Respeito Projetos no Espírito Santo e no Acre combatem violência contra a mulher
VIVA O ROTARACT Durante encontro nacional, rotaractianos brasileiros celebram os 50 anos do programa
RECURSOS HÍDRICOS Conheça a iniciativa que está beneficiando agricultores familiares no interior de São Paulo
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Revista
A revista regional do Rotary
www.revistarotarybrasil.com.br | Preço deste exemplar: R$ 6,00
MARÇO 2018 ANO 93 nº 1149
NÚcleos Rotary de desenvolvimento comunitário
Trabalho em parceria pelo bem
da comunidade
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QUEM SOMOS Rotary International One Rotary Center 1560 Sherman Avenue Evanston, Illinois, EUA
Conselho Diretor 2017-18
O Rotary é uma rede global de líderes comunitários, amigos e vizinhos que se unem para causar mudanças positivas e duradouras em suas cidades e pelo mundo. Para resolver problemas reais, é preciso compromisso e visão. Com dedicação, energia e inteligência, nossos associados vêm ajudando a humanidade há mais de 100 anos. Por meio de projetos sustentáveis em diversas áreas, como alfabetização, paz, saúde e recursos hídricos, estamos sempre procurando maneiras de criar um mundo melhor:
www.rotary.org
Presidente Ian H.S. Riseley
Gérard Allonneau
QUANTOS SOMOS
Rotary Club de Parthenay, França
Rotary Club de Sandringham, Austrália
Gregory F. Yank
Em todo o mundo
presidente eleito Barry Rassin
Rotary Club de O’Fallon, EUA
Rotary Club de East Nassau, Bahamas
Rotary Club de Martinsville, EUA
Vice-presidente Hendreen Dean Rohrs
John C. Matthews
Rotary Club de Langley Central, Canadá
Jorge Aufranc
Tesoureiro Mikael Ahlberg Rotary Club de Ölands Södra, Suécia
Diretores Paulo Augusto Zanardi Rotary Club de Curitiba-Cidade Industrial, Brasil
Basker Chockalingam Rotary Club de Karur, Índia
Brian A.E. Stoyel Rotary Club de Saltash, Inglaterra
Corneliu Dincă Rotary Club de Craiova, Romênia
James Ronald Ferrill
Rotary Club de Mercer Island, EUA Rotary Club de Guatemala Sur, Guatemala
Keiichi Ishiguro Rotary Club de Tsuruoka West, Japão
Noel J. Trevaskis Rotary Club de Bega, Austrália
Peter Iblher Rotary Club de Nürnberg-Reichswald, Alemanha
Robert C. Knuepfer Jr.
O ingresso no Rotary se dá por meio de convite. Nós podemos colocá-lo em contato com o clube que melhor atende a suas necessidades e interesses:
Rotary Club de Toyota, Japão
Rotary Club de Kyiv, Ucrânia
Curadores da Fundação Rotária 2017-18 Chair Paul A. Netzel
Kenneth M. Schuppert Jr.
Rotary Club de Los Angeles, EUA
Mary Beth Growney Selene
Rotary Club de East Nassau, Bahamas
Fonte: Escritório do Rotary International no Brasil (dados de fevereiro de 2018).
COMO SE ASSOCIAR
Rotary Club de Cheonan-Dosol, Coreia do Sul
Vice-chair Barry Rassin
Número de clubes: 2.380; Total de rotarianos: 53.564 (sendo 13.839 mulheres); Número de distritos rotários: 38; Rotaract Clubs: 758 (reunindo um total de 17.434 rotaractianos); Interact Clubs: 1.006 (reunindo um total de 23.138 interactianos); Núcleos Rotary de Desenvolvimento Comunitário: 391 (reunindo um total de 7.820 voluntários não rotarianos).
Tadami Saito
Eun-Soo Moon
Rotary Club de Norman, EUA
No Brasil
Rotary Club de Chicago, EUA
Secretário-geral John Hewko
Chair eleito Ron D. Burton
Número de clubes: 35.644; Total de rotarianos: 1.224.000 (sendo 268.723 mulheres); Países e regiões onde o Rotary está presente: 217; Número de distritos rotários: 545; Rotaract Clubs: 10.902 (em 184 países, reunindo um total de 250.746 rotaractianos); Interact Clubs: 22.535 (em 161 países, reunindo um total de 518.305 interactianos); Núcleos Rotary de Desenvolvimento Comunitário: 9.857 (em 99 países, reunindo um total de 197.140 voluntários não rotarianos).
Rotary Club de Decatur, EUA Rotary Club de Madison West Towne-Middleton, EUA
Michael F. Webb Rotary Club de Mendip, Inglaterra
Örsçelik Balkan Rotary Club de Istanbul-Karaköy, Turquia
Seiji Kita Rotary Club de Urawa East, Japão
Curadores Mário César Martins de Camargo
Sushil Gupta
Rotary Club de Santo André, Brasil
William B. Boyd
Brenda M. Cressey
Rotary Club de Pakuranga, Nova Zelândia
Rotary Club de Paso Robles, EUA
Young Suk Yoon
Gary C.K. Huang
Rotary Club de Seoul Hoehyon, Coreia do Sul
Rotary Club de Taipei, Taiwan
K.R. Ravindran
Secretário-geral John Hewko
Rotary Club de Colombo, Sri Lanka
Rotary Club de Kyiv, Ucrânia
Rotary Club de Delhi Midwest, Índia
www.rotary.org/pt/get-involved/join VALORES
Os nossos valores foram adotados em 2007 como parte do Plano Estratégico do Rotary, por serem características fundamentais ao caráter dos rotarianos. Desde então, eles foram endossados pelo Conselho Diretor do Rotary International e apoiados pelos rotarianos de todo o mundo. Os Valores do Rotary International são companheirismo, integridade, diversidade, serviços humanitários e liderança.
A PROVA QUÁDRUPLA
Do que nós pensamos, dizemos ou fazemos: 1) É a VERDADE? 2) É JUSTO para todos os interessados? 3) Criará BOA VONTADE e MELHORES AMIZADES? 4) Será BENÉFICO para todos os interessados? A Prova Quádrupla foi criada em 1932 pelo rotariano Herbert J. Taylor, que posteriormente presidiu o Rotary International.
OBJETIVO DO ROTARY
O Objetivo do Rotary é estimular e fomentar o Ideal de Servir, como base de todo empreendimento digno, promovendo e apoiando: Primeiro: o desenvolvimento do companheirismo como elemento capaz de proporcionar oportunidades de servir; Segundo: a difusão de altos padrões éticos na vida empresarial e profissional, o reconhecimento do mérito de toda ocupação útil e a valorização da profissão de todos os rotarianos como oportunidade de servir à sociedade; Terceiro: a aplicação do Ideal de Servir na vida pessoal, profissional e comunitária de todos os rotarianos; Quarto: a propagação da compreensão, boa vontade e paz entre as nações através de uma rede mundial de profissionais e empresários unidos pelo Ideal de Servir.
Fonte: Manual de Procedimento do Rotary International (edição de 2016)
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revista Rotary Brasil | MARÇO de 2018
Mensagem do presidente do Rotary International Ian Riseley
Mês de celebrar a energia e a visão do Rotaract Prezados companheiros rotarianos,
E
ste mês marca os 50 anos de fundação do primeiro Rotaract Club, em 1968. Neste meio século, o mundo passou por mudanças marcantes. Os jovens foram os que mais sentiram o enorme impacto destas transformações: a ascensão da tecnologia e da economia da informação, a propagação da educação e a tremenda influência da internet. Quando o Rotaract foi criado, seria praticamente inimaginável que um adolescente ou jovem em seus 20 anos pudesse ser um empresário ou CEO. Hoje, os jovens possuem uma capacidade sem precedentes de obter êxito – e o Rotary precisa, mais do que nunca, de suas ideias e entusiasmo. Por muitos anos, o Rotary subestimou o Rotaract ao considerar os nossos jovens e os programas para a juventude meros precursores da afiliação ao Rotary e não como os programas valiosos e produtivos que são. Os rotaractianos são verdadeiros parceiros nos serviços do Rotary. Atualmente, estima-se que 250 mil rotaractianos servem em mais de 10 mil clubes em quase todos os países onde há Rotary Clubs. O impacto dos serviços que eles prestam é admirável, considerandose a limitação de seus recursos. Os rotaractianos realizam inúmeros serviços com muito menos verba do que a média dos Rotary Clubs. A energia e a visão deles adicionam algo valioso à Família do Rotary e às nossas comunidades, e valorizamos isso imensamente. Considerem realizar reuniões e projetos conjuntos e cultivar o relacionamento com os rotaractianos – não apenas para perguntar se eles precisam de ajuda, mas para descobrir como vocês podem trabalhar juntos. Conheçam os seus Rotaract Clubs e seus associados – e certifiquem-se de que todos os rotaractianos saibam que podem contar com seu Rotary Club. Na realidade, apenas 27% dos Rotary Clubs patrocinam Rotaract Clubs, um percentual que tem se mantido estável ao longo dos anos. Além disso, são poucos os rotaractianos que acabam entrando no Rotary. Ao celebrarmos este aniversário com o Rotaract, peço a todos os Rotary Clubs que pensem em patrocinar um Rotaract Club ou estreitar os laços com os já existentes. Durante 50 anos, o Rotaract propiciou aos jovens um caminho para encontrar as mesmas conexões em suas comunidades e o mesmo valor nos serviços que os rotarianos encontram no Rotary. Os rotaractianos estão nos conectando com o Rotary do futuro e ajudando a construir o Rotary de hoje.
NA INTERNET
Leia os pronunciamentos e as notícias do presidente do Rotary Internatinoal acessando o site www.rotary.org/pt/office-president
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o celebrarmos este aniversário, peço a todos os Rotary Clubs que pensem em patrocinar um Rotaract Club ou estreitar os laços com os já existentes
Ian H.S. Riseley Presidente do Rotary International MARÇO MARÇOde de2018 2018||revista revistaRotary RotaryBrasil Brasil
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MARÇO 2018
Após ler esta edição da Rotary Brasil, envie seus comentários e críticas para nossa equipe: jornalismo@revistarotarybrasil.com.br
nº 1149
E aproveite para divulgar o Rotary presenteando sua revista a alguém!
24 M
ês da mulher
DE: _______________________
PARA: ____________________
15 N
05 M
ensagem do presidente do
Rotary International Mês de celebrar a energia e a visão do Rotaract Ian Riseley
11 M
ensagem do diretor do
Rotary International É hora de cuidar dos recursos hídricos Paulo Augusto Zanardi
Eduardo Muniz Werneck onto de vista:
Entrevista
com Barry Rassin Em busca da nossa visão
20 E
nd Polio Now Você tem um compromisso importante em agosto
22 G
iro global
Projetos sem fronteiras
23 M
ensagem do curador
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REVISTA Rotary Brasil | MARÇO de 2018
Denise Vieira
26 O
pinião
ossa história
Companheira de uma vida
16 P
Parceria no combate à violência
da Fundação
Rotária Investir responsavelmente Mário César de Camargo
Por que submarino de propulsão nuclear? Alvaro Augusto Dias Monteiro
28 V
iva o Rotaract Cinco décadas de liderança e transformação
Patrícia Kuhn
32 E
mpoderando a juventude
O que deseja a geração Y John Hewko
44 S
ubsídios globais
Proteção à saúde dos agricultores
45 C
oluna do chair do Conselho de Curadores da Fundação Rotária Pergunte à Central de Atendimento Paul Netzel
Seções 09 Cartas e recados l Saudades 10 Calendário 12 Curtas 14 A seu serviço 46 Pergunta do mês 48 Clubes inovadores 49 Para saber mais 52 Clubes e distritos 69 Casas da Amizade l Rotary Kids 70 Rotaract 71 Interact 72 Aconteceu 73 Relax 74 Imagens que marcam
36 Capa
Os postos avançados do servir Luiz Renato Dantas e Nuno Virgílio Neto
Convite ao leiTOR
www.revistarotarybrasil.com.br
Postos avançados da esperança
O
que o filipino M. A. T. Caparas, presidente 1986-87 do Rotary International, denominou de Nova Dimensão da Esperança está completando 30 anos. Quando ainda era presidente eleito, em 1985, Caparas tivera a ideia de espalhar pelo mundo o que atualmente conhecemos como Núcleos Rotary de Desenvolvimento Comunitário (NRDCs). E esse programa foi oficializado pelo Conselho Diretor do Rotary International em 1988. “Trazer uma esperança para vilarejos, comunidades e bairros em todo o mundo, este é o propósito do Rotary Village Corps [nome inicial dos NRDCs]. Essa nova dimensão do trabalho do Rotary aumentará consideravelmente sua capacidade para expandir nossos serviços humanitários para áreas que agora mal alcançamos porque nos falta a mão de obra”, escreveu Caparas em sua mensagem de setembro de 1986, já como presidente do Rotary. A publicação de uma reportagem de capa sobre os NRDCs é sonho de algum tempo dos jornalistas desta revista, alimentado também por sugestões de alguns rotarianos: por que não falar desses parceiros dos Rotary Clubs? Parceiros que, por vezes, até podem passar despercebidos dentro da imensa Família do Rotary, mas que exercem um papel estratégico de postos avançados do servir. Os NRDCs, por definição, são formados por voluntários não rotarianos dispostos a trabalhar em prol do desenvolvimento econômico e autossuficiência de sua comunidade. Sempre patrocinados por um Rotary Club, eles nunca deixaram de crescer em importância e número: em abril de 1989, havia 2.063 núcleos espalhados por 30 países; hoje eles são 9.857 em 99 países – reunindo 197.140 voluntários. Por meio de alguns casos, procuramos tornar essas pessoas – que trabalham em sintonia com rotarianos e as Trabalho em parceria pelo bem ênfases do Rotary – protagoda comunidade nistas da nossa reportagem. Esperamos ter sido bem-sucedidos nessa tarefa, e que as experiências de vida que aqui trazemos possam inspirar o Capa: arte de Armando Santos nosso leitor e leitora. com foto de iStockphoto RESPEITO Projetos no Espírito Santo e no Acre combatem violência contra a mulher
VIVA O ROTARACT Durante encontro nacional, rotaractianos brasileiros celebram os 50 anos do programa
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PÁGINA 28
REVISTA
A REVISTA REGIONAL DO ROTARY
RECURSOS HÍDRICOS Conheça a iniciativa que está beneficiando agricultores familiares no interior de São Paulo PÁGINA 44
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MARÇO 2018 ANO 93 Nº 1149
NÚCLEOS ROTARY DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO
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Equipe de Jornalismo MARÇO de 2018 | REVISTA Rotary Brasil
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Revista de Propriedade da Associação Editora Brasil Rotário CNPJ: 33.266.784/0001-53 Inscrição Municipal: 00.883.425 Av. Rio Branco, 125, 18º andar CEP: 20040-006 – Sede própria Rio de Janeiro – RJ Tel.: (21) 2506-5600 / Fax: (21) 2506-5601 SAC-Ouvidoria: 0800-6068-138 (ligação gratuita) Sistema de Gestão de Qualidade Certificado pela ABNT
DIRETORIA EDITORIAL E EXECUTIVA 2017-19 Presidente: Milton Ferreira Tito Vice-presidente: Pedro Loureiro Durão Diretor de Finanças: Claudio Dutra de Aboim Diretora Administrativa: Ivone Sacchetto Diretor de Logística: José Luiz Fonseca Diretor de Jornalismo: Alexis Cavichinni Teixeira de Siqueira Diretor Jurídico: Carlos Jerônimo da Silva Gueiros
Publicada ininterruptamente desde 1924, a Revista Rotary Brasil é a publicação oficial do Rotary em nosso país. Aqui você conhece um pouco do trabalho voluntário dos rotarianos brasileiros e de outros países.
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CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2017-19 Presidente: Jorge Bragança Suplente do presidente: Adelia Antonieta Villas Membros titulares: Bemvindo Augusto Dias, Fernando Moraes Baptista da Costa e Themístocles Américo Caldas Pinho Suplentes: Geraldo Lopes de Oliveira, Antenor Barros Leal e Laudelino da Costa Mendes Neto ASSESSOR Gilson Miguel de Bessa Menezes CONSELHO FISCAL 2017-18 Titulares: George Manuel da Rocha, Christian Helmer e Paulo Sobrino D’Oliveira Suplentes: José Nelson Carrozzino Filho, Dulce Grunewald Lopes de Oliveira e Wilmar Garcia Barbosa
De acordo com o Artigo 21.030.1 do Regimento Interno do Rotary International, todo associado a qualquer Rotary Club deve assinar a revista oficial do Rotary International (The Rotarian) ou uma revista regional do Rotary que tenha sido aprovada e prescrita para sua região pelo Conselho Diretor (no caso do nosso país, a Revista Rotary Brasil). Os assinantes podem optar por ler a revista em formato impresso ou digital. Dois rotarianos que morem no mesmo endereço têm ainda a opção de assinar a revista conjuntamente. Para mais esclarecimentos, entre em contato com nosso Departamento de Logística.
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Também de acordo com as normas do Rotary International, o atraso no pagamento da revista pode resultar na suspensão do seu clube. Para mais esclarecimentos, entre em contato com nosso Departamento de Cobrança.
Sobre o uso e a publicação de textos e imagens
CONSELHO CONSULTIVO DE BENEMÉRITOS Paulo Augusto Zanardi Mário de Oliveira Antonino Gerson Gonçalves Hipólito Sérgio Ferreira Henrique Sampaio (suplente: Guilhermino Cunha) Alexis Cavichinni Teixeira de Siqueira Ricardo Vieira Lima Magalhães Gondim Revista
EXPEDIENTE Editor-chefe: Milton Ferreira Tito Editor: Nuno Virgílio Neto – Jorn. Prof. MTB 24490 RJ Editor adjunto e jornalista responsável: Luiz Renato Dantas – Jorn. Prof. MTB 25583 RJ Redação e site: Luiz Renato Dantas, Manoel Magalhães, Maria Lúcia Ribeiro de Sousa, Nuno Virgílio Neto e Renata Coré Diagramação e digitalização: Alex Mendes, Armando Santos e Maria Cristina Andrade Impressão e distribuição: Edigráfica Gráfica e Editora Ltda. Tiragem desta edição: 48.050 exemplares E-mail da Redação: jornalismo@revistarotarybrasil.com.br Homepage: www.revistarotarybrasil.com.br Facebook: www.facebook.com/revistarotarybrasil ATENDIMENTO AO ASSINANTE SAC-Ouvidoria: 0800-6068-138 As matérias assinadas são de inteira responsabilidade dos seus autores. As visões expressas nesta publicação não são necessariamente aquelas do Rotary International ou da Fundação Rotária. São de propriedade do Rotary International e usadas sob licença as marcas ROTARY,
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O leitor que contribui com a Revista Rotary Brasil por meio do envio de conteúdo – tais como fotos, informações, textos e frases, entre outros – aceita e se responsabiliza pela autoria e originalidade do material enviado à revista, bem como pela obtenção da autorização de terceiros que eventualmente seja necessária para os fins desejados, respondendo dessa forma por qualquer reivindicação que venha a ser apresentada à Revista Rotary Brasil, judicial ou extrajudicialmente, em relação aos direitos intelectuais e/ ou direitos de imagem, ou ainda por eventuais danos morais e/ou materiais causados à Revista Rotary Brasil, à Associação Editora Brasil Rotário ou a terceiros. Entre os direitos da Revista Rotary Brasil incluem-se, também, os de adaptação e condensação dos textos e imagens enviados à revista. Para mais esclarecimentos, entre em contato com nosso Departamento de Jornalismo.
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REVISTA Rotary Brasil | MARÇO de 2018
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Cartas e recados
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A mensagem do diretor em janeiro Há dois anos, fizemos o projeto Rotary Cidadania, inspirado nos moldes do Projeto Rumo, que em nossa cidade é muito utilizado. Entramos em contato com uma escola modelo e passamos praticamente metade de uma manhã com os alunos, em três palestras, sobre nossa Constituição, cidadania e ética. Exatamente como descrito em seu artigo, não envolvendo partidos políticos nem nomes, mas mostrando a importância de conhecermos nossos direitos e deveres, e como campanhas são utilizadas para se conseguir votos, não importando os projetos de administração política. Encerramos com nossa reunião ordinária no refeitório. Alguns alunos apresentaram projetos muito interessantes que desenvolviam na comunidade e foram convidados para o nosso Interact. Acredito que campanhas como essas, de conscientização, são de extrema importância. Não estamos, como entidade, nos envolvendo em política, mas sendo mais um ponto de educação de que tanto precisamos. Ernani Borsatti, associado ao Rotary Club de Itaquaquecetuba, SP (distrito 4430)
NO FACEBOOK Nossa reportagem de capa de fevereiro apresentou a história de um jovem bailarino clássico e do projeto social da escola de dança onde ele fez a maior parte de sua formação. Os leitores que acompanham a página da revista se manifestaram das seguintes formas na postagem em que mostramos a capa:
Vaidade no Rotary e balé da vida Sobre o artigo A vaidade no Rotary (edição de janeiro, nº 1147), do companheiro Ricardo Gondim, com que delicadeza ele aborda o tema. O texto é verdadeiro e corajoso. Sugiro uma leitura cuidadosa. Analisemos com profundidade. Sobre a reportagem de capa de fevereiro (nº 1148), sinto-me honrada de ter participado de tão significativa matéria. Deslumbrante! Texto, fotos, história, enfim, tudo! Parabéns! Todos merecem nosso aplauso. Maria Regina Camara, associada ao Rotary Club do Rio de Janeiro, RJ (distrito 4570)
Saudades Jayme Cordeiro Rosa, associado fundador e presidente 1980-81 e 2008-09 do Rotary Club de Itaquaquecetuba, SP (distrito 4430). nnn
Marlene Cioglia, coordenadora 2003-04 das Casas da Amizade do distrito 4530 e integrante da Casa da Amizade de Brasília-Leste, DF. nnn
Zael Pedreira Batalha, presidente 2013-14 do Rotary Club de Brasília-Lago Norte, DF (distrito 4530). nnn
Paulo Roberto Ramos, governador 2015-16 do distrito 4560 e associado ao Rotary Club de Divinópolis-Leste, MG. Erramos Diferente do que publicamos na página 13 da edição de dezembro (nº 1146), a CN Tower, em Toronto, Canadá, possui 553 metros de altura, ou 1.815 pés, e não 1.900 metros. Os presidentes 2017-18 e 2018-19 do Rotary Club de São Bernardo do Campo-Norte, respectivamente, Carlos Augusto Vicente e Odirlei J. Quintini Jr., pedem para informar que, diferente do que nos foi comunicado na carta publicada na edição de janeiro (nº 1147), o Centro de Formação e Integração Social de São Bernardo do Campo (CAMP-SBC) é um projeto dos quatro Rotary Clubs existentes no município, e não apenas do Rotary Club de São Bernardo do Campo.
Os comentários publicados nesta página são extraídos do Facebook e de cartas e e-mails enviados ao nosso Departamento de Jornalismo. No caso das correspondências, elas devem ser enviadas para o e-mail jornalismo@revistarotarybrasil.com.br ou para a Avenida Rio Branco, 125/18º andar – Centro – Rio de Janeiro/ RJ/CEP:20040-006. Em razão do seu tamanho ou para facilitar a compreensão, os textos poderão ser editados.
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Calendário
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MARÇO 2018 MÊS DOS RECURSOS HÍDRICOS E SANEAMENTO
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Dia Internacional da Mulher
Segundo estatísticas da Kering Foundation e do Datafolha, 15 milhões de adolescentes de 15 a 19 anos em todo o mundo já sofreram abuso sexual. Em nosso país, 503 mulheres são vítimas de agressão física a cada hora. Eliminar todas as formas de violência contra as mulheres e meninas nas esferas pública e privada é uma das metas do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. Nas páginas 24 e 25 desta edição, veja como um distrito e um clube do Brasil estão engajados para que essa mudança aconteça.
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Semana Mundial do Rotaract
Seu clube não pode deixar de celebrar os 50 anos de criação do programa de Rotaract, tema da mensagem do presidente Ian Riseley nesta edição e da matéria que começa na página 28. Se o seu clube ainda não patrocina um Rotaract, este é o momento para pensar a respeito!
Lideranças do Rotary e da Unesco falarão sobre formas de avançarmos nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU para 2030, que englobam erradicação da pobreza, combate à fome e às alterações climáticas, e igualdade de gênero. Todos os associados ao Rotary e participantes de programas pró-juventude estão convidados.
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Garanta sua participação no maior encontro internacional do Rotary, que este ano acontece em Toronto, no Canadá, de 23 a 27 de junho: riconvention.org/pt
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VIDA BROTANDO DO CHÃO: garota carrega água coletada em poço aberto pelo Rotary na aldeia de Tonosuano, em Gana, na África Ocidental
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REVISTA Rotary Brasil | MARÇO de 2018
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Steve Killelea, do Instituto para Economia e Paz, e Muhhamad Yunus, criador do conceito de microcrédito e ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 2006, são dois dos palestrantes de alto nível que debaterão o tema com rotarianos e demais parceiros em Sydney, na Austrália.
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Conferência Presidencial: Desenvolvimento Econômico, Comunitário e Paz
ANOTE NA AGENDA O tema do próximo mês é Saúde Materno-Infantil
Último dia de desconto na taxa de inscrição à Convenção 2018
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Dia do Rotary na Unesco, Paris
MENSAGEM DO diretor do Rotary International Paulo Augusto Zanardi
É hora de cuidar dos recursos hídricos iStockphoto
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a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Am biente e Desenvolvimento, em 1992, a data de 22 de março foi sugerida como Dia Mundial da Água, e começou a ser comemorada no ano seguinte. O objetivo desse dia é promover a conscientização da relevância da água para a nossa sobrevivência. O Rotary tem uma de suas áreas de enfoque destinada aos recursos hídricos e saneamento para atuarmos de forma firme e consciente. Segundo as Nações Unidas, 780 milhões de pessoas carecem de acesso a água potável e 1,3 bilhão não têm acesso a eletricidade. Portanto, há lugares onde a água existe em abundância, porém sem a energia elétrica necessária para captá-la no subsolo, nem o dinheiro para isso. Tão importante quanto fornecer sistemas de água e saneamento é informar nossas comunidades sobre o uso consciente desses recursos. Com pequenos gestos, podemos fazer a diferença na vida das pessoas. Conheci um g r upo escoteiro que se reunia em um lugar onde havia um córrego muito agradável, porém completamente poluído. Eles não ficaram de braços cruzados. Pesquisaram e descobriram que, com alguns tubos de concreto e carvão, poderiam resolver em 90% a poluição da água, e assim o fizeram.
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ão importante quanto fornecer
sistemas de água e saneamento é informar nossas comunidades sobre o uso consciente desses recursos Há um Rotary Club que mantém um projeto de arrecadação de óleo de cozinha usado. Funciona da seguinte maneira: o clube distribui garrafas PET de dois litros para que o óleo seja depositado nelas. Quando estão cheias, os rotarianos as coletam e, uma vez por mês, as levam para a Apae da cidade, onde o óleo é reaproveitado na fabricação de sabão. Além de evitar a poluição, essa iniciativa ainda ajuda a suprir as necessidades da Apae.
O u t r o c l u b e d e s e nvo l ve u m projeto para levar palestras a escolas da comunidade. Participei de uma delas e fiquei impressionado com a quantidade de informações relevantes. Por exemplo: como evitar o desperdício de gás e de água, regulando diretamente o aquecedor em uma temperatura confortável. Ou a instrução para que remédios, principalmente antibióticos, não sejam descar tados na pia do banheiro. Os quatro distritos parana enses, por sua vez, se reuniram e, com a Companhia de Sanea mento do Paraná (Sanepar), estão realizando um projeto de conscientização da importância dos recursos hídricos que será levado a todas as escolas públicas do Estado. O Rotary, por meio de seus clubes, e a Sanepar, com suporte técnico e financeiro, já iniciaram os primeiros estágios desse trabalho, que incluirá um grande seminário em Curitiba, no dia 26 de maio, com a presença do presidente do Rotary International, Ian Riseley. Neste mês de março, comecemos uma corrente permanente de combate ao desperdício de água. Incentivemos a prática de formas alternativas de reutilização deste recurso. Façamos, enfim, a diferença na vida de pessoas sem acesso a um bem que pode estar sendo desperdiçado por nós.
Para fazer comentários e sugestões sobre esta coluna, escreva para zanardi4730@gmail.com NON NON DE MARÇO de 2018 | REVISTA revista Rotary Brasil
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Curtas
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Convenção 2018
Uma cidade incrível também à noite
A
comissão anfitriã da Convenção do Rotary International de 2018, em Toronto, quer que suas noites na cidade sejam inesquecíveis. Uma série de eventos foram planejados para que os participantes aproveitem o mundo de diversões oferecido por essa metrópole canadense. Na noite de sábado, 23 de junho, a banda Lady Be Good apresentará uma rica mistura de jazz da velha guarda, blues e outros ritmos, bem como música popular moderna. O local é inusitado: o Aquário Ripley. O programa do evento foi elaborado para dar uma amostra das diversas culturas de Toronto. Na mesma noite, aqueles com gosto musical mais irreverente poderão visitar o Distillery District, um bairro histórico com butiques atraentes e culinária internacional onde acontecem apresentações ao vivo de rock e música country. Durante a Noite da Hospitalidade, na segunda-feira, 25
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REVISTA Rotary Brasil | MARÇO de 2018
de junho, você poderá conhecer os rotarianos de Toronto, que receberão convidados em suas casas e outros locais da cidade, como restaurantes. Na terça, 26 de junho, reserve um tempinho para participar do Rotaryfest, uma noite com fogos de artifício e quitutes internacionais, entre eles costelinha de porco, frango halal, especialidades vegetarianas e outras guloseimas. Como o número de ingressos para estes eventos é limitado, sugerimos que você faça sua reserva o quanto antes. Para mais informações e compra de ingressos, acesse o site rotary2018.org. (Randi Druzin, para a The Rotarian)
Já fez sua inscrição? Garantindo presença até 31 de março, você aproveita a última oportunidade de desconto: riconvention.org/pt
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RECURSOS HÍDRICOS E SANEAMENTO
Mostre o que o Rotary faz US$ 24 é o valor necessário para fornecer água limpa a uma pessoa
23 milhões de pessoas têm acesso a água limpa por causa do Rotary
21 milhões de pessoas têm acesso a saneamento básico graças a projetos do Rotary Neste mês, visite a seção Nossas causas do site rotary.org e conheça alguns dos projetos responsáveis por gerar números transformadores como estes. Depois, compartilhe essas informações nas redes sociais para mostrar como o Rotary e a Fundação Rotária fazem a diferença na área de recursos hídricos e saneamento.
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A seu serviço notícias do escritório do Rotary international no brasil
Conheça a equipe do RI Brazil Office A
lém da sede mundial em Evanston, nos EUA, os associados ao Rotary e pessoas com interesse em conhecer melhor a organização contam com escritórios ao redor do mundo. O Brasil tem o privilégio de sediar um deles. Conheça nossa superequipe: http://bit.ly/2E9SSOJ
escritório do Rotary international no brasil
www.rotary.org.br Endereço Rua Tagipuru, 209 – Barra Funda São Paulo – SP CEP: 01156-000 Tel: (11) 3217-2630 Atendimento: de 2ª a 6ª, das 8h às 17h Gerente Celso Fontanelli celso.fontanelli@rotary.org
Como seu clube está apoiando essa iniciativa?
Suporte a Clubes e Distritos Débora Watanabe (supervisora) debora.watanabe@rotary.org Fundação Rotária
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presidente do Rotar y International, Ian Riseley, pede a cada um dos 1,2 milhão de rotarianos que plante uma árvore antes do próximo Dia da Terra, que será comemorado em 22 de abril.
Edilson Gushiken (supervisor) edilson.gushiken@rotary.org Financeiro Carlos Eduardo de Araujo (supervisor) carlos.araujo@rotary.org Publicações e Audiovisuais Clarita Urey (supervisora) clarita.urey@rotary.org
Envie relatos e fotos em boa definição para o e-mail ribo@rotary.org As melhores histórias e fotografias poderão fazer parte das publicações oficiais do Rotary. Veja mais detalhes desse desafio em https://my.rotary.org/pt/news-media/office-president
Sede mundial do Rotary International 1560 Sherman Avenue, Evanston, Il 60201 USA Phone: 00-21-1847 866-3000 Fax: 00-21-1847 328-8554 Atendimento: das 8h30 às 17h (horário de Washington)
Aprenda como fazer neste vídeo: https://youtu.be/f2VOwUwl-9Q
Estamos prontos para ajudá-lo! 14
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nOssa história
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Companheira de uma vida Jean e Paul Harris se conheceram durante uma caminhada e ficaram casados por 37 anos Eduardo Muniz Werneck*
©Rotary International
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uinta filha de John e Anne Thomson, Jean nasceu em 8 de novembro de 1881, em Edimburgo, Escócia, na casa número 9 da Cumberland Street – e não na Comely Bank Avenue, como Paul Harris dizia para justificar o nome dado à residência onde foram morar depois de se casarem. Na verdade, Jean tinha dez anos de idade quando a família se mudou para aquela avenida. Os Thomson não eram uma família de grandes posses, mas os oito filhos do casal cresceram em um ambiente familiar de laços muito fortes que duraram por toda a vida. Todos receberam uma educação rigorosa, baseada em firmes preceitos religiosos. Nos finais de semana e feriados, a família tinha o costume de sair em extensas caminhadas ao longo da praia e pelos bosques próximos. Talvez daí tenha nascido o gosto de Jean pelos passeios ao ar livre e pela natureza, o que culminou com o encontro entre ela e Paul durante uma caminhada nos arredores de Chicago. Possivelmente pela falta de opções de emprego para os filhos, e de pretendentes adequados para as filhas, aos poucos os irmãos foram deixando a Escócia rumo ao Canadá e aos Estados Unidos. Seguindo os passos dos irmãos mais velhos, James e Anne, em 1907, Jean e Mary embarcaram para a cidade canadense de Montreal. Não se sabe exatamente quanto tempo ali viveram ou trabalharam; o certo é que, em abril de 1910, quando Jean e Paul se encontraram, cinco irmãos já viviam em um apartamento em Chicago. Paul e Jean se casaram apenas três meses depois, no dia 2 de julho. Dois anos mais tarde, se mudaram para a Comely Bank, a casa que seria o lar do casal por 35 anos, até o falecimento de Paul. Com a morte do marido em 1947, Jean entrou em depressão,
Jean e Paul Harris em Comely Bank em dezembro de 1942
vendeu a casa e se mudou para um hotel. Permaneceu em Chicago, prestando serviços voluntários, até 1955, quando retornou a sua cidade natal com o irmão James. Chegando a Edimburgo, a viúva de Paul Harris informou ao Rotary Club local que não desejava mais participar de nenhuma atividade da organização. Compareceu, porém, à reunião dos cinquenta anos de fundação do Rotary Club de Edimburgo em 1962. Jean Harris faleceu em 9 de novembro de 1963, um dia após completar 82 anos de idade.
*O autor é governador 2010-11 do distrito 4670, associado ao Rotary Club de São Leopoldo-Leste, RS (distrito 4670), e organizador do livro 1936 – O ano em que o Brasil conheceu Paul Percy Harris, que pode ser adquirido pelo e-mail cdpi@revistarotarybrasil.com.br
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PONto de vista
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Em busca da nossa visão Presidente eleito do Rotary International, Barry Rassin fala sobre a organização e para onde espera levá-la a partir de 1º de julho – e conta ainda como o Rotary mudou profundamente sua vida
Alyce Henson/Rotary International
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uando Barry Rassin chegou às quatro da manhã à sede mundial do Rotary, em Evanston, nos EUA, para seu primeiro dia em período integral como presidente eleito, seu cartão de acesso não funcionou no elevador. Apenas um dia antes, ao fim de um processo intenso e corrido, ele tinha sido nomeado para a vaga deixada por Sam Owori, que morrera subitamente em julho do ano passado. Associado ao Rotary Club de East Nassau, nas Bahamas, naquela madrugada Barry ainda não tinha as devidas credenciais para acesso irrestrito ao prédio. “Tive que explicar a situação ao segurança que, obviamente, não fazia a menor ideia de quem eu era”, recorda. Após chegar ao 18º andar do One Rotary Center, ele compactou os habituais cinco dias de orientação aos presidentes eleitos em um dia e meio, planejou a Assembleia Internacional de 2018 e criou seu lema, Seja a Inspiração. “Sou o tipo de pessoa que gosta de ouvir opções, tomar uma decisão e seguir adiante para a próxima tarefa. Por isso, conseguimos avançar no processo com rapidez considerável.” Antes de tornar-se presidente eleito, Barry Rassin era conhecido por liderar os esforços do Rotary para socorrer o Haiti após o terremoto de 2010, trabalho que articulou um total de nada menos que 105 projetos patrocinados por rotarianos. “Eu tinha uma planilha com 132 páginas contendo detalhes de cada um deles”, conta.
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As habilidades de liderança de Barry foram de grande valia em sua vida profissional como administrador de hospital. Ele foi o primeiro bolsista do Colégio Americano de Executivos da Saúde nas Bahamas e, recentemente, aposentou-se após 37 anos como presidente da empresa Doctors Hospital Health System, para a qual ainda presta consultoria. Rotariano desde 1980, ele recebeu a maior honraria da organização, o prêmio Dar de Si Antes de Pensar em Si. Ele e sua esposa, Esther, são Doadores Extraordinários e Benfeitores da Fundação Rotária. O editor-chefe da revista The Rotarian, John Rezek, e a redatora sênior Diana Schoberg conversaram com Barry em seu escritório em Evanston no último mês de outubro, logo após uma sessão de fotos num café das redondezas. Uma festa de aniversário estava acontecendo ao mesmo tempo no local, mas os convidados não pareciam se importar. “Ele tem potencial para ser estrela de cinema”, sussurrou um deles. Barry brincou ao fim dos cliques: “Foi como ir ao dentista!”.
O Rotary não é uma organização de assistência em casos de catástrofe. Como você é alguém que esteve à frente de ações de emergência num dos piores desastres dos últimos tempos, acha que podemos causar impacto em situações como essa? n Sim. O Rotary International não é uma organização de assistência em casos de catástrofe, mas eu gostaria que nossa instituição fosse uma melhor catalisadora e comunicadora entre as áreas que sofreram desastres e potenciais doadores. Rotarianos em todo o mundo ficam sabendo dos desastres e querem ajudar. Precisamos comunicarlhes de maneira melhor como podem contribuir. Não convém alguém separar roupas para doar se elas não tiverem serventia. Precisamos primeiro ouvir o que as pessoas afetadas pelo desastre têm a dizer. Suas necessidades podem mudar diariamente, por isso a comunicação é muito importante. Espero que tenhamos mais informações atualizadas sobre desastres em nosso site. Temos um Grupo Rotarianos em Ação dedicado à assistência em casos de desastre que trabalha com os funcionários do Rotary International. No futuro, poderemos responder mais rapidamente do que agora. A primeira coisa que temos a fazer na ocorrência de uma catástrofe é dizer às pessoas afetadas: “Você está bem? Estamos aqui. O que podemos fazer para ajudar?”. Essas palavras fazem com que as pessoas se sintam menos sozinhas. Prosseguimos então orientando-as sobre como conseguir a assistência imediata que não podemos oferecer e encaminhando-as às agências com as quais trabalhamos.
O Rotary depende dos clubes para essas informações? n Os clubes e distritos estão no local e sabem o que está acontecendo. Eles precisam saber como, quando e quem contatar no Rotary International para conseguir apoio. Nós devemos ser esse elo, pois este é um dever do Rotary. Se você mora na área do desastre, fornecerá assistência imediata porque seus amigos estão sofrendo. Isto é natural. O maior papel do Rotary é o próximo passo, os esforços de recuperação no longo prazo. O terremoto no Haiti aconteceu há oito anos e o Rotary ainda está lá. Muitas das outras agências humanitárias prestam assistência imediata e depois vão embora. Nós ajudamos no longo prazo. Os rotarianos moram lá. Eles vão querer deixar suas comunidades do jeito que eram antes. O nosso papel é ajudá-los a fazer exatamente isto, e não necessariamente com dinheiro, mas com orientação, consultoria e empatia. Você quer que o Rotary cause um impacto transformador. Como podemos alocar nossos recursos para que isso aconteça? É bom que façamos pequenos projetos, e eu espero que não me interpretem mal. Nós sempre os faremos. Mas agora eu gostaria que cada clube pensasse em realizar pelo menos um projeto humanitário de alto impacto para transformar a vida das pessoas. Os projetos não precisam custar muito. Eu sempre uso como exemplo um jipe que doamos ao Haiti. Por 60 mil ou 70 mil dólares, compramos esse jipe rosa para que algumas parteiras que oferecem exames pré-natal possam n
tratar das mulheres da região, que não receberiam assistência de outra forma. Como resultado, o índice de mortalidade diminuiu drasticamente. Isto é transformador. A Fundação Rotária vem falando sobre sustentabilidade há muito tempo. Para ser sustentável – para que o bem que fazemos dure – é preciso que um projeto seja transformador, encaixando-se adequadamente naquilo que os curadores da Fundação Rotária e os Subsídios Globais vêm realizando. Os distritos poderiam usar os Subsídios Distritais e fazer a mesma coisa. Temos os recursos, só precisamos pensar de uma maneira diferente. O trabalho de reconstrução do Haiti teve um efeito positivo para o Rotary? n Se você for a certas partes do Haiti usando o distintivo do Rotary, os haitianos lhe dirão obrigado porque sabem o que os rotarianos fizeram pelo país. O Rotary forneceu alimentos, água e escola aos filhos deles. Por falar em projetos transformadores, estamos trabalhando numa iniciativa com objetivo de prover água potável a todo o Haiti. O primeiro-ministro haitiano é rotariano e ex-presidente de seu clube. Ele está trabalhando conosco, inclusive facilitando para que uma agência governamental atue diretamente com nossa equipe. O âmbito desse projeto vai muito além de qualquer Subsídio Global, mas estamos nos planejando para descobrir como dividir a tarefa em partes. Tenho certeza de que clubes e distritos em todo o mundo adorariam participar disso. Porque é transformador. É o tipo de coisa que pode mudar uma região para melhor e para sempre. MARÇO DE 2018 | REVISTA Rotary Brasil
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PONto de vista Que outras metas você gostaria de alcançar durante seu mandato? n Há uma desconexão entre o que é feito no Rotary International e o que os Rotary Clubs vêm fazendo. Eu gostaria de fechar essa brecha. Uma das nossas estratégias prioritárias é fortalecer os clubes, o que envolve coisas como desenvolvimento do quadro associativo e aumento das contribuições à Fundação Rotária. Não estamos ajudando os clubes a entender por que precisamos fazer algumas dessas coisas. Por causa disso, alguns deles deixam de se envolver. Quero explorar maneiras de fundar novos Rotary Clubs. Há muitos clubes em toda parte. Continuamos dizendo aos rotarianos que eles precisam conseguir novos associados, mas a cultura de certos clubes nem sempre é atraente para outras pessoas. Temos trabalhado para garantir que todos saibam que rotaractianos podem fundar Rotary Clubs. Devemos dizer aos rotaractianos que, depois dos 30 anos, eles podem fundar seu próprio Rotary Club, integrado por pessoas como eles. O Rotaract é extremamente valioso para fortalecer o Rotary. Precisamos impulsionar nossa presença nas mídias sociais. Quando comparamos nossos números aos de uma celebridade, não somos nada. Rotarianos e rotaractianos devem acessar as mídias sociais e usá-las para projetar nossa imagem pública. E aqui está a outra parte disso: não acredito que nossas comunidades compreendam o que o Rotary é. Quero realizar Dias do Rotary para que clubes e distritos possam falar sobre o Rotary em suas
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comunidades e explicar o que fazemos e por que fazemos as nossas atividades. Quero que os clubes ofereçam programas para formação de líderes. A nova declaração de visão do Rotary diz: “Juntos, vemos um mundo onde as pessoas se unem e entram em ação para causar mudanças duradouras em
si mesmas, nas suas comunidades e no mundo todo”. Esta é uma grande oportunidade de lembrar a todos os associados de Rotary Clubs que desenvolvimento pessoal é uma das razões pelas quais estamos no Rotary. Os jovens estão procurando maneiras de crescer e se desenvolver, e esta é mais
uma razão para eles se afiliarem ao Rotary. Estas são as principais áreas que quero enfocar. Você mencionou a nova declaração de visão do Rotary. Nós já temos um lema: Dar de Si Antes de Pensar em Si. E temos ainda os lemas presidenciais de cada ano. Por que precisamos também de uma declaração de visão? n A declaração de visão permite-nos mostrar ao mundo o nosso mais importante valor no longo prazo. Ela ajuda rotarianos e não rotarianos a compreender nosso objetivo de transformar o mundo. A declaração vem do retorno que recebemos dos rotarianos. O resultado final mostra nossa visão para o futuro e o caminho para chegarmos lá. Os Rotaract e os Rotary Clubs no Caribe têm um bom relacionamento. Qual o segredo deles? Meu clube é um exemplo disso. Quando recebemos rotaractianos não os tratamos como convidados. Eles são tratados como qualquer outro associado e passam a se sentir parte do clube, como um de nós, desde a hora em que chegam. Além disso, os rotarianos do nosso clube participam de reuniões do Rotaract para que haja sempre uma conexão. Nos últimos dois anos, acho que conseguimos 100% de transição do Rotaract para nosso clube. Precisamos manter essa conexão. n
O que você aprendeu com os rotaractianos?
Os rotaractianos são cheios de energia e entusiasmo. Eles querem fazer o bem e realmente gostam de trabalhar. A frustração é que eles acham difícil fazer a transição para Rotary Clubs com uma cultura totalmente diferente, clubes desmotivados, sem presença nas mídias sociais. Os rotaractianos são o Rotary do futuro e precisamos ajudá-los a chegar lá. O que eles desejarão de um clube quando estiverem com 40 anos? Temos que descobrir a resposta e então criar Rotary Clubs que os agradem. n
Imagine a sua vida sem o Rotary. n Uau! É difícil imaginar isso. Dedico meu coração e minha alma ao Rotary há 37 anos e sem isso eu não teria os amigos que tenho, nem a habilidade de fazer algumas das coisas que sei. Eu sempre menciono meu primeiro discurso. Estava segurando a tribuna com firmeza, lendo o pronunciamento que escrevera. Quando cheguei ao fim da primeira página, estava tão nervoso que não conseguia virá-la. Mas meu clube continuou me pedindo para fazer discursos, então continuei fazendo-os, e agora falo em público com segurança. Eu não teria adquirido essa segurança sem o Rotary. Como você começa um discurso? n É importante procurar conhecer seu público e se conectar com os participantes de uma maneira ou de outra, seja agradecendo a eles, dizendo que é um prazer estar ali ou homenageando alguém. Toda vez que faço um discurso, procuro torná-lo o mais pessoal possível.
Se você pudesse mudar uma única coisa no Rotary, o que seria? n Um dos nossos desafios é o Conselho de Legislação. Nós nos reunimos a cada três anos para considerar mudanças nas normas governamentais do Rotary, mas na verdade todo o processo acaba durando de quatro anos e meio a cinco anos, se levarmos em conta os prazos para propor legislação. O mundo está se transformando rápido demais para que isso permaneça assim. Precisamos encontrar uma maneira de tomar decisões relevantes para o bem da organização, e de forma mais rápida. Nosso Conselho de Legislação precisa entender que talvez seja hora de fazer esta mudança. Eu adoraria ver nosso Conselho reestruturado. Uma alternativa seria realizar essas reuniões todos os anos, eletronicamente. Seria um desafio, é difícil ter um debate dinâmico online, mas acho que o Rotary é inteligente o suficiente para descobrir como fazê-lo. Há alguma tradição no Rotary que você jamais eliminaria? n Eu nunca eliminaria a Prova Quádrupla, nem os Serviços Profissionais. Algumas tradições usadas nas reuniões semanais poderiam ser abandonadas. Acho que não há mais necessidade de sermos tão formais nas nossas reuniões de clube. Mas quando pensamos nos nossos valores ou em ética, classificações, estas são as coisas que devem permanecer. Estes princípios definem quem somos, devemos apreciá-los e continuar a desenvolvê-los.
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end Polio Now
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Você tem um compromisso importante em agosto
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note na sua agenda o período de 6 a 24 de agosto e destaque o dia D, o sábado 11. O Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde anunciou para essa época uma campanha extraordinária de vacinação contra a poliomielite e o sarampo e o seu clube precisa participar desse trabalho. Uma das condições necessárias para a erradicação global da pólio é que a cobertura vacinal se mantenha acima de 95%. No entanto, em 2016, as taxas médias no Brasil foram de 85%, com municípios registrando números inferiores a 50%. Para mudar isso,
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os rotarianos precisam apoiar maciçamente a campanha de vacinação. O programa de apoio que o Rotary no Brasil elaborou para essa campanha pede que os governadores distritais 2017-18 e 2018-19 e as comissões afins liderem o processo, que envolve: desenvolver um plano de ação para a campanha; divulgá-lo e engajar presidentes e clubes; elaborar uma agenda de eventos consistente; visitar autoridades estaduais e municipais; desenvolver um plano de marketing e buscar parcerias locais; criar um plano de mobilização, em especial nos dias da campanha. Não temos tempo a perder.
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giro Global
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Projetos sem fronteiras No mês em que comemoramos os 50 anos do Rotaract, conheça um pouco do que nossos clubes de jovens vêm realizando mundo afora Estados Unidos
Quando soube que moradoras de rua estavam contraindo a síndrome do choque tóxico, causada por uma bactéria, Adriana Camuñas, ex-presidente do Rotaract Club da Kean University, em Nova Jersey, decidiu ajudá-las. “As mulheres contraem esta doença por não terem os produtos necessários à higiene feminina”, Adriana explica. “Este tipo de choque tóxico pode causar convulsões, desorientação, perda de membros e até a morte em casos mais severos.” Adriana e seus amigos do Rotaract encheram mais de 500 bolsas com produtos de higiene feminina e as distribuíram em abrigos para mulheres e na Penn Station, onde há várias pessoas em situação de rua.
França
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Em outubro, os 10 integrantes do Rotaract Club de Côte d’Opale venderam ursos de pelúcia e narizes vermelhos de palhaço em eventos esportivos, arrecadando cerca de 1.200 dólares para uma iniciativa que leva um pouco de alegria a crianças doentes. “A beneficiária desse dinheiro, Les Clowns de l’Espoir (Palhaços da Esperança), envia palhaços voluntários a hospitais para distrair os pequenos pacientes”, conta Pierre-Emmanuel Bataille, próximo presidente do clube.
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China
Em 23 de agosto, o furacão Hato castigou a costa chinesa, atingindo Macau com ondas impetuosas e ventos de quase 200 quilômetros por hora. A poucas horas da catástrofe, os Rotaract Clubs de Macau, Guia e Macau Central uniram-se a alunos da Universidade de Macau e rotarianos para coordenar a mobilização de 500 voluntários. O trabalho incluiu a remoção de destroços e entrega de refeições a doentes e idosos.
Sri Lanka
Uma campanha do Rotaract Club da Universidade de Sri Jayewardenepura voltada à prevenção de suicídio originou debate sobre a principal causa de morte entre os jovens do Sri Lanka. Em colaboração com a Sri Lanka Sumithrayo, uma rede de voluntários afiliada à Befrienders Worldwide, o clube patrocinou um simpósio em setembro de 2017 para educar o público sobre como ajudar pessoas que sofrem de depressão.
África do Sul
Celebrando o Dia Nacional da Mulher, em 9 de agosto, associados ao Rotaract Club de Verulam distribuíram 60 cestas com cosméticos, artigos de higiene, chocolates e rosas para pacientes e funcionárias do hospital Osindisweni, que cuida de pessoas de baixa renda. “A data comemora a coragem das nossas mulheres”, declara Taruna Ragubir, presidente do clube. A inciativa contou com apoio de empresas, parentes e amigos.
(Por Brad Webber, para a The Rotarian)
Mensagem do curador da Fundação Rotária Mário César de Camargo
Investir responsavelmente
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Fundo Distrital de Uso Controlado (FDUC), ou District Designated Fund (DDF), em inglês, é como uma conta bancária de cada distrito junto à Fundação Rotária. Graças ao nosso competente trabalho de captação de recursos, tanto em nível nacional quanto mundial, os depósitos não utilizados hoje somam mais de 50 milhões de dólares. Você já leu manifestações a respeito, tanto de minha parte quanto de outras lideranças do Rotary. Os curadores encarregaram um time de propor medidas para acelerar o investimento desses valores, já que o objetivo da Fundação não é o acúmulo de recursos, mas sua utilização para mitigar problemas, fazendo o bem no mundo. Essa equipe é composta dos curadores Bill Boyd, Brenda Cressey, Gulam Vahanvaty, Ken Schuppert e eu. O relatório deverá ser apresentado em abril, na reunião dos curadores, com a proposição de ações práticas que canalizem o dinheiro da Fundação para projetos. Alguns caminhos já são vislumbrados, inclusive com medidas em andamento. Ainda estamos em fase de discussão, mas acredito que o mundo do Rotary deva saber que a Fundação está agindo no sentido de acelerar o bom uso dos fundos. Conheça as estratégias em estudo: 1 Direcionar mais recursos para os fundos de alívio a desastres e para bolsas educacionais e pela paz;
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2 Permitir um volume percentual de Subsí-
dios Distritais maior do que os atuais 25%. Uma preocupação é com o baixo nível de controle dos Subsídios Distritais pela Fundação, em relação à prestação de contas dos distritos. Outro ponto é que essa realocação no fundo admite o fracasso dos Subsídios Globais, negando alguns dos princípios básicos de criação de projetos de grande escala, que envolvem comunidades, associações beneficiadas, parceiros internacionais e constituem o cerne do Plano Visão de Futuro; 3 Meu tópico é a dificuldade de encontrar
parceiros internacionais, e para desenvolvê-lo preciso da contribuição dos distritos brasileiros que têm enfrentado obstáculos nesse aspecto. Considere que há uma parte do nosso site, chamada Rotary Ideas, que deveria funcionar
como formadora de parcerias, mas que apresenta resultado pífio. Há um site independente, administrado pelo rotariano Phillipe Lamoise, com quem o Rotary está conversando para entender as razões do seu sucesso, que suplanta o site oficial. Os escritórios regionais também deverão ser envolvidos no processo, ainda que não haja um procedimento determinado neste momento. Envie-me suas histórias de sucesso e fracasso na tentativa de conectar parceiros internacionais para projetos, se possível até 15 de março [o endereço de e-mail está no final da coluna]. Elas servirão para consubstanciar nossos argumentos para que a Fundação assuma um papel mais ativo no desenvolvimento de parcerias;
4 Flexibilizar algumas responsabilidades dos distritos parceiros quanto à inadimplência dos distritos receptores. Pelo código normativo da Fundação, os distritos financiadores têm as contas travadas caso seja identificado algum desvio por parte do distrito receptor, o que inibe muitas participações. Foram identificadas resistências de alguns dos maiores doadores da Ásia quanto ao mau desempenho contábil e de auditoria de distritos receptores, o que implica também em sua corresponsabilidade perante a Fundação. Ajude-nos nesse debate, principalmente na questão que mais afeta os distritos brasileiros, a pesquisa de parceiros internacionais.
Para fazer comentários e sugestões sobre esta coluna, escreva para mario.cesar@graficabandeirantes.com.br MARÇO DE de 2018 | revista REVISTA Rotary Brasil
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Mês da mulher
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Parceria no combate à violência Rotary e Tribunal de Justiça assinam convênio no Espírito Santo
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Denise Vieira*
distrito 4410 deu um passo significativo no combate à violência contra a mulher, assinando o Convênio de Cooperação com o Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), em novembro de 2017, na abertura da Semana Nacional da Justiça pela Paz em Casa. Esse é um contrato muito importante sobretudo porque está na direção daquilo que temos afirmado como marca da gestão 2017-18, o respeito à mulher, e foi celebrado entre o distrito e a Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar, cuja coordenadora é a juíza Hermínia Maria Silveira Azoury. O ponto de partida para esta iniciativa foi a seguinte manchete alarmante: “Violência doméstica: em 10 meses, 104 mulheres foram assassinadas”. No momento em que a li, percebi que, como mulher, tinha de fazer valer a importância do respeito que, diariamente, precisamos reforçar em nossas rotinas, em decorrência da força que o machismo ainda encontra na sociedade para tratar a mulher como propriedade. Com a ajuda da governadora assistente Maria de Lourdes, associada ao Rotary Club de Vila Velha-Praia da Costa, chegamos à juíza Hermínia, idealizadora do Botão do Pânico, um dispositivo que permite a mulheres vítimas de agressão contatar imediatamente a polícia em caso de ameaça. “O uso do botão resulta em dois efeitos: inibidor para os agressores e encorajador para as mulheres voltarem às atividades rotineiras, como trabalhar ou mesmo sair à rua”, resume a juíza. O TJES é pioneiro na implantação do equipamento, formalmente chamado de Dispositivo de Segurança Preventiva. Logo que começou a ser
utilizado na cidade de Vitória, em 2013, ele evitou a morte de 12 mulheres por violência doméstica, conforme dados apresentados pela magistrada. DOAR ESPERANÇA Hermínia afirma ter visto no Rotary um canal vanguardista no tocante às atividades sociais, com uma visão protagonista destes valores, ampliando o fortalecimento da rede de enfrentamento da violência doméstica, de forma voluntária e fundamentada pelo respeito e amor pelas causas sociais. “Espero do Rotary uma integração que venha, cada vez mais, enaltecer essa tarefa tão salutar que é doar esperança a quem não tem nenhuma”, ela frisa. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, 69% das mulheres são vítimas dessas mazelas porque, muitas vezes, o que falta é exatamente um trabalho mais eficaz por parte iSt
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Amor é Vida
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endo como apoio jurídico a Lei Maria da Penha, o Rotary Club de Rio Branco-Penápolis, AC (distrito 4720),
idealizou uma campanha de apelo à redução dos altos índices de violência contra a mulher. O projeto, nomeado Amor é Vida, busca conscientizar a população da importância A governadora distrital Denise Vieira e a juíza Hermínia Azoury, responsáveis pelo convênio que ajudará a combater a violência contra a mulher no ES
daqueles que estão envolvidos na prevenção. Para ajudar a trazer uma nova realidade, lutamos para firmar esse convênio. O que mais se espera é que o Rotary contribua para dar voz àquelas que, muitas vezes, estão oprimidas pelo medo de estarem sós. Depois da assinatura, ações práticas já aconteceram. Fomos procurados por docentes da Universidade Federal do Espírito Santo para a criação, em parceria, de uma rede de atendimento a mulheres vítimas de violência, o que envolverá diversos cursos. Além disso, este mês, na Semana da Mulher, um workshop ocorrerá no Mosteiro Zen por iniciativa do Rotary Club de Aracruz. O convênio, válido também para o período 2018-19, definiu as atribuições do Rotary, como a busca de voluntários para os eventos com o Ônibus Rosa, um projeto itinerante do TJES em que uma equipe multidisciplinar oferece apoio a mulheres vítimas de violência doméstica. Também está previsto o estudo da viabilidade de se criar um projeto junto à Fundação Rotária para apoiar as casas abrigo. Em contrapartida, o TJES se compromete a realizar a Ação contra a Violência Doméstica e Familiar para divulgar a Lei Maria da Penha e outras. Segundo dados estatísticos, o Espírito Santo chegou a liderar o ranking de mortes de mulheres no Brasil, com taxa de 12 vítimas a cada 100 mil habitantes. Hoje ocupa a quarta posição, com 4,8 mortes a cada 100 mil habitantes. De acordo com o Mapa da Violência de 2017, o Estado tem o maior índice brasileiro de letalidade entre as mulheres negras, com 9,2 mortes a cada 100 mil habitantes. Além disso, antes do desfecho fatal, as mulheres ainda são vítimas de outras formas de violência, como psicológica, patrimonial, física ou sexual.
da denúncia e tem diversos objetivos: cooperar de forma efetiva para o combate à violência doméstica, oferecendo condições de identificar as causas e formas de preveni-la; promover ações de caráter preventivo, como debates e palestras, por exemplo, para sensibilizar a população para a questão das desigualdades de gênero e da violência contra a mulher; orientar famílias, educadores e alunos sobre o assunto; conscientizar as mulheres de seus direitos, com a criação de grupos de ajuda, de forma a gerar debates e envolver a comunidade; oferecer atividades que preparem e insiram a mulher no mercado de trabalho, ajudando-a a conquistar independência financeira e melhoria da autoestima para superar a violência; promover a paz para um mundo melhor, colaborando para a formação de um padrão cultural em que a violência na família seja inaceitável. Para alcançar tudo isso, o trabalho abrangeu exposições dialogadas, apresentações de vídeos, discussão de casos e dinâmicas de grupo, possibilitando maior interação entre os presentes. Houve também exposição de fotos em eventos públicos e nas redes sociais, palestras em escolas e distribuição de panfletos em eventos da cidade, em datas específicas, como o Dia Internacional da Mulher, e em passeatas. Além disso, os rotarianos distribuíram flores brancas acompanhadas do número do Disque-Denúncia, promoveram palestras em escolas das redes pública e privada para alunos, professores e responsáveis, e possibilitaram atendimento psicológico e encaminhamento à Delegacia de Atendimento à Mulher.
*A autora é governadora do distrito 4410. MARÇO DE 2018 | REVISTA Rotary Brasil
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Opinião
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Por que submarino de propulsão nuclear?
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É um equívoco acreditar que a pacificidade do Brasil será capaz de reduzir todos os conflitos ao leito diplomático
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abitualmente, sua Revista Rotary Brasil, dentro do conceito de que a informação ética é fundamental para a formação da consciência de uma nação, tem feito publicar material de diferentes naturezas. Considerando o acima exposto, e dentro dos parâmetros estabelecidos pelo Rotary International, franqueador de nossa revista, e com o qual mantemos contrato compromissal, apresentamos o artigo a seguir, assinado por Alvaro Augusto Dias Monteiro, almirante de esquadra (reformado fuzileiro naval), presidente do Centro de Estudos Político-Estratégicos da Marinha e doutor em ciência política pela Universidade Federal Fluminense com ênfase em estudos estratégicos. Reconhecemos que o tema é algo polêmico, mas em nossa visão entendemos que o mesmo não deve ser eclipsado da
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om frequência, ouvimos que o Brasil, país pacífico, será capaz de resolver todos os seus conflitos na mesa diplomática. Que, dentre os países ditos emergentes, somos, relativamente, o único desarmado, o que constituiria grande vantagem. Que a profissão dos militares brasileiros deve ser frustrante, pois treinam, treinam e treinam..., mas nunca jogam! Embora tais comentários possam ser considerados figuras de retórica, indicam, todavia, certo desconhecimento de parcela considerável da sociedade brasileira do papel de suas Forças Armadas, cuja plena sublimação – isto em qualquer país – consiste em assegurar, pela sua mera existência, o atendimento dos interesses do Estado a que servem, sem que para tanto seja necessário recorrer, efetivamente, à ação armada. Ao propalar, internacionalmente, a imagem de país cordial, enaltecendo nossa sociedade amalgamada na miscigenação, na brandura e na alegria, e ressaltando o fato de o Brasil, há 147 anos, viver em paz com seus vizinhos, construímos uma marca, “Brasil, país pacífico”, bastante peculiar. Não há equívoco algum em exaltar nossa cordialidade no trato das
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sociedade, mormente se considerarmos a elite pensante à qual é dirigida a Revista Rotary Brasil. Desejamos de fato conhecer opiniões sobre o tema. Diga-nos o que achou do artigo, sua sugestão a respeito e – por que não? – sua crítica. A transparência está implícita no código de ética da revista. Obrigado por sua atenção, Milton Ferreira Tito Presidente da Associação Editora Brasil Rotário e editor-chefe da revista
“Prefiro os erros do entusiasmo à indiferença da sabedoria.” – Anatole France questões internacionais – muito pelo contrário. O equívoco está na introjeção, no inconsciente coletivo nacional, da crença de que nossa pacificidade será capaz de reduzir todos os conflitos ao leito diplomático. À medida que o Brasil se desenvolve e alcança prestígio de potência média com potencial para desempenhar papel de relevo no cenário internacional, ainda que restrito a seu âmbito regional, muito provavelmente encontrará resistências e conflitos de interesse, os quais nem sempre poderão ser resolvidos por meio, apenas, de uma abordagem calcada na moderação e na prudência, sem respaldo de poder militar compatível com sua inserção internacional. Na ordem internacional não há lugar para ilusões. As relações entre Estados são relações de poder. São regidas pelas percepções que têm sobre os poderes dos demais atores envolvidos. São as percepções de poder e as ameaças decorrentes que subsidiam as decisões dos Estados na cena internacional. Poder dissuasório Portanto, haverá circunstâncias em que a defesa dos interesses do Brasil no Atlântico Sul – seu âmbito regional marítimo – requererá
a existência de adequado poder naval como um dos instrumentos de sua política externa, ainda que não seja, necessariamente, visualizado seu emprego efetivo. Até mesmo porque a solução pacífica de controvérsias não é decisão unilateral, requer que o outro também a acolha; para tal, muito contribui a existência de forças armadas com poder dissuasório crível. O que se encontra bem definido na Estratégia Nacional de Defesa, a qual, aprovada pelo Congresso Nacional, orienta o preparo e o emprego das Forças Armadas brasileiras. Nela, a postura dissuasória permeia suas linhas e entrelinhas. No que compete à Marinha do Brasil, cabe-lhe dissuadir a concentração de forças hostis nos limites das águas jurisdicionais brasileiras. Porém, só há dois modos de dissuadir: por negação ou por punição. Dissuade-se por negação quando um Estado tem recursos de poder suficientes para impedir a concretização da ação hostil pretendida pelo oponente, o que pressupõe significativa assimetria de recursos de poder entre os atores envolvidos. No mar, por exemplo, requer quantidade de meios navais capaz de exercer rígido controle de uma área marítima, normalmente de grande extensão, por tempo razoável. Meios com que a Marinha do Brasil está longe de contar, razão porque, prioritariamente, orienta seu preparo para realizar ações dissuasórias do segundo modo – por punição. Na dissuasão por punição, os recursos disponíveis não são suficientes para impedir que o oponente intente a ação hostil, mas
são capazes de causar-lhe danos caso a concretize. Dependendo da resiliência do oponente e dos interesses em jogo, a magnitude das possíveis perdas poderá demovê-lo da opção militar como solução para a controvérsia. Trata-se, enfim, de uma avaliação de riscos diante da ameaça dissuasória. Essa avaliação de riscos é feita com base na percepção da ameaça, a qual precisa ser crível para levar o oponente a ponderar seu intento. Do contrário, será desprezada como ação dissuasória. Portanto, a credibilidade dissuasória depende, essencialmente, da existência de meios compatíveis com a ameaça que se pretende exercer. No mar, a dissuasão por punição baseiase, prioritariamente, na ação dos submarinos. No caso do Atlântico Sul, nos submarinos de propulsão nuclear. Diferentemente das operações terrestres, em que, por vezes, a simples ocupação de uma região confere a quem a domina vantagem tática ou, até mesmo, estratégica, o mar não tem valor militar intrínseco. O mar é fluido e permeável. Seus limites, suas “linhas de fronteiras”, são intangíveis. No mar, a ação desenvolve-se quando e onde os meios navais antagônicos se encontram. A exceção se dá nos mares fechados e nas águas estreitas, quando não resta outra alternativa aos meios navais oponentes que por ali transitarem. A importância da mobilidade Ora, o Saliente Nordestino é uma grande península que adentra o Atlântico Sul e o torna convexo para o Brasil. Nele não há mares fechados nem águas estreitas. Como na dissuasão por punição o oponente, a despeito das perdas, pode intentar sua ação hostil, a atuação dissuasória do poder naval brasileiro deverá dar-se o mais afastado possível da área que se pretende proteger. Uma vez detectadas as forças hostis, os submarinos brasileiros têm que navegar, o quanto antes, a seu encontro. O que requer mobilidade.
Mobilidade, contudo, é valor relativo. Por isso, nossos submarinos devem ter velocidade superior aos meios navais hostis; do contrário, de nada adiantaria detectá-los. Eis uma das características primordiais do submarino de propulsão nuclear: sua superior mobilidade diante dos possíveis alvos. Neste aspecto é insuperável, mesmo considerando os avanços dos submarinos convencionais. Mas, dirão alguns: não seria possível dissuadir as forças hostis empregando outros meios navais? Sim. Meios navais de superfície, aeronaves e, até mesmo, mísseis de longo alcance baseados em terra são úteis para dissuadir forças hostis. Mas, de modo algum, preterem os submarinos de propulsão nuclear. Quando não se dispõem dos recursos financeiros para obter todos os meios necessários, deve-se optar pelo que apresenta melhor relação custo-benefício. Por isso, o Brasil lançou-se na consecução do projeto de construção de submarinos de propulsão nuclear. Por ser um dos projetos mais complexos já concebidos pela mente humana, pelo arrasto tecnológico que representa cada etapa de seu desenvolvimento e construção – o que, a propósito, requer amplo domínio prévio de todo o ciclo nuclear –, pela demonstração cabal de gestão de sistemas complexos que sua construção e operação requerem, por tantos outros resultados paralelos como a produção nacional de radioisótopos extensivamente empregados na medicina, o submarino de propulsão nuclear apresenta, indubitavelmente, a melhor relação custobenefício para a credibilidade da dissuasão naval brasileira. Ademais, vai possibilitar que o Brasil seja, verdadeiramente, um país pacífico. Ser pacífico é escolha privativa de países fortes. Aos fracos resta, na maioria das vezes, a submissão. Para realizar nosso futuro não podemos contar, apenas, com nossa cordialidade. Sem dúvida, ela é uma de nossas grandes virtudes; não deve ser considerada, contudo, a panaceia de todos os nossos males e dificuldades.
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Viva o rotaract Fotos: Rotaract Brasil
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Cinco décadas de
liderança e transformação Patricia Kuhn*
Reunindo rotaractianos de todo o Brasil, Conarc de Santa Cruz do Sul celebrou o aniversário e marcou vidas 28
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ovens que sonham juntos e acreditam que podem fazer do mundo um lugar melhor. Jovens que desenvolvem a liderança por meio de projetos sociais e nesse caminho descobrem seu propósito e dão sentido a suas vidas. Há 50 anos, o Rotaract transforma comunidades e pessoas. O programa do Rotary International completa meio século em 13 de março e o Brasil celebrou esse momento reunindo associados de seus 38 distritos na 44ª Conferência Multidistrital de Rotaract Clubs (Conarc).
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crença de que é possível transformar o mundo se transformarmos a nós mesmos parece algo intrínseco ao Rotaract. Partindo desse princípio, durante cinco dias os rotaractianos brasileiros viveram uma imersão em treinamentos, grupos de debates, palestras, concursos e integração. Sediada pelos distritos 4680 e 4660 em parceria com a Rotaract Brasil, a 44ª Conarc ocorreu entre os dias 24 e 28 de janeiro em Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul. Tradicional no calendário do Rotary, o evento é uma oportunidade de reunir rotaractianos de todo o Brasil para que troquem experiências e desenvolvam liderança. “Esse evento teve um significado especial e foi claramente um marco na vida de todos os participantes e do programa em si. Os clubes e distritos saíram extremamente fortalecidos. O impacto, entretanto, não se limitou a isso, ele avançou para o âmbito pessoal”, relembra Murilo Abreu, presidente da Rotaract Brasil. “Frases como ‘vivi aqui momentos que marcaram minha vida’ ou ‘foi a melhor experiência que já tive’ ecoaram entre os participantes.” Nos rotaractianos, cresceu o sentimento de pertencimento depois de compartilharem experiências nos grupos de discussões e construírem novas ideias para o Rotaract nos painéis temáticos. Sentimento de dever cumprido ao levantar o troféu de destaque no Concurso Nacional de Projetos, que reconhece iniciativas de referência em desenvolvimento profissional, serviços internos,
Liderança com Propósito foi o tema da palestra da psicóloga coach Nathassia Poliseni. Durante uma das etapas do Concurso Nacional de Projetos, a rotaractiana Marina Fabro Mendes conversa com o governador do distrito 4680, João da Silveira Torres. A Conarc teve a participação de mais de 500 rotaractianos de todo o país MARÇO DE 2018 | REVISTA Rotary Brasil
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Viva o rotaract internacionais, meio ambiente, imagem pública, comunidades, finanças e ação. Ou ainda o sentimento de superação ao chegar à final do Concurso Nacional de Oratória e falar para mais de 450 pessoas sobre o orgulho de ser brasileiro, numa competição com 28 participantes de todas as regiões do país. Talks: energia e conexão A experiência da Conarc foi intensa de emoções, mas o encontro ainda conseguiu transcender num momento mágico: quando uma ex-rotaractiana subiu ao palco e descreveu como sua vida foi transformada pelo Rotaract, as histórias dos mais de 500 rotaractianos presentes foi recontada. Não houve quem segurasse as lágrimas. Começava ali o Rotaract Talks. Seis speakers contaram suas histórias e ideias, numa atmosfera singular marejada de sonhos, esperança, alegrias, movimento, música, nostalgia e dança. Um auditório cheio de energia que a governadora do distrito 4660, Maria Lucia Jaques de Oliveira, tentou descrever: “Eu gosto de estar perto dos jovens. O Rotaract me inspira, admiro o poder deles de ter novas ideias e entrar rapidamente em ação para causar transformação, como aqui nesse Talks. Eu sonho com um futuro melhor para minha netinha e sei que é com a ajuda dos jovens que poderemos transformar o mundo”. Maria Lucia foi uma das speakers do evento e falou sobre sua conexão com Programas de Novas Gerações. A celebração continua Depois das emoções dessa conferência, a energia se multiplica pelo Brasil afora. Os aprendizados e a motivação
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Ações transformadoras na prática
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transformação que o Rotaract causa reflete também no presente da conferência para a cidade de Santa Cruz do Sul como marca dos 50 anos do programa. Três ações sociais fizeram parte da programação, o que resultou no plantio de 100 árvores, o recolhimento de lixo numa caminhada ecológica por dois bairros da cidade e também na produção de matéria-prima para 200 mochilas para crianças carentes de escolas públicas com jeans reutilizado. “Por meio das ações sociais, a comunidade pôde ter uma amostra do impacto do Rotaract e compartilhou conosco esse sonho de transformação. Deixamos uma marca em Santa Cruz através da Conarc e envolvemos a comunidade para transmitir a nossa crença num mundo melhor”, destaca o presidente da Conferência, Norton França Peixoto.
são disseminados em cada Rotaract Club dos 38 distritos para causar ainda mais impactos nas comunidades. Os 7.836 rotaractianos do Brasil, espalhados em 639 clubes [segundo o último censo da Rotaract Brasil], chegam ao mês de março inspirados e já programados para celebrar a semana mundial por 519 cidades do país por meio do projeto multidistrital da Rotaract Brasil. “Essa energia gerada traz à tona uma evolução e um
caminho de muito otimismo e grandes possibilidades para o Rotaract no Brasil”, enfatiza Murilo Abreu. “Sem dúvida, essa conferência dos 50 anos foi um divisor de águas para o programa. É tempo de liderança! É tempo de Rotaract.” * A autora é diretora de Imagem Pública da Rotaract Brasil e integrante do Rotaract Club de Santa Rosa, RS (distrito 4660).
É tempo de liderança V
ivemos em tempos de estiagem das relações verdadeiras e dos valores compartilhados. Não só em nosso país, mas em todo o mundo, se vê esta grande dificuldade de viver em comunidade. Vive-se, em muitos locais, a escuridão, pautada na desigualdade de muito daquilo em que acreditamos. Pergunto-me: há esperança? Há luz? Há ventos de novos tempos? Incrivelmente, sempre que estou em uma reunião, num evento ou em um projeto do Rotaract pela comunidade, eu sinto que não há apenas uma luz, há um ambiente iluminado de novas ideias e um clima de brilho nos olhos por novos tempos. Porém, me pergunto: que fator faz com que neste lugar e em vários outros seja tão claro encontrar luminosidade? Pego-me respondendo a esta pergunta com uma palavra: liderança.
Este elemento, quando desenvolvido, leva a entender que “apenas” fazer a sua própria parte nunca resolverá o grande problema, e que somente quando você faz além da sua parte, e espalha pensamentos tão fortes quanto estes, algo novo acontece. E, mais do que entender, ser um líder faz você agir, e agir faz você transformar. Neste momento de grande consolidação do programa Rotaract, completando 50 anos de mudança real e significativa no mundo e na vida das pessoas envolvidas, a gente percebe de maneira ainda mais forte que, sim, os líderes transformadores ainda irão mudar este mundo – afinal, é tempo de liderança! Murilo Abreu da Silva Presidente 2017-18 da Rotaract Brasil
Com equipe altamente especializada a Dracma atua na área contábil, fiscal, trabalhista, societária, gestão financeira, gestão de recursos incentivados e gerenciamento condominial em diversos segmentos, priorizando a qualidade, rapidez e segurança em seus serviços.
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empoderando a juventude
O que deseja a geração Y Como podemos ajudar os jovens a vencer seus desafios e ter voz nas decisões que moldarão o futuro John Hewko*
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inquenta por cento da população mundial tem menos de 30 anos. Esta é a maior população juvenil da história e a mais recente pesquisa Global Shaper do Fórum Econômico Mundial (cobrindo mais de 30 mil pessoas com menos de 30 anos em 186 países) nos diz o que os jovens líderes de hoje pensam sobre o nosso mundo e seu lugar nele. Então, quais são os pontos de vista essenciais em que deveríamos atuar em 2018? Em primeiro lugar, a geração dos millenials vê os conflitos e as mudanças climáticas como as questões mais críticas que enfrentamos. Em segundo lugar, eles consideram um “ecossistema de startups e o empreendedorismo” como o fator mais importante que contribui para o empoderamento dos jovens em um país. Além dessas prioridades, os jovens sentem que sua voz não está sendo ouvida, já que 55,9% dos entrevistados na pesquisa discordaram da seguinte afirmação: “No meu país, os pontos de vista dos jovens são considerados antes de decisões importantes serem tomadas”. Como podemos abordar algumas dessas preocupações importantes e ao mesmo tempo garantir que nossos líderes jovens realmente tenham voz nas decisões que moldarão nosso futuro?
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Sobre as mudanças climáticas, é claro que a implementação rápida do Objetivo 13 de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas – “combater as mudanças climáticas e seus impactos” – é um pré-requisito básico em nível de planejamento político nacional. No entanto, decidir quais ações são necessárias em todos os níveis da sociedade para combatermos as mudanças climáticas é uma questão mais aberta.
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Alguns dirão que as respostas tecnológicas às mudanças climáticas já estão em nossas mãos, mas, nas palavras do autor principal do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, dr. Leon Clark, “nós realmente não temos noção do que seria necessário para implementá-las em escala”. Iniciativas como o Projeto Drawdown fornecem um cálculo útil das soluções mais poderosas já existentes, classificadas de acordo com as estimativas de redução de dióxido de carbono e dos gases do efeito estufa. No entanto, para os propósitos deste artigo, nosso foco é o empoderamento da juventude e sua relação com os conflitos, o segundo “problema global mais sério” identificado na pesquisa. Vamos começar com a questão do empreendedorismo. A maioria dos jovens é otimista quanto ao impacto da tecnologia e da inovação: 78,6% pensam que a tecnologia é “criação de empregos” e 21,4% acham que é “destruição de empregos”. No entanto, a tecnologia pode resolver sozinha a realidade alarmante de termos 71 milhões de desempregados em todo o mundo com idades entre 15 e 24 anos? Estamos perto do pico histórico de 13%, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho? O atual desafio do desemprego juvenil afeta países em todas as etapas de desenvolvimento econômico. A América Latina enfrenta altas e crescentes taxas de desemprego juvenil (superiores a 17% em 2017) e a taxa da União Europeia está atualmente em um nível
similar, com números elevados como 35%, 38,7% e 43,3% na Itália, Espanha e Grécia. Empreender é preciso Como observei no Fórum Econômico Mundial do ano passado sobre a América Latina, desencadear o potencial de empreendedorismo não é simples. Ao tomar medidas para reduzir a burocracia, remover barreiras estruturais ou aliviar as sociais, não devemos cair na armadilha de uma abordagem única para a inovação. De fato, a busca da inovação por si só não é a resposta para o desafio do desemprego juvenil. Muitos projetos para estimular o empreendedorismo falharam porque tentaram replicar o irreplicável da inovação, o Vale do Silício. Nas palavras do professor Federico Antoni, da Stanford Business School, “nenhum programa de governo, nenhum mercado interno criará um novo Vale do Silício”. Mesmo aqueles que consistentemente repetem empreendimentos bem-sucedidos no Vale – que atraem mais de 1/3 de todo o investimento em capital de risco dos EUA – acham difícil apontar os motivos de sua prosperidade incomparável. Peter Thiel, empresário que ajudou a fundar ou investiu em algumas das principais empresas do mundo, como PayPal e Facebook, é cético quanto às tentativas de replicar o maior centro de inovação do planeta: “Sequer está claro por que o Vale do Sílicio deu certo. É uma coisa singular, foi a hora certa no lugar certo. Então eu sempre penso que, uma vez que você se propõe a copiar algo, já se coloca numa posição um pouco inferior”. Mesmo com generosos subsídios governamentais e benefícios fiscais, MARÇO DE 2018 | REVISTA Rotary Brasil
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empoderando a juventude tentativas ambiciosas para criar novos centros tecnológicos, como a Tech City de Londres, não conseguiram atender às expectativas. Colocando em perspectiva, de acordo com a [revista britânica] The Spectator, “o Facebook, que foi fundado em 2004, vale cerca de duas vezes mais do que a soma dos 40 unicórnios europeus [startups avaliadas em um bilhão de dólares ou mais]”. Se a nossa missão é reduzir o desemprego juvenil e os conflitos sociais, uma estratégia melhor levará em conta os pontos fortes de regiões específicas com soluções adaptadas às necessidades locais. Por exemplo, um projeto Global Shaper do Fórum Econômico Mundial em Cabul, no Afeganistão, tenta implementar iniciativas sustentáveis para beneficiar os jovens desempregados em risco de radicalização por grupos que buscam aproveitar os problemas de segurança em andamento. A ênfase está em apoiar aqueles que têm as habilidades mas não os recursos financeiros para lançar seus próprios negócios, e não somente em inovação
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Precisamos apoiar aqueles que têm as
habilidades mas não os recursos financeiros para lançar seus próprios negócios pura. O mecanismo de financiamento é dividido em dois componentes, projetados para atender as demandas crescentes de cada startup. Doações em espécie vão financiar despesas iniciais, enquanto os empréstimos sem juros
Em 2018, o mundo continuará lutando com a realidade de um número recorde de mais de 65 milhões de pessoas refugiadas que precisam de abrigo, segurança e emprego. Cerca de metade dos refugiados globais são menores de
cobrirão as despesas recorrentes até que cada startup se torne autossuficiente. Por meio da identificação de jovens com competências empresariais em áreas remotas que necessitam de ajuda, a iniciativa pode fornecer o tipo de oportunidade que pode reduzir o fascínio por grupos militantes que, em muitos casos, são atrativos por razões puramente econômicas, em vez de ideológicas.
18 anos, por isso nossas ações para ajudá-los irão afetar diretamente nosso progresso no empoderamento de jovens e na prevenção de conflitos.
Além disso, projetos como esse abordam não só o desafio do desemprego juvenil em um contexto local, mas também outro problema crítico identificado pela pesquisa Global Shapers – a crise dos refugiados.
Migração e extremismo Algo que chama a atenção é o oportunismo de organizações extremistas, que estão “preenchendo o vazio em serviços do Estado para os refugiados desesperados em seus países de origem e ‘num terceiro país seguro’”, de acordo com o primeiro relatório detalhado Pathways of Youth Fleeing Extremism, gerado pela organização Quilliam de combate ao extremismo.
Uma resposta a esse fenômeno que cito com frequência é o trabalho de Anne Kjaer Riechert, uma dinamarquesa bolsista do programa Centros Rotary pela Paz que vive em Berlim. A Escola ReDi de Integração Digital, fundada por ela em fevereiro de 2016, interveio para satisfazer as necessidades dos dois grupos: os migrantes que entraram na Alemanha buscando um trabalho remunerado e as empresas alemãs que precisavam preencher 43 mil vagas de emprego na área de TI. A escola de programação que ela ajudou a fundar, além de treinamentos oferecidos em competências de empreendedorismo, já apoiou o surgimento de três novas empresas. Iniciativas de integração econômica
mutuamente benéficas como a ReDi oferecem um modelo para o futuro, enquanto a Europa antecipa 756 mil vagas de trabalho na área de TI até 2020. Estes projetos também refletem as atitudes dos jovens: a maioria daqueles que fazem parte da geração Y (55,4%) acredita que países de acolhimento devem “tentar incluir [refugiados] no mercado de trabalho nacional”. Nossos esforços para dar à geração Y o que ela quer em 2018 devem ser medidos em relação a duas perguntas articuladas pelos líderes do futuro. A primeira delas: esse esforço causa um impacto social e ambiental positivo, com soluções inclusivas, adaptadas às necessidades locais e oportunidades
suficientes para desenvolver a resiliência em jovens contra a radicalização? Ou ele cai em algumas das mesmas armadilhas do empreendedorismo e da inovação que descarrilharam tentativas anteriores de expandir os impactos positivos da quarta Revolução Industrial? Nós já temos muitas soluções sustentáveis ao nosso alcance – o desafio de cada organização deve ser capacitar a geração que deseja fazer a diferença e fazê-la rapidamente. *O autor é secretário-geral do Rotary International e associado ao Rotary Club de Kiev, na Ucrânia. Este artigo é a adaptação de sua palestra num dos eventos do Fórum Econômico Mundial 2018, realizado em janeiro na Suíça.
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Capa
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Os postos avançados do servir
O que são e o que fazem os Núcleos Rotary de Desenvolvimento Comunitário Reportagem: Luiz Renato Dantas e Nuno Virgílio Neto l Arte: Armando Santos com imagens iStockphoto
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ona Lindalva ficou sabendo de um curso de culinária gratuito por meio de uma conhecida. Moradora de uma comunidade do bairro Vasco da Gama, na Zona Norte do Recife, o desejo dessa senhora era aprender a preparar bolos caprichados para os filhos e netos. Foi assim que ela chegou ao Núcleo Rotary de Desenvolvimento Comunitário
(NRDC) da comunidade vizinha do Alto Eucalipto, onde teve a oportunidade de cursar o módulo de bolos decorados no início do ano passado. Após os quatro meses do curso, ela se sentiu confiante para presentear amigos e conhecidos com o resultado das técnicas e receitas aprendidas. A ótima receptividade a fez dar outro passo: vender seus bolos pela vizinhança. Entusiasmada, ela ainda se matriculou na turma de confecção de tortas, que concluiu em dezembro.
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Capa Quem nos conta tudo isso é o voluntário Marcos Roberto de Castro, professor de culinária e coordenador das iniciativas de capacitação do NRDC do Alto Eucalipto, que ocupa uma casa dentro do terreno de uma igreja e é patrocinado pelo Rotary Club do RecifeBoa Vista, PE (distrito 4500). Fundado há 25 anos, o núcleo oferece, além de culinária, cursos de informática, corte e costura e cabeleireiro. Estes três últimos vêm reunindo cerca de 15 alunos cada, enquanto o curso feito por Lindalva tem a maior procura, atraindo uma média de 50 alunos – 80% deles jovens em bus-
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ca de profissionalização, distribuídos pelos seus diversos módulos. “Logo nos primeiros dias, eu pergunto aos alunos e alunas qual a intenção deles para estarem ali. Antes, uma dizia que era para cozinhar para a própria família, outra que era para costurar para o neto. Apenas uma minoria chegava dizendo que estava ali para ganhar dinheiro”, explica Marcos. “Mas estamos revertendo isso. Mostramos, inclusive com exemplos em nossa página no Facebook, que as pessoas podem, se levarem a sério, ter sucesso fora de casa. Tenho alunos que passaram pelo NRDC, foram para outra cidade e montaram seu próprio negócio. Muitos pegaram gosto pela culinária e trabalham na área. Há alunos do curso de cabeleireiro, por exemplo, que montaram seu próprio salão. Então
há um bom aproveitamento e estamos conseguindo alcançar o nosso propósito, que é a capacitação profissional das pessoas”, acrescenta. Hoje, aos 42 anos de idade, Marcos narra sua história de vida para os alunos a fim de estimulá-los. O professor, que além de confeiteiro profissional é graduado em administração, foi um dos beneficiados pelos projetos de capacitação do clube recifense. Ele tinha 18 anos quando se matriculou na Escola Rotary do bairro Nova Descoberta, próximo ao Alto Eucalipto, e lá engrenou cursos de panificação, doces e salgados, confeitaria, tortas, entre outros. “Foram quase dez cursos”, lembra, oferecidos graças a
uma parceria entre o Senac e o Rotary Club do Recife-Boa Vista. Desde então Marcos nunca perdeu contato com o clube, e tem sido o responsável pelo fornecimento de bolos e tortas para suas festivas. Foi assim que, há três anos, ele se tornou voluntário ao receber um convite dos rotarianos. Atualmente, o núcleo conta com sete voluntários, segundo seu supervisor geral, Fernando Lemos Costa Souza, diretor da Comissão Permanente de Serviços à Comunidade do clube. Ele define que o NRDC do Alto Eucalipto tem o papel de melhorar as condições de ensino e ajudar na ampliação da infraestrutura da região. Para isso, o núcleo desenvolveu outras iniciativas. Cerca de 100 idosos praticam ginástica e compartilham atividades recreativas no amplo espaço. “O núcleo forma profissionais que terão condições de disputar o tão concorrido mercado de trabalho. Além disso, ele integra idosos em uma convivência
diária, elevando a autoestima daqueles que muitas vezes estão abandonados por seus familiares e excluídos da sociedade”, avalia Adalberto Rangel, presidente do Rotary Club do RecifeBoa Vista. Os projetos não param por aí: existe um curso de alfabetização para a terceira idade no NRDC do Alto Eucalipto. Os alunos são os mesmos idosos frequentadores do núcleo, identificados pelos voluntários como tendo baixa ou nenhuma capacidade de leitura. Por fim, quando o clube promove mutirões sociais – com atendimentos na área da saúde, emissão de documentos e serviços de beleza para a população –, os alunos do curso de cabeleireiro atuam. O INÍCIO DE TUDO Os NRDCs são formados por homens e mulheres não rotarianos dispostos a trabalhar em prol do desenvolvimento econômico e autossuficiência de sua co-
Mostramos que as pessoas podem, se levarem a sério, ter sucesso fora de casa. Tenho alunos que passaram pelo NRDC e montaram seu próprio negócio. Marcos Roberto de Castro, voluntário do NRDC do Alto Eucalipto
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Capa munidade. Cada núcleo é patrocinado por um Rotary Club e tem o objetivo de estimular os moradores do entorno a atuar na resolução dos principais problemas locais em colaboração com rotarianos. A ideia dos NRDCs foi lançada em 1985 pelo então presidente eleito do Rotary International, Mateo Armando Caparas. Em sua mensagem de setembro de 1986, já como líder da organização, ele informava: “Trazer uma esperança para vilarejos, comunidades e bairros em todo o mundo, este é o propósito do Rotary Village Corps [nome inicial dos NRDCs]. Essa nova dimensão do trabalho do Rotary aumentará consideravelmente sua capacidade para expandir nossos serviços humanitários para áreas que agora mal alcançamos porque nos falta a mão de obra.”. Conclamados, os rotarianos abraçaram o projeto, oficializado pelo Conselho Diretor do Rotary International em 1988. O número de núcleos nunca deixou de aumentar. Em janeiro de 1998, havia 2.396 deles em 50 países; em janeiro
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deste ano, eles chegaram a 9.845 em 99 países – contando com 196.900 voluntários não rotarianos. PESSOAS COM GARRA Lá no início, Caparas imaginava que os NRDCs teriam uma atuação decisiva em países pobres e em desenvolvimento, mas o fato é que eles também são postos avançados do servir em países desenvolvidos [ver pesquisa nas páginas 42 e 43]. De qualquer forma, independentemente do local de atuação de um núcleo, o principal é que seus voluntários tenham garra. Este é o caso de Rosa Fortes, que em 2000 mobilizava os vizinhos para cobrar da Prefeitura Municipal de Jacareí a pavimentação do bairro Jardim Colônia. Ao mesmo tempo, Eloisa Grecco solicitava à Secretaria de Assistência Social a indicação de um bairro para criar o NRDC do Rotary Club de Jacareí-Avarehy, SP (distrito 4600), que ela então presidia. Hoje, 18 anos depois, Rosa ri da história: “Não sei se a prefeitura mandou o Rotary para cá com a intenção de nos sossegar ou de nos ajudar”.
O NRDC chegou ao Jardim Colônia junto com o calçamento. Seus integrantes se reúnem semanalmente, conversam sobre os problemas do bairro e encaminham as questões aos rotarianos, que então procuram meios de solucioná-los. “Só a comunidade, sem o Rotary, não vai”, Rosa explica. “Tem presidente [de Rotary Club] que se envolve mais e presidente que não se envolve nada. Quando o presidente não se envolve, o núcleo faz pouca coisa.” A mesma regra se aplica às lideranças do NRDC: se não houver engajamento, a mobilização esfria. Entusiasta dos NRDCs, Eloisa Grecco costuma dizer que a experiência no Jardim Colônia tem sido o ponto alto de seus 30 anos no Rotary. “Trabalhamos com adultos e crianças do bairro para melhorar sua qualidade de vida.” Em parceria com o núcleo, o clube já alfabetizou adultos, promoveu iniciação digital, capacitou jovens para o primeiro emprego. A meta principal de Eloisa é construir uma sede para o NRDC. A prefeitura cedeu o terreno, a planta já foi aprovada, mas ainda falta dinheiro para tirar o sonho do papel. Até lá, as reuniões, bazares e festividades seguem
acontecendo onde se pode (de salão alugado às garagens dos moradores). Rosa diz que estes quase 20 anos de trabalho valeram a pena: “Fazer parte de um NRDC é uma experiência gratificante. Ele ajuda no desenvolvimento social do bairro”. Seus maiores orgulhos são as atividades envolvendo crianças e adolescentes. “A gente foi mostrando a eles o mundo, que eles poderiam ser cidadãos de bem. Fomos abrindo seus horizontes.” Acostumada a vencer desafios, agora ela tem mais este: deixar herdeiros no NRDC, novas lideranças que levem seu trabalho adiante. “Espero que apareçam pessoas com garra. Estou procurando!” VIDAS TRANSFORMADAS Um NRDC pode ser uma porta para, literalmente, resgatar pessoas. Os associados ao Rotary Club de Itaú de Minas, MG (distrito 4540), se sensibilizaram com a triste realidade dos catadores de materiais recicláveis da cidade e resolveram modificá-la fundando o núcleo Itaú Recicla em agosto de 2013, que funciona na sede do clube. Por meio de uma parceria com o grupo
Votarantim Cimentos, e contando com cinco voluntários de ambos os sexos, o núcleo possibilitou a capacitação de 20 desses catadores (denominados de agentes ambientais pelos rotarianos de Itaú). “As mudanças foram significativas em todas as áreas da vida desses agentes. Havia pessoas sem esperança que estão com a autoestima elevada e outras que se sentiam abandonadas e fizeram amigos. Havia aqueles que eram alcoólatras e estão recuperados, e os muito carentes, agora com uma qualidade de vida melhor”, relata Luiz Antônio dos Santos, rotariano coordenador do núcleo. “Com a implantação do NRDC houve o resgate de valores humanos, eles perceberam sua importância na sociedade”, analisa. Enquanto isso, no Recife, o professor Marcos faz planos para ampliar o número de alunos nas turmas. Para isso, o NRDC do Alto Eucalipto vem utilizando um carro de som, que circula pela comunidade divulgando os cursos de capacitação. “Queremos alcançar aquele público que não tem intimidade com as redes sociais”, diz.
Com a implantação do NRDC houve o resgate de valores humanos, eles perceberam sua importância na sociedade. Luiz Antônio dos Santos, coordenador do NRDC Itaú Recicla
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Capa
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Eles mereceram uma pesquisa O
crescimento dos NRDCs fez com que o Rotary International dedicasse ao tema uma pesquisa abrangente nos últimos quatro anos. De julho de 2013 a junho de 2015, o número de núcleos aumentou no mundo em 41%. Outro aumento, desta vez de 16%, se verificou de julho de 2015 a junho de 2016. Os dados obtidos revelam que os NRDCs são extremamente populares na Índia, Filipinas e no sul da Ásia. A quantidade de núcleos está aumentando na África, enquanto se mantém estável nas Américas. E nada se compara com a realidade indiana, onde eles cresceram rapidamente. Na página ao lado, veja a distribuição dos NRDCs pelas regiões do planeta. Tomando como base o ano rotário de 2015-16, a pesquisa constatou que: n 48% dos NRDCs se reuniram pelo menos uma vez por mês, e 26% se reuniram mais de uma vez por mês. n Em termos globais, a parcela de voluntários de 35 a 44 anos de idade é a maior, seguida pela do grupo de 25 a 34 anos.
Na média mundial, a distribuição dos voluntários por faixa etária é a seguinte: 7% têm de 18 a 24 anos de idade; 23% têm de 25 a 34 anos de idade; 41% de 35 a 44 anos; 20% de 45 a 54 anos; e 8,5% têm 55 anos ou mais. A pesquisa também apresentou detalhes de cada continente. Veja ao lado a distribuição etária na América do Sul. n No caso dos países ocidentais, verifica-se um equilíbrio de gêneros entre os voluntários. Na África, 79% dos NRDCs são compostos majoritariamente por mulheres. Por outro lado, na Ásia Oriental, em 78% deles os homens predominam. Na Índia, em 67% dos núcleos o sexo masculino é maioria. Também ao lado, a distribuição por gênero na América do Sul. n 57% dos NRDCs se encontram em áreas urbanas e 43% em áreas rurais. n Os projetos realizados pelos núcleos se encaixam em todas as áreas de enfoque do Rotary, mas as iniciativas voltadas a educação básica e alfabetização são as mais comuns, seguidas pelas ações de prevenção e tratamento de doenças. n
Gostou dessa matéria? Envie para nós os seus comentários: jornalismo@revistarotarybrasil.com.br 42
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Distribuição dos NRDCs pelo mundo Percentual de núcleos por região
6% 12% 3%
9%
8%
2% 8%
Dados do período 2015-16
52%
n
África
n
Ásia Oriental
n
Europa
n
Índia
n
América do Norte
n
Filipinas
n
América do Sul e Central
n
Sul da Ásia
Distribuição etária nos NRDCs da América do Sul 4% 12% 16% 20% 48%
n
18 a 24 anos
n
25 a 34 anos
n
35 a 44 anos
n
45 a 54 anos
n
A partir de 55 anos
Distribuição por gênero nos NRDCs da América do Sul
29% 50% 21%
n
Percentagem de núcleos em que as mulheres predominam
n
Percentagem de núcleos em que os homens predominam
n
Percentagem em que há igual número de homens e mulheres
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Subsídios Globais
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Proteção à saúde dos agricultores Área rural de município paulista é beneficiada por projeto de tratamento sanitário
A
saúde de centenas de moradores do meio rural, na cidade paulista de Lins e microrregião, está mais protegida, desde que 75 fossas sépticas biodigestoras foram instaladas, em substituição às fossas negras, evitando que o solo e a água do lençol freático continuassem sendo contaminados pelo esgoto sanitário doméstico. Essa iniciativa, que beneficiou cerca de 360 pessoas, integrantes de famílias de agricultores que vivem em 91 casas, foi finalizada no período 2017-18 e ocorreu graças a um projeto de Subsídio Global da Fundação Rotária no valor total de 39 mil dólares (aproximadamente 127.500 reais). Inserido na ênfase Recursos Hídricos e Saneamento, à qual o Rotary dedica o mês de março, o projeto teve início em 2015-16, ano em que foi insOs agricultores beneficiados pela iniciativa participaram de um workshop sobre saneamento rural
crito na plataforma Matching Grants. O Rotary Club de Flower Mound, EUA, e seu respectivo distrito, 5790, tornaram-se parceiros e, em seguida, os Rotary Clubs de Lins-Norte, Lins-Sul e o distrito 4480 também aderiram. Em 2016-17, o trabalho de instalação das fossas começou a ser executado. “A saúde das famílias de agricultores foi preservada, bem como a qualidade da água utilizada para irrigação das plantações de alimentos produzidos nas unidades agrícolas, em especial, hortaliças, frutas, grãos, tubérculos e legumes, além das criações animais”, destaca o engenheiro agrônomo Hemerson Fernandes Calgaro, que é associado ao Rotary Club de Lins. O projeto de tratamento sanitário ainda incluiu um workshop sobre saneamento rural, no Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium de Lins, em 22 de junho. Com
O projeto de instalação de fossas sépticas biodigestoras recebeu a visita do governador distrital Celso Martins
a ajuda da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo e do Sindicato Rural de Lins, os agricultores beneficiários foram identificados e convidados a assistir a palestras pertinentes ao projeto, que também recebeu apoio da Associação de Produtores e Olericultores de Lins e Região, Sabesp e Horto Florestal de Lins.
Raio-X do projeto Beneficiados: Agricultores familiares da cidade paulista de Lins e microrregião Valor final do projeto: 39 mil dólares (aproximadamente 127.500 reais) Parceiros: Rotary Clubs de Lins, Lins-Norte e Lins-Sul, SP; distrito 4480; Rotary Club de Flower Mound, EUA; distrito 5790 e a Fundação Rotária
Você também pode mudar a vida da sua comunidade com um projeto de Subsídio Global! Saiba como em www.rotary.org 44
REVISTA Rotary Brasil | MARÇO de 2018
COLUNA DO chair DO CONSELHO DE CURADORES da Fundação Rotária Paul Netzel
Pergunte à Central de Atendimento
P
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erguntas, perguntas, perguntas. Dois tópicos sobre os quais me indagam com frequência, durante minhas visitas a rotarianos ao redor do mundo, referem-se
ao site do Rotary e aos subsídios da Fundação. É provável que você tenha tido dúvidas como essas e ainda outras, sobre assuntos como contribuições de doadores, transferência de pontos de reconhecimento, relatórios de clube e distrito, faturas de clube e troca de dirigentes, para citar algumas. Quando não souber onde encontrar a resposta, a Central de Atendimento é o melhor lugar
a um departamento específico. A Central
ainda inclui um coordenador de Serviços aos
para você começar.
permite acesso mais fácil à nossa complexa
Visitantes e Programa de Tour para agendar
organização. Em média, 7.000 e-mails são
excursões e organizar grandes grupos com
respondidos todos os meses.
aqueles que desejam visitar a Sede Mundial
A Central de Atendimento é o primeiro contato para r otarianos, doador es, funcionários e outros interessados em
Com um histórico de apenas oito anos,
do Rotary. A organização recebe um número
esclarecer dúvidas em inglês, francês ou
a Central de Atendimento do Rotary foi
surpreendente de visitantes anualmente.
espanhol. Ela funciona de segunda a sexta-
certificada como centro de excelência pelo
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feira, das 8h às 17h, pelo horário de Chicago,
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EUA. Perguntas enviadas por e-mail para
centrais de atendimento que outorga este que
Quem sabe não nos esbarramos no edifício
rotarysupportcenter@rotary.org são
é um dos prêmios mais prestigiados do setor.
One Rotary Center?
respondidas no dia útil subsequente.
Para receber a distinção, um centro deve ser
Estou certo de que você concordará com
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eficaz e oferecer serviços de alta qualidade a
o índice de qualidade de 96% que a nossa
média de 3.500 telefonemas por mês. Isso
um custo mais baixo, em comparação a outros
Central de Atendimento recebeu de clientes
inclui cerca de 1.500 chamadas de pessoas
centros do mesmo setor.
satisfeitos.
que desejam ser direcionadas a alguém ou
A equipe da Central de Atendimento
Compartilhe suas ideias de novas parcerias comigo pelo e-mail paul.netzel@rotary.org MARÇO de 2018 | REVISTA revista Rotary Brasil
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pergunta do mês
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Quem é o grande amigo ou amiga que você fez no Rotary e como essa amizade teve início? A questão deixada na edição passada gerou mais de 160 respostas nos perfis da revista no Facebook (facebook.com/revistarotarybrasil) e no Instagram (instagram.com/revistarotarybrasil). Não foi fácil selecionar somente algumas delas dentre tantos encontros de vida e demonstrações de afeto. Obrigado a todo mundo que participou abrindo o coração! “Esse amigo é o Guilherme Fonterrada, grande irmão. Já são 28 anos de trocas e somas, e o melhor: nossa amizade começou no Rotaract.” Marcelo Menyon
“Por meio do programa de Interact, tive a oportunidade de criar laços de amizade incríveis. É complicado escolher um único nome, mas resolvi lembrar da minha amiga interactiana e atualmente intercambista na França, Eduarda Guimarães, e do meu amigo interactiano Yago Cogo. Tive a oportunidade de conhecê-los num evento de treinamento para Representantes Distritais de Interact em Curitiba. No ano em que ocupamos esse cargo, eu, do interior de São Paulo; Eduarda, do interior de Minas Gerais; e Yago, do interior de Mato Grosso do Sul, nos mantivemos unidos, apesar das distâncias. Duas grandes amizades que levarei para toda a vida.” Letícia Anacleto
“Meus amados padrinhos Toe Quinca e Maria Aparecida Araujo Silva, do Rotary Club de Presidente Olegário, em Minas Gerais. Uma linda amizade que começou numa Conferência Distrital e cresceu, rendendo tantos bons frutos que eles se tornaram mais que companheiros, é como se sempre tivessem feito parte da minha família e da minha vida! E também os amados amigos (e não menos importantes) Geraldo Marra e Marcia Iris de Lima, amigos inesquecíveis e incomparáveis. Amo vocês!” Sintia Barbosa, associada ao Rotary Club de Carmo do Paranaíba, MG (distrito 4760)
“Meu irmãozinho camarada, Aparecido Artoni. Nós nos conhecemos no Rotary há 24 anos e desde então somos amigos, daqueles com quem se pode contar sempre. Nós confraternizamos, dividimos momentos alegres e tristes, batemos martelo, concordamos, discordamos, mas seguimos juntos. Ao lado dos demais companheiros do nosso clube, formamos uma grande família.” Samuel Santos, associado ao Rotary Club de Primeiro de Maio, PR (distrito 4710)
“Fiz amizade com a Kátia Cruz no Rotary Club de Agudos, meu primeiro clube, no interior de São Paulo. Ela associou-se depois de mim, mas criamos uma linda amizade. Hoje moro em outra cidade, participo de outro clube, mas continuamos muito amigas. Nos visitamos bastante. Esta é uma amizade que perdurará para sempre.” Maria Isabel Lini, associada ao Rotary Club de Lençóis Paulista-Cidade do Livro, SP (distrito 4310)
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“É a Luciana Luz. Meu pai foi professor dela, sabia do potencial de liderança que ela tem e a convidou para fazer parte do Rotaract.” Mônica Elis, de Araguaína, TO
“Considero todos os meus companheiros de clube como amigos, porém um em especial tornou-se mais próximo. É o meu companheiro e irmão Cássio de Souza. Nós divergimos em muitas coisas, mas no final sempre entramos em consenso, levando em conta o que é justo para todas as partes e conciliando os pensamentos. Eu o admiro e sou grato por tê-lo como um grande amigo. Só tenho que agradecer ao Rotary por ter me permitido conhecer esse cara do bem...” Jaime Garcia, associado ao Rotary Club de Alta Floresta, MT (distrito 4440)
“Fiz vários amigos pelo Brasil, grandes amizades duradouras. Destaco uma em especial, o amigo André Carrazzone. Nossa amizade teve início em 2008, num grupo de estudos sobre o Rotary na internet (o Geroi). Além disso, ele foi meu padrinho no Grupo de Companheirismo dos Rotarianos Motociclistas, iniciando-me no mundo do motociclismo, no qual sigo até hoje. Assim como ele, hoje estou afastado do Rotary, mas com certeza nossa amizade continua.” Gustavo Pellosi, associado honorário ao Rotary Club de Várzea Grande-Centro, MT (distrito 4440)
“Minha amizade com Adilor Adams teve início após meu ingresso no clube. Adilor é associado fundador, homem de grande sabedoria. Sempre que tenho alguma dúvida ou dificuldade, ele traz uma orientação. Neste ano de 2018, completo 10 anos no clube. Já passei por várias avenidas, inclusive pela presidência, e ele é a minha referência. Um verdadeiro paizão para todos os seus companheiros. Eu me orgulho muito da nossa amizade e tenho certeza de que ele também. E assim continuaremos enquanto o Patrão Velho (Deus) nos permitir.” Paulo Adriano Fagundes, associado ao Rotary Club de Venâncio Aires-Chimarrão, RS (distrito 4680)
“Essas pessoas são meu grande amigo Erlei Mesquita, meu anjo da guarda e irmão, e sua esposa Jane Natali, minha irmã do coração. Nós nos conhecemos quando ele ingressou em nosso Rotary Club de Catalão-Solidariedade, aqui em Goiás. Lembro-me bem de nossa primeira atividade juntos, na Barraca do Pastel, a primeira de muitas outras que estavam por vir. Nunca mais deixamos de ser uma equipe. E nossa amizade será para sempre.” Eliana Machado Canedo Borges
“Em 2002, resolvemos reabrir o Rotaract Club de Registro, em São Paulo. Na busca por mais jovens dentro do perfil de associado, nos foi trazida a Dani Tsunoda, apresentada por seu agora marido. Fazíamos tantos projetos que a aproximação surgiu naturalmente e logo virou uma imensa amizade. Cerca de um ano depois, tornei-me sua madrinha de casamento e nossa amizade só cresceu. Ajudando-nos mutuamente ao longo de todos esses anos, a história dessa amizade vem acontecendo. Casamos, tivemos filhos, viajamos, curtimos, choramos e rimos. Muito. Mas sempre estivemos presentes uma para a outra. Digo que ela é a irmã que eu não tive e a pessoa com quem posso contar sempre. Hoje vivo na Bolívia e me afastei temporariamente da Família do Rotary, mas o Rotary sempre me proporcionou experiências maravilhosas – e ainda me deu esse maior presente: minha amiga-irmã.” Ticiana Magalhães
A PERGUNTA DO PRÓXIMO MÊS O que o seu clube está fazendo para tornar as reuniões mais interessantes? Envie sua resposta até o dia 10 de março para o e-mail jornalismo@revistarotarybrasil.com.br Selecionaremos algumas das colaborações para publicar na edição de abril. Seu texto pode ter até 300 caracteres (com os espaços). Não esqueça de mencionar o nome do seu clube! MARÇO de 2018 | REVISTA Rotary Brasil
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Clubes inovadores
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A resposta surgiu na rede social Um Rotary Club vem fortalecendo sua imagem pública e aumentando o quadro associativo com o Instagram
C
om menos de dois anos de fundação, o Rotary Club de Maringá-Acim, PR (distrito 4630), já viveu altos e baixos. Logo no início, um conflito interno provocou a saída de 14 associados. Superado esse primeiro abalo, o clube planejou uma forma de retomar o crescimento exponencial. Hoje, reúne oito rotarianos e cinco rotarianas (incluindo a presidente). Suas reuniões costumam contar com uma média de 20 participantes e, em um grupo no WhatsApp, há cerca de 30 potenciais novos associados. “O principal agente dessa retomada foi a expansão de nosso trabalho de imagem pública, que renovou o ânimo e atraiu diversas pessoas”, revela Anníbal Bonemer Azevedo da Rocha, que ajudou a criar o clube e, em outubro de 2017, migrou para ele, assumindo a comissão de Imagem Pública. Para essa investida, a estratégia que o clube escolheu foi construir uma presença forte nas redes sociais, mais especificamente, utilizando o Instagram. “Busquei, primeiramente, a central de aprendizado do Meu Rotary e fiz o treinamento de imagem pública. Criei um endereço de e-mail específico e um planejamento, em cima do que já havia sido feito no primeiro ano do clube e do que necessitávamos, como crescer o quadro associativo e engajar as pessoas”, conta Anníbal. O perfil do clube no Instagram, que era então seguido por 238 pessoas, agora é acompanhado por mais de 7.400, e os resultados puderam ser notados por ocasião da 2ª Galinhada Beneficente, em novembro. Além de utilizar essa rede social para vender os convites, o evento contou com a participação de duas pessoas que haviam se aproximado do clube pelo Instagram e que, no mês seguinte, tornaram-se associadas. “O clima mudou muito, pois os companheiros entenderam que existe uma grande audiência nos acompanhando, o que aumenta nossa responsabilidade e nos motiva a servir mais, pois sentimos nosso trabalho sendo valorizado dentro e fora do clube”, avalia o rotariano. Cada postagem tem recebido uma média de 300 curtidas e o perfil vem alcançando cerca de 30 mil pessoas. A produção de conteúdo, uma das preocupações iniciais de Anníbal, mostrou-se mais simples do que ele imaginara. Além das atividades do próprio clube, ações dos outros 13 Rotary Clubs da cidade também são compartilhadas e, por meio de um aplicativo, material de clubes de todo o mundo e do Rotary International é republicado. “Estamos entre as 10 maiores páginas do Rotary no Instagram. Acreditamos muito que as mídias sociais, bem utilizadas, serão e são uma forte ferramenta para oxigenar os clubes e desenvolver o quadro associativo”, afirma.
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Rotary Club de Maringá-Acim, PR (distrito 4630) Ano de fundação: 2016 Número de associados: 13 (sendo cinco mulheres, incluindo a presidente) Fora do mundo virtual, o Rotary Club de Maringá-Acim vai igualmente bem. Recentemente, participou de um projeto distrital que uniu todos os Rotary Clubs do município e também das cidades paranaenses de Paiçandu e Sarandi. Sua 3ª Galinhada Beneficente já está confirmada para este ano e o próximo passo será começar um projeto social na área de educação.
Para saber mais
Verdenia Ribeiro
As notícias do nosso Centro de Documentação, Pesquisa e Informação
Salve a memória!
“R
ecordo-o (não tenho o direito de pronunciar esse verbo sagrado, apenas um homem na terra teve o direito e tal homem está morto).” Sempre que leio o conto Funes, o memorioso, de Jorge Luis Borges, reflito se é possível sentir inveja desta personagem gloriosa, com sua ímpar capacidade de reter e lembrar tudo aquilo que viu na vida, desde as pequenas até as grandes experiências. Chego à conclusão de que, realmente, só a ficção pode eternizar o impossível. Então, tomo consciência de nossa limitada capacidade de registrar. É bem verdade que ter essa capacidade de retenção de conhecimento pode permear o sonho das mentes mais brilhantes, contudo, o fardo de tudo guardar, de tudo lembrar pode ser também um castigo, pois pode ser que se almeje o prazer de poder
oto
ckph
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voltar um dia àquele lugar de memória esquecido, àquele poema, àquela música. Tendo a certeza, no entanto, de que voltar ali é uma escolha. Desde tempos remotos, a humanidade se beneficia dos mais variados suportes, como a pedra, o papiro, o pergaminho e o papel, até chegarmos aos atuais suportes eletrônicos, que comportam um volume de informações impressionante! Essa inovação foi possível porque, na urgência de manter viva sua história, o homem se reinventa e busca produzir novas estratégias de perpetuar seu nome na história. O meio informacional foi inundado por uma produção sem precedentes, promovendo e acentuando o caos documental, preconizado nos idos dos anos 1960 do século passado. Daí a importância dos suportes, que podem ser considerados os HDs externos do homem, disponíveis sempre que for
necessário acessar alguma informação, mas é preciso organizá-las. Temos instrumentos suficientes, com ciência da informação, as áreas de guarda, os acervos e profissionais especializados. Falta ainda consciência da importância de se preservar os acervos. Produzir e transmitir informação é, sem dúvida, uma necessidade humana que deve estar atrelada ao seu acesso, por isso, é preciso investir em organização e preservação de acervos. Só assim será possível recuperar as informações úteis para o crescimento da sociedade. O gerenciamento ordenado dos bancos de informação, que podem ser físicos ou digitais, pode ser um aliado na redução dos custos de uma empresa. Assim como a produção informacional garante às gerações futuras o conhecimento necessário para continuar a desenvolver e melhorar os processos de trabalho.
PÍLULAS ROTÁRIAS
N
osso compromisso é divulgar o Rotary. Assim, abordaremos em doses homeopáticas informações procedimentais do Rotary International, segundo a tradução oficial em português do Manual de Procedimento 2016.
RENÚNCIA, SUSPENSÃO OU DESATIVAÇÃO DE CLUBE (continuação) 3.030. Poder do Conselho Diretor para disciplinar, suspender ou desativar um clube. 3.030.1. Suspensão ou desativação do clube por falta de pagamento ou envio do relatório de associados. O Conselho Diretor poderá suspender ou desativar qualquer clube que deixe de pagar cotas per capita ao RI ou cumprir toda e qualquer obrigação financeira assumida para com o RI, inclusive contribuições aprovadas ao fundo distrital. O Conselho Diretor poderá suspender qualquer clube que não reportar as alterações de seu quadro associativo em tempo hábil. (p. 21) 3.030.2. Desativação de clube por funcionamento não satisfatório. O Conselho Diretor poderá desativar qualquer clube que se dispersar, deixar
de realizar reuniões ordinárias, ou que, seja qual for o motivo, não operar a contento. Antes de materializar a desativação por funcionamento não satisfatório, o Conselho Diretor solicitará ao governador que encaminhe relatório sobre as circunstâncias relacionadas à desativação. (p. 21) 3.030.3. Suspensão ou desativação por desobediência às leis de gerenciamento de fundos da Fundação Rotária. O Conselho Diretor do RI poderá suspender ou desativar o clube que não tratar devidamente de quaisquer alegações feitas contra um ou mais de seus associados em relação ao uso impróprio de fundos da Fundação Rotária, ou infração às normas de gerenciamento de fundos da Fundação Rotária. (p. 21) 3.030.4. Desativação por ação judicial. O Conselho Diretor pode suspender ou desativar qualquer clube que iniciar, mantiver, ou retiver em seu quadro associativo alguém que iniciar ou mantiver ações judiciais contra o RI ou a Fundação Rotária, inclusive seus diretores, curadores, administradores e funcionários, antes de usar todas as soluções estabelecidas nos documentos estatutários. 3.030.5. Suspensão ou desativação por desobediência às leis de proteção aos jovens. [...] (p. 21)
Confira a íntegra do documento em: ROTARY: Meu Rotary. Documentos normativos. Manual de Procedimento. Disponível em: <https://my.rotary.org/pt/learning-reference/policies-procedures/governance-documents>. Acesso em 07 fev. 2018. MARÇO de 2018 | REVISTA Rotary Brasil
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SUPLEMENTO
Rotary em Ação
Março 2018
U
m dia de brincadeiras e lanches fez a alegria da meninada do bairro Caiçaras, na cidade mineira de Leopoldina. A iniciativa foi comandada pelo Rotary Club leopoldinense em parceria com as Secretarias Municipais de Espor te, Turismo e Lazer. Também as crianças da comunidade Nossa Senhora de Fátima, em Penedo, Alagoas, tiveram motivo para comemorar. É que os associados ao Rotary Club da cidade, com o apoio do poder público local, promoveram a reforma da escola onde elas cursam a educação infantil e básica. Dessa forma, os rotarianos de Penedo contemplaram a ênfase em educação básica e alfabetização. Essas e outras ações, muitas delas também inspiradas nas áreas de enfoque do Rotary, aguardam o leitor nas páginas a seguir. O que podemos fazer para transformar o mundo? Os rotarianos acreditam que é preciso Dar de Si Antes de Pensar em Si. Nos mais de 2.300 Rotary Clubs existentes em todo o Brasil, assim como nos clubes de Rotaract, Interact e nas Casas da Amizade, você encontrará homens e mulheres prestando serviços voluntários para melhorar as condições de vida em nossas comunidades. Nas páginas deste suplemento, nós mostramos um pouco desses projetos, que poderão inspirar você, leitor, a copiá-los em seu clube – ou instigar aqueles n
Paz e prevenção/ resolução de conflitos
Prevenção e tratamento de doenças
Recursos hídricos e saneamento
que ainda não fazem parte da Família Rotária a estar do nosso lado. A título de estímulo, e sem que isso signifique apoio oficial ou financiamento por parte da Fundação Rotária, a revista atribui os símbolos ao lado a algumas dessas iniciativas. Eles identificam os projetos que desenvolvem algumas das seis áreas de enfoque do Rotary e da Fundação Rotária. Também atribuímos a logomarca da campanha End Polio Now às ações que reforçam a luta mundial do Rotary contra a poliomielite.
Saúde maternoinfantil
Educação básica e alfabetização
Desenvolvimento econômico e comunitário
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CClubes lubesemeação d istritos
Considerados o coração do Rotary, os clubes são formados por pessoas dedicadas aos serviços comunitários e interligadas pelo companheirismo. Os Rotary Clubs estão agrupados geograficamente por distritos.
Distrito 4310 Parte de São Paulo Governador: José Walter Viotto
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Educação e saúde
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Rotary Club de Botucatu-Bons Ares, SP – Apoiou a realização de eventos para crianças em três hospitais da cidade e também o 1º Dia Cardiovascular de Botucatu, ação social ocorrida em novembro de 2017 e que resultou em 332 atendimentos de saúde.
Rotary Club de Pardinho, SP, realizou dois projetos voltados à educação. Um deles, o 14º Prêmio Mérito Escolar, agraciou 40 estudantes com certificados, medalhas e jogos educativos, durante cerimônia na Câmara Municipal da cidade, em 24 de novembro de 2017. Os estudantes ainda concorreram ao sorteio de 10 bicicletas Rotary Club de Piracicaba-Cidade Alta, SP – Entregou e seus professores também foram presenteados. O outro projeto foi brinquedos para 177 crianças de até 10 anos de idade a 2ª Olimpíada Literária do Ensino Médio, que estimulou a leitura de atendidas pelo Centro de Doenças Infectocontagiosas contos célebres, seguida de debate entre os alunos. Como prêmio, de Piracicaba, em ação com a parceria do E-Club 4310, eles assistiram ao show de luzes no Shopping Botucatu e lancharam Rotary Club Satélite Piracicaba Cidade Alta Novos Tempos, no McDonald’s. Os rotarianos ainda realizaram uma ação de saúde Rotaract Piracicaba, Interact Cidade Alta e escola de em 8 de dezembro, em parceria com o Hemocentro da Universidade idiomas Excellent Global. Estadual Paulista e a Unidade Mista de Saúde de Pardinho, para incentivar a doação de sangue. Foram coletadas 60 bolsas de sangue e os doadores receberam minipanetones. Contato: marlimarlei68@gmail.com
Escola reformada
Distrito 4390 Alagoas, Sergipe e parte da Bahia Governador: Manoel Humberto Gonzaga Lima
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s crianças da comunidade Nossa Senhora de Fátima, no município alagoano de Penedo, podem comemorar a concretização de um sonho, há muito aguardado por elas e pelos rotarianos da cidade. Com a parceria da Secretaria Municipal de Educação e da prefeitura, que também abraçou a causa, o Rotary Club de Penedo conseguiu ter a Escola Municipal de Educação Básica Rotary reformada. Contato: rotaryclubdepenedo@gmail.com
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REVISTA Rotary Brasil | MARÇO de 2018
Rotary Club de Capim Grosso, BA – Com dezenas de parceiros, realizou a sexta edição do projeto Aluno Nota 10, que premiou 16 estudantes do ensino médio com kit escolar, vale compras no valor de 200 reais (para os alunos do sexto ao oitavo ano) e estágio remunerado pelo período de seis meses (para os alunos do nono ano).
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Distrito 4410 Espírito Santo Governadora: Denise Vieira dos Santos
Ensinando a cuidar do sorriso
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om o Saúde Legal, que tem o apoio de dentistas, o Rotary Club de Guarapari-Praia do Morro, ES, ensina a crianças de classes sociais menos favorecidas a forma correta de cuidar dos dentes. Além disso, distribui pastas, escovas, fios dentais e sabonetes. No final de 2017, esse projeto foi levado a seis comunidades. Também nessa época, o clube ofereceu aos alunos da Escola Municipal de Educação Infantil Clarionício Ramalhete uma festa com lanche e distribuição de brinquedos. Contato: rotarygpm@hotmail.com
Distrito 4420 Parte de São Paulo Governador: Claudio Hiroshi Takata
Presente de Natal
O
Papai Noel alegrou a festa que o Rotary E-Club do 4420 organizou para cerca de 70 crianças da comunidade do bairro Jockey Club, em São Vicente. Para muitas delas, essa foi a primeira vez que receberam um presente do Bom Velhinho. O evento ocorreu na quadra da Escola Municipal de Ensino Fundamental Antônio Pacífico, em 24 de dezembro. Contato: marcioneves.adv@terra.com.br
www.revistarotarybrasil.com.br/4420 Veja em detalhes no site e compartilhe nas redes sociais: Rotary Club de Guarujá, SP – Com a Casa Rotária de Ação Social, e por meio de doações oferecidas por empresários e rotarianos, realizou o 1º Natal Solidário para 250 crianças, na comunidade Maré Mansa. MARÇO de 2018 | REVISTA Rotary Brasil
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Clubes e DISTRITOS Distrito 4430 Parte de São Paulo Governadora: Dóris Pittigliani Pestana
Guarulhos ganha escola
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cidade de Guarulhos ganhou uma unidade educacional para atender a aproximadamente 500 crianças e adolescentes da comunidade São Rafael. Com o apoio de empresas e profissionais, que doaram cerca de dois milhões de reais e milhares de horas de trabalho voluntário, o Rotary Club de Guarulhos-Sul, SP, e a Associação dos Funcionários da ABB concluíram a construção do Centro Educacional Nossa Senhora das Dores, iniciada no período 2014-15. Nas novas instalações, funcionarão a Creche Nossa Senhora das Dores, para crianças de dois a seis anos de idade, e o projeto de inclusão social Acreditar, que receberá crianças e adolescentes de sete a 14 anos de idade. A inauguração, em 17 de outubro passado, foi prestigiada por autoridades políticas e religiosas locais, líderes empresariais e comunitários e pelo governador distrital 2016-17 Valter Kwast. Contato: aalonso@laundy.com.br
Distrito 4440
Mato Grosso Governador: Fernando Cesar Dalmolin
Mexa-se e cuide da saúde
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m parceria com o campus Sinop da Universidade Federal do Mato Grosso, e com o apoio da TV Cidade/SBT e de empresas parceiras, o Rotary Club de Sinop, MT, realizou em 2017 mais duas etapas do Projeto Mexa-se. Mais de 3.000 atletas participaram do evento, que ofereceu atividades físicas como corrida e caminhada. Água mineral e frutas foram distribuídas para a reidratação dos participantes, que também receberam brindes e concorreram ao sorteio de prêmios. O objetivo principal desse projeto é incentivar na população o desenvolvimento de hábitos de vida saudáveis e a prática de exercícios físicos. Contato: joimarlimeira@hotmail.com
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Distrito 4470
Mato Grosso do Sul, partes de São Paulo e Paraguai Governador: Vlademir Marangoni Filho
Apoiando o resgate de animais
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Rotary Club de Araçatuba, SP, destinou à Associação Anjo Animal de Birigui parte da renda obtida com a Festa das Nações, realizada em outubro de 2017. A instituição beneficiada resgata e cuida de animais vítimas de abandono e maus tratos. Contato: madonapugdog2012@gmail.com
Distrito 4490
Maranhão, Piauí e Ceará Governador: Eduardo Augusto Cortez Campos
Bolsas integrais para o ensino médio
E
m sua reunião de 22 de novembro de 2017, o Rotary Club de Iguatu, CE, apresentou os dois estudantes que, a partir deste ano, cursarão o ensino médio em escolas da rede particular. Eles foram selecionados na terceira edição do projeto que, com a parceria de escolas da cidade, concede bolsas de estudo integrais a alunos egressos da rede municipal de ensino. Para 2018, a Escola Modelo de Iguatu e o Colégio Polos abraçaram essa causa e receberão os estudantes, cujas despesas com material escolar e uniforme ficarão a cargo do clube. O processo seletivo ocorre da seguinte maneira: as coordenações pedagógicas de 18 instituições de ensino locais indicam o nome dos dois melhores alunos de cada turma do nono ano para que eles sejam submetidos a provas de matemática, português e redação, elaboradas e corrigidas por professores. Desde que começou, esse projeto já beneficiou 11 estudantes e, para mantê-lo, o clube promove um evento beneficente. Contato: assessoriarotaryiguatu@gmail.com
www.revistarotarybrasil.com.br/4490 Veja em detalhes no site e compartilhe nas redes sociais: Rotary Club de Teresina-Piçarra, PI – Doou os recursos para o Centro de Valorização da Vida implantar seu número de atendimento gratuito na cidade e, em parceria com o Ministério Público do Trabalho no Estado, reformou o refeitório da Associação de Cegos do Piauí. MARÇO de 2018 | REVISTA Rotary Brasil
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Clubes e DISTRITOS Distrito 4500
Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco Governadora: Oneide Bessa de Queiroz
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Abrigo recebe grande doação de fraldas
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Rotary Club de Caicó, RN, realizou a 9ª Campanha do Fraldão Geriátrico, que arrecadou 890 pacotes de fraldas geriátricas (totalizando cerca de 12 mil reais) para o Abrigo Dispensário Professor Pedro Gurgel em 27 de setembro. No mês de dezembro, o clube organizou uma festa de Natal para as crianças, familiares e professores da creche da Escola Municipal Severina Ernestina Abigail. O evento contou com atividades recreativas, distribuição de lanches e palestras para os pais dos alunos. Contato: helderdecaico@gmail.com
Rotary Club de Catolé do Rocha, PB – Entregou as premiações aos vencedores do 6º Concurso de Redação Maria Celi Barreto Fixina. O clube também distribuiu cestas básicas. Rotary Club de João Pessoa, PB – Realizou um Prêmio Rotário de Liderança Juvenil na cidade de Bananeiras.
Distrito 4510
Parte de São Paulo Governador: Mauricio de Agostinho Antonio
Cuidados com os recém-nascidos de Osvaldo Cruz
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Rotary Club de Osvaldo Cruz, SP, promoveu em sua sede um curso de orientações para grávidas e de cuidados com os recém-nascidos. Ocorrido em novembro, tratou-se da 37ª edição de uma iniciativa que contou com pediatra, enfermeira obstetra, fisioterapeuta, nutricionista, odontologista e psicólogo, todos voluntários, e consistiu de palestras para um público de 60 gestantes e seus acompanhantes. No mês anterior, o clube doou brinquedos e livros infantis às crianças da instituição Cantinho Dona Alice. Os brinquedos foram confeccionados pelas integrantes da Casa da Amizade local. Contato: ae_souza@terra.com.br
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Distrito 4520
Parte de Minas Gerais Governadora: Regina Celi Daminato Rezende
Futebol Solidário em Coronel Fabriciano
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s Rotary Clubs de Coronel Fabriciano-Melo Viana e Coronel Fabriciano-Norte, MG, foram os apoiadores do Futebol Solidário, realizado no campo do Social Futebol Clube, nessa cidade mineira, em 20 de dezembro. O evento esportivo foi idealizado por dois jogadores profissionais fabricianenses, Danilo Barcellos e Rafael Monteiro, e permitiu a arrecadação de 13 toneladas de alimentos, doados a entidades filantrópicas locais. Na oportunidade, houve ainda a divulgação da campanha do Rotary End Polio Now. Contato: junior@oticasmariajose.com.br
Distrito 4530
Campanha beneficia várias entidades de Brasília
Distrito Federal, Tocantins e parte de Goiás Governadora: Margareth Félix da Silva
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Rotary Club de Brasília-Leste, DF, foi responsável por uma grande campanha de Natal que contou com o apoio da Casa da Amizade local e do Rotaract Club de Brasília-Cerrado. O balanço do clube é de que foram doadas 433 fraldas geriátricas e duas caixas de luvas para o Lar dos Velhinhos Francisco de Assis, além de presentes para os 57 internos da instituição. Também foram entregues presentes para 270 crianças atendidas por quatro instituições de Brasília. Por fim, a Rede Feminina de Combate ao Câncer recebeu 72 peças de bijuteria para presentear pacientes do Hospital de Base do Distrito Federal. Contato: vlbarrelaavila@gmail.com MARÇO de 2018 | REVISTA Rotary Brasil
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Clubes e DISTRITOS Distrito 4550
Parte da Bahia Governador: Henrique Gonçalves Trindade
Lavanderia comunitária é reformada em Itanhém
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Rotary Club de Itanhém, BA, foi responsável pela reforma da lavanderia comunitária do bairro Monte Santo, que serve a população local há 30 anos. A solenidade de reinauguração do espaço, que beneficiará cerca de 50 famílias, ocorreu em 9 de dezembro e contou com a presença de rotarianos, lavadeiras do bairro, do presidente da Associação de Moradores de Monte Santo, presidente do Club Recreativo Resgate e de representantes do poder municipal, que foi parceiro na iniciativa. Contato: carvalhouilton.admp@gmail.com
Seu distrito faz parte deste show! Revista
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Distrito 4560
Parte de Minas Gerais Governador: João Bosco Ribeiro Béze
Festividade beneficia mais de 1.000 pessoas
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Rotary Club de Itanhandu, MG, promoveu uma festividade na cidade que impactou a vida de cerca de 1.000 pessoas. O evento ocorreu em dezembro e contemplou mais de 800 crianças com brinquedos, lanches e atividades recreativas. Além disso, um asilo e um lar para crianças também receberam doações de alimentos e brinquedos. Contato: reno.louvor@gmail.com
www.revistarotarybrasil.com.br/4560 Veja em detalhes no site e compartilhe nas redes sociais: Rotary Club de Divinópolis-Leste, MG – Esteve à frente do Desafio 24 Horas, que contou com a participação de vários atletas e voluntários. Rotary Club de Brazópolis, MG – Entregou camas hospitalares e colchões para o Hospital São Caetano.
Distrito 4570
Parte do Rio de Janeiro Governador: Henrique Sampaio Ferreira
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Bananadas transformadas em cadeiras de rodas
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Rotary Club de São João de Meriti e Vilar dos Teles, RJ, encontrou uma forma criativa para ampliar rapidamente o seu Banco de Cadeiras de Rodas, inaugurado em novembro de 2016. A questão é que até o primeiro semestre do ano passado o clube promovia uma campanha de lacres de refrigerantes que permitiu a aquisição de apenas três cadeiras de rodas. Foi quando o associado Jean Pierre Lima de Oliveira teve a ideia de comprar bananadas para serem revendidas pelo comércio da cidade. Essa iniciativa, que conta com o apoio dos demais associados, tornou-se um sucesso e o banco atualmente conta com 103 unidades ortopédicas em utilização, adquiridas com as revendas. Contato: adiliovaladao@gmail.com MARÇO de 2018 | REVISTA Rotary Brasil
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Clubes e DISTRITOS Distrito 4580
Distrito 4600
Parte de Minas Gerais Governador: Paulo César Ataydes da Silva
Partes de São Paulo e Rio de Janeiro Governador: Ivanir Chappaz
Fim de ano mais feliz
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m parceria com a prefeitura, por meio das Secretarias Municipais de Esporte, Turismo e Lazer, e a de Cultura, o Rotary Club de Leopoldina, MG, realizou duas ações no final do ano passado. Em 30 de dezembro, promoveu um dia de brincadeiras, atividades recreativas e distribuição de lanches para as crianças do bairro Caiçaras; e na primeira edição da campanha Natal Solidário, distribuiu 25 cestas básicas, sendo cinco para a instituição Casa Lar e as demais para famílias dos bairros Bela Vista e Caiçaras. Contato: iago-xavier@hotmail.com
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Valorização da boa escrita
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concurso de redação promovido pelo Rotary Club de Tremembé-Estância Turística, SP, em conjunto com a Escola Estadual Professora Amália Garcia Ribeiro Patto e O Jornal Grande Vale contou com a participação de 75 alunos e teve como tema O Rotary Faz a Diferença. As duas melhores redações foram das alunas Thafiny Victoria de Carvalho e Ana Beatriz Cabral, que receberam como prêmio, respectivamente, um smartphone e uma bicicleta. Contato: fatinhacastelo@gmail.com
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Veja em detalhes no site e compartilhe nas redes sociais:
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Rotary Club de Tocantins, MG – Doou leite em pó e fraldas geriátricas para o Asilo Lar Feliz.
Rotary Club de Engenheiro Paulo de Frontin, RJ – Com a ajuda de parceiros, promoveu o Natal do Bem com distribuição de brinquedos e panetones para as crianças de todas as idades.
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Distrito 4620
Parte de São Paulo Governador: José Carlos Francisco
Pedágio beneficente
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o dia 5 de janeiro, o Rotary Club de Tatuí-Cidade Ternura, SP, entregou 720 caixas de leite para três instituições da cidade: Grupo de Estímulo à Vida, que atende portadores do vírus HIV; Recanto do Bom Velhinho Vale da Lua; e Liga Tatuiana de Assistência aos Cancerosos. Cada uma delas recebeu 240 litros, arrecadados nos pedágios feitos pelos associados ao clube em 16 de dezembro no São Roque Supermercados e no Atacarejão Barbosa, localizados em Tatuí. Contato: cmfilho00@uol.com.br
Distrito 4630
Parte do Paraná Governador: Mauro Carvalho Duarte Júnior
Marcos Corpa
Monumento representativo
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Rotary Club de Campo MourãoGralha Azul, PR, restaurou seu marco rotário, que estava com sinais de degradação pela ação do tempo. O monumento, localizado em um ponto de grande circulação, foi construído em 2005 em homenagem ao centenário do Rotary International. Contato: marcosacorpa@gmail.com
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Clubes e DISTRITOS
Fabio Gonzalez
Várias ações em cidade paranaense
Distrito 4640
Parte do Paraná Governador: Eduardo Katsusi Toshimitsu
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Rotary Club de São Miguel do Iguaçu, PR, realizou, em 28 de outubro, uma caminhada para divulgar o trabalho do Rotary de erradicação mundial da pólio. Em outras oportunidades, o clube inaugurou seu marco rotário no trevo da rodovia BR-277; em parceria com a Faculdade Uniguaçu/Faesi, desenvolveu um concurso de redação nas escolas da cidade sobre os temas A luta do Rotary contra a poliomielite (para o ensino fundamental) e O que é o Interact Club? (para o ensino médio), com premiação para os três primeiros colocados; comemorou seus 40 anos de história com uma festiva; e promoveu um café colonial com renda destinada ao banco ortopédico e à campanha contra a pólio. Contato: fabiogonzalezfotografia@gmail.com
Ajuda em momento difícil
E
m conjunto com a Escola Municipal Visconde de Taunay, o Rotary Club de Blumenau-Fortaleza, SC, organizou o evento Pastelada Beneficente, que contou também com um show de talentos para ajudar um aluno do colégio que está internado. A ação teve cobertura da imprensa, mobilizou toda a comunidade e arrecadou um total de 16.083 reais, entregues à família do menino pelos associados ao clube e a direção da escola. Em outro momento, o clube preparou uma Polenta com Galinha para ajudar o Conselho Comunitário de Segurança, localizado no bairro Fortaleza. Contato: vinicius@macinrio.com
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www.revistarotarybrasil.com.br/4640 Veja em detalhes no site e compartilhe nas redes sociais: Rotary Club de Marechal Cândido RondonGuarani, PR – Auxiliou a campanha de doação de sangue da Associação Sangue Bom, doou cadeiras de rodas e de banho ao Lar dos Idosos Emanuel, e em conjunto com o Rotary Club de Marechal Cândido Rondon-Beira Lago promoveu o Natal Solidário. Rotary Club de Pitanga, PR – Em comemoração ao seu aniversário de 40 anos, realizou ação de conscientização ambiental com plantio de árvores, e o Projeto da Cápsula do Tempo com alunos de escola da cidade.
Distrito 4650
Parte de Santa Catarina Governador: Helvino Wilsmann
www.revistarotarybrasil.com.br/4650 Veja em detalhes no site e compartilhe nas redes sociais: Rotary Club de Joinville-Colon, SC – Apadrinhou com presentes de Natal mais de 100 cartinhas de alunos da Escola Municipal Prefeito Nilson Wilson Bender. Rotary Club de Salete, SC – Participou de mutirão de limpeza das ruas e locais públicos, e da 2ª Campanha de Coleta de Resíduos Eletroeletrônicos, eventos promovidos pela prefeitura.
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Distrito 4660
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Entrega para instituição
Parte do Rio Grande do Sul Governadora: Maria Lucia Jacques de Oliveira
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m reunião festiva no dia 12 de dezembro de 2017, o Rotary Club de São Borja-Norte, RS, doou um cheque no valor de 5.000 reais para a Liga de Combate ao Câncer, representada por sua presidente, Cássia Pereira. Contato: joaonolibos@hotmail.com
www.revistarotarybrasil.com.br/4660 Veja em detalhes no site e compartilhe nas redes sociais: Rotary Club de Palmeira das Missões, RS – Entregou a Comenda da Família para Janice e Jocileu Donatti pelos trabalhos e ações que o casal realiza em prol da comunidade palmeirense.
Integração e solidariedade
Distrito 4670
Parte do Rio Grande do Sul Governador: Leandro Kolodny
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campanha Tampinha Solidária do Rotary Club de Gravataí, RS, recebeu uma tonelada de tampinhas plásticas doadas pela Associação Solidária Adventista de Gravataí, Escola Municipal Presidente Tancredo Neves e por um grupo de amigos. A campanha ajuda financeiramente o Instituto do Câncer Infantil, localizado em Porto Alegre, e a instituição assistencial Cofameg, de Gravataí, com a renda obtida na venda do material. Contato: silvio.ourique61@hotmail.com
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Clubes e DISTRITOS Distrito 4680
Parte do Rio Grande do Sul Governador: João da Silveira Torres
Desafio cumprido
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desafio do presidente Ian Riseley foi cumprido pelo Rotary Club de Porto Alegre-Bom Fim, RS. Em dezembro, o clube plantou 20 árvores (número equivalente ao de seus associados) nas praças Emílio Sessa e Deputado Carlos Santos, na capital gaúcha. A responsabilidade de cuidar das árvores será dividida com os moradores da região, que assumiram o compromisso por meio de líderes comunitários. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente forneceu as mudas e providenciou o plantio. Os nomes populares das árvores plantadas são catereretê, sibipiruna, canjerana, canelinha do brejo, cambotá branco, araticum, sobragi e rabo de bugio. Contato: jamrotary@gmail.com
Seu clube bem na foto! Vai realizar uma ação de serviço e gostaria de enviá-la para publicação? Não se esqueça de caprichar nas imagens. Evite fotos posadas, mostre o que aconteceu no projeto. É fundamental que as imagens tenham foco. Não crie montagens nem aplique filtros ou logos. Envie as fotos como anexo de e-mail. 64
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Selecione a opção alta resolução da câmera.
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Distrito 4710
Distrito 4720
Parte do Paraná Governador: Alberto Baccarim
Acre, Amazonas, Pará, Amapá, Rondônia e Roraima Governador: Rafael Lobato de Mattos e Boulhosa
Projeto Vizinho Solidário
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s quatro Rotary Clubs da cidade de Apucarana, no centro-norte do Paraná, estão trabalhando ao lado dos órgãos públicos de segurança para promover na cidade o projeto Vizinho Solidário, que estimula a criação de redes de monitoramento colaborativo em ruas e bairros. A base da ação é a interação entre moradores, que passam a compartilhar contatos telefônicos e informam-se mutuamente sobre as ocasiões em que saem e retornam às casas. Havendo qualquer situação suspeita, a polícia é acionada. Contato: rotaryschmidt@gmail.com
Festa para o Zé Gotinha em Manaus
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Dia Mundial de Combate à Pólio foi comemorado em duas etapas na capital do Amazonas. Em 24 de outubro, uma faixa alusiva à campanha de erradicação foi estendida na praia da Ponta Negra e houve distribuição de panfletos informativos. No dia 25 de novembro, mais uma atividade, chamada de Crianças em Movimento, que contou com a apresentação de grupos infantis de balé, futebol, capoeira, step dance e jiu jitsu. Novos panfletos foram distribuídos e também houve vacinação contra a poliomielite, coordenada por técnicos da Secretaria Municipal de Saúde. As duas ações foram realizadas em conjunto pelos Rotary Clubs de Manaus, Manaus-Adrianópolis, Manaus-Distrito Industrial, Manaus-Rio Negro, Presidente Figueiredo, Rotaract e Casa da Amizade. Contato: aoki.william@gmail.com
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Em parceria com a Casa da Amizade, os Rotary Clubs de Apucarana-28 de Janeiro e Apucarana-Sul, PR, participaram em dezembro de uma campanha liderada pelo poder público municipal voltada a combater a violência contra as mulheres.
Rotary Club de Rio Branco-Penápolis, AC – Com o projeto Alinhavando o Futuro, oferece curso de corte e costura e customização para 13 jovens abrigadas no Centro Socieducativo Mocinha Magalhães. O objetivo é habilitá-las para o mercado de trabalho após o cumprimento da medida socioeducativa. MARÇO de 2018 | REVISTA Rotary Brasil
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Clubes e DISTRITOS Distrito 4740
Distrito 4730
Parte do Paraná Governadora: Sueli de Fatima Karas Inckot
Partes do Paraná e de Santa Catarina Governador: Darci Luís Campo
Projeto Quero Ser
Novos lares
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Rotary Club de Rio Negro, PR, entregou 13 casas no Conjunto Habitacional Novo Lar a famílias que foram desabrigadas por uma enchente ocorrida no ano de 2014. A ação foi possível graças a uma doação de recursos pela Fundação Abertis, do Grupo Arteris, e à formação de parcerias com a prefeitura e com o governo do Paraná. Em outra ocasião, o clube organizou a 16ª edição do Jantar Internacional das Estrelas, que contou com entrega de recursos a entidades do município e também à Fundação Rotária. Contato: gustavo_koster@hotmail.com
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Rotary Club de Herval d’Oeste, SC, lançou o primeiro CD do projeto Quero Ser, iniciativa de inclusão social e cultural de crianças do município, que recebem aulas de música gratuitamente. A ação conta com o apoio da empresa Baterias Pioneiro, a colaboração da Casa da Amizade e é coordenada pelo professor Roberto Garayo. Contato: silviaclivatti@yahoo.com.br
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Rotary Club de Mandirituba, PR – Criou seu Banco de Cadeiras e Próteses para atender a comunidade. A iniciativa já beneficiou 80 pessoas da região.
Rotary Club de Chapecó-Sul Centenário, SC – Doou uma bicicleta e duas camisetas da Chapecoense para a rifa da Escola Parque Cidadã Cyro Sosnosky.
Rotary Club de Curitiba-Cidade Industrial, PR – Entregou lenços a pacientes oncológicos do Hospital Erasto Gaertner.
Rotary Club de Pinhalzinho, SC – Doou cinco climatizadores de ar à Apae local. A ação foi realizada com recursos do evento Feijoada Beneficente.
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Distrito 4750
Parte do Rio de Janeiro Governador: Miguel Mendonça Pinheiro
Reconhecimento local
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Rotary Club de Campos-Guarus, RJ, recebeu moção da Câmara Municipal por seus 38 anos de serviços prestados à comunidade e pela forte atuação local com o Intercâmbio de Jovens do Rotary. Contato: rotaryguarus@hotmail.com
Distrito 4760
Parte de Minas Gerais Governador: Agnaldo Pereira de Assis Costa
Mérito Estudantil
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Rotary Club de Patos de Minas-Paranaíba, MG, realizou mais uma edição do projeto Mérito Estudantil, que premia alunos das redes municipal e estadual de ensino com bolsas de estudo em colégios privados do município, além de cursos de idiomas e profissionalizantes. A iniciativa existe desde 2000 e também valoriza a atuação dos professores. Em outras ações, o clube também participou da 24ª Feira da Apae e organizou o evento Homenagem Profissional do Ano. Contato: valter.baiano1@hotmail.com
www.revistarotarybrasil.com.br/4760 Veja em detalhes no site e compartilhe nas redes sociais: Os Rotary Clubs de Paracatu, Paracatu 200 e Paracatu-Universitário, MG, promoveram a campanha Natal Solidário, que arrecadou cinco toneladas de alimentos e materiais de limpeza. Rotary Club de Presidente Olegário, MG – Em parceria com o site PO Notícias e com a Rádio Eldorado, também organizou a sua campanha Natal Solidário, que distribuiu brinquedos a 250 crianças do município. MARÇO de 2018 | REVISTA Rotary Brasil
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Clubes e DISTRITOS
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Distrito 4770
Partes de Minas Gerais e de Goiás Governador: Silvio Luís Ribeiro
Futebol solidário
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Rotary Club de Araxá-Sul, MG, realizou o jogo de futebol beneficente Amigos do Fred x Amigos do Dentinho, do qual participaram vários jogadores profissionais. O evento arrecadou mais de uma tonelada de alimentos, que foram doados a sete instituições do município. Contato: ale_silas@hotmail.com
Distrito 4780
Parte do Rio Grande do Sul Governador: Eusébio Prevedello
Corrida contra a pólio
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s Rotary Clubs de Dom Pedrito, Dom Pedrito-Ponche Verde e Dom Pedrito-Obelisco da Paz, RS, promoveram a Corrida Rústica Dia Mundial de Combate à Pólio, que divulgou a luta do Rotary contra a doença. A iniciativa recebeu apoio do Interact e de empresas locais como a Bike Mania e o Qwerty Portal de Notícias. Contato: denisesoncini@hotmail.com
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Casas
da
Amizade
Formadas por cônjuges de rotarianos e rotarianas, www.revistarotarybrasil.com.br apoiam os projetos comunitários desenvolvidos pelos Rotary Clubs e realizam ações próprias. www.revistarotarybrasil.com.br
Projeto Costurando com Amor
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s integrantes da Casa da Amizade de Osvaldo Cruz, SP (distrito 4510), confeccionaram aproximadamente 180 vestidos para crianças da África. A doação foi entregue pelo padre Everaldo Galheira em seu trabalho missionário na cidade de Pemba, em Moçambique. Contato: ae_souza@terra.com.br
www.revistarotarybrasil.com.br/clubes-em-acao Veja em detalhes no site e compartilhe nas redes sociais: Casa da Amizade de Anhanguera, GO (distrito 4530) – Com a parceria do Centro Educacional Infantil Nossa Senhora de Nazaré e da comunidade local, e com o apoio do Rotary Club, realizou o evento Feijoada com Samba.
Rotary Kids
Criado no Brasil em 1996 e hoje presente em todo o mundo, o movimento de Rotary Kids estimula a criação de clubes para crianças de até 12 anos. O programa ainda não foi oficializado pelo Rotary International. www.revistarotarybrasil.com.br
Servir brincando
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elo terceiro ano consecutivo, a garotada do Rotary Kids de Orlândia, SP (distrito 4540), esteve à frente, em parceria com a empresa Brejeiro, da campanha de Natal Faça uma criança sorrir, quando 25 postos de arrecadação de brinquedos foram espalhados pela cidade. Todo o material foi doado para nove instituições da cidade, como Apae, Pastoral da Criança de vários bairros e creches, entre outras.
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Rotaract
O Rotaract é um programa do Rotary voltado à criação de clubes de prestação de serviços humanitários para jovens com idades entre 18 e 30 anos. Neles, os rotaractianos podem participar de projetos voluntários, conhecer pessoas novas e fazer amizades, encontrar oportunidades de desenvolvimento profissional e integrar uma rede internacional de jovens. www.revistarotarybrasil.com.br
Projeto Velho Amigo
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om o objetivo de proporcionar uma tarde com alegria, carinho e muito amor, os integrantes do Rotaract Club de Limeira, SP (distrito 4590), visitaram, no dia 26 de novembro do ano passado, um dos asilos do município, levando atividades como ginástica laboral e manicure, e oferecendo lanches, presentes e uma carta para cada idoso, mostrando como eles são valiosos. Contato: iullydomingues@gmail.com
www.revistarotarybrasil.com.br/clubes-em-acao Veja em detalhes no site e compartilhe nas redes sociais: Rotaract Club de Itaquaquecetuba, SP (distrito 4430) – Por meio de lei aprovada pela Câmara Municipal, a praça rotatória localizada entre os bairros Jardim Odete e Vila São Carlos recebeu o nome do clube. Rotaract Club de Guaiçara, SP (distrito 4480) – Participou da 11ª Festa das Nações, cujo lucro foi destinado à Fundação Rotária.
Festa para as crianças
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s participantes do Projeto Policial Militar Mirim, do 17º Batalhão de Polícia Militar, ganharam uma festa de Natal organizada pelos jovens do Rotaract Club de Gravataí, RS (distrito 4670). Os rotaractianos distribuíram brinquedos, cachorro-quente, bolo e pastel para as crianças e seus familiares. O clube recebeu ajuda de vários parceiros que fizeram doações para a festa. Contato: silvio.ourique61@hotmail.com
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Interact
O Interact é um programa para jovens de 12 a 18 anos que querem se conectar com pessoas www.revistarotarybrasil.com.br da sua idade, se divertir e ajudar suas comunidades. Os Interact Clubs são patrocinados por Rotary Clubs locais, cujos associados atuam como mentores para seus integrantes na implementação de projetos de serviço e no desenvolvimento das suas habilidades de liderança. www.revistarotarybrasil.com.br
Incentivando a leitura
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or meio de um Subsídio Distrital e com doações de livros, o Interact Club de Socorro, SP (distrito 4590), concluiu o projeto de reforma da ala infantil da Biblioteca Municipal. Na inauguração, os interactianos contaram histórias e serviram pipoca e algodão doce. Depois da reformulação do espaço, a frequência das crianças da comunidade aumentou e foi criado um grupo de leitura em parceria com as escolas da região.
www.revistarotarybrasil.com.br/clubes-em-acao Veja em detalhes no site e compartilhe nas redes sociais: Interact Club de Piracicaba-Cidade Alta, SP (distrito 4310) – Em comemoração ao Dia Mundial de Combate à Pólio, realizou um pedágio em prol do programa End Polio Now. Interact Club de Itaquaquecetuba, SP (distrito 4430) – A Câmara dos Vereadores aprovou lei que instituiu a data de 5 de novembro como Dia Municipal do Interact Club de Itaquaquecetuba. Interact Club de Votuporanga, SP (distrito 4480) – Promoveu a sexta edição do Pedalando 24 Horas pela Apae, com renda destinada à instituição.
Doação de alimentos
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s integrantes do Interact Club de Apucarana, PR (distrito 4710), entregaram, no dia 15 de dezembro do ano passado, 100 quilos de alimentos para os representantes do Projeto Renascer, instituição que tem como missão dar apoio às pessoas soropositivas e seus familiares, como também combater a Aids e sua disseminação.
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Aconteceu em 1978
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Luiz Renato Dantas
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oca a sirene, a fumaça de gelo seco sobe e o povo se anima ainda mais. Fosse na New York City Discotheque, em Ipanema, no Rio de Janeiro, fosse no Studio 54, em Manhattan, Nova York, esse era o cenário do mais democrático fenômeno do pop que se conheceu (e que tem gerado até teses de sociólogos). Ficou conhecido como a Era Disco (1976-1979) e teve em sua trilha sonora bandas
como Sister Sledge, Chic, Village People, Voyage, Tavares e KC and The Sunshine Band. No Brasil, o fenômeno gerou em 1978 o programa Os embalos de sábado à noite, na TV Tupi, comandado por Carlos Imperial, que apresentou para o país Gretchen, Lady Zu, o grupo As Melindrosas, Miss Lene e Dudu França. Também foi neste ano que surgiu um termo muito valorizado: DJ.
E a sua revista trazia em março... O que fazer pelo menor desassistido? Heráclito Mourão de Miranda*
“O
Rotary é uma associação de homens de boa vontade, líderes em seus grupos profissionais e que querem prestar serviços a suas comunidades. A juventude – e, particularmente, a juventude desassistida – apresenta o campo preferencial da ação do Rotary.” “Assistindo os menores carenciados, estaremos não apenas cumprindo um dever social, mas evitando a marginalização de uma grande parcela da nossa população, e
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defendendo a comunidade da ação criminosa de futuros delinquentes. Os batedores de carteiras e assaltantes a mão armada, que hoje infestam as ruas das grandes cidades, foram ontem menores abandonados, que não tiveram a necessária assistência dos seus pais, das autoridades competentes ou das comunidades em que viveram. (...) Procuremos, pois, unir os nossos esforços em favor dessa causa, que não é somente dos governos, mas de todas as comunidades.” * Ex-presidente do Rotary Club de Belo Horizonte, MG.
Relax
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“E ntre A spas” “A minha única diferença em relação a um homem louco é que eu não sou louco!”
nversa doida
Co
– Salvador Dalí, pintor surrealista espanhol (1904-1989)
O homem desabafa no consultório do psiquiatra: – Doutor, ando preocupado com minha esposa. Quando estou no trabalho, ela passa o dia conversando com o abajur. – Mas você a viu falando com o abajur? – pergunta o médico. – Não, o abajur que me contou e pediu segredo!
Colaboração enviada por Hertz Uderman, governador 1995-96 do distrito 4570 e associado ao Rotary Club do Rio de Janeiro-Méier, RJ
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Arte: Armando Santos
Palavras Cruzadas
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BANCO 2/io — je. 3/jia — loa — rap. 4/dawn.
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Imagens que marcam
l Fundado em maio de 2017 e reconhecido pelo Rotary International
no mês seguinte, o Rotary Club de Teresina-Cajuína, PI (distrito 4490), organizou seu primeiro grande evento em dezembro. O Correndo contra a Pólio – 1ª Corrida End Polio Now de Teresina atraiu 400 participantes adultos que cobriram percursos de cinco ou dez quilômetros de extensão. Já a modalidade Kids reuniu 20 crianças que percorreram 300 metros. O evento teve o engajamento de outros clubes locais.
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