Revista SIM - Ed94

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Nº94 • ANO XI • AGOSTO / SETEMBRO 2016 • R$ 5,90

ENTREVISTA Governador Paulo Hartung PRIMEIRA VEZ Grande Vitória entra no racionamento obrigatório de água

AÇÕES PARA NÃO FALTAR ÁGUA O movimento do governo estadual para enfrentar a seca



DO TRAÇO À LETRA CHEGADA DA PRIMAVERA

“Deus permita que com a primavera Venha a chuva tão necessária Pois com a seca que se assevera A falta d’água é uma adversária...” Melania Ludwig 18-09-2014 www.simnoticias.com.br

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EU ESTOU NA REDE

MARIANA CICILIOTI Coordenadora de Jornalismo do Portal simnoticias.com.br


AGOSTO / SETEMBRO 2016

SUMÁRIO ENTREVISTA • PÁGINA 11 Paulo Hartung SECA • PÁG 20 Três anos sem chuva SECA • PÁG 22 A pior em 80 anos POLÍTICA • PÁG 30 Mudança na Presidência da República TÚNEL DO TEMPO • PÁG 32 JK morreu duas vezes GOVERNO • PÁG 34 Singapura - Malásia - Holanda

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CONSUMO • PÁG 36 Gostoso e do bem EDUCAÇÃO • PÁG 42 Notas melhores CURSOS • PÁG 36 Cães Guias MERCADO • PÁG 44 Coworking ESPORTE • PÁG 48 Quando o esporte encontra a literatura

36 • CAPA - Governador Paulo Hartung em visita à barragem de Pinheiros. Foto: Leonardo Duarte

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AGOSTO / SETEMBRO 2016

SUMÁRIO

40 COLUNAS

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FRASES • PÁGINA 16 PARABÓLICA • PÁG 18 ECONOMIA • PÁG 26 Flávio Mattedi UP NEWS • PÁG 28 Alcione Lobato

ARTIGOS

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MUNICÍPIO • PÁG 40 Bartolomeu Boeno ESPORTE • PÁG 50 Paulo Duarte

OPINIÃO • PÁGINA 31 Miguel Setembrino

AUTO SIM • PÁG 52 Fábio Tessarolo

JURÍDICO • PÁG 43 Paulo César Caetano

PUBLICIDADE • PÁG 56 Antonio Carlos Barbieri

MARKETING • PÁG 45 Ronald Carvalho

SUPER SIM • PÁG 58 Gabriel Gomes

VINHOS • PÁG 54 Paulo Angelo

INSPIRE-SE • PÁG 60 Julliana Chan

COTIDIANO • PÁG 64 Bia Willcox

FAZENDO MODA • PÁG 62 Silvana Holzmeister

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AGOSTO / SETEMBRO 2016

EDITORIAL

A falta que ela nos faz

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á estamos revivendo o passado recente com a falta de água. Como passarinho de bico aberto, esperamos que a primavera nos traga chuva para amenizar a seca que tem sido uma constante na vida do capixaba. Quem entende a fundo do assunto afirma que é a pior estiagem em 80 anos. Certo é que pela primeira vez em sua história a Grande Vitória foi obrigada a participar do racionamento de água: 24 horas sem água em todos os bairros, uma vez por semana. E não vale estocar água, senão não é racionamento. A população foi chamada a limitar o uso, a gastar menos. Nesta edição o governador Paulo Hartung é o convidado da entrevista especial das páginas azuis. E fala exatamente desse assunto. Pedimos para ele fazer um balanço das ações do governo estadual para enfrentar a crise hídrica, ações que começaram lá atrás e outras que ainda virão. O que podemos esperar sobre abastecimento de água no Espírito Santo para os próximos anos? A seca continua como tema nas páginas seguintes. A situação crítica nos municípios, o esvaziamento das represas, o impacto na agricultura e a necessidade do racionamento. Vê-

-se, portanto, a falta que a água nos faz. Ainda sobre governo temos a viagem do Governador Paulo Hartung a Singapura, Malásia e Holanda. Foram diversos encontros com executivos e empresários para divulgar o que Espírito Santo tem a oferecer, inclusive com possibilidade de parcerias na área educacional. Segundo o próprio governo, foi uma boa estréia na agenda internacional. Também nesta edição temos o Espírito Santo como único estado da região sudeste a formar treinadores de cão-guia. No Brasil são 470 deficientes visuais na fila de espera para ter a companhia do animal que será os “seus olhos” na rotina da vida. A atividade de formação de instrutores para adestramento é uma novidade no país. Temos ainda as notícias da economia, os lançamentos no mercado de carro, esporte, moda, e diversos artigos que contribuem para esclarecer diferentes assuntos. Fique por dentro de tudo. Ótima leitura!

Alcione Lobato Editora alcionelobato@redesim.com

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ENTREVISTA • Paulo Hartung

por Bartolomeu Boeno

Um novo relacionamento com a água e os recursos naturais FOTO: DIVULGAÇÃO

Com 30 barragens, ampliação do programa Reflorestar e novas fontes de captação e reserva de água o governo busca saídas para a crise hídrica. Mas também espera pela contribuição da população.

O Espírito Santo passa por sua pior crise hídrica em 80 anos, com impactos na vida das pessoas da cidade e do campo, na economia e nos governos. Nesta entrevista exclusiva à Revista Sim, o governador Paulo Hartung elenca diversas ações para enfrentar o problema atual e garantir que no futuro não falte água. “Estamos plantando árvores para colher água em nossas nascentes”, dis-

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se Hartung em referência ao Reflorestar, um dos programas do governo para recuperação de nascentes e cursos d’água, que passa a ganhar mais agilidade. Anuncia ainda a construção de um conjunto de barragens, inclusive, uma no Rio Jucu, que abastece a Grande Vitória. Ao final da entrevista, Hartung fala ainda sobre outros assuntos como, por exemplo, o seu futuro político.

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ENTREVISTA

“Fenômenos extremos acontecendo em um curto espaço de tempo: uma hora água demais, uma hora água de menos. ” SIM: O Espírito Santo sofre com uma estiagem que se arrasta há três anos e já falta água para abastecimento em algumas cidades. Como o Governo está enfrentando essa situação? Os estudiosos estão apontando esta crise como a pior em 80 anos. O curioso é que o Estado viveu de 2013 para 2014 literalmente debaixo d'água. Passamos por um momento de enchentes, de destruição, de perdas de vidas humanas, provocado por excesso de água. Mas quando veio a campanha eleitoral, esse debate sobre crise hídrica não entrou. Acabou a eleição, fui eleito no primeiro turno, e antes de eu tomar posse, tivemos a falta d’água. Em dezembro, começou a faltar água em Guarapari, abastecida pelos rios Conceição, Jaboti, e esses dois rios perderam vazão rapidamente e o que suportou o abastecimento da cidade foi a outra captação que nós temos, distante, que é no Rio Benevente. Então, quando eu tomei posse, criamos um comitê para acompanhar a questão hídrica do Estado, porque os sinais não eram bons. Começamos a ter a queda de vazão de todos os nossos mananciais. Não só esses de Guarapari, o Itapemirim, o Cricaré, o Doce, além dos que abastecem a Grande Vitória, que são o Jucu e o Santa Maria. Então, essa é a primeira questão: um comportamento novo de fenômenos extremos acontecendo em um curto espaço de tempo: uma hora água demais, uma hora água de menos. O comitê permanente funciona às vezes até em finais de semana, cuidando da questão hídrica, e monitora a vazão dos nossos principais cursos d’água, e está muito articulado com a nossa área de meio ambiente, com a área de agricultura, com a nossa Agência de Recursos Hídricos, que é a AGERH. Começamos imediatamente a ver ações que poderíamos desenvolver e que mesmo que não desse solução agora, pudesse a longo prazo trazer mais conforto para os capixabas. Então, tomamos um conjunto de medidas de lá pra cá. SIM: Quais medidas? A primeira delas foi reforçar um programa chamado Reflorestar. Um programa bacana. Ele é suportado com um fundo que eu criei no meu outro governo chamado Fundágua, que tira um pedacinho dos royalties do petróleo e coloca em um fundo para que a gente faça recuperação e

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preservação de nascentes e de cobertura florestal estratégica, mata ciliar, enfim, questões que são fundamentais para que se possa ter uma retenção de água maior. Então, precisamos colocar água no subsolo. Pra água vir da chuva e ser estocada no subsolo precisa ter cobertura florestal. Senão, ela bate no solo, carrega os detritos e vai assoreando os cursos d’água, os rios, e se perde no mar. Para ela ir para o subsolo, precisa ter cobertura florestal. SIM: E sobre as barragens, o que o governo está fazendo? Montamos em plena crise que nós estamos vivendo um programa novo de governo, que é o programa de barragens. Assumimos aquela barragem lá em Pinheiros, que era uma obra federal e que estava parada, e agora está andando, que é uma obra monumental para o lugar, e agora ela vai entrar em funcionamento para a gente ter uma reserva de água no extremo-norte que é uma área com um grande déficit hídrico. Também já licitamos e já iniciamos obras para um conjunto de barragens. Também em Lajinha, no município de Pancas, fui lá no início da obra da barragem, uma obra que a comunidade luta por ela há mais de 20 anos. Foi uma coisa muito bacana, a comunidade toda emocionada quando nós começamos a obra. Em Marilândia, o César Colnago, vice-governador, deu a ordem de serviço, onde tem um problema de água muito grande. Já me mandaram as fotos. Agora tem drone, as pessoas acompanham as obras com drones, filmam. Então, a obra está andando muito bem. Agora que fui a Singapura e a Holanda, o César e o Otaciano, secretário de Agricultura liberaram obras de barragens em assentamentos, e é um conjunto de assentamentos que vai receber barragens. Enfim, são 30 barragens. E eu queria falar de uma delas, porque estamos reforçando o abastecimento da Grande Vitória, lembrando que na Grande Vitória mora a metade da população do Espírito Santo, praticamente. Então contratamos uma empresa de engenharia, já estamos fazendo o projeto, para que nós tenhamos um reservatório no Rio Jucu, exatamente ali na subida para o Vista Linda (Domingos Martins). Ali tem um grotão e o braço norte do Rio Jucu faz uma curva. Nós queremos reservar 20 bilhões de metros cúbicos de água e dar uma segurança de abastecimento maior para a Grande Vitória. www.simnoticias.com.br


ENTREVISTA

“O brasileiro foi mal acostumado com o seu relacionamento com a água e os recursos naturais.” Se Deus quiser, o início da obra será no ano que vem. Teremos que fazer desapropriações; é uma obra de aproximadamente 100 milhões de reais e eu já comecei a conversar com a Caixa e com o BNDES pra ver se a gente consegue financiamento. Também podemos ter um parceiro privado nesta obra, porque a ideia é múltiplo uso. Reservar água e gerar energia, e dará para gerar um pouquinho de energia naquela região. Uma outra conquista importante que tivermos e eu quero reconhecer e aqui agradecer foi junto à empresa de energia EDP, que tem aqui em Santa Maria de Jetibá um grande reservatório que é Rio Bonito, se não me engano, com 21 bilhões de litros de água, e desde o primeiro momento da crise no ano passado, a EDP disponibilizou e faz o gerenciamento com a gente. Quando tem muita água eles produzem energia, quando não tem muita água eles param a produção de energia e deixam para que a gente gerencie para o consumo humano. É a água de lá que desce até a divisa do território da Serra com Cariacica, onde temos uma captação da Cesan que abastece o norte da Região Metropolitana. SIM: E qual o papel da Cesan nesse momento tão delicado? Antecipamos em cinco anos o plano de investimento da Cesan. Estava previsto no planejamento estratégico da Cesan fazer uma captação de água no Reis Magos daqui há 5 anos. Trouxemos esse investimento de aproximadamente 70 milhões de reais para agora e eu peguei um pedacinho da operação de crédito que nós temos com o BNDES e cobri. Desapropriamos uma área, estamos montando uma estação de tratamento lá, vamos captar no rio, tratar a água e de lá despachar primeiro para Serra Sede, onde construímos no meu mandato passado um grande reservatório de água. Nós vamos injetar com essa captação uma quantidade de água na Região Metropolitana que é a mesma que a região de Cachoeiro de Itapemirim consome. SIM: E os produtores rurais que foram afetados diretamente pela seca? Nós estamos plantando árvores para colher água nas nossas nascentes. Estamos buscando também reservar água no momento de chuva, guardar água para o momento de escassez. Nós estamos fazendo esse plano de barragem no estado inteiro. Facilitamos aos produtores rurais para que eles pudessem licenciar a barragem e estamos fazendo uma coisa imwww.simnoticias.com.br

portante. Consegui no ano passado, e isso é inédito em relação aos Estados, eu contratei isso, uma operação nova com o Banco Mundial e estamos fazendo o Águas e Paisagens. O que é isso? Vamos lá no Mangaraí, um afluente do Rio Santa Maria, e vamos fazer a recuperação ambiental do Mangaraí, desassorear o rio, plantar árvores na parte de recarga, que a gente chama de cobertura florestal estratégica, cuidar das nascentes, e ao mesmo tempo a gente vai investir na captação e tratamento do esgoto, na captação e no tratamento da água. É um sistema integrado esse projeto com o Banco Mundial. Então, o momento é de dificuldade e nós temos muitas ações e uma ação importante é junto à bancada federal que é a renegociação da dívida dos agricultores porque esse período de estiagem trouxe muito sofrimento para os agricultores capixabas. Essa medida é um passo, mas não é suficiente, e agora está brigando para ampliar essa medida no sentido de dar uma proteção aos nossos produtores rurais para que possam superar essa adversidade que estamos dentro dela. SIM: Como fica a participação da população nesse momento de crise hídrica? Uma outra ação que estamos fazendo é de conscientização. Eu queria complementar com isso. Porque o brasileiro foi mal acostumado com o seu relacionamento com a água e os recursos naturais. Agora a ficha está caindo. Não é infinito. É preciso cuidar da natureza e precisa usar com parcimônia esse recurso. Vai escovar um dente, vai tomar um banho, precisa ver a quantidade de água que vai gastar. Os povos mais desenvolvidos já têm um consumo de água mais reduzido em relação ao que nós, brasileiros consumimos. Então, tem uma parte de educação. Quando veio a crise no ano passado as pessoas se educaram e houve uma grande economia aqui na Grande Vitória e no interior também onde a gente pode medir. Depois, com o passar do tempo, veio a chuva, as pessoas foram relaxando. Nós não podemos fazer economia só na crise, temos que ter uma cultura de conviver, gastando menos água. Então tem aí uma questão cultural para a gente trabalhar junto às igrejas, as escolas, meios de comunicação. Água é vida e precisamos usar com economia. Isso é muito importante. Veja agora a reação. A gente falou em fazer um rodízio e as pessoas começaram a pensar como iriam comprar um tambor para colocar água dentro de casa. Mas o rodízio é justamente pra gente gastar menos.

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ENTREVISTA

“Acho que está na hora de eu me envolver de corpo inteiro no debate nacional” SIM: Governador, aproveitando a entrevista, gostaríamos de pontuar alguns assuntos. Perspectivas de novos negócios no Espírito Santo O cenário é positivo mesmo diante de uma recessão econômica grave que ainda estamos dentro dela. Eu acho que alguns fatores têm nos ajudado no sentido de trazer o olhar dos investidores em direção às terras capixabas. A diferença que nós marcamos no Brasil em termos de organização, inclusive de organização fiscal, chamou e está chamando muito a atenção dos empresários. Enquanto vizinhos nossos não estão conseguindo pagar a folha de pessoal, os aposentados, o Estado aqui, com muita dificuldade, evidentemente, porque o quadro é muito difícil, está conseguindo manter seus compromissos em dia. Isso mostra pra quem quer investir no Brasil que um dos seus estados está andando no bom caminho. Eu tenho recebido aqui um conjunto de empresários. Eu fui mundo afora divulgando o nosso Estado. A gente está aí conseguindo atrair empresas e fazer com que empresas estudem o nosso estado como um espaço de ampliação e de desenvolvimento dos seus negócios. E nossa perspectiva é muito boa. Toda crise passa e é importante atravessar a crise de maneira organizada para que esteja bem posicionado no pós-crise. Talvez se torne o Estado mais bem posicionado para as oportunidades do pós-crise. Mas eu estou feliz porque, olha quanto investimento nós conseguimos trazer pra cá. No aeroporto, em plantas industriais novas, em atividades comerciais novas ou ampliadas, então tem um conjunto de atividades. Conseguimos mexer lá na poligonal do Porto de Barra do Riacho, no Portocel, e isso já permitiu a Imetame, do Etore Cavalieri começar a construir um terminal portuário privado. Temos um conjunto de atividades se conectando em plena crise, e muita coisa para o momento seguinte desta crise. SIM: Educação. Nesse governo demos um salto importante, mesmo em plena crise, trouxemos um outro modelo pedagógico para a nossa rede para o Ensino Médio e também para o segundo ciclo do Ensino Fundamental, que é o experiência da Escola Viva. É a escola de tempo integral; uma escola com protagonismo dos jovens, dos estudantes, uma escola diferenciada. Isso tudo vai nos ajudando numa direção que o Brasil precisa tomar. O Brasil precisa melhorar a educação básica, como instrumento de competitividade mesmo. Se a gente quiser aumentar a competitividade do Brasil

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frente aos outros países, a produtividade do trabalho dos brasileiros, frente aos trabalhadores dos outros países, tem que melhorar a educação e não é mais aquela educação do passado de decorar as coisas, é a educação do presente e do futuro, do aprender a aprender. Em todo momento estamos sendo desafiados a aprender coisas novas, todos nós, tenhamos a idade que for. Nossas escolas estão melhorando, nossos mestres estão se dedicando cada vez mais, os professores têm um papel importante nessa construção, é uma obra coletiva que eu acho que pode virar uma boa marca do Espírito Santo. SIM: Projeto político de Paulo Hartung para o futuro. Eu tenho um compromisso com os capixabas de liderar esse governo até 2018. E o que pretendo fazer em 2018? Me desincompatibilizar e me colocar à disposição para disputar alguma coisa que me coloque definitivamente no debate nacional. As oportunidades que temos no Espírito Santo é disputar uma vaga de deputado federal ou de senador. A princípio, é isso. Quando chegar em abril de 2018 passarei o governo para o nosso vice, César Colnago, que é um excelente vice. O César faz o final do governo, e eu vou disputar algum mandato e ver qual é o sentimento da população capixaba, o que acha que eu devo disputar, e acho que está na hora de eu me envolver de corpo inteiro no debate nacional. Vamos ter uma agenda pesada para que o país seja um país com uma produtividade compatível com esse mundo integrado que estamos vivendo, quer dizer, tem muita coisa pra fazer, para modernizar o país. Perdemos muito tempo, mas águas passadas não movem moinho. Temos que olhar pra frente, mas parando de empurrar problemas e desafios com a barriga. Precisamos enfrentar nossos problemas, porque estamos vivendo um mundo integrado que não para pra esperar ninguém, ele anda e anda velozmente. E esse mundo não vai parar para esperar o Brasil. E nesse mundo que anda velozmente por causa das novas tecnologias, um mundo que está literalmente na palma da mão, precisamos de um lugar ao sol. Só vamos ter um lugar ao sol se a nossa infraestrutura melhorar, se a educação básica do país melhorar, e quando falo de infraesturura, estou falando de rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, energia, transmissão de dados, se o país ficar com um ambiente de negócios melhor, com estabilidade jurídica, aí teremos chances de ter um lugar nesse mundo integrado e competitivo que estamos vivendo. www.simnoticias.com.br


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FRASES

revistasim@redesim.com FOTOS: DIVULGAÇÃO

"E

u não gosto de festa, gosto de processo"

Ministra do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, antes de sua posse como presidente do STF, sem a tradicional festa de recepção aos convidados, bancada por associações de magistrados em todas as posses de ministros da Corte

“Vai ter um choque

de mudança na malha metropolitana da Grande Vitória, mesmo com o cobertor curto” Governador Paulo Hartung, em entrevista na Record News ES, sobre um conjunto de obras, como do aeroporto da capital, dragagem do Porto de Vitória, duplicação da Rodovia BR 101, obra do Contorno do Mestre Álvaro e término da Rodovia Leste/Oeste

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“Cometi muitos erros,

eu sou um ser humano que errou muitas vezes, mas não foram os meus erros que me levaram à cassação. O que me levou à cassação é a política. Fui vítima de uma vingança política no meio do processo eleitoral” Ex-deputado Eduardo Cunha (PMDBRJ), após a perda de seu mandato e da inelegibilidade até 2027, decididas em plenário por 450 votos a favor, 10 contra e 9 abstenções

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“Não se trata mais do

petrolão. Estamos falando de propinocracia, ou governo regido pela propina. Lula era o comandante do petrolão e do que denominamos de propinocracia” Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba sobre esquema de corrupção da Petrobras, durante a coletiva que detalhou a denúncia oferecida contra Lula, sua mulher, e mais seis pessoas ao juiz Sergio Moro

“O que é preciso entender é

que não adianta algo super moderno se não houver também um esforço humano 100% capacitado para tirar dele o melhor” Denise Schindler, ciclista alemã, medalha de prata nas Paraolimpíadas com próteses feitas em impressora 3D

“Sempre tive muita fé no

amor, mas de alguma forma, agora, estou meio vazia. A coisa da separação me tirou um pouco a fé nos casais, no amor” atriz Luana Piovani após anúncio do fim do casamento que durou três anos

“Ninguém é mais honesto do que eu nesse país”

Luis Inácio Lula da Silva, ex-presidente da república, denunciado pela força-tarefa da Lava Jato sob acusação de corrupção e lavagem de dinheiro

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PARABÓLICA revistasim@redesim.com

De novo, a mais bem paga

Gisele teve renda de 30,5 milhões de dólares entre junho de 2015 e junho de 2016. A tradicional lista, divulgada pela revista americana Forbes, tem como segunda na lista de dez, a também brasileira Adriana Lima, com 10,5 milhões de dólares. Os resultados incluem renda de cosméticos, perfumes, além de outros contratos, e têm como base entrevistas com gerentes, agentes e executivos de marcas.

É o fim!

Acabou, e foi uma surpresa para muita gente. Angelina Jolie e Brad Pitt se separaram. Ela pediu o divórcio. O anúncio foi feito pelo advogado dela. “Essa decisão foi tomada pelo bem da família. Ela não irá comentar, e pede que a família tenha privacidade neste momento”, disse o advogado Robert Offer na declaração enviada à imprensa. Segundo dizem, a atriz decidiu se separar do ator por causa da forma como ele criava os seis filhos do casal. É o fim de uma relação que começou em 2005.

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Comitiva capixaba O presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra, participou de uma reunião com o presidente Michel Temer em Brasília. Ele foi acompanhado de cinco lideranças industriais do Estado. No encontro, demandas da indústria capixaba e propostas para o desenvolvimento econômico do Espírito Santo e do país. “A reunião foi muito produtiva, porque pudemos discutir a angústia da indústria nacional e a necessidade da retomada do crescimento. O Governo precisa avançar em alguns pontos para viabilizar a retomada do emprego como a flexibilização das leis trabalhistas e o financiamento do BNDES, dando maior carência e menores juros para a indústria”, justificou Marcos Guerra.

PIB do Brasil tem maior queda entre 34 países

800 mil mulheres estão fora do mercado

A retração de 3,8% no Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre na comparação com o mesmo período do ano passado pôs o Brasil mais uma vez na lanterna em um ranking de 34 países que representam 82% do PIB mundial. No primeiro trimestre o Brasil já havia amargado o pior desempenho para o período na comparação internacional. Mais uma vez, o desempenho do país foi superado por economias como Grécia, Ucrânia e Rússia.

Mais de um terço da população do Espírito Santo está fora do mercado de trabalho e não busca uma colocação, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No total, 1,2 milhão de pessoas de 14 anos ou mais (cerca de 38,5% da força de trabalho de todo o Espírito Santo) estavam fora da força de trabalho, no segundo trimestre de 2016. Chama atenção que a maior parte do primeiro grupo, ou 66,4%, é formada por mulheres: 797,5 mil contra 403,5 mil homens.

Mais Médicos O presidente Michel Temer sancionou em setembro a lei que garante a permanência dos profissionais cubanos do Programa Mais Médicos no País por mais três anos. Porém, o Ministério da Saúde já adiantou que 35% desses profissionais devem ser trocados por médicos brasileiros nos próximos anos. Somente em 2017 , o ministério espera prencher 2 mil vagas. As equipes garantem assistência à saúde para cerca de 63 milhões de pessoas.

Vem aí o Horário de Verão Início: 16/10/16 Término: 19/02/17

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SECA

TRÊS ANOS SEM CHUVA Grande Vitória vive o primeiro racionamento de água da história por Bartolomeu Boeno

A

capital Vitória, Vila Velha, Cariacica, Viana, Serra e parte de Fundão (Praia Grande), pela primeira vez na história do Espírito Santo, têm o fornecimento de água racionado. 431 bairros, em rodízio, deixam de receber água por 24 horas, uma vez por semana. A medida entrou em vigor no dia 22 de setembro por decisão da Agência de Regulação de Serviços Públicos (ARSP) do Espírito Santo.

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O racionamento visa a garantir o abastecimento público. Isso porque os rios Santa Maria da Vitória e Jucu, que abastecem a Grande Vitória, ficaram com sua vazão abaixo do limite considerado crítico, segundo relatório da Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh). Trata-se, segundo a agência, da pior estiagem em 80 anos. O racionamento de água na Grande Vitória é inédito. Porém, nas regiões norte e noroeste do estado, dos 19 municípios seriamente atingidos pela seca, 13 deles (e 17 localidawww.simnoticias.com.br


des) já convivem há meses com esse expediente de racionamento. Também há racionamentos em municípios do sul. Ao todo, mais de 30 cidades capixabas estão racionando água e já decretaram situação de emergência. IMPRESCINDÍVEL O plano de contingenciamento, que foi elaborado pela Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan), estabelece um sistema de rodízio isonômico no abastecimento. “Isso está ocorrendo porque a economia promovida pelos consumidores foi insuficiente em relação ao comportamento da vazão dos rios. A vazão dos rios ficou menor do que a vazão requerida pelos consumidores”, disse o diretor de Engenharia e Meio Ambiente da Cesan, Amadeu Wetler. Segundo o diretor-presidente da ARSP, Antônio Julio Catiglioni Neto, “a Agência reconheceu que a implantação da medida de rodízio é imprescindível e de absoluta importância no momento”. 33 BAIRROS Os municípios abrangidos pelo racionamento foram divididos em sete áreas, contendo cerca de 33 bairros cada área, totalizando 431 bairros. Na prática, cada região deixa de receber água um dia por semana, durante 24 horas. Mas, dependendo da localização do bairro (em pontas de redes) ou em lugares com elevada altitude, esse tempo sem recepção de água pode dobrar. O rodízio abrange 578 mil domicílios e 636 mil unidades consumidoras (casas, lojas, empresas e indústrias). www.simnoticias.com.br

Outros municípios • COLATINA: 28 localidades do interior estão tendo que ser abastecidas com caminhão pipa.

• SÃO GABRIEL DA PALHA: O reservatório da Cesan passou a ser abastecido com caminhões pipa. 30 mil moradores ficaram sem água por cinco dias, depois que o Rio São José, que abastece a cidade, baixou muito sua vazão. A comunidade fez protestos, fechando a entrada da cidade. • APIACÁ: Sem chuva há cinco meses no município, o abastecimento tem sido feito por caminhões-pipas. • ITAPEMIRIM: A comunidade está recebendo água com teores de sal acima dos níveis recomendados. • JAGUARÉ: A captação de água é feita em poços artesianos e uma nascente. • MARILÂNDIA: o abastecimento é mantido por caminhões e com água de dois poços. • SANTA LEOPOLDINA: Comunidades são abastecidas também com caminhões. • SÃO MATEUS: Depois de receber água com elevados teores de sal desde o início do ano, a cidade passou a contar com água potável vinda de 17 poços artesianos. Mas o abastecimento ainda é precário, segundo reclamam moradores.

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SECA

A PIOR EM 80 ANOS Para enfrentar a estiagem, população é convocada a economizar água por Bartolomeu Boeno

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A

estiagem que atinge o Estado do Espírito Santo completou no final de agosto seu milésimo dia, tornando-se a maior em 80 anos. Além de castigar a produção agrícola e pecuária, no campo, a estiagem também impacta as áreas urbanas. Em 19 municípios a situação de abastecimento de água é “extremamente crítica”, segundo a Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh). Autoridades apelam para que a população pratique o uso racional. Para o abastecimento da Grande Vitória (Vitória, Vila Velha, Guarapari, Viana, Serra e Fundão), o volume de água existente garante a oferta de água somente até o final de outubro, disseram representantes de comitês de bacias hidrográficas. Isso porque os Rios Jucu e Santa Maria da Vitória – que abastecem a região - estão com vazões no limite considerado crítico. ALERTA Para “mitigar os efeitos da estiagem”, evitando-se desperdícios e criando alternativas de captação de água, a Agência Estadual prorrogou por mais 90 dias, o “Cenário de Alerta” que havia sido emitido no mês de abril. A agência também recomendou, em outra resolução, várias ações às concessionárias que prestam serviços de abastecimento aos municípios, bem como às prefeituras e às indústrias. “Precisamos incluir todos os agentes envolvidos.

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Não apenas nas discussões, mas na resolução deste problema que atinge todo o Espírito Santo. O período é de criticidade e a prioridade do abastecimento, previsto em lei, deve ser o consumo humano. Mas isso não exime o cidadão de fazer sua parte e reduzir o consumo de água”, disse o presidente da Agerh, Paulo Paim. Para a redução de consumo nas indústrias, a Agerh recomenda a tomada de medidas imediatas para o reuso, reaproveitamento e reciclagem de água. Já as concessionárias de abastecimento deverão desenvolver estudo de alternativas para os pontos de captação e de outras fontes para o abastecimento humano. O fornecimento de água para grandes indústrias também deverá ser reduzido. Já a recomendação para as Prefeituras é que penalizem os desperdícios de água, por exemplo, com lavagem de vidraças, fachadas, calçadas, muros e veículos, entre outros locais, com o uso de mangueiras, assim como irrigação de gramados e jardins com água tratada. O descumprimento das recomendações pode acarretar em multas. IMPACTO NA AGRICULTURA A longa estiagem que assola o estado vem causando prejuízos econômicos na agricultura. Segundo o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), entre as culturas mais atingidas pela seca estão o café, o milho e o mamão. Os índices de chuva abaixo da média causaram em 2015 um prejuízo de R$ 1,5 bilhão na agricultura capixaba.

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RIO SANTA MARIA

RIO JUCU

RIO DOCE

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RIO CRICARÉ

MUNICÍPIOS ÁRIDOS Os problemas decorrentes da estiagem tendem a se arrastar pelo menos até novembro, mês para o qual são previstos volumes mais expressivos de chuva. Segundo a Agerh, os municípios em situação “extremamente crítica “em relação ao abastecimento de água são: Serra, Barra de São Francisco, Ecoporanga, Alto Rio Novo, Itaguaçu, Itarana, Mantenópolis, São Mateus, Aracruz, Sooretama, Governador Lindenberg, Pancas, Rio Bananal, Pinheiros, Ibiraçu, Linhares, Águia Branca, São Gabriel da Palha, Vila Valério e Fundão. SÃO MATEUS VIVE COLAPSO A cidade de São Mateus já vive há meses uma situação de colapso no abastecimento de água. Isso porque, com a crise hídrica, o Rio Cricaré, que abastece a cidade, ficou com sua vazão muito baixa. Com isso, a água do mar avançou rio acima atingindo o sistema de captação do Saae – Serviço Autônomo de Água e Esgoto. Por conta do problema, a água servida à população é imprópria para o consumo humano por conter índices acima do limite de 250 ppm (partículas por milhão) de cloreto de sódio. A comunidade mateense tem recorrido à aquisição de água mineral e à busca de água em poços artesianos de particulares.

PROVIDÊNCIAS Em recente visita a São Mateus, o secretário estadual da Agricultura, Octaciano Neto, anunciou que o governo está preparando um projeto de construção de uma barragem no Córrego Bamburral, manancial que deságua no Rio Cricaré, próximo a esta cidade. A Seag programa implantar 68 novas barragens até 2018, inclusive, uma barragem no Rio Jucu. Serão contemplados municípios como Alto Rio Novo, Pedro Canário, São Roque, Vila Pavão, Ecoporanga e Barra de São Francisco. Além de barragens, o governo tem ainda investido na restauração florestal em 73 dos 78 municípios, através do Programa Reflorestar. Atualmente existem 4.300 produtores rurais cadastrados e a meta para este ano é atender 1.600 deles, atingindo-se a recuperação de 4.600 hectares. Um investimento de R$ 25 milhões.

Atividade x economia O uso responsável da água, com a adoção de algumas medidas dos moradores, embora pareça pouco, pode representar muito na economia doméstica e na contribuição para o sistema de abastecimento público. Confira algumas dicas de como economizar.

• LAVAR a louça fechando a torneira enquanto ensaboa - Até 97 litros

• TOMAR banho fechando a torneira enquanto ensaboa - Até 160 litros

• LAVAR a calçada sem mangueira - Até 250 litros • UTILIZAR o vaso sanitário com descarga moderada - Até 14 litros

• Lavar o carro sem mangueira - Até 520 litros • Escovar os dentes fechando a torneira - Até 24 litros

Moradores de São Mateus fazem fila para pegar água em nascente www.simnoticias.com.br

Fonte: Secom-ES

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ECONOMIA

flavio@valorinvestimentos.com.br

Flávio Mattedi

Fintechs

As fintechs estão mudando a maneira com que as pessoas se relacionam com o dinheiro. Essas empresas formadas com base em uma tecnologia forte, tem proporcionado novos modelos de negócios, com menos burocracia, mais velocidade e menor custo do que as tradicionais instituições financeiras. Sem dúvida estamos passando por uma revolução no que tange a forma de transacionar valores. Como exemplos, temos empresas que oferecem plataforma de financiamento para pequenas e médias empresas, empresas que oferecem estratégias com robôs para tomar as decisões de investimentos em ativos de renda variável (ações, dólar, etc), empresas que oferecem cartão de crédito sem tarifas, dentre outras diversas opções que vieram para facilitar o dia a dia, e atender a uma demanda de pessoas que preferem fazer suas operações de maneira online.

Governo revisa estimativas para 2017 Carlos Hamilton, secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, revisou de 1,2% para 1,6% a previsão do avanço do PIB para 2017, e manteve a expectativa de inflação em 4,8%. Com relação à taxa de câmbio para o final de 2017, a estimativa caiu de R$ 3,70 para R$ 3,50. Para este ano (2016), a projeção de retração da economia passou de 3,1% para 3%. A projeção do IPCA para o final de 2016 foi mantida em 7,2%, enquanto a taxa de câmbio caiu de R$ 3,5 para R$ 3,3.

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Mudança na aposentadoria A Reforma da previdência, questão já debatida há anos como sendo essencial para os ajustes das contas públicas, deve sofrer uma mudança importante: Aposentar por motivo de invalidez deve reduzir o valor do benefício para 60% ou 70% do valor total, e deverá aumentar em 1% para cada ano de contribuição. Um dos argumentos para a mudança é a finalidade em evitar fraudes na requisição do benefício. Segundo a Fipe, a despesa com aposentadoria por invalidez foi de 0,6% do PIB em 2002 e em 2015 registrou 0,86% do PIB.

Inflação

A inflação nos primeiros 15 dias de agosto apresentou variação de 0,45%, como já era esperado pelo mercado. Mas vale atentar para fatores que ainda estão incomodando: a falta de chuvas que pode trazer novamente a bandeira amarela na cobrança de energia elétrica e a inflação sobre os preços dos alimentos que persiste há várias semanas. Com isso, a esperada queda nos juros pode ser comprometida, e pode vir, portanto, mais branda do que esperada para esse ano de 2016.

Trabalhador do setor público x setor privado Em pesquisa feita pelo professor Nelson Marconi, ficou constatado que os servidores públicos, em média, têm salário 44% maior do que os funcionários de empresas privadas em todos os níveis de escolaridade. Segundo Marconi, essa distorção não se justifica. Esse levantamento ainda observou que em Brasília essa diferença ultrapassa os 200%, em alguns casos. Resta saber até quando a economia do país conseguirá sustentar essa situação.

Juro do cartão de crédito mais alto Segundo pesquisa da Anefac (Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade) os juros médios do cartão de crédito atingiram 451% ao ano em Agosto. É o maior valor desde 1995. Vale ressaltar que o cartão de crédito é uma maneira segura, prática, além de possuir benefícios como pontos acumulados que podem ser trocados por bens de consumo, mas precisa ser utilizado com sabedoria e organização. Em caso de inadimplência no pagamento da fatura os juros cobrados pelo banco podem afetar de maneira significativa o planejamento financeiro familiar.

Indicadores CDI Dolar Comercial Ibovespa IPCA Poupança

Julho

2016*

12 meses

24 meses

36 meses

1.21% -0.66% 1.03% 0.49% 0,75%

9.21% -18.52% 33.57% 5.66% 5.53%

14.13% -10.83% 24.18% 8.85% 8.41%

28.22% 44.33% -5.53% 19.24% 16.66%

41.17% 35.29% 15.78% 26.99% 24.66% *Acumulado do ano

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UP NEWS ALCIONE LOBATO

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Cadeira de roda para quem precisa O Banestes é o mais novo integrante da campanha “Lacre do Bem”. Funciona assim: você junta os lacres das latas de alumínio e entrega em uma das agências do banco que participam da campanha. Os lacres serão vendidos e trocados por cadeiras de rodas. Para adquirir uma cadeira de rodas são necessários 385 mil lacres. Essa quantidade equivale a encher 140 garrafas pet de dois litros. A campanha “Lacre do Bem” começou em Minas Gerais, idealizada pela menina Júlia Macedo, em 2013. A intenção é arrecadar dinheiro com a reciclagem dos lacres para a compra de cadeiras de rodas que são doadas.. Até a última contagem foram arrecadadas quase 7 toneladas, ou aproximadamente 35 milhões de lacres. Quantidade que rendeu a doação de 92 cadeiras de rodas no Brasil.

Negócio disputado A internet com suas infinitas possibilidades tem sacudido o mercado de ensino. Tem muita gente interessada em se especializar nessa área. E, claro, muitos cursos sendo oferecidos. Atentos ao aumento da demanda, os capixabas André Damasceno e Abner Phillip, do Grupo O Melhor do Marketing, acabam de inaugurar em Vitória um novo espaço de educação e negócios. O Melhor do Marketing foi lançado em 2009, como um blog especializado em Marketing Digital e mídias sociais. Atualmente reúne empresas focadas em consultoria, educação on-line e treinamentos e workshops abertos e in-company. Capixabas André Damasceno e Abner Phillip, do Grupo O Melhor do Marketing

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De um jeito diferente

ES Restaurant Week

O McDonald’s escolheu duas lojas da rede, em Vila Velha, para inovar na forma de atendimento (modelo já usado em outras cidades). Agora é no sistema Dual Point em que o cliente faz o pedido no caixa e retira a refeição em outra área destinada só para entrega. Além disso, o número do pedido será anunciado na tela. Antes o cliente pagava e pegava no meio da confusão da fila. A intenção é melhorar o atendimento. Novidade também é a chegada da Ovomaltine na rede de fast food. A famosa marca originalmente suíça agora está com eles.

Este ano com o tema “Cozinha de Sedução”, o Restaurant Week oferece 48 menus criados especialmente para a data pelos 38 restaurantes participantes. A maioria oferece pelo menos duas opções de entrada, prato principal e sobremesa pelo preço fixo de almoço R$ 39,90 e jantar R$ 51,90. É a 13ª edição que chega com uma novidade: agora são três semanas. Vai até o dia 16 de outubro em diversos restaurantes de Vitória, Vila Velha e um em São Mateus.

42 ambientes para celebrar a vida O icônico Hotel Porto do Sol, que ja´foi referência de luxo e prosperidade na orla de Camburi, em Vitória, é o endereço da Casa Cor ES 2016. O tema deste ano, quando a Casa Cor Brasil completa 30 anos, é “Celebrar a casa”. Cinquenta e dois profissionais elaboraram 42 ambientes, distribuídos em uma área de 4120 m² do famoso Hotel, projeto pelo arquiteto Paulo Casé. A mostra pode ser vistada até o dia 08 de novembro. Quem for vai conferir o que há mais de moderno e as tendências nas áreas de arquitetura, decoração, design e paisagismo.

Rita Rocio Tristão, responsável pela franquia Casa Cor no ES

Bonecas de Pano No resgate dos brinquedos artesanais, a bolsinha em tecido “Vamos Passear!” estimula a imaginação . A criança leva em seus passeios bonequinhas de pano dentro da bolsinha que se transforma em cenário. Criam suas histórias, brincam de casinha e inventam seus próprios significados. É o prazer de ter nas mãos e carregar no colo uma boneca macia e aconchegante e de se transportar para o mundo imaginário das brincadeiras. Criação da artista plástica Zina Leal da Relicário Arte e Sabor.

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POLÍTICA

Mudança na Presidência da República No dia 31 de agosto, o plenário do Senado aprovou por 61 votos favoráveis e 20 contrários, o impeachment de Dilma Rousseff. A presidente afastada foi condenada sob a acusação de ter cometido crimes de responsabilidade fiscal – as chamadas "pedaladas fiscais" no Plano Safra e os decretos que geraram gastos sem autorização do Congresso Nacional, mas não foi punida com a inabilitação para funções públicas. Com isso, ela poderá se candidatar para cargos eletivos e também exercer outras funções na administração pública.

Dilma foi a primeira mulher eleita presidente do Brasil com pouco mais de 54 milhões de votos em outubro de 2014. Com a saída de Dilma, encerra-se um ciclo de 13 anos de governos petistas. Desde que foi aberto, no dia 2 de dezembro de 2015, o processo de impeachment tramitou na Câmara e no Senado, onde chegou em abril. Em 12 de maio, o Senado decidiu afastar Dilma, e Temer assumiu a Presidência interinamente. Desde então, o processo de impeachment passou a ser conduzido pelo presidente do Supremo. Ao longo de nove meses, o processo passou por comissões especiais antes de ser deliberado pelos plenários. Ambos os colegiados emitiram pareceres favoráveis ao andamento do julgamento que chegou ao seu último dia em 31 de agosto de 2016.

Condenação

O pedido de impeachment contra Dilma, apresentado pelos juristas Miguel Reale Júnior, Janaina Paschoal e Hélio Bicudo, apontou que ela cometeu crime de responsabilidade ao editar três decretos de créditos suplementares sem autorização do Legislativo e ao praticar as chamadas “pedaladas fiscais”, que consistiram no atraso de pagamentos ao Banco do Brasil por subsídios agrícolas referentes ao Plano Safra. Segundo os juristas – e depois o Congresso – Dilma descumpriu a Lei Orçamentária de 2015 e contraiu empréstimo com instituição financeira que controla – o que é proibido pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

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Miguel Setembrino

Presidente do Secovi DF e 1º Vice-Presidente da Fecomércio-DF

OPINIÃO

Doses de alto estima

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Brasil enfrenta uma forte crise econômica desde o ano passado. Empresas foram fechadas, empregos perdidos e o setor produtivo sentiu na pele a recessão. Alguns consideraram esse período da história do País como um dos piores já enfrentados desde a grande depressão, em 1930. Entretanto, como dizem os ditados populares, depois da tempestade vem a calmaria. Ocorre que em meio à calamidade é difícil vislumbrar a bonança que logo se fará. E é nesse novo capítulo que estamos apostando: o da retomada. Já nota-se uma melhora nas vendas do varejo, de acordo com pesquisas do IBGE.A recuperação dos índices econômicos ainda é tímida, mas já é motivo de alívio. Na atual conjuntura, qualquer melhora é significativa e anima a população que anseia por dia melhores. O estudo que mede a confiança do empresariado do País, elaborado pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), apresentou o maior resultado em 15 meses, com um aumento de 10,7% em julho, na comparação com junho, fixando-se em 87 pontos. Já na comparação anual, o índice teve alta de 2,4%. Porém, apesar do resultado expressivo no primeiro mês do segundo semestre do ano, é bom ter cautela, pois o número continua abaixo da zona de indiferença — números abaixo de 100 indicam pessimismo. As mudanças na política brasileira, no governo, nas perspectivas em relação às medidas de ajustes e na troca das equipes dos ministérios podem ser os motivos para uma nova avaliação por parte dos empresários. Os empreendedores reagem

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mais rápido às mudanças econômicas do que o consumidor, que demora um pouco a mudar de atitude, pois ele depende ainda da melhora de sua renda. Os empreendedores percebem que o pior já passou, agora é tempo de olhar para frente. Neste cenário de retomada, o investimento retorna à pauta do setor produtivo. Os primeiros ingredientes para retomar o progresso e alavancar a economia do País estão na panela, aquecendo. Agora, o que é preciso para fazer uma receita de sucesso é aproveitar as oportunidades. Neste momento, se o empreendedor estiver capitalizado pode fazer excelentes negócios e gastar menos do que no passado. Os aluguéis estão baixos e imóveis em pontos muito bons para o comércio estão disponíveis. Mas, ressalto a importância de se atentar aos juros bancários, que ainda estão muito altos. O segundo semestre do ano é outro ingrediente que deverá ser aproveitado pelos empresários. O Dia das Crianças, o Natal e as comemorações de Ano Novo são as principais data para o comércio, que deve aproveitar ao máximo essa oportunidade. A expectativa dos economistas é de que deveremos ter números melhores nos últimos meses do ano. Porém, para isso acontecer será necessário ter diferencial, principalmente na qualidade do serviço ofertado, e no atendimento. Temos condições para reverter o quadro negativo e alcançar a luz no fim do túnel. Está na hora de preparar o terreno para um futuro de oportunidades. Quanto mais empreendedores otimistas e com foco no desenvolvimento, maior será a oferta de emprego, aumentando as possibilidades do Brasil sair dessa crise e construir um País melhor.

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TÚNEL DO TEMPO

JK morreu duas vezes Uma notícia era falsa, mas a outra foi fatal por Paulo César Dutra

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o dia 9 de agosto de 1976, uma notícia correu o país: Juscelino Kubitschek morrera num acidente de de carro. Amigos e jornalistas correram para a fazenda JK, localizada em Luziânia, Goiás, distante 13 quilômetros do centro da cidade e a 60 quilômetros de Brasília (DF). Na residência, que é a única obra de Oscar Niemeyer na zona rural, não havia telefone na época – e o encontraram vivo, sorridente. "Estão querendo me matar, mas ainda não conseguiram", disse ele. Duas semanas depois, no final da tarde de 22 de agosto, quando a notí-

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cia voltou a correr, era verdade: a poucos dias de completar 74 anos, o ex-presidente havia morrido, às 17h55, num acidente no quilômetro 165 da via Dutra, quando viajava de São Paulo para o Rio de Janeiro. Destroços do carro de JK, segundo o inquérito policial, o Chevrolet Opala 1970 em que ia o ex-presidente, conduzido por Geraldo Ribeiro – seu motorista desde o primeiro dia como prefeito de Belo Horizonte, em 1940 –, foi atingido, por trás, por um ônibus. Desgovernado, atravessou o canteiro central e, na outra pista, foi apanhado, de frente, por uma carreta. Dúvidas surgidas naquela tarde nunwww.simnoticias.com.br


ca foram esclarecidas. Poderia tratar-se não de acidente, mas de atentado. O caso foi reaberto quase vinte anos depois, sem que nenhuma evidência disso tenha sido encontrada. Sem endossar a tese de atentado, o jornalista e escritor Carlos Heitor Cony, do jornal O Estado de São Paulo, na ocasião, chamou atenção para o fato de que as três maiores lideranças civis brasileiras desapareceram no espaço de poucos meses, todas em circunstâncias no mínimo estranhas, num momento em que o governo do general Ernesto Geisel promovia um lento – lentíssimo – movimento de retorno à democracia. No artigo de Heitor Cony ele citou que o ex-governador do Estado da Guanabara, Carlos Lacerda se internou com uma gripe forte, recebeu uma injeção e morreu. O ex-presidente deposto João Goulart, que teria morrido de infarto, foi achado com um travesseiro sobre o rosto. O artigo chamou atenção dos brasileiros. Anos mais tarde desvendou-se parcialmente um plano conjunto de ditaduras militares do continente sul-americano, a tenebrosa Operação Condor, para eliminar opositores incômodos. Um deles, o chileno Orlando Letelier, ex-chanceler do governo do presidente socialista Salvador Allende, foi assassinado em Washington a 21 de setembro de 1976. Embora não haja provas, há quem sustente que JK, morto poucos dias antes de Letelier, e João Goulart, alguns meses depois, teriam sido, como ele, vítimas da Operação Condor. "Democracia neste país, só depois de minha morte", dissera JK ao deputado Carlos Murilo às vésperas do acidente que o matou. "Eles têm muito medo de mim." A versão de que JK e seu motorista, Geraldo Ribeiro, haviam morrido em um atentado arquitetado pelos militares foi apresentada pela Comissão Municipal www.simnoticias.com.br

da Verdade de São Paulo em dezembro de 2013. À época, o presidente do grupo, o vereador Gilberto Natalini (PV-SP), afirmou que o Juscelino foi vítima de "conspiração, complô e atentado político". Contrariando a congênere da cidade de São Paulo, a Comissão Nacional da Verdade afirmou que não há nada que comprove o complô para assassinar o ex-presidente JK. O grupo começou a investigar o acidente em setembro de 2012, após receber ofício da seção mineira da OAB - Ordem dos Advogados do Brasil. A comissão nacional rebateu no relatório apresentado em 22 de abril de 2014, os pontos levantados pela Comissão Municipal da Verdade para sustentar a versão do atentado. "Não há nos documentos, laudos e fotografias trazidos para a presente análise qualquer elemento material que, sequer, sugira que o ex-presidente JK e Geraldo Ribeiro tenham sido assassinados vítimas de homicídio doloso", diz o relatório da Comissão Nacional da Verdade. A Comissão apresentou relatório parcial afirmando que o ex-presidente Juscelino Kubitschek morreu em decorrência de um acidente de trânsito, em 1976, e não vítima de um atentado organizado pela ditadura militar (1964-85). Ou seja, A versão oficial é de que JK, presidente de 1956 a 1961, morreu em um acidente automobilístico quando se dirigia de São Paulo para o Rio, em um Opala que era conduzido por Geraldo Ribeiro, seu motorista. JK nasceu no dia 12 de setembro de 1902, Diamantina (MG). Era médico formado na Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, casado com Sarah Kubitschek, em 1931, com quem teve duas filhas: Márcia Kubitschek e Maria Estela Kubitschek.

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GOVERNO

Singapura Malásia Holanda Hartung busca no exterior novos investidores para o ES

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por Bartolomeu Boeno

m viagem de 11 dias a Singapura, Malásia e Holanda, o governador Paulo Hartung, na companhia do secretário-chefe da Casa Civil, diplomata José Carlos da Fonseca Júnior, cumpriu agenda de encontros com executivos, empresários e autoridades e de visitas a portos e universidades. Na pauta, a divulgação do Estado com apresentação de produtos e potencialidades; a atração de novos investidores e o estabelecimento de cooperações na área educacional. Depois de abrir um seminário para operadores do comércio exterior Brasil-Singapura, o governador encontrou-se com o ministro do Comércio e Indústria de Singapura, Lim Hng Kiang. “Ser recebido pelo minis-

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tro foi um importante acontecimento. Em Singapura, o fluxo de comércio exterior é uma vez e meia o PIB do país. Aproveitei a oportunidade para convidá-lo para visitar o Espírito Santo”, destacou Paulo Hartung. INTERCÂMBIO Na visita à Universidade Tecnológica Nanyang , o reitor Kam Chan Hin concordou em trabalhar junto para identificar oportunidades de parcerias, como o intercâmbio de pesquisadores, professores e alunos. Hartung também se encontrou com o professor Goh Chor Boon, reitor do Instituto Nacional de Educação, que é considerado o coração do sistema educacional de Singapura. Sistema que se destaca no mundo do ensino, principalmente na área de Matemática. www.simnoticias.com.br


PLANEJAMENTO URBANO E TRANSPORTE Foram realizadas diversas reuniões de trabalho com investidores. Uma das quais foi com dirigentes da Surbana Jurong, empresa de planejamento urbano com projetos executados em vários países. Após o encontro, os dirigentes anunciaram o envio, em breve, de uma missão para conhecer o Estado, disse Hartung. Outro encontro foi com executivos da SMRT, empresa concessionária de serviços na área de transporte urbano de massa em áreas metropolitanas. A empresa, que ainda colabora com empresas e órgãos públicos voltados ao transporte coletivo, deverá apresentar propostas para o transporte coletivo na Grande Vitória. CAFÉ Com a empresa multinacional de Singapura, a Olam Internacinal, Hartung se encontrou com o presidente do setor de café, Vivek Verna. A empresa que já compra café do Espírito Santo para exportação, considera a possibilidade de implantação de uma fábrica de café solúvel no Espírito Santo, para atender o mercado brasileiro. Hartung mostrou que seria interessante a instalação desta indústria na região de Nova Venécia. Representantes da Olam deverão visitar o Estado em breve para avançar neste assunto, ressalta o governador. PETRÓLEO E PORTO CENTRAL Outro que mostrou interesse em estabelecer uma parceria e investir no Espírito Santo foi o vice-presidente para Desenvolvimento de Negócios da Dyna-Mac, Park Yong Kap Par. A empresa é líder global no setor de engenharia de estrutura metalmecânica utilizada nas operações de exploração de petróleo e gás. “Ele em breve deverá nos visitar para conhecer alternativas de localizawww.simnoticias.com.br

ção industrial para grande empresa”, disse Hartung. Em outra agenda, com dirigentes da PSA, concessionária do Porto de Singapura, com atuação no mundo inteiro, Hartung apresentou possibilidades de participação do Porto de Singapura nas operações do Porto Central (em Presidente Kennedy ES). “Na visita ao Porto de Singapura, fiquei impressionado com toda modernidade e tecnologia”. Hartung disse ainda que, em reunião organizada pela International Enterprise Singapore (IES), o secretário Fonseca Júnior apresentou as oportunidades do Espírito Santo a investidores. Cerca de 40 empresários com negócios e interesses no Brasil e no Espírito Santo participaram. Neste encontro, Yew Sung Pei, executivo do IES foi convidado a visitar o Estado para conferir as oportunidades de promoção comercial, investimentos e cooperação em educação. MALÁSIA Na Malásia, Hartung visitou o Centro de Distribuição da Vale, em Teluk Rubiah, no Estreito de Málaca, que recebe o minério de ferro escoado pelos Portos de Tubarão, no Espírito Santo, e de Ponta da Madeira, no Maranhão. “Fiquei orgulhoso ao ver que a maioria das operação são dirigidas por jovens profissionais capixabas”, disse Hartung. Conforme observou, esse porto da Vale possui tecnologias avançadas para diminuir os impactos socioambientais da operação. “Fiz questão de conhecer e já cobrei para que essas tecnologias sejam implantadas também no Porto de Tubarão”. HOLANDA Na Holanda, Hartung e Fonseca visitaram o Porto de Roterdã, que é o maior parceiro do Porto Central, no Espírito Santo. Aí se reuniram com o CEO deste porto, Allard Cas-

telein, e o prefeito da cidade, Ahmed Aboutaleb. A prefeitura é a principal acionista do porto. “Temos uma similaridade com os holandeses que pode gerar boas parceriais: potencial portuário”, disse Hartung, anunciando o alinhamento de uma visita do prefeito ao Estado. Hartung também visitou o Maasvlakte 2, a nova área de expansão do terminal, que é um dos maiores do mundo e o mais moderno e automatizado do planeta. O governador ainda se reuniu na sede mundial da Shell “onde a bandeira do Brasil foi hasteada para nos receber”. O encontro foi com o CEO da Shell-BG, Huibert Vigeveno, o presidente da Shell no Brasil, André Lopes de Araújo; o diretor da Petrobras Europa, Ricardo Wanderley, além de dirigentes dos portos de Roterdã e do Porto Central. “Fizemos uma boa apresentação sobre a solidez do Espírito Santo para receber novos investimentos e acertamos visita de Vigeveno para conhecer nosso Estado e nossas potencialidades”. BONS FRUTOS Na Shipping and Transportation College, escola de navegação especializada na formação de profissionais embarcados, disse Hartung, foi iniciada uma conversa para o estabelecimento de parceria na formação de mão de obra para empreendimentos no Espírito Santo. “Essa missão vai render bons frutos não só aos capixabas, mas aos brasileiros”, avaliou. Para o diplomata José Carlos da Fonseca Junior, “a viagem foi um esforço para internacionalizar a economia capixaba, atrair novos investimentos, empresas, negócios, parcerias e promover nossas exportações no comércio exterior; foi uma boa estreia na agenda internacional, de forma mais ativa, de nossa diplomacia estadual”.

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CONSUMO

GOSTOSO E DO BEM Cresce consumo do ovo depois de desfeita sua ‘má fama’

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por Bartolomeu Boeno

exidos, fritos, cozidos, quentes, poché, omeletes, em massas, nos bolos e pães..., nos seus diversos modos de preparos e usos, o ovo vai bem, é um alimento saboroso, querido, nutritivo, barato, e seu consumo - que já esteve em baixa -, agora está em crescimento. Isso pode ser atribuído a uma campanha mundial de desmistificação da má fama de ‘vilão do colesterol’ que o ovo carregou por vários anos. Entre as décadas de 1970 e 1980 circulou a notícia de que ovo fazia mal para o coração e muita gente parou de consumir o produto. Porém, vários estudos com mais de 260 mil indivíduos

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provaram o contrário, mostrando que, na verdade, o ovo faz bem para a saúde. Entre esses estudos que desbancaram a falsa tese está o que durou entre 8 e 14 anos, realizado na Universidade de Harvard (EUA) pelo pesquisador Frank Hu. Divulgado em 1999 no jornal da Associação Médica Americana, o estudo concluiu que comer um ovo diariamente não aumenta o risco das doenças do coração e nem de acidente vascular cerebral (AVC) em pessoas saudáveis. Outros estudos também mostram benefícios nutricionais, por exemplo, que o ovo é rico em “gorduras do bem”, que agem na redução do chamado “mau colesterol”. O aumento do consumo de ovos no www.simnoticias.com.br


Brasil é confirmado pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Segundo a entidade, em 2014 foram consumidos 182 ovos por pessoa (per capita); número que se elevou para 191 unidades em 2015. A média de consumo mundial, em 2014, era de 220 ovos por pessoa/ano. É BOM PARA A SAÚDE Em palestra durante a IV Semana Tecnológica do Agronegócio (STA), realizada de 12 a 15 de agosto na cidade de Santa Teresa, a consultora do Instituto Ovos do Brasil, Lucia Endriukaite, afirmou que o preconceito em relação ao co-

lesterol do ovo já é coisa do passado. “Estamos em outra fase. Já foram feitos inúmeros estudos científicos desde a década de 1970 até agora, e já está mais que provado que o ovo não é o vilão do colesterol e não faz mal à saúde, se consumido com equilíbrio, assim como qualquer alimento”.

Lucia reforçou ainda: “Já se sabe que o ovo está entre os alimentos mais ricos em nutrientes e é uma ótima fonte para quem busca uma vida saudável. Tem proteína, vitaminas, carotenóides..., então, tudo isso causa inúmeros benefícios para o funcionamento celular do nosso organismo”.

ES é destaque na produção de ovos A ‘redescoberta’ do ovo, com a verdade restabelecida, favorece a economia do Espírito Santo. O Estado é o terceiro maior produtor de ovos do Brasil. Nesse cenário, o destaque absoluto é para a cidade de Santa Maria de Jetibá, que marca posição nacional como a segunda maior produtora de ovos do país, perdendo apenas para a cidade paulista de Bastos. Atualmente, são produzidos (classificados) em torno de 13,5 milhões de ovos por dia pelos produtores de Santa Maria Jetibá e região. Organizados, eles contam com o apoio da Coopeavi, Cooperativa Agropecuária Centro Serrana, pioneira em produção de ovos no estado e a maior cooperativa agropecuária capixaba.

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A atividade movimenta a economia, gera emprego e renda. De acordo com publicação deste ano da Associação de Avicultores do Espírito Santo (AVES), 70% dos avicultores capixabas são micro produtores. O MELHOR OVO O avicultor Fábio Fösch, da localidade de São Sebastião do Belém, em Santa Maria de Jetibá, foi o vencedor do II Concurso de Qualidade de Ovos no Espírito Santo de 2016. O concurso, promovido pela Coopeavi, aconteceu durante a V Semana Tecnológica do Agronegócio, em Santa Teresa. Além de Fábio, também foram premiados os produtores Laurentino Kruger e Marciel Guering.

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O ovo

Condomínio

Recentemente, a Coopeavi inaugurou na localidade de Alto Caldeirão, em Santa Teresa, o primeiro Condomínio Avícola para postura comercial do Brasil. A iniciativa inédita destinada ao alojamento de aves com cotas de participação dos produtores, tem capacidade para alojar até 2,2 milhões de galinhas, devendo começar a operar no ano que vem com 100 mil aves. Um investimento de R$ 6,5 milhões.

Curiosidades

• COMEMORA-SE no dia 12 de outubro o Dia de Nossa Senhora Aparecida, o Dia da Crianças e o Dia Mundial do Ovo. • DEPOIS do leite materno, o ovo é considerado o alimento mais completo. • O ovo é uma importante fonte de proteína, podendo até substituir a carne na dieta alimentar. • OVO previne problema de visão em idosos. • VÁRIAS pesquisas comprovam que não há relação direta entre o consumo do ovo e o colesterol no sangue, desde que a pessoa não tenha problemas de diabetes e no fígado.

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Agora essa. Descobriram que ovo, afinal, não faz mal. Durante anos, nos aterrorizaram. Ovos eram bombas de colesterol. Não eram apenas desaconselháveis, eram mortais. Você podia calcular em dias o tempo de vida perdido cada vez que comia uma gema. Cardíacos deviam desviar o olhar se um ovo fosse servido num prato vizinho: ver o ovo fazia mal. E agora estão dizendo que foi tudo engano, o ovo é inofensivo. O ovo é incapaz de matar uma mosca. A próxima será que o bacon limpa as artérias. Sei não, mas me devem algum tipo de indenização. Não se renuncia a pouca coisa quando se renuncia a ovo frito. Dizem que a única coisa melhor do que ovo frito é sexo. A comparação é difícil. Não existe nada no sexo comparável a uma gema deixada intacta deixada em cima do arroz depois que a clara foi comida, esperando o momento do prazer supremo, quando o garfo romperá a fina membrana que a separa do êntase e ela se desmanchará, sim, se desmanchará, e o líquido quente e viscoso correrá e se espalhará pelo arroz como as gazelas douradas entre lírios de Gilreade nos cantares de Salomão, sim, e você levará o arroz à boca e o saboreará até que o último grão molhado, sim, e depois ainda limpará o prato com o pão. Ou existe, e eu é que tenho andado na turma errada. O fato é que quero ser ressarcido de todos os ovos fritos que não comi nestes anos de medo inútil. E os ovos mexidos, e os ovos quentes, e os omeletes babados, e os toucinhos do céu, e, meu Deus, os fios de ovos. Os fios de ovos que não comi para não morrer dariam várias voltas no globo. Quem os trará de volta? E pensar que cheguei a experimentar ovo artificial, uma pálida paródia de ovo que, esta sim, deve ter roubado algumas horas de vida, a cada garfada infeliz. Ovo frito na manteiga! O rendado marrom das bordas tostadas na clara, o amarelo provençal da gema… Eu sei, eu sei. Manteiga não foi liberada. Mas é só uma questão de tempo. *(O escritor Luiz Fernando Veríssimo publicou este texto, originalmente, no jornal Zero Hora, de Porto Alegre, em 1999.)

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Bartolomeu Boeno

bartolomeu@redesim.com

Limites em debate A questão dos limites entre municípios capixabas está sendo debatida na Assembleia Legislativa. A iniciativa é do deputado estadual Enivaldo dos Anjos, que defende a criação de uma Comissão Especial para discutir o assunto. A criação dessa Comissão Especial na Assembleia, como considera o deputado, permitirá a discussão e correção de eventuais erros cometidos na projeção de traçados cartográficos dos municípios. Para Enivaldo, além de problemas relacionados à administração pública em áreas contestadas, existem também prejuízos econômicos causados aos municípios. O deputado apresentará projeto pedindo ao Estado a revisão de todos os limites que tenham questionamentos, por exemplo, os limites de Pancas com Baixo Guandu e Colatina. Segundo o parlamentar, um levantamento da Câmara de Pancas indica que o município está perdendo uma área de 2.500 hectares para os dois municípios.

MUNICÍPIO

Iconha: Obra do contorno poderá encurtar viagem em 50 minutos A construção do contorno de Iconha, no sul do Estado, além de desafogar o tráfego na região, deverá encurtar a viagem em até 50 minutos. A previsão é da empresa Eco 101, que administra a rodovia. As obras se estenderão do quilômetro 373,5 ao quilômetro 380,2 da BR 101, que até então, passa pelo centro da cidade. O novo trecho contará com viadutos, iluminação, duas faixas para cada sentido, um canteiro central, e uma ponte sobre o Rio Iconha, com ‘passagem de fauna’. As obras devem ficar prontas no ano que vem, sendo orçadas em R$ 61,6 milhões. Ao longo da BR 101 também poderão ganhar contornos duplicados na rodovia, os municípios de Ibiraçu, Fundão e Linhares, anunciou a empresa, que, atualmente, desenvolve obras em João Neiva (do km 205 ao km 208), Ibiraçu (km 2016 ao km 220), Anchieta (km 362 ao km 369) e Itapemirim (km 403 ao km 409).

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Santa Leopoldina é destaque na produção de mandioca

“Faunadutos” para reservas O deputado Luiz Durão solicitou à concessionária Eco 101 a construção de cinco passagens subterrâneas para animais (faunodutos) na Reserva da Vale, em Linhares, e outros cinco na Reserva Biológica de Sooretama, neste município. A intenção é reduzir a mortandade por atropelamento de animais silvestres que habitam as florestas cortadas pela Rodovia BR-101 nos dois municípios. Além dos faunodutos, o parlamentar também solicita a colocação de alambrados em toda a extensão das reservas no trecho em que são cortadas pela Rodovia BR 101, ou seja, 10,6 km na Reserva de Sooretama, e 22 km na Reserva da Vale, aí incluídos os dois lados da rodovia.

A longa estiagem que o Estado do Espírito Santo atravessa impacta diretamente a agricultura, com quedas de safra. Porém, pelo menos a cultura da mandioca (aipim) é beneficiada pelo clima, como ocorreu em Santa Leopoldina. Dados da Centrais de Abastecimento do Espírito Santo (Ceasa-ES) apontam que no primeiro trimestre de 2016, o município, sozinho, foi o responsável por mais de 40% da oferta da raiz no Estado. No período, circularam no mercado da Ceasa-ES em torno de 3,2 milhões de quilos de mandioca, sendo 1,3 milhões de quilos colhidos em Santa Leopoldina. Segundo levantamento do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Santa Leopoldina responde atualmente por uma produção média de 4 milhões de quilos de mandioca por ano. O extensionista do Incaper, João Paulo Ramos, explica que diante da crise hídrica em que o Espírito Santo vive, o aipim é uma cultura resistente ao déficit de água, demanda pouca mão-de-obra, além de apresentar um baixo custo de produção.

Cafés de Montanhas Capixabas nas Olimpíadas Os cafés especiais produzidos na região das Montanhas Capixaba marcaram presença nas Olimpíadas do Rio. O nosso café arábica foi apresentado para o mundo no Espaço Arte do Café, na Casa Brasil, instalada no Píer Mauá, no Rio de Janeiro. Os grãos ficaram expostos de 4 de agosto a 18 de setembro, ao lado de vários cafés brasileiros, como das regiões Sul de Minas, Mantiqueira, Cerrado Mineiro, Norte Pioneiro e Paraná. Após apresentações diárias sobre a história do café e das regiões produtores, os visitantes degustaram os produtos. Os cafés representando a produção das Montanhas Capixabas com a marca Pronova, foram selecionados pela Cooperativa Agropecuária Centro Serrana (Coopeavi), junto aos seus cooperados.

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Produto saudável Além de rico em carboidratos e fibras, o aipim possui outras substâncias benéficas para a saúde, como o potássio, com ação reguladora dos estímulos elétricos do coração; o folato, importante para a saúde da pele e cabelos e possui grande quantidade de vitamina C, um antioxidante que previne doenças do coração e câncer. E não é só. A nutricionista Mayara Magalhães ainda destaca a ajuda que o tubérculo dá para o tratamento da depressão: “Aumenta os níveis de serotonina, neurotransmissor que age nas regiões do cérebro responsáveis pela sensação de prazer e felicidade”.

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EDUCAÇÃO

Notas melhores

S

Espírito Santo tem maior crescimento dos últimos 10 anos no Ensino Médio

egundo o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do Brasil, o crescimento da rede pública estadual do Espírito Santo é o maior registrado desde que o indicador foi criado, em 2005. Com uma expansão de 0,3 pontos (ou cerca de 9% com relação a 2013), o Ensino Médio da rede estadual, que representa 293 escolas e mais de 107 mil estudantes do Estado, atingiu 3,7 pontos em 2015, subindo da décima primeira para quarta posição no país. Os dados foram divulgados no início de setembro, pelo Ministério da Educação (MEC).

O secretário de Estado da Educação, Haroldo Rocha, atribui o crescimento às diversas ações que estão sendo implantadas no Estado. “O Ensino Médio é a nossa prioridade. Programas como Escola Viva e Jovem de Futuro estão fazendo a diferença nas escolas e para os estudantes. Já começamos a ver resultados com apenas um ano de implantação e desenvolvimento. Para nós, o Ideb reafirma

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que estamos no caminho certo. Somos o segundo Estado que mais cresceu: saímos de 3,4 em 2013 para 3,7 em 2015”. De acordo com resultado do Ideb, o Espirito Santo tem a segunda melhor nota em termos de desempenho acadêmico dos estudantes. A maior nota é 4.59 que é do Mato Grosso do Sul e a segunda é a do Espírito Santo com 4,55. Esse resultado é referentes à Prova Brasil.

Outros índices positivos • PELA primeira vez, o ES cresceu tanto em termos de indicador de rendimento (aprovação) quanto em termos de desempenho dos estudantes no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). • CAIU o índice de abandono. Em 2005, 20% dos estudantes abandonavam a escola. Já em 2015, foram 5,7%. Os jovens do Ensino Médio têm abandonado cada vez menos a escola. • O índice de reprovação caiu de 18,79 em 2014 para 17,8. • JÁ a o índice de aprovação aumentou para 76,5. • O Estado alcançou a primeira posição em Matemática e a terceira em Língua Portuguesa.

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Advogado

Paulo César Caetano

JURÍDICO

STJ inicia julgamento que discute Pis/Cofins sobre receitas financeiras

A

1ª Turma do Superior Tribunal de Justiça iniciou no final de agosto o julgamento de um recurso especial que discute a incidência de PIS e Cofins sobre receitas financeiras. O caso chegou ao tribunal por iniciativa da rede gaúcha de supermercados Zaffari. A empresa questiona o Decreto 8.426/2015. As alíquotas, que estavam zeradas há anos, foram fixadas pelo decreto em 4% para a Cofins e 0,65% para o PIS. Para a defesa da empresa, feita pelo advogado Fábio Canazaro, a cobrança não poderia ser restabelecida por decreto. Segundo ele, o artigo 150 da Constituição diz que é vedado à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios "exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça". Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional defende a legalidade das cobranças. São receitas financeiras, por exemplo, rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa e prêmios de resgate de títulos ou debêntures.

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O relator, ministro Napoleão Nunes Maia Filho, deu provimento ao recurso do contribuinte. Para ele, não incidem esses tributos sobre receitas financeiras. O Cofins financia a seguridade social. Já o PIS serve para financiar o pagamento do abono salarial e seguro-desemprego. No voto, o ministro afirma que a PGFN não entrou com ação na Justiça quando houve redução da alíquota a zero. Por isso, o argumento de perda de receita não justifica a violação de direitos do contribuinte. Para o ministro Sérgio Luiz Kukina, a matéria constitucional sobre a não incidência de PIS/Cofins sobre receitas financeiras seria uma prejudicial de mérito. Na opinião da ministra Regina Costa, a discussão colocada no recurso é sobre legalidade do decreto, e não constitucional. Para ela, a violação constitucional seria reflexa. No mesmo sentido entende o ministro Benedito Gonçalves. O ministro Gurgel de Faria pediu vista antecipada, por entender que a matéria tem cunho constitucional. E prometeu apresentar o voto na próxima sessão da 1ª Turma.

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MERCADO

Coworking

Muito mais que espaço compartilhado é oportunidade para novos negócios.

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er um escritório montado e com toda infraestrutura necessária não é uma tarefa simples muito menos barata para as pequenas e médias empresas. Por isso, muitas pessoas vêm recorrendo a escritórios compartilhados como forma de economizar o capital inicial da empresa. O coworking é um modelo que se popularizou nas grandes cidades e está caindo no gosto dos capixabas e inovando o mercado. O local perde as características de um escritório tradicional, o ambiente é mais livre e descontraído. Fernando Pimenta, proprietário da Nest, a primeira empresa de coworking do Espírito Santo, trouxe a ideia dos Estados Unidos em junho de 2015. O empresário viu uma oportunidade de abrir um negócio inovador no estado. Na empresa Fernando oferece uma boa estrutura com internet Wi-fi, secretária, sala de reuniões, café e ar condicionado. “Não existe tanta burocracia, já que é necessário apenas o pagamento de um único boleto”, afirma. No Brasil, nos últimos cinco anos, a quantidade de escritórios compartilhados passou de 11 pra quase 240, segundo dados da Coworking Brasil, organização que representa os escritórios compartilhados. A psicóloga e máster coach Daniela Morais diz que a utilização do mesmo espaço físico por empresas diferentes pode reduzir em até 80% os gastos mensais. “Além da redução de custos o networking é enorme. Se relacionar com as mais diversas áreas e fazer contatos profissionais só traz ganhos. O coworking é um conceito que veio para ficar”, finaliza.

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Vantagens

• CUSTO X Benefício adequado • ENDEREÇO fixo e lugar único para atender clientes

• DISCIPLINA e produtividade • RELACIONAMENTOS e parcerias • MOTIVAÇÃO e inspiração • TROCA de experiências com pessoa de áreas tão diferentes

• FLEXIBILIDADE de preços. Os escritórios de coworking oferecem planos mensais, diários, e até a possibilidade de se alugar apenas uma sala de reunião por um horário determinado

Desvantagens

• É preciso saber lidar com pessoas ao seu lado, muitas vezes falando alto ao telefone, como se ele estivesse numa grande empresa • GERALMENTE os espaços não oferecem vaga de estacionamento. Quem tem carro, terá que desembolsar um valor a mais

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Ronald Carvalho

Consultor e Professor

MARKETING

CRM, cadeia de valor e avaliação de desempenho

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m 1984, Regis McKenna escreveu um pequeno livro, até hoje atual e digno de estudo, chamado “Marketing de Relacionamento”, expressão por ele cunhada e que hoje todo mundo fala. Muitos, sem saber de onde veio esta expressão. Uma frase neste livro, aliás, título de um capitulo, até hoje me impressiona: “Tecnologia vende tecnologia vende tecnologia”. Lembrem-se, por favor que as redes sociais só foram surgir 20 anos depois. Na época, a internet dava seus primeiros passos, e os computadores ainda eram os “main frames”, ou seja, os PCs estavam começando a surgir. No mundo corporativo, o primeiro Macintosh foi lançado, naquele mesmo ano. Não por acaso, McKenna foi assessor de Jobs, de Bill Gates e de metade do “Vale do Silício”... Um outro ponto importante que MacKenna levantou e que se tornou um ícone do marketing contemporâneo, é outro título de capítulo do livro: “Marketing é tudo, tudo é marketing”. Menos pretencioso do que parece, encerra uma grande verdade: a relação com o consumidor é tudo. Principalmente em tempos difíceis, que passamos no Brasil, e em muitos outros países do mundo... Em primeiro lugar o entendimento do consumidor, o conhecimento do valor que ele busca no produto ou serviço que compra, que tecnicamente chamamos de “Cadeia de valor”. Saber o que o povo quer, mesmo que ele mesmo ainda não saiba.

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Antever tendências. Buscar o consumidor feliz ao sair de sua loja ou posto de atendimento, no caso de serviços, e agora mais do que nunca nas redes sociais e na “WEB”... E como saber que o consumidor está feliz? Mecanismos tecnológicos de aferição da satisfação do consumidor, não apenas pesquisas de satisfação, esporádicas, mas uma análise de cada consumidor que se relaciona com a empresa. Possível? Sim, e até viável e econômico. Processos de aferição e análise constante desta relação. Não só da satisfação mas da recomendação. Ou seja: você recomendaria este produto ou serviço a outras pessoas? Isto também faz-se com capacitação e satisfação de equipes. Colaboradores felizes, clientes felizes. Tudo isso chama-se simplesmente CRM – Customer Relationship Management, ou em bom português: Sistema de Gerenciamento de Relacionamento com o Consumidor. Cuidado, porém, CRM não é apenas um “software”. É um sistema, que pode até funcionar sem software, em planilhas ou num caderninho, dependendo do número de seus clientes e do tamanho de sua empresa. Mas, não existe sem a informação, sem o registro, análise e conhecimento profundo do consumidor. E, mais uma vez, lembrando da necessidade da capacitação das equipes. Como escreveu Sun Tzu, na “Arte da Guerra”: é preciso conhecer a si próprio e conhecer o adversário, que, no caso, não é adversário. É seu melhor amigo: o cliente.

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CURSOS

CÃES GUIA

Espírito Santo forma treinadores por Bartolomeo Boeno

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s cães-guias são como os ‘olhos’ para o cego. São animais adestrados para essa função, colaborando na agilidade e mobilidade, e ainda se tornando grandes companheiros dos deficientes visuais. A atividade de formação de instrutores e o adestramento de cães-guia é nova no Brasil e o Espírito Santo destaca-se como o único Estado da Região Sudeste onde se encontra em funcionamento um centro de formação específica nesta área. O Curso Técnico em Treinamento e Instrução de Cães-Guia é desenvolvido pelo Ifes - Instituto Federal do Espírito Santo na cidade de Alegre. Seu objetivo é aumentar o número de profissionais capacitados na área de formação de treinadores/instrutores e na formação de duplas (pessoas com deficiência visual e cão-guia) no Brasil. Atualmente há uma fila com 470 deficientes visuais

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de todo o país à espera de um cão-guia. “A ligação entre um cão-guia e seu tutor não é uma relação de posse, e, sim, de cumplicidade. Esse animal deixa de ser cachorro, quando está cuidando do dono, e passa a ser uma extensão corporal do deficiente visual”. A afirmação é do coordenador Geral do Centro de Formação de Treinadores e Instrutores de Cães-Guia do Ifes, Carlos Humberto Sason Moulin. À ESPERA DE UM CÃO Segundo Moulin, essa longa fila de deficientes que esperam por cães-guia se justifica pelo baixo número de centros de formação, grande carência de profissionais qualificados, poucos cães-guia treinados no país, e ainda aos elevados custos para a compra desses cães no exterior. Com esse curso, reconhece que “o Governo Federal contribuiu para a viabilização e maior acesso a eswww.simnoticias.com.br


se serviço às pessoas com deficiência visual”. O curso completa agora em agosto seu primeiro ano de atividade, com término da formação no ano que vem. A primeira turma conta com oito alunos, ao mesmo tempo em que é adestrado um plantel de 40 cães. A próxima turma está prevista para o segundo semestre de 2017, mas, a continuidade do curso, segundo Moulin, depende do apoio da Secretaria Especial de Direitos Humanos (SDH), vinculada ao Ministério da Justiça e Cidadania (MJC). “O projeto traz grandes benefícios, mas exige muitos investimentos”, diz.

LABRADORES Para esta primeira turma o Ifes adquiriu 40 cães da raça labrador, com idade entre 45 e 90 dias. Segundo o coordenador do Centro, foi escolhida esta raça pelo temperamento dócil e equilibrado do animal, além de sua facilidade em aprender. Os cães passam por uma fase de socialização e estão com uma média de idade de 12 meses. Durante a socialização os cães contam com o apoio de famílias voluntárias ‘socializadoras’ residentes na região de Alegre, que hospedam os animais durante 15 meses. Após esse período, os cães serão devolvidos ao Centro

para iniciarem a fase de treinamento específico. Após todo o processo de treinamento, os cães serão entregues de forma gratuita a deficientes visuais (baixa-visão e cegos) cadastrados no Cadastro Nacional de Candidatos à Utilização de Cães-Guia, dando a estes autonomia e independência, com mobilidade. Um total de 470 candidatos interessados nos cães-guia se cadastraram através de inscrição para esse fim que permaneceu aberta entre os dias 7 e 17 de agosto de 2014. Atualmente esse cadastro está fechado.

Habilidades de treinador O Técnico em Treinamento e Instrução de Cães-Guia estará habilitado para treinar cães-guias e instruir o deficiente visual a utilizar esse cão-guia. Também deverá apresentar as seguintes competências: • CONHECER a anatomia, fisiologia, etologia (comportamento animal) e promover o bem-estar do cão; • DOMINAR as técnicas de criação e manejo de cães-guia; • SABER selecionar os cães que serão treinados para a função de cão-guia; • DEMONSTRAR conhecimento na seleção das “famílias socializadoras” e na introdução e acompanhamento do cão-guia nas referidas famílias; • DOMINAR as técnicas de comunicação com as duplas envolvidas no processo (usuário X cão-guia); • CONHECER o processo de formação, orientação e mobilidade das duplas (usuário X cão-guia); • DOMINAR as regras a respeito de mobilidade em diferentes espaços/meios sociais, incluindo as de trânsito; • CONDUZIR o estabelecimento da relação da pessoa com deficiência visual (usuário) com o cão-guia; • CONHECER a legislação vigente no país, aplicada às pessoas com deficiência, ao cão-guia e ao usuário.

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ESPORTE

Quando o esporte encontra a literatura por Bartolomeu Boeno

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uzentos e cinquenta quilômetros. Esta foi a impressionante distância que o ultramaratonista capixaba Carlos Gusmão percorreu durante 37 horas e 15 minutos, entre os dias 18 e 20 de agosto. Ele acaba de entrar para a história como o primeiro atleta do mundo a concluir o desafiante “Caminho de Rosa”, uma corrida entre as cidades de Três Marias e Cordisburgo, no sertão mineiro. GRANDE SERTÃO O “Caminho de Rosa” é uma ultramaratona que revive o percurso trilhado a cavalo pelo escritor João Guimarães Rosa, a partir de maio de 1952, tocando uma boiada, pelos estados de Minas e Bahia, passando pelas cidades de Três Marias e Cordisburgo, sua terra natal. O autor tangia o gado com uma caderneta pendurada no pescoço. Anotava as atividades dos vaqueiros, as paisagens, provérbios, cantigas e expressões regionais. Inspirações para uma das suas obras mais celebradas, o livro Grande Sertão: Veredas. O maratonista Gusmão diz que o percurso reflete bem a narrativa (que é também desafiante) do autor em Grande Sertão: Veredas, vivenciando aspectos do sertão, seus campos vagos e amplos, as grandes fazendas, os trechos desertos, no dizer de Rosa, “onde um pode torar dez, quinze léguas, sem topar com casa de morador”. CONQUISTA INÉDITA Esta terceira edição do Caminho de Rosa aconteceu em pleno período das Olimpíadas do Rio, mas não teve holofotes. Aliás, quase que não houve participantes (apenas nove), pelo grau de dificuldade. Nas edições anteriores todos os atletas acabaram abandonando a prova no meio do caminho. Coube então a Gusmão mudar essa história. A prova foi fácil? Não. “Duríssima”. Quase desistiu diante de tantos obstáculos: temperatura de até 40 graus durante o dia, muito frio à noite, estradas irregulares, pedregosas ou empoeiradas, causando desgastes. Perdeu três unhas dos pés, teve bolhas e inchaços, mas, também incentivos. Venceu e ainda chegou com 9 horas de dianteira do segundo colocado, o mineiro Eduardo Saliba, que gastou 46 horas para terminar a corrida. Outros três atletas também finalizaram o percurso.

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Trechos do caminho e narrativas Os relatos de Carlos Gusmão podem se comparar, de alguma forma, a trechos do "Grande Sertão", de Guimarães Rosa "Todos estavam lá, os brabos" - Guimarães Rosa Carlos Gusmão – “Aí eu fui conhecer o sertão. A emoção, muito grande, porque quando você larga para uma corrida dessas, de mais de 200 quilômetros, você não sabe o que vai acontecer. É um grande teste”. (...) “O correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem” . “Na serra do Tatu, o frio ali é tal, que, em madrugadas, a gente necessita de uns

Carlos Gusmão – “Até o quilômetro 110 eu estava fazendo uma média de 10,5 quilômetros por hora, o que é uma marca puxada. Aí eu parei. Jantei, comi macarrão e troquei os tênis. É que a poeira entra no tênis e começa a cortar os dedos, a dar bolhas e a inchar. Por volta do quilômetro 195 eu pensei em desistir”. “...Fugi. De repente, eu vi que não podia mais, me governou um desgosto”. “...Eu sei que isto que estou dizendo é dificultoso, muito entrançado. Mas o senhor vai avante(...)”. – GR.

três cobertores” - Guimarães Rosa. Carlos Gusmão – “O sertão tem uma beleza diferenciada, a vegetação é agreste, tudo é muito seco, há lugares com até 40 centímetros de poeira, é de você afundar o pé. É uma poeira vermelha que parece talco, nunca tinha visto nada igual. A prova é muito dura”. “O senhor tolere, isto é o sertão”. “A poeira das estradas pegava pesada de orvalho”. “Rompemos uma duas léguas, em estradas de muita areia. Mas eu já estava agastado”. – Guimarães Rosa.

Carlos Gusmão – “No sertão a gente vê a felicidade na simplicidade das pessoas. Seus dialetos, sotaques e corruptelas no falar. Passamos por fazendas e igrejas. Uma senhorinha perguntou se estava com fome, o que queria comer. Pessoas que não têm nada e querem fazer tudo por você, enquanto, às vezes, pessoas que têm muito não ajudam a ninguém. Essa é uma coisa que vi”. “E chegamos!”, “... Eu tinha outra andada que cumprir, conforme a ordem que meu coração mandava” – Guimarães Rosa.

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As meninas campeãs do Jiu Jitsu

ESPORTE

pauloduarte@redesim.com

Paulo Duarte

As atletas capixabas Jordana Lírio e Fabiana Holz comemoraram a recente conquista de medalhas de ouro no Campeonato Brasileiro de Jiu Jitsu, no Rio de Janeiro. As conquistas somam-se às carreiras vitoriosas das jovens lutadoras.

Jordana Lírio foi, como convidada, assistir a uma aula de jiu jitsu e, desde então, não deixou mais o tatame. Com 23 anos, estudante de Pedagogia, ela é atleta da equipe Vinícius. Com dois anos de competição, já acumula títulos: campeã no Brasileiro por equipes pela CBJJ, campeã Open Guarapari (etapa estadual FCJJE), campeã Brasileiro sudeste (etapa estadual FCJJE), campeã GP de faixa branca (FCJJE), vice-campeã GP de faixa azul (FCJJE), vice- campeã no Brasileiro Xcombat (CBLP), vice-campeã Copa Sicoob de Jiu Jitsu (FCJJE). Fabiana Holz de 19 anos, entrou para

a equipe com incentivo do pai e hoje sente as mudanças que o esporte realizou na sua vida. Com pouco tempo de tatame também é uma colecionadora de títulos: campeã no Brasileiro por equipes pela CBJJ, campeã Open Guarapari (etapa estadual FCJJE), campeã Brasileiro sudeste (etapa estadual FCJJE), campeã Sul Americana no absoluto (CBLP), vice-campeã mundial (CBLP), campeã Copa Pepê (CBLP), vice-campeã Copa Sicoob (FCJJE), campeã 1ª Copa Vitória de Jiu Jitsu (FEJJES), campeã 3ª Copa Cachoeiro de Jiu Jitsu (FCJJE), campeã Open Iconha de Jiu Jitsu (FCJJE).

Um time do coração

A campanha de doação de medula óssea inspirou um grupo de amigos de Vitória que resolveu criar um time de futebol infantil para divulgar e motivar as doações. Com o nome “Doe vida, doe medula” a equipe, organizada pelos irmãos Ronald e Rômulo Barcelos, percorre as comunidades, conscientizando sobre a importância da doação, e jogando futebol. Os irmãos Barcelos integram o Instituto Doe Vida, que coordena o trabalho. Conforme disseram, antes de cada partida é explicado aos presentes a importância da doação de medula. O trabalho pode ser conferido no Facebook @doe vida doe medula óssea.

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Ele é o cara do skate Mais de 200 competições nacionais e internacionais. Esta é a impressionante marca de participações oficiais do skatista de 14 anos, Marcelo Damázio, residente em Vila Velha. Ele encanta nas suas apresentações e é uma forte promessa brasileira para as Olimpíadas de 2020 que terá o skate entre os esportes oficiais da competição. Com o anúncio da inclusão do skate como esporte olímpico, Marcelo passou a ter um novo foco na carreira. Para isso, já está em treinamento, ajustando horários de estudo com uma dedicação mais arrojada ao esporte. O garoto, que tem idade da categoria Mirim, já disputa as competições na categoria Amador, ou seja, três categorias acima. Com isso, e por conta dos títulos conquistados, Marcelo Damázio tem prestigio dentro e fora do país, onde, segundo ele, “com os problemas de sempre com patrocínio”, consegue estar presente na maioria dos eventos.

Fubebol: Linhares enfrenta dias difíceis A situação é das mais difíceis para o Linhares que, além de fazer uma campanha ruim na Copa Espírito Santo, acabou suspenso por não pagar uma multa pelo incidente no jogo com Real Noroeste, quando o clube linharense se recusou a jogar. O Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-ES) julgou o caso e determinou o pagamento da multa o que ainda não aconteceu. A campanha é triste: nenhum ponto em 6 jogos, defesa mais vazada, e para piorar, o clube não tem estádio para atuar. Quando tem o mando de campo, precisa sair procurando estádio. Para a torcida Coruja Azul, uma lembrança da última alegria. A conquista do título de 2007.

O que fazer com o futebol capixaba? O programa Esporte Record News está realizando uma série de entrevistas com o tema: O que fazer com o futebol capixaba? Há mais de duas décadas, na série D do Brasileirão, o nosso futebol não consegue passar para a série C e muito menos chegar às semi-finais. O que está errado? O que fazer? A cada segunda-feira às 20 horas, um convidado especial, debate o assunto. Durante três meses vamos debater com cronistas, dirigentes, ex jogadores e torcedores e buscar o caminho para “salvar” o futebol capixaba em 2017. Um futebol que já foi destaque na elite brasileira deste esporte, e que hoje amarga o abandono em âmbito nacional.

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Fábio Tessarolo

revistasim@redesim.com

AUTO SIM

A nova GM S10 Mudanças externas com um novo design frontal e também mudanças no interior com requinte nos acabamentos. Os sistemas de suspensão e freios também apresentam novidades. Agora com mais controle para redução de vibrações e ruído. A direção traz assistência elétrica inteligente e seus motores continuam os mais potentes do segmento, acima de 200 cv. Agora vem também equipada com a função ECO que permite auxiliar o condutor na busca pela redução de combustí-

vel e verificar a pressão dos pneus. Itens de sofisticação tecnológica realizam o acendimento automático dos faróis e sensores de chuva dentre outros. Um sistema de segurança ativa de condução em rodovias, possibilita a manutenção da direção entre as faixas de rolagem no asfalto e emite alerta sonoro evitando colisões frontais e reduzindo a velocidade em situações de risco. Preço poderá variar entre R$ 72 mil a R$ 167 mil reais.

Briga de gigantes Na briga das picapes grandes com tradição no mercado brasileiro, a francesa Renault apresenta a Alaskan e sua intenção é aumentar sua participação no mercado global. Ela já é comercializada em mercado vizinhos como o da Colômbia e a previsão estar por aqui em 2018. Com capacidade de 1 tonelada, tem plataforma compartilhada com a conhecida Frontie e atualmente é produzida na montadora da Nissan no México. A motorização será o motor 2.5 a gasolina ou 2.3 a diesel, esse o mesmo que equipa as Renault Master.

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Caçamba extra Já é permitido no Brasil a utilização daqueles famosos extensores de caçamba para picapes muito utilizados no mercado norte americano. Em 2010, o nosso código de trânsito recebeu resolução com alterações que regulamentam esse a utilização desse acessório. Porém, os interessados deveram estar atentos alguns detalhes importantes para evitar aborrecimentos e multas de trânsito. O sistema de sinalização por luzes traseiras deve estar totalmente desobstruído, principalmente as luzes de freios e setas.

Ocorrendo a falta de visibilidade para a placa de licença traseira, deve-se providenciar uma terceira a ser fixada na parte traseira e visível do extensor de caçamba, além disso a mesma deverá estar devidamente iluminada (obedecer o mesmo padrão original do carro). Finalizando, destacamos que a utilização desse acessório com a tampa traseira aberta somente é permitida para transporte de cargas/objetos indivisíveis (motos/bicicletas. Caixas e malas, por exemplo, não pode.

Novas tecnologia

A Ford lançou a linha Fusion 2017 com quatro versões de acabamento, todas completas com equipamentos exclusivos para segurança, dirigibilidade e conectividade. O novo Fusion é o primeiro da categoria a oferecer assistente de frenagem autônoma com detecção de pedestres. Oferece ainda piloto automático adaptativo com “stop and go” (acelera e freia automaticamente na aproximação de outro veículo), tem o alerta de colisão com assistência de frenagem autônoma, além do sistema que desliga e liga o carro no trânsito para economia de combustível. Chega para ser o campeão da categoria. Preços a partir de R$ 121.500,00.

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Mais segurança Uma nova tecnologia permite mais segurança aos usuários dos carros, principalmente para os pais de filhos jovens ou no empréstimo a terceiros. O sistema que anteriormente só equipava veículos de luxo, agora também equipa os carros mais populares da fabricante Ford. Ele permite programação de configurações pessoais na tela Sync (sistema de comunicações mídia a bordo por smartphone por bluetooth) e pode limitar a velocidade máxima, volume de som para alertas sonoros de não utilização de cintos de segurança, não permitir desligamento dos sistemas de assistência ativa ao condutor dentre muitas outras.

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Enófilo

Paulo Angelo

VINHOS 54

Um terroir santificado

E

m recente coluna (Revista Sim edição 91) falamos do vinho D’Angelo Aglianico Del Vulture. Pois bem, pesquisamos e encontramos o vinho Lisini Brunello di Montalcino Ugolaia 1990, produzido em Sant’Angelo in Colle. Agora é uma região italiana que tem o meu sobrenome. É em Ugolaia, região da Toscana no sul da Itália, que se situa a Vinícola Lisini da família de Elina Lisini, numa propriedade de apenas 1,5 hectares entre Sant’Angelo in Colle e Castelnuovo d’Abate, uma das mais antigas vinícolas da região de Montalcino, datada do ano de 1300. O cultivo da uva sangiovese que dá origem a este vinho e também lhe empresta espetaculares aromas complexos e amplos na boca, encorpado, mas, com taninos suaves, se dá na altitude de 320m acima do nível do mar. É o pedaço de terra mais quente de Montalcino, proporcionando uma maturação perfeita das uvas e produzindo brunellos concentrados, longevos e de grande complexidade, numa época em que não eram conhecidos na Itália nem no resto do mundo. Por esse motivo a partir do ano de 1967

foi criado um consórcio entre pequenos vitivinicultores com o intuito de regulamentar e classificar os brunellos e nessa mesma época foi criada a sigla DOCG (Denominação de Origem Controlada e Garantida). Esse vinho a exemplo de outros ícones mundo afora só é produzido em safras excepcionais. Envelhecido durante 36 meses em grandes barris de carvalho da Eslavônia (carvalho menos poroso e de qualidade superior e mais barato em relação aos franceses) e no mínimo um ano em garrafas antes de serem comercializados. E para ser um brunello tem que ser 100% (cem por cento) da uva sangiovese grosso e seu teor alcoólico na faixa dos 14% por volume. Sua harmonização pede embutidos, massas, queijos italianos, de preferência o pecorino toscano, carnes vermelhas e selvagens. Seu preço situa-se na faixa de 100 a 250 euros, dependendo da safra, mas, o Lisini Brunello di Montalcino Ugolaia 1990, por se tratar de um vinho longevo, como informado acima, poderá ser bebido até 2020 ou mais. A coluna sugere decantá-lo de 1 a 3 horas antes da degustação. Salute! Mas, se beber não dirija.

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TÁ NA SAFRA AGOSTO / SETEMBRO

Kiwi

Rúcula

Banana

Seu alto teor de vitamina C (mais do que a laranja) reforça o sistema imunológico, cardiovascular e ainda a produção de hormônios. Remédio natural para o estresse.

É considerada um afrodisíaco, rica em antioxidantes e vitaminas A e C que promovem a libido e a circulação. Ótima para a visão, pele e oxigenação muscular.

Contém todas as vitaminas, proteínas e minerais essenciais ao organismo. Rica em potássio, essencial para a circulação. Fonte de fibras e excelente energético natural.

Alimentos da estação fazem bem para a saúde e para o bolso. www.simnoticias.com.br

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barbieriassessor@gmail.com

Antonio Carlos Barbieri

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Cantos e encantos da Marca Ambiental A Marca Ambiental, referência em gerenciamento de resíduos e sustentabilidade, comemora 21 anos com a campanha “21 cantos e encantos” onde mostra a graciosidade de diversos cantinhos espalhados pelos mais de 2 milhões de m² que seu CTR ocupa em Cariacica. Ao longo de sua trajetória, a empresa construiu uma sede cheia de espaços ca-

tivantes, trazendo toda a beleza da natureza para o dia a dia de seus colaboradores. Mostrar essa realidade para além dos muros da Marca é o objetivo da campanha de aniversário que acaba de ser lançada na fanpage da empresa. “21 cantos e encantos” revela a cada postagem, no total de 21, agradáveis surpresas. Vale conferir.

"Errinho" de português

Sabe aqueles típicos errinhos de português como colocar o M na palavra Sobrancelha? Brincando com isso, a Danza Estratégia e Comunicação criou um outdoor para a especialista em permanent makeup, Ju Aguiar. A peça aconselha as pessoas vaidosas de plantão a não correrem o risco de serem vítimas de erros na hora de cuidarem das sobrancelhas, investindo em uma especialista de verdade.

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Rola na rede • WORKSHOP – Por iniciativa da Fenapro e realização do Sinapro-ES e Atitude Educação Executiva, Vitória recebeu Alexis Pagliarini, Superintendente da Fenapro, para o Workshop Design Thinking Propaganda. O evento levou a repensar, ante o momento turbulento que passamos, os modelos de atuação visando nossa sustentabilidade num mercado em constante mutação. • O CANNES LIONS ROAD SHOW passou por Vitória mostrando tendências e destaques de conteúdo do maior festival de criatividade do mundo. Iniciativa de O Estadão, Fenapro e Sinapro-ES. • BISCOITO GLOBO AGRADECE – Após crítica feita pelo jornal americano New York Times dizendo que o biscoito era sem graça assim como a culinária carioca, a marca publicou em sua página no facebook um post de agradecimento ao jornal : “Obrigada, New York Times! Uma crítica negativa nunca repercutiu tão positivamente para uma marca!!”,diz o post, junto à hashtag #somostodosbiscoitoglobo. Na Internet, os cariocas reagiram em apoio à marca com memes e mensagens, alguns chegando a trocar sua foto de perfil pela foto do tradicional petisco. O Biscoito Globo é vendido desde 1953 no Rio de Janeiro(M&M)

Nome novo, site novo, cliente novo O Sindiopes - Sindicato dos Operadores Portuários do Espírito Santo, mais novo cliente da W Imprensa, agora inicia sua primeira edição do Informativo Online, agregando os times W Propaganda e W Digital neste novo trabalho. A W Comunica assina desde o planejamento até o disparo da Newsletter Sindiopes, contribuindo para levar ainda mais informação aos associados do Sindicato. O Informativo Online apresenta novidades importantes sobre a área portuária, a agenda do Sindiopes para melhor comunicação com seus sindicalizados e notícias sobre economia – que podem impactar o setor

“Sua vida pede ar puro”

Numa bela iniciativa, a Locadora Prest realiza a ação “Sua vida pede ar puro”, visando combater o tabagismo. Os fumantes podem trocar cigarros por descontos no aluguel de carros da companhia em comemoração ao Dia Nacional de Combate ao Fumo. A ação é parte de uma campanha baseada em pesquisas sobre consumo de cigarro. A pesquisa indicou os principais fatores que levam as pessoas a fumar: vontade de relaxar, aliviar tensão, disfarçar o tédio e amenizar situações de estresse e ansiedade. Tudo produzido pela Brava Publicidade.

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DAVID DANTAS

Elayne Borel e Hugo Rodrigues receberam dezenas de casais e amigos para um delicioso final de semana em Pedra Azul. O Inverno VIP chegou em sua segunda edição e contou com shows, almoços e jantares temáticos, Escola de Samba, além de uma programação movimentadíssima. Na foto, Elayne e Hugo ladeiam o empresário Sebastião Receputi e sua Miriam.

SUPER SIM

Ainda de Pedra Azul, Diego Receputi e Márcia Rodrigues curtiram cada momento do final de semana nas montanhas capixaba.

O casal Francisco Santana e Claudia Brunow também prestigiaram a segunda edição do Inverno VIP.

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DAVID DANTAS

DAVID DANTAS

POR GABRIEL GOMES

A empresária Renata Pie tie esbanjando simpatia em noite fashion. www.simnoticias.com.br


CAMILLA BAPTISTIN

Vivian LouSelfie de Fernanda Pignaton, durante evenrenço e Ana Clara Benevides ital. cap to Fit que movimentou a BRUNO GAVA

CAMILLA BAPTISTIN

CAMILLA BAPTISTIN

Julio Campagnaro e Raigna Vasconcelos, da Alquimia, entre o médico urologista Ronaldo Barros e o empresário Rafael Rocha em evento que reuniu seleto grupo de médicos para lançamento farmacêutico.

Vanessa Cardoso prestigiando Taiguara Moura e Vinícius Loyola durante o aniversário de um ano da Green Station de Jardim da Penha.

Bete e Ricardo Cesc onetto come mo ra m ab er tu ra da Fa tto Acessórios Metálicos.

TÁSSIA COSTA

JAYRO GANDARELLA

Bate papo descontraído! Eduarda Santos e Isadora Resende. BRUNO LIRA

O sim de Bárbara e Diogo Kröhling durante cerimônia no Santuário Nossa Senhora do Rosário de Fátima, na Praia do Canto.

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Luciano Sartório e Bianca Cangini festejaram o aniversário dos filhos Ian, 4 anos, e Sofia, 1 ano.

Hora da selfie com Julia Rodrigues e Thainá Castro, em lançamento fashion. Robertha e Soraia Genelhu brindando os cinco anos da Jorge Bischoff em Vitória.

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Fique por dentro do que rolou no Morar Mais contato@jullianachan.com.br

Julliana Chan

A mostra Morar Mais Vitória reuniu 40 ambientes assinados por 62 profissionais das áreas de arquitetura, design, decoração e paisagismo. O que não faltou foram ideias surpreendentes. Inspire-se!

1- Espaço de trabalho funcional e acolhedor

INSPIRE-SE

Um ambiente que aposta na conexão entre peças antigas e contemporâneas como forma de criar vínculos afetivos entre o usuário e o espaço de trabalho. O mobiliário clássico, unido aos itens de design, artesanato e muita customização, transmitem personalidade e aconchego ao ambiente. Uma ideia fácil de reproduzir e super legal é o mural feito de barbante e pregos: cria-se uma espécie de varal para pendurar lembretes, recados e fotos.

2- Lavabo público acessível e ousado

Projetado para atender necessidades especiais, este ambiente apresenta uma atmosfera rústica e ousada. O reaproveitamento de materiais, como pedaços de madeira, que seriam destinadas a lenha, e o tabuleiro que assume lugar da cuba, imprimem caráter sustentável ao projeto.

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3- Minibar da mulher cheio de personalidade

O minibar foi idealizado como um espaço residencial e intimista e projetado para a confraternização entre amigas. O cenário é composto por prateleiras expositoras de bebidas, porta rolhas de vinhos e aparador de apoio. O reaproveitamento de materiais descartáveis foi peça chave deste projeto: destaca-se o tonel de lata customizado na cor roxa, que assume função de mesa lateral e funciona como apoio para bebidas geladas.

4- Cozinha do chefe: requinte e sofisticação

O espaço une estilo industrial e sofisticação. Como forma de garantir funcionalidade ao ambiente foram projetadas generosas bancadas de apoio e uma ilha central com cooktop, cuba esculpida e horta embutida. Vale destacar a adega mega original em blocos de concreto e o uso das samambaias que estão super em alta.

Profissionais • 01- Julia Imperial Cotta e Luisa Marim • 02- Clau Perovani, Karina Miranda, Márcia Fernandes e Néia Armani • 03- Aline Bindaco e Lícia Negreiros • 04- Carlos Victor Coelho, Larissa Villaschi, Raissa Fantin e Gabriel Passos

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FAZENDO MODA

Silvana Holzmeister

silvana@catmagazine.com.br

Melissa Meio-Fio

De olho na criatividade sem fronteiras, a Melissa lança o projeto Meio-Fio, que reúne em tempo real os bastidores e detalhes do processo criativo e do cotidiano de artistas e criadores contemporâneos de São Paulo. A ideia é traçar o mapa do novo cenário cultural na cidade, acompanhando durante três meses a rotina de nove artistas de diversas áreas.

O grupo terá suporte da marca para realizar produções e investir em técnicas, experiências e ferramentas que ampliem seu potencial criativo. Ao final dos três meses, haverá votação online para eleição de três participantes que devem se reunir para criar e desenvolver uma exposição inédita em parceria com a Melissa.

Poética em P&B

O fotógrafo Thiago Pinto assina as imagens do inverno da estilista mineira Sonia Pinto. Na poética em preto e branco das imagens passeiam looks da coleção retrospectiva da designer, desfilado no último Minas Trend. Peças andróginas, atemporais e japonistas, exibem cortes irregu-

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lares e detalhes que lembram origami. Sonia foi uma das criadoras do Grupo Mineiro de Moda nos anos 80, com a marca Printemps. E desde os anos 90 lança coleções com seu próprio nome. Em tempo: Thiago, fotógrafo oficial da marca, é filho da estilista.

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As fotos de Frida Kahlo

Muito se conhece das pinturas de Frida Kahlo, mas muito pouco sobre seu acervo fotográfico pessoal. E não é para menos. Após sua morte, em 1954, memórias da emblemática artista mexicana ficaram guardadas por meio século a pedido de seu marido, Diego Rivera, em um banheiro na Casa Azul, local onde Frida viveu grande parte da sua vida e onde veio a falecer. Só em 2007, quando a equipe da Casa Azul teve autorização para abrir este banheiro, encontrou um

conjunto de 6.500 fotografias. Desse total, foram selecionadas 241 imagens pelo curador Pablo Ortiz Monastério, dando origem à exposição Frida Kahlo – Suas Fotos. A exposição do Museu Frida Kahlo foi dividida em duas: Frida Kahlo – Suas Fotos, que está no MIS – Museu da Imagem e do Som, e Frida Kahlo – Suas Fotos | Olhares sobre o México, que ocupa o Espaço Cultural Porto Seguro, também em São Paulo, até 20 de novembro.

That one Day

Curte o universo feminino do skate? That one Day, 12º capítulo da série de curtas Women’s Tales da Miu Miu, dirigida apenas por mulheres, celebra as garotas que amam o esporte urbano. Durante cerca de 13 minutos, a diretora novaiorquina Crystal Moselle apresenta os desafios da protagonista, Rachelle Martinez. Entre tentativas de acertos, com muitos erros e quedas, ela traz à tona dramas vividos pela adolescência atual, como o sentimento de solidão e a busca pela turma certa. No meio de tudo, o inverno retrô da Miu Miu.

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Bia Willcox

Educadora e empresária www.r 7.com/biawillcox

COTIDIANO

Café Society, amores divididos e felicidade "Amor que é amor não aceita divisão, dúvida ou dualidade" - desde pequenos fomos programados de forma invisível e indolor para entender assim o amor. Entendemos a monogamia como natural, óbvia e a mais aceitável moralmente e sabemos que mesmo nos sentindo divididos, a monogamia ainda é a baliza reguladora de nosso comportamento, com todos os defeitos e inconsistências que possa ter. Acho que acreditar que não podemos amar mais de uma pessoa é um conceito que nasceu da confusão entre a paixão (muitas vezes cega) avassaladora, gatilho de muitos relacionamentos, e o que pode vir depois dela, o amor. Compreensível. Ainda assim é preciso considerar algumas premissas. • 1- Nem sempre as relações começam de uma paixão fulminante.

• 2- Muitos relacionamentos se iniciam tendo como base uma amizade sem benefícios que se transforma com o tempo. • 3- Aliás, alerta vermelho para amizade com benefícios (amigos que se relacionam sexualmente sem qualquer compromisso de exclusividade mútua), não parecem funcionar por muito tempo sem magoar uma das partes. • 4- Paixões são deliciosas e rejuvenecem mas não espere que elas se transformem com o tempo em um amor de longo prazo. . • 5- Amor dura quando tem objetivo em comum. É igual a projeto ou empresa: metas de curto e longo prazo, um alvo a atingir, sonhos a realizar juntos. Pode ser um sofá novo, filhos, gatos, via-

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gem ou mesmo trabalho juntos. Para durar, o amor tem que ter um destino. • 6- Amor funciona melhor a dois mesmo. Por mais que se tente, com relações livres e a mais de dois, amenizar a sensação de "nunca estar completo" que o amor provoca, definitivamente, não há tanta felicidade assim em relações abertas com mais de dois envolvidos. Talvez seja muita informação. • 7- Paixão que tem maturidade pra se transformar em amor sem prazo de validade é agulha no palheiro. Coisa rara mas possível. • 8- O amor entre duas pessoas é uma eterna balança. É análise de relação custo-benefício, de prós e dos contras e da afinidade de gostos, projetos e objetivos. A convicção de que o amor que temos é 100% do que queremos é uma espécie de decisão onde saímos apagando as possibilidades, mesmo que remotas, ao nosso redor. • 9- O amor é essencialmente dividido e no fundo, bem lá no fundo, mesmo que decidamos não sentir, nada além dele, existe aquele 1% de lembrança, dúvida ou aperto no peito pelo que deixamos de viver por opção ou destino. • 10- O novo filme do Woody Allen, Café Society, retrata muito bem a eterna dualidade do ser humano e suas escolhas o tempo todo, inclusive e principalmente no amor.

O amor é dual. Fato. E não é crime contra o status de monogamia sentir-se dividido ou amando mais de uma pessoa, mesmo que em diferentes intensidades. O que se passa dentro da gente é só nosso. Graças a Deus. www.simnoticias.com.br



SIM INDICA FOTO: ROBERTO SARTI

GUARAPARI, 125 ANOS

O mais conhecido destino turístico capixaba completa 125 anos. Guarapari, palavra indígena que atrai turistas de longe, principalmente os mineiros que amam as muitas enseadas e baias que o município oferece. São 46 praias cheias de charme, com areia fofa e águas que vão do verde ao azul mais escuro. Como diz seu hino oficial, composto por Pedro Caetano "Ninguém poderá sonhar Nem viver o que eu vivi Longe desta maravilha Que se chama Guarapari"



Celular no trânsito não tem graça. Tem consequência.

O uso do celular no trânsito aumenta em 400% as chances de um acidente. Motorista, ciclista ou pedestre: uma convivência melhor a cada esquina depende de todos.


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