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BRASIL Setembro 2019 Ano 94 nº 1167
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setembro amarelo, mês de prevenção do suicídio
A dor silenciosa
NESTA EDIÇÃO Democracia se aprende na escola 16 Entrevista com Hipólito Ferreira 20 Honolulu espera por você 28 facebook.com/revistarotarybrasil
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Rotary International One Rotary Center - 1560 Sherman Avenue - Evanston, Illinois, EUA
juntos, vemos um mundo onde as pessoas se unem e entram em ação para causar mudanças duradouras em si mesmas, nas suas comunidades e no mundo todo
QUEM SOMOS
Conselho Diretor 2019-20
Curadores da Fundação Rotária 2019-20
Presidente Mark Daniel Maloney
Chair Gary C. K. Huang
Rotary Club de Decatur, Estados Unidos
Rotary Club de Taipei, Taiwan
Presidente eleito Holger Knaack
Chair eleito K. R. Ravindran
QUANTOS SOMOS
Rotary Club de Herzogtum
Rotary Club de Colombo, Sri Lanka
Rotary Club de Decatur, Estados Unidos
Número de clubes: 35.920; Total de rotarianos: 1.203.846 (sendo 278.220 mulheres); Países e regiões onde o Rotary está presente: 218; Número de distritos rotários: 530; Rotaract Clubs: 9.475 (em 178 países, reunindo um total de 168.970 rotaractianos); Interact Clubs: 24.689 (em 160 países, reunindo um total de 564.847 interactianos); Núcleos Rotary de Desenvolvimento Comunitário: 10.763 (em 103 países, reunindo um total de 215.260 voluntários não rotarianos).
Curadores
No Brasil
Lauenburg-Mölln, Alemanha
Vice-presidente Olayinka Hakeem Babalola
Vice-chair Kenneth M. Schuppert Jr.
Rotary Club de Trans Amadi, Nigéria
Tesoureiro David D. Stovall
Hipólito Sérgio Ferreira
Rotary Club de Hall County, Estados Unidos
Rotary Club de Contagem-Cidade Industrial, Brasil
Brenda M. Cressey Diretores
Rotary Club de Paso Robles, Estados Unidos
Gulam Vahanvaty Mário César Martins de Camargo
Rotary Club de Bombaim, Índia
Rotary Club de Santo André, Brasil
Ian H. S. Riseley
Akira Miki
Rotary Club de Sandringham, Austrália
Rotary Club de Himeji, Japão
Jennifer E. Jones
Bharat S. Pandya
Rotary Club de Windsor-Roseland, Canadá
Rotary Club de Borivli, Índia
John F. Germ
Floyd A. Lancia
Rotary Club de Chattanooga, Estados Unidos
Rotary Club de Anthony Wayne
Jorge Aufranc
(Fort Wayne), Estados Unidos
Rotary Club de Guatemala Sur, Guatemala
Francesco Arezzo
Julia D. Phelps
Rotary Club de Ragusa, Itália
Rotary Club de Amesbury, Estados Unidos
Jan Lucas Ket
Michael F. Webb
Rotary Club de Purmerend, Holanda
Rotary Club de Mendip, Inglaterra
Jeffry Cadorette
Per Høyen
Rotary Club de Media, Estados Unidos
Rotary Club de Aarup, Dinamarca
Johrita Solari
Sangkoo Yun
Rotary Club de Anaheim, Estados Unidos
Rotary Club de Sae Hanyang, Coreia do Sul
Kamal Sanghvi
Seiji Kita
Rotary Club de Dhanbad, Índia
Rotary Club de Urawa East, Japão
Kyun Kim Lawrence A. Dimmitt
Secretário-geral John P. Hewko
Rotary Club de Topeka, Estados Unidos
Rotary Club de Kiev, Ucrânia
Rotary Club de Busan-Dongrae, Coreia do Sul
Piotr Wygnanczuk Rotary Club de Gdynia, Polônia
Rafael M. Garcia III Rotary Club de Pasig, Filipinas
Stephanie A. Urchick Rotary Club de McMurray, Estados Unidos
Tony (James Anthony) Black Rotary Club de Dunoon, Escócia
Secretário-geral John P. Hewko Rotary Club de Kiev, Ucrânia
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REVISTA Rotary Brasil | SETEMBRO de 2019
O Rotary é uma rede global de líderes comunitários, amigos e vizinhos que se unem para causar mudanças positivas e duradouras em suas cidades e pelo mundo. Para resolver problemas reais, é preciso compromisso e visão. Com dedicação, energia e inteligência, nossos associados vêm ajudando a humanidade há mais de 100 anos. Por meio de projetos sustentáveis em diversas áreas, como alfabetização, paz, saúde e recursos hídricos, estamos sempre procurando maneiras de criar um mundo melhor:
www.rotary.org
Em todo o mundo
Número de clubes: 2.380; Total de rotarianos: 52.642 (sendo 14.290 mulheres); Número de distritos rotários: 31; Rotaract Clubs: 740 (reunindo um total de 7.928 rotaractianos); Interact Clubs: 1.077 (reunindo um total de 24.771 interactianos); Núcleos Rotary de Desenvolvimento Comunitário: 415 (reunindo um total de 8.300 voluntários não rotarianos). Fonte: Escritório do Rotary International no Brasil (dados de agosto de 2019).
COMO SE ASSOCIAR O ingresso no Rotary se dá por meio de convite. Nós podemos colocá-lo em contato com o clube que melhor atende a suas necessidades e interesses:
www.rotary.org/pt/get-involved/join
VALORES
Os nossos valores foram adotados em 2007 como parte do Plano Estratégico do Rotary, por serem características fundamentais ao caráter dos rotarianos. Desde então, eles foram endossados pelo Conselho Diretor do Rotary International e apoiados pelos rotarianos de todo o mundo. Os Valores do Rotary International são companheirismo, integridade, diversidade, serviços humanitários e liderança.
A PROVA QUÁDRUPLA
Do que nós pensamos, dizemos ou fazemos: 1) É a VERDADE? 2) É JUSTO para todos os interessados? 3) Criará BOA VONTADE e MELHORES AMIZADES? 4) Será BENÉFICO para todos os interessados? A Prova Quádrupla foi criada em 1932 pelo rotariano Herbert J. Taylor, que posteriormente presidiu o Rotary International.
OBJETIVO DO ROTARY
O Objetivo do Rotary é estimular e fomentar o Ideal de Servir, como base de todo empreendimento digno, promovendo e apoiando: Primeiro: o desenvolvimento do companheirismo como elemento capaz de proporcionar oportunidades de servir; Segundo: a difusão de altos padrões éticos na vida empresarial e profissional, o reconhecimento do mérito de toda ocupação útil e a valorização da profissão de todos os rotarianos como oportunidade de servir à sociedade; Terceiro: a aplicação do Ideal de Servir na vida pessoal, profissional e comunitária de todos os rotarianos; Quarto: a propagação da compreensão, boa vontade e paz entre as nações através de uma rede mundial de profissionais e empresários unidos pelo Ideal de Servir. Fonte: Manual de Procedimento do Rotary International (edição de 2016)
Mensagem do presidente do Rotary International Mark Daniel Maloney
iStockphoto
Traga sua família Caros companheiros rotarianos e membros da Família do Rotary,
A
qui nos Estados Unidos, mais um verão está chegando ao fim. Para a família Maloney, essa estação termina com uma visita à minha cidade natal, Ridgway, no Estado de Illinois. Lá é realizado o festival anual do Dia da Pipoca, ocasião em que tenho a honra de servir como Rei da Pipoca, desempenhando o papel de mestre de cerimônias do evento. Independente da estação do ano, cada família tem suas próprias tradições. Gostaria de sugerir uma a vocês: encontrem uma oportunidade de apresentar o Rotary aos seus familiares. Uma das tradições da minha família é levar nossas filhas e netos à Convenção do Rotary International. A de 2020, em Honolulu, no Havaí, será uma chance maravilhosa de apresentar seus filhos e netos à internacionalidade da nossa organização. Estamos planejando muitos eventos voltados à família para que todos possam aproveitar. Qualquer ocasião é fabulosa para levarmos nossos familiares a um projeto do Rotary ou convidá-los para uma campanha de arrecadação de fundos. Mas talvez você não tenha visto muitos eventos no seu clube abertos à família. Justamente por isso, uma das minhas principais prioridades neste ano é fazer com que a maioria dos eventos do Rotary seja receptiva aos nossos familiares. Devemos promover uma cultura em que o Rotary não venha a competir com as famílias, mas complementá-las. Nunca devemos colocar os associados numa posição em que eles precisem escolher entre a família e o clube. Para tanto, devemos ser realistas em relação às nossas expectativas, atenciosos quanto à programação dos nossos clubes e acolhedores em relação às crianças e aos adolescentes que nos honram com sua presença em nossos eventos. Muitas vezes, os jovens profissionais que o Rotary precisa atrair para continuar sendo dinâmico neste século 21 são exatamente as pessoas com as maiores responsabilidades familiares. Não devemos manter esses jovens afastados de suas famílias, realizando eventos à noite e nos fins de semana aos quais seus filhos não possam comparecer.
U
ma das minhas principais prioridades neste ano é fazer com que a maioria dos eventos do Rotary seja receptiva aos nossos familiares
Por muito tempo, fechamos as portas de muitos eventos do Rotary para nossos filhos e netos, e até mesmo para nossos cônjuges. Que oportunidades desperdiçadas! Precisamos aproveitar cada chance de ofertar aos jovens esse presente que é o Rotary, fazendo nossa organização crescer e garantindo que a próxima geração estará totalmente engajada com o alcance da nossa missão. Portanto, vamos abrir nossas portas de maneira divertida, criando oportunidades para que nossos filhos e netos queiram aprender mais sobre Interact, Rotaract, RYLA e o próprio Rotary. Devemos começar aos poucos, quem sabe realizando algumas reuniões mais amigáveis às famílias, mas é muito importante que esse tipo de evento se torne frequente. Levar crianças e adolescentes aos eventos do Rotary não faz bem a nós somente: esta é uma forma de apresentá-los ao mundo! Faça deste um ano memorável para sua família – e um ano inesquecível para a Família do Rotary, sempre em expansão, já que O Rotary Conecta o Mundo!
Mark Daniel Maloney Presidente do Rotary International
NA INTERNET
Leia os pronunciamentos e as notícias do presidente do Rotary International acessando o site www.rotary.org/pt/office-president SETEMBRO de 2019 | REVISTA Rotary Brasil
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Após ler esta edição da Rotary Brasil, envie seus comentários e críticas para nossa equipe: jornalismo@revistarotarybrasil.com.br E aproveite para divulgar o Rotary presenteando sua revista a alguém! DE: _____________________ PARA: _____________________
Bruno Silveira
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Capa Precisamos conversar sobre isso Luiz Renato Dantas e Nuno Virgílio Neto
iStockphoto
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Agenda Aloha, Rotary
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Projeto de impacto O jogo da eleição Luiz Renato Dantas
Diana Schoberg
REVISTA Rotary Brasil | SETEMBRO de 2019
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Ponto de vista Conectando os temas: entrevista com Hipólito Ferreira Luiz Renato Dantas
SETEMBRO 2019 nº 1167
05 M
Mark Daniel Maloney ensagem do diretor
Apollo 11 e quadro associativo: nada a ver? Mário César de Camargo
15 O
pinião
Um país que desperdiça recursos humanos Fernando Cariola Travassos
19 M
ensagem do curador
Ideologias sem conflitar Hipólito Ferreira
24 M
eio ambiente
Todos juntos pelo Paraíba do Sul Nuno Virgílio Neto
25 F
azendo o bem no mundo
Os 40 anos da luta contra a poliomielite
26 C
ampanha Nacional de Multivacinação As cidades que merecem mais atenção
35 M
Bastidores de uma reportagem tabu
E
ensagem do presidente
Traga sua família
11 M
Convite ao leiTOR
ensagem do chair
Ajude-nos a atingir novos patamares Gary C. K. Huang
ntre nós e o leitor houve um obstáculo a ser superado. Na nossa reunião de pauta, a campanha Setembro Amarelo, de prevenção do suicídio, foi lembrada. No entanto, imaginávamos como destaque da edição um tema que nos parecia “mais palatável”: depressão. Falar de maneira direta e exclusiva sobre mortes autoinfligidas nos soou, num primeiro momento, radical, drástico. À medida que a reportagem foi sendo produzida, porém, a questão do suicídio continuou lá, se impondo. Aos poucos, percebemos não haver espaço para falar de depressão e suicídio ao mesmo tempo. Tais temas, apesar das vastas áreas de intercessão, são autônomos e complexos à sua maneira. Por fim, chegamos a uma constatação: estávamos nós mesmos reproduzindo um tabu. Definido então o tema, tivemos a sorte de encontrar entrevistados que, eles próprios, nos guiaram. Um pai e uma mãe enlutados abriram seus corações. A partir daí, coube a nós uma árdua tarefa, que esperamos ter levado a cabo com êxito: conferir o enfoque correto à matéria. Sabíamos da nossa responsabilidade em esclarecer uma grave questão de saúde pública sem resvalar para o tom apelativo ou, o que seria ainda mais pernicioso, para a idealização reducionista do ato. Se o suicídio é socialmente tratado como a tuberculose e o câncer já o foram, fato é que muitos clubes de Rotary estão ajudando a combater o preconceito. Uma prova é que um dos nossos entrevistados, Ivo Oliveira Farias, coordenador do grupo Luta em Luto, participará de um ciclo de palestras promovido no dia 25 deste mês pelo Rotary Club de Americana, do Estado de São Paulo. “O homem ou a mulher que queira ser feliz precisa encontrar maneiras de enfrentar as múltiplas causas de infelicidade que assediam qualquer pessoa”, escreveu o matemático e filósofo britânico Bertrand Russel. Em última análise, é disso que tratamos na reportagem de capa. Reencontrar a alegria de viver é um combate perfeitamente possível de ser vencido. Se necessário, com a ajuda de profissionais da saúde. Por que não? Equipe de Jornalismo
Seções 09 Calendário 10 Cartas e recados l Saudades l No Facebook 12 Curtas 14 A seu serviço 18 Imagens que marcam 34 Giro global 46 Subsídios Globais 47 Pergunta do mês 48 Dicas culturais l Estante 49 Clubes inovadores
52 Clubes e distritos 65 Rotaract 67 Interact 68 Casas da Amizade l Rotary Kids 69 Rotarianos que são notícia l Os 50 mais 70 Reconhecimentos da Fundação Rotária 72 Aconteceu 73 Relax 74 Conversa rápida
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BRASIL Setembro 2019
Ano 94
nº 1167
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SETEMBRO AMARELO, MÊS DE PREVENÇÃO DO SUICÍDIO
A DOR SILENCIOSA
NESTA EDIÇÃO Democracia se aprende na escola 16 Entrevista com Hipólito Ferreira 20 Honolulu espera por você 28 facebook.com/revistarotarybrasil
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Capa: arte de Bruno Bruno Silveira com imagens de iStockphoto SETEMBRO de 2019 | REVISTA Rotary Brasil
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Revista de Propriedade da Associação Editora Brasil Rotário CNPJ: 33.266.784/0001-53 Inscrição Municipal: 00.883.425 Av. Rio Branco, 125, 18º andar CEP: 20040-006 – Sede própria Rio de Janeiro – RJ Tel.: (21) 2506-5600 / Fax: (21) 2506-5601 SAC-Ouvidoria: 0800-6068-138 (ligação gratuita)
DIRETORIA EDITORIAL E EXECUTIVA 2019-21 Presidente: Jorge Bragança Vice-presidente: Pedro Loureiro Durão Diretor de Finanças: Claudio Dutra de Aboim Diretor Administrativo: Ricardo Franco Teixeira Diretor de Logística: Carlos Jerônimo da Silva Gueiros Diretor de Jornalismo: Alexis Cavichini Teixeira de Siqueira Diretor Jurídico: Paulo Lanari Prado CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2019-21 Presidente: Joel Mendes Rennó Suplente do presidente: Adélia Antonieta Villas Membros titulares: Juarez Garcia, Luciano Osório Rosa e Marcílio Marques Moreira Suplentes: Laudelino da Costa Mendes Neto, Ivone Sacchetto e Paulo César Tinoco CONSELHO FISCAL 2019-20 Titulares: Bemvindo Augusto Dias, Dulce Grünewald Lopes de Oliveira e Herlon Fontes Suplentes: Antenor Barros Leal, Fabricio Fernandes de Castro e Reynaldo Vilardo Aloy CONSELHO CONSULTIVO DE BENEMÉRITOS Mário César Martins de Camargo Paulo Augusto Zanardi José Ubiracy Silva José Antonio Figueiredo Antiório João Weslley Trigo Lage (suplente: Kassima Goes Campanha) Alexis Cavichini Teixeira de Siqueira Ricardo Vieira Lima Magalhães Gondim Milton Ferreira Tito
Publicada ininterruptamente desde 1924, a Revista Rotary Brasil é a publicação oficial do Rotary em nosso país. Aqui você conhece um pouco do trabalho voluntário dos rotarianos brasileiros e de outros países. COMO FUNCIONA SUA ASSINATURA De acordo com o Artigo 21.030.1 do Regimento Interno do Rotary International, todo associado a qualquer Rotary Club deve assinar a revista oficial do Rotary International (The Rotarian) ou uma revista regional do Rotary que tenha sido aprovada e prescrita para sua região pelo Conselho Diretor (no caso do nosso país, a Revista Rotary Brasil). Os assinantes podem optar por ler a revista em formato impresso ou digital. Dois rotarianos que morem no mesmo endereço têm ainda a opção de assinar a revista conjuntamente. Para mais esclarecimentos, entre em contato com nosso Departamento de Logística. SUSPENSÃO POR ATRASO DE PAGAMENTO Também de acordo com as normas do Rotary International, o atraso no pagamento da revista pode resultar na suspensão do seu clube. Para mais esclarecimentos, entre em contato com nosso Departamento de Cobrança. Sobre o uso e a publicação de textos e imagens O leitor que contribui com a Revista Rotary Brasil por meio do envio de conteúdo – tais como fotos, informações, textos e frases, entre outros – aceita e se responsabiliza pela autoria e originalidade do material enviado à revista, bem como pela obtenção da autorização de terceiros que eventualmente seja necessária para os fins desejados, respondendo dessa forma por qualquer reivindicação que venha a ser apresentada à Revista Rotary Brasil, judicial ou extrajudicialmente, em relação aos direitos intelectuais e/ou direitos de imagem, ou ainda por eventuais danos morais e/ou materiais causados à Revista Rotary Brasil, à Associação Editora Brasil Rotário ou a terceiros. Entre os direitos da Revista Rotary Brasil incluem-se, também, os de adaptação e condensação dos textos e imagens enviados à revista. Para mais esclarecimentos, entre em contato com nosso Departamento de Jornalismo.
Conheça os canais para falar com nossa equipe Com o objetivo de ficar ainda mais perto dos leitores, a Revista Rotary Brasil criou o SAC-OUVIDORIA. Gostaríamos de conhecer suas ideias, reclamações e esclarecer dúvidas.
EXPEDIENTE Presidente: Jorge Bragança Editor-chefe: Nuno Virgílio Neto – Jorn. Prof. MTB 24490 RJ Editor adjunto e jornalista responsável: Luiz Renato Dantas – Jorn. Prof. MTB 25583 RJ Redação e site: Luiz Renato Dantas, Manoel Magalhães, Maria Lúcia Ribeiro de Sousa, Nuno Virgílio Neto e Renata Coré Diagramação e digitalização: Alex Mendes, Armando Santos (coordenador), Bruno Silveira e Maria Cristina Andrade Impressão e distribuição: Edigráfica Gráfica e Editora Ltda. Tiragem desta edição: 47.500 exemplares E-mail da Redação: jornalismo@revistarotarybrasil.com.br Homepage: www.revistarotarybrasil.com.br Facebook: www.facebook.com/revistarotarybrasil ATENDIMENTO AO ASSINANTE SAC-Ouvidoria: 0800-6068-138
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ÉTICA: UM PRINCÍPIO QUE DEVE SER APLICADO SEMPRE.
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REVISTA Rotary Brasil | SETEMBRO de 2019
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Calendário
SETEMBRO 2019
MÊS DA EDUCAÇÃO BÁSICA E ALFABETIZAÇÃO Um contingente superior a 775 milhões de pessoas com mais de 15 anos é incapaz de ler e escrever. A cifra corresponde a 17% da população mundial adulta. Educação básica e alfabetização é uma das áreas de enfoque do Rotary e tem inspirado projetos relevantes em clubes e distritos aqui no Brasil e lá fora.
08 18
Dia Internacional da Alfabetização Com o propósito de estimular a alfabetização, a Organização das Nações Unidas instituiu a data em 1967. O tema escolhido pela ONU para este ano é Alfabetização e multilinguismo, pensado para incentivar a diversidade linguística e agregar todos os grupos comunitários e étnicos no processo educacional.
Semana Nacional do Trânsito De 18 a 25, a sociedade está convidada a apoiar iniciativas de conscientização para motoristas e pedestres, de forma a manter a paz e evitar acidentes e mortes nas vias públicas. A Semana Nacional do Trânsito é comemorada desde 1997, quando foi promulgado o Código de Trânsito Brasileiro.
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Dia Mundial de Prevenção do Suicídio Tema de capa desta edição, o suicídio é responsável por mais de 800 mil mortes por ano no mundo, o que equivale a uma morte a cada 40 segundos. Trata-se de uma grave questão de saúde pública que sofre o entrave do tabu. A prevenção do suicídio inspira todo este mês com a campanha Setembro Amarelo.
Dia Nacional dos Surdos Foi instituído em 2008 para promover os direitos e a inclusão social dos surdos. A primeira escola de surdos do Brasil surgiu em 1857, na cidade do Rio de Janeiro, por uma iniciativa do conde francês Ernest Huet com o apoio do imperador dom Pedro 2º. Na instituição foi criada a língua brasileira de sinais (Libras).
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ANOTE NA AGENDA O tema do próximo mês é Desenvolvimento Econômico Comunitário
SETEMBRO de 2019 | REVISTA Rotary Brasil
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Cartas e recados A capa de agosto: Rotary Clubs criados por rotaractianos
Bacana a iniciativa da Rotary Brasil de identificar essas histórias de vida rotária e trazê-las aos leitores. Cláudio Júnior, associado ao Rotaract Club de Piumhi, MG (distrito 4560)
Adorei a criatividade da capa! Parabéns, equipe.
Daniella Vita Carbutti Gomes, associada ao Rotary Club de Petrópolis, RJ (distrito 4571)
Capa superinteligente!
Marco Moreno, presidente do Rotary Club de Itapevi, SP (distrito 4563)
Top essa capa!
Natali Fernandes
Prova Quádrupla, justiça e verdade
A revista de maio trouxe à baila interessante comentário a respeito da Prova Quádrupla (A Prova Quádrupla na era da pós-verdade). No subtítulo, afirma-se que a Prova Quádrupla é “um dos princípios centrais do Rotary”. Na verdade, a Prova Quádrupla é o princípio primordial, no qual justiça e verdade se equalizam nos fatos tanto da vida pública quanto da vida privada. Disse também o autor que, embora andem juntas, não são a mesma coisa. Discordamos desta afirmação, porque justiça e verdade se equilibram como os pratos de uma balança. Embora sejam duas propriedades abstratas, justiça e verdade são a mesma coisa quando se quer determinar a veracidade dos fatos. Portanto, sempre fazemos justiça quando os fatos são verídicos, pois não há como se divorciar disso. Por outro lado, grãos da verdade misturados a fatos destorcidos implicam em injustiça. Justificando essas propriedades abstratas (verdade e justiça), o autor afirma que elas são como cavalos treinados. A esses cavalos treinados ele adiciona um terceiro, que faz a seguinte pergunta: “Consegui tratar o assunto com a complexidade que ele merece?”. Isso significaria que a realidade dos fatos, face à sua complexidade, implicaria em meia verdade e em injustiça? Com efeito, não existem fatos complexos tanto na verdade quanto na justiça, pois a complexidade dos fatos é tão somente fruto inerente a atos arbitrários do próprio ser humano que os cria. A verdade é pura e simples. A justiça dela se origina. Mas, voltando à Prova Quádrupla, se usarmos a mente para pensar somente coisas boas quanto ao próximo, se dissermos palavras de apoio e construtivas às pessoas, e se fizermos aos nossos semelhantes somente o que for bom e útil, então a justiça será feita e a verdade sempre prevalecerá. Richard Zajaczkowski, associado do Rotary Club de Francisco Beltrão-III Milênio, PR (distrito 4640)
Saudades
Manoel Parimé Pereira Pinto, governador 1995-96 do distrito 4720 e associado ao Rotary Club de Manaus-Adrianópolis, AM. Marco Polo, associado ao Rotary Club de Curitiba-Oeste, PR (distrito 4730). Vinicius Acevedo Dávila, associado ao Rotary Club de Jaguarão, RS (distrito 4780). Em seus 77 anos de clube, foi presidente em 1959-60 e secretário em três diferentes períodos.
Os comentários publicados nesta página são extraídos das páginas da revista nas redes sociais e de cartas e e-mails enviados ao nosso Departamento de Jornalismo. No caso das correspondências, elas devem ser enviadas para o e-mail jornalismo@revistarotarybrasil.com.br ou para a Avenida Rio Branco, 125/18º andar – Centro – Rio de Janeiro/RJ/CEP:20040-006. Em razão do seu tamanho ou para facilitar a compreensão, os textos poderão ser editados.
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REVISTA Rotary Brasil | SETEMBRO de 2019
NO FACEBOOK Destacando a reportagem sobre Rotary Clubs que estão sendo fundados no Brasil por rotaractianos, ex-rotaractianos e antigos participantes de programas à juventude, a capa de agosto gerou os seguintes números ao ser lançada na rede social:
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Mensagem do diretor iSto
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Apollo 11 e quadro associativo: nada a ver?
V
ocê sabia que Neil Armstrong, o primeiro homem a pisar na Lua, em 20 de julho de 1969, há 50 anos, era associado honorário do Rotary Club de Wapakoneta, no Estado de Ohio? E ele não estava sozinho. Os astronautas Frank Borman, Gordon Cooper e Alan Shephard Jr. também eram rotarianos honorários – respectivamente, dos Rotary Clubs de Houston, Space Center (Houston), no Estado do Texas, e Derry, no Estado de New Hampshire. Portanto, apesar de sonhar com a Lua, os rotarianos sempre mantiveram os pés na Terra.... Bem, nem sempre. Conseguiríamos realizar essa proeza hoje, em 2019? A tecnologia deu um salto, a capacidade de processamento dos computadores da Apollo 11 caberia num computador médio atual e o conhecimento estelar e planetário foi exponencializado. Mas o que dizer do fator humano e social? Os jovens engenheiros millennials aceitariam o risco de algum erro e explodir o foguete, como ocorreu com a Apollo 1, em 27 de janeiro de 1967? Confiaríamos nas equipes de trabalho atuais, com aversão ao risco e às gestões autoritárias? Teríamos que montar equipes politicamente corretas? As mídias sociais não implodiriam o projeto diante do primeiro revés? O orçamento bilionário seria aprovado num mundo com tantas necessidades prementes? Mas o diretor ensandeceu? O que isso tem a ver com o quadro associativo do Rotary? O fato de que vários astronautas foram rotarianos é apenas sinal do prestígio que a instituição desfrutava
junto aos líderes da comunidade. Tratava-se de um bônus colateral. A mensagem é de que, nos últimos 50 anos, a sociedade mudou visceralmente e nós, lideranças, temos que acompanhar essa tendência, agora numa velocidade em escala geométrica, e não mais aritmética. Se não sintonizarmos a frequência da mudança, não superaremos o desafio de fazer o Rotary crescer, proposto pelo presidente Mark Maloney. No Brasil e na América do Sul, somamos 74 mil rotarianos, contra 81 mil em 2011. Perdemos 10% do quadro associativo – menos do que os EUA e Japão, os quais perderam 20% cada.
Nos últimos 50 anos, a sociedade mudou visceralmente e nós, lideranças, temos que acompanhar essa tendência Qual a fórmula do crescimento? Explorar os vazios geográficos do Rotary? Temos 3.500 clubes na América do Sul, mas estamos presentes em menos de mil cidades. Fundar clubes satélites? Há vários casos de sucesso em inúmeros distritos, e parece ser essa uma alternativa à fórmula tradicional de clubes com exigências de frequência e periodicidade de reuniões. Elevar o Rotaract? Uma injeção de ânimo parece ter tomado conta dos jovens, afinal, eles foram reconhecidos oficialmente como parceiros presentes do Rotary – não sendo mais vistos
como um futuro indefinido, o que estimulava a deserção. Talvez a fórmula seja uma mescla de todos esses caminhos apontados. Como diretor, venho liderando pelo exemplo ao comparecer e confirmar presença em 18 seminários sobre quadro associativo – organizados entre 3 de agosto e 7 de dezembro. Presença inclusive nos cinco distritos brasileiros que, por registrarem entre 1.100 e 1.200 associados, sofrem com a perspectiva de um novo redistritamento. Nossa tarefa, nesse caso, é ajudá-los de forma saudável a superar a marca de 1.300 associados até julho de 2020, evitando, assim, a “degola”. O que valeu para a Nasa de 1969 que ainda vale para o Rotary de 2019 em nosso continente? O sentido de missão, de trabalho conjunto, de foco nos objetivos, de aceitação dos riscos e de superação dos reveses e do pessimismo. Tais serão nossas diretrizes. Não construiremos foguetes, mas conexões entre as pessoas para continuar nossa missão de fazer o bem para o mundo, para as comunidades e para nós mesmos.
Mário César de Camargo é diretor do Rotary International mario.cesar@graficabandeirantes.com.br SETEMBRO de 2019 | REVISTA Rotary Brasil
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Curtas
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Convenção 2020
Superpoderosas do mar
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s tartarugas-verdes do Havaí, também conhecidas como honu, são um símbolo de boa sorte, sabedoria e longevidade. Nas lendas havaianas, o réptil é venerado como mensageiro, protetor e guia. Elas, que aparecem em antigos petróglifos (gravuras feitas em paredes de cavernas), bem como na iconografia moderna do arquipélago havaiano, também serviram de inspiração para o logotipo oficial da Convenção do Rotary International em Honolulu, que ocorrerá de 6 a 10 de junho do próximo ano. No Havaí, é comum os mergulhadores encontrarem estes graciosos gigantes – quando adultos, eles frequentemente chegam a pesar até 200 quilos – movendo as patas dianteiras como se fossem longas asas para im-
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REVISTA Rotary Brasil | SETEMBRO de 2019
pulsioná-los pela água. Os melhores lugares para ver as tartarugas maNão perca a Convenção rinhas são a Baía de Hanauma, de 2020 em Honolulu. a apenas meia hora de carro de Inscreva-se em Honolulu, capital do Havaí, e riconvention.org/pt a praia de Laniakea, na costa até 15 de dezembro norte de Oahu, uma das ilhas para aproveitar os do arquipélago. Na Baía de melhores preços. Hanauma você pode admirar as tartarugas nadando nas águas rasas, próximas aos recifes. Já na praia de Laniakea, os bichos não se fazem de rogados e vão para a areia pegar um sol. Mas, atenção: certifique-se de lhes dar espaço. Para a proteção dessa espécie ameaçada, é ilegal tocá-la ou perturbá-la. De qualquer forma, observar tartarugas marinhas verdes tomando sol ou nadando em alto-mar é uma experiência inesquecível para os visitantes do Havaí. (Hank Sartin para a The Rotarian)
Dê também sua sugestão para Honolulu
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e você gostaria de compartilhar alguma ideia ou projeto com a Família do Rotary, saiba que os workshops da próxima Convenção do Rotary, em Honolulu, serão perfeitos para isso. Eles oferecerão a oportunidade de inspirar os participantes, ajudá-los a aperfeiçoar as habilidades de liderança e disseminar novas ideias para projetos, captação de recursos, desenvolvimento do quadro associativo e muito mais! Por ser uma rede global dedicada a construir um mundo no qual as pessoas se unem e entram em ação para criar mudanças duradouras, o Rotary está aberto às contribuições de rotarianos de todos os lugares. Ajude-nos a criar uma programação inclusiva para a Convenção de 2020, que celebre a diversidade, os projetos e as realizações do Rotary. Faça a sua proposta de workshop até domingo, 29 de setembro, no endereço bit.ly/2T6dZFP Se tiver alguma dúvida, entre em contato pelo e-mail abaixo: conventionbreakouts@rotary.org
Shekhar Mehta é selecionado presidente 2021-22 do Rotary
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a ausência de candidatos opositores, Shekhar Mehta será declarado presidente indicado do Rotary International no dia 1º do próximo mês. O rotariano, associado ao Rotary Club de Calcutta-Mahanagar, na Índia, foi selecionado pela Comissão de Indicação do Rotary International para presidir a nossa organização no período 2021-22. Rotariano desde 1984, ele está ciente do desafio imposto e afirma que o crescimento do Rotary merecerá a mais alta prioridade. Shekhar defende a abordagem de planos regionais, a transição de rotaractianos para os Rotary Clubs, o aumento da diversidade e o ingresso de mulheres, o que poderia resultar em um ganho real de 5% ao ano em números globais de associados. “Como não existe uma fórmula única, precisamos levar em conta a cultura de cada região”, declarou. Ele também avalia que o Rotary pode expandir a sua presença geográfica. “Temos que nos tornar mais contemporâneos e flexíveis, buscar parcerias com governos e corporações que atuem nas nossas áreas de enfoque e investir mais em tecnologia”, disse. Shekhar é contador e presidente da Skyline Group, empresa por ele fundada, e diretor da Operation Eyesight Universal India. Fiduciário da ShelterBox, ele é bastante engajado na assistência a regiões que sofreram desastres naturais. Após o tsunami de 2004, ele ajudou a construir 500 moradias para famílias. No Sul da Ásia, ele foi igualmente responsável pelo lançamento de um programa que possibilitou mais de 1.500 cirurgias cardíacas e é um dos idealizadores do programa de alfabetização Teach, aplicado em milhares de escolas indianas. Shekhar ocupou os principais cargos no Rotary e é chair da Rotary Foundation da Índia. Do seu currículo constam ainda o Prêmio Dar de Si Antes de Pensar em Si, a Menção por Serviços Meritórios e o Prêmio por Serviços Eminentes. Ele e sua esposa, Rashi, são doadores extraordinários e integrantes da Sociedade de Doadores Testamentários.
30 anos
TRABALHANDO E EDUCANDO PARA O COMÉRCIO MARÍTIMO BRASILEIRO
TRADIÇÃO, SEGURANÇA E TRANSPARÊNCIA
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SETEMBRO DE 2019 | REVISTA ROTARY BRASIL
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A seu serviço
notícias do escritório do Rotary international no brasil
EM BREVE MEU ROTARY DE CARA NOVA
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repare-se para ter uma nova experiência no Meu Rotary, prevista para este ano rotário. A plataforma proporcionará uma nova aparência e contará com muitos recursos aprimorados, entre eles uma função de pesquisa mais rápida e a possibilidade de utilização na maioria dos dispositivos móveis. Comunicar-se com outros rotarianos será mais fácil do que nunca. Você definirá de que forma suas informações pessoais serão exibidas, optanto pelos dados que deseja tornar visíveis para os associados do seu clube e para os rotarianos de todo o mundo. As melhorias previstas facilitarão, inclusive, a localização de recursos pelos líderes distritais e a realização de tarefas rotárias. Também haverá aprimoramentos para os rotaractianos, que poderão encontrar outros associados do movimento de Rotaract. Melhorar o Meu Rotary faz parte de uma iniciativa em andamento para aprimorar todas as nossas ferramentas digitais. E tudo isso tem sido possível graças ao apoio dos nossos associados.
escritório do Rotary international no brasil
www.rotary.org.br
Endereço Condomínio Comercial Casa das Caldeiras Avenida Francisco Matarazzo, 1752 14º andar / Conjunto 1421 Água Branca – São Paulo – SP CEP: 05001-200 Tel: (11) 3217-2630 Atendimento: de 2ª a 6ª, das 8h às 17h Departamentos Gerente e Fundação Rotária Edilson Gushiken edilson.gushiken@rotary.org Suporte a Clubes e Distritos Débora Watanabe (supervisora) debora.watanabe@rotary.org Financeiro Carlos Eduardo de Araujo (supervisor) carlos.araujo@rotary.org Publicações e Audiovisuais Clarita Urey (supervisora) clarita.urey@rotary.org
Novo certificado da Fundação rotária para os Rotaract Clubs
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ossa Fundação Rotária outorgará um novo reconhecimento aos Rotaract Clubs que a apoiam ativamente. Trata-se de um certificado especial, que terá a assinatura do chair do Conselho de Curadores da Fundação Rotária e será oferecido aos Rotaract Clubs nos quais pelo menos cinco de seus integrantes estejam contribuindo, cada um, com 50 dólares ou mais ao longo do ano rotário. A doação pode ser única ou cumulativa, para qualquer um dos fundos da Fundação Rotária. Rotaractianos que desejarem contribuir podem fazê-lo por meio do cartão de crédito em www.rotary.org/give, ou por boleto bancário em www.rotary.org.br/contribua.
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REVISTA Rotary Brasil | SETEMBRO de 2019
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Sede mundial do Rotary International 1560 Sherman Avenue, Evanston, Il 60201 USA Phone: 00-21-1847 866-3000 Fax: 00-21-1847 328-8554 Atendimento: das 8h30 às 17h (horário de Washington)
Estamos prontos para ajudá-lo!
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OPINIÃO
Um país que desperdiça recursos humanos Muitos dos promissores jovens brasileiros acabam vítimas da violência urbana e outros vão estudar fora do país Fernando Cariola Travassos*
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amílias carentes prezam o valor da educação para que seus filhos evoluam, promovendo assim a tão salutar mobilidade social. Além da educação formal, via ensinos fundamental, médio e, às vezes, superior, proveem, na medida do possível, educação moral, alimentar, sanitária etc. É um quadro desejável para um país que visa melhorar seu nível de bem-estar econômico e social. Infelizmente, no Brasil, muitos desses filhos promissores acabam vítimas da violência urbana, com sequelas permanentes e mortes prematuras. Ao lado das deficientes condições de ensino e de transporte, estudantes são atacados com armas de fogo nos pontos de ônibus e trens. Médicos e profissionais da saúde são assassinados de manhã cedo quando se dirigem aos hospitais para realizar cirurgias e tratamentos. Juízes e oficiais de justiça são ameaçados por bandidos ressentidos à solta. Policiais se disfarçam para não serem executados em um eventual assalto. Cidadãos, estudantes e pesquisadores têm suas atividades interrompidas, sendo até mesmo atingidos por balas perdidas e intencionais, decorrentes do enfrentamento ao poder crescente de facções do tráfico de drogas. Os feridos, sobreviventes, acabam sucumbindo ao precário atendimento emergencial nos hospitais públicos, convalescendo física e psicologicamente durante meses, alguns com sequelas permanentes. É
o desperdício de recursos humanos tão dispendiosamente preparados, em boa parte com recursos públicos, ceifados precocemente ou em plena fase de recompensa à sociedade. Esse quadro esmorece o ânimo dos jovens, agrava o mal-estar da população, além de solapar a competitividade da economia. SEGURANÇA PÚBLICA A taxa de homicídios no Brasil era de 29,5 por 100 mil habitantes, segundo dados de 2016 do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, bem superior aos índices de Rússia (9,2) e Estados Unidos (5,3), mesmo incluídas as mortes provocadas por “doidos solitários” em seus tiroteios domésticos. Importante seria examinar quais as soluções e práticas desses dois países em segurança pública, considerados, erroneamente, tão violentos como o Brasil. São, também, países complexos, onde há intenso consumo e tráfico de drogas. Grã-Bretanha e Alemanha possuem índices de 1,0 e 1,2, respectivamente. A mobilidade social, aquela que dá esperança ao cidadão comum de que seus filhos terão melhores oportunidades e condições de vida no futuro, está emperrada no país. A solução encontrada pelas famílias de maior renda tem sido a emigração. Se há 30 anos se investia em cursos de pós-graduação no exterior, hoje se trata de fazer graduação em países desenvolvidos. Dessa forma, exportam-se cérebros,
Exportam-se cérebros, jovens que dificilmente retornarão ao Brasil após quatro ou cinco anos em ambiente mais promissor e menos violento jovens que dificilmente retornarão ao país após quatro ou cinco anos em ambiente mais promissor e menos violento. Na melhor das hipóteses, voltarão como dirigentes de multinacionais. É mais um desperdício de talentos imprescindíveis, em um país que tenta subir uma escada rolante... que desce. *O autor é associado ao Rotary Club do Rio de Janeiro-Urca, RJ (distrito 4571), engenheiro, advogado e doutor em economia pela Universidade de São Paulo. Ele também é diretor e conselheiro da Associação Comercial do Rio de Janeiro. SETEMBRO de 2019| REVISTA Rotary Brasil
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Projeto de impacto
Elaborado em parceria, o tabuleiro com as cartas permite ao jogador se deparar com diversos crimes eleitorais
O jogo da eleição Somente no ano passado, mais de 3.000 alunos de Curitiba participaram da iniciativa Luiz Renato Dantas
“A
democracia é a pior forma de governo, à exceção de todas as outras que têm sido tentadas de quando em quando”, disse certa vez o primeiro-ministro britânico Winston Churchill. Mas, sendo governo do povo para o povo, democracia exige participação consciente. Norteados por esse pré-requisito, os integrantes do Rotary Club de Curitiba-Alto da Glória, PR (distrito 4730), pensaram em promover debates sobre cidadania, combate à corrupção e participação popular junto a jovens
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e adolescentes da capital paranaense. “Vimos que o projeto poderia começar dentro das escolas e, conversando com professores rotarianos, achamos melhor criar algo que chamasse a atenção dos alunos para questões que são objeto do nosso dia a dia, como corrupção e escolha dos nossos representantes”, conta Luiz Gustavo de Andrade, um dos associados ao clube. A intenção era boa, mas havia um porém, avalia Luiz: “Somente ir às escolas dar palestras não seria suficiente. O aluno ficaria olhando, podendo achar aquilo tudo chato”. Foi
nesse momento que surgiu a ideia de criar um jogo no qual o público-alvo enfrentasse determinadas questões diante de um tabuleiro. Desde 2017, o Jogo da Eleição vem sendo aplicado. No ano passado, a iniciativa envolveu mais de 3.000 alunos jovens e adolescentes e atingiu, nas estimativas de Luiz Gustavo, cerca de 40 escolas da rede pública. “O jogador pode pegar uma carta que dê a ele a possibilidade de avançar algumas casas, mas comprando votos, dando brindes ou prometendo cargos em troca deles. São fatos que acontecem no
processo eleitoral de verdade, expostos numa linguagem bastante acessível”, explica. Além da compra de votos, toda sorte de crime eleitoral, como a boca de urna, surge no tabuleiro. ampliando parcerias O projeto tem como parceiros o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE–PR), Instituto Mais Cidadania e Centro Universitário Curitiba (Unicuritiba). Os rotarianos vão às escolas da rede pública e particular curitibanas e convidam a garotada para participar do jogo, que é aplicado semanalmente na sede do TRE–PR. Ali, cada aluno atuará como um candidato que percorrerá todas as etapas da campanha eleitoral. Os participantes são monitorados por rotarianos e estudantes do curso de direito da Unicuritiba. Já a confecçãodo jogo em si ficou a cargo de professores de direito eleitoral do centro universitário, que deram precisão legislativa à dinâmica, e de um pedagogo, fornecido pelo Instituto Mais Cidadania. As duas instituições também se dispuseram a imprimir os tabuleiros e as cartas. Atentos ao que determina o Rotary International e o seu Manual de procedimento, Luiz ressalta que todos os voluntários têm o cuidado de não abordarem questões partidárias. “O jogo trabalha condutas que são proibidas para qualquer candidato de forma bastante objetiva, independentemente de ideologia e partido político do qual ele faça parte”, enfatiza. “Não citamos nome de candidato, ideologia e não
Não citamos nome de candidato, ideologia e não discutimos postura pública. Discutimos, sim, como um bom representante do povo tem que se comportar no processo eleitoral – Luiz Gustavo Andrade, rotariano discutimos postura pública. Discutimos, sim, como um bom representante do povo tem que se comportar no processo eleitoral.” O Jogo da Eleição já conquistou dois reconhecimentos, um deles o primeiro lugar em projetos educacionais do Paraná no Prêmio ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável), promovido pelo Sesi. A ideia agora é levá-lo a todo o Estado do Paraná. “Precisamos que os rotarianos tomem conhecimento dele, até para que haja mais adesões”, declara Luiz Gustavo. Ele ainda informa que estão sendo ampliadas as parcerias com outros órgãos do poder judiciário. “Durante as eleições, tivemos a experiência de crianças para quem aplicamos o jogo chegarem em casa contando: ‘Pai, sabia que é proibido o candidato dar churrasco para os eleitores?’”, lembra Luiz com orgulho.
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2º Trilhão de Mountain Bike Trilhas do Turismo, realizado pelo Rotary Club de Camacho, MG (distrito 4560), em 2 de junho, 103 ciclistas percorreram estradas, trilhas, desafios e pontos turísticos. Enquanto isso, na quadra poliesportiva da Escola Estadual Nelson Fernandes Friaça, ocorreu um Dia do Rotary com atendimentos de saúde, programação infantil, show de música, doação de mudas de plantas e venda de comida. O evento teve a participação do Centro Universitário de Formiga e da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais e a parceria do Sicoob Credimonte. Sua foto também pode ser selecionada. Basta enviá-la em alta resolução para jornalismo@revistarotarybrasil.com.br
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Mensagem do curador
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Ideologias sem conflitar
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uito se tem falado nas redes sociais sobre ideologia e este assunto merece reflexão. Segundo Aristóteles, “o Estado surge pelo fato de o homem ser um animal naturalmente social e político. O Estado provê a satisfação das necessidades materiais, defesa e segurança e a educação para o indivíduo se desenvolver em todas as suas faculdades”. A política é, portanto, indispensável. Nos dias de hoje, partidos políticos trazem em seu bojo diferentes ideologias, conjuntos de ideias e pensamentos que conflitam entre si. Em todas as partes do mundo, o Rotary nos ensina, no entanto, a sobrepujar essa realidade, visto que um dos nossos valores é a diversidade. Como organização global, o Rotary não busca a uniformidade de pensamentos, mas a unidade de ações. A Fundação Rotária exercita tal unidade por meio dos subsídios. Pois vejamos: 1. Os Subsídios Distritais oferecem um modo de participarmos mais rapidamente de um projeto local, obtendo publicidade, provendo clubes em ação e atraindo novos associados. 2. Os Subsídios Globais permitem conexões internacionais, maximizando impactos na comunidade com resultados na imagem pública e no desenvol-
vimento do quadro associativo. Neste ano, o diretor do Rotary International Mário César de Camargo projetou duas Feiras de Projetos. Uma neste mês, no Instituto Rotary de Brasília, e outra em janeiro, em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, ambas as quais promoverão o uso potencializado dos Fundos Distritais de Utilização Controlada em cada distrito. Para que possamos garantir o valor serviço, é indispensável a contribuição dos rotarianos em dinheiro e em projetos que ensejem o atendimento do anseio máximo do indivíduo, que é estabelecer um sentido à vida.
Como organização global, o Rotary não busca a uniformidade de pensamentos, mas a unidade de ações No Simpósio da Paz, realizado na Convenção do Rotary deste ano, em Hamburgo, na Alemanha, foi dito que “não estamos interessados em partidos políticos, mas devemos nos envolver em políticas públicas”. De forma ordenada, o Rotary oferece um cardápio
de seis áreas de enfoque: Consolidação da paz e prevenção de conflitos; Prevenção e tratamento de doenças; Água, saneamento e higiene; Saúde materno-infantil; Educação básica e alfabetização; e Desenvolvimento econômico comunitário. Rotarianos em ação, vamos juntos nessa apoiando o Rotary e a nossa Fundação Rotária? No Estado, o conceito de coletividade deve estar acima dos interesses individuais. Trata-se de um princípio obrigatório. No Rotary, o que brilha é o conceito de família e, em breve, também veremos os rotaractianos envolvidos na realização de projetos de Subsídios Globais da Fundação Rotaria. Somos uma família global. A nossa ideologia, conjunto de ideias e pensamentos podem ser resumidos em poucas palavras: conectar e servir para fazer o bem no mundo.
Hipólito Ferreira é curador da Fundação Rotária hipolito@paineira.eng.br SETEMBRO de 2019 | REVISTA Rotary Brasil
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poNto de vista
CONECTANDO OS TEMAS O curador da Fundação Rotária Hipólito Ferreira aponta caminhos para multiplicar os projetos de grande impacto social
Luiz Renato Dantas
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m 1º de julho último, Hipólito Sérgio Ferreira iniciou sua gestão como curador da Fundação Rotária. No período 2019-23, esse associado ao Rotary Club de Contagem-Industrial, em Minas Gerais (distrito 4760), terá a oportunidade de acompanhar de perto um grande orgulho de todo rotariano: o financiamento de projetos sustentáveis de grande impacto na comunidade. Na sua coluna na Rotary Brasil, Hipólito tem dado espaço a reflexões sobre o desenvolvimento do quadro associativo. Nesta entrevista, ele faz o mesmo. Mas por quê? O curador comenta que, muitas vezes, grandes temas do Rotary são abordados isoladamente, como se fossem “ilhas”. Para ele, o que deve haver é justamente o oposto: conexão. O aumento de contribuições à Fundação Rotária e de projetos de Subsídios Globais seria, na avaliação dele, consequência direta do aumento do número de clubes e de associados. “Hoje, a liderança se mede com uma nova régua: para presidentes de clubes, novos associados; e para governadores, novos clubes”, declara. Quanto ao crescimento no número de associados, como ocorreu de forma expressiva na Índia, ele é, segundo o curador, fruto de um plano de longo prazo. Rotariano desde 1970, Hipólito já atuou como diretor do Rotary International, líder de treinamento, coordenador regional da Fundação Rotária, integrante da Comissão de Revisão de Operações e presidente da Força-Tarefa de Alfabetização para a América Latina. Além disso, ele foi presidente da Associação Brasileira da The Rotary Foundation (ABTRF) no período 2013-16, quando as doações anuais dobraram. 20
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Rotary Brasil: Na sua coluna de agosto, o senhor comentou que, em um determinado seminário do qual participara, os grandes temas do Rotary estavam sendo abordados isoladamente, como “ilhas”. Seria essa uma percepção geral em relação aos seminários e conferências distritais? n Hipólito Ferreira: Sim, muitas vezes, os temas são abordados isoladamente e sem conexão, sem promover o crescimento do quadro associativo. Primeiramente, hoje uma liderança se mede com uma nova régua. No caso dos governadores, pela régua da fundação de clubes, e, no caso dos presidentes dos Rotary Clubs, pela retenção e mais admissões de novos associados. Nos lugares onde o Rotary mais se expandiu, o foco esteve na criação de novos clubes. Nos últimos 30 anos, o Rotary cresceu 20% em número de associados, o que é bom. E cresceu 60% em número de Rotary Clubs, o que é ótimo, porque aumentou, assim, a capilaridade da organização, contribuindo em muito para a campanha da erradicação da pólio. Em nada contribui para o crescimento, na minha percepção, classificar o Rotary como uma porta giratória, porque, em média, entra e sai da organização a mesma quantidade de pessoas. Considerar que, se não fossem as mulheres, o quadro associativo não teria crescido é um enfoque limitado. Declarações de que o percentual de associados com mais de 60 anos de idade é preocupante também não me assustam, uma vez que essa faixa etá-
ria cresce no mundo todo e tem mais tempo e dinheiro do que aqueles que se encontram na faixa dos 30 anos. Qual deveria ser então a abordagem? n Penso que a tribuna do Rotary deve ser usada para focar nas soluções, indicar caminhos, ser uma bússola, e não focar no problema. Por exemplo, vale mais abordar a Fundação Rotária quando as pessoas também são convencidas de que ela é uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento do quadro associativo. Mesmo aquele que apenas contribui para a Fundação também é importante, pois ele dificilmente sairá do Rotary. Quem contribuiu uma primeira vez, venceu uma barreira e contribuirá mais vezes. O mesmo ocorre com quem faz projetos de impacto na comunidade. Em alguns distritos, gastou-se muito tempo falando em branding, quando o sabor do Rotary está em seu crescimento e na emoção de fazer algo de impacto duradouro na vida das comunidades. A Coca-Cola, por exemplo, ao promover sua marca, não fica só nisso, porque ela faz merchandising para valorizá-la e, ao mesmo tempo, para aumentar a quantidade a ser vendida. A marca Rotary também é muito importante e a abordagem deve sempre conduzir ao aumento do quadro associativo.
Sérgio Afonso
Vale mais abordar a Fundação Rotária quando as pessoas também são convencidas de que ela é uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento do quadro associativo
Na plenária do Instituto Rotary do Brasil de 2013, em Foz do Iguaçu, na qualidade de então presidente da ABTRF
No caso da Fundação Rotária, qual o papel dela na captação de novos associados? n Temos visto projetos emocionantes pelo mundo graças a ela. Existe, por exemplo, uma forte e consolidada SETEMBRO de 2019 | REVISTA Rotary Brasil
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poNto de vista Marcelo Vallin
parceria entre rotarianos da cidade de Guerrero, no México, e rotarianos do Estado do Texas, nos Estados Unidos, que anualmente destinam milhares de dólares a um projeto de tremendo impacto. A contribuição já chegou a mais de 3,5 milhões de dólares. Como resultado, a cidade apoia o Rotary e 100% das pessoas sabem o que ele representa. Paul Harris teve a visão de que o Rotary seria reconhecido no mundo pelo que fizesse, e servir é o caminho. Este ano, a Associação Brasileira da The Rotary Foundation (ABTRF) completa 15 anos. Poderia comentar um pouco o momento atual da associação na captação de recursos para a Fundação Rotária? n A ABTRF é um caso de sucesso no mundo, fundada quando José Alfredo Pretoni era curador da Fundação Rotária. Desde então, ela já arrecadou a elevada quantia de 8,7 milhões de dólares de empresas, boa parte delas de não-rotarianos. Similares à ABTRF, existem no mundo outras
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seis associadas à Fundação Rotária: no Canadá, Alemanha, Índia, Reino Unido, Austrália e Japão. Todas elas utilizam privilégios fiscais. Que perspectivas futuras o senhor vê para a ABTRF? n Vislumbro que o atual presidente, Mauro Carvalho Duarte, tem uma impressionante base de trabalho formada pelas 3.700 empresas que já contribuíram com mil dólares ou mais. Se considerarmos que para renovar o selo de Empresa Cidadã elas devem contribuir ano a ano, vemos que existe uma base consolidada para ultrapassarmos o número médio anual de cerca de 900 empresas contribuintes. Num prazo não tão longo, esperamos que o Senado regulamente a lei de fundos patrimoniais, que ensejará um crescimento ilimitado da ABTRF, visto que haverá benefícios fiscais para os contribuintes. Nesse caso, as contribuições de empresas superarão as de pessoas físicas.
Falando aos líderes distritais 2016-17 de Rotaract em seminário do Pré-Instituto Rotary do Brasil de 2015, no Rio de Janeiro
Tanto para crescer quanto, por consequência, para aumentar contribuições e projetos, devemos usar a mesma técnica bem-sucedida do mundo empresarial: pensar sempre em longo prazo
cado, fica convidativo criar comissões para o desenvolvimento do quadro associativo com mandatos escalonados de três anos, renovando um integrante a cada ano. Falar “no meu ano” é típico do pensamento de curto prazo, pois, numa concepção de longo prazo, o que é plantado hoje pode nascer neste ano ou nos próximos.
No Brasil, existem quase 3 milhões de dólares estocados nos Fundos Distritais de Utilização Controlada (FDUCs), conforme o senhor informou na coluna de julho. Estaria sendo desenvolvida alguma estratégia ou campanha para que os clubes tenham êxito no acesso a esses recursos? n Para ser exato, em agosto, existiam 3,7 milhões de dólares no Brasil e 102 milhões de dólares no mundo. Isso é muito positivo, pois a Fundação Rotaria criou meios que facilitam o emparceiramento, como começar registrando o projeto no site matchinggrants.org e instituir o Cadre distrital, que é uma equipe de especialistas em projetos de subsídios da Fundação Rotária. Além disso, foram criadas as Feiras de Projetos, que ocorrem este mês no Instituto Rotary de Brasília e, em janeiro, em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia.
O crescimento do quadro associativo é, portanto, a chave de todo o processo? n Tudo o que pode ser feito em relação a tamanho de projeto vem do crescimento do quadro associativo. Nesse particular, o Rotary cresce onde há programa de longo prazo, como é o caso da Índia, que cresceu 50% em dez anos. Para estimular o crescimento, o Conselho de Legislação do Rotary International ensejou a criação de clubes satélites e flexibilizou o formato das reuniões.
O que poderia ser feito para incrementar nos clubes brasileiros projetos de grande porte e autossustentáveis? n No Rotary, tanto para crescer quanto, por consequência, para aumentar contribuições e projetos, devemos usar a mesma técnica bem-sucedida do mundo empresarial: pensar sempre em longo prazo. Considerando-se que no Rotary já existem eleições antecipadas para os cargos, como de presidente, governador, governador eleito e indi-
Por outro lado, muitos clubes permanecem focados em ações assistencialistas. Como o senhor avalia a opção por iniciativas dessa natureza? n Não temos muito entusiasmo quando distritos se limitam a fazer Subsídios Distritais porque causam um menor impacto na comunidade. Entretanto, sabemos que todos os projetos contribuem para a paz social e podem ser uma ferramenta para tornar o Rotary mais conhecido e atrair novos associados.
O rotariano médio conhece bem, de fato, a Fundaç ão Rotár ia? Como tal conhecimento poderia ser aprimorado? n Mais da metade dos rotarianos não conhece tudo o que a Fundação Rotaria pode fazer e o nosso termômetro está nos seminários. Constatamos que menos de 5% lá comparecem para se qualificar. Instamos que esse número seja fortemente aumentado, estimulando maior participação, principalmente de rotaractianos, pois temos certeza de que eles também têm entusiasmo, expertise e vontade para captar contribuições e fazer projetos. O trabalho e a importância da Fundação Rotária não deveriam ser difundidos também na sociedade brasileira? n A Fundação Rotaria tem uma meta audaciosa de dobrar o Fundo de Dotação em seis anos, chegando, em 2025, a 2,025 bilhões de dólares. Como sabem, esse é um fundo permanente, do qual somente os juros e resultados de aplicações poderão ser gastos. Esses serão mais uma fonte disponibilizada para projetos. Na medida em que mais projetos de Subsídios Globais forem realizados, mais conhecido será o Rotary em todo o mundo. Por isso, obrigado a todos por apoiarem a Fundação Rotá ria, pois esse apoio ensejará aos rotarianos conexões com algo que muito sonhamos: fazer o bem no mundo e dar uma contribuição para a paz universal. SETEMBRO de 2019 | REVISTA Rotary Brasil
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Meio ambiente
Nuno Virgílio Neto
Todos juntos pelo Paraíba do Sul Em encontro na capital fluminense, rotarianos e empresários somam forças para proteger um dos rios mais importantes do país Nuno Virgílio Neto
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o longo de seus 1.137 quilômetros de extensão, o rio Paraíba do Sul atravessa 184 cidades em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, onde estão alguns dos maiores polos industriais e populacionais do Brasil. No Rio, ele é responsável pelo abastecimento de 80% da Região Metropolitana. Apesar de toda essa importância, sua degradação avança a níveis preocupantes, que podem resultar num colapso hídrico de enormes proporções. Com o objetivo de lançar um alerta aos distritos do Rotary abrangidos pela bacia hidrográfica do Paraíba do Sul e catalisar parcerias capazes de reverter esse cenário, no dia 6 de agosto o governador 2001-02 do distrito 4751 e associado ao Rotary Club de Niterói-Norte, Waldenir de Bragança, levou sua palestra SOS Paraíba do Sul à reunião do Conselho Empresarial de Meio Ambiente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), presidido por Isaac Plachta. O encontro contou com a participação de rotarianos de diversos clubes e muitos governadores de distrito. Além de Waldenir, falou Samuel Barreto, gerente nacional de água da The Nature Conservancy Brasil, ONG ambiental com atuação em mais de 35 países e que, desde 1988, desenvolve projetos na Amazônia, Pantanal, Mata
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REVISTA Rotary Brasil | SETEMBRO de 2019
Atlântica e outros biomas brasileiros. Médico, ex-prefeito de Niterói, professor de saúde pública e diretor da Sociedade Brasileira de Higiene e Saúde Pública, Waldenir de Bragança está envolvido com a defesa do Paraíba do Sul há quase três décadas. Depois de apresentar dados, previsões e defender a urgência de uma mudança de mentalidade em relação à água, esforço que deveria começar nas escolas, ele conclamou empresários e rotarianos a um grande esforço nacional. “Nós podemos salvar o Paraíba do Sul. Somos capazes de obter a força e buscar o caminho para recuperar esse rio que agoniza”, afirmou. “O rio Paraíba do Sul conta conosco.”
União de esforços: acima, parte dos presentes à reunião lotada na Firjan. Abaixo, imagem de 2014 mostrando como a estiagem afeta o volume de água do Paraíba do Sul – em trecho que corta a cidade fluminense de Barra do Piraí Agência Brasil/Tomaz Silva
Fazendo o bem no mundo
Os 40 anos da luta contra a poliomielite
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o dia 29 de setembro de 1979, lideranças do Rotary International sentaram-se com autoridades de governo das Filipinas no pátio de uma escola na periferia de Manila, capital do país asiático. Ao assinarem o acordo (imagem acima) que firmava uma parceria de cinco anos e 700 mil dólares para vacinar 5,3 milhões de crianças filipinas contra a poliomielite, aquele grupo de rotarianos dava o primeiro passo rumo à mais ambiciosa e bem-sucedida realização do Rotary em sua história – campanha que, desde então, ajudou a reduzir o número de casos da doença em mais de 99% em todo o planeta. Cerca de 100 crianças receberam a vacina naquele dia ensolarado de setembro. Ao administrar a primeira dose, o então presidente do Rotary International, James L. Bomar Jr. (ao lado), dedicou o esforço às mães reunidas no pátio da escola, e também aos seus filhos e filhas. Um advogado filipino que acompanhava o grupo, M.A.T. Caparas, diretor do Rotary International na ocasião e futuro presidente da organização, lembrou aos presentes que “grandes coisas sempre têm um pequeno começo”. O tempo mostrou que a previsão de M.A.T. estava certa. (Adaptação do texto de Geoffrey Johnson para a The Rotarian)
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ock oto
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valiadora independente de instituições beneficentes norteamericanas, a Charity Navigator (charitynavigator.org) classificou a Fundação Rotária em primeiro lugar, com a pontuação máxima de 100 pontos, na lista de instituições beneficentes mais conhecidas dos Estados Unidos. Esse reconhecimento vem se somar ao fato de a Charity Navigator ter atribuído à Fundação a pontuação máxima de quatro estrelas nos últimos 11 anos consecutivos – uma demonstração de sua solidez financeira, compromisso com a prestação de contas e transparência.
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Fundação se destaca mais uma vez
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Campanha Nacional de Multivacinação
As cidades que merecem mais atenção
Neste ano, áreas com baixa cobertura vacinal de rotina também serão alvo do Rotary
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ntre os dias 7 e 25 de outubro, a Família do Rotary terá a missão de ajudar o Ministério da Saúde a aumentar as taxas de cobertura vacinal em todo o país. A disseminação de notícias falsas sobre possíveis malefícios das vacinas à saúde e a percepção equivocada de que estamos seguros contra doenças que julgamos erradicadas são apontadas pelos especialistas como algumas das causas dessa redução. Parceiro do governo brasileiro no combate à pólio há mais de três décadas, o Rotary está mobilizando todos os seus clubes para a Campanha Nacional de Multivacinação, cujo Dia D está marcado para sábado, 19 de outubro. A meta é que os rotarianos repitam a histórica mobilização conseguida no ano passado durante a campanha de vacinação contra a pólio e o sarampo. Todas as cidades brasileiras precisam da nossa ajuda, mas algumas requerem cuidado redobrado. Confira na tabela ao lado a relação de municípios cujos índices de imunização contra a pólio e o sarampo ficaram abaixo dos 50% em 2018. Na outra página, listamos os 100 municípios que também estão sob alerta, pois vêm enfrentando dificuldades com a chamada cobertura vacinal de rotina, que protege a população contra difteria, tétano, coqueluche e outras doenças. Um detalhe importante: o trabalho realizado pelos clubes brasileiros em outubro poderá ser inscrito no ranking de ações do Dia Mundial de Combate à Pólio, celebrado em 24 de outubro. Acesse www.endpolio.org/pt/register-your-event, cadastre a participação do seu clube na Campanha de Multivacinação e ajude o Brasil a conquistar o tetracampeonato nessa “disputa do bem” – cujo principal troféu é acabar de vez com a poliomielite em todo o planeta.
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Os 27 municípios que, em 2018, registraram cobertura vacinal abaixo dos 50%, especificamente, contra a pólio e o sarampo UF
MUNICÍPIO
PA
SANTANA DO ARAGUAIA
PA
ULIANÓPOLIS
MA
ALTAMIRA DO MARANHÃO
PI
FLORES DO PIAUÍ
PI
PAJEÚ DO PIAUÍ
PI
RIBEIRA DO PIAUÍ
PI
SÃO MIGUEL DA BAIXA GRANDE
PI
WALL FERRAZ
RN
RAFAEL GODEIRO
RN
TABOLEIRO GRANDE
MG
TAPIRAÍ
SC
MAREMA
SC
NOVO HORIZONTE
SC
PAINEL
SC
PESCARIA BRAVA
SC
BALNEÁRIO RINCÃO
RS
BARRA DO RIO AZUL
RS
CHARRUA
RS
CORONEL PILAR
RS
FORQUETINHA
RS
LINHA NOVA
RS
PINTO BANDEIRA
RS
RIO DOS ÍNDIOS
RS
TRÊS ARROIOS
MS
PARAÍSO DAS ÁGUAS
MT
COTRIGUAÇU
GO
SANTA RITA DO NOVO DESTINO
Os 100 municípios com cobertura vacinal em geral (de rotina) abaixo dos 50% UF
MUNICÍPIO
UF
MUNICÍPIO
UF
MUNICÍPIO
RO
Mirante da Serra
PI
Várzea Branca
RJ
Paraty
AC
Bujari
RN
Apodi
RJ
São Pedro da Aldeia
AM
Novo Aripuanã
RN
Rio do Fogo
SP
Araçoiaba da Serra
RR
Cantá
RN
Pedra Preta
SP
Bariri
PA
Afuá
RN
Pedro Velho
SP
Borebi
PA
Água Azul do Norte
RN
Vera Cruz
SP
Cajamar
PA
Breves
PE
Cortês
SP
Dois Córregos
PA
Cachoeira do Piriá
BA
Alagoinhas
SP
Ilha Solteira
PA
Cumaru do Norte
BA
Boa Vista do Tupim
SP
Jandira
PA
Itupiranga
BA
Caetité
SP
Mairiporã
PA
Jacareacanga
BA
Casa Nova
SP
Monteiro Lobato
PA
Moju
BA
Chorrochó
SP
Nova Luzitânia
PA
Portel
BA
Ilhéus
SP
Pirapora do Bom Jesus
PA
São João do Araguaia
BA
Itagimirim
SP
Roseira
PA
Soure
BA
Itaparica
SP
Sarapuí
AP
Mazagão
BA
Itapebi
SP
Vera Cruz
TO
Juarina
BA
Jeremoabo
PR
Londrina
TO
Recursolândia
BA
Jitaúna
PR
Tomazina
MA
Arame
BA
Juazeiro
SC
Painel
MA
Brejo
BA
Macarani
SC
São Lourenço do Oeste
MA
Jatobá
BA
Maiquinique
RS
Herval
MA
Jenipapo dos Vieiras
BA
Nova Viçosa
RS
Pinheiro Machado
MA
Milagres do Maranhão
BA
Santa Luzia
RS
Riozinho
MA
Paço do Lumiar
MG
Arantina
RS
Santana da Boa Vista
MA
Primeira Cruz
MG
Itambacuri
RS
União da Serra
PI
Buriti dos Lopes
MG
Queluzito
RS
Viamão
PI
Cajueiro da Praia
MG
Rio Vermelho
MT
Alta Floresta
PI
Colônia do Piauí
MG
São José da Varginha
MT
Peixoto de Azevedo
PI
Coronel José Dias
MG
São Sebastião do Rio Preto
MT
Rondolândia
PI
Dirceu Arcoverde
ES
Aracruz
MT
Santo Antônio do Leverger
PI
Ipiranga do Piauí
RJ
Belford Roxo
MT
Tesouro
PI
Jerumenha
RJ
Cabo Frio
GO
Moiporá
PI
Riacho Frio
RJ
Japeri
PI
Santa Cruz dos Milagres
RJ
Nova Iguaçu
Dados fornecidos pela coordenação nacional do programa End Polio Now.
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AGENDA
A mundialmente famosa praia de Waikiki: point do surfe, dos grandes hotéis e restaurantes
Aloha, Rotary Descubra as belezas de Honolulu, o paraíso da Convenção 2020
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Diana Schoberg, para a The Rotarian l Fotos: iStockphoto
S
ão 8 horas da manhã na ilha de Oahu e a praia de Waikiki já está movimentada. As pessoas estão aglomeradas na areia. Pais e filhos entram e saem da água enquanto casais degustam um cafezinho. Surfistas se lançam bravamente ao mar e há aqueles que preferem ficar calmamente na água, em meio à espuma – ou nadar até o quebra-mar conhecido como Waikiki Wall. As tendas que alugam snorkels de mergulho, canoas, pranchas e equipamentos náuticos começam a abrir, e um catamarã singra as águas de volta ao píer. Apesar de toda essa atividade, a única coisa que eu consigo ouvir é a ressaca do mar.
Estou passeando um pouco com a minha família até encontrarmos nossos novos amigos do Rotary para um almoço na Chinatown de Honolulu. Minha filha de seis anos, Bea, arregaça sua calça capri e corre em direção à água para pular as ondas. Ela se volta a cada 15 metros para dar um largo sorriso para mim e meu marido, Craig, antes de começar a correr novamente, desafiando-nos a persegui-la pela areia quente. Esta não é nossa primeira viagem a Honolulu. Bea vem pedindo para se mudar para cá desde que viemos pela última vez, há três anos, quando ela se apaixonou pelo oceano, pelas areias douradas e pelo clima perfeito. Quan-
do soube que voltaríamos à Ilha de Oahu, Bea me abraçou e disse: “Você é a melhor mãe do mundo!”. Essa viagem seria um pouco diferente. Eu iria a trabalho, para escrever uma matéria sobre a cidade que sediará a próxima Convenção do Rotary, de 6 a 10 de junho de 2020. Iríamos explorar o lugar contando com a ajuda dos rotarianos locais, que atuariam como guias, dando-nos uma perspectiva privilegiada. Pedi a eles que nos mostrassem a Honolulu que amam, com sua história e cultura. Gostamos muito da praia, mas há outros lados do Havaí que são imperdíveis. Na St. Louis School, Bradford Ikemanu Lum está à frente de um grupo de garotos da quinta série tocando um instrumento chamado ipu heke. Eles cantam na língua havaiana e dançam. É uma música sobre as videiras pōhuehue, encontradas nas dunas da praia – aquelas que os surfistas batem na água como simpatia para que os deuses mandem ondas grandes. Ao fim da canção, Lum bate um staccato afiado e, um a um, os meninos da fila da frente agacham-se com os braços estendidos, como se estivessem surfando.
Tradições resgatadas Ao contrário do que muitos acreditam, a hula não é uma dança sedutora, que usa e abusa do vai e vem dos quadris: os movimentos combinam com as palavras das canções. Para agradecer a trupe pela performance, Kanoe Cazimero canta e dança a segunda canção de uma trilogia sobre Pele, a deusa havaiana do fogo e dos vulcões. Ela move seus braços de forma fluida para cima e para baixo, evocando as montanhas e o mar. Como Lum, Kanoe é nativa do Havaí. Especialista na cultura das ilhas, ela será a responsável pelo entretenimento durante a Convenção de 2020, o que incluirá uma performance de seu irmão, o cantor e músico Robert Cazimero, que junto com outro irmão, o saudoso Roland, é considerado um ícone da música havaiana. O que as crianças de hoje aprendem sobre a cultura do Havaí é muito diferente do que Lum e Cazimero aprenderam no passado. Falar havaiano nas escolas foi proibido em 1896, três anos depois da derrubada do Reino do Havaí, o que abriu caminho para a anexação das ilhas pelos Estados Unidos. Como os povos nativos
Todos ao mar: praticantes de remo preparam-se para lançar suas canoas
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AGENDA
Para relaxar: uma das deliciosas bebidas servidas nos bares da capital havaiana
foram encorajados a assimilar e adotar os costumes norte-americanos, a cultura havaiana passou a ser vista como atrasada e exótica. “Eu odiava a música havaiana, odiava a hula e tudo que era havaiano”, Lum recorda. “Tinha esse estigma e não queria mostrar minha essência havaiana. Não queria sofrer discriminação.” Somente quando foi para a faculdade, onde a única aula de estudos étnicos disponível era dedicada ao Havaí, Lum começou a abraçar sua identidade nativa. A cultura havaiana teve um renascimento na década de 1970 por conta de gente como Lum e Cazimero. Esforços que despertaram um interesse renovado pela língua, pela música e pelas artes locais. Em 1978, a constituição do Estado foi alterada para estabelecer um programa educacional havaiano, bem como para reconhecer o havaiano como língua oficial. Depois da aula de hula, fui levada por Lum e Cazimero ao Palácio de Verão da Rainha Emma, onde uma brisa fresca proporcionava conforto à realeza, longe do calor e da poeira da cidade. Nesta pequena ilha, onde todo mundo se conhece, descobrimos que um dos nossos guias turísticos é filho do presidente eleito do Rotary Club de Honolulu Pau Hana, que vem a ser o clube de Lum e Cazimero. No
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As ilhas havaianas são tão lindas que têm servido de cenário para muitos filmes e programas de TV
palácio está exposta uma capa de penas amarelas e vermelhas que pertenceu a Kamehameha, o Grande, responsável pela unificação das Ilhas Havaianas no reinado que teve início no século 19. Como o Havaí não tinha grandes mamíferos, nem pedras ou metais preciosos, as penas eram usadas para mostrar riqueza e poder. “Os apanhadores de pássaros eram realmente importantes para o rei e a rainha”, explica Lum. “Os havaianos nunca matavam os pássaros que pegavam. Eles colocavam mel nas árvores e, quando os pássaros passavam por elas, algumas penas ficavam presas.” A cultura havaiana tem valores fundamentais que, como Lum ressalta, se encaixam no lema Dar de Si Antes de Pensar em Si. O conceito de ‘ohana (família) é muito importante, quer seja a família de sangue, a família do trabalho ou a família do bairro onde você mora. Assim como a há’aha’a (humildade). E, claro, não podemos deixar de lado o aloha, que muitos pensam ser a palavra havaiana para “olá” e “adeus”. Porém, aloha tem um significado muito mais amplo, que engloba amor, paz, compaixão e misericórdia. A palavra é tão usada e importante para o povo havaiano que o “Espírito Aloha” é definido como “os traços de caráter que expressam o charme, calor e sinceridade do povo havaiano”.
Paisagens inesquecíveis: a trilha que leva ao topo do Diamond Head é cansativa, mas a vista deslumbrante no topo da cratera desse vulcão extinto vale todo o esforço
“Nós vivemos aloha o tempo todo”, Cazimero explica. “Aloha não é apenas uma palavra numa camiseta. Ela vem mesmo do fundo do coração.” Paisagens de cinema As ilhas havaianas são tão lindas que têm servido de cenário para muitos filmes e programas de TV. Tony e Joe Gedeon parecem saber a localização exata de onde algumas filmagens aconteceram. Enquanto dirigimos por East Oahu, a dupla de pai e filho, ambos associados ao Rotary Club de Waikiki, nos deslumbra com o seu conhecimento enciclopédico da cultura pop havaiana. Eles destacam os locais de filmagem das séries Magnum e Havaí 5.0, e da famosa cena na praia do clássico do cinema A um passo da eternidade. Ainda estão lá a casa do ator Tom Selleck e a escola onde estudou o cantor Bruno Mars. O ápice do dia foi a caminhada pela selva tropical até o topo do Monte Tantalus, onde nos deleitamos com a vista da ilha. Nós fizemos a subida de carro, porém os visitantes mais aventureiros podem optar por desafiar numa bicicleta as inúmeras curvas do trajeto. Do mirante Pu’u ‘Ualaka’a, podemos ver Diamond Head, Punchbowl Crater e o centro de Honolulu – a mesma vista desfrutada por Chad
(Elvis Presley) e Maile ( Joan Blackman) durante seu piquenique no filme Feitiço havaiano. Voltamos à cidade para comer poke, um prato preparado com frutos do mar. Concluímos nosso dia com mais comes e bebes. Combinação de comida e entretenimento, o luau é bem mais que mera refeição. Os havaianos podem fazer um luau para celebrar um aniversário ou um encontro. O nosso foi em Paradise Cove, no resort Ko Olina, em Kapolei. Chegamos justamente na hora em que dois homens tiravam um porco assado do imu, poço raso forrado com folhas de banana e rochas quentes. Para abrir o apetite, tiramos nossas sandálias e subimos na canoa conhecida como outrigger, que tem uma boia ao lado para estabilizar o barco na ondulação das águas marinhas. Depois de algumas remadas vigorosas, fizemos uma pausa para assistir a um pôr-do-sol espetacular. De volta à praia, sob um céu resplandecente e uma lua crescente, degustamos uma variedade de pratos tradicionais, incluindo o suculento porco kalua (palavra que significa “assado em forno de terra”) e poi, um prato roxo feito de taro. Em reconhecimento à importância do luau como congregação de famílias e amigos, o mestre de cerimônias pergunta quem está celebrando aniversários, SETEMBRO de 2019| REVISTA Rotary Brasil
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AGENDA
luas-de-mel ou bodas de casamento. Assistimos a apresentações de diferentes estilos de dança das várias ilhas do Pacífico e Bea pula correndo da cadeira quando fazem o convite às crianças que gostariam de dançar hula. Ao som da batida hipnótica dos tambores, a noite termina com um homem girando malabares de fogo em meio aos aplausos do público. Museus e cultura urbana Visitei o Museu de Arte de Honolulu na companhia de Tina e Christina Bui, irmãs gêmeas que estudam biologia na Universidade do Havaí. Elas foram interactianas e agora são copresidentes do Rotaract Club de Manoa, que fica na Universidade do Havaí. Não há como negar que são gêmeas. Além de serem idênticas, elas se vestem da mesma maneira e chegam a falar simultaneamente usando as mesmas palavras. Às vezes sinto como se estivesse ouvindo em estéreo. As duas jovens queriam me mostrar o museu porque esse é seu lugar predileto para levar os amigos de fora. Uma sala me chamou a atenção: a que se concentra menos em artefatos havaianos históricos e mais na forma como os artistas interpretam o mundo moderno. As gêmeas em particular adoram a galeria de quadros, onde a justaposição de pinturas antigas e modernas acentua as variedades de estilos artísticos. Entrecortados entre as galerias interiores e climatizadas, encontram-se pátios temáticos que são verdadeiras obras de arte. O pátio mediterrâneo, por exemplo, com fontes e azulejos nas paredes, e o pátio chinês, com um lago de peixes koi, oferecem aos visitantes bons momentos ao ar livre. Depois, nós saímos para ver arte de rua em Kaka’ako, antigo bairro industrial a cerca de três quilômetros de Waikiki, que agora está cheio de fábricas de cerveja artesanais, cafés, restaurantes e murais. “A vibe aqui é descolada”, diz Tina. Quase todas
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Os rotarianos farão o maior colar havaiano do mundo para apoiar a campanha de erradicação da pólio
as paredes do bairro são pintadas com murais, que vão de motivos realistas a personagens de desenhos animados. Não conseguimos resistir e acabamos como os turistas, tirando várias selfies. Curando as cicatrizes Passeamos pelas exposições no centro de visitantes do Pearl Harbor National Memorial. Mas quando chegamos ao ponto em que ficamos ao longo da costa e olhamos para o USS Arizona Memorial, fui obrigada a parar. Tirei meus fones de ouvido e fechei meus olhos para sair do mundo por um tempo. Queria ficar em silêncio e sentir a essência desse local sagrado. Dois milhões de pessoas visitam o memorial anualmente. Como recordação solene da tragédia de uma guerra, é, sem dúvidas, um lugar que dá arrepios. Mas, ao mesmo tempo, é um símbolo do poder da reconciliação. Os Rotary Clubs de Pearl Harbor e de Hiroshima, no Japão, formaram um clube irmão em 1982 para transformar cicatrizes da guerra em laços de paz. Rotarianos dos dois clubes até hoje visitam os memoriais um do outro e plantam árvores da paz que florescem nas duas cidades. O USS Arizona Memorial percorre o casco submerso do navio de guerra
que afundou em nove minutos durante o ataque surpresa de 7 de dezembro de 1941. O memorial foi fechado para reparos quando minha família o visitou. Mas está prevista a reabertura no outono de 2019, quando os visitantes poderão mais uma vez caminhar sobre o local onde descansam os mais de 1.000 homens que morreram no navio quando ocorreu a explosão. Não sabia o quanto minha filha entenderia essas importantes passagens históricas, mas qual não foi minha surpresa ao vê-la comovida com o clima triste e sagrado do local. Quando saímos, Bea levava sua mão sobre o peito esquerdo. O show das tartarugas Enquanto Bea se diverte olhando as ondas, o presidente da Comissão Anfitriã de 2020, Del Green, está apontando em direção às tartarugas verdes marinhas. Todos estão animados e adoramos quando elas viram ou colocam a cabeça fora d’água para dar uma olhadinha no que está acontecendo. “Elas trazem para fora a criança que ainda existe dentro de todos nós”, admite Green. Estamos agora em Laniakea, praia na costa norte de Oahu chamada de Turtle Beach [praia da tartaruga, em português], pois é aqui que as tartarugas verdes marinhas se alimentam. Chamadas de honu em havaiano, podem chegar a um metro e meio e pesar até 200 quilos. De tão fascinantes, elas foram incorporadas ao logo da Convenção. Para a próxima parte da nossa viagem, ficamos na companhia de Del Green, associado ao Rotary Club de Downtown Honolulu, e de sua namorada, Diana Doan, do Rotary Club de Honolulu Pau Hana. Eles nos pegaram de manhã cedo e nos deram colares de flores brancas e roxas, algo que vimos acontecer várias vezes na ilha – seja em sinal de saudação, agradecimento ou reconhecimento por uma conquista. “Os colares de flores
Surfista desafia as ondas numa prancha de bodyboard
servem para compartilhar aloha ainda mais”, Green explica. As lojas onde eles são vendidos estão em Chinatown e no aeroporto, e os adornos podem ser feitos não apenas com pétalas de flores, mas também com nozes, conchas e até mesmo notas de dólar. Green ressaltou que a Comissão Anfitriã está planejando uma atividade com os rotarianos para que eles façam o maior colar havaiano do mundo com papel moeda dos seus países, sendo que a receita obtida com a atividade será destinada à campanha End Polio Now. Ao sairmos de Honolulu, Green explica que as pessoas daqui não usam os pontos cardeais para informar direções. Em vez disso, elas fazem referência a marcos geográficos: Diamond Head indica o leste e Ewa, o oeste. Há também o mauka e o makai, que significam respectivamente “em direção à montanha” e “em direção ao mar”. Pelo caminho, passamos por tantas praias lindas que eu fiquei sem cores para descrever a água, que vai do transparente ao azul turquesa. Entre as praias, admiramos as
majestosas montanhas Ko’olau, com seus penhascos verdejantes e dobras enrugadas, semelhantes a dedos que ficaram muito tempo na água. Está quase na hora do almoço e, à luz do meio-dia, as montanhas parecem quase bidimensionais, como se fossem pano de fundo para um filme (na verdade, elas serviram de cenário para Jurassic Park, entre outros). Até mesmo Green, acostumado com esta vista tão majestosa, parou ao menos três vezes para admirá-las.
Depois que voltamos ao frio do Estado de Wisconsin e Bea voltou para a escola, a professora dela pediu que escrevesse sobre a viagem. Desta vez, Bea não menciona as praias, o oceano ou o clima incrível. Em vez disso, ela escreve sobre o nosso dia com Del e Diana. Até mesmo minha filha de seis anos reconhece que, apesar das maravilhas naturais que as ilhas do Havaí têm a nos oferecer, a melhor parte de qualquer Convenção do Rotary são as pessoas que conhecemos.
Esperamos você em Honolulu! Inscreva-se agora mesmo para a Convenção de 2020 pelo site riconvention.org e economize até 200 dólares. A taxa de inscrição antecipada de 450 dólares para rotarianos e de 120 dólares para rotaractianos vale até 15 de dezembro. Quando estiver no website da Convenção, veja e compartilhe o vídeo promocional, e baixe o kit para incentivar seus companheiros a participar do maior evento anual do Rotary. Conheça a cultura do Havaí em eventos planejados pela Comissão Anfitriã, como um concerto na Waikiki Shell, uma caminhada pela paz ao nascer do sol, um antigo projeto de viveiro de peixes e uma refeição com rotarianos locais. Saiba mais em rotaryhonolulu2020.org. SETEMBRO de 2019| REVISTA Rotary Brasil
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giro Global
PESSOas em ação pelo mundo Um pouco do que o Rotary vem fazendo EM OUTROS PAÍSES Ilhas Cayman Em 28 de março, os três Rotary Clubs deste território britânico inauguraram um centro educacional ao ar livre para crianças. O príncipe Charles cortou a fita de inauguração do espaço, no Jardim Botânico Rainha Elizabeth II. O centro de 180 mil dólares foi financiado pelos Rotary Clubs de Central Cayman Islands, Grand Cayman e Grand Cayman-Sunrise. O Rotary Club de Grand Cayman também doou ao Aeroporto Internacional Owen Roberts, em George Town, uma sala para lactantes que custou 20 mil dólares. “Queríamos dar às mães que estão amamentando uma área limpa e reservada”, declarou o rotariano Justin Bodden.
Áustria e Alemanha Mais de 100 entusiastas de esportes de inverno marcaram presença na Semana de Esqui, organizada pelo Rotary Club de Oberstdorf-Kleinwalsertal, um clube que fica nos Alpes de Algóvia, na fronteira entre Áustria e Alemanha. O evento atraiu rotarianos da União Europeia, Rússia, Turquia e Estados Unidos. Um encontro semelhante foi realizado dois meses antes em Telluride, nos Estados Unidos. “Conseguimos mostrar que na Baviera [Estado da Alemanha] e na Áustria você não só encontrará grandes pistas de esqui, mas também a autêntica hospitalidade dos rotarianos locais”, afirmou Andreas Kaenders. Os participantes arrecadaram mais de 7.800 dólares para ajudar crianças com esclerose tuberosa, uma doença genética que causa tumores pelo corpo.
(Por Brad Webber, para a The Rotarian)
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Reino Unido Por 15 anos, o Torneio Tecnológico, organizado anualmente pelos três Rotary Clubs de York, tem ajudado a estimular o interesse dos estudantes por tecnologia e fomentado o espírito de trabalho em equipe. Em 2019, o desafio para as 16 equipes, cada uma delas formada por quatro pessoas, foi desenhar e montar um sinalizador luminoso usando as peças fornecidas. Os juízes atribuíram pontos às equipes, distribuídas em três categorias etárias, pelo seu design, sucesso na construção e análise escrita sobre como abordaram o desafio de engenharia. Os Rotary Clubs de York, York Ainsty e York Vikings financiaram a competição, com apoio de patrocinadores como a Universidade de York.
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Mensagem do CHAIR
Ajude-nos a atingir novos patamares
N
i hao, rotarianos! Espero que vocês estejam planejando sua ida à próxima Convenção do Rotary International, em Honolulu, onde – além do sol – todos nós sentiremos o calor humano dos habitantes do belo arquipélago havaiano, que nos receberão de braços abertos em 2020. Inscrevam-se e aproveitem para ajudar nossa Fundação Rotária a alcançar novos patamares em 2019. Estamos transformando vidas em todos os lugares, e isso só acontece por causa de vocês. Lembramos com frequência da importância de doar ao Fundo Anual. Essas contribuições estão tornando o mundo um lugar melhor, e não apenas por ajudarem a erradicarmos globalmente a poliomielite. Suas doações também possibilitam a outorga de subsídios do Rotary ao redor do planeta. Contribuir com o Fundo de Dotação garante o nosso futuro. Espero que vocês considerem deixar esse le-
gado. A ideia é simples e poderosa, já que o Fundo de Dotação financia os programas da Fundação Rotária no futuro. Temos a meta de atingir 2,025 bilhões de dólares de saldo até 2025, um feito que somente será possível com o apoio de vocês. A partir de 2025, coisas incríveis estarão ao nosso alcance. Com base nos ganhos anuais de in-
Há muitas formas de fazer com que a Fundação vá
ble, em Taiwan, que arrecadou e doou 10 mil dólares à campanha End Polio Now durante a cerimônia de posse do presidente do clube, Jeff Lin. Quero parabenizar também o distrito 3750, da Coreia do Sul, liderado pelo governador Yun Young-Jung, que admitiu seis novos membros na Sociedade Arch Klumph. A generosidade dos rotarianos continua dando grandes alegrias e propósito à minha vida. Espero que vocês possam dizer o mesmo.
ainda mais longe vestimento, a Fundação terá cerca de 100 milhões de dólares ano após ano para custear todos os tipos de projetos que mudam e salvam vidas. Esta será uma conquista tremenda, garantindo que a Fundação Rotária vá ainda mais longe. Neste mês, quero dar os parabéns ao Rotary Club de Taipei Roundta-
Gary C. K. Huang é chair do Conselho de Curadores da Fundação Rotária SETEMBRO de 2019 | REVISTA Rotary Brasil
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CAPA
Precisamos conversar sobre isso
Uma grave questão de saúde pública, o suicídio mata 800 mil pessoas por ano, mas continua sendo um tabu Reportagem: Luiz Renato Dantas e Nuno Virgílio Neto Arte: Armando Santos Ilustrações: Bruno Silveira
M
árcia guarda a hora exata em que falou com a filha pela última vez: 9h21 da manhã de um domingo, 21 de novembro de 2018. Elas moravam em bairros vizinhos na cidade de São Paulo e se falavam todos os dias por telefone. No início do ano passado, Isabela, de 21 anos, decidira morar com a namorada, começara a cursar matemática e fazia aulas de bateria. “Tudo bem com você, filha? “Está tudo bem.” “Então eu vou aí te ver. Estou com saudade.” “Não, mãe, não venha porque eu cheguei muito tarde, de madrugada, e estou com dor de cabeça. Vou tomar um remédio e dormir.” “Está bem. Vamos fazer assim: tome o remédio, descanse e, quando acordar, me ligue para eu ir aí te ver.” “Tá bom.” Márcia Sacchi perdeu sua filha para a depressão cerca de meia hora depois. Isabela, que tinha um temperamento independente e resoluto, não permitiu que sua mãe notasse a luta que se travava em seu interior. “Eu perguntava e ela sempre dizia: ‘Está tudo bem’.” De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada 40 segundos uma pessoa se suicida no mundo. São 800 mil óbitos por ano, o que ultrapassa a soma global de homicídios (464 mil, em números do Global Study on Homicide 2019) e de mortos em guerras (89 mil, pela mesma fonte). Trata-se da segunda principal causa de morte entre pessoas com idade entre 15 e 29 anos. Nessa faixa etária, ele é suplantado apenas pelos acidentes de trânsito. Além disso, para cada suicídio, há mais de 20 tentativas.
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CAPA Considerando-se os gêneros, em termos mundiais, para cada mulher que se mata, há dois homens que fazem o mesmo (na média global, são 13,5 e 7,7 mortes por 100 mil habitantes na população masculina e feminina, respectivamente). Embora as tentativas entre as mulheres sejam de duas a quatro vezes mais frequentes, os homens são mais propensos a usar meios letais. Também merece destaque o fato de que, em 2016, 79% dos suicídios ocorreram em países pobres ou em desenvolvimento. No Brasil, o Sistema de Informações sobre Mortalidade, do Ministério da Saúde, revelou 106.374 óbitos por suicídio entre 2007 e 2016. No ano de 2016, foram registradas 11.433 mortes dessa natureza, significando uma taxa de seis óbitos anuais por 100 mil habitantes. A estimativa atual é de 12 mil ocorrências por ano. “Podemos pensar em uma epidemia silenciosa não só a questão do suicídio, mas a questão dos transtornos mentais em geral, que têm aumentado muito nos últimos anos”, diz Karen Scavacini, psicóloga e psicoterapeuta com mestrado em saúde pública na área de promoção da saúde mental e prevenção ao suicídio. Ela é idealizadora e coordenadora do Instituto Vita Alere, de prevenção e posvenção do suicídio. No mês passado, a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, também declarou que o Brasil “está diante do caos da epidemia de suicídios”. Em entrevista para a jornalista Riseann Kennedy, no programa Impressões, da TV Brasil, ela questionou o ranking da OMS, que coloca o nosso país em oitavo lugar no mundo em número de suicídios. “É possível que a gente se assuste, que a gente esteja entre os cinco primeiros no mundo em suicídio e automutilação”, admite. Damares explicou que o relatório da OMS se baseia em um período em que as ocorrências eram subnotificadas. A legislação sancionada este ano corrigiria a defasagem ao tornarem obrigatórios os registros de suicídios e de tentativas de suicídio.
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“Vamos ter que fazer uma revisão de valores, ir para as escolas, conversar com os pais, trazer todo mundo para esse debate. Temos que ter muito cuidado e delicadeza para falar e obedecer os protocolos. Precisamos começar a falar com os líderes religiosos que a oração é importante, a fé nesse processo é importante, mas a gente também está diante de uma questão de saúde mental”, declarou na entrevista. estigma e silêncio Em 2013, a OMS desenvolveu um plano de ações em saúde mental com o objetivo de reduzir em 10% os óbitos por suicídio até 2020. Para isso, um dos obstáculos a ser superado é o tabu. Márcia que o diga. “O luto pelo suicídio é muito solitário”, define. “Você fica com um monte de perguntas: por que isso aconteceu, como eu não vi nada, e as pessoas não querem conversar com você porque acham que vão lhe ferir, que o filho dela pode fazer a mesma coisa, como se fosse contagioso. É um estigma muito grande”. Ela só consegue falar de Isabela com o marido, já que uma cortina de silêncio envolve parentes e a maioria dos amigos. “O jeito como me sinto é como se minha filha jamais tivesse existido”, se queixa. “É um luto diferente”, analisa Ivo Oliveira Farias. Ele perdeu a filha Ariele em 2014, com 18 anos de idade, e é coordenador do Luta em Luto, grupo de apoio aos sobreviventes do suicídio (enlutados e tentantes) que se reúne em Santos, SP. “Mesmo que tenha sido o suicídio de um pai, de um irmão, a pessoa enlutada não consegue se desconectar. Ela se sente responsável, se questiona por que não conseguiu compreender a tempo, por que não conseguiu impedir...” Ivo concorda com o peso do tabu. “É tão grande que as pessoas ficam sem ação, sem saber lidar com isso”, observa, referindo-se às ocasiões em que ele informou a causa da morte de Ariele a amigos e conhecidos. O silêncio, no entanto, não é a atitude mais desastrada. Frequentemente, en-
lutados e tentantes precisam enfrentar o julgamento moral à volta. Ivo descobriu que “a crueldade de algumas pessoas pode ser espantosa”. “Elas rotulam buscando uma explicação, que pode ser a mais rasa, como família desestruturada e falta de Deus”. Márcia passou pela mesma situação: “Infelizmente, escutamos bastantes besteiras. Já estamos na dor e ouvir absurdos nos torna reclusos, sem querer conversar com os outros”. Ainda assim, Ivo enxerga avanços nos últimos cinco anos: “Agora as pessoas estão aprendendo a falar sobre o assunto”. A campanha Setembro Amarelo, surgida em 2015, é uma prova de que as coisas estão mudando. Fruto de parceria entre o Centro de Valorização da Vida, Conselho Federal de Medicina e Associação Brasileira de Psiquiatria, a iniciativa tem o objetivo de levar à população o debate profissional sobre o tema e orientações para prevenir as mortes. Alguns clubes de Rotary e Rotaract têm abraçado a causa. Para reforçar o calendário, existe o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, celebrado no dia 10 deste mês (daí o Brasil ter escolhido setembro para a sua campanha). A data foi criada em 2003 pela Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio em colaboração com a
ONU e a Federação Mundial para Saúde Mental. Apesar da campanha, o suicídio permanece como um tabu. “Primeiramente, precisamos pensar que a morte é um tabu”, reflete Karen Scavacini. “Suicídio é uma palavra como era o câncer anos atrás. E há uma visão de que o suicídio é uma escolha. Ele não é uma escolha. Quem se mata está se sentindo sem saída, sem esperança, está optando por algo baseado em todo o sofrimento que está passando”. Nas palavras da psicóloga e psicoterapeuta, ainda perdura uma visão religiosa enviesada de que o ato é um crime e um pecado. O aspecto grave é que tal perspectiva coloca muros entre quem pensa em praticar o ato e aqueles que poderiam impedi-lo. Quem é o suicida? O psiquiatra e psicanalista israelense Yoram Yovell, em seu livro O inimigo no meu quarto (Editora Record, 2008), estima que 90% dos suicidas atravessam algum transtorno psíquico grave. Nesse conjunto, os que sofrem de depressão seriam preponderantes, seguidos pelos doentes bipolares e por uma fração menor acometida por esquizofrenia, síndrome do pânico
Suicídio é uma palavra como era o câncer anos atrás. E há uma visão de que o suicídio é uma escolha. Ele não é uma escolha. Quem se mata está se sentindo sem saída, sem esperança — Karen Scavacini, psicóloga e psicoterapeuta
ou dependência de drogas. Outro detalhe apontado pelo médico é que a impulsividade do paciente pode ser mais determinante para um suicídio do que o grau de depressão. “A depressão está relacionada à maioria dos casos de suicídio”, concorda Karen Scavacini. Ainda
assim, nem sempre os profissionais da área médica estão preparados para identificar a doença, que atinge 350 milhões de pessoas no mundo e em 5 a 10% dos casos conduz ao suicí-
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CAPA dio. De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde, menos da metade das pessoas afetadas recorre a tratamento. O psiquiatra norte-americano Jefrrey Lieberman, no livro Psiquiatria, uma história não contada (editora WMF Martins Fonte, 2016) recorda-se de um homem de 50 anos de idade que ele começara a atender. O paciente sofria de depressão crônica e já havia tentado se matar duas vezes. Dois meses depois de um tratamento com medicação e psicoterapia que se mostrava bem-sucedido, o homem lhe perguntou: “É assim que a maioria das pessoas se sente? É assim que a maioria das pessoas vive?” Outro norte-americano, Andrew Salomon, autor do já clássico O demônio do meio-dia – Uma anatomia da depressão (Companhia das Letras, 2001 e 2017) e de Um crime da solidão – Reflexões sobre o suicídio (Companhia das Letras, 2018), e portador de depressão crônica, é categórico: sem as possibilidades modernas de tratamento ele já estaria morto. A psicóloga Karen Scavacini também levanta o aspecto social da depressão e da ideação suicida. De fato, as taxas de suicídio são altas em grupos vulneráveis que sofrem discriminação, como refugiados e migrantes, população LGBTI, população indígena, população negra e aqueles privados de liberdade. Por conta de todos esses aspectos, a causa do suicídio é atualmente definida como multifatorial. “Devemos pensar de uma forma abrangente, que ele ocorre por diversos fatores interligados, é complexo, mas há formas de prevenção”, argumenta. Há ainda condicionantes que se destacam, dependendo da faixa etária. “Não podemos generalizar, mas vemos suicídios de impulso mais relacionados à adolescência. O adolescente não necessariamente tinha uma depressão. Passou por uma frustração muito grande, um término de relacionamento, e cometeu o ato antes de pensar”, pondera Karen. Ivo Farias acredita que há, atualmente, uma falta de resiliência nas
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Os profissionais de saúde mental utilizam o termo Efeito Werther, que se refere à replicação do suicídio em virtude da divulgação de ocorrências de forma glamourizada gerações mais novas, que teriam dificuldade em suportar contrariedades. “E as redes sociais fazem parecer que o mundo é apenas sucesso, prazer, todo mundo rindo”, acrescenta. Um fator de risco entre os adolescentes é o suicídio de figuras proeminentes. Nos últimos anos, outro fenômeno que vem atingindo os jovens é o suicídio em grupo intermediado por rede social, como ocorreu no jogo da Baleia Azul. Em alguns países, a série 13 reasons why, baseada em um romance e produzida pela Netflix, concorreu, de acordo com alguns estudos, para um aumento no número de suicídios de adolescentes. Em relação aos Estados Unidos, por exemplo, o Instituto Nacional de Saúde Mental concluiu que houve um crescimento de 28% na taxa de suicídios nessa faixa etária um mês após o lançamento da série. Como divulgar Os profissionais de saúde mental utilizam o termo Efeito Werther, que se refere à replicação do suicídio em virtude da divulgação de ocorrências de forma glamourizada. O nome do termo advém do romance Os sofrimentos do jovem Werther, de Goethe, publicado originalmente em 1774 e que desencadeou diversos casos de suicídio na Europa – em muitos deles, o livro era encontrado ao lado do corpo. “Precisamos pensar como essa morte será falada. Você pode divul-
gar o suicídio, mas há uma grande diferença entre dar um viés policial e um viés educativo. Para além da notícia, informar onde as pessoas com ideação suicida podem buscar ajuda e que sinais de alerta devemos observar, surte um efeito positivo”, informa a coordenadora do Vita Alere. Entre as narrativas desastrosas, a psicóloga enumera: a romantização da ocorrência, associando-a a um término de relacionamento, falência financeira ou loucura, e exposição de foto do local ou da vítima. Um exemplo a não ser seguido, ela cita, ocorreu quando determinada revista divulgou na capa de sua edição a morte de uma pessoa famosa com a seguinte manchete: “A atriz que morreu por amor”. Busca pela vida Márcia Sacchi tem também um filho de três anos. Meses atrás, a assistente social da creche onde o menino está matriculado passou a ela o contato do Instituto Vita Alere. Foi dessa forma que a mãe de Isabela passou a frequentar as reuniões de um dos grupos de enlutados promovidos pela organização. “No grupo, todas as pessoas sentiram ou estão sentindo a mesma dor. Você não se vê como um alienígena por conta de tudo o que está se passando na sua cabeça, por estar até mesmo pensando em tirar a própria vida”, diz. Márcia sabe, como qualquer mãe ou pai enlutado, que nada substitui um filho. Mas o trabalho, uma nova
busca pelo sentido da existência e a luta por uma causa ajudam a tirar o foco da dor. Hoje, Márcia, além de frequentar o grupo, recebe tratamento especializado em um Centro de Atenção Psicossocial (Caps). Ivo Farias recorda-se de uma moça que pensava em se suicidar e frequentava o Luta em Luto. Após uma das reuniões, a jovem se dirigiu ao coordenador e confessou: “Eu queria me matar, mas, depois do que ouvi aqui, descobri que nós fazemos falta às pessoas que ficam. Eu não imaginava isso”. Nunca é demais repetir: o suicídio é uma solução definitiva para um problema temporário.
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CAPA
Como identificar a dor A
quele que pretende atentar contra a própria vida pode emitir pistas para a dor que está sentindo. Ligue o sinal de alerta se você perceber:
1 Diminuição do autocuidado. 2 Isolamento social. 3 Mudança brusca de humor. A pessoa era mais extrovertida e passou a ficar introvertida, ou ocorreu o contrário. 4 Automutilação. A prática é mais frequente em pacientes jovens, que costumam esconder sob a roupa os ferimentos e cicatrizes produzidos. 5 Certos discursos. O Ministério da Saúde, em peça publicitária feita para a campanha Setembro Amarelo, está advertindo para esse detalhe. Algumas das frases críticas são: “Eu preferia estar morto”; “Eu não posso fazer nada”; “Eu não aguento mais”; “Eu sou um perdedor e um peso para os outros”; e “Os outros vão ser mais felizes sem mim” 6 Determinadas postagens nas redes sociais. “É importante estar atento à pessoa também em sua vida virtual, no que elas postam. Muitas comunicação suicida é feita através das redes sociais”, adverte a psicóloga e psicoterapeuta Karen Scavacini.
Como ajudar 1 Desconfiou que algo não está bem com a pessoa, chame-a para conversar. Não tenha medo de abordar, inclusive, a sua preocupação com a integridade física dela. 2 Principalmente, ouça o que ela tem a dizer. 3 Não minimize o problema. Frases do tipo “amanhã é outro dia”, “isso vai passar”, “existem pessoas em situação pior que a sua” apenas deixarão a pessoa ainda mais fragilizada, reforçando nela o sentimento de culpa e incompreensão. 4 A simples demonstração de que você está dando importância à dor dela, interessando-se em ajudá-la, é um fator de proteção. 5 Agende uma consulta com psicólogo ou psiquiatra e se prontifique a acompanhá-la no atendimento. 6 Avise a quem convive com a pessoa de sua preocupação e peça para também ficar atento.
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Onde buscar ajuda O
impulso suicida é um sintoma agudo de um problema que tem tratamento. Seja você um tentante ou enlutado, há à sua disposição organizações, grupos de apoio e redes públicas para a superação da dor psíquica. Anote aí: l CVV (Centro de Valorização da Vida) >>> Telefone 188 a qualquer hora do dia ou da noite, todos os dias. O CVV oferece apoio emocional e prevenção do suicídio de forma voluntária e gratuita sob total sigilo por telefone, e-mail ou chat, 24 horas, todos os dias. l Centros de Atenção Psicossocial (Caps) >>> Unidades especializadas em saúde mental, elas possuem equipe multiprofissional que reúne médicos, assistentes sociais, psicólogos e psiquiatras. Se o seu município não tem um Caps, busque uma unidade de Atenção Básica. l Instituto Vita Alere >>> Acesse vitaalere.com.br. O site tem um material rico dedicado à prevenção e posvenção do suicídio, além de divulgação de concurso literário, cursos e grupos de apoio. l No M’oblidis >> Acesse nomoblidis.com.br. O site traz depoimentos e experiências de enlutados e participantes de grupos de apoio, mostrando que ninguém precisa permanecer sozinho na dor.
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CAPA
Apostando na semente da vida Premiado pelo Rotary International, projeto do Rotaract ajudou uma cidade paulista a falar de suicídio
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m 2015, a tranquilidade de Itápolis, no interior de São Paulo, foi abalada por uma sequência de suicídios. Num curto espaço de tempo, três ilustres moradores da cidade tiraram a própria vida. “Temos 40 mil habitantes, aqui boa parte das pessoas se conhece. Estávamos chocados e assustados”, recorda o engenheiro cartógrafo e funcionário público Guilherme Ramires Henrique, associado ao Rotaract Club de Itápolis (distrito 4480). Ao longo de semanas, o assunto foi debatido nas reuniões do clube. Os rotaractianos desejavam reagir à tragédia de alguma forma, mas tinham receio de que a população entendesse aquilo como uma tentativa do clube de se promover. “Era preciso respeitar a dor das famílias”, explica o rotaractiano. Uma ação simples e discreta foi a alternativa encontrada. Depois de conversarem com alguns psicólogos, Guilherme e seus companheiros passaram o mês de setembro nas ruas de Itápolis, distribuindo panfletos sobre o mês de prevenção do suicídio (o Setembro Amarelo, que acabou batizando a ação do clube) e fitas amarelas – mesma cor que estampou as vitrines do comércio local, que abraçou a iniciativa dos rotaractianos. Uma história pessoal Se o plano era fazer um trabalho pontual, alguns acasos levaram o clube a transformá-lo em projeto, agendando outra edição para 2016. Um desses motivos envolvia o próprio Guilherme, coordenador do Setembro Amarelo. “É uma história pessoal, talvez poucas pessoas saibam”, ele conta. Depois de largar o emprego numa boa
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empresa, com bom salário, para se dedicar exclusivamente ao sonho do mestrado numa universidade pública, Guilherme não resistiu à pressão gerada por aulas, provas, trabalhos e estudos dirigidos. Depois de nove meses lutando com a situação, ele acabou diagnosticado com depressão. “Por duas vezes, pensei em cometer suicídio”, revela. Após largar o mestrado, que acabou não concluindo, e renunciar à presidência do clube que assumiria no ano seguinte, em julho de 2016 Guilherme foi buscar auxílio psicológico. “Depois de dois meses eu já estava de volta ao clube, em atividade”, comemora. Faltando pouco para setembro, ele lançou a ideia aos companheiros de clube: por que não retomar o Setembro Amarelo em 2016? “Há sempre alguém precisando”, ele conta, e aqui é impossível não pensar na luta que ele mesmo travou com a depressão. “Tentei não expor ao clube o que aconteceu comigo, mas eles imaginam o que houve.” A cidade se abre Se “Falar é a melhor solução”, frase utilizada em algumas das peças de divulgação do projeto, algumas pessoas viram no trabalho do Rotaract uma possibilidade de abrir o coração. “Durante as panfletagens daquela segunda edição, em 2016, percebemos que as pessoas de mais idade estavam preocupadas com o problema”, Guilherme lembra. “Uma senhora disse que estava assustada em como o sui-
cídio e a depressão haviam ‘invadido’ Itápolis, uma cidade pequena. Talvez algumas pessoas vejam depressão e suicídio como doenças de cidade grande”. Uma estudante universitária disse que levaria o assunto para a sala de aula, pois as provas finais estavam chegando, período que costuma afetar bastante a saúde mental e emocional dos alunos – pressão que Guilherme conheceu de perto. O projeto teve uma terceira edição em 2017, então com foco especial nas escolas, onde a preocupação tinha nome: o jogo da Baleia Azul, suposto fenômeno surgido nas redes sociais que acabou relacionado ao aumento de suicídios entre adolescentes no mundo inteiro. Em uma escola de Itápolis, duas tentativas foram notificadas. “Fomos até lá e conversamos com as turmas do nono ano. De maneira leve, falamos sobre o sentido da vida. Notamos que questões como ‘O que eu quero para o futuro?’ também afetam as crianças.” Presente de aniversário Durante os três anos em que foi realizado, o projeto do Rotaract Club de Itápolis organizou palestras abertas à comunidade e ganhou espaços em jornais e emissoras de rádio. O clube
estima que pelo menos metade dos itapolitanos foi atingida por essa mensagem. Guilherme comemora: “Ficamos felizes em ver que o suicídio deixou de ser um tabu na cidade, que hoje o assunto é comentado abertamente nas mesas de bar”. Por todas essas razões, há três meses o Setembro Amarelo recebeu do Rotary International o importante prêmio Rotaract Outstanding Project Awards 2018-19. O projeto do Rotaract Club de Itápolis foi considerado o melhor em toda a América Latina. A premiação chega num momento especial: em 2019 o clube completa 20 anos de fundação – e está prestes a receber mais dois associados, depois de ter visto o quadro associativo dobrar, de oito para 16 integrantes, nos últimos três anos. O trabalho à comunidade é a grande marca do clube. A meta anual,
sempre batida, é de pelo menos 30 projetos, ações, campanhas e parcerias. “Tentamos diminuir nossa velocidade, mas é difícil”, Guilherme confessa. “A gente sempre dá um jeito de fazer tudo que é sugerido ou necessário à comunidade.” Guilherme explica que, por ora, o Setembro Amarelo não terá nova edição. “Nossa ideia é que o projeto seja absorvido pela comunidade e caminhe sozinho.” O mais importante é que a semente da vida já foi lançada na cidade: desde a primeira edição do Setembro Amarelo, naquele triste ano de 2015, nenhum caso de suicídio foi registrado em Itápolis.
Ficamos felizes em ver que o suicídio deixou de ser um tabu na cidade, que hoje o assunto é comentado abertamente nas mesas de bar — Guilherme Ramires Henrique,
associado ao Rotaract Club de Itápolis
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Subsídios Globais
Hospital Adventista é contemplado Treze clubes se unem em projeto de mais de 200 mil dólares
O aparelho de ultrassom Affiniti 70 é entregue. O equipamento permitirá detectar tumores com precisão
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e acordo com dados da Sociedade Americana Contra o Câncer, entre 1991 e 2016 foram evitadas 2,6 milhões de mortes pela doença nos Estados Unidos. Nesse período, a taxa de mortalidade por câncer teve uma queda de 27%. No Brasil, não temos estimativas precisas sobre a questão, mas diagnósticos precoces e tratamentos mais eficazes também aqui vêm fazendo a diferença nas últimas décadas. No entanto, em qualquer país, a mortalidade por câncer continua alta entre a população mais pobre, com pouco acesso à tecnologia clínica. Por isso, um projeto liderado pelo Rotary Club do Rio Janeiro-Maracanã, RJ (distrito 4571) adquire um grande impacto social. Foram obtidos 201.663 dólares em Subsídios Globais da Fundação Rotária (cerca de 817 mil reais) em uma iniciativa que uniu dez clubes e três distritos brasileiros em parceria com três clubes alemães (ver boxe ao lado). O valor possibilitou a compra de um aparelho de ultrassom Affiniti 70, para diagnóstico por imagens, e de 40 instrumentos cirúrgicos, que foram doados em maio ao Hospital Adventista Silvestre, localizado no bairro do Cosme Velho, no Rio de Janeiro. O hospital, fundado em 1942, tem caráter filantrópico e se destaca, entre outras especialidades, em tratamento oncológico e transplantes, principalmente renais e hepáticos – procedimentos estes nos quais ele se tornou referência nacional. A instituição atende um grande contingente populacional, em sua maioria das comunidades do entorno, por meio do Sistema Único de Saúde. “Mais uma vez, os rotarianos trabalharam a serviço da humanidade”, resumiu Luiz Fernando Almeida, presidente 2018-19 do Rotary Club do Rio de Janeiro-Maracanã.
Rotarianos de nove clubes cariocas e um de Nova Iguaçu participaram do projeto. Ao todo, a parceria envolveu 13 clubes, três deles da Alemanha
RAIO-X DO PROJETO Responsável: Rotary Club do Rio de Janeiro-Maracanã, RJ (distrito 4571) Beneficiado: Hospital Adventista Silvestre Valor final: 201.663 dólares (cerca de 817 mil reais) Parceiros: Rotary Clubs do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro-Braz de Pina, Rio de Janeiro-Dois Irmãos, Rio de Janeiro-Grajaú, Rio de Janeiro-Guanabara-Galeão, Rio de Janeiro-Lagoa, Rio de Janeiro-Mercado São Sebastião, Rio de Janeiro-Rio Comprido, Nova Iguaçu, RJ, distritos 4540, 4570 (atual 4571) e 4750 (atual 4751), Rotary Clubs de Lehrte-Burgdorfer Land (distrito 1800), Gladbeck-Kirchhellen (distrito 1870) e Wiesbaden (distrito 1820), da Alemanha, e Fundação Rotária.
Você também pode mudar a vida da sua comunidade com um projeto de Subsídio Global! Saiba como em Rotary.org 46
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pergunta do mês
Como você se atualiza sobre o Rotary?
Essa foi a questão deixada na edição passada. Recebemos respostas por e-mail e nos perfis da revista no Facebook e no Instagram. Eis uma seleção de algumas delas – e obrigado a todos que colaboraram.
“Ainda não me associei ao Rotary, mas tenho grande admiração pelo trabalho da organização. Estou começando a conhecê-lo de forma mais aprofundada por meio de um exemplar da Revista Rotary Brasil que me foi presenteado em um clube de Olinda, onde participei de uma reunião pela primeira vez como convidada. Também me atualizo usando as redes sociais.” Josy Monteiro, Pernambuco
“Busco me manter informado pelos meios de comunicação oficiais do Rotary International, como a página de notícias do portal Meu Rotary, os mailings de e-mail e os perfis da organização nas redes sociais, como o Instagram @rotaryinternational.” Kaue Baiza Macedo, associado ao Rotary Club de São Paulo-Alto da Mooca, SP (distrito 4563)
A PERGUNTA DO PRÓXIMO MÊS
“Tenho três anos de clube e, com certeza, a ferramenta que mais me ajudou a conhecer a história do Rotary e a continuar me atualizando sobre essa grande organização foi a internet. A Central de Aprendizado do Meu Rotary me auxilia muito, bem como os webinars. E procuro participar sempre dos treinamentos do distrito.” Manuella Keiko, secretária do Rotary Club de Ituiutaba, MG (distrito 4770) “Eu me atualizo participando de todos os seminários de treinamento ministrados pelo distrito e, também, de algumas palestras do Centro de Estudos Rotários. Recentemente, fiz vários cursos no Meu Rotary. Também me atualizo lendo a Rotary Brasil e acompanhando pelo Facebook e pelo Instagram o que os outros clubes estão fazendo. Quanto mais me atualizo, mais aprendo e me encanto em fazer parte dessa organização. Este ano irei pela primeira vez ao Instituto Rotary do Brasil. Tenho certeza de que voltarei mais atualizada e empolgada de Brasília.” Rosemary Eulino Gonçalves, presidente do Rotary Club de Itaguaí, RJ (distrito 4571)
Como foram suas experiências trazendo novos associados para o Rotary?
“Utilizo sempre a Central de Aprendizado. Trata-se de uma excelente ferramenta disponibilizada pelo portal Meu Rotary. Lá todos os associados podem ter acesso a diversos cursos preparados de forma muito cuidadosa para que possamos aprender cada vez mais sobre diversos aspectos do Rotary.” Emidio Cunha, governador eleito do distrito 4500 e associado ao Rotary Club de João Pessoa, PB
“Lendo a Revista Rotary Brasil, entrando sempre no Meu Rotary, comparecendo às reuniões, visitando outros clubes, indo aos Institutos Rotary do Brasil (já fui a seis). E também participando dos projetos do clube e das capacitações em seminários e conferências.” Joaquim Silva, associado ao Rotary Club de Fronteira, MG (distrito 4770)
Envie sua resposta
até o dia 10 de setembro para o e-mail
jornalismo@revistarotarybrasil.com.br
Selecionaremos algumas delas para publicar na edição de outubro. Seu texto pode ter até 300 caracteres (com os espaços). Não esqueça de mencionar o nome do seu clube!
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DICAS CULTURAIS Armando Santos
Há dez anos preservando as montanhas de Teresópolis
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estante
ma imponente cadeia de montanhas está inserida no território do Parque Natural Municipal Montanhas de Teresópolis, no Estado do Rio de Janeiro. Em julho último, completaram-se dez anos de sua criação, motivada pela missão de se preservar uma área de 4.397 hectares onde há nascentes, remanescentes florestais e significativas espécies da fauna e da flora do bioma Mata Atlântica. A primeira década de existência do parque foi celebrada com o lançamento de um selo comemorativo e um livro. A edição caprichada, confeccionada em capa dura, teve a parceria da Prefeitura de Teresópolis, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, e também do Centro Universitário Serra dos Órgãos e de sua mantenedora, a Fundação Educacional Serra dos Órgãos. Logo nas primeiras páginas, o livro faz um convite ao leitor, oferecendo um roteiro para desbravar o parque, cujo visitante mais longínquo, até hoje, veio de Estocolmo, capital da Suécia. “No caminho para o Parque, você reparou nas casas à
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ditada em formato de ebook, esta obra possui também uma versão para ensino a distância e oferece detalhes práticos de como desenvolver um plano de marketing completo, além de apresentar técnicas e arte de vendas utilizadas por vendedores de uma multinacional da área de informática. O livro traz observações sobre as mudanças introduzidas pela tecnologia da informação no mundo dos negócios e a versão EAD inclui um teste de compreensão e, caso necessário, contato direto com o autor, Vicente Graceffi, que é associado ao Rotary Club de São José do Rio PretoBoa Vista, SP (distrito 4480). As melhores práticas de marketing e vendas: Do design tradicional ao design digital Vicente Graceffi Contato: vicente.graceffi@terra.com.br
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beira da estrada, nas crianças, homens e mulheres que lá moram? Pois é, o Natural, referente ao Parque, também diz respeito às comunidades tradicionais à sua volta”, esclarece um trecho do roteiro. Raridade digna de preservação é também o jacu, ave típica da região, que dá nome a uma trilha na sede do parque e é um excelente dispersor de sementes de espécies nativas. A onça-parda, segundo maior felino do Brasil, é outra integrante da fauna local, assunto que merece um dos 11 capítulos do livro, assim como a flora e as atividades desportivas ligadas à história do parque e à conservação ambiental, como é o caso do montanhismo. Título: Montanhas de Teresópolis - Parque Municipal 10 anos Organizadores: Flávio Luiz de Castro Jesus e Verônica Santos Albuquerque Páginas: 276 Ano da edição: 2019
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iberdade é o valor mais precioso para qualquer ser humano, e todos precisam comer e ter acesso aos sistemas de saúde e educação, para transformar a energia humana em energia física e/ou intelectual”, escreve o autor na contracapa. Ronaldo Campos Carneiro, governador 2008-09 do distrito 4530 e associado ao Rotary Club de BrasíliaSudoeste, DF, atuou como negociador de projetos pelo governo brasileiro junto ao Banco Mundial, Banco Interamericano de Desenvolvimento e agências multilaterais. Nessa obra, ele reflete sobre valores defendidos por pensadores da área econômica.
residente do Rotary Club de Niterói, RJ (distrito 4751), em 2018-19, Matilde Carone Slaibi Conti assumiu a responsabilidade de transformar em livro as nove décadas de atuação do clube. Além de resgatar os nomes dos companheiros envolvidos em todas as gestões, a obra recorda o processo de fundação do clube. Também rememora a Casa da Amizade e presta tributo ao casal Ernesto Imbassahy de Mello (associado ao clube por 58 anos) e Acácia Brazil de Mello (primeira presidente da Casa da Amizade de Niterói).
Voltar às origens para merecer o amanhã: Um ensaio socioeconômico de teoria política Ronaldo Campos Carneiro Novas Edições Acadêmicas Contato: rcarneiro4@gmail.com
Memórias Rotary Club de Niterói 90 anos Matilde Carone Slaibi Conti Comunità Contato: editora@comunitaitaliana.com.br
Clubes inovadores
Refeições imaginárias Reuniões criativas estão beneficiando um banco de alimentos
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rata-se de um clube norteamericano bastante ativo, responsável por ações locais e internacionais. Os projetos do Rotary Club de Roseville vão desde a abertura de poços na América Latina e no Oriente Médio até a iniciativa de saúde bucal Miles for Smiles, que contempla escolas do ensino fundamental da região. E há também um projeto de alimentação para pessoas carentes. Os associados estão atentos à realidade de Roseville, cidade de 130 mil habitantes localizada no interior da Califórnia: mais de 11 mil de seus moradores vivem abaixo da linha de pobreza. Para atacar a grave questão, o rotariano Gopal Kapur teve uma ideia no mínimo criativa. Ele propôs aos companheiros de clube que, em determinadas reuniões, deixassem de consumir o cardápio a fim de arrecadar fundos, mas que, mesmo assim, simulassem fazer uma refeição. Até agora, já foram duas as reuniões com refeição imaginária, o que permitiu a arrecadação de 1.600 dólares para duas organizações assistenciais. “A princípio, eu não acreditei que a ideia pudesse dar certo”, admite Jim Gray, um dos dois ex-prefeitos de Roseville associados ao clube. “Gopal finalmente me convenceu e foi com muita satisfação que vi o bom resultado do nosso esforço.” O dinheiro que teria sido gasto com as refeições foi para o banco de alimentos Placer
Dois momentos: companheirismo e degustação de vinho, e trabalho na horta comunitária do clube, que fornece legumes e verduras para o banco de alimentos Placer Food Bank
Food Bank e o albergue Gathering Inn. “Ficamos de dieta por um propósito maior. Estamos ajudando pessoas que não têm escolha a não ser passar fome”, diz o idealizador da iniciativa. “Gopal é um bom contador de histórias”, comenta a rotariana Valerie Mebust. “Ele descrevia a refeição que estaríamos comendo e explicava que o dinheiro arrecadado beneficiaria pessoas que precisavam muito mais de uma refeição do que nós naquele momento.” Os integrantes do Rotary Club de Roseville se reúnem semanalmente em um clube campestre e reconhecem a importância de fazer refeições em grupo para aproximar as pessoas. Durante as férias, quando não há reuniões formais no clube, muitos associados continuam se encontrando em restaurantes. Contribuir para bancos de alimentos é apenas uma das maneiras dos
Rotary Club de Roseville, EUA Ano de fundação: 1938 Número original de associados: 21 Número atual de associados: 104
rotarianos de Roseville se conectarem com a comunidade, diz Mebust. Além do projeto Miles for Smiles, dezenas de rotarianos atuam como amigos da leitura para alunos da terceira série do ensino fundamental. Durante o ano letivo, cada um dos associados compra seis livros para doar às crianças. Os líderes do clube prometeram continuar com as refeições imaginárias. Gopal considera que o método pode ser aplicado individualmente, desde que os utensílios sejam autênticos. “Se a refeição imaginária for de comida chinesa, é preciso usar os pauzinhos”, observa. (Adaptado de reportagem de Brad Webber para a The Rotarian)
Seu clube também está inovando? Escreva para jornalismo@revistarotarybrasil.com.br e conte-nos essa experiência. SETEMBRO de 2019 | REVISTA Rotary Brasil
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Quer enviar notícias para nós?
Os integrantes da Família do Rotary são pessoas em ação e mostrar suas realizações em prol da comunidade, já finalizadas, é o nosso objetivo. Com isso, estamos alinhados à Comunicação Global e às ênfases do Rotary International e da Fundação Rotária. Para colaborar conosco, basta conferir as dicas abaixo:
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É simples
o que é indispensável Envie sua mensagem com as seguintes informações: l Nome completo do seu Rotary Club – ou clube de Rotaract, Interact ou Casa da Amizade –, além do distrito ao qual ele pertence. l Breve relato da iniciativa já concluída, sem esquecer data e local de realização. l Nomes dos parceiros do projeto, caso eles existam. l Inclua um número de telefone (com DDD) para qualquer dúvida.
sobre as fotos Imagens com qualidade fazem toda a diferença. Por isso, ao tirar uma foto: l Selecione a opção alta resolução da sua câmera. Fotos tremidas ou com pouca luminosidade não serão publicadas. l Também não aproveitamos montagens. l Dê preferência a retratar o projeto ou o resultado dele. l Envie arquivos de imagem sempre como anexo de e-mail. Não cole as fotos na página da mensagem ou do Word.
O que não publicamos Imagens que, de acordo com nossa avaliação editorial, possam expor desnecessariamente menores de idade ou as pessoas beneficiadas pelas ações. l Posses em geral. l Visitas de governadores distritais e demais lideranças do Rotary. l Seminários, eventos de treinamento e conferências (exceto aquelas de alcance nacional ou internacional). l Palestras, celebrações e eventos restritos ao público interno dos clubes. l Textos literários, como, por exemplo, crônicas, poesias e trovas. l
Prazo de publicação As notícias serão publicadas por ordem de chegada após um prazo mínimo de três meses por conta do volume de colaborações que recebemos diariamente.
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O que publicamos l Ações em prol da comunidade que já tenham sido concluídas. Se o seu clube ou distrito ainda está desenvolvendo o projeto, aguarde a conclusão do mesmo. l Comemoração de aniversário de clube desde que haja ação em prol da comunidade incluída no evento. l Cerimônia de fundação de clube. l Fotos de marcos rotários se estes foram recentemente inaugurados ou reformados.
Envie sua colaboração para jornalismo@revistarotarybrasil.com.br
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Confirmação de envio Enviamos mensagem de confirmação a todas as colaborações recebidas. Se você não receber tal mensagem é sinal de que seu e-mail não chegou até nós. iStockphoto
Rotary em ação SUPLEMENTO
Setembro 2019
O
s associados ao Rotary Club de Campo GrandeUniversidade, MS, realizaram ações dedicadas ao meio ambiente, como mutirão de limpeza de lago e plantio de mudas de ipê. Em São Paulo, o Interact Club de São Roque, inaugurou uma sala interativa na Apae, e a Casa da Amizade da cidade paranaense de Cianorte promoveu iniciativa de conscientização e cadastro de doadores de medula óssea. Confira nas páginas a seguir estas e outras ações que a Família do Rotary vem realizando pelo país.
Consolidação da paz e prevenção de conflitos
Prevenção e tratamento de doenças
Água, saneamento e higiene
n O que podemos fazer para transformar o mundo? Os rotarianos acreditam que é preciso Dar de Si Antes de Pensar em Si. Nos mais de 2.400 Rotary Clubs existentes em todo o Brasil, assim como nos clubes de Rotaract, Interact e nas Casas da Amizade, você encontrará homens e mulheres prestando serviços voluntários para melhorar as condições de vida em nossas comunidades. Nas páginas deste suplemento, nós mostramos um pouco desses projetos, que poderão inspirar você, leitor, a copiá-los em seu clube – ou instigar aqueles
Saúde maternoinfantil
Educação básica e alfabetização
Desenvolvimento econômico comunitário
que ainda não fazem parte da Família do Rotary a estar do nosso lado. A título de estímulo, e sem que isso signifique apoio oficial ou financiamento por parte da Fundação Rotária, a revista atribui os símbolos ao lado a algumas dessas iniciativas. Eles identificam os projetos que desenvolvem algumas das seis áreas de enfoque do Rotary e da Fundação Rotária. Também atribuímos a logomarca da campanha End Polio Now às ações que reforçam a luta mundial do Rotary contra a poliomielite.
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clubes e distritos
www.revistarotarybrasil.com.br
Considerados o coração do Rotary, os clubes são formados por pessoas dedicadas aos serviços comunitários e interligadas pelo companheirismo. Os Rotary Clubs estão agrupados geograficamente por distritos.
Distrito 4391
Capacitando jovens em Itabaiana
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Projeto Amigos da Tecnologia encerrou sua primeira edição em 14 de julho ao capacitar profissionalmente 20 adolescentes e jovens adultos para a formatação de computadores. A iniciativa foi fruto de uma parceria entre o Rotary Club de Itabaiana-Nova Geração, SE, que contribuiu com mesas, cadeiras, uniformes e refeições para os alunos, e a Jamsoft Informática, que forneceu a equipe técnica e equipamentos para as aulas. Logo após a conclusão dos quatro meses do curso, alguns alunos já estavam empregados.
Alagoas, Sergipe e Bahia Governador: Paulo Pereira da Silva
Veja em detalhes no site e compartilhe nas redes sociais: www.revistarotarybrasil.com.br/4391 Rotary Club de Aracaju-Treze de Julho, SE – Promoveu um bazar solidário de 8 a 15 de julho.
Distrito 4440
Mato Grosso Governador: Washington Calado Barbosa
CRIANDO ESTAÇÃO de tratamento hospitalar
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Hospital Regional Albert Sabin de Alta Floresta, município no norte de Mato Grosso, foi contemplado com diversos equipamentos para instalar um sistema de tratamento de rejeitos líquidos. O responsável pela iniciativa foi o Rotary Club de Alta Floresta. Os recursos para a aquisição do material somaram 63.820 reais e foram liberados pelo Comitê Multi-Institucional da cidade graças a uma parceria do clube com o Tribunal Regional do Trabalho do Estado de Mato Grosso.
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Distrito 4470
Mato Grosso do Sul e parte de São Paulo e do Paraguai Governador: Antonio Eliseo Caballero Sena
Despoluição de lago de Campo Grande
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ma manhã dedicada ao meio ambiente foi o que o Rotary Club de Campo Grande-Universidade, MS, proporcionou à população e à cidade. Além do trabalho de conscientização, a iniciativa, ocorrida em 15 de junho, beneficiou o lago do Amor, na capital sul-mato-grossense, com um mutirão de limpeza – e, no entorno, o plantio de 30 mudas de ipês. Ao final, foram retirados cerca de 300 quilos de plásticos. O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul, a empresa de saneamento Solurb e a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul foram parceiros da ação. Veja em detalhes no site e compartilhe nas redes sociais: www.revistarotarybrasil.com.br/4470 Rotary Club de Birigui-Cidade Pérola, SP – Realizou campanha de conscientização e diagnóstico para as hepatites virais.
Geladeiras literárias em cidade maranhense
Distrito 4490 Maranhão, Piauí e Ceará Governadora: Maria Vital da Rocha
Veja em detalhes no site e compartilhe nas redes sociais: www.revistarotarybrasil.com.br/4490
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s associados ao Rotary Club de Barão de Grajaú, MA, deram novo destino a geladeiras que estavam inutilizadas. Os rotarianos as transformaram em bibliotecas para escolas da rede pública municipal com o propósito de fomentar o gosto e o acesso à leitura. Recentemente, quem ganhou uma geladeira literária foi o Centro Terapêutico Tecendo com Amor, da Fundação Pavel de Barão de Grajaú.
Rotary Club de Floriano-Princesa do Sul, PI – Doou colchões e travesseiros para o Instituto Comunidade Terapêutica Nova Semente. Rotary Club de Sobral, CE – É responsável pelo projeto Geladeira Solidária, que disponibiliza alimentos para a população de rua. SETEMBRO de 2019 | REVISTA Rotary Brasil
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clubes e distritos
Defendendo a mata atlântica de Pernambuco
Distrito 4500
Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco Governador: Avelino Queiroga Cavalcanti Neto
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a cidade de Vitória de Santo Antão, no interior de Pernambuco, 64 mudas de árvores nativas da Mata Atlântica, incluindo espécies ameaçadas de extinção, foram plantadas por rotarianos da cidade em 30 de junho. A iniciativa partiu de uma conclamação do então governador do distrito, Carlos Alberto Valle, e de sua equipe para que cada associado do 4500 plantasse uma árvore. O pedido foi aceito pelo Rotary Club de Vitória de Santo Antão, que ainda criou um banco de sementes em parceria com o Instituto Agronômico de Pernambuco. “O banco servirá a todos da comunidade rural que desejarem plantar em suas propriedades”, disse o então presidente do clube, Paulo Roberto Lima. Veja em detalhes no site e compartilhe nas redes sociais: www.revistarotarybrasil.com.br/4500 Rotary Club de Bayeux, PB – Organizou atividade ecológica com 25 alunos da Escola Estadual Cidadã Integral Técnica Severino de Oliveira. Rotary Club de João Pessoa, PB – Entregou uma unidade de reabilitação fisioterápica para a Instituição Espírita Nosso Lar, que atende a terceira idade.
Marília-Pioneiro contra a hepatite C
Distrito 4510 Parte de São Paulo Governador: Marcos Antonio Carchedi
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Rotary Club de MaríliaPioneiro colaborou com a Secretaria Municipal de Saúde em uma campanha contra a hepatite C ocorrida em 20 de julho. Das 9h às 13h, os integrantes do clube ajudaram a realizar 108 testes junto à população em uma unidade móvel de saúde instalada próximo ao terminal rodoviário do centro de Marília. “Milhões de pessoas podem ser portadoras dos vírus causadores das hepatites B e C, mas ainda não sabem”, disse na ocasião a presidente do clube, Monaliza Andréa Salemme Marega.
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Veja em detalhes no site e compartilhe nas redes sociais: www.revistarotarybrasil.com.br/4510 Rotary Club de Assis do Vale, SP – Participou de desfile cívico pelos 114 anos da cidade com os jovens do projeto Legião Mirim, uma realização da Fundação Futuro de Assis, mantida pelo clube.
Distrito 4521
Parte de Minas Gerais Governadora: Claudia Maria Lello Scaglioni
Olho vivo na segurança da cidade
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município de Divino, em Minas Gerais, ganhou 32 câmeras de monitoramento de alta resolução, que foram instaladas nas principais vias. O projeto, denominado de Olho Vivo, significou um investimento de 144 mil reais em equipamentos e foi fruto de uma parceria entre o Rotary Club de Divino, o Conselho Comunitário de Segurança Pública e o 1º Pelotão da Polícia Militar de Divino. Concluído em 26 de junho, o Olho Vivo tem o objetivo de reduzir os índices de criminalidade ao prevenir e identificar delitos. Certificados de participação e apoio ao projeto foram entregues às instituições parceiras pelo juiz da Comarca de Divino, Maurílio Cardoso Naves. Veja em detalhes no site e compartilhe nas redes sociais: www.revistarotarybrasil.com.br/4521 Rotary Club de Coronel Fabriciano, MG – Participou de campanha contra as arboviroses, que incluem doenças como febre amarela, zika e dengue. Rotary Club de Itabira-Estrada Real, MG – Realizou a 6ª Costela na Brasa, evento que beneficiou a Apae da cidade.
Em Anápolis, avenidas cobertas por ipês
Distrito 4530
Distrito Federal, Tocantins e parte de Goiás Governador: Alberto Sousa Brito
Veja em detalhes no site e compartilhe nas redes sociais:
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m uma grande ação, os seis Rotary Clubs de Anápolis, no Estado de Goiás, semearam o verde na cidade. Foram plantadas 10.500 mudas de ipês nas avenidas Presidente José Sarney e Brasil – esta última atravessa toda a cidade. O marco rotário local ainda ganhou placa alusiva à iniciativa, que teve a parceria da prefeitura e de empresas locais, como um laboratório farmacêutico, que forneceu as mudas. Os clubes farão a manutenção e o replantio necessário nas duas avenidas até os ipês florescerem.
www.revistarotarybrasil.com.br/4530 Rotary Club de Águas Lindas de Goiás, GO – Foi responsável pelo 1º Festival do Chope, que levantou recursos para projetos sociais. Rotary Club de Vianópolis, GO – Foi fundado em 24 de junho em cerimônia da qual participou o então governador do distrito, Vertinho de Oliveira. SETEMBRO de 2019 | REVISTA Rotary Brasil
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clubes e distritos Distrito 4540
Porco no Rolete reúne mil pessoas
Parte de São Paulo e de Minas Gerais Governador: Aparecido Gilberto Carvalho
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om o apoio da Família do Rotary local, os associados ao Rotary Club de São Joaquim da Barra, SP, organizaram o 12º Porco no Rolete. A iniciativa, realizada no Parque de Exposições Tancredo Neves em 21 de julho, um domingo, contou com sorteio de prêmios e reuniu um público de cerca de mil pessoas. O evento levantou recursos para a Apae local. No mesmo mês, o clube doou dez cestas básicas ao Centro de Recuperação do Alcoólatra e um armário de aço à Pastoral da Criança da cidade, que atende mais de 300 menores. Veja em detalhes no site e compartilhe nas redes sociais: www.revistarotarybrasil.com.br/4540 Rotary Club de São Sebastião do Paraíso, MG – Entregou 87 kits de higiene do recém-nascido para a Obra do Berço Santa Tereza, que atende cerca de 20 mães carentes por mês. Rotary Club de Tambaú, SP – Fez doações ao asilo Lar São Vicente, graças aos recursos obtidos com a promoção das Esfirras Solidárias. A iniciativa teve a participação da Casa da Amizade local.
Distrito 4560
Representando Piumhi nos Estados Unidos
O
interactiano João Victor Emanuel dos Anjos foi homenageado pelo Rotary Club de Piumhi, MG, em 17 de junho. É que o jovem representará o clube nos Estados Unidos ao conquistar o segundo lugar na seleção promovida pelo distrito para o Programa de Intercâmbio do Rotary (na foto, João Victor é o terceiro a partir da direita, na primeira fila). A cerimônia foi prestigiada pela governadora assistente 201819 Helaine Veríssimo e pelo governador assistente 2019-20 Emilio Carlos Barbosa. No dia 11 do mês anterior, o clube realizou a 1ª Feijoada do Rotary, cuja renda foi destinada ao Banco de Cadeiras de Rodas local, à Fundação Rotária e ao seu Fundo Polio Plus.
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Parte de Minas Gerais Governador: Paulo Marcos de Paula Lima
Palavras construindo a paz
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Rotary Club de São PauloTatuapé, SP, envolveu as escolas estaduais do bairro na primeira edição do seu concurso de redação, que teve como tema a construção da paz pela união dos povos. A vencedora foi Ana Beatriz Musto Najar Rios, aluna da Escola Estadual João Borges (foto). No segundo e terceiro lugares ficaram, respectivamente, Tiago da Silva Santos e Monifa Taini Santos, ambos da Escola Estadual João Dias da Silveira.
Distrito 4563
Parte de São Paulo Governadora: Maria Lúcia Giancoli Strazzeri
Veja em detalhes no site e compartilhe nas redes sociais: www.revistarotarybrasil.com.br/4563 Rotary Club de Embu, SP – Em parceria com o Instituto Comunitário Acácia Serrana, o clube inaugurou uma brinquedoteca na UBS Pinheirinho, espaço destinado às crianças da região, que assistiram à apresentação teatral A fada do dente.
Distrito 4571
Nós somos os campeões
Parte do Rio de Janeiro e de São Paulo Governador: João Weslley Trigo Lage
N
o dia 15 de junho, a Vila Olímpica de Jacarepaguá recebeu a 24ª edição dos Jogos Rotários, realizados pelo Rotary Club do Rio de Janeiro-Jacarepaguá, RJ, em parceria com o distrito. O tradicional evento esportivo reuniu cerca de 400 alunos de escolas públicas e particulares da região. Eles disputaram diversas modalidades de atletismo, assistidas por uma plateia formada por rotarianos, familiares e amigos dos alunos.
Veja em detalhes no site e compartilhe nas redes sociais: www.revistarotarybrasil.com.br/4571 Rotary Club de São José dos Campos, SP – A entrega de 173 livros, duas estantes e o descerramento de uma placa comemorativa marcaram em junho a conclusão do projeto de adequação do acervo da biblioteca da Escola Municipal de Educação Infantil Jacyra Baracho, executado pelo clube com recursos de um Subsídio Distrital. Rotary Club do Rio de Janeiro, RJ – Durante solenidade que reuniu 140 pessoas, o clube carioca deu início ao projeto de replantio de árvores do Parque do Flamengo com a substituição de uma Pterocarpus rohrii morta, espécie também conhecida como pau-sangue, por uma nova muda. A meta é replantar 2.000 árvores em sete meses, tendo parceiros como a Fundação Parques e Jardins, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e a Green Cross do Brasil. SETEMBRO de 2019 | REVISTA Rotary Brasil
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clubes e distritos Distrito 4590
Comemorando o 9 de Julho
Parte de São Paulo Governador: Sebastião dos Anjos Queiróz
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á 52 anos, o Rotary Club de Mogi Mirim, SP, realiza no dia 9 de julho uma solenidade em homenagem aos soldados da Revolução Constitucionalista de 1932. Cidade importante no apoio logístico ao movimento, em 1968 Mogi Mirim ganhou o Mausoléu do Soldado Constitucionalista, projeto capitaneado pelo clube, onde foram depositados os restos mortais de vários combatentes mogimirianos. Nesta praça, mais uma vez, o clube conduziu a homenagem anual, que hoje em dia se desenrola em outros eventos para comemorar a data, como passeios turísticos por locais da batalha e abrigos subterrâneos. Veja em detalhes no site e compartilhe nas redes sociais: www.revistarotarybrasil.com.br/4590 Rotary Club de Tapiratiba, SP – Cobrando como entrada um quilo de alimento, o clube organizou uma palestra no Espaço Cultural Eva Wilma com a coach Solange Grundmann. Os 150 quilos arrecadados foram doados a um asilo.
Celebrando esse ato de amor
Distrito 4621 Parte de São Paulo Governador: Alziro Kühne de Oliveira
Veja em detalhes no site e compartilhe nas redes sociais: www.revistarotarybrasil.com.br/4621
O
Banco de Leite Humano do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu preparou uma festa especial para as doadoras, aproveitando o Dia Mundial de Doação de Leite Humano, em 19 de maio. Para animar o evento, o Rotary Club de Botucatu-Bons Ares, SP, e sua Casa da Amizade ofereceram um lanche às participantes e instalaram uma cabine de fotos para que mamães e bebês pudessem levar uma recordação daquele dia especial. Em outra data, o clube colaborou com a realização da festa junina do Centro de Educação Infantil Romualdo José Balestrim, creche que tem o nome de um saudoso associado ao clube.
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Rotary Club de Piraju-Dourado, SP – Seus associados trabalharam voluntariamente num evento que gerou recursos para o Hospital de Piraju, que ainda ganhou três cadeiras de rodas adquiridas com apoio de Ermelinda Pestana, da Toninho Imóveis. Os rotarianos também proporcionaram uma tarde no cinema para as crianças da Casa Abrigo Piraju. Rotary Club de São Manuel-Paraíso, SP – A 2ª Gincana Ecológica mobilizou as escolas da cidade em temas como prevenção da dengue, cuidados com o meio ambiente, criação de hortas verticais e plantio de árvores. A arrecadação de quase meia tonelada de lacres de latinhas de alumínio resultou na aquisição de dez cadeiras de rodas – três delas doadas ao Grupo de Voluntários do Câncer.
Distrito 4630
Doação de alimentos
Parte do Paraná Governador: Édio Martello
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esponsável pelo atendimento de aproximadamente 100 crianças e adolescentes em Sarandi, no Paraná, o projeto Pescadores de Vidas recebeu do Rotary Club de Maringá-Kakogawa a doação de 126 quilos de alimentos arrecadados na mais recente cerimônia de transmissão de cargos do clube e do seu Interact. Criado há 11 anos, o Pescadores da Vida oferece atividades culturais e esportivas, aulas de inglês, eventos de conscientização e rodas de conversa sobre questões relacionadas ao cotidiano dos participantes.
Distrito 4640
Parte do Paraná Governadora: Maria Goreti Oliveira de Azevedo
Passeio na natureza
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Rotary Club de Foz do Iguaçu-M’Boicy, PR, proporcionou um domingo especial para os alunos da rede municipal de ensino. Em parceria com o Parque das Aves, localizado no Parque Nacional de Foz do Iguaçu, as crianças conheceram as diferentes espécies de aves existentes no local – e, numa das pausas do passeio, ganharam um lanche. SETEMBRO de 2019 | REVISTA Rotary Brasil
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clubes e distritos
Distrito 4652 Parte de Santa Catarina Governador: Helvino Willsmann
Doação de óculos
Veja em detalhes no site e compartilhe nas redes sociais: www.revistarotarybrasil.com.br/4652
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om a entrega de 50 pares de óculos a alunos do ensino fundamental da rede pública, o Rotary Club de Criciúma, SC, encerrou mais uma edição do projeto Ver Melhor, criado em 2010. Os rotarianos contam com as parcerias da prefeitura (em cuja sede foi realizada a cerimônia de entrega), dos oftalmologistas da cidade e da Ótica Alcidino, fornecedora dos óculos.
Rotary Club de Caravaggio, SC – Entregou 80 kits contendo camisa, calção e meia à escolinha do Caravaggio Futebol Clube, que, além das técnicas do futebol, ensina conceitos de cidadania às crianças. Além disso, o clube firmou com a Fundição Mademil sua primeira parceria no programa Empresa Cidadã, da Associação Brasileira da The Rotary Foundation. Rotary Club de São José, SC – Doou duas cadeiras de rodas ao Hospital Regional de São José e outras ao Núcleo Espírita Nosso Lar.
Distrito 4660
Jantar beneficente
E
ssa foi a equipe que trabalhou na quarta edição do Jantar da Tilápia, evento beneficente do Rotary Club de Horizontina, RS, realizado em junho na Comunidade Evangélica Doutor Martinho Lutero com a presença de aproximadamente 450 pessoas. O resultado financeiro foi destinado à Associação Beneficente Oswaldo Cruz e à Fundação Rotária.
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Parte do Rio Grande do Sul Governador: Roger Rodrigues Roberto
Distrito 4680 Parte do Rio Grande do Sul Governador: Joseph Michel Fayad
Muitas ações em Pelotas
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as diversas ações comunitárias que o Rotary Club de Pelotas-Oeste, RS, realizou nos últimos meses, destacamos a parceria com o Rotary Club de Pelotas-Suleste que resultou na doação de instrumentos musicais e equipamentos à Orquestra Estudantil Municipal. O clube também presenteou a Escola Municipal de Educação Infantil Bem Me Quer, da cidade vizinha de Capão do Leão, com brinquedos educativos no valor total de 2.000 reais. Em outra iniciativa de igual valor, doou 90 cadeiras plásticas para o auditório da Escola Municipal de Educação Infantil Oswald de Andrade. Por fim, o clube foi convidado pelo grupo Uvel para indicar a instituição a ser beneficiada com o resultado de sua campanha Maio Solidário, que arrecadou cerca de duas toneladas de alimentos junto a clientes da marca Chevrolet. A indicada foi a Associação Amigos do Caminho, que fornece refeições a pessoas em situação de rua.
Veja em detalhes no site e compartilhe nas redes sociais: www.revistarotarybrasil.com.br/4680 Rotary Club de Canguçu, RS – Trabalhando ao lado do Rotary Kids e da Casa da Amizade, doou cobertores para a Secretaria de Assistência Social, que os repassou a famílias cadastradas.
iStockp hoto
Distrito 4710
O calor da solidariedade
Parte do Paraná Governador: Osvaldo Santos Jr.
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utro clube que ajudou a população a enfrentar o inverno deste ano foi o Rotary Club de Londrina-Sudeste, PR. Seus associados distribuíram aproximadamente 2.500 peças de roupas e calçados aos moradores da cidade. Veja em detalhes no site e compartilhe nas redes sociais: www.revistarotarybrasil.com.br/4710 Rotary Club de Ibiporã, PR – Doou cerca de meia tonelada de alimentos ao Hospital Cristo Rei. SETEMBRO de 2019 | REVISTA Rotary Brasil
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clubes e distritos Distrito 4720
Acre, Amazonas, Pará, Amapá, Rondônia e Roraima Governador: Francisco Alves Almeida
Ação ambiental
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o dia 21 de julho, os associados ao Rotary Club de Bragança, PA, realizaram, em parceria com os órgãos de fiscalização Detran, Demutran e Semma, uma ação de conscientização com objetivo de diminuir o impacto do lixo produzido por banhistas. Foram distribuídos sacolas e materiais informativos.
Distrito 4730
Dia do Rotary
Parte do Paraná Governador: Jorge Humberto Agudelo Franco
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Rotary Club de Jaguariaíva, PR, organizou, em conjunto com o Interact e o Rotary Kids, o Dia do Rotary. Na oportunidade, o clube entregou ao Lar Bom Jesus mais de 2.500 fraldas e uma cadeira de rodas, adquirida por meio da campanha de arrecadação de lacres de latas de alumínio. Ao fim do dia, todos puderam desfrutar de um lanche com suco e cachorro-quente.
Veja em detalhes no site e compartilhe nas redes sociais: www.revistarotarybrasil.com.br/4730 Rotary Club de Pinhais, PR – Realizou a 19ª edição do Jantar Alemão, cuja renda foi destinada aos projetos sociais do clube.
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Distrito 4740
Parte do Paraná e de Santa Catarina Governador: João Carlos Rossa Becker
Semeando o Futuro
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urante cerimônia na Secretaria Municipal de Educação, a Família do Rotary da cidade de Lages, SC, entregou materiais didáticos destinados aos 76 Centros de Educação Infantil do município, contemplando 7.630 crianças de até cinco anos de berçários, maternais e pré-escolas. O projeto, denominado de Semeando o Futuro, contou com o apoio do distrito e do prefeito de Lages, Antônio Ceron, e tem como objetivo tornar o aprendizado mais lúdico e prazeroso numa fase fundamental para o desenvolvimento cognitivo.
Veja em detalhes no site e compartilhe nas redes sociais: www.revistarotarybrasil.com.br/4740 Rotary Club de Correia Pinto, SC – Iniciou a confecção de fraldas infantis que beneficiará as mães cadastradas em uma associação comunitária do município. Rotary Club de São Carlos, SC – Recebeu uma intercambista mexicana e, em parceria com o Rotaract, concedeu entrevista em rádio local para falar sobre os projetos sociais do clube.
Alimentação sustentável
Distrito 4751
Espírito Santo e parte do Rio de Janeiro Governadora: Leila Ribeiro Gomes de Azevedo Alves
Veja em detalhes no site e compartilhe nas redes sociais: www.revistarotarybrasil.com.br/4751
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or meio do projeto Se Educar, Muda, o Rotary Club de Nova Friburgo-Olaria, RJ, em parceria com a Prefeitura de Nova Friburgo, promoveu a premiação do Concurso Minichef Sustentável. Pelo segundo ano, a competição envolveu alunos e professores de escolas municipais no preparo e apresentação de pratos confeccionados com ingredientes normalmente descartados, como talos, folhas, caroços e cascas, entre outros. Todos ganharam medalhas de participação e os melhores nas categorias Entrada, Prato Principal, Sobremesa, Melhor Figurino e Super Campeã receberam troféus.
Rotary Club de Arraial do Cabo, RJ – Em conjunto com o Rotary Club de Itaperuna, doou três toneladas de alimentos para instituições filantrópicas do noroeste fluminense, e plantou 200 mudas de árvores no município de Itaperuna. Rotary Club de Bom Jesus de Itabapoana, RJ – Entregou remédios ao Lar dos Idosos Padre Gabriel. SETEMBRO de 2019 | REVISTA Rotary Brasil
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clubes e distritos Distrito 4760 Parte de Minas Gerais Governador: Nelson Fonseca Leite
Doação de leite
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m junho, os associados ao Rotary Club de Belo Horizonte-Jaraguá, MG, entregaram 120 litros de leite para a Casa Grande Oração, localizada no bairro Paquetá. A instituição atende aproximadamente 25 crianças de 15 famílias de baixa renda.
Distrito 4780
Parte do Rio Grande do Sul Governador: André Luís Vilaverde Moutinho
Evento em prol das ações sociais
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correu no dia 7 de junho, no Centro de Tradições Gaúchas Herança Paternal, a 39ª edição do Festival do Carreteiro e Vinho, promovido pelo Rotary Club de Dom Pedrito-Ponche Verde, RS. O evento contou com um público de 465 pessoas e o valor arrecadado será utilizado nas obras assistenciais do clube.
Veja em detalhes no site e compartilhe nas redes sociais: www.revistarotarybrasil.com.br/4780 Rotary Club de Arroio Grande, RS – Com objetivo de proporcionar formas de desenvolvimento profissional às pessoas do município, apresentou o Programa de Desenvolvimento Regional Fronteira Sul.
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REVISTA Rotary Brasil | SETEMBRO de 2019
rotaract
O Rotaract é um programa do Rotary voltado à criação de clubes de prestação de serviços humanitários para jovens com idades entre 18 e 30 anos. Neles, os rotaractianos podem participar de projetos voluntários, conhecer pessoas novas e fazer amizades, encontrar oportunidades de desenvolvimento profissional e integrar uma rede internacional de jovens.
projeto quero ser seu par
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m uma parceria com a organização não governamental Missão África, os jovens do Rotaract Club de Penápolis, SP (distrito 4470), arrecadaram 500 pares de chinelos novos que foram encaminhados para meninos e meninas de 3 a 5 anos que vivem em Moçambique, país africano. O projeto visa a prevenção de uma parasitose muito comum na região, adquirida pelo contato com a pele, e que acomete crianças em situação de vulnerabilidade social.
Informação e divulgação
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o dia 13 de julho, o Rotaract Club de Tambaú, SP (distrito 4540), participou do Ciência na Rua. O evento é destinado à apresentação e troca de informações sobre trabalhos científicos desenvolvidos por tambauenses nos cursos de graduação, mestrado e doutorado das universidades públicas brasileiras. Após as apresentações ocorreu o Encontro de Coletivos Municipais, oportunidade em que o clube divulgou o movimento de Rotaract e convidou os presentes a conhecerem mais a organização.
Veja em detalhes no site e compartilhe nas redes sociais: www.revistarotarybrasil.com.br/clubes-em-acao Rotaract Club de Monte Alto, SP (distrito 4540) – Realizou o projeto Conectando o Mundo Através do Rotaract, promovendo a interação de 14 países em cinco continentes por meio de vídeos, e inaugurou o marco rotaractiano em comemoração aos 20 anos do clube.
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ROTARACT
Educar para transformar Eduarda Belmonte*
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Revitalização de salas de aula
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projeto Fazendo Arte na Escola, do Rotaract Club de Biguaçu, SC (distrito 4652), consistiu em revitalizar salas de aula da Creche Ceim Lar Feliz, localizada no bairro Bom Viver. Aproveitando o recesso escolar, foram pintadas cinco salas com a ajuda de voluntários e de associados ao Rotary Club de Biguaçu, proporcionando um ambiente mais agradável e acolhedor para os alunos no retorno às aulas.
Brasil possui 11,5 milhões de pessoas, acima de 15 anos, que ainda não sabem ler nem escrever, segundo dados do IBGE de 2017. Em busca de transformar essa realidade, instituições como o Rotary e a ONU trabalham para tornar a educação mais acessível. O Rotaract reconhece a relevância da causa e desenvolve projetos com a temática em todo o país. No Concurso Nacional de Projetos (CNP) deste ano, dois clubes foram inspiração para todo o Brasil. O projeto Faça Parte, do Rotaract Club de Curitiba-Parque Barigui, PR (distrito 4730), assim como o Adote uma Escola (foto), do Rotaract Club de Porto AlegreSão João, RS (distrito 4670), tinham como foco o trabalho direto com instituições de ensino fundamental. Por meio de oficinas, a iniciativa Faça Parte visava o desenvolvimento físico-intelectual. Balé e inglês foram algumas das atividades propostas a fim de potencializar aptidões nos jovens de acordo com suas habilidades. Já o Adote uma Escola tinha como objetivo resgatar a autoestima de um colégio estadual que estava esquecido pela administração pública. Por meio de práticas culturais e de melhorias na estrutura, foi iniciado um movimento que incentivou alunos e professores a valorizar e respeitar a instituição. Graças à formação proporcionada pelo Rotary, clubes de Rotaract engajam-se cada vez mais em causas fundamentais para a transformação do mundo, como a educação. *A autora é associada ao Rotaract Club de Santa Rosa, RS (distrito 4660).
Veja em detalhes no site e compartilhe nas redes sociais: www.revistarotarybrasil.com.br/clubes-em-acao Rotaract Club de Machado, MG (distrito 4560) – Organizou a Primeira Gincana Esportiva e Cultural do Rotaract com a participação das escolas públicas da cidade.
Fique por dentro das novidades em nossa página no Facebook.com/RotaractBrasilOficial 66
REVISTA Rotary Brasil | SETEMBRO de 2019
O Interact é um programa para jovens de 12 a 18 anos que querem se conectar com pessoas da sua idade, se divertir e ajudar suas comunidades. Os Interact Clubs são patrocinados por Rotary Clubs locais, cujos associados atuam como mentores para seus integrantes na implementação de projetos de serviço e no desenvolvimento das suas habilidades de liderança.
interact
Gesto de amor
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om o intuito de ajudar quem passa pelo tratamento de quimioterapia a se sentir melhor, os jovens do Interact Club de Valinhos, SP (distrito 4590), doaram mechas de cabelo para o Grupo Rosa e Amor. A associação acolhe mulheres com diagnóstico de câncer e desenvolve ações de caráter permanente, continuado e gratuito para as pacientes e suas famílias.
Veja em detalhes no site e compartilhe nas redes sociais: www.revistarotarybrasil.com.br/clubes-em-acao Interact Club de Nova Iguaçu-Leste, RJ (distrito 4571) – Desenvolveu ações de proteção animal e de conscientização das zoonoses. Interact Club de Holambra, SP (distrito 4590) – Há três anos realiza projeto de arrecadação de presentes para alunos de escolas municipais. Interact Club de Mogi Mirim, SP (distrito 4590) – Levou crianças de instituições beneficentes em excursão ao zoológico.
Sala interativa na Apae
E
m um projeto de autoria de Francisco Victor Teixeira, presidente 2018-19 do Interact Club de São Roque, SP (distrito 4621), e abraçado por todos os integrantes do clube, familiares e empresas locais, foi inaugurada a Sala Interativa Lego/Interact na Apae de São Roque. A ideia nasceu durante o intercâmbio de Francisco na Dinamarca, quando ele contatou a Lego Foundation e, com o apoio da família anfitriã e do distrito 1440, trouxe na mala a doação de 18 quilos de blocos de montar. Na sala cedida pela instituição, que foi totalmente reformada pelo clube, foi criado um espaço que visa o desenvolvimento motor, da memória e o raciocínio lógico dos alunos utilizando os brinquedos. SETEMBRO de 2019 | REVISTA Rotary Brasil
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casas da amizade
Formadas por cônjuges de rotarianos e rotarianas, apóiam os projetos comunitários desenvolvidos pelos Rotary Clubs e realizam ações próprias.
Conectando o mundo com boas ações
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ara implementar o novo lema O Rotary Conecta o Mundo, a Casa da Amizade de Cianorte, PR (distrito 4630), promoveu durante festiva de posse uma ação de conscientização e disponibilização de cadastro para doação de medula óssea. A iniciativa teve a participação de duas doadoras, que já beneficiaram pacientes da Itália e Grécia, e o apoio do Tiro de Guerra e da Secretaria Estadual de Saúde.
ROTARY KIDS
Campanha de arrecadação e visita aos idosos
A
s crianças do Rotary Kids de Pinhais, PR (distrito 4730), em parceria com o Interact Club, arrecadaram lacres de latinhas e tampinhas plásticas e doaram o material ao Banco de Cadeiras de Rodas e Próteses Mamárias da Associação das Senhoras de Rotarianos de Curitiba para colaborar com o projeto de troca por cadeiras de rodas. Em outro momento, durante visita ao Lar Adelaide, elas proporcionaram momentos de alegria para os vovôs e vovós, com música, dança, lanches e entrega de kits de higiene e perfumaria. Essa ação contou com a Associação de Senhoras de Rotarianos local.
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Criado no Brasil em 1996 e hoje presente em todo o mundo, o movimento de Rotary Kids estimula a criação de clubes para crianças de até 12 anos. O programa ainda não foi oficializado pelo Rotary International.
ROTARIANOS QUE SÃO NOTÍCIA l Associado ao Rotary Club de São Paulo-Aclimação, SP (distrito 4563), Anderson Cruz tornou-se presidente da comissão de direito urbanístico e infraestrutura da 125ª subseção da OAB Santana para o triênio 2019-21.
O diretor 201517 do Rotary International, José Ubiracy Silva, associado ao Rotary Club do Recife, PE (distrito 4500), promoveu em fevereiro uma reunião de companheirismo em sua casa de campo, que contou com a presença de mais de 60 companheiros e cônjuges. Foram momentos de congraçamento e comemoração pelo aumento no quadro associativo do clube recifense.
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Luiz Eduardo Correia Lima foi nomeado membro do Conselho Estadual de Meio Ambiente de São Paulo, representando entidades ambientalistas do Vale do Paraíba para o período 2019-21. Ele é associado ao Rotary Club de São José dos CamposUrupema, SP (distrito 4571). l
Em uma viagem internacional de companheirismo, 14 associados ao Rotary Club de Pato BrancoVila Nova, PR (distrito 4640), acompanhados por familiares, viajaram de ônibus para a cidade de Melipilla, no Chile. Foram recebidos pelo Rotary Club local, pertencente ao distrito 4340, quando participaram de uma reunião com a presença do governador 2018-19 do distrito, Hernando Luna Parra. A caravana também passou por outras cidades do Chile e da Argentina durante os dez dias de turismo e companheirismo.
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Os casais rotarianos do distrito 4730, no Paraná, Marcos Markowicz e Rosangela e Gonçalves de Castro e Maria, do Rotary Club de Curitiba-Cidade Ecológica, e Claudio Aguiar e Raymunda, do Rotary Club de CuritibaMarumby, participaram de um Intercâmbio Rotário da Amizade com o distrito 9210, na África. Na ocasião, foram recebidos pelo governador 2011-12 do distrito, Antonio João Bettencourt, e participaram da Discon, uma conferência distrital na cidade de Siavonga, na Zâmbia.
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OS 50 MAIS
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lécio Clemente comemorou em julho 50 anos de atividades ininterruptas dedicadas ao Rotary Club de Caicó, RN (distrito 4500). O rotariano ocupou a presidência do clube no período 1977-78.
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Mais um rotariano que completou 50 anos de dedicação ao Rotary foi Nelson Campello Filho, que ingressou no Rotary Club de Taubaté, SP (distrito 4571), em 14 de março de 1969. O associado ao Rotary Club de Americana, SP (distrito 4621), Fernando José Goffi de Macedo, festejou seu jubileu de ouro como rotariano no dia 1º de maio. SETEMBRO de 2019 | REVISTA Rotary Brasil
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O que significam Contribuinte Especial Qualquer pessoa que contribui com 100 dólares é automaticamente reconhecida como Contribuinte Especial. Companheiro Paul Harris (l) Uma pessoa, rotariana ou não, que contribui com o valor de 1.000 dólares rotários à Fundação Rotária, ou em cujo nome é feita tal contribuição, recebe como reconhecimento o título de Companheiro Paul Harris, que consiste de certificado e distintivo – com a opção de medalha, ao custo de 15 dólares rotários. Contribuições múltiplas O Companheiro Paul Harris que faz contribuições múltiplas de 1.000 dólares rotários à Fundação Rotária, ou em cujo nome elas são feitas, recebe distintivo com safiras (l), rubis (l) ou Major Donors (l) – Doador Extraordinário, com contribuição pessoal de 10.000 a 249.999 dólares –, de acordo com o valor do aporte acumulado. Sociedade Paul Harris (l) Pessoas que assumem o compromisso de contribuir anualmente com 1.000 dólares recebem distintivo especial e certificado do distrito. Este reconhecimento é válido para contribuições múltiplas. Benfeitor (l) Um doador se torna um Benfeitor da Fundação Rotária ao incluir um dispositivo em seu testamento em benefício do Fundo de Dotação, para o qual efetua uma contribuição de 1.000 dólares ou mais. O doador recebe um distintivo especial e diploma. Sociedade de Doadores Testamentários (l) A Fundação Rotária reconhece pessoas ou casais que se comprometem, em testamento, a doar no mínimo 10 mil dólares à entidade. Doadores recebem peça de cristal e distintivo de lapela a cada novo nível atingido. Sociedade Arch C. Klumph (l) Doadores que contribuem com 250 mil dólares ou mais qualificam-se para a Sociedade Arch C. Klumph. Eles são convidados para cerimônia de admissão na sede mundial do Rotary International, em Evanston, EUA, e podem escolher ter suas fotos colocadas na Galeria Arch C. Klumph e no terminal interativo. Esses doadores também recebem distintivo, certificado e convites para eventos especiais. Os fundos As doações formam diversos fundos. São eles: Fundo Anual de Programas, Fundo Polio Plus e Fundo de Dotações. Se as doações forem de empresas, serão encaminhadas à Associação Brasileira da The Rotary Foundation (ABTRF). As contribuições servem para projetos de Subsídios Distritais e Globais, que apoiam a missão da Fundação Rotária para promover a paz, a boa vontade e a educação, melhorar a saúde e combater a pobreza.
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Reconhecimentos da Fundação Rotária Novos agraciados Distrito 4480 Rotary Club de Jales-Grandes Lagos, SP l Carlos Alberto Vicente da Silveira, com três safiras l Doraci Aparecida Bigotto Ignácio dos Santos l Gilberto Paschoal Marçal Murta, com quatro safiras l Ivan Cavalin Ignácio dos Santos l Otavio Santana, com cinco safiras l Suely Aparecida Zambom, com quatro safiras Rotary Club de São José do Rio Preto-Palácio das Águas, SP l Anderson Kleiton de Andrade, com duas safiras l Antonio José Bernardo Junior l Aracelis Glaucia Almeida de Andrade, com quatro safiras l Arnaldo de Andrade Junior, com dois rubis l Beatriz Gomes Azevedo l Bruno Henrique Carvasa l Carlos Gianelini Netto, com cinco safiras l Carlos Renato do Carmo, com uma safira l Cleber José Neves Fontoura l Cristiano Dallagassa Gontijo Oliveira l Denilson Cesar Marzocchi, com um rubi l Didier Pires da Silva Filho l Eduardo de Godoy, com uma safira l Eliton Henk l Fabio Candido Borges, com duas safiras l Gabriela Fredricksson Gil l Giovana Bignardi de Araujo Batista l Guilherme Guariento l Hugo Martins Abud, com um rubi l João Luiz Baldisera Filho, com duas safiras l José Carlos Vasconcelos Domingos, com uma safira l Jose Roberto Pacheco, com duas safiras l Juliana Louise Estrella, com uma safira
Keith Luiz Maeda Hallal Kelvin Kaiser, com dois rubis l Leonardo Fibla Cabral l Lucia Madalena de Souza Malvezzi l Marcelo Pinto Vila Nova, com quatro safiras l Mario Tosio Yano, com quatro safiras l Mauricio Sanita de Azevedo, com quatro safiras l Nivaldo Luiz, com três safiras l Pamella Gonçalves Natal l l
Paulo Henrique Miranda Ribeiro l Rodrigo Martins Jantonio, com uma safira l Rubens Huber da Silva, com uma safira l Saulo Ferreira Fontes, com quatro safiras l Sylvio Eduardo Di Jacintho, com uma safira l Tatiana Ribeiro dos Santos l Valdir Rubiatto, com quatro safiras l Wellington dos Santos Parolim, com duas safiras l William Gustavo Batista, com cinco safiras l Wilson Soubhia Junior, com três rubis l
Distrito 4500 Rotary Club de Caicó, RN l Francisco de Assis Júnior Distrito 4510 Casa da Amizade de Assis do Vale, SP l Helena Xavier Aizo l Rosemeire Cristina Totti Correa Rotary Club de Assis do Vale, SP l Sandro Malagoli Correa l Vitor Jose Correa Distrito 4530 Rotary Club de GoiâniaAnhanguera, GO l Anselmo Pereira da Silva Sobrinho, com duas safiras l Antônio de Carvalho Torres, presidente 2018-19, com três safiras
Artur Miguel de Oliveira Ferreira Christianne Gonzaga de Santana l Dalmir de Oliveira Souza, com cristal de Major Donor l Elciene Spencieri de Oliveira l Eloisa Inêz Furtado Floriano l Erlon Fernandes Cândido de Oliveira l Fernando Pacheco Verissimo, com duas safiras l Geiza Bianchi de Lellis l Gercy Joaquim Camelo, com cinco safiras l Ivanilton Rocha Alves, com duas safiras l João Victor de Lellis, com quatro safiras l Jorge Francisco Goetz, com duas safiras l José Wilmar Alves Louly l Leandro Gonçalves Oliveira, com quatro safiras l Lucas Cavasin Oliveira l Luiz Gonzaga da Silva, com cristal de Major Donor l Mara Cristina Kozima Verissimo l Maria do Carmo Perillo Louly l Mariana Perillo Louly l Raimundo Nonato Coelho Rodrigues, com cristal de Major Donor l Rommell Perillo Louly, com quatro safiras l Tiago Levi Richards l Vitor Hugo Araújo Almeida l Waldir da Silva Camelo, com cristal de Major Donor l Zélia Gonzaga Santana, com três safiras
Distrito 4640 Rotary Club de Francisco Beltrão-Integração, PR l Acyr Miguel Urio, com cristal de Major Donor l Acyr Miguel Urio Júnior l Alysson Kunz Pavalegini l Carlos Alberto Wengen l Cleonir Jose Ortolan, presidente 2018-19, com duas safiras l Iracema Urio, com cristal de Major Donor l Juliano Luiz Giongo l Leonides Antonio Lotici, com três safiras l Marcelo Luiz Kureski, presidente 2017-18, com duas safiras l Patricia Damiani Biavatti Gava l Silvana Úrio Cichoski l Valdir Gerviski, com uma safira l Valmir Onório Baczinski, presidente 2016-17, com duas safiras
Distrito 4540 Rotary Club de Araraquara-Carmo, SP l Gilberto Vaccari Tezini l Luiz Antonio Stuchi l Natalina Lopes Correa Leite l Paulo Alves Junior
Distrito 4700 Rotary Club de Passo Fundo, RS l Luciano Gonzaga Souto Corrêa, presidente 2017-18, com duas safiras Rotaract Club de Passo Fundo, RS l Willian Barrilli, presidente 2018-19
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Seu clube já está adotando a nova identidade visual do Rotary? Ao adotá-la e promovê-la, você ajuda nossa organização a projetar uma imagem mais uniforme e a aumentar seu nível de reconhecimento no mundo. Visite a área Brand Center no site www.rotary.org. Ela está repleta de manuais e ferramentas que ajudarão você e o seu clube a ficarem em dia com a nossa identidade visual.
Distrito 4652 Rotary Club de São Bento do Sul, SC l Fábio Alexandre Schmidt, com dois rubis l Hélio José da Luz l José Dorival Dums, com três safiras l Mário Weihermann, com três safiras Distrito 4660 Rotary Club de Panambi, RS l Jorge Ficht l Oscar Strücker l Sandro Falabretti
Se você foi agraciado recentemente com algum desses títulos, informe-nos pelo e-mail jornalismo@revistarotarybrasil.com.br SETEMBRO de 2019 | REVISTA Rotary Brasil
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Aconteceu em 1979
Luiz Renato Dantas
O Oitavo passageiro
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igourney Weaver era uma atriz desconhecida de 28 anos quando conquistou o papel da oficial Ripley em Alien, o oitavo passageiro, do diretor Ridley Scott. Recentemente, Weaver declarou que, a princípio, havia pensado que o filme seria algo modesto. Ela também comentou acreditar que o roteiro original tenha sido feito para um elenco exclusivamente masculino. Mas Scott quis quebrar a hegemonia dos homens na ficção científica e fez de Ripley uma das protagonistas mais notáveis do cinema. No filme, a personagem enfrenta uma besta-fera alienígena que invade a espaçonave Nostromo. O oitavo passageiro foi lançado nos cinemas norte-americanos em junho de 1979 e ganharia o Oscar de efeitos especiais. Um dos locais de estreia foi o Grauman’s Egyptian Theatre, em Hollywood, que exibiu maquetes da produção na entrada para promover o filme. A exposição, no entanto, desagradou fanáticos religiosos. Eles cismaram que uma das esculturas era satânica e a queimaram.
E a sua revista trazia em setembro...
“No Brasil, os Rotary Clubs podem desempenhar um papel muito especial com respeito à proteção ambiental. (...) O que fazer?”, indagava José Vidal, do Rotary Club de Lavras, MG, no artigo Proteção ambiental. Em seguida, ele dava estas sugestões aos rotarianos: 1.”Você pode sensibilizar os companheiros do seu clube para o problema da devastação ambiental em sua comunidade. Pense na possibilidade de arborizar as ruas da sua cidade. 2. Você pode estabelecer uma Comissão de Proteção Ambiental no seu clube para fazer com que a autoridade municipal dê mais atenção aos serviços de limpeza pública da sua comunidade. 3. Você pode estabelecer, com a ajuda de alguns companheiros do seu Rotary Club, campanhas educacionais para que as crianças aumentem o respeito pela natureza e pelo próprio ‘semblante’ da sua cidade. 4. Você pode exercer o seu poder de influência junto aos dirigentes de fábricas e instituições que poluem. Estas são apenas algumas sugestões de alguém que, como você, está vendo o que acontece. E, ainda que limitado em sua condição de simples cidadão, tem o privilégio de ser rotariano para continuar mobilizando a roda denteada que tanto já tem feito para minorar problemas tão graves como esse! Agora só é preciso que você comece a fazer a sua parte.” Veja esta e outras edições antigas da sua Rotary Brasil em www.revistarotarybrasil.com.br/acervo
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Relax
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“Entre Aspas”
Fotocópia?
A professora para o aluno: – A redação que você entregou sobre o cachorro ficou igualzinha à do seu irmão! – Mas claro, professora, nosso cachorro é o mesmo. Colaboração enviada por Hertz Uderman, governador 1995-96 do distrito 4571 e associado ao Rotary Club do Rio de Janeiro-Méier.
“Continuo a pedir a humanização da humanidade. Isso morreu? Pois se morreu é uma autêntica tragédia.” – José Saramago,
escritor português (1922-2010)
Arte: Armando Santos
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Conversa rápida Bruno Silveira
“Aprender a escrever é ganhar independência. É uma liberdade.”
– Lucilene de Assis Andrade Coelho
Escrevendo a vida de próprio punho Nuno Virgílio Neto
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urante uma ação de Natal no bairro Jardim Edilene, os jovens do Rotaract Club de Joinville, em Santa Catarina (distrito 4652), foram surpreendidos pelo pedido de uma moradora: ela gostaria que eles desenvolvessem um curso de alfabetização de adultos na comunidade. Sob a coordenação de uma pedagoga, os rotaractianos aceitaram o desafio e assumiram, eles mesmos, o papel de professores. Realizado entre novembro de 2017 e dezembro de 2018, o projeto abriu os caminhos da palavra escrita para homens e mulheres. Uma das alunas diplomadas no ano passado é Lucilene de Assis Andrade Coelho, de 39 anos. Paranaense de Rancho Alegre do Oeste, vivendo há quase 19 anos em Joinville, ela contou à Rotary Brasil como essa experiência transformou seu mundo.
ROTARY BRASIL: Como você ficou sabendo do curso? n LUCILENE COELHO: Soube no dia em que o pessoal do Rotaract passou aqui na rua entregando os folhetinhos sobre as aulas. Eu queria aprender, fiquei interessada e aí me matriculei. Eu já sabia ler um pouquinho, mas não sabia escrever. E como era a rotina de aulas? O curso acontecia uma vez por semana, nas quintas-feiras, das 19h30 às 21h, e às vezes também aos sábados. Mas nos fins de semana muitos alunos não podiam comparecer, por isso ficou só uma vez por semana mesmo.
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Foi difícil conciliar o curso com o trabalho e a família? n Sou casada e tenho dois empregos. Na parte da manhã trabalho como diarista e, à tarde, cuido de um condomínio. Não foi difícil conciliar o dia a dia com as aulas, na verdade era muito bom, muito gostoso, porque a gente também conversava, se distraía. Na verdade, senti falta quando o curso acabou. O que mudou depois disso? Aprender a ler é muito bom, muita coisa mudou na minha vida. Hoje posso n
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REVISTA Rotary Brasil | SETEMBRO de 2019
deixar um recado, trocar mensagens pelo celular. Antes eu pedia às pessoas que escrevessem as coisas para mim. Aprender a escrever é ganhar independência. É uma liberdade. Como foi sua infância? n Era só trabalhar. Meu pai deixava a gente ir para a escola só quando chovia e quando as colheitas acabavam. Eu e meus irmãos não tivemos a oportunidade de estudar. Depois meu pai levou a família para o Paraguai, a gente chegou lá sem entender a língua, aí ficamos sem estudar de vez. Morei no Paraguai dos sete aos 21 anos. Você tem planos de seguir estudando? Agora eu penso em continuar com os estudos, não tem mais quem me impeça. Antes eram os filhos, quando eles eram pequenos eu não tinha com quem deixá-los, mas hoje estão todos adultos, casados. Só preciso mesmo de força de vontade. n
Você gosta de ler? n Gosto. No momento estou lendo um livro que ganhei de uma amiga. E qual é a sua palavra preferida? palavra favorita é amor.
n Minha
Campanha Nacional de Multivacinação Fique de olho nas datas
7 a 25
de outubro de 2019
O Ministério da Saúde quer aumentar as taxas de cobertura vacinal em todo o país. Mais uma vez, o Rotary assumiu o compromisso de trabalhar para que nossa população se proteja contra a pólio e outras doenças. Confira nesta edição as listas com as cidades que merecem mais atenção.
Mobilize seu clube. Entre em ação. O Dia D será no sábado,
19 de outubro.
Faça fotos. Divulgue nas redes sociais.
E aproveite para cadastrar o trabalho do seu clube no ranking do Dia Mundial de Combate à Pólio, celebrado em outubro.