishimura 15 Ione Borges 15 Cristiana Oliveira 16 Adriana Esteves 16 Luciana Braga 17 Gilliard 17 Salathiel Coelho 17 Jhamaro Lima 18 João Paulo Soares 18 Wania Martini 19 José Maria Pontas 20 Silvio de Abreu 21 Ernando Tiago 21 Arlindo Silva 22 João Signorelli 22 Tato Gabus Mendes 23 Cláudia Raia 24 Hélio Taques Bittencourt 24 Eurico de Godoy Filho 24 Cláudio Cavalcanti 26 Marisa Prado 27 Vininha de Moraes 28 Giulia Gam 28 Gilson Pereira 28 Ariovaldo Botelho 28 Leonardo Vieira 29 Canarinho 29 Walter Scaranuzz 31 Rita Lee
|Saudade | Homem de bela postura e bastante educação, Adriano Reys nasceu no Rio de Janeiro em 20 de julho de 1934. Começou sua carreira artística no cinema já em 1953. Fez vários filmes, tais como: “Os Três Recrutas”, “É Pra Casar”?”, “Dupla do Barulho”, “Malandros da Quarta Dimensão”, “Leonora dos Sete Mares”, “Angu de Caroço”, “O Golpe”, “Aí Vamos Cadetes”, “As Sete Evas”, “No Tempo dos Bravos”, “Os Apavorados”, “Garota de Ipanema”.
Adryano Reis na novela “O Preço de um Homem”, da TV Tupi (1971)
Como fez sucesso no cinema, foi chamado para a televisão. Na década de 70, esteve na TV TUPI de São Paulo aparecendo nas novelas “Bel Amy”, “Rosa dos Ventos”, “Ídolo de Pano”, “Ovelha Negra”, “A Viagem”, “Éramos Seis”, “O Direito de Nascer” e várias novelas em outras emissoras, já que a TV Tupi foi à falência. Em meados de 1980 foi para a TV Globo e ali também fez sucesso, fazendo “Barriga de Aluguel” e “Mulheres de Areia”.Esteve também em “Idade da Loba” (na TV Bandeirantes), “Do Fundo do Coração” (na TV Record), e, por fim, “Kubanacan” e "A Lua Me Disse" (novamente na Globo). Em 2006, atuou na coprodução da Band com a RTP, de Portugal, na novela "Paixões Proibidas". Já em 2009, esteve em "Promessas de Amor", da TV Record. Sempre educado e respeitoso, Adriano Reys teve uma carreira construída com equilíbrio e educação, no que foi conhecido por todos os colegas de profissão. Adriano Reys faleceu em 20 de novembro de 2011, aos 77 anos, vítima de câncer.
Neste mês, perdemos também um amigo. Morreu Rubens Furtado, que trabalhou por mais de 30 anos na TV Tupi, sendo inclusive seu Diretor Artístico. Ainda dirigiu, por seis anos, a Rede Manchete. E depois, por muito tempo, foi diretor artístico da TV Bandeirantes, sendo responsável pela reformulação e transformação do setor de esportes da emissora. Rubens faleceu no dia 07 de dezembro de 2011, aos 80 anos, vítima de um infarto. Fica a saudade desse pioneiro, que é considerado uma das figuras mais importantes e queridas da nossa televisão.
| Expediente |
Direção: Vida Alves | Design: Elmo Francfort e Nelson Gonçalves Junior | Redação: Vida Alves, Elmo Francfort e Nelson Gonçalves Jr. | Fotos: Francisco Rosa| Secretaria: Lú Bandeira Tel: (11) 3872.7743 | Site: www.museudatv.com.br E-mail: protv@museudatv.com.br | Expediente: Segunda a sexta - 10h/18h | Venha nos visitar. Agende sua visita!
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|Aniversário | A 1ª telenovela do Brasil Foi no dia 21 de dezembro de 1951. Está por completar 60 anos. A primeira telenovela brasileira aconteceu na TV Tupi de São Paulo, a emissora pioneira. Seu título: “Sua Vida Me Pertence”. Autor: Walter Forster. Atores principais: Lia de Aguiar, Lima Duarte, Vida Alves, Walter Forster, Néa Simões, José Parisi e vários outros. Naqueles primeiros meses, e por vontade de seu diretor artístico, o jovem Cassiano Gabus Mendes, a televisão deveria seguir uma direção assemelhada ao cinema, ou á dramaturgia. Foi criado então o “Grande Teatro Tupi” e o “TV de Vanguarda”. Os dois fortemente apoiados em textos célebres, em escritores importantes, tendo sido adaptados os maiores nomes de literatura universal. Mas aí veio Walter Forster e falou em novela. Novidade. Inteiramente desconhecia, na televisão. Foilhe dada então uma pequena estradinha, uma viela. E por ali seguiu Walter Forster, o inovador. Só duas vezes por semana. E não mais que 20 minutos o capítulo. Assim nasceu a novela, produto menor, que foi crescendo, crescendo e tomou conta de tudo. Para dar “charme” ao produto, Walter colocou um beijo. E o casal “beijoqueiro”, Walter Forster e Vida Alves. Vai fazer 60 anos! E a novela brasileira tornou-se sucesso internacional! Produto de exportação do Brasil! Venceu!
Acima: Walter Forster e Vida Alves Néa Simões, Dionísio Azevedo, Lia de Aguiar e José Parise
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Ao lado: Mário Fanucchi e Lia de Aguiar