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revistaragga.com.br
NOSTALGIA ATLETAS TOPAM O DESAFIO DO CARRINHO DE ROLIMÃ
#37
MAIO.2010
1994: O ANO MARCOU O ROCK, OU O ROCK MARCOU O ANO? SKATE LEGEND: ENTREVISTA EXCLUSIVA COM TONY ALVA
MAIO . 2010 . ANO 5
não tem preço
O rapper Renegado
bruno senna
A Ragga é uma revista revolucionária. Com sua presença no Estado de Minas e com o Ragga Drops, ela foi além e elevou o nível da discussão de temas importantes para a juventude. É muito importante chamar a atenção para a doação de sangue. Um monte de gente legal, essa mineirada esperta, participa da campanha Ragga Sangue Bom, e fiquei muito feliz por também ter sido convidado. E essa é só uma das campanhas que podemos e vamos fazer juntos. Rogério Flausino, vocalista do Jota Quest
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*NÃO CUMULATIVO COM OUTRAS PROMOÇÕES, DESCONTOS E CONVÊNIOS.
O SEU ANIVERSÁRIO NO PONTO CERTO. PROMOÇÃO VÁLIDA NO DIA DO ANIVERSÁRIO, PARA O RODÍZIO DO ANIVERSARIANTE. INDISPENSÁVEL A APRESENTAÇÃO DO RG E MÍNIMO DE UM ADULTO PAGANTE.
RESERVAS: 31 3293 8787
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BH E * T O N O I Ã Z A C Í I R R OD O A P RS R O N IVE AGA AN O P Ã N ORIGINAL DA SERRA DO CURRAL - MG
cartas Stephan Doitschinoff Guilherme Salvador// por e-mail E aí galera da Ragga, A matéria com o artista plástico Stephan ficou bacana. A capa ficou do car... Pirei nos desenhos, ele é muito talentoso. Sempre gosto de ver matérias sobre cultura na revista. Abraços, Guilherme Foice Priscila Gomes // por e-mail Muito boas as fotos das últimas refeições dos presos [ensaio fotográfico ‘A última ceia’, Ragga 36]. Impressionante. Mais cinema Fabiane Faustino// por e-mail Pego minha revista Ragga de todo santo mês. Parabéns pela publicação, sempre muito divertida, jovem e inovadora. Adoro! Quero sugerir que façam mais matérias sobre cinema, gwostei da última assinada pela Izabella Figueiredo [‘Chico Xavier’, Ragga 36]. No mais, grande abraço aos que fazem desta a mais deliciosa revista de se ler do nosso estado! Bj, Faby, *eu sou Ragga Sangue Bom! Porrada! // via Twitter @gadigobh @revistaragga parabéns pela matéria sobre o MMA! Isso só mostra que BH está no caminho certo para a evolução do esporte! Show de bola! Disney na Pampulha// via Twitter @thiago1403 Acabei de ler na revista Ragga de abril a matéria ‘Trânsito e delírio até a Disney’ [On the Road, Ragga 36] kkkkkk. Mto legal! @jessicanewman_ A matéria do desfile da Disney ficou massa mesmo. Ri muito aqui. @saldanhatiim @b_biagioni muiiiito legal a matéria da Disney ...;)
expediente DIRETOR GERAL lucas fonda [lucasfonda.mg@diariosassociados.com.br] DIRETOR DE COMERCIALIZAÇÃO E MARKETING bruno dib [brunodib.mg@diariosassociados.com.br] DIRETOR FINANCEIRO josé a. toledo [antoniotoledo.mg@diariosassociados.com.br] ASSISTENTE FINANCEIRO nathalia wenchenck [nathaliawenchenck.mg@diariosassociados.com.br] GERENTE DE COMERCIALIZAÇÃO E MARKETING alessandra costa [alessandracosta.mg@diariosassociados.com.br] EXECUTIVO DE CONTAS daniel pinheiro [danielpinheiro.mg@diariosassociados.com.br] PROMOÇÃO E EVENTOS cláudia latorre [claudialatorre.mg@diariosassociados.com.br] EDITORA sabrina abreu [sabrinaabreu.mg@diariosassociados.com.br] SUBEDITOR bruno mateus [brunomateus.mg@diariosassociados.com.br] REPÓRTER bernardo biagioni [bernardobiagioni.mg@diariosassociados.com.br] JORNALISTA RESPONSÁVEL luigi zampetti - 5255/mg DESIGNERS anne pattrice [annepattrice.mg@diariosassociados.com.br] marina teixeira [marinateixeira.mg@diariosassociados.com.br] isabela daguer [isabelabraga.mg@diariosassociados.com.br] luiz romaniello [luizromaniello.mg@diariosassociados.com.br] FOTOGRAFIA bruno senna [bsenna.foto@gmail.com] carlos hauck [carloshauck@yahoo.com.br] dudua´s profeta [duduastv@hotmail.com] ILUSTRADOR CONVIDADO rafael maia [rafael-maia.com] ESTAGIÁRIOS DE REDAÇÃO daniel ottoni [danielottoni.mg@diariosassociados.com.br] izabella figueiredo [izabellafigueiredo.mg@diariosassociados.com.br] lucas oliveira [lucasoliveira.mg@diariosassociados.com.br] ARTICULISTA lucas machado COLUNISTAS alex capella. cristiana guerra. rafinha bastos. kiko ferreira glauson mendes COLABORADORES jana vieras. fernanda lassi. rodrigo moreira PÍLULA POP [www.pilulapop.com.br] RAGGA GIRL flávia armond FOTO jana vieras PRODUÇÃO michelle capriss MAQUIAGEM fabiano vieira CAPA carlos hauck REVISÃO DE TEXTO vigilantes do texto IMPRESSÃO rona editora REVISTA DIGITAL [www.revistaragga.com.br] REDAÇÃO rua do ouro, 136/ 7º andar :: serra :: cep 30220-000 belo horizonte :: mg . [55 31 3225-4400]
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FOI MAL!
Na última Ragga publicamos um tweet com o nome da pessoa que o enviou errado. O certo teria sido Luiza Márcia (@luhmalt). #Desculpa_aí.
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O homem que inventava guerras
anne pattrice
por Lucas Machado
‘’Faço não ficção em um país que numa eleição fictícia elegeu um presidente fictício que nos mandou para uma guerra fictícia. Tenha vergonha, Mr. Bush.” Michael Moore, ao receber o Oscar de melhor documentário por ‘Tiros em Columbine’
Caro leitor, costumo colecionar notícias que leio, escuto e vejo, ao longo dos anos, e essa realmente foi “nonsense”. O presidente norte-americano, Barack Obama, se reuniu na Casa Branca com Bill Clinton e George W. Bush para analisar a crise no Haiti devido ao terremoto que matou milhares de pessoas no país. Segundo o atual presidente dos EUA, será criado um fundo entre os ex-presidentes para angariar capital de empresas privadas para a reconstrução e ajuda humanitária aos haitianos. O terremoto de magnitude 7 na escala Richter teve o seu epicentro a 15 quilômetros da capital, Porto Príncipe, e foi considerado por especialistas o mais forte a atingir o país nos últimos 200 anos. A pergunta é a seguinte: você acredita que o ex-presidente W. Bush é digno de ser convidado para uma missão de paz? Pelo seu histórico, isso é, no mínimo, muito suspeito, pois nos últimos anos seu nome tem sido sinônimo de guerras, mortes e favorecimento ao desentendimento entre nações e continentes. Pergunto-me várias vezes como uma superpotência como os EUA têm escolhido presidentes tão pequenos nas últimas eleições. Voltando ao time escalado por Obama, os dois como políticos tiveram várias coisas em comum, porém Bill Clinton era mais ‘cool’ em suas ações, vamos dizer que seus erros foram mais amenos. Entre eles: despejo de produtos perigosos em países pobres, exploração da mão de obra infantil em países do Terceiro Mundo e escândalos de assédio sexual com suas estagiárias no Salão Oval. Agora, seu parceiro, o ‘Georginho’, esse carece de algumas ressalvas. Então, quem é George W. Bush? Um tirano inseguro, que se apresentou para a humanidade com uma pose grotesca de cowboy texano. Tem uma expressão verbal confusa, ignorância colossal, foi alcoólatra e fanático religioso. Na sua juventude, ainda estudante, foi preso três vezes, sendo que em uma delas estava completamente embriagado e portava drogas ilícitas. Sua família, muito poderosa e endinheirada, aliviou suas prisões, assim como aliviaram seus erros pri-
mários nas empresas de petróleo e indústrias bélicas da família, que ele ajudou a quebrar. Como político, deixou as piores marcas de todos os tempos. Roubou nas urnas e criou leis para se beneficiar nas eleições. Adepto da ideologia dos “neocons” (neoconservadores), que por meio das ideias do alemão Leo Strauss, veem os Estados Unidos como uma nação dominante, em que um dirigente político pode mentir para o público em nome da razão e do Estado. Resistiu à pressão internacional durante sete anos, passou por cima de tudo e de todos, inclusive da ONU. Invadiu o Afeganistão, alegando à BBC de Londres que estava “cumprindo uma ordem divina”. No Iraque, sua manobra estratégica foi promover uma suposta devolução da soberania aos iraquianos. Colocou em prática o plano cujo objetivo era empossar um governo fantoche, elegendo o primeiro-ministro Iyad Alawi, com vínculos com a CIA, para promover a “Guerra Suja” contra a resistência anti-imperialista, devidamente apoiado pelas tropas de ocupação. E, por fim, mostrou sua debilidade em lidar com o terrorismo, quando após o atentado de 11 de setembro, para não burlar as leis do Tio Sam, fez da base naval americana de Guantánamo, em Cuba, o cárcere de supostos terroristas acusados do atentado das Torres Gêmeas. Prendeu inocentes, promoveu detenções extra-judiciais e empregou táticas abusivas de tortura. Obama, também acredito na recuperação de dependentes químicos e acho que devemos sempre dar novas oportunidades. Mas dar uma missão humanitária para um genocida, não dá, my man. Você deveria assistir mais documentários de Michael Moore. Imagina o Mr. Bush pagando de missionário da paz. É melhor deixá-lo em seu rancho no Texas enchendo a cara, ou na casa do seu amigo secreto, o Bin Laden, tomando sol. Minha maior preocupação é que se realmente essa onda pegar, os irmãozinhos do Haiti não poderão nem colocar a toalha na cabeça depois do banho, pois vão acabar enchendo eles de porrada. J.C.
Dar uma missão humanitária para um genocida, não dá
Manifestações: lucasmachado.mg@diariosassociados.com.br | Twitter: @lucasmachado1 | Comunidade do Orkut: Destrinchando
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COLABORADORES
V V
PROMOÇÃO
A Ragga continua a dar uma assinatura semestral para quem der a melhor resposta para a pergunta: “Quem é o cara mais Ragga da história da humanidade?”. Pode ser do esporte, da música, da televisão, literatura ou ciência. Não importa, pode ser até aquele maluco que mora perto da sua casa. Para sua resposta ser considerada a melhor pela redação, vale mandar uma defesa para promocaoragga@uaigiga.com.br em forma de texto, foto, ilustração, escultura, bricolagem, mosaico, maquete de vulcão, feijão plantado no algodão com água, imagem de objetos produzidos a partir do lixo, feitas de dentro de um helicóptero (estilo Vik Muniz). O autor da melhor resposta leva uma assinatura semestral da Ragga. Não se esqueça do colocar o telefone de contato. revista
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JANEIRO.2010
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ga.com.br
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revistaragga.com.br
DEZEMBRO.2009
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NOVEMBRO.200 9
FAMÍLIA
Flordelis Os Schürmann Dinastias da Lucha Libre Desaparecidos políticos
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não tem preço
revistarag
não tem preço
arquivo pessoal
Fernanda Lassi é jornalista convicta e fashionista assumida, que estudou design de moda e jornalismo. A moda se tornou sua paixão e o jornalismo seu ganha-pão. Belo-horizontina de nascimento e carioca por escolha, sempre que pode vai para o Rio. Atualmente, cursa produção em jornalismo para TV na capital carioca e se divide entre as duas cidades. Nesta Ragga, ela entrevistou o Jonathan, aquele da “nova geração”. Lembra dele? fernandalassi@gmail.com
JANEIRO . 2010
arquivo pessoal
Formada em publicidade e marketing, Jana Vieras se realizou, mesmo, por meio da fotografia. Sua experiência passa por books pessoais, editoriais de moda e fotojornalismo. Aqui, ela usou sua sensibilidade no ensaio da Ragga Girl. janavieras.com.br
NOVEMBRO . 2009
morgana marla
Rodrigo Moreira é formado em publicidade pela UFMG e design gráfico pela UEMG. Trabalha com criação, pesquisa e produção de conteúdos on e offline. No tempo livre, investe em experimentações que fundem artes, design e tecnologia, como as mostradas no ensaio ‘Momentos congelados’. rodrigomoreira.com.br rodrigomoreira.wordpress.com
E mais: José Junior Moto GP Natiruts na SANGUE BOM Austrália No meio do mato Almanacão Conheça a Univer de férias sidade
VALE MAIS
AVRAS QUE MIL PAL
do Meio Ambien Paulo Lima, te, em Curitib empresário a “Quem ainda acredita que precisa urgent o dinheiro é a solução emente repens ar isso” Não é utopia A Ragga faz um convite para você constru ir um mundo melhor
*Todas as frases enviadas podem ser usadas na revista, assim como o nome dos remetentes.
reprodução da internet
Raja Ram é o cara Marina Tavares de Almeida nos convenceu de que o mais Ragga é o dj de música eletrônica Raja Ram. “Para começar, o cara tem mais de 65 anos e presença de palco maior que de qualquer dj jovem. Está sempre renovando seu estilo musical, toca desde psy trance até chill out. E é responsável por um dos maiores festivais do mundo, o Tip World. Foi o primeiro live que ouvi na vida. Como amante de música eletrônica, digo: ele é o mestre.”
Corra!
Hexa
A contagem regressiva para a abertura da Ragga Casa da Copa, que, em parceria com o Artesanato do Japa e com patrocínio da Skol, funcionará no trevo das Seis Pistas, Rodovia MG-30, Km 2, em frente ao Artesanato do Japa, já começou. Quando a bola rolar no primeiro jogo da competição, dia 11 de junho, começa a programação da Casa, que só termina depois do apito final na última partida, dia 11 de julho. Quem comprar o pacote para assistir a primeira fase do mundial ganha uma camiseta exclusiva. Por lá, a comemoração promete ser garantida, independentemente do placar final.
Nossa capa No mesmo dia em que seguiu viagem para Cuba, o rapper Renegado posou para a capa desta edição com uma das principais relíquias encontradas no baú da redação: Meu Primeiro Gradiente, da estagiária de design, Bella Daguer. Sempre vale a pena acompanhar os passos do Renegado, no site: arebeldia.com.br. Yo!
carlos hauck
Com o apoio da Subway, a Ragga promoverá uma corrida noturna como BH nunca viu. E a data está marcada. Dia 31 de julho, das 19h às 21h, vai ser realizada a Ragga Night Run, com chegada e saída na Praça da Liberdade, passando por diferentes bairros da Região Sul da cidade. Só falta você decidir o quanto vai correr: 5km ou 10km. Haverá dois circuitos com essas distâncias.
ILUSTRADOR CONVIDADO
Rafael Maia
[rafael-maia.com] [rafael-maia.blogspot.com]
Quer rabiscar a Ragga? Mande seu portfólio para annepattrice.mg@diariosassociados.com.br!
Fui um grande colecionador de canetinhas coloridas. Meus carrinhos andavam por estradas planejadas, e nunca me convenci de que os cartazes de cartolina eram suficientes. O vermelho, as rosas e a gargalhada são da minha avó. A disciplina e a auto-crítica são da minha mãe e do meu pai, respectivamente. Me formei na Escola de Design, desenvolvi projetos em parceria com F.Nazca, AlmapBBDO e Two Points.net, em Barcelona. Ilustrei para a revista lisboeta Nothing Last Forever, Creative Review, Helsinki Design Lab, Carpaccio Magazine, Design Report, Nike, HSBC e também para preencher folhas de alguns dos meus cadernos. Neoconcretismo, textura dos tecidos, música para dançar, Hélio Oiticica, pessoas interessantes. Projetos novos me deixam radiante. Superfícies inusitadas me refrescam.
divulgação
>> REFLEXÕES REFLEXIVAS DO TWITTER > rafinha bastos > é jornalista, ator de comédia stand-up e apresentador do programa ‘CQC’ (Custe o Que Custar)
Do professor Pasquale a Chico Xavier, passando por Ricky Martin :: Encontrei o Prof. Pasquale no aeroporto e disse: “Eu e minha mulher semos seu fã”. Ele teve um derrame e morreu. :: Opa, estou sendo estuprado aqui... Tem a ver c/ esta pulseira q eu ganhei da minha mulher?
:: Li que hoje o Sarney vai tirar um tumor do lábio. Torço p/ q ele fique bem. Força tumor! :: Para você que deseja assassinar c/ estilo, o canal 28 tá leiloando um faqueiro lindo.
:: O filme do Chico Xavier já tá no camelô. A pirataria é mais rápida q a psicografia.
:: A maquiagem usada em apenas um programa do Amaury Jr. é suficiente p/ tapar um vazamento da usina de Itaipu.
:: O 1º passo p/ acabar c/ a pedofilia é trocar a decoração da igreja. Sai o anjinho nu e entra o pôster de borracharia.
:: Ouvi na Record agora: “Com esta condenação, as pessoas q planejam matar a sogra vão pensar 2x”. #ficaadica
:: Ufa...posso voltar a comer o Ricky Martin sem culpa.
:: Incrível...Desde q comecei no ‘Proteste Já’ [quadro do CQC] (há 2 anos e 1/2), nunca mais peguei fila em restaurante e dentista.
:: Malhação de Judas parece nome de novela teen da Rede Vida
rafael maia
:: Handebol tá nas Olimpíadas? E eu achando q o esporte era uma invenção do meu professor de ed. física da 4ª série.
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com ele: >> fale rafinhabastos.mg@diariosassociados.com.br
PROVADOR > cris guerra > 39 anos, é redatora publicitária, ex-consumidora compulsiva, ex-viúva, mãe (parafrancisco.blogspot.com) e modelo do seu próprio blogue de moda (hojevouassim.blogspot.com). elisa mendes
>>
O repassador O repassador de powerpoint quer falar. Compulsivamente, sobre tudo e para todos, sem critério e com muitos efeitos especiais. Ele quer falar para o mundo, não importa o quê. Quer espalhar arquivos feito confete, papel picado, isopor ou qualquer outra coisa que se dissipe rapidamente. O repassador de powerpoint faz do seu computador um ventilador virtual, que dissemina por toda parte qualquer informação prolixa que comunique de preferência pouco ou quase nada, que irrite de preferência muito ou irremediavelmente, que acenda de preferência todas ou as mais reluzentes luzinhas, que demande de preferência toda ou quase toda a memória do computador. Quanto mais duvidosa a autoria, melhor. E enquanto Clarice Lispector e Shakespeare remexem em seus túmulos, Veríssimo e Arnaldo Jabor se desequilibram em suas cadeiras ergonômicas diante da tela. O repassador de powerpoint quer repassar. Indiscriminadamente. Recebe, mal lê, conta as páginas — seu prazer é proporcional ao número delas. E se tiver musiquinha, pirotecnia, desenhos de estrelas e fogos de artifício, flores, cores e frases-clichê que surjam letra a letra, o repassador de powerpoint dá gemidinhos de alegria. Como quem carrega a sua arma cuidadosamente, o repassador cuida para escolher a dedo os arquivos que vai enviar: os que sejam executados bem-de-va-ga-ri-nho; os que tenham moral no final; os que causem constrangimento em quem assiste. E repassa. Para quantas pessoas for possível, quer ele as conheça, que não. Omaisrápidopossível! Zum! Mais um. O repassador de powerpoint coleciona e-mails. Ao se encontrar com alguém que não vê há muito tempo, já abre o caderninho e solicita gentilmente seu endereço eletrônico. E pede que a pessoa abra sua caixa logo mais, pois ele vai lhe
passar um e-mail “muito interessante”. O repassador de powerpoint ainda não entendeu para que serve a internet. Mas é um especialista nesse moderno software. E é capaz até de criar os próprios arquivos. O repassador de powerpoint tem pressa. Tem fúria. Quer estar presente no mundo, mostrar a que veio, ocupar a cabeça, a tela e o processador das pessoas, dos trabalhadores, do mundo. O repassador de powerpoint talvez precise cultivar novos hábitos, ir a um psiquiatra, fazer amigos novos, mas não. O repassador de powerpoint não tem problemas. E quando tem, há sempre um arquivo de powerpoint para resolvê-los. O repassador de powerpoint quer repassar. Que nem gripe. E é capaz de fazer ameaças. Mas é tão covarde, que faz sua vítima apontar uma arma para si mesma: será ela a responsável por sua própria má sorte. Sádico, o repassador de powerpoint sequer esconde os nomes de suas vítimas. Ele os exibe numa lista suja, cheia de cores, setas, avisos e forwards. O pior de tudo: o repassador faz tudo isso docemente, sem tirar do rosto o sorriso cândido. Não há como ter coragem de repudiá-lo de forma direta. Ele é um criminoso cuja suavidade não perdoa ninguém. Como combater uma agressão com trilha sonora, perfume de rosas e corações? Cuidado. Da próxima vez que abrir seu e-mail, fique de olhos bem abertos. E, de preferência, feche todos os outros aplicativos.
O repassador de powerpoint não tem problemas. E quando tem, há sempre um arquivo de powerpoint para resolvê-los
rafael maia
[***] Não jogue este papel em via pública. Transforme-o num arquivo de powerpoint e repasse-o.
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com ela: >> fale crisguerra.mg@diariosassociados.com.br
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É-DUCA!: EDUCAÇÃO E PROPÓSITO > glauson mendes > é líder educador, empresário, e vê na educação a base do
As empresas, os líderes e os diamantes
wagner veloso
novo mundo. @glausonmm.
“Criatividade é inventar, experimentar, crescer, correr riscos, quebrar regras, cometer erros e se divertir” Mary Lou Cook
Quando você era criança, o que respondia para a célebre frase: “O que vai ser quando crescer?” Médico, advogado, dentista, psicólogo, comerciante, jogador de futebol... São inúmeras as profissões com as quais sonhamos, para as quais temos uma vocação natural ou herdamos de nossa família. Após a escolha da profissão, e com mais maturidade, existe a opção de empregar-se ou empreender. Você pode (sonhar/querer/escolher) trabalhar para uma empresa, ser bem-sucedido, ter um bom cargo e salário, benefícios e plano de carreira. Sob outra perspectiva, pode optar por empreender, criar um negócio próprio, dar continuidade na empresa da família ou reunir-se com amigos e gerar inovações. Evoluir é o fluxo natural da vida. Mas como seria uma empresa ideal para trabalhar? Quais características ela deveria ter? O que não poderia faltar? E se você fosse abrir uma empresa, como ela seria liderada? Na “era do conhecimento”, independentemente da profissão e opção de atuação, individual ou coletiva, cultivar um ambiente que propicia a geração de ideias tornou-se imprescindível. A riqueza está no capital intelectual e as pessoas que têm ideias e possibilidade de desenvolvê-las influenciam
o rumo dos acontecimentos. Uma arquitetura social ágil, adaptativa e que favoreça o aprendizado e a geração de capital intelectual em comunidade será a chave da riqueza segundo Peter Senge, em seu clássico ‘A 5ª. Disciplina’. Pessoas desenvolvem o ambiente e o ambiente desenvolve as pessoas, e isso você carrega para toda a vida. Então, se liga! Qual a vibe da empresa em que você atua ou pretende atuar? Existe abertura para sugerir, dar ideias e opiniões? Os líderes incentivam a participação e mantêm todos informados? O erro é percebido como parte do aprendizado ou detona os funcionários quando eles erram? Trocar ideias sobre o que realmente gera resultados é normal? E você, exerce sua responsabilidade quando tem a oportunidade de se expandir, ou é um tremendo vacilão que só sabe reclamar sem procurar melhorar? Lembre-se sempre que pessoas desenvolvem o ambiente e o ambiente desenvolve as pessoas. Ainda dá tempo de responder: Como vai ser, agora, que você cresceu?
rafael maia
Lembre-se sempre que pessoas desenvolvem o ambiente e o ambiente desenvolve as pessoas
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ESPORTE
Por trás das
câmeras por Bruno Senna
O encontro dos fotógrafos Corey Rich e nosso Bruno Senna
Corey: mais de 20 anos na estrada
Tudo começou com uma ideia. Neste caso, com um email. Ao saber que o fotógrafo internacional de aventura Corey Rich estaria em Belo Horizonte por alguns dias, logo pensei em organizar uma palestra com fotos, vídeos e histórias de seus mais de 20 anos de estrada. Para a minha — e nossa — sorte, Corey foi muito receptivo e, em alguns dias, planejamos uma apresentação, com o apoio da Sandisk e da coordenadoria de jornalismo do Uni-BH. Para quem ainda não sabe, ele é famoso pelas fotos mais aclamadas da nata da escalada e de outros esportes de aventura. Em seu portfólio, estão fotos para clientes como Apple, Nikon, National Geographic, Red Bull, Microsoft, Sandisk, Climbing Magazine e a lista de peso continua. A história de Rich com a fotografia e a escalada, sua segunda paixão, iniciou-se aos 13 anos. Após ganhar uma competição de barras e quebrar o recorde da escola, foi apresentado ao esporte e logo sentiu o desejo de mostrar aos amigos o que vivia nos fins de semana. A fotografia foi a solução encontrada. De cara, ele saiu em busca de tudo relacionado ao assunto: livros, aulas, visitas — mas o fotógrafo admite que, se fosse hoje, largaria as outras fontes e aprenderia somente por meio da internet. Como na maioria das histórias, o começo foi difícil, trabalhou em um jornal local, fotografando assuntos do momento, como “o bichinho de estimação da semana”. Sua técnica para sobreviver criativamente foi elaborar projetos paralelos dentro de suas pautas. O seu preferido é o de fotos de pessoas aleatórias cutucando o nariz. Sobre como define seu estilo, ele diz que uma resposta simples para essa questão não é fácil. Mas lembra que a busca por algo novo é uma constante em seu trabalho. “Sou meu maior crítico”, admite, revelando que escolhe cuidadosamente o que vai mostrar ao mundo. “Nunca tirei uma foto perfeita, sempre existe algo que pode ser melhorado, alguma coisa que faria diferente. Nunca estou feliz com as minhas fotos.”
A maior lenda viva da escalada, Chris Sharma no boulder Best of the West V16
CLÓVIS CESÁRIO
por Lucas Machado fotos Bruno Senna
Clóvis usa: blusa Vide Bula, jeans Empório Armani, relógio Diesel e tênis Osklen Nascido em Campinas, Clóvis Cesário, o Clovinho, administrador e gestor em negócios da moda, começou sua carreira ainda jovem. “Depois de sete anos e vários prêmios na Santista, multinacional especializada em jeans, na qual atendia a todas as contas do Grupo Mineiro de Moda, fui chamado para comandar a equipe de vendas da Vide Bula, em 1993”. Por lá, formatou as vendas de varejo e atacado nacional. Em 1999, o resultado foi a passarela. “Participamos durante cinco anos do SPFW, só deixamos a semana de moda em 2007, por uma estratégia da marca”, conta. A novidade é que a Vide Bula, uma das maiores marcas mineiras de todos os tempos, volta com tudo para o cenário nacional em 2010. O responsável é, de novo, Clóvis, que trabalhou por 15 anos na marca, até que resolveu vendê-la, em 2009. “Adoro desafios e vender a marca que você trabalha é muito foda, cara”, comemora. Ele é daqueles caras que acorda mais cedo que o padeiro e adora ficar em casa com a esposa e os filhos. Considera ser pai uma das maiores conquistas. Com relação à musica, é bem eclético. Sobre a nova fase da marca, dispara: “A Vide Bula, desde o início, era punk e contestadora. Veio a ‘Jr’ — subdivisão da marca voltada para o público adolescente e infantil — com o código da molecada. Sempre tivemos a característica de inovar. Agora lançamos a Casa de Moda e Cultura Vide Bula, vamos ter um calendário cultural, para estudantes e estilistas”. No final da entrevista, ele gritou: “Lukinha, não esquece de falar que eu sou Galo Doido”.
Kit Sobrevivência
Troféu Santista Têxtil — 1993 iPhone Grafitado Calça Jeans Vide Bula 1982 Aromatizador Vide Bula by Clóvis Cesário Cristal Coleção Caneca Alexandre Herchcovitch
J.C.
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NOSTALGIA
NAFTALINA fotos Carlos Hauck
Nossa redação revirou os armários, enfrentou a rinite e encontrou estas relíquias da infância
fotos: reprodução da internet
igor wenchenck
quem
é RAGGA
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fotos Dudua’s Profeta
carlos hauck
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A Heineken está presente em algumas das casas mais badaladas de BH e, nos próximos meses, você confere aqui as melhores dicas para curtir seus dias e noites na capital mineira. Restaurantes, bares e boates. São opções para todos os gostos!
VALE A PENA!
Baby back ribs é uma das opções do cardápio que mais fazem sucesso. Uma porção serve duas pessoas.
carlos hauck
T.G.I. FRIDAY’S
Com dezenas de filiais mundo afora, o T.G.I. Friday’s faz sucesso também no Brasil, em capitais como São Paulo, Rioe Brasília. A casa abriu as portas em BH, há seis anos. Desde então, é o lugar certo para comemorar o aniversário, aproveitar o fim de semana ou o fim do dia de trabalho. O clima é sempre descontraído, os atendentes são simpáticos e o cardápio é bem eclético, com grelhados e saladas, hambúrgueres, comida mexicana e mais. Vale experimentar e voltar sempre.
SERVIÇO Endereço: Av do Contorno, 6061 loja 201 — Savassi Tel.: (31) 3282.1492 / 3288.3921 Capacidade: 190 pessoas carlos hauck
Formas de Pagamento: Visa, Mastercard, Amex, Visa Eletron, Visa Vale, TR, VR, Cheque Cardápio e Sodexo Possui: música ambiente
DICA HEINEKEN
De segunda a sexta-feira, o happy hour, entre 18h e 21h, fica mais animado com a promoção: quem compra um chope Heineken ganha outro.
Funcionamento: Domingo a quinta (12h — 23h) Sexta e sábado (12h — 1h) Na Internet: fridays.com.br twitter.com/TGIFridaysBR
BEBA COM MODERAÇÃO.
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fotos Carlos Hauck
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1. André e Pedro Lobo 2. Henrique Rocha e Gustavo Bacha 3. Fabiana Diniz e Gustavo Quintão 4. Talita Valente, Tiago Novaes e Diane Montinho 5. Manoela Lo Bueno e Júlia Maia 6. Débora Villela, Denise Andrade e Júlia Vaz 7. Os Bartenders da casa: Franço Ceará, Diego Ferreira, Marina Tampieri e Bodão 8. Douglas Dias 9. Bruna Silveira e Renata Pimentel 10. Juliana Rizzi e Alex Guanda
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NO PASSAPORTE POR AÍ HEINEKEN, ENCARTADO NA ÚLTIMA RAGGA, NAS PÁGINAS REFERENTES AO T.G.I. FRIDAY’S E AO NAFTA PUB, O CERTO TERIA SIDO DIZER QUE A 3ª HEINEKEN É POR CONTA DA CASA (NA EMBALAGEM QUE ESTIVER SENDO CONSUMIDA) E NÃO “3 POR CONTA DA CASA”, COMO FOI ERRONEAMENTE DIVULGADO.
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fotos Jana Vieras modelo Flรกvia Armond
SE TODAS FOSSEM IGUAIS A VOCÊ... por Bruno Mateus
Flávia Armond nasceu em Belo Horizonte. Aos 7 anos, mudou-se para a histórica Mariana, onde se acostumou, durante a infância, a brincar solta pelas ladeiras da cidade, sem ter que se preocupar com o tempo, a solidão das capitais ou com a capacidade de armazenamento de seu iPod, aparelho que, naquela época, era tão real quanto vacas voadoras. “Lembro das brincadeiras de rua. Depois da escola, a gente jogava queimada, pique-pega. Era gostoso demais, uma época muito boa. Me vem à cabeça as festinhas, dança da vassoura”, recorda-se. Ela trabalha como dentista especializada em ortodontia em Mariana, e tam-
bém atende em Ouro Preto. Pela aparência que nega sua real idade — que não serei eu a contar —, a bela admite que algumas pessoas mostram certa desconfiança: “A cara de menina, às vezes, até atrapalha na profissão. Quando chegam, se assustam e pensam: ‘Essa é a dentista?’”. Com uma profissional assim, o estridente barulho do motorzinho torna-se mais prazeroso que as canções dos Beatles gravadas em Abbey Road. Hoje, ela fala com indisfarçável encantamento sobre a paixão que ainda guarda pela dança, arte que a fazia sonhar dançando, num momento lúdico capaz de inspirar os poetas. “Fiz jazz, ballet, sapateado e dança contemporânea. Já fiz aula de canto também, mas minha paixão era a dança”, diz. Mesmo por telefone, vejo que os olhos de Flávia brilham e seu coração sorri quando ela relembra aqueles dias. Se eu pudesse viver minha vida novamente, queria estar nas ruas de Mariana brincando com Flávia, sem preocupar-me com as arbitrariedades do tempo.
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MODELO Flávia Armond FOTO Jana Vieras PRODUÇÃO Michelle Capriss MAQUIAGEM Fabiano Vieira
EM 1 HORA DE ACADEMIA, VOCÊ PERDE UMAS CALORIAS E QUEIMA TODO O STRESS DO DIA.
EU
por Sabrina Abreu
QUERO! (DE NOVO)
“Haja hoje para tanto ontem”. Foi Paulo Leminski quem escreveu o verso que faz tanto sentido diante das ondas vintage e releituras de diferentes épocas na moda e na cultura. Há quem diga que “antigamente é que era bom”. Mas as mulheres obrigadas a usar saias longas e espartilhos justíssimos deveriam discordar disso. E será que homens que passavam a vida dentro de camisas de manga comprida, com punho e colarinho bem fechado, não dariam de tudo para adotar o visual relax de hoje em dia? Já que não existe túnel do tempo para averiguarmos, o melhor é aproveitar o agora. E, dos muitos ontens, de décadas e séculos passados, pinçar as melhores peças. Umas para vestir, outras para lembrar a infância. Revisitar o passado só vale a pena se for divertido.
ActionSampler Chrome R$ 84 Tira uma série de quatro imagens e um quadro de 35mm
fotos: divulgação
Diana R$ 224 (acessórios não incluídos) Uma das mais famosas lomos. Médio formato, 120mm e captura fotos panorâmicas
Lomo
LC-A+ R$ 700 A fábrica, atualmente na China, é fiel à lente Minitar-1 32/2.8 russa. As fotos são escuras, como as tiradas com a máquina pinhole
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Hoje, quase todo mundo já ouviu falar da Lomo, que inaugurou, ano passado, sua primeira loja no Brasil. Mas, em 1992, foi preciso que dois estudantes austríacos descobrissem e apostassem nesse tipo de máquina fotográfica para não deixar o equipamento digital matar o rolo de filme. As pequenas imperfeições analógicas e a falta de controle sobre o que está sendo fotografado — só é possível conferir a imagem capturada após revelar as fotos — são os principais atrativos do que ficou conhecido como “Movimento Lomográfico”. Cult e acessível, as máquinas atraem fãs e colecionadores de seus diversos modelos. Você já tem uma?
Colorsplash Câmera R$ 168 Com 12 filtros coloridos para o flash
bruno senna
Roots
Tudo o que vai volta: a máxima popular serve, com certeza, para o pinguim de geladeira. Após longo período de hibernação, o adorno kitsh se consolidou como queridinho dos apreciadores de design e coisas divertidas em geral. Este é da Tok&Stok. R$ 25 tok&stok.com.br
Nada como a emoção de encontrar a figurinha tão esperada num pacotinho, ou a frustração de descobrir que ficou faltando só uma para completar o álbum. Esses sentimentos são potencializados com o Álbum Oficial da Copa do Mundo da FIFA — África do Sul 2010. Quem não concluir o objetivo de escalar (ou colar) todos os jogadores terá que esperar quatro anos para tentar de novo (talvez, já junto dos filhos). Não é à toa que ele atrai torcedores/colecionadores de 8, 18, 28, 38 anos... R$ 2,90 (preço médio)
Figurinha carimbada
carlos hauck
fotos: divulgação
Houve um tempo em que usar abotoaduras — gravata, colete, chapéu — era obrigatório. Hoje, o uso do acessório é opcional e costuma ser restrito aos mais estilosos. Este par é da Montblanc, em prata 925. R$ 1.093 Montblac — Pátio Savassi (31) 3284-2262
Punho de prata
Do século 16 para cá, o corset mudou muito. Já não faz sangrar o nariz das mulheres (o que acontecia na época em que seu objetivo era definir a cintura à força) e deixou de ser apenas uma peça íntima. A linha La Passion Fatale Velvet, da Fruit de La Passion, traz releituras da peça. Está mais confortável, mas continua sexy. R$ 307 Fruit de la Passion — BH Shopping (31) 3228.4420 lojasfruit.com.br
Iglu
Cinturinha
carlos hauck
Para quê equipamentos ultramodernos quando você pode voltar a se divertir com um autêntico carrinho de rolimã? E nem é preciso entrar na máquina do tempo para voltar a descer as ladeiras, como nos velhos tempos. Basta falar com o Toninho (ele fez os carrinhos da matéria “Rolimã só para loucos”, pág. 24)! Toniarte Indústria de Móveis Ltda. Rua Marcos Coelho Neto, 465A — Palmeiras, em BH (31) 3312.1055
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HISTĂ“RIA
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Rap, rock‘n’roll, psicodelia, hardcore e ragga. Do mangue ao hemp, passando pelo selim da bicicleta por Lucas Oliveira ilustração Rafael Maia
O ano era o de 1994. Além do tetra da Seleção Brasileira, você deve se lembrar das rádios populares sendo tomadas pela música sertaneja, do romantismo dos pagodeiros invadindo a TV nas tardes de domingo e do axé baiano que, querendo ou não, sabia cantar de cor. Mas se você não curtia muito tudo isso, outras lembranças devem vir à mente quando falamos desse ano. Bem longe do cenário musical sertanejo-pagode-axé, a Nação Zumbi mixava suas guitarras sujas com a percussão nordestina, enquanto Chico Science e Fred Zero Quatro idealizavam o movimento Manguebeat. Marcelo D2 defendia a legalização da maconha com o Planet Hemp. Falcão havia sido selecionado em anúncio de jornal para formar O Rappa com a banda que acompanhou a turnê do jamaicano Papa Winnie pelo Brasil, no ano anterior. O Raimundos explodia seu hardcore irreverente e boca suja. Além disso, Tony Garrido assumia os vocais do Cidade Negra, enquanto o público cantava ‘É proibido fumar’ com o Skank, e Gabriel O Pensador começava sua carreira, tirando sarro de loira burra. “Passei o ano inteiro no estúdio, foi um ano em que as coisas começaram a mudar no Brasil”, recorda o produtor musical Miranda, que só em 1994 lançou Raimundos, Mundo Livre S/A, Little Quail e Maskavo Roots pelo selo Banguela. Foi uma época de transformação nos padrões de consumo, como lembra B Negão. “Houve uma reviravolta no mercado fonográfico. Os caras de todas as gravadoras estavam procurando alguém que fizesse um som pesado, agressivo, e tivesse carga de novidade e desobediência social”, explica o músico se referindo ao rock polêmico do Planet. Fred Zero Quatro, vocalista do Mundo Livre S/A, conta que 1994 foi tempo de aberturas em todo o Brasil. “Havia a demanda natural pelo surgimento de um pop com identidade brasileira. Até então só se repetiam fórmulas importadas”. Visto hoje com nostalgia, 1994 representou uma ruptura oficial com o estrangeiro e a valorização do que é nosso, como ocorreu anteriormente com o Rock Brasil dos anos 1980, a Tropicália, nos anos 1960, e, de certa forma, Jovem Guarda — que, apesar de ter traduções de músicas gringas entre muitos de seus hits, contribuiu para que a música nacional tocasse no rádio, ganhando das estrangeiras em número de execução. “Demos coragem para as bandas cantarem em português de novo”, lembra Digão, que na década de 1990 era guitarrista e hoje divide os vocais do Raimundos com Tico Santa Cruz. Foi nesse mesmo ano que as letras sacaneadas do grupo ganharam consistência e as lojas de todo o país com o primeiro álbum homônimo. Ainda como uma promessa, o Planet Hemp conquistava adeptos em seus conhecidos shows enfumaçados, com guitarras ensurdecedoras, muita psicodelia e um rap que reclamava a liberação da maconha.
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divulgação divulgação reprodução da internet
Gabriel O Pensador, lembranças de um ano bom para o rock. Acima, D2 mandando suas rimas no Planet e a formação original do Rappa, com Yuka nas baquetas. Abaixo, Raimundos (ainda com Rodolfo) e Chico Science e Nação Zumbi passando um som ao ar livre
A uns muitos quilômetros do eixo centro-sul e com a defesa de um discurso territorial engajado, Chico Science e Nação Zumbi promoviam a mistura de maracatu e música pop. ‘Da Lama ao Caos’ foi o CD de lançamento do grupo, emplacado também em 1994. “A ideia era fresca até para nós mesmos e tentamos deixar o mais original possível. Conseguimos”, revive Lúcio Maia, guitarrista da Nação, mais conhecido como Jackson Bandeira. Segundo Fred Zero Quatro, “aquela foi uma década que ajudou a consolidar e mostrar que nem tudo acontece no âmbito das gravadoras, no eixo Sudeste; e foi aí que muita das coisas mais legais surgiram”. UMA JAM HISTÓRICA Os participantes não se lembram se foi em 1993 ou 1994, mas uma jam session permitiu um encontro memorável, certa noite, no Rio de Janeiro. B Negão, Marcelo D2, Black Alien e Speed Freaks foram curtir uma festa promovida pelo produtor musical Maurício Valladares (hoje apresentador do ‘Ronca Ronca’, na Oi FM). No bar em frente onde estavam, os quatro amigos notaram a presença da Nação Zumbi. Eles trocaram algumas ideias e em pouco tempo já passavam um som juntos. “A gente fez uma jam na frente do bar, e Chico Science convidou a gente para ir à festa com eles”, revive B Negão. O show da Nação rolou e, em seguida, o músico e seus companheiros foram convidados para outra apresentação. “Desde então a amizade permaneceu sólida como uma rocha, e a Nação virou a banda preferida para nós e para nossa geração”. São muitos os motivos que nos mantêm ligados a 1994. Um ano intensamente revisto na televisão e gravado em nós, não só pelo pênalti que o italiano Roberto Baggio mandou pra fora, em Los Angeles. A trilha sonora daqueles dias teve inesquecíveis refrões irreverentes. Cantados em português. E como disse B Negão, “o resto é história”.
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clemilson campos/diário de pernambuco
reprodução da internet
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A sensação de saudade de um tempo vivido sempre nos vêm à cabeça. Músicas, roupas, cheiros e cores mexem com nossos sentidos e percepções, fazendonos lembrar de momentos, bons ou ruins, que fizeram parte de nossa vida — ou não, estavam apenas instaladas no nosso subconsciente. Ser nostálgico é legal, mas na medida certa. O importante é não se esquecer de que o novo sempre vem. Para relembrar com carinho os tempos de outrora, o Top 10 desta edição quer saber: quais atitudes abaixo melhor traduzem a palavra nostalgia?
1°Pintar cabelo com papel crepom
_ Não vale falar que você nunca fez esse experimento. Seja para imitar os cabelos de Kurt Cobain ou para afirmar rebeldia e assustar seus pais.
2°Falar gírias e expressões de antanho
_ Usar um keds transado, tomar uma birinaite e azarar nas madrugadas era de lei, sempre dizendo gírias como “estribado” e “bonado”.
3° Desembolar fita K7 com caneta
_Quando aquela K7 da Legião Urbana dava pau, a solução era enfiar a caneta e desembolar a fita. Admirável mundo novo!
4°Gravar Elifoot 98 no MS-DOS
_ O famoso jogo português Elifoot, no qual você era o técnico do seu time de futebol, fez sucesso em meados dos anos 1990. Entre uma partida e outra, o “ponto de encontro” era o ICQ.
5°Pintar mochila com Liquid Paper
_ Quem nunca pichou ou rabiscou uma Samsonite ou mochila da Company com corretivo que atire a primeira pedra.
6° Usar roupas da Sputinik, Company, Triton e Divina Decadência
_ Para impressionar aquela menina ou se dar bem com a galera, essas marcas faziam sucesso.
7° Fixar adesivos e fotos com clips coloridos na agenda _Qual garota nunca encheu a agenda com fotos do Fábio Assunção, Johnny Depp ou dos caras do New Kids on the Block?
8°Alinhar “Hoje não!” com o dedo mindinho
_ A cada sinal do colégio, meninos saltavam das carteiras e procuravam os “inimigos”. Ou você bradava “hoje não!” a plenos pulmões ou tomava umas porradas.
9°Amarrar o cadarço do Kichute na canela
_ Para jogar uma pelada ou simplesmente ir à escola, o legal era amarrar o cadarço do tênis-chuteira na canela e sair por aí...
10°Limpar o cabeçote do videocassete
_ O atendente da locadora sempre vinha com esse papo. Tinha até histórias de formigas traiçoeiras e venenosas que invadiam o aparelho para um rolé pelo cabeçote.
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último ranking Imortais Na edição de abril, pedimos licença à morte e enumeramos algumas personalidades que têm o dom da imortalidade, de dar um chega pra lá na foice e capa preta, para serem eternas. Segundo nossos leitores, os highlanders do último Top 10 são: 1) Elvis/Michael Jackson/Jim Morrison — 32.22% 2) Che Guevara/Fidel Castro/Karl Marx — 22.22% 3) Sílvio Santos — 16.67% O trio do universo pop ocupa nosso primeiro lugar no pódio. Jim Morrison, em 1971, Elvis, em 1977, e Michael, no ano passado, foram desta para uma melhor só nos noticiários. Na nossa enquete, a trinca de reis — do rock, do pop e o rei-lagarto — ganham, com folga, o direito à eternidade. Em segundo lugar, outro poderoso tripé, desta vez da política, das revoluções e das lutas de classes. O argentino Che, o cubano Fidel e o alemão Marx resistiram à Guerra Fria, à queda do Muro de Berlim e à ascensão do capitalismo e da era do consumo. Com esse histórico, eles não poderiam passar por meros mortais. Entrando na rabeira no hall dos eternos, mas nem por isso menos merecido, o apresentador Sílvio Santos dá as caras, chegando com a risadinha e os trejeitos que lhe são tradicionais. Ele já foi camelô, candidato a presidente e cantor de marchinha de Carnaval. Ajudou Nero a tocar fogo em Roma, ainda vai apresentar um telejornal no SBT e agora — como não? — é nosso último imortal.
fotos: ap photo/arquivo
Nostalgia
top 10
fotos: divulgação
JÁ INVENTARAM
por Izabella Figueiredo
O máximo do aconchego
Dedadas sincrônicas
É hora de aposentar aquela colcha que já está encardida de tanto ser arrastada para a sala! Feito de tecido muito macio e aconchegante, o Snug Rug é uma espécie de saco de dormir felpudo, extra-grande e com mangas (afinal a mão tem que estar livre para o manuseio do controle remoto ou para alcançar a bacia de pipoca). E o mais incrível: a peça pesa pouco mais de um quilo, fazendo com que o item possa ser levado até em viagens. Encomende on-line (eles entregam no Brasil) em snug-rug.co.uk US$ 30.36
Espalhadas pelos fliperamas do mundo, as máquinas de dança já fazem sucesso há um bom tempo. Se você é uma pessoa normal e tem vergonha de se aventurar em uma geringonça daquelas, o relógio despertador que miniaturiza essas máquinas é uma boa opção. O esquema é o mesmo: pressionar as teclas à medida em que elas vão se acendendo, mas ao invés dos pés, uma coreografia com os dedos é formada. Só na gringa por £ 9.99 em thumbsupuk.com
Um céu para chamar de seu
Rolo rico
Noites repletas de estrelas são cada vez mais raras nas grandes cidades. As luzes artificiais das metrópoles causam a chamada fotopoluição, deixando carentes os amantes de um belo céu estrelado. Mas este aparelho transforma qualquer espaço da sua casa em uma verdadeira constelação. As imagens podem ser projetadas em cinco velocidades diferentes e hora ou outra um meteoro pode cruzar sua atmosfera particular. thumbsupuk.com por £ 99.99
Gostaria de ser rico o suficiente para jogar dinheiro privada abaixo? Quer pagar de milionário e fazer uma loucura mesmo que seja de brincadeira? Sempre quis mostrar à sociedade que dinheiro não é tudo na vida? Agora, tudo isso é possível, graças ao auxílio do rolo de papel higiênico estampado com ricas notas de 200 euros. Lembrando que a reprodução foi autorizada pelo Banco Central Europeu, uma vez que a estampa rola apenas de um lado do rolo e as notas não estão em seu tamanho real. Só lá fora em onsalenow.ie por € 7.60
reprodução de internet
Topo Gigio O simpático ratinho de personalidade infantil surgiu na Itália nos anos 1960 e fez tanto sucesso por lá que emissoras de vários países compraram os direitos de exibirem seu próprio Topo Gigio. No Brasil, ele tinha sotaque italiano e chegou a aparecer em três emissoras diferentes, entre os anos 1960 e 1980, sempre com dancinhas simpáticas e bons conselhos para as crianças. A última notícia que se tem do simpático roedor é que em meados dos anos 2000 a Rede Globo tentou trazê-lo de volta no programa humorístico [cof, cof] Zorra Total, mas desistiu pelos altíssimos custos de direito cobrados pela empresa italiana. Se souber do paradeiro dele, conta pra gente. redacaoragga@diariosassociados.com.br
Se lembrar de mais alguém que um dia foi reconhecido pelas ruas, mas hoje inexiste no imaginário popular, nos avise.
Para matar as saudades: http://migre.me/yIp7 http://migre.me/yIqA
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Classe média baixa records
fotos: divulgação
por Rodrigo Ortega
Os gaúchos do Superguidis estão para a maior parte das outras bandas nacionais assim como o cinema argentino está para o cinema brasileiro. Sem se subtrair em questões sociais nem se afundar no resgate de raízes, o quarteto usa uma linguagem incomum de tão comum e canta o drama da vida privada sem vergonha de pertencer ao elenco da “classe média baixa records”, como diriam os também gaúchos dos Walverdes. Talvez essa proximidade com as músicas dos Superguidis seja ainda maior para mim, que passei a adolescência ouvindo o som do Nirvana que eles gostam de emular. Mas sempre truco quem diz que nasceu numa roda de samba:
pelo menos para a minha geração, raiz era guitarra distorcida e questão social era o preço do refri na cantina do colégio. Foi com fé nos riffs e nas histórias sobre a tragédia de ser um cara sem nenhuma tragédia que eles conquistaram uma pequena massa de adoradores em ‘Superguidis’ (2006) e ‘A Amarga Sinfonia do Superstar’ (2007). Numa das músicas mais legais deles, ‘O Banana’, de 2006, o vocalista Andrio Maquenzi cantava: “Que banana que eu sou / um completo bundão”. Fast foward para 2010: “Não sou esse idiota que você pensa que eu sou / Faz tempo que eu deixei de ser tão besta”, canta Andrio em ‘Casablanca’, do recémlançado terceiro disco deles. Os garotos estranhos cresceram. Os anos 1990, tocando Pavement no fone de ouvido, e os 2000, tocando músicas próprias em inferninhos, já passaram. Agora, eles devem ter mais grana pra investir na produção do álbum, o que significa conseguir distorcer ao máximo as guitarras sem perder a linha melódica. É bom de ouvir, mas não é isso que separa o barulho dos Superguidis no festival de outras bandas similares. Unir o esquisito ao familiar, nos riffs e nas letras, é a especialidade deles, alcançada com louvor nas faixas de abertura, ‘Roger Waters’ e ‘Não fosse o bom humor’ e de encerramento, ‘Aos meus amigos’. No recheio, uma contradição: a banda mais segura de si perde um pouco do seu charme. Mas nada que momentos inspirados como ‘Casablanca’ e ‘Fã-clube Adolescente’ não compense.
A rainha do #mimimi por Rodrigo Ortega Kate Nash não é uma estrela. Gordinha, ansiosa e falante, ela tem uma vida como a nossa, cheia de problemas. Só que Kate tem talento para transformar isso em canções. Uma delas, o hit ‘Foundations’, mudou a vida da jovem inglesa, junto com o apressado disco ‘Made of bricks’ (2007). Agora, ela lança ‘My best friend is you’. O sucesso não a deixou satisfeita. Kate Nash continua fazendo reclamações em categorias variadas. Mimimi dançante :: “You never listen to me / me, me, me”. O refrão da primeira música, ‘Paris’, já dá o tom da maior parte do disco. Kate Nash sofre, mas com uma trilha sessentista e dançante. ‘Do-Wah-Doo’ é o primeiro single, bom para animar festinhas. Assim como ‘Early Christmas present’, em que ela canta sobre traição ao som de teclados e palminhas. Mimimi raivoso :: Pouca gente sabe, mas Kate tem um projeto paralelo com a banda punk The Receeders. Faz sentido. Ser uma Riot Girl combina com ela. O novo disco tem momentos mais pesados, como ‘I just love you more’, em que ela encarna uma Kim Gordon (Sonic Youth) mirim. Mimimi poético :: Esse tipo de mimimi costuma ser o mais perigoso. Pior que uma garota reclamona, é uma garota reclamona fazendo poesia. Por isso o início de ‘Mansion song’
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é de corar o rosto: um minuto e meio de rimas declamadas. Pelo menos, ela parece mais inocente do que pedante. Mimimi apaixonado :: Nash namora Ryan Jarman, vocalista da banda inglesa The Cribs. Declarações como as de ‘Take me to a higher plane’ têm cara de autobiográficas. Na última música, ‘I hate seagulls’, ela começa fazendo uma lista de coisas que ela odeia (de gaivotas a queimar o dedo na torradeira). Mas da metade para frente, começa a falar das coisas que gosta: dormir e dar as mãos para o seu “melhor amigo”. É assim que ela encontra sua paz, o contraponto para tanto mimimi.
Na Rede — Curtas no Vimeo por Daniel Oliveira
A menina do algodão (2003) tinyurl.com/pilulakleberalgodao Lenda urbana do Recife que aterrorizava crianças em banheiros escolares nos anos 1970. O curta acompanha uma... mijada... que vai bem até o aparecimento da tal Samara pernambucana. Fãs de ‘O chamado’ vão adorar. Você nunca mais vai ver um mictório da mesma forma. Vinil Verde (2004) tinyurl.com/pilulaklebervinil Garota desobedece as ordens da mãe e escuta um vinil verde toda vez
que sai para o trabalho. Cada vez que o disco é tocado, a mãe volta sem um dos membros. Todo feito em animação com fotografias, o curta é quase uma fábula medieval de terror. Você nunca mais vai ver luvas de limpeza da mesma forma. Eletrodoméstica (2005) tinyurl.com/pilulaklebereletro Dona de casa de meados dos anos 1990 lida com as agruras do cotidiano – filhos, limpeza, compras – mas se permite encerrar o dia com um pouco de... prazer. Retrato incisivo e hilário do sonho da classe média pós-plano Real. Você nunca mais vai ver máquinas de lavar da mesma forma.
físico-geográfico único. Você nunca mais vai ver o sol nascer da mesma forma. Luz industrial mágica (2008) tinyurl.com/pilulakleberluz Trocadilho com a famosa empresa de efeitos especiais de George Lucas (Industrial Light & Magic), o curta explora a ideia de que hoje todos têm uma câmera, um celular ou aparelho para gravar e produzir imagens. Mas o que elas veem? O que é a imagem, o cinema e o olhar? Você nunca mais vai ver uma câmera digital da mesma forma.
Noite de Sexta, manhã de sábado (2006) tinyurl.com/pilulaklebernoite Casal vive um amor a distância. Ele em Recife, ela em algum país remoto. Os dois conversam por celular no período do título, até dividirem um momento
reprodução da internet
Jornalista, crítico de cinema (cinemascopio.com.br) e um dos principais curtametragistas do país, o recifense Kleber Mendonça Filho é um nome reconhecido em festivais de cinema brasileiros e internacionais. Para sorte dos (muitos) que não frequentam esse circuito restrito, recentemente, ele disponibilizou seus curtas em um canal do Vimeo. A gente linka os 5 melhores:
da A T A PR CA SA \\ CHEVETTE HATCH
por Daniel Ottoni
Vai lá: chevettehatch.com.br
divulgação
Nostalgia dançante. É dessa forma que pode ser resumida a intenção da banda Chevette Hatch, criada em 2005 e que conta com Marcelo Lima, nos teclados, Jorge Sereno, no baixo, Adriano Gaguinho, na bateria, Júlio Kappa, na guitarra e Mário Mello e Mamélia, nos vocais. No repertório, músicas de Kid Abelha, Balão Mágico, Xuxa e muito mais. “Fizemos uma seleção de várias bandas dos anos 1980 com uma pegada mais dançante”, conta Mário. “Até essa época, tudo que era dançante era internacional. Com a chegada dessas bandas, houve uma mudança muito grande”, lembra. “Na década de 1980, houve um boom das bandas dos anos 1960 e 1970, como 14 Bis, Zé Ramalho e Clube da Esquina. Agora rola um boom do que foi criado na nossa juventude”, mostra o vocalista. Bandas e festas com este tipo de perfil já rolam e fazem sucesso em outras capitais, com Rio e São Paulo. Mário garante que a receptividade do público é positiva. “Fazemos cerca de 15 shows por mês”, analisa. Para escolher o nome da banda, era obrigatório que fosse uma referência direta com a década homenageada. “Quando ouvi o nome, gostei na hora. Soou bem demais”, comemora. O grupo tem dois projetos fixos em BH. Um rola às quartas no Vinnil e outro aos domingos no Lord Pub. Público que conhece e tem vontade de escutar os grandes sucessos da década de 1980 não falta. E a galera se joga, literalmente.
Saia da garagem! Convença-nos de que vale a pena gastar papel e tinta com sua banda. Envie um e-mail para redacaoragga.mg@diariosassociados.com.br com fotos, músicas em MP3 e a sua história.
divulgação
ique esteves
Jonathan Costa: o príncipe do funk por Fernanda Lassi
atleta!
isabela daguer
Quem não se lembra de um garotinho de seis anos que no início dos anos 2000 apareceu cantando “De segunda à sexta esporro da escola. Saba-sábado e domingo eu solto pipa e jogo bola”, funk que virou hit e fez todo mundo cantar? Ele é Jonathan Costa e a música ‘Eu sou Jonathan da nova geração’ foi o sucesso que deu a ele o título de “príncipe do funk”. Mas não poderia ser diferente. Jonathan é filho dos fundadores do movimento funk carioca, Verônica Costa, a “mãe loira do funk” e dona da A Glamourosa, equipe de som que agita os bailes funk carioca, e Rômulo Costa, dono da Furacão 2000, produtora e gravadora carioca. E antes mesmo de ser conhecido já cantava e dançava nos palcos dos bailes. Foi cantando um funk que Jonathan acabou fazendo, de pura brincadeira, a versão da música que o tornou famoso. “Ficava inventando a letra da música de bobeira, meu pai achou legal e resolveu gravar. Ela estourou. Foi um susto”, lembra o cantor, que chegou a vender 500 mil cópias do seu primeiro CD. Alguém pode pensar que ele anda sumido, mas, hoje, aos 16 anos, Jonathan é considerado o representante teen do funk carioca e referência para o público jovem. Suas músicas de trabalho, ‘No batuque, no balanço’ e ‘Rebola de frente, Rebola de costas’ já ganharam as pistas, mas é só ele pisar no palco para os jovens pedirem seu primeiro grande sucesso, o que deixa o cantor amarradão. Ele também apresenta um programa de funk na TV, com sua mãe, além de se empenhar em projetos voltados para combater a discriminação que ainda existe com o funk. “Assim como alguns estilos musicais foram um dia, o funk ainda é mal visto e cabe a nós músicos reciclar essa imagem e mostrar para todos que o
funk é do bem e merece respeito”, desabafa Jonathan. A carreira de cantor segue firme, mas de segunda a sexta Jonathan não leva mais esporro na escola. Ele cursa o segundo ano do ensino médio e pretende estudar direito, para “servir às pessoas que precisam de ajuda”. Pelo visto, no que depender do jovem cantor, apresentador e futuro advogado, nós ainda vamos ouvir falar muito dele.
Esporte: Skate Modalidade: Speed downhill Cidade: Belo Horizonte, MG Idade: 22 anos Altura: 1,85m Peso: 80kg Naturalidade: Belo Horizonte Por que pratica? Sempre gostei de surf e
Compete desde:
2007, tanto de longboard quanto speed
Metas para 2010:
Me dar bem no circuito mundial (5 etapas que acontecerão em 5 países da Europa), fora a etapa brasileira no RS.
Melhores resultados em competições:
1° lugar no Ladeiras Eternas, que aconteceu na Praça do Papa, em 2007; 1° lugar Campeonato de Slalom do Alphaville, em 2008; 6° lugar no Mundial em 2009 (ladeira mais rápida do mundo, atingindo velocidades impressionantes de até 120km/h).
encontrei no skate longboard uma forma de surfar as ladeiras de BH. O Skate speed então seria como surfar ondas gigantes. A adrenalina que sinto descendo a mais de 100km/h é inexplicável, ainda mais apos- Contato: hugohaddad@hotmail.com (31) 9926.2825 tando corrida com meus amigos.
Hugo Haddad
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Atenção, atleta em busca de patrocínio, cadastre-se na seção Adote um Atleta no portal Ragga (ragga.com.br), ou escreva para: redacaoragga.mg@diariosassociados.com.br
marcelo mug
PERFIL
TONY ALVA HOJE por Bernardo Biagioni
Ele colocou estilo, irreverência e fama no skate. Tem uma marca com o seu nome, surfa, viaja pelo mundo e toca baixo em uma banda. Agora, o Z-Boy mais famoso da história parece, finalmente, feliz onde está
Para entender a importância de Tony Alva na história do skate, é preciso dividir a sua vida em dois momentos. De um lado, em 1974, tem-se um moleque californiano de ascendência mexicana irreverente e destemido já aos 17 anos de idade. De todos os membros da equipe Z-Boys, era o primeiro a encarar um pico novo, desafiar surfistas veteranos e a se destacar no meio de uma legião de skatistas que estava nascendo nos arredores de Venice, um distrito à oeste de Los Angeles, de onde o skate ganhou o mundo. Sempre gostou de ser a estrela, o centro das atenções, o melhor. Ao contrário dos amigos Jay Adams e Stacy Peralta, que estavam apenas se divertindo, queria levar o esporte a um estágio seguinte, queria competir, e queria vencer. Do outro lado, já no século 21, é possível esbarrar nas praias da Califórnia com um Tony Alva sereno, seguro de si, e com uma aparência não mais abenço-
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ada como nos idos dos anos de 1970. Esse cidadão americano é surfista, skatista profissional, tem uma marca de shapes com o próprio nome, viaja o mundo como Embaixador da marca Vans, toca baixo em uma banda punk e ainda se apresenta como DJ em alguns campeonatos e inferninhos da costa oeste dos Estados Unidos. Agora, é mais feliz, não há dúvidas. Dá para sentir isso na sua voz quando conta: “Quando criança, o grande objetivo era competir e ser o melhor. Hoje, me sinto confortável com o lugar em que estou no mundo do skate. Não é uma competição, sabe? É uma maneira de se divertir”. O Tony Alva menino, com o mundo sob seus pés, inventou à sua maneira como se devia andar de skate. Foi o primeiro skatista do mundo a estampar páginas e páginas de jornais e revistas espalhados de diferentes continentes com títulos, troféus e patrocínios invejáveis, ampliando e promulgando o esporte muito além das piscinas de Dogtown, da Califórnia, da América. Se Jay Adams colocou estilo e rebeldia no esporte, Tony assinou “Alva” por cima, folgado e agressivo, exatamente como era nas pistas. É dele a primeira manobra aérea que se tem gravada na história, um simples frontside air. Graças a ele, existe a imagem de que o skatista pode ser rico, famoso e prestigiado no mundo das celebridades. Quase quatro décadas depois, aos 52 anos, Tony Alva, hoje,
é a personificação de um sonho antigo, quase adormecido mesmo no peito de Jay Adams: viver do skate. Sua história — e dos amigos — foi parar no cinema pelo menos três vezes: ‘Skateboard: The movie’, de 1978; o documentário ‘Dogtown and Z-Boys’, de 2005, dirigido pelo companheiro Stacy Peralta; e o controverso filme/documentário ‘Os Reis de Dogtown’, da mesma diretora de ‘Aos treze’, Catherine Hardwicke. “Se você quer que sua história seja contada, é preciso fazer alguns sacrifícios”, pontua. Ou avisa. Esse é o Tony Alva desta entrevista, realizada pelo telefone, enquanto o americano estava em São Paulo para cumprir agenda com a Vans. Não é o menino indolente de 1974, mas, sim, um dos poucos homens que conseguiram sobreviver em cima das quatro rodinhas. Não é o filho de mexicanos que nasceu em Santa Mônica, mas, sim, um homem do mundo. É o Tony Alva vencedor — exatamente como sempre gostou de ser anunciado. Você anda de skate todos os dias? Na verdade, depende. Normalmente estou acordando bem cedo — moro na California — e vou logo para a praia. Costumo surfar antes de andar de skate. Com meu trabalho como Embaixador do Skate pela Vans, fica um pouco complicado andar todos os dias. Mas todas as vezes que eles querem que eu ande, vou lá e faço. Ando algumas vezes pela manhã, principalmente quando o mar não está muito bom para o surfe. Mas normalmente é pela tarde, daí faço uma série de coisas antes de subir no skate, como alongamento, ioga etc. Quando você vai ficando mais velho, um bom preparo físico se torna muito mais importante para ser um skatista profissional. E dá para sentir o mesmo prazer de antes? Sim, definitivamente. Penso que, à medida que vou ficando velho, minha técnica vai se aperfeiçoando. Hoje, provavelmente aproveito mais o skate do que quando tinha lá os meus 30, 40 anos. Agora, meu entusiasmo não é somente desenhar e andar nos skates que desenho com alguns amigos colaborando, mas também pelo fato de que... Quando era criança, o grande objetivo era competir e ser o melhor. Hoje me sinto confortável com o lugar em que estou no mundo do skate. Não é uma competição,
sabe? É só uma maneira de se divertir. Como é ser uma lenda do skate? Há certa responsabilidade por trás disso, não? Existe uma responsabilidade, sim, mas também é muito importante ser como um embaixador do esporte e poder dividir a sua experiência. Uso a maior parte da minha experiência para, basicamente, dar às crianças uma direção, dividir isso com os jovens e deixar eles sabendo que há esperança e futuro no skate. E também quero contar qual o caminho não seguir, uma vez que eu mesmo fiz algumas decisões erradas ao longo da minha vida.
Tony Alva, aos 52 anos, continua com o skate no pé. “À medida que vou ficando velho, minha técnica vai se aperfeiçoando”
Em que você acha que mais colaborou para o esporte? Diria que contribui muito para a atitude e, também, para o estilo. Meu estilo provém da raiz do surfe, a fundação do esporte. O surfe foi, e é, uma parte mui-
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marcelo mug ap photo/pat darrin
Nos tempos de Dogtown, Tony Alva foi o primeiro a sair da piscina, em um memorável frontside air
Os skatistas, hoje, a maioria está se divertindo. E o prazer não está na competição, ou no destino, mas sim na jornada. E a jornada, para a maioria dessas pessoas, é acordar e já se animar com o que aquele dia pode oferecer
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to importante do meu aperfeiçoamento para andar de skate. Sem ele, não teria nem um pouco do estilo que incorporei em cima das rodinhas. É um dom natural, uma habilidade que nasci com ela, o que eu só tenho a agradecer. Não falo isso tudo por questão de ego, nem me permitiria isso nessa altura da minha vida. Mas gosto de agradecer por ter nascido com essas qualidades. É algo muito maior do que eu mesmo. Assistindo ao filme ‘Os Reis de Dogtown’, fica uma sensação de que você “se vendeu” para a indústria. Por outro lado, Jay Adams é o personagem verdadeiro, o moleque que criou o “espírito” do skate. Essa é a verdade? Você não se vende para a indústria. O que acontece é que você faz acordos e, muitas vezes, os acordos que fiz... Bom, a Catherine [Hardwicke] é diretora e amiga minha, que, acredito, tinha como objetivo divertir as pessoas. E a parte de diversão que existe no filme é justamente quando ela se utiliza de senso de humor para contar a história. Muitas das coisas do filme
não são retratadas como no documentário [‘Dogtown and Z-Boys’], que ficou bem próximo da história verdadeira do que aconteceu quando éramos crianças. ‘Os Reis de Dogtown’ é um filme apenas para deixar as crianças interessadas na nossa história e diverti-las. E é isso que ele faz. Se você quer que sua história seja contada, é preciso fazer alguns sacrifícios. Esse filme deve ter trago mais crianças para o skate do que o documentário ou qualquer outro filme que eu já tenha feito. E ganhei muitos fãs por conta dele, muitos jovens e velhos skatistas. Mas mais crianças, porque crianças gostam de histórias, entende? E, no final, as coisas mudaram um pouco para ficar divertido, como se faz em Hollywood. No final, os três se encontram novamente depois de uma grande turnê solo de cada um, então eles perdem um amigo, e aí a vida continua para cada um dos três personagens principais — no caso: Jay Adams, Stacy Peralta e eu. Entende? É um filme bom não só para quem anda de skate. Ele tem músicas bacanas e emoções.
Você ainda conversa com o Jay? Sim, uma vez ou outra. Jay e eu, sabe... Nos encontramos ocasionalmente, mas não nos comunicamos com regularidade. Mas continuamos bons amigos, ainda temos muito em comum, principalmente no caso do surfe, que nós dois amamos. E o Peralta? Sim. Stacy é um surfista, vejo-o sempre na água. Mesmo na área em que crescemos quando éramos crianças, ele continua lá surfando pela manhã. As vezes é o mesmo lugar que estou. Como você vê o skate hoje? Acha que as pessoas têm o mesmo sentimento que você tinha quando começou a andar? Estava em um skate Park ontem, em São Bernardo, com muitos skatistas brasileiros, e eles estavam se divertindo tanto quanto nós quando éramos crianças. Ás vezes, é até mais fácil para essas crianças. No Brasil, as ruas são muito boas para o esporte. Em outros países, ainda existe o desafio de encontrar luga-
marcelo mug
Os Reis de Dogtown é um filme apenas para deixar as crianças interessadas na nossa história e diverti-las. E é isso que ele faz
res onde se pode andar. E ainda tem que tomar cuidado para não ser preso. E outra coisa é que a maioria dos skatistas, hoje, está se divertindo. E o prazer não está na competição, ou no destino, mas sim na jornada. E a jornada, para a maioria dessas pessoas, é acordar e já se animar com o que aquele dia pode oferecer. Normalmente se escolhe alguma coisa que esteja ligado ao estilo de vida do skate, porque, para quem anda, sabe que isso é muito mais do que simplesmente estar sobre uma prancha. Você tem algum ídolo nessa nova geração do skate? Vi o Ryan Sheckler [20 anos, Califórnia] recentemente e ele está indo muito bem. Ele me parece bem feliz, ainda está se divertindo, e tem muitas recompensas que outros skatistas adorariam ter. Ryan já fez algum dinheiro e a vida parece muito boa para ele. E ainda tem uma lista de crianças que são profissionais, que estão fazendo alguma grana andando de skate. Isso tudo era muito complicado pra gente quando começamos. Era muito difícil de viver do skate. E essa história que você tem uma banda? Sou o baixista. O baterista Amery Smith fez parte da formação do Suicidal Tendecies e já tocou com os Beastie Boys na época que o grupo era mais hardcore. O vocalista é um grande amigo meu, o Crazy Tom. O nome da banda é GFP, que significa Generation for Peace. A gente toca um reggae um pouco hardcore, muito semelhante a The Clash e Bad Brains. Músicas bem originais. Você precisa fazer um show no Brasil! Eu adoraria! E os caras da minha banda ficariam bem animados. Amery já fez shows ao redor de todo o mundo en-
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quanto tocava nas duas bandas. Mas, agora, ele está tocando apenas com a gente. É muito bacana, porque nós testamos 4 ou 5 bateristas antes dele chegar. Estou sempre aprendendo a tocar baixo melhor. Provavelmente não sou o melhor baixista do mundo, mas estou, definitivamente, me divertindo bastante e sempre ficando melhor. Nossa música é muito boa não só para os jovens, mas também para os skatistas old school, porque nossas influências são do punk rock, heavy metal e temos vários elementos de heavy-funk-reggae. Diante disso tudo – música, desenho, skate e surfe — quem é o Tony Alva hoje? Basicamente, sou um embaixador da Vans, empreendedor, músico, artista, surfista. E, mais do que qualquer coisa, acho que sou um cara, no meio do ramo do skate, que tem esperanças e que está lutando para levar o esporte para o próximo passo. Muita gente achava que você não poderia ser um profissional do skate depois dos 30, dos 40 anos, e, agora, sou o único skatista profissional no mundo a continuar ativo em dois séculos diferentes da história. Então, para eu sair e andar de skate, surfar, tocar em uma banda, tocar como DJ e fazer todas as coisas que faço, as coisas que amo — uma loja, uma galeria de arte, patrocinando crianças — isso tudo é a minha vida. A minha vida é baseada no lifestyle que envolve todas as coisas criativas do mundo que são excitantes e divertidas para mim. A coisa mais importante é se divertir. Não leve muito a sério o dinheiro, o ego, as competições. Tento me focar em ficar no momento, agradecer aos dons que Deus me deu, e seguir um passo de cada vez, um dia depois do outro, e uma hora depois da outra. Sempre na mesma direção: o progresso.
reuters/jaimie trueblood/columbia tristar pictures
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Tony Alva com o velho amigo Stacy Peralta, diretor do documentário ‘Dogtown and Z-Boys’
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Mão na massa A Forno de Minas, localizada em Contagem, hoje controlada pela MK Empreendimentos e Participações, pretende entrar no mercado de salgados congelados. A empresa, que inventou o pão de queijo congelado e industrializado no Brasil, oferecerá ao mercado, ainda este ano, uma linha de empadas, coxinhas e folhados. Inicialmente, a produção será voltada para lanchonetes e padarias. Além dos salgados, a empresa também começará a distribuição de pães de batata recheados e massas prontas congeladas. Para isso, a empresa investiu R$ 20 milhões. A MK também é sócia de seis shoppings centers, um resort, um centro de logística, uma rede de estacionamentos presente em seis municípios brasileiros, além do Laticínios Condessa.
Cerveja com cachaça
fotos: divulgação
Considerada a maior feira do agronegócio da cachaça no Brasil, a Expocachaça chega neste ano a sua 13° edição. De 28 de maio a 1° de junho, o evento acontece no Expominas, como âncora da 6° Superagro Minas. A expectativa é que o número de quase 100 mil pessoas, alcançado em edições anteriores, seja ultrapassado nos cinco dias de evento. Além da cachaça, a feira vai abrigar também vários expositores de cervejas artesanais.
Desafio gelado Sediada em Pouso Alegre, no Sul de Minas, a Ice Bom conta hoje com 900 pontos de venda na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Até o final do ano, a empresa espera ver a sua participação no mercado mineiro crescer 20%, mesmo sofrendo a concorrência dos gigantes do setor. A empresa é líder de mercado no Sul do Estado, no Vale do Aço e vem ampliando também sua participação em cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo. A fabricação de picolés, casquinhas, cones e sorvete a granel chega a 11 toneladas por dia.
Rock e surfe A Billabong elegeu o surfe e o rock como carros-chefes de sua nova estratégia de marketing no mercado brasileiro. A marca fechou uma parceria com a Confederação Brasileira de Surfe e vai patrocinar a etapa nacional do World Tour, maior competição mundial desse esporte. A grife também dará sequência a suas parcerias com bandas de rock. Metallica e Foo Fighters já assinaram bermudas da grife, que recentemente ganharam também uma versão da banda Sepultura. Além dos eventos esportivos, a grife vai trazer para o Brasil o projeto beneficente Design For Humanity, que já rolou na Inglaterra, nos EUA e na Austrália.
Vai de Vans A Vans, marca californiana fundada em 1966, chegou ao mercado brasileiro, por meio de licença concedida à empresa 4 Branding. Para marcar a ativação da grife por aqui, o filho do fundador da confecção, Steve Van Doren, e os legendários skatistas Tony Alva e John Cardiel, estiveram em São Paulo, onde passaram por diversas lojas de skate, participaram de skate sessions em pistas locais e de uma festa no Inferno Club com show das bandas Anjos do Beco, Medellín e Grinders — a primeira banda de skate hardcore do Brasil. A marca acompanha e participa ativamente da história do skate desde os seus primórdios.
Café express Até o fim do ano, a rede Viena Express levantará oito novas bandeiras em Belo Horizonte e em capitais como Porto Alegre, Rio de Janeiro e Brasília. Para esses investimentos, serão necessários R$ 150 milhões. Há mais de 30 anos no mercado, com 63 unidades, quase dois mil funcionários e cerca de um milhão de atendimentos por mês, o Viena é um dos mais tradicionais grupos de restaurantes de São Paulo e do Rio de Janeiro. Desde outubro de 2007, integra um grupo internacional, que reúne ainda o Grupo RA, no Brasil, e a rede La Mansion (México e Republica Dominicana).
* A coluna Scrap S/A foi fechada no dia 20 de abril. Sugestões e informações para a edição de junho, entre em contato pelo e-mail da coluna.