Nº105 • ANO XII • NOVEMBRO 2017 • R$ 5,90
PAULO HARTUNG "Conseguimos recolocar o ES em cima do trilho" CÂNCER DE PRÓSTATA 75% dos casos ocorrem a partir dos 65 anos RECORD NEWS 46% a mais de audiência em horário nobre
"A MEDICINA ERA MAIS HUMANA" 'Dr. Cassiano', 78 anos, celebra na ativa, meio século de trabalho
VOCÊ MUITO MAIS PERTO DO SEU SONHO. O Governo do Estado ampliou o programa Nossa Bolsa para oferecer uma formação completa para alunos da rede pública. Além de ensino superior presencial e a distância, alunos do programa podem concorrer a bolsas de iniciação científica e extensão, e bolsas de mestrado. É o governo investindo para você ir além.
• Ensino Superior Presencial e a Distância • Iniciação Científica e Extensão • Mestrado
Gabriela Beceveli Calvi Aluna do Nossa Bolsa
GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
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FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA E INOVAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO
Secretaria da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional
DO TRAÇO À LETRA MEMORIAL DE MESTRES NO MUCANE
A exposição “Memorial de Mestres: Jongos e Caxambus no ES” segue aberta à visitação no Museu Capixaba do Negro (Mucane), próximo ao Parque Moscoso, em Vitória, até o dia 17 de dezembro. A mostra integra o Projeto de Extensão “Jongos e Caxambus”, do Departamento de Teoria da Arte e Música e do Programa de Pós-Graduação em Artes da Ufes. A coordenação é da professora Aissa Afonso Guimarães junto com os professores Osvaldo Martins de Oliveira e Patrícia Rufino Andrade. Jongos e Caxambus é um projeto interdisciplinar que desde 2012 trabalha com cultura popular e comunidades quilombolas de norte a sul do estado. Na mostra estão expostos instrumentos e artefatos usados nestas manifestações culturais, além de fotografias e desenhos retratando mestres e portadores dessa cultura no Espírito Santo. A exposição pode ser visitada das 9h às 12h e das 14h às 21h, com entrada gratuita. www.rsim.com.br
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EU ESTOU NA REDE
RICARDO OLIVEIRA Produtor Rede SIM - São Mateus
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SUMÁRIO
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11 ENTREVISTA • PÁGINA 11 Carlos Cassiano POLÍTICA • PÁG 24 Entrevista com governador Paulo Hartung RECORD NEWS • PÁG 30 46% a mais de audiência em horário nobre FUTURISMO • PÁG 36 Pesquisadora vê futuro promissor após 'revolução' contemporânea
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SAÚDE • PÁG 40 Câncer de próstata TÚNEL DO TEMPO • PÁG 42 O elo da Independência do Brasil
• CAPA: Doutor Carlos Cassiano - Foto: Rodrigo Gonçalves • RESPONSABILIDADE: O conteúdo dos textos aqui publicados é de total responsabilidade dos autores, não expressando necessariamente a opinião dos diretores deste veículo
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SUMÁRIO COLUNAS FRASES • PÁGINA 16 PARABÓLICA • PÁG 18 POLÍTICA • PÁG 20 José Roberto Mignone ECONOMIA • PÁG 22 Flávio Mattedi MUNICÍPIO • PÁG 28 Bartolomeu Boeno ESPORTE • PÁG 46 Paulo Duarte
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SELO CAPIXABA • PÁG 48 Jadna Duque NÓ DE GRAVATA • PÁG 52 Gabriel Gomes
ARTIGOS
INSPIRE-SE • PÁG 54 Julliana Chan
OPINIÃO • PÁGINA 33 Miguel Setembrino LIDERANÇA • PÁGINA 39 André Luiz Caulit MARKETING • PÁG 44 Ronald Carvalho VINHOS • PÁG 50 Paulo Angelo COTIDIANO • PÁG 56 Bia Willcox
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REDE SIM SISTEMA INTEGRADO MULTIMIDIA
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EDITORIAL
“A boa notícia”
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evento que a Vale promoveu este mês em Vitória, intitulado Vários Olhares Similares (VOS) é inspirador. Ajuda a compreender as transformações que acontecem em alta velocidade no mundo tecnológico e abre perspectivas de um mundo melhor já a partir dos próximos anos. Quem fala deste assunto é a pesquisadora de Modelos Exponenciais e educadora futurista Jaqueline Weigel. Com os olhos em 2045, ela diz que em “20 anos de revolução”, vão acontecer “transformações incríveis” e que “a boa notícia é que vai mudar para melhor”. Jaqueline Weigel fez a abertura do evento VOS e deu entrevista à Rede SIM/Record News ES, que transcrevemos nesta edição. A entrevista de Páginas Azuis desta edição homenageia o querido médico Carlos Cassiano dos Santos que completa este mês de dezembro 50 anos de exercício da Medicina. Doutor Casssiano conta um pouco a sua história, lembra do grande desafio que foi ser o único médico de um hospital que atendia a região de São Mateus e de um fato marcante: foi nesse hospital que presenciou o que ele chama de “milagre”, ocorrido com uma jovem paciente, cuja morte era dada como certa. O relato deste caso foi decisivo para o processo de reconhecimento da santidade de Dom Daniel Comboni. Antes de embarcar para mais uma missão no exterior, o governador Paulo Hartung esteve na Rede Sim/Record News e, em entre-
vista, fez um balanço positivo de seu governo, citou ações inovadoras em diversas áreas; falou do panorama político capixaba e também de planos para 2018. No embalo das boas notícias, o colunista Miguel Setembrino destaca a “confiança elevada para 2018”. Segundo ele, após um 2016 muito difícil, com empresas fechadas, empregos perdidos e recessão no setor produtivo, “2017 nos mostrou que o pior ficou para trás” e que a expectativa agora é de retomada. O mês de novembro é marcado pela campanha de prevenção ao câncer de próstata. Orientações importantes mas páginas 40 e 41. Vários outros assuntos interessantes são abordados por nossos colunistas. Por exemplo, na coluna “Túnel do Tempo”, Paulo César Dutra destaca a passagem dos 200 anos da chegada ao país de Dona Leopoldina, uma das pessoas que mais influenciaram a política brasileira no seu tempo. A coluna Nó de Gravata registra fatos e eventos sociais do mês; a coluna Inspire-se aborda as hortas dentro de casa; Jadna Duque mostra produtos capixabas que fazem sucesso, como as massas autenticamente italianas feitas em Vendo Nova, e no artigo Cotidiano, Bia Willcox toca no assunto da sedução. Ótima leitura e até a próxima edição.
Bartolomeu Boeno Editor bartolomeu@redesim.com
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ENTREVISTA • Carlos Cassiano
por Bartolomeu Boeno
“Naquela época, a Medicina era mais humana” FOTO: DIVULGAÇÃO
Hoje a medicina é americanizada, tudo é através de aparelho. É o aparelho que dá o diagnóstico
Carlos Cassiano dos Santos tem 78 anos e este ano, no dia 21 de dezembro, completa 50 anos de exercício da Medicina. Sua história é exemplo de dedicação e profissionalismo. Filho caçula de família humilde, nasceu na Vila Rubin, em Vitória. Sempre gostou de estudar e aos 21 anos passou a integrar-se à segunda turma do curso de Medicina da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Em 1967, após formado, com apenas 27 anos, tornou-se o único médiwww.rsim.com.br
co do Hospital Maternidade São Mateus, nesta cidade do norte capixaba, operando e tratando os inúmeros casos que ali chegava. Um desses casos ganhou repercussão mundial servindo de prova para confirmação de um milagre atribuído a, hoje santo, Dom Daniel Comboni. Dr. Cassiano reduziu suas atividades mas continua ativo, atendendo na sua clínica Semetra, de Medicina do Trabalho, em Vitória. Conheça um pouco desta história.
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ENTREVISTA
“É diferente da época em que me formei; a gente olhava o paciente com mais amor, mais carinho, mais dedicação” REVISTA SIM: Qual é o sentimento do senhor ao completar 50 anos de exercício da Medicina? É um sentimento de muita gratidão, de muito reconhecimento e, principalmente, de agradecimento a Deus e à minha família. Eu tenho quatro filhos. Dois são médicos, uma é advogada, e o outro está no penúltimo período da Advocacia. Então, não tenho que reclamar da vida. Sou católico praticante - e acho importante dizer isso, vivo há 47 anos com minha mulher, a única que conheci na vida e tive uma formação muito boa, com professores excelentes. Sou um cara realizado profissionalmente. SIM: O senhor se considera bem formado. Como foi essa formação em Medicina ? Nasci no centro de Vitória, na Vila Rubin. Meu pai era comerciante. Um dia ganhava alguma coisa, outro não, e ele não tinha condições de arcar com despesas de estudos para os sete filhos, tanto que só eu consegui ter um curso superior. Então, a única alternativa que eu tinha para estudar - porque eu sempre gostei de estudar - , seria fazer uma faculdade em que eu não tivesse que pagar, e a opção era a federal. Naquela época não existia aqui no Espírito Santo nenhuma faculdade particular. Felizmente, quando fiz meu primeiro vestibular eu passei. Estudei muito, inclusive, meus pais nem sabiam que eu estava estudando para fazer Medicina. Pra mim foi um sonho. Para comprar meus livros eu tive que ir trabalhar. Fiz um concurso e passei para uma autarquia do governo federal, o antigo Sapes, e trabalhei até o quarto ou quinto ano. Desde o segundo ano de Medicina eu comecei a me dedicar à Cirurgia porque eu imaginava que, um dia, eu poderia ir para uma cidade do interior e cirurgia era o ponto alto de qualquer especialidade aonde quer que eu fosse, até mesmo para uma cidade média. Depois, já no quinto ano, passei na prova para a Maternidade e também fiz Obstetrícia e Ginecologia, porque eu tinha que ter uma formação geral. A escola formava o clínico e naquela época, realmente, o estudo era muito bom. Éramos poucos alunos e os professores, acho que eram mais dedicados e mais bem remunerados do que hoje, eu sei que fui bem formado. Tanto é que quando saí da faculdade eu estava apto a entrar no mercado de trabalho. SIM: Na visão do senhor, como é hoje? Hoje, a gente vê que as faculdades não oferecem isso. O aluno tem que fazer uma residência pra poder escolher a
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especialidade dele e ficar aí dois ou até três anos na residência para depois ir para o mercado de trabalho. Hoje, as escolas com muitos alunos têm uma certa dificuldade com as aulas práticas, por exemplo, diminuiu muito o número de cadáveres, e por isso dão aulas com bonecos ou virtuais. Naquela época, a Medicina era mais humana, se fazia com mais amor. Hoje ela é um pouco descaracterizada. O médico sai de uma residência e acha que tem que entrar no mercado de trabalho e já ganhar rios de dinheiro. É diferente da época em que me formei; a gente olhava o paciente com mais amor, mais carinho, mais dedicação. Hoje a gente quase não vê isso, são muito poucos os profissionais assim, num âmbito numeroso de colegas é difícil de você encontrar. Mas isso tem que ser resgatado porque o ser humano é o que há de mais sagrado. SIM: Por que o senhor optou por começar a trabalhar em São Mateus? Por dois anos eu servi o Exército, e ao sair fui fazer um cursinho intensivo para o Vestibular, entrando na Ufes com 21 anos. Depois de formado, no final do ano de 1968, com 27 anos, fui para São Mateus. Surgiu uma oportunidade para ir pra lá. Um médico que eu nem conhecia, chamado Wilson de Jesus, que trabalhava em São Mateus, construiu com um colega dele um hospital em Eunápolis (BA) e ele tinha que ir embora de São Mateus. Era um sábado, nos encontramos no Bar Dominó, no Parque Moscoso, e ele me disse que eu tinha que ir naquele dia mesmo. Pedi uma semana para pensar. Aí, vi que não tinha nada a perder. Peguei o fusquinha - eu tinha um fusquinha que comprei com o dinheiro dos meus plantões -, e fui embora. SIM: O senhor já conhecia a cidade? Nunca tinha ido a São Mateus. Gostei da cidade, o pessoal de lá me recebeu com muito calor, com muito amor, aí fiquei por uma semana. Mas, tinha na cidade um médico antigo, o Dr.Péricles, que só fazia parte do antigo ‘Rural’, atual SUS, e atendia no Posto de Saúde. Ele não atuava no hospital, não tinha prática de hospital. Quem atuava era esse médico que veio aqui. Então, Wilson se mandou, foi embora, e eu tive que enfrentar tudo sozinho. Era gente pra caramba dentro hospital para ser atendida, era hospital filantrópico de religiosos, de padres e irmãs. Mas aquele antigo médico da cidade mandou uma ordem pra mim dizendo que para eu atender dentro do hospital tinha que ter o aval dele. Aí eu pensei: eu não vim aqui pra isso. Então, de madrugada, pequei minhas malas e cuias, entrei www.rsim.com.br
ENTREVISTA
“O mais marcante, foi o caso da menina Maria José, que serviu como veículo para a canonização de Daniel Comboni” no fusquinha e vim embora. Três dias depois chegaram aqui em Vitória o prefeito de São Mateus, Wilson Gomes, o padre e uns políticos de lá me pedindo para voltar. Voltei, e fazia de tudo. Parto, cirurgia, ortopedia, pediatria, tudo; clínica geral, como não havia ninguém pra fazer, eu é que tinha que fazer. Para as coisas que eu não sabia, como eu morava dentro do hospital (morei lá por dois anos), recorria à literatura, aos meus livros, ao Atlas de Ortopedia. SIM: Quais eram os principais casos? Havia muitos casos de baleados e esfaqueados. Todo dia tinha isso, todo dia! Havia noite que eu virava sem dormir direito, porque eu era sozinho, e no dia seguinte eu tinha que atender logo cedo. Havia também muitos casos de malária. Teve na época um surto de malária em que as pessoas morriam na porta do hospital. Chegavam com icterícia, totalmente amarelas, e nem dava tempo de atender. Lembro que havia uma fábrica de madeira compensada em Conceição da Barra, a Cobraice, que dia e noite levava pacientes com malária para o hospital. Na época, os municípios da região drenavam todos os doentes para São Mateus. Atuei sozinho no hospital por dois anos. Ao final desse tempo eu precisava me casar, então, vim a Vitória e fiz uma proposta a um colega para atuar comigo, e ele está lá até hoje, o Dr. Edalmo. SIM: Certamente que há muita história e casos para contar. O que vem à cabeça do senhor agora? São muitos mesmo, mas, o mais marcante, foi o caso da menina Maria José, que serviu como veículo para a canonização de Daniel Comboni, que hoje é santo na igreja católica. As irmãs que faziam parte da Congregação Comboniana é que atuavam no hospital. Aí, essa menina, de 9 anos de idade, chegou de Conceição da Barra em um estado terminal – um quadro pior possível que se possa imaginar. Eram umas 9 horas da noite quando a irmã Luíza me chamou no Pronto Socorro do hospital para eu dar uma olhada. Eu fui, olhei, e disse: ‘irmã, não tem nada a fazer aqui’. Ela estava em um quadro praticamente de choque séptico, olhos fundos, totalmente desidratada, abdômen em tábua como a gente chama, agudo de alguns dias, porque ela estava sendo tratada de malária em Conceição da Barra. Ela poderia até ter malária concomitante, junto ao quadro que apresentava. Eu não queria operar, mas a irmã insistiu. Naquela época eu é quem dava a anestesia. Aí fiz uma anestesia superficial nela, para ela não ‘afundar’ porque poderia chegar outro paciente e eu teria que atender www.rsim.com.br
também, e tinha que ter um ‘controle remoto’. Abri, tirei um pedaço de intestino necrosado, suturei, até meio sem a técnica que a Medicina pede, só para não deixar a barriga dela aberta, lavei com soro fisiológico morno, hidratei com antibiótico, e passei sangue, como se ela não tivesse um quadro grave e de prognóstico ruim. Então, já era umas duas ou três horas da madrugada quando terminei isso, e fui descansar um pouco. Mas para a minha surpresa, de manhã, ela estava sentada na cama, na sala de recuperação. A irmã me chamou e disse: ‘ela não vai morrer doutor’. Eu disse: ‘tá bom irmã, que Deus ouça suas palavras”. SIM: O senhor não levou fé... É que pela lógica da Medicina, não tinha como ela sair viva, até porque eu estava numa cidade do interior e não tinha os recursos de uma cidade grande. Não tinha gasometria, não tinha possibilidades de exames mais sofisticados, e não existia ultrassonografia. Então, continuei a medicação dela com antibióticos, hidratando e tal, e dois dias depois ela pediu para comer. Aí, a irmã me disse que ela queria comer e o que eu achava disso. Disse-lhe que poderia dar o que ela quisesse comer, pois, pelo que vi na barriga dela ..., pelo menos, iria ‘morrer de barriga cheia’, pensei. Só que não. Ela, foi, foi, foi, e depois do décimo dia ela já começou a andar dentro do hospital, e já estava comendo normalmente. Mas, ela fez no pós-operatório uma fístula estercoral, em que as fezes saiam pelas paredes do abdômen. Aí ficou por uns trinta e poucos dias e só tinha essa fístula. As funções vitais estavam todas normais, e aí a irmã Luíza me pediu para operar a menina de novo para fechar a fístula. E eu disse: ‘irmã, operar o que, pelo que eu vi e deixei na barriga dela...?’ A irmã insistiu e eu concordei. Fiz uma incisão pequenininha. Cara, quando eu fiz a incisão, tive a maior surpresa: a barriga dela era normal! Eu nem vi aonde estava a sutura que eu havia feito no intestino dela! Aquilo era outra história. Então, descolei a fístula, suturei, fechei, e pronto. Ela ficou boa. Quando da alta, o pai da menina, que era paupérrimo, me pediu para eu ficar com ela: ‘doutor, o senhor salva a minha filha, porque é a mais velha que eu tenho dos meus seis filhos (e ela só tinha 9 anos)’. Conversei com minha mulher e ela disse que a gente nem tinha filhos ainda, tínhamos nos casado recentemente, e como iríamos pegar a menina? Acabou ela indo morar com a gente, e morou dos 9 aos 18. Depois, junto com o namorado, veio para Vitória, e de Vitória foi para
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ENTREVISTA
“Que pense mais no paciente do que no bolso dele. É essa a frase. Que pense, principalmente, no povo carente” São Paulo, até se casar, e aí, ela sumiu. Nem eu nem os religiosos soubemos mais do paradeiro dela. SIM: E como o caso foi tratado no Vaticano? Nesse ínterim, começou o processo de canonização do bispo Dom Daniel Comboni e esse processo ficou no Vaticano 24 anos. Tudo o que tinha que escrever eu escrevi, fiz todo o relato, tínhamos tudo documentado. Aí, o bispo de São Mateus, Dom Aldo Gerna, me procurou falando que a congregação estava preocupada, tanto a daqui quanto a da Itália, porque não saía a beatificação de Dom Comboni, depois desses anos todos). Disse para Dom Aldo que poderíamos tentar, como uma última coisa, eu ir e prestar um depoimento ao vivo. Era uma forma de eu tentar convencê-los de que realmente foi um milagre. Aí ele entrou em contato com a congregação e eles autorizaram a minha ida a Itália; pagaram minha passagem e estadia, e lá fiquei por 10 dias. Fui sabatinado pelos médicos e teólogos. Os teólogos consegui convencer logo, foi mais fácil. Mas, dos cinco médicos, três não aceitavam a tese do milagre. Eram cinco médicos da Universidade de Roma, e três teólogos também de Roma, do Vaticano. No final, lógico que foi Deus que me iluminou a mente para eu falar isso pra eles: ‘quero dizer para os senhores que eu era novo, tinha só um ano que eu estava na cidade, e era muito mais fácil eu dizer que fui eu quem salvei, que usei toda a técnica e que não foi milagre; mas eu estaria mentindo. Isso seria muito melhor pra mim, porque eu cresceria muito mais, profissionalmente, na cidade’. Aí, eles pararam, olharam, se reuniram lá por umas duas horas, voltaram e acenderam a luz, dizendo que concordavam com a minha tese. Depois, veio a beatificação, e novamente fui chamado ao Vaticano. Fomos eu e a minha mulher e participamos da celebração, na época com o papa João Paulo II. Foi uma cerimônia muito bonita, com gente de todo o mundo. Cheguei a ir à cidade onde Comboni nasceu e viveu até a juventude, mas eu nem podia sair lá na Itália, porque havia pessoas, assim muito religiosas, pessoas fanáticas, que queriam me tocar. SIM: O senhor já rezou para São Daniel Comboni pedindo a ajuda dele para alguma situação difícil? E como já rezei! Aqui na minha clínica tenho a fotografia dele e no meu quarto também. Já pedi e o invoco; sinto uma presença e é como se a gente estivesse voando, fora de si. É difícil descrever isso. Então, não tenho dúvida nenhuma, nenhuma mesmo, de que aquele milagre teve a intervenção dele.
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SIM: A Medicina trouxe riqueza para o senhor?
Trouxe riqueza pra mim sim. Trouxe a formação dos meus filhos, trouxe a minha família, que é minha maior riqueza. Na época que cheguei a São Mateus, a cidade era muito pobre. Além disso, eu trabalhava para os padres e irmãs e o lema deles era a caridade. Lógico que ganhei algum dinheiro, mas nada que não fosse comedido. Havia uma gratidão muito grande das pessoas. Até hoje, naqueles interiores, como lá no Quilômetro 23, ou em Nestor Gomes, se eu bater lá, e os nativos ainda estão lá, é festa. A consideração é grande e digo que a recíproca é a mesma. SIM: Ao longo desses anos o senhor viu a Medicina evoluir com o avanço da ciência, o advento da internet... o que preocupa o senhor hoje em saúde pública? A má gestão da saúde. Acho que os hospitais hoje estão sucateados, a gente vê aí essa corrupção deslavada no Brasil, e tanta coisa poderia ser feita pela saúde, pela educação, pela segurança. Puxa, este é um pais rico, e, infelizmente, nós estamos aí à mercê de administradores ruins! Mas, a esperança é a última que morre. Eu tenho que ter esperança por causa dos meus filhos, dos meus netos, a esperança que eles tenham uma vida melhor em um mundo mais ético e solidário. Quanto à Medicina, para determinadas especialidades ficou mais fácil. Hoje a medicina é americanizada, tudo é através de aparelho. É o aparelho que dá o diagnóstico. Se o aparelho não der o diagnóstico, o cara diz, vai pra outro fulano, e tal. SIM: As pessoas hoje estão mais doentes de quê? Ah, por tudo, pela situação do país, pela poluição, pela destruição do meio ambiente. Há uns 30 anos atrás, não se ouvia falar comumente de depressão, de doença bipolar, ansiedade, síndrome do pânico, hoje isso é comum e essas são as grandes doenças do momento. SIM: Qual é a mensagem que o senhor deixa para o médico recém-formado que está começando na profissão? Que pense mais no paciente do que no bolso dele. É essa a frase. Que pense, principalmente, no povo carente, porque quem tem dinheiro, pega aí um avião e vai para onde ele quiser, mas os 90% ou mais da população brasileira vivem em dificuldade. Isso tem que ser visto por ele.
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FRASES
jrmignone@redesim.com FOTOS: DIVULGAÇÃO
“Eu não quero que o
Moro me absolva, só quero que ele peça desculpas” Lula pela sua condenação no caso do triplex do Guarujá
“N
inguém tem capacidade de odiar gratuitamente várias pessoas, a não ser que seja doente" Rodrigo Janot, falando do ministro Gilmar Mendes
“Estamos
estreitando os laços e avançando nas relações diplomáticas e comerciais”
“Vamos assinar uma
proposta para acabar com o Plano de Energia Limpa da Administração Obama” Donald Trump em reunião com membros da Agência Ambiental dos Estados Unidos
Governador Paulo Hartung sobre a recente viagem em comitiva feita a Carolina do Sul nos EUA.
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“Vai com Deus, tá” Deputado Erick Musso – Se despedindo da cônsul da seção de política e economia do Consulado Geral dos Estados Unidos, Kathryn Hoffman, em visita oficial ao ES.
“O Espírito Santo não é o
“O quadro ainda está muito indefinido, é muito cedo”
Márcia Cavallari – CEO do Ibope, sobre as eleições 2018
“Espero que Ferraço continue
‘no front’ e que não abandone o barco agora” Tasso Jereissati - sobre a propalada troca de partido por Ricardo Ferraço, saindo do PSDB
local onde se faz a melhor moqueca do Brasil. É o estado onde se faz a única moqueca do país” Dan Stulbach – ator e apresentador
“É escandaloso o que está
acontecendo. É um crime o que estão fazendo contra este país, como aconteceu com a Mata Atlântica do Sul da Bahia e do Espírito Santo; a mais linda, a mais rica. Nunca se viu tanta qualidade de árvores como tinham nessas regiões. Ninguém protestou. Ninguém queria salvar. Mas, vamos salvar a Amazônia, minha gente” Frans Krajceberg, pintor, escultor e fotógrafo polonês, naturalizado brasileiro, militante em defesa da natureza, falecido no último dia 15 aos 96 anos.
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PARABÓLICA jrmignone@redesim.com
AM para FM
Três emissoras de rádio da Rede SIM – Sistema Integrado Multimída, localizadas em São Mateus, Linhares e Cachoeiro de Itapemirim, acabam de migrar da faixa de “Amplitude Modulada” (AM) para a "Modulação em Frequência" ou Frequência Modulada (FM). A migração - que atende a determinação do governo federal -, foi oficializada em Brasília em reunião com as presenças do ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Gilberto Kassab, o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, o presidente da Rede Sim/Record News ES, Rui Baromeu, e o secretário Chefe da Casa Civil, José Carlos da Fonseca Junior. Migraram para FM as rádios da Rede SIM, Difusora de São Mateus, Rádio Cultura Comunicações – 920 AM (Musical de Linhares) e Rádio SIM 1.210 (Cachoeiro). Antes desse encontro em Brasília, já haviam migrado para FM as emissoras da Rede SIM,
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Gaeta 1.450 de Guarapari (93.1) e a rádio AM 1.290, de Vila Velha (Sim FM 91.9 – uma das melhores frequências do dial). A próxima a migrar será a Rádio Sim AM de Baixo Guandu. Também assinaram o termo de migração as emissoras capixabas Fundação Santa Terezinha, Cachoeiro de Itapemirim Ltda. e Educadora de Afonso Cláudio. No mesmo encontro, o governo federal garantiu um novo prazo às emissoras que ainda não fizeram a migração para a faixa FM. O presidente da Rede SIM, Rui Baromeu, é um entusiasta da migração de emissoras AM para FM. Conforme frisou, “há muitos anos vimos lutando por isso em Brasília”, referindo-se à sua defesa em favor dessa modernização do sistema de rádio. Rui aproveitou para anunciar que, em breve, haverá “boas novidades” na Rede Sim, que passa a ter o conjunto de suas emissoras na faixa FM.
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Alerta Três entidades de segurança alertaram as autoridades sobre o abandono de alguns postos de fiscalização rodoviária ao longo do Espírito Santo. O Sindicato dos Rodoviários Federais do ES, o Sindipol-ES e a Associação de Cabos e Soldados da PM e Bombeiros Militar-ES. Alegam, principalmente, o favorecimento para entrada de drogas no Espírito Santo pelas rodovias que cortam o Estado.
Chegando Você compraria um carro elétrico? A Nissan aporta no Brasil com seu modelo Leaf. Seu lançamento faz parte de uma estratégia da marca no país. O início das vendas, porém, só para 2019. A confirmação foi feita no recente Salão do Automóvel de Tókio pelos próprios diretores da fábrica e sacramentada pelo presidente da Nissan no Brasil, Marco Silva.
Voltando
Fechado aos domingos Empresários e comerciários fecharam acordo salarial e definiram dias de funcionamento de supermercados e lojas a partir de dezembro desde ano. O termo, que já está em vigência, mantém a decisão de não funcionamento dos supermercados aos domingos. O vice-presidente da Fecomércio-ES, João Elvécio Faé, ressalta que o não funcionamento dos supermercados foi uma decisão do setor varejista e da Associação Capixaba de Supermercados (Acaps), por não achar que os altos custos não compensariam a abertura.
Um montante de R$ 4 bilhões de reais está de volta aos cofres públicos do país. Um trabalho da Força Tarefa de Curitiba e das investigações da Lava Jato. São mais de 160 condenações de envolvidos no desvio de recursos da Petrobras. Nem bem a nova procuradora Geral da República, Raquel Dodge, assumiu, foi contemplada com esta notícia. É sua área. E se os brasileiros ouvem falar em roubo de dinheiro, devem saber que boa parte está sendo recuperada, disse o coordenador da Força Tarefa, Deltan Dallagnol.
Decoração de Natal
As prefeituras da Grande Vitória voltam a ter problemas com a decoração natalina das ruas, que já foi tradição. Para se ter uma ideia, apenas um município da região terá decoração natalina. Vila Velha vai receber enfeites e iluminação especial em 13 pontos. Já a prefeitura de Cariacica alegou “momento econômico” e pelo quarto ano consecutivo, não vai enfeitar as ruas. Em Vitória não houve uma definição satisfatória. Já na Serra foi criada uma comissão de captação de recursos para viabilizar a decoração. A crise ainda é a culpada.
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José Roberto Mignone
Pista?
Em recente entrevista o governador Paulo Hartung, depois de enaltecer a política de ajuste fiscal de sua gestão, carro chefe de sua administração, desconversou sobre a possibilidade de preparar um sucessor para a disputa ao Palácio Anchieta em 2018. Sobre sua visibilidade nacional, se fosse chamado a ocupar algum cargo de relevância nacional, o governador afirmou que “toparia tudo” e que era “pau pra toda obra”. Em entrevistas recentes, ele disse que tomaria a decisão de mudar de partido até dezembro, quando haverá algumas definições no cenário nacional da disputa de 2018, sobretudo no PSDB, partido que estaria na alça de interesse do governador.
POLÍTICA
Engrossando
O prefeito de Serra, Audifax Barcelos (Rede), pode ser a terceira via na disputa do Governo do Espírito Santo. O grupo político que o apoia assegura que “o prefeito está muitíssimo preparado em questões administrativas, como, por exemplo, pegar o município com a economia semifalida e mostrar que consegue equilibrar com profícua administração”.
Arquivado
Nem bem o Deputado Nunes, do PT, homologou o projeto de Decreto Legislativo que concedia ao ex-presidente Lula o título de Cidadão Espírito Santense, o presidente da Assembleia, Erick Musso, arquivou o projeto. Musso também tornou nula a resolução que concedia a comenda Domingos Martins ao líder do PT. O deputado Nunes se posicionou contra a decisão de Musso. “Companheiro Lula tem tido um olhar especial pelo Espírito Santo, desde quando fez a antecipação dos royalties. Além disso, criou 17 Ifes para o povo capixaba”.
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Recursos
A bancada capixaba separou verba do Orçamento de 2018 no valor de R$ 450 milhões para dividir entre a UFES, IFES, para a saúde do Estado, e também para BR 262 (a famosa duplicação), abastecimento de água em São Mateus, hospital de Cariacica, além de infraestrutura urbana em Cachoeiro de Itapemirim. Pelos destinos dá para saber os deputados e senadores que tiveram maior ação neste recursos, cada um defendendo seu reduto.
Quando?
O túnel subaquático ligando Vitória a Vila Velha pode sair do papel, após quase 20 anos do início desta ideia. Agora parece que seguirá com uma análise e avaliação geral dos estudos e projetos básicos de engenharia. Na ideia já apresentada, o túnel subaquático terá suas extremidades na Avenida Beira Mar, em Vitória, e no bairro da Glória em Vila Velha. O projeto foi apresentado no governo PH em 2008, sendo que seu sucessor, Renato Casagrande manteve a ideia, mas nada foi concretizado a respeito. Vamos ver agora, de novo no governo PH.
Fortalecimento A vitória da chapa do vice-governador Cesar Colnago, sobre a de Max Filho, prefeito de Vila Velha, na eleição estadual do PSDB, mostra claramente a força política do governador PH. Talvez essa vitória já abra um caminho mais certo às decisões políticas de Paulo Hartung quanto ao seu futuro político. Os membros da chapa vencedora bem demonstram de que lado estarão nas próximas eleições. O presidente eleito disse que sua meta é fazer do partido uma sigla forte no Espírito Santo. “Queremos um PSDB afinado e organizado em todos os municípios, coisa que hoje não tem”, disse. Para as eleições de 2018, Colnago destacou que o partido, em nível nacional, estará unido no objetivo de eleger o presidente da República.
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Prestígio Márcio Felix, que já foi secretario estadual de Desenvolvimento, anunciou que o Espírito Santo está ganhando uma empresa estadual de gás. Márcio hoje é secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME). Segundo ele o ES é um importante produtor de gás e que, após a flexibilização da Lei do Gás, em votação na Câmara Federal, poderá ter uma empresa lucrativa neste setor. Substitutivo de autoria do deputado Marcus Vicente (PP-ES) flexibiliza essa lei.
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Flávio Mattedi
flavio@valorinvestimentos.com.br
ECONOMIA
Inflação De acordo com o índice da Fundação Getúlio Vargas (FGV), os preços de energia elétrica e gás contribuíram significativamente para a inflação do mês de outubro. A energia teve inflação de 4,16%, enquanto o gás aumentou 3,93%. O indicador estudado pela FGC é o IPC-C1, que mede variação de preço para famílias com baixa renda. Esse indicador acumula alta de 1,89% em 2017, e 2,14% nos últimos 12 meses. Além dessas altas de preços de outubro, teremos em alguns dias elevação de 2,3% no preço da gasolina e 1,9% de alta no preço do diesel. Esses aumentos fazem parte da nova política da Petrobrás, que segue o mercado internacional para definir o valor de seus produtos.
Rio de Janeiro pode ter sobrevida O Rio de Janeiro está em negociação com o Banco de Desenvolvimento da China (CDB) para negociar um financiamento de dívidas que vencem no curto prazo. A ideia é alongar aproximadamente de R$ 2 bilhões em vencimento próximo, e pagar um juro menor do que é pago atualmente aos bancos federais. Além desse negócio, o banco já faz outros investimentos em infraestrutura no Rio, e pretende ampliar essa atuação nos próximos anos.
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Eletrobrás finalmente será privatizada O presidente Michel Temer enviará ao Congresso nos próximos dias um projeto de lei para privatização da Eletrobrás. Os congressistas já estariam comprometidos para confirmar esse projeto em votação, e de maneira rápida. Parte da verba apurada nessa venda será destinada à recuperação do rio São Francisco, e uma outra parte serviria para reforçar o caixa do governo. Vale lembrar que a redução de empresas estatais deve elevar a eficiência dos setores envolvidos, e desonerar o governo. Esperemos que outras grandes empresas estatais também sejam vendidas.
Black Friday A Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) tem expectativa de que a Black Friday desse ano renda R$ 2,5 bilhões ao comércio eletrônico. Se esse valor for confirmado, significa uma elevação de 18% na comparação com 2016. Segundo a ABComm, é esperado que as lojas tenham 10 milhões de pedidos, com ticket médio de R$ 246 cada. Os produtos mais demandados são: eletrônicos, informática, moda, decoração e celulares.
Indicadores CDI Dolar Comercial Ibovespa IPCA Poupança
Outubro
2017*
12 meses
24 meses
36 meses
0,65% 3,44% 0,02% 0,33% 0,53%
8,75% 0,49% 23,38% 2,19% 5,78%
11,11% 2,57% 14,45% 2,66% 7,14%
26,73% -15,17% 62,01% 11,03% 16,15%
42,90% 32,00% 36,03% 21,83% 25,20% *Acumulado no ano.
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ENTREVISTA “Conseguimos recolocar o ES em cima do trilho”
A
ntes de embarcar para mais uma missão internacional, desta feita na Carolina do Sul (Estados Unidos), o governador Paulo Hartung deu entrevista ao Programa Link-ES da Record News ES. Na entrevista à editora e apresentadora Adriana Marques, Hartung afirma: “Conseguimos recolocar o Espírito Santo em cima do trilho”. Ele faz um balanço do seu governo, destaca resultados positivos, como a manutenção das contas em dia e ações de inovação em políticas públicas, e também fala de política. SIM: Governador, enquanto muitos estados estão na ‘UTI’ e vão fechar o ano com as contas no vermelho, o Estado do Espírito Santo vai na direção contrária. Além de estar com as contas em dia, já projetou um crescimento de 4,19% no orçamento para o ano que vem; anunciou um reajuste para os servidores e concurso público. Isso quer dizer que o senhor conseguiu colocar a casa em ordem? Sim. Conseguimos recolocar o Espírito Santo em cima do trilho, como eu costumo brincar. Vínhamos de um período de déficit orçamentário: 2013 quase 1 bilhão, 2014, mais de 1 bilhão. Déficit é o governo gastando mais do que arrecada, e aí, 2015, 2016 e agora 2017 nós estamos com o orçamento sendo executado dentro daquilo que é arrecadado. Então, o governo parou de ter déficit, e tem um pequeno superávit. No ano que vem nós já temos uma previsão de uma receita um pouco maior e vai nos permitir dar outros passos em relação à qualidade de vida dos capixabas. SIM: O senhor assumiu em 2015 fazendo cortes, dizendo que precisava colocar a casa em dia. Conseguiu fazer os ajustes? O bom da gente falar disso é que eu tive que conviver com muita incompreensão na hora que eu comecei a reorganizar o esta-
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do, com muita gente tentando nos desestabilizar. Então, é bom a gente dizer que conseguimos fazer o ajuste, mas não paramos de inovar em políticas públicas. Criamos a Escola Viva, que agora estamos indo para 32 unidades no Estado; criamos o Ocupação Social, que é um programa para cuidar do jovem que estuda e não trabalha; pegamos o programa Reflorestar - um programa ambiental importante para recuperar nascente e cobertura florestal estratégica, e levamos para todo o território do Estado, e criamos o Rede Cuidar, que é um programa para levar a atenção de saúde, principalmente as consultas especializadas e exames para o interior do Estado do Espírito Santo para acabar com esse trança-trança de ambulâncias. Então, fizemos o ajuste fiscal, estamos em ajuste fiscal, mas estamos inovando em políticas públicas naquilo que é essencial para melhorar a vida da população e isso me dá uma alegria muito grande. SIM: Quais são as expectativas para 2018? O ano que vem vai ser um ano melhor porque a economia começa a recuperar no Brasil e começa a recuperar no Espírito Santo. Inclusive, aqui no Espírito Santo nós saímos do período de recessão, do ponto de vista técnico. O Instituto Jones Santos Neves anunciou isso nos últimos dias. Então, é dar o passo certo, é não errar o passo. Muitas vezes o coração da gente quer fazer uma coisa, mas aquilo não é possível naquele momento. Se fizer naquele momento, compromete não só aquele momento, mas compromete o futuro. Essa é uma pedagogia boa que os capixabas estão inclusive mostrando para o Brasil. Você anda o Brasil hoje e se apresenta como capixaba, normalmente ouve um comentário de respeito ao que estamos fazendo aqui no Espírito Santo. SIM: Com o Estado organizado o senhor partiu em busca de investimentos para o Espírito Santo, o senhor inclusive tem feito missões a outros países para trazer investidores para o nosso Estado. Como tem sido essa receptividade? Muito boa. Primeiro nós partimos para o Brasil. Temos alguns profissionais nossos percorrendo vários estados, apresentando o Espírito Santo, nossas potencialidades, e nós estamos atraindo empresas de outros estados, as suas expansões, para dentro do nosso territówww.rsim.com.br
rio, como nós fizemos no nosso mandato passado. É um trabalho importante de diplomacia para atrair empresas dos diversos setores para o nosso Estado e estamos fazendo isso para fora do país. Já fizemos algumas missões que os nossos secretários lideraram agora. Eu liderei uma missão na Itália; essa nos Estados Unidos e vai ter uma missão do governo na China. É fazer road show, fazer a apresentação do Espírito Santo, mostrar o que estamos fazendo, como nós estamos, o nosso diferencial em relação ao Brasil e apresentar as potencialidade que nós temos para os investidores nacionais e estrangeiros. O resultado está sendo muito bom. Eu já saí da Itália com uma empresa da área química marcando posição de implantação aqui na Serra. Então, isso é fundamental para a gente dinamizar mais a economia do Espírito Santo, gerar emprego e renda, principalmente para os nossos jovens. SIM: Falando em emprego e empresas, o senhor esteve no Ministério do Meio Ambiente conversando sobre a situação da mineradora Samarco. Como está essa situação hoje? Eu estive com o ministro Padilha tratando do assunto, acompanhado do Marcus Vicente, que é coordenador da bancada, e o deputado Lelo. Estamos na fase final do licenciamento. Queremos que a empresa cumpra com as suas responsabilidades. Esse desastre ambiental foi o pior da história do nosso país. Têm danos sociais, danos econômicos e danos ambientais e nós queremos que a empresa e as suas sócias, no caso a Vale e BHP, cumpram com as suas responsabilidades. E, queremos que a empresa volte porque isso é importante para a economia do Espírito Santo, de Minas Gerais e brasileira. E, uma coisa que é fundamental nesse momento: gerar emprego e renda. SIM: Outra demanda importante na pauta dos capixabas é a questão da duplicação BR 101, que foi tão falada este ano por conta das tragédias ocorridas. Como o senhor tem acompanhado essa questão do contrato com a ECO 101? Tenho acompanhado junto com a bancada federal e nós temos trabalhado muito numa direção só: que a empresa cumpra o contrato que assinou, integralmente. O contrato é claro, tem lá os prazos da duplicação da BR 101 no trecho que vai da nossa divisa com o Rio até um pedacinho da Bahia.
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ENTREVISTA
O que nós queremos é que cumpra o contrato. Nós achamos que não faz sentido uma concessão que foi disputada em licitação, mais de um grupo disputou, foi dado desconto para esse grupo que ganhou, inclusive, um desconto alto, e não faz sentido o descumprimento de contrato. Se tem problema na execução do contrato nesse período, que se corrija. É o papel da Agência Nacional de Transportes Terrestres a ANTT. Estamos tencionando nesta direção. SIM: O senhor é do mesmo partido do presidente Temer e nem por isso o senhor poupa críticas ao presidente, por exemplo quando houve aí um aumento de impostos. Como o senhor avalia o governo Temer até agora? É um momento complicado da vida nacional. No debate presidencial passado, a gente viu ali que a condução não era boa. Eu não apoiei a eleição da eleita Dilma Rousseff, que tinha o Temer como vice. Eu apoiei o candidato de oposição, mas, nenhum de nós ficou satisfeito com o nível do debate. Nem na oposição, nem no governo, a abordagem com a população foi correta. Quer dizer, tinha uma mistificação no debate e o que veio depois? Desenhou um mar de rosas para o Brasil e no momento seguinte tomou posse e a realidade veio à tona: economia desabando, emprego desabando, problemas sociais e assim por diante. Muita gente ficou ali naquele impeachment. Eu não embarquei no impeachment. Eu não embarquei nesse debate. Muita gente dizendo que resolvido o impeachment, no outro dia os problemas do país estavam encaminhados. Quantas pessoas eu ouvi com essa ilusão! Fez-se o impeachment e a realidade caiu dura na frente de todo mundo. SIM: Na visão do senhor, o que é preciso fazer agora? O que nós precisamos é buscar um caminho sólido para o país e o caminho sólido para o país é uma conversa que nós precisamos ter com os brasileiros. O país está com leis e regulamentos atrasados. O mundo mudou. As novas tecnologias impactaram o mundo de uma maneira dramática do ponto de vista da velocidade do desenvolvimento. O mundo mudou e nós ficamos pra trás. Nós temos que evoluir com o país. Tenho um receio quanto à conjuntura do Brasil porque esse ambiente nosso está tão
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ruim, tão deteriorado, tem um vazio de lideranças tão grande no país hoje, que o meu receio é que a eleição de 2018 ela seja polarizada pelos posicionamentos extremistas; tanto a direita quanto a esquerda, e as pessoas fiquem aí à mercê de novas vendas de terrenos lá na lua e a gente acabe não encontrando o caminho. Precisamos ter racionalidade e não extremismos, bravatas, isso não vai resolver os problemas do Brasil e muito menos dos brasileiros. SIM: Nos bastidores da política muito se conversa sobre a saída do senhor do PMDB, inclusive o senhor teve um encontro com o Rodrigo Maia. Existe a possibilidade do senhor ir para o DEM? Não. Existe a possibilidade de eu migrar partidariamente e tentar uma filiação que tenha compatibilidade com o meu pensamento político. Eu sou um político de centro-esquerda. Sou um político que na visão geral sou um social democrata, de pensamento. Sou alguém que começou militando lá no mundo do socialismo no meu tempo de estudante, de líder estudantil, e pela leitura, pelo debate, na minha visão, eu evolui para uma posição de centro-esquerda. Quer dizer, o que eu penso é buscar uma militância partidária que tenha compatibilidade com meu pensamento político. SIM: Recentemente saiu na imprensa nacional que o senhor poderia vir disputando o governo do Rio de Janeiro. Existe algum fundamento nessa notícia? Não. O que eu estou me dedicando, essencialmente, colocando a minha energia pessoal, trabalhando com uma equipe maravilhosa ao meu lado, que eu tenho no governo do Espírito Santo, é justamente conduzir o governo do Espírito Santo nesta quadra difícil de administrar, difícil de governar em uma crise doida como essa que nós estamos debaixo dela. A minha prioridade é esta. O Rio de Janeiro tem grandes líderes, com potencial para conduzir o estado. Naquilo que eu puder contribuir como cidadão, como brasileiro - todos nós amamos o Rio de Janeiro -, nós vamos contribuir. Mas o meu papel é aqui no Estado do Espírito Santo para levar esse barco até um Porto Seguro para os capixabas e ao mesmo tempo fazendo para os capixabas produzir um bom exemplo para o Brasil, porque o Brasil está precisando disso. www.rsim.com.br
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MUNICÍPIO
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Bartolomeu Boeno
Projetos capixabas vencem concurso Empresa Júnior em Ação Três projetos desenvolvidos por empresas juniores capixabas foram os vencedores do concurso Empresa Júnior em Ação, realizado pela Federação das Empresas Juniores do Estado do Espírito Santo (Juniores) em parceria com o Espírito Santo em Ação. O resultado foi anunciado durante o Encontro Capixaba de Empresas Juniores (Encej 2017), este mês, em Paraju, no município de Domingos Martins. Os projetos vencedores foram desenvolvidos, respectivamente, pelas empresas Empro Jr., de Vila Velha; Projeta Júnior, de São Mateus, e Agrifes, de Colatina. O Encej reuniu 380 jovens universitários do Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Bahia, para um final de semana de estudos, conhecimento e vivência empresarial. A Juniores é uma associação sem fins econômicos que faz parte do Movimento Empresa Júnior (MEJ) e busca a inserção de jovens no mercado de trabalho. Hoje o MEJ Capixaba é formado por 600 empresários juniores e 22 empresas juniores instaladas nas cidades de Alegre, Cariacica, Santa Tereza, São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória. Juntas, essas empresas faturaram, em 2016, mais de R$ 270 mil com 174 projetos.
Mais três municípios do Espírito Santo podem ser incluídos na área da Sudene Aracruz, Itarana e Itaguaçu poderão ser incluídos entre os municípios capixabas que fazem parte da área de abrangência da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). O projeto, que também inclui na Sudene 81 municípios de Minas Gerais, foi aprovado pela Câmara dos Deputa-
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dos e agora será apreciada pelo Senado. A inclusão garante aos municípios acesso a linhas de crédito especiais, a incentivos fiscais, a recursos do programa de financiamento do Banco do Nordeste, a alternativas de financiamento às atividades produtivas locais, entre outros benefícios.
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Conceição da Barra: Itaúnas ganha nova casa de shows
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Vibe Itaúnas é a nova casa de shows que se instala na charmosa vila de Itaúnas – a consagrada capital do forró -, em Conceição da Barra. A inauguração acontece na semana do Réveillon, com vários shows nacionais. Entre as atrações estão Elba Ramalho, Falamansa, Armandinho, 3030 e Mariana Aydar. Seguindo o perfil dos points mais badalados do Estado capixaba, o espaço tem capacidade para receber até 10 mil pessoas por dia e está estruturado para promover eventos durante todo o ano, inclusive, no verão. O espaço conta com pista, camarote para até 200 pessoas, 12 bares, 50 banheiros, praça de alimentação e piso gramado. Um dos sócios da casa, o empresário Wilson Mandatti, acredita que a Vibe Itaúnas dará uma nova dinâmica ao balneário, “atrairá um fluxo maior de pessoas e, com isso, movimentará os hotéis e pousadas, os restaurantes, os bares, os serviços de transportes, entre outros”.
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RECORD NEWS
46% Ibope: Record News tem 46% a mais de audiência em horário nobre por Bartolomeu Boeno
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s dados são do Ibope e referem-se à cidade de São Paulo. A Record News alcançou a marca de 46% a mais de audiência em horário nobre, (entre 20 horas e meia noite) no período de 23 a 27 de outubro na Grande São Paulo, em relação à semana anterior, de 16 a 20/10. O resultado vem depois que a emissora realizou mudanças na grade de programação noturna, levando os programas Link Record News e Eco Record News, que eram exibidos à tarde, para os horários de 19 e 20h30, respectivamente. Com as mudanças, os índices de audiência (número de telespectadores que passaram pelo canal) foram de 424.950 para o programa Link Record News, 324.590
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para o programa JR News e a reprise do “Câmera Record”, com 244.500 telespectadores. A notícia foi dada pelo site natelinha.uol.com.br/noticias FORÇA DA EMISSORA “Os excelentes índices de audiência alcançados pela Record News, consolidados pelo Ibope na Grande São Paulo, mostra a força desta emissora da qual nos orgulhamos de fazer parte na condição de afiliada, pela Record News ES. Diariamente levamos para a Record News - que divulga em nível nacional e internacional -, diversas notícias importantes para a imagem do Espírito Santo. Portanto, também comemoramos e vibramos com esses resultados positivos”, comentou o presidente da Rede Sim/Record News – ES, Rui Baromeu. www.rsim.com.br
LINHARES
SÃO MATEUS VITÓRIA
RECORD NEWS ES A Rede SIM – Sistema Integrado Multimídia, inaugurou em 8 de setembro de 2014 a Record News Espírito Santo, afiliada da Record News nacional. Com um forte diferencial no mercado, a emissora vem mostrando as belezas, potencialidades e uma imagem sempre positiva do Espírito Santo para todo o Estado, o Brasil e o mundo. Hoje, a Record News – que é líder de notícias no Brasil, tem uma presença cada vez maior também no Espírito Santo, através da Record News ES. Com estrutura de equipamentos de última geração e equipe profissional qualificada, a emissora está sediada na cidade de Vitória. Sua programação diária é transmitida pelo Canal 20 da operadora RCA (TV SIM Vitória). Além disso, a emissora abrange todo o Estado, com transmissões regionais de seus programas pelas TVs Sim de Colatina, Linhares e São Mateus. A Record News ES produz atualmente mais de seis horas por dia em programas próprios. O “Link ES” – É o telejornal da Record News-ES. Apresenta notícias de todas as regiões do Espírito Santo, reportagens e entrevistas com convidados. Além do Link-ES, são apresentados outros cinco programas locais: “Simplesmente Eluza”, “Entre Elas”, “Negócios da Terra”, “Rsim Esporte” e “Nó de Gravata”. Em Vitória e Vila Velha a Record News-ES e sua programação é transmitida pelo Canal 20 da operadora RCA (TV SIM Vitória). www.rsim.com.br
ANCHIETA
NOVA VENÉCIA
SÃO GABRIEL DA PALHA31
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
COLATINA
REDE SIM A Rede SIM – Sigla de Sistema Integrado Multimídia é a maior rede de comunicação capixaba em emissoras de rádio e uma das maiores do Brasil. Idealizada e presidida pelo empresário Rui Baromeu há mais de 20 anos, a Rede Sim reúne um conjunto de 21 emissoras de rádio ativas. A rede conta ainda com as tradicionais TVs regionais Sim São Mateus, Sim Linhares, Sim Colatina e Sim Cachoeiro de Itapemirim e com a emissora de TV Record News - Espírito Santo, com a A Revista SIM - plataforma impressa da rede e com o portal de notícias RSIM. A capilaridade da Rede Sim abrange todos os 78 municípios do Estado do Espírito Santo e se estende também a dezenas de cidades vizinhas ao Espírito Santo, pertencentes aos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia. EMISSORAS DE RÁDIO O conjunto de emissoras de rádio da Rede Sim atende a milhares de ouvintes e está instalado em sedes próprias nas cidades de Vitória (100,9 FM) e Vitória/Vila Velha (1290 AM), São Mateus (Musical – 105,1 FM),
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ARACRUZ
São Mateus e Guriri 105,9 FM), Linhares (106,1 FM), Colatina (107,5 FM), Cachoeiro (107,7 FM e Cachoeiro 1210 AM e Sim Tupi (1590 AM), Aracruz (107,3 FM), Ecoporanga (91,3 FM), Guarapari (Musical) 93,1 FM) e Guarapari (1450 AM), Pedro Canário (96,1 FM), Anchieta (97,9 FM) e Anchieta (98,5 FM), Pinheiros (102,1 FM), Santa Teresa (105,3 FM), São Domingos do Norte (89,7 FM), Sooretama (Musical – 87,9 FM) e Cultura (920 AM). REVISTA SIM E PORTAL RSIM A Revista Sim, que é a plataforma impressa da Rede Sim, é editada mensalmente e tem distribuição dirigida. Com conteúdo atual de variedade, ricamente ilustrada, e em papel couché, a Revista Sim circula ininterruptamente há 12 anos e o Portal Rsim é a plataforma de notícias da Rede Sim na internet. Com um número cada vez maior de visitantes, o Rsim, acessado no endereço www.rsim.com.br oferece ao público um serviço de notícia minuto a minuto, com abrangência que vai dos principais fatos regionais capixabas, aos fatos nacionais e internacionais. www.rsim.com.br
OPINIÃO
Presidente do Secovi DF e 1º Vice-Presidente da Fecomércio-DF
Miguel Setembrino
Confiança elevada para 2018
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pós um 2016 muito difícil, com empresas fechadas, empregos perdidos e recessão no setor produtivo, 2017 nos mostrou que o pior ficou para trás. A economia começa a dar seus primeiros passos para fora do buraco. Finalmente, tivemos algumas melhoras significativas no âmbito econômico. A expectativa agora é de retomada. Os índices econômicos mostram uma melhora nas vendas do varejo. Outro ponto que denota uma melhora de ambiente é o aquecimento do mercado de trabalho, que volta a ter vagas abertas. Além da inflação mais baixa, a redução na taxa de juros também contribui para uma percepção mais positiva quanto às vendas e a economia do País. Com os ventos soprando a favor, os empresários estão ajeitando as suas velas com mais confiança e satisfação. É o que mostra o estudo da medida da confiança do empresariado no País, elaborado pela Confederação Nacional do Comércio (CNC). Segundo os dados, o mês de abril deste ano apresentou o primeiro resultado positivo, acima da zona de indiferença, desde fevereiro de 2015. O último resultado do índice, de outubro, mostra que a percepção dos empresários sobre o desempenho do comércio e da
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própria empresa teve incremento de 35,6% e 25,9%, respectivamente. No mês de outubro, 32% dos comerciantes consideraram o desempenho da economia melhor do que há um ano. Com a volta da confiança, é hora de olhar para frente, aproveitar oportunidades e apostar em capacitação para que 2018 seja um ano de prosperidade. É tempo de trabalhar as datas comemorativas de fim de ano. As vendas no Natal de 2017 devem ser o termômetro para o início de 2018, e a expectativa não poderia ser melhor: a estimativa é de que neste ano a data movimente R$ 34,7 bilhões em todo o Brasil, um aumento de 4,8% na comparação com o mesmo período do ano passado. Pode-se perceber ainda que a inflação futura não deve crescer, assim como não há perspectiva de aumento nas taxas de juros, o que deixa o consumidor mais seguro no emprego e com condições de quitar as suas dívidas, voltando às compras. Além disso, as variações do dólar estão mais controladas, favorecendo o importador. Notícias como essas eram impossíveis de se ter há um ano. Como diz o ditado, depois da tempestade vem a calmaria. O futuro de oportunidades depende do terreno que está sendo preparado. Para um 2018 melhor, esperado por todos, é preciso arregaçar as mangas e trabalhar.
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FUTURISMO
“A boa notícia é que vai mudar para melhor”
Pesquisadora vê futuro promissor após ‘revolução’ contemporânea
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mundo que a gente conhecia já não existe mais. A todo momento a tecnologia cria novas soluções revolucionam o modo de produzir, comunicar e até de se relacionar. Será que estamos prontos para o futuro? E o nosso corpo, será que está apto para acompanhar tantas mudanças? Como se preparar para o futuro? Quem responde essas e outras perguntas é a pesquisadora de Modelos Exponenciais e educadora futurista Jaqueline Weigel, para quem, a vida vai melhorar para todos. Ela concedeu entrevista exclusiva ao jornalista Sérgio Rangel para o programa Link ES da Record News ES no último dia 16, antes de palestrar na abertura do encontro VOS – Vários Olhares Singulares, promovido pela Vale, em Vitória. SIM: O mundo está sempre mudando, mas a forma com que isso ocorre parece que está cada vez maior. A senhora pode começar falando dessa questão? Ela não parece. Ela realmente está. Exponencial significa isso. Por causa da Lei de Moore, que se descobriu na computação, a nossa velocidade aumentou mesmo e a cada 24 meses a velocidade dobra e a previsão é que a partir de 2020 isso fique mui-
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to mais intenso. Então, o que a gente está vivendo hoje tende a se acentuar pelos próximos anos e muito mais rápido. SIM: Isso no passado era algo que a gente considerava linear que se processava de uma forma bem mais lenta... O mundo era mais quadrado. A gente está em uma grande revolução que me parece precisa acontecer com um pouco mais de rapidez do que essa que a jornada humana www.rsim.com.br
vem tendo nos últimos anos. Então, as pessoas, as profissões, tudo está dentro dessa revolução. Existe uma grande transformação do mundo. A gente não pode falar só de trabalho, só de inovação, só de sociedade. O planeta está em shake, está se mexendo. Então, isso afeta todos nós. A sociedade está mudando, a forma de consumo está mudando, a forma de trabalhar definitivamente vai mudar, mas a boa notícia é que vai mudar para melhor. SIM: E isso é serio? A gente pode ficar tranquilo? O que as evidências nos mostram é que a tendência é que o planeta seja mais rico, o trabalho seja mais livre, portanto as pessoas podem ser mais felizes; a tecnologia diminui o sofrimento do nosso planeta. E, futuristas não falam em previsões, eles falam no que pode ser e, todos os sinais nos mostram que essa tecnologia vai nos assustar num primeiro momento, mas vai nos confortar num segundo momento. SIM: Vamos trazer isso para a nossa realidade. A gente pensa nos problemas climáticos, no nosso trabalho, que temos que estar o tempo todo ligados, enfim: como esse futuro será diferente disso? Primeiro que hoje nos já somos digitais. Já temos 2.5 bilhões de pessoas conectadas na rede, quer dizer, o mundo está ligado. A previsão para 2025 é que todo o planeta esteja conectado. Isso faz com que a gente tenha uma força muito maior como comunidade. Existe um grande chamado global hoje para que a gente conserte o planeta e pare de nos comportarmos como predadores. Então, a nova forma de pensar dos negócios, ela tem muito a ver com resolver problemas sociais. Onde existe um problema no planeta, existe uma oportunidade de negócio. Esse ecossistema de inovação que está se criando no planeta ele tem muito mais consciência, ele tem propósito, ele quer gerar impacto, ele quer fazer negócios através de comunidades. Então, o formato muda radicalmente, e as evidências já nos mostram que a pobreza já diminuiu, a longevidade do ser humano vem aumentando, a energia solar vem diminuindo de custo radicalmente, a mortalidade infantil diminuiu, então a gente tem vários dados hoje que nos mostram que a vida está melhorando sim. www.rsim.com.br
SIM: Existe alguma previsão de tempo, um prazo, para a gente ter esse mundo diferente, esse mundo melhor ao qual a senhora se refere? Acho que o futuro que a gente vem anunciando ele já começou a acontecer no ano passado; 2017 foi um ano intenso e 2018 vai ser um ano surpreendente também aqui no Brasil. As pessoas acham que isso é uma coisa que acontece muito longe, porque aqui se fala em crise... SIM: Mas o que aconteceu no ano passado? Ano passado, no Forum de Davos, foi anunciada a quarta Revolução Industrial. Então, a partir disso,oficialmente, o mundo está em revolução e revolução é sempre uma grande mudança. É a convergência de tecnologias, física, digital e biológica. E, agora, isso vai entrar na nossa vida: Inteligência artificial, realidade aumentada, novos modelos de trabalho, e tem sim, algumas datas, que os futuristas muito respeitados trazem. 2020 acho que é uma data essencial para que algumas coisas já aconteçam, 2025, 29, até 2045, segundo Ray Kurzweil, o mundo realmente já terá mudado, é a data da singularidade, onde um computador vai ser mais inteligente que todas as inteligências humanas juntas. SIM: Então isso vai mudar tudo... Acho que isso vai mudar a nossa forma de existir. Klaus Schwab fala que o planeta está renascendo e que a gente precisa se reinventar em todos os aspectos. As pessoas se assustam um pouco com isso, mas quando a gente olha um retrato do nosso mundo, já está muito ruim. É muito difícil piorar, então, a gente precisa agora pensar de outra forma e em criar um planeta mais sustentável para 10 bilhões de pessoas que nós teremos em breve. SIM: E hoje, estamos prontos para isso? Acho que o ser humano é muito bom em adaptações. Acho também que alguns grupos não estão tão prontos quanto outros, mas nós somos muito bons em nos adaptar. Eu acredito que a natureza não seria tão cruel de nos trazer coisas que a gente não tivesse condições de lidar. Só acho que as pessoas precisam olhar um pouco mais para todas essas mudanças, se aproximar e trabalhar junto com esse novo planeta que está surgindo, enquanto o antigo planeta se dissolve.
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SIM: Alguém pode achar que a senhora está sendo muito otimista. O que diria a essa pessoa que pensa assim? Eu estudo dados. Eu estudo evidências e eu conecto pontos; é isso que um futurista faz. Eu sou uma estudantes de futurismo. Estamos falando de ciência, de tecnologia, de mudanças que já estão acontecendo. Então, acho que o otimismo já é um novo comportamento. O nosso cérebro ele é moldado de acordo com os nossos pensamentos. Se você é pessimista, é assim que ele se molda e é assim que a sua vida se torna. O futurista olha sempre para o que vem pela frente como uma fase melhor do que aquela que a gente viveu atrás e acho que todos nós vamos ser beneficiados de alguma forma. SIM: Muitas profissões podem deixar de existir... Muitas profissões vão deixar de existir mesmo porque elas serão automatizadas. É só um fato. Tudo que é mecânico e repetitivo a máquina pode fazer. Seres humanos não são eficientes nisso. Seres humanos precisam se adaptar, precisam se transformar. Então, têm profissões que vão deixar de existir, mas muitos dados já mostram que muitas novas profissões vão surgir. Por exemplo, o Uber gerou um monte de empregos novos no mercado. Ele não tirou taxistas do mercado, pelo contrário, ele incrementa. Seremos 10 bilhões de pessoas e terá trabalho sobrando pra todo mundo. Os dados nos mostram que na maioria das vezes a tecnologia gera novas oportunidades. O emprego na forma com que a gente conhece, ou a profissão na forma com que a gente conhece, talvez sofra modificações. SIM: Imagino que isso gera um desafio. Como as pessoas devem se preparar para essas mudanças? Sim. Primeira coisa: desaprender passou a ser uma competência. Aquilo que nos preparava para o mundo, de certa forma, não serve mais. Esse conhecimento virou antigo. Então a primeira coisa é aprender como esse novo mundo tecnológico funciona. Precisa se aproximar disso, viver isso um pouquinho e
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começar a achar o seu lugar. A gente vai precisar sim de um novo conhecimento e de novas habilidades. SIM: Está acontecendo em Vitória o evento Vários Olhares Similares – VOS que discute entre outros assuntos, a inovação, o futuro. Qual a importância de eventos como este que debatem sobre o futuro e a inovação? O ser humano quando ele é colocado dentro de uma caixinha e fica no piloto automático, ele não consegue ser criativo, ele não consegue usar o seu potencial. Quando a gente promove debates, que vêm de um cenário maior para um micro cenário, você dá chances para que as pessoas conversem sobre o assunto, línquem a sua vida real com esses assuntos que estão aí fora todos os dias e promovam as mudanças para que cada um faça com a sua empresa, com sua carreira e com a sua vida o plano de adaptação que precisa fazer. Acho que sem debate a gente não tem crescimento. SIM: A senhora está falando em empresa e adaptação. Parece que uma empresa que hoje pensa daquela forma linear, à moda antiga, que não abre o olho para a inovação e para as tecnologias, essa empresa não tem lugar nesse futuro que estamos falando. É isso mesmo? Dificilmente terá. Sem ameaças, mas as empresas do jeito que a gente conhece, muito tradicionais, elas se tornaram muito lentas e muito engessadas para esse mundo tão ágil. Então, todas têm lição de casa e precisam começar com inovação. Não olhar para o assunto é sem dúvida um erro estratégico. SIM: Pra encerrar. A senhora falou em 2045, mas parece que o futuro está bem pertinho da gente. A senhora concorda com isso? A gente entrou na primeira etapa. São 20 anos de revolução. Vem muita coisa por aí: genética, robótica, biotec; vêm transformações incríveis e que vão entrar na vida de todos nós. Então, estamos só no primeiro step de uma grande jornada. www.rsim.com.br
LIDERANÇA
Especialista em Gestão de Pessoas e Supervisor de Engenharia
André Luiz Caulit Silva
Sucessão
A
s organizações em qualquer segmento seja ele industrial, político, comercial ou esportivo que se preocupam e se estruturam para a formação de sucessores garantem sustentabilidade nos seus negócios. É na ausência do líder que a continuidade da conduta, resultados e performance pode ser afetada e até mesmo tal fator pode destruir todo um cenário de gestão consolidado. É sabido que o líder moderno não lidera sozinho, ele conduz a equipe a resultados utilizando as habilidades individuais de forma correta em cada processo existente em sua gestão. Porém, liderar pessoas é diferente de liderar processos e identificar habilidades individuais é diferente de identificar um potencial substituto, reforçando que um ótimo empregado pode não vir a ser um ótimo líder. E é nesta etapa de identificação de um potencial que alguns fatores precisam ser observados como: valores da organização e valores do possível sucessor, vitimização destrói um futuro líder e protagonismo constrói, o candidato é envolvido ou comprometido? Pessoas envolvidas não fazem diferença dentro das organizações, elas fazem tudo certinho mas, não fazem diferença, enquanto que pessoas comprometidas sim, estas fazem diferença. O líder que não forma um sucessor não está com seu processo de liderança consolidado, é dever e função dele preparar pessoas para uma possível substituição, inclusive, muitos líderes perdem oportunidade de promoção e ou crescimento profissional simplesmente porque não formaram alguém para ocupar sua posição.
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Consolidar um processo de mapeamento de prováveis substitutos precisa estar na agenda do líder, mesmo se a organização não o tiver, e para cada potencial sucessor uma estratégia de liderança deve ser elaborada, exercendo uma verdadeira caça à jóias ou caça talentos. A liderança, pode se dizer que exerce um papel de “construtor de estradas”, “vendedor de sementes” na busca, seleção e capacitação de novos líderes. Além de formar, o líder muitas vezes precisa transformar, pois o sentimento de querer assumir o papel de liderança pode não estar aparente, e a condução do estado real até o estado desejado requer explorar recursos internos como habilidades, comportamentos, competências e externos como tempo e dinheiro. Assim, é necessário formar, mas, como você quer formar? O que você quer formar? Não basta “colocar” o outro em seu lugar, até porque esta ação pode inclusive “destruir” carreiras, caso não se tenha o devido cuidado nesta etapa de escolha e substituição. O processo não é imediato, atividades planejadas como: feedbacks, substituições momentâneas (férias), empoderar em determinadas situações, mentoring, coaching, checar o aprendizado, ou seja, checar tudo aquilo que permanece no seu colaborador quando você não está perto, auxiliam na consolidação do amadurecimento do profissional mapeado. Novos líderes precisam ter foco em processos e pessoas. É importante formar sucessores racionais, emocionais e espirituais. A excelência humana não está no feito, está no hábito. Portanto, na sua ausência quem te substitui?
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SAÚDE
Câncer de próstata
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Avaliação médica deve começar aos 50. 75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos
mês de novembro é marcado pela campanha chamada Novembro Azul de prevenção do câncer da próstata. A informação sobre a doença que acomete o maior número de homens depois do câncer de pele (não melanoma) é o primeiro passo para preveni-la. Alguns tipos de câncer podem evoluir e se espalhar rapidamente pela próstata e outros órgãos, podendo levar à morte, mas a maioria cresce de forma lenta e não chega a mostrar sintomas ao longo da vida. “A maior
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parte desses tumores leva cerca de 15 anos para atingir 1 cm³ (um centímetro cúbico). Por esse motivo, muitos homens mais velhos desconhecem que têm o problema e chegam a falecer de outras doenças sem nunca receber o diagnóstico”, afirma o urologista do Hospital Metropolitano Carlos Chagas. Quando chegam a apresentar sinais, segundo o médico, raramente na fase inicial, estes são muito parecidos aos do crescimento benigno da próstata, como dificuldade ou necessidade de urinar várias vezes ao dia ou à noite.
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“A maior parte desses
tumores leva cerca de 15 anos para atingir um centímetro cúbico. Por esse motivo, muitos homens mais velhos desconhecem que têm o problema e chegam a falecer de outras doenças sem nunca receber o diagnóstico” gredir muito até o diagnóstico, essas chances podem cair para 10%”, alerta.
O QUE ISSO SIGNIFICA? Por apresentar crescimento lento e ausência de sintomas, é recomendado iniciar os exames que ajudam a identificar o câncer na próstata a partir dos 50 anos de idade, para aumentar a possibilidade de detecção precoce. Já homens negros e aqueles que têm registros de casos em parentes de primeiro grau, como pai ou irmão, precisam ter mais atenção e começar logo aos 45 anos, pois são mais propensos à doença, esclarece Carlos Chagas. DESCOBRIR O TUMOR NO INÍCIO AUMENTA AS CHANCES DE CURA? As chances de cura chegam a 90% quando o tumor é descoberto precocemente, afirma o rádio-oncologista Pérsio Freitas, do Instituto de Radioterapia Vitória (IRV). “Entre todos os tipos de câncer, o de próstata é o mais curável que existe no homem, quando tratado na fase inicial. Mas, se ele prowww.rsim.com.br
QUAIS EXAMES AJUDAM A DIAGNOSTICAR O CÂNCER DE PRÓSTATA? O exame de sangue e o exame físico, que inclui o toque retal, são os meios usados para detectar o tumor na próstata, de acordo com o urologista Carlos Chagas. “O primeiro verifica a taxa de PSA (antígeno prostático específico), que é uma substância produzida pelas células prostáticas, e o segundo serve para avaliar a consistência da próstata, o seu tamanho e se existem lesões palpáveis na glândula”, explica. Com o aposentado Daniel de Barros, de 57 anos, o monitoramento do PSA foi essencial. Desde os 50 anos de idade ele realizava o exame regularmente, conforme a orientação médica, e em 2016 o resultado apresentou alteração. Por meio de uma biopsia, ele recebeu o diangóstico da doença. “Depois do diagnóstico fui tratado. Não tive dor, apenas sentia que uma leve retenção ao urinar, mas nada que me atrapalhasse ou que me fizesse pensar que era um problema mais grave”, comentou. Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) estimam o surgimento de aproximandamente 61,2 mil novos casos de câncer de próstata no Brasil até o final do ano. Ele é o segundo tipo da doença que mais afeta a população masculina no país (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma), segundo a entidade. Ainda de acordo com a instituição, 75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos.
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TÚNEL DO TEMPO
Dom Pedro I e Dona Leopoldina
O elo da Independência do Brasil Há 200 anos chegava ao país Dona Leopoldina uma das pessoas que mais influenciaram a vida política de seu tempo
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por Paulo César Dutra
arquiduquesa Leopoldina da Áustria, Carolina Josefa Leopoldina Francisca Fernanda de Habsburgo, que ficou conhecida aqui como Dona Leopoldina, era uma mulher extremamente inteligente e talentosa. Nascida em 1797, ela se casou com Dom Pedro I, por procuração, e chegou ao Brasil em novembro de 1817, quando o navio que trazia Leopoldina desembarcou no porto do Rio de Janeiro. Foi quando os noivos se conheceram. Ela foi uma das pessoas que mais influenciaram a vida política de seu tempo, tendo contribuído diretamente para a independência do Brasil. Nascida numa das cor-
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tes mais tradicionais da Europa, Leopoldina rompeu com várias idéias monárquicas de sua criação em prol do Brasil, país que adotou como seu. Porém, as desilusões de casamento arranjado e o desgaste da atuação política talvez tenham cobrado um preço alto demais: ela jamais voltou a ver sua família na Áustria e faleceu por causa de um quadro agudo de depressão. Dona Leopoldina era a quinta filha de uma família de 12 irmãos. E essa família não era pouca coisa. Os Habsburgos eram a linhagem detentora do poder do antigo Império Sacro Romano havia mais de 300 anos. A influência deles atravessava os limites da Áustria e se alastrava por toda a www.rsim.com.br
A Família Imperial: (em pé) dona Isabel, Conde d'Eu, dona Leopoldina e dom Luís Augusto; (sentados) dom Pedro II e dona Teresa Cristina.
Europa. Para se ter uma ideia, Leopoldina era sobrinha de Maria Antonieta, a rainha francesa levada à guilhotina na revolução do país. O casamento entre Dona Leopoldina e Dom Pedro I foi um acerto entre os pais do casal. De um lado, o português Dom João VI queria ser bem visto e estreitar laços europeus com uma das famílias mais respeitadas do continente. Do outro lado, Francisco I tinha o intuito de tirar parte da influência inglesa sobre as terras de Portugal e abranger um pouco da sua própria no continente americano. Conta a história que, ao ser informada sobre o casamento, Leopoldina jamais questionou a decisão de seu pai, atitude ligada à sua rígida educação formal. A união foi então realizada por uma procuração assinada pelo marquês de Marialva, embaixador português responsável pelo casamento. Como a noiva viria morar no Brasil, Dom Pedro I não viajou até a Áustria para se casar. Matrimônios por procuração eram um ato comum nas uniões entre famílias poderosas. Apesar do ‘choque térmico', ela gostou muito do Brasil. Há uma carta, que ela escreveu para uma tia, dizendo que o “Brasil seria o paraíso se não fossem os mosquitos e o calor”. Ela realmente amou o Brasil e dizia que a única coisa que a incomodava era o calor infernal e os mosquitos. Leopoldina abraçou nossa terra como se fosse sua. Para mostrar que estava abrindo mão de tudo e que queria realmente se tornar a princesa do Brasil e de Portugal, ela adotou o Maria em seu nome, já que as cunhadas todas tinham essa denominação. Extremamente culta e com ótima formação, a mãe do futuro imperador Pedro II foi figura política importantíssima para o Brasil e se tornou uma das articuladoras do movimento pela permanência de dom Pedro no país. Mais do que isso, revelou-se uma estrategista do processo de Independência. Ela acabou usando no processo, tanto Dom Pedro I, quanto José Bonifácio, que ficou conheciwww.rsim.com.br
Dom Pedro I e o Grito do Ipiranga
do como o Patriarca da Independência. E o desfecho do processo começou no dia 13 de agosto de 1822, quando Dona Leopoldina foi nomeada chefe do Conselho de Estado e Princesa Regente Interina do Brasil por Dom Pedro I. Ela ganhou poderes para governar o país durante a sua ausência e partiu para apaziguar a crise política em São Paulo – que culminaria na proclamação da lndependência do Brasil, em 7 de setembro de 1822. Dona Leopoldina teve grande influência no processo de independência. Os brasileiros já estavam cientes de que Portugal pretendia chamar D. Pedro I de volta, rebaixando o Brasil ao estatuto de colônia. Havia temores de que uma guerra civil separasse a Província de São Paulo do resto do Brasil. Sem tempo para aguardar o retorno de Dom Pedro, Dona Leopoldina reuniu-se na manhã de 2 de setembro de 1822 com o Conselho de Estado, assinou o decreto da Independência, declarando o Brasil separado de Portugal. A imperatriz também exige que Dom Pedro I proclame a Independência do Brasil. Enquanto aguardava o retorno de Dom Pedro, Leopoldina também tratou de idealizar a bandeira do Brasil, em que misturou o verde da família Bragança e o amarelo-ouro da família Habsburgo. Ela foi coroada imperatriz em 1º de dezembro de 1822, na cerimônia de coroação e sagração de Dom Pedro I. Sua vida ao lado de D. Pedro não foi nada fácil ao longo dos anos, especialmente no período que antecedeu a sua morte, já que ela sofria com os relacionamentos extraconjugais do imperador, em especial o conhecido affair entre ele e a Marquesa de Santos. Dona Leopoldina morreu grávida e depressiva aos 29 anos, no dia 11 de dezembro de 1826, no Palácio de São Cristóvão, na Quinta da Boa Vista, na zona norte do Rio de Janeiro. Em 1954, seus restos mortais foram transferidos definitivamente para um sarcófago de granito verde ornado de ouro, na Capela Imperial, sob o Monumento do Ipiranga, na cidade de São Paulo.
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Ronald Carvalho
Consultor e Professor
QI, QE, QS na Estratégia Empresarial
H
MARKETING
á muitos anos a sigla QI é conhecida de todos nós. Quociente de Inteligência. Usada para medir a capacidade de entendimento e processamento de informação nos mais diversos níveis e linguagens. Inteligência verbal, matemática , visual etc. Usada intensamente como um medida da capacidade individual de decifrar problemas e analisar cenários, servindo assim de base para a elaboração de cenários no planejamento estratégico empresarial. Com a evolução das técnicas de replanejamento, no entanto, descobriram-se limitações desta ferramenta, ou seja, a simples capacidade intelectual não é suficiente para uma avaliação correta dos indivíduos em ação estratégica, e – consequentemente – outras ferramental foram agregando-se ao tradicional QI. Primeiramente surgiu há alguns anos, desenvolvido pelos estudos de Daniel Goleman, o QE, ou seja Quociente Emocional, derivado da análise e avaliação da inteligência emocional. Avaliando em principio a capacidade relacional dos indivíduos na empresa, e portanto, a sua capacidade gerencial de liderança, a compreensão do mercado e comportamento do consumidor, entre outros fatores importantes do planejamento estratégico.
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A novidade, porém, do momento é o QS, ou seja Quociente Espiritual. É fruto da crescente tendência de incluir a espiritualidade no processo estratégico e de elevar o pensamento humano empresarial em níveis superiores. Atenção: a espiritualidade aqui não tem a ver necessariamente com religião, mas com a compreensão e alguns fatores ditos espirituais. Em primeiro lugar, a superioridade ao corpo, ou seja, a existência de fatores superiores aos materiais no processo de gestão. Outro fator é a caridade ou amor, ou seja, o respeito ao outro, seja qualquer uma das partes interessadas na empresa: fornecedores, acionistas, clientes colaboradores e sociedade em geral. Por isso o QS está ligado diretamente à sustentabilidade, não apenas ambiental, mas social, política comercial e de marca, resumindo, o relacionamento com o ambiente, fator essencial da estratégia bem sucedida. Juntando tudo isso chegaremos à definição mais correta do cenário de planejamento estratégico, ou seja, com o lidar com as pessoas, o ambiente, a sociedade. Inclusive o governo, desenhando assim um quadro que eleve a um posicionamento não apenas mercadológico da empresa, mas também sócio-econômico. QI. QE .QS. O caminho moderno da boa estratégia! Experimente!
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Paulo Duarte
pauloduarte@redesim.com
Natação: capixabas terminam Brasileiro com medalhas O futuro da natação capixaba vem sendo garantido nacionalmente. O nadador mirim capixaba, Pedro Benevenute (Academia Mergulho/ Projeto Aqua Infantil) conquistou medalhas de ouro e prata (100 costas e 200 costas) e bronze nos 400 metros, no Campeo-
nato Brasileiro Infantil de Natação – Troféu Maurício Bekenn, disputado em Porto Alegre por mais de 500 atletas. Luigi Franco, companheiro de Pedro na equipe, ficou com duas medalhas de bronze nos 1.500 metros livre e 200 costas.
ESPORTE
Atleta de canoa havaiana realiza sonho O atleta de canoa havaiana Pedro Henrique Weichert, capixaba que sempre mostrou garra e técnica nas competições nacionais que participou, realizou este ano um sonho: ir para o Havaí. Após oito meses por lá, Pedrinho retorna ao Estado, trazendo a experiência de participação em travessias e eventos da maior importância para este esporte, tornando-se referência para os mais jovens que desejam iniciar na canoagem. Como atleta do Waikiki Beachboys, equipe Havaina, ele contribuiu para a evolução da canoa havaina no Espírito Santo. Isso é visível com o crescimentos de equipes e bases.
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Rodrigo Dazzi é destaque nacional no GP Gerais O piloto capixaba Rodrigo Dazzi conquistou o bicampeonato da categoria Stock na última etapa do GP Gerais, disputada no Circuito dos Cristais em Curvelo (MG). Dazzi fechou com chave de ouro a competição, embora tenha tido problemas com sua moto nos dias que antecederam a última etapa, o problema foi superado e Dazzi brilhou.
Orgulho capixaba Se existe um capixaba de quem se possa orgulhar hoje, seu nome vem do esporte. Esquiva Falcão. Filho do legendário Touro Moreno, Esquiva é a sensação dos ringues pelo mundo afora. Ele tem a marca invicta de 19 lutas pela Liga Mundial de Boxe. Embora treine nos Estados Unidos, ele está sempre no Espírito Santo, visitando os pais e irmãos. Demonstrando muita confiança, na sua última conquista, Falcão entrou para lutar homenageando, no calção, seu time de coração, o Flamengo.
Destaque da edição Nosso destaque da edição é para Maurício Menezes , o Maurição. Técnico conceituado do Futebol 7, campeão do mundo e no Brasil, ele comanda a equipe da Unilog. Com um vasto histórico de vitórias, Maurição hoje é um dos principais nomes do Fut 7 e também do salonismo. Maurício é o responsável pelo crescimento do Fut7 no Espírito Santo, cujas competições, hoje, chamam à atenção do Brasil.
Paralimpíadas O Espírito Santo encerrou sua participação nas Paralimpíadas Escolares, no Centro de Treinamento do Comitê Paralímpico Brasileiro, em São Paulo. No total, o Estado conquistou 42 medalhas, sendo 23 ouros, 10 pratas e 9 bronzes.
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O cacau do produtor capixaba Emir de Macedo Gomes, de Linhares, foi escolhido como um dos melhores do mundo no Salão do Chocolate, realizado em Paris. Conhecido como a Copa do Mundo do Chocolate, o evento premiou as 18 melhores amêndoas de todo o mundo. O resultado foi anunciado no mês passado, em Paris, na França. O Espírito Santo é o quarto maior produtor da fruta, sendo que a cacauicultura ocupa uma área aproximada de 23 mil hectares. A produção em 2016 foi de 5,5 mil toneladas da amêndoa. Linhares é o maior produtor estadual, com mais de 87% da área total.
“Com certeza vamos abrir portas, possibilidade de atrair novos compradores para exportar o nosso produto. Já temos muitos chocolateiros interessados em comprar o cacau de Linhares. E além de ser uma experiência enriquecedora participar do Salão Internacional, de conhecimento, prospectamos negócios que vão valorizar o nosso produto para que possamos continuar com investimentos e, quem sabe, alavancar a região cacaueira. E a produção de qualidade é fundamental para entrar no mercado de cacau fino que paga melhor”,
SELO CAPIXABA
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Jádna Duque
Melhor cacau do mundo
Emir de Macedo Filho
Abro espaço nesta edição para fazer uma correção. Na coluna passada falamos dos produtos da WS Naturais, uma empresa capixaba especializada em alimentos naturais e saudáveis, com sede em Linhares. Ao contrário do que informamos a Granola Sem Glúten é produzida a partir de ingredientes naturais, não contém gorduras trans, conservantes e aromatizantes artificiais.
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Dica de Natal Um enfeite, um presente ou uma gentileza? Os biscoitos decorados da Juci Freitas são uma excelente opção de presente de Natal. E não se preocupe, pois a durabilidade é longa. Há anos que Juci Freitas trouxe os biscoitos decorados para enfeitar os Natais do Espírito Santo e a moda pegou. Este ano a novidade é a parceria com a artista catarinense Khristyane Pereira para oferecerem verdadeiras obras de arte pintadas à mão. Um trabalho único, artesanal e com imenso carinho depositado especialmente em cada um dos biscoitos. Para as interessadas, em dezembro serão oferecidas aulas de pintura em biscoitos. Conheça mais o trabalho e informações através das redes sociais @jucifreitasconfeitaria.
Massas autenticamente italianas Antes de falar das massas vamos conhecer a família Venturim. Apaixonadas por cultivar a terra, as bisnetas do Sr. Amadeo Venturim, Neusa e Ana construíram um grande império de produtos artesanais naturais às margens da rodovia, em São João de Viçosa, distrito de Venda Nova. No início vendiam macarrão produzido por outras famílias, mas há dez anos, todos os produtos são de fabricação própria. E o melhor, todas as massas são feitas com produtos de uma horta própria, sem corantes, conservantes ou agrotóxicos. Mas a criatividade não para e as descendentes de italianos resolveram testar legumes, temperos e especiarias com a tradicional receita de macarrão. E assim criaram as massas artesanais saborizadas Venturim. A cada dia novas combinações de sabores surgem como o crostine de queijo, pimenta e chocolate. O sabor é surpreendente. O de chocolate é uma massa sem açúcar com uma cobertura de chocolate amargo e cacau. E se ficou preocupado com o de pimenta, esquece. É uma combinação perfeita que pode ser apreciado por qualquer idade. Eles ficam deliciosos acompanhado de um café ou até mesmo um vinho. Para conhecer todos os produtos dos Venturim, acesse o site www.familiaventurim.com.br
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Enófilo
Paulo Angelo
VINHOS 50
Vinho: custo/ qualidade - pesquisar é a solução III
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ando continuidade às nossas dicas para os vinhos de ótimo custo/ qualidade, nesta edição iremos indicar dois vinhos que conhecemos há algum tempo, o Calicanto e o Cuvée du Troisième Millénaire. Um chileno e outro libanês. É no Vale do Maipo, aos pés da Cordilheira dos Andes, região próxima de Santiago, que está localizada a vinícola El Principal, que produz os vinhos Calicanto, Memórias e o El Principal. É uma vinícola com produção de cerca de 200 mil garrafas/ano, e o vinho de entrada é muito bom, o Calicanto, por isso foi o nosso escolhido para esta terceira dica dos vinhos com ótimo custo/qualidade. Produzido a partir das uvas Cabernet Sauvignon 57%, Carménère 18%, Syrah 9%, Petit Verdot 9% e Cabernet Franc 7%, portanto, um blend de uvas tintas, fresco e frutado com notas picantes e taninos sedosos e macios. O Calicanto é produzido desde 2007. O vinho foi batizado com este nome, em homenagem à primeira ponte construída sobre o rio Mapocho em Santiago, en-
tre 1767 e 1782. A outra indicação vem de muito longe, e bastante alto. É das montanhas do Líbano a 1.100m de altitude, no Vale de Bekaa, que se localiza a fortaleza de nome Château Ksara, onde se produz o vinho libanês, Cuvée du Troisième Millénaire. A Château Ksara é a maior e mais antiga vinícola do Líbano. Produzido a partir das uvas Petit Verdot, Cabernet Franc, Cabernet Sauvignon e Syra, o Cuvée du Troisième Millénair é um vinho estruturado, pronto para beber, mas, com potencial de guarda. As uvas Petit Verdot e Syrah emprestam-lhe os sabores de frutas vermelhas e pretas maduras. Na boca é aveludado com taninos presentes, mas, refrescante. É ideal para acompanhar aperitivos como embutidos, queijos, patês e até mesmo, quem quiser sofisticar um pouquinho mais, um foie gras, ou seja, de fácil harmonização. Pois bem, leitor, no Oriente Médio também se produz ótimos vinhos. Os vinhos citados estão numa faixa de preços entre 20 e 25 dólares. Qualquer que seja o valor aprecie com moderação. E se ingerir álcool, não dirija! Até a próxima edição.
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MARCIO GUIMARÃES
NÓ DE GRAVATA MARCIO GUIMARÃES
POR GABRIEL GOMES
Ricardo e Carol Lobato receberam convidados para brindar a chegada das franquias Reserva e Reserva Mini a Vila Velha. Uma noite super badalada no Shopping Praia da Costa.
Os diretores da Reserva, Juliana Almeida e Bruno Trotto, vieram do Rio de Janeiro para a inauguração das lojas no Shopping Praia da Costa.
CAMILLA BAPTISTIN
As empresárias Julia Abikair e Karla Casagrande ladeiam a estilista Luiza Barcelos em noite de inauguração fashion na Capital.
Getúlio Gomes de Azevedo e Ana Luiza Azevedo na apresentação da loja conceito da Óticas Paris, que aconteceu na CasaCor ES.
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Patricia Teixeira recebeu Maria Borgo em noite de lançamento de joias. www.rsim.com.br
MARCIO GUIMARÃES
JAQUELINE SATHLER
A dentista Andressa Hirle brindou seus 30 anos com festa badalada na Marina Lounge, em Jardim da Penha. A família presente na noite especial. Na foto, o padrinho Ladmir Rocha, o esposo Anderson Hirle, o avô Genadio Cardoso, a mãe Luciene Costa e o irmão Junior. MARCIO GUIMARÃES – ALL LIVE
o Renê Cavalcante, Carlos August nAlledi de Carvalho, Renan Cavalca da ão ediç 4ª na te e Breno Ringuier viTravessia João Moreno que mo mentou a Praia da Costa. LUCIA MARTINS
er, Natércia Lopes, Maestro Helder Trefzg rcísio Santório duJosé Luiz Gobbi e Ta val de Música Erurante abertura do Festi s Gomes. dita no Theatro Carlo
JAQUELINE SATHLER
O cantor Zezé Di Cama rgo foi recebido por Patrick Ribeir o e Ricardo Bodevan durante alm oço no restaurante Atlantica em Vila Velha. MÁRCIO GUIMARÃES JAQUELINE SATHLE R
Os gêmeos Lucas e Matheus comemorando mais um ano de vida ao lado da irmã Helena e dos pais Juliano e Camille Zanotti Rocon. A acadêmica Vannessa Cavalcante com o Dr. Celmo Celeno Porto, ilustre figura da semiologia médica. O encontro aconteceu em Vitória, durante o Congresso Acadêmico de Medicina do ES.
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Kelly e Alfredo Kiefer em coquetel oferecido para cerimonialistas, na loja de Campo Grande.
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Horta dentro de casa contato@jullianachan.com.br
Julliana Chan
As hortas verticais são ideias para espaços compactos e permitem o cultivo de hortaliças dentro de casa. Selecionamos algumas dicas e maneiras criativas e econômicas para você se inspirar e criar uma horta suspensa para dentro do seu lar.
INSPIRE-SE
ESCOLHA O LOCAL
Defina o local ideal para instalar sua horta: pode ser na cozinha, na varanda, na área de serviço ou na sala de jantar. Um cantinho ventilado e com uma boa iluminação natural é sempre uma ótima opção.
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DEFINA A ESTRUTURA
Escolhido o local, o próximo passo é definir a estrutura que irá abrigar as hortaliças. Neste momento a criatividade não pode faltar. Pode ser um painel de madeira fixado à parede, uma estrutura pendurada pelo teto ou nichos convencionais.
ABUSE DA CRIATIVIDADE
Há uma diversidade enorme de recipientes para abrigar as hortaliças. Que tal reaproveitar garrafas pet, potes de vidro ou latas de metal? Há diversas opções sustentáveis que vão deixar esse cantinho ainda mais charmoso.
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COTIDIANO
Educadora e empresária www.r 7.com/biawillcox
Bia Willcox
A sedução que pulsa felicidade
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O
fenômeno da sedução é a mais forte conexão do sujeito com seus instintos de vida e sua humanidade. Quem aqui já se sentiu seduzido por algo ou alguém? Quem seduziu alguém com segredos próprios, armas secretas e estratégias únicas? Ou simplesmente com um grande clichê? O que mais seduz te seduz? A sedução é a versão premium do estado momentâneo de felicidade. Na infância somos seduzidos por cores, sons, ludicidade, alegria e amor. Ser criança é seduzir-se com o estado vivo das coisas - de forma tão simples quanto intensa. Na adolescência, o ataque explosivo de hormônios acaba por canalizar tudo o que seduz para o sexo. Instintos ditam a sedução quando se é teen e tudo é tão avassalador que poderíamos dizer que o estado máximo de entorpecimento pela sedução se dá nesses anos tão dourados quanto turbulentos. Passada a tsunami hormonal, chegamos à vida mais adulta e começamos a entender o que mais nos seduz de verdade, seja corporal, sinestésico, visual, auditivo, ou uma força inexplicável chamada charme ou borogodó. Todos temos os nossos calcanhares de Aquiles em termos de nos deixar os seduzir, bastá ativar o gatilho certo, apertar o botão mental que funciona. Se pararmos pra pensar, o poder de sedução é algo que intriga pensadores e en-
tendedores de ser humano desde sempre. Já dizia Voltaire: conquistar nao é o suficiente, é preciso saber seduzir. Já Eça de Queiroz achava que quem se mostrava facilmente seduzido facilmente se tornaria sedutor. Para Clarice Lispector, a vida era uma grande sedução. E é! Mais que ter o amor por perto, queremos seduzir e sermos seduzidos. Não precisa ter amor novo a toda a hora, pode ser pela mesma pessoa sempre, por anos, décadas. O que importa é que não queremos só amar, queremos mais. É lindo ver gente mais velha, por exemplo, já com netos muitas vezes, reiniciando a vida sentimental e sentindo-se feliz como um chafariz por brincar de sedução e por poder também se deixar seduzir. Que delicia ver tal pulso de vida, ver juventude nos olhos de quem é jovem nascido nos anos 30,40 ou 50. Dinheiro seduz. Poder seduz. Beleza seduz. Mas a sedução inexplicável e injustificável que acontece entre pessoas, olhares e gestos corriqueiros é imbatível. Não desistam, seduzam! O coração acelera, a temperatura sobe e a imunidade também. Seduzam seus netinhos com uma linda fábula, seus amigos com carinho, seus parceiros com quebra de rotina e surpresa e, o ainda desconhecido, com todos os seus poderes! Eis pra mim um dos mais valiosos segredos da vida.
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SIM INDICA
WEBSÉRIE: ECONOMIA CRIATIVA
A Secretaria de Estado da Cultura (Secult) lançou sua primeira websérie sobre Economia Criativa. A websérie integra as ações do programa ES Criativo, criado pelo Governo do Estado. O objetivo é construir políticas, programas e ações para o desenvolvimento da economia criativa capixaba. Participam deste projeto a Secretaria de Estado da Cultura, o Instituto Jones Santos Neves (IJSN), o Sebrae, a Secretaria de Ciência e Tecnologia (Sect) entre outros órgãos. Fazem parte da primeira websérie Juliano Enrico (artes visuais), Rodrigo Aragão (cinema), Pablo e Bárbara Verzola (gastronomia), Diogo Roberte (PicPay), Juliana Colli (O Parque) e Valdete Reis (artesanato). Para assistir aos três episódios acesse: https://secult.es.gov.br/webserie-es-criativo.
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Todos os dias somos impactados pela inovação. Por isso, é preciso se perguntar: como estamos absorvendo as mudanças que estão acontecendo no mundo e nos transformando para lidar com tudo isso da melhor forma? Se a relação das pessoas com os produtos mudou, não é necessário mudar também a relação das empresas com essas pessoas? Precisamos romper padrões, ter novas atitudes e explorar fronteiras.
Quer acompanhar a transformação do mundo? arenavos.com.br arenavos