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Pedra sobre pedra
U
ma cidade fictícia do interior baiano mergulhada no realismo fantástico e que pretendia ser um microcosmo do Brasil. Essa era Resplendor, palco das intrigas, amores e disputas políticas de duas famílias: os Batistas e os Pontes. Assim era Pedra sobre pedra, novela da Rede Globo escrita por Aguinaldo Silva, Ana Maria Moretzsohn e Ricardo Linhares, exibida originalmente de 6 de janeiro a 31 de julho de 1992, às 20h30. Para a obra, a Globo construiu a sua maior cidade cenográfica até então, inspirando-se na cidade de Lençóis, que fora um polo de garimpo de diamantes nos séculos 19 e 20, localizada na Chapada Diamantina – essa região de serras na Bahia rendeu imagens deslumbrantes para a novela. Contando com um elenco de estrelas – Renata Sorrah, Lima Duarte, Osmar Prado, Fábio Jr., Eloísa Mafalda, entre tantos outros –, Pedra sobre pedra seria o último trabalho de Armando Bógus, que teve ali um dos seus melhores papeis, o do vilão Cândido Alegria. A novela obteve a sexta maior audiência da história da televisão brasileira
As gravações em despenhadeiros na Chapada Diamantina foram um dos desafios da produção da novela
l E a nossa revista noticiava em sua edição de JUNHO DE 1992: em 3 e 4 de abril, havia ocorrido
em Budapeste, Hungria, a 3ª Conferência Presidencial sobre Cooperação e Desenvolvimento – de um total de cinco que seriam realizadas pelo presidente do Rotary International, Rajendra Saboo. Reunindo mais de 430 rotarianos e convidados de 31 nacionalidades, o evento se tornou histórico ao contar com a participação de representantes de clubes de países da Europa Oriental. Estes haviam sido recentemente abertos (ou reabertos), como era o caso na Bulgária, Tchecoslováquia, Hungria, Letônia, Polônia, Rússia, Eslovênia e Iugoslávia. “É chegado um novo amanhecer. Essa não é uma nova Europa para o Rotary, é uma Europa renascida”, disse Rajendra Saboo na plenária de abertura. “Agora, vocês, a Europa inteira, irão contribuir para a paz mundial.” A reportagem, assinada por Martin Eberson, então editor da revista regional do Rotary na Holanda, encerrava explicando que “talvez o mais importante resultado da Conferência de Budapeste tenha sido o interesse renovado e as decisões sobre os projetos cooperativos que irão, definitivamente, reforçar a estrutura econômica e social da ‘Nova Europa’. Como disse o anfitrião [do evento], Zoltan Falvy, presidente do Rotary Club de Budapeste: ‘Essa conferência nos deu novas esperanças’”.
O Conselho Diretor do Rotary International, reunido em janeiro em Anaheim, nos Estados Unidos, havia decidido que, no período 1992-93, seria comemorada a Semana Mundial do Rotaract para marcar o 25º aniversário do programa dedicado aos jovens. O Conselho Diretor, além disso, buscava incentivar as parcerias entre os clubes de Rotaract e Rotary para a prestação de serviços à comunidade. RB l
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junho de 2022
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