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Ano 13 - número 153 JANEIRO-2016 DIRETORES Renato Lima e Zeca Almeida EDITOR RESPONSÁVEL Renato Lima - MTb: 27.188 - revista.regional@uol.com.br DIRETOR EXECUTIVO Zeca Almeida - editoraclipping@uol.com.br PROJETO GRÁFICO Fernanda Leite - ferml@terra.com.br ASSESSORIA JURÍDICA Marcos Alexandre Bocchini OAB/SP-163.641 COLABORADORES DESTA EDIÇÃO Reportagens: Ester Jacopetti e Gisele Scaravelli Artigos: Drauzio Varella e Maria de Lourdes Sioli
NOSSA CAPA foto: Globo Sergio Zalis e TV Globo ABRANGÊNCIA Cidades: Itu, Salto e Indaiatuba Circulação: a Revista Regional é distribuída gratuitamente de forma dirigida aos condomínios residenciais e comerciais selecionados de Itu, Salto, Porto Feliz e Indaiatuba; Plaza Shopping Itu; bancas e pontos comerciais credenciados SITE www.revistaregional.com.br Editor do site: Renato Lima Atualização: Felipe Rubinatto Criação e manutenção: Orion Internet e Multimídia Tiragem desta edição: 10 mil exemplares COMERCIAL Diego Ferreira Julio, Marcio Lima, Nice Viana e Sergio Nogueira
Revista Regional é uma publicação mensal da Editora Clipping Comunicação Ltda. REDAÇÃO E PUBLICIDADE Endereço: Rua Albuquerque Lins, 415, Centro, Salto/SP, Cep: 13.320-340 Telefones: Salto e Itu: (11) 4028-3128 / (11) 4021-3655 Indaiatuba: (19) 98202-1988 A Revista Regional não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos assinados, bem como pelas informações, imagens e promoções divulgadas nas publicidades, que são de responsabilidade dos próprios anunciantes. É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos, peças publicitárias criadas pela Revista Regional ou ilustrações por qualquer meio, sem prévia autorização por escrito dos editores (Lei de Direitos Autorais nº 9610/98). A revista está registrada sob n° 15.367 no cartório de Registro de Imóveis, Títulos e Documentos e Civil de Pessoa Jurídica. “O Senhor é meu refúgio. Fizeste do Altíssimo a tua morada. Nenhum mal te sucederá, nenhuma praga chegará à tua tenda. Porque aos seus anjos dará ordens a teu respeito, para que te guardem em todos os teus caminhos”. (Salmos, 91). Santa Rita rogai por nós.
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52 CONVERSA 18 Lázaro Ramos 24 Regionais 26 Mundo Melhor CULTURA 28 Os ‘Poemas Perdidos’ de Drummond 30 Nos passos, telas e pincéis de sua mestra... 32 A história e memória de Cabreúva EDIÇÃO DE VERÃO 36 As super máquinas do mar 2016 40 As dicas de verão de Solange Frazão 44 Dias quentes pela frente! Saiba como se prevenir... 46 Kitesurf invade as praias neste verão 48 Salgueiro no Indaiatuba Clube 12 Revista Regional
50 Área gourmet 52 Clips de verão 54 Vitrine MODA 60 Here comes the sun 64 Passarelas 66 Compras CASA 68 Para celebrar o ócio 70 Inspiração para 2016 72 Garimpo 74 Clips 76 VIP VIDA 78 Espiritualidade contribui para cura de doenças 80 Coluna do Dr. Drauzio 87 Circulando 98 Literários
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Promessas de ano novo O fim de um ciclo e o início de um novo ano são sempre acompanhados por novas promessas e mudanças. Há pessoas que almejam um salário melhor, uma mudança profissional, mais equilíbrio na vida pessoal, adquirir novos bens. Outros projetam um novo amor, menos quilos ou mais tempo para aproveitar a família. Mas, como já sabemos, o grande problema de traçar objetivo é fazê-los cumprir. A coach Flora Victoria lista cinco dicas para realizar as metas e promessas feitas para o novo ano. Confira no site de Regional. 14 Revista Regional
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ANO NOVO
Acreditar sempre
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asta passar o 31 de dezembro para começarmos a planejar o novo ano. Dietas, academia, planos profissionais, nova decoração, quem sabe uma nova casa, viagens, estudos... Enfim, vários são os projetos, as ideias, os sonhos... Claro que muito do planejado não conseguiremos pôr em prática em apenas 12 meses, mas quanto bem nos faz ter essas novas perspectivas. A listinha de planos para o ano novo nada mais é do que um ótimo exercício para os otimistas. Através dela, ganhamos mais força, confiança e fé. Talvez esta linha de otimismo seja a maior representação de todo o encanto que a troca do calendário produz nas pessoas. Justamente esse sentimento de renovação e de esperança. Bem dizia Carlos Drummond de Andrade: “12 meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui por diante vai ser diferente”. Claro que na próxima virada teremos outras ambições ou mesmo parte das listadas para 2016, porém, teremos vivido e corrido atrás de um objetivo, de um sonho, -aliás, este o principal combustível de nossas vidas. Desta vez, citar Drummond aqui neste editorial tem uma simbologia a mais. É que a estudante ituana Mayra de Souza Fontebasse, que cursa Letras na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), teve a honra de descobrir três poemas desconhecidos e inéditos em livro do poeta modernista brasileiro. A reportagem completa e os textos deste gênio da poesia nacional estão na seção Cultura desta primeira edição de 2016. Regional traz ainda as cores e a alegria do verão com um caderno especial cheio de matérias e dicas sobre a alta estação, além das tendências da moda para a temporada. Em Conversa, um papo super especial com o ator e agora escritor Lázaro Ramos. Na pauta, obviamente, a polêmica sobre os constantes ataques racistas sofridos por negros no país, principalmente nas redes sociais, como aconteceu com a esposa dele, Taís Araújo. Como se vê, começamos 2016 em grande estilo. Entre nessa sintonia e aproveite!
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PÁG. 35 Que Deus nos abençoe,
Renato Lima
Editor responsável
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LÁZARO RAMOS Sucesso na TV, no cinema e agora na literatura texto ESTER JACOPETTI
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ázaro Ramos, desde quando decidiu seguir a carreira de intérprete, quando ainda estudava na escola “Bando de Teatro Olodum” aos 15 anos de idade, só tem recebido muitos elogios. E tudo isso se deve à sua dedicação, que o transformou em um excelente ator, capaz de inspirar a juventude para seguir os mesmos passos, mas não apenas como referência na dramaturgia e sim como ser humano e a sua importância no mundo. “Eu luto para ser referência, o que de certa forma, traz grande responsabilidade. Eu não tenho esperança e não sou ativista. Não acredito em nada! Passo por um momento, em que eu acredito que a ação, é a melhor opção, mas que não seja apenas pelo o que o racismo me provoca. A minha ação é livre! Acredito no respeito à individualidade. É um conceito subjetivo, mas é algo que eu acredito. Negro não é só aquele tem a pele escura”, explica Lázaro quando questionado sobre o forte preconceito que vem ganhando evidência nos últimos anos. No teatro, ele interpreta Martin Luther King; no cinema, um professor de música, que vai à comunidade Heliópolis, ensinar crianças carentes a tocarem música clássica; e na literatura acabou de lan-
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çar um livro infantil dedicado ao filho João, de quatro anos. Por isso, podemos afirmar que Lázaro vai além de um ator comum. Preocupado com o rumo que a sociedade vem tomando, ele faz a sua parte e procura através dos seus diversos trabalhos, expressar a importância do respeito ao próximo. “Sou apenas uma peça mínima nesta engrenagem. Sou apenas uma gota d’água”, diz. Nesta entrevista, Lázaro conta um pouco de tudo, e nos ensina como se relacionar com o outro e a importância de suas escolhas. “Existe potência no outro. Eu espero aprender com as pessoas e quero que elas aprendam comigo também.” REVISTA REGIONAL - Você escreveu seu primeiro livro (Pararutas, 1994) aos 21 anos de idade, e agora está com 37, lançando o terceiro (Cadernos de Rimas do João). O que mudou na cabeça do Lázaro ao longo destes anos? LÁZARO RAMOS - Estou um pouco mais livre no jeito de escrever. A mudança básica é essa. Escrevi meu segundo livro (A Velha Sentada, 2010) pensando na criança que eu fui. “A Velha Sentada” oferece um mundo de reflexão e é um pouco mais complexo. Eu queria ter lido mais. Hoje em dia, escrevo para o adulto que eu
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quero que meu filho seja. É uma mudança de ponto de vista. Quando escrevi “Cadernos de Rimas do João”, fiz com a liberdade que a minha carreira proporciona. Durante a sua infância, quais foram os principais escritores que você gostava de ler, e que de certa forma te inspiraram a entrar no universo da literatura? Nossa! Pra te falar a verdade, eu fui um leitor meio tardio. Os primeiros livros que eu li, foram todos por indicação da escola. Lembro-me de ter visto “Capitu e Bentinho” (Machado de Assis, 1839-1908) e “A Moreninha” (Joaquim Manoel de Macedo, 1820-1882). Com 16 anos de idade, eu li a biografia de Nelson Mandela (1918-2013). Foi a partir daí, que comecei a ser um eterno apaixonado por biografias e já li todas possíveis. Depois fui conhecendo outras pessoas, mas acabei entrando na literatura brasileira, muito tarde, acho que foi com 17 anos. Essa é uma das coisas que sinto muita falta na minha infância. Eu poderia ter tido a oportunidade de ler mais livros para a minha idade. Tanto é que eu comecei um projeto de leitura na Bahia chamado “Ler é Poder” que surgiu em 2009 em comunidades. Estamos com uma campanha para o incentivo à leitura. Hoje, posso dizer que leio de tudo, e, pra ser sincero, o mais legal é que consigo me divertir lendo uma biografia ou um livro sobre tecnologia. Eu me interesso sobre tudo! Claro que eu tenho meus ídolos, o Nei Lopes é um deles. A Ana Maria Gonçalves é uma mulher que eu admiro muito. Estou doido para que ela lance o próximo livro. “Um Defeito de Cor” (2006) é o livro da minha vida, de cabeceira da minha cama, o que eu mais dou de presente. Eu já fui para a literatura internacional, tem um autor inglês chamado, David Lloyd, que as pessoas conhecem pouco, mas que eu adoro e sou apaixonado. O importante é ler! Eu tenho três, quatro livros que leio ao mesmo tempo. Tem um no banheiro, outro perto da cama, na bolsa e no trabalho.
O importante é ler! Eu tenho três, quatro livros que leio ao mesmo tempo. Tem um no banheiro, outro perto da cama, na bolsa e no trabalho”
Como surgiu a ideia do livro “Cadernos de Rimas do João”? Surgiu a partir de um questionamento da filha de um amigo, que perguntou a ele o que era ‘virgem’ (risos). Ele ficou tentando explicar, de alguma forma que ela pudesse entender. Só depois ele percebeu, que ela estava se referindo ao azeite, que estava em cima da mesa (risos). Foi a partir daí que eu comecei a pensar no livro. Que fala sobre amor, morte, candidato, saudade. É bacana fazer um livro como este, para explicar como são as coisas no mundo. É importante falar sobre estes assuntos. É possível um autor negro falar o que quiser, através do seu ponto de vista. Escrevo com o meu coração e com a influência das pessoas que estão ao meu redor. Escrevi este livro para o meu filho.
Como você se sente em poder, de certa forma, contribuir com a literatura para a formação de novos cidadãos? Com absoluta humildade! Sou apenas uma peça mínima nesta engrenagem. Sou apenas uma gota d’água! Nós temos vários autores, que eu acredito serem muito importantes, porque estão oferecendo literatura de qualidade. Às vezes eles não estão nas livrarias, mas as pessoas podem encontrá-los e comprar os livros nos sites, com muita facilidade. Eu na verdade, estou só chegando. Sou apenas mais uma pecinha.
Você não é só um ator, mas também uma referência para as pessoas que veem em você um exemplo a ser seguido, principalmente nestes dias difíceis em que o preconceito está em evidência... Eu luto para ser referência, o que de certa forma, traz grande responsabilidade. Falo para o filho todos os dias, o quanto ele é importante e também faço elogios para plantar uma semente, para que ele seja uma pessoa normal. Eu não tenho esperança e não sou ativista. Não acredito em nada! Passo por um momento em que eu acredito que a ação é a melhor opção, mas que não seja apenas pelo o que o racismo me provoca. A minha ação é livre! Acredito no respeito à individualidade. É um conceito subjetivo, mas é algo que eu acredito. Negro não é só aquele tem a pele escura. É importante explicar a história da África. Temos que começar pelo básico. Essa literatura não é só para crianças negras, mas para quem quer entender. Eu não tenho como cobrar o Estado ou o professor, mas sim das pessoas em relação ao valor da diversidade. Existe potência no outro. Eu espero aprender com as pessoas e quero que elas aprendam comigo também. Agora que você ingressou no universo da literatura, quem sabe você contribui para livros didáticos... Não sei se eu tenho capacidade de escrever um livro por encomenda. Como eu disse, quando vou escrever, faço o livro com o meu coração. Tenho muito respeito aos leitores e procuro escrever algo que seja útil, e pretendo continuar neste caminho. Escrevi três livros e de alguma maneira, tenho o desejo de ser escutado. O terceiro mais ainda, principalmente porque trato através do humor. Nunca dou todas as informações, não é uma técnica que procuro manter em todos os livros, mas estou tentando fazer uma literatura que fala das nossas questões, mas que também tenha entretenimento.
Existe uma polêmica por trás das obras de Monteiro Lobato e muito já se falou sobre este assunto. Qual a sua opinião a respeito? Nós como pais temos a liberdade e o direito de escolher o que vamos dar para os nossos filhos consumirem. Conversei com um amigo sobre Monteiro Lobato. Ele disse que este escritor é fundamental na infância de uma criança. Por quê? Eu tenho o direito de não mostrar estes livros para os meus filhos. A minha literatura é importante e eu tenho esse direito. Faço tudo para que eles sejam adultos que tenham autoestima. Não é um conceito específico contra o Monteiro Lobato. Hoje em dia nós temos várias editoras, e fornecimento da literatura ampla, e que acho interessante, e aqui não estou falando apenas como escritor, mas como pai que está atento a uma gama de autores bons, que eu posso oferecer para os meus filhos. Além de se dedicar à literatura, você também está com a peça “O Topo da Montanha” em São Paulo. Você pretende levá-la para o Rio de Janeiro? Eu ainda não sei quando vou chegar no Rio de Janeiro, porque estamos tendo uma temporada, graças a Deus, de muito sucesso aqui em São Paulo. Enquanto estivermos bem, vou batalhar para continuar aqui, porque sei que não será todo o público que eu gostaria que estivesse. Pretendo fazer uma temporada popular. Quero continuar por mais tempo e estou tentando viabilizar este projeto. A princípio, só tenho planos e possibilidades, por uma questão financeira mesmo, de fazer até janeiro. Se eu conseguir estender, será um grande sonho, e só depois viajar com a peça, mas por enquanto estou na batalha. Nós a planejamos durante dois anos. Ela é baseada na última noite de vida de Martin Luther King. A rotina tem sido intensa. Revista Regional 19
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Lazaro ingressou no mundo literário e acaba de lançar um livro infantil em homenagem ao filho
Você e a Taís estão contracenando na peça e mais recentemente em “Mister Brau”, mas sempre foram muito discretos, até por conta da profissão que exercem. Como é essa parceria que já dura 11 anos? Vocês estão praticamente 24 horas juntos. Pois é, e ainda estamos fazendo uma peça juntos. Há alguns dias participamos de uma entrevista e a repórter também perguntou muito sobre este assunto. É engraçado porque nós não sabíamos dar uma resposta. Não pensamos muito sobre isso. Trabalhamos juntos, primeiro porque é bom, e todas às vezes que fizemos, foi muito prazeroso. O que guia essa relação é o prazer de estarmos juntos e a qualidade dos personagens e da história que nós estamos contando. Não é uma área de conflito, porque antes de eu ser casado com a Taís, sempre admirei o trabalho dela. Ela já era uma atriz que eu gostaria de trabalhar. Existe uma sintonia. Nós conseguimos lidar muito bem com essa situação. Facilita até nas férias (risos). Mesmo sendo essa pessoa discreta, nós sabemos que existem paparazzi prontos para fotografar o cotidiano dos atores. Você e a Taís, que neste momento têm dois filhos, se incomodam quando essas situações acontecem? Quando você é uma pessoa pública sabe mais ou menos como lidar com essa situação. A sua imagem, dentro da cultura que nós vivemos, faz parte dessa curiosidade. Claro que alguns limites deveriam ser estabelecidos. Criança não pode ser fotografada! Ela deve ter seus direitos defendidos, inclusive ela ainda não escolheu se quer ser uma pessoa pública. Nós temos que dar essa oportunidade, para que os nossos filhos escolham. Inclusive, existe uma lei, mas... É até engraçado, o Du Moscovis falou uma vez, numa carta que ele escreveu: Quando um menor comete um crime, ele tem o seu rosto escondido. Uma criança, só porque é filha de um artista, não tem direito a privacidade. Este deveria ser um limite estabelecido. Com relação a mim, já sei que a minha rotina é essa. Na sua profissão, alguns personagens exigem certa disciplina, e mais recentemente você também desenvolveu outra atividade, que era cantar. Com foi esse processo? Você já havia feito aulas de canto? Sempre fiz aulas de canto, porque no meu grupo de teatro (Olodum) nós sempre brincávamos com a música. Tanto é que na série “Ó Pai Ó” (2008) que vem de uma peça do meu grupo, o personagem Roque era cantor. Voltei a fazer uma preparação vocal, mas sempre com a consciência de que as músicas para o seriado (Mister Brau, 2015) precisavam contar uma história. Eu não tenho a menor pretensão de cantar profissionalmente. A minha pretensão é com a música contar o que a cena precisa. Foi uma brincadeira diferente e sutil, mas quando eu chegava ao estúdio, me divertia muito na hora de cantar, mas não havia nenhum 20 Revista Regional
Eu luto para ser referência, o que de certa forma, traz grande responsabilidade” compromisso de fazer um CD de sucesso, que fosse estourar, ou uma turnê pelo mundo, pelo Brasil. O importante era contar a história da melhor maneira possível. Eu ouço todo tipo de música e, ultimamente, estou escutando Dream Team do Passinho. Sensacional! Muitas pessoas enxergam o mundo das celebridades cheio de muito glamour, mas você não parece ostentar o que tem. Você diria que é uma pessoa mais consciente quando o assunto é dinheiro? Desde muito cedo, meu pai me ensinou a ser muito responsável com o dinheiro. Tanto é, que quando eu vim morar no Rio de Janeiro sozinho, eu tinha que controlar bem os meus gastos, para não passar fome na terra dos outros (risos). Tem uma coisa engraçada, e comigo acontece da seguinte maneira: Eu gasto o meu dinheiro com o que me dá prazer. Só que o que me dá prazer não tem nada a ver com ostentação, me dá prazer comprar um livro, um CD, ou uma camisa que eu gosto, mas também não sou de entrar muito em shopping. Meus prazeres não têm nada a ver com coisas caras! Eu até queria, porque às vezes vejo alguma coisa cara, e penso que poderia comprar, mas... (risos). O trabalho como produtor também me ajudou bastante na questão de organizar a minha vida financeiramente. Eu produzo o meu programa (Espelhos) no Canal Brasil que, inclusive, acaba de completar dez anos. Nesta temporada, como eu opero a câmera também, acaba criando uma relação de intimidade muito grande com quem está assistindo. Mas enfim, na produtora não sabemos o que significa chegar no final do mês sem ter dinheiro para pagar os funcionários. Acabou se tornando minha rotina, por isso, tenho um pouquinho mais de costume de administrar o dinheiro, mas a Taís também é uma excelente administradora. Já deu pra perceber que você está envolvido em vários projetos, mas quando tem uma folguinha consegue frequentar algumas festas, ou prefere ficar em casa, curtindo a família? Gosto de festas, mas aquelas que têm amigos pra bater papo. Com a rotina intensa de trabalho, não sou muito de ir a baladas, onde você chega, e não conhece ninguém, fica com um copo de uísque, no meio daquela fumaça, dançando...
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O casal Taís e Lazaro passa praticamente 24 horas por dia juntos, trabalhando na peça “O Topo da Montanha” e no seriado “Mister Brau”
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conversa Você é embaixador da Unicef no Brasil, uma organização importante que luta em prol da infância e da adolescência no país. Qual a sua opinião sobre a questão da maioridade penal? Existem dois dados que são importantes: A quantidade de homicídios hediondos, cometidos por jovens é de 0,1%. E a quantidade de vítimas de homicídios, que são os jovens, é gigantesca. Essa estatística está na invisibilidade. Quando você se aprofunda neste assunto, 77% dos jovens que são assassinados são negros. Esta questão e o debate são importantes, para começarmos a analisar o que podemos mudar. Sobre a redução, fiquei pensando muito sobre este assunto. Quando acreditamos que a solução da violência está apenas na punição é um problema sério. Existe o local para onde esses jovens infratores vão, que são as instituições socioeducativas. Talvez o ideal seja repensarmos no formato destas instituições. O que acontece com o jovem quando chega lá? Não me parece a solução, colocar um menor, que cometeu um crime, numa prisão com um adulto que na verdade, se tornará ídolo para ele. Na verdade, acredito que nós estamos potencializando esse menor, que já cometeu um crime, a cometer outros e aprender coisas que não deve. Se tem algo que eu trago deste debate é repensar nas instituições. O tempo de permanência, o que se faz com esse jovem? Como nós estamos tratando? E falo também em solidariedade com as famílias, que foram vítimas de crimes cometidos por jovens. Nós não podemos esquecer. É uma dor enorme, alguém perder um familiar, por causa da violência. Tem sempre um lugar de solidariedade, de escutar, mas nós temos feito pouco. Inclusive, hoje nós ouvimos o argumento do outro, só para dizer que ele está errado. E ficamos na soberania de opinião. A escuta está faltando. Sou a favor da reformulação das instituições socioeducativas. Com isso pensar na infância preventivamente. No filme “Tudo Que Aprendemos Juntos”, você interpreta Laerte um músico que é obrigado a dar aulas para uma comunidade em Heliópolis. Do início da sua carreira até os dias de hoje, o que você trouxe da sua realidade para este filme? Eu trouxe muito da minha relação com o Zebrinha, o coreógrafo do teatro Olodum. Quando eu tinha 15 anos de idade, ele resolveu me adotar como filho artístico. Ele foi meu pai em todos os sentidos, desde o que dá carinho até o que dá muita bronca, mas o tempo todo sempre com o olhar de crença, acreditando no meu potencial. Depois que eu vi o filme, e foram duas vezes que eu assisti, fui entendendo no momento em que eu estava fazendo, que o valor veio desta origem que estava no filme. Foi algo muito intuitivo. Nas primeiras cenas com os garotos (Kaique Jesus e Elzio Vieira), eu não olhava nos olhos deles, não nos relacionávamos. De repente, num dado momento do filme, não sei exatamente onde foi, passo a olhar para eles, vejo quem são de verdade e começo a enxergar o potencial de cada um. Este olhar fez a diferença, porque o filme passa como você deve olhar para o outro, como uma potência e não como algo a ser rejeitado ou para não se relacionar. Existe sinceridade na maneira que nós nos olhamos e estabelecemos esta relação. Não teríamos outra forma de fazer o filme, se não tivéssemos emprestado a nossa verdade aos personagens. Você comentou sobre estes desafios lançados pelo personagem, mas em relação ao instrumento, você chegou a fazer aulas de violino? Como foi o processo de construção? Toco violino desde os meus quatro anos de idade (risos). A parte do instrumento foi a mais difícil! Eu, com a minha pretensão, achei que fosse conseguir tocar alguma coisa, mas depois do primeiro mês de aula, me desesperei e não consegui tocar nada! Mas existem alguns recursos e com a direção do Sergio (Machado, diretor) conseguimos dar muita credibilidade ao personagem e a execução do instrumento. Foi difícil, mas tudo pensado para fazer da melhor maneira possível. Inclusive, o Sergio indicou que eu assistisse a alguns filmes sobre música clássica, com atores tocando violino, para que eu percebesse onde eles acertavam e erravam. Foi um trabalho exaustivo, mas tivemos bons resultados, inclusive escutamos das vozes dos músicos da Osesp que estava aprovado. Com relação ao professor, na verdade fui muito guiado pelos meninos. Eles têm uma força, um potencial, que se eu não entregasse o que eles ofereceram, eu não faria nada neste filme. Eu estava reagindo ao que eles me provocavam. Eles são talentosíssimos! Improvisam muito bem, o que às vezes me deixava sem saber o que fazer, na corda bamba, sem saber para que lado eu ia. Me deixaram nervoso (risos). Tem uma 22 Revista Regional
Passo por um momento em que eu acredito que a ação é a melhor opção, mas que não seja apenas pelo o que o racismo me provoca. A minha ação é livre! Acredito no respeito à individualidade” cena que o Elzio joga salgadinho em mim, como seu eu fosse uma galinha. Fiquei nervoso de um jeito, que eu não sabia mais onde era o personagem, onde era eu mesmo (risos). Fiquei com vontade de dar um soco nele. E olha que ele é meu amigo, e nós saíamos juntos depois das filmagens, mas foi assim que eu conduzi o personagem. O filme é baseado na peça “Acorda Brasil”, de Antônio Ermírio de Moraes. Você procurou se inspirar nele para interpretar o Laerte? No caso, independentemente de eu ter alguém para inspirar o personagem, e até a história real que o Instituto Bacarelli tem, o que guiou foi estar no Instituto participando das aulas, me apropriando e compreendendo o poder transformador da música. No meu primeiro dia, fizemos um tour e, no final, me colocaram numa sala com excelente acústica, com a orquestra jovem de Heliópolis, sendo regida pelo maestro Isaac Karabtchevsky. Eles começaram a tocar pra mim. Comecei a chorar de um jeito descontrolado, sem saber o que a música estava provocando em mim, mas eu já estava tomado. Aprendi qual era o valor da música. É algo que vai no sentimento, no subjetivo que não dá nem para explicar e dizer que inspiração foi esta. É o poder transformador da música que não sabemos de onde vem. Como foi receber o convite para participar deste projeto? Identifico-me muito com o meu personagem, aliás, fazia muito tempo que eu não implorava por um, porque o diretor não me queria como o Laerte (risos). Ele me convidou para fazer o melhor amigo do meu personagem, mas antes de eu dar porrada no diretor, gosto muito de trabalhar com ele. É praticamente um diretor de cinema que me descobriu. Foi com ele que eu fiz o meu primeiro teste para o filme “Madame Satã” (2002) quando eu tinha 19 anos na Bahia. Fizemos juntos “Cidade Baixa” (2005), um filme que eu tenho muito orgulho. Sempre que eu puder, vou trabalhar com ele. Quando ele me convidou para este filme, quando eu li o roteiro, só conseguia me identificar com o Laerte, o que ele vivia, o que ele falava, porque assim como os meninos, eu também fui de um grupo de teatro. Também tive uma relação com o meu mestre, como eles tinham com o Laerte. Parei de ler o roteiro no meio, conversei com o Sergio e expliquei que seria impossível fazer outro personagem, porque eu estaria fazendo um, de olho no outro. Eu jogaria uma energia péssima no ator que faria o Laerte, porque eu queria estar no lugar dele (risos). O Sergio fugiu de mim e não me respondeu. Convidei o Caio (Gullane, produtor executivo) para almoçar em casa e preparei uma comida bem gostosa. Quando acabou o almoço eu expliquei que queria fazer o filme. Insisti e o Sergio foi obrigado a me convidar (risos). Neste trabalho você fez a preparação com Fátima Toledo que tem fama de ser durona com os atores. Como foi a sua experiência com ela? Essa foi a minha segunda experiência com ela. No filme “Cidade Baixa”, eu já tinha trabalhado com a Fátima e me dei muito bem. É sempre um processo duro, de muita descoberta, mas no meu caso, ajudou bastante. Este tinha uma dificuldade maior, talvez porque eu fosse o único adulto que estava todos os dias convivendo com os adolescentes. Às vezes a minha função não era só me entregar, mas também de ser um auxiliar, de segurar a energia que vinha dos meninos. O que é muito difícil, mas a partir do momento que nós nos entendemos, como poderíamos potencializar a nossa atuação e permitir que fossemos o mais sincero possível na tela, facilitou tudo. Num primeiro momento sempre dá uma confusão. Você fica sem saber exatamente como vai canalizar para a cena. O professor esconde muita coisa e, às vezes, está no olho, um turbilhão de emoções que é um pouco o que eu passei ali.
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Assessoria de Imprensa/Prefeitura de Salto
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Museu da Música celebra 8 anos em Itu
Maestro João Carlos Martins lota praça em Salto
fotos: Camila Fontenele de Miranda
A noite do sábado, dia 12 de dezembro, ficará registrada na memória de cerca de 2 mil saltenses, que tiveram a oportunidade de assistir, no Pavilhão das Artes – Praça Archimedes Lammoglia, ao concerto do maestro e pianista João Carlos Martins e a Camerata Bachiana. No palco, o maestro falou sobre a sua trajetória, tocou piano e regeu a Camerata. Em diversos momentos, foi aplaudido pelo público, que fazia questão de se manifestar pelo belo espetáculo. A apresentação, que integra o projeto “Na Roda com o Maestro – Uma homenagem a Johann Sebastian Bach”, foi viabilizada pelo Projeto Nacional de Apoio à Cultura (Lei Rouanet) e produzido pela D’Color Produções Culturais e Fundação Bachiana. O patrocínio foi da Fedrigoni Brasil Papéis e o apoio cultural da Prefeitura de Salto.
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No dia 20 de dezembro, o Museu da Música – Itu celebrou seus oito anos de fundação com o Concerto de Natal do Coral Vozes de Itu. O grupo apresentou a Cantata de Natal “O Rei dos Reis” de John Peterson, na Igreja do Bom Jesus. Na ocasião o Museu da Música recebeu em doação documentos relacionados ao jesuíta ituano padre Luiz Gonzaga da Silveira D’Elboux (1916 – 2002), entre eles um precioso Caderno de Poesias, material escrito durante a sua formação em Letras Clássicas e Filosofia, nos quadros da Companhia de Jesus, ordem religiosa da qual fez parte desde a juventude. Os originais revelam a qualidade de sua produção literária e a singela beleza de sua composição poética. Com a doação, será aberto o ano comemorativo do centenário de seu nascimento, evento realizado em conjunto entre o Museu da Música – Itu, a Biblioteca Histórica do Bom Jesus, a Schola Cantorum em parceria com a Igreja do Bom Jesus, a Academia Ituana de Letras, a Companhia de Jesus, a família D’Elboux, o Jornal A Federação e a Secretaria Municipal de Cultura de Itu.
‘Todos podem ser Frida’ em Salto Em comemoração aos seus 25 anos de fundação, o Museu Cidade de Salto Ettore Liberalesso, terá em 2016, diversas ações. A primeira a ser confirmada pela equipe da instituição é a exposição “Todos Podem ser Frida”, que será realizada em julho deste ano. Junto a ela, serão realizadas diversas atividades pensadas pelo setor educativo do Museu, além das intervenções que serão realizadas pela artista idealizadora do projeto. A vinda da mostra é fruto de uma parceria com o Museu da Diversidade Sexual de São Paulo, instituição vinculada à Secretaria de Estado da Cultura, e que realiza ações importantes para o debate acerca da igualdade de direitos para a comunidade LGBTT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros), além de questões relacionadas ao debate de gênero. O projeto foi idealizado pela artista Camila Fontenele de Miranda e teve início com intervenções na cidade de Sorocaba, em 2013, chegando ao Museu da Diversidade Sexual no ano passado, quando ficou em cartaz de novembro de 2014 a fevereiro de 2015. Além de Sorocaba e São Paulo, a exposição já andou por outros dois estados brasileiros e, em setembro deste ano, foi exposta na cidade de Caserta, na Itália. “Todos podem ser Frida” já foi tema de reportagem da Revista Regional em 2015.
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fotos: Gisele Scaravelli
mundo melhor
Kia promove “Natal do Bem” em Itu No último dia 05 de dezembro, o Grupo Gandini realizou seu tradicional “Natal do Bem”. A festa de Natal, que acontece há sete anos, recebeu, aproximadamente, 850 crianças das entidades assistenciais André Luiz, Ceapi, Centro Madre Teodora, Lar e Creche Mãezinha, Creche Pica Pau e Lar Santo Inácio, além de filhos dos funcionários do grupo. A festa, que acontece todo ano da sede da Kia, em Itu, começou às 10h e contou com o auxílio de recreadores. As crianças foram recepcionadas pelo Robokia, se divertiram com diversos brinquedos e atrações, e ainda se deliciaram com os lanchinhos e doces servidos nas barraquinhas instaladas no local. Como já era de se esperar, o momento mais importante da festa foi a chegada do Papai Noel de helicóptero, que presenteou toda a criançada.
No início de novembro, São Paulo reuniu jovens de várias partes do Brasil no 3º Encontro de Jovens Transformadores (EJT). Foram mais de 1 mil inscrições, no entanto, apenas 200 jovens selecionados. “Este é um projeto que reúne os jovens mais transformadores do país, portanto todos os participantes passam por uma seleção onde tem que provar sua capacidade de transformar realidades com os projetos que criaram”, explica um dos responsáveis pela organização, Anderson Pereira. Cada sala do 3º Encontro de Jovens Transformadores abrigou um tema para os jovens discutirem e depois colocarem a mão na massa. Os sete temas principais basearam-se em: carreira, empreendedorismo, educação, política, sustentabilidade, inovação social e propósito. Desse modo, os organizadores do evento criaram uma atmosfera para estimular a criação e divulgação dos projetos dos jovens. As propostas de destaques visam à inclusão social, diminuir o desperdício de alimentos e levar soluções sustentáveis para o país. O aplicativo Librassa para deficientes auditivos foi o projeto vencedor na sala de empreendedorismo. O projeto consiste em uma plataforma virtual interativa, aliada a um aplicativo, que disponibiliza aulas do ensino básico 26 Revista Regional
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Jovens criam soluções inovadoras para transformar o país
e médio em LIBRAS para surdos. Além disso, também serão disponibilizadas aulas para que ouvintes possam aprender essa língua, criando, assim uma rede social de aprendizado. “Dessa forma, é possível expandir as fronteiras da inclusão social e trabalhar em prol de um Brasil mais desenvolvido’’, explica Danilo Gomes de Miranda Alencar (18). Nos outros painéis, do evento, Salvador Ramalho (24) apresentou o Reallimentar, plataforma web/mobile que conecta minimercados aos comércios varejistas de refeições. Tal ideia promove novas modalidades de venda de alimentos próximos ao vencimento. “Com o projeto, buscamos eficiência na produção de alimentos, eliminar a fome e quebrar mitos sobre a dificuldade de inovar no mercado alimentício”, conclui Ramalho.
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Os ‘Poemas Perdidos’ de Drummond
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cultura
Estudante de Letras, a ituana Mayra de Souza Fontebasse encontrou, no ano passado, três poemas desconhecidos e inéditos em livro, do poeta modernista brasileiro Carlos Drummond de Andrade texto GISELE SCARAVELLI
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ma nova descoberta para a literatura brasileira! Aluna do último ano de Letras da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), a ituana Mayra de Souza Fontebasso encontrou três poemas desconhecidos do poeta brasileiro Carlos Drummond de Andrade. Cursando Licenciatura Plena com área de atuação em Literatura Brasileira, a descoberta se deu em função da pesquisa de Iniciação Científica de Mayra intitulada “Os modernistas e a revista Raça (1927-1934)”. Financiada pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) a pesquisa de Mayra tem como objeto de estudo a revista Raça, publicada na cidade de São Carlos entre os anos de 1927 e 1934, que tinha como colaboradores autores ligados ao movimento modernista como Cassiano Ricardo, Menotti Del Picchia, Mário de Andrade e o próprio Carlos Drummond de Andrade. Tudo começou em 2012, quando Mayra fez um estágio na seção de Arquivo da Fundação Pró-Memória de São Carlos (FPMSC), onde tinha como função descrever fotos antigas do acervo do jornalista são-carlense Octavio Carlos Damiano. “Um acervo riquíssimo composto por muitos jornais e revistas, além de recortes comentados sobre fatos da cidade, pois Octavio Damiano foi um cronista muito conhecido em seu tempo. Em meio a esses recortes que ele guardava e que a família doou à FPMSC encontrei um pedaço de jornal no qual havia notícia antiga sobre a ‘famosa revista modernista de São Carlos’, em referência à revista Raça. Ali começou tudo e resolvi aproveitar o tempo livre no estágio para procurar a tal revista”, conta a estudante, que deu sequência à pesquisa e percebeu que poderia estudar a manifestação modernista no Interior paulista. Apenas em 2015 que Mayra conseguiu com uma bolsa do CNPq -que acrescentada a recursos próprios- pôde estudar profundamente o assunto. “Lá pela metade do ano que vem (2016) devo publicar o relatório da pesquisa, resultado de um primeiro mapeamento dos escritos modernistas; e no mesmo período defenderei o meu Trabalho de Conclusão de Curso na mesma área de Literatura Brasileira e, dadas as atuais condições, com uma ênfase muito maior nos poemas do Carlos Drummond de Andrade, encontrados recentemente”, explica a pesquisadora e acrescenta que a pesquisa resultará um artigo científico.
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Os poemas de Drummond encontrados por Mayra e inéditos em livro foram publicados em junho de 1929 na revista Raça, mas segundo ela e seu orientador, o Prof. Dr. Wilton José Marques, são provavelmente poemas escritos no início dos anos de 1920. A estudante conta que num primeiro momento ficou intrigada com os poemas, pois são diferentes dos habituais que consagraram Drummond na literatura nacional. Os poemas – “Poemas Perdidos” – estão escritos em prosa poética com evidentes traços simbolistas e penumbristas, ou seja, marcados por um tom melancólico e pelo uso reiterado de reticências, além da assinatura “Carlos Drummond”, sem o “Andrade”. Depois de encontrá-los, Mayra e seu orientador buscaram saber se esses poemas já haviam sido catalogados. O passo seguinte foi consultar o poeta e crítico Antônio Carlos Secchin, membro da Academia Brasileira de Letras, que em 2012 organizou a publicação do livro “Os 25 poemas da triste alegria”, do próprio Drummond, com poemas contemporâneos aos encontrados, constatando assim, o ineditismo dos poemas. “Então eu tinha a pedra no meio do caminho e precisava entender se aquela pedra bruta era mesmo Drummond, além de dimensionar o seu quilate, o seu valor. Até confirmarmos nossa intuição passou-se um mês, no máximo. Wilton me indicou livros valiosíssimos como “Bibliografia comentada de Carlos Drummond de Andrade”, de Fernando Py, que fez um levantamento minucioso de toda a obra drummondiana publicada de 1918 a 1934, e os poemas da revista são-carlense não apareciam nesse levantamento. Depois, fui orientada a consultar o “Inventário do Arquivo Carlos Drummond de Andrade”, que possui mais de 2 mil itens aos cuidados da Fundação Casa de Rui Barbosa, e tampouco encontrei qualquer referência aos poemas da revista Raça. Finalmente li com cuidado a obra que me foi mais fundamental, de Antônio Carlos Secchin, que traz um livro escrito por Drummond em 1924, do mesmo período dos poemas da revista Raça e que foi fundamental, pois nele há semelhanças estéticas e a informação garantida referente aos nomes usados por Drummond, sendo que a assinatura “Carlos Drummond”, sem o “Andrade”, é comum na obra do escritor dos anos 1920”, detalha a ituana e ressalta. “Li outros livros, dissertações e teses, de maneira que continuo estudando mais sobre essa fase jovem do poeta de Itabira (MG), mas foi graças
Imagens: Acervo de Octavio C. Damiano – Fundação Pró-Memória de São Carlos
Revista “Raça”, n. 13, jun. 1929, Capa - São Carlos/SP Acervo de Octavio C. Damiano - Fundação PróMemória de São Carlos
Poemas “perdidos” de Drummond foram encontrados por uma ituana e passaram a ser objetos de pesquisa
Poemas perdidos O poema das mãos soluçantes, que se erguem num desejo e numa súplica
Revista “Raça”, n. 13, jun. Acervo de Octavio C. Damiano, 1929, p. 32 - São Carlos/SP Fundação Pró-Memória de São Carlos
ao professor Secchin que tivemos a certeza de que os poemas eram até então desconhecidos”. Destino dos poemas Mayra afirma que o fato mais importante nessa descoberta é lançar luz à importância da pesquisa de base em literatura reforçando a relevância do processo de formação dos escritores e dos poetas. Assim, a colaboração de Carlos Drummond de Andrade à revista são-carlense entra definitivamente na biografia do poeta e contribui para fortalecer estudos e reflexões mais profundas sobre as manifestações modernistas no Interior paulista. Entretanto, o destino desses poemas depende dos detentores dos direitos autorais do poeta. Ela assegura que os poemas constarão no material publicado como resultado de sua pesquisa científica. Questionada sobre o sentimento perante os achados, ela se diverte: “Costumo brincar dizendo que ‘virei’ pesquisadora. Não esperava todo esse barulho e não tinha dimensão da paixão nacional que os brasileiros sentem pelo Drummond. Particularmente tenho uma relação muito estreita com a poesia dele desde a juventude e para mim era um autor intocável, que eu nunca conseguiria estudar academicamente. E olha só! Cá estou. Ser mulher, mãe, universitária, trabalhadora e, agora, pesquisadora não é fácil. Mas tenho muita paixão e obsessão pelo o que estudo, agora minha meta é ter tempo e conseguir, aos poucos, fomento e apoio financeiro para que eu possa me dedicar à pesquisa, que deve sempre ser feita com muito comprometimento. Vá saber quantas pedras mais aparecerão no meio do meu caminho depois dessa pepita de ouro que o Drummond chutou e deixou aí, torcendo para que ninguém a descobrisse. Não deu, Drummond, não rolou, te achei!”, encerra às brincadeiras.
Como são belas as tuas mãos, como são belas as tuas mãos pálidas como uma canção em surdina... As tuas mãos dançam a dança incerta do desejo, e afagam, e beijam e apertam... As tuas mãos procuram no alto a lâmpada invisível, a lâmpada que nunca será tocada... As tuas mãos procuram no alto a flor silenciosa, a flor que nunca será colhida... Como é bela a volúpia inútil de teus dedos...
O poema das mãos que não terão outras mãos numa tarde fria de Junho
Pobres das mãos viúvas, mãos compridas e desoladas, que procuram em vão, desejam em vão... Há em torno a elas a tristeza infinita de qualquer coisa que se perdeu para sempre... E as mãos viúvas se encarquilham, trêmulas, cheias de rugas, vazias de outras mãos... E as mãos viúvas tateiam, insones, - as friorentas mãos viúvas...
O poema dos olhos que adormeceram vendo a beleza da terra
Tudo eles viram, viram as águas quietas e suaves, as águas inquietas e sombrias... E viram a alma das paisagens sob o outono, o voo dos pássaros vadios, e os crepúsculos sanguejantes... E viram toda a beleza da terra, esparsa nas flores e nas nuvens, nos recantos de sombra e no dorso voluptuoso das colinas... E a beleza da terra se fechou sobre eles e adormeceram vendo a beleza da terra... CARLOS DRUMMOND 1 Ortografia atualizada por Mayra de Souza Fontebasso.
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Nos passos, telas e pincéis de sua mestra... O artista plástico ituano Fábio Marqui foi pupilo da artista plástica Maria Célia Bombana, em quem inspirou parte de sua trajetória profissional texto GISELE SCARAVELLI
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Arquivo pessoal e Divulgação
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fotos: Arquivo pessoal e Divulgação
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ábio Marqui é ituano, mas hoje vive em Paraty-RJ. Sua história com as artes plásticas começou na infância, gostava de desenhar e pintar como toda criança, mas não sabia o que futuro lhe reservava. Na adolescência tinha um grande interesse pela pintura e conseguiu um trabalho com a saudosa Maria Célia Bombana, artista plástica ituana falecida em 2015. “Eu conheci a Célia através do meu tio. Na época, ela já tinha ateliê e fui ser mais um funcionário dela. Eu tinha uns 16, 17 anos e ela me deu essa oportunidade. Ao mesmo tempo em que trabalhava, eu aprendia muita coisa com ela”, conta Fábio. Pouco tempo depois ele foi cursar Artes Plásticas na Panamericana, em São Paulo, e explica que mesmo tendo aprendido as técnicas de azulejaria com a Célia, foi a tela que acabou lhe despertando o interesse. “A Célia trabalhava com muita encomenda de painel de azulejo e a gente trabalhava ajudando a executar esses painéis. Eu fui pra São Paulo depois, tentei arquitetura, não deu certo, mudei pra artes plásticas e deu super certo. Eu me formei e fui para Paraty, mas nunca perdi o contato com ela”, ressalta o artista. A ida para Paraty foi por acaso. Numa viagem a passeio, Fábio se identificou com o local e acabou se mudando para lá para montar seu ateliê. Seu trabalho retrata o hoje, em cenas corriqueiras como um casal sentado num banco de praça, um menino andando de skate e até mesmo o retrato da zona rural. No ano passado, expos suas telas no Plaza Shopping Itu, iniciando uma série sobre a cidade. “Eu acabei me afastando profissionalmente de Itu, mas o Edgar [Silveira, gerente de Marketing do Plaza Shopping Itu], pessoa maravilhosa, cedeu um espaço para expor e a partir desse contato com ele, comecei essa série de Itu. Uma homenagem com uma visão contemporânea da cidade”, acrescenta Fábio, explicando que sua técnica até lembra um pouco a de Célia. Apesar de ser conhecida por sua produção em azulejo, Célia também pintava telas e em alguns casos, teve obras premiadas internacionalmente. Fábio conta que chegou a comprar um forno de queima para azulejo, executou alguns painéis, mas a pintura em tela foi o que lhe amarrou. “Eu não gostava tanto de pintar em tela, mas acabei adaptando, pois fica mais vendável, ainda mais morando em Paraty. Hoje eu uso a técnica de acrílico sobre linho. Não sei se tem influência dela, mas acabou que o azulejo não deu muito pra mim”. O artista conta que em sua loja busca diversificar entre frutas, flores, paisagens e que também pinta a partir de encomendas. “A arte foge do que a gente planeja. A questão da inspiração é uma coisa muito natural, então não tem dia, não tem hora, mas estou sempre me inspirando”, revela. Há alguns meses, poucos antes dela falecer,
Telas de Fabio expostas no Plaza Shopping, no detalhe, ele e sua mestra, a saudosa artista Célia Bombana
ele visitou a mestra, e conta que foi um encontro muito bom. Reconhece que muita coisa que sabe hoje foi graças a ela, pois Célia nunca teve vaidade em ensinar seus pupilos. “Foi incrível a visita que eu fiz a Célia. Nós fizemos uma foto e nem tenho o que falar. Só acho que Itu está em dívida com ela e que ela merecia no mínimo uma exposição, algo assim, para que possamos nos despedir com uma homenagem mesmo”, encerra com pesar. Revista Regional 31
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A história e memória de Cabreúva
Em registro literário, o escritor Otoni Rodrigues da Silveira publicou cinco anos de pesquisa, em dois volumes, sobre a história de Cabreúva, do século XVIII aos dias atuais fotos: Gisele Scaravelli
texto GISELE SCARAVELLI
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história de Cabreúva se funde com a de Itu. A formação do povoado de Cabreúva se deu na década de 1780, com famílias procedentes de Santa de Parnaíba, Araçariguama e de Itu. No início da década de 1790 foi erigida uma humilde capela em devoção a Nossa Senhora da Piedade, onde hoje fica a saída para Pirapora do Bom Jesus. Por meio de um decreto imperial, Cabreúva foi elevada à condição de freguesia 40 anos depois, em 1830. O decreto enunciou que seu território deveria ser desmembrado do ituano. Cabreúva cresceu e consolidou-se no meio de um imenso canavial, chegando à condição de Vila em 1859, encontrando sua força econômica na cana-de-açúcar. Informações que vão desde o nome da cidade, originário da árvore cabriúva encontrada em grande quantidade na região, sua fundação, construções de capelas, famílias importantes em sua formação, até o fato de Cabreúva ter passado a ser sede de Comarca, em 2006, são encontrados na pesquisa de Otoni Rodrigues da Silveira. O livro “Cabreúva – História e Contexto” traz, em dois volumes, uma compilação de crônicas, documentos, artigos e escritos em geral, contando a história de Cabreúva e também de seus personagens. A pesquisa, que levou quase cinco anos, foi baseada nos escritos do historiador ituano Francisco Nardy Filho (1879-1958). “Ele foi um dos grandes pesquisadores do Interior paulista e deixou tantos documentos, crônicas e artigos em jornais, que uma parte do meu trabalho foi compilar e localizar esses escritos”, afirma o autor. Otoni conta a história de Cabreúva de pontos de vistas diversos como o social, político e econômico, e em aproximadamente 800 páginas resgata a história de Cabreúva, presenteando o cidadão e toda a região, com mais um capítulo de nossa história. “Nardy Filho teria publicado cerca de mil crônicas somente em ‘O Estado de S. Paulo’. Uma destas, de 1950, tinha como título ‘Cabreúva’”, afirma Otoni. Na crônica “Cabreúva”, destacada por Otoni, Francisco Nardy Filho fala, superficialmente, de diversos aspectos e ressalta 32 Revista Regional
Livro traz informações que vão desde o nome da cidade, originário da árvore cabriúva encontrada em grande quantidade na região, sua fundação, construções de capelas e famílias importantes em sua formação
o orgulho de seus munícipes. “Boa gente a cabreuvana; boa, hospitaleira e bairrista até ali; não admite que se fale mal de Cabreúva, e é porque dela sempre bem falamos, sempre tivemos sua amizade”. Otoni chama a atenção de seus leitores, afirmando que os escritos de Nardy se baseiam na oralidade e não em documentos. “Acentuei todo esse contexto da obra de Nardy, com a finalidade de demonstrar que todos os fatos e nomes descritos por ele na referida crônica ‘Cabreúva’, que se tornou por demais importante no surgimento da história de Cabreúva, até agora vigorante, não se apoiam em documentos diretos ou mesmo indiretos. Aliás, faz-se importante observar, o próprio Nardy teve a cautela de anotar ‘segundo nos consta na tradição oral’. Por assim ser, entende-se que, no caso específico de Cabreúva, Nardy não realizou um trabalho de pesquisa documental”, ressalta. O livro “Cabreúva – História e Contexto” foi publicado com apoio cultural da Prefeitura de Cabreúva, através das Secretarias Municipais de Cultura e Educação. O autor é descendente de dois importantes troncos cabreuvanos, do lado paterno a família Rodrigues da Silveira, e do materno, da família Mesquita Dias. Estudou em sua terra natal e também na vizinha, Itu. Formou-se advogado pela Faculdade de Direito da USP, em 1981 e atuou na área financeira, em bancos, na Grande São Paulo até entrar na área jurídica em 1983. Atualmente é advogado em Cabreúva.
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As super máquinas do mar fotos: Divulgação
Novidades do setor náutico reúnem mais sofisticados e tecnológicos barcos nacionais e internacionais
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maior salão náutico indoor da América Latina, o São Paulo Boat Show reuniu os mais sofisticados e tecnológicos barcos dos renomados estaleiros nacionais e internacionais presentes no país. A 18ª edição do evento contou com cerca de cem expositores que apresentaram a maior variedade de produtos do universo náutico, como lanchas, veleiros, jets, infláveis, caiaques, motores e acessórios. Foram ao todo 200 barcos, com valores entre R$ 16 mil até R$ 8 milhões, que estiveram em exposição para o público conhecer as instalações internas e externas. Os visitantes puderam ver desde lanchas para passeio e pesca até barcos de 76 pés, que são verdadeiras mansões flutuantes. Os estaleiros adaptaram os barcos para o público brasileiro com churrasqueira e espaço gourmet dentro das lanchas, além da possibilidade de financiamento do barco.
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Detalhes do Azimut70, que possui um dos maiores flybridges da categoria, com quase 30 m². Seu convés inferior é composto por quatro camarotes e quatro banheiros. Na decoração há mármore nos banheiros, couro e tecidos de alto padrão no mobiliário
fotos: Divulgação
Cimitarra 760, projetada pelo designer Marino Alfani
A Schaefer apresentou o seu lançamento, a Phantom 375 Revista Regional 37
fotos: Divulgação
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Novidades e lançamentos O estaleiro gaúcho Cimitarra apresentou a maior lancha do salão, a Cimitarra 760, projetada pelo designer Marino Alfani. No flybridge dessa lancha tem duas espreguiçadeiras e uma praça de popa com um bar com balcão. A grande plataforma de popa e as áreas ao ar livre fazem o gosto do público nacional. O segundo maior modelo exposto ficou por conta da italiana Azimut, que trouxe a Azimut 70. Essa lancha tem um dos maiores flybridges da categoria, com quase 30 m². Seu convés inferior é composto por quatro camarotes e quatro banheiros. Na decoração está impressa a excelência do estilo italiano, com mármore nos banheiros, couro e tecidos de alto padrão no mobiliário. O estaleiro paulista Intermarine apresentou a Intermarine 54, que tem capacidade para 19 pessoas em passeios diurnos e seis em pernoite. Possui três camarotes e dois banheiros. Destaca-se pelas linhas curvilíneas com grande área envidraçada no costado e na superestrutura. De Santa Catarina, a Schaefer trouxe o seu lançamento, a Phantom 375. Possui teto solar de série, gerador, ar-condicionado, churrasqueira elétrica, sistema de som, além de outros componentes que tornam o passeio ainda mais agradável. 38 Revista Regional
Novidade apresentada no Salão; foram ao todo 200 barcos, com valores entre R$ 16 mil até R$ 8 milhões, que estiveram em exposição para o público conhecer as instalações internas e externas
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As dicas de verão de
Solange Frazão
Dona de uma carreira brilhante, ela conquistou títulos importantes como: Miss São Paulo, Mis Brasil e ainda Musa Fitness. Madura, bem resolvida, e com uma personalidade incrível, Solange defini seu estado de espírito, com uma frase: “Pode vir quente que eu estou fervendo” da banda Barão Vermelho. “Adoro esta frase porque hoje, com os meus 53 anos, percebi que as coisas mais simples que temos, são as que têm mais valor. Sou uma mulher encantada com a vida. Amo viver! A saúde pode não ser tudo, mas sem ela, tudo pode não ser nada”, romantiza. Em seu dia a dia, a personal assume várias funções: modelo, escritora, apresentadora, empresária e mãe. Durante nosso encontro, ela fala sobre seu longo caminho no mundo fitness, e ainda divide conosco, dicas para ficar em forma, mas não só com o corpo, mas com a saúde texto ESTER JACOPETTI
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eu corpo é escultural, suas pernas e braços além de fortes são torneados. O abdômen sarado é pra deixar qualquer um de boca aberta. Sendo assim, não é muito difícil sentir uma pontinha de inveja quando vemos o belíssimo corpo, da eterna musa fitness Solange Frazão. No auge dos seus 53 anos, recém-completados, a personal trainer seguiu à risca a cartilha da saúde, como ela mesma diz em entrevista, desde que se conhece por gente. Apaixonada pelas transformações que o exercício e o esporte proporcionam, ainda na adolescência já era possível se destacar das demais colegas. “Talvez já estivesse escrito nas estrelas e já fosse a minha missão aqui na terra. Em 1998, quando achei que a população merecia saber sobre este assunto, levantei uma bandeira importante. Fui convidada a participar de um programa, quando fui reconhecida dentro de uma academia, fazendo o que sempre amei. A partir daí, sei que fiz parte de uma etapa importante para que hoje tudo se transformasse no assunto mais discutido e falado nas mídias, que é a importância dos exercícios físicos para a saúde”, explica Solange, que atualmente apresenta o quadro “Segredos de Solange Frazão”, na Rede TV e semanalmente apresenta o programa “iMãe” ao lado de Suzy Rêgo, Maria Cândida, Mônica Carvalho e Vanessa Jackson no youtube e na TV UOL. Mas para conquistar, não só o corpo perfeito, mas também uma carreira de sucesso, a disciplina sempre foi seu combustível para seguir em frente e realizar seus sonhos. “Sempre fui disciplinada e determinada em tudo na minha vida. Meus pais me contam que nunca gostei de perder. No esporte, sempre treinei muito e eu ficava horas e horas ensaiando estratégias para ganhar os jogos. Na escola eu também sempre quis ser a melhor em tudo. Na minha vida não foi diferente! Nunca fui preguiçosa, nem desisti de nada. Nunca chorei pelo leite derramado. Muito pelo contrário”, enfatiza Solange que sabe o quanto a sua persistência valeu à pena e fez a diferença em sua vida. “Sempre busquei com muita garra todos os meus sonhos”, completa. Não há sombra de dúvidas de que Solange ama o que faz. Prova disso, é que além de eterna musa fitness, ela também contribui para um mundo mais saudável, dando palestras sobre qualidade de vida em empresas. “Ao longo da minha vida, percebi que as pessoas adoravam saber das minhas experiências. Sempre gostei de contar algumas passagens importantes e principalmente sobre o resultado da minha dedicação. Escrevi alguns livros baseados nas perguntas mais comuns. Passei a palestrar naturalmente nas academias, motivando os profissionais.
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Pra mim é uma honra e satisfação, porque sei o quanto posso mudar a vida daquelas pessoas, com simples palavras”, explica. Ainda assim, sua dedicação com o corpo não foi deixado de lado, pelo contrário. Os cuidados foram redobrados. “Tenho a atividade física como prioridade na minha vida”, enfatiza. “Preciso de saúde para trabalhar, ganhar o meu sustento, cumprir a minha agenda, cuidar da minha casa e dos meus filhos. Não é fácil e não podemos escapar da rotina de uma pessoa que trabalha e estuda. Na minha concepção de vida, penso que sem saúde, não seria possível”, argumenta a personal trainer que mantém cuidados com a alimentação, mesmo fora de casa. “Procuro levar minha marmita com as minhas refeições, e todos os meus lanches se for passar o dia inteiro fora de casa. Sou extremamente programada e previsível. Pode até ser um defeito, mas tem dado certo em minha vida saudável. Além de perfeccionista, sou extremamente rigorosa comigo mesma. O resultado é encantador. Mais juventude, disposição e saúde. Agradeço a Deus pelo privilégio de ter sido escolhida para ser referência para todas as pessoas e principalmente para todas as mulheres”, conclui. DICAS DE VERÃO Já percebemos que a receita para alcançar o sucesso é ter determinação. Para as mulheres que desejam o corpo perfeito, ainda mais agora em pleno verão, é importante seguir alguns cuidados, para não colocar a sua saúde em risco. Apesar de radical, Solange explica que a mudança total de hábito é o primeiro passo para ter uma vida melhor. “Não acredito em dietas milagrosas, porque as pessoas acabam voltando aos hábitos anteriores, perdendo saúde. O cérebro não capta a mensagem que é para sempre. Ele entende que está sofrendo momentaneamente e que em pouco tempo, tudo vai voltar como antes.” “Sou enfática quando o assunto é entrar em forma. O melhor é mudar aos poucos e deixar definitivamente alguns alimentos, inserindo outros de qualidade. Começar a praticar exercícios diariamente, dormir com qualidade e beber muita água, são alguns pontos. É muito complexo, porque vai além disso. Para ter um resultado efetivo, é preciso dedicação. Vai demorar um pouco mais para emagrecer, mas será pra sempre. Dietas radicais podem causar problemas sérios à mente e ao corpo”, alerta. Mas existem também aquelas pessoas que odeiam academias e sentem até arrepio só de ouvir falar. Para elas, uma péssima notícia. “Infelizmente não tem muita escolha”, lamenta Solange. “Praticar exercícios é uma questão de necessidade básica para
Sempre fui disciplinada e determinada em tudo na minha vida. Meus pais me contam que nunca gostei de perder�
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Marco Maximo/Divulgação
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Eterna musa fitness, Solange Frazão conta sobre sua rotina e dá dicas para estar com o corpo em dia e saudável neste verão
a saúde, e não tem como fugir. Se a pessoa não gosta muito, vale buscar modalidade que ela mais gosta, dentro da atividade física, mas o que é preciso entender é que, praticar atividade é uma coisa, praticar exercícios programados e personalizados é outra. As pessoas podem fazer atividades gostosas como, dançar ou até fazer uma caminhada. Musculação, exercícios funcionais, esteira, bicicleta ou qualquer outro exercício programado, vão dar o suporte necessário para a saúde”, ressalta. Para algumas mulheres, o difícil mesmo é ficar longe das tentações. E uma delas é com certeza o chocolate. Considerado vilão das dietas, Solange diz que na verdade ele pode ser facilmente substituído sem maiores alardes, por um que seja composto por 70% de cacau, porém o açúcar refinado deve ser eliminado sem culpa. “Existem muitos produtos químicos que são calóricos. Claro que podemos substituí-los por gelatina de frutas, ou fruta em caldas feita com mel. Tudo é possível se o açúcar refinado, não fizer parte dos pratos. O nosso cérebro está muito mal-acostumado. Ele pensa que o açúcar acalma ou dá prazer. Comece a fingir, comendo doces com alimentos mais ricos com sabor adocicados, como o mel. Pronto!” “Outro detalhe importante é quando você começa a mudar os hábitos, automaticamente vai perder a gula e a vontade de comer doces. É automático. Experimente deixar o seu organismo mais equilibrado”, explica ela que também faz um alerta para as mulheres que sofrem de oscilações hormonais, que acarreta na diminuição na perda de peso. “Praticar exercícios já é supereficiente, mas alguns aceleram o metabolismo como os funcionais de alta intensidade, que são maravilhosos para ajudar no processo”, analisa. “Outro muito bom é a musculação, mas colocar o corpo em atividade já é maravilhoso para equilibrar os hormônios e também potencializá-lo. Com certeza o resultado será uma boa noite de sono, de sete a oito horas ininterrupta e alimen42 Revista Regional
tação saudável”, conta. Um dado curioso é que recentemente um estudo científico, apontou que é melhor malhar menos, mas com mais intensidade, pois podem trazer mais benefícios. Entretanto, Solange aponta alguns fatores que podem implicar no resultado final, pois vai depender muito da idade, sexo e deficiências particulares. “O treino intercalado já foi citado em diversos estudos científicos, como a melhor maneira, e mais rápida de eliminar os excessos. Entre as diversas vantagens, está a simplicidade e o pouco tempo de cada sessão. Bastam 15 ou 20 minutos, quatro vezes na semana, para conseguir resultados excelentes”, esclarece. “A contrapartida é que você vai ter que se esforçar muito, perto do seu máximo. Os intervalos serão mais curtos. Você pode adaptar qualquer aparelho cardiovascular de sua preferência (bicicleta, esteira, corda) ou até correr na rua. Basta programar o circuito, executar com o máximo de intensidade e não descansar mais de 30 segundos entre as sessões. Será melhor fazer ao lado de um profissional, para saber se você está apta para este tipo de atividade”, diz finalizando o assunto. Com a rotina intensa, o emprego, a família maravilhosa que Solange construiu, é o seu maior legado, mesmo ressaltando que a saúde é sem dúvida importante. “Com ela ao meu lado posso me achar bonita, estar presente na vida dos meus filhos, e quem sabe netos em breve. Posso ter tido a sorte de encontrar um grande amor aos 50 anos. Sentir-me jovem, disposta, de bem com a vida, preparada para um novo ciclo, que se inicia. E o mais importante é que me sinto confiante e segura. ‘Pode vir quente que eu estou fervendo’, adoro essa frase, porque hoje com os meus 53 anos, percebi que as coisas mais simples que temos, são as que têm mais valor. Sou uma mulher encantada com a vida. Amo viver! A saúde pode não ser tudo, mas sem ela, tudo pode não ser nada”, declara com um sorriso no rosto e com olhos brilhando.
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Dias quentes pela frente! Saiba como se prevenir...
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e acordo com a Organização Meteorológica Mundial, o El Niño deste ano poderá ser um dos mais fortes nos últimos 65 anos. Sua corrente produz uma elevação nas temperaturas do Pacífico equatoriano e pode causar fortes chuvas em algumas partes do mundo e secas em outras. Para o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a influência do El Niño traz reflexos para o tempo e a temperatura de todo o Brasil, com aumento da temperatura entre 2,5º C e até 3º C até março. Meteorologistas apontam que as temperaturas ultrapassarão facilmente os 40ºC por vários dias seguidos nos locais tradicionalmente mais quentes no Brasil, como Rio de Janeiro, Piauí e Tocantins. Apesar da diversão, o calor em excesso pode oferecer riscos à saúde. Os principais problemas são a sudorese excessiva, dor de cabeça, vertigem, insônia, cansaço, desidratação, alergias na pele, problemas respiratórios e intestinais, entre outros, afetando principalmente crianças, idosos e grávidas. No sistema respiratório, as temperaturas extremas e as alterações de umidade provocam a retenção e espessamento do muco (catarro), traduzindo-se em sintomas de tosse e expectoração. Os pacientes portadores de asma brônquica e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) são as principais vítimas. A pele pode sofrer irritações, queimaduras e desidratação. Também podem ocorrer mudanças no hábito intestinal, cólicas e vômitos, não esquecendo que com o calor os alimentos sofrem uma decomposição mais acelerada, por isso é preciso estar atento ao armazenamento e refrigeração na hora de consumi-los. Em casos extremos, o indivíduo pode desenvolver hipertermia, caracterizada pelo aumento excessivo da temperatura corporal. Se não identificada e tratada com rapidez, o paciente pode ter consequências mais graves como insuficiência respiratória, insuficiência renal aguda, insuficiência hepática e vir a falecer.
Para se prevenir dos efeitos nocivos que o sol e o calor podem causar, Otavio Gebara, diretor clínico e cardiologista do Hospital Santa Paula, dá algumas dicas do que fazer para aproveitar o verão com saúde e disposição: 1. Hidrate-se: o recomendado é ingerir no mínimo dois litros de água por dia (exceto pacientes com restrições médicas); 2. Use roupas com tecidos mais leves e frescos, de preferência de cores claras, que absorvem menos calor; 44 Revista Regional
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edição de verão
Neste verão, mantenha-se hidratado: o recomendado é ingerir no mínimo dois litros de água por dia 3. Ande com lenços umedecidos na bolsa ou na mochila para refrescar a pele; 4. Evite a exposição solar depois entre 10h e 17h e sempre utilize protetor solar no mínimo com fator 30 nas partes que ficam expostas ao sol; 5. Tenha uma dieta balanceada e não coma alimentos de difícil digestão, principalmente à noite; 6. Vaporizadores e bacia com água nos ambientes são medidas paliativas que podem oferecer uma sensação de conforto. 7. Evite banhos muito quentes ou muito frios.
Cuidados com as crianças E como proteger os pequenos? O pediatra e neonatologista Jorge Huberman recomenda atenção na hora de sair para passear, escolher as roupas e na hora de dormir. “O tempo quente é um dos responsáveis pelo aumento nos casos de virose, diarreia e desidratação das crianças, por isso, os pais precisam ficar atentos quanto à exposição delas ao sol. O hábito de sair sempre com uma garrafinha de água, suco ou água de coco para hidratar o filho e evitar o refrigerante, pois hidrata pouco, já é um começo” diz Dr. Jorge. Como a pele da criança é fina, as chances de sofrer uma insolação são muito maiores se comparamos aos adultos, assim o horário e a vestimenta também devem ser observados. É importante dar preferência a sair antes das 10h ou depois das 16h, além de usar roupas frescas. “Roupas de algodão, linho ou claras, são as ideais, e evitar as de fibras artificiais, elas esquentam. Mesmo saindo no horário correto não se esqueça de usar o protetor solar indicado pelo pediatra da criança. Boné e óculos são bem vindos” diz o pediatra. Em casa, o ar condicionado e o ventilador são aliados quando usados com cuidado. Um ambiente muito frio, mesmo refrescando a criança, deixa a mucosa da garganta dela vulnerável às bactérias, com isso podem aparecer infecções como dor de garganta, por exemplo. “O correto é não deixar o ventilador em cima da criança colocando o do lado oposto do seu filho. Já o ar condicionado regular numa temperatura mais amena, 23°C ou 24°C. Aplicar soluções fisiológicas no nariz da criança, fazer inalações com soro e colocar um balde com água no quarto longe do alcance da criança, ajudam quando não se tem esses eletrodomésticos” complementa Dr. Jorge. “Outro fator importante é não deixar a criança dormir com os cabelos molhados. Embora refresque, a umidade facilita o surgimento de fungos, provocam coceira e quando a criança for coçar pode se machucar” finaliza o médico.
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odos ouvimos falar sobre os danos que o sol pode trazer à pele, mas e os olhos? Já parou para pensar como um órgão tão sensível como ele pode sofrer com os raios solares? Os raios UV podem causar sérios danos aos olhos, não só pela exposição intensa em um momento, mas também pelo seu efeito cumulativo, desde a infância, no seu dia a dia. Dentre as principais alterações que podem ocorrer em decorrência da exposição aos raios UV sem proteção, estão: 1- CATARATA: maior causa de cegueira tratável no mundo, que em geral ocorre a partir dos 60 anos de idade, mas pode ocorrer antes por causas secundárias, como pela exposição solar, e cujo tratamento é cirúrgico; 2- PTERÍGIO: membrana que cobre a parte branca do globo ocular e córnea, podendo causar irritação, lacrimejamento e até diminuição da visão; 3- DEGENERAÇÃO MACULAR: causa mais comum de cegueira definitiva no Ocidente. É uma doença em que a radiação causa morte de células da mácula (parte central da retina, responsável pela visão de detalhes); 4- FOTOCERATITE: os raios UV causam ressecamento da lágrima, levando a lesão da córnea, irritação, ardência e, mesmo que pareça contraditório, lacrimejamento; 5- CÂNCER OCULAR: sendo o principal o da pele palpebral. PARA PROTEGER, BASTA COLOCAR ÓCULOS ESCUROS?
NÃO! Nem todos os óculos escuros têm proteção UV. Assim, na hora da escolha deve-se prestar atenção se os óculos têm proteção UVA/UVB, já que os de má qualidade, além de não protegerem os olhos, ainda os prejudicam mais, pois as lentes escuras fazem dilatar as pupilas, deixando mais radiação entrar, danificando a retina e o cristalino. Custo não é indicador de qualidade! Óculos falsificados são mais baratos, mas não têm proteção UV. Outros caríssimos, vendidos como acessórios de moda, podem proporcionar pouca ou nenhuma proteção UV.
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Os riscos que o sol traz aos olhos
Juliana Fruet é membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, formada em Medicina pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), com residência médica em Oftalmologia e fellowship em Cirurgia Plástica Ocular na mesma instituição. Além disso, escolher lentes grandes o suficiente para uma boa cobertura ocular (incluindo pálpebras), e que fiquem próximas dos olhos é importante. A luz refletida também pode causar queimaduras nos olhos e na pele. Em elevadas altitudes, neve, praias arenosas, águas de lagos, rios e mar, a exposição solar é mais intensa, então, não se esqueça da proteção! Lembre-se também das outras medidas, como os chapéus e bonés, protetor solar, evitar os horários de pico do sol (entre 10h e 14h), e de cuidar das crianças, já que a agressão aos olhos já se inicia na infância. Cuidados tomados, vamos curtir o verão! MAIS: A Clínica Novolhar fica na rua Marechal Deodoro, 417 - Centro, Itu. Para marcar sua consulta, ligue (11) 2429-3590 / (11) 9 7520-3590 Revista Regional 45
Kitesurf invade as praias neste verão Adrenalina, aventura, sol e mar: é hora de curtir o verão com o Kitesurf
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erão é tempo de ir à praia e também para praticar esportes, seja para se divertir, bronzear ou para exercitar-se e não perder a rotina da academia. E aí aparecem os atletas da areia que jogam vôlei, futebol, futevôlei, o frescobol e, claro, as caminhadas pela orla. E para as pessoas que desejam mais adrenalina, existem os esportes aquáticos mais radicais, como o surfe, o windsurf e o kitesurf. Esse último, em uma tradução mais simples, significa “velejar sobre as águas puxado por uma pipa e com os pés em uma prancha”, como esclarece Bruna Kajyia, campeã mundial de Kitesurf na categoria Freestyle e que encerrou Campeonato Mundial de 2015, o Virgin Kitesurf World Championship – VKWC, em 3º lugar. Bruna ainda descreve a sensação de quando está na água, seja em disputas ou no treino, que é feito quase que diariamente: “Para os praticantes, é uma delícia a mistura do vento e da água, que faz com que as pessoas deslizem pelas ondas e isso traz a sensação de liberdade. Na verdade, ao saltar dá a impressão de voarmos sobre a água, por isso que é um esporte tão prazeroso”. No Brasil não faltam praias com ventos adequados para o Kitesurf, como no Nordeste: Paraíba, Ceará - destaque para a Praia do Cumbuco, Piauí - sua praia de Barra Grande é a preferida dos praticantes europeus, Rio Grande do Norte, além das praias do Sudeste: Rio de Janeiro, Espirito Santo e São Paulo, com destaque para Ilhabela, Praia Grande e Ubatuba. “Para que se possa pegar ventos e ondas boas é indicado também dar uma olhada em como está a previsão completa do tempo, aquela que indica como estará a velocidade dos ventos, ondas e etc, pois para a prática do kite eles são imprescindíveis”. 46 Revista Regional
Segundo Bruna Kajiya, por quase todo o litoral brasileiro tem escolas e profissionais capacitados para ensinar com segurança os adultos e as crianças. Nas aulas eles recebem orientação que vai desde a montagem do equipamento, passa pelas regras de segurança, as táticas de velejo, dentre outros. Para praticar o kitesurf é preciso de kite, que é a vela; a prancha, o trapézio (parecido com um cinturão e que conecta o praticante ao kite), e o capacete. Além disso, é necessário pesar mais de 45 quilos, saber nadar e fazer aulas com um instrutor qualificado, que possa passar detalhes de como manobrar o equipamento simultaneamente.
Favorecimento para o corpo: Com o Kite é possível trabalhar simultaneamente os músculos do braço, como o bíceps e o tríceps, o peitoral e ainda ajudar a chapar a barriguinha. Costas e o tronco também são trabalhados, devido às manobras, e isso ajuda muito na postura. Locação de equipamentos: Uma outra prática para quem não tem o Kit é a locação dos equipamentos e os preços são variáveis. O jogo completo, com kite, prancha, trapézio e capacete pode ser encontrado por R$ 220,00/1h.
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Bruna Kajyia, campeã mundial de Kitesurf na categoria Freestyle; nas fotos, manobras da brasileira pelas praias do país
História do Kitesurf Em 1995 nascia o Kitesurf ou kiteboarding, um novo esporte radical aquático que marcaria muito a forma com que os esportistas se relacionariam com o mar, como uma pipa e com uma prancha. Inventado por dois irmãos franceses, Bruno e Dominique Legaignoux, o esporte já tem direito a torneios e grandes eventos de disputas entre profissionais nacionais e internacionais, como o Virgin Kitesurf World Championship – VKWC e o Circuito Brasileiro de Freestyle. Diversas regras e categorias foram criadas. Freestyle – Estilo, livre, mais radical do kitesurf, refere-se a competições com manobras clássicas e manobras utilizadas em campeonatos. Tem o objetivo de buscar perfeição nas manobras comuns em competições. Kitewave – É o velejo direcionado para as ondas. Feito com pranchas e manobras de surf, porém, usando o kite para acelerar e fazer as manobras com maior precisão. O velejador de kitewave precisa ter o surf na veia, se não tiver vai achar o kitewave meio parado. Kiterace – Essa modalidade é a que mais se aproxima do velejo de barco. Consiste em dar bordos compridos com kites. Os velejadores de kiterace buscam desafios de percorrer longas distâncias em um curto espaço de tempo. Como os saltos são frequentes, as pranchas têm que ser mais resistentes. Big air – Uma modalidade que tem grandes adeptos no Brasil e no mundo e consiste em saltos dos atletas e a contagem do tempo que ele ficará fora da água. Revista Regional 47
Salgueiro no Indaiatuba Clube Sambista Dudu Nobre e Rainha da Bateria Viviane Araújo também se apresentam no Feijão com Samba deste ano
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ara iniciar o ano de 2016 com muita energia positiva e alegria, o Indaiatuba Clube realiza no próximo dia 10, a partir das 12h, a 14ª edição do Feijão com Samba, maior evento pré-carnaval da região. A principal atração da festa deste ano será a Escola de Samba Acadêmicos do Salgueiro, uma das mais populares do Rio de Janeiro e atual vice-campeã do Carnaval carioca, tendo ficado atrás da Beija-Flor por apenas 0,4 ponto. Com 45 integrantes, a escola irá se apresentar com passistas, baianas, o casal de mestre sala e porta bandeira e a Bateria Furiosa do mestre Marcão, considerada uma das melhores do Carnaval. Uma das integrantes mais famosas da escola, a rainha de bateria Viviane Araújo também se apresenta no palco do IC para abrilhantar ainda mais a festa que deve lotar o Salão Social. Em novembro passado, o presidente do IC, Marcos Poli e o presidente do Conselho, Luiz Ronaldo França, acompanhados de membros da Diretoria Executiva do Clube, estiveram no Rio de Janeiro onde acompanharam um ensaio técnico do Salgueiro. “A escola tem uma
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Salgueiro, com Viviane Araújo e Dudu Nobre, são destaques do pré-Carnaval do Indaiatuba Clube estrutura de primeiro mundo e a qualidade do ensaio nos deixou muito entusiasmados com o show que o Salgueiro vai fazer no Indaiatuba Clube”, revela o presidente. Porém, para abrilhantar ainda mais o Feijão com Samba, antes da Salgueiro subir ao palco, os associados e convidados vão se divertir com o show do sambista Dudu Nobre, que irá cantar os seus maiores sucessos. Os ingressos e abadás para esta festa já estão esgotados.
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verão - área gourmet
Salada de Ceviche do L’Amitié Guto Seixas/Restaurante L’Amitié – Menu 17ª Restaurant Week SP
Mesclado de folhas com ceviche de St. Pierre, marinado ao suco de laranja, coentro e pimenta dedo de moça fatiada, é uma boa dica para os dias de verão. A receita foi elaborada pelo chef Yann Corderon, do Restaurante L’Amitié.
Salada de Ceviche do L’Amitié
Ingredientes 300g de filé de St. Peter 80ml de azeite extra virgem 4 laranjas 3 limões sicilianos 2 pimentas dedo de moça 4 folhas de alface crespa roxa 4 folhas de alface crespa 4 folhas de alface frisée Coentro a gosto Flor de sal a gosto 50 Revista Regional
Modo de Preparo - Em um liquidificador processar o suco de laranja e o limão siciliano junto com as folhas de coentro e o azeite até obter uma mistura homogênea. - Cortar o St. Peter em fatias finas e marinar na mistura por cinco minutos. - Temperar as folhas com uma parte da marinada e servir as fatias de peixe por cima das folhas, finalizando com uma pitada de flor de sal e pimenta dedo de moça fatiada.
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clips de verão
Osmoze traz coleção eletrizante Uma explosão de estilo e cores invadiu a coleção verão 2016 da Osmoze! Alien Hybrids, Toxic Light, Weird Nature, Monumental, Soft Pop, Visceral e Deep Summer são só algumas inspirações usadas para criar as peças para a estação. A marca investiu também nos tons flúor, neon, efeito 3D, orgânico e no conceito de inovação disruptiva, tecnologia e velocidade em seus itens. Algumas peças-chave foram resgatadas e repaginadas, assim como a calça flare, que ficou um pouco mais curta podendo ser usada com salto ou rasteiras; o skinny cropped, visto em vários desfiles internacionais; o short jeans, que ganhou uma pegada esporte; além da jogg skinny, pantalona, vestidos e macacões em versões estilosas.
Cerveja Mandi
A Mandi, grife brasileira que traz em suas coleções, o mood do verão, tranquilidade e fins de semana, se uniu à Cervejaria Karavelle para criar a “Cerveja Mandi”, uma pilsen que veio para celebrar a estação mais quente e esperada do ano. A bebida foi desenvolvida na clássica embalagem da Karavelle, com rótulo estilizado e editado pela equipe de estilo da Mandi em parceria com o time da cervejaria. A bebida vem em edição limitada, de 2.500 unidades. O estilo da bebida escolhido foi a pilsen, que pertence ao grupo das cervejas Lager, de baixa fermentação e puro malte com aparência clara e brilhante. O aroma floral e a cremosidade resultam em um sabor único, refrescante e sensorialmente leve. A parceria Mandi Karavelle resultou ainda em uma pocket collection de camisetas que reflete o mood solar das marcas.
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Jorge Bischoff traz combinações infalíveis Clássicos e tendências em perfeita harmonia são aposta do verão 2016 Jorge Bischoff. As primeiras novidades da grife para a temporada já estão nas lojas e imprimem personalidade em modelos que exploram a elegância de elementos consagrados ao mesmo tempo em que exibem traços, texturas e tons renovados. A estampa poá aparece revisitada, carregada de dinamismo e movimento. Aplicada sobre textura snake, preto e branco fogem do lugar-comum para abordar a geometria de forma feminina e divertida! Já o tom citrino revela um lado ainda mais elegante do indispensável amarelo. Nesta proposta, o fundo é queimado e a mescla pode se dar com peças de nuances suaves para garantir equilíbrio ao contexto vibrante. 52 Revista Regional
Pucci inspira skates
Skates com grife internacional. Essa é a proposta criada por alguns estudantes de design e agora comercializada pela italiana Pucci. Através de um projeto estudantil, alunos da universidade suíça ECAL (Universidade de Arte e Design, Lausanne) fizeram uma imersão nos arquivos de Emilio Pucci e reinterpretaram as estampas de forma inovadora em modelos de skates. Uma das vencedoras, Clémence Chatel, com a ideia “Dolce Vita”, apresentou uma estampa irreverente com tema da cultura italiana – misturando massa, sorvete e outras referências locais. Produzidos em edição limitada, os skates estão disponíveis em sete diferentes estampas e em dois modelos: o Street Shape é um skate profissional, desenhado exclusivamente para a prática de manobras e está disponível nas estampas “Dolce Vita Aldente” e “Dolce Vita Limoni”, este último aparece nas variações de cores rosa e turquesa; já o segundo modelo, Cruiser Shape, é mais voltado para o uso no dia-a-dia e tem rodas mais largas e suaves, facilitando o deslize no asfalto, cascalho e concreto. Pequeno, prático, leve e compacto, o modelo old school está disponível nas estampas “Dolce Vita Gelato”, “Dolce Vita Scacchi”, “Dolce Vita Diamanti” e uma variação em roxo da estampa “Dolce Vita Limoni.”
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MAIS: Os skates estão disponíveis para venda online no site www.emiliopucci.com .
Sungas para o verão 2016 Os descolados, antenados e exigentes já estão se preparando para os novos modelos de sungas para este verão. Afinal, engana-se quem pensa que só as mulheres precisam estar na moda ao pegar uma praia. Para não fazerem feio, os homens também podem – e devem – correr atrás das tendências quando o assunto é beachwear. A Upman, por exemplo, aposta em sungas divertidas e repletas de estilo para esta temporada. Confira alguns modelos. Revista Regional 53
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Listras de verão As listras estão de volta imperando entre as tendências da temporada. É o que dizem as passarelas das semanas de moda tanto do hemisfério norte quanto da SPFW, em desfiles de marcas como Iódice, Giuliana Romanno e Colcci. Com uma pegada navy ou “a la” francesa descolada, elas aparecem combinadas com diferentes estampas, peças lisas ou em produções inteiras com o grafismo, sejam verticais ou horizontais. E não é só em roupas e acessórios que as listras são graciosas e bem-vindas, elas aparecem também em peças de decoração, em composições mais tradicionais ou descontraídas. Para ficar por dentro dessa super tendência, confira uma sugestão primorosa de peças listradas!
ONDE ENCONTRAR: www.elo7.com.br - elo7@elo7.com.br www.kanui.com.br - (11) 3014-4960 www.planetgirls.com.br - (11) 4431-5577 54 Revista Regional
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Alegria para os pés
A estação mais alegre e colorida do ano pede uma Havainas nova. Na Passo a Passo, você encontra modelos super descolados e coloridos para toda a família. Confira alguns deles.
Av. Dom Pedro II, 531 (11) 4029-0072 - Salto passoapasso 56 Revista Regional
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ALTO VERÃO NA VALENTINA Que as roupas da Casa Valentina são lindas isso ninguém duvida! E agora no mês de Janeiro a loja começa de novo a sua super liquidação! Toda a linha de Verão e Alto Verão com preços ainda melhores!
Av. Barata Ribeiro, 423. Tel.: (11) 4023-6258 58 Revista Regional
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Here comes the sun Janeiro é a estação do alto verão e também das férias. Este ensaio da Mandi mostra o desejo de um grupo de amigos de desvendar um lugar pouco explorado no mundo, como a cidade de Auckland, na Nova Zelândia. O espírito jovem e natural transmitido pelo lugar pode ser visto em suas diversas formas de expressão cultural, como o estilo musical Indie Folk e também no contraste entre os grafismos modernos e os traços de arte Maori, visto nas obras de arte e intervenções culturais. Nos looks, o estilo descolado e jovial da Mandi, próprios para o alto verão 2016.
fotógrafo: Tavinho Costa stylist: David Pollak modelos: Barbara Cavazotti, Lucas Bernardini, Matheus de David e Anderson Weisheimer beleza: Bruno Miranda produção executiva: Ale Queiroz 60 Revista Regional
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fotógrafo: Tavinho Costa stylist: David Pollak modelos: Barbara Cavazotti, Lucas Bernardini, Matheus de David e Anderson Weisheimer beleza: Bruno Miranda produção executiva: Ale Queiroz
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Sofisticação no alto verão
Vitorino Campos levou para a passarela neste verão o encontro de uma mulher sofisticada com a atitude subversiva do punk. O resultado foram produções que flertam com minimalismo e o estilo anos 90. O designer sugere para a estação propostas mais andrógenas, com silhuetas amplas em calças e saias. A coleção trouxe também a bermuda, uma das peças “tem-que-ter” da temporada. As cores se dividem entre o bicolor e cores candy como o azul, lilás e o rosa.
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Os looks de verão da coleção de Vitorino Campos flertam com minimalismo e o estilo anos 90, com calças e saias amplas
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Uma seleção de tendências para este verão Camiseta CANTÃO
Vestido CANTÃO
biquíni CANTÃO
Macaquinho CANTÃO
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Rua Joaquim B. Borges, 733 Fone (11) 4025-4245 - Vila Nova - Itu face: marbella moda praia 66 Revista Regional
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Para celebrar o ócio Projeto aconchegante desta chácara foi desenvolvido com madeira e tijolos ecológicos
Áreas externa e gourmet foram acopladas no projeto que abusa do rústico e da madeira
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ara fugir um pouco da correria do dia a dia, que tal um lugar para descanso e lazer? Construída em uma área de 54 mil metros quadrados, a residência campestre de uma chácara apresenta ambientes internos equipados apenas com o essencial, já que a intenção é justamente privilegiar o convívio ao ar livre. O escritório Juliana Lahóz Arquitetura preocupou-se em valorizar a vida no campo, permitindo a praticidade do uso, sem muita manutenção. A madeira é amplamente usada, tanto estruturalmente quanto na decoração. O telhado da casa mantém sua estrutura toda aparente e o revestimento foi utilizado também no deck e pergolado (ao redor da casa e no pequeno lago de carpas). A arquiteta Juliana Lahóz comenta que o aspecto rústico foi o principal motivo inspirador para o uso da madeira. “Deixá-la aparente nos fornece vantagens de acabamento, limpeza e agilidade na obra, evitando revestimentos demasiados e acabamentos complementares, como massas e pintura”, explica. O sistema construtivo adotado na residência foi o uso de tijolos ecológicos, que são uma mistura de argila e cimento não queimado em forno, mas curados com água. “Assim, não geram gases poluentes, nem tão pouco se beneficia do desmatamento, que em média para a queima de mil unidades de tijolos cerâmicos convencionais são utilizados cerca de seis árvores de médio porte”. Com esse material, o peso das estruturas é distribuído ao longo da parede, portanto, não há necessidade de superestrutura de concreto, além de serem esteticamente bonitos quando aparentes. 68 Revista Regional
Jardim da chácara com pequeno lago e cascata
fotos: Nenad Radovanovic/Divulgação
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fotos: Sergio Nogueira
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Inspiração para 2016 fotos: Nenad Radovanovic/Divulgação
Confira o que é tendência para decorar os ambientes dos locais de moradia e trabalho
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ano de 2016 já inicia com uma intensa mistura de estilos, materiais e texturas. Mudar o visual da casa traz renovação e é uma ótima ideia para começar o ano. Nada melhor que se inspirar com as dicas de tendência da arquiteta Tatielly Zammar. O estilo marroquino ganha destaque com uma decoração mais ousada, cheia de informação, estampas, seguindo os tons terrosos, em verde, amarelo e laranja. “Veremos muito o amarelo, a cor da felicidade”, ressalta Tatielly. Outro estilo que também irá se sobressair é o industrial. Tijolos, tubulações e concretos estarão mais aparentes, além de objetos e móveis em metal e aço. Os tons mais fechados de azuis serão o novo preto, e o cinza continua como o branco básico, e aparece com nuances de roxo e azul para quebrar a monotonia. Estampas maxi-florais bem alegres com cores chamativas e vibrantes estarão presentes nos detalhes de decoração, transmitindo vida e energia aos ambientes.
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As formas geométricas e abstratas continuam em alta e as listras aparecem para compor com os tons neutros. “A ideia é chamar a atenção, sem medo de ousar, com combinações inusitadas”, finaliza a arquiteta.
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Nutricionista de Itu no G1 No último dia 16 de dezembro estreou o programa de nutrição “5 Minutos com Roberta Cassani” no G1 (globo.com), o site da Rede Globo. O programa, produzido e dirigido pelo jornalista Oséas Singh Jr., segue a filosofia de trabalho da apresentadora-nutricionista: “o alimento gostoso não compete com o saudável”. Unindo a nutrição à gastronomia, com a participação do chef Daniel Palini, o objetivo do programa é desenvolver receitas saborosas no espaço da profissional, localizado em Itu.
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Almeida Júnior lança site e aplicativo A direção do Colégio Almeida Júnior, além de priorizar a qualidade de ensino, também atua junto ao bom atendimento aos pais e alunos. Pensando nisso, foi lançado em novembro passado o novo site da escola e um aplicativo exclusivo para os pais, que poderão ver as notas dos filhos e o material utilizado em sala de aula, como vídeo-aulas e textos complementares. Para o diretor Claudio Pascale, os lançamentos do novo site, aplicativo e página da instituição nas mídias sociais, são formas de ampliar a comunicação da escola com os pais, alunos e professores.
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MAIS: O Colégio Almeida Júnior está localizado na rua Sorocaba, 669, em Itu. Telefone (11) 4013-1556. O endereço do site é www.colegioalmeidajunior.com.br e do Facebook é www.facebook.com/colegioalmeidajunior
Santa Rita Casa: Sua casa funcional e organizada Há quase dez anos atendendo Itu e região, a Santa Rita Casa trabalha com uma grande variedade de produtos para o seu lar. São gabinetes, armários, esquadrias, louças, metais e portas. Além disso, o mini home-center trabalha com marcas renomadas do mercado como Deca, Tramontina, Docol, Forusi, Pado, Brinox e muitas outras de metais, loucas e cubas das mais diferenciadas. A Santa Rita Casa conta também com itens para você mesmo equipar e montar sua casa facilmente e itens de organização da Coza, para além de bonita, sua casa ficar funcional e organizada. Facilidade na hora de comprar, preços acessíveis, credenciamento Construcaixa e produtos a pronta entrega são encontrados na Santa Rita Casa. MAIS: A loja funciona de segunda a sexta das 8h às 18h e aos sábados das 8h30 às 13h na rua Sete de Setembro, 377 - Centro - Itu. Tel.: (11) 4023-2820 e e-mail jane@santaritacasa.com.br. Curta a fanpage no Facebook: Santaritacasa 74 Revista Regional
Jasmim & Mandarina na Bertajoni Um Riad no Marrocos onde você encontra um lindo pátio interno e o barulho suave da água da fonte, os grandes vasos de laranjeiras, símbolo de fartura e os jasmins perfumados. Esse oásis é o centro irradiador de luz e frescor das casas típicas daquele lugar exótico e encantador. A atmosfera mágica desse belo espaço foi a inspiração para a nova fragrância Jasmin & Mandarina, da La Façon, um perfume naturalmente elegante e sedutor. Esta e outras linhas da La Façon e da Antik você encontra na Bertajoni, em Salto.
MAIS: A Bertajoni fica na rua 7 de Setembro, 22 - Centro Salto. Tel.: (11) 4029.3962 / (11) 4029.5961 / (11) 4021.0732.
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Thiago Camargo Prêmio Talento Off 2014 texto GISELE SCARAVELLI
O fotógrafo Thiago Camargo, de Itu, é ganhador do prêmio Talento Off 2014, do canal de tv a cabo Off. Fotógrafo há quase cinco anos, Thiago ingressou na profissão de uma maneira diferente. Convidado para trabalhar na parte de áudio de um curta-metragem, pela Academia Internacional de Cinema, seu interesse pela fotografia se deu ao acompanhar o dia-a-dia no set de filmagem. “Vi como era posicionamento de câmera e também como eram feitas todas aquelas cenas de ação, foi assim que despertou meu interesse pela fotografia”, conta o fotógrafo que, em seguida, entrou para a faculdade de Fotografia. O Canal Off premiou a imagem de Thiago depois de várias etapas. Ele fez a inscrição e passou por três fases. Na primeira delas, o Canal Off selecionou várias fotos; na segunda, aconteceu o voto popular pela internet e; na terceira, e última, houve a participação em uma festa, onde foram anunciados os vencedores. “Fui convidado para participar de uma super festa de premiação onde estavam os três últimos finalistas junto com grandes nomes do esporte como o campeão mundial de surf, Gabriel Medina, o campeão mundial de skate, Bob Burnquist e entre outras feras. Nesse dia anunciaram meu nome como ganhador do prêmio de melhor foto Talento Off 2014”, conta orgulhoso.
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A foto vencedora foi tirada na cidade do Rio de Janeiro, na Prainha. Thiago estava no local a trabalho e aproveitou um dia de folga para fazer as imagens. “Chamei um amigo local, Pedro El Chavo, para fazer alguns cliques em alguns pontos dessa cidade maravilhosa, dessa forma rendeu uma mistura perfeita de paisagem, luz e atleta”, explica. Além de fazer fotografias de esportes, Thiago também trabalha em casamentos e eventos em geral.
Thiago Camargo
Foto vencedora do prĂŞmio do Canal Off feita pelo ituano no Rio de Janeiro
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vida
Espiritualidade contribui para cura de doenças A Organização Mundial de Saúde (OMS) já inclui a espiritualidade como um dos fatores necessários para a saúde integral
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Zumbido no ouvido A Organização Mundial de Saúde (OMS) já inclui a espiritualidade como um dos fatores necessários para a saúde integral, além do aspecto físico e biopsicossocial, pois os seres humanos não são formados apenas pela parte física que vemos e tocamos. Por isso, “é importante olhar o indivíduo como um todo e checar sua espiritualidade, sua maneira de buscar e se relacionar com o sagrado e as suas crenças sobre saúde, doença e morte”. “Já faz alguns anos que, quando uma pessoa vem ao consultório para falar sobre o zumbido incapacitante, busco informações sobre a parte física, emocional e espiritualidade de cada paciente para traçar um perfil de como ele lida com a vida, com as pessoas e, acima de tudo, com os problemas; quanto mais grave é o caso, maior a necessidade de uma avalição mais completa ”, complementa dra. Tanit. Já a fonoaudióloga Katya Freire, analisa que “a espiritualidade da pessoa já determina se ela é por natureza feliz ou triste, saudável ou doente e se encara bem os problemas para criar soluções ou se já afunda no primeiro problema que aparecer“. O psicólogo João Cozac explica que vários problemas de saúde são manifestados nas pessoas por causa delas mesmas. “Nosso principal desafio é aprender a nos libertamos de nós mesmos. Assim, é preciso aceitar nossas limitações e defeitos, libertar-se e explorar o interior, pois ele é imenso. Dessa forma, como o zumbido é a sinalização de que tem algo errado no organismo, esse erro pode ser até psicológico, como o estresse, a depressão ou outros”. Dra. Tanit, que há mais de 20 anos pesquisa vários aspectos do Zumbido no ouvido e é percursora dos estudos no Brasil, explica que “as ‘dores da alma’ são aqueles problemas profundos, que não respondem a medicações e outros tratamentos comuns e debilitam progressivamente os pacientes, provocando até a depressão de difícil controle. 78 Revista Regional
Arquivo
os últimos anos muito tem se falado sobre a relação entre a espiritualidade e as doenças. O assunto é de tamanha importância, que já foi reconhecido nos principais meios acadêmicos e virou alvo de pesquisas, estudos clínicos e até de aplicações no campo da medicina. No catálogo SciELO - Scientific Electronic Library Online, o termo espiritualidade aparece 187 vezes e no Public Library Medical Reference apareceu 7.776, ou seja, “há realmente uma preocupação da comunidade médica com o assunto. Estão voltando os olhos para a questão por causa dos surpreendentes e indubitáveis resultados das pesquisas em diferentes áreas da saúde, inclusive com doenças graves, como a depressão e o câncer”, complementa a professora doutora Tanit Ganz Sanchez, otorrinolaringologista com doutorado e livre-docência pela FMUSP, presidente da Associação de Pesquisa Interdisciplinar e Divulgação do Zumbido (APIDIZ). Para Tanit, a espiritualidade diz respeito à busca pelo significado da vida e conexão com algo maior que pode ajudar ou até guiar a vida. É a abertura de cada um para o mistério da vida. Vai além dos momentos de oração/meditação/prática religiosa está na forma de pensar, agir e se relacionar com os outros e com os problemas da vida. Não depende do tempo dedicado a rezar, meditar, cantar mantras, vibrar pelo planeta, ficar na igreja, em retiros espirituais etc.
A espiritualidade diz respeito à busca pelo significado da vida e conexão com algo maior que pode ajudar o paciente Pode ocorrer também o zumbido incapacitante, que é desesperador para o paciente e não responde a nenhum método de tratamento, apesar do esforço da equipe profissional e do próprio paciente. “Ha uma paciente nos deu um depoimento muito produtivo e nos fez enxergar esse assunto com mais clareza. Ela começou com o zumbido na madrugada, leu tudo na internet e ficou desesperada e após algumas horas, já estava no consultório. Como o zumbido era muito intenso e ela estava desesperada, optamos por medicá-la e ela ficou bem. Depois de um mês, o zumbido voltou e novo desespero aconteceu, mas o medicamento não adiantou dessa vez. Foi aí que ela resolveu recrutar os ensinamentos espirituais familiares que estavam esquecidos e colocou a espiritualidade como prioridade. Hoje, ela se sente curada e interpreta – com a sabedoria de quem aprende - que o zumbido foi um desequilíbrio do corpo, da mente e do espírito devido ao acúmulo de problemas que ela não sabia enfrentar”.
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TV Globo/João Miguel
dr. DRAUZIO Varella Coluna mensal aborda assuntos da atualidade, saúde e as descobertas da Medicina
Uvas, vinhos e longevidade
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ara viver mais, é preciso comer menos. Comecei com essa frase uma conferência sobre o papel da restrição calórica na longevidade dos seres vivos, fenômeno demonstrado em ratos de laboratório pela primeira vez na década de 1930. De fato, nessas pesquisas iniciais ficou demonstrado que ratos submetidos a dietas de baixo conteúdo calórico viviam até 40% mais do que ratos alimentados “ad libitum” (liberados para comer quanto desejassem). Essa relação inversa entre a quantidade de calorias ingeridas e o número de dias vividos foi mais tarde confirmada em fungos, moscas, mosquitos, vermes, aranhas, sapos e peixes. Experimentos mais recentes sugerem a validade dessa associação até em macacos, que são primatas, como nós. Partindo do princípio de que a natureza não demonstra interesse em favorecer a sobrevivência de qualquer espécie e de que a evolução não criou nenhum mecanismo exclusivo para beneficiar ou prejudicar a espécie humana, na palestra acrescentei ser altamente provável que uma dieta pobre em calorias também retardasse o envelhecimento e prolongasse a vida humana. Nesse momento, numa das cadeiras da frente, um rapaz de rosto redondo e corpo avantajado reclamou: – Se for para viver sofrendo, prefiro morrer mais cedo! Para consolo dos que concordam com a filosofia acima, as bases moleculares que explicam o mecanismo pelo qual a restrição calórica retarda o envelhecimento têm sido esmiuçadas nos últimos anos e conduzido a conclusões surpreendentes, segundo revisão publicada na revista Science por Stephen Hall, autor do livro “Mercadores da Imortalidade”. Nessa linha de trabalho, pesquisadores de Harvard demonstraram que algumas pequenas moléculas presentes nos vegetais conseguem mimetizar os efeitos da restrição calórica prolongando o tempo de vida de certos fungos em até 70% e protegendo células humanas dos efeitos letais das radiações ionizantes. Tais moléculas pertencem à família dos polifenois, substâncias encontradas em uvas, vinho tinto, óleo de oliva e outros alimentos. Pesquisas realizadas no MIT, em Boston, permitiram demonstrar que, nos fungos, essas moléculas
Apesar da dieta rica em gordura, os franceses apresentam 40% menos ataques cardíacos do que os americanos, diferença classicamente atribuída pelos epidemiologistas ao consumo generalizado de vinho tinto na França” 80 Revista Regional
agem por meio da ativação de um gene chamado SIR2. A ativação desse gene resulta em aumento da longevidade do fungo. E mais: se retirarmos o gene SIR2 do fungo e o submetermos à restrição calórica, não acontece o esperado aumento de longevidade, demonstrando ser ele essencial ao controle de duração da vida. Mecanismo semelhante parece ocorrer também em vermes e nas mosquinhas que voam sobre bananas maduras, as drosófilas. Em células humanas também, graças à ação dos polifenóis sobre um gene análogo àquele existente nos fungos, batizado como SIRT1. Procurando novas moléculas com propriedades semelhantes às dos polifenóis, o grupo do MIT identificou mais 15 compostos. O mais potente deles é o resveratrol, encontrado na uva e no vinho tinto, substância capaz de potencializar a atividade do gene SIRT1 humano. Essa capacidade do resveratrol em ativar o gene SIRT1, ligado à longevidade, tem sido invocada para explicar o paradoxo francês: a constatação de que, apesar da dieta rica em gordura, os franceses apresentam 40% menos ataques cardíacos do que os americanos, diferença classicamente atribuída pelos epidemiologistas ao consumo generalizado de vinho tinto na França. Qual seria a lógica para a natureza conservar na evolução de espécies tão diversas quanto fungos e homens genes cuja ativação prolonga a longevidade das células? Por que razão compostos como o resveratol produzidos em plantas ativariam esses genes em animais? A resposta foi dada por T. Dobzhansky, um dos mais influentes geneticistas do século, décadas antes dessas experiências terem sido realizadas: “Nada na Biologia faz sentido, exceto à luz da evolução”. Genes capazes de interromper o processo de envelhecimento e, consequentemente, de aumentar a longevidade entrariam em ação nos momentos de estresse, como aquele representado pela falta de alimentos, por exemplo. Na seleção natural, indivíduos portadores desses genes provavelmente levaram vantagem reprodutiva sobre os que envelheciam mais rapidamente, quando as condições do meio se tornavam desfavoráveis. Da mesma forma, as plantas capazes de sintetizar compostos dotados da propriedade de ativar esses mesmos genes, nas fases de estresse ocasionado pela falta de água ou nutrientes no solo, também levaram vantagem seletiva. Como todos os seres vivos descendem de ancestrais comuns, não é de estranhar que os animais se beneficiem da ação desses compostos ao ingeri-los sob a forma de cacho de uvas, azeite de oliva ou copo de vinho. Sorte nossa! Dr. Drauzio Varella, médico oncologista e escritor, colabora mensalmente com a Revista Regional.
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saúde e beleza
Dr. Geraldo Nicolau Rodrigues implantodontista
A evolução no tratamento de superfície dos implantes e novas técnicas cirúrgicas possibilitam, nos dias de hoje, a colocação de implante(s) e de prótese definitiva ou provisória no mesmo dia. O implantodontista Dr. Geraldo Nicolau Rodrigues afirma que essa é uma realidade bem-vinda e praticável em cerca de 80% dos pacientes além de trazer benefícios funcionais e estéticos em curtíssimo prazo. As atuais técnicas e novas superfícies bioativas dos implantes fazem com que a osseointegração ocorra de maneira muito mais eficaz, tornando possível a reabilitação total de uma maxila ou mandíbula com apenas quatro implantes (técnica all on four). Isso diminui o tempo de espera, o custo financeiro e possibilita que o portador de prótese total (dentadura) tenha em poucas sessões uma prótese fixa, que lhe proporcionará mastigação eficaz, estética e melhora de autoestima.
Dr. Geraldo Nicolau Rodrigues - CROSP 26854
- Implantodontista - Especialista em Implantodontia - Professor de cirurgia e implantodontia
Dra. Vera Lucia Ferri Rodrigues gastroenterologista
A Gastroenterologia é a especialidade da medicina dedicada à prevenção e tratamento de patologias que acometem os órgãos do aparelho digestivo como a boca, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso, fígado, vesícula biliar e pâncreas. A médica Vera Lúcia Ferri Rodrigues é formada pela USP de Ribeirão Preto desde 1983 e há quase 30 anos atua em Itu, desde que concluiu sua residência médica em Gastroenterologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP-RP, em 1987.
Dra. Vera Lucia Ferri Rodrigues - CRM 49042 - Especialista em Medicina Interna pelo Conselho Federal de Medicina - Especialista em Gastroenterologia pelo Conselho Federal de Medicina - Título de Especialista de Gastroenterologia pela Federação Brasileira de Gastroenterologia - Membro da Associação Paulista do Estudo do Fígado (APEF) - Membro Titular do Grupo de Estudo da Doença Intestinal Inflamatória do Brasil (GEDIIB) - Pós-Graduação em Nutrologia pela Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) - Residência Médica em Gastroenterologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP-RP
MAIS: Dr. Geraldo Nicolau e Dra. Vera Lúcia atendem na rua Carmine Mazullo, 345 - bairro Presidente Médice - Itu. Telefone: (11) 4023-5012 82 Revista Regional
fotos: Gisele Scaravelli
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circulando publieditorial
Residence inaugura loja em Itu
A Residence Decorações promoveu um grande coquetel para marcar sua chegada em Itu fotos: Juca Ferreira/Divulgação
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om 15 anos no mercado de cortinas, persianas, papel de parede e toldos, a Residence Decorações abriu, no mês de dezembro, sua filial em Itu. Nas fotos, Juliana Oliveira recebe amigos e clientes no coquetel de inauguração.
Rua Joaquim Borges, 825 - Itu/SP (11) 2429-4777 / (11) 9 4389-5525 Revista Regional 87
circulando Natal do Bem reúne celebridades
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om uma sessão exclusiva aos doadores, o musical “Antes Tarde do que Nunca” marcou a 13ª edição do Natal do Bem, que ocorreu no dia 10 de dezembro, em São Paulo. Além do casal Junno e Xuxa, estiveram presentes ao evento personalidades como Melissa Gurgel, Laura Wie, Beth Szafir, Patricia Naves, Jacqueline Dalabona, Rosana Beni, Andréa Nóbrega, Fernando Pavão e Maria Elisa, Adriana Colin, Gigi Monteiro, Val Marchiori, Thiago Rocha, Rosy Modugno, Silvia Vinhas e o ator mirim Matheus Braga. O evento de sucesso, idealizado por João Doria Jr., Sérgio De Nadai e Cesar Giobbi, arrecadou R$ 1 milhão, que beneficiará sete entidades em 2016: Projeto Âncora, Lar do Caminho, AMEM, IPQ, Associação Brasil Parkinson, Fundação Xuxa Meneghel e Hospital Pinhalzinho.
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fotos: Gustavo Rampini e Anderson Ferreira
13ª edição do evento beneficente realizado em São Paulo reuniu mais de 600 convidados VIPs entre famosos e empresários
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circulando fotos Gisele Scaravelli
Noite de autógrafos em Salto
Valderez Bergamo Silva lançou o livro “Escolha o Prazer”, no último mês, em Salto; noite de autógrafos foi no Salto Plaza Hotel
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o último dia 04 de dezembro, o ex-secretário de Cultura de Salto, Valderez Antonio Bergamo Silva, lançou “Escolha o Prazer”, livro de autoajuda que nasceu a partir de um curso ministrado por ele. O evento, que aconteceu no Salto Plaza Hotel, contou com as presenças de familiares, amigos e leitores, que, na ocasião, puderam adquirir o novo trabalho com direito a dedicatória.
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acesse 90 Revista Regional
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circulando Feminine faz confraternização
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equipe da Feminine Hair, tendo à frente Raquel e Mauriane Moura, se reuniu no último mês para brindar o sucesso do ano de 2015. Confira nas fotos momentos do jantar, realizado em Itu.
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fotos: Arquivo pessoal
Raquel e Mauriane Moura reuniram sua equipe para brindar o sucesso do ano de 2015
circulando Concerto de Natal do IC
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o dia 13 de dezembro aconteceu o Concerto de Natal do Indaiatuba Clube. O evento, que reuniu sócios e convidados, teve como atração a apresentação dos corais do IC e da Fundação Bradesco, que se apresentaram juntos à Orquestra da Fundação Bradesco. Confira algumas fotos da grande noite.
fotos: AI/IC
Os corais do Indaiatuba Clube e da Fundação Bradesco celebraram o Natal em grande estilo no clube
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circulando fotos: Gisele Scaravelli
Festival de Dança Girassol
Como já é tradição em Salto, a escola Girassol de Dança encerrou o ano com um grande espetáculo
“é
Preciso Crer para Ver” foi o tema do Festival de Danças 2015 promovido pela escola Girassol Studio Dance. O evento aconteceu em três sessões, entre os dias 05 e 06 de dezembro, na Sala Palma de Ouro, em Salto. Alunos e professores de balé clássico, jazz e sapateado se apresentaram em diversos números para espectadores em geral e encantaram a todos com o universo de criaturas mágicas. O espetáculo teve direção geral de Marta Bigão Francisco.
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Da necessidade de se encerrar o processo administrativo para se considerar ou não existente a infração ambiental
Diego Ferreira Julio
direito ambiental
O
imperativo processual da ordem jurídica no caso de infrações ambientais está no § 4º do art. 70 da Lei nº 9.605/98, o qual atrai todas as disposições relativas à apuração das infrações ambientais. Deve-se abrir o processo para apuração e não para autuar recurso posterior à fiscalização. Ora, se a lei determina a abertura de processo administrativo para apuração de possível infração, nele garantida a ampla defesa e o contraditório, então haverá inversão tumultuária do processo, caso este se iniciasse como AUTO DE INFRAÇÃO AMBIENTAL (AIA), seria o mesmo que a NOTA DE CULPA se constituir na peça inaugural do inquérito policial. Antes de encerrado o processo administrativo não se pode considerar existente a infração. Outra determinação legal que reforça o preceito da abertura de processo administrativo para apuração está no art. 71, inciso II,da Lei nº 9.605/98, atribuindo expressamente o reexame necessário de todo e qualquer auto de infração. Exige-se a análise do auto de infração, havendo ou não defesa apresentada. Conclusão: o auto de infração ambiental não pode ser considerado ato jurídico perfeito. Só haverá coerção jurídica após a confirmação da autoridade que analisa os recursos propostos ou, na inexistência destes, do ato declaratório de exatidão do auto de infração de per si. (conteúdo extraído da obra: Multa Ambiental: Conflitos das Autuações com a Constituição e a Lei. Editora Atlas, 2009. Luis Carlos Silva de Moraes)
* Renato César Cocchia é graduado em Direito pela Faculdade de Direito de Itu, com especializações em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho pela mesma Faculdade de Direito de Itu; em Direito dos Contratos pelo Centro de Extensão Universitária de São Paulo; e, em Direito Ambiental pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC-SP. E-mail: rccocchia@adv.oabsp.org.br.
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CONHEÇA A FORÇA DA MARCA REGIONAL
A Revista Regional possui o maior conteúdo editorial da região, circula mensalmente em Itu, Indaiatuba, Porto Feliz e Salto e atinge um seleto público consumidor. Agora, Revista REGIONAL possui as irmãs Regional CASA e Regional NOIVAS, outros dois grandes sucessos da Editora Clipping, com o nome forte Regional. EDITORA
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literários
Por que não falar desta escola? texto Maria de Lourdes Figueiredo Sioli
Uma escola carente é cercada de pó pelos quatro lados e de muros baixos e esfolados, galgados por gatos e sapatos... mal fechada por portões pobres, desgastados e sem cor, onde grades, cansadas de serem retas, moldaram espaços para cabeças que espiam de fora para dentro, de dentro para fora... nada... É uma construção antiga e judiada por gerações, que chegaram repletas de esperanças e saem massacradas pela cultura estranha, alienígena, engolida aos berros e goles de sopa de soja.
Ali a cor já existiu e desmaiou para combinar com a redondeza e as figuras que nela transitam, pálidas e com cheiros iguais. Suas portas machucadas nada fecham, mas servem para as Marias enamoradas deixarem seus recados de amor a não sei quem. Os vitrôs banguelas de vidro deixam o vento quente e o vento frio entrarem livres e agressivos prédio adentro. Nas filas, buquês de flores murchas e amassadas são entregues às professoras sem palavras, enquanto um cachorro teimoso sacode sua sarna junto à parede.
Parece que naquela fila é sempre segunda-feira da vida, as carinhas sempre manchadas, empoeiradas, que amanhecem com fome e deitam-se bêbadas de desesperanças!
Quando vejo esses alunos em filas, no pátio, com seus embornais vazios de carinho, quisera ser a “fada madrinha”, para transformá-los em príncipes, Cinderelas, ou dar-lhes, embrulhadas em papel verde-amarelo, melhores chances na vida... Quisera poder rasgar a cartilha falsa, que não lhes ensina o gosto do chocolate, do queijo, nem da vida... Quisera voltar no tempo e começar de novo a amar seus pés descalços, sua banguelice, suas fitas amassadas e seus olhos de esperança. Por que a vida é tão curta?!!!
(Lembrando minha última escola pública)
LITERÁRIOS A cada edição, Revista Regional cede espaço para que um escritor da região publique seus contos, crônicas e afins. 98 Revista Regional
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Maria de Lourdes Figueiredo Sioli, professora, é membro da Academia Ituana de Letras – Acadil –, ex-secretária municipal de Cultura e ex-vereadora de Itu, e colaborou com esta edição.
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