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Mauro Viegas (primeiro à esquerda) na cerimônia de posse de Jorge Bragança no Rotary Club do Rio de Janeiro, em agosto de 2011: ao lado do arquiteto e empresário, Eduardo Costa Garcia, então presidente do clube, o atual presidente da Rotary Brasil e o saudoso Carlos Henrique Fróes
MAURO RIBEIRO VIEGAS
Arquiteto, urbanista e empresário pioneiro nas preocupações socioambientais
Há algumas maneiras de se contar a história do centenário do Rotary no Brasil, que se aproxima. Uma delas é enfocando a vida de personalidades que marcaram a nossa organização. Se esse for o caminho, um nome não pode faltar: o de Mauro Ribeiro Viegas. Associado ao Rotary Club do Rio de Janeiro desde 1955, o arquiteto, urbanista, professor e empresário à frente do tempo nos deixou em 18 de outubro, aos 103 anos de idade.
“É uma satisfação muito grande ter tido um amigo como Viegas”, comenta o presidente da Rotary Brasil, Jorge Bragança. “Ingressei no Rotary quando ele era o governador do distrito 4571 [no período 1980-81] e éramos amigos desde essa época.” Aliás, Mauro Viegas, ao lado de Alice Cavaliere Lorentz, governadora distrital 2012-13, e de dois ex-presidentes da nossa editora, Ricardo Vieira Lima Gondim e o saudoso governador distrital 1986-87 Carlos Henrique de Carvalho Fróes, foram padrinhos de Bragança em sua associação ao Rotary Club do Rio de Janeiro.
Mauro Viegas foi tanto um pioneiro quanto um inovador no campo profissional. “Ele praticamente inaugurou no Brasil a vertente dos empresários que têm preocupações com o meio ambiente e a comunidade”, assinala Bragança. “Acima de tudo, ele era um realizador.”
Carioca nascido em 20 de abril de 1919, Mauro Viegas formou-se em 1945 pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Na instituição, já no ano seguinte, ele se tornaria professor. Em 1952, fundaria a empresa Comcremat Engenharia, da qual era atualmente presidente honorário.
Mas foi na área do urbanismo que o nome de Mauro Viegas ganhou ainda maior relevo. Nos anos 1950, ele instalou um laboratório de controle tecnológico em Brasília para dar apoio às obras da nova capital. A partir dos anos 1960, como integrante do Conselho de Planejamento Urbano do Estado da Guanabara, cuidou das praças e jardins da cidade e atuou na criação e expansão do Sistema Guandu – que solucionaria os graves problemas de tratamento e abastecimento de água da região metropolitana do Rio de Janeiro. Além disso, no comando da Cooperativa Habitacional da Guanabara, ele promoveu a construção de conjuntos habitacionais para equacionar o déficit de moradia para pessoas de baixa renda. O rotariano também presidiu os Conselhos Empresariais do Meio Ambiente e de Recursos Hídricos da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro e era membro da Academia Teresopolitana de Letras. Mauro Viegas deixa seis filhos, 13 netos e 17 bisnetos. RB